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SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 12 de Julho de 2012 | ed. 215 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

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Estado da Nação Passos Coelho afirmou que “as mudanças são imprescindíveis, se queremos olhar para o futuro com confiança e esperança”, ontem no debate do estado da Nação, na Assembleia da República, acrescentando que “os grandes objetivos que o Governo assumiu desde a tomada de posse não serão abrandados”.

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.Passos “somos capazes de vencer as dificuldades...”

Rugby Clube Montemor CampeãoPág.13 O Rugby Clube Montemor, após as 3 etapas do Torneio Nacional de Sevens, sagrou-se Campeão de seniores desta variante. Desta for-ma, finaliza a época desportiva da melhor maneira, conseguindo ul-trapassar as barreiras que vão apa-recendo.

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“Divina Comédia” na Pedreira da GradinhaPág.12 A estreia nacional da “Di-vina Commedia”, com guião e ence-nação da finlandesa Miira Sippola, aconteceu na passada semana, na Pedreira da Gradinha, em Vila Viço-sa. A excepcionalidade do espaço en-volve, de uma forma extraordinária, este “teatro visual e físico que cava as imagens poéticas e grotescas da men-te humana”.

Celebração do Cante Alentejano, Fado e Património no Monsaraz Museu AbertoA bienal cultural Monsaraz Museu Aberto vai decorrer na vila medieval de Monsaraz entre os dias 13 e 29 de julho com um pro-grama dedicado ao Cante Alentejano, ao Fado e ao Património.

A celebração da recente escolha do fado como Património Cultural Imaterial da UNESCO e a forte afirmação da im-portância cultural, social e histórica do cante alentejano enquanto merecedor

de igual estatuto, associados à monu-mentalidade da vila de Monsaraz e des-ta região, onde o Homem vem transmi-tindo os seus hábitos culturais há cinco mil anos.

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A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial [email protected] Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Exames à moda do Relvas”

O apelo ao empreendedorismo está, fe-lizmente, a encontrar um forte eco na so-ciedade portuguesa. Já não é por ser um conceito simpático e com ares de moder-nidade, mas porque grande parte de nós já interiorizou que já não há empregos por conta de outrem, para todos, para toda a vida. E que a aposta num empreendedo-rismo informado, inovador e bem gerido, pode ser uma opção mais feliz e recom-pensadora, como projecto de vida.

Duas histórias simples que gostaria de partilhar, uma mais antiga, que está a co-meçar a ser famosa, outra mais recente e desconhecida.

O H3, o chamado hamburger gourmet, é uma cadeia criada em Portugal por 3 empreendedores – a saber, um ex-publici-tário, um ex-advogado e um ex-mediador imobiliário. Qualquer senso comum desa-conselharia, nestes tempos, a criação de uma marca no saturado mercado das refei-ções rápidas em Portugal.

Contudo a aposta na qualidade superior para refeições mais completas e saudáveis, para quem o prefere fazer num curto es-paço de tempo, levou à aposta num pri-meiro restaurante, em 2007. Cedo a pala-vra “gourmet” começou a andar na boca de todos e a dimensão do projecto é hoje um fenómeno: 38 restaurantes em Portu-gal, mais um em Madrid, outro na Polónia, dois no Brasil (São Paulo)…e a expansão internacional é para continuar! Hoje são 700 pessoas, que fazem hambúrgueres com um talento fora de série.

Há dias, deparei-me com outra história, mais humilde, mas não menos inspiradora sobre quem não se conformou com a sua situação e deu a volta à sua vida.

Um fotógrafo profissional, ‘freelancer’, com 13 anos de carreira, que enfrentava o excesso de oferta num mercado saturado, rendimentos em baixa e os trabalhos cada vez mais mal pagos, mudou de vida e criou o seu próprio negócio: entrega de produtos ao domicílio, durante a noite.

