Download - Religião tradicional africana
Curso Técnico de Turismo
Área de Integração
Religião Tradicional
Africana
Márcia Fi l ipa Soares Rocha
Soraia Fi l ipa Morais Neves
maio 2016
Índice
Curso Técnico de Turismo............................................................................................. 1
Área de Integração ....................................................................................................... 1
Márcia Filipa Soares Rocha ........................................................................................... 1
Soraia Filipa Morais Neves............................................................................................ 1
maio 2016 ..................................................................................................................... 1
Capítulo I- Introdução ................................................................................................... 4
Capítulo II- O que é uma religião? ................................................................................ 5
Capítulo III- Importância da religião para a existência humana ................................... 6
Capítulo IV- Que influência exercem as religiões no mundo ....................................... 7
Capítulo V- Qual a origem? ........................................................................................... 8
Capítulo VI- Conflitos religiosos .................................................................................. 10
Capítulo VII- Fanatismo............................................................................................... 11
Capítulo VIII- Intolerância ........................................................................................... 12
Capítulo IX- Diálogo entre religiões ............................................................................ 13
Capítulo X- Livros sagrados ........................................................................................ 15
Capítulo XI- Rituais ...................................................................................................... 16
Capítulo XII- Mitodologia ............................................................................................ 17
Capítulo XIII- Espaço sagrado .......................................................................................... 18
Capítulo IX- Simbologia ............................................................................................... 19
Capítulo XV- Arte Africana .......................................................................................... 21
XVl – África .................................................................................................................. 22
XVlll – Cultura e Tribos................................................................................................ 23
XX- Religião e crenças ................................................................................................. 25
XXl- Cultura da Alimentação ....................................................................................... 25
Capítulo I- Introdução
Ao falarmos de África é bom ter presente que estamos falando de grupos
populacionais ou étnicos diferentes, com características sócio‐culturais
próprias e com suas próprias línguas, artes e costumes. Também no campo
da organização social, fundamentalmente no que diz respeito à
organização familiar, refletida nos diferentes sistemas de parentesco, a
diversidade é marcante.
Algumas destas características e diferenças alteraram‐se ao longo do tempo;
outras mantiveram‐se, garantindo assim uma certa continuidade; outras
ainda desapareceram ou vão sendo substituídas dentro de uma
descontinuidade ligada às dinâmicas impostas pelas condições
sócio‐econômicas, as migrações, as guerras, as mudanças históricas e outros
eventos que se deram ao longo dos séculos.
Um erro comum é supor que todos os povos africanos são da mesma raça e
que tiveram a mesma origem, o que leva a supor que tenham também os
mesmos costumes e a mesma religião.
As religiões tradicionais africanas, também referidas como religiões
indígenas africanas, englobam manifestações culturais, religiosas e
espirituais originárias do continente africano e que continuam sendo
praticadas nesse continente nos dias atuais.
Capítulo II- O que é uma rel ig ião?
Religião é uma fé, uma devoção a tudo que é considerado sagrado. É um
culto que aproxima o homem das entidades a quem são atribuídas poderes
sobrenaturais. É uma crença em que as pessoas buscam a satisfação nas
práticas religiosas ou na fé, para superar o sofrimento e alcançar a felicidade.
Religião é também um conjunto de princípios, crenças e práticas de
doutrinas religiosas, baseadas em livros sagrados, que unem seus seguidores
numa mesma comunidade moral, chamada Igreja.
Todos os tipos de religião têm seus fundamentos, algumas se baseiam em
diversas análises filosóficas, que explicam o que somos e porque viemos ao
mundo. Outras se sobressaem pela fé e outras em extensos ensinamentos
éticos.
Quando falamos da Religião Tradicional Africana precisamos de deixar claro
qual região da África ou qual religião iremos abordar. Para isso, dividimos a
África assim:
1) África do norte: desde o Atlântico e Mediterrâneo até o Saara, incluindo o
Egito e a Etiópia. Esta região é dominada pelo Islamismo e pelo Cristianismo.
