Relatório de Pesquisa
Governança Metropolitana no Brasil
Caracterização e Quadros de Análise Comparativa da Governança Metropolitana no Brasil: arranjos institucionais de gestão metropolitana (Componente 1)
Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Governança Metropolitana no Brasil
Relatório de Pesquisa
Caracterização e Quadros de Análise Comparativa da Governança Metropolitana no Brasil: arranjos institucionais de gestão metropolitana (Componente 1)
Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Governo Federal
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República Ministro Roberto Mangabeira Unger
Fundação públ ica v inculada à Secretar ia de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o Ipea fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais – possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento brasi leiro – e disponibi l iza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos.
PresidenteJessé José Freire de Souza
Diretor de Desenvolvimento InstitucionalAlexandre dos Santos Cunha
Diretor de Estudos e Políticas do Estado, dasInstituições e da DemocraciaDaniel Ricardo de Castro Cerqueira
Diretor de Estudos e PolíticasMacroeconômicasCláudio Hamilton Matos dos Santos
Diretor de Estudos e Políticas Regionais,Urbanas e AmbientaisMarco Aurélio Costa
Diretora de Estudos e Políticas Setoriaisde Inovação, Regulação e InfraestruturaFernanda De Negri
Diretor de Estudos e Políticas SociaisAndré Bojikian Calixtre
Diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas InternacionaisBrand Arenari
Chefe de GabineteJosé Eduardo Elias Romão
Assessor-chefe de Imprensa e ComunicaçãoJoão Cláudio Garcia Rodrigues Lima
Ouvidoria: http://www.ipea.gov.br/ouvidoriaURL: http://www.ipea.gov.br
Rio de Janeiro, 2015
Relatório de Pesquisa
Caracterização e Quadros de Análise Comparativa da Governança Metropolitana no Brasil: arranjos institucionais de gestão metropolitana (Componente 1)
Governança Metropolitana no Brasil
Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Assessoria de Planejamento e Articulação Institucional (Aspla)
Coordenação Nacional da Rede IpeaMarco Aurélio Costa – Ipea
Coordenação Nacional do ProjetoMarco Aurélio Costa – Ipea
Coordenador Estadual do ProjetoMarcos Antônio Santos – Ceperj
Equipe EstadualIone Salomão Rahy – Analista Especializada – Ceperj Marcos Thimoteo Dominguez – Coordenador da Dimensão Territorial do Planejamento – Seplag Juliana Nazaré Luquez Viana – Bolsista – Ceperj/Ipea Luiz Felipe Felix Thomaz da Silva – Bolsista – Ceperj/Ipea
ColaboraçãoSecretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) Francisco Filomeno de Abreu Neto – Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental – Seplag Renata Lopes dos Santos – Bolsista Finep/CNPq Frederico Felix – Analista de Planejamento e Orçamento – Seplag Ana Fernanda Coelho – Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental – Seplag
Revisão TécnicaBárbara Oliveira Marguti – Ipea
As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores, não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.
© Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – ipea 2015
FICHA TÉCNICA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................... 7
2 LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA ................................................................................................................................. 14
3 ARRANJO INSTITUCIONAL DA GESTÃO METROPOLITANA ....................................................................................... 21
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................ 53
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................................... 54
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ............................................................................................................................... 54
LISTA DE SIGLAS ....................................................................................................................................................... 56
ILUSTRAÇÕES ........................................................................................................................................................... 61
ANEXO A .................................................................................................................................................................. 62
ANEXO B .................................................................................................................................................................. 63
ANEXO C .................................................................................................................................................................. 65
ANEXO D .................................................................................................................................................................. 77
APÊNDICE ................................................................................................................................................................. 80
ARRANJOS INSTITUCIONAIS DE GESTÃO METROPOLITANA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO1
1 INTRODUÇÃO
Criada em 1974, pela Lei Complementar Federal (LCF) no 20, de 1o de julho de 1974, e atualmente composta por dezenove municípios, a região metropolitana do Rio de Janeiro (RM do Rio de Janeiro) (figura 1) concentra o maior contingente populacional do estado, com 11.835.708 habitantes (Fundação Ceperj, 2011), o que corresponde a 74% do total. A cidade do Rio de Janeiro – capital do estado e núcleo da RM do Rio de Janeiro – contribui com mais da metade (53%) da população da região.
FIGURA 1RM do Rio de Janeiro
Fonte: Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj).
Obs.: Imagem reproduzida em baixa resolução em virtude das condições técnicas dos originais disponibilizados pelos autores para publicação (nota do Editorial).
A LCF que cria a RM do Rio de Janeiro reconhece, na definição de sua composição, o espaço formado ao longo do processo de ocupação desse território, que se consolida, especialmente, a partir de 1930.
Abreu (2008, p. 97) aponta alguns fatores importantes na formação da RM do Rio de Janeiro: i) o aumento da população do Rio de Janeiro, especialmente concentrada na então capital da República (núcleo); ii) a expansão das atividades industriais; e iii) o adensamento da ocupação suburbana, vinculado a este contexto produtivo (tanto do núcleo – periferia imediata – quanto das áreas próximas – periferia intermediária).
Esses processos urbanos criam uma demanda de serviços – abastecimento de água, energia, transporte, saneamento etc. –, que são comuns a todo o espaço metropolitano.
1. Relatório desenvolvido com base em informações disponíveis até novembro de 2012.
8 Relatório de Pesquisa
A Constituição Federal de 1937 (CF/1937), em seu Artigo 29, já previa o agrupamento de municípios da mesma região para a prestação de serviços públicos comuns.
Art. 29 – Os municípios da mesma região podem agrupar-se para a instalação, exploração e administração de serviços públicos comuns. O agrupamento, assim constituído, será dotado de personalidade jurídica limitada a seus fins.
Parágrafo único – Caberá aos estados regular as condições em que tais agrupamentos poderão constituir-se, bem como a forma de sua administração.
O território da RM do Rio de Janeiro é drenado por bacias hidrográficas contribuintes às Baías de Guanabara e de Sepetiba e por diversos sistemas lagunares (Maricá-Guarapina, Itaipu-Piratininga, Rodrigo de Freitas e Jacarepaguá).
A ocupação dessa RM está diretamente associada aos ciclos econômicos que caracterizaram a economia do Brasil Colônia e do Império – inicialmente, a cana-de-açúcar e, posteriormente, o café. A partir da segunda metade do século XIX, em função do início da atividade industrial e de novas tecnologias, permitindo a melhoria do sistema de transporte, originou-se um processo de concentração urbana e de surgimento de novos núcleos ao longo das ferrovias e, mais tarde, das rodovias.
A partir da segunda metade do século XX, o processo de urbanização se intensifica, principalmente na “Baixada Fluminense” e na porção oriental da RM, em São Gonçalo e Niterói. Após a construção da Ponte Rio-Niterói, este processo estende-se para os demais municípios do leste metropolitano.
De acordo com Rahy (2005), a denominação Baixada Fluminense se dá pelo seguinte motivo:
(...) prende-se à história da conquista, ocupação e evolução social e econômica de parte da Baixada da Guanabara, isto é, da periferia da cidade do Rio de Janeiro, constituída pelos atuais municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti. Na realidade, até poucos anos atrás (antes das recentes emancipações), eram os municípios de Duque de Caxias, Nilópolis, Nova Iguaçu e São João de Meriti, para onde se dirigiram grandes massas de população pobre provenientes do núcleo metropolitano ou de fluxos migratórios de fora da região metropolitana, principalmente do antigo estado do Rio de Janeiro.
Ultimamente, mudanças no cenário econômico do estado vêm causando transformações no espaço metropolitano, provocando o surgimento de novas centralidades, associadas ao setor de comércio e serviços, bem como à revitalização de atividades industriais tradicionais (estaleiros e indústria pesqueira) e à implantação de novos empreendimentos (siderurgia, petroquímica, terminais marítimos, portos comerciais e infraestrutura viária). Merecem destaque o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o Arco Metropolitano e o Porto Centro Atlântico do Complexo Industrial da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA).
O mapa A.1 do anexo A identifica estes empreendimentos e os que estão relacionados aos eventos internacionais programados para 2014 e 2016 (Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas).
9Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
1.1 Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)
O Comperj, considerado um dos maiores empreendimentos do setor, foi instalado no município de Itaboraí. Seu Centro de Integração e Capacitação fica situado no município vizinho, São Gonçalo. A expectativa em torno do projeto é o desenvolvimento da região Leste Fluminense.
O Comperj caracteriza-se como um complexo industrial, onde serão produzidos derivados de petróleo e produtos petroquímicos de primeira e segunda gerações. A estrutura logística externa inclui vias de acesso, emissário de efluentes, adutora, infraestrutura duto viária, linhas de transmissão etc.2
De acordo com o site3 do complexo, o empreendimento visa à implantação de uma refinaria com capacidade para processar, na etapa inicial, 165 mil barris de petróleo por dia, abastecendo o mercado com óleo diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação, coque, gás liquefeito de petróleo (GLP), ou seja, gás de cozinha, e óleo combustível. Após a conclusão das instalações, o complexo contará, além de refino, com unidades de produção de lubrificantes e de processamento do gás natural produzido no pré-sal. O Comperj faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Sua implantação foi iniciada em 2008, e seu pleno funcionamento está previsto para 2014.
1.2 Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
Também inserido no PAC, desde 2007, o Arco Metropolitano do Rio de Janeiro (145 km de extensão) constitui um importante empreendimento na RM do Rio de Janeiro, sendo reconhecido como “(...) elemento de reestruturação do contexto funcional e econômico do estado do Rio de Janeiro e, preponderantemente, da sua região metropolitana e do conjunto de municípios que deverão ser afetados por sua implantação” (Estado do Rio de Janeiro, 2007). Com grande abrangência territorial e logística de transporte de veículos pesados, ligará o Porto de Itaguaí ao município de Itaboraí, atravessando os municípios de Itaguaí, Seropédica, Japeri, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Magé, Guapimirim e Itaboraí. De acordo com a Secretaria de Estado de Obras (Seobras),
o trecho a ser construído pelo estado, com 70,9 quilômetros, vai do entroncamento da BR-040 (Rio-Juiz de Fora), em Duque de Caxias, ao acesso ao Porto de Itaguaí, na BR-101, cortando as rodovias BR-040, BR-465 (antiga Rio-São Paulo), BR-116 (Via Dutra) e BR-101 (Rio-Santos).4
Na região de abrangência do Arco Metropolitano, importantes empreendimentos estão sendo implantados ou já se encontram em funcionamento, tais como: Comperj, Complexo Industrial da CSA, Complexo Petroquímico de Duque de Caxias e Complexo Industrial de Santa Cruz, entre outros. O total de investimentos é de R$ 34,5 bilhões. Suas funcionalidades são descritas no quadro 1.
2. Petrobras/Comperj. Disponível em: <http://www.comperj.com.br/Apresentacao.aspx>. Acesso em: 21/1/2013.
3. Petrobras/Comperj. Disponível em: <http://www.comperj.com.br/Producao.aspx>. Acesso em: 21/1/2013.
4. Governo do Estado do Rio de Janeiro. Seobras. Disponível em: <http://www.rj.gov.br/web/seobras/exibeconteudo?article-id=214848>. Acesso em: 21/1/2013.
10 Relatório de Pesquisa
QUADRO 1Funcionalidades do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
Atende ao tráfego de longa distância oriundo das regiões Sul e Sudeste em direção às regiões Norte e Nordeste do país. Conecta as rodovias federais atravessadas: BR-040, BR-116 (norte e sul), BR-465 e BR-101 (norte e sul).
Desvia o tráfego de veículos comerciais de longa distância, aliviando os principais corredores metropolitanos, tais como a Avenida Brasil, Ponte Rio-Niterói, BR-101 (entre Manilha e Ponte).
Amplia a acessibilidade aos Portos de Itaguaí e Rio de Janeiro.
Viabiliza a implantação de terminais logísticos, com redução dos tempos de viagem e custos de transporte, bem como a distribuição de cargas para os mercados consumidores.
Introduz novos vetores de expansão urbana para os municípios localizados em sua área de influência.
Elaboração dos autores.
1.3 Porto Centro Atlântico do Complexo Industrial da CSA
O Porto Centro Atlântico do Complexo Industrial da CSA é um conglomerado industrial siderúrgico-portuário que está sendo implantado no Rio de Janeiro pela ThyssenKrupp, associada à Vale. A ThyssenKrupp – maior produtora de aço da Alemanha e uma das líderes do setor no mundo – detém 73,13% das ações desta joint venture, ficando a Vale – maior empresa de mineração do mundo – com os demais 26,87%.
O empreendimento é considerado o maior investimento privado no Rio de Janeiro dos últimos dez anos, tendo empregado mais de 30 mil trabalhadores nas obras de construção. Com financiamento, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de R$ 1,48 bilhão mais isenções fiscais e com 5.500 funcionários – dos quais 61% são moradores da região onde se localiza –, o complexo está voltado para a exportação de commodities minerais e produtos siderúrgicos, compreendendo:5
l usina siderúrgica integrada, já em operação, com capacidade de produção de 5 milhões de toneladas/ano de placas de aço;
l usina termoelétrica instalada dentro da planta, para a geração de 490 MW de energia elétrica, utilizando vapores e gases do processo produtivo; e
l terminal portuário, com dois berços de atracação (um para receber matérias-primas – 4 milhões de toneladas/ano de carvão; outro para a exportação de 5 milhões de toneladas/ano das placas de aço, destinadas às unidades do grupo nos Estados Unidos e na Alemanha). O terminal é composto por uma ponte de acesso, de 4 km de extensão, e um píer de 700 m, que atravessa o manguezal e adentra o oceano.
A CSA vem causando a poluição do ar, com resíduos de escória – que contêm grafite – espalhados pelo vento (crime ambiental conhecido como “nuvem de prata”), motivando movimentos de protesto da população diretamente prejudicada (cerca de 5 mil pessoas), já tendo sido multada em diversas ocasiões pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA).
Quanto aos grandes eventos internacionais – Copa do Mundo de Futebol (2014) e Jogos da XXXI Olimpíada (2016) –, que deverão causar impactos nas áreas social, econômica, de logística etc., as principais obras de infraestrutura, todas localizadas no município do Rio de Janeiro, que se encontram em andamento, são as seguintes.
5. Thyssenkrupp-CSA. Disponível em: <http://www.thyssenkrupp-csa.com.br/fileadmin/documents/publications/Folder_branding_optimized_final.pdf>. Acesso em: 14/1/2013.
11Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
1) Estádio do Maracanã: o Estádio Jornalista Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, sediará partidas de futebol – incluindo a partida final – da Copa do Mundo de 2014, bem como as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de 2016. Está sendo reformado, sofrendo muitas modificações: redução da sua capacidade para 76 mil lugares; expansão da cobertura; reconstrução da arquibancada; mudança para uma geometria oval, de modo a melhorar a visibilidade; alteração da quantidade de camarotes e acesso por rampa monumental. Antes da Copa de 2014, sediará partidas da Copa das Confederações, em 2013.
2) Corredores expressos para ônibus do sistema BRT: em conformidade com o Plano de Infraestrutura de Transportes, de responsabilidade da prefeitura, para a Copa de 2014 e o Projeto Olímpico Rio 2016, estão em construção três vias para ônibus do sistema BRT (Bus Rapid Transit) de transporte coletivo, denominadas TransCarioca, TransOeste e TransOlímpica. Este sistema permite oferecer à população um transporte de média capacidade, utilizando ônibus articulados com capacidade para 160 passageiros ou mais, que trafegam em corredores exclusivos e adaptados às instalações nos terminais de embarque e desembarque. A TransCarioca, com aproximadamente 38 km de extensão, ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, devendo atender cerca de 300 mil pessoas por dia. A TransOeste, com 56 km de extensão e atendimento de 220 mil passageiros por dia, ligará a Barra da Tijuca a Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste. A TransOlímpica, que ligará a Barra da Tijuca a Deodoro, em uma extensão de 23 km, também servirá de via expressa para carros. Fará a integração com trens da Supervia (em Magalhães Bastos e Deodoro), com a TransCarioca (no Trevo Curicica) e com a TransOeste (no Recreio dos Bandeirantes), beneficiando mais de 400 mil passageiros por dia.
Está projetado o corredor TransBrasil, com 32 km de extensão, integrando duas rodovias federais, a BR-116 (Presidente Dutra) e a BR-040 (Rio-Juiz de Fora), e atendendo a 900 mil pessoas. De acordo com Eduardo Paes, prefeito do município do Rio de Janeiro, o projeto “(...) prevê a construção de mais de 30 mil metros quadrados de pontes e viadutos, além de um mergulhão de acesso ao Aeroporto Santos Dumont, que irá preservar o patrimônio paisagístico do Aterro do Flamengo”.6
3) Metrô Linha 4: com 14 km de extensão e quatro estações, comunicará os bairros da Barra da Tijuca, São Conrado, Gávea, Leblon e Ipanema. O acréscimo de usuários deste tipo de transporte é de aproximadamente 230 mil passageiros/dia. A conclusão das obras está prevista para dezembro de 2015.
4) Parque Olímpico Rio 2016: em uma área de mais de 1,18 milhão de metros quadrados, com localização na Barra da Tijuca, a ser construído na área atualmente ocupada pelo Autódromo Nelson Piquet, é o principal palco das competições dos jogos de 2016, sendo considerado o coração dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Deverá abrigar competições de quatorze modalidades olímpicas e nove paraolímpicas. De acordo com as informações
6. Prefeito Eduardo Paes. Disponível em: <http://www.eduardopaes.com.br/realizacoes/transbrasil/>. Acesso em: 18/3/2013.
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da prefeitura do Rio de Janeiro,7 a construção do parque está viabilizada por duas parcerias, ou seja, uma parceria público-privada (PPP) e um acordo de cooperação técnica com o governo federal e a Autoridade Pública Olímpica (APO). Pela PPP, serão construídos: a infraestrutura do parque, garantindo-se a respectiva manutenção por quinze anos; três pavilhões esportivos, que, após os jogos, farão parte do Centro Olímpico de Treinamento (COT); o Centro Principal de Mídia (MPC); o Centro Internacional de Transmissão (IBC); um hotel; e a infraestrutura da Vila dos Atletas (também está sendo erguida na Barra da Tijuca). Pelo acordo de cooperação técnica, serão construídas as demais instalações do parque: Centro Aquático, Centro de Tênis, Velódromo e a Arena de Handebol. Os recursos para estas obras virão da União, e a prefeitura será a responsável por sua execução.
5) Cidade do Rock: constitui um empreendimento (parceria entre a prefeitura e um empresário da iniciativa privada) destinado ao lazer da população e à realização de eventos de grande porte, que abrigou o Rock in Rio 2011 e, durante os jogos, será a sede da Vila de Lazer dos Atletas. A Cidade do Rock será ligada, por meio de uma passarela, à Vila Olímpica, ambas situadas na Barra da Tijuca.
6) Porto Olímpico: um conjunto de imóveis para a instalação de equipamentos olímpicos será construído na Zona Portuária, onde, ultimamente, vem sendo implementado o projeto da prefeitura conhecido como Porto Maravilha, objetivando a revitalização desta porção da cidade do Rio de Janeiro. Segundo a prefeitura, o projeto compreende uma série de ações, entre as quais, destacam-se: resgate de prédios históricos; construção de vias expressas que facilitem a mobilidade da população; construção de edifícios para moradia e introdução de novos conceitos de arquitetura compatíveis com uma melhor qualidade do meio ambiente. O projeto, em execução, tem sido alvo de polêmica em torno das intervenções físicas e dos reais benefícios para a população residente no local e nos arredores, assim como quanto ao propalado aumento da capacidade de tráfego das novas vias de circulação. No âmbito do Porto Olímpico, que abrange 850 mil metros quadrados em potencial construtivo, estão previstos: dois hotéis com 500 quartos cada; dois mil apartamentos; a vila de mídia; a vila de árbitros e um centro de convenções. Estes empreendimentos serão desenvolvidos pelo Fundo Imobiliário Porto Maravilha – gerido pela Caixa Econômica Federal (CAIXA) –, pela Previ-Rio e pela Solace (sociedade constituída para investimentos imobiliários na área do Porto Maravilha), sem que haja gastos do dinheiro público.8 Após os jogos, os apartamentos poderão ser adquiridos pelos servidores públicos municipais, utilizando-se de linhas de créditos oferecidas pela Previ-Rio.
