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SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 27 de Setembro de 2012 | ed. 224 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

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Portel organiza feira medieval para comemorar 750 anos de foral 08

PSD Évora acusa Câmara de agravar impostosPág.06 Na passada semana a Câmara de Évora deliberou submeter à Assembleia Municipal a candidatura do município de Évora ao Programa de Apoio à Economia Local, instrumento criado para tornar possí-vel o pagamento de dívidas a fornecedores. As dívidas a fornecedores susceptíveis de serem apoiadas por este programa são de 32 milhões de euros, ficando cerca de 50 mi-lhões de euros de dívidas ainda por saldar.

Falcões estão de regresso a ÉvoraPág.03 “Estão cada vez mais próximos”. Para Carlos Cruz, da Liga para a Proteção da Natureza (LPN), os últimos dois anos têm sido marcados por um olhar atento para os céus do centro histórico de Évora à procura de francelhos. Cerca de 120 destes falcões, reproduzidos em cativeiro, foram libertados pela LPN com a esperança de que nidifiquem na cidade, o que ainda não sucedeu. Mas está quase.

FEA inaugura temporada de músicaPág.13 A criatividade e irreverên-cia de Maria João, uma das intérpretes mais notáveis do panorama musical português, marca o arranque da tempo-rada de música Melodea da Fundação Eugénio de Almeida. O concerto, agen-dado para 6 de outubro, intitula-se Ma-ria João & As Aventuras das Abelhas e é um dos mais recentes projetos musicais da cantora.

Pensar a educação em Évora, cidade educadoraPág.07 Esta quinta feira, 27 recomeça o ciclo de debates intitulado “Habitar a Ci-dade. Construir espaço público” em curso durante esta ano de 2012. Na última quin-ta feira de cada mês, num café da cidade, têm vindo a reunir-se académicos, polí-ticos e outros cidadãos interessados em reflectirem em conjunto temas ligados à vida de Évora, apresentada como cidade educadora.

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Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial [email protected] Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Mais uma onda de tristeza”

A Abrir

Falar de Portugal como um óptimo País para vi-ver e um local de excelência para trabalhar pode parecer uma loucura, tendo em conta o contexto de crise e de grande turbulência em que estamos inseridos.

Mas acho, convictamente, que devemos fazê-lo. Até porque devemos ter uma noção das nos-sas vantagens competitivas, enquanto pequena nação, neste mundo global. E empenhar-nos em criar, consolidar e partilhar a visão estratégica a 10 anos, que queremos para este País.

Portugal, Great Place to Live…é isto que eu digo, quando descrevo o País a colegas, amigos ou parceiros de negócio estrangeiros que equa-cionam vir até, por curtos ou longos períodos. Até porque é esse o testemunho que ouço de todos os que passam por cá um certo tempo. E muitos dos que vieram por um tempo, e ficaram indefinidamente, como projecto de vida.

Não tenhamos dúvidas: os condimentos geo-

gráficos, o contexto de acolhimento, no fundo, aquilo que com que fomos abençoados pela natu-reza, sem termos trabalhado para tal, é fantástico.

O nosso magnífico clima, as nossas paisagens naturais, a nossa costa marítima, as nossas belas vilas e cidades.

Depois, a nossa história o nosso património ar-quitectónico, o facto de cada rua e cada esquina transpirar cultura e tradição. As igrejas, as pra-ças, os museus, os jardins transmitem identidade, personalidade e bom gosto.

Como não podia deixar de ser, a nossa gastro-nomia, única no mundo, com uma combinação inteligente dos sabores do Mediterrâneo e do Atlântico.

E, não menos importante, a nossa hospitali-dade enquanto povo, o facto de sabermos re-ceber bem quem nos visita. Existe um “estilo de vida latino” que concilia o sentido do que é urgente e importante com um saber ancestral de

aproveitar os bons momentos da vida. O nosso culto de um bom almoço ou de um

bom jantar é um exemplo paradigmático. E não, não é apenas o Portugal geográfico que é apre-ciado. O Portugal humano, talentoso e global também é reconhecido. A qualidade de vida é ainda, felizmente, um atributo português.

E agora, a pergunta…o que fazer com tudo isto? Acho que Portugal deveria fazer da atrac-ção global de Pessoas e Negócios um dos eixos essenciais da sua estratégia de desenvolvimento.

E fazê-lo de forma inteligente, percebendo o que temos para oferecer a cada grupo.

Atrair milhares de estudantes, com projectos académicos de excelência, em língua inglesa, aproveitando a nossa latinidade e nossa condição geográfica, na encruzilhada da Europa, Améri-ca e África. Atrair milhares de empreendedores, afectos a indústrias criativas, que aproveitem as condições das nossas vilas e cidades para desen-

volverem os seus projectos. Atrair milhares de investigadores, com pro-

jectos de excelência – como, por exemplo, fez a fundação Champalimaud, na área da saúde. Atrair milhares de pessoas de meia-idade e ido-sos do norte da Europa, que possam ter aqui uma 2ªhabitação a aproveitarem as condições climáti-cas para o chamado turismo de saúde e bem-estar.

Atrair muita gente do mundo lusófono que, para fins de negócios ou outros, façam a partir daqui a ponte com o resto da Europa. E atrair mi-lhares de profissionais, para determinados clus-ters, como as tecnologias, nos quais podemos e devemos investir de forma focalizada.

No espaço de uma geração, teríamos resolvido boa parte dos nossos problemas económicos. É que apesar destes anos dificílimos que estamos a passar, Portugal continua a ser um bom Pro-duto…mas precisa, acima de tudo, de uma boa campanha de Marketing!

Portugal, Great Place to LivecARLOS SEZÕESGestor

A proposta do Governo, apresentada por Pedro Passos Coelho, de alteração da Taxa Socal Única (TSU) provocou um forte abalo em todo o país. O Governo meteu tanta água que o copo transbordou provocando uma espécie de tsunami com conse-quências irreparáveis.

Transferir rendimentos dos trabalhadores para as empresas, na expetativa de que estas promeveriam a baixa de preços dos bens e serviços é uma pro-posta que só pode ser admitida do ponto de vista académico e proposta por pessoas que não possuem qualquer conhecimento sobre o funcionamento das empresas nem sobre o estado real em que a sua te-souraria se encontra no meio desta crise profunda.

Nunca em algum ponto do planeta esta medida foi implementada. Portugal não pode ser submeti-do a experimentalismos que destruam o pouco que ainda nos resta.

Esta proposta uniu patrões, trabalhadores, polí-ticos de todos os quadrantes, comentadores, o Pre-sidente da República, todos contra o Governo, em manifestações que há muito não se via.

Tudo isto resulta da impreparação dos nossos Governantes paa lidar com uma situação tão com-plexa. O PSD e o CDS tudo fizeram para fazer cair o anterior Governo, em plena crise financeira in-ternacional. Na altura tudo era fácil, bastava retirar Sócrates de cena e todos os nossos problemas se dissipariam, surgindo uma espécie de homem novo, que cortaria a eito todas as gorduras do Estado, re-formaria as funções do Estado, reduziria a dívida pública e controlava o défice.

A verdade é que ano de 2012, totalmente sob a responsabilidade deste Governo e após a imple-mentação de medidas duras que não constavam do memorando da Troika, apresenta um buraco de cer-ca de 5000 milhões de euros! Um défice de 6,8% em vez de 4,5 como estava acordado! A dívida que deveria descer continua a aumentar disparando para 120% do PIB! O desemprego está incontrolá-vel caminhando para os 16%! Tudo corre mal, com exceção da Balança Comercial que está quase equi-librada mas por forte redução da procura interna e um bom comportamento das nossas exportações.

O Governo foi surpreendido pelo resultado nega-tivo da sua política, sem poder agora sacudir o ca-pote, mas em vez de corrigir o tiro continua a querer atingir o mesmo alvo.

