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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
RELATÓRIO DO PROGRAMA DE RESGATE DA FAUNA
TERRESTRE DURANTE A SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO
UHE TIBAGI MONTANTE
Rio Tibagi, Paraná.
Janeiro de 2018
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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 1
2 OBJETIVOS ................................................................................................. 1
3 CARCTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO ............................................ 2
3.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS .............................................................................. 2
3.2 CONCEPÇÃO GERAL DO PROJETO ................................................................ 3
4 METODOLOGIA .......................................................................................... 4
4.1 FASE PREPARATÓRIA ...................................................................................... 5
4.1.1 Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS).................................... 5
4.1.2 Áreas Soltura .................................................................................................. 9
4.2 FASE DE RESGATE ..................................................................................... 1413
4.2.1 Composição e Logística das Equipes ................................................... 1413
4.2.2 Afugentamento, Captura e Coleta .............................................................. 14
4.2.3 Equipamentos .......................................................................................... 2120
4.2.4 Atividades Desenvolvidas no Centro de Triagem ................................. 2221
4.2.5 Destinação ................................................................................................ 2322
5 RESULTADOS .......................................................................................... 23
5.1 ANÁLISE DE DADOS ........................................................................................ 26
5.1.1 Anfíbios ......................................................................................................... 26
5.1.2 Répteis .......................................................................................................... 27
5.1.3 Aves .............................................................................................................. 28
5.1.4 Mamíferos ..................................................................................................... 28
5.2 ESFORÇO AMOSTRAL .................................................................................... 29
5.3 DESTINAÇÃO .................................................................................................... 29
5.4 INDICADORES DE RESGATE .......................................................................... 29
6 CONCLUSÃO ............................................................................................ 30
7 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 32
8 ANEXOS .................................................................................................... 33
ANEXO I – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA DA EQUIPE
ANEXO II – AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL N°48186
ANEXO II - MAPA DE SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS
ANEXO III - MAPA DAS ÁREAS DE MONITORAMENTO E DE SOLTURA
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Empreendedor/Responsável pelo empreendimento:
Razão Social: Tibagi Energia SPE S.A
Inscrição Estadual: isento
CNPJ: 23080281/0001-35
Endereço: Avenida Getúlio Vargas, 874, 10º andar, sala 1601. Belo Horizonte – MG, CEP 30112-020
Fone/Fax: (31) 3069-0762
Responsável legal pelo empreendimento/Pessoa responsável:
Nome: Roberto Ferreira da Rocha Alves
CREA 62.870/D 4ª região
CPF: 895.776.206-04
Endereço: Av Getúlio Vargas, 874 16º andar sala 1601 bairro funcionários Belo Horizonte MG CEP 30112-020
Fone: (31) 3069-0770
Empresa Responsável pela execução dos trabalhos:
SOMA - Serviços, Organização e Meio Ambiente Ltda
CNPJ: 03.743.732/0001-60
CTF: 96681
Avenida Desembargador Hugo Simas, 1588
80.520-250 - Curitiba - PR
Fone/FAX: (41) 3015-0805
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EquipeTécnica:
Profissional Formação N° do Registro Função link para Currículo Lattes
Maira Avila Fonseca Bióloga CRBio 28813-07D Coordenação Geral http://lattes.cnpq.br/6131519376218465
David Augusto Roher Biólogo CRBio 83346/07-D Acompanhamento da supressão e resgate da fauna http://lattes.cnpq.br/2571126243733011
Vitor Sendin Magalhães Biólogo CRBio 83544/07-D Acompanhamento da supressão e resgate da fauna http://lattes.cnpq/0038362053629496
Heloisa Biersteker da Costa Médica Veterinária CRMV–PR 6666VP Atendimento Médico Veterinário http://lattes.cnpq/3227419738763921
Marcelo Moglia Dutra Eng. Agrônomo CREA/RS 112320/D Coordenador do resgate de abelhas nativas http://lattes.cnpq/1247327455717229
Os documentos encontram-se no ANEXO I
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1 INTRODUÇÃO
O presente relatório apresenta as estratégias utilizadas no afugentamento e
resgate da fauna terrestre durante a supressão da vegetação da UHE Tibagi
Montante, a ser implantada no rio Tibagi, a 363 km a montante de sua foz.
Esta fase tem embasamento legal pela Licença de Instalação – LI nº 23038,
obtida no dia 29 de agosto de 2017 e Licença para Captura, Coleta e Transporte de
Material Zoológico para o monitoramento de fauna da UHE Tibagi Montante, sob o
nº. 44.239, válida até 06 de janeiro de 2018.
Em 29 de novembro de 2017 foi emitida a Autorização Ambiental N° 48186
com validade até 29/05/2018 para captura, coleta e transporte durante o
afugentamento e resgate de fauna (ANEXO II). Essa licença foi substituída em 11 de
dezembro de 2017 pela Autorização Ambiental nº48.266 (Anexo xx)
Essa fase refere-se aos trabalhos de afugentamento e resgate da fauna
durante a supressão da vegetação para instalação do canteiro de obras da UHE
Tibagi Montante margem esquerda.
No dia 01/12/2017 iniciaram as atividades de afugentamento e resgate da
fauna terrestre e finalizaram no dia 12/01/2018, totalizando 34 dias efetivos de
trabalho.
2 OBJETIVOS
- Acompanhar o deslocamento da fauna terrestre durante a supressão da vegetação
e as atividades de limpeza na área do canteiro de obras e reservatório;
- Realizar a soltura controlada da fauna;
- Prestar atendimento clínico/veterinário sempre que necessário
- Realizar o manejo específico da fauna silvestre do resgate, no sentido de
relocação, solturas e envio para instituições de ensino, pesquisa e zoológicos, com
a devida autorização dos órgãos ambientais competentes.
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- Efetuar o controle e fiscalização de ações de caça e pesca ilegal sobre animais em
fuga por ocasião da supressão da vegetação.
3 CARCTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO
3.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
A UHE Tibagi Montante localiza-se a 363,00 km da foz do rio Tibagi, em
terras do Município de Tibagi, a aproximadamente 210 km de Curitiba.
O acesso à cidade de Tibagi partindo de Curitiba dá-se no sentido
noroeste pela BR-376 que passa pela sede municipal de Ponta Grossa, seguindo por
cerca de 45 km após a sede dessa cidade pela BR-376, para entrar à direita na BR-
153, em direção à sede de Tibagi, seguindo por cerca de 40 km.
