Download - Registo Ed98

Transcript
Page 1: Registo Ed98

1

PUB

COORDENADORES DO PROJECTO EVUE REÚNEM-SE EM BEJA

PÁG.08 A propósito da participação da Câmara de Beja no Projecto EVUE, numa representação do nosso país a nível inter-nacional onde se inclui só mais uma cida-de portuguesa (Lisboa), a capital do Baixo Alentejo recebe, este dia 23 (terça-feira) para uma reunião de trabalho, os parcei-ros da cidade londrina coordenadora do projecto.

SNS contrata uma centena de médicos mas só um para o AlentejoPÁG.09 Para atenuar a falta de médicos, o Ministério da Saúde anunciou quinta-feira a entrada no SNS de 97 médicos recém-formados com a especialidade de medicina geral e familiar, mas apenas um vai ser colocado no Alentejo.

FLUVIÁRIO COMEMORA TERCEIRO ANIVERSÁRIO

PÁG.04 0 Fluviário de Mora, no Alente-jo, comemora hoje o terceiro aniversário com um programa especial de animação, esperando alcançar a marca dos 450 mil visitantes, disse à Agência Lusa o director do equipamento, José Manuel Pinto.

Destinado a dar a conhecer as espécies aquáticas e terrestres dos habitats de água doce, o Fluviário de Mora foi o primeiro equipamento do género na Europa e o ter-ceiro no mundo.

AURORA CARAPINHA EM ENTREVISTA EXCLUSIVA AO REGISTO A directora Regional de Cultura do Alentejo aborda as possíveis atitudes do sector perante a crise e reflecte sobre o papel social e económico do Património nos “vários Alentejos”.

12

Amieira Marina propõe vela para as fériasda Páscoa

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti | 22 de Março de 2010 | ed. 098 | 0.50 euros

Passos Coelho, Paulo Rangel e Aguiar-Branco, o Senhor que se segue na liderança do PSD. 05

PÁG.15 “Vida, Vela, Vento! Eis o desafi o do Núcleo de Vela da Amieira Marina e da empresa Livre-de-Amarras a todos os jo-vens, a partir dos 13 anos, que pretendam umas férias de Páscoa repletas de emoção e de aventura nas águas do Alqueva.

Page 2: Registo Ed98

2 22 Mar ‘10

Opinião

Nos dias 13 e 14 de Março do corrente ano, decorreu o XXXII Congresso Nacional do PSD. Portugal teve a oportunidade de acompanhar tal evento por meio da comunicação social, eu estive lá e pude presenciar o pulsar de um grande partido político. Estou convencida que após o dia 26 de Março, o PSD voltará a ser um partido unido, forte e determina-do em conquistar a confiança dos portugueses.Os discursos dos ex-Presidentes do partido foram excelentes e levaram ao rubro os militantes. O Professor Marcelo Rebelo de Sousa, como seria de esperar, apelou afincadamente à unidade do partido, relembrando que fo-ram raros os momentos na histó-ria do partido em que assistimos à emancipação de várias candi-daturas à liderança.Santana Lopes, emotivo e autên-tico, como sempre, não deixou de questionar se os últimos cinco anos de governação terão corres-pondido à “boa moeda” de que falava então Cavaco Silva, num tom magoado e sentido que nin-guém pode estranhar. Falou tam-bém da insustentável situação do Primeiro-ministro José Sócrates, que resumiu da seguinte forma: a suspeição não pode permane-cer eternamente. Ou se demite ou exige explicações urgentes para restaurar a sua honra.Marques Mendes, homem de grande rectidão e lisura, apelou igualmente à unidade do partido após as eleições, lembrando que o líder não pode ser fragilizado nem alvo de tricas internas. “So-mos todos sociais-democratas”, disse. Apelou também à clarifica-ção das funções do Estado: Esta-do agente económico; ou Estado limitado às funções de regulação e fiscalização. Defendeu aberta-mente o fim das golden share e o fim da promiscuidade entre as empresas e o Estado.O Congresso foi também palco de batalha política entre os quatro candidatos à liderança. Abriu-se um espaço de debate privilegia-do. Paulo Rangel apelou às bases do partido e à importância dos militantes, afirmando que não há barões, nem marqueses ou duque-sas no partido. Fazer a ruptura e liderar a agenda política, são as suas prioridades. Desferiu várias críticas à governação socialista,

XXXII Congresso PSD

por ter acentuado as desigualda-des, e nem a execução do QREN, que vai em 9%, contribui para a melhoria do desempenho dos agentes económicos. Criticou igualmente a transformação do plano tecnológico no plano do betão, atendendo à panóplia de obras públicas em curso, que se tornaram no desígnio socialista.Relembrou que José Sócrates fo-mentou a guerra nas profissões e nas classes profissionais, tor-nando-se na “ força de bloqueio da vida portuguesa”, acusando-o de propaganda populista e con-fusão entre poderes públicos e privados. “Portugal precisa de uma “des-socratização”. Acima de tudo Rangel conseguiu con-quistar o aplauso da plateia pela sua capacidade de mobilização, convocando todos os portugueses para a árdua tarefa de dinamizar o tecido económico e social.Exigência, rigor e disciplina na escola e uma forte aposta no ensi-no profissional e obrigatoriedade do ensino pré-escolar, são as di-rectrizes que adoptou para a edu-cação, nas quais me revejo, aliás. O equilíbrio territorial entre regi-ões ricas e pobres, entre litoral e interior, tem sido outro dos seus lemas. A coesão do território é um tema que me é caro, porque entendo que os vários governos têm desprezado o interior do país, mormente este nosso Alentejo, em debandada para o litoral. Rangel tem essa sensibilidade de conse-guir enxergar o tremendo erro estratégico que tem sido abando-nar o Alentejo e deitá-lo aos pés daqueles que percebem nele, não um ponto fraco mas uma janela de oportunidades. Finalizou com a liberdade de voto.José Pedro Aguiar Branco tam-bém fez um discurso inflamado, colocando a tónica na dificuldade em ser oposição, “porque somos sempre criticados pelas decisões que tomamos”. É preciso coe-rência e muita coragem, disse. É normal que tenha começado o seu discurso por esta matéria, aten-dendo ao bom desempenho que

SOnia raMOS ferrOJurista e Deputada Municipal

tem tido como líder parlamentar. Sentiu necessidade de se justifi-car antecipando, até, eventuais críticas de Passos Coelho nomea-damente em matéria orçamental.Dirigiu-se à juventude, que expe-rimenta as agruras do desempre-go e que apesar de culta e especia-lizada, não consegue encontrar emprego no seu país, vendo-se obrigada a emigrar para outras paragens, mais convidativas.Afirmou que era seu ensejo devol-ver o poder à comunidade, falan-do em “localidade” e defendendo o referendo à regionalização.Pedro Passos Coelho, herdeiro da Jota, falou do seu passado, fazendo um resumo biográfico da sua história politica, desfe-rindo contra Paulo Rangel essa diferença de tempo de militância. Experimentou uma aproximação a Alberto João Jardim, que lhe saiu desajeitada. Falou contra a governação socialista do subsí-dio que fomenta a dependência e a ociosidade. Lançou um aler-ta cívico que é preciso atentar: moralizador de quem trabalha e assistencial para quem precisa mas na medida do que precisa. Defendeu a prestação de trabalho a favor da comunidade por parte de quem recebe prestações so-ciais não enquadradas no regime contributivo. Revelou-se contra a aprovação do orçamento para 2010, considerando que se não é um bom orçamento para o país, o PSD não se deveria ter abstido.Quanto às várias propostas apre-sentadas para alteração dos esta-tutos, faltando melhor argumen-to e numa tentativa de desviar a atenção do PEC, o PS ocupa-se agora das propostas aprovadas pelos militantes do PSD com di-reito a voto. A lei da rolha, como lhe chamam, tem suscitado preo-cupação no PS – quem diria! Ape-sar de ter uma norma semelhante nos seus estatutos, mas vitalícia, o PS socratista não precisa de lei da rolha porque já tem uma! Quem tem Sócrates não precisa de mais nada! Se falar, é despe-dido!

COrreiO DO LeitOr

O correio do leitor é feito para si. É voz activa no nosso

jornal. Queremos saber a sua opinião sobre conteúdos

ou propostas de abordagem. Somos uma equipa que

desejamos dar-lhe a melhor informação. Para isso,

contamos consigo e com a sua confiança.

[email protected]

efeMériDeS

22 de março: Dia Mundial da Água.

*1895 - Os irmãos Lumière realizam a primeira exibi-ção de cinema.* 1911 - Fundada a Universidade do Porto em Portugal.* 1935 - Transmitido o primeiro programa regular de televisão do mundo através da antena da Torre de Rá-dio de Berlim.

Nasceram neste dia

* 1868 - Robert Andrews Millikan, físico norte-ameri-cano (m. 1953).* 1923 - Marcel Marceau, ator francês (m. 2007).* 1948 - Andrew Lloyd Webber, compositor britânico.

Morreram neste dia

* 1418 - Nicolas Flamel, alquimista francês (n. 1330).* 1832 - Johann Wolfgang von Goethe (na imagem), es-critor alemão (n. 1749).* 1945 - Tadamichi Kuribayashi, militar japonês (n. 1891).

Como seria de esperar, apelouafincadamente à unidade do partido

inunDaçõeS e JOgO De futebOL interrOMpiDO DeviDO à queDa De granizO

Inundações em casas e vias públicas, um acidente de

viação e a interrupção de um jogo de futebol foram as

principais consequências da forte chuvada, acompa-

nhada de trovoada, que hoje à tarde fustigou várias

zonas do Alentejo.

No distrito de Évora, ocorrerem pelo menos 14 inunda-

ções em casas e vias públicas, sobretudo nos concelhos

de Arraiolos, Estremoz, Portel, Reguengos de Monsa-

raz e Viana do Alentejo, adiantou à agência Lusa fonte

do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).

A queda de granizo obrigou à interrupção de um jogo

de futebol entre o Sporting de Viana do Alentejo e o

Estrela de Vendas Novas, quando faltavam 13 minu-

tos para terminar, conforme constatou a Lusa no local.

O jogo, a contar para a Divisão de Honra da Associação

de Futebol de Évora, foi interrompido quando a equipa

de Vendas Novas vencia por 0-2, devendo os restantes

13 minutos de jogo ser cumpridos na sexta feira à noite.

No Baixo Alentejo e também devido à queda de grani-

zo, os bombeiros registaram uma colisão envolvendo

três automóveis na A2, perto de Aljustrel, de que resul-

taram dois feridos ligeiros, disse à Lusa fonte do CDOS

de Beja.

Além da formação de um lençol de água numa estrada

perto de Castro Verde, o mau tempo provocou também

uma inundação numa superfície comercial de Ouri-

que, que acabou por fechar ao público, referiu a mes-

ma fonte.

Page 3: Registo Ed98

3 PUB

Page 4: Registo Ed98

4 22 Mar ‘10

Os portugueses são assim. Quan-do menos se espera dão magis-trais lições de generosidade e de cidadania. Todos lembramos ainda com sentida emoção a re-acção colectiva que a tragédia de Timor nos provocou. E, mais recentemente ainda, a força com que os madeirenses se dedicaram á reconstrução das casas e bens destruídos e a onda de solidarie-dade que esta terrível catástrofe gerou entre todos nós.Assim voltou a acontecer no pas-sado sábado, em torno da mobi-lização espontânea da sociedade civil que se gerou a partir do mo-vimento “Limpar Portugal”.Tive o prazer de me associar e de participar na acção de limpeza na zona do início do chamado “Per-curso de Monfurado”, aqui mes-mo ás portas da cidade, perto do novo campo e futebol do Lusita-no. Juntei-me a um entusiasmado e alegre grupo, maioritariamente de jovens, que se dedicou á tare-fa, aparentemente impossível, de limpar o mar de lixo que, com a passividade de todos, autoridades incluídas, tem vindo a inundar os nossos caminhos rurais e os cam-pos cuja beleza, em especial na primavera que acaba de começar, nos desvanece.Pelo que vi no fim do dia nos te-lejornais, a iniciativa mobilizou cerca de 100 000 portugueses e permitiu recolher cerca de 70 000 toneladas de lixo. Uma parte ínfi-ma das muito milhares de outras que permanecem a emporcalhar as mais belas paisagens de Por-tugal e a contaminar os nossos solos e águas. Vi de tudo. Entu-lhos, plásticos, vidros, mobílias, destroços de viaturas, espalhados por todo o lado. E tenho a certe-za que, apesar de tudo, o Alentejo será a região onde o fenómeno terá menor expressão.Segui na internet, nos dias que precederam a operação, através da troca de mensagens entre os voluntários para esta missão, o entusiasmo e o estimulo conta-giante que transmitiam entre si, centrados no único objectivo de dizer basta a esta vergonha a que até agora fomos passivamente as-sistindo. Uma ou outra tentativa isolada de introduzir no tema a questiúncula politica e a recrimi-nação foram prontamente recha-çadas e ignoradas.O esforço e a mobilização para

LIÇÃO DE CIDADANIA

esta tarefa não podem ficar re-duzidos a um “dia de luta”, nem a umas quantas toneladas de lixo recolhidas. É preciso que deste esforço resulte uma consciência acrescida de que esta vergonha não pode continuar. É preciso que as autoridades nacionais, re-gionais e locais ponham em exe-cução um plano de acção concer-tado para que seja rapidamente recolhido o lixo disperso que con-tinua nos campos e que definam uma estratégia educativa, pre-ventiva e punitiva para eliminar ou reduzir ao mínimo este crime contra a natureza e as pessoas.Pela minha parte enquanto cida-dão com responsabilidades politi-ca irei fazer o que estiver ao meu alcance para sensibilizar parla-mentares e governantes para que o cumprimento das normas em vigor sejam cumpridas e para ver até onde é possível ir para pôr co-bro a esta vergonhosa situação. Porque não, por exemplo, criar normas legais que declarem per-didas a favor do Estado todas as viaturas utilizadas na dispersão de lixo em locais não autoriza-dos?E porque não mobilizar reclusos ou desempregados para dar se-quência à acção de limpeza do passado sábado? E porque não sensibilizar os juízes no sentido de aplicarem, nas suas sentenças, menos multas e mais prestação de serviço comunitário orientado para a limpeza do lixo disperso?O contacto directo com a dimen-são deste problema estimulou-me também a procurar soluções no que diz respeito disponibilização de locais autorizados para a de-posição dos entulhos das peque-nas obras de construção civil que constituem o maior volume dos detritos lançados na borda dos caminhos públicos e nas proprie-dades privadas.Enquanto Presidente da Assem-bleia Municipal de Évora irei propor aos meus colegas das di-ferentes bancadas a realização de uma reunião extraordinária para debater este assunto e para pro-curar soluções rápidas e exequí-veis que possam constituir con-tributos positivos para a solução deste problema.O alerta e o despertar de cons-ciências que esta acção me pro-vocou e, estou certo, provocou a muitos e muitos milhares de por-tugueses, é o melhor prémio para a generosidade dos cidadãos anó-nimos que, com o seu sobressalto cívico, permitiram a realização deste exercício exemplar de cida-dania de que todos devemos sen-tir orgulho.