O Povo foi também surpreendido e ficou desilu-dido! Um verdadeiro desaste nacional! O CDS atra-vés do político mais profissional de todos, o mais demagógico em funções desde o 25 de Abril, mas o mais “esperto” fez tremer a coligação afirmando que isto não era com ele! Era uma coisa do PSD e de Pedro Passos Coelho.

O Paulo avisou mas ninguém no Governo o ou-viu! Tudo isto em público, em direto na TV, traindo o seu parceiro, com a maior desfaçatez! Tudo para parecer que está fora mas contudo dentro do Go-verno, como se fossem dois e não um só Governo! O Presidente convocou o Conselho de Estado, o Governo recua na TSU, mas assinou a sua sentença de morte! Agora é uma questão de tempo, pois o pântano está instalado!

O povo manifestou-se nas ruas; as sondagens di-zem que se houvese eleições antecipadas teríamos uma solução de Governo confusa como na Grécia; O PS ainda está em construção de uma alternativa; estamos num dilema muito difícil: o país precisa de um Governo estável, que governe até ao fim da le-gislatura, temos o maior partido da oposição a fazer o seu caminho mas é o próprio Governo que parece querer implodir! O maior fator de instabilidade vem do interior do Governo! Não há Ministro que saia à rua sem ser apupado, vaiado e até agredido!

Como vai ser possível Governar com esta situa-ção que só o Governo criou? Este Governo repre-senta uma boa oportunidade perdida para transfor-mar Portugal e reformar o Estado, dispondo de uma maioria absoluta, de uma oposição comprometida e responsável, de um Presidente cumplíce, de um povo dócil que estava resignado face aos sacríficios que temos que fazer.

Num ápice, Pedro e Paulo deitaram tudo a per-der! Estamos no meio de um labirinto, perdidos, sem norte, sem gente competente na Governação, com uma classe política que não oferece a confian-ça necessária aos Portugueses.

Precisamos urgentemente de restaurar a con-fiança entre os agentes políticos e o povo. As de-clarações de Domingo de Miguel Macedo sobre as Cigarras e as Formigas não ajudam nada, pois a fábula não se pode aplicar quando os Portugueses querem trabalhar mas o que encontram é desempre-go, encerramento diário de centenas de empresas, despedimentos coletivos... Haja bom senso!

Um verdadeiro TSUnami

AntóniO SERRAnODeputado

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ActualO objetivo deste projeto é reforçar o número de casais reprodutores de francelho na região de Évora.

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Falcões estão de regresso ao centro histórico de Évora

Luís Godinho | Texto

“Estão cada vez mais próximos”. Para Carlos Cruz, da Liga para a Proteção da Natureza (LPN), os últimos dois anos têm sido marcados por um olhar atento para os céus do centro histórico de Évo-ra à procura de francelhos. Cerca de 120 destes falcões, reproduzidos em cativei-ro, foram libertados pela LPN com a es-perança de que nidifiquem na cidade, o que ainda não sucedeu. Mas está quase.

“Dois anos de insistência ainda não fo-ram suficientes mas há sinais positivos”. Um deles foi o avistamento de um ma-cho jovem na Praça do Sertório, junto ao edifício da Câmara Municipal, o que foi interpretado pelos ambientalistas como um “bom indício de que se encontram a procurar locais de reprodução”. Outro foi o aumento do número de exemplares que compõem uma colónia instalada a poucos quilómetros da cidade: “Já são 30 casais”.

O objetivo deste projeto é reforçar o número de casais reprodutores de fran-celho na região de Évora, e consequen-temente a nível nacional, contribuindo para a diminuição do grau de ameaça da espécie a nível mundial. Trata-se de uma espécie protegida que já esteve ameada de extinção mas que há meio século era comum em muitas cidades portuguesas, como Évora, onde “eram mais abundan-tes os francelhos que as andorinhas das chaminés”.

Depois, tudo mudou. As mudanças na agricultura e na edificação da zona urba-na, bem como a recuperação de edifícios

trata-se de uma espécie protegida que já esteve ameada de extinção

suas características ecológicas quer pela dificuldade de aceitação da população eborense nessa necessidade, e dado o ris-co de saúde pública que representam, o regresso do francelho ao centro histórico possibilitará a ocupação de muitas das cavidades por esta espécie reduzindo a reprodução de pombos”.

Carlos Cruz reconhece que não se trata de um trabalho fácil: “Os francelhos são aves migradoras existindo uma tendên-cia estatística para regressarem ao local de onde partiram mas alguns perdem-se pelo caminho”. Ou juntam-se a outras colónias. A solução é “insistir” no prolon-gamento do projeto por mais dois ou três anos, ao mesmo tempo que serão criadas “condições muito melhores” dentro do centro histórico para atrair as aves.

Espécie ameaçada a nível mundialO francelho é um pequeno falcão migra-dor e insetívoro, outrora bastante abun-dante mesmo nos centros urbanos, mas que atualmente, devido a causas ligadas a ações humanas, se encontra ameaçado a nível mundial.

A perda de habitat de alimentação ao redor das áreas de nidificação, o abando-no agrícola e do pastoreio extensivo e a perda de habitat de nidificação encon-tram-se entre as suas principais amea-ças. No caso dos centros históricos, por exemplo, a reconstrução do património é feita “sem ter em conta a existência e as necessidades desta espécie, com a obs-trução total de cavidades que suportam a nidificação”, diz fonte da LPN.

O projeto de Évora – que se debate com problemas de financiamento – inclui a inserção desta espécie num percurso ambiental de 19 quilómetros por zonas onde em tempos nidificaram grandes colónias de francelhos.

históricos conduziram a uma grande diminuição das populações de France-lho em toda a sua área de reprodução, na Europa e Ásia, incluindo a região de Évora, onde a população praticamente desapareceu.

“Mértola e o território ocupado de Olivença são os dois únicos locais onde ainda se conseguem reproduzir em meio urbano”, diz Carlos Cruz, acrescentando que o projeto de reintrodução do fran-celho na região de Évora visou também aumentar o número de casais reprodu-

tores, o que foi “conseguido em pleno – algumas das aves recentemente liberta-das acabaram por nidificar em diversos locais como Cuba, São Vicente (Elvas) e nalgumas cidades espanholas.

O que continua a faltar é “convencê-los” a regressar ao centro histórico de Évora. Segundo a LPN, a ideia é “aliar a conservação do património histórico ao património natural” e aproveitar os fal-cões para reduzir o número de pombos existentes na cidade: “Sendo estes de di-fícil controlo populacional, quer pelas

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Actual

“Em matéria de descalabro financeiro contou com a prestimosa ajuda dos diversos governos do PSD, cDS e PS”.

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Durante 11 anos o Município de Évora teve à frente dos seus destinos uma força política que não só não cumpriu com as promessas que foi fazendo aos eleitores, como conseguiu a proeza de colocar as finanças municipais numa situação insustentável.

Reconhecemos, naturalmente, que em ma-téria de descalabro financeiro contou com a prestimosa ajuda dos diversos governos do PSD, CDS e PS que, na prossecução do seu objectivo comum de descaracterização do Poder Local, foi criando meios de através do garrote financeiro para por em causa a auto-nomia constitucionalmente garantida.

Pretende o PS em Évora escudar-se nessa realidade para alijar as suas responsabilida-des próprias no desastre que são hoje as con-tas do município.

A situação que temos hoje, de reconhecida paralisia dos serviços, de quase inexistência de intervenção em espaço público, de per-manente sufoco na tesouraria que impede a realização da mais insignificante despesa, re-sulta em primeiro lugar das opções tomadas pelo PS à frente dos destinos do Município de Évora.