O acesso específico ao local do empreendimento ocorre pela rodovia BR-
153, PR-340 e Avenida Manoel das Dores. A partir destas faz-se necessário acessar
estradas não pavimentadas vicinais. Tais estradas vicinais encontram-se em boas
condições.
A Figura 2.1.1 apresenta o mapa rodoviário para a localização e acessos
da UHE Tibagi Montante.
Figura 3.1.1 Localização da UHE Tibagi Montante
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3.2 CONCEPÇÃO GERAL DO PROJETO
O arranjo traçado para o eixo proposto é composto essencialmente de
uma barragem em Concreto Compacto a Rolo (“CCR”). Apresenta na margem
esquerda as estruturas do vertedouro controlado e do circuito de geração (tomada
d’água e casa de força) acoplada ao barramento. No leito do rio foi previsto um
vertedouro com soleira livre. Os fechamentos das ombreiras direita e esquerda por
meio de barragem de enrocamento com núcleo de argila.
O projeto do vertedouro soleira livre foi concebido de forma a manter os
níveis operacionais do reservatório exatamente nas cotas previstas no EIA: o NA
máximo normal do reservatório na elevação El. 721,00 m; NA máximo maximorum
na elevação El. 722,00m. Em função do aumento da potência instalada o NA normal
de jusante passa para a elevação El. 702,14 m.
A barragem em CCR possui comprimento total aproximado de 240m e
altura máxima aproximada de 26m e crista na El. 723m. Engloba um trecho de 180m
de vertedouro soleira livre, com soleira na El. 721m, correspondente ao NA máximo
normal do reservatório.
O vertedouro controlado está localizado na margem esquerda do rio
Tibagi, com soleira na elevação El. 701,00 m, apresentando 3 comportas de
segmento de 8,0 m x 10,0 m. O conjunto de estruturas extravasoras da UHE,
formado pelos vertedouros controlado e de soleira livre, foi dimensionado para aduzir
a vazão decamilenar Q10.000 anos = 3.658m³/s, com sobrelevação máxima de 1m,
tal como projeto licenciado na etapa Prévia.
O circuito adutor da UHE Tibagi Montante será constituído por: tomada
d’água, condutos forçados e casa de força, sendo formado por 3 grupos geradores.
A tomada d’água, localizada na margem esquerda e integrada à casa de
força, será constituída por uma estrutura de concreto, com três aberturas para
entrada de água providas de grade removível, comporta-ensecadeira, e comporta-
vagão para cada vão, e ainda um pórtico móvel equipado com viga pescadora e
rastelo limpa-grade que também atenderá ao vertedouro controlado. A adução entre
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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
a tomada d’água e as turbinas se dará por meio de condutos forçados, um por
unidade geradora.
Esta estrutura é acoplada à casa de força, de onde se acionam 3 grupos
turbina-geradores do tipo Kaplan de eixo horizontal com potência instalada unitária
de 12MW, totalizando 36 MW.
4 METODOLOGIA
A região onde se insere o empreendimento UHE Tibagi Montante caracteriza-
se pela agricultura comercial, predominando o trigo, a soja e o milho. Áreas
destinadas à pecuária e silvicultura ocupam uma superfície menor na paisagem. Em
meio a essas áreas de aproveitamento econômico ocorrem remanescentes de
comunidades florestais nativas, em diferentes estágios sucessionais, mas com
predomínio de florestas no estágio médio de sucessão.
Em relação à área a ser ocupada pelo futuro reservatório de um total de
683,49 hectares do reservatório, 122,72 hectares (17,95%) são utilizados de forma
intensiva, abrigando agricultura, pecuária, reflorestamento, além das áreas de uso
antrópico. As Áreas Degradadas ocupam 13,11 hectares (1,92%); Áreas com
Nascente Difusa ocupam 3,11 hectares (0,45%); Capoeira ocupa 19,54 hectares
(2,85%). Outros 203,59 hectares (29,78%) correspondem à Floresta Ombrófila Mista
em estágio médio de sucessão, Formações Pioneiras com Influência Fluvial e às
ilhas, ou seja, representam a área total a ser recomposta pela compensação da mata
atlântica. O restante, 321,42 hectares (47,02%) correspondem à calha do rio Tibagi e
seus afluentes.
O ANEXO III apresenta o Mapa de Supressão da Vegetação indicando os
215,9 ha de vegetação nativa que serão suprimidas para a formação do futuro
reservatório. E em vermelho no mapa, os 11,82 hectares de vegetação nativa
referentes a área do canteiro de obras (Autorização Florestal n° 37.487). No mapa é
possível observar também que a supressão da vegetação está dividida em duas
fases: a supressão da vegetação para a implantação do canteiro de obras (11,82 ha)
e a supressão da vegetação para a formação do reservatório (215,9 ha).
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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
Este relatório se refere aos trabalhos de resgate da fauna durante a fase de
supressão da vegetação, para implantação do canteiro de obras na margem
esquerda do Rio Tibagi, totalizando uma área de 10,46 ha.
4.1 FASE PREPARATÓRIA
Esta fase consistiu no desenvolvimento de atividades anteriores ao início da
supressão da vegetação, como o planejamento das estratégias a serem utilizadas,
reuniões com toda a equipe, preparação, aquisição e organização dos materiais
necessários para as atividades em campo durante a supressão, bem como para o
CETAS.
4.1.1 Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS)
O Centro de Triagem de Fauna possui a finalidade de hospedar
temporariamente os animais que forem resgatados durante as fases de
afugentamento e resgate da fauna, além de garantir a possibilidade de realização de
procedimentos clínicos veterinários e permitir o manejo necessário para os diferentes
grupos faunísticos, durante o tempo de estada dos mesmos.
O Centro de Triagem está localizado na estrada do Pinheiro Seco, próximo à
balsa no rio Tibagi, facilitando o deslocamento entre as margens. Foi equipado e
preparado para o desenvolvimento das atividades de manipulação e manutenção
(quando necessário) dos animais capturados, que necessitem de cuidados.
O Centro de Triagem atendeu às especificações dos artigos 14 e 15 da
Instrução Normativa nº 146 de 11 de janeiro de 2007 do IBAMA:
Art. 14 - O centro de triagem da fauna silvestre deverá apresentar
instalações para manutenção temporária dos animais resgatados
(viveiros, terrários, tanques, caixas, recintos, dentre outros); sala para
recepção e triagem; sala para realização de procedimentos clínicos
veterinários; local com equipamento adequado à manutenção do
material biológico, ao preparo dos alimentos e à realização de assepsia
do material a ser utilizado com os animais.