7. Prefeitura do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.rio.rj.gov.br/web/guest/exibeconteudo?article-id=3365814>. Acesso em: 29/1/2013.
8. Governo do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.rio.rj.gov.br/web/guest/exibeconteudo?article-id=2633453>. Acesso em: 29/1/2013.
13Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
7) Sambódromo: passarela dos tradicionais desfiles das escolas de samba, o local será, nos Jogos de 2016, ponto de largada e chegada da maratona, além de abrigar as competições de tiro com arco. Foram realizadas obras de recuperação e ampliação, com a construção de novas arquibancadas na área onde antes havia um conjunto de prédios (que foram implodidos) de uma antiga cervejaria, concluindo o projeto original de Oscar Niemeyer. Desta forma, a capacidade passou de 60 mil para 72.500 lugares, tendo sido gastos R$ 35 milhões com a obra.9
Essa nova dinâmica, observada nas áreas drenadas pelas bacias hidrográficas contribuintes às Baías de Guanabara e de Sepetiba, auxilia na alteração da distribuição da população e no surgimento e/ou agravamento de problemas ambientais nos ecossistemas terrestres e aquáticos da RM do Rio de Janeiro, como poluição do ar e das águas, inundações e deslizamentos de terra, provocados pelo uso inadequado do solo, assoreamento dos corpos d’água, lançamento de efluentes industriais e domésticos e emissão de gases tóxicos.
A RM do Rio de Janeiro responde pela maior participação no produto interno bruto (PIB) do estado: 67,6%, em 2010 (Fundação Ceperj, 2012). Dos cinco municípios que lideram o PIB do estado, com 64,9% do total, três são da RM do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro (46,7%), Duque de Caxias (6,5%) e Niterói (2,7%). Os outros dois são Campos dos Goytacazes (6,2%) e Macaé (2,8%). São desta RM os cinco municípios com maiores participações no setor serviços: Rio de Janeiro (50,8%), Duque de Caxias (6,1%), São Gonçalo (3,3%), Niterói (3,2%) e Nova Iguaçu (3,0%). Observem-se a preponderância do Rio de Janeiro e a distância entre ele e o segundo colocado. Os serviços são o setor de maior concentração no estado (71,5%), respondendo pela dinamização de núcleos urbanos situados em municípios periféricos à capital, como Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São Gonçalo, criando novos eixos de deslocamento interurbanos, além do tradicional centro-periferia. Na RM do Rio de Janeiro, estão dois municípios com destaque no setor industrial: Rio de Janeiro (23,2%) e Duque de Caxias (8,8%).
Os processos de ocupação e expansão da malha urbana da metrópole configuram uma estrutura marcada pela desigualdade socioespacial que dificulta a gestão do território metropolitano. O núcleo, embora concentre a maior quantidade de equipamentos e serviços, tem sua área suburbana formada por muitos bairros com baixos níveis de desenvolvimento humano e pouca oferta de serviços básicos. A periferia, altamente populosa e fornecedora de expressiva mão de obra para a capital, concentra altos níveis de pobreza e apresenta baixa qualidade dos serviços públicos, bem como dificuldades de acesso.
No atual contexto de reestruturação econômica do estado e também da RM do Rio de Janeiro, essa periferia ainda se encontra em expansão. Trata-se da área correspondente aos municípios mais distantes do núcleo metropolitano, que ainda apresentam relativa parcela do solo destinada às atividades rurais. Estes municípios, mais recentemente, tiveram um acréscimo populacional, indicando uma nova direção de expansão da mancha urbana associada à atual dinâmica dos processos econômicos regionais.
9. Rio 2016. Disponível em: <http://www.rio2016.com/noticias/noticias/primeira-instalacao-esportiva-do-rio-2016-e-entregue-ao-publico>. Acesso em: 29/1/2013.
14 Relatório de Pesquisa
2 LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA
No Brasil, os primeiros espaços metropolitanos são oficializados pela LCF no 14, de 8 de junho de 1973, que estabelece as RMs de São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Recife, Curitiba, Belém e Fortaleza. Esta lei determina a existência dos conselhos deliberativo e consultivo, ficando sua criação sob a incumbência dos estados, como prevê o Artigo 2o, nos parágrafos 1o, 2o e 3o.
Art. 2o – Haverá em cada região metropolitana um conselho deliberativo, presidido pelo governador do estado, e um conselho consultivo, criados por lei estadual.
§ 1o – O conselho deliberativo contará em sua composição, além do presidente, com 5 (cinco) membros de reconhecida capacidade técnica ou administrativa, um dos quais será o secretário-geral do conselho, todos nomeados pelo governador do estado, sendo um deles dentre os nomes que figurem em lista tríplice organizada pelo prefeito da capital e outro mediante indicação dos demais municípios integrantes da região metropolitana.
§ 2o – O conselho consultivo compor-se-á de um representante de cada município integrante da região metropolitana sob a direção do presidente do conselho deliberativo.
§ 3o – Incumbe ao estado prover, a expensas próprias, as despesas de manutenção do conselho deliberativo e do conselho consultivo.
Com vista a promover e elaborar planos de desenvolvimento das RMs, bem como a coordenação e a execução de programas e projetos metropolitanos, a partir das funções públicas de interesse comum (Fpics) (subseção 2.1), o Artigo 3o estabelece, sobre as competências do conselho deliberativo:
Art. 3o – Compete ao conselho deliberativo:
I – promover a elaboração do plano de desenvolvimento integrado da região metropolitana e a programação dos serviços comuns;
II – coordenar a execução de programas e projetos de interesse da região metropolitana, objetivando-lhes, sempre que possível, a unificação quanto aos serviços comuns.
Compete ao conselho consultivo, segundo o Artigo 4o:
Art. 4o – Compete ao conselho consultivo:
I – opinar, por solicitação do conselho deliberativo, sobre questões de interesse da região metropolitana;
II – sugerir ao conselho deliberativo a elaboração de planos regionais e a adoção de providências relativas à execução dos serviços comuns.
A RM do Rio de Janeiro é criada, apenas, em 1974, pela LCF no 20, que extingue o estado da Guanabara e funde seu território com o do estado do Rio de Janeiro. Esta lei mantém os mesmos mecanismos de gestão apresentados na LCF no 14/1973, aplicando-se o disposto nos Artigos 2o, 3o, 4o, já descritos, e nos Artigos 5o e 6o, a saber:
Art. 5o – Reputam-se de interesse metropolitano os seguintes serviços comuns aos municípios que integram a região:
15Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
I – planejamento integrado do desenvolvimento econômico e social;
II – saneamento básico, notadamente abastecimento de água e rede de esgotos e serviço de limpeza pública;
III – uso do solo metropolitano;
IV – transportes e sistema viário;
V – produção e distribuição de gás combustível canalizado;
VI – aproveitamento dos recursos hídricos e controle da poluição ambiental, na forma que dispuser a lei federal;
VII – outros serviços incluídos na área de competência do conselho deliberativo por lei federal.
Art. 6o – Os municípios da região metropolitana, que participarem da execução do planejamento integrado e dos serviços comuns, terão preferência na obtenção de recursos federais e estaduais, inclusive sob a forma de financiamentos, bem como de garantias para empréstimos.
Parágrafo único – É facultado ao Poder Executivo federal incluir, entre as diretrizes e prioridades a que alude o art. 25, § 1o, alínea a da Constituição, a participação dos municípios na execução do planejamento integrado e dos serviços comuns da região metropolitana.
A RM do Rio de Janeiro foi constituída inicialmente pelos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Magé, Maricá, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, São Gonçalo, São João de Meriti e Mangaratiba. Posteriormente, sofreu alterações decorrentes tanto dos processos de emancipação de distritos, formando novos municípios, quanto da exclusão e reintegração de outros. De 1990 a 2002, quatro municípios deixaram de integrar a região: Petrópolis foi o primeiro e inseriu-se na Região Serrana; Itaguaí e Mangaratiba, na Região da Costa Verde; Maricá, na Região das Baixadas Litorâneas. Em 2009, Itaguaí e Maricá voltaram a fazer parte da RM do Rio de Janeiro. Com as emancipações distritais, a região passou a contar com os municípios de Belford Roxo, Seropédica, Mesquita, Queimados, Japeri, Guapimirim e Tanguá (figura 2).
A LCF no 20/1974 determina que os serviços comuns, definidos na LCF no 14/1973, sejam planejados de forma integrada, com vistas à preferência na liberação de verbas públicas (federais e estaduais) para a sua execução. Este assunto será tratado na subseção 2.1.
Como um marco da gestão da RM do Rio de Janeiro, é importante que se remeta aos Decretos-Leis Estaduais nos 13 e 14, de 15 de março de 1975. O primeiro cria os conselhos deliberativo e consultivo da região; o segundo autoriza o Poder Executivo a criar a Fundação para o Desenvolvimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (Fundrem) – subseção 3.1 (Instâncias de gestão metropolitana) –, entidade responsável pela gestão da RM do Rio de Janeiro, supervisionada pela Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral da Governadoria do Estado.
16 Relatório de Pesquisa
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17Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
O Decreto Estadual no 15, de 15 de março de 1975, dispõe sobre a atuação dos conselhos deliberativo e consultivo da RM do Rio de Janeiro e estabelece suas competências e estrutura organizacional. O Decreto Estadual no 46, de 11 de abril de 1975, aprova o regimento interno do conselho consultivo, estando o apoio técnico e administrativo vinculado à Fundrem.
Em 1983, pela Lei Estadual no 689, de 29 de novembro, alterando a estrutura básica da administração do Poder Executivo estadual, cria-se a Secretaria de Estado para o Desenvolvimento da Região Metropolitana (Secdrem), cujas atribuições confundem-se com as da Fundrem, dando indícios de enfraquecimento dos conselhos e da própria fundação. É conveniente fazer-se um estudo sobre a Fundrem, com o objetivo de identificar suas experiências, resgatando as exitosas e evitando as não bem-sucedidas. Este processo será objeto de estudo do Componente II deste projeto.
O Decreto Estadual no 9.850, de 15 de março de 1987, reestrutura a Secdrem, que passa a se denominar Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Regional (Sedur), encarregada pela formulação de políticas e execução de programas, projetos e obras em escala regional, sendo posteriormente transformada em Secretaria de Estado de Obras (Seobras).
Em 1989, a Fundrem é extinta pelo Decreto Estadual no 13.110, de 27 de junho, e suas funções são distribuídas entre vários órgãos da administração estadual, conduzindo para o contexto atual: setorização dos serviços de interesse comum.
Em 1995, é criada a Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Baixada Fluminense e Municípios Adjacentes (Sebama), cuja estrutura básica é estabelecida pelo Decreto Estadual no 21.352, de 22 de março de 1995. Seu objetivo era “(...) integrar, supervisionar e avaliar políticas públicas do governo do estado implementadas na Baixada Fluminense e municípios adjacentes”. Tinha como missão “(...) avaliar previamente e monitorar, quando da execução, os programas e projetos a serem executados pelo governo do estado na região, priorizando os investimentos e fiscalizando a aplicação dos mesmos”.
Essa secretaria sofre alterações na sua denominação, passando a se chamar Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Baixada e da Região Metropolitana (Sedebrem) e, posteriormente, Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Baixada Fluminense (Sedeb) – Decreto Estadual no 34.698, de 30 de dezembro de 2003 –, sendo extinta logo depois.
A RM do Rio de Janeiro, atualmente, não dispõe de um ente de gestão metropolitana para que o planejamento e as ações territoriais sejam orientados a partir de uma visão integrada do arranjo metropolitano. A primeira e única iniciativa neste sentido ocorre com a criação da Fundrem. Após sua extinção, nenhuma outra instituição é criada, mesmo que outros órgãos, conselhos e agências venham atuando, setorialmente, sob a perspectiva metropolitana.
Os planos e os programas setoriais elaborados nos últimos 23 anos, sem uma visão integrada da região, comprometem uma melhor gestão do território metropolitano. A necessidade desta gestão, tendo em vista maior articulação entre os poderes e as municipalidades, como resposta aos crescentes problemas comuns, tem induzido o governo do estado a buscar instrumentos que atendam a esta demanda.
18 Relatório de Pesquisa
Em 2008, a Lei Estadual no 5.192, de 15 de janeiro, que determina a elaboração do Plano Diretor Decenal da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, prevê a criação de uma agência metropolitana ou consórcios públicos. De acordo com o parágrafo único do Artigo 1o desta lei, o plano diretor “(...) deverá ser elaborado, no menor tempo possível, pelo governo do estado, através de entidade coordenadora, constituindo, inclusive, uma comissão que inclua, obrigatoriamente, representantes de todos os municípios que integram a região metropolitana do estado (sic) do Rio de Janeiro”.
Deverá, também, de acordo com o Artigo 7o:
(...) levar em consideração a imperiosa necessidade da integração, articulação e esforço coletivo dos poderes públicos estadual e municipal envolvidos, para que se obtenha a maximização e otimização dos investimentos e serviços públicos, devendo ser analisados e identificados modelos de institucionalização da questão metropolitana, através de, entre outros da criação da agência metropolitana para esse fim, ou de consórcios públicos como previstos na Lei Federal no 11.107/2005.
Ao caminhar nessa direção, o governo estadual institui, por meio do Decreto no 42.832, de 31 de janeiro de 2011, o Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas, cujas atribuições serão tratadas na subseção 3.1.
2.1 Funções públicas de interesse comum (Fpics)
Desde os anos de 1930, já se reconhecia a existência de problemas comuns entre municípios adjacentes, demonstrando a necessidade de ações conjuntas. Como mencionado na introdução deste relatório, o Artigo 29 da Constituição Federal de 1937 (CF/1937) prevê a possibilidade de municípios de uma mesma região agruparem-se “(...) para a instalação, exploração e administração de serviços públicos comuns”.
Esses serviços, que apontam para as Fpics, estão presentes nos textos constitucionais que se seguiram, exceto nos da CF/1946.
A CF de 1967 (CF/1967), em seu Artigo 157, § 10, sinaliza para o estabelecimento de RMs, levando em consideração sua realidade socioeconômica, mas sempre tendo como norte a realização de serviços em comum. Este preceito é mantido no Artigo 164 da Emenda Constitucional no 01 (EC-01/1969), de 17 de outubro de1969.
CF/1967, Art.157, §10 – A União, mediante lei complementar, poderá estabelecer regiões metropolitanas, constituídas por municípios que, independentemente de sua vinculação administrativa, integrem a mesma comunidade socioeconômica, visando à realização de serviços de interesse comum.
EC-01/1969, Art. 164 – A União, mediante lei complementar, poderá, para a realização de serviços comuns, estabelecer regiões metropolitanas, constituídas por municípios que, independentemente de sua vinculação administrativa, façam parte da mesma comunidade socioeconômica.
Na instituição das primeiras RMs, pela LCF no 14, de 8 de junho de 1973, Artigo 5o, os serviços comuns de interesse metropolitano são assim elencados:
I – planejamento integrado do desenvolvimento econômico e social;
II – saneamento básico, notadamente abastecimento de água e rede de esgotos e serviço de limpeza pública;
19Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
III – uso do solo metropolitano;
IV – transportes e sistema viário;
V – produção e distribuição de gás combustível canalizado;
VI – aproveitamento dos recursos hídricos e controle da poluição ambiental, na forma que dispuser a lei federal;
VII – outros serviços incluídos na área de competência do conselho deliberativo por lei federal.
A importância dada aos “serviços de interesse comum” manifesta-se tanto na CF de 1988 (CF/1988) e na Constituição do Estado do Rio de Janeiro de 1989 (CE-RJ/1989) quanto na legislação específica, isto é, a que trata de RMs.
Em ambos os textos constitucionais, fica evidente a relação intrínseca entre a instituição de RMs, aglomerações urbanas e microrregiões e a realização de Fpics.
CF/1988, Art. 25 – Os estados organizam-se e regem-se pelas constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta constituição.
§ 3o – Os estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
CE-RJ/1989, Art. 75 – O estado poderá criar, mediante lei complementar, regiões metropolitanas, microrregiões e aglomerações urbanas, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas e serviços de interesse comum.
§ 1o – Os municípios que integrem agrupamentos não perdem a autonomia política, financeira e administrativa.
§ 2o – As regiões metropolitanas, as microrregiões e as aglomerações urbanas disporão de um órgão executivo e de um conselho deliberativo compostos na forma da lei complementar, que incluirá representantes dos Poderes Executivo e Legislativo, de entidades comunitárias e da sociedade civil.
§ 3o – O estado e os municípios estabelecerão mecanismos de cooperação de recursos para assegurar a realização das funções públicas e serviços de interesse comum das regiões, microrregiões e aglomerações urbanas.
§ 4o – Os municípios que suportarem os maiores ônus decorrentes de funções públicas de interesse comum terão direito a compensação financeira a ser definida em lei complementar.
As leis complementares estaduais que tratam da RM do Rio de Janeiro e descrevem as Fpics (LC-RJ no 64/1990 e LC-RJ no 87/1997) seguem as diretrizes da LCF no 14/1973, ao mesmo tempo que particularizam e introduzem novos dispositivos relacionados às Fpics:
LC-RJ no 64/1990 (revogada) dispõe sobre a região metropolitana do Rio de Janeiro, sua composição, organização e gestão, define as funções públicas e serviços de interesse comum e dá outras providências.
20 Relatório de Pesquisa
Art. 2o – Consideram-se de interesse comum as funções públicas e os serviços que atendam a mais de um município, assim como os que, restritos ao território de um deles, sejam de algum modo dependentes, concorrentes ou confluentes de funções públicas e serviços supramunicipais, notadamente:
I – Planejamento integrado da região metropolitana do Rio de Janeiro, incluindo:
a) Definição de sua política de desenvolvimento e fixação das respectivas diretrizes estratégicas e de programas, atividades, obras e projetos.
b) Disciplina de uso do solo, incluindo a expansão urbana, o parcelamento do solo e da localização de empreendimentos industriais, habitacionais, turísticos, viários urbanos e de equipamentos urbanos.
c) Proteção e aproveitamento dos recursos hídricos.
d) Controle da poluição e preservação do meio ambiente.
e) Preservação e proteção dos bens culturais.
f ) Produção e distribuição de gás canalizado.
II – Saneamento básico, incluindo abastecimento de água, esgotamento sanitário, macro e mesodrenagem, disposição final de resíduos sólidos urbanos e lançamento de efluentes industriais.
III – Transportes coletivos, de âmbito metropolitano, incluindo a concessão, permissão ou autorização e a programação de rede viária, do tráfego e dos terminais de passageiros e carga.
IV – Habitação.
V – Cartografia e informações básicas para o planejamento metropolitano.
A LC-RJ no 64/1990 mantém a essência do texto sobre Fpic, da LC no 14/1973, apesar da particularização de alguns itens e de seus respectivos desmembramentos (como no inciso I, composto de seis alíneas). No entanto, apresenta em seu arranjo um modelo distinto de agrupamento e incorpora novos elementos: a dimensão cultural, na forma de preservação e proteção dos bens culturais; a cartografia; e as informações básicas para o planejamento metropolitano.
As Fpics descritas na LC-RJ no 64/1990 são mantidas na LC-RJ no 87/1997, com texto atualizado, em função da nova realidade regional, não sofrendo alteração até hoje.
LC-RJ no 87/1997, Art. 3o: consideram-se de interesse metropolitano ou comum as funções públicas e os serviços que atendam a mais de um município, assim como os que, restritos ao território de um deles, sejam de algum modo dependentes, concorrentes, confluentes ou integrados de funções públicas, bem como os serviços supramunicipais, notadamente:
I – planejamento integrado do desenvolvimento econômico e social da região metropolitana do Rio de Janeiro ou comum às microrregiões e aglomerações urbanas, compreendendo a definição de sua política de desenvolvimento e fixação das respectivas diretrizes estratégicas e de programas, atividades, obras e projetos, incluindo a localização e expansão de empreendimentos industriais;
II – saneamento básico, incluindo o abastecimento e produção de água desde sua captação bruta dos mananciais existentes no estado, inclusive subsolo, sua adução, tratamento e reservação, a
21Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
distribuição de água de forma adequada ao consumidor final, o esgotamento sanitário e a coleta de resíduos sólidos e líquidos por meio de canais, tubos ou outros tipos de condutos e o transporte das águas servidas e denominadas esgotamento, envolvendo seu tratamento e decantação em lagoas para posterior devolução ao meio ambiente em cursos d’água, lagos, baías e mar, bem como as soluções alternativas para os sistemas de esgotamento sanitário;
III – transporte coletivo rodoviário, aquaviário, ferroviário e metroviário, de âmbito metropolitano ou comum, através de uma ou mais linhas ou percursos, incluindo a programação de rede viária, do tráfego e dos terminais de passageiros e carga;
IV – distribuição de gás canalizado;
V – aproveitamento, proteção e utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, e o controle da poluição e preservação ambiental, com vistas ao desenvolvimento sustentável;
VI – cartografia e informações básicas para o planejamento metropolitano; e
VII – habitação e disciplina do uso do solo.