Em concreto, trata-se de um servi-ço de venda de produtos para casos de emergência, denominado “Mercearia na Hora”. Com base num pedido na internet, funciona das 20h às 4h da manhã. Desde vinhos, alimentos, comida para animais, lâmpadas, tabaco, lenha, pilhas ou pensos rápidos, há um pouco de tudo. Ao fim de seis meses de funcionamento, o balanço é “positivo”, conseguindo o empreendedor arrecadar umas centenas de euros por mês. A intenção é que o negócio cresça, atrain-do mais pessoas para trabalhar consigo na área da grande Lisboa.

São apenas 2 exemplos de pequenos projectos, inovadores e plenos de opor-tunidade, resultantes do esforço criativo dos empreendedores que serão cada vez necessárias no combate ao desemprego e para acrescentar valor para a economia portuguesa. Mostram que o empreende-dorismo não é um mito nem uma ciência oculta, acessível apenas a uma minoria de iluminados. Há que favorecer a sua multi-plicação!

Empreendedorismo: do mito à prática

cARLOS SEZÕESGestor

No momento em que escrevo esta crónica ainda se mantém a convocação da greve dos médicos. O Governo está a desenvolver as diligências para que esta greve seja descon-vocada. Pela primeira vez em mais de vinte anos os dois sindicatos, com o apoio da Ordem dos Médicos, juntam-se em coro reivindicando uma política de saúde que salvaguarde o Serviço Nacional de Saúde.

Como foi possível chegar até aqui em ape-nas um ano de governação? O atual Ministro da Saúde, é uma pessoa bem intencionada e que abraçou uma missão complexa que se traduz na redução da despesa sem colocar em causa o acesso dos Portugueses à saúde.

A questão central é que o Ministro é uma espécie de Diretor Financeiro, esquecendo que a sua responsabilidade primeira é a de definir uma Política para o setor.

Só com uma política clara podemos re-solver a questão da sustentabilidade do SNS. O Governo já deveria ter apresentado

aos Portugueses o seu plano. Em vez disso, preferiu dedicar-se exclusivamente aos cor-tes orçamentais, reforçando o valor que es-tava consagrado no memorando da Troika.

Em vez dos 550 Milhões de Euros, o Gov-erno cortou 1000 milhões em 2012! Esta decisão está na origem dos probemas que enfrentamos hoje: os Hospitais sem capaci-dade para combater as listas de espera que voltaram a crescer, a falta de medicamentos e de material consumo clínico em muitas das unidades de saúde passou a ser uma constante, o corte abrupto das horas extra-odinárias dificultou o acesso aos cuidados de saúde.

Só nos primeiros 4 meses de 2012, houve uma redução de 341.000 consultas Hospi-talares, uma redução de 330.000 consultas nos cuidados primários, uma redução de 220.000 urgências, uma redução das ses-sões de Hospital de dia, a redução da activi-dade cirúrgica.

O Governo e os sindicatos iniciaram em Janeiro de 2012 um processo negocial para resolver as principais questões das car-reiras médicas, do ato médico, do acesso ao internato, da contratação coletiva. O Governo interrompeu em 15 de Maio as ne-gociações sem nunca ter apresentado uma proposta e decidiu lançar um concurso de 2.500.000 horas médicas, equivalentes a 1700 médicos, recorrendo a empresas, com base no mais baixo preço, promovendo a instabilidade, a insegurança e desqualifi-cando o exercício da profissão.

Nos últimos dias e já com o pré aviso de greve em estado adiantado, o Governo de-cidiu anunciar na imprensa diversas medi-das que vão no bom sentido, mas sem que as formalizasse em tempo útil junto dos sindicatos. Acompanhou estes anúncios com declarações de chantagem, de condi-cionamento dos sindicatos, com ameaças, numa atitude de gerrilha que não leva a

lado nenhum. No atual contexto de profunda crise

económica, não interessa aos Portugue-ses um clima de crispação social nem de conflitualdade. Compete a quem governa promover um clima sério de concertação, apresentando propostas claras de solução para os problemas. Certamente que os sin-dicatos e os profissionais, num clima de negociação séria, saberão entender as re-strições orçamentais e propor alternativas viáveis que salvaguardem a qualidade da prestação dos cuidados de saúde através da estruturação das carreiras e da adequada inserção profissional dos jovens médicos.