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Art. 15 - Os animais mantidos no centro de triagem do empreendimento
deverão receber cuidados específicos como alimentação, tratamento e
ambientação dos recintos sob acompanhamento e responsabilidade de
profissional qualificado.
Figura 4.1.1.1 – Localização do Centro de Triagem da fauna em relação ao empreendimento.
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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
Figura 4.1.1.2 - Vista externa do Centro de Triagem (CT).
O Centro de Triagem da Fauna está organizado de maneira a acomodar
administração/triagem, cozinha, banheiro, sala para atendimento veterinário e
demais salas para atendimento dos grupos faunísticos específicos: mastofauna,
herpetofauna e avifauna, conforme layout apresentado na Figura 4.3.5.3.
Figura 4.1.1.3 – Layout do Centro de Triagem da fauna.
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Os objetivos de um Centro de Triagem são: Investigar as condições dos
animais abrigados e sua origem, providenciar adequado atendimento médico
veterinário e orientar quanto ao destino a ser dado para cada indivíduo, que pode ser
o encaminhamento para zoológicos, criatórios conservacionistas, comerciais ou
científicos, coleções zoológicas ou para programas de reabilitação, translocação,
realocação e reintrodução, sob a tutela do IAP/IBAMA (VILANI, 2007).
As Figuras 4.1.1.4 a 4.1.1.9 ilustram as acomodações e equipamentos do
Centro de Triagem da fauna.
Figura 4.1.1.4 – Gaiola para acondicionamento da fauna
Figura 4.1.1.5 – Material para contenção e manejo da fauna
Figura 4.1.1.6 – Equipamentos e medicamentos Figura 4.1.1.7 – Estrutura administrativa do CETAS
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Figura 4.1.1.8 - Equipe do CETAS Figura 4.1.1.9 – Equipe do CETAS
4.1.2 Áreas Soltura
A área em estudo insere-se nos domínios dos biomas Mata Atlântica e
Cerrado (IBGE, 2004). Nos domínios da Mata Atlântica, há duas fitofisionomias
principais: a Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária) e a Floresta
Estacional Semidecidual (Floresta Sub-caducifólia do rio Paraná). Já nas áreas
originalmente recobertas por Cerrado, as tipologias vegetais principais são a Estepe
Gramíneo-Lenhosa (Campos Naturais) e a Savana Arborizada, ocupando as porções
mais planas e elevadas do terreno. Em certos trechos adjacentes aos cursos d’água
ocorrem as várzeas, denominadas, segundo classificação do IBGE (1992),
Formações Pioneiras com Influência Fluvial.
A seleção das áreas de soltura para a fauna no contexto geral da área do
empreendimento levou em consideração os habitats preferenciais das espécies
diagnosticadas durante a elaboração do EIA, no programa de monitoramento da
fauna, bem como o tamanho das áreas disponíveis e a capacidade de suporte às
espécies.
A fim de verificar o estado de conservação da vegetação nas áreas de soltura
para a fauna terrestre foram utilizados os estudos de vegetação realizados na área,
tais como os levantamentos para o inventário florestal, as imagens de satélite e o
arranjo espacial das manchas de vegetação em relação à paisagem como um todo.
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De forma complementar, os remanescentes florestais foram avaliados em campo de
forma a verificar as condições de suporte para a fauna.
Contudo, a ADA do empreendimento é caracterizada por remanescentes de
Floresta Ombrófila Mista, prevalecendo o estágio médio de sucessão e também por
pequenas manchas de Estepe Gramíneo-lenhosa, que corresponde aos Campos
Naturais, de acordo com os dados primários obtidos no estudo fitossociológico.
Foram detectadas 96 espécies com hábito arbóreo-arbustivo, pertencentes a
71 gêneros e distribuídas em 32 famílias botânicas distintas. Se considerada apenas
a vegetação arbórea (CAP≥20 cm) temos o total de 89 espécies, distribuídas em 67
gêneros e 31 famílias botânicas. Para a vegetação arbustiva ou de sub-bosque
(CAP<20 cm) a relação foi de 51 espécies, distribuídas em 37 gêneros e 18 famílias.
Desta forma, utilizando os dados do inventário florestal acrescidos das
informações oriundas do programa de monitoramento da fauna, foram selecionadas
duas áreas para a soltura da fauna, localizadas uma em cada margem do rio,
apresentadas no Mapa das Áreas de Monitoramento e Soltura da fauna apresentado
no ANEXO IV.
A Área de Soltura localizada na margem direita possui 346 ha e é formada por
um fragmento de vegetação em estágio médio de sucessão e juntamente com a APP
do reservatório formará um corredor que pode funcionar para a dispersão da fauna
(Figuras 4.1.2.1 e 4.1.2.2).
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Figura 4.1.2.1 – Área de soltura com presença de Araucárias na metade montante da ADA (UTM559307 E, 7272807 S).
Figura 4.1.2.2 – Área de Soltura na margem direita.
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A Área de Soltura, localizada na margem esquerda, possui 151 ha, possui
boa parte da vegetação ainda em estágio médio de sucessão. A conectividade com
outros fragmentos e juntamente com a APP do reservatório formará um corredor que
pode vir a funcionar para a dispersão da fauna (Figuras 4.1.2.3 a 4.1.2.5).
Figura 4.1.2.3 – Vista do acesso à área de Soltura na margem esquerda.
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Figura 4.1.2.4 – Vista interna mostrando a vegetação na área de Soltura da margem esquerda.
Figura 4.1.2.5 – Área de Soltura na margem esquerda.
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4.2 FASE DE RESGATE
4.2.1 Composição e Logística das Equipes
A estratégia da operação de resgate contou com uma equipe formada por 1
médica veterinária, 3 biólogos e 1 auxiliar.
A equipe permaneceu acompanhando os trabalhos da única frente de
supressão vegetal desde o início, no dia 01 de dezembro de 2017 até o seu término
no dia 12 de janeiro de 2018.
4.2.2 Afugentamento, Captura e Coleta
A região onde se insere o empreendimento UHE Tibagi Montante caracteriza-
se pela agricultura comercial, predominando o trigo, a soja e o milho. Áreas
destinadas à pecuária e silvicultura ocupam uma superfície menor na paisagem. Em
meio a essas áreas de aproveitamento econômico ocorrem remanescentes de
comunidades florestais nativas, em diferentes estágios de sucessionais, mas com
predomínio de florestas no estágio médio de sucessão.
