RelatóRio anual de Responsabilidade
socioambiental das empResas
de eneRgia elétRica
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RelatóRio anual de Responsabilidade
socioambiental das empResas
de eneRgia elétRica
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empresas controladoras
ampliação da subestação maçambará, rio Grande do sul
mensagem da diretoria
A Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE é responsável por três empreendimentos na Região
Sul do Brasil, todos eles de fundamental importância estratégica para o crescimento e desenvolvimento
socioeconômico. O primeiro deles é o Sistema de Transmissão Santa Maria 3, localizado no Rio Grande
do Sul (RS), e composto pela ampliação da Subestação Santa Maria 3 e pelo seccionamento da Linha
de Transmissão 138 kV Alegrete 1 – Santa Maria 1, ramal para Santa Maria 3. O segundo é o Sistema
de Transmissão Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2, localizado nos Estados do Rio Grande do Sul e
Santa Catarina e composto pela ampliação da Subestação Foz do Chapecó, implantação da Linha de
Transmissão 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2 C1 e C2, e construção da Subestação Pinhalzinho
2. E o terceiro é o Sistema de Transmissão Santo Ângelo - Maçambará, no RS, composto pela ampliação
da Subestação Santo Ângelo, implantação da Linha de Transmissão 230 kV Santo Ângelo – Maçambará
C2 e ampliação da Subestação Maçambará.
Estes três sistemas cumprirão em breve papeis cruciais para: o reforço energético da região de Santa
Maria, reduzindo problemas de tensão e mantendo a estabilidade do sistema central do Estado do
RS; reforço do sistema de transmissão de energia do Oeste Catarinense (afetando positivamente as
atividades agrícolas e industriais), assegurando o desenvolvimento regional; e o reforço no atendimento
energético da região da Fronteira Oeste do RS, principalmente para atender à demanda crescente de
levantes hidráulicos para irrigação de lavouras de arroz e instalações de pivots (pivôs) centrais para
irrigação de lavouras de soja.
No ano de 2015, foram iniciados os projetos executivos e tiveram continuidade os estudos e processos
de licenciamento ambiental essenciais para a implantação das Linhas de Transmissão e das Subestações
integrantes dos três sistemas sob responsabilidade da FOTE.
Uma Linha do Tempo especialmente pesquisada e apresentada neste Relatório resume de forma
pontual os principais fatos que marcaram a evolução dos três empreendimentos desde a sua criação até
2015, incluindo temas como: processos de indenização e regularização fundiária, entrega de EIA/RIMA,
diagnósticos arqueológicos, autorizações e licenças obtidas junto aos órgãos ambientais, realização de
audiências públicas, vistorias técnicas, autorização de coleta e transporte de fauna silvestre, andamento
das obras em geral, testes de energização de subestação, dentre outros destaques socioambientais.
Para a FOTE, a dimensão social e ambiental de todos os seus empreendimentos tem tido especial
relevância desde o princípio, e será mantida, em todas as etapas de implantação de suas respectivas
linhas de transmissão e subestações objetos da concessão da ANEEL. A empresa zela por tratar as
questões ambientais de forma articulada entre as áreas de projeto e ambiental/fundiária, de forma
a incorporar o tema aos processos de tomada de decisão. Com tal objetivo, a FOTE coordena, com
profissionais especializados, os contratos das empresas consultoras responsáveis pelos projetos,
estudos específicos e obras, fazendo uma complexa e eficaz gestão junto aos órgãos intervenientes ao
processo de licenciamento ambiental.
A responsabilidade social e ambiental foi aplicada desde a definição das estratégias iniciais para
viabilização dos empreendimentos, passando pelos estudos técnicos para desenvolvimento dos Projetos
Básico e Executivo, e estará sendo continuada nas fases de implantação e operação dos mesmos. Os
capítulos Dimensão Social e Dimensão Ambiental deste Relatório apresentam de forma pormenorizada
estes cuidados evidenciados nas ações da empresa, incluindo particularmente os Estudos e as Licenças
Ambientais de cada um dos três sistemas, bem como os Programas Ambientais desenvolvidos em 2015.
Ao término do seu segundo ano de atividades, a FOTE expressa seu reconhecimento ao empenho e à
participação dos acionistas, colaboradores, fornecedores, seguradora e agentes do Setor Elétrico, que
permitiram um período de contínuas realizações e avanços fundamentais nos empreendimentos. O
presente Relatório atesta a política atenta e responsável da empresa quanto aos cuidados não apenas
técnicos, visando a excelência dos empreendimentos, mas especialmente as ações que levam em
consideração as dimensões sociais e ambientais vinculadas aos projetos em implantação, para futura
operação.
76
subestação Foz do chapecó, alpestre/rs
sumário
1 - dimensão Geral ......................................................................................................................................12
1.1 - a empresa.........................................................................................................................................14
1.1.1 - perfil ............................................................................................................................................14
1.1.2 - Identidade organizacional ..........................................................................................................14
1.1.3 - abreviaturas, siglas e acrônimos ..............................................................................................15
1.1.4 - linha do tempo ..........................................................................................................................18
1.2 - responsabilidade com partes Interessadas ....................................................................................22
1.3 - Indicadores de desempenho operacional e de produtividade ........................................................23
2 - dimensão Governança corporativa .......................................................................................................24
2.1 - estrutura administrativa ..................................................................................................................26
2.2 - auditoria Independente ....................................................................................................................26
2.3 - organograma ...................................................................................................................................27
3. dimensão econômico-financeira ............................................................................................................28
3.1 - Indicadores econômico-Financeiros detalhamento da dVa
demonstração do Valor adicionado ........................................................................................................30
3.2 - resultado econômico-Financeiro .....................................................................................................31
3.3 - Investimentos na concessão ............................................................................................................31
4. dimensão social e setorial ......................................................................................................................32
4.1 - Indicadores sociais Internos .............................................................................................................34
4.2 – outras informações sociais relevantes ..........................................................................................37
4.2.1 - Justificativas dos empreendimentos ........................................................................................37
4.2.2 – mapas das regiões abrangidas pelas linhas de transmissão e subestações .........................38
4.2.3 – Importância e benefícios do empreendimento ........................................................................40
4.2.4 - relação com os proprietários de terras ....................................................................................42
5 - dimensão ambiental .............................................................................................................................44
5.1 - Indicadores de desempenho ambiental para empresas de distribuição
e/ou transmissão de energia elétrica ......................................................................................................46
5.2 – estudos e licenças ambientais .......................................................................................................48
5.2.1 - sistema de transmissão 138 kV seccionamento santa maria 3 ..............................................49
5.2.2 - sistema de transmissão 230 kV Foz do chapecó – pinhalzinho 2 ...........................................49
5.2.2.1 - a Flora local ........................................................................................................................51
5.2.2.2 - a Fauna local ......................................................................................................................51
5.2.3 - sistema de transmissão 230 kV santo Ângelo – maçambará c2 ...........................................51
5.2.3.1- a Flora local .........................................................................................................................52
5.2.3.2 - a Fauna local .......................................................................................................................53
5.2.3.3 - o patrimônio arqueológico e Histórico ..............................................................................53
5.3 - programas ambientais .....................................................................................................................54
5.3.1 - plano de Gestão ambiental .......................................................................................................54
5.3.2 - programa de Gerenciamento de resíduos sólidos e efluentes líquidos
nos canteiros e Frentes de obras ........................................................................................................55
5.3.3 - programa de prospecção, resgate e Guarda do patrimônio Histórico
e arqueológico e paleontológico ..........................................................................................................56
5.3.4 - programa de mitigação de Impactos sobre a Fauna ................................................................57
5.3.5 - programa de manejo e conservação da Flora e reposição Florestal ......................................58
5.3.6 - programa de compensação ambiental ....................................................................................59
5.3.7 - programa de negociação e Indenização para o estabelecimento
da Faixa de servidão e acessos ...........................................................................................................59
5.3.8 - programa de educação ambiental e comunicação social .......................................................60
5.3.9 - programa de recuperação de Áreas degradadas ...................................................................60
6. Balanço social ..........................................................................................................................................62
7. limites de escopo ...................................................................................................................................68
8. declaração de Validação do relatório ....................................................................................................71
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ampliação da subestação santa maria 3, rio Grande do sul
dimensão geral1
1. Dimensão Geral
1.1 - A Empresa
1.1.1 - Perfil
A empresa Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE foi constituída em 20 de dezembro de 2013
com o propósito específico de construção, operação e manutenção das instalações de transmissão, nos
Estados do Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC), caracterizadas no Lote I do Leilão nº 07/2013 – ANEEL,
e compostas por:
• Linha de Transmissão 230kV Santo Ângelo – Maçambará C2, no RS, de extensão aproximada de 199 km,
com origem na Subestação Santo Ângelo e término na Subestação Maçambará.
• Linha de Transmissão Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2, no RS e em SC, de extensão aproximada de 36
km, em circuito simples (C1), com origem na Subestação Foz do Chapecó e término na futura Subestação
Pinhalzinho 2.
• Linha de Transmissão Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2, no RS e em SC, de extensão aproximada de 36
km, em circuito simples (C2), com origem na Subestação Foz do Chapecó e término na futura Subestação
Pinhalzinho 2.
• Subestação Pinhalzinho 2, em 230/138 kV, em SC, prevendo a implantação de três unidades
transformadoras de 150 MVA.
• Ampliação da Subestação Santa Maria 3, no RS, com a implantação do novo pátio 230/138 kV, 2 unidades
transformadoras de 83 MVA.
São ainda de responsabilidade da FOTE a implementação de um enlace de 138 kV e duas entradas de linha em
138 kV entre o ponto de seccionamento da LT Santa Maria 1 - Alegrete 1, em 138 kV; as duas entradas de linha
correspondentes na Subestação Santa Maria 3; e a aquisição dos equipamentos necessários às modificações,
substituições e adequações nas entradas de linha das Subestações Santa Maria 1 e Alegrete 1.
O sistema da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE integrará a Rede Básica do Sistema Interligado
Nacional, cuja coordenação da operação é o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, com o qual foi
celebrado o respectivo Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão – CPST nº 003/2014.
1.1.2 - Identidade Organizacional
Missão
Implantar, operar e manter suas instalações de transmissão de energia elétrica, com qualidade e segurança,
satisfazendo as partes interessadas de acordo com os princípios de responsabilidade socioambiental, gerando
retorno adequado aos acionistas e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país.
Visão
Ser uma empresa referência no sul do Brasil, reconhecida pela qualidade da prestação de serviços de
transmissão de energia elétrica.
Valores
• Ética: Ter coerência entre o discurso e a prática, desenvolvendo atitudes e ações transparentes.
• Integridade: Honrar os compromissos e agir com transparência e honestidade.