Esperemos que o bom senso impere, sob pena do SNS colapsar, não por razões fi-nanceiras, mas por questões de desorga-nização sistémica e de incapacidade ges-tionária. Sem políticas adequadas o SNS, como o conhecemos, estará com toda a certeza em risco.

Serviço Nacional de Saúde em riscoAntóniO SERRAnODeputado

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Actual“infelizmente o país vai de mal a pior e o seu discurso senhor primeiro-ministro está desligado da realidade”.

Passos Coelho afirmou que “as mudan-ças são imprescindíveis, se queremos olhar para o futuro com confiança e esperança”, ontem no debate do estado da Nação, na Assembleia da República, acrescentando que “os grandes objeti-vos que o Governo assumiu desde a to-mada de posse não serão abrandados”.

O Primeiro-Ministro começou por recordar que “o caminho difícil que co-meçámos a trilhar” neste ano “nos foi em grande medida imposto por estas circunstâncias, que os primeiros pas-sos desse caminho devem conservar uma consciência viva dos perigos que então ameaçavam o nosso modo de vida e o nosso Estado social, e que po-deriam por em causa irreversivelmen-te as nossas aspirações como pessoas e como povo”.

Ao fim deste ano, “a experiência re-cente mostra como fizemos bem em definir um rumo claro, em aceitar sem hesitação as nossas obrigações interna-cionais e assumir a nossa responsabili-dade para com os Portugueses. É muito claro que um caminho menos respon-sável e mais vacilante teria conduzido a uma progressiva perda de confiança internacional nas nossas capacidades e a uma correspondente perda de contro-lo sobre o nosso destino”.

O Primeiro-Ministro sublinhou que “a rapidez e a credibilidade do nosso ajustamento nos têm valido condições de financiamento do Estado mais favo-ráveis do que eram há um ano; ou uma correção do défice externo que superou todas as previsões, a ponto de agora o Banco de Portugal estimar o equilíbrio iminente da nossa balança comercial pela primeira vez desde há muitos anos.

Mas também não ignoramos que a evolução do desemprego foi mais gra-vosa do que inicialmente se anteviu, e que precisamos de combatê-lo mais eficazmente”. “Sabemos que existem riscos consideráveis associados ao nos-so plano de consolidação orçamental, mas também sabemos que aquilo que está mais diretamente sob o controlo do Governo, isto é, as despesas das Ad-ministrações Públicas e do Sector Em-presarial do Estado, está a ser reduzido a um ritmo não menos considerável”, acrescentou.

Referindo-se à situação internacio-nal, Pedro Passos Coelho afirmou que “o último ano sinalizou, deste ponto de vista, uma orientação nova. As preocu-pações europeias são as nossas preocu-pações. Os progressos na nossa recupe-ração são progressos europeus. Agimos num concerto europeu de que fazemos parte, mas que não depende apenas da nossa vontade”, referindo com exemplo “a chamada União Bancária, que tem como propósito fundamental evitar que as dificuldades de financiamento

Governo desafia PS a envolver-se na preparaçao do Orçamento de Estado para 2013

Estado da Nação

dos Estados contagiem o financiamen-to normal das empresas e das famílias, os seus planos de investimento e os seus projetos de crescimento”.

Mas, “sobretudo - reiterou -, não po-demos pensar que os nossos problemas devem ser resolvidos por outros. Os nossos problemas são também os pro-blemas comuns europeus. A crise eu-ropeia não pode nunca ser vista como uma entidade distante, que diz respei-to a outros. As responsabilidades que assumimos, e que devemos assumir, são também parte de uma resposta co-mum”.

“um caminho menos responsável e mais vacilante teria conduzido a uma progressiva perda de confiança internacional nas nossas capacidades e a uma correspondente perda de controlo sobre o nosso destino”.Passos Coelho

O secretário-geral do PS disse a Passos Coelho que o “país vai de mal a pior” e pediu ao primeiro-ministro para que “desça à terra” e fale sobre os problemas reais dos portugueses.

