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SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 08 de Novembro de 2012 | ed. 230 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

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Braumann “convoca” Academia para debater crise orçamentalBraumann “convoca” Academia para debater crise orçamental 07

PS pede transparência na reformaPág.04 O líder parlamentar do PS, Car-los Zorrinho, acusou a maioria PSD/CDS-PP de querer um “debate relâmpago” so-bre a reforma do Estado, após ter proposto, em conferência de líderes, a realização de estudos, por parte de universidades, coló-quios e audições parlamentares sobre o tema até junho do próximo ano.“A proposta do PSD e do CDS era para fa-zer um debate relâmpago”.

Programa Operacional do AlentejoPág.03 A taxa de execução do Progra-ma Operacional do Alentejo cresceu cerca de 68 por cento desde o início do ano cifrando-se actualmente nos 37,31%, referiu o Dr. António Dieb Presidente da Comissão de Coordenação e Desen-volvimento Regional do Alentejo e da Comissão executiva do INALENTEJO no decorrer da assinatura contratos de fi-nanciamento com o CEBAL .

Festa da vinha e do vinho em BorbaPág.11 Os vinhos do Alentejo estarão em destaque na Festa da Vinha e do Vi-nho, que decorre em Borba entre os dias 10 e 18 de novembro. No Pavilhão de Eventos da cidade, 14 produtores pro-movem o que de melhor se produz no Alentejo, num evento que conta ainda com cerca de 80 expositores em diver-sas feiras temáticas de equipamentos e serviços.

Comunistas propõem baixar juros da dívidaPág.08 A 5 de Abril de 2011, antes de quaisquer outros e enfrentando incom-preensões e discordâncias , o PCP colo-cou, na véspera da assinatura pelo gover-no de então com o FMI e a UE do Pacto de Agressão, a proposta da renegociação da dívida como o único e indispensável caminho para evitar um rumo de afun-damento e declínio a que querem amar-rar o país.

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Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial [email protected] Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luís Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Sinal de vida”

A Abrir

Se há famílias que têm dificuldade em su-portar as despesas fúnebres dos seus entes queridos, há outras que optam por não ter filhos, concorrendo para o envelhecimento da população. Se por um lado há quem se endivide para pagar um funeral, há outros que não alargam as suas famílias para evi-tar custos com a educação dos filhos. São dois reversos dum cenário preocupante, fruto da conjuntura, e que acentua a tónica do estado do Estado Social. Vejamos.

O fenómeno do envelhecimento é uma realidade insofismável dos tempos mo-dernos, em todos os países desenvolvidos, entre os quais se inclui Portugal. Porém, o nosso país está a envelhecer num rit-mo bastante acelerado e preocupante. Em trinta anos, a percentagem de portugueses com mais de 65 anos passou de 11 por cen-to para 17,5 por cento. Se não houver uma inversão na tendência, e de acordo com

uma estimativa do Instituto Nacional de Estatística, em 2050, cerca de 80 por cento da população portuguesa apresentar-se-á envelhecida e dependente, ficaremos com um país de velhos, sem jovens e sem subs-tituição das gerações. Há uma explicação. O decréscimo contínuo da taxa de nata-lidade, a redução da taxa de mortalidade e o aumento da esperança média de vida explicam o país que se está a construir do ponto de vista demográfico.

Este contexto do decréscimo da natali-dade é preocupante. A descida da natalida-de registada em junho significa uma redu-ção 19 por cento de bebés face ao mesmo mês de 2011. A manter-se esta tendência, 2012 terá menos 15 800 nascimentos do que 2011. A redução do número de nas-cimentos é uma tendência que se verifica nos últimos 30 anos, ainda que com algu-mas exceções. Esta contabilidade é feita

através do Programa Nacional de Diagnós-tico Precoce.

Este saldo negativo põe em causa a sus-tentabilidade da Segurança Social. Por um lado o aumento do número de pensionistas e o crescimento das despesas com pres-tações sociais e, por outro, a redução do número de jovens que acedem ao mercado de trabalho acentuam um cenário preocu-pante para os próximos anos.

A inexistência de políticas de apoio à maternidade, as reduções no abono de fa-mília, as despesas inerentes ao processo de educação dos filhos, bem como todos os aumentos que se perdem no argumentário da austeridade, são fatores que contribuem para um duplo atrofio. O atrofio da susten-tabilidade da Segurança Social e, simulta-neamente, um atrofiamento demográfico.

É preciso centrar o foco em políticas sociais de apoio à família. A tendência

inverte-se, tal como já fazem alguns mu-nicípios, criando medidas de estímulo à natalidade, benefícios na água e em taxas municipais para as famílias com mais fi-lhos. É excessivamente evidente a pouca atenção que em Portugal se presta às po-líticas sociais direcionadas para a família, havendo necessidade de mais do que du-plicar o orçamento dedicado ao apoio às famílias com filhos.

Nascer em Portugal não pode ser uma penalização para as famílias. Ter filhos não pode ser visto como um luxo ou en-cargo. Morrer em Portugal também não pode ser mais um fator de envidamento para as famílias. Nascer e morrer num país que relega para segundo plano as políticas sociais de apoio à família é no mínimo um infortúnio! São a face paradigmática da vida e da morte num Estado que se diz Social.

Entre a vida e a morte Joaquim FialhoProfessor universitário

Quase sempre, quando temos que refletir sobre uma situação difícil ou importante ficamos numa situação de abismo, em que nos interrogamos sobre escolhas anteriores, mergulhados no passado que deprime ou no futuro que anseia.

A escolha de uma ou mais opções estão diretamente relacionadas com a nossa capa-cidade e liberdade para optar, mas também com a nossa forma de encarar a vida e escu-tar a força que vem de dentro de cada um.

Um indivíduo resolveu tirar o brevet e numa das suas aulas teóricas, o professor perguntou: «Se você está dentro do avião a voar e, de repente, vem uma tempestade e inutiliza-lhe o motor. O que é que você faz?» O aluno respondeu de imediato: «Continuo a voar com o outro motor».

«Bem», disse o professor, «mas vem ou-tra tempestade e deixa-o ficar sem esse mo-tor também. Como é que resolve o proble-ma?» «Continuando com o outro motor», responde o aluno.

O Professor prossegue: «Mas entretanto, vem mais uma tempestade e destrói esse outro motor. E agora?» «Continuo com ou-tro motor», repete o aluno.

O professor já impaciente diz então ao aluno: «Ora bolas, mas onde é que você vai buscar tantos motores?» e o aluno imper-turbável responde «ao mesmo sítio onde o professor vai buscar tantas tempestades»...

Esta história não passa disso mesmo, mas exemplifica a maneira de encarar a vida, e as escolhas que têm de se fazer, porque para cada tempestade há sempre um motor dis-

ponível e porque as tempestades não exis-tem sempre. Às vezes vêm para nos testar ou para ensinar alguma coisa, mas quase sempre para nos tornar mais e melhor para nós próprios.

Uns só veem tempestades e outros só os motores, mas o facto é que se ouvirmos com pertinácia e obstinação aquilo que nos revela o silêncio, quando na noite cálida manda notícias pelo coração, é bem prová-vel que haja cada vez menos tempestades e muitos motores para resolver uma dada si-tuação. Geralmente, não passamos a vida a dar voltas ou a pensar no que mais nos con-vém ou não fazer. Por felicidade, não costu-mamos estar tão aflitos pela vida como um aviador que perde um motor durante uma violenta tempestade.

Na verdade, a maioria de nós segue a sua vida quase automaticamente, sem se preo-cupar demasiadamente com ela. Só quando surge verdadeiramente um aperto é que as coisas se complicam ou, como diz o adágio popular, só quando há trovoadas é que se lembram de Santa Bárbara.

Talvez seja bom que nos preocupemos cada vez mais com a Vida no seu sentido mais pleno e mais belo, principalmente com a vida repleta de virtude e de acolhimen-to, fazendo as escolhas mais consentâneas com a nossa natureza e com a natureza do mundo. Já Séneca dizia que não devemos preocupar-nos em viver muitos anos, mas em vivê-los satisfatoriamente: porque viver muito tempo depende do destino, viver sa-tisfatoriamente depende da sua alma...