A intenção do afugentamento é minimizar a perda de indivíduos e a
quantidade de indivíduos a serem resgatados e manipulados. Além de colaborar e
orientar as ações de salvamento da fauna.
O afugentamento e a supressão vegetal foram realizados de forma linear
coordenada, com o acompanhamento de equipe técnica, partindo das áreas mais
próximas aos cursos d’água, e avançando progressivamente em direção à cota de
inundação, ou seja, para as partes mais altas, buscando sempre direcionar para os
terrenos mais próximos aos fragmentos florestais. As frentes de desmate foram
acompanhadas por um técnico que realizou as capturas quando necessário.
A equipe responsável pelo afugentamento e salvamento da fauna
permaneceu em campo durante todo o período do desmatamento.
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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
Durante as atividades de supressão vegetal e limpeza da área foi realizado o
resgate de qualquer exemplar da fauna de vertebrados que não tenha conseguido
deslocar-se por conta própria das áreas de vegetação suprimida.
A captura, quando necessária, foi manual, mediante o uso de métodos
diversos específicos para cada grupo.
Figura 4.2.2.1 – Equipe de resgate de fauna acompanhando os trabalhos de topografia. Nesta ocasião foi ajustado também, junto ao encarregado pelo desmate, qual seria o sentido ideal das atividades de supressão da vegetação visando o afugentamento da fauna nativa.
Figura 4.2.2.2 – Atividades de supressão da vegetação acompanhadas de perto pela equipe de resgate de fauna.
4.2.2.1 Anfíbios
Durante a supressão foi utilizada a Busca Ativa, focando em áreas e locais
específicos, como: brejos existentes na área, bromélias e serapilheira.
Durante a supressão da vegetação do canteiro foram capturados três
indivíduos pertencentes a esse grupo que apresentaram boas condições de saúde,
capturados manualmente e acondicionados em sacos plásticos com condições de
umidade necessária para sua sobrevivência, foram soltos na área de soltura da
margem esquerda.
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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
Figura 4.2.2.1.1 – Indivíduo capturado após a derrubada de uma árvore, em avaliação de estado físico.
Figura 4.2.2.1.2 – Anfíbio (Hypsiboas faber) acondicionado em saco plástico sendo encaminhado para a área de soltura.
Figura 4.2.2.1.3 – Anfíbio (Hypsiboas faber) solto em observação para registro de atividade.
Figura 4.2.2.1.4 – Registro de atividade, espécime deslocou-se do tronco para o arbusto.
Figura 4.2.2.1.5 – Indivíduo capturado em deslocamento, indo em direção à frente de supressão.
Figura 4.2.2.1.6 – Espécime (Scinax sp.) após soltura na área de soltura.
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4.2.2.2 Répteis
Assim como o grupo taxonômico anterior, durante essa fase foi utilizada a
Busca Ativa, focando em áreas específicas.
Foram capturadas três serpentes da espécie Bothrops jararaca (jararaca), a
primeira foi capturada durante o procedimento de busca ativa na área já desmatada,
durante a atividade de separação de galhos e toras, as outras duas foram
localizadas por um dos operadores de motosserra junto à frente de supressão.
Todas as serpentes capturadas apresentavam boas condições físicas e, portanto,
foram consideradas aptas a serem prontamente realocadas. Devido a periculosidade
natural no manuseio e transporte, estes indivíduos foram capturados e
acondicionados com auxilio de equipamentos específicos para o grupo, como pinças,
ganchos e caixas herpetológicas, até o momento da soltura em nova área.
Outro representante da Classe Reptilia localizado pela nossa equipe, foi um
exemplar de Amphisbaena sp. (cobra-cega), encontrado morto, e em processo
avançado de decomposição, durante o acompanhamento das atividades de limpeza
do terreno.
Figura 4.2.2.2.1 – Jararaca acondicionada para realocação.
Figura 4.2.2.2.2 - Bothrops jararaca após soltura na área de soltura.
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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
Figura 4.2.2.2.3 – Cobra – cega (Amphisbaena sp.) encontrada morta durante a limpeza do terreno.
Figura 4.2.2.2.4 - Cobra – cega (Amphisbaena sp.) encontrada morta durante a limpeza do terreno.
4.2.2.3 Aves
Durante o acompanhamento da supressão da vegetação da margem
esquerda, foram capturados e coletados cinco espécimes/ovos pertencentes a esse
grupo, um filhote de pomba encontrado no solo debilitado por parasitas veio a óbito
depois dos cuidados médicos.
Um filhote de Caneleiro de Chapéu Preto (Pachyramphus validus) que foi
encontrado preso no ninho na copa de uma araucária após sua queda, o filhote
ainda não sabia voar, foi levado ao CETAS para acompanhamento, acabou não
resistindo ao trauma.
Foi encontrado um ninho com dois filhotes recém-nascidos (não identificados)
em boas condições de saúde, devido a periculosidade o mesmo foi realocado cerca
de 40 m do local original, para fora da área a ser desmatada, porém não foram
encontrados pelos pais e não resistiram. Outro ninho foi encontrado no chão já com
um ovo predado.
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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
Figura 4.2.2.3.1 – Filhote de pomba (Leptotila sp.) encontrado em solo bastante debilitado pela presença de ectoparasitas. Veio a óbito mesmo após os cuidados médicos.
Figura 4.2.2.3.2 – Filhote de Caneleiro de Chapéu Preto (Pachyramphus validus) recebendo glicose, procedimento padrão de primeiros socorros para aves.
Figura 4.2.2.3.3 – Tentativa de soltura, onde foi constatado que o indivíduo não estava apto para retornar ao meio ambiente.
Figura 4.2.2.3.4 – Ninho predado, encontrado no solo.
Figura 4.2.2.3.5 – Ninho encontrado com os dois filhotes recém-nascidos.
Figura 4.2.2.3.6 – Filhotes encontrados mortos no dia seguinte à realocação do ninho.
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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
4.2.2.4 Mamíferos
Durante as atividades de supressão da vegetação no canteiro de obras, foram
registrados somente dois exemplares de mamíferos. Uma Cuíca do gênero
Gracilianus, foi capturada durante a derrubada de uma árvore, o animal pulou em
cima do operador de motosserras que o pegou e passou para o time de resgate. O
mesmo foi levado ao CETAS para avaliação medica e marcação. O segundo
registro foi o avistamento de um pequeno roedor que foi afugentado para a área que
não seria desmatada.