António José Seguro, num discurso duro e assertivo na reação à interven-ção inicial de Pedro Passos Coelho na abertura do debate sobre o “Estado da Nação” na Assembleia da República, acusou o líder do Executivo de coliga-ção PSD/CDS-PP de não ter falado “so-bre o estado do país”, acrescentando que quem o ouviu “até parecia que ia tudo bem”.

“Infelizmente o país vai de mal a pior e o seu discurso senhor primeiro-mi-nistro está desligado da realidade. Des-ça à terra e fale do nosso país e da vida real dos portugueses”, atacou António José Seguro.

O secretário-geral do PS acusou o pri-meiro-ministro de fazer um discurso de “autoelogio e de autossatisfação”.

“Disse que o seu Governo fez um ba-lanço e que concluiu que estamos no bom caminho. Mas estamos no bom caminho com 823 mil desempregados, dos quais 160 mil são jovens e 116 mil são jovens licenciados”, questionou.

“Há mais de 70 mil portugueses a emigrarem por ano, mas para o primei-ro-ministro estamos no bom caminho (...), há 6228 famílias insolventes no primeiro trimestre do ano, mas para o primeiro-ministro estamos no bom ca-minho, há mais 18 mil novos pedidos

de rendimento social de inserção, mas para o primeiro-ministro estamos num bom caminho, há milhares de peque-nas e médias empresas sem financia-mento, mas para o primeiro-ministro estamos no bom caminho”, relatou.

Em seguida, António José Seguro fez um ataque à política de nomeações do Governo, o que suscitou fortes aplausos entre os deputados socialistas.

“Senhor primeiro-ministro, no bom caminho podem ir alguns seus com-panheiros de partido, que depois das privatizações vão para a EDP e REN. No bom caminho podem ir as pessoas que o senhor nomeou para as Águas de Portugal, para a Caixa Geral de Depó-sitos, mas no bom caminho não vão os portugueses, nem vai Portugal”, disse.

Seguro confrontou Pedro Passos Co-elho com os resultados da política de austeridade no momento em que a meta de défice está em risco no final deste ano.

“Responda aos portugueses: Para que valem os sacrifícios que estão a fazer? O que falhou na sua receita de austerida-de a qualquer preço?”, questionou.

O secretário-geral socialista obser-vou que os mais recentes dados da exe-cução orçamental apontam para uma derrapagem na ordem dos dois mil mi-lhões de euros no final do ano.

“É preciso que diga com clareza que medidas adicionais vai tomar este ano para corrigir a sua derrapagem orça-mental, o seu desvio colossal”, insistiu.

António José Seguro…ataca”desça à terra, o país vai de mal a pior“

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“Fomos duas pessoas e 100 euros não devem ter chegado para pagar o transporte e a alimentação”.

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Luís Godinho | Texto

Os doentes psiquiátricos de Beja que ne-cessitam de internamento vão continuar a ser transferidos para Lisboa mesmo de-pois de o novo edifício do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental começar a funcionar, no próximo mês. O Ministério da Saúde gastou cerca de 3 milhões de eu-ros na construção do novo edifício, cujas valências incluem 17 camas para inter-namento, mas a falta de psiquiatras obri-ga a que os doentes agudos sejam trans-portados para o Hospital Júlio de Matos, a 180 quilómetros de distância.

“Só poderemos abrir a unidade de in-ternamento quando a equipa de médicos psiquiatras necessária estiver constituí-da”, diz Margarida da Silveira, presidente do conselho de administração da Unida-de Local de Saúde do Baixo Alentejo (UL-SBA), acrescentando ser imprescindível a contratação de mais quatro médicos, in-cluindo um pedopsiquiatra.

“Temos efetuado múltiplas diligências para recrutar médicos e iremos lançar um procedimento concursal para o efei-to”, revela. O problema é a falta de espe-

Doentes psiquiátricos de Beja internados em Lisboa devido à falta de médicos

cialistas no interior. “É uma dificuldade que vem de trás e que faz com que muitas pessoas tenham de recorrer a um ou ou-tro psiquiatra privado que se desloque à região. A resposta do Serviço Nacional de Saúde não pode ser esta”, considera Luís Gamito, vice-presidente da Associação Psiquiátrica do Alentejo (APA).

