:2014Relatório e Contas
à Data de Dissolução
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 01
RELATÓRIO DE GESTÃO ................................................................................ 3
I: NOTA INTRODUTÓRIA .................................................................................. 5
II: ATIVIDADE DESENVOLVIDA .......................................................................... 7
III: ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA ......................................................... 21
IV: RECURSOS HUMANOS .............................................................................. 29
V: CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS ................................................ 31
VI: DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE NOS TERMOS DO ART. 245.O DO CVM ..... 45
VII: PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ............................................ 45
VIII: NOTA FINAL ........................................................................................... 47
RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO ...................................................... 49
I: MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS .............................................................. 51
II: ESTRUTURA DE CAPITAL ........................................................................... 53
III: PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS ................................... 55
IV: ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES .............................................................. 59
V: ORGANIZAÇÃO INTERNA ........................................................................... 67
VI: REMUNERAÇÕES .................................................................................... 71
VII: TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS E OUTRAS ........................... 75
VIII: ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA ....................................... 79
IX: AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO .................................................... 79
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................ 81
I: BALANÇO .................................................................................................. 83
II: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA ................................... 85
III: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES .................................... 87
IV: DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA ..................................................... 89
V: DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO ............................ 91
VI: ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................................. 95
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA .......... 129
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL ....................................... 131
:2014RELATÓRIO DE GESTÃO
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 05
I: NOTA INTRODUTÓRIA
Na Assembleia Geral Anual da sociedade Parque EXPO, realizada a 6 de outubro, foi
deliberada por unanimidade a dissolução da sociedade, com efeitos a 30 de setembro de
2014, e que a liquidação da empresa seja concluída até um prazo máximo de dois anos.
A Comissão Liquidatária eleita na referida Assembleia Geral elaborou o presente relatório e
contas, dando cumprimento ao artigo 149.º do código das sociedades comerciais, o qual
estabelece que antes de ser iniciada a liquidação devem ser organizados e aprovados os
documentos de prestação de contas da sociedade, reportados à data da dissolução.
Atento o carácter particular e excecional deste relatório e contas, poderá haver situações em
que não é possível dar cumprimento integral a todas as orientações e/ou obrigações que a
Direção Geral do Tesouro e Finanças transmite às empresas do setor empresarial do Estado
para efeitos de elaboração e apresentação dos respetivos relatórios e contas.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 07
II: ATIVIDADE DESENVOLVIDA
CONCEÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS DE REQUALIFICAÇÃO URBANA
MERCADO NACIONAL
Em matéria de gestão de projetos de requalificação urbana e ambiental apresentam-se os
principais factos ocorridos até setembro de 2014:
PROGRAMA POLIS LITORAL
No âmbito do Programa Polis Litoral, a Parque EXPO prosseguiu a atividade de gestão das
operações integradas de requalificação e valorização do Litoral Norte (entre Caminha e
Esposende), da Ria de Aveiro, da Ria Formosa, e do Litoral Sudoeste Alentejano e Costa
Vicentina.
Apresenta-se de seguida uma breve caracterização das intervenções após aprovação de
propostas de reprogramação das mesmas em termos físicos, financeiros e temporais:
Previsto Comprometido Realizado
Litoral NorteCaminha, Viana do Castelo e Esposende 5.000 ha 2009 2015 72,8 27,2 17,3
Ria de AveiroComunidade Intermunicipal da Região de Aveiro - Baixo Vouga 37.000 ha 2009 2015 82,7 30,9 23,0
Ria Formosa Faro, Olhão, Tavira e Loulé 19.245 ha 2008 2015 85,0 34,6 27,2
Litoral SudoesteAljezur, Odemira, Vila do Bispo e Sines 9.500 ha 2010 2015 40,1 13,7 8,3
Investimento (milhões de euros)Intervenção Polis Litoral
Municípios envolvidosÁrea de
intervençãoData Início
DataFim
08 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Na intervenção do Litoral Norte, há a assinalar:
: A prorrogação em 09.10.2014 através de DSUE da duração da Sociedade PLN até
31/12/2015.
: A conclusão das seguintes empreitadas: i) Reestruturação e Consolidação de Estruturas
Marítimas de Defesa Costeira - Embocadura do Rio Neiva; ii) Reestruturação e
Consolidação de Estruturas Marítimas de Defesa Costeira – Esporões de Ofir e Pedrinhas;
iii) Recuperação, Protecção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais
Degradadas - Praia de Moledo; iv) Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e
Renaturalização de Áreas Naturais Degradadas - Foz do Rio Âncora - 1ª fase; v) Reparação
dos percursos da natureza do Parque Litoral Norte: passadiço no estuário do Cávado; vi)
Requalificação da frente ribeirinha de Viana do Castelo – Núcleo de Santiago da Barra.
: O acompanhamento das seguintes empreitadas em curso: i) Reordenamento e Qualificação
de Frentes Marítimas - S. Bartolomeu do Mar; ii) Infraestruturas de Apoio ao Uso Balnear –
Praia de Afife; iii) Requalificação de Frentes Ribeirinhas – Fão.
: O acompanhamento / desenvolvimento dos seguintes processos de contratação de
empreitadas:
o Reestruturação e Consolidação de Estruturas Marítimas de Defesa Costeira -
Esporão Pedra Alta;
o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais
Degradadas – Caminha e Viana do Castelo;
o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais
Degradadas - Concelho de Esposende;
o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais
Degradadas - Restinga de Ofir;
o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais
Degradadas - Foz do Rio Âncora - 2ª fase;
o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas
Degradadas e Requalificação Frente Marítima - Praia Norte;
o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais
Degradadas - Praia de Ofir - Fase 2;
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 09
o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais
Degradadas - Praia de Ofir - Fase 3;
o Reordenamento e Qualificação de Frentes Marítimas - Núcleo da Praia do Carreço;
o Reordenamento e Qualificação de Frentes Marítimas - Núcleo da Amorosa;
o Reordenamento e Qualificação de Frentes Marítimas - Núcleo de Pedra Alta;
o Valorização Ecológica e Revitalização das Áreas de Pinhal - Pinhal da Gelfa;
o Infra-Estruturas de Apoio ao Uso Balnear – Praia de Ínsua;
o Infra-Estruturas de Apoio ao Uso Balnear – Praia de Arda/Bico;
o Infra-Estruturas de Apoio ao Uso Balnear – Praia de Paçô/Carreço;
o Infra-Estruturas de Apoio ao Uso Balnear – Praia de Rio de Moinhos;
o Infra-Estruturas de Apoio ao Uso Balnear – Praia de Ramalha;
o Percursos de informação e sensibilização ambiental do PNLN - 2ª fase;
o Requalificação de Frentes Ribeirinhas / P8.2 - Viana do Castelo – Cabedelo;
: Continuação do desenvolvimento dos seguintes projetos: i) Valorização Paisagística e
Ambiental dos Pequenos Estuários - Foz do Coura; ii) Valorização Paisagística e Ambiental
dos Pequenos Estuários - Foz do Âncora; iii) Valorização Paisagística e Ambiental dos
Pequenos Estuários - Foz do Neiva; iv) Valorização Ecológica e Revitalização das Áreas de
Pinhal - Pinhal do Camarido; v) Ecovia do Litoral e percursos complementares; vi)
Requalificação de Frentes Ribeirinhas - Frente Ribeirinha de Caminha.
: A continuação da execução da candidatura aprovada pelo Programa Operacional Temático
Valorização do Território (POVT) com a denominação “Medidas Corretivas da Erosão e
Defesa Costeira no Litoral Norte” e para o conjunto das ações em “Prioridade A” e da
candidatura de empreitadas aprovada pelo Programa Operacional Regional do Norte (ON.2)
com o código NORTE-03-0132-FEDER-000025.
: A submissão de uma candidatura ao ON-2 no domínio da Gestão Ativa de Espaços
Protegidos e Classificados, com a denominação “Conservação, valorização e qualificação
ambiental e territorial no Litoral Norte”, para a execução de 11 ações (9 envolvendo
Empreitadas e 2 Estudos), representando um montante de investimento de 5,47 milhões de
euros.
010 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Na intervenção da Ria Aveiro, há a destacar:
: A prorrogação, em AG realizada em 25/11/2014, da duração da Sociedade PLRF até
31/12/2015;
: O acompanhamento de 3 estudos relativos a processos de avaliação de impacto ambiental,
na Ria de Aveiro (em fase de conclusão do EIA), Pateira de Fermentelos (enviado o EIA à
AIA) e Barrinha de Esmoriz (emitida a DIA).
: O acompanhamento de 23 projetos e a conclusão de 7.
: A conclusão das seguintes empreitadas: i) Reordenamento e qualificação da frente lagunar
de Estarreja - Cais de Canelas, Cais de Salreu e Esteiro de Estarreja; ii) Reordenamento,
requalificação e valorização da Barrinha e Lagoa de Mira e Lago do Mar; iii) Reforço de
margens, pela recuperação de diques e motas, entre o Cais do Mancão e o Cais da Ribeira
do Gago; iv) Reordenamento e qualificação da Frente Lagunar de Ílhavo e Vagos: Área de
Recreio Fluvial do Canal de Mira, entre a Costa Nova Sul e a Vagueira; v) Reordenamento e
qualificação da Frente Lagunar de Ovar - Praia do Areínho, Cais da Ribeira e Foz do rio
Cáster; vi) Reordenamento e qualificação da frente lagunar de Ovar – Azurreira; vii)
Reordenamento e qualificação da frente lagunar de Estarreja – Cais da Ribeira de Mourão e
Esteiro de Veiros
: O acompanhamento das seguintes empreitadas em curso: i) Reordenamento e qualificação
da Frente Lagunar de Vagos - margens do Rio Boco e Cais dos Moliceiro/Folsas Novas; ii)
Proteção e recuperação do sistema dunar, através do reforço do cordão dunar entre a Costa
Nova e Mira; iii) Reordenamento e qualificação da Frente Ria de S. Jacinto; iv)
Reordenamento e valorização dos núcleos piscatórios lagunares I - Porto de Abrigo da
Torreira;v) Reordenamento e valorização de 7 Núcleos Piscatórios Lagunares; vi)
Requalificação e valorização da Pateira de Fermentelos - Parques de Requeixo e Carregal
(Aveiro); Requalificação e valorização da Pateira de Fermentelos - Parques de Espinhel
(Águeda);
: 3 empreitadas em concurso: i) Via ciclável como forma vivência da Ria - Troço Estarreja,
Albergaria, Aveiro e Troço Vagos-Mira; ii) Reforço de Margens, pela Recuperação de Diques
e Motas com vista à prevenção de riscos: Portas de Água e Canal de Mira (RA3); iii)
Reordenamento e Valorização dos Núcleos Piscatórios Lagunares I: Cais da Bestida, Cais
da Cova do Chegado, Cais do Puxadouro e Cais da Gafanha D`Áquém.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 011
: Em termos de financiamento destaca-se em 2014: (a) a aprovação das candidaturas
“Fermentelos – Parques” e “Plano de Marketing Territorial” pelo MaisCentro; (b) A
preparação da reprogramação física, financeira e temporal a apresentar ao POVT, da
candidatura “Candidatura nº POVT-12-0233-FCOES-000053 - Polis Ria Aveiro - Proteção e
defesa da zona costeira e lagunar da Ria de Aveiro, visando a prevenção do risco” com a
transferência de 2 ações da “Prioridade B” para a “Prioridade A”, tendo o investimento
elegível passado de 22,9 M€ para 22.3 M€.
Na intervenção da Ria Formosa, há a referir:
: A prorrogação, em AG realizada em 20/08/2014, da duração da SPLRF até 31/12/2015;
: A conclusão de dois Estudos de Impacte Ambiental com emissão dos respetivos DCAPE’s,
destacando-se que a conclusão de um deles permitiu o lançamento de quatro empreitadas
de Valorização Hidrodinâmica e Mitigação do Risco. O outro EIA é referente às ações da
Ponte, Acessos e Estacionamento Exterior da Praia de Faro que aguarda por garantia de
financiamento para a sua realização;
: A existência de oito estudos e/ou projetos de execução cuja elaboração se encontram em
curso. Para além destes, doze foram concluídos durante o ano.
: Ao nível das empreitadas destaca-se a conclusão da “Empreitada do Parque Ribeirinho de
Faro - 1.ª Fase” e da “Empreitada de Alimentação Artificial e Reforço do Cordão Dunar do
Extremo Poente da Ilha de Cabanas (Tavira)”;
: A realização, a partir de novembro, da consignação de três empreitadas, nomeadamente o
“PIR dos Ilhotes e Ilha Deserta”, a “Requalificação das Quatro Águas – Tavira – Bloco A” e o
“Plano de Praia dos Cavacos”;
: A contratação de duas empreitadas, a iniciar em janeiro de 2015 e cujos contratos serão
remetidos em novembro para obtenção de visto pelo Tribunal de Contas, nomeadamente a
“Requalificação Paisagística da Ligação entre Pedras d’El Rei e Santa Luzia” e o “PIR da
Península do Ancão – 1ª Fase – Demolição de 2ª Habitação”
: O lançamento até final de 2014 dos procedimentos para contratação de sete empreitadas,
nomeadamente o “PIR da Culatra – Núcleo do Farol Nascente”, “PIR da Culatra – Núcleo
dos Hangares”, “Valorização Hidrodinâmica e Mitigação do Risco – Intervenção 2.1 –
Faro/Olhão”, “Valorização Hidrodinâmica e Mitigação do Risco – Intervenção 2.2 – Esteiro
do Ramalhete e Barra do Ancão”, “Valorização Hidrodinâmica e Mitigação do Risco –
012 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Intervenção 3.1 – Canal e área interior do delta de vazante da Barra da Armona”, do “Parque
Ribeirinho do Ludo” e a “Valorização Hidrodinâmica e Mitigação do Risco – Intervenção 1 –
Tavira”;
: A execução orçamental do plano de investimentos da Sociedade, tendo sido apresentados
três relatórios de atividade trimestral e registados mensalmente no Sistema de Informação
do Orçamento de Estado a despesa efetuada, o financiamento recebido, os compromissos
assumidos, os fundos disponíveis, os Pagamentos em atraso / faturas por pagar e as
Unidades de Tesouraria,
: Ao nível do Financiamento à Intervenção registaram - se os seguintes aspetos relevantes:
: No POVT - foi apresentada, em julho, a reprogramação da candidatura de obras
(Candidatura 59) e prestada a informação solicitada; em termos de pedidos de pagamento,
foram apresentados 18 pedidos envolvendo um montante de financiamento de 321,7 mil
Euros.
: No POR Algarve – foram apresentadas no segundo trimestre e aprovadas também no
mesmo período as reprogramações temporais de três candidaturas – Candidaturas 35, 36 e
37, relativas respetivamente a Pedras d’El-Rei, Lacém, e Plano de Mobilidade; Foi também
prestada toda a informação solicitada incluindo em sede de audiência prévia, à auditoria
efetuadas pela ADC_ Agência para o desenvolvimento e Coesão (ex-IFDR) à candidatura 15
– Projetos de Execução dos Planos de Praia; em termos de pedidos de pagamento, foram
apresentados 7 pedidos envolvendo um montante de financiamento de 1,504,6 mil Euros.
: No PIT – foram apresentadas quatro reprogramações temporais das candidaturas – Parque
Ribeirinho de Faro, Ludo, Pedras e Lacém. Em termos de pedidos de pagamento e dada a
situação de apenas uma das obras se encontrar em execução apenas foram registadas no
SI do PIT, as despesas do PR de Faro, as quais mesmo assim não foram submetidas ainda
a pedido de pagamento, por problemas do Sistema de Informação, que se aguarda a todo
o tempo sejam solucionados.
: No Promar – foi apresentada a reprogramação temporal da única candidatura nº31-03-01-
FEP-61-“Estudos de valorização das atividades ligadas aos recursos da Ria Formosa”; Foi
também prestada toda a informação solicitada incluindo em sede de audiência prévia, à
auditoria efetuada pela Entidade Financiadora à candidatura;
Na intervenção do Litoral do Sudoeste e Costa Vicentina há a destacar:
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 013
: A prorrogação em 16.10.2014 através de DSUE da duração da Sociedade PLSW até
31/12/2015;
: A elaboração do Plano de Atividades e Orçamento para 2014 e do Relatório e Contas 2013
da Sociedade;
: A preparação e acompanhamento dos procedimentos concursais das seguintes
empreitadas:
o Proteção e Recuperação de Sistemas Dunares e Arribas do Sudoeste Alentejano:
São Torpes a Morgavel, Porto Covo Sul, Zambujeira do Mar, Alteirinhos a Carvalhal;
o Reposição das Condições de Ambiente Natural pela Recuperação e Proteção de
Sistemas Costeiros em Santo André;
o Qualificação e Valorização do Portinho do Forno;
o Qualificação e Valorização dos Portinhos de Odemira;
o Valorização e Qualificação da Praia da Samouqueira;
o Valorização e Qualificação da Praia do Malhão;
o Valorização e Qualificação da Praia do Almograve;
o Valorização e Qualificação da Praia do Castelejo;
o Valorização e Qualificação da Praia da Mareta;
o Requalificação e Valorização de Vila Nova de Milfontes;
o Requalificação e Valorização de Zambujeira do Mar;
o Reposição das Condições de Ambiente Natural no Cabo Sardão/Entrada da Barca
: A conclusão das seguintes empreitadas: i) Valorização e Qualificação da Praia Norte de
Odeceixe; ii) Valorização e Qualificação da Praia da Amoreira; iii) Valorização e Qualificação
da Praia de Vale Figueiras; iv) Valorização e Qualificação da Praia do Boca do Rio; v)
Valorização e Qualificação da Praia do Martinhal.
: O acompanhamento das seguintes empreitadas em curso: i) Proteção e Recuperação de
Sistemas Dunares e Arribas da Costa Vicentina: Samouqueira, Barradinha, Vale dos
Homens, Carriagem, Bordeira, Ponta da Atalaia e Forte de Almádena; ii) Reposição das
Condições de Ambiente Natural pela Recuperação e Proteção dos Sistemas Costeiros na
Arrifana – zona 1 e 2; iii) Reposição das Condições de Ambiente Natural pela Recuperação e
Proteção dos Sistemas Costeiros em Amoreira/Monte Clérigo; iv) Valorização e Qualificação
014 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
da Praia das Furnas; v) Valorização e Qualificação da Praia dos Alteirinhos; vi) Valorização e
Qualificação da Praia da Ingrina.
: O acompanhamento da contratação e execução de 23 projetos, dos quais 16 concluídos, e
obtenção dos respetivos pareceres junto das Entidades Gestoras do Território:
: O acompanhamento da contratação e execução de diversos planos, estudos,
levantamentos e prestações de serviços, necessários ao desenvolvimento e publicitação da
Intervenção.
: A negociação e formalização de protocolos de concertação e contratos de comodato com
os proprietários das ações da área de intervenção Polis Litoral Sudoeste;
: Na sequência dos fenómenos climatéricos extremos que afetaram esta faixa litoral nos
meses de Janeiro e Fevereiro, a contratação e acompanhamento de projetos, empreitadas,
fornecimentos e fiscalizações visando a reposição das condições mínimas de segurança de
pessoas e bens em 10 zonas costeiras;
: O acompanhamento da execução dos contratos de financiamento comunitário celebrados
com o PO Algarve 21 (ALG-02-1132-FEDER-000032 "Arranjo da Orla Costeira da Praia da
Boca do Rio", ALG-02-1132-FEDER-000033 "Arranjo da Orla Costeira da Praia da Amoreira",
ALG-02-1132-FEDER-000059 "Conservação e Valorização do Litoral da Costa Vicentina",
ALG-03-1550-FEDER-000030 "Ecovia e Ciclovias da Costa Vicentina"), INAlentejo (ALENT-
08-0232-FEDER-001945 "Conservação e Valorização do Litoral Alentejano no Concelho de
Odemira") e POVT (POVT-03-0133-FCOES-000040 - "Medidas Corretivas da Erosão e Defesa
Costeira no Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina - Estudos e Projetos") e (POVT-12-0233-
FCOES-000058 - "Reposição do Ambiente Natural e Proteção e Recuperação dos Sistemas
Costeiros, Dunares e Arribas no Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina");
: O acompanhamento do processo de aprovação da candidatura n.º 31-03-03-FEP-0100 -
“Qualificação/Valorização da Atividade Piscatória”, no âmbito do PROMAR.
PROGRAMA POLIS
Ao longo do ano prosseguiu-se a atividade de gestão das intervenções de Viana do Castelo e
Costa de Caparica nas componentes técnica, financeira, administrativa e jurídica, inerentes à
implementação dos respetivos planos estratégicos.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 015
Relativamente à intervenção de Viana do Castelo, a atividade desenvolvida em 2014, manteve-
se circunscrita à ação estruturante de expropriação do Edifício Jardim, subsequente
demolição e posterior construção do novo mercado municipal e espaços públicos
envolventes, nomeadamente no acompanhamento dos processos judiciais do Edifício Jardim
e de processos de expropriação do Parque da Cidade. No que toca ao Edifício Jardim houve
um desenvolvimento bastante favorável aos interesses da VianaPolis, tendo sido revogadas as
providências cautelares de duas das ações principais que estavam suspensas e que
correspondem a 34 frações, permitindo deste modo a prossecução dos processos
expropriativos dessas frações. Foi executada a empreitada de reabilitação das patologias
associadas ao edifício da zona do antigo Mercado (Lote A3) e lançado o concurso público
para a execução da empreitada de reabilitação no parque de estacionamento do Campo da
Agonia (cujo início está dependente do visto do Tribunal de Contas), face à recusa ou
sucessivos adiamentos dos empreiteiros em executarem a reabilitação das obras com
deficiências de construção, e cujo financiamento é proveniente do acionamento das garantias
bancárias aos empreiteiros.
A VianaPolis conseguiu vender 8 apartamentos dos edifícios de realojamento, continuando a
empenhar-se na alienação dos restantes ativos – apartamentos dos edifícios de realojamento
e lotes do parque da Cidade.
Em 1 de dezembro de 2014 através de Deliberação Social Unânime por Escrito, foi aprovada
a prorrogação de prazo da Sociedade até 31 de dezembro de 2015, alterando assim o art.º
3.º dos Estatutos da Sociedade. Este prazo continua a revelar-se ser de difícil concretização,
pelo escasso tempo disponível para concretizar todas estas pendências.