• Responsabilidade Social: Transmitir energia de forma segura e confiável, contribuindo para o
desenvolvimento sustentável brasileiro, sempre atuando responsavelmente no meio cultural e social.
1.1.3 - Abreviaturas, siglas e acrônimos ANEEL – Agência Nacional de Energia ElétricaCPST - Contrato de Prestação de Serviços de TransmissãoCNA - Centro Nacional de Arqueologia DAER/RS - Departamento Autônomo de Estradas de RodagemDIT – Demais Instalações de TransmissãoDEFAP – Departamento de Florestas e Áreas ProtegidasDEINFRA/SC - Departamento Estadual de InfraestururaDNPM - Departamento Nacional de Produção MineralDOU - Diário Oficial da UniãoDNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de TransportesDUP - Declaração de Utilidade PúblicaEIA/RIMA – Estudo e Relatório de Impacto AmbientalEPE - Empresa de Pesquisa EnergéticaFEPAM/RS – Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – RSFOTE - Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenováveisIPHAN/RS - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Rio Grande do SulLI – Licença Ambiental de InstalaçãoLO – Licença de OperaçãoLP – Licença Ambiental PréviaLT – Linha de TransmissãoMME - Ministério de Minas e EnergiaONS – Operador Nacional do Sistema ElétricoRAS – Relatório Ambiental SimplificadoRede Básica - Instalações de Transmissão pertencentes ao Sistema Interligado NacionalSE – Subestação SEMA/RS – Secretaria de Estado do Meio AmbienteSIN - Sistema Interligado Nacional
1514
construção da subestação pinhalzinho 2, santa catarina
1716
2013 20 de dezembro: Criação da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE.
2014Sistema de Transmissão 138 kV Santa MariaComposto pela ampliação da SE Santa Maria 3 e do Seccionamento da LT 138 kV Alegrete 1 / SE-Santa Maria 1 – SE-Santa Maria 3• Protocolado o Projeto Básico na ANEEL.• Protocolado no IPHAN/RS Projeto de Diagnóstico Arqueológico Interventivo e Prospecção Sistemática
Interventiva para e implantação da LT e da ampliação da SE-SMA3.• Emitida pela FEPAM/RS a Autorização Geral para Ampliação da SE-SMA3 e Início das obras.• Realizados os trabalhos de campo de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica e Educação Patrimonial
(Entrega no IPHAN/RS do Relatório Final do Projeto de Pesquisa Arqueológico). • Recebido ofício do IPHAN manifestando-se favorável à emissão das LPs e LI para a LT e ampliação da SE.• Emitida pela Secretaria de Meio Ambiente de Santa Maria a Licença Prévia do Secionamento da LT.• Protocolado na Secretaria de Meio Ambiente de Santa Maria pedido de Licença de Instalação para a LT. • Emitida pela ANEEL a DUP (Resolução Autorizativa n° 4.960) para a LT e ampliação da SE Santa Maria 3.
Sistema de Transmissão 230 kV Foz Do Chapecó – Pinhalzinho 2Composto pela Ampliação da SE Foz do Chapecó, LT 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2 (C1 e C2) e Implantação da SE Pinhalzinho 2• Protocolado o Projeto Básico na ANEEL.• Protocolado no IPHAN/DF Projeto de Diagnóstico Arqueológico Interventivo e Prospecção Sistemática
Interventiva para a implantação da LT e da Subestação Pinhalzinho 2. • Desmembramento de Licenciamento Ambiental das Subestações Foz do Chapecó (ampliação B) e
Pinhalzinho 2. • Realizados os trabalhos de campo de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica e Educação Patrimonial.• Emitida Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico dos estudos ambientais do
EIA/RIMA da LT 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2.• Emitida Autorização para Abertura de Picadas para serviços de topografia.• Protocolado pedido de Licença de Instalação (com dispensa de Licença Prévia) para as Subestações
Ampliação SE Foz do Chapecó e Pinhalzinho 2.• Emitida pela ANEEL a DUP (Resolução Autorizativa n° 4.960) para a implantação da SE Pinhalzinho 2.
Sistema de Transmissão 230 kV Santo Ângelo - MaçambaráComposto pela ampliação da SE Santo Ângelo, LT 230 kV Santo Ângelo – Maçambará (C2) e Ampliação da SE Maçambará• Protocolado o Projeto Básico na ANEEL.• Protocolado no IPHAN/RS Projeto de Diagnóstico Arqueológico Interventivo para implantação da LT e
da Ampliação da SE Maçambará.
• Emitida pela FEPAM/RS a Autorização Geral que autoriza a Ampliação da Subestação Maçambará.• Emitido pelo DBIO/SEMA o Alvará de Manejo Florestal para Abertura de Trilhas e Picadas para
topografia.• Entrega do EIA/RIMA da LT na FEPAM/RS.• Emitida pela ANEEL a DUP (Resolução Autorizativa n° 4.960) para a LT e ampliação da SE Maçambará.
2015Sistema de Transmissão 138 kV Santa MariaComposto pela ampliação da SE Santa Maria 3 e do Seccionamento da LT 138 kV Alegrete 1 / SE-Santa Maria 1 – SE-Santa Maria 3Março - SetembroProcesso de Indenização e regularização documental dos terrenos envolvidos no traçado do Seccionamento da LT.OutubroFEPAM emite a Renovação da Autorização Geral da Ampliação da SE- Santa Maria 3.NovembroConclusão das obras de implantação e testes de energização da SE-Santa Maria 3.
Sistema de Transmissão 230 kV Foz Do Chapecó – Pinhalzinho 2Composto pela Ampliação da SE Foz do Chapecó, LT 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2 (C1 e C2) e Implantação da SE Pinhalzinho 2Fevereiro • Protocolado no IPHAN/DF Relatório do Diagnóstico Arqueológico Interventivo e Prospecção Sistemática
Interventiva para a implantação da LT e da Subestação Pinhalzinho 2. Abril• Manifestação do IPHAN/DF favorável à Licença Prévia da Linha de Transmissão e à Licença de Instalação
da Subestação Pinhalzinho 2. Maio• Recebida a Licença de Instalação da Subestação Pinhalzinho 2 (SE-PIN2).• Início das obras da SE-PIN2.• Entrega do EIA/RIMA da Linha de Transmissão FCO-PIN2 (C1).Junho• Emitida pela ANEEL a Declaração Autorizativa nº. 5.321/2015 (DUP) da LT 230 kV Foz do Chapecó –
Pinhalzinho 2 (C1). Agosto• Audiência Pública / vistoria técnica (IBAMA) da LT 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2 (C1). • Abertura no IBAMA/SC do processo de licenciamento ambiental do Circuito 2 da LT FCO-PIN 2.Setembro• Abertura no IPHAN do processo de licenciamento do Circuito 2 da LT 230 kV Foz do Chapecó –
Pinhalzinho 2 (C2).
1918
Novembro• Entrega de complementos do EIA/RIMA da LT 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2.• Recebimento do Termo de Referência para elaboração do EIA/RIMA do Circuito 2 da LT 230 kV Foz do
Chapecó – Pinhalzinho 2 (C2).Dezembro• IBAMA emite a Autorização de Coleta e transporte de Fauna silvestre (necessária para realização das
campanhas de campo do meio biótico do EIA).• Inicio da elaboração do EIA/RIMA do Circuito 2 da LT 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2 (C2).
Sistema de Transmissão 230 kV Santo Ângelo - MaçambaráComposto pela Ampliação da SE Santo Ângelo, LT 230 kV Santo Ângelo – Maçambará (C2) e ampliação da SE - MaçambaráMarço• Aprovação do EIA/RIMA da LT STA-MBR (C2).• IPHAN/RS manifesta-se favorável à Licença Ambiental de Instalação da Ampliação da SE-Maçambará.• Início das obras da Ampliação da Subestação Maçambará (Já autorizada pela FEPAM em outubro/2014)• Audiência Pública / vistoria técnica (FEPAM) da LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2). Junho• Protocolado no IPHAN/RS Relatório do Diagnóstico Arqueológico Interventivo e Prospecção Sistemática
Interventiva para ampliação da SE Maçambará e da LT Santo Ângelo – Maçambará (C2). Julho• IPHAN/RS manifesta-se favorável à Licença Ambiental Prévia LT Santo Ângelo – Maçambará (C2) e
fornece orientações metodológicas para solicitação da Anuência para Licença Ambiental de Instalação. Agosto• FEPAM emite a Licença Ambiental Prévia (LP) da LT Santo Ângelo – Maçambará (C2). Setembro• Protocolo na FEPAM da Solicitação da Licença Ambiental de Instalação (LI) da LT Santo Ângelo –
Maçambará (C2). Outubro• FEPAM emite a Renovação da Autorização Geral da Ampliação da SE- Maçambará.
pastagens do pampa e plantação de soja, rio Grande do sul
2120
1.2 – Responsabilidade com as Partes lnteressadas
A Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. busca um bom relacionamento com as partes interessadas,
comunicando-se com estes de forma clara, organizada e transparente.
1.3 - Indicadores de Desempenho Operacional e de Produtividade
PARTES INTERESSADAS DETAlhAMENTO CANAIS DE COMuNICAçãO
Acionistas e investidores
• Eletrosul Centrais Elétricas S.A.• Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica - CEEE - GT
Por meio de um comitê gestor formado por representantes dos acionistas, com reuniões mensais para transparência e integridade das informações, disponibilização de informativos contábeis e de andamento da obra.
Clientes
A concessionária atende ao SIN - Sistema Integrado Nacional, gerenciado pela ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. O empreendimento está em fase de implantação e, portanto, sem clientes.
Não houve no período.
Fornecedores
• Eletrosul Centrais Elétricas S.A.• Consórcio Weg/Caramurú• IG Transmissão e Distribuição de
Eletricidade Ltda. • Cotesa Engenharia Ltda.• ABG Engenharia e Meio Ambiente Ltda.• Polígono Consultoria em Gestão
Fundiária e Avaliação Ltda.• Fucri/Unesc – Fundação Educacional de
Criciúma / Universidade do Extremo Sul Catarinense
Por meio de um comitê gestor, formado por representantes dos acionistas, com reuniões mensais.
Empregados, colaboradores, estagiários, parceiros
A empresa não possui funcionários próprios. São todos tercerizados.
São realizadas reuniões semanais ou quando houver necessidade. A comunicação é direta ou via e-mail, com permanente comunicação, permitindo que os terceirizados sejam informados quanto às ações desenvolvidas pela empresa.