Os mais de três mil doentes que recor-

rem anualmente ao Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da ULSBA es-tão a ser assistidos por um psiquiatra apo-sentado, de 72 anos, uma pedopsiquiatra e uma médica recentemente contratada como prestadora de serviços para fazer um horário de 16 horas semanais. Além das consultas externas, a equipa tem de fazer urgências, efetuar exames médico-

legais e dar apoio à comunidade.“É um número muito insuficiente para

as necessidades”, refere Luís Gamito, clas-sificando como “bizarra” a necessidade de transportar para o Júlio de Matos os doen-tes que necessitam de internamento. “É algo completamente sem sentido mas é isso que acontece”.

Enquanto esteve internado em Lisboa, Manuel (nome fictício) poucas vezes foi visitado pela família. “De comboio ou de autocarro é um dia de viagem e os bilhetes estão caros. Fomos duas pessoas e 100 euros não devem ter chegado para pagar o trans-porte e a alimentação”, diz um familiar. “Aqui em Beja estava mais acompanhado”.

De acordo com o vice-presidente da APA, o problema poderá ser resolvido a médio prazo se o Ministério da Saúde “fechar o acesso a psiquiatras em deter-minados serviços, designadamente em Lisboa, que têm um número mais do que suficiente” para assegurar o respetivo funcionamento. “Isso não tem sido feito pois acaba sempre por surgir uma vaga perto de Lisboa mas seria a maneira de le-var os jovens médicos [para o interior do país]”, conclui o especialista.

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Bispo de Beja recomenda aos fiéis que ajudem “a moderar alguns projetos festivos muito dispendiosos”.

O bispo de Beja alertou os responsáveis das comissões de festas para a necessi-dade de exigirem os comprovativos das despesas e pediu-lhes para restringi-rem os custos, dada a situação econó-mica difícil em Portugal.

“Alguns artistas e fornecedores nem sempre passam as faturas e recibos le-gais”, pelo que a comissão paroquial encarregue dos assuntos económicos “deve estar atenta, para não colaborar com ilegalidades”, sublinhou D. Antó-nio Vitalino na sua nota semanal.

O responsável frisa que “no caso de haver uma única comissão de festas, credenciada pela diocese, é obrigatória a apresentação de contas à comissão fa-briqueira, que deverá verificar se foram cumpridos os deveres cívicos”. O prela-do critica o facto de “muitas comissões” referirem “o nome das paróquias e dos santos” nos cartazes de divulgação das festas, classificando-as de “religiosas”, mas mencionarem “apenas a missa e a procissão num cantinho” e estam-parem “a imagem religiosa, ao lado de muitas diversões profanas”.

D. António Vitalino aconselha as es-truturas católicas a dedicarem-se ex-clusivamente à preparação da vertente espiritual, “separando as águas do reli-gioso e do profano, quando isso for pos-sível”, o que não significa que os fiéis se “ponham de parte do ambiente de festa, mas que se responsabilizem por aquilo que é da sua competência”.

“Seria bom que a comunidade paro-quial assumisse a organização dos atos especificamente religiosos e uma outra comissão de festas se responsabilizasse pelos outros, sobretudo quando estes pouco têm a ver com a devoção popu-lar e implicam custos exagerados para

Apelos à gestão eficiente dos recursos em acordo com a situação do país

o meio”, observa.Esta sugestão “não significa que as

duas partes estejam de costas voltadas e entrem em competição”, frisa o bispo, que realça a necessidade de purificar a piedade popular de “alguns aspetos menos edificantes e construtivos de uma sã convivência”, objetivo que pre-cisa de “paciência e muita persistên-cia”.

O responsável salienta que parte dos recursos da Igreja deveria ser canali-zada para “ações de solidariedade e de partilha fraterna” devido à “crise que o país atravessa” e por isso recomenda aos fiéis que ajudem “a moderar alguns projetos festivos muito dispendiosos”. “Com estas advertências não preten-do ser desmancha prazeres ou causar medo a quem, com muito esforço e de-dicação, organiza as festas”, aponta D. António Vitalino.