CapOuLaS SantOSeurodeputado

Basta a esta vergonha a que até agora fomos passivamente assistindo

Fluviário comemora terceiro Aniversário

Mora. Fluviário coM prograMa especial de aniMação

O Fluviário de Mora, no Alentejo, comemora hoje o terceiro aniversário com um programa especial de animação, esperando alcan-çar a marca dos 450 mil visi-tantes, disse à Agência Lusa o director do equipamento, José Manuel Pinto.

Destinado a dar a conhe-cer as espécies aquáticas e terrestres dos habitats de água doce, o Fluviário de Mora foi o primeiro equipa-mento do género na Europa e o terceiro no mundo.

O fluviário, propriedade do município de Mora, no distrito de Évora, promove a partir de hoje, data do ani-versário, várias iniciativas, entre as quais atividades ra-dicais, voos de balão e pin-turas e fotografias para os mais novos.

Uma sessão solene, com a realização de um colóquio sobre “Aquários Públicos e Biodiversidade”, e a inau-guração de uma nova ex-posição temporária sobre

“Biodiversidade nos rios portugueses”, que se associa ao ano europeu em curso, marcam igualmente a data.

José Manuel Pinto adian-tou que, até ao dia 28 deste mês, os visitantes do fluviá-rio podem ainda habilitar-se a ganhar estadias, refei-ções e produtos de Mora, numa parceria com a eco-nomia local.

Segundo os seus respon-sáveis, o Fluviário de Mora é um dos principais polos turísticos e de desenvolvi-mento regional, tendo em conta a entrada no conce-lho de 150 mil visitantes por ano, 12 mil por mês e mais de quatro mil por semana.

Resultado de um inves-timento superior a seis mi-lhões de euros e de uma parceria entre o município e o Oceanário de Lisboa, o Fluviário, situado no Par-que Ecológico do Gameiro, na freguesia de Cabeção, foi o primeiro “grande aquário de água doce” da Europa, ao

qual se juntou, em 2008, um equipamento semelhante em Saragoça (Espanha).

Mais de 500 peixes, de 55 espécies diferentes, algu-mas delas já extintas ou em risco de extinção, “habitam” o Fluviário, num percurso entre a nascente e a foz de um rio, podendo os visi-tantes deparar-se ainda, em pleno interior do Alentejo, com animais exóticos da bacia amazónica e dos lagos africanos, como uma ana-conda ou rãs venenosas.

Restaurante, galeria mul-timédia, sala de exposições temporárias, biblioteca e laboratório são outras das valências do equipamento, que emprega 30 pessoas.

Nos quase três anos que leva de “portas abertas”, já contabiliza quase 450 mil vi-sitantes e foi distinguido com galardões nacionais e in-ternacionais, sendo mesmo eleito o Melhor Museu Por-tuguês 2007, pela Associação Portuguesa de Museologia.

Assalto em portalegreA PSP está a investigar o assalto a uma ourivesaria em Portalegre, hoje de ma-drugada, de onde terão sido roubados artigos avaliados pelo proprietário em cerca de cinquenta mil euros.

O proprietário da ourive-saria, José Trindade, adian-tou à agência Lusa que ain-da não contabilizou o valor total dos prejuízos, mas “para já situam-se entre 40 e 50 mil euros”.

De acordo o proprietário

do estabelecimento, situ-ado na principal artéria comercial de Portalegre, o assalto foi realizado, pelo menos, por “três indivíduos encapuzados” que “conse-guiram entrar no interior da loja”.

“Uma vizinha assistiu ao assalto e disse-me que eram três indivíduos en-capuzados. Poderá estar mais alguém envolvido no assalto, uma vez que após o furto deslocaram-se para

uma viatura que estava es-tacionada nas imediações”, relatou.

Contactada pela Lusa, fonte da PSP de Portalegre confirmou a ocorrência, adiantando ainda que o as-salto ocorreu pouco depois das 05:00.

A mesma fonte explicou que os assaltantes cortaram a grade que protegia a mon-tra da ourivesaria e parti-ram a vitrina para efetuar o furto.

Opinião Sociedade

Page 5: Registo Ed98

5

politíca

Nasceu em 18 de Julho de 1957 em 25 de Novembro de 1980, licenciou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Em 15 de Dezembro de 1982, inscreveu-se como ad-vogado na Ordem dos Ad-vogados Portugueses. Fre-quência do curso “Ciências Políticas”, pelo Instituto de Ciências Políticas da Univer-sidade de Bordéus, França (1975/76)Consultor jurídico de várias empresas privadas árbitro no Centro de Conciliação e Mediação de Conflitos - Con-córdia

Deputado à Assembleia da República, desde 2005

Membro da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais,Direitos, Li-berdades e Garantias, na X Legislatura

Presidente da Assembleia Municipal do Porto, de 2005 a 2009

Cabeça de lista do PSD - Partido Social Democra-ta, pelo círculo do Porto, às eleições legislativas de 20 de Fevereiro de 2005 e de 27 de Setembro de 2009

Ministro da Justiça do XVI Governo Constitucional

Vice-Presidente da Comis-são Política Nacional do PSD - Partido Social Democra-ta, nos biénios 2000/2002 e 2008/2010

Vice-Presidente do Conse-lho de Administração do Ins-tituto Francisco Sá Carneiro de 1999 a 2002

Membro da Comissão de Honra de Candidatura do Se-nhor Dr.Rui Rio à Presidên-cia da Câmara Municipal do Porto, nas eleições de 2001

Membro do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD - Partido Social Democrata, de 1995 a 2001

Membro do Gabinete Som-bra do PSD - Partido Social Democrata, como Porta-Voz para a área da Justiça, em 2000

Membro do Conselho de Administração do Institu-to Francisco Sá Carneiro de 1996 a 1999

Vogal da Comissão Política Nacional do PSD - Partido Social Democrata, no biénio 1996/1998.

Membro da Comissão de Honra de Candidatura do Prof. Aníbal Cavaco Silva à Presidência da República, nas eleições de 1995

Membro do Conselho Na-cional do PSD - Partido So-cial Democrata, nos triénios 1982/1984 e 1988/1990

Membro do Conselho Na-cional da JSD - Juventude SocialDemocrata, de 1977 a 1984

Vogal do Conselho de Ju-risdição Nacional do PSD

PSD vai a votosNa próxima sexta-feira, dia 26, os militantes do PSD vão fazer a escolha para a sucessão de Ferreira Leite. Em campanha, os três principais candidatos à liderança do partido estiveram em Évora para apresentar as suas propostas e estratégias para a presidência do partido e quem sabe apresentarem ideias para o futuro governo do país. Registo apresenta a biografia resumida dos 3 principais candidatos.

Dividiu a infância entre Coimbra, onde nasceu, e Angola, onde o pai exercia medicina. Após a experiên-cia africana estabeleceu-se em Vila Real, terra em que viveu até aos 18 anos e onde permanece as suas minhas familiares.

Foi em Vila Real que ade-riu à JSD. Foi sucessivamen-te eleito para órgão locais e distritais, e com 16 anos che-gou a Conselheiro Nacional, em 1980. O seu empenho na elaboração do Projecto Polí-tico para a Juventude Por-tuguesa abriu-lhe as portas da Comissão Política Nacio-nal da JSD em 1982. Em 1984 foi eleito secretário-geral, e em 1986 vice-presidente da maior juventude parti-dária portuguesa. Em 1990 candidatou-se à presidência da JSD, tendo sido reeleito para a liderança duas vezes. Enquanto vice-presidente e presidente da JSD, foi tam-bém membro da Comissão Política Nacional do PSD ao longo da liderança do prof. Cavaco Silva.

Em 1991 foi eleito depu-tado à Assembleia da Re-pública, tendo integrado a Assembleia Parlamentar da OTAN. Reeleito em 1995, foi vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD de 1996 a 1999. Em 1997 concorre à Câmara da Amadora, e ob-

teve o melhor resultado de sempre do PSD nesse conce-lho. Em 1999 deixa o Parla-mento, renunciando à pen-são vitalícia que a lei lhe atribuía. Em 2001 conclui a licenciatura em Economia pela Universidade Lusía-da de Lisboa. Profissional-mente esteve ligado como consultor à Tecniforma. Posteriormente ingressa no Grupo Fomentinvest como director financeiro, sendo desde 2007 administrador executivo. É também docen-te no Instituto Superior de Ciências Educativas.

Regressa à política na-cional em 2005 como vice-presidente do PSD eleito na lista de Marques Mendes. No mesmo ano, foi eleito presidente da Assembleia Municipal de Vila Real, cargo para o qual foi recen-temente reeleito. Em Maio de 2008 candidatou-se à presidência do PSD, tendo sido apoiado por 32% dos votantes. Depois das elei-ções, funda o think-tank Construir Ideias, procuran-do dar um contributo para a reanimação do debate na área política social-demo-crata. Em Janeiro de 2010, publica o livro Mudar, as-sumindo-me novamente como candidato à lideran-ça do PSD nas directas de 26 de Março.

Nascido em Vila Nova de Gaia, em 1968. Licenciado em Direito, em 1991, na Fa-culdade de Direito da Uni-versidade Católica do Porto. Frequentou o mestrado em Ciências Jurídico-Políticas na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e o curso de doutoramen-to em Direito Público na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lis-boa. Prepara, nesta última universidade, a sua tese de doutoramento em Direito Constitucional.

Docente na Faculdade de Direito da Universidade Católica, onde rege a disci-plina de Ciência Política e dirige os seminários Cuatre-casas de Contratação Públi-ca e de Tutela Cautelar em Direito Administrativo.

Foi investigador nas áreas do Direito Constitucional, Direito Administrativo e Ciência Política no Instituto Universitário Europeu, Uni-versidade de Bolonha, Uni-versidade de Génova e Uni-versidade de Freiburgo. .

Foi ainda membro do Conselho de Redacção da revista Jurisprudência Constitucional e do Conse-lho Editorial da Universi-dade Católica Portuguesa, e colunista regular no jornal Público e comentador pon-tual de vários orgãos de co-

municação social.É Deputado ao Parlamen-

to Europeu, Coordenador do Grupo Europeu do PSD e Vi-ce-Presidente do Grupo PPE com o pelouro das relações com os Parlamentos Nacio-nais. É membro efectivo da Comissão de Assuntos Cons-titucionais e da Delegação para as Relações com os Es-tados Unidos.

É também membro su-plente da Comissão das Li-berdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos e da Delegação à Comissão Parlamentar de Coopera-ção UE -Rússia. Em 2009, foi eleito para o Conselho de Administração da Funda-ção Robert Schuman, um espaço de reflexão e acção política europeia, presidido por Jacques Santer. Enca-beçou a lista do partido às eleições para o Parlamen-to Europeu, das quais saiu vencedor. Foi Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Justiça no XVI Governo Constitucional e Deputado à Assembleia da República na X Legislatura, tendo sido presidente do Grupo Par-lamentar do PSD em 2008-2009. Foi, ainda, redactor do programa de candidatura do PSD e do CDS-PP à Câ-mara Municipal do Porto, encabeçada por Rui Rio, em 2001.

Aguiar-BrancoPassos Coelho Paulo Rangel

Page 6: Registo Ed98

6 22 Mar ‘10

Sociedade

“Os Verdes” querem explicações sobre atraso do plano nacional de acção ambiente e saúdeO Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República duas perguntas em que pede esclarecimentos ao Governo, através do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território e do Ministério da Saúde, sobre o Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde (PNAAS).

Há dois anos aprovado em Conse-lho de Ministros, o PNAAS, que surgiu já com 10 anos de atraso, continua no papel por, de acordo com declarações à comunicação social por dirigentes da Direcção Geral de Saúde, falta de verbas. “Os Verdes” pretendem saber se o Go-verno pretende cumprir o PNAAS até 2013, conforme o previsto, e também que verbas foram dispo-nibilizadas para a sua execução.