Atualmente, as Fpics são objeto de estudos e análises pelo Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas. De acordo com a Ata da 5a reunião (5/6/2012), estão relacionadas em cinco grandes grupos, conforme a seguir.
1) Territoriais: planejamento regional e ordenamento do território – que é mais abrangente e incisivo que uso do solo metropolitano; mobilidade e transporte – mais que transporte; habitação, saneamento ambiental, macro e mesodrenagem e resíduos sólidos; e produção e distribuição de gás canalizado.
2) Ambientais: uso sustentável dos recursos naturais e dos recursos hídricos; combate à poluição e gerenciamento de riscos.
3) Econômicas: antes era planejamento integrado do desenvolvimento econômico e social – economia e finanças; emprego e renda; e logística e infraestrutura.
4) Sociais: política de atendimento social; atendimento regional à saúde – e não ao município; e segurança pública.
5) Institucionais: cartografia; sistema de informações geográficas; e assistência técnica aos municípios – que responsabiliza mais o estado.
No quadro B.1 do anexo B, pode-se observar a correspondência entre as Fpics contidas nos diversos instrumentos legais mencionados anteriormente.
3 ARRANJO INSTITUCIONAL DA GESTÃO METROPOLITANA
3.1 Instâncias de gestão metropolitana
Com a extinção da Fundrem, a gestão da RM do Rio de Janeiro fica pulverizada, isto é, as questões metropolitanas passam a ser tratadas por órgãos diversos, que, dentro de suas competências, criam, em geral, suas próprias regionalizações. Alguns demonstram o
22 Relatório de Pesquisa
reconhecimento da necessidade de tratamento diferenciado para o espaço metropolitano, atendendo a características locais.
Atualmente, começa a haver um consenso em torno da necessidade de existir um órgão voltado para a gestão integrada – e compartilhada entre o poder público, a iniciativa privada e entes da sociedade civil organizada – da RM do Rio de Janeiro, seguindo um modelo de governança. Dois organismos têm atuação aproximada: a Agência Metropolitana de Transportes Urbanos do Estado do Rio de Janeiro (AMTU), embora esta agência não tenha função de gestora, e os comitês de bacias. Visando à concretização desse propósito, o governo do estado criou o Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas (Comitê Metropolitano).
3.1.1 O comitê
Criado pelo Decreto Estadual no 42.832, de 31 de janeiro de 2011, o comitê tem como objetivo, de acordo com o Artigo1o:
(...) propor as políticas estratégicas para a região metropolitana do Rio de Janeiro, visando promover a gestão dos assuntos de caráter metropolitano, integrar suas demandas e planejar e executar as políticas públicas de interesse comum relativas ao desenvolvimento da região.
Suas atribuições, de acordo com o Artigo 2o, são:
I – planejar e propor as medidas estratégicas necessárias para estabelecer as políticas públicas de caráter metropolitano, capazes de fortalecer o planejamento e a gestão do crescimento urbano da região metropolitana do Rio de Janeiro de forma eficiente e sustentável;
II – propor o estabelecimento de um organismo de gestão dos assuntos de caráter metropolitano, no âmbito da estrutura do governo do estado do Rio de Janeiro, prevendo uma gestão participativa, com forte interlocução com os municípios integrantes da região metropolitana do Rio de Janeiro, com o governo federal, as instituições de fomento nacionais e internacionais e os demais interlocutores institucionais relevantes na região;
III – desenvolver e implantar os instrumentos e procedimentos operacionais para a execução destas políticas, incluindo as atividades exclusivas do organismo de gestão a ser proposto, nas suas especificidades, fases e etapas de implantação e operação;
IV – implementar o programa integrado para a região metropolitana do Rio de Janeiro, de acordo com os compromissos assumidos com o Banco Mundial na configuração do Prohdums [Programa de Habitação e Desenvolvimento Urbano Metropolitano Sustentável],10 visando sua inclusão no PPA [Plano Plurianual] 2012-2014, promovendo a integração dos planos setoriais existentes e em andamento.
O comitê é coordenado pelo vice-governador do estado, com a participação dos titulares das seguintes secretarias:
l Secretaria de Estado de Obras (Seobras);
l Secretaria de Estado da Casa Civil – Casa Civil;
l Secretaria de Estado de Transportes (Setrans);
10. O Prohdums foi proposto em 2010 visando ao fortalecimento de programas estratégicos do estado do Rio de Janeiro, relativos à melhoria e ao aumento da oferta de habitação para famílias de baixa renda, gestão de risco de desastre, transporte público eficiente e desenvolvimento urbano sustentável.
23Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
l Secretaria de Estado do Ambiente (SEA);
l Secretaria de Estado de Habitação (SEH);
l Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz);
l Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasdh); e
l Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).
O comitê, diferentemente da extinta Fundrem, caracteriza-se como um ente de articulação, possibilitando o diálogo entre os diversos agentes que atuam na RM do Rio de Janeiro, sem perder o foco nas Fpics. Assim, a participação das secretarias de estado torna-se fundamental para o diagnóstico e a definição de ações integradas, visto que o planejamento do espaço metropolitano no Rio de Janeiro ocorre de modo fragmentado.
Consta nas atas das reuniões promovidas pelo comitê – cujo conteúdo será sintetizado mais adiante – uma particular preocupação com as áreas a serem impactadas pelos novos empreendimentos em implantação na RM do Rio de Janeiro – como o Arco Metropolitano, o Comperj, o Complexo Siderúrgico-Portuário da CSA e os grandes eventos previstos para 2014 e 2016 –, por constituírem fatores de dinamização do espaço metropolitano. A maior dificuldade de atuação do comitê está, justamente, na setorização do planejamento, que perde seu caráter integrador, ao fazer uma abordagem local e não regional.
As atividades realizadas pelos grupos de trabalho (GTs) criados pelo comitê buscam definir estratégias para: i) identificar as Fpics; ii) identificar programas e/ou ações de interesse da RM do Rio de Janeiro contidos no PPA; e iii) criar um sistema de informações para a RM do Rio de Janeiro.
O comitê se reconhece como um organismo de governança metropolitana, considerando serem também desta natureza a AMTU e o Fórum Comperj (ambos descritos na subseção 3.2 deste relatório): a AMTU, por realizar “(...) estudos que visam à melhoria da qualidade dos transportes coletivos integrando física, operacional e tarifariamente os diversos modos de transporte”; e o fórum, por avaliar “(...) as demandas da área do Conleste [Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região Leste Fluminense], [propõe] medidas de ação específica para a discussão e [analisa] temas específicos”.11
Dentro das perspectivas do comitê, a atuação da AMTU se insere nas Fpics territoriais – no subcomponente mobilidade e transporte – e institucionais – no subcomponente assistência técnica aos municípios. Já o Fórum Comperj, insere-se em todas as Fpics e seus subcomponentes, com exceção do sistema de informações geográficas, pertencente à Fpic institucional.
O Comitê Metropolitano “propõe estratégias para políticas públicas, desenvolve instrumentos operacionais e implementa o programa [Prohdums] para a RMRJ (...)”. A atuação do comitê insere-se nas Fpics territoriais e ambientais, em todos os subcomponentes, e parcialmente nas Fpics econômicas, sociais e institucionais, atuando nos subcomponentes logística e infraestrutura, políticas sociais e sistemas de informações geográficas, respectivamente.
11. Comitê Metropolitano (apresentação interna – ppt).
24 Relatório de Pesquisa
O quadro 2 sintetiza a perspectiva de atuação dos organismos de governança considerados pelo comitê.
QUADRO 2Atuação dos organismos de governança metropolitana, de acordo com as Fpics
Organismos de atuação na RM do Rio de Janeiro
Fpic
AMTU Fórum Comperj Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas
Territoriais
Planejamento regional e ordenamento do território
Mobilidade e transporte
Habitação
Saneamento ambiental
Ambientais
Uso sustentável dos recursos naturais e combate à poluição
Gerenciamento de riscos
Econômicas
Economia e finanças
Emprego e renda
Logística e infraestrutura
Sociais
Políticas sociais
Atendimento regional à saúde
Segurança pública
Institucionais
Sistema de informações geográficas
Assistência técnica aos municípios
Fonte: Comitê Metropolitano (apresentação interna – ppt).
Ao longo dos dois anos de atuação, o comitê realizou sete reuniões, dois workshops e um ciclo de debates, denominado Diálogos Metropolitanos – ideias para modelar a metrópole.
3.1.2 As reuniões
Criado em janeiro de 2011, o comitê realizou sua primeira reunião em dezembro do mesmo ano, seguindo-se as demais conforme relacionado a seguir:
l 1a reunião:16/12/2011;
l 2a reunião: 24/1/2012;
l 3a reunião: 6/3/2012;
l 4a reunião: 4/5/2012;
l 5a reunião: 5/6/2012;
l 6a reunião: 30/7/2012; e
25Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
l 7a reunião: sabe-se da ocorrência desta reunião, mas não foi possível obter as informações correspondentes.
Ao se analisarem as seis atas a que se teve acesso, foi possível compreender como se dá a participação das secretarias e outros agentes de articulação do debate metropolitano. Percebe-se a efetiva atuação dos seguintes segmentos: o estado, por meio das secretarias; a academia, representada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); fundações e institutos parceiros; e empresas. De acordo com as atas, podem-se listar os seguintes participantes:
l AMTU;
l Banco Mundial;
l Casa Civil;
l Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae);
l Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro(DER-RJ);
l European Space Agency (ESA);
l Ceperj;
l Fundação Getulio Vargas (FGV);
l Governo de Cingapura;
l Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT/EUA);
l Instituto Estadual do Ambiente (Inea);
l Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos – ONU-Habitat;
l Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis);
l Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap);
l SEH;
l Seobras;
l Seplag;
l Setrans;
l SEA; e
l Uerj.
Por intermédio das atas, foi possível destacar também, entre os itens de pauta, alguns assuntos abordados com mais frequência.
Inventário de projetos estruturantes de escala metropolitana: o GT sobre Programas e/ou ações de interesse da RMRJ destacou que “as principais fontes contempladas são os trabalhos no âmbito
26 Relatório de Pesquisa
do Conleste, mais especificamente o levantamento atualmente elaborado pela FGV sobre planos diretores municipais, os estudos do Plano do Arco e outros projetos listados pela Sedeis, [e] que (...) estes últimos estão bem inventariados com histórico e abrangência”. Devido ao atual contexto da RM do Rio de Janeiro, percebe-se um especial destaque para os investimentos em projetos estruturantes no Leste Metropolitano, tendo sido sugerido que o GT continue este trabalho para a parte oeste da RM do Rio de Janeiro (5a reunião).
Sistema de Informações da RM do Rio de Janeiro (Sirem): segundo consta em ata (2a reunião), o Sirem tem como objetivos específicos “(...) subsidiar a governança metropolitana na elaboração de planos, programas e projetos voltados para a região metropolitana do Rio de Janeiro – RMRJ” e “(...) propiciar o conhecimento da RMRJ nas suas dimensões institucional, social, econômica e ambiental”. Este sistema está “concebido para ser construído/alimentado/atualizado com base em uma rede de compartilhamento, atendendo ao princípio da não hierarquização”. Como usuários e/ou produtores de informações, consideram-se “os órgãos estaduais e federais, prefeituras municipais, concessionárias de serviços públicos, universidades, empresas e organizações não governamentais [ONGs]”. As áreas de saúde, educação, saneamento, logística, transporte de passageiros e carga, meio ambiente, segurança e defesa civil etc. serão a base de alimentação deste sistema.
Curso de planejamento urbano e desenvolvimento regional (realizado em Cingapura entre 25 e 29 de junho de 2012): este curso foi oferecido para dez participantes do comitê, sendo necessário ter fluência na língua inglesa. As despesas do curso, hospedagem e alimentação foram custeadas pelo governo de Cingapura; as de passagem, pelo governo do estado do Rio de Janeiro. A participação dos membros do comitê pôde ser relatada aos demais integrantes por meio de descrições e impressões sobre as formas urbanas e as relações homem/meio urbano, comparando-se com a realidade da RM do Rio de Janeiro (5a e 6a reuniões).
Relatos do GT sobre Fpics na RM do Rio de Janeiro: o GT apontou “a fragilidade constitucional da instituição das regiões metropolitanas e, por conseguinte, das funções públicas de interesse comum (...)” e sugeriu que o critério de seleção e identificação das Fpics tome “(...) como base as sete funções instituídas pelas Leis Complementares Federais nos 14/1973 e 20/1974 e [agregue] outras funções, como tem ocorrido com as diversas leis elaboradas recentemente, respeitando as peculiaridades da RM do Rio de Janeiro (...)”. O GT propôs “desagregar algumas funções anteriores, excessivamente abrangentes, como o Planejamento Integrado do Desenvolvimento Econômico e Social, para seis novas funções, divididas em dois grupos: o econômico, desagregado em economia e finanças, emprego e renda e logística e infraestrutura; e o social, em políticas de atendimento social, atendimento à saúde regional e segurança pública” (4a reunião).
Diálogos metropolitanos: “Estes diálogos abrangendo vários setores e agentes atuantes na metrópole servirão para que a partir dos projetos e ações em curso e/ou previstos possamos conhecer a dinâmica econômica, social e físico-territorial que atualmente está acarretando uma nova conformação da metrópole. (...) de posse deste conhecimento poderemos pensar como integrar estas ações, com objetivos estratégicos definidos (...)” (4a reunião).
Outros assuntos abordados.
l implementação (pela Uerj) de um ambiente virtual para a interação do comitê, servindo na divulgação de pautas, informes, textos e artigos etc.;
l expansão do bilhete único na RM (5a reunião);
l relatos sobre as viagens de membros do comitê (representantes da Setrans, DER, Cedae, SEH, Ceperj, SEA, Inea e Sedrap) a outras cidades (Mumbai, Nova Iorque, Madri, Dusseldorf, Londres e Paris), oportunidade para se informarem sobre as experiências de gestão, assim como sobre planos
27Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
e projetos estruturantes de interesse metropolitano: planos urbanísticos, sistemas de transporte, projetos ambientais etc.;
l Fundo de Desenvolvimento Metropolitano (FDM): o subsecretário de Urbanismo Regional e Metropolitano, Vicente Loureiro, mencionou a preocupação do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) diante da paralisação dos trabalhos com vistas à reestruturação do FDM. Foi informado pelo chefe de gabinete da vice-governadoria que “(...) retomarão o trabalho de estudo da legislação pertinente, de explorar outros caminhos contidos no Estatuto das Cidades, no Código Tributário Nacional e de todo o rol de instrumentos institucionais importantes para se reestruturar o FDM” (5a reunião); e
l cooperação técnica entre a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e o governo do estado, para financiamento de projetos diversos, nas áreas de meio ambiente, transporte e urbanismo, destacando-se os do Programa de Mobilização Urbana na RM do Rio de Janeiro, com prioridade para a Linha 4 do Metrô (6a reunião).
3.1.3 Os diálogos metropolitanos
Os diálogos foram programados sob a forma de seminários, abordando-se temas de interesse metropolitano. De acordo com a ata da 4a reunião, estavam previstos os seguintes temas:
l 1o diálogo: Mobilidade e modelagem metropolitana;
l 2o diálogo: Investimentos na RM do Rio de Janeiro – onde vai morar o emprego?;
l 3o diálogo: Um modelo institucional para a RM do Rio de Janeiro – como programar um novo modelo de planejamento e executar as Fpics na RM?;
l 4o diálogo: Dinâmica demográfica – como vai ser a ocupação físico-territorial da metrópole?;
l 5o diálogo: Qualidade ambiental na RM do Rio de Janeiro – como construir um território sustentável?;
l 6o diálogo: Serviços públicos de interesse comum, com ênfase nos serviços de saúde;
l 7o diálogo: Produção imobiliária e expansão da metrópole;
l 8o diálogo: Identidade metropolitana. O que é ser metropolitano?
As atas que se seguiram permitiram identificar as datas de realização dos três primeiros diálogos, que ocorreram, respectivamente, em 31 de maio, 1o de agosto e 28 de setembro, todos em 2012.
28 Relatório de Pesquisa
3.1.4 Os workshops
O comitê realizou dois workshops: o primeiro na cidade de Teresópolis, na Região Serrana do estado, e o segundo, em Niterói, município da RM do Rio de Janeiro. O primeiro workshop, ocorrido nos dias 30 e 31 de março de 2012, teve como objetivo traçar o plano de trabalho para a atuação efetiva do comitê ao longo do ano de 2012, estabelecendo o planejamento estratégico das ações, organizando a gestão interna e elencando os instrumentos e projetos de interesse metropolitanos. Estiveram presentes nesse evento 23 participantes representantes do estado do Rio de Janeiro e dois representantes do Banco Mundial.
O segundo, em 14 de maio de 2012, tratou da Visão do futuro da metrópole, com metas a serem alcançadas até 2040. Entre os alvos estratégicos destacam-se:
l projetos estruturantes em execução e com potencial de integração na RM do Rio de Janeiro: Arco Metropolitano; Despoluição da Baía de Guanabara; Requalificação e Ampliação do Sistema de Transporte sobre Trilhos; Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água; Habitação de Interesse Social e Mercado Popular;
l projetos futuros: Sistema de Governança Metropolitana; Núcleos Habitacionais Integrados; Ampliação do Transporte Aquaviário e BRT; Estruturação Territorial da Região de Influência do Comperj; Utilização Plena dos Ativos das Baías de Guanabara e Sepetiba; Multiplicação dos Polos Tecnológicos; Reestruturação da Indústria Naval; Atração de Novos Investimentos na Cadeia de Petróleo e Gás; Integração do Trem de Alta Velocidade ao Desenvolvimento da Região e Consolidação da Região como HUB Logístico.12
Além das atas analisadas, a entrevista,13 concedida pelo subsecretário de Urbanismo Regional e Metropolitano, da Seobras, senhor Vicente Loureiro, contribuiu para ampliar o conhecimento sobre a atuação do comitê, que demonstra a preocupação com a retomada do debate sobre as questões metropolitanas, especialmente as que estão no bojo das ações e projetos estruturantes, tais como os grandes empreendimentos e os eixos de expansão e adensamento da RM do Rio de Janeiro.
Entretanto, de acordo com o subsecretário, a discussão sobre governança metropolitana ainda se apresenta como possibilidade de se desenhar um modelo desta, que tenha o poder público no protagonismo das articulações entre os diferentes atores, no que se refere ao planejamento e gestão do território metropolitano. Atualmente, o comitê esbarra com a dificuldade de estabelecer, para a gestão da RM do Rio de Janeiro, um caráter cada vez mais político e não somente técnico-administrativo, como tem sido até o momento. A busca pela articulação das ações do estado com as concepções acadêmicas sobre o tema Governança e as demandas sociais está na vanguarda da garantia de gestão participativa dos assuntos metropolitanos.
12. Comitê Metropolitano (apresentação interna – ppt).
13. Entrevista concedida em 5/3/2013. Síntese no apêndice A.
29Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Para finalizar, as ações do comitê destinam-se a cunhar uma visão de futuro da RM do Rio de Janeiro, garantindo a efervescência dos assuntos que ocupam lugar na agenda de desenvolvimento do estado, na escala metropolitana, e a ampliar, na fase atual, com a participação das municipalidades, as diretrizes que garantam a implantação de um “modelo de governança” mais adequado para a RM do Rio de Janeiro, contribuindo para a diminuição das ações setoriais de governo.
3.2 Instituições que integram a gestão metropolitana
Esta subseção apresenta alguns órgãos, conselhos e agências setoriais (Fórum Comperj, AMTU e Comitês de Bacias Hidrográficas) que, diante da lacuna aberta com a extinção da Fundrem, destacam-se na busca de soluções para problemas da RM do Rio de Janeiro.