A aventura da adesão ao sistema multimu-

nicipal de água e saneamento é a mais gra-vosa dessas opções significando um encargo para o município de cerca de 6 milhões de euros anuais. A aceitação cega de competên-cias na área da educação, uma reestrutura-ção de serviços que duplicou o número de departamentos e “investimentos” como o da recuperação da Praça de Touros (de pro-priedade privada) são alguns dos exemplos de opções políticas que contribuíram para o atoleiro em que se encontram as contas do município.

É neste contexto que o presidente da câma-ra propõe como uma inevitabilidade a adesão a um programa criado pelo governo (PAEL) que tem na sua génese o objectivo mal disfar-çado de limitar a autonomia do poder local e de garantir que os sistemas multimunicipais de água e saneamento cobrem as dívidas que os municípios foram acumulando.

São 32 milhões de euros supostamente para pagar a fornecedores locais e dessa forma in-jectar liquidez na depauperada economia do concelho. Tal intenção não passa disso mes-mo. Dos 32 milhões que virão, metade vai direitinho aos cofres da empresa Águas do Centro Alentejo à semelhança do que acon-

Hipotecar o futuroEDuARDO LuciAnOAdvogado

teceu com o programa “pagar a tempo e ho-ras” cuja totalidade do empréstimo foi para o mesmo credor.

Desta vez assume-se desde logo que fora deste programa ficam as dívidas resultantes dos protocolos com as freguesias e os apoios aos agentes sociais, culturais e desportivos do Concelho, para esses nem um cêntimo dos 32 milhões.

Tenta o PS fazer-nos crer que este é apenas mais um empréstimo para aliviar a tesouraria e liquidar alguns compromissos, esquecendo que o acesso a tal dinheiro tem como contra-partida um plano de ajustamento financeiro que põe em causa a sua autonomia política e atira para cima dos munícipes um conjunto de medidas particularmente gravosas para o que resta dos seus rendimentos depois dos roubos levados a cabo pelo governo.

Esse “plano de ajustamento financeiro” im-põe a colocação do IMI nas suas taxas máxi-mas, obriga à determinação da participação variável no IRS à taxa máxima prevista na Lei das Finanças Locais, obriga à fixação do pre-ço cobrado pelo saneamento, água e resíduos nos termos definidos nas recomendações da Entidade Reguladora, significando isto um brutal aumento do preço destes serviços.

Com este plano o município fica impedido de apoiar os agentes culturais desportivos e sociais, vê-se obrigado a reduzir a sua activi-dade aos serviços mínimos e por via da im-posição da redução da despesa abre-se a porta à possibilidade de despedimento de trabalha-dores municipais.

A Câmara passa a ser gerida na prática pela

DGAL e pela IGF, quase transformando os eleitos pelo povo em mandatários da tutela governativa.

Tendo este “plano de ajustamento” a mes-ma duração do empréstimo, significa que du-rante 20 anos (5 mandatos autárquicos) a nor-ma constitucional que garante a autonomia do poder local passa a letra morta para o conce-lho de Évora, sendo que a Lei que institui o PAEL obriga a uma particular intensificação das medidas nos primeiros 5 anos de duração do empréstimo.

A propaganda irá dizer-nos que é apenas mais um empréstimo a 20 anos, esquecendo tudo o que fica comprometido com o recurso a esta solução.

A propaganda irá dizer-nos que os proble-mas financeiros ficam atenuados, esquecen-do que o desequilíbrio financeiro estrutural continuará presente no dia a dia do município.

Mas o grande esforço vai ser para conven-cer os munícipes que não serão eles a pagar as contrapartidas do empréstimo através do aumento do IRS, do IMI, do preço da água e saneamento, do aumento generalizado das taxas municipais. Como devem imaginar este esforço de convencimento está condenado ao fracasso porque esses aumentos gritarão aos ouvidos dos munícipes a realidade.

Mas para quem prossegue a política do quem vier atrás que feche a porta, isso não tem importância.

A gestão do PS na Câmara de Évora pode resumir-se a uma frase: 11 anos a criar um atoleiro, 15 dias a garantir que o futuro fica hipotecado para os próximos 20.

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Actual

Em Évora, as dívidas a fornecedores susceptíveis de serem apoiadas por este programa são de 32 milhões.

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PSD Évora acusa Câmara de agravar impostos

Na passada semana a Câmara de Évora deliberou submeter à Assembleia Mu-nicipal a candidatura do município de Évora ao PAEL – Programa de Apoio à Economia Local, instrumento criado pelo governo para tornar possível o pa-gamento de dívidas a fornecedores.

Em Évora, as dívidas a fornecedores susceptíveis de serem apoiadas por este programa são de 32 milhões de euros, ficando cerca de 50 milhões de euros de dívidas ainda por saldar. O município de Évora apresenta um dos maiores rácios de dívida do país, ascendendo o montan-te total da dívida a cerca de 80 milhões de euros.

Segundo o PSD, “a aplicação do PAEL em Évora demonstra a incapacidade do executivo diminuir o passivo herdado da gestão da CDU, agravando-o ainda”, referindo ainda aquela estrutura parti-dária que “em Évora a aplicação do PAEL é inevitável em face da situação criada.

O município de Évora apresenta um dos maiores rácios de dívida do país

A gestão socialista conduziu o conce-lho a esta situação extrema, por não ter

A Câmara Municipal de Avis delibe-rou, na sua reunião ordinária de 12 de Setembro de 2012, aprovar um apoio de três mil novecentos e cinquenta euros para a aquisição de material escolar de desgaste e de material didático, destina-do aos alunos do Ensino Pré-escolar e Escolar do 1º Ciclo do Ensino Básico da rede pública do Município de Avis.

A presente deliberação estabelece as Normas de comparticipação na Ação Social Escolar, no domínio dos auxílios económicos para o ano de 2012/2013, com vista a assegurar o acesso à educa-ção de todas as crianças e jovens do Con-celho de Avis, independentemente das suas condições socioeconómicas.

No âmbito das suas competências e de harmonia com um Acordo de Colabora-ção celebrado com as Freguesias do Con-celho que possuem estabelecimentos de ensino, que a prestação destes apoios anuais seja transferido para aquelas Au-tarquias, a fim de que sejam estas a fazer a articulação do processo com o professor/educador titular de sala, dado estarem mais próximas da população e, desta for-ma, poderem responder, mais facilmen-te, às necessidades imediatas dos alunos.

Avis aprova apoios

Solidariedade

acautelado a sua sustentabilidade finan-ceira.”

Mais impostosA obtenção do empréstimo “implica, po-rém, a adopção de um conjunto de medi-das que vai agravar ainda mais o esforço fiscal dos eborenses ” pode ler-se em co-municado emitido pelas estruturas con-celhias do PSD que dizem ser ainda possí-vel, “como contrapartida para a obtenção do empréstimo, o provável aumento do IMI, a taxa de derrama aplicada ao lucro tributável das empresas, bem como as taxas relacionadas com o saneamento e fornecimento de água, e ainda poderá ser cobrada uma taxa de 5% sobre o IRS dos munícipes.”

O comunicado adianta, também , “que todas estas medidas que vão ser infligidas aos eborenses poderiam ter sido evitadas, tivesse o executivo ouvido os alertas do PSD, quer na Câmara, quer na Assembleia Municipal, sobre o descalabro das contas da CME, sobre o irrealismo na projecção da receita que nunca foi suficiente para cobrir as despesas, agravando, ano após ano, a situação financeira.”

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ExclusivoPara o mês de Setembro, está agendado para debate a Educação nas suas dimensões formal, não formal e informal.

ERT lança versão mobile do site Alentejo

A Turismo do Alentejo, ERT assinala o Dia Mundial do Turismo, efeméride que se comemora hoje, reforçando a presença nas redes sociais - nomeadamente no Fa-cebook e no Youtube - e com o lançamen-to da versão mobile do site promocional Alentejo.