PERGUNTA:

Dois anos depois do Plano Nacio-nal de Acção Ambiente e Saúde 2008-2013 (PNAAS) ter sido apro-vado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 91/2008, de 4 de Junho, continua no papel, de acor-do com as declarações de respon-sáveis da associação Quercus e da DGS – Direcção-Geral da Saúde à comunicação social.

O PNAAS, que foi elaborado sob a co-coordenação do Ministério

do Ambiente e do Ordenamento do Território (Agência Portuguesa do Ambiente) e do Ministério da Saúde (Direcção-Geral da Saúde), surgiu já com um atraso de dez anos.

Efectivamente, foi na 2ª Confe-rência Ambiente e Saúde realizada em Junho de 1994, em Helsínquia, que os Ministros do Ambiente e da Saúde dos países da Região da Europa da OMS – Organização Mundial de Saúde - se comprome-teram a desenvolver em conjunto, o mais tardar até 1997, Planos Na-cionais de Acção sobre Ambiente e Saúde.

Uma década depois, na Confe-rência realizada em Budapeste, em Junho de 2004, os Ministros da Saúde e do Ambiente da Europa comprometeram-se em actualizar os seus planos, de modo a nome-adamente passarem a incluir um Plano de Protecção das Crianças contra os Perigos Ambientais, a desenvolver até 2007. À data des-

ta Conferência, 30 países, (13 dos quais da União Europeia) da Re-gião da Europa da OMS já tinham elaborado os seus respectivos PNAAS.

O PNAAS desdobra-se em 36 Acções Programáticas que têm como fim último reduzir os impac-tes ambientais adversos na saúde da população portuguesa. Estas Acções foram construídas para os diferentes Domínios Prioritários de intervenção: (1) água; (2) ar; (3) solo e sedimentos; (4) químicos; (5) alimentos; (6) ruído; (7) espaços construídos; (8) radiações; e (9) fe-nómenos meteorológicos.

As fontes de financiamento para a prossecução das Acções Programáticas do PNAAS são as que decorrem das dotações anuais previstas na Lei do Orçamento do Estado das entidades intervenien-tes, ou de outro enquadramento financeiro por estas angariado.

A razão avançada pelos respon-sáveis da DGS nas declarações à

comunicação social para o atraso do Plano é, essencialmente, a da falta de verbas.

Assim e ao abrigo das disposi-ções constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Ex.ª O Presi-dente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte Pergunta, para que o Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território, me possa prestar os se-guintes esclarecimentos:

1. Está previsto o cumprimento do Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde até à data estabelecida de 2013?2. Em caso negativo, quais as ra-zões do incumprimento, para o Ministério?3. Que Acções Programáticas, das 36 estabelecidas avançaram até Março de 2010?4. Que informação existe quanto às medidas implementadas em cada uma das 36 Acções Progra-máticas até à data?5. Que verbas foram disponibiliza-das para o cumprimento do Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde em 2008, 2009 e 2010?

<(13 dos quais da união europeia) da região da europa da OMS já

tinham elaborado os seus respectivos pnaaS>

30paíSeS

nÚMerO

Page 7: Registo Ed98

7 PUB

Page 8: Registo Ed98

8 22 Mar ‘10

Coordenadores do projecto EVUE reúnem-se em BejaA propósito da participação da Câ-mara de Beja no Projecto EVUE, numa representação do nosso país a nível internacional onde se inclui só mais uma cidade portu-guesa (Lisboa), a capital do Baixo Alentejo recebe, este dia 23 (terça-feira) para uma reunião de traba-lho, os parceiros da cidade londri-na coordenadora do projecto.

O projecto EVUE concentra-se no desenvolvimento de estra-tégias integradas e técnicas de liderança para a promoção da utilização de veículos eléctricos em meio rural. O projecto compre-ende iniciativas para encorajar a utilização de veículos públicos, como contributo para as estraté-gias europeias de qualidade do ar, de transportes, de mobilidade e atractividade e ainda compe-titividade urbanas. As acções do projecto privilegiam a partilha de soluções para ultrapassar os prin-cipais obstáculos à penetração da mobilidade eléctrica, como sejam barreiras de mercado, a falta de infra-estruturas, a rapidez das mu-danças tecnológicas, bem como a necessidade de modelos económi-cos actualizados.

O Projecto EVUE integra-se no eixo 2.3 do programa URBACT. Este compreende questões am-bientais nos domínios das políti-cas integradas para sistemas de transporte sustentáveis, do apoio a sistemas mais inteligentes de transportes urbanos, da promoção dos veículos menos poluentes e da utilização de meios alternativos de transporte. Incide ainda na me-lhoria da acessibilidade, da efici-ência e da eficácia dos transportes públicos, especialmente no que diz respeito à acessibilidade das zonas urbanas menos favorecidas.

De entre os objectivos do Projec-to EVUE contam-se a contribuição

PUB

para a melhoria do planeamento de políticas urbanas de transporte que incorporem a introdução de veículos eléctricos, o acelerar de processos de inovação ligados aos benefícios da utilização de veícu-los limpos nas cidades europeias.

O projecto incide fundamen-talmente sobre veículos e infra-estruturas no âmbito dos quais se incluem novas oportunidades de mercado e a criação de redes e clusters locais de mobilidade

eléctrica, políticas de incentivos, de marketing e de comunicação e ainda a articulação de parcerias locais e regionais.

Recordamos que Beja é uma das duas cidades portuguesas a integrar o grupo restrito de 10 ci-dades europeias que participam no Projecto EVUE, através do de-senvolvimento de estratégias de intervenção local nas áreas da energia e combate às alterações climáticas.

Esta participação do município de Beja insere-se na estratégia de colocação da cidade na vanguar-da da mobilidade eléctrica, tendo como objectivos principais o de-senvolvimento económico, através do aproveitamento das oportuni-dades de negócio criadas por este novo sector emergente; a promo-ção ambiental, procurando reduzir as emissões de CO2 e a utilização dos combustíveis fósseis; e ainda a eficiência energética na procura da

auto-sustentação. Finalmente, ins-crevem-se, como objectivos, a me-lhoria da qualidade de vida redu-zindo, nomeadamente, as facturas dos transportes e os níveis de ruído.

O projecto, com duração de três anos, orçará em cerca de 75 mil eu-ros por parceiro e financiamento comunitário na ordem dos 80 por cento, devendo envolver obriga-toriamente os actores locais e as entidades regionais gestoras do QREN.

Beja no projecto evue

Sociedade

Page 9: Registo Ed98

9

SNS contrata uma centena de médicos mas só um para o Alentejo

Quando 500 Médicos anunciaM a intenção de pedir a reForMa antecipada

Para atenuar a falta de médicos, o Ministério da Saúde anunciou quinta-feira a entrada no SNS de 97 médicos recém-formados com a especialidade de medicina geral e familiar, mas apenas um vai ser colocado no Alentejo.

Trata-se de médicos que conclu-íram em Fevereiro a formação e que permitirão o acesso a médi-co de família a mais de 150 mil portugueses. Segundo uma fon-te do ministério da Saúde citada pela agência Lusa, as autoridades procederam a um planeamento regional de modo a preencher os locais onde haviam maiores ca-rências de médicos de família.

Os jovens médicos iniciarão de imediato a sua actividade em todo o país, a maioria dos quais (44) na Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte e 26 na ARS de Lisboa e Vale do Tejo.

Catorze médicos irão para a ARS do Centro, seis para o Algar-ve e apenas um para o Alentejo.

A estes médicos acrescem ou-tros seis profissionais contrata-dos diretamente pelas Unidades Locais de Saúde do Alto Minho (um), de Matosinhos (quatro) e do Norte Alentejano (um), adian-ta o MS.

O coordenador da Missão dos Cuidados de Saúde Primários, Luís Pisco, congratulou-se com a entrada imediata dos médicos, que veio pôr fim a um “processo muito burocrático, que durava vários meses a ser colocados”.

A contratação dos novos médi-cos ocorre numa altura em que as autoridades anunciaram que 500 médicos tinham pedido a refor-ma antecipada, suscitando viva preocupação entre os utentes. No entanto, a ministra da Saúde, Ana Jorge, recusou quinta-feira “qual-quer análise catastrofista” da si-tuação dos recursos humanos na saúde, assegurando que não está em causa “nem o acesso, nem o funcionamento, nem a qualidade assistencial” do Serviço Nacional da Saúde.

“Há problemas de falta de pro-fissionais que levam tempo a re-cuperar, mas nos quais estamos a atuar”, afirmou Ana Jorge, na Assembleia da República, duran-

te uma interpelação do Bloco de Esquerda ao Governo sobre “A política de recursos humanos do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

A ministra anunciou que nos próximos três anos o SNS passará a poder contratar, de “forma mais ágil, os médicos que se encontrem aposentados por via de já terem obtido o tempo de serviço e de já terem atingido a idade de refor-ma”.

Durante esse tempo, os médi-cos que pediram e obtiveram a antecipação das reformas podem continuar no SNS a exercer a sua profissão”, mantendo o direito à respetiva pensão”, explicou, fri-sando que se trata de uma medi-da de “curto prazo, excecional e justificada pelas atuais circuns-tâncias”.

Para o deputado do Bloco de Esquerda João Semedo, “a decisão do Governo não estanca a deban-dada dos médicos. Pelo contrário, é um convite a que os médicos

que agora se aposentam vão tra-balhar para os hospitais priva-dos”.

Por sua vez, o PSD considerou que a aprovação de um regime excecional de contratação de mé-dicos aposentados significa “im-postos em dobro” para os portu-gueses e é um sinal de “péssima gestão” que o Governo dá.

<jovens que iniciarão de imediato a sua actividade

em todo o país>

70nÚMerO

Semana académica de beja arranca hojeX-Wife e Quim Barreiros são os cabeças de cartaz da Se-mana Académica de Beja, que arranca hoje e inclui também tunas, o tradicional desfile académico, sessões de dj’s e torneios de futebol, té-nis, paintball e basquetebol.

A festa académica, orga-nizada pelas associações de estudantes das quatro esco-las do Instituto Politécnico de Beja (IPB), prolonga-se até quinta feira, com concertos todas as noites, a partir das 22:30, no pavilhão multiusos do Parque de Feiras e Exposi-ções da cidade.

Segundo a organização, trata-se do “maior e mais importante evento lúdico da vida académica de Beja”, que serve para “estimular o con-vívio entre os alunos” e “pro-mover as tunas académicas” do IPB e “proporcionar mo-mentos de lazer e cultura” para a comunidade estudan-til e público em geral.

Um espectáculo com as cinco tunas do IPB e uma da Universidade de Évora mar-ca hoje o “pontapé de saída” da primeira noite da festa, que segue “madrugada fora” com sessões dos dj’s Sunlize e Barrioz.

O rock e o pop dos Killing.Electronica e o reggae da banda Quem é o Bob?, de tributo a Bob Marley & The Wailers, são os ritmos agen-dados para a noite de quarta feira, que continua com ses-sões dos dj’s Peter Lewis and VJ Sscreen e Carlos Manaça.

A noite de quarta feira, “a mais gozada e concorrida” da Semana Académica de Beja e que os estudantes chamam de “pimba”, inclui a atuação da tocadora de baile Joana Reis e o concerto de Quim Barreiros, seguidos das ses-sões da Dj Kika Lewis e do Sefukaz Project.

O último dia da semana académica, quinta feira, co-meça às 14:00 com o tradicio-nal desfile académico, que vai percorrer as principais ruas de Beja e terminar no Parque de Feiras e Exposi-ções, onde, a partir das 17:00, haverá uma vacada no pica-deiro.

O rock alternativo dos Smix Smox Smux, de Braga, e dos X-Wife vai marcar a últi-ma noite da Semana Acadé-mica, que termina com ses-sões dos dj’s Diego Miranda e Ezzra and Vj Sscreen.

Saúde

Page 10: Registo Ed98

10 22 Mar ‘10

O PSD vai decidir o seu futuro no próximo dia 26 de Março. Con-sidero que temos perante nós 3 bons candidatos, cada um com os seus pontos fortes, características e estilos muito próprios.Aguiar Branco é um político ex-periente e com provas dadas. Já foi ministro, esteve em várias equipas de direcção nacional do PSD e, mais recentemente, tem realizado um bom trabalho como líder parlamentar. Prima pelo bom senso e pela capacidade de negociação e geração de con-sensos – algo que tem sido muito importante neste contexto de ine-xistência de maioria parlamentar. Paulo Rangel é um político ainda jovem, extremamente inteligente, criativo e acutilante, com uma capacidade de oratória bastante acima da média. O seu desem-penho no parlamento português e o seu contributo para a vitória do PSD nas Europeias de 2009 mostraram as suas qualidades que, seguramente, muito servirão o Partido e o País nos próximos anos. Mas, com o devido respei-to pelas personalidades e qua-lidades de ambos os candidatos citados atrás, o PSD precisa de mais. Em concreto, precisa de uma Liderança fortíssima, de um Projecto estratégico para o País e de uma Equipa capacitada para mudar a forma como temos sido governados nestes últimos 15 anos. Na minha óptica, encontra-mos tudo isto na candidatura de Pedro Passos Coelho.Como todos sabemos, Portugal encontra-se numa situação eco-nómica e social gravíssima (que se poderá tornar insustentável num curto espaço de tempo), com a qual não nos devemos resignar e é indiscutível que, sejam quais forem as áreas e indicadores ana-lisados (emprego, crescimento económico, dívida, défice ou ou-tros), o poder político actual não tem encontrado soluções para inverter esta conjuntura. O PSD, dentro da sua matriz reformista, tem de apresentar uma alternati-va, uma visão diferente do papel do Estado, que potencie a cria-tividade e inovação da socieda-de portuguesa e liberte recursos para que o Estado se concentre em fazer bem aquelas que são as suas missões fundamentais (segu-rança, justiça, regulação econó-mica, saúde, educação).