A Tempestade e o Motor

Nilza de SeNadeputada

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Actual

o alentejo cresceu cerca de 68 por cento desde o início do ano cifrando-se actualmente nos 37,31%.

Taxa de execução do Programa Operacional do Alentejo cresceu 68 por cento

A taxa de execução do Programa Opera-cional do Alentejo cresceu cerca de 68 por cento desde o início do ano cifrando-se actualmente nos 37,31%, referiu o Dr. An-tónio Dieb Presidente da Comissão de Co-ordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e da Comissão executiva do INALENTEJO no decorrer da assinatura contratos de financiamento com o CEBAL no âmbito do Sistema de Apoio a Entida-des do Sistema Científico e Tecnológico Nacional.

Aquele responsável referiu ainda que deste o inicio do ano a certificação de despesa triplicou, rondando actualmente os 404 milhões de euros e que os prazos de pagamento são cada vez mais breves, rondando em situação normal cerca de 30 dias. Para alem disso o mecanismo TopUp permitiu disponibilizar cerca de mais 10 M€ entre Agosto e Setembro e o aumento de taxa aos organismos públicos mais cerca de 13 milhões de Euros.

O Presidente da CCDRA referiu ainda que “ estão abertos avisos, nos diversos ei-xos de apoio no valor total de cerca de 30 milhões de euros”

Para o Dr. António Dieb a assinatura dos contratos com o CEBAL, são o exem-plo daquilo que deve ser o Alentejo do futuro, pois aquele organismo “desen-volve a sua ação na identificação e no desenvolvimento de estudos que possam ser aplicáveis à região e permitam a ob-tenção de valor acrescentado a partir de matérias-primas tradicionais, e é de facto um exemplo que importa replicar.”

Por sua vez a assinatura dos contratos Beja é para o responsável do INALENTE-JO um sinal positivo “ É que Beja é um pólo fundamental para o futuro do Alen-tejo e tem vindo a assumir cada vez mais, uma importância determinante em toda a estratégia de desenvolvimento do Alen-tejo”.

Para a autoridade de gestão do INA-

a assinatura dos contratos com o CeBal, são o exemplo daquilo que deve ser o alentejo

LENTEJO as iniciativas relacionadas com a competitividade, inovação, conheci-mento e emprego e que viram as verbas reforçadas pela reprogramação estratégi-ca do QREN, são entendidas como uma oportunidade para os agentes económi-cos do Alentejo e as empresas, disporem de apoios que os tempos aconselham e da oportunidade que a competitividade lhes coloca.

Foi dentro desta filosofia de apoio glo-bal, que foram assinados os contratos que se inserem numa das áreas fundamentais para o futuro e que é a investigação cien-tífica e tecnológica, pois esta bem como a transferência tecnológica, irão contribuir para o sucesso das restantes vertentes do desenvolvimento através da dinamiza-ção do tecido empresarial.

Os dois contratos de financiamento

com o CEBAL – Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alen-tejo e Litoral têm no montante total de 1,3 milhões de euros e uma comparticipa-ção financeira comunitária do FEDER no montante total de 1,1 milhões de euros.

Estes dois projectos “GenoSuber” e «WaterTre&Val», estão inseridos no Pro-grama Science 4 Value e a sua aprovação pela Autoridade de Gestão do INALEN-TEJO traduz o reconhecimento pelo tra-balho desenvolvido pelo CEBAL e a im-portância e que o INALENTEJO atribui à investigação realizada no Alentejo, pelas entidades do sistema cientifico e tecnoló-gico da própria região.

O Projecto «GenoSuber» pretende des-codificar e conhecer o código genético do sobreiro, a espécie florestal com maior interesse socioeconómico em Portugal,

permitindo o desenvolvimento de no-vos recursos genómicos de sobreiro, pela combinação das mais apropriadas tecno-logias de alto rendimento (HT) com bioin-formática avançada.

Já o projecto «WaterTre&Val» pretende utilizar tecnologia de membranas para a recuperação sustentável da água, trata-mento e valorização.

A tecnologia de membranas é conhe-cida por ser eficiente na resolução de problemas complexos de efluentes indus-triais, por um lado, reduzindo o volume do efluente a ser tratado, e por outro lado, recuperando uma fracção importante da água com qualidade suficiente para ser reutilizada no processo industrial. Isto traduz-se na redução de custos directos no tratamento de efluentes, mas também no consumo de água.

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Actual

o grupo parlamentar do PS propôs um calendário para debater a reforma do estado.

PS pede transparência na reforma do estado

O líder parlamentar do PS, Carlos Zorri-nho, acusou a maioria PSD/CDS-PP de querer um “debate relâmpago” sobre a reforma do Estado, após ter proposto, em conferência de líderes, a realização de es-tudos, por parte de universidades, coló-quios e audições parlamentares sobre o tema até junho do próximo ano.

“A proposta do PSD e do CDS era para fazer um debate relâmpago, possivel-mente usando os dados técnicos do FMI e fazê-lo na Comissão de Acompanha-mento do programa de Assistência Fi-nanceira, ou seja, ligando-o ao corte de quatro mil milhões”, afirmou Carlos Zor-rinho, acrescentando que “não é razoá-vel” e “ninguém de bom senso acredita que se possa fazer uma reforma susten-tada do Estado até à sétima avaliação”, considerou.

A decisão sobre o modelo e o calendário do debate, caso se realize, deverá ser to-mada na próxima conferência de líderes, dia 21 de novembro.

O grupo parlamentar do PS propôs, na conferência de líderes, um calendário para debater a reforma do Estado, que prevê a realização de estudos, colóquios e audições até ao final de junho de 2013.

O grupo parlamentar do PS defendeu que a reforma do Estado “não pode ser fei-ta à pressa nem nas costas dos portugue-ses” e propôs uma “metodologia de envol-vimento e participação que permita um debate sério e consistente”.

A proposta prevê que a Assembleia da República estabeleça protocolos com instituições universitárias, “com vista à elaboração de relatórios analíticos” que devem estar disponíveis “até ao final de março de 2013”.

Com base naqueles relatórios, as comis-sões parlamentares deverão “promover conferências, colóquios ou audições que considerem relevantes durante os meses de abril e maio”.

Esses relatórios, tal como as “atas das discussões e debates” deverão estar dispo-níveis publicamente até ao final de junho “permitindo aos grupos parlamentares tomarem as iniciativas legislativas que considerem relevantes”.

“a proposta do PSd e do CdS era para fazer um debate relâmpago”

No documento, o PS defende que a “reforma do Estado e da administração pública, enquanto objetivo de moderni-zação da sociedade, pode direcionar-se na defesa e aprofundamento do Estado Social e da democracia” mediante quatro pontos.

Em primeiro lugar, o PS defende a “con-cretização dos direitos dos cidadãos” com a “intervenção do Estado no quadro da satisfação equitativa e justa das funções da educação, saúde e proteção social”. A “racionalização e eficácia das funções de soberania - justiça, segurança interna e defesa -, “o acesso aos bens públicos como os transportes, a cultura ou a liberdade de informação” e as funções da “interação económica e financeira e de representa-ção externa” devem igualmente ser pre-vistos, defende o PS.

A bancada socialista defende, em se-gundo lugar, uma “reforma descentrali-zadora da administração central”, a “des-concentração e desburocratização” como forma de aproximar os cidadãos às ins-tâncias de decisão.

Como terceiro ponto, o PS aponta a “re-

forma do sistema político”, a começar por uma lei eleitoral à Assembleia da Repú-blica que respeite “as regras da proporcio-nalidade, governabilidade e aproxima-ção dos eleitos e eleitores”.

Por último, os estudos que o PS quer que a Assembleia da República promova devem focar a “interação entre os Estados europeus” visando a procura de “novas plataformas de exigência política, finan-ceira, fiscal e económica” e reconstruir “o consenso nacional em torno da constru-ção europeia”.

A reforma do Estado, para o PS, não “começa do zero como se nada para trás existisse de bem feito, nem existissem di-nâmicas positivas que importa conhecer melhor e incentivar”, defendendo ainda que qualquer reforma deve partir do co-nhecimento da realidade.

Refundação avança sem o PS O primeiro-ministro, Pedro Passos Co-

elho, lamentou nesta quarta-feira a re-cusa do PS em participar na procura de medidas que resultem num corte de 4 mil milhões de euros em despesas do Estado,

mas assumiu que o objectivo será atin-gido mesmo sem o principal partido da oposição.