No Youtube, o Alentejo conta, a par-tir de agora, com uma página persona-lizada, tornando-se assim na primeira

O portal www.visitalentejo.pt já registou mais que 140.500 visitas

região do país a marcar presença de for-ma singular na rede social. Alojada em http://www.youtube.com/user/visita-lentejo/featured, apresenta aos utiliza-dores vídeos promocionais da região, organizados por playlists para facilitar a pesquisa.

Já a página do facebook - alojada em www.facebook.com/turismodoalente-jo e que conta com mais de 61 mil likes – agrega, desde já, uma nova aplicação através da qual os visitantes pode con-sultar a oferta turística do território e os eventos, assim como ver vídeos promo-cionais.

O lançamento da versão mobi-le do site promocional Alentejo que, através do telemóvel, permi-te aos utilizadores aceder ao portal www.m.visitalentejo.pt e consultar a oferta turística do destino é a ter-ceira novidade implementada pela Turismo do Alentejo no Dia Mundial do Turismo que, este ano, tem como tema “Turismo e Energias Sustentá-veis: potenciando o desenvolvimento sustentável”.

“Estar na linha da frente faz parte do ADN da Turismo do Alentejo. A comu-nicação online integrada e a presença

nas redes sociais fazem parte da nossa estratégia, daí se justifica a nova apli-cação no Facebook e o facto de termos apostado em ter uma página persona-lizada no Youtube. Uma presença hoje pioneira no país”, explica António Ceia da Silva, Presidente da Turismo do Alentejo.

O mesmo responsável acrescentou ainda que “o objectivo da Turismo do Alentejo é oferecer aos visitantes e potenciais turistas novas ferramen-tas de acesso à informação sobre a oferta turística e de interacção com o destino”.

Pensar a educação em Évora, cidade educadora

Dores Correia | Texto

Esta quinta feira, 27 recomeça o ciclo de debates intitulado “Habitar a Cidade. Construir espaço público” em curso du-rante esta ano de 2012. Na última quinta feira de cada mês, num café da cidade, têm vindo a reunir-se académicos, polí-ticos e outros cidadãos interessados em reflectirem em conjunto temas ligados à vida de Évora, apresentada como cidade educadora.

Para o mês de Setembro, tempo de re-gresso às aulas está agendado para debate a Educação nas suas dimensões formal, não formal e informal.

“Como é que em Évora a Escola se re-laciona com a cidade?”, ou “como é que as diversas instituições empenhadas na educação não formal se ligam quer à es-cola, quer à cidade?” ou ainda “ que cons-ciência tem a cidade de que as ruas, os amigos, as famílias, ou o quotidiano são educadores importantes?”. Estas são algu-mas das questões que motivam o debate para o qual são convidados todos os inte-ressados. Esta tarde no café Condestável entre as 17.30 e as 20.30h.

Évora é cidade educadora há 12 anos, mas poucos eborenses sabem Estes debates da responsabilidade do CI-DHEUS (Centro Interdisciplinar de His-tória, Culturas e Sociedades) e do Depar-tamento de Filosofia da Universidade de Évora enquadram-se num projecto de investigação que se propõe conhecer as possibilidades dos cidadãos de Évora se apropriarem da ideia de cidade educado-ra, título que a cidade detêm desde há 12 anos.

Em cada sessão o tema é lançada por uma mesa de especialistas estendendo-se depois a todos os presentes interessados em intervir.

Desta vez, o professor Joaquim Felix,

Debates sobre Évora, cidade educadora

Joaquim Alberto Carrapato | D.R.

Director da Escola Secundária Gabriel Pereira em Évora, a professora Maria de Jesus Florindo, Presidente da Universi-dade Senior de Évora, e o Sr. José Saloio, actor, encenador e animador cultural re-conhecido na cidade, constituem a mesa moderada pelo Prof. Doutor José Carlos Bravo Nico, docente do Departamento de Pedagogia e Educação da Universidade de Évora.

Cada um dos três primeiros nomes indicados representa neste encontro,

respectivamente, a área da educação for-mal, não formal e informal. “ A educa-ção formal refere-se à Escola, enquanto a educação não formal envolve todas as instituições que educam fora da Escola tradicional.

A educação informal, por sua vez inclui os inúmeros pontos educadores com que nos encontramos diariamente como é o caso da família, dos amigos, dos desafios quotidianos” esclarece um dos organiza-dores deste debate.

O papel das empresas na cidade educadora é o próximo tema em debatePara depois desta quinta feira, estão agen-dados outros dois debates com se comple-ta o ciclo iniciado em Janeiro deste ano. No mês de Outubro será discutido o papel das empresas na construção de Évora, ci-dade Educadora. Em Novembro, o ultimo debate centra-se sobre a diversidade de públicos e a complexidade das redes que definem Évora, cidade que quer ser edu-cadora.

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Exclusivo

Vão ser três dias de animação, períodos de recriação histórica sobre o foral ou a tomada do castelo

Portel organiza feira medieval para comemorar 750 anos de foral

Entrevista com Norberto Patinho, presidente da Câmara Municipal de Portel

Luís Godinho

Como surge a feira medieval?Estamos a comemorar os 750

anos [do município]. Em 2011 foram assinalados os 750

anos da fundação do caste-lo de Portel e este ano co-

memora-se os 750 anos da atribuição do pri-

meiro foral da vila por D. João Peres

de Aboim. São dois anos marcantes para o concelho, datas importantíssimas, até porque D. João Peres de Aboim era o mor-domo-mor do reino, aquilo que hoje seria o primeiro-ministro.

Datas a festejar, portanto.Temos tido aqui muitos trabalhos quase

todos coordenados pela dra. Ana Pagará relativamente ao nosso passado, às nos-sas origens, e entendemos que era a altu-ra oportuna para estudarmos e ficamos todos a conhecer melhor a nossa História.

Daí também a feira medieval?É talvez o único evento que surgiu … já

estamos no terceiro colóquio em que va-mos compartimentando por épocas o co-nhecimento da nossa História. Vamos ter um novo colóquio este fim-de-semana, que é o ponto forte da comemoração, e va-mos editar sete ou oito publicações entre as quais a reprodução do nosso foral que esteve agora a ser recuperado. Mas o con-celho de Portel tem mais três forais: um manuelino, da vila de Portel, e dois forais de Oriola, que foi sede de concelho, um primeiro que é o do povoamento e depois o manuelino.

Que vão ser publicados?Vão ser publicados mas temos também

uma medalha comemorativa que é muito interessante, fora do vulgar. Foi feita pelo professor António Teixeira, um dos mais destacados medalhistas portugueses. É sui generis porque é uma medalha oca, uma pequena caixa que contém dentro uma cópia em miniatura do foral de Por-tel. Em Novembro teremos outra iniciati-

va que é o lançamento de um livro com todos os presidentes de câmara do o início do século XIX aos dias de hoje, aprovei-tando para fazer uma homenagem aos presidentes pós 25 de Abril. Como todas estas iniciativas são mais do domínio de quem gosta de conhecer estas coisas, pensámos também em organizar uma co-memoração mais popular e daí a ideia da feira medieval.

Que será para ficar?Bom, o tempo parece que não nos está

a querer ajudar. Mas a correr bem iremos manter. Vão ser três dias de animação, te-remos períodos de recriação histórica so-bre o foral ou a tomada do castelo por D. Nuno Álvares Pereira, saltimbancos, tor-neios com cavalos, música, exposições de armas, enfim um conjunto diversificado de animação.

Ou seja, mais um evento para levar pessoas ao concelho de Portel?