3.2.1 Fórum Comperj
O Fórum Comperj foi criado pelo Decreto Estadual no 40.916, de 28 de agosto de 2007, objetivando o planejamento e a execução de políticas públicas relacionadas à sua área de influência e de outros empreendimentos de porte previstos para o Leste Fluminense. Entre eles, destaca-se o Arco Metropolitano “(...) como elemento estruturador do contexto funcional metropolitano e do conjunto de municípios da sua área de influência (...)”.
Segundo o Artigo 1o desse decreto, o fórum, de caráter permanente, tem a função de “(...) integrar as demandas, o planejamento e a execução das políticas públicas de interesse comum relativas ao desenvolvimento sustentável da região”.
Dessa forma, a função do fórum pode ser considerada estratégica para o planejamento regional no estado do Rio de Janeiro, devendo-se buscar a inserção de ações conjuntas na área de influência do empreendimento.
De acordo com o parágrafo 1o desse artigo, são considerados membros natos: o estado do Rio de Janeiro, por meio de todo o seu secretariado; todos os municípios integrantes do Conleste, representados por seus prefeitos; e a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na figura de seu presidente. O quadro 3 apresenta a composição integral do fórum.
É importante frisar que, embora alguns municípios do Conleste não pertençam à RM do Rio de Janeiro, seus territórios estão sob a influência do Comperj e de outros empreendimentos. Os municípios integrantes deste consórcio têm como preocupação potencializar os benefícios e minorar os problemas decorrentes da implantação e operação desses empreendimentos, não estando esta região, como um todo, no centro de sua atenção.
30 Relatório de Pesquisa
QUADRO 3Composição do Fórum Comperj
Membros natos Parceiros institucionais estratégicos Entidades e organizações da sociedade
Governo do estadoMunicípios do Conleste:l Cachoeiras de Macacul Casimiro de Abreul Duque de Caxiasl Guapimiriml Itaboraíl Maricál Nova Friburgol Niteróil Rio Bonitol São Gonçalol Saquaremal Silva Jardiml Tanguál TeresópolisAlerj
Ministério das Cidades (MCidades)BNDESCAIXAPetrobrasBanco do Brasil (BB)
Universidadesl UFF1
l UFRJ2
l UFRRJ3
Firjan4
Fecomércio5
Sebrae-RJ6
Senai-RJ7
Onip8
FUP9
Concrecomperj10
Apedema-RJ11
Fonte: Informações disponíveis em: <http://www.comperj.com.br/Agenda_21.aspx>. Acesso em: 21/1/2013.
Elaboração dos autores.
Notas: 1 Universidade Federal Fluminense.2 Universidade Federal do Rio de Janeiro.3 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.4 Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.5 Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro.6 Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.7 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.8 Organização Nacional da Indústria do Petróleo.9 Federação Única de Petroleiros.10 Conselho Comunitário Regional do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.11 Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente.
A composição do fórum sugere o propósito de uma atuação integrada entre órgãos e instituições governamentais e entidades e organizações da sociedade. Assuntos de ordem técnica estão a cargo do Grupo Técnico Gestor (Gteg), que é o ambiente de coordenação do fórum composto pelos seguintes órgãos:
l SEA;
l Sedeis;
l Sedrap;
l Seobras;
l MCidades;
l Conleste;
l BNDES;
l CAIXA;
l BB; e
l Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras).
Entre os membros do Gteg, não se encontram representantes de entidades e organizações da sociedade. Isto não impede suas participações, conclusão esta tirada a
31Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
partir da observação de algumas (poucas) presenças registradas nas atas das reuniões, por exemplo:
l Onip;
l Concrecomperj;
l ONU-Habitat;
l FGV (consultoria); e
l Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas.
Embora criado em 2007, o fórum, até janeiro de 2011, de acordo com a ata da reunião do Gteg no 23, apenas se reuniu uma única vez, ou seja, quando de sua implantação. Posteriormente, em 4 de maio de 2011, realizou um encontro, cujos assuntos tratados foram apresentados na 24a reunião do Gteg, estando alguns destaques relacionados a seguir.
1) Previsão de reuniões bimestrais, de coordenação e com número limitado de participantes.14
2) O secretário de estado do Ambiente, Carlos Minc, destacou os quatro itens mais importantes dos condicionantes do licenciamento, na fase atual:
a) sistema de abastecimento de água;
b) plantio de 4 milhões de mudas;
c) saneamento: aterros sanitários centrais; e
d) zona de amortecimento do Comperj.
3) Destacada a importância da criação do Porto de São Gonçalo.
4) Mencionado o tema Habitação como um dos mais importantes a serem estudados.
5) Apresentado um quadro de projetos para a região do Conleste.
6) Segundo a Petrobras, todo o serviço de terraplenagem já foi concluído, e o prazo final para a finalização de toda a obra (duas refinarias e petroquímica) é 2018.
7) Foi apresentado, pela Petrobras, um Termo de Referência (TR) para a contratação do Plano Diretor Regional do Conleste, devendo este ser analisado em conjunto por três secretários do governo, pelo Conleste e pela UFF, com o prazo máximo de trinta dias para decidirem qual o melhor caminho a seguir.
8) Mencionado, pela Petrobras, o trabalho da FGV, “(...) para análise e hierarquização de projetos já existentes, com vistas à sua viabilização através de convênio entre a própria Petrobras, CAIXA, BNDES e Ministério das Cidades”.
14. Não se obteve notícia sobre a realização (ou não) dessas reuniões.
32 Relatório de Pesquisa
O Gteg, até setembro de 2012, reuniu-se 34 vezes. A equipe responsável pelo projeto Governança Metropolitana teve acesso a algumas atas dessas reuniões (um terço do total), cuja periodicidade não obedece a um intervalo fixo de tempo. Seguem as datas das atas consultadas, reforçando esta afirmativa:
l 23a reunião: 27/1/2011
l 24a reunião: 26/5/2011
l 25a reunião: 17/7/2011
l 26a reunião: 28/7/2011
l 27a reunião: 25/8/2011
l 28a reunião: 6/9/2011
l 29a reunião: 6/10/2011
l 31a reunião: 27/3/2012
l 32a reunião: 26/4/2012
l 34a reunião: 27/9/2012
Observando-se essas atas, algumas considerações levantadas com frequência podem ser tomadas como premissas para a condução dos trabalhos, destacando-se:
l o Fórum Comperj e o Gteg [têm] o objetivo de facilitar o relacionamento entre as diversas instituições estatais envolvidas e/ou correlacionadas na implantação do complexo industrial para coordenar, sempre que adequado e em harmonia com as instituições e empresas, a execução de atividades exigidas para a concretização de objetivos específicos de desenvolvimento (...) potencializando, econômica e socialmente, os efeitos positivos da implantação do Comperj, notadamente quanto à organização dos espaços urbanos e ao uso de recursos naturais. (...) alertar para os efeitos deletérios de qualquer natureza, que surjam ou possam ser induzidos nas fases de implantação e operação do Comperj (24a reunião do Gteg);
l a busca de integração entre os diversos projetos propostos ou em execução na região do Conleste;
l a busca permanente de mobilização – com todos os prefeitos do Conleste – em torno das questões relacionadas à implantação do Comperj; e
l a não sobreposição de projetos entre diferentes órgãos (por exemplo, os da Seobras com os da SEA/Psam).
33Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Temas abordados com mais frequência
l Plano Diretor de Estruturação Territorial do Leste Fluminense (ações para a confecção do TR, juntamente com a FGV).15
l Contrato/convênio “a ser assinado entre a Petrobras/FGV/CAIXA/BNDES e o Ministério das Cidades, para a análise e hierarquização de projetos existentes, preparação de projetos básicos e assistência técnica às prefeituras para capacitação/treinamento dos seus profissionais, visando à elaboração e contratação dos projetos detalhados” (25a reunião).16
l Licenças ambientais, investimentos nas áreas de abastecimento e saneamento (esgoto e drenagem), assim como revegetação de margens de rios.
l Falta de mão de obra qualificada para atender às necessidades das empresas que deverão se instalar na região, o que as levará a buscá-la em outras regiões.
l Criação de condições físicas e técnicas para que os municípios possam, de forma permanente, após o término da consultoria da FGV, atuar na obtenção de financiamentos e na elaboração de projetos.
Nota: a consultoria da FGV visa à assistência técnica aos municípios do Conleste.
l Necessidade de um projeto de segurança na área de Influência do Comperj. Há dificuldades, tendo em vista a sua abrangência regional e o fato de o assunto, pela sua natureza, estar fora da competência dos municípios e do Conleste, cabendo ao estado a condução do assunto.
Outros temas
l Ressaltada a importância de se analisarem, de forma integrada, os componentes saneamento versus habitação; manifestada a preocupação com a pouca ênfase que vem sendo dada ao tema da habitação em algumas pautas de discussão.
l A Seobras informou que há dificuldades no cumprimento do cronograma das obras devido a problemas diversos, como o atraso no pagamento dos contratos das empreiteiras, em função das exigências dos órgãos financiadores (CAIXA, BNDES etc.).
15. Comentada a necessidade “(...) de interação do Plano Diretor de Estruturação Territorial do Leste Fluminense com importantes projetos estruturantes em andamento na região, entre eles, o Arco Metropolitano e sua possível extensão até o município de Maricá; Linha 3 do Metrô e duplicação da BR-101” (26a reunião). Até a 34a reunião (última a que a equipe de trabalho teve acesso), a contratação do Plano Diretor de Estruturação Territorial do Leste Fluminense ainda não havia sido efetivada.
16. Comentou-se sobre “o Acordo de Cooperação Técnica ajustado em 13/7/2010 entre a Petrobras, Casa Civil e Conleste, com a FGV, para auxiliar os municípios na tarefa de alocação de recursos, e que, até o presente momento, não foi iniciado” (24a reunião).
“Os representantes do Conleste (...) mostraram (...) o seu descontentamento por não estarem participando das decisões sobre o escopo do referido convênio, sendo eles o objetivo principal do convênio. (...) a FGV já deveria ter incorporado os municípios para fazerem parte, principalmente como autoridades e não apenas como beneficiários” (25a reunião).
“(...) foram assinados os Termos de Adesão, por parte dos municípios, ao convênio Petrobras/CAIXA/Ministério das Cidades/FGV; no âmbito do convênio, destaques para: realização de um seminário, previsto para novembro, com duração de dois dias; contratação de um escritório para desenvolver projetos executivos de interesse dos municípios; desenvolvimento, pela FGV, de um plano de trabalho; definição interna da Petrobras, quanto à melhor forma de contratação do Plano Diretor Regional [= Plano de Estruturação Territorial do Leste Fluminense].” (29a reunião).
34 Relatório de Pesquisa
l Avaliação das interfaces entre projetos e fontes de financiamento na região do Conleste.
l Proposta a criação de Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) para atender especificamente ao Conleste.17
l Solicitação ao Conleste do envio dos planos diretores dos municípios revisados pela UFF.
O acesso a apenas um terço das atas das reuniões do Gteg dificulta a avaliação da atuação do fórum e de sua câmara técnica (Gteg) quanto à consecução dos objetivos para os quais foram criados. Quando se concentra no processo de condução dos assuntos inerentes à prevenção ou minimização dos impactos da implantação do Comperj na região sob sua influência, verifica-se, nas atas observadas, a presença intermitente (em algumas ocasiões, a ausência) de representantes de entidades ou de organizações da sociedade, o que compromete a esperada atuação integrada entre os atores da sociedade e do poder público na condução dos assuntos de interesse comum, dificultando a prática efetiva de governança.
Para finalizar, cabe lembrar que outros temas de políticas públicas, intrínsecos aos impactos que um empreendimento como o Comperj pode causar (e, também, demandar) na região, como saúde, capacitação da mão de obra e transporte, não foram objeto de discussão (ou tiveram pouca ênfase) nas reuniões em apreço. Há projetos estruturantes tratados fora do Fórum Comperj, como os já mencionados anteriormente: o Arco Metropolitano e sua possível extensão até o município de Maricá; a Linha 3 do Metrô e a duplicação da BR-101.
3.2.2 AMTU
A AMTU é um órgão vinculado à Setrans. Foi instituída por meio de convênio, assinado em 26 de janeiro de 2007, entre o governo do estado, os municípios da RM do Rio de Janeiro, o município de Mangaratiba (integrante da Região da Costa Verde), o DER/RJ, o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro/RJ), a Companhia Estadual de Engenharia de Transporte e Logística (Central) e a Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (RioTrilhos).
De natureza consultiva, tem como objetivo “(...) a realização de estudos na área de transportes, com vistas à integração e compatibilização com as políticas de desenvolvimento urbano e preservação do meio ambiente no âmbito da região metropolitana do Rio de Janeiro (...)”(Convênio – Cláusula Primeira).
O quadro 4 apresenta a constituição da AMTU.
17. De um total de 84 previstos, o estado possui, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECT), 22 CVTs em funcionamento.
35Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
QUADRO 4Constituição da AMTU
Membros da AMTU
Instituição Representação e participação
Governo do Estado do Rio de Janeiro Governador (presidente de honra) e o secretário de estado de Transportes (presidente da AMTU)
Fundação DER/RJ Representante
Detro/RJ Representante
Central Representante
RioTrilhos Representante
Municípios (20)Rio de Janeiro MagéMaricá ItaguaíNiterói ItaboraíNova Iguaçu MangaratibaSão Gonçalo Duque de CaxiasNilópolis São João de MeritiParacambi Belford RoxoGuapimirim QueimadosJaperi SeropédicaTanguá Mesquita
Representante
Elaboração dos autores.
Entre as atribuições da AMTU, previstas no parágrafo 2o desse convênio, destacam-se:
l sugerir ações para “(...) definição das prioridades de investimentos no sistema de transportes, observando a preservação ambiental e a disciplina do uso do solo”;
l apoiar “(...) ações de desenvolvimento institucional na área de transportes metropolitanos”; e
l propor “soluções de integração entre sistemas e modos de transportes; modelos de política tarifária na região metropolitana; normas e regulamentos referentes ao planejamento e à integração dos sistemas; formas de compatibilização de políticas relacionadas com as concessões e permissões de serviços de transportes; critérios e formas de acompanhamento de custos e desempenho dos sistemas operados; medidas visando à racionalização de sistemas, bem como a instituição de normas para regularização do transporte complementar, além de medidas relacionadas à segurança nos transportes”.
É importante informar que a AMTU não funciona propriamente como um fórum, que se reúne e debate assuntos registrados, em seguida, em atas. A agência vem atuando na elaboração de projetos, na captação de recursos e em negociações com as prefeituras, governo federal, agências de desenvolvimento e órgãos multilaterais. Entre as ações já desenvolvidas, destacam-se:
l estudos para o Plano Diretor de Transportes Urbanos (PDTU) e para o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (Pdits);
l negociação de empréstimos internacionais com: Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Agência Francesa de Desenvolvimento e KfW – Bankengruppe; e
l participação no projeto de mobilidade para a Copa do Mundo de Futebol – 2014 e Jogos Olímpicos – 2016.
36 Relatório de Pesquisa
Embora vinculada a uma secretaria específica, a AMTU, ao propor ações e soluções para o setor transporte, busca inter-relacioná-las aos demais problemas metropolitanos. Configura-se, assim, uma iniciativa de proposição de políticas públicas, que considera, mesmo que de modo sutil, uma visão integrada das Fpics.
3.2.3 Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs)
A seção III, da Lei Estadual no 3.239, de 2 de agosto de 1999, que trata dos CBHs, define-os, de acordo com o Artigo 52, como “(...) entidades colegiadas, com atribuições normativa, deliberativa e consultiva, reconhecidos e qualificados por ato do Poder Executivo, mediante proposta do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERHI)”. O parágrafo único deste artigo define assim sua área de atuação e jurisdição: “I – a totalidade de uma bacia hidrográfica de curso d’água de primeira ou segunda ordem; ou II – um grupo de bacias hidrográficas contíguas”.
O Artigo 54 estabelece sua constituição:
Art. 54 – O Comitê de Bacia Hidrográfica (CBH) será constituído, na forma do regulamento desta lei, por representantes de:
I – os usuários da água e da população interessada, através de entidades legalmente constituídas e com representatividade comprovada;
II – as entidades da sociedade civil organizada, com atuação relacionada com recursos hídricos e meio ambiente;
III – os poderes públicos dos municípios situados, no todo ou em parte, na bacia, e dos organismos federais e estaduais atuantes na região e que estejam relacionados com os recursos hídricos.
O território da RM do Rio de Janeiro está compreendido nas áreas sob a jurisdição do CBH dos rios Guandu, da Guarda e Guandu-Mirim (Comitê Guandu) – criado pelo Decreto Estadual no 31.178, em 3 de abril de 2002, tendo sido sua área de atuação ampliada pela Resolução no 18 do CERHI, em 8 de novembro de 2006 –, e pelo Comitê da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (conhecido como Comitê da Baía de Guanabara), reconhecido pelo Decreto Estadual no 38.260, de 16 de setembro de 2005.
O primeiro atua na área compreendida pela “(...) bacia hidrográfica do rio Guandu, incluídas as nascentes do Ribeirão das Lajes, as águas desviadas do rio Paraíba do Sul e do Piraí, os afluentes ao Ribeirão das Lajes, ao rio Guandu e ao canal de São Francisco, até a sua desembocadura, na Baía de Sepetiba, bem como as bacias hidrográficas dos rios da Guarda e Guandu-Mirim.”18 Abrange totalmente sete municípios – Mangaratiba, Itaguaí, Seropédica, Queimados, Engenheiro Paulo de Frontin, Japeri e Paracambi – e, parcialmente, outros oito – Miguel Pereira, Vassouras, Barra do Piraí, Mendes, Nova Iguaçu, Piraí, Rio Claro e Rio de Janeiro. Dos quinze municípios integrantes, oito não são metropolitanos.19
O segundo é integrado por dezessete municípios. Os territórios de Duque de Caxias, Mesquita, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis, São Gonçalo, Magé,
18. Comitê Guandu. Disponível em:<http://www.comiteguandu.org.br/apresentacao.php>. Acesso em: 6/3/2013.
19. São eles: Mangaratiba, Engenheiro Paulo de Frontin, Miguel Pereira, Vassouras, Barra do Piraí, Mendes, Piraí e Rio Claro.
37Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Guapimirim, Itaboraí, Tanguá e Niterói integram totalmente o comitê. Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Petrópolis, Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito e Maricá são integrantes parciais. Do conjunto de municípios, apenas Petrópolis, Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito não são metropolitanos.
Pela Resolução no 07, de 26 de maio de 2011, o Comitê da Baía de Guanabara foi subdividido em seis subcomitês: I – Sistema Lagunar de Maricá – Guarapina; II – Sistema Lagunar Itaipu-Piratininga; III – Baía de Guanabara –Trecho Leste; IV – Baía de Guanabara –Trecho Oeste; V – Sistema Lagunar da Lagoa Rodrigo de Freitas; e VI – Sistema Lagunar de Jacarepaguá.
Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Guandu, da Guarda e Guandu-Mirim
O comitê possui as seguintes câmaras técnicas:
l Câmara Técnica de Assuntos Legais e Institucionais (Ctali);
l Câmara Técnica de Estudos e Projetos (Ctep);
l Câmara Técnica de Ciência, Tecnologia e Educação (CTCTE); e
l Câmara Técnica de Instrumentos de Gestão (Ctig).
A equipe responsável pelo projeto teve acesso, por meio do site do comitê, apenas às atas de reuniões e sessões extraordinárias dessas câmaras técnicas, a maioria delas realizadas no ano de 2011 e poucas em 2012, em um total de 34 atas.
Embora as câmaras tenham especificidades funcionais, percebe-se, pela leitura dessas atas, que todas têm claro os objetivos do comitê. Por diversas vezes, verificou-se a solicitação de que reuniões marcadas para um mesmo dia fossem realizadas em horários alternados, de modo a permitir a participação dos membros em mais de uma reunião. Uma síntese das câmaras e dos respectivos assuntos tratados nas atas analisadas é apresentada a seguir.
Câmara Técnica de Assuntos Legais e Institucionais (Ctali)
Esta câmara destina-se à regulamentação e normatização do comitê, ou seja, tudo que se refere à administração e ao funcionamento de todas as instâncias. Foram consultadas sete atas referentes aos anos de 2011 e 2012, nas quais se destacam os seguintes participantes de diferentes segmentos (quadro 5).
QUADRO 5Participantes da Ctali
Governo Usuários Sociedade civil
IneaPrefeituras de Itaguaí, Seropédica e Queimados
Thyssenkrupp-CSACedaePetrobrasSimarj1
OMA-Brasil2
UVA3
ITPA4
CRBio-25
Elaboração dos autores.