PSD: Razõespara Mudar!

Todo este projecto tem de ter uma ideia integradora, bases progra-máticas e linhas de intervenção. Passos Coelho já fez este “tra-balho de casa”. Para além das ideias já apresentadas em 2008, muitas das quais continuam ac-tuais, o candidato criou e dirigiu durante ano e meio a plataforma de reflexão “Construir Ideias” que, com base no contributo de muitos especialistas da sociedade civil, lhe permitiu ter um diagnós-tico muito objectivo e possíveis linhas de acção em várias áreas.Depois, o PSD precisa de uma Liderança forte e personalizada que, com um novo estilo e novas formas de fazer e comunicar Po-lítica, confira ao PSD a credibi-lidade para merecer a confiança da maioria dos eleitores. Como tal, o futuro Presidente do PSD terá que ter os valores, a expe-riência e (essencialmente!) a co-ragem suficiente para desafiar alguns interesses instalados, dar um sentido estratégico ao PSD e, mais tarde, ganhar o País. Passos Coelho já provou ter, no seu tra-jecto político e na sua vida empre-sarial, uma excelente capacidade de gestão de pessoas, alinhando a energia, a motivação e o trabalho de todos.Por último, há que ter uma Equi-pa. Olhando para muitas das per-sonalidades que estão a apoiar a redacção da sua moção de es-tratégia, encontramos figuras de incontestável qualidade, vindas da política e dos meios académi-co e empresarial, representantes de uma nova geração com novas competências e novas formas de olhar para os problemas neste mundo globalizado e sem precon-ceitos ideológicos arcaicos.Por tudo isto, aceitei o convite para ser director de campanha da candidatura de Pedro Passos Co-elho no distrito de Évora. Estou convicto que é o Líder que melhor serve o PSD. Mas, essencialmen-te, estou convicto que é o Líder que melhor servirá Portugal!

CarLOS SezõeSgestor / Consultor

Os trabalhadores da fábrica de Évora da multinacional norte-americana Kemet Electronics iniciam segun-da feira uma greve de duas horas no princípio de cada turno e durante quatro dias para reivindicarem aumen-tos salariais, disse hoje fonte sindical.

“Os trabalhadores da Ke-met há três anos que não têm aumento salarial, que-rem uma atualização e, como todos os outros por-tugueses, 22 dias de férias e não apenas 16”, adiantou à Agência Lusa Paulo Ribei-ro, dirigente do Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI).

De acordo com o sindicalis-ta, a paralisação da próxima semana tem como objetivo protestar contra a decisão da administração da empresa de suprimir o pagamento do subsídio de turno e do traba-lho noturno, o que significou uma “redução nos salários na ordem dos 30 por cento”

“Os trabalhadores esta-vam habituados a um tipo

de salário e agora foram confrontados com redu-ções de quatro, cinco e seis mil euros anuais”, afirmou Paulo Ribeiro, explicando que a maioria dos 348 tra-balhadores labora, em dois turnos, 12 horas por dia, in-cluindo aos fins de semana, sem qualquer remuneração adicional.

Para o dirigente do SIESI, a redução dos ordenados não se justifica, porque “os apoios que a Kemet rece-beu [do Estado] teriam per-mitido manter os horários normais de trabalho e não teria levado a este corte de salários”.

“Estes trabalhadores, en-quanto assistiam à redução de salários e aos lay-off’s, a empresa recebia apoios do Estado português, ao abrigo do programa de valorização potencial humano e de in-cremento de fatores de com-petitividade”, sublinhou, adiantando que os apoios, em 2009, chegaram aos 3,5 milhões de euros.

O sindicalista considerou

que a administração da Ke-met “tentou tirar a maior vantagem possível” da cri-se, que “foi acabar com perto de 200 postos de trabalho e reduzir o salário significati-vamente aos trabalhadores, sempre com a ameaça que poderia levar a produção para outro país”.

Segundo o dirigente sin-dical, os trabalhadores rei-vindicam também o cum-primento do direito legal a um mínimo de 22 dias úteis de férias, o respeito patronal pelos direitos dos trabalha-dores estudantes, a atribui-ção de funções correspon-dentes às suas categorias profissionais e o fim da des-localização de equipamen-tos para o México.

Com cerca de 350 operá-rios, a fábrica de Évora da multinacional norte-ame-ricana Kemet Electronics produz condensadores de tântalo, componentes utili-zados na produção de tele-móveis e em equipamentos eletrónicos para a indústria automóvel.

Portugal encontra-se numa situação económica e social gravíssima

Trabalhadores anunciam greve

Multinacional KeMet

Opinião Sociedade

Page 11: Registo Ed98

11

PUB

Assembleia da Repúblicafavorável à isenção de IMI

centro histórico de évora

A Assembleia da República aprovou no dia 12 uma proposta do deputado João Oliveira, subscrita por todos os grupos parlamentares da oposição, em cuja fundamentação ficou expresso o espírito do legislador quanto à aplicação da isenção de IMI aos imóveis dos centros históricos classificados como Património da Humanidade.

A decisão da AR surge no segui-mento das decisões dos órgãos deliberativo e executivo do mu-nicípio, que manifestaram uma inequívoca posição de reconheci-mento da universalidade da isen-ção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) aos edifícios do Cen-tro Histórico de Évora.

No entanto, e em perfeita disso-nância, as Finanças de Évora co-meçaram a enviar a partir do dia 9 do corrente ofícios aos contribuin-tes que tinham requerido o reco-nhecimento da isenção do IMI, e que aguardavam nalguns casos há vários anos uma resposta, in-formando que se propunham in-deferir esses requerimentos.

O Movimento de Defesa do Cen-tro Histórico já anunciou que dará o seu apoio aos contribuintes que

o pretendam, tendo já disponível uma resposta tipo a enviar aos serviços de Finanças.

Na reunião de Câmara do passa-do dia 10, altura em que foi anun-

ciada a proposta sobre a isenção do IMI que os partidos da oposição iam apresentar à Assembleia da República, o presidente da CME, José Ernesto Oliveira, informou que tencionava agendar a questão da isenção do IMI na próxima reu-nião do executivo municipal, que terá lugar na quinta-feira., dia 25.

O Movimento de Defesa do Cen-tro Histórico de Évora considera que, apesar das manifestações da vontade dos órgãos do município, a que agora a A.R. veio confirmar a legitimidade, “há quem conti-nue a procurar obstaculizar as decisões dos órgãos competentes, pelo que se impõe manter a mo-bilização dos cidadãos que enten-dam defender os seus direitos e o respeito pelo funcionamento das instituições da República”.

<Dia em que foi anunciada a proposta

sobre a isenção do iMi>

10nÚMerO

Sociedade

Page 12: Registo Ed98

12 22 Mar ‘10

entrevista

“A cultura é uma necessidade”“A Cultura é a concretização de um desejo, do desejo do Homem se tornar Homem. Portanto, é uma necessidade,” considera Aurora Carapinha. Em entrevista exclusiva ao REGISTO, a directora Regional de Cultura do Alentejo aborda as possíveis atitudes do sector perante a crise e reflecte sobre o papel social e económico do Património nos “vários Alentejos”.

Entrevista José Pinto Sá e Fotografia Luís Pardal

NuMa altura de crise, portanto de conten-ção orçamental, como

é que essa realidade se vai re-fl ectir no alentejo, ao nível da Cultura?

Tal como se reflecte em todo o país e em todas as áreas. A Cultura nunca teve muito dinheiro. Por-tanto, como já temos um universo pequeno, as reduções parecem-nos mais drásticas. Mas a minha casa de origem é o mundo das uni-versidades e estes cortes já não são novidade para mim, não só agora, mas há muitos anos.

Eu nunca vejo os cortes como

uma coisa que tenha que ser má. Há sempre possibilidades de encontrarmos outras formas de enfrentar a realidade. Numa so-ciedade que é marcada por um discurso extremamente económi-co possivelmente a Cultura tem que, também ela, encontrar essas formas. Veja-se o estudo que saiu há pouco tempo, que mostra que as indústrias criativas, as indús-trias culturais, têm possibilidade de crescer. Temos que perceber que, se investirmos nessas indús-trias criativas e culturais, vamos crescer em termos de expressão.

Estes momentos de crise, tal como nas nossas vidas pessoais,

são momentos de crescimento e de encontrar saídas. Acho que muitas vezes não é uma questão de dinheiro, é uma questão de vontades, de ideias e de juntar es-forços. Acredito mesmo nisso, não é um discurso que faço por acaso, porque estou neste lugar e tenho mesmo que o fazer. Não. Acredito mesmo que, muitas vezes, esses momentos de crise dão-nos hipó-teses de encontrarmos saídas.

Não é o percurso mais fácil, mas é talvez muito mais interessante e desafiante. É preciso ter dinhei-ro para fazer coisas, mas é preciso também ter vontade para as fazer. Podemos ter todo o dinheiro do

mundo e não fazer nada. Obviamente que há cortes e que

é difícil, mas há que ter também a capacidade de dizer assim: Como é que nós vamos resolver esta situ-ação? Há aquela frase gasta sobre janelas de oportunidade.

Podemos entender isto como uma janela de oportunidade. Va-mos ver como é.

Pode dar-nos um exemplo?

Esta Direcção Regional tem esse hábito, e isso não é de hoje nem de agora. Tem um grupo de técnicos muito bons, que podem estar mui-

to mais perto das câmaras a dar determinado apoio às questões do Património.

Mais perto, fazendo uma relação de maior proximidade. Os agentes culturais são diversos, porque a Direcção Regional de Cultura tem questões do Património, dos edi-fícios, da memória construída, e depois tem questões da memória artística e da construção de novas linguagens pelos agentes cultu-rais, e nós podemos tentar sempre fazer com que haja aquilo de que há pouco falávamos, a relação de nos conhecermos e de fazermos troca de experiências.

Imaginemos: temos uma com-

Page 13: Registo Ed98

13

“A cultura é uma necessidade”“A Cultura é a concretização de um desejo, do desejo do Homem se tornar Homem. Portanto, é uma necessidade,” considera Aurora Carapinha. Em entrevista exclusiva ao REGISTO, a directora Regional de Cultura do Alentejo aborda as possíveis atitudes do sector perante a crise e reflecte sobre o papel social e económico do Património nos “vários Alentejos”.

Entrevista José Pinto Sá e Fotografia Luís Pardal

panhia - de dança, de teatro ou de outra expressão qualquer - que está ligada a uma autarquia do Alentejo. Se eu conseguir pôr essa companhia a movimentar-se por todo o Alentejo, consigo ter mais público.

Isto são redes, são itinerâncias. Muitas vezes, o que é preciso é saber o que há. O que é que temos nesta região riquíssima e diversa, que não é só um Alentejo? São vários Alentejos, que nós conhe-cemos divididos administrativa-mente.

Alto Alentejo, Baixo Alentejo… Mas há mais. Há muitos Alentejos. É preciso conhecermos, começar-

entrevista

mos a trabalhar em conjunto e tro-carmos os nossos conhecimentos. Pôr as pessoas a movimentar-se, no fim de contas. E isso é funda-mental.

Eu penso que conseguirmos fa-zer isso, juntamente com os agen-tes que estão inscritos nos locais, é fácil. O que é preciso é que as pessoas queiram. É uma questão de organização, de gestão, de co-nhecer a fundo a região. E muitas vezes é possível. Há boas vonta-des. O Alentejo está cheio de boas vontades.

Nesse contexto, tem-se falado muito das empresas incuba-doras de cultura. Qual é a sua opinião sobre elas?

Acho que são fundamentais. O que é a Cultura? A Cultura é a con-cretização de um desejo, do desejo do Homem se tornar Homem. Por-tanto, é uma necessidade. É uma necessidade hoje, como sempre foi. É aquilo que nos diferencia, de facto, de todos os outros seres naturais. Produzimos Cultura, criamos Cultura. E é de facto essa diferenciação que é fundamen-tal. Como Cultura que é, tem de reflectir as mudanças sociais e económicas. As tais empresas in-cubadoras, no fim de contas, são uma adaptação a um conjunto de circunstâncias que estão a ocorrer. Se nós as soubermos integrar, po-dem ser um elemento fundamen-tal para a dinamização. Tem que ser é bem pensado.

Em que medida são uma adap-tação às circunstâncias?

Há um texto muito interessante de Eduardo Lourenço sobre a Cultura na era da mundialização. Nesse texto, Eduardo Lourenço define muito bem o que é a Cultura e de-pois diz que há muito que tudo se mercantilizou.

E faz-nos pensar que temos duas opções, dois caminhos. Temos o caminho de pensar que vende-mos produtos iguais em toda a parte do mundo, pacotes culturais que são iguais de norte a sul, de este a oeste.

Ou então dizemos: Temos aqui uma Cultura, que pode ser, de facto, uma alavanca económica. Acredito profundamente que a Cultura é o futuro do mundo, da diferenciação das identidades, dos valores identitários e das alterida-des. Penso que a Cultura tem hoje um valor social e económico inte-grador da exclusão social.