É isso que penso. Aliás pela predomi-nância do nosso castelo justifica-se que ele passe a marcar um evento anual, eventualmente numa outra data, talvez em Agosto que é um mês em que temos diversas iniciativas aqui no concelho. Vamos ver. A nossa ideia é promover um novo evento que marque o concelho e possa ser mais um elemento de oportu-nidade para a nossa dinâmica económica dando mais um impulso aos produtores locais. Nesta feira medieval,o mel há-de aparecer, o vinho há-de aparecer, os nossos produtores vão estar presentes, os restaurantes, associações locais … vão ser dias de festa.

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Exclusivo

por D. nuno Álvares Pereira, saltimbancos, torneios com cavalos, música, exposições de armas.

Recriar a HistóriaD. João Peres de Aboim (n.1210 – f.1287, antes de), um dos maiores senhores da me-dievalidade portuguesa, companheiro de armas e fidellissimo vassallo do monarca Afonso III, recebia, em 1258, um herda-mento doado pelo concelho de Évora, acto incentivado e validado pelo “Bolonhês”.

Em 1261, fundava aí a sua casa senho-rial, obtendo do rei autorização para a construção de “castelo e fortaleza” e, um ano mais tarde, a 1 de Dezembro de 1262, criava as condições para o desenvolvi-mento da vida urbana neste novo espaço situado num território dominado pela Serra, através da promulgação do seu pri-meiro foral. Esse espaço, designado então por “Portel o novo”, constituiu a génese do actual município de Portel.

Tendo como objectivo o reforço da iden-tidade local através da rememoração da História, a realização da “Feira medieval de Portel”, evento integrado no âmbito das Comemorações dos 750 anos da fundação do castelo e do primeiro foral de Portel, proporciona a abertura de um espaço no qual se procura recriar um tempo, os seus usos e costumes, e evocar personagens emblemáticas e episódios marcantes da história de Portel, desde a outorga do foral por D. João Peres de Aboim e a passagem da comitiva de D. Álvaro Gonçalves Perei-ra a caminho do Salado, para recolher a Relíquia do Santo Lenho de Vera Cruz, à to-mada do castelo ao partido de Castela por D. Nuno Álvares Pereira, anunciando-se a vitória do Mestre de Aviz. Este constitui o alinhamento para uma viagem secular por Portel da época medieval.

Colóquio debate arquitectura e evangelizaçãoO colóquio “Poderes, Arquitecturas e Evan-gelização. A construção de uma nova Paisa-gem em Portel (séculos XVI a XVIII)”, é o ter-ceiro de vários encontros científicos que se realizam no âmbito das Comemorações dos 750 anos da fundação do castelo e do primei-ro Foral de Portel, os quais têm como objecti-vo, numa perspectiva diacrónica e transver-sal, perceber a construção da paisagem e das Identidades que constituem, hoje, Portel.

Os poderes institucionais em presença e o papel que assumem na estruturação deste território nas suas várias vertentes, desde o Rei e a Casa de Bragança à comenda maltesa de Vera Cruz e à Misericórdia de Portel. Ao nível da Cultura e da Evangelização, vários são os portelenses que criam “Arquitecturas” de pensamento, marcando indelevelmen-te o seu tempo, ou procuram novas formas para a difusão do Evangelho no Mundo. No domínio da arquitectura e da arte religiosas, as sucessivas correntes estéticas nacionais e internacionais coevas e exigências espácio-funcionais, concordantes com outras neces-sidades culturais, com o espírito das ordens religiosas presentes assim como com as de-terminações e aplicação do normativo ema-nado do Concílio de Trento, proporcionaram alterações litúrgicas e novas concepções espaciais dos templos. Em análise, estes são alguns dos principais factores que, de forma isolada ou em interacção uns com os outros, contribuíram inequivocamente para a cons-trução da nova Paisagem de Portel durante a época moderna.

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Exclusivo

Entre outras actividades haverá provas, degustações, cooking Shows, seminários, sessões informativas, etc…

Portugal será protagonista em Feira Internacional de Alimentação na Extremadura

A XXIV edição da Feira Internacional de Alimentação (FIAL), a decorrer em Don Benito (Badajoz), terá Portugal como protagonista nesta primeira oca-sião em que se decidiu contar com um país convidado. A FIAL é já uma refe-rência no sector alimentar do Sudoeste Peninsular que tem vindo a crescer de ano para ano, aumentando considera-velmente a participação de expositores portugueses.

Foi organizado paralelamente um intenso programa de actividades que decorrerão ao longo dos três dias de du-ração da Feira com o objectivo de ofe-recer às empresas participantes mais e melhores serviços e um maior atracti-vo para as empresas visitantes. Entre outras actividades haverá provas, de-gustações, Cooking Shows, seminários, sessões informativas, etc…

Os seminários e palestras que terão lugar durante a FIAL 2012 estão focali-zados principalmente na distribuição, comercialização e internacionalização de produtos agro-alimentares. Falar-se-á das oportunidades que oferece o mercado alemão, da situação estraté-gica do Panamá, dos canais de distri-buição em Miami e América Latina, de produtos ecológicos, etc… e tendo

Foi organizado paralelamente um intenso programa de actividades

se nesta edição com um sector agro-ali-mentar que representa o peso específico da Feira mas oferece, adicionalmente ao espaço tradicional, diversas activi-dades que vão desde Encontros Comer-ciais Nacionais e Internacionais, pas-sando pelo I Concurso Gastronómico para Jovens Cozinheiros, co-organiza-do com a Escola Superior de Hotelaria e Agro-turismo da Extremadura, sem esquecer as provas, as apresentações de produtos das empresas expositoras, as sessões informativas e os Cooking Show.

A gastronomia alentejana em des-taque A gastronomia terá um reno-vado destaque na FIAL 2012. Além da participação de Chefes de prestigiados restaurantes da Extremadura está tam-bém confirmada, na quinta-feira, dia 20 de Setembro, a participação num Cooking Show do Chefe António No-bre, responsável da cozinha dos Hotéis M’Ar De AR em Évora. Actualmente, o Chefe António Nobre é um dos mais re-conhecidos representantes da cozinha alentejana.

A inauguração da Feira Internacio-nal de Alimentação de Don Benito, está prevista na quarta-feira, dia 19 de Setembro, pelas 12:00 horas (h. espa-nhola) na presença do Presidente do Governo da Extremadura, D. António Monago, que estará acompanhado por outras autoridades espanholas e portu-guesas.

Portugal um papel de destaque neste evento também haverá espaço para apresentar o “Porto de Sines - Presente

e Futuro” e “Portugal, mais perto que nunca”.

A celebração da FIAL 2012 apresenta-

Complexo Desportivo de Alandroal Inaugurado

As associações do concelho de Alandro-al, equipas de futebol e população em ge-ral já têm disponível um local com boas condições para a prática desportiva. Tra-ta-se do Complexo Desportivo de Alan-droal, que foi inaugurado no passado dia 22 de Setembro, com a participação de centenas de munícipes.

A cerimónia de inauguração contou com a presença do Vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Carlos Coutada e do Director Regional do Des-porto e Juventude, João Araújo.

João Araújo salientou a “importância que esta infraestrutura pode ter como factor de desenvolvimento social e eco-nómico”, mas ressalvou que “isso só pode ser conseguido através do envolvimento dos agentes locais, como as escolas e as-sociações”.

Prova de que esse trabalho já está ser feito é o facto de ao longo do dia terem passado pelo novo relvado de Alandroal várias equipas de futebol do concelho, com destaque para as equipas de forma-ção do CCD Terena e Associação Despor-tiva e Cultural de Santiago Maior.

Numa primeira fase vão utilizar o rel-vado as equipas de futebol do CCD Tere-na, Associação Alandroal United, San-tiago Maior e Rosário, além do Clube de

Vem proporcionar à popula-ção de Alandroal condições para a prática desportiva

Rugby de Juromenha, que vai também iniciar no Alandroal os escalões de for-mação neste desporto.