Igreja Católica tem de recusar ilegalidades

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A cerimónia de entregas dos prémios ‘Terras Sem Sombra’ 2012, promovida pela Igreja Católica, contou com a execução de obras de Verdi e Puccini e um balanço da temporada do festival homónimo de música sacra. O evento reuniu os principais intervenientes da iniciativa organizada pelo Depar-tamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja (DPHA).

Os troféus foram entregues pelo secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, às

três individualidades laureadas nas categorias de promoção da música, investigação do património cultural e conservação da biodiversidade: a soprano grega Dimitra Theodossiou, a museóloga e investigadora portugue-sa Maria Helena Mendes Pinto e o bió-logo espanhol Miguel Ángel Simón.

Para o diretor artístico do Festival ‘Terras sem Sombra’, Paolo Pinamon-ti, apesar da crise é possível verificar o “crescimento do projeto em termos de programação e pela adesão do

público”.O prémio internacional ‘Terras

Sem Sombra’ foi criado em 2011 e destina-se a homenagear pessoas ou instituições que se tenham salienta-do, a nível internacional, nas áreas que compõem o campo de ação do festival. O galardão consta “de um diploma e de uma obra de arte enco-mendada a um artista português, este ano, a designer Beatriz Horta Correia”, assinala o comunicado da organiza-ção.

Prémio Terras sem Sombra ao som de Verdi

“separando as águas do religioso e do profano, quando isso for possível”.D. António Vitalino D.R.

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O Clube de Ciclismo de Évora (CCE) pro-moveu no passado dia 30 de Junho, pela feira de S. João, o seu primeiro passeio de ciclismo na cidade, que juntou os aman-tes da modalidade com os ciclistas profis-sionais da Carmim/Prio/Tavira, equipa vencedora das últimas quatro edições da Volta a Portugal.

Não faltou ao evento o vencedor da Vol-ta em 2011, Ricardo Mestre, que elogiou a iniciativa. “É sempre muito positivo par-tilhar a nossa experiência com os adeptos da modalidade. Vamos ter agora apoian-tes de Évora a puxar por nós”, referiu o ci-clista algarvio.

O Passeio de S. João / Monsaraz Millen-nium, organizado pelo CCE, com o apoio da Carmim, Câmara Municipal de Évora, Junta de Freguesia da Malagueira, Clube de Ciclismo de Tavira, Santana Seguros, Liberty Seguros e Restaurante Jardim do Paço, teve inicio pelas 09h15 junto à Arena d‘Évora. Mais de 70 ciclistas peda-laram depois ao longo de 60 quilómetros

Passeio junta ciclistas amadorescom campeões da Volta a PortugalEvento organizado pelo clube de ciclismo de Évora

pelas avenidas e ruas da cidade de Évo-ra, pela zona de Espinheiro, Canaviais, Graça do Divor, Guadalupe e Valverde. Durante o trajecto houve alguns desa-fios, fugas, momentos de boa disposição e troca de experiências com os 12 ciclis-tas de Tavira. Além do trepador Ricardo

Mestre, a equipa campeã trouxe a Évora o sprinter Samuel Caldeira, mas também Valter Pereira, Tomas Swift Metcalfe, Nelson Vitorino, Luís Silva, João Pereira, Henrique Casimiro, Diogo Nunes, David Livramento, Daniel Mestre e Amaro An-tunes. A chegada a Évora do pelotão teve

lugar pelas 12h00. Não faltaram as fotos da praxe entre todos os participantes e a foto de família entre os ciclistas e sócios dos clubes de Évora e Tavira.

Seguiu-se depois o almoço/convívio entre os participantes e organizadores no restaurante Jardim do Paço. No final o presidente do Clube de Ciclismo de Ta-vira, Luís Constantino ofereceu uma ca-misola amarela autografa por todos os ci-clistas profissionais ao Clube de Ciclismo de Évora.

“É importante a participação nestes pas-seios das equipas de elite do ciclismo por-tuguês para a promoção da modalidade. São contactos únicos e uma partilha de experiências que ficará na memória de muitos de nós. A boa disposição e o con-vívio que todos os ciclistas profissionais promoveram ao longo desta jornada de ciclismo fará com que a maioria dos parti-cipantes no passeio apoiem agora o Clube de Tavira nas suas provas, em particular na próxima Volta a Portugal”, frisou o pre-sidente do CCE, Alexandre Silva.