Órgãos e programas públicos
(Veja o significado das abreviaturas, siglas e acrônimos ao lado em 1.1.3)
• MME • ANEEL • ONS • IBAMA • CNA• DNIT• DNPM• Governo do Estado do RS• SEMA/RS• FEPAM/RS• IPHAN/RS • DEINFRA/SC • DAER/RS • Prefeituras Municipais
O relacionamento é formal, por meio de correspondência protocolada. Em alguns casos utilizam-se fax ou e-mail e, em seguida, as dúvidas ou comunicações são formalizadas por meio de documento oficial.
PARTES INTERESSADAS DETAlhAMENTO CANAIS DE COMuNICAçãO
Organizações sociais, ambientais e comunidades
Não há nenhum compromisso direto com associações ou ONGs. Os contratos são feitos especificamente para o desenvolvimento de alguns projetos, visando atender às condicionantes ambientais.
Ofícios, e-mails, reuniões esporádicas, de acordo com o desenvolvimento do projeto. Entrega dos documentos necessários para a obtenção e manutenção das licenças ambientais.
Seguradoras BTG Pactual Seguradora S/A Ofícios e outros documentos.
Entidades de Pesquisa Parceria com a Eletrosul para a elaboração e execução de projetos de pesquisa em P&D.
Não houve no período, pois a empresa está em fase pré-operacional.
INDICADORES DE DESEMPENhO OPERACIONAl E DE PRODuTIVIDADE
DADOS TéCNICOS (INSuMOS, CAPACIDADE DE PRODuçãO, VENDAS, PERDAS) 2015 2014 2013
Número de Empregados Próprios - - -
Número de Empregados Terceirizados 200 30 0
Número de Escritórios Comerciais 2 2 1
Subestações em construção (em unidades) 1 1 1
Subestações em ampliação (em unidades) 4 4 4
Capacidade Instalada (MVA) 616 616 616
linhas de Transmissão em construção (em km) 273 273 273
2322
equipamentos para a ampliação da subestação santa maria 3, rio Grande do sul
dimensão governança Corporativa2
2 - Dimensão Governança Corporativa
2.1 - Estrutura Administrativa
A estrutura da Administração da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE é formada pelo Conselho
de Administração, Conselho Fiscal e pela Diretoria. O Conselho de Administração é composto por quatro
membros efetivos e quatro suplentes, eleitos na Assembleia Geral, com mandato de três anos, admitida a
reeleição por igual período. Terminado o prazo do mandato, os membros do Conselho de Administração
permanecerão nos cargos até a posse dos sucessores. A escolha do seu Presidente dar-se-á pela maioria de
seus membros, não cabendo a quaisquer dos conselheiros voto de qualidade. O Conselho Fiscal integra a
sociedade em caráter permanente, o qual exercerá as atribuições impostas por lei. É composto por quatro
membros efetivos e quatro suplentes, sendo admitida a reeleição.
A Diretoria é composta por dois membros, acionistas ou não, eleitos pelo Conselho de Administração,
residentes no País, sendo um Diretor Administrativo/Financeiro e um Diretor Técnico. O mandato dos membros
da Diretoria é de três anos, sendo admitida a reeleição. A FOTE é uma sociedade anônima de capital fechado,
composta integralmente por ações ordinárias nominativas subscritas pelos referidos acionistas, tendo como
acionista majoritária a Eletrosul Centrais Elétricas S.A., como demonstrado na tabela a seguir:
2.2 - Auditoria Independente
A auditoria independente é selecionada anualmente por meio de cotações e mediante a escolha da melhor
proposta. O auditor que atestou a fidedignidade das Demonstrações Contábeis da FOTE, no ano de 2015, foi
a Chronus Auditores Independentes SS.
CAPITAl SOCIAl
ACIONISTA AçõES ORDINáRIAS SubSCRITAS R$ %
Eletrosul Centrais Elétricas S. A. 11.839.650 11.839.650,00 51
Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE - GT) 11.375.350 11.375.350,00 49
Total 23.215.000 23.215.000,00 100
Diretor Administrativo/Financeiro
Setor Financeiro/ Contábil
Diretor Técnico
Engenharia
Secretaria
2.3 – Organograma
Atualmente a empresa conta com uma estrutura interna composta por dois diretores, Administrativo/
Financeiro e Técnico, conforme o organograma apresentado a seguir, sendo que o setor Financeiro/Contábil,
Secretaria e Engenharia são terceirizados.
ampliação da subestação santa maria 3
2726
Barragem da Usina Hidrelétrica Foz do chapecó, santa catarina
dimensão eConômiCo-FinanCeira3
3 - Dimensão Econômico-Financeira
Em função da adoção da ICPC-01 - Contratos de Concessão, a FOTE passou a reconhecer os custos e receitas
de construção, conforme requerido pela ICPC-01, OCPC-05 e CPC 17, da receita de operação e manutenção e
da receita com o ativo financeiro, visando o atendimento das Normas Internacionais de Contabilidade IFRS
(Internacional Financial Reporting Standards), conforme as Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09.
A Demonstração do Valor Adicionado tem como principal atribuição a identificação e divulgação do valor
da riqueza gerada por uma entidade, e como essa riqueza foi distribuída entre os diversos elementos/
setores que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua geração, como uma remuneração aos esforços
dos empregados pelo fornecimento da mão-de-obra, dos investidores pelo fornecimento do capital, dos
financiadores pelo empréstimo dos recursos e do governo pelo fornecimento da lei e da ordem, infraestrutura
socioeconômica e serviços de apoio. Constitui-se, portanto, em uma fonte rica em informações, permitindo
vislumbrar as relações intersociais e apontar como determinada entidade agrega valor a economia do país ou
da região onde está inserida.
3.1 - Indicadores Econômico-financeiros - Detalhamento da DVA - Demonstração de Valor Adicionado
3.2 – Resultado Econômico-financeiro
Conforme Contrato de Concessão, a prestação do servido de transmissão se dará mediante o pagamento de
Receita Anual Permitida (RAP) a partir da data da disponibilização das instalações para a operação comercial,
reajustado anualmente no mês de julho de cada ano, pelo IPCA.
A Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE apresentou no exercício de 2015 um Resultado
Operacional Líquido de R$ 2,09 milhões e um prejuízo de R$ 53 mil.
3.3 - Investimentos na ConcessãoINDICADORES ECONôMICO-FINANCEIROS - DETAlhAMENTO DA DVA
GERAçãO DE RIquEzA ( EM MIlhARES DE REAIS ) 2015 2014
RECEITA OPERACIONAL (Receita bruta de vendas de energia e serviços) 57.254 15.420
Receita de O&M
Receita com Ativo Financeiro 2.604 115
Receita de Construção 54.650 15.305
Outras receitas do Serviço
(-) INSUMOS (insumos adquiridos de terceiros: compra de energia, material, serviços de terceiros etc.) -54.994 -15.634
Resultado Não Operacional
= VAlOR ADICIONADO bRuTO 2.260 -214
( - ) QUOTAS DE REINTEGRAÇÃO (depreciação, amortização)
= VAlOR ADICIONADO lÍquIDO 2.260 -214
+ VAlOR ADICIONADO TRANSFERIDO (Receitas financeiras) 425 407
= VAlOR ADICIONADO A DISTRIbuIR 2.685 193
INVESTIMENTOS2015 2014
R$ MIl Δ% R$ MIl
Construção das LT Santo Ângelo - Maçambará; LT Pinhalzinho - Foz do Chapecó, SE Pinhalzinho, em 230/138kV, ampliação da Subestação Santa Maria 3
69.955 457% 15.305
DISTRIbuIçãO DA RIquEzA - POR PARTES INTERESSADAS 2015 2014
PESSOAL 166 104
GOVERNO (impostos, taxas e contribuições e encargos setoriais) -27 30
FINANCIADORES 2.599 2
ACIONISTAS -53 57
= VAlOR ADICIONADO DISTRIbuÍDO (TOTAL) 2.685 193
3130
traçado da futura lt Foz do chapecó - pinhalzinho 2, santa catarina
dimensão soCial e setorial4
4 - Dimensão Social e Setorial
4.1 – Indicadores Sociais Internos
A empresa FOTE não tem funcionários próprios, são todos terceirizados, por meio de contratos de empreitada
global com dois grandes fornecedores na parte de obra e mais três contratos nos setores administrativo/
financeiro/contábil, fundiário e ambiental.