2) África centro-sul: desde a Republica Dos Camarões, Quênia, até o extremo
sul. Esta parte de África, povoada principalmente por tribos aborígenes, é
dominada pelas religiões tradicionais, exceto uma relevante percentagem
que praticam o cristianismo, o islamismo e até o hinduísmo.
Capítulo III- Importância da religião para a existência humana
A Religião é psicossocialmente falando, um ponto importante de apoio ao
homem no que diz respeito ao preenchimento de espaços vazios, que por
vezes prejudica o desenvolvimento social, humano e psicológico, levando a
raça humana a caminhos que são diferentes do ponto de vista do
crescimento espiritual.
Como a religião é o “religar” do homem a alguma crença , na qual ele (o ser
humano) deposita e garante a sua fé e confiança,caracteriza-se como “o
preenchimento da lacuna” que separa o homem de Deus, e é esta religação
que traz os aspectos de transformação e conversão total, que conceitua a
religião num patamar muito acima de qualquer área ou ciência humana.
O caráter da religião e sua participação exclusiva ao homem garantem que o
“agir religioso”, seu fenômeno e sua importância são em suma, algo que
merece nossa atenção e visão clara, sem preconceitos ou intolerâncias,
apenas observando seu papel sempre vital ao homem e suas realizações
positivas, o que a religião pode ser colocada como o ponto diferencial desta
dualidade
Capítulo IV- Que influência exercem as rel ig iões no mundo
Weber jamais aceitou os pressupostos do materialismo histórico, como único
modelo teórico-metodológico válido para compreensão da realidade social.
De acordo com a teoria marxista, a forma como o homem produz e reproduz
a sua sobrevivência (ou seja, a maneira como busca satisfazer suas
necessidades materiais, indispensáveis à manutenção da própria vida) exerce
uma influência determinante sobre as outras esferas da vida social, tais
como a religião, a cultura, as instituições políticas e jurídicas, etc.
A religião através da história tem a sua influência na vida das sociedades, no
seu modo de pensar e de agir. A relação com o homem tem o sentido
decondutor, contribuindo para seu crescimento e seu desenvolvimento
como ser social e humano. As religiões são sem dúvida um instrumento de
controle e decoesão dos grupos sociais. A fé é o instrumento que motiva e dá
sentido de vida ao homem em todos os tempos históricos.
Capítulo V- Qual a or igem?
Quando falamos de tradição em África é necessário fazer referência
imediata a dois grandes e fundamentais pilastras: a religião e os
antepassados. Tanto um como o outro não podem ser compreendidos
separadamente cada um constitui faces diferentes do mesmo tema .
As instituições, tais quais a família, o casamento, a organização social, são
elas mesmas de natureza religiosa, se não fossem religiosas seriam
inexistentes, e sem sentido, porque o sagrado é mais real que o próprio real.
A religião é algo que interfere no modo de sentir, de viver e de agir do
africana, ela só pode ser compreendida no espaço sócio‐cultural das
organizações sociais.
A organização social das comunidades africanas é basicamente centrada na
agricultura. O uso da terra cria as bases da família como instituição e do
parentesco como ideologia.
O grupo familiar organiza-se para plantar e para colher alimentos, mas tal
organização não se dá arbitrariamente, ou seja, ela está baseada na função
de poder e de decisão que exercem os mais velhos na comunidade e sobre
os mais jovens.
Crença e organização social estão intimamente ligados e ambas derivam dos
antepassados, isto é, daqueles que mesmo mortos são concebidos como
atores sociais dentro do grupo, pois ‘participam’ da vida do grupo e a
influenciam.
Para os africanos, é o antepassado quem dita as regras e normas de conduta,
quem manda a chuva, fecunda a terra e as mulheres.