Notas: 1 Sindicato dos Mineradores de Areia do Estado do Rio de Janeiro.2 Associação Organização da Sociedade Civil de Interesse Público e Ambiente Brasil.3 Universidade Veiga de Almeida.4 Instituto Terra de Preservação Ambiental.5 Conselho Regional de Biologia da 2a Região RJ/ES.
38 Relatório de Pesquisa
Principais assuntos abordados:
l proposta de alteração no regimento interno;
l procedimentos para a representação em reuniões;
l pacto do Saneamento;
l revisão e ampliação do Plano de Bacias;
l intrusão salina; e
l análises de pareceres técnicos e relatórios das demais câmaras técnicas.
Câmara Técnica de Instrumentos de Gestão (Ctig)
Sua atuação está pautada no monitoramento, desenvolvimento e definição de propostas e instrumentos de gestão da Bacia do Guandu. Das oito atas analisadas, sete são referentes ao ano de 2011 e apenas uma de 2012, registrando-se os integrantes assinalados no quadro 6.
QUADRO 6Participantes da Ctig
Governo Usuários Sociedade civil Convidados
IneaPrefeituras de Itaguaí, Japeri, Seropédica e Queimados
Thyssenkrupp- CSACedaePetrobrasLight
OMA-BrasilUVAITPASimarjCRBio-2
JornalistasEmpresas: Sensora e IpnetAgevap1
TNC2
SPU-RJ3
UFRRJPUC/RJ4
Elaboração dos autores.
Notas: 1 Agência da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.2 The Nature Conservancy.3 Superintendência de Patrimônio da União no Rio de Janeiro.4 Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Principais assuntos abordados:
l revisão e ampliação do TR do Plano de Bacias elaborado pelo Inea;
l intrusão salina;
l apresentação da Light sobre estudo de reservatórios;
l levantamento dos planos de Saneamento de planos diretores dos municípios;
l possibilidade de construção do sistema de informações e observatório de monitoramento da bacia; e
l prioridade de programas do Plano Estratégico de Recursos Hídricos da Bacia do Guandu.
Câmara Técnica de Ciência, Tecnologia e Educação (CTCTE)
Com o objetivo de propagar projetos de ciência e tecnologia e estudos socioambientais atentando para as especificidades da região, essa câmara técnica discute a implantação de diversos projetos ambientais.
39Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Dessa câmara foram analisadas dez atas, sendo nove de reuniões ocorridas no ano de 2011 e apenas uma de 2012, estando presentes os participantes indicados no quadro 7.
QUADRO 7Participantes da CTCTE
Governo Usuários Sociedade civil Convidados
IneaPrefeituras de Itaguaí, Seropédica, Queimados e Japeri
Thyssenkrupp-CSACedaePetrobrasLightLighterSFE1
OMA-BrasilUVAInstituto IpanemaSimarjCRBio-2
JornalistasOIA2
AgevapEmbrapa3
Marinha do BrasilUFRRJPrefeituras de Piraí, Rio Claro, Paracambi e Nova IguaçuEmater4
MST5
Instituto Quinto ElementoITPAApruca6
Elaboração dos autores.
Notas: 1 Sociedade Fluminense de Energia.2 O Instituto Ambiental.3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.4 Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural.5 Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.6 Associação dos Produtores Rurais de Cacaratiba.
Principais assuntos abordados:
l proposta de criação de uma comissão para projetos de educação ambiental;
l desenvolvimento de projetos ambientais em áreas rurais (saneamento rural); e
l proposta metodológica para a hierarquização de projetos.
Câmara Técnica de Estudos e Projetos (Ctep)
Essa câmara dedica-se, entre outras atividades, a analisar e acompanhar a elaboração de estudos e projetos – verificando a viabilidade e sustentabilidade de sua implantação –, “(...) identificar causas e efeitos adversos da poluição, das inundações, das estiagens, da erosão do solo e do assoreamento dos corpos hídricos nas áreas urbanas e rurais”,20 bem como cuidar das questões referentes aos financiamentos de projetos. Foram analisadas seis atas de reuniões do ano de 2011 e três do ano de 2012, que contaram com a participação dos membros assinalados no quadro 8.
20. Comitê Guandu. Disponível em: <http://www.comiteguandu.org.br/camarat.php>. Acesso em: 6/3/2013.
40 Relatório de Pesquisa
QUADRO 8Participantes da Ctep
Governo Usuários Sociedade civil Convidados
IneaPrefeituras de Itaguaí, Japeri e Piraí
Thyssenkrupp-CSACedaeLightRio Águas
OMA-BrasilAbes1
ITPACRBio-2
UVAUnirio2
UFRRJEngenpowerPrefeituras de Miguel Pereira, Barra do Piraí e Rio ClaroJornalistasUsiminas3
HaztecHiconFamerj4
Cobrape5
SFECrea-RJ6
Coppe/UFRJ7
Agevap
Elaboração dos autores.
Notas: 1 Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.2 Universidade do Rio de Janeiro.3 Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.4 Federação das Associações de Moradores do Estado do Rio de Janeiro.5 Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos.6 Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.7 Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia.
Principais assuntos abordados:
l financiamento de projetos: Saneamento Rural, Águas Subterrâneas e Proteção de Minas d’Água e Observatório de Bacia;
l aprovação do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Baía de Sepetiba;
l apresentação do Estudo de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) da implantação da CSA;
l elaboração do TR do Observatório de Bacias – Ctep e Ctig juntas; e
l questões metropolitanas: abastecimento de água do oeste da RM e aumento da demanda de recursos hídricos devido à expansão industrial.
O total de atas consultadas impede uma análise mais robusta da atuação do comitê nos dez anos de sua existência. Ainda assim, é possível identificar um esforço de manutenção de suas atividades, mesmo não contando com a participação efetiva de seus membros, pois a falta de quórum é um problema recorrente em todas as atas.
Diante da gama de participação de diversos segmentos e atores sociais nas distintas câmaras técnicas e da transversalidade das questões concernentes à gestão do território da Bacia Hidrográfica do Guandu (BHG), é possível identificar na atuação do comitê um caráter de governança. Embora com algumas carências e fragilidades institucionais, o Comitê do Guandu tem buscado exercer uma forma de gestão participativa dos recursos hídricos, que se aproxima do princípio de governança, atentando tanto para as questões metropolitanas relacionadas aos municípios que integram a RM do Rio de Janeiro quanto para as outras demandas territoriais da BHG.
41Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Comitê da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá
Para a criação do Comitê da Baía de Guanabara, foram formadas duas comissões de representação, uma para a porção leste da Baía de Guanabara (Comissão Pró-Comitê do Leste da Guanabara) e outra para a porção oeste (Comissão Pró-Comitê do Oeste da Guanabara). A primeira “(...) iniciou seus trabalhos pelas bacias dos rios Caceribu e Macacu, participando da reunião de lançamento dos representantes da sociedade civil e dos governos municipais de Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Itaboraí, Rio Bonito, São Gonçalo e Tanguá. Em seguida, as bacias dos rios Alcântara/Guaxindiba, abrangendo o município de Niterói. A Comissão Pró-Comitê do Leste teve mais sucesso em sua estruturação, tendo o Instituto Baía de Guanabara como um dos principais agentes catalisadores na sua criação”.21
Embora muitas reuniões tenham sido realizadas ao longo do tempo de existência do comitê, não é possível apresentar uma síntese dos assuntos e/ou ações a ele inerentes, devido à dificuldade de acesso às suas respectivas atas. Na tentativa de demonstrar a intenção de se adotarem ações integradas, com a participação de representantes do poder público, da iniciativa privada, assim como da sociedade civil organizada, aproximando-se de uma forma de governança, segue-se uma síntese da estrutura e da composição do comitê, registradas no seu Regimento Interno.22
Esse regimento, instituído pelo Decreto Estadual no 38.260, de 16 de setembro de 2005, e revisado e aprovado em 29 de setembro de 2010, prevê que o comitê será constituído por:
(...) entidade colegiada, de gestão descentralizada e participativa, com atribuições consultivas, normativas e deliberativas, de nível regional, de duração ilimitada (...) sendo vinculado ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERHI) e integrante do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Segrhi), nos termos da Lei Estadual no 3.239, de 2 de agosto de 1999.
Entre os objetivos do comitê, relacionados à ação integrada, podem-se destacar:
II – promover, em sua área de atuação, o gerenciamento descentralizado, participativo e integrado, sem dissociação dos aspectos quantitativos e qualitativos dos recursos hídricos;
XII – promover a integração das atividades dos agentes públicos e privados relacionados aos recursos hídricos e ambientais, compatibilizando as metas e diretrizes do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERHI) com as peculiaridades de sua área de atuação.
Estrutura organizacional
O comitê é constituído por:
l Plenário;
l Diretoria Colegiada;
l Secretaria Executiva; e
l Câmaras Técnicas.
21. Comitê da Baía de Guanabara. Disponível em: <http://www.comitebaiadeguanabara.org.br/nossa-historia/>. Acesso em: 15/3/2013.
22. Comitê da Baía de Guanabara. Regimento Interno. 2010. Disponível em: <http://urutau.proderj.rj.gov.br/inea_imagens/downloads/recursos/regimento_interno_baia_de_guanabara.pdf>. Acesso em: 15/3/2013.
42 Relatório de Pesquisa
Plenário
Composição: 45 conselheiros.
Os conselheiros são “(...) usuários da água da sua área de atuação, cujos usos dependam ou não de outorga (...), diretamente ou através de suas entidades de representação de classe, devendo seu peso de representação refletir, tanto quanto possível, sua importância na bacia, e o seu impacto sobre os corpos hídricos; organizações da sociedade civil organizada com atuação comprovadamente relacionada com recursos hídricos, na área de atuação do Comitê da Baía de Guanabara e devidamente cadastrados no Conselho Estadual de Recursos Hídricos; poderes executivos municipais situados, no todo ou em parte, na sua área de atuação, e dos organismos executivos federais e estaduais atuantes na região e que estejam relacionados com os recursos hídricos”.
Cada segmento deverá contar com quinze integrantes.
Diretoria Colegiada
Composição: seis membros eleitos entre os componentes do Plenário.
Os membros dessa diretoria devem ser “(...) preferencialmente representantes de cada subcomitê de sub-região hidrográfica (...) sendo dois representantes dos usuários dos recursos hídricos, dois representantes das organizações da sociedade civil de interesse dos recursos hídricos (Oscirhis) e dois representantes do poder público – federal, estadual ou municipal (...)”.
Câmaras Técnicas
Composição: definida por resolução de acordo com as especificidades de cada câmara.
Seus membros são “(...) titulares e/ou suplentes do Plenário, obedecido o princípio da paridade entre os segmentos, com direito a voz e voto, e ainda por representantes de universidades públicas e privadas e instituições científicas relacionadas com recursos hídricos, técnicos, especialistas ou pessoas de notório saber em recursos hídricos e meio ambiente, por estes indicados formalmente e aprovados pela Diretoria Colegiada com ratificação pelo Plenário, os quais apenas terão direito a voz”.
O comitê conta atualmente com quatro câmaras instituídas:
l Câmara Técnica Institucional e Legal (Ctil);
l Câmara Técnica de Análise de Projetos (Ctap);
l Câmara Técnica de Educação Ambiental e Mobilização (Ctem); e
l Ctig.
Apenas a Ctig é atuante (quadro 9). Tem por objetivo discutir, definir e estabelecer diretrizes para a implantação dos instrumentos de gestão do Comitê de Bacia da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara: critérios para outorga e uso dos recursos hídricos; enquadramento dos corpos d’água; diretrizes para a cobrança pelo uso da água na Região Hidrográfica da Baía de Guanabara, entre outras.
43Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
QUADRO 9Composição da Ctig
Governo Usuários Sociedade civil
UFRJIBG1
Instituto Terrazul
PetrobrasFecomércioÁguas de Niterói
IneaFiperj2
Prefeituras do Rio de Janeiro e Duque de Caxias
Elaboração dos autores.
Notas: 1 Instituto Baía de Guanabara.2 Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro.
3.3 Instrumentos de planejamento e gestão metropolitana
Conforme mencionado na seção 2 deste relatório, embora não exista um órgão gestor metropolitano, o governo do estado procura exercer a sua função de executar políticas públicas voltadas para a RM do Rio de Janeiro por intermédio de planos e programas setoriais.
O quadro C.1 do anexo C apresenta os programas e ações relacionados à RM do Rio de Janeiro, extraídos do Plano Plurianual para o período 2012-2015 (PPA 2012-2015). Não foram considerados aqueles de impacto local nem os de abrangência difusa. O quadro está estruturado de modo a se estabelecer a relação com as Fpics definidas na Oficina/Ipea para este projeto. Ao mesmo tempo relaciona os valores do orçamento/2012 correspondentes a esses programas e projetos.
Observando-se todos os programas e projetos (ações) setoriais do Poder Executivo contidos no PPA 2012-2015, verifica-se o seguinte.
1) Do total dos 175 programas presentes, 28 (16%) atendem à RM do Rio de Janeiro, sendo que 16 (9,14%) são comuns a várias secretarias (gráfico 1).
GRÁFICO 1Participação da RM do Rio de Janeiro nos programas do PPA 2012-2015(Em %)
16,0016,00
84,00
RM do Rio de Janeiro Demais regiões do estado
Elaboração dos autores.
44 Relatório de Pesquisa
2) Do total dos 721 projetos, 62 (8,60%) atendem à RM do Rio de Janeiro (gráfico 2).
GRÁFICO 2Participação da RM do Rio de Janeiro nos projetos do PPA 2012-2015(Em %)
8,60
91,40
RM do Rio de Janeiro Demais regiões do estado
3) Entre os projetos (ações) voltados para a RM do Rio de Janeiro (62 projetos), a maior porcentagem está vinculada às secretarias de Estado do Ambiente (SEA – vinte projetos), de Transportes (Setrans – quatorze projetos) e de Obras (Seobras – onze projetos) (gráfico 3).
GRÁFICO 3RM do Rio de Janeiro: participação percentual dos órgãos estaduais nas ações do PPA 2012-2015
11,29
22,58 17,74
Setrans
32,26
3,23
6,453,23
1,61
1,61
CedaeSEA SEASDH SEC SECT SEH SESSEOBRASElaboração dos autores.
45Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Os gráficos 4 e 5 mostram, por órgão do Poder Executivo, o número de programas e projetos (ações) contidos no PPA 2012-2015, assim como a participação dos projetos (ações) voltados para a RM do Rio de Janeiro, em relação ao total.
Em ambos os gráficos, a Cedae, empresa do governo do estado do Rio de Janeiro, embora não sendo uma secretaria, foi neles incluída devido à importância dos projetos sob sua responsabilidade.
De acordo com o relatório Análise do Rebatimento Espacial de Planos Setoriais na Região Metropolitana do Rio de Janeiro: 2012 (Salandia, 2012), elaborado para o Comitê de Estratégias Metropolitanas, os planos prioritários em execução ou em negociação na RM do Rio de Janeiro, no âmbito do Prohdums, são os descritos a seguir.
GRÁFICO 4PPA 2012-2015: total de programas por secretaria
Seplag
SES
SEG
SEC
SECT
SEAP
SEA
SET
Setrans
SETR
SESEG
Seobras
SEH
Sefaz
SEDEC
SECC
SEAPC
SEELJE
Procuradoria do Estado
Defensoria do Estado
Cedae*
0 5 10 15 20 25 30 35
SEASDH
SEEDUC
Sedrap
Sedis
RM do Rio de Janeiro Demais regiões
41
1
2
5
16
11
1
15
4
8
1
7
16
6
19
2
13
1
1
30
7
1
12
7
Elaboração dos autores.
46 Relatório de Pesquisa
GRÁFICO 5PPA 2012-2015: participação dos projetos voltados à RM do Rio de Janeiro, por secretaria(Em %)
Seplag
SES
SEH
SEGOV
SEC
SECT
SEAP
SEA
SET
Setrans
SETRAB
SESEG
Seobras
SEFAZ
SEDEC
SECC
SEAPSEELJE
Procuradoria do Estado
Defensoria do Estado
Cedae*
0 20 40 60 80 100
SEASDH
SEEDUC
SEDRAP
Sedis
RM do Rio de Janeiro Demais regiões
1
88,89
2,08
21,74
25,00
36,36
12,90
97,73
97,14
100,00
63,64
100,00
75,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
11,11
97,92
78,26
2,86
2,27
2,74100,00
97,26
87,10
100,00
Elaboração dos autores.
3.3.1 Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (PDTU)
O PDTU abrange a totalidade da RM do Rio de Janeiro e o município de Mangaratiba.23 Foi elaborado, em 2003, sob a responsabilidade da Setrans e da Central, sendo executado pelo consórcio Logit-Oficina-JGP (Logit Engenharia Consultiva LTDA, Oficina Engenheiros Consultores Associados e JGP Consultoria e Participações LTDA). Contou-se também com as seguintes participações:24
l Banco Mundial;
l Consultores especialistas;
l Grupo ampliado de discussões: Companhia de Transportes Coletivos/Empresa Estadual de Viação (CTC/Serve); Central; Barcas S/A; Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET Rio); RioTrilhos; Companhia Brasileira de Trens Urbanos/Administração Central (CBTU/AC); Sindicato
23. Em 2003, o município de Mangaratiba integrava a RM do Rio de Janeiro.
24. PDTU. Disponível em: <http://www.pdtu.rj.gov.br/creditos.html>. Acesso em: 19/2/2013.
47Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
das Empresas de Transportes de Passageiros de Nova Iguaçu (Setranspani); Setrans; Opportrans; Secretaria Municipal de Transportes (SMTR); Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor); Coppe/UFRJ; Transtur; Instituto Agronômico de Campinas (IAC); Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Asep); Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU/RJ); Sepre; Supervia; Sindicarga; DER/RJ; Detro/RJ; Rio Ônibus; Metrô; Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e de Terminais do Estado do Rio de Janeiro (Coderte); Instituto Militar de Engenharia (IME); Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (Cide) e prefeituras municipais de Magé, Duque de Caxias e São Gonçalo/DTC.
Tem como objetivo subsidiar o governo do estado no desenvolvimento das políticas públicas para o setor, orientando não só as ações executivas relativas aos investimentos em infraestrutura viária e sistemas de transporte coletivo – metrô, trens, barcas, terminais de integração etc. – como também a definição de modelos operacionais e tarifários que possibilitem otimizar o uso das redes de transporte disponíveis.
Esse plano “pretendia ser o principal instrumento de ordenamento do transporte urbano da região metropolitana, mas dependeu sempre de um modelo de governança que ainda não foi efetivamente viabilizado (...)” (Salandia, 2012, p. 34). Destaque-se que, no momento da formulação do PDTU, a AMTU ainda não havia sido criada, conforme consta na subseção 3.2.2, só ocorreu em janeiro de 2007.
O plano está sendo atualizado sob a coordenação da Setrans, agora com a participação da AMTU, com o intuito de avaliar resultados anteriores e elaborar novas propostas para os próximos dez anos, considerando os relevantes investimentos que estão sendo realizados na região – com impacto sobre as necessidades de circulação de pessoas e mercadorias – e as demandas relativas aos eventos da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos, em 2016.
3.3.2 Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (Pehis)
O Pehis é uma exigência formal prevista na Lei Federal no 11.124/2005 e tem como objetivo estabelecer estratégias e metas para a eliminação progressiva das necessidades habitacionais, por meio de ações conjugadas do poder público, nas três esferas de governo – federal, estadual e municipal –, e da iniciativa privada. Foi licitado no valor estimado de R$ 1,2 milhão.
Abrange todos os municípios do estado do Rio de Janeiro. No que diz respeito à RM do Rio de Janeiro, foram considerados no diagnóstico para a elaboração do plano: inserção regional e características dos municípios; grupos sociais que atuam no setor habitacional; demandas habitacionais dos municípios; oferta de moradias e solo urbanizado; identificação da oferta e disponibilidade do solo urbanizado para a população de baixa renda; produção de moradias realizada pela própria população; situação dos quadros institucionais e financeiros dos municípios, bem como marcos regulatórios e legais.
À SEH, coube coordenar a elaboração do Pehis, bem como o acompanhamento técnico, com a Companhia Estadual de Habitação (Cehab) e o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (Iterj). O TR foi elaborado em 2010, com
48 Relatório de Pesquisa
licitação realizada no mesmo ano, vencida pela Empresa Ambiental Consultoria e Engenharia, que entregou os relatórios em junho de 2012. Desde setembro de 2012, os dados relatados pela empresa contratada estão sendo analisados pela SEH para homologação.