Indicadores Sociais Internos
Empregados/ empregabilidade/ administradoresa) Informações gerais 2015 2014 2013
Número total de empregados - - -
Empregados até 30 anos de idade (%) - - -
Empregados com idade entre 31 e 40 anos (%) - - -
Empregados com idade superior a 50 anos (%) - - -
Número de mulheres em relação ao total de empregados (%) - - -
Mulheres em cargos gerenciais – em relação ao total de cargos gerenciais (%) - - -
Empregadas negras (pretas e pardas) – em relação ao total de empregados (%) - - -
Empregados negros (pretos e pardos) – em relação ao total de empregados (%) - - -
Empregados negros (pretos e pardos) em cargos gerenciais em relação ao total de cargos gerenciais (%) - - -
Estagiários em relação ao total de empregados (%) - - -
Empregados do programa de contratação de aprendizes (%) - - -
Empregados portadores de deficiência - - -
Empregados negros (pretos e pardos) – em relação ao total de empregados (%) - - -
Estagiários em relação ao total de empregados (%) - - -
b) Remuneração, benefícios e carreira 2015 2014 2013
Remuneração - - -
Folha de pagamento bruta - - -
Encargos sociais compulsórios - - -
benefícios - - -
Educação - - -
Alimentação - - -
Transporte - - -
Alimentação - - -
Saude - - -
Outros (Capacitação profissional) - - -
c) Participação nos resultados 2015 2014 2013
Investimento total em programa de participação nos resultados da empresa (R$ Mil) - - -
Valores distribuídos em relação à folha de pagamento bruta (%) - - -
Ações da empresa em poder dos empregados (%) - - -
Divisão da maior remuneração pela menor remuneração em espécie paga pela empresa (inclui participação nos resultados e bônus) - - -
Divisão da menor remuneração da empresa pelo salário mínimo vigente (inclui participação nos resultados e programa de bônus) - - -
d) Perfil da remuneração – Identificar a percentagem de empregados em cada faixa de salários Faixas (R$) 2015 2014 2013
Até R$ 1.000,00 - - -
De R$ 1.000,01 a R$ 2.000,00 - - -
De R$ 2.000,01 a R$ 3.000,00 - - -
Acima de R$ 3.000,00 - - -
Por Categorias (salário médio no ano corrente) – R$ - - -
Cargos de diretoria 8.644 5.960 -
Cargos gerenciais - - -
Cargos administrativos - - -
Cargos de produção - - -
e) Saúde e segurança no trabalho 2015 2014 2013
Média de horas extras por empregado/ano - - -
Número total de acidentes de trabalho com empregados - - -
Número total de acidentes de trabalho com terceirizados / contratados - - -
Média de acidentes de trabalho por empregado/ano - - -
Acidentes com afastamento temporário de empregados e/ou de prestadores de serviço (%) - - -
Acidentes que resultaram em mutilação ou outros danos à integridade física de empregados e/ou de prestadores de serviço, com afastamento permanente do cargo (incluindo LER) (%)
- - -
Acidentes que resultaram em morte de empregados e/ou de prestadores de serviço (%) - - -
Índice TF (taxa de freqüência) total da empresa no período, para empregados - - -
Índice TF (taxa de freqüência) total da empresa no período, para terceirizados/ contratados - - -
Investimentos em programas específicos para portadores de HIV (R$ Mil) - - -
Investimentos em programas de prevenção e tratamento de dependência (drogas e álcool) (R$ MIL) - - -
3534
f) Desenvolvimento profissional 2015 2014 2013
Perfil da escolaridade - discriminar, em porcentagem, em relação ao total dos empregados(%) - - -
Ensino fundamental - - -
Ensino médio - - -
Ensino superior incompleto - - -
Ensino superior - - -
Pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado) - - -
Analfabetos na força de trabalho (%) - - -
Quantidade de horas de desenvolvimento profissional por empregado/ano - - -
Valor investido em desenvolvimento profissional e educação (%) - - -
g) Comportamento frente a demissões 2015 2014 2013
Número de empregados ao final do período - - -
Número de admissões durante o período - - -
Número de demissões durante o período - - -
Reclamações trabalhistas iniciadas por total de demitidos no período (%) - - -
Reclamações trabalhistas - - -
Montante reinvindicado em processos judiciais (R$ Mil) - - -
Valor provisionado no passivo - - -
Número de processos existentes - - -
Número de empregados vinculados nos processos - - -
h) Preparação para a aposentadoria 2015 2014 2013
Investimentos em previdência complementar (R$ Mil) - - -
Número de beneficiados pelo programa de previdência complementar - - -
Número de beneficiados pelo programa de preparação para aposentadoria - - -
Trabalhadores terceirizados/contratados em relação ao total da força de trabalho (%) - - -
Perfil da remuneração – Identificar a percentagem de empregados em cada faixa de salários Faixas (R$) Até X % % %
De X+1 a Y - - -
De Y+1 a Z - - -
Acima de Z - - -
Perfil da escolaridade – em relação ao total de terceirizados – discriminar (em %): - - -
Ensino fundamental - - -
Ensino médio - - -
Ensino superior, pós-graduação - - -
Índice TG (taxa de gravidade) da empresa no período, para empregados - - -
Índice TG (taxa de gravidade) da empresa no período, para terceirizados / contratados - - -
Área rural de são carlos (sc) - lt Foz chapecó pinhalzinho.
4.2 – Outras informações sociais relevantes
4.2.1 - Justificativas dos empreendimentos
A seguir, apresentamos as principais justificativas técnicas e sociais dos três empreendimentos sob a
responsabilidade da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE.
No que refere ao empreendimento Sistema de Transmissão 138 kV Seccionamento Santa Maria 3, a
implantação da Ampliação da Subestação Santa Maria 3, cujas obras foram concluídas em novembro de 2015,
tem como finalidade a conexão do ramal oriundo do Seccionamento da Linha de Transmissão Santa Maria
1 – Alegrete 1 - 138kV para a SE Santa Maria 3: disponibilizando a futura conexão da LT 138 kV – Formigueiro
2, da distribuidora AES Sul, e realizando a conexão do sistema 138kV através de transformação em 230kV,
3736
nesta região geoelétrica do sistema de transmissão. Este reforço energético para a região de Santa Maria (RS)
reduzirá problemas de tensão e manterá a estabilidade do sistema Centro-Oeste do Estado do Rio Grande do
Sul.
Já a implantação do Sistema de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2 tem o objetivo de
reforçar o atendimento de energia elétrica na região Oeste do Estado de Santa Catarina. Segundo estudos
realizados, a região necessita de maior quantidade de energia especialmente durante o período de verão e
em épocas de falta de chuvas. O referido empreendimento permitirá a transmissão e a ampliação de energia
entre a Subestação Foz do Chapecó, em Alpestre (RS), e a Subestação Pinhalzinho 2, em fase de construção
em Pinhalzinho (SC). A melhora do sistema de fornecimento de energia, principalmente para as atividades
agrícolas e industriais, fomentará o desenvolvimento regional.
No que tange à implantação do Sistema de Transmissão 230 kV Santo Ângelo – Maçambará C2, esta linha
de transmissão permitirá reforçar o atendimento energético na região da Fronteira Oeste do RS, através de
nova interligação entre a Subestação Santo Ângelo, de propriedade da Eletrosul, e a Subestação Maçambará,
de propriedade da CEEE-GT. Estudos da EPE demonstraram que há necessidade de reforço energético na
região, principalmente para atender à demanda crescente de levantes hidráulicos para irrigação de lavouras de
arroz e instalações de pivots (pivôs) centrais para irrigação de lavouras de soja. O empreendimento aumentará
a confiabilidade da energia fornecida para estas atividades agrícolas e demais atividades industriais instaladas,
dando condições para melhorar o desenvolvimento da região.
4.2.2 – Mapas das regiões abrangidas pelas linhas de Transmissão e Subestações
As Linhas de Transmissão e as Subestações da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. – FOTE – abrangem
os três principais sistemas localizadas nos municípios relacionados a seguir.
O Sistema de Transmissão 138 kV Santa Maria é composto pela ampliação da SE Santa Maria 3 e da LT 138
kV ALE1 – SMA3 / LT 138 kV SMA3 – SMA1. A área abrangida pelo empreendimento concentra-se no município
de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O referido sistema consiste da implementação em 138 kV, de um
circuito duplo, entre o ponto de Seccionamento da Linha de Transmissão 138 kV Alegrete 1 - Santa Maria 1 e a
subestação Santa Maria 3, com aproximadamente 2 km, localizado inteiramente no município de Santa Maria.
O Sistema de Transmissão 230 kV Foz Do Chapecó – Pinhalzinho 2 é composto pela ampliação da SE
Foz do Chapecó, LT 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2 C1 e C2, e SE Pinhalzinho 2. A LT terá sua origem
na Subestação Foz do Chapecó, localizada no município de Alpestre, no noroeste do Rio Grande do Sul (RS),
e seu extremo oposto será no município de Pinhalzinho, no Estado de Santa Catarina (SC). As referidas LTs
terão extensão aproximada de 36 km e estarão localizadas parcialmente no RS e a maior porção no Estado de
SC, conforme é apresentado no mapa a seguir. A linha abrangerá diretamente os municípios de Pinhalzinho,
Saudades e São Carlos, em SC, e Alpestre, no RS.
Subestação Santa Maria 3 - Ampliação FOTE.
Santa Maria
PinhalzinhoSaudadesSão CarlosAlpestre
1234
3938
Santo ÂngeloVitória das MissõesSão Miguel das Missões
123
São Luiz GonzagaBossorocaItacurubi
456
São BorjaMaçambaráItaqui
789
O Sistema de Transmissão 230 kV Santo Ângelo - Maçambará é composto pela ampliação da SE Santo
Ângelo, implantação da LT 230 kV Santo Ângelo – Maçambará C2 e ampliação da SE Maçambará. A LT terá sua
origem na Subestação Santa Ângelo, no município de mesmo nome, no Oeste do RS, e seu extremo oposto
será no município de Itaqui, próximo ao Município de São Borja (RS), na Subestação Maçambará. A referida
LT terá extensão aproximada de 199 km e estará localizada em sua totalidade no Estado do RS, conforme é
apresentado no mapa a seguir. Os municípios abrangidos pelo empreendimento são: Santo Ângelo, Vitória
das Missões, São Miguel das Missões, São Luiz Gonzaga, Bossoroca, Itacurubi, São Borja, Maçambará e Itaqui.
4.2.3 – Importância e benefícios do empreendimento
Os empreendimentos da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. – FOTE – fazem parte de um conjunto
de obras de Linhas de Transmissão que permitem o reforço eletroenergético na região Oeste dos Estados de
Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e contribuem para a melhoria da qualidade do abastecimento de energia
nessas áreas. Estes reforços possibilitam um incremento significativo da transferência de energia de acordo
com a necessidade energética das referidas regiões.
Durante o ano de 2015, os empreendimentos da FOTE mobilizaram um contingente de mão-de-obra que
gerou 200 empregos terceirizados, incluindo diretos e indiretos. As obras, em suas diversas etapas, exigiram
profissionais, técnicos e engenheiros com diferentes habilitações e competências, além da expertise de outras
equipes multidisciplinares.
As Linhas de Transmissão e Subestações fazem parte do Sistema Interligado Nacional (SIN) brasileiro, considerado
um dos mais avançados do mundo. Isto é possível porque o SIN utiliza os benefícios da diversidade hidrológica
entre as regiões, permitindo transferir excedentes de energia elétrica gerados por usinas hidráulicas em uma
região com níveis de armazenamentos elevados, para outras regiões com deficiência energética.
O Sistema Interligado Nacional é formado por empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e
parte da região Norte. Com tamanho e características que permitem considerá-lo único em âmbito mundial,
segundo a ANEEL, o sistema de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil é caracterizado pela forte
predominância de usinas hidrelétricas (61,3%) e termoelétricas (27,61%), com múltiplos concessionários,
responsáveis por 94,7% da energia elétrica total gerada. A geração eólica contribui com 5,6%, a termonuclear
por 1,3% e a solar fotovoltaica por 0,01% (fonte: Banco de Informações de Geração - atualizado em 22/03/2016
- disponível em www.aneel.gov.br).
O mapa abaixo ilustra a integração entre os sistemas de produção e transmissão para o suprimento do mercado
consumidor de energia elétrica do Brasil.
Fonte: ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico 4140
4.2.4 - Relação com os proprietários de terras
A Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A priorizou, desde o começo de suas atividades, um relacionamento
atento, sensível e respeitoso para com as comunidades residentes nas áreas aonde virão a ser construídas as
suas Linhas de Transmissão e as Subestações.
A faixa de servidão – área de segurança composta por perímetro de 40 metros de largura por onde passa a LT
– abrange uma quantidade grande de propriedades privadas com diferentes tipos de benfeitorias, costumes
e cultura. Nesta área, cujo domínio permanece com o proprietário, são definidas algumas restrições ao uso,
necessárias para garantir a segurança das instalações da linha de transmissão e das pessoas que convivem
com ela.