“Nós aceitamos que o PS não queira comprometer-se com esse exercício, te-mos pena que seja assim, mas o Governo não deixará até Fevereiro do próximo ano de avançar com as medidas”, disse o líder social-democrata na Amadora, após a abertura do ano lectivo da Academia Militar.

O presidente do PSD justificou a inten-ção de avançar mesmo sem o apoio do PS com o compromisso assumido com a troi-ka de apresentar as medidas de corte de despesa até Fevereiro de 2013, altura em que se realiza a oitava avaliação.

Passos admitiu ainda não ter apre-sentado quaisquer medidas concretas a António José Seguro, na reunião de segunda-feira. Explicou que o fizera por entender que a melhor metodologia era lançar o debate “que não esteja limitado por decisões pré-concebidas do Governo”. E garantiu não existir, até ao momento, o “compromisso de fazer cortes específicos em determinadas áreas”.

100 Mil jovens em formação profissional até 2020

«O objetivo é triplicar esse número até 2020, abrangendo cerca de 100 mil jovens», afirmou o Ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, a propó-sito da intenção do Governo em triplica o número de adolescentes que optem pela formação profissional nos próximos oito anos. Estas declarações foram feitas, on-tem, na Comissão de Segurança Social e Trabalho da Assembleia da República, no âmbito da discussão do Orçamento do Es-tado para 2013.

O Ministro referiu ainda que até ao fi-nal de 2012, cerca de 30 mil jovens deverão

Cerca de 30 mil jovens deverão ser abrangidos por esta medida

ser abrangidos por esta medida, de ensino dual e de formação profissional. Acrescen-tando que «para diminuir o desemprego é vital reforçar as ações de formação, não só para os jovens, mas para todos os desem-pregados», Álvaro Santos Pereira afirmou que «o Governo decidiu criar estágios pro-fissionais para famílias desempregadas com filhos, quer sejam famílias em que os dois membros do casal estão desemprega-dos, quer sejam famílias monoparentais».

E lembrou também a medida já anun-ciada «de isenção total ou parcial da Taxa Social Única (TSU) para desempregados com mais de 45 anos». Este pacote legisla-tivo deverá entrar em vigor já em janeiro de 2013.

Sobre a possibilidade das pessoas sem trabalho já poderem acumular subsídio

de desemprego com salário, o Ministro re-feriu que perto de 100 portugueses já usu-fruem desta medida, que entrou em vigor no passado dia 6 de agosto.

Permitindo que os desempregados ins-critos no centro de emprego há, pelo me-nos, seis meses, possam juntar uma parte desta prestação social com um salário pelo período máximo de um ano, a Me-dida Incentivo à Aceitação de Ofertas de Emprego destina-se a acelerar e a incen-tivar o regresso ao mercado de trabalho de indivíduos desempregados e consta do Compromisso para o Crescimento, Com-petitividade e Emprego, assinado entre o Governo e os parceiros sociais, no passado dia 18 de janeiro.

Quanto às indemnizações por despe-dimento, «as únicas alterações são as que

estão no memorando de entendimento as-sinado com a troika. Não tencionamos fa-zer nenhuma alteração face ao que está aí previsto», afirmou Álvaro Santos Pereira.

O memorando assinado entre Portugal e a troika Banco Mundial, Fundo Mone-tário Internacional e Comissão Europeia, estipula que «o Governo irá reduzir ainda mais as indemnizações a pagar e imple-mentar um fundo de compensação para financiar parcialmente o pagamento de indemnizações. Consultados os parceiros sociais, o Governo submeterá ao Parla-mento até ao final do terceiro trimestre de 2012 uma proposta de lei tendo em vista alinhar o nível de pagamento de indem-nizações com a média da União Europeia de 8-12 dias e implementar o fundo de compensação».

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Com esta medida, a Câmara de Viana do alentejo pretende dar resposta às dificuldades económicas.

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Câmara de Viana do Alentejo vai cobrar taxa mínima de IMI em 2013

Em 2013, os munícipes do Concelho de Viana do Alentejo vão pagar a taxa mí-nima do Imposto Municipal sobre Imó-veis (IMI).

A medida, já aprovada por unanimi-dade em setembro último pela Assem-bleia Municipal sob proposta da Câmara, estabelece a taxa mínima de 0,3%. Como se sabe, a referida taxa poderia variar en-tre 0,3% e 0,5%.

Com esta medida, a Câmara Munici-pal de Viana do Alentejo pretende dar resposta às dificuldades económicas que a população e as empresas atravessam, num período particularmente difícil. Por outro lado, pretende-se atrair novos residentes tendo em conta as várias po-tencialidades deste concelho.

Convém referir que nos Censos de 2011, o concelho de Viana do Alentejo foi um dos 5 concelhos de todo o Alentejo que viu a sua população aumentar, face aos Censos de 2001.

desde os Censos de 2001 a população de Viana tem vindo a aumentar

Recorde-se que a receita do IMI, uma taxa que incide sobre o valor patrimo-nial tributário dos prédios (rústicos,

urbanos ou mistos) reverte para os mu-nicípios e substitui, desde 2003, a Contri-buição Autárquica.

Carlos Pinto Sá, presidente da Câmara de Montemor-o-Novo que se encontra no último mandato à frente daquela autarquia, por imposição legal, infor-mou, ontem, em reunião de Câmara que irá suspender o seu mandato brevemente. Dentro e fora do partido especula-se que esta poderá ser uma forma de preparar a sucessão à frente dos destinos da autarquia de forma tranquila e sem surpresas. Recorde-se ainda que segundo várias fontes parti-dárias, Pinto Sá poderá vir a ocupar ainda lugar na vida política local, como candidato a outra autarquia alentejana ou ocupar um cargo de relevo nacional na estrutura do PCP.

Pinto Sá suspende mandato

Montemor-o-Novo

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Cimaa abre concurso público internacional para fornecimento de software microsoft-enterprise agreemet.

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Reunião Extraordinária do Conselho Executivo da CIMAA

Realizou-se no dia 6 de Novembro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Castelo de Vide, uma Reunião Extra-ordinária do Conselho Executivo da CIMAA.

Nesta reunião foi apresentada a pro-posta de abertura de concurso público internacional através da central de compras da CIMAA, para fornecimento de licenciamento e manutenção de sof-tware Microsoft-Enterprise Agreemet, para a CIMAA, no valor de 679.607,92 Euros.

Foi também apresentada uma pro-posta de abertura de procedimento por ajuste direto para fornecimento contí-nuo de energia elétrica para uma ins-talação alimentada em baixa tensão normal, pertencente à Cimaa.

Nesta reunião foi ainda analisada e discutida a proposta sobre a taxa de re-muneração acionista prevista pela EGF e suas consequências na proposta de

Conselho executivo da Cimaa volta a reunir dia 27 de Novembro

tarifário da Valnor para 2013.A próxima reunião ordinária do Con-

selho Executivo da CIMAA, ficou mar-cada para o dia 27 de Novembro.

Sob o lema “Reaprende, Recomeça e Re-descobre a tua Horta” o projeto Re-Planta! é uma iniciativa inspiradora, desenvolvi-da pela AMCAL,GESAMB e RESIALEN-TEJO que pretende devolver aos cidadãos o prazer de cultivar os seus próprios ali-mentos, tornando fácil, simples e acessível a criação de hortas caseiras.Com muito espaço ou com um simples vaso todos podem participar! O projeto Re-Planta! é uma iniciativa aberta e de participação livre, cujo intuito é também o de criar uma comunidade dinâmica e integradora, onde todos possam contribuir, sejam simples cidadãos ou instituições como lares, escolas, autarquias, associações, etc. Para fazer parte da comunidade Re-Planta!, inscreva-se e partilhe técnicas, receitas, frutas ou legumes, em www.facebook.com/projeto-replanta. “Comece já a sua Horta, nós ajudamos!” De modo a tornar mais acessível a parti-cipação, o projeto Re-Planta irá percorrer 25 concelhos alentejanos com oficinas de hortas biológicas e compostagem, onde serão fornecidos equipamentos, manuais e formação de modo a que todos possam começar a criar a sua própria horta.

ProjectoRe-Planta!