São estas crenças que de certo modo normatizam as relações sociais e
humanas e são celebradas através dos vários rituais entre os quais estão os
de iniciação, pois são verdadeiras escolas de aprendizagem.
A iniciação representa uma instituição fundamental para a formação da
personalidade, ela prepara os jovens para terem uma atitude perante a vida,
pois eles levam o lema da sociedade e o universo: "trata‐se de aprender a
viver e não de capitalizar conhecimentos"-
Aqui, o membro mais velho tem a posição de mais próximo dos espíritos dos
antepassados e exerce a função de mediador entre os vivos e os mortos que
o responsabilizam pelas tarefas de poder e pela manutenção da ordem que
os espíritos criaram e querem que se mantenha.
Capítulo VI- Confl i tos rel ig iosos
Uma das acusações mais comuns feitas às religiões é que elas causam mais
violência do que paz. Neste ponto de vista, o mundo seria um lugar melhor
sem elas. As divisões religiosas atravessam continentes, épocas e ainda hoje
influenciam a política, a economia e as comunidades.
Debates históricos, guerras, lutas e disputas internas criaram os mapas
contemporâneos do mundo e o fizeram de modo que poucos se deram
conta.
Muitos conflitos ao longo da história têm sido por motivos religiosos, com
muitas religiões diferentes envolvidas.
Capítulo VII- Fanatismo
Pode-se definir o fanatismo como uma crença exagerada, uma adesão cega a
uma visão de mundo ou doutrina, de tal modo que o fanático identifica a sua
crença como a verdade absoluta, sente-se como o dono da verdade e
considera inimigo, todos aqueles que não compartilham a sua fé.
Ao fanatismo e à própria atitude autoritária do fanático, a filosofia, a ética e
a política contrapõem a tolerância, isto é, a atitude e capacidade de admitir,
nos outros, maneiras de pensar, de agir e de sentir diferentes, ou mesmo
totalmente opostas às nossas. Quando nenhum cidadão sofre violência,
perseguição política ou policial, diminuição ou perda de direitos, ou ainda
qualquer tipo de discriminação por causa de suas convicções, é porque a
tolerância prevalece nessa sociedade.
É fato conhecido que a história africana foi escrita e contada pelos
colonizadores europeus; sem espanto, viajantes, missionários e dirigentes
coloniais foram os responsáveis pelos primeiros relatos acerca da cultura dos
povos africanos. Assim, além de serem capturados para alimentarem a
escravidão colonial, estes povos foram usurpados em todos os seus direitos,
incluindo o de contar a própria história.
Com efeito, o “Etnocentrismo” e o “Eurocentrismo” nas ciências europeias
durante o século XIX são os responsáveis pela concepção das culturas
africanas enquanto manifestações primitivas ou bárbaras, típicas dos
primeiros estágios da civilização.
Atualmente, com as independências dos países africanos, todo um esforço
de recuperação das tradições culturais africanas, bem como a constituição
de uma historiografia local tem sido implementado pelas nações recém
criadas.
Capítulo VIII- Intolerância
A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a
diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância
torna-se uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a
liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema
gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até
mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em
comum certas crenças.
As liberdades de expressão e de culto são asseguradas pela Declaração
Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal. A religião e a
crença de um ser humano não devem constituir barreiras a fraternais e
melhores relações humanas. Todos devem ser respeitados e tratados de
maneira igual perante a lei, independente da orientação religiosa.
Capítulo IX- Diálogo entre religiões
Neste mundo “globalizado”, cada vez mais se conhece que a paz entre as
religiões é um fator essencial para a paz entre os povos. A paz entre as
religiões para a paz do mundo é um fator urgente.
Esse diálogo se impõe como fruto doloroso de uma longa experiência de
incompreensões, de atritos e de verdadeiras guerras, alimentadas por
fundamentalismos, exclusivismos e proselitismos religiosos. Cada vez mais se
sente a necessidade de um verdadeiro aprendizado de diálogo em todas as
esferas da vida pessoal e social, e mais concretamente nesta esfera
profunda.