Na intervenção da Costa de Caparica, em 31 de dezembro de 2013 reuniu a Assembleia Geral
da COSTAPOLIS, tendo sido deliberados, entre outros pontos:
: Aprovada a dissolução da CostaPolis, nos termos do disposto no artigo 3.º dos respetivos
Estatutos e nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 141.º do Código das Sociedades
Comerciais, e a sua imediata entrada em liquidação;
: Foi aprovada a eleição por maioria, com o voto a favor do acionista ESTADO e o voto contra
do acionista MUNICÍPIO dos seguintes membros da Comissão Liquidatária, Arq.º Vítor
Manuel Roque Martins dos Reis, na qualidade de presidente do IHRU, Instituto da Habitação
e da Reabilitação Urbana, IP.; Eng.º Maria Manuela Araújo de Matos, na qualidade de
Administradora da Administração da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste.
016 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Em 21 de março de 2014 realizou-se nova Assembleia Geral tendo sido tomadas as seguintes
decisões:
: Aprovação dos documentos de prestação de contas da Sociedade referentes ao exercício
de 2012;
: Aprovado por unanimidade a eleição do representante do Acionista MUNICÍPIO DE
ALMADA, nos termos do previsto no art.º 151.º, n.º 2 do Código das Sociedades
Comerciais, à CostaPolis, Sociedade para o Desenvolvimento do Programa Polis na Costa
da Caparica, S.A., para integrar a Comissão Liquidatária, o Senhor Arquiteto José António
Veríssimo Paulo.
: O Acionista ESTADO apresentou a proposta de orientação à Comissão Liquidatária, para
promoção das seguintes diligências:
o Realização das obras de carácter inadiável que reponham as condições de
segurança de pessoas e bens na área de intervenção da sociedade, devendo o
respetivo financiamento ser assegurado pelos fundos disponíveis, mediante, se
necessário, a realocação de fundos destinados a outras ações;
o Apresentação de candidatura ao concurso aberto no Programa Operacional
Temático de Valorização do Território (POVT) de apoio a ações de reforço das
condições de defesa costeira em áreas de maior risco, visando a consolidação da
faixa costeira da zona de intervenção, designadamente na área mais afetada pelos
efeitos do mau tempo e onde se tem verificado uma maior pressão e recuo na linha
de costa;
o As ações mencionadas nas alíneas anteriores, deverão ser enquadradas no Plano de
Liquidação e Orçamento a apresentar pela Comissão Liquidatária aos Acionistas,
ajustadas aos meios financeiros disponíveis.
Em conformidade com as orientações estabelecidas foi elaborado o Plano de Liquidação
desta Sociedade e enviado aos acionistas, tendo o mesmo já sido aprovado pela DGTF.
Iniciou-se o procedimento com vista à execução de projeto, obra e fiscalização das Obras de
Defesa Costeira a executar no paredão da Costa de Caparica. Em paralelo, procedeu-se
também à candidatura ao POVT que já mereceu a sua aprovação. Após conclusão do projeto,
decorrem os procedimentos para a contratação da empreitada e da fiscalização e de
obtenção do respetivo visto pelo Tribunal de Contas.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 017
Estão em curso ainda os procedimentos para a conclusão dos PP’s em falta (PP4 e PP6).
Terminou o acompanhamento do PP da Fonte da Telha.
Foram executadas ações de manutenção dos acessos às praias urbanas e dos apoios de
praia. Foi também feito o levantamento dos prejuízos causados pelas intempéries.
Efetuado o acompanhamento de todos os processos judiciais em curso, incluindo a
prestação de depoimentos em tribunal.
OUTROS PROJETOS
Na intervenção de requalificação da Frente Ribeirinha de Lisboa, os serviços de coordenação
técnica e gestão integrada da operação de requalificação denominada “Frente Ribeirinha de
Lisboa”, nos termos definidos pelo Contrato, em 2013 ficaram circunscritos ao projeto “Ajuda -
Belém”, sub-projetos “Novo Museu dos Coches” e “Museu de Arte Popular”. Com o fim da
prestação de serviços em junho de 2013, durante o ano de 2014, foi dado apoio pontual no
esclarecimento de situações solicitadas pela DGPC, relacionadas com as instalações técnicas
e com o lançamento dos concursos. Há a registar também, as diligências efetuadas para a
obtenção do pagamento das verbas em divida relativas, à empreitada de Demolições, no
montante de 280.704,48€ (IVA incluído), e das faturas referentes aos últimos meses da
prestação de serviço, no montante de 129.362,04 € (IVA incluído), bem como, da
concretização da cedência da posição contratual da Parque Expo para a DGPC, no contrato
de elaboração do projeto do Novo Museu dos Coches.
Quanto ao Projeto de Valorização e Requalificação do Promontório de Sagres (PVRPS),
decorreu o acompanhamento do “Projeto de Requalificação dos Edifícios dos Anos 90 –
Corpos A, B, C e D” e a finalização e receção do “Projeto de Execução dos Conteúdos do
Centro Expositivo de Sagres”. A transferência do projeto tem vindo a decorrer com o envio à
DRCA de todo o arquivo digital do PVRPS. Realizaram-se várias reuniões de
acompanhamento com a DRCA e os projetistas de forma a fechar os projetos acima
referenciados.
018 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
MERCADO INTERNACIONAL
O desenvolvimento dos trabalhos relativos ao “Plan Directeur d´Aménagement et
d´Urbanisme (PDAU) de la Wilaya d´Alger”, na Argélia, prosseguiu durante 2014, tendo em
vista a conclusão das obrigações contratuais, não obstante as dificuldades inerentes a este
tipo de processos. Durante o 1º trimestre foi possível assegurar o recebimento de um valor em
dívida de cerca de 0,5 milhões de euros.
GESTÃO DE ATIVOS
A atividade ao nível da alienação e gestão patrimonial prosseguiu durante o ano de 2014,
mantendo-se a atividade organizada em dois grupos de ações:
: Promoção e venda de ativos alienáveis, procurando compatibilizar os valores patrimoniais e
os valores de mercado;
: Gestão de ativos não alienáveis, nomeadamente os imóveis de carater emblemático,
imóveis em regime de cessão de exploração, e imóveis afetos a realojamentos efetuados à
data da realização da EXPO 98.
Enquadrando a atividade de alienação de terrenos no Parque das Nações, e considerando os
poderes que permanecem na Parque EXPO relativamente à elaboração dos Projetos de
Reparcelamento, foram desenvolvidos diversos processos, e submetidos a decisão da
Câmara Municipal de Lisboa.
Numa perspetiva do mercado imobiliário, verificou-se uma ligeira retoma, que no caso dos
ativos imobiliários da Parque EXPO se refletiu na comercialização de frações comerciais.
Mantem-se no entanto o impasse relativamente a uma eventual revisão do PP5 e PP6, numa
perspetiva de potenciar estas áreas do ponto de vista imobiliário, tendo-se no entanto,
iniciado um processo de diálogo com a Câmara Municipal de Lisboa com vista a encontrar
um modelo adequado à implementação destes projetos.
Durante este período foram desenvolvidas ações junto da Autoridade Tributária no sentido de
regularizar diversas questões ao nível dos registos matriciais e da avaliação patrimonial.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 019
VENDA DE PATRIMÓNIO IMOBILIÁRIO
No contexto acima referido, foram concretizadas as seguintes operações:
: Celebração da escritura de venda da fração C do edifício 2.15.01 (Frente Ribeirinha Norte);
: Celebração da escritura de venda da fração N do edifício 2.15.01 (Frente Ribeirinha Norte);
: Celebração da escritura de venda do Lote 3.27.01;
: Celebração do Contrato Promessa Compra e Venda do Lote 3.23.01;
: Celebração do Contrato Promessa Compra e Venda de créditos de edificabilidade relativos
ao Lote 4.50.01.
GESTÃO DE PATRIMÓNIO
O património edificado da Parque EXPO gerou rendimentos no valor de cerca de 2,0 milhões
de euros, provenientes da exploração do Oceanário de Lisboa, e dos contratos de cessão de
exploração dos parques de estacionamento, em particular o Parque Oceanário e o Parque
das Tágides.
Regista-se igualmente o sinistro verificado no Palácio dos Suíços, imóvel na posse da Parque
EXPO desde 1995, mas ainda propriedade da Câmara Municipal de Lisboa, do qual resultou a
destruição parcial do imóvel.
No âmbito da gestão das frações afetas a realojamentos, regista-se a celebração de contratos
de arrendamento das frações FF e GG do nº 9 da Rua Antero de Quental na Póvoa de Santa
Iria., disponíveis após falecimento dos respetivos comodatários. Esta opção de arrendamento,
resultou do fato de as diligências para a sua venda se terem mostrado infrutíferas, pelo atual
enquadramento sócio-económico em que se integram.
Durante este período foram igualmente efetuadas ações de manutenção preventiva e corretiva
nos imóveis pertencentes ao património da Parque EXPO.
020 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
GESTÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS
Em matéria de participações sociais há a destacar que procedeu-se, com referência a 30 de
junho de 2014, à dissolução, liquidação e partilha, por integração global do património da
sociedade Parque EXPO – Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. na Parque EXPO 98,
S.A.
Relativamente às restantes sociedades em que a Parque EXPO detém participação acionista,
apresentam-se sumariamente os principais factos ocorridos na sua atividade:
OCEANÁRIO DE LISBOA, S.A.
No ano em que o equipamento assinalou 18 milhões de visitantes, registou-se até setembro
um aumento de 6% do número de visitantes face a período homólogo do ano anterior. Para os
801.489 visitantes muito contribuiu o êxito a exposição temporária “Tartarugas marinhas. A
viagem.”, cujo encerramento ocorreu precisamente no final do mês de setembro. Encontra-se
já em concepção a segunda exposição temporária cuja inauguração se prevê ocorrer no ínicio
do segundo trimestre de 2015. A receita gerada pelos visitantes cresceu de forma similar ao
número de visitantes, cerca de 7%, tendo atingido o montante de cerca de 7,7 milhões de
euros até final de setembro.
MARINA DO PARQUE DAS NAÇÕES, S.A.
Em termos operacionais a marina do Parque das Nações manteve a taxa de ocupação média
nos 60%, verificando-se um decréscimo no número de postos de amarração de residentes
compensado pelo aumento do número de visitantes.
Face ao processo em curso de extinção da Parque EXPO, com a promoção da Direção Geral
do Tesouro e Finanças, continuaram a ser estabelecidos contactos com a Administração do
Porto de Lisboa no âmbito da análise de cenários futuros de desenvolvimento da Marina do
Parque das Nações.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 021
III: ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA
As Demonstrações Financeiras foram preparadas a partir do conjunto normativo que estrutura
o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de
13 de Julho, formado pelas normas contabilísticas e de relato financeiro (NCRF) e pelas
normas interpretativas emitidas pela Comissão de Normalização Contabilística (CNC).
BALANÇO
Em 2014, até à data da dissolução, manteve-se a tendência de redução do Ativo Líquido
verificada nos últimos anos. O decréscimo verificado foi 10.395 milhares de euros face ao ano
anterior e teve origem nas seguintes variações:
O ativo não corrente diminuiu cerca de 12,2 milhões de euros, sendo de registar as seguintes
variações relevantes:
Rubrica 2014 2013 Var. 13/14 %
Ativo 131.411 141.805 -10.395 -7%
Passivo 232.384 240.670 -8.286 -3%
Capital Próprio -100.973 -98.865 -2.108 -2%
valores em milhares de euros
Rubrica 2014 2013 Var. 13/14 %
Ativo não corrente 104.602 116.792 -12.190 -10%
Ativo corrente 26.809 25.014 1.795 7%
Total do Ativo 131.411 141.805 -10.395 -7%
valores em milhares de euros
022 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
: Diminuição da rubrica de outras contas a receber, no valor de 11,7 milhões de euros,
justificada pelas reduções correspondentes às amortizações do primeiro aditamento (1,7
milhões de euros) e segundo aditamentos (10 milhões de euros) ao acordo financeiro de
2005;
: Decréscimo do valor da rubrica de propriedades de investimento resultante das alienações
das frações C e N do lote 2.15.01 com o consequente abate do valor contabilístico no
montante de 749,7 mil euros.
O ativo corrente aumentou cerca de 1,8 milhões de euros devido essencialmente às
seguintes variações:
: Redução da rubrica de inventários, no valor de 4,6 milhões de euros, pelo apuramento do
resultado da alienação do lote 3.23.01
: Aumento das rubricas de clientes (+1 milhão de euros);
: Aumento da rubrica de outras contas a receber (+3 milhões de euros). O aumento da
rubrica de outras contas a receber deve-se, fundamentalmente, à necessidade de prestar
caução, no valor de 2,5 milhões de euros, relativamente a processos judiciais que se
encontram em curso.
: Aumento da rubrica de outros ativos financeiros no valor de 2,5 milhões de euros.
No passivo verificaram-se as seguintes variações:
O passivo total diminuiu cerca de 8.286 milhares de euros. A variação verificada deve-se
fundamentalmente:
: À redução do passivo bancário, no valor de 7.927 milhares de euros, justificada pelos
pagamentos efetuados pela Autarquia de Lisboa;
: À redução da rubrica de provisões, para responsabilidades contingentes na Marina do
Parque das Nações, no valor de 2.694 milhares de euros – ver nota 14 do Anexo às contas.
Rubrica 2014 2013 Var. 13/14 %
Passivo não corrente 21.394 26.548 -5.154 -19%
Passivo corrente 210.990 214.123 -3.132 -1%
Total do Passivo 232.384 240.670 -8.286 -3%
valores em milhares de euros
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 023
: Ao aumento da rubrica de acionistas/sócios, no valor de 2.895 milhares de euros, na
sequência da execução do aval do Estado Português à amortização e juros do empréstimo
obrigacionista.
ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO
O endividamento bancário da Parque EXPO tem diminuído de forma progressiva e consistente
desde 1998, apresentando à data da dissolução o valor de 159 milhões de euros.
A 30 de setembro de 2014 cerca de 89% do endividamento bancário apresenta um prazo de
vencimento inferior a um ano, conforme detalhe no quadro seguinte:
Na sequência da integração da Parque EXPO no setor das administrações públicas, nos
termos do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, a Direção-Geral do Tesouro e
Finanças concedeu à Parque EXPO, em novembro de 2014, um empréstimo de médio/longo
prazo no valor de 149,6 milhões de euros. Este montante, destinou-se a liquidar o
financiamento bancário sem aval do Estado.
1.332
1.102
822
680
525 518472 447
327293
239 216 225 189163 167 159
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Endividamento Bancário: Total % Curto Prazo %
Empréstimo Obrigacionista 17.222 11% 4.920 3%
Linhas de crédito de curto prazo 141.820 89% 141.820 89%
Total 159.042 100% 146.740 92%
valores em milhares de euros
024 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
RESULTADO OPERACIONAL
Excluindo a reversão de ajustamentos, os rendimentos operacionais atingiram o montante de
11.914 milhares de euros (2013: 7.483 milhares de euros), traduzindo um aumento de 4.430
milhares de euros face aos valores registados no período homólogo de 2013.
Os gastos operacionais, formados exclusivamente pelos fornecimentos e serviços externos e
gastos com o pessoal diminuíram, em termos homólogos, cerca de 31%.
Rendimentos Operacionais: 2014 2013 Var. 13/14 %
Venda de terrenos 4.704 159 4.545 2858%
Conceção e gestão de projetos 2.329 2.636 -307 -12%
Prestação de serviços secundários 181 438 -258 -59%
Outros ganhos 4.700 4.250 449 11%
Sub-total [1] 11.914 7.483 4.430 59%
Reversão de ajustamentos 4.115 1.066 3.049 286%
Total Rendimentos Operacionais 16.028 8.549 7.479 87%
Gastos Operacionais: 2014 2013 Var. 13/14 %
Custo das vendas de lotes de terreno 4.546 134 4.411 3283%
Fornecimentos e Serviços Externos 1.053 2.066 -1.013 -49%
Custos com o pessoal (exceto indemnizações) 3.537 4.495 -958 -21%
Indemnizações com recursos humanos 278 529 -252 -48%
Outros gastos e perdas 1.201 833 368 44%
Sub-total [2] 10.615 8.058 2.557 32%
Depreciações 17 14 4 26%
Perdas por imparidade 914 57 857 1508%
Provisões 112 3.260 -3.148 -97%
Total de gastos operacionais 11.659 11.389 270 2%
Resultado Operacional 4.369 -2.840 7.209 -254%
Resultado Operacional Ajustado [1 - 2] 1.299 -574 1.873 -326%valores em milhares de euros
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 025
O resultado operacional registado à data da dissolução tem o valor positivo de 4.369 milhares
de euros (2013: -2.840 milhares de euros). A variação relativamente ao período homólogo de
2013 é justificada da seguinte forma:
: Aumento nas rubricas de venda de terrenos (+4.545 milhares de euros) e de custo da
venda de terrenos (+4.411 milhares de euros);
: Decréscimo na rubrica de conceção e gestão de projetos (-307 milhares de euros);
: Decréscimo das prestações de serviços secundários (-258 milhares de euros);
: Acréscimo da rubrica de outros ganhos (+449 milhares de euros) fundamentado nas mais-
valias resultantes da alienação de património edificado (frações do lote 2.15.01) e pela
excelente performance dos resultados do Oceanário de Lisboa;
: Diminuição dos fornecimentos e serviços externos e dos gastos com o pessoal em cerca de
2.222 milhares de euros.
O resultado operacional ajustado que exclui a reversão de ajustamentos, as perdas por
imparidade, as depreciações e as provisões é positivo no valor de 1.299 milhares de euros e
evoluiu favoravelmente relativamente ao período homólogo de 2013 em 1.873 milhares de
euros.
026 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
RESULTADO FINANCEIRO
A setembro de 2014 o Resultado Financeiro regista o decréscimo de cerca de 1,4 milhões de
euros face ao período homólogo de 2013, apresentando o valor de -6.445 milhares de euros.
Na sequência da publicação do decreto-lei n.º 133/2013, de 3 de outubro que estabeleceu os
princípios e regras aplicáveis ao sector público empresarial, as empresas públicas não
financeiras do sector empresarial que apresentem capital próprio negativo, só podem aceder
a financiamento junto de instituições de crédito com prévia autorização da DGTF, a qual
solicita parecer do IGCP quanto às condições financeiras aplicáveis. Esta obrigação, permitiu
reduzir muito significativamente em 2014 os juros suportados assim como as comissões
bancárias.
Juros e rendimentos similares obtidos 2014 2013 Var. 13/14
Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações 269.448 660.054 -390.607
CM de Lisboa 71.587 131.540 -59.953
Outros proveitos e ganhos financeiros 9.375 31.549 -22.174
Total de juros e rendimentos obtidos 350.410 823.143 -472.734
Juros e gastos similares suportados 2014 2013 Var. 13/14
Juros suportados 5.882.251 7.124.009 -1.241.758
Diferenças de câmbio desfavoráveis 210 3.689 -3.479
Serviços e Comissões Bancárias 151.377 725.718 -574.341
Garantias bancárias 7.506 32.986 -25.481
Imposto do Selo de financiamento 753.576 798.167 -44.591
Outros custos e perdas financeiros 1 85 -84
Total de juros e rendimentos suportados 6.794.921 8.684.654 -1.889.733
Resultados Financeiros -6.444.512 -7.861.511 1.416.999
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 027
RESULTADO LÍQUIDO
À data da dissolução o resultado líquido encontra-se acima do valor alcançado no período
homólogo de 2013, sendo negativo de -2.139 milhares de euros (2013: -10.701 milhares de
euros).
Resultados 2014 2013 Var. 13/14 %
Operacionais 4.369 -2.840 7.209 -254%
Financeiros -6.445 -7.862 1.417 18%
Antes de Impostos -2.075 -10.701 8.626 81%
Líquido -2.139 -10.701 8.562 80%valores em milhares de euros
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 029
IV: RECURSOS HUMANOS
A 30 de setembro de 2014 estavam ao serviço da empresa 92 colaboradores, tendo um
desses colaboradores cessado nessa data o contrato de trabalho. O número médio de
trabalhadores até setembro de 2014 foi de 96 trabalhadores, que compara com os 107 do ano
anterior.
No quadro seguinte apresentam-se os gastos com pessoal registados até setembro e a
respetiva comparação com o período homólogo. A redução de gastos com pessoal
evidenciada deve-se, para além do efeito decorrente da redução do número de
colaboradores, ao facto de terem sido registados como gastos de 2013 os encargos com
férias, relativos a 2012 e 2013, dado que os primeiros não foram objeto de reconhecimento
em 2012 por se desconhecer que o subsídio de férias iria ser reposto.
N.º de colaboradoresrepartidos por Direções / Departamentos 30-09-2014 31-Dez-2013 Variação
Conselho de Administração e Staff de Apoio 5 4 1Direção de Gestão de Projetos 45 45 0Direção de Património 3 3 0Direção Administrativa e Financeira 11 12 -1Conceção de Projetos 15 17 -2Gabinetes e Núcleos de Suporte 10 12 -2Outros 3 5 -2
Total 92 98 -6
Gastos com pessoal2014
(Jan-Set)2013
(Jan-Set) 2013
Remunerações e encargos - órgãos sociais 207.992 241.799 294.716
Remunerações e encargos - pessoal 3.229.604 4.138.812 5.310.993
Indemnizações com rescisões 277.517 529.205 759.254
Outros 99.423 114.159 151.616
Total 3.814.535 5.023.975 6.516.580
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 031
V: CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS
OBJETIVOS DE GESTÃO
O Conselho de Administração que tomou posse em 02 de novembro de 2011 submeteu à
aprovação da tutela um documento denominado «Plano de Reestruturação do Grupo Parque
EXPO 2012-2013» onde foram enunciados os objetivos em matéria de alienação de ativos
imobiliários e participações financeiras, bem como, da adequação dos recursos humanos
necessários a essas atividades e ao cumprimento dos compromissos assumidos pela
empresa. Os objetivos e as atividades a desenvolver constantes desse documento tinham,
nos termos do Despacho n.º 1381/11-SETF, de 30 de outubro, como horizonte temporal a
data indicativa de 30 de junho de 2013.
Pese embora, até 06 de outubro de 2014, data da Assembleia Geral Anual de Acionistas em
que foi deliberada por unanimidade a liquidação da sociedade, o Conselho de Administração
tenha continuado a orientar a sua ação de acordo com os objetivos enunciados no Plano de
Reestruturação apresentado em 2011, formalmente não existem objetivos definidos para lá da
data de 30 de junho de 2013, uma vez que a Assembleia Geral realizada a 26 de junho de
2013 não deliberou sobre qualquer ponto relacionado com objetivos de gestão.
GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
A Parque EXPO adota procedimentos de avaliação sistemática do risco financeiro e medidas
de mitigação do mesmo, através da adequada gestão do risco de crédito, risco de câmbio e
risco de liquidez.
Risco de crédito: Relativamente às transações com valores mais expressivos, nomeadamente
as relacionadas com terrenos é feita uma análise preliminar através de relatórios de análise e
classificação do risco de crédito de empresas externas. Adicionalmente são solicitadas
032 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
informações bancárias da sociedade e dos sócios. Na celebração do contrato de promessa
de compra e venda é exigido um sinal de valor expressivo, relativamente ao montante do
negócio, e revelador da capacidade financeira do promitente-comprador. Apesar do
promitente-comprador incorrer antecipadamente em gastos relacionados com a transação,
nomeadamente de prospeção geotécnica e os necessários para que a autarquia competente
se pronuncie sobre o projeto, a transferência da propriedade só é feita com a celebração da
escritura e pagamento integral do imóvel.
Relativamente às prestações de serviços da atividade de prospeção e conceção de projetos,
os contratos preveem o pagamento contra a entrega de determinadas fases de execução do
trabalho o que mitiga o risco de incobrabilidade. No entanto, os principais clientes são
entidades públicas com o risco subjacente.
Os principais ativos financeiros da Parque EXPO correspondem aos créditos sobre as
Autarquias de Lisboa e Loures, no montante de 27 milhões de euros e 36 milhões de euros,
respetivamente. O crédito sobre o Município de Lisboa está devidamente contratualizado,
encontrando-se regularizado, a 30/09/2014, o correspondente serviço da dívida. As atuais
condições do mercado financeiro limitam a alienação deste ativo e a correspondente redução
do passivo bancário. Quanto à dívida do Município de Loures não foi possível chegar a um
acordo financeiro. Nestes termos, a dívida encontra-se ajustada na sua totalidade.
Risco de câmbio: A atividade que a Parque EXPO desenvolve no mercado internacional não
tem grande expressão nos resultados da empresa pelo que o risco de câmbio é relativamente
pequeno. Neste contexto, não se justifica o recurso a instrumentos financeiros derivados para
cobertura do risco associado às flutuações das taxas de câmbio.
Risco de liquidez: Na sequência da incapacidade financeira manifestada pela Parque EXPO
em concretizar o pagamento de capital e juros relativos ao empréstimo obrigacionista (1ª
emissão e 2º emissão), o Estado, através da Direção Geral do Tesouro e Finanças, procedeu
ao pagamento de 33,7 milhões de euros, ficando deste modo sub-rogado nos direitos de
credor principal.
A taxa média anual de financiamento, considerando os juros e outros encargos associados,
registou nos últimos anos a seguinte evolução:
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 033
ACRÉSCIMO DE ENDIVIDAMENTO
Nos termos do n.º 5 do artigo 61.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, foi fixado em 4%
o limite máximo de acréscimo de endividamento das empresas públicas para 2014. O
endividamento (passivo exceto provisões e diferimentos) da Parque EXPO à data da
dissolução era de 211,5 milhões de euros, o que traduz uma redução de 2,5% face ao final do
ano de 2013.
Em termos de endividamento bancário, à data da dissolução, a Parque EXPO apresentava um
montante de 159 milhões de euros, o que correspondeu a uma redução 4,7% face ao final de
2013.
EVOLUÇÃO DO PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS A FORNECEDORES
Nos termos da Resolução do Conselho de Ministros n.º 34/2008, de 22 de fevereiro, que
aprovou o Programa Pagar a Tempo e Horas, com a alteração introduzida pelo Despacho
n.º 9870/2009 de 13 de abril, o prazo médio de pagamento (PMP) a fornecedores teve a
seguinte evolução:
Passivo Remunerado 31/12/2013 30/09/2014Variação Absoluta
Variação %
Passivo não corrente
Financiamentos Obtidos 14.761.337 12.301.114 -2.460.223 -16,67%
Passivo corrente
Financiamentos Obtidos 152.206.708 146.740.427 -5.466.281 -3,59%
Total do Passivo Remunerado 166.968.045 159.041.541 -7.926.504 -4,75%
Taxa Média Anual de Financiamento
31/12/2009 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2012 31/12/2013 30/09/2014
Encargos Financeiros (€) 5.777.962 5.306.922 9.668.273 10.832.566 9.406.101 5.882.251
Taxa média de financiamento (%) 2,62% 2,16% 5,40% 6,63% 6,48% 4,03%
2012
PMP 3ºT 2ºT 1ºT 4ºT 3ºT 2ºT 1ºT 4ºT
Prazo 192 100 89 92 86 130 144 112 124%
2014 2013 Var. (%) 3º T 2014/3ºT 2013
034 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
À data da dissolução a empresa não cumpre o Programa Pagar a Tempo e Horas que
estabelece que as empresas que apresentem um PMP superior a 45 dias no ano anterior
devem reduzir o PMP entre 15% a 25%. Pese embora a Parque EXPO apresente um prazo
médio de pagamentos elevado 192 dias, o valor desse indicador, bem como dos restantes
trimestres, encontra-se fortemente influenciado pelos saldos de duas entidades, cujos os
créditos não se encontram liquidados por não ter sido ainda possível estabelecer acordo de
encontro de contas. Excluindo esses saldos e recalculando o PMP obtém-se um indicador de
78 dias no 3.º trimestre de 2014.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 035
DIVULGAÇÃO DOS ATRASOS NOS PAGAMENTOS
Apresenta-se a posição a 30/09/2014 dos pagamentos em atraso tal como definidos nos
termos do Decreto-lei n.º 65-A/2011, de 17 de maio.
O valor em dívida com antiguidade significativa, que se encontra registado em aquisições de
capital, é relativo a um valor em dívida à sociedade Comboios de Portugal, CP, E.P.E., no
montante de 1.059 milhares de euros, suportado por conta da Câmara Municipal de Lisboa,
no âmbito das obras de acessibilidades (construção do viaduto rodoviário sobre a Linha do
Norte e reperfilamento da Av. Marechal Gomes da Costa). No entender da Parque EXPO, a
responsabilidade inerente ao sobrecusto desta obra é da Câmara Municipal de Lisboa e por
questões meramente operacionais relacionadas com a conclusão dos trabalhos até à
abertura da Exposição Mundial de Lisboa a Parque EXPO assumiu a cobertura financeira da
empreitada. Em 2014 foi proferida em primeira instância decisão judicial favorável à Parque
EXPO relativamente a este diferendo, a qual não foi confirmada no Tribunal da Relação, nem
no Supremo Tribunal de Justiça, pelo que a Parque EXPO foi condenada a pagar o valor em
dívida, o qual se encontra caucionado.
RECOMENDAÇÕES DO ACIONISTA EMITIDAS AQUANDO DA APROVAÇÃO DAS CONTAS DE 2013
Na Assembleia Geral de 06 de outubro de 2014 foram aprovados por unanimidade o relatório
de gestão e as contas de 2013, não tendo o acionista Estado emitido qualquer
recomendação, para além da instrução dada, nos termos da lei, à Comissão Liquidatária
eleita, de submeter num prazo de um mês um plano de liquidação. O plano de liquidação foi
submetido no prazo determinado pelos accionistas, estando a aguardar a respetiva
aprovação formal.
Dívidas Vencidas 0-90 dias 90-120 dias 120-240 dias 240-360 dias > 360 dias
Aquisições de bens e serviços 294.674 31.651 14.230 15.167 674.954
Aquisições de capital 0 0 0 0 1.059.213
Total 294.674 31.651 14.230 15.167 1.734.167
Dívidas vencidas de acordo com o Art. 1º DL 65-A/2011
036 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
REMUNERAÇÕES
ÓRGÃOS SOCIAIS
Mesa da Assembleia Geral
Não foi auferida nenhuma remuneração por parte dos membros da Mesa da Assembleia
Geral até à data da dissolução.
Conselho de Administração
De acordo com o Estatuto do Gestor Público, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27
de março, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 8/2012, de 18 de janeiro, retificado pela
Declaração de Retificação n.º 2/2012, de 25 de janeiro, e com a Resolução do Conselho de
Ministros n.º 16/2012, de 14 de fevereiro, articulado com o disposto no n.º 2 da Resolução do
Conselho de Ministros n.º 36/2012, de 26 de março, foi o mantido o estatuto remuneratório
para o triénio 2011/2013 fixado na Deliberação Social Unânime por Escrito de 2 de novembro
de 2011, retificada por Deliberação Social Unânime por Escrito de 26 de abril de 2012.
Mandato
(Início - Fim) BrutaReduções(Lei OE)
Bruta apósReduções
2011-2013 Presidente Maria João Araújo 541 0 0 0
2011-2013 Secretário Maria de Lurdes Castro 270 0 0 0
Estatudo Remuneratório
Fixado (€)
Remuneração anual (€)Cargo Nome
Mandato
(Início - Fim) Doc. Data
2011-2013 Presidente John Michael Crachá do Souto Antunes DUE 02-11-2011
2011-2013 (1) Vogal Ricardo Jorge Soto-Maior Santos Silva Couto DUE 02-11-2011
2011-2013 (1)VogalNão Executivo Carlos Orestes Lasbarrères Camelo DUE 02-11-2011
2011-2013 (2) Vogal Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa --- 28-04-2014
Nome
Legenda:DUE - Deliberação social unânime por escrito(1) - Cessaram funções como membros do Conselho de Administração a 30-06-2013;(2) - De forma a repor o quórum do Conselho de Administração o Conselho Fiscal procedeu no dia 28/04/2014 à nomeação de um Administrador Executivo. Esta nomeação foi ratificada em Assembleia Geral de 06/10/2014;
CargoDesignação
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 037
Aplicação das reduções remuneratórias
As remunerações dos membros do Conselho de Administração foram sujeitas a redução nos
termos do artigo 33.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, até ao final de maio de
acordo com o Acórdão n.º 413/2014, de 30 de maio, do Tribunal Constitucional.
Posteriormente, a partir de 13 de setembro, foram sujeitas às reduções previstas no art. 2.º da
Lei n.º 75/2014, de 12 de setembro.
Não atribuição de prémios de gestão
Nos termos do artigo 41.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, não foram atribuídos
quaisquer prémios de gestão aos membros do órgão de administração da Parque EXPO
durante o ano de 2014.
Fixado Classificação VencimentoDespesas
RepresentaçãoEntidade Pagadora
John Michael Crachá do Souto Antunes Não n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.
Ricardo Jorge Soto-Maior Santos Silva Couto Não n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.
Carlos Orestes Lasbarrères Camelo Não n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.
Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa Não n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.
EGPNome
OPRLO
Variável Fixa OutraRedução Lei
12-A/2010Redução (Lei OE)
Redução anos
Bruta após Reduções (1)
John Michael Crachá do Souto Antunes 0 € --- 0 € --- --- --- 81.960 €
Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa 2 0 € --- 0 € --- --- --- 44.132 €
NomeRemuneração Anual (€)
Legenda:(1) - Conforme deliberação que fixou as remunerações dos órgãos sociais, as remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração já contemplam as reduções decorrentes das Leis n.º 12-A/2010, n.º 83-C/2013 e n.º 75/2014.(2) - Remunerações auferidas no período de 28-04-2014 a 06-10-2014.
Identificar Valor Identificar Valor
John Michael Crachá do Souto Antunes 1.191 € Seg. Social 9.031 € 713 € 584 € --- --- ---
Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa 1 603 € Seg. Social 4.859 € 404 € 340 € --- --- ---
Benefícios Sociais
Reg. Proteção Social Outros
Legenda:(1) - Benefícios sociais usufruidos no período de 28-04-2014 a 06-10-2014.
NomeSub.
Refeição Seg. Saúde
Seg.Vida
Seg. Ac. Pessoais
038 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Entidade Função Regime BrutaRedução (Lei OE)
Bruta após Reduções
Oceanário de Lisboa, S. A. Presidente Público --- --- ---
Marina Parque das Nações, S. A. Presidente Público --- --- ---
Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações, S. A. Presidente Público --- --- ---
Parque Expo - Desenvolvimento do Território, S. A. Presidente Público --- --- ---
Parque Expo - Desenvolvimento do Território, S. A. Vogal do CA Público --- --- ---
Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações, S. A. Vogal do CA Público --- --- ---
NomeAcumulação de Funções - valores anuais (€)
John Michael Crachá do Souto
Antunes
Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa
Plafond Mensal Definido
Valor até Set-14 Observações
John Michael Crachá do Souto Antunes 80 € 548 € ---
Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa 1 80 € 113 € ---
Legenda:(1) - Gastos com comunicações móveis no período de 28-04-2014 até 06-10-2014.
NomeGastos com Comunicações Móveis
Viatura atribuída
Celebração de contrato
Valor de referência da viatura
Modalidade Ano Início Ano TermoNº
Prestações
Valor da Renda Mensal
Valor(Jan a Set-14)
John Michael Crachá do Souto Antunes sim sim 38.720 € AOV 2009 2015 62 617 € 5.458 €
Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa 1 sim sim 38.703 € AOV 2009 2015 53 582 € 2.486 €Legenda:(1) - Encargos com viatura no período de 28-04-2014 a 06-10-2014.
Nome
Encargos com Viaturas
Combustível PortagensOutras
ReparaçõesSeguro
John Michael Crachá do Souto Antunes 1 400 € 3.910 € --- 0 € 586 € ---
Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa 2 400 € 976 € --- 0 € 302 € ---
Observações
Legenda:(1) - O valor de combustível registado ultrapassa o plafond do período. O acerto do consumo de combustível é, habitualmente, efetuado no final do ano.(2) - Encargos com viatura no período de 28-04-2014 a 06-10-2014.
NomeGastos anuais associados a Viaturas
Plafond Mensal definido para
Identificar Valor
John Michael Crachá do Souto Antunes --- --- --- --- --- ---
Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa --- --- --- --- --- ---
Gastos anuais associados a Deslocações em Serviço
OutrasNome Deslocações em Serviço
Custo com Alojamento
Ajudas de Custo
Gasto total com viagens
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 039
Conselho Fiscal
Mandato
(Início - Fim) Doc. Data
2011-2013 Presidente Cristina Maria Pereira Branco Mascarenhas Vieira Sampaio DUE 02-11-2011 1.117,35
2011-2013 Vogal Maria Fernanda Joanaz da Silva Martins DUE 02-11-2011 744,90
2011-2013 Vogal Teresa Isabel Carvalho Costa DUE 02-11-2011 744,90
2011-2013 Vogal suplente Rosa Maria Bento de Matos Sécio Raposeiro DUE 02-11-2011 0,00
Legenda:DUE - Deliberação social unânime por escrito
Cargo NomeEstatudo
Remuneratório Fixado (mensal €)
Designação
As remunerações mensais ilíquidas dos membros do Conselho Fiscal foram fixadas através
de uma percentagem da remuneração mensal ilíquida do Presidente do Conselho de
Administração, nomeadamente 15% no caso do Presidente do Conselho Fiscal e 10% no caso
dos vogais do Conselho Fiscal. As remunerações dos membros do Conselho Fiscal, por via
da sua indexação à remuneração do Presidente do Conselho de Administração, foram sujeitas
a redução nos termos do artigo 33.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, até ao final de
maio de acordo com o Acórdão n.º 413/2014, de 30 de maio, do Tribunal Constitucional.
Posteriormente, a partir de 13 de setembro, foram sujeitas às reduções previstas no art. 2.º da
Lei n.º 75/2014, de 12 de setembro.
BrutaRedução(Lei OE)
Bruta apósReduções (1)
Cristina Maria Pereira Branco Mascarenhas Vieira Sampaio --- --- 12.296
Maria Fernanda Joanaz da Silva Martins --- --- 8.196
Teresa Isabel Carvalho Costa --- --- 8.196
Remuneração anual (€) Nome
Legenda:(1) - As remunerações auferidas pelos membros do Conselho Fiscal já contemplam as reduções decorrentes da Lei 83-C/2013 e posteriormente da Lei n.º 75/2014, uma vez que se encontram fixadas de forma indexada à remuneração do Presidente do Conselho de Administração e que nos termos da deliberação que fixou as remunerações já contemplam as reduções decorrentes das leis anteriormente referidas e da Lei n.º 12-A/2010.
040 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Revisor Oficial de Contas
Mandato
(Início - Fim) Nome Número Doc. Data Limite Fixado Contratada
2011-2013 EfetivoAlves da Cunha, A. Dias & Associados, SROCrepresentada por José Alves da Cunha
74 (SROC)585 (ROC)
DUE 25-01-2012 38.800 2
2011-2013 SuplenteJRP. Caiado & Associados SROCrepresentada por Pedro João Reis de Matos Silva
44 (SROC)491 (ROC)
DUE 25-01-2012 --- 2
Remuneração (€) Nº Mandatos exercídos na Soc.
CargoDesignaçãoIdentificação
RESTANTES TRABALHADORES
Aplicação da redução remuneratória
As remunerações dos restantes trabalhadores foram sujeitas a redução no termos do artigo
27.º da Lei n.º 66-B/2012.
As remunerações dos trabalhadores da Parque EXPO foram sujeitas a redução nos termos do
artigo 33.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, até ao final de maio de acordo com o
Acórdão n.º 413/2014, de 30 de maio, do Tribunal Constitucional. Posteriormente, a partir de
13 de setembro, foram sujeitas às reduções previstas no art. 2.º da Lei n.º 75/2014, de 12 de
setembro.
APLICAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 32.º DO EGP
Da aplicação do disposto no artigo 32.º do Estatuto do Gestor Público resulta que não é
utilizado por qualquer membro do Conselho de Administração cartões de crédito e outros
instrumentos de pagamento, tendo por objeto a realização de despesas ao serviço da
empresa. Não é igualmente permitido o reembolso de quaisquer despesas que caiam no
âmbito do conceito de despesas de representação pessoal.
BrutaRedução(Lei OE)
Bruta apósReduções
Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC 29.100 2.910 26.190
NomeRemuneração Jan-14 a Set-14 (€)
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 041
NORMAS DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA
A Parque EXPO, na qualidade de entidade adjudicante, está sujeita à disciplina da
contratação pública, subordinando as aquisições de bens e serviços e a adjudicação de
empreitadas ao regime do Código dos Contratos Públicos.
As peças dos respetivos procedimentos são publicadas na plataforma eletrónica alojada em
www.compraspublicas.gov.
A empresa procedeu à transposição do despacho n.º 438/10- SETF, de 10 de maio, para o
seu normativo interno através de uma ordem de serviço, assegurando que as adjudicações de
prestações de serviços superiores a 125.000 euros são previamente e devidamente
justificadas e que é posteriormente objeto de avaliação.
Em razão da sua plena submissão à lógica do mercado e da livre concorrência, a Oceanário
S. A. e a Marina do Parque das Nações S. A., estão dispensadas de aplicar o regime de
contratação pública aos contratos por si celebrados. Apesar disso, o Conselho de
Administração destas sociedades deliberou aplicar, a título de regime subsidiário, o Código
dos Contratos Públicos aos contratos de adjudicação de empreitadas e de aquisição de bens
e serviços não ligados à componente operacional ou à atividade corrente.
Com a exceção da prorrogação dos contratos de financiamento bancário não foi celebrado
qualquer contrato com valor superior a 5 milhões de euros, não tendo, por conseguinte, sido
aplicável a necessidade de visto prévio do Tribunal de Contas.
ADESÃO AO SISTEMA NACIONAL DE COMPRAS PÚBLICAS
A Parque EXPO aderiu à Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E. em 16 de Abril de
2009, tendo o Contrato de Adesão sido celebrado na qualidade de “Entidade Aderente” e na
de mandatária das suas empresas participadas com as quais se encontra em relação de
domínio e grupo.
042 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
No âmbito dessa adesão, em 2014 até à data da dissolução, não foi realizado nenhum
procedimento, tendo já em novembro sido realizado um relativo ao fornecimento de
combustível para 2015.
PARQUE DE VEÍCULOS DO ESTADO A Parque EXPO não aderiu ao Sistema de Gestão de Parque de Veículos do Estado.
Até a setembro de 2014 o parque de veículos da Parque Expo foi reduzido em 2 viaturas,
correspondendo a uma diminuição de 6% do total.
PLANO DE REDUÇÃO DE CUSTOS
A evolução dos gastos operacionais da Parque EXPO de 2010 até à data de dissolução,
refletem o cumprimento do objetivo de redução de gastos operacionais bem como das
rubricas específicas de despesas com deslocações e estadas, ajudas de custo e
comunicações.
1. CMVMC 9.824.833 611.948 4.665.253 2.193.788 134.389 4.545.814
2. Fornecimentos e serviços externos 9.583.314 6.601.274 5.297.864 3.348.498 2.458.680 1.053.362
3. Gastos com pessoal 10.165.528 10.110.881 8.922.327 6.921.793 6.516.580 3.814.535
3.1. GcP correntes 9.811.097 9.910.171 7.899.171 6.071.988 5.757.326 3.537.018
3.2. Indemnizações 354.431 200.710 1.023.155 849.805 759.254 277.517
Total [1+2+3] 29.573.675 17.324.103 18.885.444 12.464.079 9.109.648 9.413.712
Total valores comparáveis [2+3.1] 19.394.411 16.511.445 13.197.036 9.420.486 8.216.006 4.590.381
4. Volume de Negócios 30.021.626 14.277.611 17.216.349 9.584.033 4.138.226 7.213.852
Peso dos Gastos no VN (%) [(1+2+3) / 4] 99% 121% 110% 130% 220% 130%
Detalhe de rubricas específicas:
Deslocações / Estadas 429.126 371.155 215.309 99.773 46.503 40.132
Ajudas de Custo 109.024 125.825 101.600 42.713 29.588 32.314
Comunicações 252.580 267.955 181.834 114.615 58.168 21.156
Plano Redução de Custos 2009 2010 2011 2012 20132014
(Jan-Set)
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 043
REDUÇÃO DO NÚMERO DE EFETIVOS
A evolução do número de colaboradores da Parque EXPO reflete o cumprimento da
orientação de redução do número de trabalhadores expressa no artigo 60.º da Lei 83-C/2013.
PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA DO ESTADO
Ao longo de 2014 a Parque EXPO manteve, junto do IGCP, as suas disponibilidades
financeiras, não tendo obtido qualquer receita de aplicação financeira efetuada em violação
do princípio da unidade de tesouraria.