Figura 4.2.2.4.1 – Cuíca (Gracilinanus sp.) mantida no CETAS para acompanhamento.
Figura 4.2.2.4.2 – Individuo sendo marcado.
Figura 4.2.2.4.3 – Marcador de pequenos
Figura 4.2.2.4.4 – Registro de atividade após
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mamíferos. soltura.
4.2.3 Equipamentos
Os equipamentos utilizados durante as atividades de resgate da fauna foram:
sacos de pano, sacos plásticos, caixas de contenção de diversos tamanhos (madeira
ou plástico), ganchos herpetológicos, puçás, cambão, baldes, facões, rádios
comunicadores, kits de primeiros socorros, luvas de raspa, luvas cirúrgicas,
protetores solares, reservatórios de água, câmeras fotográficas, GPS e materiais de
uso veterinário em campo.
Figura 4.2.3.1 - Alguns dos equipamentos utilizados para captura da fauna terrestre durante o período de supressão vegetal na área do canteiro de obras da UHE - Tibagi Montante.
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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
4.2.4 Atividades Desenvolvidas no Centro de Triagem
Os animais capturados durante a fase de supressão da vegetação no canteiro
de obras da UHE Tibagi Montante, receberam prontamente os primeiros socorros
ainda em campo, e em seguida foram encaminhados ao Centro de Triagem (CT)
para o monitoramento e acompanhamentos médico veterinário.
Os animais capturados foram mantidos em compartimentos separados dentro
do CT (recintos), tendo em vista a manutenção da higiene sanitária e o bem-estar
animal.
Figura 4.2.4.1 – Filhote de Caneleiro de Chapéu Preto (Pachyramphus validus) no centro de triagem.
Figura 4.2.4.2 – Cuíca (Gracilinanus sp.) mantida no CETAS para acompanhamentos médicos.
Figura 4.2.4.3 – Vista geral do recinto destinado as aves no interior do CETAS.
Figura 4.2.4.4 – Registro fotográfico do marcação com brinco de um exemplar de Cuíca (Gracilinanus sp.)
23
Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
4.2.5 Destinação
Atendendo a Instrução Normativa n.º 146 de 11 de janeiro de 2007 do IBAMA,
art. 13, Inciso VI:
“Art. 13, Inciso VI - A destinação pretendida para cada grupo taxonômico
da fauna resgatada, prevendo a remoção dos animais que poderão ser
relocados para áreas de soltura previamente estabelecidas de acordo
com o art. 9º, inciso V ou encaminhados para centros de triagem,
zoológicos, mantenedouros, criadouros ou ainda destinados ao
aproveitamento do material biológico em pesquisas, coleções científicas
ou didáticas”.
A fauna quando encaminhada ao CT teve duas formas de destinação:
- Áreas de soltura pré-estabelecidas – os animais foram soltos levando-se em
consideração os habitats preferenciais das espécies locais e tomando o devido
cuidado para que os animais fossem soltos na mesma margem em que foram
capturados. Todos os animais capturados foram avaliados quanto a possibilidade de
realocação imediata (soltura branda) ou da necessidade de manutenção provisória
em estruturas de cativeiro para que readquirissem condições de vitalidade mínima e
assim serem soltos;
- Museu de História Natural Capão da Imbuia (MHNCI) - localizado em
Curitiba/PR, em casos de óbitos.
5 RESULTADOS
O resgate da fauna terrestre, na margem esquerda do canteiro de obras da
UHE – Tibagi Montante, teve início na manhã do dia primeiro de dezembro de 2017,
juntamente com o início das atividades de supressão da vegetação.
24
Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
Durante as atividades, foram resgatados animais de todos os grupos
faunísticos vertebrados. Sempre que possível, o manejo dos animais foi evitado,
priorizando apenas o afugentamento dos mesmos para os remanescentes florestais
que não seriam alvo do desmatamento. Quando necessário à captura, aqueles que
apresentaram bom estado de saúde e boas condições de sobrevivência, foram soltos
nas áreas de soltura selecionadas ou dependendo da situação, foram soltos
imediatamente em áreas avaliadas como apropriadas, tomando o devido cuidado de
realocá-los na mesma margem em que foram capturados. Já aqueles que não
apresentaram estado de saúde considerado bom e aqueles sem condições de
sobrevivência imediata, foram encaminhados ao CT para cuidados veterinários e
posterior soltura ou outra forma de destinação viável.
Durante os trinta e seis dias de resgate, foi registrado um total de n=14
indivíduos, afugentados, capturados ou coletados, sendo eles 4 aves, 3 anfíbios, 4
répteis, 2 mamíferos e 1 ovo não identificado (Tabela 5.1).
Aves: uma pomba (Leptotila sp.), um caneleiro de chapéu preto
(Pachyramphus validus), dois neonatos indeterminados e um ovo predado.
Anfíbios: um sapo-martelo (Hypsboas faber), um sapo (Rhinella sp.), uma rã
Scinax sp.
Répteis: um Amphisbaena sp. e três jararacas (Bothrops jararaca)
Mamíferos: uma cuíca (Gracilinanus sp.) e um pequeno roedor não
identificado.
25
Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
Tabela 5.1 – Listagem final dos indivíduos da fauna afugentados, capturados, coletados ou realocados durante as atividades de supressão da vegetação na margem esquerda do canteiro de obras da UHE – Tibagi Montante.