Apesar dos benefícios socioeconômicos decorrentes da implantação de uma LT para determinada
comunidade e para o Sistema Interligado Nacional como um todo, há sempre um impacto e reação inicial dos
moradores potencialmente atingidos por qualquer interferência em suas propriedades: seja pelo traçado da
linha, pelas obras de construção ou mesmo pela alteração provocada em benfeitorias e que exijam reparo ou
compensação de danos.
Em Santa Maria, a linha de transmissão se desenvolve por terras do Distrito Industrial do município de Santa
Maria e terras do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, nas quais intercepta o Projeto de Assentamento
Carlos Mariguella.
No contexto da LT 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2, o traçado se desenvolve em uma região montanhosa
e acidentada, principalmente nas proximidades da Subestação Foz do Chapecó, caracterizando-se por sistema
fundiário de pequenas e médias propriedades, em região de colonização tipicamente de origem europeia -
no caso, alemães e italianos -, cuja ocupação predominante é a criação de suínos e aves na zona rural, assim
como a existência de pequenas indústrias.
Já nos cerca de 200 km por onde se desenvolve a LT 230 kV Santo Ângelo – Maçambará C2, o traçado intercepta
desde pequenas e médias propriedades, na região de Santo Ângelo até Bossoroca, até grandes propriedades
situadas na região da campanha gaúcha, a partir do município de Itacurubi.
Cabe ressaltar que através da Resolução Autorizativa (DUP) n° 4.960, de 2 de dezembro de 2014, publicada
no Diário Oficial da União nº 238, de 9 de dezembro de 2014 e da Resolução Autorizativa n° 5.321, de 30
de junho de 2015, publicada Diário Oficial da União nº 126, de 06 de Julho de 2015, os empreendimentos
foram Declarados de Utilidade Pública em favor da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A., para fins
de instituição de servidão administrativa, abrangendo área de terra necessária à instalação das linhas de
transmissão e das subestações supracitadas.
O quadro a seguir faz um balanço da situação fundiária dos empreendimentos em dezembro de 2015,
quando 375 (75%) das 500 propriedades privadas estavam indenizadas, conforme quadro abaixo. Outras 88
encontravam-se em negociação (17,6%) e 37 com embargos judiciais (7,4%).
SITuAçãO DO ANDAMENTO FuNDIáRIO DOS EMPREENDIMENTOS FOTE DEzEMbRO DE 2015
EMPREENDIMENTOS quANTIDADE DE PROPRIEDADES
AVANçO FÍSICOTOTAl INDENIzADAS EM
NEGOCIAçõES
COM EMbARGOS JuDICIAIS
1 LT 230 kV Foz do Chapecó - Pinhalzinho 2, C1 e C 174 157 2 15 90%
2 LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará C2 308 206 80 22 67%
3 LT 138 kC Ramal Santa Maria 3 15 9 6 0 60%
4 Subestações 3 3 0 0 100%
Total 500 375 88 37 79%
4342
pastagens e áreas úmidas do pampa. lt santo Ângelo - maçambará c2, no rio Grande do sul.
dimensão ambiental 5
5 - Dimensão Ambiental
A dimensão ambiental possui especial relevância para a Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE
- em todas as etapas de implantação e operação de suas linhas de transmissão e subestações objetos da
concessão da ANEEL. A empresa procura tratar as questões ambientais dos empreendimentos de forma
articulada entre as áreas de projeto e ambiental/fundiária, de forma a incorporar o tema aos processos de
tomada de decisão.
Para trabalhar estes temas a FOTE definiu uma equipe própria, formada por profissionais especializados nas
questões ambientais e fundiárias, a qual gerencia os contratos das empresas consultoras responsáveis pelos
estudos específicos e faz a gestão junto aos órgãos intervenientes ao processo de licenciamento ambiental.
Também foram incorporadas cláusulas específicas de respeito à legislação ambiental nos contratos e parcerias
firmados com fornecedores, projetistas e consultores, sensibilizando e buscando o comprometimento
dos parceiros quanto às suas responsabilidades com o meio ambiente. Assim, em todas as etapas de
desenvolvimento e implantação das linhas de transmissão e das subestações sob concessão da FOTE são
adotados procedimentos que garantem a segurança ambiental dos empreendimentos.
A responsabilidade social e ambiental foi aplicada desde a definição das estratégias iniciais para viabilização
dos empreendimentos, passando pelos estudos técnicos para desenvolvimento dos Projetos Básico e
Executivo, e terá continuidade nas fases de implantação e operação dos mesmos.
O processo para desenvolvimento dos traçados das linhas de transmissão considerou como premissas, entre
outras: atingir o menor número possível de benfeitorias; provocar a menor interferência ambiental, procurando
utilizar regiões já antropizadas; evitar a interferência em áreas sensíveis e protegidas, como Unidades de
Conservação, Áreas de Preservação Permanente e Terras Indígenas; bem como evitar a passagem das linhas
nas proximidades dos perímetros urbanos dos municípios localizados ao longo dos traçados.
5.1 – Indicadores de Desempenho Ambiental para Empresas de Distribuição e/ou Transmissão de
Energia Elétrica.
A seguir são apresentados os Indicadores de Desempenho Ambiental utilizados na gestão do empreendimento
da FOTE. Em 2015 somente ocorreram atividades construtivas nas subestações de Santa Maria 3, Pinhalzinho
2, Maçambará e Santo Ângelo, contudo estes indicadores são melhor utilizados na implantação das Linhas de
Transmissão.
INDICADORES DE DESEMPENhO
uNIDADES DE MEDIDA
ObJETIVO DOINDICADOR AçõES DA EMPRESA
Supressão vegetal - Fase de implantação
m² de área suprimida.
Medir/localizar as áreas de supressão vegetal, para a construção de subestações e abertura de faixa de servidão (LT).
• Localização precisa dos locais de supressão.
• Realização das atividades com profissionais especializados/treinados visando o menor impacto ambiental possível.
• Minimização máxima possível de atividades em Áreas de Preservação Permanente (APP).
• Reposição florestal dos volumes suprimidos.
PodaVolume de resíduos gerados em kg por
mês.
Medir/localizar o volume de resíduos de poda gerados na manutenção das redes.
Vazamento de óleoPontos de
vazamento por mês.
Medir a eficiência das ações preventivas e corretivas dos vazamentos de óleos de equipamentos.
• Instalação de caixas coletoras / segregação de óleos (para atender “possíveis” acidentes).
• Realização de atividades periódicas de monitoramento e manutenção com profissionais especializados/treinados visando o menor impacto ambiental possível.
Geração de resíduos Quantidade / tipo de resíduo gerado
Avaliar os tipos de resíduo, segregação e destinação adequada dos resíduos gerados durante a implantação/operação do empreendimento.
• Elaboração de plano de gestão de resíduos sólidos.
• Instalação de coletores de resíduos nas frentes de trabalho e canteiro de obras (armazenamento temporário).
• Destino adequado (com comprovação certificada) dos resíduos gerados no empreendimento.
• Realização de atividades periódicas de treinamento dos profissionais envolvidos.
4746
5.2 – Estudos e licenças ambientais
O Lote I do Leilão Nº 007/2013, realizado pela Aneel em novembro de 2013 e arrematado pela FOTE, é
composto por três Sistemas de Transmissão localizados geograficamente distantes entre si e que possuem
características próprias, o que resultou em processos distintos de licenciamento ambiental e desenvolvimento
de estudos.
Os Estudos Ambientais são documentos que contém informações sobre os empreendimentos, apresentando
a situação social, econômica e ambiental da região que será afetada pelas obras, com descrições dos prováveis
impactos que as mesmas irão causar. Estes documentos apontam medidas que devem ser tomadas para
diminuir ou compensar os impactos que poderão ocorrer, caso os empreendimentos sejam autorizados.
Após a aprovação do estudo ambiental é emitida a Licença Prévia (LP), que apresenta as condições básicas
de viabilidade ambiental e locacional do empreendimento, bem como diretrizes e condicionantes a serem
cumpridas para a obtenção da segunda licença, a Licença de Instalação (LI). Para obtenção da LI é apresentado
o Plano Básico Ambiental (PBA), documento onde são detalhados as atividades dos Programas Ambientais
que diminuirão os impactos decorrentes da implantação dos empreendimentos.
Somente com a emissão da Licença de Instalação é que poderão ser iniciadas as obras dos empreendimentos.
Após a conclusão das obras e caso sejam atendidas todas as exigências ambientais da LI, será emitida a Licença
de Operação (LO), permitindo o funcionamento dos empreendimentos.
A seguir são apresentados os diferentes ritos de licenciamento ambiental adotados para cada Sistema de
Transmissão, bem como os estudos ambientais desenvolvidos.
Áreas agrícolas transpassadas pela lt santo Ângelo- maçambará c2, no rio Grande do sul
5.2.1 - Sistema de Transmissão 138 kV Seccionamento
Santa Maria 3
O licenciamento ambiental da LT está sendo conduzido pela
Secretaria de Município de Meio Ambiente de Santa Maria,
através do processo administrativo nº2014/08/42243, já tendo
sido emitida a Licença Prévia nº 27/2014. Por sua vez, a área
destinada à Ampliação da Santa Maria 3 foi licenciada pela
Fundação Estadual de Proteção Ambiental – FEPAM, através
da Autorização Geral nº00303/2014-DL.
As questões arqueológicas foram aprovadas pelo IPHAN/
RS, com realização dos estudos de Diagnóstico e Prospecção
Arqueológica Interventiva pelo Setor Arqueológico da
Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. Estes
estudos confirmaram não haver artefatos, vestígios ou
estruturas que indique a presença de sítios arqueológicos
na Área Diretamente Afetada pelo empreendimento. Desta
forma obteve-se do IPHAN/RS anuência para Instalação de todo sistema (Ampliação da SE-Santa Maria 3 e
Seccionamento da LT Alegrete 1/SE-SMA1).
Outro estudo importante desenvolvido foi o de levantamento Paleontológico, tendo em vista que a região
de Santa Maria é reconhecida como uma das mais ricas em material paleontológico do Brasil. O processo para
desenvolvimento desses estudos foi tramitado junto ao DNPM/RS, que emitiu autorização para as pesquisas.
As coletas não indicaram a presença de fósseis na área diretamente afetada pelo empreendimento. Qualquer
material encontrado nas etapas de implantação do empreendimento será depositado na coleção científica
do Laboratório de Paleobiologia da Universidade Federal de Santa Maria. Desta forma, obteve-se do DNPM
autorização para instalação de todo este sistema de transmissão.
5.2.2 - Sistema de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2
Este sistema é composto pela Ampliação B da Subestação Foz do Chapecó, localizada no município de
Alpestre (RS), pela implantação dos Circuitos 1 e 2 da Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó –
Pinhalzinho 2 e pela construção de uma nova subestação no município de Pinhalzinho (SC), denominada
SE Pinhalzinho 2. Por se tratar de um empreendimento que se desenvolve entre dois Estados da Federação,
o licenciamento ambiental está sendo conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), através do processo 02001.000243/2014-77, aberto em 09/01/2014.