RECOMENDAÇÕES RESULTANTES DE AUDITORIAS DO TRIBUNAL DE CONTAS
No período em análise, não houve recomendações resultantes de auditorias do Tribunal de
Contas a que o Conselho de Administração da Parque EXPO tivesse que dar cumprimento.
Número de RH sem órgãos sociais (1) 170,6 167,0 133,8 104,6 94,2
Número de órgãos sociais (1) 9,5 8,7 9,0 8,0 7,6
Gastos totais com pessoal excepto indemnizações (€) 9.910.171 7.899.171 6.071.988 5.757.326 3.537.018
Gastos com órgãos sociais 597.675 380.620 276.659 294.716 207.992
Gastos com RH sem O.S. e sem dirigentes 9.312.496 7.518.551 5.795.329 5.462.609 3.329.026
Rescisões / Indemnizações (€) 200.710 1.023.155 849.805 759.254 277.517
Legenda:(1) - número médio anual valores em Euros
2014(Jan-Set)
Quadro de Pessoal 2010 2011 2012 2013
044 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO
S N N.A.
Estatutos atualizados (PDF) X
Historial, Visão, Missão e Estratégia X
Ficha síntese da empresa X
Identificação da empresa:
Missão, objetivos, políticas, obrig. serv. público e modelo de financiamento X
Modelo Governo / Ident. Órgãos Sociais:
Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais) X
Estatuto remuneratório fixado X
Remunerações auferidas e demais regalias X
Regulamentos e Transações:
Regulamentos Internos e Externos X
Transações relevantes c/ entidade(s) relacionada(s) X
Outras transações X
Análise de sustentabilidade económica, social e ambiental X
Avaliação do cumprimento dos PBG X
Código de Ética X
Informação financeira histórica e atual X
Esforço financeiro do Estado X
Informação a constar no Site do SEEDivulgação
Comentários
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 045
VI: DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE NOS TERMOS DO ART. 245.O DO CVM
Nos termos previstos na alínea a) do n.º 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários,
o Conselho de Administração declara que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação
constante na documentação de prestação de contas foi elaborada em conformidade com as
normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do
passivo, da situação financeira e dos resultados da Parque EXPO, e que o relatório de gestão
expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Sociedade,
contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.
VII: PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Nos termos previstos na alínea f) do n.º 5 do artigo 66.º do Código das Sociedades
Comerciais e para os efeitos previstos na alínea b) do n.º 1 o artigo 11.º dos Estatutos da
Parque EXPO 98, S. A. (em liquidação), a Comissão Liquidatária propõe que o prejuízo, no
valor de -2.139.430,89 Euros, apurado à data da dissolução, seja transferido para a conta de
Resultados Transitados.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 047
VIII: NOTA FINAL
A Comissão Liquidatária entende ser seu dever agradecer:
: ao Governo Português e em particular aos responsáveis do Ministério das Finanças, do
Ministério da Agricultura e do Mar e do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e
Energia, a confiança depositada e o apoio demonstrado;
: à Câmara Municipal de Lisboa, o diálogo e espírito de cooperação mantidos;
: aos membros da Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e à Sociedade de Revisores
Oficiais de Contas, a colaboração sempre demonstrada;
: às entidades, públicas e privadas, com quem a Parque EXPO se relacionou ao longo de
2014, em particular aos seus clientes, a confiança depositada;
: e aos colaboradores da Parque EXPO, o profissionalismo, competência, dedicação e
empenho que sempre têm evidenciado.
Lisboa, 23 de janeiro de 2015
A Comissão Liquidatária
RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO
:2014
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 051
Dando cumprimento ao disposto no artigo 54.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, apresenta-se de
seguida a informação relevante considerada fundamental para o relatório de boas práticas de
governo societário da Parque EXPO.
I: MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS
Na Assembleia Geral Anual da sociedade Parque EXPO, realizada a 6 de outubro, foi
deliberada a dissolução da sociedade, com efeitos a 30 de setembro de 2014, e que a
liquidação da empresa seja concluída até um prazo máximo de dois anos. Para o efeito, a
Comissão Liquidatária submeteu um plano de liquidação aos acionistas onde definiu um
conjunto de ações a desenvolver conducentes à liquidação e subsequente extinção da
sociedade. O plano de liquidação ainda não foi objeto de aprovação por parte dos acionistas.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 053
II: ESTRUTURA DE CAPITAL
O capital social da sociedade Parque EXPO é de oitenta e dois milhões, seiscentos e
quarenta e dois mil e duzentos e cinquenta euros (82.642.250 €), divididos em trezentas e
trinta milhões, quinhentas e sessenta e nove mil ações ordinárias (330.569.000) com um valor
nominal de vinte e cinco cêntimos (0,25 €). As ações são nominativas e não existem
categorias de ações com direito e deveres diferenciados
Não existe qualquer limitação à titularidade, no entanto quanto à transmissibilidade das ações,
os acionistas têm o direito de preferência na alienação de ações a título oneroso.
Não são conhecidos quaisquer acordos parassociais entre os sócios da sociedade que
possam conduzir a eventuais restrições.
Acionistas Nº Ações % Valor Unit. Valor Capital
Direção-Geral do Tesouro e Finanças 329.819.000 99,773% 0,25 € 82.454.750,00 €
Câmara Municipal de Lisboa 750.000 0,227% 0,25 € 187.500,00 €
Total 330.569.000 100,000% 82.642.250,00 €
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 055
III: PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS
Participações sociais em outras entidades detidas por membros dos órgãos
sociais
Nenhum dos membros dos órgãos sociais detém qualquer participação qualificada, nos
termos dos artigos 245.º-A e 16.º do Código dos Valores Mobiliários, noutra entidade.
Participações sociais em outras entidades detidas pela sociedade
Para além das participações acima identificadas, há ainda a referir a participação da Parque
EXPO na qualidade de instituidor da Fundação do GIL.
Aquisições e alienações de participações sociais
Até 30 de setembro de 2014 não ocorreu qualquer operação de aquisição ou de alienação de
participação social, tendo se verificado a extinção da sociedade Parque Expo – Gestão
Urbana do Parque das Nações, S.A. Em dezembro, ocorreu a venda à REFER da participação
detida na GIL – Gare Intermodal de Lisboa, S.A.
Entidade % Capital % Votos
Oceanário de Lisboa, S.A. 100,00% 100,00%
Parque Expo Desenvolvimento do Território, S.A. 100,00% 100,00%
Marina do Parque das Nações, S.A. 99,55% 99,55%
GIL - Gare Intermodal de Lisboa, S.A. 49,00% 49,00%
Telecabine de Lisboa, Lda 30,00% 30,00%
Climaespaço, S.A. 3,64% 3,64%
056 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Garantias financeiras ou assunção de dívidas
A 30 de setembro de 2014 a Parque EXPO é avalista da sua subsidiária Marina do Parque das
Nações, S.A. em dois créditos, um descoberto bancário no montante de 1 milhão de euros e
um empréstimo bonificado no âmbito de um sistema de incentivos a investimentos na
atividade turística (SIVETUR) no montante de 256 milhares de euros. Para além disso, prestou
as garantias bancárias que se encontram discriminadas na nota 14 ao anexo.
Número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de
administração e de fiscalização
Os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal não detêm qualquer ação
ou obrigação da sociedade Parque EXPO.
Existência de relações significativas de natureza comercial entre os titulares de
participações e a sociedade
Não ocorreram relações de natureza comercial entre os acionistas e a sociedade.
Prevenção de conflitos de interesses
A empresa dispõe de um conjunto alargado de disposições em vários normativos internos
que visam prevenir as situações suscetíveis de gerar conflitos de interesse.
Assim, os membros do Conselho de Administração não podem intervir nas decisões que
envolvam os seus próprios interesses, estando-lhes vedado, pelas normas internas que
regulam o funcionamento deste órgão de gestão, votar sobre os assuntos em que tenham,
direta ou indiretamente, por conta própria ou de terceiro, um interesse em conflito com o da
empresa.
A Ordem de Serviço que regula as normas e os procedimentos de despesa e de delegação
de competências e o Código de Conduta preveem também disposições específicas em
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 057
matéria de prevenção de conflitos de interesse, que definem as condutas que devem ser
observadas neste domínio, como a não autorização de processos de aquisição de bens ou
serviços em que o proponente ou o decisor tenham relações familiares ou interesses diretos
ou indiretos com o fornecedor e a proibição de aceitação de ofertas de valor superior a 150
euros.
Os membros do Conselho de Administração cumpriram a obrigação de apresentação dos
elementos a que se refere o ponto 22 dos Princípios de Bom Governo anexo à Resolução do
Conselho de Ministros n.º 49/2007, de 28 de março, à Inspeção Geral de Finanças, ao órgão
de administração e ao órgão de fiscalização da empresa.
Declaração de independência (artigo 51.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro)
Eu, John Michael Crachá do Souto Antunes, declaro que não intervenho nas decisões que
envolvam os meus próprios interesses, designadamente na aprovação de despesas por mim
realizadas, conforme determina o artigo 51.º do Decreto-Lei n.º 133/2013 ou em outra
legislação aplicável.
Lisboa, 23 de janeiro de 2015
John Michael Crachá do Souto Antunes
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 059
IV: ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES
A) Mesa da Assembleia Geral
Composição
Deliberações acionistas que só podem ser tomadas com maioria qualificada
Os estatutos da sociedade não preveem nenhuma situação em que a deliberação acionista
tenha que ser tomada por maioria qualificada, determinando apenas que as competências da
Assembleia Geral abaixo descritas sejam tomadas por maioria de votos dos acionistas
presentes ou representados na assembleia geral, sempre que a lei não exija maior número:
: deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício;
: deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados;
: proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade;
: eleger os titulares dos demais Órgãos Sociais;
: deliberar sobre alterações dos estatutos;
: deliberar sobre qualquer outro assunto para que tenha sido convocada.
Além das competências acima enunciadas, cabe à Assembleia Geral autorizar previamente a
constituição de outras sociedades e a realização de operações de aquisição ou alienação no
capital de outras sociedades, sempre que tal envolva uma sociedade em relação à qual
exista, ou passe a existir, uma relação de domínio.
Mandato
(Início - Fim)
2011-2013 Presidente Maria João Dias Pessoa de Araújo Eleição 1
2011-2013 Secretário Maria de Lurdes Pereira Moreira Correia de Castro Eleição 1
Designação Legal da atual
Nomeação
N.º de mandatos exercidos na sociedade
ObservaçõesCargo Nome
060 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
B) Administração e Supervisão
Modelo de governo
O modelo de governo adotado na Sociedade tem a seguinte configuração de órgãos sociais:
Assembleia Geral, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Sociedade de Revisores
Oficiais de Contas.
Regras estatutárias sobre procedimentos aplicáveis à nomeação e substituição dos
membros do Conselho de Administração
Nos termos dos estatutos compete à Assembleia Geral a nomeação dos membros do
Conselho de Administração. Os estatutos não preveem nenhum procedimento específico
quanto à substituição de membros do conselho de administração, pelo que se aplica as
regras do Código das Sociedades Comerciais.
Composição
Nos termos dos estatutos da Sociedade:
: O conselho de administração é composto por um presidente e dois a quatro vogais.
: Os vogais podem ser eleitos como não executivos.
: Nas deliberações do conselho o presidente tem voto de qualidade.
: O presidente do conselho de administração é escolhido pela assembleia geral de entre os
vogais eleitos.
: O mandato dos membros do conselho de administração tem a duração de três anos e é
renovável.
Mandato
(Início - Fim)
2011-2013 Presidente John Michael Crachá do Souto Antunes Eleição 1
2011-2013 Vogal Ricardo Jorge Soto-Maior Santos Silva Couto Eleição 1 a)
2011-2013 Vogal não executivo Carlos Orestes Lasbarrères Camelo Eleição 1 a)
2011-2013 Vogal Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa Designação pelo Conselho Fiscal 1 b)
Cargo NomeDesignação Legal da atual
Nomeação
N.º de mandatos exercidos na sociedade
Observações
Legenda: a) - Cessou funções como membro do Conselho de Administração a 30-06-2013; b) - Nomeado a 28-04-2014 através de designação por parte do Conselho Fiscal de forma a repor o quórum do Conselho de Administração. Esta nomeação foi ratificada na Assembleia Geral de 06/10/2014.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 061
Elementos curriculares
Presidente do C.A. | John Michael Crachá do Souto Antunes
Habilitações Académicas:
MBACatólica Finanças
Licenciatura de Gestão da UTL - ISEG
Atividade Profissional:
2011/… Presidente do Conselho de Administração da Parque EXPO 98, S.A.
2011/… Presidente do Conselho de Administração do Oceanário de Lisboa,
S.A.
2011/… Presidente do Conselho de Administração da Marina do Parque das
Nações, S.A.
2011/2014 Presidente do Conselho de Administração da Parque EXPO – Gestão
Urbana do Parque das Nações, S.A.
2011/2013 Presidente do Conselho de Administração da Atlântico – Pavilhão
Multiusos de Lisboa, S.A
2011/2013 Presidente do Conselho de Administração da Blueticket – Serviços de
Bilhética, S.A.
2011/2012 Administrador não Executivo da GIL – Gare Intermodal de Lisboa, S.A.
2007/2012 Administrador não Executivo da Climaespaço – Sociedade de
Produção e Distribuição Urbana de Energia Térmica, S.A.
2007/2010 Administrador não Executivo da Atlântico – Pavilhão Multiusos de
Lisboa, S.A.
2006/2011 Diretor da Direção Administrativa e Financeira da Parque Expo 98, SA.
2006/2011 Administrador não Executivo da Polo das Nações S.A., EXPO BI 2,
S.A.
2006/2008 Administrador não Executivo da Polo das Nações S.A., EXPO BI 1 S.A.
2001/2006 Diretor no BIG - Banco de Investimento Global, S.A. desenvolvendo
atividades na área de negócio com empresas e institucionais
2000/2001 Membro da Comissão Executiva da Teleweb Comunicações Interativas
S.A. com funções de responsável da Direção Financeira e Direção de
Apoio a Clientes
1994/2000 Banco Chemical S.A. desempenhando funções de Corporate Banking
e Project Finance
062 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Vogal do C.A. | Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa
Habilitações Académicas:
Licenciatura em Direito - Faculdade de Direito de Lisboa
Pós-Graduação em Direito das Autarquias Locais - Instituto de Ciências Jurídico-
Políticas da Faculdade de Direito de Lisboa
Outras Habilitações:
Curso intensivo de aperfeiçoamento em Contratação Pública – Novo Código dos
Contratos Públicos, NPF - Pesquisa e Formação / Sérvulo & Associados –
Sociedade de Advogados, R.L.
Curso intensivo de aperfeiçoamento sobre o Código do Trabalho, Universidade
Católica Portuguesa - Faculdade de Direito – Escola de Lisboa
Estágio concluído na Ordem dos Advogados com atribuição do correspondente
título profissional
Atividade Profissional:
2014 Vogal executivo do Conselho de Administração da Parque EXPO 98,
S.A. (Abril – Outubro)
2014 Vogal do Conselho de Administração da Parque EXPO - Gestão
Urbana do Parque das Nações, S.A. (Maio – Setembro)
2014 Vogal do Conselho de Administração da Parque EXPO –
Desenvolvimento do Território, S.A. (desde Maio)
2000/… Jurista na Parque EXPO 98, S.A.
1998/2007 Consultor jurídico externo da EGEAC – Empresa de Gestão de
Equipamentos e Animação Cultural, E.M. (ex-EBAHL, E.M.)
Cargos exercidos até Abril de 2014:
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da sociedade Parque EXPO
– Desenvolvimento do Território, S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da sociedade Parque EXPO
– Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A.
Secretário da Mesa da Assembleia Geral da sociedade OCEANÁRIO
DE LISBOA, S.A.
Secretário da Mesa da Assembleia Geral da sociedade MARINA DO
PARQUE DAS NAÇÕES – Sociedade Concessionária da Marina do
Parque das Nações, S.A.
Cargos exercidos até Maio de 2013:
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 063
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da sociedade ATLÂNTICO –
PAVILHÃO MULTIUSOS DE LISBOA, S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da sociedade BLUETICKET –
SERVIÇOS DE BILHÉTICA, S.A.
Cargos exercidos até Dezembro de 2006:
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da sociedade 1.10 -
CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da sociedade ESPAÇO
PORTIMÃO - SOCIEDADE IMOBILIÁRIA, LDA.
Não existem relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas, dos
membros do Conselho de Administração com acionistas a quem seja imputável participação
qualificada superior a 2% dos direitos de voto.
Competências
Compete ao Conselho de Administração assegurar a gestão dos negócios da Sociedade,
sendo-lhe atribuídos os mais amplos poderes e cabendo-lhe, designadamente:
: aprovar o Plano de Atividades Anual e Plurianual;
: aprovar o Orçamento e acompanhar a sua execução;
: gerir os negócios sociais e praticar todos os atos relativos ao objeto social que não caibam
na competência de outro órgão da sociedade;
: adquirir, alienar ou onerar participações no capital de outras sociedades, precedendo
autorização da Assembleia Geral;
: representar a sociedade, em juízo e fora dele, ativa e passivamente, propor e acompanhar
ações, confessar, desistir, transigir e aceitar compromissos arbitrais;
: adquirir, alienar ou onerar bens imóveis;
: deliberar sobre a emissão de empréstimos obrigacionistas e contrair outros empréstimos no
mercado financeiro, ressalvados os limites legais;
: estabelecer a organização técnico-administrativa da Sociedade;
: decidir sobre a admissão de pessoal e sua remuneração;
064 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
: constituir procuradores e mandatários da sociedade, nos termos que julgue convenientes;
: exercer as demais competências que lhe caibam por lei, independentemente, e sem
prejuízo, das que lhe sejam delegadas pela Assembleia Geral;
: aprovar a mudança de sede e estabelecer delegações, filiais, sucursais ou outras formas de
representação social, em território nacional ou estrangeiro;
: aprovar a cooptação de Administradores;
: aprovar a prestação de garantias pela Sociedade;
: aprovar os projetos de fusão, cisão e transformação da Sociedade.
O Conselho de Administração poderá delegar em algum ou alguns dos seus membros ou em
comissões especiais algum ou alguns dos seus poderes, definindo em ata os limites e
condições de tal delegação.
Incumbe especialmente ao Presidente do Conselho de Administração:
: representar o conselho em juízo e fora dele;
: coordenar a atividade do conselho de administração e convocar e dirigir as respetivas
reuniões;
: zelar pela correta execução das deliberações do Conselho de Administração;
: exercer voto de qualidade.
Funcionamento do Conselho de Administração
Com a cessação de funções por renúncia, a 30 de junho de 2013, de dois dos vogais
nomeados para o Conselho de Administração, verificou-se até 28-04-2014 uma situação de
inexistência de quórum do órgão de gestão. Após essa data, com a designação de um novo
vogal, foi cometida a cada um dos membros do Conselho de Administração da Parque EXPO,
sem prejuízo do exercício colegial das suas funções, a responsabilidade de acompanhamento
das seguintes áreas funcionais:
John Michael Crachá do Souto Antunes
: Direção de Gestão de Projetos
: Direção Administrativa e Financeira
: Recursos Humanos
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 065
: Planeamento e Controlo
: Conceção de projetos
Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa
: Direção de Património
: Gabinete Jurídico
: Responsabilidade Social
: Empresas Participadas
Os membros do Conselho de Administração exerceram os seguintes cargos nas empresas
do grupo ou participadas:
John Michael Crachá do Souto Antunes
Presidente do Conselho de Administração:
: Oceanário de Lisboa, S. A.
: Marina Parque das Nações, S. A.
: Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações, S. A.
: Parque Expo – Desenvolvimento do Território, S. A.
Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa
Vogal do Conselho de Administração:
: Parque Expo - Desenvolvimento do Território, S. A.
: Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações, S. A.
C) Fiscalização
A fiscalização da atividade da sociedade compete ao Conselho Fiscal, a quem cabe propor à
Assembleia Geral o Revisor Oficial de Contas. Para além das competências estabelecidas na
lei para o Conselho Fiscal e para o Revisor Oficial de Contas, compete especialmente ao
Conselho Fiscal:
: fiscalizar a administração da sociedade;
: vigiar pela observância da lei e do contrato de sociedade;
066 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
: chamar a atenção do Conselho de Administração para qualquer assunto que deva ser
ponderado e pronunciar-se sobre qualquer matéria que lhe seja submetida por aquele
órgão.
Mandato
(Início - Fim)
2011-2013 Presidente Cristina Maria Pereira Branco Mascarenhas Vieira Sampaio Eleição 2
2011-2013 Vogal Maria Fernanda Joanaz da Silva Martins Eleição 1
2011-2013 Vogal Teresa Isabel Carvalho Costa Eleição 1
2011-2013 Vogal suplente Rosa Maria Bento de Matos Sécio Raposeiro Eleição 1
Cargo Nome ObservaçõesDesignação
Legal da atual Nomeação
N.º de mandatos exercidos na sociedade
D) Revisor Oficial de Contas (ROC)
Mandato
(Início - Fim)
2011-2013 EfetivoAlves da Cunha, A. Dias & Associados, SROCrepresentada por José Alves da Cunha
Eleição 2
2011-2013 SuplenteJRP. Caiado & Associados SROCrepresentada por Pedro João Reis de Matos Silva
Eleição 2
Legenda: (1) - valor bruto anual fixado; (2) - antes das reduções remuneratórias;
ObservaçõesCargo NomeDesignação legal
da atual Nomeação
N.º de Mandatos exercidos na sociedade
O cargo efetivo de revisor oficial de contas é exercido há dois mandatos consecutivos por
José Alves da Cunha (ROC n.º 585) em representação da sociedade Alves da Cunha, A. Dias
& Associados, SROC (SROC n.º 74). Não existem limitações, legais ou outras, relativamente
ao número de anos que o ROC presta serviços à sociedade.
Não foram prestados pela Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC e pela JRP Caiado &
Associados SROC quaisquer outros serviços à sociedade.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 067
V: ORGANIZAÇÃO INTERNA
A) Estatutos e comunicações
Nos termos dos Estatutos da Parque EXPO, compete a Assembleia Geral deliberar a alteração
dos estatutos da sociedade.
A Parque EXPO cumpre a legislação e a regulamentação em vigor relativas à prevenção da
corrupção, observando igualmente as recomendações do Conselho de Prevenção da
Corrupção (com as devidas adaptações decorrentes, nomeadamente, da natureza jurídica de
empresa de capitais públicos de direito privado e da aplicação aos seus trabalhadores do
regime do Código de Trabalho).