N° Data Hora Classe Nome
comum Nome Científico Sexo Idade Substrato
UTM de Captura 22k
CETAS UTM de Soltura 22k
1 05/12/2017 11:30 Anfíbio Sapo martelo Hypsboas faber Indet. Adulto/Juvenil Serrapilheira 559924/7286384 Não 558272/7280399
2 06/12/2017 10:00 Réptil Jararaca Bothrops jararaca Indet. Juvenil Solo 559910/7286259 Não 558241/7280568
3 06/12/2017 16:00 Mamífero Rato Indeterminado Indet. Indeterminado Solo 559933/7286336 Não afugentamento
4 08/12/2017 16:00 Ave Pomba Leptotila sp. Indet. Filhote Solo 559830/7286578 Não descartado
5 09/12/2017 09:45 Anfíbio Sapo Rhinella sp. Indet. Juvenil Solo 559942/7286334 Não 558274/7280401
6 09/12/2017 07:50 Réptil Jararaca Bothrops jararaca Indet. Adulto/Juvenil Solo 559858/7286446 Não 558250/7280543
7 11/12/2017 09:30 Réptil Cobra cega Amphisbaena sp. Indet. Indeterminada Areia 559994/7286433 Não descartado
8 12/12/2017 16:40 Anfíbio Rã Scinax sp. Indet. Indeterminada Serrapilheira 559879/7286596 Não 558274/7280412
9 13/12/2017 10:40 Ave Caneleiro de Chapéu Preto
Pachyramphus validus
Macho Filhote Ninho
(copada) 559999/7286465 Sim descartado
10 13/12/2017 10:42 Mamífero Cuíca / Guaré Gracilinanus sp. Macho Indeterminada Oco de árvore 560000/7286452 Sim 558290/7280445
11 19/12/2017 09:20 Ave Passarinho Indeterminado Indet. Recém-nascido Ninho 559066/7285265 Não descartado
12 19/12/2017 09:20 Ave Passarinho Indeterminado Indet. Recém-nascido Ninho 559066/7285265 Não descartado
13 19/12/2017 11:22 Ave Ovo Indeterminado Indet. Indeterminada Solo 559946/7286579 Não descartado
14 05/01/2018 16:30 Réptil Jararaca Bothrops jararaca Indet. Adulto Solo 559956/7285654 Não 558247/7280537
26
Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
5.1 ANÁLISE DE DADOS
Durante o período de resgate foram afugentados e resgatados 13 indivíduos.
O gráfico a seguir apresenta a riqueza e abundância dos 4 grupos taxonômicos que
foram alvo das atividades de resgate.
Figura 5.1.1 – Número de afugentamentos e capturas no resgate durante a supressão do canteiro da UHE Tibagi Montante por grupo taxonômico.
Os dados a seguir compreendem os resultados do resgate e afugentamento
de fauna durante a supressão da vegetação da área do canteiro, área de
empréstimo e área do acesso secundário.
5.1.1 Anfíbios
Os anfíbios afugentados, capturados ou coletados foram três indivíduos,
identificados taxonômicamente, apresentaram duas famílias, três gêneros e três
espécies. A abundância e riqueza de anfíbios no Resgate de Fauna estão
compreendidas na Tabela 5.1.1.1. Os três anfíbios capturados foram considerados
aptos a translocação.
27
Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
Tabela 5.3.1.1 – Dados de riqueza e abundância de anfíbios.
Táxon Nome popular Capturas
Anura
Bufonidae
Rhinella sp. sapo-cururu 1
Hylidae (Hylinae)
Hypsiboas faber sapo-martelo 1
Scinax sp. perereca 1
5.1.2 Répteis
Foram afugentados, capturados ou coletados quatro espécimes, identificados
taxonômicamente ao nível de duas famílias, um gêneros e duas espécies. A
abundância e riqueza de répteis no Resgate de Fauna estão compreendidas na
Tabela 5.3.2.1.
Tabela 5.3.2.1 – Dados de riqueza e abundância de répteis.
Táxon Nome popular Capturas
Squamata - Anfisbenas
Amphisbaenidae
Amphisbaena sp. cobra-cega 1
Squamata - Serpentes
Viperidae
Bothrops jararaca Jararaca 3
Dentre os quatro répteis capturados/coletados, três foram considerados aptos
à translocação e um foi descartado.
28
Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
5.1.3 Aves
Foram afugentados, capturados ou coletados quatro espécimes de aves,
identificados taxonômicamente ao nível duas ordens, duas famílias, dois gêneros e
duas espécies. Dois neonatos não foram identificados e um ovo não foi identificado.
A abundância e riqueza de aves no Resgate de Fauna estão apresentadas na
Tabela 5.1.3.1.
Tabela 5.1.3.1 – Dados de riqueza e abundância de Aves.
Táxon Nome popular Capturas
COLUMBIFORMES
Columbidae
Leptotila sp. Pomba 1
PASSERIFORMES
Tityridae
Pachyramphus validus Caneleiro de Chapéu Preto 1
Ovos não identificados 1
Neonatos não identificados 2
5.1.4 Mamíferos
Foram afugentados, capturados ou coletados 2 espécimes de mamíferos,
identificados taxonômicamente ao nível de duas ordens, duas famílias e um gênero.
A abundância e riqueza de mamíferos no Resgate de Fauna estão apresentadas na
Tabela 5.1.4.1.
Tabela 5.1.4.1 – Dados de riqueza e abundância de Mamíferos
Táxon Nome popular Capturas
Didelphimorphia
Didelphidae
Gracilinanus sp. Cuíca 1
Rodentia
Cricetidae
Roedor não identificado rato-do-mato 1
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Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
Dentre os dois mamíferos capturados, um foi considerado apto à translocação
e um registro foi de afugentamento.
5.2 ESFORÇO AMOSTRAL
Considerando o número de resgatadores envolvidos na atividade, foi
elaborada, com base nas informações geradas diariamente, o total de esforço
amostral gerado para a atividade de resgate durante a supressão da vegetação.
Durante o período compreendido entre 01 de dezembro de 2017 a 12 de
janeiro de 2018, foi totalizado o montante de 20.400 minutos de resgate, ou seja,
340 horas por resgatador.
5.3 DESTINAÇÃO
Os animais encontrados em óbito ou que vieram a óbito após os cuidados
médicos, durante as atividades de resgate de fauna, de modo geral, não
apresentaram condições físicas ideais para os procedimentos de
fixação/tombamento. Ou por encontrar-se em estagio avançado de
putrefação/predação, como no caso da cobra-cega - Amphisbaena sp. (Figura
4.2.2.2.3), ou por apresentarem muitos ectoparasitas como no caso da pomba -
Leptotila sp. (Figura 4.2.2.3.1), o que inviabiliza a obtenção de informações
relevantes para a comunidade cientifica.
5.4 INDICADORES DE RESGATE
Para avaliar a eficácia do programa de afugentamento e resgate da fauna foi
utilizado como indicador o número de exemplares afugentados e resgatados.
Durante as atividades foram registrados 14 animais/ovos. Do total, dois foram
coletados já em óbito (14,28%), dois foram afugentados para áreas que não seriam
suprimidas (7,14%) e 11 foram capturados para relocação (78,57%).
30
Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
Figura 5.4.1 – Números de exemplares da fauna afugentados, coletados e capturados durante as atividades de resgate.
Dos treze indivíduos capturados, onze foram considerados aptos a serem
relocados para as áreas de soltura, dois vieram a óbito após captura, um foi coletado
já sem sinal de vida, junto nessa classificação se encontra o ovo coletado com sinais
de predação os mesmos foram descartados, pois não apresentavam condições para
destinação.