Quero-quero cuidando do ninho - Bioma pampa (Foto: leonid streliaev)
4948
Inicialmente, em março de 2014, o Ibama havia definido que o licenciamento seria através de rito simplificado,
com elaboração de Relatório Ambiental Simplificado (RAS) para todo Sistema de Transmissão. O documento
foi protocolado no instituto em abril de 2014, juntamente com o pedido de emissão de Licença Prévia. Em
um segundo momento, entretanto, já no mês de outubro de 2014, o Ibama retroagiu em sua decisão inicial e
optou por separar os ritos de licenciamento em Simplificado, para as subestações, e em Ordinário (que exige
a elaboração de EIA/RIMA), para a linha de transmissão.
Com esta determinação, em novembro de 2014 foi aberto junto ao Ibama novo processo de licenciamento
para as subestações e iniciados os estudos para elaboração do RAS.O pedido de Licença de Instalação (com
dispensa de Licença Prévia) para as subestações foi protocolado no Ibama em 23/12/2014. A emissão da
licença de Instalação (LI 1058/2015) ocorreu em 08/05/2015.
Para definição das alternativas de traçado do Circuito 1 da LT, a FOTE respeitou algumas premissas
socioambientais, o que resultou em um corredor preferencial para implantação do empreendimento. Numa
análise mais abrangente, a presença da Terra Indígena Guarani do Araça’í, ao lado oeste do corredor, e a Área
Prioritária para a Preservação da Biodiversidade do Rio Chapecó no lado leste, foram determinantes para
definição do traçado da LT. A FOTE também considerou como fatores limitadores para a passagem da LT
os perímetros urbanos dos municípios catarinenses de São Carlos, Cunhataí e Saudades, e das localidades
Balneário Águas de Pratas, no município de São Carlos (SC), e da Volta Grande, em Alpestre (RS).
Outro ponto importante considerado foi a travessia sobre o rio Uruguai, sendo determinado ao projetista
que viabilizasse a passagem da LT sem a necessidade de locação de estruturas em área de preservação
permanente (AAP das margens deste manancial). A Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material
Biológico para realização dos estudos ambientais do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) foi
emitida pelo Ibama em 24/11/2014, com realização de duas campanhas (verão e outono), sendo entregue em
maio de 2015.
Em 25/08/2015 foi realizada “Audiência Pública” de apresentação do EIA/RIMA deste empreendimento no
município de São Carlos (SC), ofertando transporte gratuito aos comunitários da área rural dos cinco municípios
envolvidos. Este evento teve ampla divulgação e um bom nível de participação de moradores e autoridades
locais. Nos dias 26 e 27/08/2015 foi realizada vistoria técnica (incluindo sobrevoo) com analistas do IBAMA e
representantes da FOTE e da equipe técnica responsável pela elaboração do EIA/RIMA. Por solicitação do
IBAMA/SC, em novembro do mesmo ano foram entregues complementos deste estudo ambiental. Prevê-se
para o primeiro trimestre de 2016 a emissão da Licença Ambiental Prévia do Circuito 1.
Em agosto de 2015, foi aberto no IBAMA o processo de licenciamento ambiental do Circuito 2 da “LT 230
kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2” (Processo 02001.005707/2015-12). Em setembro foi aberto processo
de licenciamento no IPHAN/DF, buscando obter orientações especificas para contratação dos serviços
especializados de Arqueologia deste empreendimento. Em 23/11/2015 o IBAMA emitiu o Termo de Referência
(TR) para elaboração do EIA/RIMA deste empreendimento e, no início de dezembro, emitiu a “Autorização
de Coleta/Captura da Fauna” necessária as campanhas de campo do meio biótico. Prevê-se a conclusão e
entrega no IBAMA/SC deste estudo ambiental em julho de 2016.
5.2.2.1 - A Flora local
O Sistema de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2 está integralmente inserido no Bioma Mata
Atlântica, dentro da formação Floresta Estacional Decidual, podendo ocorrer elementos da Floresta Ombrófila
Mista, como a Araucaria angustifolia. Os estudos realizados pela empresa consultora identificaram que as
florestas ao longo do traçado da LT encontram-se extremamente fragmentadas, resultado do processo de
colonização e produção agrícola da região. Os maiores fragmentos florestais e os de maior dimensão estão
localizados nas margens dos rios Uruguai e Saudades, em encostas mais íngremes e topos de morro. Foram
identificadas 68 espécies florestais, das quais apenas cinco são consideradas como ameaçadas de extinção ou
imunes ao corte.
5.2.2.2 - A Fauna local
Os estudos de fauna ainda estão em desenvolvimento, tendo sido realizada apenas uma campanha de campo.
Os resultados iniciais revelam que a região, apesar de bastante antropizada, possui uma grande diversidade
de espécies, tendo sido identificadas até o momento 27 espécies de mamíferos terrestres, 174 de aves, 19 de
anfíbios e 9 de répteis.
5.2.3 - Sistema de Transmissão 230 kV Santo Ângelo – Maçambará C2
Estão previstos, para este Sistema de Transmissão, a implantação do Circuito 2 da Linha de Transmissão 230
kV Santo Ângelo – Maçambará e a ampliação da Subestação Santo Ângelo, de propriedade da Eletrosul, e a
Subestação Maçambará, de propriedade da CEEE-GT. O licenciamento ambiental está sendo conduzido pela
Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM/RS), e foi dividido em dois processos
distintos: um para a implantação da LT e outro para a ampliação da SE Maçambará. Por ser considerada uma
obra de pequeno porte e sem interferências ambientais significativas, a ampliação da SE Santo Ângelo foi
dispensada de licenciamento.
O processo de licenciamento ambiental da LT (processo administrativo nº4103-05.67/14-6) foi iniciado em
31/03/2014, com o preenchimento da Ficha de Caracterização do Empreendimento e apresentação à FEPAM/
RS da proposta de Termo de Referência para desenvolvimento dos estudos ambientais. O Termo de Referência
5150
foi aprovado pela FEPAM em 26/06/2014. No mesmo mês, a FEPAM emitiu a Autorização para Coleta de Fauna
nº 0013/2014-DL, autorizando o manejo e captura da fauna para fins de diagnóstico ambiental de mamíferos,
aves, répteis e anfíbios.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, apresentou
a caracterização ambiental da região de inserção da Linha de Transmissão e a identificação dos possíveis
impactos do empreendimento sobre o meio ambiente, bem como a proposição das ações e programas
ambientais recomendados para minimizar ou compensar estes impactos.
O EIA/RIMA foi protocolado na FEPAM em setembro de 2014, obtendo aprovação em março de 2015, quando
foi apresentado à comunidade local através das três Audiências Públicas realizada nos municípios de Vitória
das Missões (24/03), Bossoroca (25/03) e Maçambará (26/03) com expressiva participação de moradores e
autoridades municipais. No mesmo período foi realizada Vistoria Técnica com representantes dos analistas
ambientais da FEPAM (órgão licenciador), FOTE e membros da equipe técnica responsável pela elaboração
do EIA/RIMA.
A Licença Prévia deste empreendimento (LP 378/2015-DL) foi emitida pela FEPAM em 11/08/2015. A
solicitação da Licença Ambiental de Instalação (LI) deste empreendimento, incluindo o PBA e demais anexos
documentais, foi protocolada na FEPAM em 03/09/2015. Aguarda-se a emissão da LI deste empreendimento
para o primeiro trimestre de 2016. A Ampliação da SE Maçambará foi submetida ao rito simplificado de
“Autorização Ambiental” (Processo FEPAM nº 4280-05.67/15-9), sendo emitida pela FEPAM/RS em 09/06/2014
(AutGer 0297/2014-DL) e renovada em outubro de 2015 pela AutGer 331/2015-DL. As obras deste setor do
sistema somente iniciaram em março de 2015, com previsão de conclusão no primeiro trimestre de 2016.
A Ampliação da Subestação Santo Ângelo apresenta baixa complexidade estrutural, estando contida dentro
do pátio já construído e com pequena movimentação de solo. Desta forma, obteve-se da FEPAM isenção
do licenciamento ambiental. Suas obras encontram-se concluídas, restando apenas realizar os testes de
comissionamento e energização dos equipamentos.
5.2.3.1- A Flora local
A região de inserção do Sistema de Transmissão 230 kV Santo Ângelo – Maçambará C2 é composta pelos
Biomas Mata Atlântica e Pampa, os quais, apesar de estarem bastante descaracterizados em função da ação
humana, apresentam significativos remanescentes conservados. Foram identificadas 150 espécies da flora
local, das quais 12 são consideradas ameaçadas de extinção.
Com área total de 796 hectares, o traçado da linha de transmissão, selecionado em função do menor impacto
ambiental, intercepta aproximadamente 83 hectares de vegetação nativa, dos quais se prevê a interferência
em apenas 10 hectares. Para o segundo trimestre de 2015, está prevista a realização do Inventário Florestal,
que permitirá um melhor detalhamento da vegetação a ser impactada pelo empreendimento.
5.2.3.2 - A Fauna local
Mesmo sendo uma região bastante descaracterizada em relação às suas formações originais, os resultados das
campanhas de campo apontaram uma rica e importante diversidade de espécies animais, tendo sido identificadas
- nas duas primeiras campanhas - 24 espécies de mamíferos e mais de 120 espécies de aves, além de anfíbios e
répteis. Os estudos terão prosseguimento durante o período de implantação e operação do empreendimento.
5.2.3.3 - O Patrimônio Arqueológico e histórico
A implantação do Sistema de Transmissão 230 kV Santo Ângelo – Maçambará C2 se dará em uma região reconhecida
mundialmente por seu alto valor histórico e cultural. Conhecida como Região das Missões ou Terra dos Sete Povos
das Missões, diversos monumentos históricos locais são protegidos pela Organização das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o que levou à FOTE considerar a localização desse patrimônio para
pássaro preto residente na subestação santo Ângelo
5352
definição do traçado da linha de transmissão. Aguarda-se, para o primeiro trimestre de 2016, a Anuência do IPHAN
para emissão da LI deste empreendimento. Somente após este documento e do monitoramento e salvamento
do patrimônio arqueológico (identificado no diagnóstico do patrimônio arqueológico) haverá possibilidade de
iniciar a execução das obras deste empreendimento.