Redondo

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Braumann dirige-se à Universidade

“Os cortes orçamentais da dotação do Or-çamento de Estado para as Universidades em 2013 atingiram um nível incomportá-vel (cerca de 10% em média, no nosso caso cerca de 11%) que torna impossível o cum-primento do orçamento e põe em sério ris-co as Universidades.”

Foi decidido numa reunião dos Reitores em Coimbra organizar uma ação simultâ-nea das Universidades para alertar o po-der político para a imperiosa necessidade de esta situação ser revista, e que consiste, num ambiente de sobriedade e de soleni-dade institucional, no esclarecimento a toda a academia da situação orçamental de cada Universidade e na leitura de um comunicado comum (a aprovar no CRUP no dia 7) pelo reitor de cada instituição.

No caso da Universidade de Évora essa ação decorrerá, amanhã no Colégio do Es-pírito Santo, na sala de Atos. A leitura do comunicado comum do CRUP será reali-zada pontualmente às 12:00 horas.

“A vossa presença nesta ação conjunta em defesa da Universidade pública portu-guesa em geral e da Universidade de Évora

Conselho de Reitores alerta para colapso financeiro das universidades

Exclusivo

No caso da universidade de Évora essa acção decorrerá, amanhã, no Colégio do espírito Santo.

poderá ajudar a indicar que a academia se encontra unida nesta tomada de posição.”, refere o Reitor da UE, em comunicado.

Todos convidados“Solicitei aos Diretores das Unidades Or-

gânicas, Administrador, Administrador de

Ação Social, Diretores de Serviços e outros Dirigentes os bons ofícios para, sem preju-dicar o regular funcionamento das ativi-dades, possibilitar, na medida do possível, a participação (entre as 11horas e as 13 ho-ras) nesta ação de todos os que o desejem, sem prejuízo de deverem ficar asseguradas

nesse período a abertura dos edifícios, do atendimento ao público e dos serviços es-senciais e a realização das atividades de avaliação e provas programadas e demais atividades de ensino e investigação que se considere ser relevante manter a funcio-nar nesse período.”

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Exclusivo

libertar o país da asfixia imposta pelo pagamento de uma dívida em grande parte ilegítima e insuportável.

Comunistas com proposta para baixar juros da dívida

A 5 de Abril de 2011, antes de quaisquer outros e enfrentando incompreensões e discordâncias , o PCP colocou, na véspera da assinatura pelo governo de então com o FMI e a UE do Pacto de Agressão, a pro-posta da renegociação da dívida como o único e indispensável caminho para evi-tar um rumo de afundamento e declínio a que querem amarrar o país.

Ano e meio depois, quando se amplia em muitos e diversos sectores da vida nacional a compreensão de que a renego-ciação da dívida é não só necessária como indispensável para evitar o caminho do abismo económico e social, o PCP reafir-ma essa posição e essa proposta.

Libertar o país da asfixia imposta pelo pagamento de uma dívida em grande parte ilegítima e insuportável: esta é uma das primeiras condições para assegurar o desenvolvimento económico e pôr termo ao rumo de exploração e empobrecimen-to.

A renegociação da dívida, inseparável da inadiável e patriótica exigência de re-jeição do Pacto de Agressão, assume-se as-sim como uma prioridade indispensável para libertar e canalizar recursos do lado dos encargos com a dívida para a promo-ção do investimento produtivo e o apoio à produção nacional, permitindo a pro-gressiva redução das importações, para a criação do emprego combatendo o cres-cimento imparável do desemprego, para o aumento do investimento público e do apoio às pequenas e médias empresas, para a satisfação das necessidades sociais dos trabalhadores e do povo português, designadamente ao nível das funções so-ciais do Estado e dos serviços públicos.

Neste quadro, a proposta que o PCP anunciou terça-feira e apresentará em sede de debate do Orçamento de Estado, para limitar os juros e outros encargos correntes da dívida pública a um valor limite de 2.5% do total das exportações, – ou seja a inscrição de cerca de mil mi-lhões de euros em vez dos mais de sete mil milhões que o governo se propõe entregar aos “credores” – libertará meios indispensáveis à dinamização e recupe-ração económicas.

Uma proposta inseparável de um pro-cesso mais global da renegociação da dí-vida, da renúncia à sua componente ile-gítima, da reconsideração dos prazos e da reavaliação dos juros. Compatibilizar os juros com o crescimento económico de pelo menos 3 % ao ano exige que Portu-gal não abdique, na defesa dos seus inte-resses, da indexação do montante a pagar anualmente com uma percentagem do valor das exportações de mercadorias no mesmo período.

Uma proposta que não só não constitui solução inédita – solução idêntica foi con-cretizada na Alemanha no período pós-guerra – , como se revela absolutamente inadiável para travar o sufoco a que o país está sujeito pelos efeitos de uma despesa com juros e outros encargos correntes da

uma proposta inseparável de um processo mais global da renegociação da dívida

dívida pública que em 2013 ascenderá a 4.3% do Produto Interno Bruto, mais de 7,2 mil milhões de euros, quase o dobro do valor de todas as prestações sociais e o equivalente ao previsto para o Serviço Nacional de Saúde, mais do que os gastos com a educação.

Uma renegociação em que o Estado português deve estabelecer as iniciativas necessárias para assegurar as medidas e períodos de carência indispensáveis; e, em que o governo português, deixando de esconder aos portugueses e ao país aquilo que revela a países estrangeiros e aos “mercados” financeiros, esclareça ca-balmente a estrutura da dívida, questão indispensável para uma avaliação defi-nitiva da sua componente ilegítima.

Uma renegociação que, inserida no ca-minho da rejeição do Pacto de Agressão, visa também, não só travar qualquer tipo de nova intervenção externa como ga-rantir de facto o pagamento, de acordo com as reais possibilidades do país, da-quela que é a componente legítima e jus-tificável da dívida pública externa.

2. Ano e meio depois da subscrição do Pacto de Agressão entre as troikas nacio-nal e estrangeira o país está amarrado a um rumo de desastre económico e social.

Como o PCP previra e prevenira os usu-rários e responsáveis pelo agravamento dos problemas nacionais são os que estão hoje a usufruir do Pacto de Agressão im-posto ao país e aos portugueses: a banca que, depois da construção de lucros mi-lionários alcançados com a especulação da dívida pública nacional, é contempla-da com mais de 12 mil milhões de euros

em nome da sua recapitalização e bene-ficiária de mais 35 mil milhões de euros disponibilizados a título de garantias; os principais bancos e centros financeiros europeus e norte-americanos e os cha-mados mercados que associados ao BCE e ao FMI vêem garantidos, à conta do em-préstimo de 78 mil milhões de euros, um acrescento em juros e comissões superior a 35 mil milhões de euros.

Montantes que, absorvendo pratica-mente todos os recursos que supostamen-te eram invocados para acudir à situação do país, acabam nos bolsos dos principais grupos financeiros pagos à custa da ex-ploração e dos rendimentos dos portugue-ses, do roubo dos salários dos trabalha-dores e das pensões dos reformados, da destruição das funções sociais do Estado e dos serviços públicos, da ruína de cen-tenas de milhar de famílias e dezenas de milhar de pequenas empresas.

3. Portugal encontra-se enredado numa teia de especulação e numa espiral de endividamento cujo único beneficiá-rio é o grande capital transnacional. Num país em que o volume da dívida pública e privada é superior à produção nacio-nal anual (PIB); em que as taxas de juro são incomensuravelmente superiores ao crescimento económico (no caso presen-te em recessão acentuada e continuada) e em que os encargos com o seu serviço ascendem a mais de 4 % do PIB, o único caminho expectável, a não ser afirmada uma política alternativa patriótica e de esquerda, seria o da ruína e empobreci-mento nacional.

Política alternativa, patriótica e de es-

querda, que o PCP apresenta ao país, que é possível e realizável pela vontade e de-terminação dos trabalhadores e do povo, pelo desenvolvimento impetuoso da sua luta, pela convergência e cooperação das forças, sectores e personalidades demo-cráticas que conduza à constituição de um governo patriótico e de esquerda.