A minha visão é que a Cultura está antes de tudo; está antes da economia, está antes do turismo… É ela que é produtora de economia, é ela que é produtora de turismo.

O alentejo tem, por exemplo, um imenso património arque-ológico, mas o seu aproveita-mento permanece, em grande parte, por fazer…

Há muita coisa feita. A formação em arqueologia tem-se vindo a

impor, mas houve tempo em que não tínhamos gente. E é preciso ter técnicos, é preciso ter conhecedo-res, e essas coisas levam tempo.

Nós temos um património ar-queológico, mas eu gosto de dizer Património, é um chapéu muito maior. É riquíssimo, e vai desde o arqueológico ao religioso, à arqui-tectura civil, à arquitectura mili-tar…

A leitura do Património pode ser uma visão diacrónica da His-tória mas também pode ser uma visão da função, da forma ou da matéria. E nós temos uma riqueza enorme, que está a ser descoberta agora.

De uma certa forma, as ques-tões do Ambiente já estão mais ou menos ganhas. Nas escolas já há imensa formação sobre as questões do Ambiente. Falta agora fazer isso com o Património. Por razões várias, o Património foi muitas vezes esquecido na forma-ção. Hoje, estamos quase a desco-brir o Património, como há alguns anos começámos a descobrir a im-portância do Ambiente.

Agora temos que fazer esta for-mação. Andámos um bocadinho esquecidos, mas hoje todos nós percebemos que o Património é qualquer coisa de que nós precisa-mos para viver. Para mim, o Patri-mónio representa a possibilidade de futuro.

Todos os dias estamos a cons-truir Património e temos tam-bém que pensar nisso. Qual é o Património que queremos dentro de alguns anos? Qual é a Cultura que estamos a fabricar neste mo-mento? A minha visão do Patri-mónio não é uma visão histórica, é uma visão do Património que é o futuro. É a partir dele que temos que pensar no futuro e construir o futuro. E juntar as linguagens contemporâneas. Porque o Patri-mónio não tem tempo, tem sig-nificado. É de todos os tempos, e é identificador. É aquilo que todos nós independentemente da nossa formação académica, imediata-mente identificamos. É um valor cultural, social e económico.

Concorda com o velho sonho de Évora Capital da Cultura?

Com certeza que sim. Temos que nos mostrar ao mundo. Temos que arranjar um palco. Évora Capital da Cultura não se pode fechar só em Évora. Tem que ser um palco do Alentejo. Évora Capital da Cul-tura será a capacidade de mostrar-mos uma região e não ficarmos fechados numa capital.

acha então que os alentejanos podem legitimamente espe-rar por isso?

Acho que devem desejar isso. É preciso ter objectivos, é preciso ver lá à frente. Dizer: há qualquer coisa que quero agarrar lá à frente. E isso pode ser um objectivo. Por-que não? Desde que seja por uma melhoria e uma divulgação da nossa região Alentejo, dos diferen-tes Alentejos.

“Penso que a Cultura tem hojeum valor social e económicointegrador da exclusão social.”

Para mim, o Patrimóniorepresenta a possibilidadede futuro.”

Évora Capital da Culturanão se pode fecharsó em Évora.”

Page 14: Registo Ed98

14 22 Mar ‘10

Saúde

PUB

PME de Mora exporta materialmédico para a Europa

Mora

A Medirm – Fabrico e Comércio de Dispositivos Médicos, Lda, é uma jovem PME situada na vila alen-tejana de Mora desde 2006 que de-senvolve a sua actividade comer-cial na produção e embalagem de dispositivos médicos não activos.

Criada em 2005, dispõe de ins-talações e equipamento moderno que garante o melhor tratamen-to dos produtos, facto a que não é alheio a recente certificação pela ISO 9001, ISO 13485 e marcação CE para dispositivos médicos. A pro-dução efectiva iniciou-se em 2007

Segundo a administradora Li-liana Júlio, “nem todo o material é fabricado nas nossas instalações, mas o que fazemos é que compra-mos matéria-prima produzida, ou pré produzida, que depois aqui pode ou não ser transformada de-pende muito dos artigos”.

Se falar de material de gaze, existem em Portugal duas gran-des empresas que estão muito bem colocadas no mercado nacional e internacional, mas a Medirm, que emprega 11 colaboradores, aposta mais na produção de kits e bastões em espuma, áreas pouco explora-das em Portugal, o que coloca a empresa numa boa posição.

“O que faz também a diferença da Medirm em relação a outras empresas do mesmo ramo é que, se os nossos clientes quiserem utilizar a sua própria marca e não a nossa, também o podem fazer, embora o nome da Medirm figu-re sempre nas embalagens como fabricante”, elucida a administra-dora.

Em termos de números, a produ-ção atinge cerca de cinco milhões de unidades/ ano.

Estar em Mora, de acordo com Liliana Júlio, deve-se ao facto de “ter sido a única autarquia que demonstrou interesse e disponi-bilidade para o nosso Projecto. Eu costumo dizer que mais vale poucos e bons do que muitos e não valerem um”.

A Medirm actua num ramo específico, que não vende para o consumidor final.

“O nosso cliente são grandes em-presas de distribuição onde estas, depois, fazem o escoamento do material através de revendedores ou então directamente a hospitais ou clínicas, ou ainda para outro tipo de cliente, como multinacio-nais exemplo Paul Hartmann SA que precisam de componentes para completar artigos que nos compram directamente a nós”, explica a administradora que

adianta ainda que 98 por cento da produção é para o mercado inter-nacional.

“Os principais mercados são França, Suíça e Alemanha, mas só no final do ano passado é que começamos a trabalhar com dois grupos portugueses bem distintos, um na área de distribuição farma-cêutica, e outra na área de distri-buição Hospitalar”, afirma.

A história da Medirm é uma história familiar. “A empresa sur-giu de umas trocas de ideias en-tre mim e o meu irmão quando estávamos ainda na Suíça”, conta Liliana Júlio, “o meu irmão tem uma empresa na Suiça de distri-buição com duas áreas bem distin-tas: uma na área médica e outra na alimentar. Na altura comprá-vamos e vendia-mos dispositivos médicos com marca de outras

empresas onde também tínhamos uma linha de produção. Então surgiu a ideia de criar os nossos próprios produtos. Na Suiça não existem incentivos ao investi-mento como havia cá e foi então que decidimos apostar em Portu-gal e abrir uma unidade fabril, o que foi um risco, mas que teve de ser feito”, sintetiza.

Hoje, a Medirm emprega 11 e perspectiva um 2010 onde deverá duplicar a sua produção, ano em que vai investir 2,2 milhões de euros na abertura de um centro de esterilização por Oxido Etileno e Vapor. “Este serviço de esteriliza-ção de dispositivos médicos não será só para utilização da Medirm, mas para todas as empresas que necessitarem deste serviço, tanto a nível nacional, como internacio-nal”, finaliza Liliana Júlio.

O concelho de Mora alberga uma PME que produz, embala e exporta material médico para hospitais da Europa, nomeadamente dispositivos médicos classe I e IIA estéreis e não estéreis, como kits de penso, diálise, bastões em espuma e material de gaze (compressas).

Page 15: Registo Ed98

15

região

Lar de Pavia não se faznum dia... nem em sete anosO Lar de Pavia começa a ser um caso de justiça. Lançado em 2002 para suprir as necessidades de apoio aos idosos da freguesia de Pavia, Concelho de Mora, o equi-pamento ainda tarda a ser uma realidade.

Obra da Santa Casa da Miseri-córdia local, o futuro Lar de Pavia estava orçado em 1.3 milhões de euros, mas a falta de financiamen-to do Estado implicou a paragem da sua construção com os efeitos negativos para a população alvo que se sentem hoje em dia.

De acordo com a Câmara Mu-nicipal de Mora, a ausência deste equipamento em Pavia tem gerado situações degradantes em termos sociais e emocionais para os idosos desta freguesia. Obriga os idosos do concelho ao internamento em lares de outras freguesias e mesmo noutros concelhos. Há casais de idosos separados pelo facto de não existirem muitas vezes vagas dis-poníveis na mesma instituição.

A 28 de Julho de 2004 deu-se ini-cio à 1ª. Fase da Construção do “Lar de Idosos” tendo um custo total de 313.896,13€.

Para esta fase a Santa Casa da Misericórdia de Pavia (SCMP) contou com o único subsídio do Governo Português, em concreto, do Fundo de Socorro Social no va-lor de 125.000€. O contributo das autarquias locais materializou-se mediante o contributo ao nível de apoio técnico e de serviços por parte da Câmara Municipal de

Amieira Marina propõe vela para as férias da Páscoa “Vida, Vela, Vento! Eis o desafio do Núcleo de Vela da Amieira Mari-na e da empresa Livre-de-Amar-ras a todos os jovens, a partir dos 13 anos, que pretendam umas fé-rias de Páscoa repletas de emoção e de aventura nas águas do Alque-va.

Durante três dias, os jovens po-dem ingressar nos cursos de ini-ciação à vela de cruzeiro e ligeira (sessão teórica de enquadramento e prática) para grupos ni mínimo de 4 e máximo de 5 passageiros, com toda a segurança necessária a bordo.

Por 120 euros/ pax, são três jor-nadas de formação num total de 15 horas.

A Amieira Marina agendou duas jornadas / sessões de forma-ção de Vela entre a paisagem alen-tejana: 1ª sessão: 29 a 31 de Março; - 2ª sessão: 1 a 3 de Abril

A aprendizagem do maneja-mento da vela requer movimen-tos concisos e muita energia, tor-

nando o jovem mais proactivo, cooperativo e, consequentemente, mais respeitador da flora e fauna circundantes. Aos momentos de aventura e entretenimento junta-se a questão da educação e um maior conhecimento desta activi-dade, a funcionar desde o início de 2009 na Albufeira de Alqueva.

A parceira entre a Amieira Ma-rina e a Livre-de-Amarras propi-cia um crescimento sustentado no que respeita às actividades náuti-cas associadas à vela, bem como um maior desenvolvimento do Alqueva como local turístico de Portugal a visitar.

A Amieira Marina é uma em-presa da Nautialqueva – Serviços Náuticos, Lda. e é o primeiro pro-jecto náutico ao nível do plano de água do Grande Lago, envolvendo actividades de aluguer, manuten-ção e parqueamento de embarca-ções, serviços de restauração, loja de conveniência e artigos náuti-co-desportivos.

Mora e de 5000€ da Junta de Fre-guesia de Pavia.

Esta fase contou ainda com a be-nemerência de alguns particulares através de pequenos donativos, o que se revelou uma mais-valia para que esta primeira fase fosse concretizada no final de 2005.

As obras de construção do Lar de Pavia estiveram algum tempo suspensas devido à falta de meios financeiros para poder avançar para a 2ª fase, tendo estas sido rei-niciadas apenas em Maio de 2008.

Dada a importância e urgência em disponibilizar esta valência à

freguesia de Pavia, a SCMP conti-nuou a fazer esforços para termi-nar a obra e apresentou duas can-didaturas ao Programa PARES, sendo ambas, lamentavelmente, indeferidas.

Na sequência da abertura da medida 6.12 no âmbito do Progra-

ma Operacional do Potencial Hu-mano, surgiu uma esperança de financiamento mas teve a SCMP indicações por parte do Centro Distrital da Segurança Social de que a candidatura seria indeferi-da uma vez que a adjudicação da 2ª Fase da obra ocorreu em 2008.

De Maio de 2008 até ao momen-to a obra passou por diversos perío-dos de inactividade devido à falta de verbas. Para efectivar esta fase, 656.089,92€, a SCMP teve de re-correr a um empréstimo bancário dado à inacreditável ausência de apoios do Estado para este fim. Já nesta 2ª Fase, a SCMP contou uma vez mais com o apoio da Câmara Municipal de Mora através da ce-dência de materiais (pavimentos e rodapés) no valor de 31.637,95 €.

Actualmente a SCMP presta ser-viços de Centro de Dia e Apoio ao domiciliário pelo que a sua capa-cidade financeira para responder eficazmente perante os serviços a que se propôs e no futuro ao Lar de Idosos, ficará, dado ao empréstimo a que foi obrigada contrair, numa situação muito difícil pondo em risco todos estes serviços.

A Câmara Municipal de Mora, apesar das suas limitações finan-ceiras, irá prestar todo o apoio ao seu alcance para que esta infra-estrutura possa ser terminada o quanto antes, relembrando que não se trata de uma reivindicação da autarquia, mas sim da popula-ção, pelo que se irá juntar a esta luta, que afinal é todos!