O Vice-presidente da Federação Por-tuguesa de Futebol, Carlos Coutada,

referiu que se “trata realmente de um equipamento moderno e bem equipado, que vem proporcionar à população de Alandroal condições para a prática des-portiva, com um relvado sintético que

obedece às mais recentes especificações, mas que tem custos de manutenção as-sociados, como é óbvio”.

João Grilo, presidente da Câmara Mu-nicipal de Alandroal também alertou para os elevados custos de manutenção e funcionamento do equipamento que vão exigir muito rigor na utilização e, em alguns casos, que se aplique uma lógica de “utilizador-pagador”.

João Grilo confessou ainda que a con-clusão desta obra lhe desperta sentimen-tos contraditórios. “Ter conseguido ter-miná-lo, e coloca-lo hoje à disposição dos clubes e da população do concelho no contexto difícil em que o município vive, é para nós motivo de grande alegria, e só foi possível graças ao grande empenho de todos: eleitos, técnicos e colaborado-res da câmara municipal.”

Por outro lado, salientou que foram gastos mais de 2 milhões de euros nes-ta obra, dos quais apenas 675 mil foram financiados por fundos comunitários, uma vez que, devido ao excesso de endi-vidamento, o município está impedido de aceder a crédito bancário.

Esta obra foi sendo paga com sacrifí-cio de outras necessidades e tendo que deixar para trás outras obras. Se a opção tivesse passado pelo aproveitamento do campo já existente – como fizeram os municípios vizinhos em iguais circuns-tâncias – teria sido possível poupar mais de um milhão de euros para outros in-vestimentos.

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Radarnesta edição foi atribuído o prémio “Salão das Artes” e ainda o prémio para o trabalho mais arrojado e inovador.

Como Desenhar Mulheres, Motas e Cavalos

A 29 de Setembro, às 21h30, o auditório do Centro Cultural de Redondo recebe Nuno Markl e Miguel Araújo que com um humor refinado e uma banda sonora à altura tentam mostrar ao público como é possível não saber desenhar mulheres, motas e cavalos.

De Dó a Si muito se pode desenhar bas-tando que para isso se dê ouvidos à imagi-nação. Nuno Markl e Miguel Araújo não só sabem fazê-lo com mestria como estão dispostos a partilhar tão magnífico dom com o público em mais uma apresenta-ção do seu novo projeto Como Desenhar Mulheres Motas e Cavalos, em estreia ab-soluta no Alentejo.

Depois de ter passado por algumas das mais conceituadas sala de espetáculos do país – Aula Magna, Rivoli e Casino da Fi-gueira –, a 29 de Setembro, às 21h30, esta produção da Abrenúncio visita o Centro Cultural da vila de Redondo que se colo-ca entre os grandes centros urbanos para receber aquele que se pode já considerar um dos espetáculos mais divertidos do ano.

nuno Markl e Miguel Araújo Jorge no centro cultural de Redondo

Bienal de Artes Plásticas

A cerimónia de inauguração e entrega dos prémios da 8ª Bienal de Artes Plás-ticas – Pintura e Escultura decorreu no passado sábado, 22 de setembro, no salão nobre do Município de Vidigueira. A Bie-nal de Artes Plásticas é um evento orga-nizado pela Câmara Municipal de Vidi-gueira, com o apoio da Junta de Freguesia de Vidigueira e o patrocínio do Crédito Agrícola do Guadiana Interior e do Jornal Correio da Manhã.

Esta iniciativa vai estar patente ao pú-blico até 21 de outubro, em Vidigueira, no átrio da Câmara Municipal, no Cen-tro Multifacetado de Novas Tecnologias, no Museu Municipal, no salão Junta de Freguesia e no espaço da antiga Escola Profissional Fialho de Almeida. A edição deste ano da Bienal conta com a partici-pação de 172 artistas, nacionais e interna-cionais, com 264 obras.

Foram atribuídos prémios nas catego-rias de pintura e escultura, patrocina-dos pelo Crédito Agrícola do Guadiana Interior e pela Câmara Municipal de Vi-digueira. Nesta edição, como novidade, foi atribuído o prémio “Salão das Artes” e ainda o prémio especial para o trabalho mais arrojado e inovador, patrocinados pelo Jornal Correio da Manhã.

Esta iniciativa vai estar patente ao público até 21 de outubro, em Vidigueira

PREMIADOS: Prémio Salão das Artes, patrocinado pelo Correio da Manhã: Silvestre Raposo Prémio de Pintura, patrocinado pelo Cré-dito Agrícola do Guadiana Interior: Hen-rique do ValeMenções Honrosas:Melício, Luís Liberato, A. Réu, Raul Rosa, Rui Tavares e Luís Pedro Raposo.

Prémio de Escultura, patrocinado pela Câmara Municipal de Vidigueira: Lean-dro Sidoncha.Menções Honrosas: Thomas Wimmer, António Bento Acabado, Rosa Garcia, Da-vid Oliveira, Camol D´Évora e Rita Maria Roque. Prémio Criativo e Inovador, patrocinado pelo Jornal Correio da Manhã: Teresa Martins.

Resultante do génio criativo do co-nhecido humorista Nuno Markl, que, de forma inusitada, se faz acompanhar do músico revelação dos Azeitonas, Miguel Araújo, Como Desenhar Mulheres Motas e Cavalos promete proporcionar ao públi-co a frescura e originalidade que apenas uma fusão tão improvável quanto a da música com o desenho ao vivo podem proporcionar.

Em palco estarão apenas os artistas da música e da comédia, na companhia do novíssimo Ipad e da velhinha guitarra, que muito talentosamente vão tentar mostrar aos Redondenses, - e aos demais interessados - que da inabilidade de Markl desenhar mulheres, motas e cavalos e das harmonias incomuns de Miguel Araújo resultou, certamente, um espetáculo a não perder. É preciso fazer um desenho?

Sete anos em prisão. Seis anos de criação artística non-stop na cela. Uma redução da pena e uma saída da prisão na qualidade de artista. Caso raríssimo. Estamos a falar de Moss, artista de ori-gem argelina e de nacionalidade fran-cesa. Agora com 60 anos está livre e, na beira do mar, cria. Cria com qualquer instrumento – do pincel à serra – e com qualquer suporte, da linoleogravura à madeira flutuante. Lança um grito si-lencioso por e para nós: o grito de uma humanidade escrava, surda, que perde os seus valores e para quem a neces-sidade de ganhar dinheiro prevalece sobre a razão.

A arte como instrumento de denun-cia, como instrumento de re-integração social, re-definição de uma identidade: são estas e muitas outras as mensagens que o Centrum Sete Sóis Sete Luas de Ponte de Sor quer transmitir com a exposição “Retour aux origines” (“Re-gresso às origens”) do artista francês Moss, que será inaugurada sábado 22 de Setembro às 18.00 horas.

Apesar da temática da exposição, denuncia social, carga agressiva e sede de justiça, o que vos espera é um mundo tumultuoso, vivo e cheio de cores, feito de formas e figuras inspira-das ao mundo do banda desenhada, da música, dos mitos e das lendas, dos ro-mances policiais… uma arte saborosa com uma perspectiva irónica que vos surpreenderá!

“Retour aux origines”

Exposição

Durante duas semanas, 18 artistas de diversas nacionalidades desenvolve-ram dezenas de projectos em colabo-ração. Num ambiente que promove a partilha de conhecimento e a aprendi-zagem entre pares, os artistas ocuparam o Convento da Saudação e diversos es-paços da cidade de Montemor-o-Novo, desde a Praça de Touros à sede da banda filarmónica da Sociedade Carlista, de-senvolvendo a sua pesquisa em estreito contacto com a comunidade.