Uma política e um governo orientado pelo objectivo claro de romper com a po-lítica de direita que inscreva como direc-ções cruciais da sua acção mais imediata: rejeição do Pacto de Agressão e renegocia-ção da dívida; abandono de todos os pro-cessos de privatização e controlo público sobre a banca e outros sectores estratégi-cos; apoio efectivo à produção nacional, ao investimento público e às pequenas e médias empresas; reposição dos direitos retirados com as alterações à legislação la-boral e valorização dos salários e pensões de reforma; tributação efectiva do grande capital, das grandes fortunas e da especu-lação bolsista.

Aos trabalhadores e ao povo portu-guês queremos deixar uma palavra de confiança. O país não está condenado ao desastre que o está a destruir e a arruinar a vida do povo português. O caminho do empobrecimento e da exploração não é nem justificável, nem inevitável. Com o PCP e o seu reforço, com a luta dos tra-balhadores e do povo, desde logo com a adesão à Greve Geral do próximo dia 14, é possível derrotar este governo e esta política, construir uma política alterna-tiva que assegure uma vida melhor num Portugal com futuro. Derrotaremos este governo e esta política.

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Exclusivo

Robin tentou compreender se é ou não possível resolver a crise alimentar seguindo a “agroecologia”.

Agricultura mais verde

Alimentar o mundo inteiro é possível sem pesticidas. Quem o defende é Ma-rie-Monique Robin, uma jornalista e documentarista francesa que percorreu o mundo para ouvir as opiniões de espe-cialistas - de camponeses a engenheiros agrónomos - concluiu que, sem o recurso a químicos, a população internacional seria capaz de produzir alimentos em quantidade suficiente para que nin-guém passasse fome.

Robin, que tem trabalhado numa série documental de três partes sobre a con-taminação alimentar desde 2008, acaba de lançar o seu mais recente trabalho, “Les Moissons du Futur” (As Colheitas do Futuro, em português), que se debruça sobre a questão da “agroecologia”, uma combinação entre a agricultura, a sus-tentabilidade e a proteção do meio am-biente.

“Durante a realização dos meus filmes participei em dezenas de conferências em que as pessoas me perguntavam: mas, afinal, é possível alimentar o mun-do sem pesticidas?”, conta a jornalista, também autora de várias obras sobre os direitos humanos na América Latina, em declarações à AFP.

Com o seu novo documentário, o últi-mo da trilogia, Robin tentou compreen-der se é ou não possível resolver a crise alimentar seguindo a “agroecologia”. Andou pelo planeta, do Japão ao Mé-xico, passando pelo Quénia e os EUA, e reuniu-se com peritos, camponeses, agri-cultores e engenheiros agrónomos.

A conclusão foi clara: não só é possível produzir bens alimentares em quantida-

Para mudar esta realidade, adianta, deverá recorrer-se, então, à agricultura ecológica

de suficiente para que não haja fome no mundo e sem prejudicar o planeta, como o facto de não se poder alimentar o mun-do inteiro atualmente “se deve aos pesti-cidas”, garante a jornalista.

Agricultura ecológica é a solução, assegura Robin

Para mudar esta realidade, adianta, deverá recorrer-se, então, à agricultura ecológica, que consiste num tratamen-to adequado do solo, no uso eficiente da

água e no investimento em diversida-de vegetal, uma mistura de fatores que permitiria pôr fim à situação atual e ali-mentar a Terra, alargando os benefícios à própria Natureza.

O filme, foi lançado em DVD no dia 16 de Outubro e acompanhado de um li-vro, ambiciona provar tal possibilidade, reunindo uma série de testemunhos de camponeses de todo o mundo que têm substituído os inseticidas por técnicas aparentemente simples, que matam as

ervas-daninhas sem prejudicar o solo e sem efeitos nefastos na saúde.

A obra inspira-se também num tra-balho de Oliver De Schutter, relator es-pecial das Nações Unidas pelo direito à alimentação, que foi dado a conhecer em 2011 e que afirma que o método baseado na renovação dos solos e na eliminação dos fertilizantes químicos pode, inclu-sive, permitir melhorar os rendimentos das regiões mais pobres e adaptar-se mais facilmente às alterações climáticas.

II Conferência Internacional da Tradição Oral

Decorre em Évora, até este sábado, a II Conferência Internacional da Tradição Oral, dedicada às temáticas Oralidade e Património Cultural, no Fórum Eugénio de Almeida.

Este encontro surge integrado no Pro-jeto Oralidades/Oralities e é uma organi-zação da Câmara Municipal de Évora em parceria com o CIDEHUS (Centro Inter-disciplinar de História, Culturas e Socie-dades da Universidade de Évora), e conta com o apoio da Fundação Eugénio de Al-meida.

No Fórum Eugénio de Almeida estarão reunidos investigadores, técnicos e inte-ressados em questões relativas às formas artísticas de expressão oral e ao papel da transmissão oral na perpetuação das tra-dições próprias de cada sociedade e cul-tura.

Além da procura de convergência dos pontos de vista específicos das diversas disciplinas que se têm consagrado ao estudo das oralidades, neste encontro pretende-se também que se associem à reflexão as pessoas envolvidas na con-

este encontro tem o apoio da Câmara de Évora, universidade e Fea

servação, no arquivo e na gestão desses patrimónios.

O Projeto Oralidades teve início formal em Novembro de 2008, com a assinatu-ra do Acordo de Cooperação por todos os países parceiros. Fazem parte do grupo de trabalho as cidades de Birgu, (Malta),

Évora, Idanha-a-Nova e Mértola (Portu-gal), Ourense (Espanha), Ravenna (Itália) e Sliven (Bulgária), que candidataram o Projeto Oralidades/Oralities ao Programa Cultura 2007-2013, da Education, Audio-visual & Culture Executive Agency.

As palavras-chave do Projeto Oralida-

des são: identidade, memória e partilha, aliando-se conceptualmente às grandes temáticas do Património Cultural Imate-rial e da Interculturalidade. Durante os 4 anos da sua existência foram desenvolvi-das inúmeras actividades com o objetivo de promover a circulação transnacional de operadores, agentes culturais e grupos musicais e a cooperação e intercâmbio de experiências, visando também encontrar pontos comuns e afinidades que aprofun-dem o diálogo intercultural e contribuir para a criação de uma cidadania euro-peia

Ainda no âmbito da conferência, par-tir do dia 8 de novembro e até ao final do mês, no Palácio de D. Manuel estará patente uma exposição de fotografia in-titulada “Oralidades o nosso Património Comum”, que foi organizada por todos os parceiros participantes no Projeto Orali-dades.

Esta é uma exposição itinerante que é composta por um conjunto de fotografias que cada município selecionou, através das quais pretendem dar a conhecer o seu património material e imaterial e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00, encer-rando aos domingos todo o dia e aos sába-dos apenas na parte da manhã.

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o concerto-espetáculo trata do intimismo e cumplicidade na poesia da música e das imagens.

“Quadros Líquidos” para apreciar em Portalegre

A Galeria de S. Sebastião, em Portalegre, inaugura a exposição de pintura “Qua-dros Líquidos”, da autoria de João A. Rebe-lo, dia 9 de Novembro, pelas 18h00. Estará patente até 30 de Novembro de Domingo a Sábado das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h00.

A mostra conta com 33 obras em acríli-co sobre tela e expressa o olhar e o gosto do artista João A. Rebelo pela cultura e tradição das povoações que estão inti-mamente ligadas à identidade do vinho, transbordando nas suas criações a rela-ção entre o homem e a natureza. Para o autor “Há vinhos que são como Quadros. Para serem saboreados devagar, sem pres-sa, em momentos muito especiais…Está-se perante histórias. Histórias por vezes muito líquidas. De muita transpiração e muito frio, de desilusões e fantasias.”

“Quadros Líquidos” é uma exposição inovadora de pintura e vinhos, onde está

Galeria de S. Sebastião recebe mostra de homenagem ao Vinho e às Videiras

patente o respeito do autor pela vindima, uma atividade ancestral, e ainda pela ri-queza cultural que está associada aos ele-mentos vinho e videira.

Esta Exposição insere-se no roteiro cul-tural do Dia Europeu do Enoturismo, a 11 de Novembro, e inclui uma visita, ativi-dades temáticas, um passatempo para os participantes e uma prova de vinhos nos museus da cidade: Casa-Museu José Ré-gio, Castelo, Museu Robinson, Museu da Tapeçaria de Portalegre Guy Fino.