Page 16: Registo Ed98

16 22 Mar ‘10

Ao realizarmos aquilo em que acr-editamos e o defendermos ao lon-go da nossa vida com verdadeira convicção, se esses ideais forem nobres, claro, gera-se uma onda de admiração em todos os que nos rodeiam. Em especial se forem pes-soas de bom íntimo, essas ir-nos-ão estimar e até acompanhar na nossa “luta”, se forem mal formadas, só a inveja viverá nos seus corações.Bem, se recuarmos no tempo e re-cordarmos a vida de Sócrates (o filósofo), a vida de Gandhi ou a vida de Teresa de Calcutá, vemos que foram serem humanos que lu-taram pelos seus nobres ideais até ao fim das suas vidas, mesmo que essa luta lhes colocasse a vida ou a saúde em perigo. Com Nelson Mandela e tantos outros, o mesmo se passou…Será que somos leva-dos a pensar que estes homens e mulheres tinham um gene que nós não possuímos ou que deixámos perdido no fluir dos tempos? Esse gene de que falo é o gene da hon-estidade, o da vontade de lutar por ideais sem que se espere por uma recompensa, ou um reconhecimen-to! Não, penso que não. Ele ainda está vivo em todos nós, no silêncio dos nossos pensamentos, e quantos lutam por ele aqui mesmo junto de nós ou em lugares distantes e in-óspitos da Terra.Penso que todos os homens têm este gene, possuem honestidade, ideais elevados, o desejo de se destacarem por algo nobre que possam ter feito na vida, só que muitos deixam que a sua vida seja levada por uma roti-na que no fundo os absorve, e todos os dias são iguais e até a vontade de sorrir já partiu dos seus rostos, há muito tempo. Os seus sonhos já morreram, pois sob o medo de serem despedidos, levam”vidas de cão”. No desalento e na falta de es-perança e optimismo destroem as suas vidas, deixam que se perca o amor nos seus casamentos. Quan-tas famílias desfeitas, quantos lares e sonhos que acabaram por se viver esta vida que nos empurra para o consumismo em vez de nos impul-sionar para o crescimento do nosso Eu interior, para o melhoramento do nosso desempenho nos anos que passamos na Terra.Isso são sonhos, dizem os acomo-dados: Os seus argumentos são: a vida tem de se cumprir dentro de uma perspectiva economicista, senão perecemos, somos uns Zé-

“Verdade ou consequência?”“Riqueza ou honestidade?”

ninguém… Foi assim que as nossas mentes foram formatadas?A sociedade empurrou-nos para a lógica do Ter que agora é muito mais importante do que a lógica do Ser.Conta-se a história de que um dia Alexandre Magno, da Macedónia, conheceu Diógenes, filósofo em Atenas. Alexandre, sabendo da sua imensa sabedoria aproximou-se da barraca velha onde ele vivia com um cão, comendo só pão e água.Dirigiu-se a ele e ofereceu-lhe riquezas do seu vasto império para que ele o acompanhasse com a sua imensa sabedoria.“ Sim, Diógenes, diz o que dese-jas, que esse desejo te será conce-dido!”- disse Alexandre Magno.Diógenes sem hesitar logo fez o seu pedido: “ Senhor, gostava que vos afastasses do sol que me está a aquecer!”. Era tudo o que este filó-sofo desejava…. Alexandre Magno afastou-se confuso, ele não queria nenhuma das riquezas que ele lhe oferecia, só o calor dos raios de sol…Sim, de facto, na Antiguidade clás-sica a honestidade e coerência eram qualidades verdadeiramente reconhecidas, afinal hoje contin-uam a ser, mas só as ouvimos em sussurros ou em distinções que vêm depois desse ter partido... Porque será?Será que são qualidades das quais se teme falar livremente? Parece-me que sim e afinal todos sabemos porquê. Estamos cansados dos maus exemplos e se também olhar-mos em nosso redor reconhecemos que Portugal já viveu momentos melhores…Hoje, para a maioria das pessoas, como é que se constrói uma vida com êxito? Com muito dinheiro, por vezes nem importa a origem... Com bens supérfluos que somente servem para serem mostrados…Os valores que imperam, nada têm a ver com grandes ideais ou com a luta por bravos ideais e uma vida de honestidade.No momento actual o que interessa é que o povo ande entretido com novelas tontas e futebol e na falta ou com as desgraças da vida al-heia!Êxito hoje é outra coisa, é ter din-heiro e poder! Será que é mesmo? Ou será que todos esquecem que o tempo não perdoa e daqui a umas curtas décadas voltaremos todos a ser pó? Não, deixemos nem que seja o amor pelos outros, assim fi-caremos na sua memória colectiva pela bondade que vivia no nosso coração.Peço a todos, tal como o cometa que rasga os céus e nos encanta com a sua luz magnífica que assim seja a vossa vida. Que deixem um aroma belo, encantador, nesta nossa breve passagem.

MargariDa peDrOSaprofessora

Quem não gosta de sentir um pouco de amor?

Prémio Estação Imagem/Mora bate recordes de inscrição

Mais de 5.500 FotograFias de 190 autores

Mais de 5.500 fotografias foram inscritas para a primeira edição do prémio internacional de fotojornalismo Estação Imagem / Mora, constituindo o maior número de sempre em eventos congéneres em Portugal.

O elevado número de ins-crições vem confirmar o interesse suscitado pela or-ganização do prémio, insti-tuído pela Estação Imagem e pela Câmara Municipal de Mora. Terminado o pra-zo de inscrições, a Estação Imagem regista mais de 190 fotógrafos inscritos para o Prémio Internacional de Fotojornalismo, com um total de 636 reportagens, correspondendo a mais de 5.500 fotografias.

Segundo os organizado-res, a enorme afluência ao concurso constitui uma “prova de que o fotojornalis-mo, embora cada vez mais desaparecido dos meios de comunicação social, conti-nua vivo no espírito dos re-pórteres nacionais”.

Recorde-se que, além do prémio Estação Imagem / Mora, no valor de 7.500 euros, o evento contempla ainda outros sete galardões no valor de 2.500 euros cada, nas categorias de Notícia, Vida Quotidiana, Ambien-te, Acção no Desporto; Artes e Espectáculo e Série de Re-tratos, além de uma catego-ria especial subordinada ao

tema “2009 Ano de eleições”. Além das inscrições para

o prémio de fotojornalismo, registaram-se ainda cerca de 30 candidaturas a uma bolsa de 5.000 euros desti-nada a apoiar a realização de um projecto fotográfico incidindo sobre a região do Alentejo.

“Estes dados tornam-se ainda mais relevantes”, se-gundo a organização, “quan-do pela primeira vez as inscrições foram realizadas totalmente online, no ano em que o próprio concurso do World Press Photo tam-bém se estreia na internet”.

O galardão integra no Júri destacados nomes do foto-jornalismo mundial e é li-derado pela Vice-Presidente do Departamento de Foto-grafia da Reuters e Presiden-te do Júri da edição 2010 do World Press Photo, Ayperi Karabuda Ecer. O Júri Inter-nacional reúne-se em Mora, dias 22 e 23 de Abril, anun-ciando a 24 os vencedores do mais importante prémio de fotojornalismo de Portugal.

O prémio Estação Ima-gem / Mora está aberto à participação de todos os fo-

tojornalistas portugueses e dos PALOP, bem como de todos os fotojornalistas de outras nacionalidades resi-dentes em Portugal e nesses países africanos.

A Estação Imagem é uma associação sem fins lucra-tivos dedicada ao estudo e promoção da imagem, com particular enfoque na foto-grafia documental. Criada em Mora e elegendo o Alen-tejo como campo de acção, a Estação Imagem propõe-se dar um contributo activo à luta contra a desertificação e o isolamento da região.

<reportagens que correspondem a 5500

fotografias>

636nÚMerO

Opinião Cultura

Page 17: Registo Ed98

17

Cultura

Alentejo Natural um conceito criado para todo o tipo de cliente. Procure visitar o espaço e identificar a variedade de produtos naturais, um valor essêncial para o seu bem estar fisico e mental.

Há três anos e meio surgiu na ci-dade de Évora um conceito já exis-tente em outros pontos do país chamado Celeiro. Um projecto franchising, que se implantou em todo o Alentejo com a sua qualida-de natural.

O gosto pelos produtos naturais e o interesse em evoluir mais no conceito, fez que a proprietária Ana Rita Espada tivesse criado a sua própria marca, Alentejo Natu-ral - Produtos Naturais.

O objectivo principal é manter os mesmos produtos que tinha anteriormente, e aumentar a ofer-ta, de modo a satisfazer o cliente, com a inserção de novos produtos e marcas de mercado.

Évora está mais saudável

“ A vantagem tem a ver com aposta em outras marcas, permi-tindo ao cliente ter uma oferta muito mais diversificada, com-pletando com aconselhamento credenciado que proporciona um serviço-produto qualificado ao nosso cliente”.

Alentejo Natural oferece uma vasta gama de produtos naturais, que se podem agrupar em cosmé-ticos, e de Alimentação.

Dentro destes, existem os die-téticos, alimentação para celíacos, diabéticos e intolerantes á lactose, e os alimentos naturais propria-mente ditos.

Alentejo Natural proporciona consultas de nutricionismo a bai-

xos preços – 7 € (consulta), Dieta Emagril, emagrecimento, obesi-dade infantil, controle de peso na menopausa, gravidez, ex-fumado-res, sendo também adequada em caso de colesterol elevado, diabe-tes, hipertensão, obstipação, dis-túrbios alimentares.

Outra das novidades deste novo conceito é o cartão cliente, que na acumulação de pontos, na totali-dade, reflecte 10% de desconto em compras.

Um mundo de opções naturais, saudáveis, que contribuem para o bem-estar físico e mental.

Alentejo Natural – Produtos Na-turais, na praça Joaquim António de Aguiar loja 13 em Évora uma loja a visitar.

Homenagem a Mário Barradas no dia mundial do Teatro

cendrev apresenta últiMa encenação do Mestre

O Cendrev dedica este ano a programação do Dia Mundial do Teatro ao seu fundador, Mário Barradas, apresentando ao público eborense a última peça que ele encenou, “A Mosqueta”.

O programa do Cendrev para o Dia Mundial do Teatro, no sába-do, 27 de Março, incluirá uma representação do espectáculo “A Mosqueta”, de Ruzante, última encenação de Mário Barradas. A peça foi estreada em 2009 pela Companhia de Teatro de Almada, no âmbito da programação do seu festival anual de teatro.

O espectáculo tem lugar no Te-atro Garcia de Resende, em Évora, pelas 21h30, e tem entrada livre, embora seja necessário levan-tar os ingressos, disponíveis na bilheteira do teatro, ou fazer a

sua reserva através do telefone 266703112.

Ainda no quadro da programa-ção do Dia Mundial do Teatro, o Cendrev organiza, na mesma data e no mesmo local, pelas 16h00, uma sessão pública de homena-gem a Mário Barradas. A inicia-tiva destina-se a evocar a figura de Barradas, o encenador, actor e professor que dedicou a sua vida ao teatro. Dedicação que o levou a desempenhar distintos “papéis” na cena teatral portuguesa, sem-pre determinado em contribuir para melhorar as condições de

trabalho desta prática artística: “O teatro é um dos sinais, mais presentes e vivos, dos caminhos trilhados pelo homem e assim se insere na afirmação identitária e cultural dos povos. Nesta medi-da, é um imenso factor de desen-volvimento e de continuidade.”

Para essa sessão, o Cendrev convidou um conjunto de ami-gos que o acompanharam em di-ferentes momentos da sua vida, cientes que o exemplo ímpar de Mário Barradas é uma referência para várias gerações de homens e mulheres do teatro.

Page 18: Registo Ed98

18 22 Mar ‘10

Opinião

PUB

Quando uma conversa lhe desa-grada por o seu interlocutor es-tar descaradamente a mentir, ou no mínimo a tentar passar-lhe a perna, diz a minha mãe normal-mente em resposta: “o meu ouvi-do não é chiqueiro”. Assim estou eu nos últimos dias de cada vez que oiço na televisão ou na rá-dio, ou leio nos jornais, as tira-das relativas à imperativa neces-sidade do PEC, especialmente no que diz respeito à diminuição de salários, pensões e regalias so-ciais, acompanhados de um au-mento de impostos.Falar em congelamento salarial, quando de facto se fala na perda de poder de compra, é no míni-mo estar a gozar com as pessoas. Desde o longínquo ano de 76, só por duas vezes os aumentos de salários foram superiores à taxa de inflação, o que significa que a redução real dos salários tem sido a prática comum em Portu-gal qualquer que fosse a massa corporal das vacas. Donde abrir a boca para propor agravar esta tendência deveria ser considera-do no campo da indecência e não da governação.Na mesma senda, tendo os níveis de pensões que temos, em que grande parte dos nossos idosos ou das pessoas que por inca-pacidade estão diminuídas no seu desempenho se encontram abaixo dos limiares de pobreza, falar do congelamento das suas pensões deveria envergonhar até à lividez qualquer Ministro ou Secretário de Estado dignos desse cargo, especialmente face às sumptuosas benesses ofereci-das a qualquer bicho-careta que vindo da estranja se disponha a arranjar um canto com umas maquinetas a fim de produzir não sei o quê, até não sei quando e que, na maioria das vezes vai embora com benesses e sem pro-duzir o que quer que seja.Falar em aumentar impostos, directos e indirectos, a uma po-pulação que está já com a corda na garanta é de uma hipocrisia absoluta. Especialmente uma população que tanto que se en-dividou para adquirir um padrão de vida e conforto minimamente aceitável, já que o que ganhava não chegava. E não venham com histórias dos bens de consumo, porque quem se endividou não os procurou sozinho e além disso

Querem enganar quem?

para quem tanto fala em merca-do, o que seria do mercado inter-no se assim não fosse?Já agora, não me falem e pou-pança, ou não percebem ainda que quem tem de viver, sempre com menor salário ao longo de trinta anos, não pode nem tem condições de poupar o que quer que seja? Ou onde pensavam que as pessoas iam buscar o dinheiro para poupar? Nas árvores? No mar? Desenganem-se. Com as políticas que vieram a seguir nos últimos nos em relação à Políti-ca Agrícola Comum ou à Política Comum de Pescas, nem num lado nem no outro é possível retirar um só euro que seja.Esperar que as pessoas aceitem quietas e contentes a imoralidade da isenção de maioria de impos-tos a bancos e ganhos de mais-valias, quando estas instituições têm à vista de todos lucros bru-tais, não querendo nunca par-ticipar na divisão de custos de um estado funcional, mas que-rendo receber sempre do estado quando estão em maus lençóis, deixando claro que os nossos governantes tremem de medo de enfrentar esta gente, preferindo impor-se aos que menos podem, é seguramente do campo do te-merário ou do louco.Portanto não me venham com conversas que o meu ouvido não é chiqueiro. Querem fazer quem crer que as pessoas vão aceitar e assistir passivamente enquan-to o pouco que a sua vida tinha vai ruindo, enquanto banquei-ros e gestores vão mantendo as suas prebendas? Até quando vão fazendo sondagens, aqui ou na Grécia, ou seja onde for, dizendo que todos se foram submetendo à necessidade imperiosa de fi-car sem nada? Querem enganar quem?