Os membros do órgão de gestão da Parque EXPO, sendo considerados gestores públicos,
desempenham as respetivas funções observando o que dispõe o Estatuto do Gestor Público
e o regime jurídico aplicável ao setor público empresarial, em particular as normas relativas a
incompatibilidades e impedimentos, prevenção de conflitos de interesse, regras de ética e de
conduta e de boas práticas em matéria de transparência, respeito pela concorrência e
prestação de informação.
A sociedade observa tudo quanto decorre do “Código de Ética e de Conduta do Grupo
Parque Expo”, instrumento que se tem verificado eficaz, designadamente, no cumprimento
dos objetivos de mitigação e prevenção da fraude organizacional.
B) Controlo interno e gestão de riscos
Estão em vigor na empresa um conjunto de procedimentos internos que visam assegurar, a
vários níveis, o controlo de riscos, em termos que se julgam adequados à missão e à
estratégia de negócios.
Relativamente ao risco operacional, procede-se à avaliação dos fornecedores, no
cumprimento dos procedimentos de adjudicação de fornecimentos de bens e serviços e
avaliam-se os fornecimentos, no quadro do Sistema de Gestão de Qualidade e Ambiente.
068 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Procede-se também à avaliação dos clientes, mediante a realização de inquéritos de
satisfação, que procuram percecionar a qualidade dos serviços prestados.
Internamente estão definidos normas e procedimentos de realização de despesa e delegação
de competências, suportados num sistema de informação integrado, que, juntamente com a
adequada segregação de funções, garantem um controlo estrito de todos os pagamentos.
Na sequência da integração da Parque EXPO no setor das administrações públicas, nos
termos do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, a Direção-Geral do Tesouro e
Finanças concedeu à Parque EXPO, em novembro de 2014, um empréstimo de médio/longo
prazo no valor de 149,6 milhões de euros. Este montante, destinou-se a liquidar o
financiamento bancário sem aval do Estado, é remunerado ao risco da Republica Portuguesa.
A Parque EXPO tem implementado um conjunto de procedimentos de controlo interno e de
gestão de risco relativamente ao processo de divulgação de informação financeira, cumprindo
os principais requisitos e melhores práticas no registo e tratamento de dados no sistema de
informação financeira, promovendo uma adequada segregação de funções na preparação e
divulgação da informação financeira, e assegurando que todos os documentos de reporte e
divulgação para entidades externas sejam previamente aprovados pelo Conselho de
Administração.
C) Regulamentos e códigos
Nos termos legais, a Parque EXPO está subordinada ao regime jurídico estabelecido pelo
Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro, estando a sua gestão submetida aos princípios de
bom governo definidos no capítulo II do referido diploma.
Os gestores da Parque EXPO estão abrangidos pelo Estatuto do Gestor Público aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de março, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º
8/2012,de 18 de janeiro, objeto da Declaração de Retificação n.º 2/2012, de 25 de janeiro, e
tendo ainda presentes as Resoluções do Conselho de Ministros n.º 16/2012, de 14 de
fevereiro, e n.º 36/2012, de 26 de março.
Por ser emitente de valores transacionáveis em mercado regulamentado, a atividade da
empresa está sujeita ao cumprimento das disposições aplicáveis do Código dos Valores
Mobiliários e dos regulamentos específicos da Comissão do Mercado de valores Mobiliários
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 069
(CMVM), em especial no que respeita a assuntos relacionados com divulgação de informação
económica e financeira e transparência da gestão.
Em matéria de aquisição de bens e serviços, a empresa rege-se pelo Código da Contratação
Pública aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008.
No plano interno, a atuação da empresa rege-se por um conjunto de ordens de serviço que
regulam a organização e o funcionamento da empresa. Destacam-se ainda os seguintes
documentos:
: Manual da Qualidade e Ambiente, que tem por objetivo descrever os requisitos do Sistema
de Gestão da Qualidade e Ambiente (SGQA) em vigor na Parque EXPO. Descreve o âmbito
de aplicação do SGQA, exclusões de requisitos, os seus processos e interações entre os
mesmos. O SGQA da Parque EXPO aplica-se às atividades de "Prospeção, Conceção e
Gestão de Projetos de Renovação Urbana e Requalificação Ambiental”.
: Código de Ética e de Conduta do Grupo Parque EXPO, que visa estabelecer os objetivos
gerais de caráter ético que o Grupo Parque EXPO pretende alcançar e prosseguir, interna e
externamente, atendendo às diversas partes interessadas, integrando um conjunto de
princípios e regras de natureza ética que regem a sua atividade.
: Plano de Emergência Interna, que tem por objetivo definir a estrutura organizativa dos
meios humanos e materiais da Parque EXPO existentes no Edifício EXPO ’98, sito no Parque
das Nações, e estabelecer os procedimentos de atuação em caso de emergência por forma
a garantir a salvaguarda das pessoas, do ambiente e das instalações, bem como do
património da Empresa.
D) Sítio de internet
O sítio de internet da sociedade é www.parqueexpo.pt.
No sítio encontra-se publicada informação relativa à sua, história, missão e estratégia,
identificação dos órgãos sociais da sociedade, bem como a divulgação dos documentos de
prestação de contas anuais e dos seus estatutos.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 071
VI: REMUNERAÇÕES
A) Competência para a determinação
Nos termos dos estatutos da sociedade em vigor, as remunerações dos membros dos órgãos
sociais são fixadas pela Assembleia Geral.
B) Comissão de Fixação de Remunerações
No atual modelo de governo da sociedade não existe Comissão de Fixação de
Remunerações.
C) Estrutura das Remunerações
De acordo com o Estatuto do Gestor Público, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27
de março, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 8/2012, de 18 de janeiro, retificado pela
Declaração de Retificação n.º 2/2012, de 25 de janeiro, e com a Resolução do Conselho de
Ministros n.º 16/2012, de 14 de fevereiro, articulado com o disposto no n.º 2 da Resolução do
Conselho de Ministros n.º 36/2012, de 26 de março, foi mantido o estatuto remuneratório para
o triénio 2011/2013 fixado na Deliberação Social Unânime por Escrito de 2 de novembro de
2011, retificada por Deliberação Social Unânime por Escrito de 26 de abril de 2012.
Mesa Assembleia Geral
Presidente:
: Senha de presença no valor de 541,00 euros;
Secretário:
: Senha de presença no valor de 270,00 euros.
Conselho de Administração
Presidente:
: Remuneração fixa mensal ilíquida no valor de 7.449,00 euros, a abonar 14 vezes por ano;
072 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Vogal Executivo:
: Remuneração fixa mensal ilíquida no valor de 6.585,00 euros, a abonar 14 vezes por ano;
Os membros do Conselho de Administração executivos beneficiam, ainda, das seguintes
regalias ou benefícios remuneratórios:
: Utilização de telemóvel de serviço, cujo “plafond” mensal correspondente ao de Diretor
Superior da Administração Pública;
: Benefícios sociais de aplicação generalizada a todos os colaboradores da Sociedade,
nomeadamente:
o Subsídio de refeição, no montante 7,35 euros / dia;
o Seguro de vida, doença e acidentes de trabalho nos termos em vigor
na empresa para os restantes trabalhadores;
o Utilização de viatura de serviço, em regime de aluguer operacional de
viatura (inclui despesas com seguro e manutenção), sendo que o
Presidente mantém a viatura anteriormente atribuída nas funções de
Diretor Financeiro com um valor mensal de 617 euros, e o Vogal
mantém a viatura atribuída à sua categoria profissional antes da sua
nomeação, num valor mensal de 582 euros, incluindo as despesas
com seguro automóvel e manutenção.
: Combustível gasto com a viatura de serviço, com limite de 400 euros por mês.
Foram celebrados contratos de gestão, nos termos do artigo 18º e 30º do Estatuto do Gestor
Público, com o Presidente do Conselho de Administração e com o Vogal executivo que
cessou funções a 30 de junho de 2013, e que preveem a atribuição de remuneração variável
em função do grau de consecução dos objetivos anuais. No entanto essa possibilidade
encontra-se vedada por lei durante o período de aplicação do Programa de Assistência
Económica e Financeira.
Não existe regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os
administradores.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 073
Conselho Fiscal
Presidente:
: Remuneração mensal ilíquida correspondente a 15% da remuneração mensal ilíquida que
tiver sido fixada para o Presidente do Conselho de Administração, a abonar 14 vezes por
ano.
Vogais:
: Remuneração mensal ilíquida correspondente a 10% da remuneração mensal ilíquida que
tiver sido fixada para o Presidente do Conselho de Administração, a abonar 14 vezes por
ano.
Revisor Oficial de Contas
A prestação de serviços por parte do Revisor Oficial de Contas, bem como a respetiva
formalização, correm os seus termos pelo Conselho de Administração, devendo os honorários
ser fixados por este órgão social, tendo em conta os valores mínimos que resultarem da
aplicação do regime legal dos Revisores Oficiais de Contas, bem como os preços praticados
no mercado.
D) Divulgação das Remunerações
Esta informação encontra-se divulgada no ponto relativo a remunerações no capítulo I -
Cumprimento das Orientações Legais - do Relatório de Gestão.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 075
VII: TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS E OUTRAS
As transações mais relevantes com entidades relacionadas ocorridas até setembro de 2014
foram as seguintes:
EMPRESAS DO GRUPO
: A Parque EXPO, na qualidade de proprietária do equipamento Oceanário, faturou à sua
participada Oceanário de Lisboa, S. A. renda no valor de 1,5 milhões de euros, ao abrigo de
contrato de cessão de exploração celebrado.
: A Parque EXPO faturou em 2014 à Climaespaço, relativa ao direito de exploração do
sistema de produção e distribuição urbana de frio e calor e ao direito de utilização da galeria
técnica no Parque das Nações, uma renda no valor de 377 milhares de euros referente ao
ano de 2013.
: A Parque EXPO, no âmbito da gestão centralizada das compras do Grupo e dos contratos
de prestação de serviços partilhados, faturou às suas participadas em 2014 um valor total
de cerca de 115 milhares de euros.
: A Parque EXPO, no âmbito do consolidado fiscal, debitou em 2014 à Oceanário de Lisboa,
S.A. o montante total de 422 milhares de euros, a título de IRC de 2013 e de pagamento
especial por conta.
: A Parque EXPO debitou à Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. juros
de suprimentos no montante de 317 milhares de euros, relativos ao período de 01-11-2013 a
31-05-2014
: A Parque EXPO realizou, até setembro de 2014, suprimentos nas seguintes sociedades:
Sociedade Valor realizado
Valor reembolsado
Saldo a 30/09/2014
076 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Parque Expo – Gestão Urbana (a) 90.000 0 0
Marina do Parque das Nações 475.000 0 2.028.874
GIL – Gare Intermodal de Lisboa 0 0 6.490.451
Climaespaco 0 0 260.247
a) No âmbito do processo de extinção por incorporação de ativos e passivos o saldo a 30-09-2014 dos suprimentos realizados e
não recuperados junto da da Parque Expo – Gestão Urbana ascendeu a 7.831.885.
: A subsidiária Oceanário de Lisboa, efetuou aplicações de tesouraria na Parque EXPO, num
valor médio anual de 1,9 milhões de euros, fruto de excedentes sazonais de tesouraria,
tendo a Parque XPO suportado juros no montante de 3 milhares de euros.
: A Parque EXPO recebeu, em 2014, dividendos da Oceanário de Lisboa, S. A.no montante
de 2,1 milhões de euros.
ACIONISTAS
: O Estado, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças procedeu em maio ao
pagamento de uma prestação (capital e juros) relativo ao empréstimo obrigacionista num
montante total de 2 895 milhares de euros.
: A Parque EXPO recebeu da Câmara Municipal de Lisboa 1 657 milhares de euros
correspondente a duas prestações do primeiro aditamento ao acordo financeiro celebrado
em 2005, relativo à gestão urbana, acessibilidades e expropriações.
: A Parque EXPO recebeu da Câmara Municipal de Lisboa 10 milhões de euros
correspondente a duas prestações do segundo aditamento ao acordo financeiro celebrado
em 2005, relativo à gestão urbana, acessibilidades e expropriações.
: A Parque EXPO debitou à Câmara Municipal de Lisboa juros no âmbito do primeiro
aditamento ao acordo de dívida celebrado em 2005 no montante de 98 milhares de euros,
relativos ao período de 15 de setembro de 2013 a 15 de setembro de 2014.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 077
OUTRAS TRANSAÇÕES
Os procedimentos adotados pela Parque EXPO em matéria de aquisição de bens e serviços
são os previstos no Código dos Contratos Públicos.
A aprovação interna das despesas é efetuada de acordo com a delegação de competências
estabelecida, e as regras internas determinam que a formalização da despesa seja sempre
reduzida a escrito através de nota de encomenda.
TRANSAÇÕES QUE NÃO OCORRERAM EM CONDIÇÕES DE MERCADO
Todas as transações relativas a aquisições de bens e serviços ocorreram em condições de
mercado no cumprimento das normas legais e internas, exceto as transações que se
verificam entre empresas do grupo, nomeadamente os serviços partilhados (administrativos,
recursos humanos, financeiros, jurídicos, sistemas de informação e outros) prestados pela
Parque EXPO às empresas do grupo.
078 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
LISTA DE FORNECEDORES QUE REPRESENTAM MAIS DE 5% DOS
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
Fornecedor Valor % Nota
Dois Zero Um - Sociedade de Investimentos Imobiliários, Lda. 225.676 20 % (1)
Generali - Companhia de Seguros S.P.A.- Sucursal Em Portugal 130.923 12 % (2)
Capgemini Portugal, S.A. 120.752 11 % (3)
SGald Automotive - Soc Geral de Coméricio e Aluguer de Bens, SA 85.142 8 % (4)
1. Arrendamento das instalações da Parque Expo e despesas de condomínio e
serviços comuns.
2. Seguros de acidentes de trabalho e de saúde.
3. Serviços de help desk e de manutenção de redes.
4. Alugueres operacionais de viaturas.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 079
VIII: ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA
No atual contexto da Parque EXPO, em função do anúncio da decisão de proceder à sua
extinção, esta orientação de divulgação de informação, relativa à análise da sustentabilidade
nos domínios económico, social e ambiental da sociedade, não se aplica.
IX: AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO
Não foram emitidas orientações específicas para a Sociedade relativamente à estrutura e
prática de governo societário.
Lisboa, 23 de janeiro de 2015
A Comissão Liquidatária
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
:2014
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 083
I: BALANÇO
O Técnico Oficial de Contas n.º 35356 A Comissão Liquidatária
30 set 2014 31 dez 2013
ATIVO
Ativo não corrente:
Ativos fixos tangíveis 5 265.932,06 282.334,75Propriedades de investimento 8 68.224.965,23 68.895.589,23Ativos intangíveis 0,04 551,92Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 10, 11 5.093.575,74 4.938.722,06Participações financeiras - outros métodos 299.114,00 299.114,00Outras contas a receber 18 30.718.027,77 42.375.231,77
Total do ativo não corrente 104.601.614,84 116.791.543,73
Activo corrente:
Inventários 12 10.925.097,15 15.549.987,57Clientes 4 5.023.094,20 3.981.775,22Adiantamentos a fornecedores 1.276,90 3.160,70Estado e outros entes públicos 18 212.679,89 247.029,41Acionistas/sócios 20 0,00 260.247,46Outras contas a receber 18 4.413.852,62 1.407.013,43Diferimentos 22 72.027,73 90.205,59Outros activos financeiros 3 5.828.602,00 3.308.731,00Caixa e depósitos bancários 3 332.387,47 165.584,70
Total do ativo corrente 26.809.017,96 25.013.735,08Total do ativo 131.410.632,80 141.805.278,81CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOCapital próprio
Capital realizado 4 82.642.250,00 82.642.250,00Reservas legais 533.811,71 533.811,71Resultados transitados 19 -128.086.771,77 -114.318.589,18Ajustamentos em activos financeiros -2.272.702,09 -2.272.702,09Excedentes de revalorização 102.170,66 275.920,66Outras variações no capital próprio -51.752.820,45 -51.926.570,45Resultado liquido do período -2.139.430,89 -13.799.260,80
Total do capital próprio -100.973.492,83 -98.865.140,15Passivo:Passivo não corrente
Provisões 14 9.092.690,27 11.786.392,37Financiamentos obtidos 18 12.301.113,93 14.761.336,97
Total do passivo não corrente 21.393.804,20 26.547.729,34Passivo corrente:
Fornecedores 991.719,38 1.152.263,17Estado e outros entes públicos 18 330.078,56 443.686,70Acionistas/sócios 20 33.709.177,02 30.814.183,46Financiamentos obtidos 18 146.740.427,05 152.206.707,59Outras contas a pagar 18 17.466.858,07 17.577.726,42Diferimentos 22 11.752.061,35 11.928.122,28
Total do passivo corrente 210.990.321,43 214.122.689,62Total do passivo 232.384.125,63 240.670.418,96Total do capital próprio e do passivo 131.410.632,80 141.805.278,81
RUBRICAS NOTAS
DATAS
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 085
II: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA
O Técnico Oficial de Contas n.º 35356 A Comissão Liquidatária
30 set 2014 30 set 2013
Vendas e serviços prestados 13 7.213.851,56 3.233.047,82
Subsídios à exploração 0,00 0,00
Ganhos/perdas imp. subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 22 2.337.294,37 1.665.581,59
Variação nos inventários da produção 0,00 0,00
Trabalhos para a própria entidade 0,00 0,00
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 22 -4.545.814,42 -134.388,76
Fornecimentos e serviços externos 22 -1.053.362,30 -2.066.107,33
Gastos com o pessoal 22 -3.814.535,15 -5.023.974,55
Imparidade de inventários (perdas/reversões) 0,00 0,00
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 9 -355.646,01 543.708,80
Provisões (aumentos/reduções) 14 2.693.702,10 -3.260.361,31
Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 0,00 0,00
Aumentos/reduções de justo valor 8 0,00 0,00
Outros rendimentos e ganhos 13 2.361.848,03 2.583.108,57
Outros gastos e perdas 22 -1.200.664,42 -831.460,20
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 3.636.673,76 -3.290.845,37
Gastos/reversões de depreciação e de amortização -17.470,57 -13.896,88
Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 750.000,00 464.970,00
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 4.369.203,19 -2.839.772,25
Juros e rendimentos similares obtidos 22 350.409,55 823.143,47
Juros e gastos similares suportados 22 -6.794.921,35 -8.684.654,13
Resultado antes de impostos -2.075.308,61 -10.701.282,91
Imposto sobre o rendimento do período 17 -64.122,28 0,00
Resultado líquido do período -2.139.430,89 -10.701.282,91
Resultado das atividades descontinuadas (líquido de impostos) incluído no resultado líquido do período
Resultado líquido do período atribuível a: (1)
Detentores do capital da empresa-mãe
Interesses minoritários
Resultado por ação básico
(1) Esta informação apenas será fornecida no caso de contas conso lidadas
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS
PERÍODOS
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 087
O Técnico Oficial de Contas n.º 35356 A Comissão Liquidatária
30 set 2014 30 set 2013
Vendas e serviços prestados 9.439.190 5.403.228Custo das vendas e dos serviços prestados -7.621.408 -4.706.793Resultado bruto 1.817.782 696.435Outros rendimentos 5.714.312 2.769.265Gastos administrativos -1.750.408 -2.848.930Outros gastos -1.557.646 -3.465.788
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 4.224.040 -2.849.017
Gastos de financiamento (líquidos) -6.299.349 -7.852.266Resultados antes de impostos -2.075.309 -10.701.283Imposto sobre o rendimento do período 17 -64.122 0Resultado líquido do período -2.139.431 -10.701.283
Resultado das atividades descontinuadas (líquido de impostos) incluído no resultado líquido do período
Resultado líquido do período atribuível a: (1)Detentores do capital da empresa-mãeInteresses minoritários
(1) Esta informação apenas será fornecida no caso de contas consolidadas
RUBRICAS NOTAS
PERÍODOS
III: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 089
O Técnico Oficial de Contas n.º 35356 A Comissão Liquidatária
30 set 2014 31 dez 2013
Fluxos de caixa das actividades operacionais - método direto
Recebimentos de clientes 20.789.878,33 16.048.072,44
Pagamentos a fornecedores -1.572.875,44 -3.502.789,86
Pagamentos ao pessoal -2.015.487,01 -3.532.755,55
Caixa gerada pelas operações
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -928.952,91 -1.547.637,93
Outros recebimentos/pagamentos -4.411.765,27 -3.676.348,05
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 11.860.797,70 3.788.541,05
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros -715.000,00 -22.273.873,71
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis 0,00 17.500.000,00
Investimentos financeiros 17.926,81 1.700.000,00
Dividendos 2.165.416,21 1.701.792,25
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) 1.468.343,02 -1.372.081,46
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Outras operações de Financiamento 4.174.993,56 7.370.765,56
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos 0,00 -25.026.494,80
Juros e gastos similares -6.890.956,93 -11.310.090,85
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) -2.487.996,33 -28.965.820,09
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 10.841.144,39 -26.549.360,50
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período -60.072.901,72 -33.523.541,22
Caixa e seus equivalentes no fim do período 3 -49.231.757,33 -60.072.901,72
RUBRICAS NOTAS
PERÍODOS
IV: DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 091
O Técnico Oficial de Contas n º 35356 A Comissão Liquidatária
Capital realizado Reservas legaisResultados transitados
Ajustamentos em ativos financeiros
Excedentes de revalorização
Outras variações no capital próprio
Resultado líquido do período
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO DE 2013 1 82.642.250,00 533.811,71 -128.294.102,36 -2.272.682,25 222.583,07 -37.951.057,27 -85.119.197,10
ALTERAÇÕES NO PERÍODOPrimeira adoção de novo referencial contabilístico 0,00Alterações de políticas contabilísticas 0,00Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 0,00Realização do excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis 0,00Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis e respetivas variações 53.337,59 53.337,59Ajustamentos por impostos diferidos 0,00Outras alterações reconhecidas no capital próprio 13.975.513,18 -19,84 -13.975.513,18 -19,84
2 0,00 0,00 13.975.513,18 -19,84 53.337,59 -13.975.513,18 0,00 53.317,75RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 3 -13.799.260,80 -13.799.260,80RESULTADO INTEGRAL 4=2+3 0,00 0,00 13.975.513,18 -19,84 53.337,59 -13.975.513,18 -13.799.260,80 -13.745.943,05OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODORealizações de capital 0,00 0,00Realizações de prémios de emissão 0,00Distribuições 0,00Entradas para cobertura de perdas 0,00Outras operações 0,00
5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO DE 2013 6=1+2+3+5 82.642.250,00 533.811,71 -114.318.589,18 -2.272.702,09 275.920,66 -51.926.570,45 -13.799.260,80 -98.865.140,15
DESCRIÇÃO Notas
Capital Próprio atribuído aos detentores do capital da empresa-mãe
Total da Capital Próprio
V: DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO
RE
LA
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RIO
S E
CO
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(SE
T-2
01
4) : 1
01
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 093
O Técnico Oficial de Contas n º 35356 A Comissão Liquidatária
Capital realizado Reservas legaisResultados transitados
Ajustamentos em ativos financeiros
Excedentes de revalorização
Outras variações no capital próprio
Resultado líquido do período
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO DE 2014 82.642.250,00 533.811,71 -128.117.849,98 -2.272.702,09 275.920,66 -51.926.570,45 -98.865.140,15
ALTERAÇÕES NO PERÍODOPrimeira adoção de novo referencial contabilístico 0,00Alterações de políticas contabilísticas 0,00Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 0,00Realização do excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis 0,00Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis e respectivas variações 0,00Ajustamentos por impostos diferidos 0,00Outras alterações reconhecidas no capital próprio 19 31.078,21 -173.750,00 173.750,00 31.078,21
2 0,00 0,00 31.078,21 0,00 -173.750,00 173.750,00 0,00 31.078,21RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 3 -2.139.430,89 -2.139.430,89RESULTADO INTEGRAL 4=2+3 0,00 0,00 31.078,21 0,00 -173.750,00 173.750,00 -2.139.430,89 -2.108.352,68OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODORealizações de capital 0,00Realizações de prémios de emissão 0,00Distribuições 0,00Entradas para cobertura de perdas 0,00Outras operações 0,00
5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO DE 2014 6=1+2+3+5 82.642.250,00 533.811,71 -128.086.771,77 -2.272.702,09 102.170,66 -51.752.820,45 -2.139.430,89 -100.973.492,83
DESCRIÇÃO Notas
Capital Próprio atribuído aos detentores do capital da empresa-mãe
Total da Capital Próprio
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) : 10
3
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 095
VI: ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 30 de setembro de 2014 (montantes expressos em euros, salvo outra indicação)
INTRODUÇÃO As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial proposta pelo Sistema de
Normalização Contabilística (SNC). As notas cuja numeração não é mencionada não são
aplicáveis à Empresa ou não são relevantes para a leitura das demonstrações financeiras.