3.3.3 Plano Diretor do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro (Pdam)
O Pdam tem como objeto o território atravessado pelo Arco Metropolitano – ainda em construção e com previsão de conclusão para o ano de 2014 – e as áreas vizinhas. Pretende-se com ele uma ocupação “(...) inteligente por parte de empresas comerciais, industriais, de serviços e de logística, casando o Comperj com o Porto de Itaguaí e com todas as rodovias federais que passam pelo estado do Rio”.25
Objetiva-se ainda abordar as potencialidades socioeconômicas da área sob a influência da rodovia e procurar nortear as múltiplas ações esperadas para a região, sejam elas dos setores econômico e social, sejam as de aspectos inerentes ao incremento demográfico esperado – como infraestrutura urbana, saneamento, habitação, transporte e mobilidade. O plano considera, também, o aperfeiçoamento da gestão institucional do espaço metropolitano, com participação social.
Como boa parte da rodovia está sendo implantada em lugares sem povoação, é a oportunidade que se tem de evitar a repetição de práticas danosas ao ambiente – no qual se incluem as pessoas –, além de procurar maximizar as potencialidades socioeconômicas da região em foco, assim como de minimizar ou afastar os efeitos negativos decorrentes das intervenções aí praticadas.
O órgão responsável pela elaboração do plano foi a Seobras, que desempenhou o papel de Secretaria Executiva da Unidade de Gerenciamento de Programa (UGP), da qual também fizeram parte a Sedeis, a Casa Civil, a Seplag e a SEA. A elaboração ocorreu entre 2008 e 2011, período em que foi apresentado o relatório final. A articulação com os municípios das áreas de estudo está prevista para 2013, quando deverá ser formalizada a entrega dos resultados às administrações locais.
O aporte financeiro para sua elaboração foi de US$ 1,017 milhão, do BID, e de US$ 253 mil, do governo do estado.
3.3.4 Plano Diretor de Estruturação Territorial da Região Leste Fluminense (PET-Leste)
O PET-Leste abrange os municípios que integram o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Conleste) e visa dotar o território de uma infraestrutura – de água, esgoto, coleta de lixo, equipamento de saúde, educação, lazer, sistemas viário, rodoviário e ferroviário – que atenda às condições necessárias para a implantação dos novos empreendimentos esperados para a região, constituindo-se, assim, em um indutor do desenvolvimento regional.
O órgão encarregado da coordenação e preparação do TR para a contratação do responsável pela elaboração do plano é a Sedrap, junto com o Gteg do Fórum Comperj.
25. Governo do Estado do Rio de Janeiro. Seobras. Disponível em: <http://www.rj.gov.br/web/seobras/exibeconteudo?article-id=427254>. Acesso em: 22/2/2013.
49Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Pela metodologia adotada, o TR considera três “espacialidades” distintas: a continuidade urbana, o conjunto ambiental e as centralidades regionais afastadas da metrópole. A possibilidade que o Conleste oferece para a entrada de novos municípios, portanto de novas realidades, é considerada um fator preocupante, tendo em vista que o fato poderá implicar conformações territoriais diversas daquelas consideradas no plano.
A preparação inicial do TR se deu entre abril de 2011 e janeiro de 2012, sendo as contribuições dos demais órgãos incorporadas entre abril e maio de 2012. O custo previsto para a elaboração do plano é de aproximadamente R$ 3,6 milhões, devendo ser financiado pela Petrobras ou por recursos orçamentários do estado. Neste caso, poderá haver necessidade de adequação aos recursos disponíveis (Salandia, 2012, p.49).
O relatório anteriormente mencionado relaciona ainda outros planos, programas e iniciativas setoriais. Alguns são voltados para todo o estado do Rio de Janeiro, mas, ao estabelecerem suas regionalizações, contemplam a RM do Rio de Janeiro no todo ou em parte, conforme destacado a seguir.
1) Vinculados a projetos de desenvolvimento econômico: Plano de Desenvolvimento Sustentável da Baía de Sepetiba e Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (Pdits), do estado do Rio de Janeiro.
2) Vinculados à política de saúde: Plano Diretor de Regionalização da Saúde do Estado do Rio de Janeiro (PDR Saúde) e Plano de Desenvolvimento Regional da Saúde dos Municípios do Conleste (PDR Conleste).
3) Planos de saneamento: Plano Estratégico de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica dos Rios Guandu, Guarda e Guandu Mirim; Plano Diretor de Recursos Hídricos da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara; Programa de Saneamento dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam) e Plano Diretor de Gestão de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.
3.4 Orçamento e financiamento
3.4.1 Orçamento
O PPA é um instrumento importante para o governo do estado por ser um indicativo dos programas e projetos do governo para a execução em um período de quatro anos. Para se concretizarem, os programas e projetos devem estar contidos no orçamento, que se traduz na Lei Orçamentária Anual (LOA), que deve seguir os princípios básicos estabelecidos pela CF e pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A tabela D.1 do anexo D apresenta os programas e ações (projetos) para a RM do Rio de Janeiro contidos na LOA-2012. Cabe ressaltar que o valor do programa inclui também as ações para as demais regiões do estado, o que permite aferir o percentual metropolitano.
Observando-se essa tabela verifica-se que:
1) O valor das ações voltadas para RM do Rio de Janeiro atinge pouco mais de R$ 3 bilhões, dos quais foram gastos, nos dois primeiros quadrimestres, cerca de R$ 1 bilhão (gráfico 6).
50 Relatório de Pesquisa
GRÁFICO 6Orçamento 2012: despesa liquidada nos dois primeiros quadrimestres(Em %)
41,75
58,25
Não liquídada Liquídada
Elaboração dos autores.
2) As secretarias com maior participação no Orçamento 2012 são: Seobras, Setrans e SEA, sendo que, do total dos recursos destinados a projetos na RM do Rio de Janeiro (pouco mais de R$ 3 bilhões), 72,56% (R$ 2,2 bilhões) concentram-se nas duas primeiras (gráfico 7).
GRÁFICO 7Orçamento 2012: participação percentual das secretarias estaduais nas ações para a RM do Rio de Janeiro(Em %)
16,84
44,68
0,880,19
2,63
2,55
1,62
2,73
27,88
SESCedaeSEA SEASDH SEC SECT SEH SEOBRAS SETRANS
Elaboração dos autores.
51Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
3) Do orçamento das despesas por ações voltadas para a RM do Rio de Janeiro, as secretarias que contêm menor incidência são, na ordem: Secretaria de Estado de Saúde (1,86%), Secretaria de Estado de Cultura (3,51%) e Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (4,24%) (gráfico 8).
GRÁFICO 8
Orçamento 2012: despesas por secretaria(Em %)
Setrans
SES
Seobras
SEH
SECT
SEC
SEASDH
Cedae
SEA
Despesas da RM do Rio de Janeiro RM do Rio de Janeiro
57,55 42,45
98,14
60,8039,20
50,20
23,09 76,91
95,76
96,49
94,50
49,80
26,41
5,50
3,51
4,24
1,86
73,59
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Elaboração dos autores.
3.4.2 Financiamento
A LCF no 20/1974 cria um fundo contábil destinado a financiar os programas e projetos prioritários para a RM do Rio de Janeiro. A Lei Complementar Estadual (LCE) no 64/1990 dispõe que este fundo passa a denominar-se Fundo de Desenvolvimento Metropolitano (FDM), que hoje está vinculado à Seobras.
No ano de 1997, a LCE no 64/1990 é revogada pela LCE no 87/1997. Esta lei, ainda vigente, não faz referência ao FDM, e dispõe que os recursos necessários ao desenvolvimento de programas e projetos relativos às Fpics na RM do Rio de Janeiro deverão ser destinados pelos órgãos setoriais estaduais e pelos municípios, observando-se o previsto no Plano Diretor Metropolitano, ainda não elaborado.
O Decreto no 40.486-01/01/2007, que estabelece a estrutura executiva da Seobras, menciona também o FDM e o Fundo de Programas e Projetos Prioritários (FPPP). Porém, estes dois instrumentos ainda carecem de normas para a arrecadação que lhes dê autonomia. O FPPP é de extrema importância para gestão e execução de programas e projetos estruturantes, ou seja, de caráter prioritário.26 Por este motivo, o orçamento não disponibiliza recursos destes dois fundos para qualquer programa ou ação.
26. De acordo com a opinião do subsecretário Vicente Loureiro, na oportunidade da entrevista (apêndice A) anteriormente mencionada.
52 Relatório de Pesquisa
Na atualidade, os programas e projetos voltados para a RM do Rio de Janeiro são, em sua maioria, financiados com recursos externos ou do tesouro estadual. Importantes fontes estaduais de financiamento são fundos setoriais, como o Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) e o Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro (Fundrhi).
As principais instituições de financiamento externo são: o BID e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
A mais importante operação de crédito voltada para o financiamento de programas na região é a contratação, pelo estado do Rio de Janeiro, de um empréstimo27 de até US$ 485 milhões junto ao Bird, para a execução do Prohdums, cujo objetivo, como visto anteriormente, é o fortalecimento de programas estratégicos do estado do Rio de Janeiro, relativos à melhoria e ao aumento da oferta de habitação para famílias de baixa renda, gestão de risco de desastre, transporte público eficiente e desenvolvimento urbano sustentável.
Quanto aos fundos setoriais do estado, alguns programas com ações na RM do Rio de Janeiro, todas relacionadas a saneamento, foram beneficiados, na LOA-2012, com recursos do Fecam, o mesmo não acontecendo com os do Fundrhi, não direcionados para qualquer programa ou ação.
O quadro 10 destaca, entre os 62 instrumentos de gestão selecionados no PPA, voltados para a RM do Rio de Janeiro ou que nela tenham impacto, as ações que foram beneficiadas com recursos do Fecam, na LOA-2012, com o valor total de R$ 133.110 mil, correspondendo a 4,3% do valor destinado no orçamento às demais ações na região. Destes recursos, 59,78% constam como despesa liquidada, no relatório dos dois primeiros quadrimestres elaborado pela Seplag. Pelo visto, apesar da existência desses fundos, os recursos aplicados têm pouca expressão no total destinado às despesas com as ações na RM do Rio de Janeiro.
QUADRO 10Ações na RM do Rio de Janeiro beneficiadas pelo Fecam
Ações na RMRJ Beneficiadas pelo Fecam
Função Pública de Interesse Comum
Secretaria vinculada
Código do programa
Código da ação
Título da ação Orçamento LOA 2012 (R$)
Valor liquidado (R$)1
% Uso do Recurso
Saneamento
SEA
413 1010 Projeto Iguaçu - PAC - RJ/Fecam 25.000.000,00 11.043.538,74 44,17
290 1518 Abastecimento de Água - PAC/Fecam 200.00,00 0,00 0,00
162
1541Saneamento Ambiental da Bacia da Baía de Sepetiba - Fecam
1.000.000,00 0,00 0,00
1000 Rio Mais Limpo 20.000.000,00 17.779.123,33 88,90
1009 Lixo Zero - Fecam 20.000.000,00 6.894.357,94 34,47
3651Saneamento Ambiental nos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara - Fecam
41.910.000,00 946.514,61 2,26
Seobras 1197Saneamento nas Bacias da Baía de Guanabara
25.000.000,00 42.915.551,062 171,66
Ações/RMRJ - Fecam 133.110.000,00 79.579.085,68 59,78
Demais Ações/RMRJ com outros recursos 2.949.560.974,00 1.207.506.470,90 40,94
Elaboração dos autores.
Notas: 1 De acordo com o relatório de despesa liquidada dos dois primeiros quadrimestres de 2012.2 O valor liquidado desta ação foi acrescido de aporte orçamentário.
27. Autorizado pela Lei Estadual no 5.830, de 18 de outubro de 2010.
53Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As informações contidas neste relatório, resultantes de pesquisa realizada junto a diversos órgãos governamentais e na legislação pertinente, permitem reconstituir o histórico da legislação correspondente à RM, ao mesmo tempo que refletem a visão e o grau de importância dada ao fato metropolitano no momento de sua promulgação.
A CF/1937 já demonstra o reconhecimento da importância de uma gestão compartilhada entre municípios adjacentes para o tratamento de questões de interesse comum. O assunto é recorrente em constituições posteriores, procurando-se cada vez mais identificar essas questões, não em definitivo, mas sempre considerando a dinâmica do fato social, que está em permanente transformação.
Da mesma forma, a legislação federal e a estadual demonstram o reconhecimento da necessidade de uma organização institucional e de ações integradas para responderem às demandas crescentes resultantes da intensificação do fenômeno da metropolização. Há, porém, uma defasagem entre a intenção demonstrada pela lei e as ações que deveriam ser praticadas, assim como os resultados almejados.
A história da Fundrem serve de exemplo para essa afirmativa, pois, além de ter tido curta duração, não foi substituída por nenhum outro agente (ou ente) gestor da RM do Rio de Janeiro. Com sua extinção, em 1989, técnicos experientes foram distribuídos entre outros órgãos estaduais e parte de seu acervo se perdeu. Essa defasagem também é observada na efetividade dos fundos de financiamento e dos conselhos: existem apenas no papel.
A lacuna diante da inexistência de um arranjo institucional para a governança metropolitana no Rio de Janeiro não é preenchida pelas secretarias de estado em suas ações específicas, pois carecem da participação dos diversos atores sociais (públicos e privados), assim como do necessário planejamento integrado da região.
A atuação de alguns consórcios ou associações e dos comitês de bacias – estes apontados, em páginas anteriores, como a forma mais aproximada de governança – não é suficiente para atender às necessidades da RM do Rio de Janeiro, pois também se voltam para questões mais específicas, não contemplando as diferentes dimensões que caracterizam a região.
Essa “colcha de retalhos” que caracteriza as ações praticadas na RM do Rio de Janeiro repercute na dificuldade de obtenção de informações sistematizadas sobre a região, de modo a atender com plenitude os itens propostos pelo Ipea no estudo da governança metropolitana no Rio de Janeiro.
A falta de ações integradas entre os municípios da região, assim como a não participação da sociedade civil organizada, bem como do empresariado, é fato histórico, remontando não só ao modo usual de gestão das administrações no passado (decisões a partir, apenas, do poder público) como também ao descolamento existente entre o núcleo metropolitano (a cidade do Rio de Janeiro) e os municípios periféricos. Não se deve esquecer que a cidade foi, por quase duzentos anos, a sede do Vice-Reino, do Império e da República, enquanto os demais municípios que hoje integram a RM do Rio de Janeiro pertenciam a uma das províncias, mais tarde estados. Isto se reflete no modo de sentir – e de agir – de seus habitantes.
54 Relatório de Pesquisa
A recente experiência do Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas demonstra que há um longo caminho a percorrer: reconhece a existência de dificuldades para a ação integrada entre os diversos atores que representam a sociedade; considera que o Plano de Desenvolvimento da Região Metropolitana – cujo TR para sua elaboração encontra-se em fase de produção – pode-se constituir em importante instrumento de aproximação entre esses atores; completado o prazo de sua atuação, cuja missão considera ter sido cumprida, não tem ainda claro sobre o que o governo pretende para o futuro, no que diz respeito à governança da RM do Rio de Janeiro.
REFERÊNCIAS
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FUNDAÇÃO CEPERJ – FUNDAÇÃO CENTRO ESTADUAL DE ESTATÍSTICAS, PESQUISAS E FORMAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS DO RIO DE JANEIRO. Anuário estatístico do estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Fundação Ceperj, 2011.
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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FIRJAN – FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RIO DE JANEIRO. Disponível em: <http://www.firjan.org.br/site/anexos/Decisaorio/2012-2014/RIMA-Arco_Metropolitano.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2013.
FÓRUM COMPERJ. Disponível em: <http://www.forumcomperj.com.br>. Acesso em: nov. 2012.
GEIGER, Pedro Pichas. Urbanização e industrialização na orla oriental da Baía de Guanabara. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, ano 18, n. 4, 1956.
HARVEY, David. Do administrativo ao empreendedorismo: a transformação da governança urbana no capitalismo tardio. In:______. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005.
LENCIONI, Sandra. Perspectivas contemporâneas da geografia regional. In: ______. Região e geografia. São Paulo: Editora USP, 2009.
OLIVEIRA, Floriano José Godinho. Reestruturação produtiva, território e poder no estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Garamond Universitária, 2008.
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SANTOS, Marcos A. A origem da ocupação. PDBG, programas ambientais complementares, curso de formação de multiplicadores. Rio de Janeiro: Cepuerj, 2002.
SANTOS, Marcos A.; COSTA, Marta B.; VASCONCELLOS, Lelia M. de. Rio de Janeiro: dinâmica urbano-regional do estado. In: PEREIRA, Rafael H. M.; FURTADO, Bernardo A. (Org.). Dinâmica urbano-regional e suas interfaces. Brasília: Ipea, 2011. cap.16, p. 399-438.
SANTOS, Marcos A. et al. Pressão antrópica e as novas dinâmicas na economia fluminense. In: BERGALLO, Helena de Godoy et al. Estratégias e ações para a conservação da biodiversidade no estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Instituto Biomas, 2009. p. 41-56.
56 Relatório de Pesquisa
LISTA DE SIGLAS
Abes – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental
Agevap – Agência da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul
Alerj – Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
AMTU – Agência Metropolitana de Transportes Urbanos do Estado do Rio de Janeiro
ANA – Agência Nacional de Águas
Apedema-RJ – Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente
Asep – Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado do Rio de Janeiro
Apruca – Associação dos Produtores Rurais de Cacaratiba
APO – Autoridade Pública Olímpica
BHG – Bacia Hidrográfica do Guandu
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
Bird – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CAIXA – Caixa Econômica Federal
Casa Civil – Secretaria de Estado da Casa Civil
CBH – Comitê de Bacia Hidrográfica
CBTU – Companhia Brasileira de Trens Urbanos
CCA – Comissão de Coordenação e Acompanhamento
CE – Constituição Estadual
Cedae – Companhia Estadual de Águas e Esgotos
Cehab – Companhia Estadual de Habitação
Central – Companhia Estadual de Engenharia de Transporte e Logística
CET Rio – Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro
Cerhi – Conselho Estadual de Recursos Hídricos
CF – Constituição Federal
Cide – Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial
Cobrape – Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos
Coderte – Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e de Terminais do Estado do Rio de Janeiro
Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
Concrecomperj – Conselho Comunitário Regional do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
Conleste – Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região Leste Fluminense
57Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Coppe/UFRJ – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia
CRBio-2 – Conselho Regional de Biologia da 2a Região RJ/ES
Crea-RJ – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia-RJ
CSA – Companhia Siderúrgica do Atlântico
CT – Câmara Técnica
Ctali – Câmara Técnica de Assuntos Legais e Institucionais
Ctap – Câmara Técnica de Análise de Projetos
CTCTE – Câmara Técnica de Ciência, Tecnologia e Educação
CTC/Serve – Companhia de Transportes Coletivos
Ctem – Câmara Técnica de Educação Ambiental e Mobilização
Ctep – Câmara Técnica de Estudos e Projetos
Ctig – Câmara Técnica de Instrumentos de Gestão
Ctil – Câmara Técnica Institucional e Legal
CVTs – Centros Vocacionais Tecnológicos
DER-RJ – Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro
Detro/RJ – Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro
DRM – Departamento de Recursos Minerais
EC – Emenda Constitucional
EIA-Rima – Estudo de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto Ambiental
Emater – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Famerj – Federação das Associações de Moradores do Estado do Rio de Janeiro
FDM – Fundo de Desenvolvimento Metropolitano
Fecam – Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano
Fecomércio – Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro
Feema – Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente
Fetranspor – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro
FGV – Fundação Getulio Vargas
Fiperj – Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro
Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Fpic – Função Pública de Interesse Comum
FPPP – Fundo de Programas e Projetos Prioritários
58 Relatório de Pesquisa
Fundrem – Fundação para o Desenvolvimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Fundrhi – Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro
FUP – Federação Única de Petroleiros
Gteg – Grupo Gestor Técnico
IAC – Instituto Agronômico de Campinas
IBG – Instituto Baía de Guanabara
IEF – Instituto Estadual de Florestas
IME – Instituto Militar de Engenharia
Inea – Instituto Estadual do Ambiente
Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Iterj – Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro
ITPA – Instituto Terra de Preservação Ambiental
LC – Lei Complementar
LCE – Lei Complementar Estadual
LCF – Lei Complementar Federal
LOA – Lei Orçamentária Anual
MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
OIA – O Instituto Ambiental
OMA-Brasil – Associação Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Mobilidade e Ambiente Brasil
Onip – Organização Nacional da Indústria do Petróleo
Oscirhis – Organizações da Sociedade Civil de Interesse dos Recursos Hídricos
PAC – Programa de Aceleração do Crescimento
Pdam – Plano Diretor do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
PDBG – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara
Pdits – Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável
PDR – Plano Diretor de Regionalização da Saúde do Estado do Rio de Janeiro
PDTU – Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Pehis – Plano Estadual de Habitação de Interesse Social
Perhi – Plano Estadual de Recursos Hídricos
PET-Leste – Plano Diretor de Estruturação Territorial da Região Leste Fluminense
PIB – produto interno bruto
PPA – Plano Plurianual
59Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Prohdums – Programa de Habitação e Desenvolvimento Urbano Metropolitano Sustentável
Psam – Programa de Saneamento dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara
PUC/RJ – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
RioTrilhos – Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro
RM – região metropolitana
SEA – Secretaria de Estado do Ambiente
Seasdh – Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos
Sebama – Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Baixada Fluminense e Municípios Adjacentes
Sebrae-RJ – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEC – Secretaria de Estado e Cultura
Secdrem – Secretaria de Estado para o Desenvolvimento da Região Metropolitana
SECT – Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia
Sedeb – Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Baixada Fluminense
Sedebrem – Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Baixada e da Região Metropolitana
Sedeis – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços
Sedrap – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca
Sedur – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Regional
Sefaz – Secretaria de Estado de Fazenda
Segrhi – Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos
SEH – Secretaria de Estado de Habitação
Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Seobras – Secretaria de Estado de Obras
Seplag – Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão
Serla – Superintendência de Rios e Lagoas
SES – Secretaria de Estado de Saúde
Setrans – Secretaria de Estado de Transportes
Setranspani – Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Nova Iguaçu
SFE – Sociedade Fluminense de Energia
Simarj – Sindicato dos Mineradores de Areia do Estado do Rio de Janeiro
Sindicarga – Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro
60 Relatório de Pesquisa
SMTR – Secretaria Municipal de Transportes
SMTU – Superintendência Municipal de Transportes Urbanos
SPU-RJ – Superintendência de Patrimônio da União no Rio de Janeiro
TNC – Organização The Nature Conservancy
TR – Termo de Referência
UFF – Universidade Federal Fluminense
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
UGP – Unidade de Gerenciamento de Programa
Unirio – Universidade do Rio de Janeiro
Usiminas – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.