CarLOS MOuraengenheiro

Naná Sousa Diasbrilhou no Festival de Jazz de ReguengosO quarteto do saxofonista Naná Sousa Dias foi a gran-de atracção da primeira edi-ção do Festival de Jazz de Reguengos de Monsaraz, que decorreu sexta-feira e sábado no auditório muni-cipal da cidade alentejana.

Organizada pelo municí-pio, a iniciativa teve início pelas 15:00 de sexta-feira, com um workshop de saxo-fone com Náná Sousa Dias, que depois subiu ao palco do auditório municipal, no mesmo dia, às 21:30.

No sábado, também às 15:00, decorreu um workshop de trompete com Vítor Guerreiro e à noite, às 21:30, atuou a Big Band do município da Nazaré.

Naná Sousa Dias tornou-se músico profissional em 1981, quando integrou a “Banda Atlântida”, de Lena d Á̀gua, ingressando dois anos depois na banda de Rui Veloso com quem gravou o álbum “Guar-dador de Margens”.

O percurso musical de Naná Sousa Dias é feito também em clubes e festi-vais de jazz, tendo lançado o seu primeiro disco a solo, “Ousadias”, em Dezembro de 1986.

Dois anos depois, foi edi-tado o álbum “Aqui Tudo Bem”, em 1994 produziu o disco “Salsetti”, de Bernardo Sassetti, e um álbum com temas de Natal.

Em 1995 editou um disco de homenagem a Tom Jobim, denominado “Tom Maior”, e, no ano seguinte, lançou o álbum “Os Melhores Temas de Natal”.

Por sua vez, a Big Band do mu-nicípio da Nazaré foi formada em 1999 e o seu repertório é

baseado em “standard’s” de Jazz e composições para Big Band de autores como Duke Ellington, Count Ba-sie e Dizzy Gillespie, in-cluindo também temas mais contemporâneos de compositores como Chick Corea, Herbie Hancock e Quincy Jones.

Nos concertos, a Big Band do município da Nazaré apresenta um repertório variado ao integrar músicas com ritmos de influência latino-americana e alguns originais de estilo “Funk”.

Falar em congelamento salarial, quando de facto se fala na perda de poder de compra

Cultura

Page 19: Registo Ed98

19

Cultura

PUB

Florbela Espanca homenageada por grande exposição em Lisboa

spa assinala 80 anos da Morte da poetisa

Por ocasião dos 80 anos da sua morte, a poeta alentejana Florbela Espanca é objecto de uma importante exposição inaugurada na sexta-feira na Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa.

A mostra é composta por painéis com fotografias, poemas, manus-critos, correspondência e obras da poetisa nascida a 08 de dezem-bro de 1894 em Vila Viçosa e que se suicidou a 08 de dezembro de 1930 em Matosinhos.

Evocar a mulher que “viveu sempre no limite e mesmo à beira do abismo” é um dos objetivos da exposição, designada por “Perdi-damente”, título retirado de um dos versos mais cantados da po-eta.

Florbela Espanca “era uma mu-lher que queria amar e ser amada perdidamente, era uma mulher que tinha uma visão da criação poética como algo vivido para além do próprio limite e normal-mente quem vive assim não vive

muito ou não vive muito tempo”, lembrou, a propósito, José Jorge Letria, administrador delegado da Sociedade Portuguesa de Au-tores (SPA).

O responsável da SPA disse ain-da à agência Lusa que o espólio da exposição vem, em grande parte, de Matosinhos, cidade onde a po-eta tem uma biblioteca que lhe é dedicada.

Homenagear também todos os homens e mulheres que ao longo de décadas cantaram e declama-ram Florbela Espanca, um aspeto “menos conhecido” da sua obra, é outro dos motivos da mostra.

“Quando falamos de Florbela Espanca falamos da pessoa que viveu no limite e morreu jovem mas não temos presente que ela

é cantada por praticamente todos os grandes nomes da música por-tuguesa”, disse.

A título de exemplo, José Jorge Letria citou os nomes de Mariza, Kátia Gurreiro, Trovante e, ao ní-vel dos declamadores, o de João Villarett e o de Victor de Sousa.

Razão por que, para o dirigente da SPA, esta exposição é também “uma forma de celebrar toda a obra que Florbela Espanca origi-nou na área da música”.

A mostra está patente até 21 de maio, altura em que será substi-tuída pró uma outra que coincidi-rá com o Dia do Autor que se in-titulará Clave de Memória e cujo subtítulo é A música e os músicos na história da SPA, concluiu José Jorge Letria.

Page 20: Registo Ed98

20 22 Mar ‘10

PUB

Page 21: Registo Ed98

21

Carta da Semana: 9 de Paus, que significa Força na Adversidade.Amor: O seu erotismo e cria-tividade vão fazer milagres na sua relação, o seu par gos-tará da surpresa.Saúde: Período sem prob-lemas.Dinheiro: Nada o preocu-pará a este nível.Número da Sorte: 31Dia mais favorável:Segunda-Feira

Carneiro

HORÓSCOPO SEMANAL - 22/02 a 28/02 Telefone: 21 318 25 91 E-mail: [email protected]

3 6 9 2

8 5 7

2 8 9

4 8

7 2 6 9

1 5

1 4 3

3 6 5

9 3 8 4

SuDOKu

a r p s o n g k k ê ê ã

n g p B M ã s L g W F E

I a ê Ç o o L s Ç a Á a

r k I I r a ã E V C V a

E ã p C a g V M M U B J

g U ê ã n n a J I a Ç n

n ê r U g a ã M n L r a

a I a U o M L a o F o r

T M W B s Ç n E I r r a

W V a I L a o g M ã a L

U Ç F Ç k n o U F J r E

p s Á n a n a r W I o C

Carta da Semana: A Impera-triz, que significa Realização.Amor: O ciúme não é um bom conselheiro, aprenda a saber ultrapassá-lo.Saúde: Poderá sofrer de al-gumas dores de cabeça fortes, que indicam que precisam de repousar mais.Dinheiro: Graças ao seu bom desempenho poderá ganhar algum dinheiro extra.Número da Sorte: 3Dia mais favorável:Quarta-Feira

TouroCarta da Semana: Cavaleiro de Ouros, que significa Pessoa Útil, Maturidade.Amor: Converse com o seu par, só ganhará com isso. Aprenda a aceitar-se na sua globalidade, afinal você não tem que ser um Super-Homem!Saúde: Descanse quando o seu corpo pedir.Dinheiro: Cuidado, seja mais amável no local de trabalho.Número da Sorte: 76Dia mais favorável:Sexta-Feira

Gémeos

Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 11

Carta da Semana: 8 de Ouros, que significa Esforço Pessoal.Amor: Pense mais com o cora-ção do que com a razão. Que a luz da sua alma ilumine todos os que você ama!Saúde: Cuide melhor da sua saúde espiritual procurando ter pensamentos mais posi-tivos.Dinheiro: As suas economias poderão sofrer uma quebra inesperada.Número da Sorte: 72Dia mais favorável:Terça-Feira

CaranguejoCarta da Semana: 6 de Espadas, que significa Viagem Inesperada.Amor: Procure encontrar mais tempo na sua vida para estar com as pessoas que realmente ama.Saúde: Não cometa excessos alimentares.Dinheiro: As suas finanças poderão sofrer uma quebra substancial. Não se deixe ma-nipular pelos seus próprios pensamentos!Número da Sorte: 56Dia mais favorável:Domingo

LeãoCarta da Semana: Cavaleiro de Copas, que significa Pro-posta Vantajosa.Amor: Os momentos de con-fraternização familiar estão fa-vorecidos. Não perca o contacto com as coisas mais simples da vida.Saúde: Procure fazer uma ali-mentação mais equilibrada.Dinheiro: Nada de marcante acontecerá, o que não significa que se pode deixar levar pelos impulsos consumistas.Número da Sorte: 48Dia mais favorável:Quarta-Feira

Virgem

Carta da Semana: A Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera.Amor: Os seus familiares precisam de maior atenção da sua parte. Seja carinhoso. Que o amor esteja sempre no seu coração!Saúde: Cuidado com pos-síveis dores de cabeça.Dinheiro: Pode fazer aquele negócio que tanto deseja.Número da Sorte: 49Dia mais favorável:Domingo

Balança Carta da Semana: 4 de Espadas, que significa Inqui-etação, Agitação.Amor: Não descarregue nas pessoas de quem mais gosta a má disposição. A felicidade é de tal forma importante que deve esforçar-se para a alcançar.Saúde: Procure fazer um regime alimentar, só terá a ganhar com isso.Dinheiro: Período pouco favorável para contrair em-préstimos.Número da Sorte: 54Dia mais favorável:Quarta-Feira

EscorpiãoCarta da Semana: O Papa, que significa Sabedoria.Amor: Os seus amigos poderão vir a estranhar a sua ausência, não se afaste deles. Que o Amor e a Amizade se-jam uma constante na sua vida!Saúde: Procure não fazer muitos esforços físicos, res-peite o seu corpo.Dinheiro: O seu poder económico terá um aumento significativo.Número da Sorte: 5Dia mais favorável:Sexta-Feira

Sagitário

Carta da Semana: Valete de Ouros, que significa Reflexão, Novidades.Amor: Poderá ter de enfren-tar uma forte discussão com um dos elementos da sua família. Seja verdadeiro, a verdade é eterna e a mentira dura apenas algum tempo.Saúde: O cansaço irá invadi-lo, tente relaxar.Dinheiro: A sua conta bancária anda um pouco em baixo, seja prudente nos gastos.Número da Sorte: 75Dia mais favorável:Domingo

Capricórnio

Carta da Semana: Valete de Copas, que significa Lealdade, ReflexãoAmor: Não pense que as pessoas são todas iguais, não descarregue na pessoa que tem a seu lado o que outras lhe fizeram que o deixou ma-goado. Seja honesto consigo próprio, não tenha receio de reconhecer os seus erros e traçar novas rotas de vida.Saúde: Procure com maior frequência o seu médico de família.Dinheiro: Tudo correrá den-tro da normalidade.Número da Sorte: 47Dia mais favorável:Segunda-Feira

Aquário

Carta da Semana: 5 de Espadas, que significa Ava-reza.Amor: A harmonia está neste momento presente no seu ambiente familiar. Tanto a tristeza como a alegria são hábitos que pode educar, cabe-lhe a si escolher qual deles prefere!Saúde: Cuidado com o siste-ma nervoso, pois está neste momento com tendência para as depressões.Dinheiro: Não terá prob-lemas de maior nesta área da sua vida.Número da Sorte: 55Dia mais favorável: Sábado

Peixes

Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 12Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 13

Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 14Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 15Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 16

Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 17Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 18Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 19

Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 20Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 21Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 22

Objectivo: Descubra as 15 frutas escondidas

Nota: O sudoku consiste em preencher uma grade de 81 espaços dividida em nove blocos. O objec-tivo do jogo é completar os espaços em branco com algarismos de 1 a 9, de modo que cada número apareça apenas uma vez na linha, grade e coluna. nenhum número pode ser repetido e todos os números de 1 a 9 devem estar presentes.

SOpa De LetraS

autor antónio Murteira

LivrOS

até aManhã

Os fragmentos que consti-tuem o corpo narrativo de Até Amanhã, de António Murteira, são (...) epígrafes memorialísti-cas que se pre-tendem ins-critas numa determinada realidade, transcen-dendo-a para se assumirem como incisivas denúncias de um tempo e das suas alegorias, dos seus ima-ginários, dos seus percursos, apon-tamentos críticos de uma realida-de que se construiu a mãos ambas, sobre linimentos de um tempo de êxtases, de paixões, de entregas: um tempo sobre o qual o autor re-flecte e dele assume os medos, os assombros, a entrega. (…) Há nesta escrita, atravessada por uma poé-tica de grande qualidade metafó-rica, de íntimos rumores, uma fala orgânica que se vai adensando na medida em que esse exercício evo-lui e uniformiza. O autor como que busca um interlocutor, um cúmpli-ce para que o diálogo que estes tex-tos procuram, se estabeleça.

Sinopse

realização Martin CampbellfOra De COntrOLO

Thomas Craven é um veterano da Brigada de Homicídios da Polícia de Boston, e pai soltei-ro. Quando Emma, a sua única filha, de 24 anos, é assassinada nas escadas da sua casa, toda a gente assume que era ele o alvo a abater. Mas Thomas ra-pidamente suspeita do contrá-rio, embarcando na missão de descobrir a vida secreta da sua filha e porque foi morta. A sua investigação leva-o ao perigoso e elusivo mundo das grandes corporações, dos conluios com o governo e do crime. E a um som-brio operacional do governo,

Darius Jedburgh, que foi man-dado para apagar as pistas. A solitária busca de respostas de Craven em relação à morte da filha transforma-se numa odis-seia de descoberta emocional e de redenção.