Para Adelaide Teixeira, Presidente da Câmara Municipal de Portalegre, “Esta será uma exposição que promete ser mui-to interessante e elucidativa, que nos transporta para a relação Homem-Natu-reza e nos explica uma visão sobre a vini-cultura e o trabalho de bastidores para a criação de grandes vinhos.

Este tema não nos passa de todo des-percebido, pois aqui na nossa região uma das riquezas que nos acompanha aos lon-go dos séculos é a criação de magníficos néctares, que poderão ser provados já dia 11 de Novembros nos museus da nossa cidade.”

Marionetas e Piano no Convento dos Remédios

A Associação Eborae Mvsica promo-ve, o concerto-espetáculo Marioneta Meu Amor, integrado no VIII Ciclo de Concertos “Música no Inverno”, no dia 10 de Novembro, sábado, às 18h00, no Convento dos Remédios. Participam Manuel Dias, marionetista, e Amílcar Vasques-Dias, compositor e pianista,

O concerto-espetáculo trata do inti-mismo e cumplicidade na poesia da mú-sica e das imagens. O ponto de partida para Marioneta Meu Amor foi a música original do recente CD “Desnudo”, de Amílcar Vasques-Dias, sobre poesia fe-minina hispano-árabe dos séculos XIII-XIV. Imaginar, sonhar, descobrir gestos, afetos e sentimentos que se adivinham na música e nos poemas, criar persona-gens e dar-lhes vida, foi o desafio que o autor de “Desnudo” fez ao marionetista Manuel Dias. O resultado é um espetá-culo de uma beleza encantatória…

Programa: Música e Canções sobre poesia feminina hispano-árabe. Des-nudo - Marioneta meu amor - piano solo; Bailarina dos panos; Dança do ventre; Vienes tú a mi, o voy yo a tu lado?; Pai; Interlúdio - piano solo; Ay, mamá! Mi amigo se va; Envío un sa-ludo a quien ausente está – “Sonho do beijo”; Postlúdio - piano solo

Manuel Dias, marionetista, nasceu no Porto e, em 1975, iniciou o Projeto de Investigação de Formas Animadas que veio a denominar-se TRULÉ, pro-jeto profissional que pretende, pela in-vestigação e experimentação, divulgar

o ponto de partida para marioneta meu amor foi a música original do recente Cd “desnudo”

a Marioneta pela realização de espetá-culos e através de ações de formação.

Sediado em Évora nos últimos 20 anos, realizou mais de 1000 espetácu-los de norte a sul de Portugal, tendo participado em 55 Festivais Interna-cionais na Europa, Ásia e América. Re-

cebeu mais de uma dezena de prémios em vários países, como reconhecimen-to da manipulação artística, criativida-de, ritmo e arte no espetáculo e efeitos visuais.

A Câmara Municipal de Évora atri-buiu-lhe a medalha de Mérito Munici-

pal, Classe Prata (2004) e na 1ª edição de “ÉVORAINOVA - Prémios de Inova-ção”, em 2007, TRULÉ foi homenageado com o galardão Valorização Cultural.

Amílcar Vasques-Dias nasceu em Badim, Monção. Efetuou estudos su-periores de Piano e de Composição nos Conservatórios de Música do Porto e de Braga. Foi bolseiro da Fundação Calous-te Gulbenkian e da Secretaria de Esta-do da Cultura para o Curso Superior de Composição Instrumental e Eletroacús-tica no Conservatório Real de Haia, na Holanda, país onde, durante 14 anos, de-senvolveu atividade artística e pedagó-gica como pianista e como compositor.

Como pianista, interpreta a sua músi-ca e utiliza a improvisação como meio de expressão. Paralelamente à sua ativi-dade de compositor, mantém atualmen-te projetos de fusão do piano “erudito” com músicas tradicionais, como o cante alentejano e o cante flamenco. Desde 1975, dedica-se ao estudo e recriação da música de José Afonso. Desde o seu re-gresso da Holanda, em 1988, foi docen-te nas Escolas Superiores de Música de Lisboa e do Porto, na Universidade de Aveiro e na Universidade de Évora.

O programa do VIII Ciclo de Concer-tos “Música no Inverno”, integra tam-bém os seguintes concertos e recitais: dia 24 de Novembro, às 18h00, Recital de Flauta de Bisel e Marimba por Antó-nio Carrilho e Pedro Carneiro e, em De-zembro, dia 16, às 18h00, concerto pelo Coro Polifónico Eborae Mvsica, direção Pedro Teixeira.

A Associação Eborae Mvsica é uma estrutura financiada pela Secretaria de Estado da Cultura, Direcção Geral das Artes e Direcção Regional de Cul-tura do Alentejo. Tem o Apoio da Câma-ra Municipal de Évora.

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Radara gastronomia continua a merecer grande destaque na festa, além da “hora do Petisco”.

Festa da vinha e do vinho em Borba

Os vinhos do Alentejo estarão em desta-que na Festa da Vinha e do Vinho, que decorre em Borba entre os dias 10 e 18 de novembro. No Pavilhão de Eventos da cidade, 14 produtores promovem o que de melhor se produz no Alentejo, num evento que conta ainda com cerca de 80 expositores em diversas feiras temáticas de equipamentos e serviços vitivinícolas, gastronomia, produtos e doçaria regional, artesanato e mostra empresarial e insti-tucional.

A gastronomia continua a merecer grande destaque na festa, além da “Hora do Petisco”, introduzida na edição ante-rior nos restaurantes presentes no evento, haverá este ano um “Concurso de Petis-cos”, organizado pelo Município de Bor-ba, Confraria Gastronómica do Alentejo e Confraria dos Enófilos do Alentejo.

Em diversos restaurantes e tabernas da cidade, estarão a concurso vários petiscos, permitindo aos visitantes degustar e vo-tar no petisco da sua preferência, sendo atribuídos prémios aos melhores petiscos e aos visitantes que mais petiscos degus-tarem. A par destas duas iniciativas, de-corre ainda o programa “Vamos fazer as Onze?”, lançada este verão pelo municí-pio e agentes de restauração locais.

Os nove dias integram um vasto e di-versificado programa cultural e desporti-vo, que contempla várias conferências e sessões de apresentação de vários progra-mas.

No dia 10 de novembro, após a ceri-mónia de abertura com as entidades or-ganizadoras, procede-se ao hastear das bandeiras com a Banda Filarmónica do Centro Cultural de Borba e ao circuito das tascas, com a participação da Confra-ria dos Enófilos do Alentejo e a Confraria Gastronómica do Alentejo, animada pelo grupo Pifaradas e Bombos de Álvaro Pes-soas, de Unhais da Serra, a tarde será pre-enchida pelo concerto com Bandas Filar-mónicas, e o jogo de futebol de veteranos com as equipas do Grupo de Veteranos Borbenses e do Beneditense, no campo de futebol municipal.

À noite, a música será assegurada por “Os Alentejanos” e Irmãos Verdades, se-guindo-se a animação noturna com o DJ Putsouza. O segundo dia, 11 de novem-bro, Dia de São Martinho, começa com o

14 produtores promovem o que de melhor se produz no alentejo

Torneio de Malha da Festa da Vinha e do Vinho, no Largo da Fonte das Bicas, pros-segue à hora de almoço com a atuação da Tuna Semper Tesus de Beja, a tarde com a animação infantil com o espetáculo “Cro-quete” e o arraial de S. Martinho, a partir das 17.00 horas, com a tradicional oferta de castanhas assadas e vinho de talha, produzido em parceria pelo Município de Borba e a Adega Cooperativa de Borba. A noite terá bastante animação, com as atu-ações de “A taberna do Meia Unha” e de Rui Alves e Banda. Na segunda-feira, 12 de novembro, atuará o Grupo de Música Popular “Voz Amiga”.

Na terça-feira, 13 de novembro, a par-tir das 18.30 horas, decorre a conferência “A Tradição Petisqueira no Concelho de Borba”, seguindo-se a música do Grupo de Cantares de Évora. Na quarta-feira, 14 de novembro, o programa inclui a sessão de dinamização do Subprograma 3 do PRODER, pela ADMC no Cine-Teatro de Borba, a música pelo Grupo de Música Ex-

tremena El Brezo de la Codosera e a peça de teatro “Tiro pela culatra II, o Regresso”, pelo Grupo de Teatro de Amadores de Vila Viçosa.