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
Designação da firma:
Parque EXPO 98, S. A. (em liquidação)
Sede da sociedade:
Av. D. João II, lote 1.07.2.1, no Parque das Nações, em Lisboa.
Data de constituição:
A Sociedade foi constituída pelo Decreto-Lei n.º 88/93, de 23 de março.
Data de dissolução:
A Sociedade foi dissolvida a 6 de outubro de 2014 produzindo a dissolução efeitos a 30 de
setembro de 2014.
Natureza da atividade:
A Parque EXPO 98, S. A. (em liquidação) tem por objeto social principal a prestação de
serviços nas áreas da promoção da qualidade da vida urbana e da competitividade do
território, designadamente através da conceção e gestão de projetos de requalificação
urbana, ambiental e de património natural ou construído, da reabilitação e reconversão de
096 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
áreas urbanas e, em geral, a participação, em moldes compatíveis com a sua natureza de
sociedade comercial, na concretização de projetos públicos com impacte sobre o território e o
seu desenvolvimento económico.
No âmbito do seu objeto social, enquanto instrumento das políticas públicas de ambiente, de
ordenamento e de valorização do território, a Parque EXPO 98, S. A. (em liquidação), apoia a
administração direta e indireta do Estado e administração local na implementação daquelas
políticas, atuando como veículo da sua operacionalização, desenvolvendo a sua atividade
mediante contratualização específica a estabelecer com as respetivas entidades, serviços e
organismos públicos independentemente da sua natureza jurídica.
A Parque EXPO 98, S. A. (em liquidação), poderá ainda assegurar a prestação de serviços a
entidades privadas, no âmbito do seu objeto social, desde que os projetos a desenvolver se
mostrem compatíveis com as políticas públicas de ambiente, de ordenamento e de
valorização do território definidas pelo Governo.
A Parque EXPO 98, S. A. (em liquidação), poderá também prestar serviços, no âmbito do seu
objeto social, fora do território nacional.
Complementarmente, a Parque EXPO 98, S. A. (em liquidação), poderá executar a conceção
e operacionalização das participações do Estado Português em eventos internacionais, em
especial nos domínios do ambiente, do ordenamento e da valorização do território.
No exercício da sua atividade social a sociedade pode constituir outras sociedades, e adquirir
ou alienar participações no capital de outras sociedades mesmo que com objeto social
diferente do seu, carecendo em qualquer dos casos de autorização prévia da Assembleia
Geral sempre que tal envolva uma sociedade em relação à qual exista, ou passe a existir, uma
relação de domínio.
1 : REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Na sequência da intenção de extinguir a Parque EXPO, anunciada em 2011 pelo Governo, na
Assembleia Geral realizada no passado dia 6 de outubro foi aprovada a dissolução e entrada
em liquidação da sociedade, com efeitos reportados a 30 de setembro de 2014.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 097
A Comissão Liquidatária, nomeada para o efeito, deverá concluir a liquidação no prazo
máximo de dois anos, e foi mandatada a:
: Continuar, durante o prazo da liquidação, a atividade da sociedade no que respeita às
operações pendentes no âmbito da conceção e gestão de projetos de requalificação
urbana e ambiental;
: Submeter, no prazo de um mês, um Plano de Liquidação com indicação das atividades a
desenvolver e respetiva calendarização, contemplando as receitas e despesas esperadas e
o saldo de liquidação previsto. Refira-se que o Plano de Liquidação foi submetido aos
acionistas dentro do prazo que foi fixado.
As Demonstrações Financeiras, apresentadas à data que produz efeitos a dissolução, foram
preparadas a partir do conjunto normativo que estrutura o Sistema de Normalização
Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, formado pelas
normas contabilísticas e de relato financeiro (NCRF) e pelas normas interpretativas emitidas
pela Comissão de Normalização Contabilística (CNC) e incluem o efeito da desvalorização
dos ativos resultante da redução do período que a empresa dispõe para a sua rentabilização,
o qual se adivinhava na sequência da intenção do Governo em extinguir a sociedade.
As demonstrações financeiras, preparadas a 30 de setembro de 2014, não incluem os efeitos
decorrentes da decisão de dissolução nomeadamente a derrogação do princípio do
acréscimo, cujo registo será efetuado no início da fase da liquidação, com os efeitos
seguintes nos valores do Ativo, do Passivo e do Capital Próprio:
TVG (Torre Vasco da Gama): Ativo composto pelos lotes 2.21.01 e 2.21.02, denominados
“Lote do Hotel” e “Lote da Torre”, respetivamente.
Encontra-se constituído, desde 2007, sobre o “Lote do Hotel”, um direito de superfície pelo
prazo de 99 anos, que se encontra integralmente recebido. Relativamente ao “Lote da Torre”
existe um contrato de cessão de exploração da Torre Vasco da Gama, celebrado em 2012,
TVG BP REPSOL EVG
Ativo -10.858.658 -433.193 -351.486 0 0 -11.643.337
Passivo 10.714.835 407.408 330.564 31.922 213.372 11.698.101
Capital próprio 143.823 25.785 20.922 -31.922 -213.372 -54.764
DIREITOS DE SUPERFICIETELRUBRICAS TOTAL
098 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
pelo período de 30 anos, com uma renda mensal de 6.000 euros, sendo da responsabilidade
da Parque EXPO, as obras de manutenção da Torre Vasco da Gama até ao valor máximo de
800.000 euros. Perspetivando os fluxos financeiros decorrentes dos direitos e obrigações do
contrato, verifica-se que existe valor económico. Em sede de partilha, este valor deverá ser
determinado.
BP e REPSOL: Foram constituídos em 1998 e 1999 direitos de superfície, sobre o lote 3.01.02
e sobre a parcela 4.77, onde se encontram a operar as bombas de combustível da zona Norte
e da zona Sul do Parque das Nações, válidos por 30 anos, a favor da REPSOL e da B.P.
Portugal, S.A., respetivamente. Na constituição dos direitos de superfície a Parque EXPO
recebeu na totalidade os valores negociados.
Apesar destes terrenos possuírem valor económico que resulta da possibilidade de lançar
novos procedimentos no termo dos contratos atuais, devido à sua maturidade (2028 e 2029),
existe grande incerteza relativamente aos pressupostos a considerar.
EVG (Escola Vasco da Gama): Constituído direito de superfície, por 20 anos, a contar de 1997
através de escritura celebrada em 2002.
TEL (Telecabine de Lisboa): Goodwill pela alienação à Oceanário de Lisboa, S.A. da
participação financeira de 30% na Telecabine de Lisboa com recebimento no momento da
transação.
Encontrando-se a Parque EXPO formalmente em liquidação verifica-se a derrogação do
principio da continuidade. Neste contexto, o valor dos diferimentos que se encontram
contabilizados no passivo deve ser revertido para resultados. Por outro lado, a duração dos
contratos condiciona fortemente a determinação do valor atual dos benefícios económicos
futuros destes ativos. Assim, relativamente a estes ativos, no início do processo de liquidação,
dever-se-á proceder aos ajustamentos necessários a que o seu valor líquido contabilístico
seja nulo.
Da mesma forma as demonstrações financeiras, preparadas a 30 de setembro de 2014, não
incluem o efeito positivo de algumas medidas descritas no Plano de Liquidação,
nomeadamente as que se encontram relacionadas com o cenário proposto de revisão do
plano de urbanização, avaliação das necessidades de infraestruturação de terrenos para
venda no Parque das Nações e valorização dos terrenos para venda que constam da rubrica
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 099
de inventários, pelo valor espectável de realização. A este propósito, refira-se que é intenção
da Comissão Liquidatária proceder, de imediato, à avaliação de todo o património imobiliário.
2 : PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
A 30/09/2014 os ativos fixos tangíveis compreendem o equipamento administrativo e de
transporte. Inserido no objetivo de extinção da empresa procedeu-se, em 2013, à
revalorização do equipamento administrativo que se encontra valorizado de acordo com o
método da revalorização ao justo valor.
O valor do equipamento de transporte é inexpressivo e encontra-se valorizado ao custo
histórico.
PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
De acordo com a NCRF 11 a Parque EXPO classifica as propriedades detidas para
arrendamento a longo prazo ou valorização imobiliária, ou ambas, como propriedades de
investimento. Para informação que não esteja disponível, a Parque EXPO utiliza métodos de
avaliação alternativos tais como modelos de fluxos de caixa descontados. Estas avaliações
são revistas à data de encerramento de contas.
O justo valor das propriedades de investimento reflete, entre outros, os rendimentos
provenientes de rendas resultantes de alugueres em vigor e pressupostos acerca de rendas
futuras, tomando em conta condições de mercado correntes. O justo valor também reflete
numa base semelhante os fluxos financeiros que podem ser expectáveis a respeito de cada
propriedade.
Gastos subsequentes acrescem ao ativo somente quando é provável que benefícios
económicos futuros fluam para a empresa e que o custo do item possa ser mensurado com
fiabilidade. Todos os gastos de manutenção e reparação são registados na demonstração
dos resultados no período em que são incursos.
As alterações do justo valor são registadas na demonstração dos resultados.
0100 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
As participações financeiras em Empresas do Grupo e Associadas são registadas ao valor
determinado pelo método da equivalência patrimonial e, consequentemente, os resultados
das filiais e associadas são reconhecidos no exercício a que respeitam.
As restantes participações financeiras estão valorizadas ao custo de aquisição.
Quando os capitais próprios das empresas filiais e associadas são negativos e as
responsabilidades decorrentes dos passivos dessas empresas não estão garantidas por
terceiros, constitui-se uma provisão para outros riscos e encargos, na parte proporcional à
percentagem detida no capital.
CONTAS A RECEBER
Correspondem a ativos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determinados
para os quais não existe um mercado de cotações ativo.
Quando os valores são recuperáveis para além do prazo normal de recebimento e não
vencem juros, procede-se ao respetivo desconto, tendo por base o risco inerente a cada um
dos créditos, sendo a diferença para o valor nominal registada em resultados do exercício.
São registados ajustamentos por imparidade quando existam indicadores objetivos de que a
Parque EXPO não irá receber todos os montantes que lhe são devidos de acordo com os
termos originais dos contratos estabelecidos. Na identificação de situações de imparidade
são utilizados indicadores como:
: Análise de incumprimento;
: Incumprimento há mais de 6 meses;
: Dificuldades financeiras do devedor;
: Probabilidade de falência do devedor.
Quando os valores a receber de clientes ou outros devedores se encontrem vencidos, e sejam
objeto de renegociação dos seus termos, deixam de ser considerados vencidos e passam a
ser tratados como novos créditos.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0101
INVENTÁRIOS
São classificados como inventários os terrenos para revenda, valorizados inicialmente ao
custo de aquisição, acrescido dos gastos diretos, encargos financeiros e dos gastos indiretos
que lhe foram atribuídos até à entrada na fase da exploração, acrescidos os gastos estimados
das obras de infraestruturas a realizar.
Subsequentemente estes ativos são valorizados ao menor dos valores, de custo de
aquisição/construção e o valor líquido de realização. O valor líquido de realização é o preço
de venda estimado em condições normais de mercado, deduzido dos gastos de reconversão
e venda. Na ausência da decisão formal de extinção da empresa, a qual pode ser por
transmissão global do património ou por dissolução, liquidação e extinção, manteve-se a
valorização dos inventários ao menor dos valores de custo de aquisição e o valor líquido de
realização. A aplicação deste critério é prudente considerando a falta liquidez do mercado
financeiro que condiciona fortemente a atividade do mercado imobiliário.
CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS
O caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários, outros investimentos de
curto prazo de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses e descobertos
bancários. Os descobertos bancários são apresentados no Balanço, no passivo corrente, na
rubrica Empréstimos – passivos correntes.
EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao valor nominal.
Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se existir um direito
incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do
Balanço, sendo neste caso classificado no passivo não corrente, como de Médio e Longo
Prazo. Apesar da dissolução da empresa manteve-se o critério de classificação, em
médio/longo prazo e curto prazo, dos empréstimos obtidos.
PROVISÕES
As provisões para reclamações judiciais são reconhecidas quando: i) a empresa tem uma
obrigação legal ou construtiva, como resultado de acontecimentos passados; ii) seja provável
0102 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
que um exfluxo de recursos será necessário para liquidar a obrigação e possa ser efetuada
uma estimativa fiável do montante da obrigação.
Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras.
RÉDITO
O rédito compreende o justo valor líquido de descontos. O rédito é reconhecido como segue:
: Vendas: As vendas referem-se à alienação de terrenos, frações de edifícios. A venda é
reconhecida quando existem contratos e perspetivas seguras da sua realização e efetuado
o pagamento, por parte dos promitentes-compradores, de montantes expressivos que
praticamente inviabilizem a reversão do negócio.
: Prestação de serviços: Os rendimentos resultantes das prestações de serviços são
reconhecidos são reconhecidos quando são efetivamente prestados;
: Rendimentos de Imóveis: Os rendimentos de imóveis são reconhecidos no período
contabilístico em que as rendas se referem, sendo os valores das rendas recebidas
antecipadamente diferidas para o período a que respeitam.
LOCAÇÕES
As locações são classificadas como locações operacionais se uma parcela significativa dos
riscos e benefícios inerentes à posse for retida pelo locador. Os pagamentos efetuados em
locações operacionais são refletidos na Demonstração de Resultados.
Os ativos fixos tangíveis financiados mediante contratos de locação financeira, bem como as
correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, pelo que o
respetivo valor e as correspondentes responsabilidades estão reconhecidos no Balanço.
Consequentemente, os gastos com depreciações daqueles bens e os juros incluídos no valor
das rendas são registados nos resultados do exercício a que respeitam. As locações
financeiras são capitalizadas no início da locação pelo menor valor entre o justo valor do ativo
locado e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Cada pagamento efetuado é
segregado entre o passivo em dívida e o encargo financeiro, de forma a obter-se uma taxa
constante sobre a dívida em aberto. As obrigações da locação, líquidas de encargos
financeiros, são incluídas em outras contas a pagar. A parcela dos juros é levada a gastos
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0103
financeiros no período da locação de forma a produzir uma taxa constante periódica de juros
sobre a dívida remanescente em cada período.
SUBSÍDIOS
Os subsídios recebidos são reconhecidos em capital próprio, quando a atribuição e
pagamento dos mesmos é virtualmente certa. O seu reconhecimento em resultados está
diretamente relacionado com o reconhecimento da realização ou imparidade do ativo
subjacente ao subsídio.
JUSTO VALOR DOS ATIVOS E PASSIVOS
Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo financeiro, se existir um mercado ativo,
o preço de mercado é aplicado. No caso de não existir um mercado ativo são utilizadas
técnicas de valorização geralmente aceites, baseadas em pressupostos de mercado.
PASSIVOS FINANCEIROS
A NCRF 27 – Instrumentos financeiros, reconhecimento e mensuração, prevê a classificação
dos passivos financeiros em duas categorias:
: Passivos financeiros ao justo valor por via de resultados;
: Outros passivos financeiros.
Os passivos financeiros ao justo valor por via de resultados incluem passivos não derivados
com o objetivo de venda no curto prazo e os instrumentos financeiros derivados que não
qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura. Os ganhos e perdas resultantes da
alteração de justo valor de passivos mensurados ao justo valor através de resultados são
reconhecidos nos resultados do período.
MOEDA ESTRANGEIRA (PAÍSES TERCEIROS)
As operações em moeda estrangeira, relativas a contratos em que o câmbio não esteja fixado,
são registadas ao câmbio em vigor nas datas das operações, sendo as respetivas diferenças
registadas em resultados do exercício.
0104 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
COTAÇÕES UTILIZADAS
Na conversão dos movimentos de transações em moeda estrangeira foram utilizadas as taxas
determinadas através do Euro para as moedas aderentes ou no caso de outras moedas, a
cotação à data de 30 de setembro de 2014.
DIFERIMENTOS
Nesta rubrica são registados os gastos incorridos e rendimentos que serão reconhecidos em
exercícios futuros respeitando os requisitos exigidos pela periodização económica.
IMPOSTOS SOBRE LUCROS
A Empresa encontra-se sujeita ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à
taxa normal de 23%, acrescida de Derrama à taxa de 1,5%, conduzindo a uma taxa agregada
de imposto de 24,5%.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e
correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos
para a Segurança Social a partir de 2001, dez anos para períodos anteriores), exceto quando
tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em
curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos em que, dependendo das
circunstâncias, os prazos são prolongados ou suspensos. Consequentemente, as
declarações fiscais da Empresa dos exercícios de 2010 a 2013 poderão ainda ser sujeitas a
revisão. O Conselho de Administração entende que eventuais correções resultantes de
revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais, àquelas declarações de impostos, não
terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 30 de setembro de 2014.
Também de acordo com a legislação fiscal em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis
durante um período de quatro anos após a sua ocorrência e suscetíveis de dedução a lucros
fiscais gerados durante esse período. Apesar de ter sido apurada a estimativa de IRC
reportada a 30 de setembro de 2014 não existe nenhuma obrigação declarativa em termos de
IRC relativamente ao período que decorre desde o início de 2014 até à data da dissolução.
Nestes termos, não existe qualquer responsabilidade de IRC a pagar.
Apesar de existirem situações que originam a contabilização de impostos diferidos,
nomeadamente devido a diferenças temporárias, por uma questão de prudência, optou-se
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0105
pela sua não contabilização uma vez que não é possível prever com fiabilidade os resultados
dos próximos anos e, consequentemente quantificar a matéria coletável que cubra o efeito
dos impostos diferidos em 30 de setembro de 2014.
3 : OUTROS ATIVOS FINANCEIROS, CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS A desagregação dos valores inscritos na rubrica de outros ativos financeiros, caixa e em
depósitos bancários é a seguinte:
4 : PARTES RELACIONADAS
ACIONISTAS
O capital social está representado por 330 569 000 títulos nominativos, com o valor de
25 Cêntimos de euro por ação, sendo 329 819 000 ações do Estado Português e 750 000
ações da Câmara Municipal de Lisboa.
Descrição 2014 2013 Variação
Caixa 1.956 2.001 -45
Depósitos à ordem 330.431 163.584 166.847
Depósitos a prazo 5.828.602 3.308.731 2.519.871
Outras aplicações financeiras 0 0 0
Total 1 6.160.989 3.474.316 2.686.674
Descobertos bancários -55.392.747 -63.547.217 8.154.471
Total 2 -55.392.747 -63.547.217 8.154.471
Total 1 + 2 -49.231.757 -60.072.902 10.841.144
0106 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
TRANSAÇÕES COM EMPRESAS DO GRUPO:
A desagregação dos serviços prestados e adquiridos pela Parque EXPO às empresas do
Grupo é a seguinte:
Os saldos com as empresas do Grupo à data de 30/09/2014 são os seguintes:
Os suprimentos efetuados pela Parque EXPO na Marina do Parque das Nações e na GIL –
Gare Intermodal de Lisboa, nos valores de 2.208.874 euros e 6.490.451 euros respetivamente,
encontram-se totalmente ajustados.
Com referência a 30 de junho de 2014, por decisão acionista, procedeu-se a dissolução,
liquidação e partilha, por integração global do património da sociedade Parque EXPO –
Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. na Parque EXPO 98, S.A. Nestes termos, os
créditos de suprimentos e de dívidas correntes foram anulados por contrapartida da
integração do passivo da Parque EXPO Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A.. Refira-se
que estes créditos encontravam-se totalmente ajustados na Parque EXPO pelo que o efeito da
Descrição das transações ODL MPN GIL CLI TEL Total
Prestação de Serviços Intragrupo:
Cessão de exploração 1.575.179 65.503 1.640.681
Serviços Partilhados 71.715 34.424 7.897 114.035
Diversos 14.628 269 1 1.013 15.910
Ganhos Financeiros (juros) 3.075 3.075
Total 1.661.522 34.692 7.897 3.076 66.515 1.773.702
Aquisição de Serviços Intragrupo:
Diversos 20.190 20.190
Gastos financeiros (juros) 7.686 7.686
Total 27.876 0 0 0 0 27.876
O valor da cessão de exploração do Oceanário de Lisboa não inclui o pró-rata do IVA não dedutível que o Oceanário de Lisboa aplica na apresentação das suas demonstrações financeiras.