Com este evento, o Clube de Ciclismo de Évora encerra os primeiros seis meses de actividade de 2012.

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não faltou ao evento o vencedor da Volta em 2011, Ricardo Mestre, que elogiou a iniciativa.

De 27 a 29 de Julho, Avis vai receber mais uma edição da Feira Franca que, como habitualmente, leva a todos os visitan-tes muita música, atividades desportivas, exposições, mostra de artesanato, tasqui-nhas e fogo-de-artifício.

Os concertos, com um naipe de esco-lhas relevante, serão um dos momentos altos do certame promovido pelo Municí-pio de Avis, com o apoio das Freguesias, Associações e Coletividades Locais.

Ao palco principal, instalado no Parque de Feiras e Exposições, chegará, na noite de sexta-feira, o músico, cantor, compo-sitor, baixista e guitarrista TIM, para um espetáculo de música portuguesa, numa revisitação dos seus êxitos a Solo e um ou outro tema do consagrado grupo Xutos & Pontapés, que ele próprio ajudou a fundar.

No segundo dia de Feira, sábado, as atenções estarão viradas para os The Gift, bem conhecidos do público português, que prometem atrair milhares de pessoas ao recinto para ouvirem temas dos seus álbuns Fácil de Entender e Explode, entre outros que marcam a sua carreira, uma das mais bemsucedidas no panorama da

música pop rock portuguesa.O encerramento da Feira Franca de

Avis 2012 será, no domingo, ao som dos Terrakota, cuja música, alicerçada nas sonoridades orgânicas de África Negra misturadas com as sonoridades frescas das Caraíbas, Índias e Oriente, estará em evidência, ao propor uma grande varie-dade de ritmos e fusões de influências reggae, sons do sahel, música mandinga, wassolou, chimurenga sound, música árabe, ritmos afro-cubanos ou soukous e também o uso de uma grande variedade de instrumentos, provenientes dos vários pontos do globo, desde as congas ao djam-bé ou didjeridoo, além dos habituais bai-xo, guitarra e bateria.

No palco secundário existirão outros motivos de interesse, com as danças e os sons tradicionais do folclore ou dos diver-sos Grupos de Cantares do Concelho, entre outros. Madrugada fora de sexta e sábado, os Dj’s Ricardo Lino, Gao Percursion, Mi-guel T e Tom Miguel T, Tom estarão em ação na festa rave Avis House Party.

Razões de peso para uma deslocação a Avis, no último fim-de-semana de Julho.

Feira Franca de Avis 2012 volta a ter um cartaz aliciante

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A comitiva britânica, é composta por 43 elementos, entre atletas e equipa técnica e fica ate 23 Julho.

A seleção olímpica de remo da Grã-Breta-nha escolheu a Albufeira do Maranhão para a fase final de preparação para os Jo-gos Olímpicos de Londres, que decorrem de 27 de Julho a 12 de Agosto.

A comitiva britânica, que é composta por 43 elementos, entre atletas e equipa técnica, permanecerá em Avis de 8 a 23 de Julho, naquele que é um período de-terminante na preparação para os Jogos Olímpicos de Londres 2012.

A equipa de remo britânica encontra-se entre as mais prestigiadas da modali-dade, sendo apontada como a favorita à conquista das medalhas que estarão em disputa, de 28 de Julho a 4 de Agosto, perí-odo em que se realizam a provas de remo no Lago Dorney, em Eton.

O remo é, de facto, a modalidade olím-pica mais mediática na Grã-Bretanha e aquela que mais medalhas tem conquis-tado para o país, que conta no seu palma-rés olímpico com 24 medalhas de ouro, 20

Equipa de Remo da Grã-Bretanha prepara Olimpíadas em AvisAvis acolhe, desde o passado Domingo, selecção Olímpica de Remo inglesa

de prata e 10 de bronze, sendo mesmo a única modalidade em que o país conquis-tou sempre o ouro em todas as edições dos Jogos Olímpicos desde 1984.