5.3 - Programas Ambientais
Baseado nas etapas de Diagnóstico Ambiental e Avaliação de Impactos desenvolvidas ao longo dos estudos
ambientais, a Fronteira Oeste Transmissora de Energia apresentou aos órgãos ambientais competentes propostas
de medidas e programas ambientais para evitar ou diminuir os impactos ambientais negativos e potencializar os
impactos positivos. Tais medidas e programas serão implementados nas fases de implantação e operação dos
empreendimentos, garantindo a qualidade ambiental dos mesmos. Os principais programas propostos foram:
1. Plano de Gestão Ambiental.
2. Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos nos Canteiros e Frentes de Obras.
3. Programa de Prospecção, Resgate e Guarda do Patrimônio Histórico e Arqueológico e Paleontológico.
4. Programa de Mitigação de Impactos sobre a Fauna.
5. Programa de Manejo e Conservação da Flora e Reposição Florestal.
6. Programa de Compensação Ambiental.
7. Programa de Negociação e Indenização para o Estabelecimento da Faixa de Servidão e Acessos.
8. Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social.
9. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.
A seguir descreve-se o escopo básico dos programas ambientais desenvolvidos na implantação dos
empreendimentos da FOTE. Até o presente momento somente foram desenvolvidos os programas relacionados
com a Implantação das Subestações (parte dos sistemas de transmissão da FOTE).
5.3.1 - Plano de Gestão Ambiental
O Programa de Gestão Ambiental visa à otimização das técnicas recomendadas para utilização durante a fase
de implantação do empreendimento, tornando possível a prevenção ou mitigação de possíveis impactos.
Busca também garantir e acompanhar a implementação das medidas de proteção ambiental preconizadas no
PBA (Plano Básico Ambiental) e nas condicionantes das licenças ambientais relacionadas ao empreendimento,
respeitando a legislação pertinente.
Este programa (também denominado de Supervisão Ambiental) realiza inspeções diárias em todas as frentes
de obras, objetivando acompanhar e orientar os responsáveis pela construção do empreendimento - e demais
prestadores de serviços envolvidos - sobre os aspectos técnicos e ambientais previstos no PBA, nas condicionantes
das Licenças de Instalação, bem como outras normativas legais pertinentes à temática ambiental.
É o instrumento gerencial para o monitoramento de todas as atividades das obras, contendo as diretrizes
técnicas relacionadas com toda a implantação do empreendimento. Também é responsável pela elaboração dos
“Relatórios de Supervisão Ambiental” que integram os registros do andamento dos Programas Ambientais e das
Condicionantes presentes nas Licenças Ambientais e sua entrega periódica destes relatórios ao órgão ambiental
licenciador (FEPAM/RS e/ou IBAMA).
5.3.2 - Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos / Efluentes líquidos nos Canteiros e Frentes de
Obras.
A gestão dos resíduos sólidos e efluentes gerados durante a implantação das Linhas de Transmissão e das
subestações visa diminuir os riscos de contaminação do solo e dos recursos hídricos, bem como organizar o manuseio
e a disposição adequados dos resíduos/efluentes gerados durante a realização das obras. O gerenciamento dos
resíduos sólidos e efluentes consiste em um conjunto de procedimentos de gestão, planejamento e implantação
a partir de bases técnicas e científicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração de resíduos,
maximizar a reutilização/reciclagem, e possibilitar o devido encaminhamento dos mesmos, de forma adequada,
para a destinação final.
As principais categorias de resíduos gerados nas operações diárias dos canteiros de obras são: resíduos orgânicos,
resíduos de saúde provenientes de ambulatórios, lodo de fossas sépticas ou banheiros químicos, sucata metálica,
pilhas e baterias automotivas, lâmpadas fluorescentes, resíduos de concreto, óleo usado, materiais diversos
contaminados com óleos e lubrificantes (EPIs – Equipamentos de Proteção Individual, panos, embalagens),
materiais recicláveis não contaminados (papel, papelão, plástico, madeira), entre outros.
coletores de lixo seletivo nos canteiros de obras
5554
5.3.3 - Programa de Prospecção, Resgate e Guarda do Patrimônio histórico e Arqueológico e
Paleontológico.
As prospecções arqueológicas visam estudar e preservar os registros e informações da ocupação humana
do período pré-colonial. Já as prospecções paleontológicas visam avaliar e preservar registros fossilíferos
(de vidas existentes no passado geológico) presentes no subsolo dos locais afetados diretamente pelo
empreendimento da FOTE. Parte do conhecimento gerado nestas investigações é compartilhado com as
comunidades residentes na área de influência do empreendimento, através da denominada Educação
Patrimonial.
5.3.4 - Programa de Mitigação de Impactos sobre a Fauna.
O monitoramento da fauna visa o reconhecimento da diversidade local e a definição de seus padrões
de distribuição espacial ao longo das áreas de influência deste empreendimento. Os métodos aplicados
objetivam identificar a presença de espécies bioindicadoras raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção, bem
como identificar as principais rotas de movimentação da avifauna através das diferentes fitofisionomias das
áreas próximas das LTs. Esta ação-base visa contribuir para a correta gestão ambiental do empreendimento,
evitando prejuízos ecológicos desnecessários.
Registros arqueológicos
trabalho de campo na área de arqueologia
Fragmentos de cerâmica
Vaso de cerâmica
ponta de flecha
Fragmentos de cerâmica
5756
As atividades de monitoramento iniciam antes do início das obras e irão se estender por um período de
um ano, visando favorecer a comparação do cenário com e sem o empreendimento. Os grupos a serem
monitorados deverão ser herpetofauna, avifauna e mastofauna, com maior ênfase em avifauna limnícola
e mamíferos voadores (quirópteros). O grupo que recebe maior atenção são as aves. Os monitoramentos
ocorrerão com campanhas sazonais (uma em cada estação do ano) e a geração de relatórios técnicos parciais.
No término do monitoramento, será elaborado um Relatório Técnico final analisando a possível interferência
das Linhas de Transmissão na fauna local.
5.3.5 - Programa de Manejo e Conservação da Flora e Reposição Florestal.
Durante a implantação da Linha de Transmissão e as suas estruturas associadas - canteiro de obras, acessos
etc. - é necessária a supressão de vegetação de porte florestal (natural ou implantada). De forma a mitigar
este impacto, foi gerado o Programa de Manejo e Conservação da Flora e Reposição Florestal, que inclui
procedimentos a serem observados durante a etapa de intervenção em vegetação nativa situada na área
destinada para construção do empreendimento (acessos, praças de torres, lançamento de cabos, canteiro de
obras e das subestações), propondo alternativas sustentáveis para o manejo da vegetação presente nestes
locais.
Utilizando como base o projeto executivo e as áreas de intervenção direta (acessos, praça de torres,
subestações e passagem de cabos), é realizado o levantamento da vegetação nativa a ser impactada
diretamente pelo empreendimento através do Inventário Florestal. Este levantamento foi realizado tendo
em vista a solicitação de autorização de supressão vegetal e a estimativa de reposição florestal, definida pela
FEPAM/RS e pelo IBAMA/SC.
Durante o levantamento das áreas a serem suprimidas, é realizada vistoria técnica buscando identificar
indivíduos de espécies imunes ao corte pela Legislação Ambiental (figueiras, corticeiras e butiás) e espécies
com o transplante recomendado, como palmeiras e epífitas. Estes indivíduos foram caracterizados e
sinalizados (marcados com fita zebrada), anotando-se sua localização geográfica. Este levantamento
subsidiou as atividades de transplante para locais próximos, porém compatíveis com a presença da Linha de
Transmissão. Durante os transplantes são adotadas medidas visando aumentar a possibilidade de sucesso.
Visando o menor impacto sobre estes espécimes da flora nativa, prioriza-se (quando possível e compatível
com a construção/operação da Linha de Transmissão) as ações de poda, retirando parte do vegetal
incompatível com o empreendimento e mantendo o restante dos vegetais. Durante as atividades de
supressão vegetal serão realizadas vistorias visando verificar o cumprimento da Autorização de Supressão
Vegetal, garantindo a supressão somente das áreas demarcadas e o correto transplante dos indivíduos
imunes ao corte ou com transplante sugerido.
5.3.6 - Programa de Compensação Ambiental.
A Compensação Ambiental é um mecanismo financeiro de compensação pelos efeitos de impactos
não mitigáveis ocorridos quando da implantação dos empreendimentos, e identificados no processo de
licenciamento ambiental. Estes recursos são destinados as Unidades de Conservação para a consolidação
do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, conforme previsto no Art. 36 da Lei Nº 9.985 de 18
Julho de 2000 que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e regulamentado pelo Decreto
nº 4340/2002 e alterado pelo Decreto Federal nº5.566/05. Somente são submetidos a este programa as
Linhas de Transmissão cujos licenciamentos ambientais tiveram sido obtidas através de EIA/RIMA. Os valores
representam 0,5% do valor total dos empreendimentos. Os recursos de compensação ambiental da LT Santo
Ângelo Maçambará serão destinados para “Reserva Biológica Banhado São Donato” (Itaqui/ Maçambará). A
LT Foz do Chapecó – Pinhalzinho 2 (C1) está sendo avaliada pelo IBAMA/SC.
5.3.7 - Programa de Negociação e Indenização para o Estabelecimento da Faixa de Servidão e Acessos.
Devido à implantação do empreendimento, ocorrerá a instituição de faixa de servidão sob a linha de
transmissão, a qual visa à manutenção da segurança do sistema de transmissão e de terceiros. A segurança
é garantida mediante a restrição do uso da faixa, para a qual é procedida a devida avaliação e a conseqüente
indenização, acompanhada do gravame da instituição da servidão na respectiva matrícula dominial do
imóvel.
A implantação da Linha de Transmissão e infraestrutura necessária para sua consecução acarretará em
impactos diretos às propriedades localizadas ao longo do traçado, tanto pela necessidade de corte de
vegetação para a abertura de estradas de acesso, faixa de lançamento de cabos e corte seletivo para a
manutenção das distâncias operativas de segurança, quanto escavações, instalação de torres, remoção de
eventuais benfeitorias, etc.
Para mitigar e compensar tais impactos este Programa abrange um eficiente e transparente canal de
comunicação com os proprietários, seguido da efetivação das indenizações, seja pela instituição da faixa
de servidão e remoção de benfeitorias ou pelos danos causados pela implantação e manutenção do
empreendimento. Durante os serviços de indenização, foram avaliadas as atividades existentes e o cadastro
das propriedades, bem como procedido o acompanhamento documental até a averbação da servidão na
matrícula do imóvel. As indenizações ocorrem conforme diretrizes e parâmetros estabelecidos na legislação
nacional de normas de avaliação de imóvel rural (NBR 14653-3). Em todos os casos busca-se negociação
amigável, contudo, nos casos onde não foi possível, foram ajuizados processos judiciais, pois trata-se de
Empreendimentos de Utilidade Pública (Todas as Linhas possuem Declaração de Utilidade Pública – DUP).