Diálogo é um termo de sucesso. Quando utilizado no Concílio Vaticano II,
revelava e trazia consigo um espírito novo, uma vontade de entrar em
diálogo. Exprimia uma atitude de fundo a indicar uma grande mudança. Foi
aplicado aos mais diversos campos da cultura, da sociedade e entre as
religiões.
Percebemos que o fanatismo e a intolerância religiosa estão presentes na
nossa época. Trata-se, com certeza, de uma contradição se pensarmos que a
essência das religiões é justamente o contrário: a paz, a harmonia, a
solidariedade, etc, e, infelizmente, a história mostra que nem sempre foi
assim.
No entanto, também não podemos negar que gestos importantes estão a
acontecer para a aproximação das religiões e para a promoção de valores à
humanidade. Por exemplo:
● O encontro de Assis (Itália) em 1986, quando diversos representantes
religiosos se reuniram num clima de diálogo e cooperação.
● João Paulo II, dirigindo-se aos mulçumanos, em 1993, afirmou que “a
autentica fé religiosa é uma fonte de compreensão recíproca e de harmonia,
e que só a deformação do sentido religioso conduz à discriminação e ao
conflito.”
Capítulo X- Livros sagrados
As religiões tradicionais africanas não possuem textos escritos ou livros
sagrados. Estes baseiam-se na tradição, ou narração passada de geração
para geração, sobre os conteúdos e a maneira de viver a sua religiosidade.
Isso dá-se em forma de histórias, ritos, provérbios, danças, músicas, festas.
Na falta de livros, os ritos desempenham papel importante na manutenção
viva e atuante das tradições religiosas e sociais.
Capítulo XI- Rituais
Rituais, cerimônias, preces, entre outras, são algumas modalidades através
das quais o ser humano procura expressar-se e alcançar a sua própria
harmonia. Na Religião Tradicional Africana existem alguns rituais que são:
O Ritual que Sacraliza- Os momentos importantes da vida:
nascimento, adolescência, matrimônio e morte. Existe, além disso,
uma grande variedade e ritos: de iniciação, purificação, propiciação,
comemoração, ação de graças, etc.
Ritos de Iniciação- É a entreda para uma sociedade secreta, "onde se
aprendem ritos secretos, mitos secretos e mesmo uma linguagem
secreta". Como todos os povos primitivos, os africanos dão
importância aos ritos de iniciação que exigem provas duríssimas, até
sangramentos (multilações).
Danças- As danças são fundamentais pois os seus ritmos e
dinamismo, dão a máxima expressão a todas as atividades do povo.
Capítulo XII- Mitodologia
A mitologia africana foi levada para as Américas pelos africanos escravizados.
As das que mais conhecidas são: a mitologia fon daomeana, mitologia
yoruba, mitologia igbo, mitologia fânti, mitologia axânti, mitologia angola,
mitologia congo, mitologia banta (que, mais tarde, tornou-se uma mitologia
mestiça nas religiões afro-americanas, religiões afro-cubanas e religiões afro-
brasileiras).
A mitologia fon daomeana que cultua os voduns no Vodun da África
Ocidental foi para as Américas e Caraíbas, formando, assim, as religiões do
vodu haitiano, no Haiti e República Dominicana; Regla de Arará, em Cuba; o
Voodoo nos Estados Unidos; Obeah; na Jamaica e Trinidad e Tobago; winti,
no Suriname; e o Candomblé Jeje, no Brasil: todas, parte das religiões afro-
americanas. A mitologia congo é a mais frequentemente encontrada na
diáspora africana de diversos países: na kumina, da Jamaica; na regla de
palo, em Cuba, no Voodoo dos Estados Unidos; e no candomblé banto no
Brasil.