Try Angle é um projecto europeu de pesquisa artística, liderado pela estrutu-ra portuguesa O Espaço do Tempo, em colaboração com parceiros de Marselha (Théâtre Les Bernardines) e Dussel-dorf (tanzhaus nrw). Try Angle ficou classificado em primeiro lugar entre as centenas de projectos de cooperação artística apoiados pela União Europeia ao longo de 2012.

No próximo Sábado, dia 22 de Setembro, às 17h, alguns dos projectos desenvolvidos durante este laboratório artístico serão apresentados no Teatro Curvo Semedo, num programa que continua durante o final da tarde no Convento da Saudação.

Projecto europeu Try Angle

Arte

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Este ano será estudada e interpretada a “Missa cantate Domino” a 8 vozes, de Duarte Lobo.

Radar

A história da relação entre Estado e sociedade desde a revolução francesa (1789) evoluiu, passado o período revo-lucionário, entre períodos de restaura-ção monárquica e regresso à forma re-publicana.

O Estado agiu no essencial como sim-ples defensor (polícia, exércitos) dos in-teresses dominantes. A sua autonomia em relação a essa classe era reduzida, senão nula. Após revoluções, guerras e períodos de instabilidade social, os Es-tados ocidentais ganharam margem de manobra.

Mas sobretudo o Estado assume pro-gressivamente outras funções: edu-cação (a escola pública obrigatória e gratuita para todos: França, 1881); segu-rança social universal (saúde, velhice, desemprego, apenas generalizada em 1930 e 1946 na França e em 1942 na GB).

Essas instituições surgem perante a evidência que a pacificação social só se-ria possível através dum compromisso negociado.

Assim nasce o Estado social, o “welfa-re state”. Embora os interesses dominan-tes tenham conservado a preponderân-cia relativa, os processos democráticos aprofundam-se (direito de voto uni-versal), a “repartição dos benefícios” do crescimento equilibra-se de modo me-nos desfavorável para o mundo do tra-balho.

Após trinta nos de crescimento rá-pido, a crise petrolífera (1973) vem dar azo a que o “compromisso histórico” seja posto em causa. A deslocalização da produção para os países com salários miseráveis e a financiarização da eco-nomia (anos 90) vêm pôr em dúvida a pertinência do nível “nacional” em que se movem os Estados.

Estes perdem capacidade para deci-dir as orientações económicas, sociais e políticas. Paradoxalmente, ao perderem eficácia efectiva, os Estados fecham-se sobre eles mesmos, tornam-se detento-res de interesses próprios e, ao reduzi-rem as prestações sociais, separam-se das sociedades.

Se dantes governavam as sociedades, agora os Estados “governam-se” à cus-ta das sociedades. É o que constata J. Habermas: os Estados-nação entraram numa profunda crise de legitimidade.

Ou seja, os benefícios que as socieda-des obtinham dos Estado em troca do poder e dos meios que lhe confiavam esgotam-se, e as populações sentem-se cada vez mais espoliadas.

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora14 de Setembro 2012

[email protected]

Um olhar antropológico

Nas garras do novo Leviatã

91

JOSÉ RODRiGuES DOS SAntOS*Antropólogo

Feira D’Aires - pavilhão esgotado para ouvir Carminho

A Feira D’Aires 2012, em Viana do Alente-jo, fechou dia 24, com uma grande noite de fado. A tenda dos espetáculos encheu para o espetáculo de Carminho que en-cerrou o certame este ano. Foram mui-tos os que passaram no último fim-de-semana (21 a 24 de setembro) pela Feira D’Aires, organizada pela Câmara Munici-pal e Junta de Freguesia local.

O certame que alia o profano ao sagra-do fez nesta edição 261 anos e tornou-se, há muito, um local privilegiado para as empresas e particulares, nomeadamente da região promoverem os seus produtos e serviços. Este ano, apesar das dificulda-des económicas, não houve um decrésci-mo do número de expositores. Participa-ram perto de 80 expositores espalhados por três mil metros quadrados, dos quais cerca de 50% eram do concelho.

Na inauguração oficial da feira, dia 21, estiveram presentes entidades locais bem como muitos visitantes. Para além dos agradecimentos a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, participam na feira, no discurso de abertura, o presiden-te da câmara, Bernardino Bengalinha Pinto, e apresar do contexto difícil, salien-tou “a aposta feita pelo município num evento com tradição centenária, natural-mente com alguns ajustes no que toca ao

terminada mais uma edição da feira, o balanço foi positivo

XV Jornadas Internacionais Escola de Música da Sé de Évora

A Associação Eborae Mvsica promove, en-tre 4 e 7 de Outubro as XV Jornadas Inter-nacionais “Escola de Música da Sé de Évo-ra”. O programa integra uma Conferência por Paulo Estudante e Concertos, no dia 6, por “Officium – Grupo Vocal”, direção de Pedro Teixeira e por “Contrapunctus” (In-glaterra), direção de Owen Rees e, no dia 7, o Concerto de Encerramento pelos par-ticipantes. Os ateliers são orientados por: Peter Phillips, Armando Possante e Paulo Lourenço, com acompanhamento ao pia-no por Nicholas McNair.

Este ano será estudada e interpretada a “Missa Cantate Domino” a 8 vozes, de Du-arte Lobo, numa iniciativa que tem como objectivos divulgar o espólio da Escola de Música da Sé de Évora (sécs. XVI e XVII), (Frei Manuel Cardoso, Duarte Lobo, Diogo Dias Melgaz, Estêvão Lopes Morago, etc…); dar a conhecer formas de abordagem dife-rentes deste reportório; aprofundar técni-cas vocais de interpretação; criar um es-paço de intercâmbio de saberes, vivências e culturas; criar um espaço de abertura à participação da Comunidade.

Os destinatários são Directores de Coros, Membros de Coros, Profissionais e Amado-res de Canto, Professores de Música e ou-

A grande polifonia volta em Outubro

tros interessados.O programa das XV Jornadas Internacio-

nais inclui a realização de Concertos, na Sé de Évora, no dia 6, às 18h00, por “Officium – Grupo Vocal”, direção de Pedro Teixeira e dia 6, às 21h30, por “Contrapunctus” (Ingla-terra), direção de Owen Rees e no dia 7, às 17h00, o Concerto de Encerramento (Coro Polifónico Eborae Mvsica, direção de Pe-dro Teixeira, e Coro dos Participantes, dire-

ção de Peter Phillips, Armando Possante e Paulo Lourenço. No dia 4, às 10h15 realiza-se, no Convento dos Remédios, a Conferên-cia pelo Professor Paulo Estudante “ Vozes e charamelas no seio das igrejas ibéricas dos séculos XVI e XVII”, com entrada livre e, às 14h15, uma Visita guiada pelo Dr. Jor-ge Raposo ao Museu de Arte Sacra (antigo Colégio dos Moços da Sé de Évora) e obras dos Arquivos da Sé de Évora.

orçamento, nomeadamente ao nível dos espetáculos”. O autarca disse ainda que “o executivo pretende que a feira seja, cada vez mais, uma montra do tecido empre-sarial do concelho e da região”.

Em termos culturais, no palco da ten-da da gastronomia houve dança, tunas, cante da terra e cante vizinho e ainda o III Festival de Folclore Feira D’Aires, no domingo, com a presença de três ranchos.

Na tenda dos espetáculos, antes da atu-ação de Carminho, na segunda-feira, pas-saram João Seilá e Mariana Domingues

na sexta-feira, e Freddy Locks, no sábado. Em termos religiosos o ponto alto teve

lugar no domingo, à tarde, com a missa e procissão em torno do Santuário.

Terminada mais uma edição da feira, o balanço foi positivo quer pelo número de expositores, quer também pela afluência de visitantes que ao longo dos quatro dias passaram pelo certame. Mais uma vez se confirmou também a presença de muitos vianenses que, vivendo fora, voltaram nesta altura para rever familiares e ami-gos e marcar presença na feira.