5958
5.3.8 - Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social
Este programa objetiva desenvolver a prática de Educação Ambiental (EA) nas áreas atravessadas pela LT,
difundindo nas comunidades localizadas em sua Área de Influência Direta (AID), conhecimentos e hábitos
sustentáveis, de acordo com suas atividades e com o ambiente onde vivem. Também busca comunicar as
principais atividades, benefícios e dificuldades associadas com a implantação dos empreendimentos de
utilidade pública. Para tal, realiza-se um conjunto de ações e atividades que promovam ao público-alvo
do programa a construção e reflexão, de forma individual ou coletiva, de valores, atitudes e competências
voltadas: à conservação dos meios biótico e físico associados; à melhoria da qualidade ambiental; à boa
convivência com o empreendimento; e para a minimização dos impactos previstos pelos estudos ambientais.
A Educação Ambiental aos trabalhadores envolvidos assegura que estes realizem as suas atividades
adotando procedimentos adequados, considerando cuidados necessários com o meio ambiente, com as
relações com as comunidades e com a preservação dos Patrimônios Arqueológicos, Cultural e Histórico. A
integração realizada ocorre no início das atividades e abrange conteúdos técnicos e didáticos específicos.
Os diálogos ambientais periódicos são direcionados a todos os trabalhadores e equipes gerenciais das
construtoras contratadas e enfatiza aspectos e/ou procedimentos identificados como problemáticos nas
frentes de obras. Também são realizados, neste programa, procedimentos destinados a garantir a segurança
da população residente ou que transita nos locais de execução das obras, quanto aos eventuais riscos de
acidentes envolvendo o lançamento dos cabos.
5.3.9 - Programa de Recuperação de áreas Degradadas.
O objetivo deste programa é a recuperação e/ou recomposição das áreas degradadas pelas obras de
implantação das Linha de Transmissão e das ampliações das subestações, de forma a se obter a revegetação
das áreas utilizadas durante as obras de construção, visando à proteção dos solos e dos corpos d’água contra
os processos erosivos e o assoreamento. As obras de implantação do empreendimento promovem algumas
modificações (temporárias) nas condições ambientais junto à base de torres e acessos, promovidas pelo
trânsito de máquinas e a ocupação das áreas dos canteiros de obras. Portanto, a recuperação ambiental evita
a formação de processos erosivos, possibilitando a retomada do uso original das áreas afetadas parcialmente
pela implantação do empreendimento.
João-de-barro (Furnarius rufus) ave típica da região transpassada pela lt santo Ângelo – maçambara (c2)
60
espinilho, árvore típica do Bioma pampa (Foto: acervo do parque estadual do espinilho, rs)
balanço soCial6
balanço Social modelo IbASE
Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE
CNPJ Nº 19.438.891/0001-90
DEMONSTRAçãO DO bAlANçO SOCIAl
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEzEMbRO DE 2014 E 2015 (em milhares de reais)
1 - Base de Cálculo 2015 2014
receita líquida (rl) 57.254 15.420
resultado operacional (ro) -2.094 -319
Folha de pagamento bruta (FpB) 166 9
2 - Indicadores Sociais Internos Valor (mil)
% sobre FPB
% sobre RL
Valor (mil)
% sobre FPB
% sobre RL
alimentação - - - - - -
encargos sociais compulsórios 28 16,87% 0,05% 2 22,22% 0,01%
previdência privada - - - - - -
saúde - - - - - -
segurança e saúde no trabalho - - - - - -
educação - - - - - -
cultura - - - - - -
capacitação e desenvolvimento profissional - - - - - -
creches ou auxílio-creche - - - - - -
participação nos lucros ou resultados - - - - - -
outros - - - - - -
Total - Indicadores sociais internos 28 16,87% 0,05% 2 22,22% 0,01%
3 - Indicadores Sociais Externos Valor (mil)
% sobre RO
% sobre RL
Valor (mil)
% sobre RO
% sobre RL
educação - - - - - -
cultura - - - - - -
saúde e saneamento - - - - - -
esporte - - - - - -
4 - Indicadores AmbientaisValor (mil)
% sobre RO
% sobre RL
Valor (mil)
% sobre RO
% sobre RL
Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa
- - - - - -
Investimentos em programas e/ou projetos externos
- - - - - -
Total dos investimentos em meio ambiente
- - - - - -
Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa
( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75%( ) cumpre de 0 a 50%( ) cumpre de 76 a 100%
( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75%( ) cumpre de 0 a 50%( ) cumpre de 76 a 100%
5 - Indicadores do Corpo Funcional 2015 2014
nº de empregados(as) ao final do período
nº de admissões durante o período
nº de empregados(as) terceirizados(as) 200 30
nº de estagiários(as)
nº de empregados(as) acima de 45 anos
nº de mulheres que trabalham na empresa
% de cargos de chefia ocupados por mulheres
nº de negros(as) que trabalham na empresa
5 - Indicadores do Corpo Funcional 2015 2014
% de cargos de chefia ocupados por negros(as)
nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais
6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial
2015 2014
relação entre a maior e a menor remuneração na empresa
- -
número total de acidentes de trabalho - -
os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:
(x) direção( ) direção e gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
(x) direção( ) direção e gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
os pradrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:
( ) direção e gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
( ) todos(as) + cipa
( ) direção e gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
( ) todos(as) + cipa
Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:
( ) não se envolve
( ) segue as normas da
oIt
( ) incentiva e segue a oIt
( ) não se envolve
( ) segue as normas da
oIt
( ) incentiva e segue a oIt
combate à fome e segurança alimentar - - - - - -
outros - - - - - -
Total das contribuições para a sociedade - - - - - -
tributos (excluídos encargos sociais) - - - - - -
Total - Indicadores sociais externos - - - - - -
6564
a previdência privada contempla: ( ) direção( ) direção e gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
( ) direção( ) direção e gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
a participação dos lucros ou resultados contempla:
( ) direção( ) direção e gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
( ) direção( ) direção e gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:
( ) não são considerados
( ) são sugeridos
( ) são exigidos
( ) não são considerados
( ) são sugeridos
( ) são exigidos
Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:
( ) não se envolve
( ) apóia( ) organiza e
incentiva( ) não se envolve
( ) apóia( ) organiza e
incentiva
número total de reclamações e críticas de consumidores(as):
na empresa ______
no procon ______
na Justiça ______
na empresa ______
no procon ______
na Justiça ______
% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:
na empresa ______%
no procon ______%
na Justiça ______%
na empresa ______%
no procon ______%
na Justiça ______%
Valor adicionado total a distribuir (em mil r$):
em 2015: r$2.685 em 2014: r$193
distribuição do Valor adicionado (dVa):
1,01% governo 6,18% colaboradores(as)
(1,97)% acionistas 96,80 % terceiros
15,54% governo 53,89% colaboradores(as)
29,53% acionistas 1,04 % terceiros
setor 138 kV da subestação santa maria 3
6766
equipamentos para a ampliação da subestação santa maria 3, rio Grande do sul
limites de esCopo7
7 – limites de Escopo
A elaboração do presente relatório teve como base o “Manual de Elaboração do Relatório Anual de
Responsabilidade Socioambiental das Empresas do Setor Elétrico”, que é parte integrante do “Manual de
Contabilidade do Setor Elétrico – Versão 2015”, publicado pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.
Devido ao fato de que alguns dos empreendimentos da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE
são Linhas de Transmissão, e que estavam em construção no ano de 2015, alguns itens presentes no Manual
não se aplicam à sua condição. A seguir, são descritos os conteúdos não aplicáveis e sua referida justificativa.
• Não se aplicam as informações referentes aos clientes e consumidores, assim como aqueles referentes ao
gerenciamento de impactos da empresa na comunidade do entorno (governo e sociedade).
• Não se aplicam as informações de energia gerada, comprada, perdas elétricas globais e energia vendida.
• Na dimensão econômico-financeira, não se aplicam as informações quanto à inadimplência, visto que a
empresa tem cumprido com todos os seus compromissos de repasse dos encargos setoriais.
• Quadro de indicadores sociais internos: não se aplicam os investimentos em programa de participação
nos resultados da empresa, bem como ações em poder dos empregados visto que a empresa possui
apenas colaboradores terceirizados.
• Quadro de indicadores sociais externos: não se aplica a seção destinada a clientes e consumidores, com
informações como perfil dos consumidores, índice de satisfação e reclamações do atendimento, visto
que a empresa não atende aos consumidores finais.
• Os indicadores do setor elétrico, tais como Universalização, Tarifa de Baixa Renda, e Programa de Eficiência
Energética – PEE, não são aplicáveis à FOTE, sendo estes indicadores comuns às geradoras e distribuidoras
de energia.
• Recursos aplicados em P&D Tecnológico e Científico: a FOTE não está em operação (não tem receita),
portanto, não precisa investir em P&D.
8 – Declaração de Validade do Relatório
A Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE, com sede em Florianópolis, capital do Estado de Santa
Catarina, à Rua Deputado Antônio Edu Vieira, nº 999, bairro Pantanal, Contratos de Concessão de Serviço
Público de Transmissão de Energia Elétrica nº 07/2014 – ANEEL, referente ao lote I do Leilão 07/2013, inscrita no
CNPJ sob o n° 19.438.891/0001-90, por meio dos representantes legais eleitos pelo Conselho de Administração,
declara para os devidos fins que são válidas as informações constantes no Relatório Anual de Responsabilidade
Socioambiental da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE, relativas ao ano de 2015.
Por ser verdade e para que se produzam os efeitos legais, firma a presente declaração.
Florianópolis, abril de 2016.
Wilson João CignachiDiretor Administrativo/Financeiro
Carlos Manuel Macedo de Matos Diretor Técnico
Vegetação arbórea nativa no traçado da lt santo Ângelo - maçambará c2, rio Grande do sul.
7170
Ficha Técnica
Diretor Administrativo/Financeiro: Wilson João Cignachi
Diretor Técnico: Carlos Manuel Macedo de Matos
Coordenação Geral: Angela Leite
Coordenação Ambiental: Marco Perotto
Coordenação Técnica: Gustavo Brendler Viecili
Produção Editorial e Gráfica: IMIA Consultoria e Projetos e Redactor Comunicação
Fotografias: Acervos das empresas FOTE, Cotesa, ABG, Caramuru, Polígono e TSLE / Leonid Streliaev; das
instituições educacionais Fucri - Fundação Educacional de Criciúma / Unesc - Universidade do Extremo Sul
Catarinense; e do Parque Estadual do Espinilho.
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pastagens do pampa - traçado lt santo Ângelo maçambará c2
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