A mais conhecida das religiões africanas é a dos orixás (mitologia yoruba),
onde se encontra a gênese de religiões como a santería, lukumí, regla de
ocha, candomblé queto e de várias nações, Xangô do Nordeste, batuque,
xambá, omolokô e outras. O que a todas é comum é o ritual aos inquices,
orixás e voduns: o que diverge entre elas é a maneira de fazer esse culto, as
cores das roupas, fio de contas e as línguas utilizadas nas rezas e cantigas.
Capítulo XIII- Espaço sagrado
Os africanos possuem lugares de culto, embora muito modestos: pequenas
cabanas, altares junto aos caminhos, cumes de montanhas, entre outras. As
oferendas são feitas para pedir saúde, vida, sucesso. O mesmo acontece com
os rituais: impera a criatividade, o movimento, o dinamismo.
Capítulo IX- Simbologia
A árvore é um dos símbolos fundamentais das culturas africanas tradicionais.
Os velhos baobás africanos de troncos enormes suscitam a impressão de
serem testemunhas dos tempos imemoriais.
Os mitos e o pensamento mágico-religioso yorubá têm na simbologia da
árvore um de seus temas recorrentes. Na sua cosmogonia, a árvore surge
como o princípio da conexão entre o mundo sobrenatural e o mundo
material.
Uma das versões do mito cosmogônico relata que foi através do Òpó-orun-
oún-àiyé – o pilar que une o mundo transcendente ao imanente – que os
deuses primordiais chegaram ao local aonde deveriam proceder o início do
processo de criação do espaço material. Este pilar, muitas vezes simbolizado
pela árvore ou por seu tronco, é uma figura de origem, é um signo do
fundamento, do princípio de todas as coisas, elemento de conexão entre a
multiplicidade dos “mundos”.
Um dos mitos da criação conta que para cada ser humano modelado por
Orisala criava-se simultaneamente uma árvore. Òrì ñàlá é o grande pai da
criação yorubá. Um outro mito relata a origem das árvores sagradas,
especialmente o Iròkò.
O Iròkò é uma das espécies vegetais mais imponentes da terra yorubá. O ì
tan coloca uma interessante questão ontológica, propondo igualmente a
possibilidade de se pensar numa ontologia do sagrado na perspectiva das
expressões religiosas arcaicas.
O mito, ao afirmar que ‘na mais velha das árvores, morava o seu espírito’,
coloca uma nítida distinção no ser.
Entre uma essência transcendente do sagrado e a sua presença material no
mundo, na mesma medida em que na mais antiga das árvores mora o
espírito. Porém, em toda a descendência desta velha árvore habita o
princípio dela mesma: não só geneticamente, mas principalmente a sua
sacralidade.
Este baobá, encontra-se localizado na província de Limpopo no norte de
África do Sul e é famoso internacionalmente por ser o maior de sua espécie
no mundo !
Capítulo XV- Arte Africana
A arte africana, tal como muitos outros aspectos culturais, é muito própria.
As pinturas e esculturas, têm quase sempre a presença da figura humana, o
que identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos. As
matérias-primas mais utilizadas nas esculturas são o ouro, o bronze e o
marfim. Outro grande símbolo da arte deste continete são as máscaras,
feitas em barro que estão ligadas aos espíritos e a todos os imaginários
místicos e até são utilizadas em funerais de algumas tribos.
As artes e ofícios têm uma rica tradição em África.
A madeira, o metal, as cabaças e o couro são usados para formar todos os
tipos de trabalho, aqui também se inclue esculturas , pinturas , cerâmicas,
chapéus cerimoniais e religiosos , artigos de ritual , instrumentos musicais,
armas e roupas.
XVl – África
A África é o segundo maior continente e o mais populoso depois da Ásia,
contendo mais de um bilhão de habitantes, sendo que a origem dos
humanos e dos hominídeos são rastreados de volta de África , tornando esta
a região mais antiga habitada . É também, composta por mais de 50 países e
ocupa uma grande quantidade de terra dividida em zonas ecológicas
distintas .