Sinopse

fiLMe DeSta SeMana

autor Joshua Cooper ramo

a era DO iMpreviSíveL

Apenas alguns anos depois de termos entrado no novo século, atingimos um momento de perigo que, ain-da há pouco, teria parecido inimaginável. Tudo o que nos rodeia, as ideias e instituições em que confiávamos para a nos-sa protecção e segurança estão a falhar - e as melhores ideias dos nossos líderes parecem piorar ain-da mais os nossos problemas, e não resolvê-los. Uma guerra glo-bal contra o terrorismo produz, no final, terroristas mais perigosos. A luta para deter a crise financeira parece acelerar a sua chegada.Felizmente, há esperança. Em A Era do Imprevisível, Joshua Cooper Ramo propõe um novo modelo re-volucionário para pensarmos este mundo do impensável, e prospe-rarmos nele. Ramo explica precisa-mente porque é que a nossa actual forma de pensar, e as políticas dela resultantes, tem o efeito contrário ao pretendido. Encontrando lições surpreendentes vindas de pessoas tão diferentes como titãs de Silicon Valley, terroristas islâmicos incan-sáveis, mestres espiões lendários, físicos não convencionais e inova-dores desenhadores de jogos.

Sinopse

Lazer

Page 22: Registo Ed98

22 22 Mar ‘10

Évora - Índia sensual, peitão, peludinha, toda boa, casada,marido ausente.

Completa!

925291605

Anuncie no seu jornal REGISTOTelf: 266751179

Telm: 913546103

Apoio escolar -Explicações -Áreas curriculares

Centro de formação profissional promove o apoio escolar e outras áreas curriculares. Rua do Raimundo, nº 95 - Fracção H - 7000 Évora Tlm: 963 049 907

SEMANÁRIO

Oferta de TrabalhoEmpregada doméstica interna

ou acompanhamento de idosos senhora com disponibilidade imediata para trabalho doméstico

ou acompanhamento a idoso no domicílio

Contacto: 968466926

Vende-se Lenha de Azinho, bem seca, para salamandra e

lareiraBom preço

Telem.: 934095908

Director nuno pitti ([email protected])Propriedade nothing else-.meios&comunicação; Contribuinte 508 561 086 Sede travessa ana da Silva, n.º6 -7000.674 - 266 751 179 fax 266 730847 Administração Silvino alhinho; Joaquim Simões; nuno pitti Departamento Comercial Maria João ([email protected]) Redacção José pinto Sá ([email protected]); Paginação Arte&Design Luis franjoso ([email protected]) Fotografia Luís pardal ([email protected]) Colaboradores Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia ramos ferro; Carlos Sezões; Margarida pedrosa; antónio Costa da Silva; Marcelo nuno pereira; eduardo Luciano; José filipe rodrigues; Luís Martins Impressão funchalense – empresa gráfica S.a. | www.funchalense.pt | rua da Capela da nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 pêro pinheiro – portugal | telfs. +351 219 677 450 | fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Segunda-feira Nº.Depósito Legal 291523/09

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

Vende-seHabitação T1

Horta das Figueirascomo nova em Évora

Rua General Humberto Delgado

Contacto: 964 950 214

Profissional em limpeza oferece-se para trabalho em todas as áreas:

Montras, Vidros, Construções, Etc....Contacto 266040530 - 960327500

portuguesa desempregada 32

anos peluda. atende por necessidade

completa.

919726503

angélica loirinha20 anos. anjo do

prazer. atende em privado.

965594293

Page 23: Registo Ed98

23

Rua da SaudadeAutor de centenas de poemas, dos quais mais de seiscentos para can-ções, Ary dos Santos viu e ouviu as suas palavras serem cantadas por vários intérpretes, como Amália Rodrigues, Simone de Oliveira, José Afonso, Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, Carlos do Carmo, entre outros. Numa selecção de 11 temas do vasto legado de Ary do Santos, no ano em que se assinalam os 25 anos do seu desaparecimento, “Rua da Saudade” apresenta uma nova roupagem de canções singulares, como “Estrela da Tarde”, “Retalhos”, “Cavalo à Solta”, entre outras. Um projecto que engloba interpretações que tocam as diferentes so-noridades do pop ao fado, passando pelo Jazz e pelos ritmos da bossa nova, cada um deles interpretados e com a marca de uma cada das vozes inconfundíveis de Mafalda Arnauth, Viviane, Susana Félix e Luanda Cozetti.

Ana Paula TravassoNatural de Évora, inicia os seus estudos musicais aos seis anos de idade na Academia de Música Eborense, na classe da professora Maria de Lurdes Horta, fazendo a sua aprendizagem com recurso à prática do Instrumen-tal Orff e com base em várias metodologias musicais activas. Enquanto aluna, integra várias classes de Coro e de Música de Câmara, participando como pianista na Orquestra Ligeira da Escola Profi ssional de Música de Évora e no grupo musical “Dixieland”, com actuações em vários pontos do país. Aos dezoito anos conclui o Curso de Piano do Conservatório Nacional, sendo então convi-dada para leccionar as disciplinas de Iniciação Musical e Formação na Música na Academia de Música Eborense.Participa em cursos e acções de formação sobre diversos temas, incluindo Musicoterapia, Direcção Coral, Expres-são Musical, Ensino Yamaha e Pedagogias Musicais. Leccionou a disciplina de Expressão Musical em diver-sos jardins-de-infância e escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico.Conclui a Licenciatura em História e Teoria da Música na Universidade de Évora, onde teve oportunidade de estudar piano com os professores Miguel Borges Coe-lho, Elisabeth Allen e João Vale.

perfil

Local geographic

Rui Horta

Convento da Saudacao e Blackbox | Montemor-o-Novo

Lentamente, fui-me apercebendo de que, pelo menos um dia por se-mana, precisava de descobrir um sítio novo. Costumava sair de ma-nhã bem cedo, e regressava antes de o “meu dia” realmente começar. Era um prefácio, um prólogo im-previsível para um dia com uma agenda pré-estabelecida. Como sempre, ia na minha bicicleta em busca de uma nova paisagem. Nes-sa dia, perdi-me...Local Geographic é um solo, uma viagem que, como qualquer boa viagem é simultaneamente para fora e para dentro. Uma sucessão de descobertas, detalhes e aciden-tes que, ironicamente, veio colocar questões sobre a perda de referên-cias e a procura de identidade.

Fundação Eugénio de AlmeidaConferências02-04-2010 -Paula Rego: Um Teatro da Cruel-dade?4 de Fevereiro | 18h30 ORADOR: José Luís Porfírio, Crítico de Arte

Música17-04-2010 - 17-04-20104 por 4Americanas e BrasileirasFórum Eugénio de Almeida | 21h30

Workshops02-04-2010 - 02-05-2010Paula Rego: Um Teatro da Cruel-dade?A obra de Paula Rego como lugar onde o conto ou a fábula, próprios ou alheios, se modifi ca num regis-to expressivo particular, criando um universo singular tão comu-nicativo como agressivo e insu-portável.

09-04-2010 - 10-04-2010DESIGNING PORTUGAL*“Design thinking” para resolver os problemas da sociedade actual9 de Abril I 18h00 – 21h00 10 de Abril I 10h00-13h00 e 15h00-18h00

08 a 31 março 2010

próximos eventos

Agenda Cultural Montemor-o-NovoDias 20 e 2110,00h - Encontro da UNIMA (Union Internationale de la Ma-rionnette)Biblioteca Municipal Almeida Fa-ria Org.: Alma d’Arame/ CMMN

Dia 2109,30h -Comemorações do Dia Mundial da Árvore e da FlorestaPasseio pela Ecopista do MontadoInscrições Gratuitas no Posto de Turismo ou Núcleo de Interpreta-ção Ambiental dos Sítios de Cabre-la e Monfurado até dia 12/03/2010 (ver programa específi co)

Dia 25 21,00 h - Contos Doutra Hora – Ses-sões mensais de contos para o pú-blico em geralCom a contadora Cristina Taque-limBiblioteca Municipal Almeida Fa-ria

Dia 2610,00 h – Ofi cina Experimental de Sonoscultura (ver programa espe-cífi co)Convento de S. Francisco – Ofi ci-nas do ConventoOrg.: Ofi cinas do Convento

Dias 26 e 2721,30 h – Apresentação de “O mes-mo mas ligeiramente diferente”Sofi a Dias & Vítor RorizDançaBlackbox - O Espaço do TempoOrg.: O Espaço do Tempo

Dia 2716,30 h – Apresentação do livro de poesia “Pensamentos Frag-mentados”, de Fernando Reis Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Faria18,30 h – Inauguração da Exposi-ção de Pintura de Ward Jassen Ga-leria Municipal21,30 h - Abertura do Ciclo da Pri-mavera/ 2010 “Rua da Saudade” Canções de Ary dos Santos com Luanda Cozetti, Mafalda Arnau-th, Susana Felix e Viviane Cine Teatro Curvo Semedo Org.: Muni-cípio de Montemor-o-Novo22,00 h – Baile da PinhaSociedade Recreativa Grupo União Escouralense Org.: Socieda-de Recreativa Grupo União Escou-ralense

Dias 27 e 28 - O Corpo que Pensa I - Fluxos ex-pressivos e guiões (scores)Seminários Avançados de Inter-relação psico-pedagógica, orienta-do por Pia KraemerConvento da Saudação – O Espaço do Tempo Org.: Espaço do Tempo

Dia 2809,30 h - Dias Tranquilos…“Dia Mundial dos Centros Histó-ricos”, com orientação do Doutor Jorge FonsecaVisita com inscrição paga no Posto de Turismo até dia 24/ 03/ 2010

Cartaz Cultura

VEJACARTAZ DE ESPÉCTAULOS,

EXPOSIÇÕES, CONCERTOS

E CULTURA

Page 24: Registo Ed98

24 22 Mar ‘10

Todos nós temos uma guardada, seja na garagem, jardim ou dis-pensa, há sempre uma bicicleta lá em casa.

Curiosamente esta simples má-quina está cada vez mais comple-xa. Já não é apenas uma bicicleta, mas um potencial motor para o físico e até mesmo para a econo-mia. Para além dos valores eleva-díssimos destas “bombas” existem mais mil e um acessórios para a prática deste desporto.

Em competição, ou em passeio, esta é a altura em que todos os fi ns-de-semana aqui e ali são or-ganizados eventos de BTT. Amigo leva amigo e assim foi criada esta “febre” das bicicletas que tanto di-nheiro faz gastar a quem quer ter o

top de gama. Médicos e especialis-tas aconselham a prática desporti-va para o melhoramento da qua-lidade de vida, sendo esse um dos factores que por certo está a levar tantas pessoas para este desporto atractivo e com condições melho-radas na região. Numa extensão de 71km, Évora está ligada a Mora pela Ecopista, que visa o incenti-vo ao lazer, à visita a pontos histó-ricos da região assim como a valo-rização da paisagem Alentejana.

Nos últimos anos esta “moda” pegou e consequentemente o in-teresse económico está cada vez mais à volta desta prática despor-tiva. Em vários países da Europa está a associar-se o turismo hote-leiro a passeios turísticos de BTT.

Actualmente existe opções de férias com a exclusiva fi nalidade de passeios turísticos de bicicleta, entre os mais conhecidos, o trajec-to do Lago de Constante, o Vale do Isar assim como o trajecto e excur-são aos cinco lagos Chiemsee na Áustria.

Por todos estes factores o BTT é talvez das áreas que todos gostam e ninguém se queixa. Quem prati-ca este desporto sente-se bem pela sua saúde e lazer, enquanto quem vende estes produtos também agradece, tanto vende as bicicletas mais baratas como aquelas que 5000€ não chegam para o equi-pamento completo. Parece que é uma prática que até agrada a Gre-gos e Troianos. E esta ahm?

SEMANÁRIO

CRAZY BIKE

Local da fotografia:troféu tbe2010 - portel

LuiS parDaLfotografia & texto

O executivo da Junta de Freguesia de Santiago do Cacém assumiu os destinos da autarquia, passados cin-co meses das eleições autárquicas, após ter sido eleito pela Assembleia, onde a CDU tem maioria relativa, o único elemento que faltava.Com sete votos favoráveis e seis contra, a Assembleia de Freguesia, constituída por seis membros da CDU, três do PS, três do PSD e um do BE, aprovou na noite de sexta-feira a proposta feita pelo presidente da Junta, Vítor Barata, de eleger o quar-to vogal.O autarca, reeleito em Outubro de 2009 pela CDU, mas com maioria relativa, propôs que o executivo fosse constituído por dois vogais da CDU, um do PS e um do PSD, tendo sido sempre rejeitada pela oposição a eleição do segundo vogal da força política que ganhou as eleições, até esta sexta-feira.“Decorreu o que esperávamos que acontecesse há cinco meses, que foi um entendimento no sentido de eleger o executivo. O quarto vogal que tinha fi cado por eleger desde a primeira sessão da assembleia foi ontem aprovado”, relatou em decla-rações à Lusa Vítor Barata.

finaLMente a pOSSe

Sede travessa ana da Silva, n.º6 -7000.674 Tel. 266 751 179 Fax 266 730 847Email [email protected]

neSta eDiçãO

22’ Mar 10

PUB

04//MoraFluviário comemora terceiro Aniversário

08//BejaCoordenadores do projecto EVUE reúnem-se em Beja

09// SNS contrata uma centena de médicos mas só um para o Alentejo

10//KEMETTrabalhadores anunciam greve


Top Related