UVA – Universidade Veiga de Almeida
61Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
ILUSTRAÇÕES
Quadros
1 – Funcionalidades do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
2 – Atuação dos organismos de governança metropolitana, de acordo com as Fpics
3 – Composição do Fórum Comperj
4 – Constituição da AMTU
5 – Participantes da Ctali
6 – Participantes da Ctig
7– Participantes da CTCTE
8 – Participantes da Ctep
9 – Composição da Ctig
10 – Ações na RM do Rio de Janeiro beneficiadas pelo Fecam
Gráficos
1 – Participação da RM do Rio de Janeiro nos programas do PPA 2012-2015
2 – Participação da RM do Rio de Janeiro nos projetos do PPA 2012-2015
3 – RM do Rio de Janeiro: participação percentual dos órgãos estaduais nas ações do PPA 2012-2015
4 – PPA 2012-2015: total de programas por secretaria
5 – PPA 2012-2015: participação dos projetos voltados à RM do Rio de Janeiro, por secretaria
6 – Orçamento 2012: despesa liquidada nos dois primeiros quadrimestres
7 – Orçamento 2012: participação percentual das secretarias estaduais nas ações para a RM do Rio de Janeiro
8 – Orçamento 2012: despesas por secretaria
Figuras
1 – RM do Rio de Janeiro
2 – Evolução da composição da RM do Rio de Janeiro (1975-2010)
62 Relatório de Pesquisa
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63Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
ANEXO B1
QUADRO B.1Funções públicas de interesse comum (Fpics)
Funções públicas de interesse comum
Propostas pelo IPEA
Instrumentos de leiProposta pelo Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas1
Lei Complementar Federal No 14, de 8 de junho de 1973
Lei Complementar Estadual No 64, de 21 de setembro de 1990
Lei Complementar Estadual No 87, de 16 de dezembro de 1997
Saneamento Socioambiental
Saneamento básico, notadamente abastecimento de água, rede de esgotos e serviço de limpeza pública
Saneamento básico, incluindo abastecimento de água, esgotamento sanitário, disposição final de resíduos sólidos urbanos e lançamento de efluentes industriais3
Saneamento básico, incluindo: abastecimento, produção e distribuição de água; esgotamento sanitário (transporte das águas servidas, tratamento e decantação) e coleta de resíduos sólidos e líquidos
Saneamento Ambiental, Macro e Mesodrenagem e Resíduos Sólidos4
Aproveitamento dos recursos hídricos e controle da poluição ambiental, na forma que dispuser a lei federal
c) Proteção e aproveitamento dos recursos hídricos. d) Controle da poluição e preservação do meio ambiente3
Aproveitamento, proteção e utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, e controle da poluição e preservação ambiental, com vistas ao desenvolvimento sustentável
Uso Sustentável dos Recursos Naturais e dos Recursos Hídricos. Combate à Poluição e Gerenciamento de Riscos
TransporteTransporte e sistema viário
Transportes coletivos, de âmbito metropolitano, incluindo a concessão, permissão ou autorização e a programação de rede viária, do tráfego e dos terminais de passageiros e carga
Transporte coletivo rodoviário, aquaviário, ferroviário e metroviário, de âmbito metropolitano ou comum, incluindo a programação de rede viária, do tráfego e dos terminais de passageiros e carga
Mobilidade e Transporte
Uso e ocupação do solo
Planejamento integrado do desenvolvimento econômico e social
Planejamento integrado da RMRJ: a) Definição de sua política de desenvolvimento e fixação das respectivas diretrizes estratégicas e de programas, atividades, obras e projetos; b) Disciplina de uso do solo, incluindo a expansão urbana, o parcelamento do solo e da localização de empreendimentos industriais, habitacionais, turísticos, viários urbanos e de equipamentos urbanos3
Planejamento integrado do desenvolvilmento econômico e social da RMRJ ou comum às microrregiões e aglomerações urbanas, compreendendo a definição de sua política de desenvolvimento e fixação das respectivas diretrizes estratégicas e de programas, atividades, obras e projetos, incluindo a localização e expansão de empreendimentos industriais
Planejamento Regional e Ordenamento do Território
Uso do solo metroplolitano
Produção e distribuição de gás combustível canalizado
f) Produção e distribuição de gás canalizado3 Distribuição de gás canalizado
Produção e Distribuição de Gás Canalizado
Habitação Habitação e disciplina do uso do solo Habitação4
Logística e Infraestrutura
(Continua)
1. Imagem cujos leiaute e textos não puderam ser padronizados e revisados em virtude das condições técnicas dos originais disponibilizados pelos autores para publicação (nota do Editorial).
64 Relatório de Pesquisa
(Continuação)
Funções públicas de interesse comum
Propostas pelo IPEA
Instrumentos de leiProposta pelo Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas1
Lei Complementar Federal No 14, de 8 de junho de 1973
Lei Complementar Estadual No 64, de 21 de setembro de 1990
Lei Complementar Estadual No 87, de 16 de dezembro de 1997
Outras FPIC2
Outros serviços incluídos na área de competência do Conselho Deliberativo, por lei federal
e) Preservação e proteção dos bens culturais3
Cartografia e informações básicas para o planejamento metropolitano
Cartografia e informações básicas para o planejamento metropolitano
Cartografia
Sistema de Informações Geográficas
Economia e Finanças
Emprego e Renda
Política de Atendimento Social
Atendimento Regional à Saúde
Segurança Pública
Assistência Técnica aos Municípios
Fonte: Lei Complementar Federal no 14 (1973); Lei Complementar Estadual no 64 (1990); Lei Complementar Estadual no 87 (1997); ATA da 5a Reunião do Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas (2012).
Elaboração dos autores.
Notas: 1 De acordo com a ata da 5a reunião do Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas, do dia 5 de junho de 2012.2 A categoria “Outras FPIC” não se inclui entre as que foram definidas pelo IPEA na Oficina do Projeto Governança Metropolitana, em maio de 2012.3 Esta FPIC faz parte do grupo “ Planejamento integrado da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, incluindo: a) Definição de sua política de envolvimento e fixação das respectivas diretrizes estratégicas e de programas, atividades, obras e projetos; b) Disciplina de uso do solo, incluindo a expansão urbana, o parcelamento do solo e da localização de empreendimentos industriais, habitacionais, turísticos, viários urbanos e de equipamentos urbanos; c) Proteção e aproveitamento dos recursos hídricos; d) Controle da poluição e preservação do meio ambiente; e) Preservação e proteção dos bens culturais; f) Produção e distribuição de gás canalizado” (Inciso I da LC Estadual no 64).4 Esta FPIC faz parte do grupo “Habitação, Saneamento Ambiental, Macro e Mesodrenagem e Resíduos Sólidos”, proposto pelo Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas.
65Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
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69Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
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77Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
ANEXO D3
QUADRO D.1RM do Rio de Janeiro: programas e projetos na LOA-2012
Programas e projetos na LOA-2012
Região metropolitana do Rio de Janeiro
FPIC Programa Valor Ação na RMRJ
Valor (R$) %
metropolitano
Despesa liquidada da
ação (R$)
% despesa liquidada da ação
Saneamento socio ambiental
0413 - Controle de Inundações e Recuperação de Areas Degradas
374.158.065,00
1010 25.000.000,00 6,68 11.043.538,74 44,17
1534 89.000.000,00 23,79 18.628.922,67 20,93
3536 187.000.000,00 49,98 9.552.615,03 5,11
3672 21.958.065,00 5,87 0 0,00
0162 - Pacto pelo Saneamento 225.365.307,00
1030 54.000,00 0,02 0 0,00
1197 25.000.000,00 11,09 42.915.551,06 171,66
1540 50.000,00 0,02 0 0,00
1541 1.000.000,00 0,44 0 0,00
1000 20.000.000,00 8,87 17.779.123,33 88,90
1009 20.000.000,00 8,87 6.894.357,94 34,47
1642 2.399.999,00 1,06 0 0,00
0421 - Programa de Saneamento Ambiental dos Munic. do entorno da Baía de Guanabara PSAM
137.603.000,0011021 95.693.000,00 69,54 386.643,34 0,40
3651 41.910.000,00 30,46 946.514,61 2,26
0290 - Saneamento Básico 791.719.051,00
1209 368.528.356,00 46,55 41.276.920,03 11,20
1300 200.945.655,00 25,38 3.897.106,14 1,94
1518 200.000,00 0,03 0 0,00
1522 13.000.000,00 1,64 0 0,00
0022 - Gestão Corporativa 17.437.392,002309 787.500,00 4,52 ... ...
6064 16.649.892,00 95,48 ... ...
0167 - Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário na Região Metropolitana do RJ
32.297.490,00
1611 200.000,00 0,62 ... ...
1663 5.319.300,00 16,47 ... ...
3468 15.002.209,00 46,45 ... ...
3469 11.775.981,00 36,46 ... ...
0278 - Revitalização e Conservação de Lagoas e Baías
A3372 0 0,00
A4462 0 0,00
(Continua)
3. Imagem cujos leiaute e textos não puderam ser padronizados e revisados em virtude das condições técnicas dos originais disponibilizados pelos autores para publicação (nota do Editorial).
78 Relatório de Pesquisa
(Continuação)
Programas e projetos na LOA-2012
Região metropolitana do Rio de Janeiro
FPIC Programa Valor Ação na RMRJ
Valor (R$) %
metropolitano
Despesa liquidada da
ação (R$)
% despesa liquidada da
ação
Uso e ocupação do solo
0312 - Regularização Fundiária e Melhoria de Assentamentos Irregulares
83.146.641,00 3530 58.742.277,00 70,65 101.813,57 0,17
0260 - Programa Somando Forças3 125.895.312,00 34623 4.569.660,00 3,63 59.857.986,71 1.309,90
0051 - Produção, Ampliação e Melhoria de Habitação Popular4 125.763.573,00 52744 17.242.974,00 13,71 37.285.611,12 216,24
0311 - Produção de Habitação de Interesse Social5
5.189.314,0035265
2.528.765,00 48,73 19.345.876,07 765,03
35276 ... ...
0275 - Pacto pela Preservação da Biodiversidade
4.456.964,00
1572 500.000,00 11,22 28.080,00 5,62
A3142 0 0,00
1044 500.000,00 11,22 0 0,00
0156 - Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo - PRODETUR - Rio de Janeiro
177.604.731,00 1668 1.000.000,00 0,56 716.662,07 71,67
0017 - Infraestrutura e Urbanização em Municípios
107.885.000,00 3124 52.015.000,00 48,21 33.126.145,27 63,69
0268 - Programa Morar Seguro - Estratégia Habitac. e de Desenvolvimento Urbano do Estado do RJ
175.841.322,00 1155 27.100.000,00 15,41 1.713.380,00 6,32
0319 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial nas Unidades Próprias
1.168.556.405,00 1074 83.569.000,00 7,15 0 0,00
0321 - Fortalecimento da Gestão do SUS e da Participação Social
2.916.856,00 3555 528.256,00 18,11 0 0,00
0288 - Programa Integrado da Região Metropolitana - Rio
703.709.162,00
3454 200.000,00 0,03 0 0,00
Transporte
3448 2.166.499,00 0,31 0 0,00
3449 230.764.378,00 32,79 70.389.883,82 30,50
3450 161.282.998,00 22,92 3.425,00 0,00
0100 - Gestão da Política de Transportes
3.430.000,00
3578 200.000,00 5,83 0 0,00
3579 200.000,00 5,83 0 0,00
3581 600.000,00 17,49 0 0,00
7625 500.000,00 14,58 0 0,00
7626 1.530.000,00 44,61 810.272,34 52,96
0101 - Bilhete Único 295.700.000,00 2581 295.500.000,00 99,93 289.421.644,56 97,94
0104 - Expansão e Consolidação das Linhas de Metrô
310.680.590,00
1029 300.980.590,00 96,88 201.649.557,37 67,00
3595 200.000,00 0,06 0 0,00
A4252 0 0,00
A4282 0 0,00
0105 - Programa Estadual de Transportes - PET
259.414.000,00 1630 258.604.000,00 99,69 140.076.728,59 54,17
0107 - Transporte Rodoviário Intermunicipal
11.312.901,00 2767 973.200,00 8,60 334.246,00 34,35
0332 - Implantação de Centros e Plataformas Logíticas
200.000,00 3573 200.000,00 100,00 0 0,00
A4522 0 0,00
(Continua)
79Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
(Continuação)
Programas e projetos na LOA-2012
Região metropolitana do Rio de Janeiro
FPIC Programa Valor Ação na RMRJ
Valor (R$) %
metropolitano
Despesa liquidada da
ação (R$)
% despesa liquidada da ação
Outras FPIC
0285 - Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016
338.981.630,00
1042 331.707.341,00 97,85 197.982.502,11 59,69
1128 200.000,00 0,06 0 0,00
3470 200.000,00 0,06 ... ...
0298 - Rio Leitor 10.540.000,00 3497 5.900.000,00 55,98 167.254,15 2,83
0122 - Ensino, Pesquisa e Extensão da UERJ
160.627.156,00
2258 46.482.079,00 28,94 45.824.602,74 98,59
2267 34.510.000,00 21,48 34.928.592,20 101,21
Total 3.082.670.974,00 1.287.085.556,588
Fonte: Lei Orçamentária Anual - 2012 (LOA - 2012) e Relatório de Despesas Liquidadas dos dois primeiros quadrimestres/2012 (SEPLAG).
NOTA: O valor do Programa refere-se a todo o Estado do Rio de Janeiro.1 No PPA, a Ação 1102 consta no Programa 0162.2 Natureza dos recursos: Não Orçamentária.3 O valor do Programa 0260 - Somando Forças e a correspondente Despesa Liquidada referem-se a todo o Estado. Só se relacionam à RMRJ a Ação 3462 e o respectivo valor.4 O valor do Programa 0051 -Produção, Ampliação e Melhoria de Habitação Popular e a correspondente Despesa Liquidada referem-se a todo o Estado. Só se relacionam à RMRJ a Ação 5274 e o seu respectivo valor.5 O valor do Programa 0311- Produção de Habitação de Interesse Social e a correspondente Despesa Liquidada referem-se a todo o Estado. Só se relacionam à RMRJ a Ação 3526 e o seu respectivo valor.6 Ação sem previsão orçamentária para 2012.7 Referente ao Orçamento 2012. Valores relativos aos dois primeiros quadrimestres.8 Não inclui o valor das Ações da CEDAE.
80 Relatório de Pesquisa
APÊNDICE
SÍNTESE DOS ASSUNTOS ABORDADOS NA ENTREVISTA CONCEDIDA PELO SUBSECRETÁRIO DE URBANISMO REGIONAL E METROPOLITANO, VICENTE LOUREIRO
Sobre a Fundrem – ações pós-Fundrem; esvaziamento do planejamento integrado e papel das secretarias de estado (ou estaduais).
De acordo com Loureiro, a extinção da Fundrem ocorre no mesmo período em que diversos órgãos de política interna são extintos no país, sem que medidas fossem tomadas para suprir o esvaziamento que passa a haver na relação entre o governo federal e os estados (mais ou menos no final dos anos 1980). No Rio de Janeiro, tal perda é sentida de modo mais acentuado. Com a extinção da Fundrem, esvazia-se a sua missão, o seu legado se dissipa e as ações metropolitanas passam a se dar de modo setorizado. Isto vem acontecendo há duas décadas. Aqui e acolá vê-se um projeto ou uma atitude do governo com uma visão mais integradora, a exemplo do Plano de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) (1999). Nas palavras do entrevistado:
O caso do PDBG talvez seja o exemplo mais forte disso, apesar das suas dificuldades. (...) Por incrível que pareça vários órgãos da administração, várias secretarias passaram a tratar da temática metropolitana, criando agências ou criando instrumentos de tratar o tema, como, por exemplo: saúde, transportes e alguns outros mais (...).
Nesse contexto, é mencionado o exemplo da Secretaria da Baixada Fluminense, cuja atuação caracterizou-se, na opinião de Loureiro, pelo tratamento, de modo mais homogêneo, das questões de uma sub-região da RM do Rio de Janeiro “(...) muito, muito castigada, com deficiências em infraestrutura e serviços (...)”. Perguntado sobre o nível de articulação com as lideranças locais diante dos propósitos dessa secretaria, Loureiro destacou:
Foi muita pressão por obras, por serviços. Muita, muita pressão por obras e serviços. A abertura do hospital da Posse é uma delas. O Nova Baixada, o Baixada Viva, a Via Light, o metrô até a Pavuna são alguns exemplos de ações daquele período pressionadas pelos prefeitos (...). Ações da Cedae, também, da sociedade, do próprio PDBG (...) também reclamadas pela população e pelas lideranças políticas locais. Então, o episódio da Baixada resultou em um outro comportamento também que, na minha opinião, se consolidou nesses vinte anos. Quer dizer, um comportamento do maior pragmatismo em relação às ações do governo. Perdeu-se e deixou-se um pouco de lado, na minha opinião, a missão do planejamento, a perspectiva do planejamento para as ações integradas de governo. As ações estruturantes passaram a ser o foco. Em prática, a partir da divisão setorial, houve pressão de demanda política expressiva. A secretaria tem outra dimensão que a extinção de um órgão de planejamento acabou gerando no território. Se não em toda a região metropolitana, (...) mas pelo menos na Baixada isso ocorreu com muita clareza e repercutiu inclusive na própria gestão dos municípios.