EntidadeDívidas
correntesSuprimentos
(1)Créditos
correntesAplicações
(2) Saldo
Oceanário de Lisboa 7.427 0 0 3.150.000 -3.142.573
Marina do Parque das Nações 1.077.959 2.028.874 0 0 3.106.833
Climaespaço 86.923 260.247 0 0 347.171
Gare Intermodal de Lisboa 482.208 6.490.451 0 0 6.972.659
(1) - Valor sem ajustamentos 1.654.517 8.779.572 0 3.150.000 7.284.090(2) - Das participadas na Parque EXPO
Saldos devedores Saldos credores
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0107
integração do capital próprio negativo da Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. foi
anulado pela redução desses ajustamentos.
5 : ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Com a exceção do equipamento administrativo, valorizado pelo método da revalorização, os
ativos fixos tangíveis são apresentados ao custo histórico deduzido das respetivas
Edifícios e outras construções
Equip. básicoEquip. de transporte
Equipamento administrativo
Outras imobilizações corpóreas
Imobilições em curso
Total
2013
Valor líquido inicial 0,00 0,00 12,14 264.952,08 -20.520,89 0,00 244.443,33
Revalorizações 0,00 0,00 0,00 53.337,59 0,00 0,00 53.337,59
Adições 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Alienações e abates 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
(Perdas) Ganhos por imparidade 0,00
Depreciação exercício 0,00 0,00 -82,60 -15.345,09 -18,48 0,00 -15.446,17
Valor líquido final dezembro de 2013 0,00 0,00 -70,46 302.944,58 -20.539,37 0,00 282.334,75
Custo 0,00 1.043.068,34 174.242,85 898.516,42 69.681,84 0,00 2.185.509,45
Depreciação acumulada 0,00 -1.043.068,34 -174.313,31 -595.571,84 -90.221,21 0,00 -1.903.174,70
Perdas por imparidade Acum. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Valor líquido 0,00 0,00 -70,46 302.944,58 -20.539,37 0,00 282.334,75
2014
Valor líquido inicial 0,00 0,00 -70,46 302.944,58 -20.539,37 0,00 282.334,75
Revalorizações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Adições 0,00 0,00 0,00 516,00 0,00 0,00 516,00
Alienações e abates 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Transferências 0,00 0,00 70,46 -26.611,46 26.541,00 0,00 0,00
(Perdas) Ganhos por imparidade 0,00
Depreciação exercício 0,00 0,00 0,00 -16.917,06 -1,63 0,00 -16.918,69
Valor líquido final setembro de 2014 0,00 0,00 0,00 259.932,06 6.000,00 0,00 265.932,06
Custo 0,00 1.043.068,34 174.242,85 893.214,40 71.158,25 0,00 2.181.683,84
Depreciação acumulada 0,00 -1.043.068,34 -174.242,85 -633.282,34 -65.158,25 -1.915.751,78
Perdas por imparidade Acum. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Valor líquido 0,00 0,00 0,00 259.932,06 6.000,00 0,00 265.932,06
Setembro de 2014
Dezembro de 2013
Custo 2.181.684 2.185.509Depreciação acumulada -1.915.752 -1.903.175Valor líquido 265.932 282.335
0108 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
depreciações. O custo histórico inclui todos os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos
bens.
Os gastos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como
ativos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios
económicos fluirão para a empresa e o custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os
demais gastos com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período.
A depreciação dos outros ativos é calculada pelo método das quotas constantes em função
da sua vida útil estimada, como segue:
Não existem restrições de titularidade de ativos fixos tangíveis dados como garantias de
passivos.
6 : LOCACÕES A 30/09/2014 a Empresa não tem contratos de locação financeira.
7 : CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS Os encargos financeiros (juros) relacionados com o financiamento para a aquisição dos
terrenos, instalações e equipamentos, localizados na zona de intervenção da EXPO ’98, que
eram propriedade das empresas petrolíferas foram diretamente imputados ao valor nominal
dessas aquisições.
Os restantes encargos financeiros (juros e outros encargos de natureza similar) suportados
com o financiamento para as despesas da EXPO ’98 e respetiva gestão foram capitalizados
proporcionalmente, em cada exercício, ao acréscimo anual de cada rubrica do investimento,
em imobilizado.
Descrição Vida útiltaxas de
depreciaçãoEquipamento de transporte 4 25,00%Equipamento administrativo 4 25,00%Outras imobilizações 8 12,50%
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0109
Após a realização da EXPO ’98 os encargos financeiros passaram a ser considerados em
custo do exercício.
No período de janeiro a setembro de 2014 não foram capitalizados encargos financeiros.
8 : PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO A Parque EXPO classifica as propriedades detidas para arrendamento a longo prazo ou
valorização imobiliária, ou ambas, como propriedades de investimento. As propriedades de
investimento compreendem terrenos e edifícios livres e são valorizadas inicialmente ao custo,
incluindo todos os dispêndios diretamente atribuíveis à sua aquisição ou construção. Após o
reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são valorizadas de acordo com o
justo valor. O justo valor é baseado em valores de mercado ajustados, se necessário, para
refletir qualquer diferença na natureza, localização ou condição do ativo específico.
Para informação que não esteja disponível, é utilizado o método de avaliação alternativo
determinado com base nos fluxos de caixa descontados. Estas avaliações são revistas todos
os anos à data de encerramento das contas.
O justo valor das propriedades de investimento reflete, entre outras coisas, os rendimentos
provenientes de rendas resultantes de alugueres em vigor e pressupostos acerca de rendas
futuras, tomando em conta condições de mercado correntes. O justo valor também reflete
numa base semelhante os ex-fluxos financeiros que podem ser expectáveis a respeito de
cada propriedade.
Relativamente aos ativos explorados por empresas associadas, como é o caso do Oceanário
de Lisboa, o justo valor é determinado com base no valor da atividade que se perspetiva
desenvolver nos equipamentos. O valor em uso é determinado com base nos meios libertos
previstos nas projeções financeiras aprovadas, corrigidos de outras atividades desenvolvidas
sem relação com os equipamentos e de retornos esperados de investimentos a realizar.
Gastos subsequentes acrescem ao ativo somente quando é provável que benefícios
económicos futuros fluam para a empresa e que o custo do item possa ser mensurado com
fiabilidade. Todos os gastos de manutenção e reparação são registados na demonstração
dos resultados no período em que são incursos.
Alterações do justo valor são registadas na demonstração dos resultados.
0110 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Se uma propriedade de investimento é ocupada pelo proprietário esta é reclassificada para
ativos fixos tangíveis e o seu justo valor à data de reclassificação passa a ser o seu custo para
efeitos contabilísticos. Se a ocupação pelo proprietário for considerada insignificante a sua
classificação é mantida para efeitos de propriedade de investimento.
Evolução em 2013 das propriedades de investimento:
Evolução do valor das propriedades de investimento até 30/09/2014:
DescriçãoValor liquido
inicialAumentos Alienações
Aum./red. justo valor
no exercício
Valor Liquido final
Oceanário de Lisboa 39.886.502 0 0 -1.997.227 37.889.275
Marina do Parque das Nações 0 0 0 0 0
Parque estacionamento do Oceanário 125.000 0 0 0 125.000
Parque estacionamento das Tágides 250.000 0 0 0 250.000
Pavilhão de Portugal 14.500.000 0 0 0 14.500.000
Torre Vasco da Gama 11.031.246 0 0 -184.963 10.858.658
Lote 2.15.01 (restaurantes) 2.656.230 0 0 464.970 3.121.200
Telecabine 0 0 0 0 0
Clube do Mar 0 0 0 0 0
Edifícios de Realojamentos 1.366.777 0 0 0 1.366.777
Direitos de superfície s/terrenos 840.728 0 0 -56.049 784.679
Porta do Tejo 0 0 0 0 0
Torre da Refinaria 0 0 0 0 0
Obras em curso 12.375 0 0 0 0
Totais 88.168.858 0 -17.500.000 -1.773.268 68.895.589
DescriçãoValor liquido
inicialAlienações Transferências
Aum./red. justo valor no
exercício
Valor Liquido final
Oceanário de Lisboa 37.889.275 0 0 0 37.889.275
Marina do Parque das Nações 0 0 0 0 0
Parque estacionamento do Oceanário 125.000 0 0 0 125.000
Parque estacionamento das Tágides 250.000 0 0 0 250.000
Pavilhão de Portugal 14.500.000 0 0 0 14.500.000
Torre Vasco da Gama 10.858.658 0 0 0 10.858.658
Lote 2.15.01 (restaurantes) 3.121.200 -749.700 0 0 2.371.500
Telecabine 0 0 0 0 0
Clube do Mar 0 0 0 0 0
Edifícios de Realojamentos 1.366.777 0 57.500 0 1.424.277
Direitos de superfície s/terrenos 784.679 0 0 0 784.679
Porta do Tejo 0 0 0 0 0
Torre da Refinaria 0 0 0 0 0
Lugar de estacionamento n.º 111 0 0 13.000 0 13.000
Arrecadação n.º 2 letra B 0 0 8.576 0 8.576
Obras em curso 0 0 0 0 0
Totais 68.895.589 -749.700 79.076 0 68.224.965
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0111
Dos movimentos ocorridos no período findo em 30 de setembro de 2014 salientam-se as
alienações das frações C e N do lote 2.15.01, pelos valores de 781,0 e 85,5 milhares de euros,
respetivamente, com a mais-valia conjunta de 116,8 milhares de euros.
9 : IMPARIDADE DE ATIVOS A NCRF 12 – Imparidade de ativos é aplicada na contabilização da imparidade de todos os
ativos que não sejam: inventários (NCRF 18), ativos provenientes de contratos de construção
(NCRF 19), ativos por impostos diferidos, ativos por benefícios aos empregados (NCRF 28),
ativos financeiros (NCRF 27), propriedades de investimento ao justo valor (NCRF 11), ativos
biológicos ao justo valor (NCRF 17) e ativos não correntes classificados como detidos para
venda (NCRF 8).
De forma a proporcionar uma leitura global, das perdas por imparidade acumuladas e dos
movimentos efetuados em 2014 até à data da dissolução, apresenta-se o quadro seguinte:
Perdas Reversões Perdas Reversões
CLIENTES 12.902.783 64.218 2.176.017 348.234 479.182 10.660.035
PARTICIPAÇÕES DE CAPITAL
Marina do Parque das Nações 0 0
Parque Expo Gestão Urbana 750.000 750.000 0
DÍVIDAS NÃO CORRENTES
CM de Loures 26.764.080 8.215.618 34.979.697
GIL (Terreno) 8.366.454 8.366.454
Metropolitano Lisboa 0 0
Assoc. Parque Atlântico 48.134 48.134
FINANCIAMENTOS CONCEDIDOS
Marina do Parque das Nações 1.553.874 475.000 0 -2.028.874 0
Gare Intermodal de Lisboa 6.490.451 -6.490.451 0
Parque Expo Gestão Urbana 7.741.885 7.831.885 90.000 0
DÍVIDAS CORRENTES
Suprimentos:
Marina do Parque das Nações 0 2.028.874 2.028.874
Gare Intermodal de Lisboa 0 6.490.451 6.490.451
Outras dividas correntes 609.855 1.039 79.444 531.449
INVENTÁRIOS 123.815 -123.815 0
Totais 65.351.331 8.279.835 10.007.902 914.272 1.308.626 -123.815 63.105.095
Valor liquido inicial
Valor liquido finalResultado
do Exercício
Rev.perdas p/ imparidadeReclassific
ações
Efeito da Integração da PEGU no valor das
imparidadesPERDAS POR IMPARIDADE
0112 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Na sequência da decisão de extinção da sociedade Parque Expo Gestão Urbana do Parque
das Nações, por transmissão global do património, procedeu-se à integração dos ativos e
passivos daquela participada na Parque EXPO. Neste âmbito, destacam-se os seguintes
movimentos:
: Registo do valor suportado, por conta da Autarquia de Loures, relativo aos gastos com a
gestão urbana da zona Norte do Parque das Nações, de agosto de 2008 até novembro de
2012. Refira-se que este montante, no valor aproximado de 8,2 milhões de euros,
encontrava-se totalmente ajustado naquela participada pelo que este ajustamento foi
integrado nas contas da Parque EXPO;
: A anulação dos créditos da Parque EXPO sobre a Parque Expo Gestão Urbana do Parque
das Nações, no valor de 10 milhões de euros1, e consequente redução dos ajustamentos
efetuados em anos anteriores. Esta redução foi registada na Parque EXPO por contrapartida
de resultados transitados e compensou a integração dos resultados transitados negativos,
registados na Parque Expo Gestão Urbana do Parque das Nações, sendo meramente
residual o efeito no capital próprio da Parque EXPO;
: O abate do valor nominal da participação financeira na Parque Expo Gestão Urbana do
Parque das Nações originou a redução do ajustamento, efetuado na Parque EXPO, no valor
de 750 mil euros.
Refira-se ainda o aumento do valor do ajustamento para suprimentos, efetuados na Marina do
Parque das Nações, no montante de 475 mil euros e a reclassificação, para dívidas correntes,
dos suprimentos efetuados na Marina do Parque das Nações e na GIL – Gare Intermodal de
Lisboa nos valores acumulados de 2,0 e 6,5 milhões de euros, respetivamente.
10 : INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS
Informação financeira resumida das empresas subsidiárias:
1 Em dívidas de clientes cerca de 2,2 milhões de euros, e em financiamentos concedidos o montante
aproximado de 7,8 milhões de euros.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0113
As participações financeiras encontram-se valorizadas pelo método da equivalência
patrimonial.
Em 2014 a data de relato das demonstrações financeiras das empresas subsidiárias é o
período findo em 30 de setembro.
Com a exceção da sociedade Marina do Parque das Nações, relativamente à qual houve um
processo especial de recuperação de empresa, não existem restrições legais sobre a
capacidade das empresas associadas para transferir fundos sob a forma de dividendos,
reembolsos de empréstimos ou adiantamentos.
11 : INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS
Informação financeira resumida das empresas associadas:
Na sequência da informação n.º 683/2014, de 21 de maio, emitida pela Direção-Geral do
Tesouro e Finanças, a Parque EXPO procedeu em dezembro de 2014 à alienação à REFER
da participação financeira que detinha na GIL – Gare Intermodal de Lisboa, bem como dos
suprimentos efetuados, pelo valor simbólico de 1 euro. Conforme se encontrava previsto na
referida informação a GIL – Gare Intermodal de Lisboa liquidou os valores em dívida à Parque
Descrição %
2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013
Oceanário de Lisboa, S.A. 100,00% 6.673 6.318 1.610 1.428 5.063 4.891 2.338 1.165
Parque Expo Desenvolvimento do Território, S.A.
100,00% 33 33 2 2 31 31 -1 -3
Marina do Parque das Nações, S.A. 99,55% 18.431 18.893 22.334 22.170 -3.903 -3.277 -619 -983
ResultadosCapital PróprioPassivoAtivo
Descrição Obs %
2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013
G.I.L- Gare Intermodal de Lisboa, S.A. 49,00% 75.777 75.806 87.196 87.156 -11.419 -11.351 210 60
Telecabine de Lisboa, Lda (1) (2) 30,00% 2.130 1.933 105 78 2.025 1.855 643 473
(2) - Participação indireta via Oceanário de Lisboa, S.A.
ResultadosAtivo Passivo Capital Próprio
(1) - Período económico de Abril do ano (n) a Março do ano (n+1)
Obs:
0114 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
EXPO, no montante global de 2.060.982,97 euros, relativos à parcela 1.15 e às obras
suportadas pela Parque EXPO na fase de construção da Gare Intermodal de Lisboa.
A Parque EXPO tem uma participação de 3,64% na sociedade Climaespaço, que se encontra
valorizada ao custo de aquisição, a que corresponde o valor nominal de 299.114 euros.
12 : INVENTÁRIOS
Fazem parte dos bens detidos para venda no decurso normal do negócio as parcelas de
terreno que restam do projeto de reconversão urbana do Parque das Nações valorizadas de
acordo com o quadro seguinte:
Em 2014, até à data da dissolução, procedeu-se à celebração do contrato de promessa de
compra e venda relativo ao lote 3.23.01 pelo valor de 4.704 m€.
13 : RÉDITO
As vendas e prestações de serviços, registadas até 30 de setembro de 2014, atingiram o
montante de 9,6 milhões de euros. Na análise comparativa com o período homologo de 2013
verifica-se um acréscimo de cerca de 3,8 milhões de euros. Esta variação teve origem,
fundamentalmente no aumento do produto das vendas imobiliárias, em cerca de 4,5 milhões
Descrição 2014 2013 Variação
Terrenos no Parque das Nações:
Terrenos no PP1 846.300 846.300 0
Terrenos no PP3 2.634.157 7.179.971 -4.545.814
Terrenos no PP4 0 0 0
Terrenos no PP5 1.633.146 1.633.146 0
Terrenos no PP6 3.622.830 3.622.830 0
Terrenos fora do Parque das Nações:
Vale do Forno - Parcela 145 2.188.664 2.188.664 0
Frações 0 79.076 -79.076
Totais 10.925.097 15.549.988 -4.624.890
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0115
de euros, parcialmente compensado pelos decréscimos verificados nas rubricas de
prestações de serviços e outros rendimentos e ganhos.
A 30 de setembro de 2014 a rubrica de outros rendimentos e ganhos regista o valor de 2,4
milhões de euros o que representa um decréscimo de 221 mil euros, face ao período
homólogo de 2013, que se encontra justificado devido à redução da cessão de exploração do
Pavilhão Atlântico na sequência da sua alienação em 2013.
Descrição 2014 2013 Variação
Vendas 4.704.000 159.000 4.545.000
Prestação de Serviços 2.509.852 3.074.048 -564.196
Total 1 7.213.852 3.233.048 3.980.804
Outros rendimentos e ganhos 2.361.848 2.583.109 -221.261
Total 2 2.361.848 2.583.109 -221.261
Total 1 + 2 9.575.700 5.816.156 3.759.543
Descrição 2014 2013 Variação
Cessão de exploração: 1.777.284 2.040.657 -263.373
Pavilhão Atlântico 0 287.902 -287.902
Oceanário de Lisboa 1.575.179 1.544.293 30.886
Climaespaço 0 0 0
Parques de estacionamento 82.603 111.941 -29.338
Teleférico 65.503 52.120 13.382
Torre Vasco da Gama 54.000 44.400 9.600
Direitos de superfície: 180.456 180.456 0
Lote 2.21.01 (TVG) - Função Equip. Turístico 129.441 129.441 0
Lote 3.01.02 (Posto Abastecimento Repsol) 18.830 18.830 0
Lote 4.27.01 (Escola Básica Vasco da Gama) 8.978 8.978 0
Parcela 4.77 (Posto Abastecimento BP) 23.207 23.207 0
Arrendamentos: 63.814 61.601 2.212
Para antenas de telecomunicações 61.805 60.842 962
Restaurantes 2.009 759 1.250
Venda de frações 116.800 0 116.800
Outros 223.495 300.395 -76.900
Total 2.361.848 2.583.109 -221.261
0116 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
14 : PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES
Até 30 de setembro de 2014 ocorreram os seguintes movimento na rubrica de provisões:
Em 2014 destacam-se os seguintes movimentos:
: A redução da provisão no valor de 213 milhares de euros, para processos judiciais em
curso, devido ao desfecho que, embora desfavorável, do processo movido pela CP
representou uma responsabilidade menor do que se estimava;
: A redução de 2,6 milhões de euros de provisões em excesso constituídas devido a
responsabilidades contingentes relativamente à participação financeira na Marina do Parque
das Nações por se tratar de valores em dívida à Parque EXPO (suprimentos e dividas de
terceiros) que se encontram totalmente ajustados na contabilidade da Parque EXPO.
GARANTIAS PRESTADAS
As garantias prestadas ascendiam, em 30 de setembro de 2014, a 1.505.071 euros (2013:
15.571 euros), sendo:
Aumento Redução Aumento Redução
Processos judiciais em curso 4.243.197 0 212.772 4.030.425 7.961.597 452.762 4.171.162 4.243.197
Contratos de trabalho 4.266.110 0 0 4.266.110 3.426.665 839.446 0 4.266.110
Participações Financeiras (MPN) 3.277.085 112.208 2.593.138 796.155 2.183.181 1.093.904 3.277.085
Participações Financeiras (PGU) 0 0 7.465.618 5.455.026 2.010.592 0
Total 11.786.393 112.208 2.805.910 9.092.691 21.037.060 2.386.112 6.181.754 11.786.393
Saldo finalResultado do Exercício Resultado do ExercícioSaldo
Inicial 2014Saldo
Inicial 2013Saldo final
Reclassificações
GARANTIAS PRESTADAS: Nota 2014 2013 Variação
Hospital da Cuf Descobertas, SA (1) 1.411.200 0 1.411.200
Imoretalho - Gestão de Imóveis, SA (2) 78.300 0 78.300
Câmara Municipal de Lisboa (3) 15.571 15.571 0
Total 1.505.071 15.571 1.489.500
(1) - Destinada a garantir a restituição da quantia paga a título de sinal em caso de resolução do contrato promessa compra e venda do Lote 3.23.01.
(2) - Destinada a garantir os gastos a suportar com a semaforização e reperfilamento do espaço público no âmbito do processo de licenciamento do lote 3.27.01.
(3) - Destinada a garantir os gastos a suportar com a semaforização e reperfilamento do espaço público no âmbito do processo de licenciamento do lote 1.06.25.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0117
A 30 de setembro de 2014 as garantias obtidas compostas por fianças bancárias e seguros
caução somavam 1.773.490,38 euros (2013: 2.016.286,88 euros).
RESPONSABILIDADES CONTINGENTES
Decorrente de processos judiciais em curso contra a sociedade existe uma responsabilidade
contingente de cerca de 11.955 milhares de euros (2013: 12.640 milhares de euros)
correspondente aos valores dos pedidos de terceiros por ações em curso.
Com o único objetivo de evitar o pagamento das penalidades, no valor de 2.172 milhares de
euros, relativas a atrasos na edificação (sanções contratualmente suportadas a título de
cláusula penal), a Moncresta intentou uma ação judicial contra a Parque EXPO no valor de
7.146 milhares de euros. A ação movida pela Moncresta encontra-se suspensa por
insolvência da autora.