A primeira referida, tem uma geografia diversificada que vai desde desertos
e montanhas cobertas de neve a florestas tropicais presentes na região
equatorial. Ao sul do continente , encontram-se as pastagens que dão forma
às planícies costeiras, encontrando também os longos rios , como Nilo ,
Níger, Zaire e Zambeze.
Devido às adaptações para as diferentes regiões, muitas culturas e tradições
têm vindo a ser desenvolvidas em Àfrica. Esta nos tempos coloniais foi
explorada pela sua riqueza natural , o que levou a consequências, como o
comércio de escravos, e o trabalho forçado de pessoas.
Para entender isto ainda, é preciso considerar as palavras do Dr. Marimba
Ani, ” A continuidade da identidade cultural Africano foi interrompida pela
experiência da escravidão. Nós, como povo, não fomos autorizados a
encontrar o nosso caminho de volta para o sentido de identidade cultural e
continuidade necessárias para funcionar no mundo com uma consciência
coletiva “.
Quando se pensa em África, muitas idéias vêm à mente, como uma grande
comunidade tribal que vive em harmonia com a natureza, com estilos de
vida inalterada desde milênios.
Além disso, outros temas populares sobre a África engloba a sua riqueza
natural em termos de flora e fauna mais diversas paisagens , como desertos,
savanas , florestas e planícies costeiras.
Mesmo assim está, ainda hoje se destaca como um continente marcado pela
violência , a AIDS , o subdesenvolvimento e a pobreza , em meio a vastos
recursos minerais e riquezas naturais.
A África tem uma presença rica e diversificada da humanidade, que se
adaptou às diferentes regiões ecológicas , complexos domínios socio-
económico e ainda preservou a sua cultura e tradições no rosto de um
passado respeitável e, muitas vezes turbulenta.
A diversidade linguística é visto no número de línguas e dialetos falados no
Continente.
Algumas das tribos e grupos étnicos estão envolvidos em diferentes formas
de atividades , incluindo a atividade de subsistência, como caça e coleta,
pecuária , horticultura e agricultura. Estas atividades e outras atividades
sociais formam a base essencial da vida na África. Outros grupos sociais
estão envolvidos em atividades como comércio e todos os que contribuem
para o tecido da cultura e tradições Africana.
XVlll – Cultura e Tribos
Muitos diferentes grupos sociais e tribos são encontrados em todo o
continente africano – com a sua cultura , variando de tribo para tribo .
Algumas das tribos têm tradições de vestuário e acessórios sob a forma de
jóias, contas , conchas e roupas que refletem suas origens tradicionais. As
tatuagens , piercings, scarrings são de alguma forma para melhorar alguma
parte do corpo, pois é comum. Máscaras, chapéus elaborados, artefatos,
rituais , etc, são usados para marcar a identidade, habilidades especiais e
status dos indivíduos.
Existem muitos eventos sociais associados com as culturas tribais , como
namoro , casamentos, iniciação em grupos de guerreiro , celebração de
aniversário, banquetes e outras comemorações tradicionais.
XX- Religião e crenças
As religiões da Africa incluem muitas crenças , incluindo o animismo , as
crenças espirituais, bruxaria e xamanismo .
Alguns também são influenciados , mas não completamente tomado por
religiões modernas, como o cristianismo e o islamismo , que são muitas
vezes adicionados aos sistemas de crença central e rituais tradicionais.
XXl- Cultura da Alimentação
A cozinha africana consiste basicamente de influências locais e aditamentos
coloniais no qual inclui legumes , frutas, carnes e laticínios, já os grãos , a
mandioca e o inhame formam a base para muitas outras refeições. As
comidas mais populares são sem dúvidas os guisados de carne, e os guisados
de legumes. Este continente também está a acrescentar outros tipos de
alimentos á sua cozinha, por influência dos árabes, dos indianos e dos
europeus.