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A acompanhar a cantora estão João Farinha, no Fender Rhodes e eletrónica e André nascimento, na eletrónica.

Radar

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Maria João abre temporada de música Melodea no Fórum Eugénio de Almeida

A criatividade e irreverência de Maria João, uma das intérpretes mais notáveis do panorama musical português, marca o arranque da temporada de música Me-lodea da Fundação Eugénio de Almeida. O concerto, agendado para 6 de outubro, intitula-se Maria João & As Aventuras das Abelhas e é um dos mais recentes proje-tos musicais da cantora.

Nas palavras de Maria João, “Sinto sem-pre muita dificuldade em explicar a mú-sica usando as palavras, alinhadas umas a seguir às outras em fila indiana, cheias de significado e coerência. Há sempre um qualquer acontecimento que começa uma ideia, ou alguém.

Neste caso tudo começou com este mú-sico, o João, que eu encontrei uma vez, cheio de ideias, usando outros sons de ou-tros instrumentos musicais, outras ideias de coisas que queria fazer e que eu tam-bém queria mas não sabia bem como...”. A acompanhar a cantora estão João Fari-

O concerto, agendado para 6 de outubro, intitula-se Maria João & As Aventuras das Abelhas

nha, no Fender Rhodes e eletrónica e An-dré Nascimento, na eletrónica.

O Latin Jazz é a proposta da Fundação Eugénio de Almeida para o sábado de 3 de novembro. Em Mulata de Arroz, Adriana Miki apresenta o seu novo trabalho dis-

cográfico, produzido por Sérgio Crestana, que conta com a participação de Paulo Barros ao piano, Desidério Lázaro nos sa-xofones tenor e soprano e clarinete, Joel Silva na bateria e o convidado especial João Moreira no Fluegel Horn.

Descendente de japoneses e natural do Brasil, Adriana Miki já atuou em Nova Iorque, Espanha, Alemanha e Holanda, bem como em diversos palcos nacionais.

Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva, músicos completos, multifacetados e inovadores, atuam a 8 de dezembro com o concerto Segredo Bem Guardado. Cris-tina solta-se das amarras do Fado, que a notabilizou, e parte em busca de outros sons, de outras interpretações.

João Paulo, pianista compositor, dis-tinguido com os prémios Médaille d’ Or, Prix Jacques Dupont, Prix d’ Excellence e Prix de Perfectionement, é um dos raros talentos que imprimem magia nas suas apresentações.

Doze anos depois de um primeiro en-contro e de um percurso tecido por mui-tas músicas e “aventuras”, como a recente ousadia de cantar Schumann, Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva re-encontram-se em concerto. Com eles, estarão as palavras de Baudelaire, Vas-co Graça Moura ou Chico Buarque, e as composições de Schumann, Fausto, José Afonso, José Mário Branco ou Mário La-ginha.

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Homem sério e responsável oferece-se para trabalhar em quintas (tratar de animais, horta, jardim , etc.) Contato: 936003339

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outros

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geometria desCritiva Explicações e preparação para exame ContaCto: 967291937

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engenheiro topogrÁfiCo (Licen-ciatura anterior a Bolonha) Procuro emprego. ContaCto 963886522.

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SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

O Clube de Badminton de Évora iniciou no passado dia 18 de Setembro mais uma época des-portiva 2012/2013, este ano com aposta renovada na formação de crianças e jovens, mas também retomando a competição no cir-cuito da Federação Portuguesa de Badminton, após mais de 15 anos de interregno na cidade de Évora!

Para tal, o CBE conta com a colaboração deJoão Fragoso, treinador alentejano de Mora, com vasta experiência e conhe-cimento na modalidade, quer enquanto dirigente no CBM, jogador, árbitro internacional, mas também como treinador credenciado. João Fragoso tem a missão de preparar um alargado conjunto de atletas, em diferen-tes categorias, para a competição oficial deste ano.

Esta aposta na contratação de um Treinador credenciado é con-

siderada fundamental para a Di-reção do CBE, dando assim mais um passo para o desenvolvimen-to sustentado do Clube e da mo-dalidade no concelho de Évora.

É objectivo do CBE reforçar o potencial técnico do clube, por um lado proporcionando for-mação aos seus técnicos colab-oradores, mas por outro lado, abrindo as suas portas a finalis-tas ou jovens licenciados na área da educação fisica que queiram aprofundar conhecimento sobre esta modalidade.

No que diz respeito à formação de crianças e jovens, continua a ser outra das apostas para a Direção do CBE, prosseguindo por isso o desenvolvimento do Centro de Formação Desportiva de Badminton integrado no Pro-grama Jogar + da CME. O CBE está ainda, junto de algumas in-stituições particulares de ensino básico da cidade, a desenvolver

esforços para integrar o Badmin-ton como “Actividade Extra-Cur-ricular”, alargando assim, vasta-mente, a sua base de captação de crianças e jovens.

Os treinos de jovens (+12) e sé-niores arrancaram no passado dia 18, na Escola Conde Vilalva (terças e quintas, entre as 21h00 e as 22h30), e o Centro de Forma-ção Jogar + arrancou no passado dia 24 na EBI da Malagueira, mantendo-se os horários da épo-ca passada (segundas e quintas, 18h00-19h00).

Espera-se também conseguir concretizar este ano um sonho, e uma cada vez mais premente necessidade do Clube de Bad-minton de Évora, através da obtenção de um espaço Sede, através do qual toda a diversa atividade que está a desenvolver possa ser potenciada, nomeada-mente a componente técnica, de divulgação e de formação.

Vendas Novas

Dia mundial do coraçãoComo forma de assinalar o Dia mundial do coração o Município de Vendas Novas organiza no pró-ximo dia 30 de setembro (domingo) um passeio pedestre pelo campo. A concentração está marcada para as 10h00, no largo da Câmara Mu-nicipal sendo o percurso, que durará cerca de uma hora, feito nos terrenos da Escola Prática de Artilharia (EPA). A juntar a todas estas aliciantes o facto de a prática de exercício físico contribuir para manter um coração saudável, logo uma vida mais longa, é razão suficiente para que os vendasnovenses se juntem nesta causa, num concelho que por si só já tem tradição nas caminhadas pedestres. A iniciativa insere-se no programa de comemora-ções do 50.º aniversário da elevação de Vendas Novas a concelho e no conjunto de atividades que se realizam a nível nacional.

Badminton de Évora iniciou mais uma época desportiva

Desporto

Arquivo | D.R.

A Feira de S. Francisco regressa ao Parque de Feiras e Exposições de Redondo nos dias 4, 5 e 6 de outubro, cumprindo-se assim uma tradição centenária da vila, cuja dinâmica contribui para o desenvolvimento das atividades económicas e cult-urais do concelho.

Mantendo-se fiel à tradição, este evento integra as habituais diversões, uma variada oferta nos setores do vestuário e calçado e ainda a Mostra de Produtos Re-gionais e a Mostra de Artesanato.

A Câmara Municipal de Re-dondo pretende com este evento cooperar positivamente para as atividades económicas locais, designadamente a olaria, o mo-biliário alentejano, a vitivini-cultura, o azeite e os produtos alimentares.

Integrada no programa da fei-ra, e à semelhança de outros anos, o Coliseu de Redondo recebe no dia 5 mais uma Corrida de Tou-ros. Aproveitamos para convidar os visitantes a “ passar” por outros pontos de interesse como são o Centro Cultural, o Museu do Vin-ho, o Museu do Barro, a Enoteca e ainda o Parque Ambiental, local onde pode desfrutar do contacto com a “Natureza” e sobretudo respirar ar puro.

Feira de S. Francisco

Redondo

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