A Turismo do Alentejo, E.R.T. apresenta na quinta-feira, 15 de novembro, à tarde, o projeto “Rota Tons de Mármore: O pro-duto” e a noite terá música e baile popular com João Machorrinho. Na sexta-feira, 16 de novembro, o final da tarde contará com uma prova comentada de vinhos do Alentejo, promovida pela ATEVA, seguindo-se a atuação do Grupo de Sevi-lhanas “Rosas Flamencas” e o PIM Teatro de Évora apresenta a peça “Novos Contos do Vinho”, à noite a música será dos Maxi e prolonga-se com o espaço de animação noturna e os DJ’s System e Gonzaga.

O sábado, 17 de novembro, terá o Pas-seio BTT, o Concurso Regional do Rafeiro do Alentejo, a hora de almoço será ani-mada pela Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sôr, a tarde de dança com os gru-pos Flash Dance, Tanzer, Multi Ritmos

da Santa Casa da Misericórdia de Borba e Ginarte, o 7º Torneio de Rugby da Festa da Vinha e do Vinho, no campo de fute-bol municipal.

À noite, a música estará a cargo da Or-questra Ligeira da Câmara Municipal de Ponte de Sôr e do grupo Canta Brasil, com a animação noturna com os DJ’s Silver Soul e Gonzaga. Para o último dia, está agendado o Passeio TT, o 2º Corta-Mato da Festa da Vinha e do Vinho, o desfile da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Borba e a atuação, à hora de almoço, do grupo “Verde Maio”. A tarde contem-pla a entrega dos prémios do Concurso de Poesia, atuação de ranchos folclóricos e a cerimónia de encerramento da Festa da Vinha e do Vinho, seguida de espetáculo com Emanuel.

A 21ª edição da festa é organizada pelo Município de Borba, ATEVA, CVRA e Tu-rismo do Alentejo, E.R.T. Mais informa-ções sobre a festa disponíveis em www.cm-borba.pt.

Espetáculo “da cor da água” em Estremoz

No próximo dia 10 de novembro, pelas 21h30, no Teatro Bernardim Ribeiro, irá realizar-se o espetáculo de Jorge Salguei-ro “Da cor da Água – No tempo em que as mulheres não entravam nas tabernas”.

a partir das cinco canções e árias de ópera mais populares que falam de bebidas alcoólicas

das alcoólicas, Jorge Salgueiro construiu cinco prelúdios e a ideia de um espetácu-lo alicerçado nos próprios músicos como intérpretes, não só do seu instrumento mas também da dramaturgia.

Esta iniciativa, com entrada livre, per-tence ao TEIAS – REDE CULTURAL DO ALENTEJO, com organização do Municí-pio de Estremoz e cofinanciado pelo INA-LENTEJO/QREN/EU.

D.R.

D.R.Uma cantora chega para dar um con-

certo: “Canções e árias sobre o vinho e ou-tras bebidas alcoólicas”… Mas afinal que espaço é esse onde se encontra? Uma ta-berna? Quem são aquelas pessoas, aque-les músicos e aquele taberneiro, aquele Melro? Será ele a Ave Rara de todo aquele encontro?

A partir das cinco canções e árias de ópera mais populares que falam de bebi-

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uma aposta numa dramaturgia que continua a fazer todo o sentido nesta europa, também hoje caótica.

Radar

O sociólogo alemão N. Elias (1897-1990) publicou em 1939 um livro que depressa se transformou num clássico, “O processo de civilização” no qual desenvolve uma interpretação das mudanças de sensibili-dade da civilização ocidental na relação com o sofrimento, a morte, o sangue, o sexo.

A presença e a visibilidade das funções do corpo serão progressivamente subme-tidas a normas cada vez mais repressivas, como o são os espectáculos sangrentos, como quando se trata de punições físicas. A Idade Média e a Idade Moderna (até ao fim do século XVIII) não só admitem a exibição da violência crua, como a uti-lizam como meio de dissuasão. As pes-soas condenadas por crime podem ser esquartejadas vivas, as execuções podem ser precedidas de torturas inauditas, e o público acorre, ávido desses espectáculos.

N. Elias mostra que a sensibilidade evo-luiu no Ocidente. Um grande número de práticas passa assim da luz do dia para a clandestinidade: pudor, higiene, e censu-ra moral vão de par com o tabu do sangue.

A nova sensibilidade determina a ex-pulsão da violência para as zonas som-brias da sociedade e o seu “recalcamento” da consciência individual. O espectáculo da morte tende a ser suprimido; em mui-tos países “civilizados” até o velório (de “corpo presente”) tende a desaparecer, sendo o corpo eliminado quase em segre-do Símbolo mais forte da violência física, o sangue vertido concentra o horror que só o sagrado permite vivenciar sem que ele se torne destruidor. “Sacer–sacrum” é o nome desse sangue vertido, e dele vem a raiz de “sagrado”. Mas esconder a morte e o sangue não é a mesma coisa que eli-miná-los.

A nossa civilização “civilizada” foi tam-bém a responsável pelos piores massacres e horrores da história da humanidade. O que a tauromaquia faz é confrontar-nos com o desafio de presenciarmos os ferimentos infligidos ao animal, a morte sangrenta do touro e a morte possível do toureiro.

Esta confrontação é dolorosa, angus-tiante, mas também catártica, como o são os rituais que nos expõem ao valor sagrado do sangue. Mas só vale como tal por causa do enquadramento ritual, que impõe regras estritas e atribui um lugar preciso, delimitado, à violência e à morte.

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora02 de Novembro 2012

[email protected]

Um olhar antropológico

Tauromaquias 2. Tabus do sangue e da morte no Ocidente

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JoSÉ RodRiGueS doS SaNtoS*antropólogo

“Vou ou não vou esta noite ao teatro?”

O Centro Dramático de Évora apresenta o seu novo trabalho “Vou ou não vou esta noite ao teatro?” de Karl Valentin, este fim-de-semana, dias 9 e 10 de Novembro, no Teatro Lethes em Faro, pelas 21h30.

Uma aposta numa dramaturgia que continua a fazer todo o sentido nesta Europa, também hoje caótica, em que a insistência na falta de lógica e na gratui-tidade dos acontecimentos deixa de ser um absurdo e passa a funcionar como o espelho crítico de uma realidade profun-damente incómoda.

Karl Valentin nasceu em Munique a 4 de Julho de 1882. Em 1907 conhece o seu primeiro êxito com “O Aquário”. Bertolt Brecht frequenta os seus espectáculos, toca na sua orquestra e reconhece a sua influência.

A 1 de Abril de 1937, Samuel Beckett assiste ao seu espectáculo e comenta “Rimos tristemente”. Em 1942, Valentin retira-se para a casinha que tem em Plan-negg, onde trabalha como amolador.

Depois da guerra, tenta um regresso com Liesl Karlstadt mas passam desper-cebidos. Em 1948, morre de pneumonia na segunda-feira de carnaval. A partir

espectáculo encenado por José Russo, cenografia e figurinos de inês de Carvalho assistida por helena Calvet

dos anos 70 o seu teatro é redescoberto em França através de traduções das suas obras, desde então, Karl Valentin tem sido reconhecido como um dos maiores auto-res cómicos de sempre.

Espectáculo encenado por José Russo, cenografia e figurinos de Inês de Carva-lho assistida por Helena Calvet, no elen-co, os actores da companhia José Russo, Maria Marrafa e Rui Nuno, banda sono-ra e música de André Penas, desenho de

luz e direcção técnica a cargo de António Rebocho, construção e montagem de ce-nário por Tomé Baixinho, Tomé Antas e Paulo Carocho e confecção de guarda-roupa de Vicência Moreira.

“Vou ou não vou esta noite ao Teatro?” tem estreia marcada em Évora, no dia 15 de Novembro, no Teatro Garcia de Resen-de e estará em cena até ao dia 9 de Dezem-bro, de quarta a sábado às 21h30 e domin-gos com sessões às 16h00.

Irumalé Ayê na Igreja de São Vicente

Irumalé Ayê é um espectáculo que bus-ca uma relação directa com o especta-dor numa acção viva e presencial de uma troca de vivências entre actor e público. A acção renova-se a cada apre-sentação sempre buscando a verdade do momento da relação estabelecida entre as partes.