Diante da colocação sobre a fragmentação da gestão, é perguntado se o descolamento da política estadual em relação ao governo federal e a busca por financiamentos externos contribuíram para o pragmatismo e o localismo das obras. Para o entrevistado:
Talvez tenha tido um esvaziamento. (...) uma dificuldade dos municípios é que, após a Constituição de 1988, receberam uma carta de competência, isto é, preferência de recursos. Isso pesou. Os estados também muito endividados, atravessando dificuldades [anos 1990]. Então, isso certamente levou a essa pressão. (...) chegamos, se não ao auge, a um estado de concentração de população na região metropolitana recorde no estado. No momento, a bomba demográfica estava dando seus resultados mais expressivos. Então, era a configuração e o ambiente de muita precarização quanto
81Arranjos Institucionais de Gestão Metropolitana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
ao esvaziamento econômico do país, do Estado. Em particular, o país não cresceu boa parte desse período, após o milagre, a recessão, a inflação, tudo isso. Mas também o estado, por conta de uma série de perdas importantes (perda da capital, fusão etc.), também estava bastante enfraquecido para enfrentar essa demanda acumulada. Acho que esse caso levou a essa atitude mais pragmática, mais objetiva, e ao certo esvaziamento do papel do planejamento estratégico e estruturante dentro do aparelho de Estado. Tentou-se fazer alguma coisa, mas a busca (...). Ganhou-se uma dimensão do planejamento com o desenvolvimento econômico. Esse sim, essa dimensão é que teve mais ênfase a partir daí. Quer dizer, inaugurou-se nesse período a tentativa dos eixos de desenvolvimento, algo que pusesse (...) pudesse botar o estado de novo na rota do desenvolvimento. Isso foi o que eu pude assistir, o que eu me lembro da época como relevante no processo de retomada de algum nível de planejamento. Acho que ele passou muito mais na dimensão econômica do que propriamente territorial. Havia até alguma territorialidade, mas, sobretudo, a tentativa de fazer o estado ficar mais competitivo, abrir fronteiras para investimentos em vários pontos do estado, principalmente nesse eixo, chamado eixo do desenvolvimento, daquela época.
Sobre o processo de formação do Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas no atual contexto político do estado do Rio de Janeiro, representando uma tentativa de reconstrução e retomada da gestão integrada do território metropolitano, dada a necessidade de buscar um melhor entendimento das demandas sociais, econômicas, ambientais e dos órgãos de fomento internacionais. Para Loureiro:
O fato metropolitano (...) ganhou conformações diferentes, ganhou novas possibilidades de expansão ou de adensamento. Isso ocorreu, e, sobretudo, ele continua presente na vida. O fato de não haver institucionalmente algum organismo para tratar disso fez com que ele parecesse desde a Fundrem, e com a extinção da Fundrem, um defunto insepulto, se eu posso usar uma expressão popular. (...) nos anos 1990 mesmo, já na década seguinte, depois da extinção [houve uma tentativa] de recriação do órgão metropolitano. (...) Depois se tentou, novamente, num outro governo (...). E não se conseguiu, do ponto de vista político e institucional, retomar uma forma que desse certo. Todas fracassaram, objetivamente fracassaram (...). Tem uma demanda reprimida, na medida em que ficaram mais complexas as soluções de mobilidade, de abastecimento d’água, da saúde (...). Vamos supor: vão ficando complexas as necessidades de trabalhar em rede, trabalhar de forma articulada (...), reacendendo esse sentimento de defunto insepulto. Então, (...) retomar esse assunto, ele aparecer de novo, ainda que na pauta técnica dos órgãos do governo, é natural. Eu acho que isso tem sido reincidente. (...) E os órgãos de financiamento externo também começaram a perceber – o pessoal que empresta dinheiro pro trem, empresta dinheiro pro metrô, empresta dinheiro pras obras de infraestrutura importantes – o deslocamento das políticas setoriais (...). Isso começou a aparecer nos discursos, na hora de (...) garantir um empréstimo. Isso começou a aparecer na área de transportes, na área de saneamento e, mais recentemente, na área da gestão, de planejamento da gestão. Então isso é um fato, isso está presente aqui, e (...) em outros estados. É um reacender do tema, por conta dessas, digamos, pressões de natureza técnica e administrativa. Pressões de natureza dos órgãos de fomento, de financiamento. E também acho que tem uma outra dimensão que começa a ficar também patente, a partir de iniciativas como, por exemplo, a lei dos consórcios. Experiências de consorciamento para resolver problemas de interesse comum também reacendem uma perspectiva de retomada do tema em novas bases, com novas perspectivas. Não que seja ideal, seja o caminho (seja esse do consorciamento), mas são ações, atitudes tomadas aqui e acolá no cenário metropolitano do Rio, que aguçam as autoridades, os pensadores, o mundo acadêmico e a sociedade em dizer: “Por que não faz isso para aquele tema ou para essa região?” Esse tipo de comportamento (...) então, isso salta de novo à tona. E, em paralelo, não podemos deixar de também comentar a questão do saneamento1 (...) que vira uma polêmica, de natureza jurídica, e que também fomentou o governo federal, o governo do estado a começar a retomar, a rediscutir
1. Vicente Loureiro refere-se à Lei Estadual no 2.869, de 18 de dezembro de 1997. Esta lei “dispõe sobre o regime de prestação do serviço público de transporte ferroviário e metroviário de passageiros no estado do Rio de Janeiro, e sobre o serviço público de saneamento básico no estado do Rio de Janeiro (...)”. Disponível em: <http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/f25edae7e64db53b032564fe005262ef/11f0811ce731f9c103256572005919bb?OpenDocument>. Acesso em: 15/3/2013.
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isso na perspectiva de uma decisão do Supremo, que está por vir, que pode chegar a qualquer momento, e isso pode reacender (ou não) a corrente nesse sentido (...) essa retomada mais intensa e mais viva dessa questão metropolitana.2Então isso é uma visão de conjunto de todas essas pressões e contrapressões que ocorreram e continuam a ocorrer com relação à retomada da governança metropolitana no Brasil e no Rio de Janeiro. Em particular aqui, (...) a gente criou uma secretaria de desenvolvimento regional e metropolitano. Nesse governo, tentamos algumas iniciativas de trabalho de urbanismo regional, no leste metropolitano, por causa do Comperj; o Arco também (compreender a dinâmica urbana alavancada pela presença do Arco; tentamos compreender isso através da elaboração de um plano). Enfim, retomamos essa discussão internamente no estado, até que [para um empréstimo] o Banco Mundial sugeriu (...) um empréstimo de uma manobra moderável, um empréstimo com recurso colocado à disposição do estado e o estado se comprometendo a fazer políticas no interesse da área metropolitana, implementar políticas dentro da área metropolitana. Isso fez com que também nascesse um compromisso mais formal, a que nós estamos tentando dar curso, onde o comitê e outras iniciativas compõem esse esforço de retomada que estiveram e estão presentes [na discussão da questão metropolitana]. Então, mais ou menos, chegando ao caso do Rio, é esse [o empréstimo com o banco] talvez o episódio-chave (...) tanto para a retomada da governança como também para a construção de um plano de desenvolvimento integrado para a região (...).
Na fala do entrevistado é recorrente a menção sobre a inexistência de Governança na RM do Rio de Janeiro – com exacerbada setorização dos órgãos de gestão – e o entendimento de ter o comitê a incumbência de promover a integração desejada. Duas questões são colocadas: a primeira, quanto à participação dos setores da sociedade (a primeira fase se deu mais propriamente no âmbito governamental; no atual momento – através do Fórum Comperj –, começou-se a incluir outros atores) e ao encaminhamento dado pelo comitê à questão da integração. A segunda indaga sobre a diretriz, em termos de gestão, que o governo do estado vem tentando propor (um órgão governamental ou a continuação do comitê). Sobre essas questões, o entrevistado informa:
Acho que o comitê cumpriu um papel (está cumprindo; não é encerrada a sua função) de estabelecer intracorpus, dentro do governo do estado, a noção da necessidade de retomada de algum nível de governança, porque eles estão percebendo, na sua área [de atuação] de transportes, educação, uso do solo, meio ambiente, a necessidade de uma visão de conjunto. E o meio ambiente, no vazio dessa atuação, tentou tomar para si, achou que poderia tomar, mas também não é capaz. É preciso uma visão ainda mais integradora. O meio ambiente só não é suficiente para isso. É preciso cortejar tudo isso. Então essa foi a primeira missão que o comitê teve que desempenhar [dada a necessidade de se ter] uma visão do futuro da região metropolitana, um modelo de governança e a estrutura de um Termo de Referência para contratar um plano diretor. Então, o comitê, do ponto de vista do seu papel inicial intracorpus, cumpriu e está cumprindo, no meu modo de entender, com louvor, a sua missão. Defendeu o assunto de interesse do estado, defendeu um modelo de governança, fez uma proposta de plano (...), uma visão de futuro – limitada, restrita à visão do estado, mas eu acho que também serviu para fortalecer o entendimento de que o protagonismo é do estado. Não tem outra, no nosso caso essa é a visão que me parece que vingou e que a gente precisa retomar. (...) O governo do estado vai procurar essas municipalidades para discutir esse modelo de governança e desenhar um modelo de governança agora mais enriquecido, mais qualificado (...). Essa dimensão está numa organização política. É preciso que o governo queira fazer isso. E se ele não quiser fazer isso agora, esse trabalho vai ficar adiado. Quer dizer, agora tem uma decisão política de retomada, pelas instâncias superiores do governo, para ver se vai pra frente esse esforço ou se ele vai ficar nesse desenho de modelo de governança e aguardar o momento mais adequado. Num futuro governo, não sei. Vamos esperar a decisão. Mas eu acho absolutamente indispensável que tenha uma decisão de natureza política, e não de natureza técnico-administrativa. Acho que essa instância
2. Em 28 de fevereiro de 2013, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI sobre a RM do Rio de Janeiro, mais propriamente de artigos ligados à gestão de assuntos referentes a saneamento, apontou para o compartilhamento, entre o estado e os municípios diretamente interessados, das decisões sobre assuntos de interesse comum. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=232209&caixaBusca=N>. Acesso em: 26/3/2013.
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técnico-administrativa encerrou (...). Por outro lado, é a questão do plano diretor, esse plano do desenvolvimento integrado, que eu acho que é possível de ser regulado, quer dizer, o estado pode cumprir, tem recursos pra isso, (...) e eu acho que esse é um esforço que ajuda, inclusive, na aproximação. Eu nunca tive claro, sinceramente – acho que é meio história do ovo e da galinha – mas, particularmente, nunca tive [certeza] se primeiro o modelo e depois o plano ou primeiro o plano, depois o modelo (...). Eu acho que a circunstância [dirá] o que terá que ser feito. Se o plano me parece mais fácil, mais factível de ser realizado, vamos ao plano; se a governança, o que a conjuntura política permitir, uma fagulha aparecer e reacender esse tema do ponto de vista político (...). Eu esperava que isso acontecesse na eleição municipal. Não aconteceu (...). Eu espero que aconteça adiante, mas isso não impede que a gente avance na retomada do planejamento. Acho que [para] isso tem recursos e a gente pode avançar. Como também acho que o próprio conhecimento [do panorama atual] do fato metropolitano (...) [pode ajudar] os municípios a compreenderem melhor a sua inserção nesse território, e como é que têm e quais são as possibilidades do seu território mediante as transformações aceleradas que a região metropolitana está vivendo. Isso tudo, eu acho que são instrumentos que estão aí e recursos que estão disponíveis, e se a gente quiser continuar a gente pode chegar a um modelo de governança, na medida em que se reúne para discutir o plano, se reúnem as autoridades, os técnicos (...). Das estações locais e de outros setores da sociedade, você vai ganhando musculatura, e certamente esse ambiente vai ficando mais animado em discutir governança. E eu acho que é o que me parece possível. (...) Eu acho que se dá em função do que se tem disponível e do que se pode avançar. E o comitê, nesse sentido, pode continuar dando uma contribuição importante, que é ajudar a fazer esse meio de campo – desculpa a expressão – com a sociedade e com os governos locais.
Sobre a visão que tem o comitê, como organizador e coordenador do processo de integração e articulação das ações, em relação à participação da sociedade civil e se ela já apresenta demandas e expectativas, Loureiro explica:
O tema não morreu, ele está esvaziado, mas não morreu. Por isso o defunto é insepulto. Não morreu para nós, e não morreu para a sociedade, para a academia. Há esforços hoje; eu percebo dois desses esforços; a gente percebe dois esforços mais presentes: um, mais da sociedade; outro, mais governamental, acadêmico, em curso. O pessoal que se reúne para discutir governança metropolitana a partir de baía: acham que a Baía de Guanabara é o lócus para construir uma governança. Quer dizer, ter uma governança na Baía de Guanabara é a perspectiva de uma governança metropolitana. Afinal de contas, nessa atitude, acho que a Baía não consegue incorporar todo o quadro metropolitano em si. A Baía de Sepetiba é menor do que o quadro metropolitano, tem essa questão. E há outro grupo, novos setores acadêmicos da universidade com a prefeitura do Rio e o Instituto Pereira Passos, também na busca de modelos de governança. Falam muito em cidade (...) metrópole densa, sem expansão; uma visão, no meu modo de entender, ainda carioca demais do fato metropolitano, achando que, se resolver bem o núcleo metropolitano, se resolvem todas essas dimensões de conflito e vazios metropolitanos, que não são mais vazios urbanos municipais no estado do Rio de Janeiro. Então, eu acho que essas duas são iniciativas importantes. Uma, mais chapa branca; outra, menos chapa branca, mas que esbarram em limitações do governo, no meu modo de entender. Eu creio que podem existir outras isoladas e que a gente precisa, digamos, articular com elas. Eu acho que é importante e, certamente, a decisão de fazer um plano, de gastar recursos com a elaboração de um plano metropolitano, vai fazer com que a gente se estreite e se aproxime dessas iniciativas: pública, privada, da sociedade de um modo geral, do setor empresarial. [Há] exemplos de iniciativas fora do governo, de gente preocupada com a temática metropolitana por razões distintas: estratégicas, ambientais, econômicas. Então, todas estão presentes. E a gente acha que, com a elaboração do plano, a gente ganha musculatura, quando o governo decide fazer um plano e pode, por aderência, agregar aí essas contribuições ou ampliar o horizonte, e com isso enriquecer as proposições do plano. (...) Muitas vezes foi o que a gente conseguiu ter à mão depois desses seis anos trabalhando temas, esforços, debates. A gente conseguiu perceber com o comitê, com as relações com o banco, com os outros órgãos de governo, que têm que ser feitos esforços, que tem que haver uma concepção de metrópole por excelência.
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Também é levantada a questão do financiamento, já que se sabe que há um recurso inicial do Banco Mundial. Procurou-se entender como o estado vem se estruturando para resolver os problemas da RM do Rio de Janeiro (onde o estado encontra a maior parte deles), uma vez que o Fundo Metropolitano, embora estabelecido por lei, não tem aplicação efetiva. Tivemos dificuldade de acesso às informações a respeito dele e do Fundo de Programas Prioritários, na Lei Orçamentária Anual (LOA) e no Plano Plurianual (PPA). Tendo em vista que será criado um plano diretor que demandará uma série de ações, é importante saber se existe perspectiva de reforço para alimentar esses fundos ou se há discussão (dentro do governo) de uma via de financiamento metropolitano independente desses fundos. Loureiro acrescenta:
Com relação ao financiamento, nós temos um financiamento pequeno quanto a essa medida de conhecimento. (...) Mas eu acho que certamente vamos esbarrar nisso. Hoje continua valendo a matriz setorial, quer dizer, os recursos somados com o Banco Mundial, com o Banco PanAmericano, com outras agências de fomento, internacionais e nacionais, são todos setoriais, de matriz setorial. Nós não temos nenhum programa de ação integrada (...) em curso ou prevista. (...) Então eu acho que houve um esforço para [cumprir] com esse compromisso com o banco (nominar na LOA e no PPA ações integradas para a região metropolitana). (...) A execução de orçamento não é bem territorializada ainda. (...) Há um esforço da Seplag [Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão] importante nesse sentido. [O fundo] é também um defunto insepulto; ele existe contabilmente; existe, mas não tem recurso; (...) é certamente um instrumento de gestão importantíssimo nesse momento do projeto estruturante. Eu acho que qualquer que seja a modelagem, ela vai estar estribada em um fundo que possa garantir financiamento para as ações estruturantes. E até como incorporação dos atores locais nas complementares àquela atividade flutuante que o estado vier a desenvolver para o bem-estar da região metropolitana ou para a consagração do modelo adotado no desenvolvimento da região. Acho que isso é fundamental (...), seja o modelo que for, vai ter que existir. E acho que o financiamento de metrô, de trem, de saneamento, de barcas, de estrutura viária, e [que] seja com caráter estruturante, certamente teria que ter uma visão prévia de planejamento.
Sobre as funções públicas de interesse comum (Fpics), Loureiro opina:
São funções estruturantes também. São funções de interesse comum, mas também de caráter local ou sub-regional. Devem estar sendo tratadas de uma maneira mais objetiva (...). Também precisa a gente [cuidar] pra não errar, pra não virar também um (...) governo paralelo, uma ação paralela. E não é esse o papel de um bloco metropolitano ou de um plano metropolitano. Então tem que ver esse amadurecimento que eu acho que a gente vai ter que construir no curso do plano e do desenho, e da construção desta modelagem com os acordos, e as vantagens para a sociedade. E até mesmo o governo federal, tendo em vista a presença forte de organismos federais, de portos, aeroportos. (...) A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) tem uma importância fundamental. As rodovias, por exemplo: a Nova Dutra está se orgulhando neste momento de estar restabelecendo a calha central (...) fazendo de novo a viagem entre Rio e São Paulo durar menos tempo, porque foge dos engarrafamentos. Mas impõe [engarrafamento] nas marginais – onde estão prontas – onde fica mais grave ainda [com engarrafamento brutal], porque vai [desembocar] na calha central. (...) Quem é que vai administrar isso? Esse é o correto? É o adequado? Essa é a solução correta? É a melhor ou o corredor metropolitano sabe que tem que conviver e compartilhar até mesmo nessas ligações inter-regionais? É uma dúvida minha, que eu tenho e acho que precisa ser discutida.
Por fim, o entrevistado conclui:
Eu tenho a dizer que não adiantam leis ou decisões que não sejam acompanhadas da vontade de fato de fazer andar a governança metropolitana. Os instrumentos nós todos temos, mas eles não estão acompanhados ou não foram processados efetivamente pela visão, pelo governo. (...) Acho que é preciso de fato que as lideranças políticas, como o governo do estado, os municípios que compõem a região metropolitana e a sociedade compreendam a necessidade de trabalhar o tema
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metropolitano. (...) A gente quer anunciar o futuro: da mobilidade, do saneamento, da provisão da educação. Enfim, como é que a gente faz isso em um cenário metropolitano como esse, ainda com fronteiras de expansão, ainda com vazios a expandir, ainda com contradições, diferenças bem marcantes de IDH [Índice de Desenvolvimento Humano]? Como é que a gente corrige isso? Como é que a gente trabalha uma visão de região metropolitana entendendo que Austin e Leblon [e a favela da Maré, por exemplo] fazem parte desse mesmo tecido? (...) Como é que a gente concilia interesses tão distintos nesses territórios metropolitanos tão distantes? Como é que a gente consegue? Isso é o que eu acho que a gente precisa discutir e construir. (...) A gente não pode ter mais uma visão simplista; exige-se uma visão um pouco mais complexa mesmo e essa compreensão de que nós vamos ter que conviver com esse adensamento por degeneração, precarização, temas que vão estar presentes na agenda metropolitana. E isso só é possível acontecer se a sociedade entender como é importante esse tema voltar ao debate nos jornais. Eu fiquei muito impressionado, eu tive vários diálogos com vários atores, especialistas de fora do Brasil. [Há] um desinteresse da mídia impressionante. (...) Então é uma visão que precisa ser rompida, e eu acho que só o debate político pode suprir essa deficiência. (...) Pode mudar essa visão tacanha e, digo, enfraquecida, esmaecida que a sociedade e a mídia têm de programas importantes. (...) É [tenho] um pouco de receio da Olimpíada. [Há] que estabelecer uma visão de metas, que são esses grandes eventos. Mas as pessoas que pensam já estão começando a pensar no dia seguinte. (...) O que vai acontecer, se a gente não tem metas? (...) Que legado é esse? (...) E o que a gente vai fazer no dia seguinte?
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EDITORIAL
CoordenaçãoCláudio Passos de Oliveira
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RevisãoCamilla de Miranda Mariath GomesCarlos Eduardo Gonçalves de MeloElaine Oliveira CoutoElisabete de Carvalho SoaresLucia Duarte MoreiraLuciana Bastos DiasLuciana Nogueira DuarteMíriam Nunes da FonsecaThais da Conceição Santos Alves (estagiária)Vivian Barros Volotão Santos (estagiária)
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CapaAndrey Tomimatsu
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