Salienta-se que as penalidades contratuais estão totalmente provisionadas.
É convicção da Administração da Empresa que caso os processos em curso resultem em
responsabilidades para a Sociedade, estas, a ocorrer, serão em valor significativamente
inferior aos valores das ações, pelo que se considera que a provisão existente, no montante
aproximado de 4 milhões de euros, está constituída segundo exigentes critérios de prudência.
GARANTIA E AVAL PRESTADO PELO ESTADO
Em 30 de setembro de 2014 o montante do aval prestado pelo Estado à Sociedade ascendia
a 17.221.560 euros (2013: 19.681.783 euros) e incidia sobre a 2ª emissão do empréstimo
obrigacionista.
15 : SUBSÍDIOS E APOIOS DO GOVERNO
A decomposição dos saldos da conta de subsídios ao investimento em 31 de dezembro de
2013 e em 30 de setembro de 2014 consta do quadro seguinte:
0118 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
17 : IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO A Empresa encontra-se sujeita ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à
taxa normal de 23%, acrescida de Derrama à taxa de 1,5%, conduzindo a uma taxa de
imposto agregada máxima de 24,5%.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e
correção por parte das autoridades fiscais, durante um período de quatro anos (cinco anos
para a Segurança Social a partir de 2001), exceto quando tenham ocorrido prejuízos fiscais,
tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspeções, reclamações ou
impugnações, casos em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são prolongados ou
suspensos. Consequentemente, as declarações fiscais da Empresa dos exercícios de 2011 a
2014, poderão ainda ser sujeitas a revisão. Eventuais correções resultantes de
revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais, àquelas declarações de impostos, não
terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 30 de setembro de 2014.
18 : INSTRUMENTOS FINANCEIROS
EMPRÉSTIMO BANCÁRIO DE MÉDIO LONGO PRAZO:
Empréstimos por obrigações:
Em agosto de 2014 procedeu-se à amortização de 2.460.223 euros correspondente à terceira
prestação da dívida relativas à 1.ª emissão do empréstimo obrigacionista.
Desta forma, em 30 de setembro de 2014, as principais condições e taxas de juro do
empréstimo por obrigações resumem-se da seguinte forma:
Modalidade: 2ª emissão de obrigações à taxa variável, por subscrição particular e direta;
Descrição 2014 2013 Variação
Subsidios à exploração 1.218.921 1.218.921 0
Subsidios ao investimento:
Torre Vasco da Gama 1.909.496 1.909.496 0
Oceanário de Lisboa 667.315 667.315 0
Totais 3.795.732 3.795.732 0
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0119
Valor em dívida: 17.221.560 euros com as seguintes condições:
: Taxa de juro: a taxa de juro nominal aplicável a cada um dos períodos de juros é variável e
igual à “Euribor a 6 meses” cotada no segundo Dia Útil Target imediatamente anterior à data
de início de cada período de juros, adicionada de 4,1%. Os juros são postecipados, pagos
semestralmente, a 19 de maio e a 19 de novembro de cada ano;
: Reembolso: o reembolso do valor das Obrigações será efetuado em 10 prestações
semestrais, iguais e consecutivas. A primeira venceu-se a 19 maio 2013. O reembolso
antecipado poderá ser efetuado por parte do emitente (Call Option), total ou parcialmente,
neste último caso por redução do valor nominal.
O empréstimo a médio/longo prazo com compromissos a menos de um ano foram
classificados no curto prazo.
Saliente-se que os valores do quadro apresentado não incluem o passivo bancário corrente,
nomeadamente contas correntes e descoberto bancário, no valor agregado de 141.820
milhares de euros.
OUTRAS CONTAS A RECEBER E A PAGAR NÃO CORRENTES
Esta rubrica regista as transações da Sociedade com terceiras entidades, públicas e privadas,
que não foram lançadas nas contas de clientes por não resultarem diretamente da sua atual
atividade operacional, nomeadamente:
: Dívida da Autarquia de Lisboa, no valor de 27.163 milhares de euros, correspondente ao 1º
e 2º aditamentos ao acordo financeiro celebrado em 2005, resultante de infraestruturas
especiais construídas no âmbito da Exposição Mundial de Lisboa – EXPO ’98 e que servem
atualmente o projeto urbano, bem como da gestão urbana do Parque das Nações, até
30/11/2012;
Empréstimos M/L Prazo Valor (€)2014
2º Sem2015
1º SemPós 2º Sem de 2015
2.460.223 2.460.223
Nov-14 Mai-15
Total 17.221.560 2.460.223 2.460.223 12.301.114
(1) Amortização em 10 prestações semestrais, iguais e consecutivas, vencendo-se a primeira a 19 Mai 2013
Datas de Amortização
12.301.114Empréstimo Obrigacionista | 2ª Emissão (1) 17.221.560
0120 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
: Outras dívidas no valor global líquido de ajustamentos de 3.555 milhares de euros.
DIVIDA DA AUTARQUIA DE LISBOA:
Em 16/09/2009 foi celebrado o 1º aditamento, ao acordo financeiro celebrado em 2005, no
valor de 26,2 milhões de euros (valor liquido de receitas: 20,7 milhões de euros), nos
seguintes termos e condições:
: pagamento da dívida em 30 prestações semestrais, as duas primeiras nos monatntes de
904 milhares de euros e de 2.012 milhares de euros e as restantes, com o valor unitário de
829 milhares de euros, devidas a 15 de março e 15 de setembro de cada ano;
: incidência de juros contados dia a dia à taxa Euribor a 12 meses;
: pelo pagamento de qualquer prestação em mora, incidência de juros mediante o acréscimo
da sobretaxa de 2% ao ano;
: possibilidade da Parque EXPO ceder a terceiros, total ou parcialmente, o montante da
dívida.
No âmbito deste acordo a Câmara Municipal de Lisboa pagou até setembro de 2014 as oito
prestações semestrais, no valor global de 6,4 milhões de euros.
Na sequência do memorando de entendimento celebrado com o Estado Português a Cãmara
Municipal de Lisboa aprovou, em março de 2013, o 2º aditamento ao acordo financeiro
celebrado em 2005, no valor de 42,8 milhões de euros, com o seguinte plano de pagamento:
: Uma prestação de 9 milhões de euros no prazo máximo de 5 dias após o visto do Tribunal
de Contas;
: Uma prestação de 6 milhões de euros até 20 dias após o primeiro pagamento;
CM Lisboavalor inicial
valores pagos
valores em dívida
1º Aditamento (*) 20.673.201 6.375.866 14.297.334
2º Aditamento (*) 42.821.370 30.000.000 12.821.370Terrenos com infraestruturas urbanas 43.851 0 43.851
Total 63.538.421 36.375.866 27.162.555
(*) - ao acordo financeiro celebrado em 2005
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0121
: Cinco prestações semestrais e consecutivas, de 5 milhões de euros cada, sendo a primeira
no dia 15 de setembro de 2013;
: A última prestação, no valor aproximado de 2,8 milhões de euros, em 15 de maio de 2015.
A Parque EXPO recebeu em 2012, através de um adiantamento da Direção Geral de Tesouro
e Finanças, as duas primeiras prestações, no valor global de 15 milhões de euros. Em 2013,
após formalização do contrato com a Autarquia a Parque EXPO recebeu a 3º prestação, no
valor de 5 milhões de euros, e deu quitação, a favor da Câmara de Lisboa, das duas primeiras
prestações. Em 2014, até setembro recebeu a 4º e 5º prestações no valor global de 10
milhões de euros.
CÂMARA MUNICIPAL DE LOURES
Na ausência de uma acordo financeiro para estabelecer as condições de pagamento das
verbas relativas à atividade de gestão urbana, desenvolvida pela Parque EXPO no período
compreendido entre janeiro de 2000 e agosto de 2008 e pela sua participada Parque Expo
Gestão Urbana do Parque das Nações, no período compreendido entre Agosto de 2008 e
novembro de 2012, assim como os gastos com acessibilidades suportados no âmbito do
projeto urbano, a Parque EXPO ajustou a totalidade o valor suportado.
Com a extinção da sociedade Parque Expo Gestão Urbana do Parque das Nações, com efeito
a 30 de junho de 2014, os valores suportados por aquela participada que se encontravam
totalmente ajustados, foram integrados na sociedade Parque EXPO. Assim, o valor das
despesas de gestão urbana, suportadas por conta da Autarquia de Loures, encontram-se
integralmente ajustadas e ascendem a 35 milhões de euros.
OUTROS VALORES A RECEBER – NÃO CORRENTES:
Saldos relevantes da conta de outros valores a receber não correntes:
Outras contas a receber não correntes
valor bruto ajustamentos valores liquido
Associação Parque Atlântico 3.603.607 48.134 3.555.473
Gare Intermodal de Lisboa - Terreno 8.366.454 8.366.454 0
Total 11.970.061 8.414.589 3.555.473
0122 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
A dívida da Gare Intermodal de Lisboa (GIL) resulta do valor ajustado atribuído à parcela de
terreno 1.15, onde se encontra construída a Gare Intermodal de Lisboa. Apesar do valor estar
reconhecido nas contas da GIL, pelo montante de 1.576 milhares de euros, a empresa não
dispõe de meios financeiros para liquidar esta dívida. Na sequência da informação n.º
683/2014, de 21 de maio, emitida pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças, a REFER,
procedeu, em dezembro de 2014, ao reforço de suprimentos na GIL e permitiu os meios
financeiros necessários para ressarcir a Parque EXPO, no valor de 1.576 milhares de euros,
relativo aos gastos suportados com parcela 1.15.
A dívida da Associação Parque Atlântico (APA) resulta da aquisição do direito, atribuído à
Parque EXPO, de recompra dos terrenos do Centro de Exposições de Lisboa caso a APA lhes
atribua um uso diferente que não seja a realização de feiras e exposições.
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Os saldos das sub-contas desta rubrica estão descriminados no quadro abaixo:
OUTROS VALORES A RECEBER E A PAGAR
2014 2013
RUBRICAS SALDO DEVEDOR SALDO CREDOR SALDO DEVEDOR SALDO CREDOR
Imposto sobre o Rendimento 187.994 44.737 288.758 17.831
Retenção de Imposto sobre o Rendimento 0 103.625 0 88.145
IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado 24.686 76.811 4.470 297.143
Imposto do Selo 0 1.168 0 1.324
Segurança Social 0 103.736 0 100.723
Total 212.680 330.079 293.228 505.166
2014 2013
DescriçãoAtivoCorrente
PassivoCorrente
AtivoCorrente
PassivoCorrente
Gastos a suportar com a infraestruturação do projeto do Parque das Nações
0 8.891.037 0 9.081.947
Empresas Paricipadas 0 3.150.000 0 3.500.000
Fornecedores de investimentos 0 1.210.826 42 1.082.143
Devedores e credores por acréscimos(periodização económica)
1.047.816 1.355.324 1.023.509 2.258.034
Consultores 0 11.730 0 7.859
Adiantamentos por conta de vendas / imóveis 0 525.000 0 525.000
Outros devedores e credores 3.366.037 2.322.941 577.589 2.178.180
Totais 4.413.853 17.466.858 1.601.140 18.633.163
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0123
19: RESULTADOS TRANSITADOS
Na sequência do processo extinção por transmissão global do património, da Parque Expo
Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A., procedeu-se à integração, na sociedade Parque
EXPO, dos ativos e passivos com o reconhecimento, na rubrica de resultados transitados, da
diferença no montante de 9.976.823,87 euros. Refira-se que este prejuízo já se encontrava
contabilizado, nas contas individuais da Parque EXPO, através do reconhecimento de perdas
por imparidade relativamente a créditos por serviços prestados e suprimentos efetuados na
sua participada. Neste contexto, a reversão destes ajustamentos foi reconhecida diretamente
na conta de resultados transitados sendo residual o efeito agregado da fusão.
Adicionalmente, em 2014, procedeu-se a aplicação do resultado liquido apurado no exercício
de 2013, no valor de -13.799.261 euros.
20 : ACIONISTAS (SÓCIOS)
Em 2012 foi realizada a assunção pelo Estado Português da 1ª emissão do empréstimo
obrigacionista no valor de capital e juros de 24,8 milhões de euros. Até setembro de 2014 o
Estado Português assumiu o pagamento das três primeiras prestações e juros, no valor global
de 8,9 milhões de euros, relativamente à 2º emissão do empréstimo obrigacionista. Neste
contexto, a Direção Geral do Tesouro e Finanças é credora da sociedade no valor de 33,7
milhões de euros.
Descrição 2014 2013 Diferença
Saldo Inicial -114.318.589 -113.107.087 -1.211.502
Aplicação do resultado -13.799.261 -15.187.016 1.387.755Reconhecimento subsidios ao investimento
0 13.975.513 -13.975.513
Efeito da fusão por incorporação da Parque Expo Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A.
31.078 0 31.078
Saldo Final -128.086.772 -114.318.589 -13.768.183
0124 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
21 : DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS
REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS
Pela natureza pública do seu capital a Parque EXPO integra o setor empresarial do Estado,
estando sujeita ao regime júridico estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 558/99, de 17 de
dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 300/2007, de 23 de agosto.
A sua gestão está submetida aos princípios de bom governo definidos na Resolução do
Conselho de Ministros n.º 49/2007, publicada em 28 de Março. Em termos de orientação
estratégica a gestão da Parque EXPO segue as orientações globais para o setor empresarial
do Estado aprovadas pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 70/2008, de 22 de abril, e
as orientações específicas aprovadas pelo acionista em Assembleia Geral.
Os gestores da Parque EXPO estão abrangidos pelo Estatuto do Gestor Público aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de março.
Por ser emitente de valores transacionáveis em mercado regulamentado, a atividade da
empresa está sujeita ao cumprimento das disposições aplicáveis do Código dos Valores
Mobiliários e dos regulamentos específicos da Comissão do Mercado de valores Mobiliários
(CMVM), em especial no que respeita a questões relacionadas com divulgação de informação
económica e financeira e transparência da gestão.
Enquanto sociedade anónima, a Parque EXPO está sujeita ao Código das Sociedades
Comerciais. Nestes termos e acordo com o artigo 397.º do Código das Sociedades
Comerciais a Parque EXPO declara que:
: Não concedeu empréstimos, não efetuou pagamentos de despesas pessoais, não prestou
garantias nem facultou adiantamentos aos seus Administradores;
: Não foram celebrados quaisquer contratos entre a Sociedade e os seus Administradores,
diretamente ou por pessoa interposta.
OUTRAS OBRIGAÇÕES LEGAIS
A Parque EXPO 98, S. A. tem a sua situação regularizada perante a Direção Geral dos
Impostos e perante a Segurança Social.
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0125
22 : OUTRAS INFORMAÇÕES
NÚMERO MÉDIO DE EMPREGADOS
Em 2014, até 30 de setembro o número médio de empregados foi de 96 (2013: 107).
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
GASTOS COM O PESSOAL
Rubricas 2014 2013 Diferença
Serviços especializados 167.469 393.172 -225.702
Publicidade e propaganda 0 6.079 -6.079
Vigilância e segurança 10.125 1.595 8.530
Honorários 59.988 78.080 -18.092
Conservação e reparação 166.093 774.727 -608.634
Material de escritório 3.758 3.608 150
Electricidade 7.095 12.176 -5.081
Combustíveis 65.006 69.966 -4.959
Água 3.553 2.741 813
Deslocações e estadas 40.132 28.594 11.538
Rendas e alugueres 371.122 533.587 -162.465
Comunicação 21.156 50.039 -28.883
Seguros 67.980 71.096 -3.116
Contencioso e notariado 41.106 10.086 31.020
Despesas de representação 2.472 1.143 1.329
Limpeza, higiene e conforto 19.951 22.333 -2.382
Outros 6.355 7.087 -732
Total 1.053.362 2.066.107 -1.012.745
Descrição 2014 2013 Variação
Remunerações dos órgãos sociais 178.729 209.654 -30.925
Remunerações do pessoal 2.649.385 3.405.794 -756.409
Encargos sobre remunerações 609.483 765.164 -155.681
Seguros e custos de ação social 15.647 12.732 2.915
Indemnizações por recisão de contratos de trabalho 277.517 529.205 -251.688
Outros custos com o pessoal 83.776 101.426 -17.651
Totais 3.814.535 5.023.975 -1.209.439
0126 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS
OUTROS GASTOS E PERDAS
RESULTADOS FINANCEIROS
Descrição 2014 2013 Variação
Custo da venda da parcela 6.17 0 134.389 -134.389
Custo da venda do parcela 3.23.01 4.545.814 0 4.545.814
Totais 4.545.814 134.389 4.411.426
Descrição 2014 2013 Variação
Dívidas incobráveis 27.936 301.002 -273.066
Imposto municipal sobre imóveis 118.988 121.209 -2.221
Imposto de Selo s/ Prédios 95.717 95.692 25
Abate da participação financeira na PEGU 750.000 0 750.000
Contrapartida utilização Lote 2.15 0 69.396 -69.396
Visto Tribunal de Contas 2º Aditamento Acordo CMLisboa 0 42.821 -42.821
Outros gastos e perdas 208.023 201.340 6.683
Totais 1.200.664 831.460 369.204
Juros e rendimentos similares obtidos 2014 2013
Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações 269.448 660.054
CM de Lisboa 71.587 131.540
Imocolumbia 0 0
AIP 0 0
Outros proveitos e ganhos financeiros 9.375 31.549
Total de juros e rendimentos obtidos 350.410 823.143
Juros e gastos similares suportados 2014 2013
Juros suportados 5.882.251 7.124.009
Diferenças de câmbio desfavoráveis 210 3.689
Serviços e Comissões Bancárias 151.377 725.718
Garantias bancárias 7.506 32.986
Imposto do Selo de financiamento 753.576 798.167
Outros custos e perdas financeiros 1 85
Total de juros e rendimentos suportados 6.794.921 8.684.654
Resultados Financeiros -6.444.512 -7.861.511
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0127
Discriminação dos valores mais expressivos:
Juros suportados:
DIFERIMENTOS ATIVOS E PASSIVOS
Diferimento – Gastos:
Diferimento – Rendimentos:
Ganhos/perdas imp. subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos
Pela aplicação do método de equivalência patrimonial foram registados em 2013 e 2014 os
resultados das participações financeiras:
RUBRICAS 2014 2013
Juros de empréstimos bancários 5.109.540 6.280.397
Juros de empréstimos por obrigações 616.600 775.493
Juros de mora 152.267 25.242
Juros compensatórios 0 48
Juros empresas do Grupo e associadas 3.844 4.879
Juros de contratos de locação financeira 0 62
Outros não especificados 0 37.887
Total 5.882.251 7.124.009
RUBRICAS 2014 2013Fornecimentos e serviços externos 53.964 48.115
Gastos com o Pessoal 18.063 19.775
Gastos de financiamento 0 66.667Total 72.028 134.556
RUBRICAS 2014 2013Faturação corrente 32.559 98.873
Direitos de superfície (*) 11.504.780 11.745.388
Venda de participações financeiras 214.722 230.928Total 11.752.061 12.075.189(*) - Torre Vasco da Gama, Bombas de Gasolina e Escola Vasco da Gama
0128 : RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014)
Lisboa, 23 de janeiro de 2015
O Técnico Oficial de Contas
Fernando Jorge Rodrigues Antunes
(TOC n.º 35356)
A Comissão Liquidatária
RUBRICAS 2014 2013 Variação
Oceanário de Lisboa, S.A. 2.337.801 1.667.320 670.480
Parque Expo Desenvolvimento do Território, S.A. -506 -1.739 1.233
Total 2.337.294 1.665.582 671.713
RELATÓRIOS E CONTAS À DATA DA DISSOLUÇÃO (SET-2014) : 0129
ADENDA AO RELATÓRIO DE GESTÃO
Grelha síntese do cumprimento das orientações legais:
S N N.A.
Objetivos de Gestão x ver pag. 31
Gestão do Risco Financeiro x Taxa média de financiamento = 4,03%
Limites de Crescimento do Endividamento xA 30/09/2014 regista uma redução de -2,5% face a 31/12/2013
Evolução do PMP a fornecedores xVariação entre 3.º trimestre de 2014 e 3.º trim. de 2013 do PMP a fornecedores: +106 dias (+124%)
ver pag. 34
Divulgação dos Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") xPagamentos em atraso (> 90 dias) 0 30/09/2014: 1.795.216 €
Recomendações do acionista na aprovação de contas x ver pag. 35
Remunerações:
Não atribuição de prémios de gestãonos termos do art.º 41.º da Lei 83-c/2013
x
Órgãos sociais - reduções remuneratórias vigentes entre 01/01/2014 e 30/09/2014
x não aplicável
Auditor Externo - redução remuneratórianos termos do artº 75.º da Lei 66-B/2012
x
Restantes trabalhadores - reduções remuneratórias vigentes entre 01/01/2014 e 30/09/2014
x Redução remuneratoria = -236.451 €
Restantes trabalhadores - proibição de valorizações remuneratórias nos termos do art.º 39.º da Lei n.º 83-C/2013
x
Artigo 32º do EGP
Utilização de cartões de crédito x
Reembolso de despesas de representação pessoal x
Contratação Pública
Aplicação das normas de contratação pública pela empresa
x
Aplicação das normas de contratação pública pelas participadas
x ver pag. 41
Contratos submetidos a visto prévio do TC x Nenhum contrato submetido
Auditorias do Tribunal de Contas x ver pag. 43
Parque Automóvel xVariação entre 01/01/2014 e 30/09/2014: menos 2 viaturas (6% do total)
Gastos operacionais das Empresas Públicas(art. 61.º da Lei 83-C/2013)
x ver quadro da pag. 42
Redução de trabalhadores(art. 60.º da Lei 83-C/2013)
Nº de trabalhadores xVar. -6% a 30/09/2014 face a 31/12/2013 (6 trabalhadores)
Nº de cargos dirigentes x
Princípio da Unidade de Tesouraria(art. 124.º da Lei 66-B/2012)
x95% das disponibilidades depositadas no IGCP em 30/09/2014
JustificaçãoCumprimento das Orientações legais
Cumprimento
Quantificação
:2014CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
E RELATÓRIO DE AUDITORIA
:2014RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
Avenida D. João II, Lote 1.07.2.11998-014 Lisboa / Portugal
Tel. +351 218 919 898Fax. +351 219 919 003
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