A construção do espectáculo foi base-ado nos Orikis (poesias de exaltação aos orixás que compõem a cosmogonia Yo-rubana), nos rituais do Candomblé e er-guido a partir da pesquisa “Ativação do Movimento Ancestral” desenvolvida por Fernanda Julia, directora do Grupo Nata (BR).

O espectáculo-solo é o lugar onde o actor se lança no espaço cénico utili-zando-se da dança, da poesia e do canto para compor o ritual de apresentação. O performer mescla na sua acção cénica as suas vivências no Candomblé, as his-tórias que ouvira outrora e a pesquisa erguida para construção do espectáculo com bases do Teatro Físico-Ritual e tece as suas partituras corporais nas danças dos orixás emergindo assim o corpo e

o performer mescla na sua acção cénica as suas vivências no Candomblé

mente numa viagem que perpassa pe-los moldes dos rituais públicos do Can-domblé.

Dias 8, 9 e 10 de Novembro às 22H na

Igreja de São Vicente, integrado na pro-gramação dos Ciclos de São Vicente.

Para reservas ou informações: [email protected] | 266 704 236

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a aura mística da vila de marvão ganha contornos de verdadeiro postal vivo.

Radar

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XXIX Festa do Castanheiro na vila medieval de Marvão

A vila medieval de Marvão, com as ruas ingremes e tortuosas, pela sua preser-vação e autenticidade, faz-nos recuar no tempo. O seu castelo altaneiro, a 900 metros de altitude implantado numa escarpa rochosa, importante praça-forte de outrora mostra-nos hoje paisagens in-vulgares, terras de Espanha e em dias de grande visibilidade a serra da Estrela.

Este fim de semana vai realizar-se a 29ª edição, a “Festa do Castanheiro / Fei-ra da Castanha” hoje unanimemente reconhecida, aquém e além-fronteiras, como um dos eventos mais genuínos e aclamados em solo português, ten-do atingido o estatuto reservado a um número muito reduzido de romarias que o povo soube elevar a expoentes máximos da portugalidade. Aqui pode encontrar os produtos, as pessoas, os elementos decorativos, os azeites, os vi-nhos, as compotas, a doçaria tradicional

este evento é um dos melhores cartões-de-visita de marvão.

e conventual.Sempre no segundo fim-de-semana

de Novembro, a aura mística da vila de

Marvão ganha contornos de verdadei-ro postal vivo. As vielas sinuosas, as praças, travessas e escadarias íngremes

acolhem mais de 25.000 visitantes que circulam por entre os magustos e as provas de vinhos, deslumbrados com a paisagem e a vasta animação assegura-da por perto de duas centenas de artis-tas entre os quais os grupos folclóricos e musicais locais, a animação circense, as fanfarras, os grupos de bombos e os te-atros de rua. Esta edição conta com no-mes como José Cid, Voodoo Marmelade, Milicia Santa Maria, Domingos e Dias Santos, entre muitos outros que se vão encarregar de proporcionar a animação de palco e de rua por toda a Feria.

Numa perspetiva mais abrangente, este evento é um dos melhores cartões-de-visita de Marvão e de toda a região. Ao atrair turistas das mais diversas pro-veniências, promove as riquezas exis-tentes que vão do património histórico e arquitetónico, aos produtos locais, passando pelo artesanato e animação cultural.

Sendo Marvão como um destino tu-rístico invulgar, a Festa do Castanhei-ro- Feira da Castanha é motivo de sobra para um fim de semana diferente!

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14 08 Novembro ‘12 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

(à excepção dos módulos). Basta enviar uma mensagem com o seu classificado para o mail.: [email protected]ÁRIO

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Page 16: Registo ed230

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

O pianista Pedro Burmester apre-senta-se, a solo, no Grande Auditó-rio do TEMPO, no próximo sábado, 10 de novembro, pelas 21h30, para o segundo concerto da “Trilogia de Piano” que teve início em outubro com Mário Laginha.

Os bilhetes para o concerto do conceituado pianista, premiado em diversos concursos, com des-taque para o Prémio Moreira de Sá, o segundo Prémio Vianna da Motta e o prémio especial do júri no concurso Van Cliburn (EUA), custam entre 18 e 20 euros.

O Grupo de Teatro Sénior da Junta de Freguesia de Portimão estreia, dia 16 de novembro, às 16h00, no Grande Auditório, a peça “Cortes e Recortes”, no âmbi-to das comemorações da Semana Sénior. O trabalho cénico, com direcção artística de Sofia Brito, tem como ponto de partida os de-safios e situações que colocaram à

prova os elementos do grupo, com idades compreendidas entre os 65 e os 80 anos, no decurso das suas vidas.

Este é já o terceiro ano conse-cutivo que o grupo apresenta o seu trabalho no TEMPO, local que acolhe o projecto durante o processo de criação. A peça será reposta logo no dia 17, às 16h00 e às 21h30, com bilhetes a 2,50 euros.

O mês de novembro traz tam-bém ao TEMPO, a voz de Ana Moura que, dia 23 às 21h30, sobe ao palco do Grande Auditório para apresentar o seu novo álbum, com ingressos entre os 15 eos 18 euros.

Depois de uma digressão que esgotou salas por todo o mundo, Ana Moura volta à estrada para dar a conhecer o novo álbum “Desfado”, produzido pelo multi-galardoado produtor norte-ame-ricano Larry Klein, vencedor de quatro Grammys.

No dia seguinte, à mesma hora, Ricardo Araújo Pereira fará a apre-sentação do livro “Mixórdia de Temáticas”, uma compilação dos guiões da rubrica radiofónica da Rádio Comercial com o mesmo nome. A entrada é gratuita mas os bilhetes deverão ser levantados com antecedência.

A fechar a programação do mês de novembro, dia 27, pelas 21h30, o TEMPO acolhe “O Lago dos Cisnes” pela Russian Classical Ballet, uma das mais prestigiadas companhias de ballet russas. Os preços situam-se entre os 25 e os 28 euros.

Todos os ingressos podem ser adquiridos na bilheteira do TEM-PO de terça a sábado, das 14h00 às 19h00, e em dias de espetáculo das 14h00 às 21h30. Para mais infor-mações ou reservas: 282 402 475 / 961 579 917, ou através do sítio na Internet: www.teatromunicipal-deportimao.pt.

Alter do Chão

I Feira de Produtos Regionais e MagustoTrata-se de uma iniciativa da Autarquia que tem por objectivo a valorização dos produtos regionais e a dinamização do comércio no Mercado Municipal. O evento terá inicio às 8h00 e prevê-se que termine pelas 20h00. Ao longo do dia conta-se também com algumas actividades culturais. Música, Teatro Infantil, Magusto, receitas de S. Martinho, são algumas das surpresas para este dia. O Mercado Municipal constitui uma tradição cheia de cores, cheiros e sabores que se pretende preservar e desenvolver por forma a fazer frente às actuais alternativas do mercado. Este evento pretende dinamizar e incentivar o comércio no Mercado Municipal, promovendo os produtos da região, bem como os seus produtores que podem encontrar no mer-cado uma forma de esco-arem os seus produtos.

Pedro Burmester, Ana Moura e Lago dos Cisnes em Novembro no TEMPO

Portimão

D.R.

Tradição pré-romana revivida em Mora. O Fluviário de Mora comemora, habitualmente, o S. Martinho revivendo tradi-ções antigas e relembrando a importância da bolota em idos tempos.

Para assinalar a data, este ano o 11 de Novembro calha a um Domingo, o espaço ofere-ce uma entrada grátis a quem levar uma receita de bolota, a castanha do Alentejo..

Uma das tradições pré-romanas entre os povos da Península Ibérica, como os Lusitanos, era a de obter fari-nha a partir das bolotas que colhiam no Outono. Esta fa-rinha, uma vez seca, podia ser conservada durante todo o Inverno para preparar pão de bolota, em vez de pão de cereais – escassos durante o Inverno.

A visita pode ser aproveita-da para celebrar o S. Martinho deste concelho alentejano com gastronomia típica da re-gião na vila de Pavia – conhe-cida pelos vastos monumen-tos Megalíticos - e que fica bem próxima do Fluviário.

S. Martinho no Fluviário de Mora

Tradição

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