6 CONCLUSÃO
A construção de barragens pode acarretar em perda da biodiversidade local
e/ou regional resultante da transformação da paisagem, visto que o enchimento do
reservatório de uma UHE promove mudanças permanentes na composição de
ambientes da região, destruindo algumas paisagens e criando outras. Todos estes
elementos contribuem para um processo de mudança ambiental com múltiplos
impactos na região, inclusive sobre a fauna.
A dimensão dos impactos decorrentes da formação de reservatórios sobre a
fauna vai depender das características do empreendimento, como tamanho do
reservatório e estado de conservação ambiental da área a ser alagada.
31
Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
As atividades de afugentamento e resgate desenvolvidas durante o período
de supressão da vegetação para implantação do canteiro de obras (10,46 ha) se
mostraram eficazes para minimizar o impacto sobre a fauna local e servirão como
um balizador para o planejamento da próxima fase, que será a supressão da
vegetação da área do futuro reservatório, com 174,42 ha.
Não foram registradas espécies ameaçadas de extinção e, de forma geral,
todas as espécies registradas são de ocorrência comum para a região, corroborando
com os resultados obtidos durante o Programa de Monitoramento da Fauna
Terrestre que indicaram que a região como um todo está muito descaracterizada e
que a maior parte dos ambientes presentes na AID do empreendimento apresentam
elevados níveis de alteração.
Apesar de possuir uma fauna típica de ambientes rurais antropizados,
bastante generalista, os remanescentes florestais ainda existentes, bem como a
APP no entorno do reservatório, são muito importantes para a manutenção das
espécies da fauna local.
32
Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
7 REFERÊNCIAS
ACCO, A.; PACHALY, J. R.; BACILA, M. Síndrome do estresse em animais -
Revisão. Arq. Ciên. Vet. Zool. Unipar, 2(1): p 71-76, 1999.
ALMEIDA – A. C. Princípios de alimentação em centros de conservação de
animais silvestres. Arq. Digital - http://pt.scribd.com/doc/50448697/PRINCIPIOS-DE
ALIMENTACAO-EM-CENTROS-DE-CONSERVACAO-DE-ANIMAIS-SILVESTRES.
ANJOS, L. D. 2002. A bacia do rio Tibagi. Avifauna da bacia do rio Tibagi, 15: 271-
272.
BERNARDE, P. S. & MACHADO, R. A.. Fauna reptiliana da Bacia do Rio Tibagi. In
MEDRI, M. E., BIANCHINI, E., SHIBATTA, O. A. e PIMENTA. J. A., Editores. A
Bacia do rio Tibagi. Londrina/PR: 2002, p. 291-296.
BÉRNILS, R. S. e H. C. COSTA (org.). 2012. Répteis brasileiros: Lista de
espécies. Versão 2012.1. Disponível em http://www.sbherpetologia.org.br/.
Sociedade Brasileira de Herpetologia.
BIOLÓGICO NO BRASIL: parasitóides e predadores. São Paulo: Manole, 2002.
IBAMA. Instrução Normativa n.º 179, de 25 de junho de 2008, Brasília, 2007.
MANGINI, P. R., NICOLA, P. A. Captura E Marcação De Animais Silvestres.
Métodos De Estudos Em Biologia Da Conservação & Manejo Da Vida Silvestre.
ED UFPR. 2006.
VILANI, R. G. D. C. Estrutura hospitalar quarentenário e centros de triagem. in:
CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de animais selvagens -
Medicina Veterinária. 1. ed. São Paulo: Roca, 2007. p. 33 – 42.
Wiki Aves- A Enciclopédia das Aves do Brasil. Disponível em:
<http://www.wikiaves.com/2870298> Acesso em: 18 Jan 2018.
33
Programa de Resgate da Fauna Terrestre – UHE Tibagi Montante
8 ANEXOS
ANEXO I – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA DA EQUIPE
ANEXO II – AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL N°48186
ANEXO II - MAPA DE SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS
ANEXO III - MAPA DAS ÁREAS DE MONITORAMENTO E DE SOLTURA
30/10/2017
.
• Serviço Público Federal
CONSELHO FEDERAL
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CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA - 7ª REGIÃO
ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART
CONTRATADO
!Nome: DAVID AUGUSTO ROHER llRegistro CRBio: 83346/ 07-D ::=============================================: lcPF: 04741446905 llTel: 984131944
IE-mail: cheirodomato@gmail .com
!Endereço: RUA ANTONIO STIVAL, 235
lcidade: CURITIBA llBairro: SANTA FELICIDADE ::=============================================: lcEP: 82400-060 lluF: PR
1 CONTRATANTE
!Nome: SOMA SERV. ORGAN. E MEIO AMBIENTE LTDA
!Registro profissional : llcPF/ CGC/CNPJ : 03 . 743. 732/0001-60
!Endereço: AV. DES. HUGO SIMAS, 1588
!cidade: CURITIBA llBairro: BOM RETIRO ::=======================================: lcEP: 80520-250 lluF: PR
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1 DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL
!Natureza : Ocupação de Cargo/ Função - Cargo/função técnica *
!Identificação: Programa de Resgate de Fauna Terrestre
!Município do trabalho: Tibagi llMunicípio da sede: Curitiba lluF: Paraná ::========================::::!.!:::========l !Forma de participação: Equipe llPerfil da equipe: Biólogos
::===================================l !Área do conhecimento:Zoologia llcampo de atuação: Meio ambiente
Descrição sumária da atividade: Execução do Programa de Resgate de Fauna Terrestre para implantação da Usina Hidrelétrica - UHE Tibagi Montante, com 36 MW de potência, localizada no rio Tibagi, a 363km da sua foz, no município de Tibagi, no estado do Paraná.
!valor: R$ 2827,77 llTotal de horas: 160 :::::=================================: !Início: 25/10/2017 UTérmino:
ASSINATURAS
Dat~o 11-0. 1 .<.'° n LL~~
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CONSELHO FEDERAL CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA - 7ª REGIÃO cfee?
ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART
CONTRATADO
!Nome: MAI RA AVILA FONSECA !!Registro CRBio: 28813/07-D ~======================================: lcPF: 48554367049 !Irei: 041 33399310
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!cidade: CURITIBA !!Bairro: SÃO JOÃO
jcEP: 82030-620 lluF: PR
1 CONTRATANTE
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!Endereço: AV. DES. HUGO SIMAS, 1588
!Cidade: CURITIBA llBairro: BOM RETIRO
ICEP: 80520-250 lluF: PR
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!Natureza: Prestação de Serviços - 1.2
!Identificação: PROGRAMA DE RESGATE DA FAUNA - UHE TIBAGI MONTANTE
!Município do trabalho: Tibagi !!Município da sede: Curitiba ::=====================================~ !Forma de participação: Equipe llPerfil da equipe: multidisciplinar
llu F: Paraná
::=::====================================~ !Área do conhecimento:Zoologia llcampo de atuação: Meio ambiente
Descrição sumária da atividade: Coordenação e execução do Programa de Resgate da Fauna Terrestre para im plantação da Usina Hidrelétrica - UHE Tibagi Montante, com 36 MW de potência, localizada no rio Tibagi, a 363 km da sua foz, no município de Tibagi, no estado do Paraná.
!valor: R$ 4986,81 llTotal de horas: 100
!Início: 24/10/2017 !!Término:
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Lei Federal no 6.839/1980 • Lei Federal no 5517/1968
Resolução CFMV no 1041/13 • Resolução CFMV no 683/01 • Resolução CRMV-PR no 12/14
Responsável Técnico
Nome: HELOISA ANGELA BIERSTEKER
CRMV-PR no: PR-06666-VP e-mail: [email protected] Formação Profissional: MEDICINA VETERINÁRIA
Contratante
Razão Social: SOMA SERVIÇOS, ORGANIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE LTDA
Nome Fantasia: SOMA
CNPJ/CPF: 03.743.732/0001-60
CRMV-PR no: PR-11572-SJ e-mail: [email protected]
RUA BRASÍLIO ITIBERÊ, 2969 Bairro: REBOUÇAS
CURITIBA - PR 80250-160
Ramos de Atividades: Privada - Consultoria, Assistência e Planejamento - ASSISTÊNCIA TÉCNICA
Da Anotação de Responsabilidade Técnica
Data de Início da ART
01/12/2017 Vencimento da ART
01/12/2018 Carga Horária Semanal
6
Informações Complementares:
Atendimento Veterinário no CETAS durante o resgate de fauna da UHE Tibagi Montante, Município de Tibagi.
Homologada pelo CRMV-PR
Funcionário:
___________________________________
Médico Veterinário Fiscal
CRMV-PR nº 11.560
Matrícula 64720.04.21
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do
Paraná, CRMV-PR HOMOLOGA a presente Anotação de
Responsabilidade Técnica, por estar de acordo com as normas
legais que regem o exercício profissional da responsabilidade
técnica.
#A cópia digitalizada da ART assinada pelas partes
encontra-se arquivada no Sistema Eletrônico de
Informação do CRMV-PR.
# A validade da ART deve ser verificada no sítio
eletrônico do CFMV:
http://siscad.cfmv.gov.br/consulta/index.php?acao=pj
27/10/2017 ART _20174702606
CREA-PR Conselho Regiona) de Engenharia e Agronomia do Paraná Anotação de Responsabilidade Técnica Lei Fed 6496/77 Valorize sua Profissão: Mantenha os Projetos na Obra
1ª VIA- PROFISSIONAL
ART Nº 20174702606 Obra ou Serviço Técnico ART Principal
O valor de R$ 81,53 referente a esta ART foi pago em 26/10/2017 com a guia nº 100020174702606 Profissional Contratado: MARCELO MOGLIA OUTRA (CPF:669.945.780-20) Nº Carteira: RS-112320/D - Nº Visto Crea: 136629 Título Formação Prof.: ENGENHEIRO AGRONOMO. Empresa contratada: SOMA - SERVICOS, ORGANIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE LTDA Nº Registro: 38178 Contratante: SOMA SERVIÇOS ORGANIZAÇAO E MEIO AMBIENTE LTDA Endereço:AV DESEMBARGADOR HUGO SIMAS 1588 BOM RETIRO
CPF/CNPJ: 03.743.732/0001-60
CEP: 80520250 CURITIBA PR Fone: 41 30150805 Local da Obra/Serviço: RIO TIBAGI KM 363 -S-N ÁREA RURAL-TIBAGI PR
Quadra: CEP: 84300000
Lote:
Tipo de Contrato 5 VlNCULO EMPREGATlCIO Ativ. Técnica 23 COORDENAÇÃO DE OBRA OU SERVIÇO TÉCNICO Área de Comp. 8104RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS
Dimensão
Tipo Obra/Serv 135 OUTRAS OBRAS/SERVIÇOS Serviços 130 OUTROS contratados
Dados Compl.
Data Início Data Conclusão
Vir Obra R$ 7.000,00 Vir Contrato R$ 5.000,00 Vir Taxa R$ 81 ,53 Base de cálculo: TABELA VALOR DE CONTRATO Outras Informações sobre a natureza dos serviços contratados, dimensões, ARTs vinculadas, ARTs substituídas, contratantes, etc
36 MWATT
o
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p,c<_~R©CcW~ e ~ncio-Diretor
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25/10/2017
Serviço Público Federal CONSELHO FEDERAL
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CONTRATADO
Nome: VITOR SENDIN MAGALHÃES
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!Natureza: Ocupação de Cargo/Função - Cargo/função técnica * !Identificação: Programa de Resgate de Fauna Terrestre
!Município do trabalho: Tibagi UMunicípio da sede: CURITIBA lluF: PARANA
!Forma de participação: Equipe lf Perfil da equipe: Multidisciplinar
lArea do conhecimento: Zoologia llcampo de atuação: Meio ambiente
Descric;ão sumária da atividade: Execução do Proqrama de Resqate de Fauna Terrestre para implantação da Usina Hidrelétrica - UHE T!baqi Montante, com 36 M'N de potência, localizada no r;o Tibagi, a 363 Km· de sua foz, no município de Tibagi, <estado do Paraná.
IValor: R$ JóU0,00
Inicio: 25/10/2017
llTotal de horas: 160
!Término:
1 ASSINATURAS 1 Para verificar a
Declaro serem verdadeiras as informações acima autenticidade desta 1, Dat~_Z .S / 10 I :lOl7 ~ajO t í0 / '"10\~ ART acesse o CRBio7-
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Solicitação de baixa por distrato Solic~~- _:,._ por condusão Declaramos a condusão do trabalho anotado na presente ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos arquivos desse CRBlo.
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Data: I I Data: I I Assinatura E: carimbo do contratante
Assinatura e carimbo do contratante
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