A seleção de remo britânica é liderada pelo treinador alemão Jürgen Gröbler, que desde 1990 levou os remadores britânicos

à conquista de 16 medalhas de ouro olím-picas, feito nunca alcançado por nenhum outro treinador da modalidade. Destaca-se também a presença em Avis do shell de 4 campeão olímpico desde 2000, que se prepara para revalidar o título, bem como do shell de 8 que não consegue ven-

cer desde os Jogos Olímpicos de Sidney e que dará o “tudo por tudo” para conquis-tar o primeiro lugar do pódio “em casa”. Da tripulação do shell de 8 faz parte Greg Searle, campeão olímpico em Barcelona, em 1992 e que aos 40 anos, se prepara a reconquistar o título.

Ao longo do período de estágio, sobretu-do durante o período da manhã, o Com-plexo do Clube Náutico de Avis será o lo-cal ideal para quem quiser acompanhar o treino destes atletas de alta competição, sendo que os treinos competitivos pode-rão deixar antever as disputas que terão lugar durante os Jogos Olímpicos.

Embora Avis seja há já algum tempo o local de eleição para a realização de es-tágios da equipa britânica de remo bem como de outras da elite mundial da mo-dalidade, a presença daquela que é con-siderada uma das melhores mas também das mais exigentes equipas de remo do mundo na reta final de uma importante fase de preparação para os Jogos Olímpi-cos é muito prestigiante para o Concelho e evidencia as condições únicas da Albu-feira do Maranhão, do Concelho de Avis e do Herdade da Cortesia Hotel.

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ExclusivoPreferência dos consumidores em relação a produtos sem químicos nem pesticidas aumentou.

Luís Godinho | Texto Telmo Teixeira é formado em sociologia e trabalha com computadores. Filipa Quadrado, a mulher, nasceu em Lisboa e sempre viveu na cidade com o “bichi-nho” da terra. É engenheira do ambiente, trabalhou num banco, andou pelos Aço-res a observar a pesca do atum e os dias passados no mar deram-lhe a certeza que o trabalho de escritório não era, de todo, a sua vocação.

Depois de muito pensarem decidiram mudar de vida. E há um ano lançaram-se na agricultura biológica. “Não cresce-mos a pensar que iríamos ser agricultores, nada disso. Mas talvez por não estarmos particularmente satisfeitos com o nosso emprego e estarmos mais atentos à evo-lução dos tempos acabámos por nos inte-ressar por esta área e decidimos mudar de vida”, conta Filipa. Há um ano nasceu o “Casal Hortelão”, um dos 3300 produtores biológicos existentes no país.

Em Portugal existem 2434 produtores

Alentejo é a região do país com mais produção biológica

Em Portugal existem 2434 produtores biológicos de hortícolas e frutícolas

biológicos de hortícolas e frutícolas e 937 pecuários (513 dos quais no setor bovino). O Alentejo é a região do país com mais produção biológica, tanto em número de produtores (963) como de área explorada, seguida de Trás-os-Montes e da Beira In-terior.

Telmo e Filipa dedicam-se à agricultu-ra em meio hectare de terreno na zona de Sintra. Ele faz a montagem da rega e da luz, a manutenção das ferramentas e tra-ta da maquinaria. Ela trata da sementei-ra, das colheitas e das ervas daninhas. “Às vezes com a ajuda de uma ou outra ave que por ali passa”.

Numa grande parte da quinta têm cul-tivado tremoço e fava, duas leguminosas destinadas a fazer “adubação verde” (adu-bar o solo) na primavera. Na estufa têm beterraba, rabanetes, ervas aromáticas, aipo, couves lombarda e portuguesa, en-tre outros produtos. “Dá para irmos man-tendo”, refere Filipa Quadrado, acrescen-tando que a atividade agrícola “não foi completamente estranha” uma vez que os pais também têm pequenas parcelas. “Não custa quando se gosta, estou lá todos os dias”.

“Não faz sentido a agricultura não ser biológica. Acreditamos que no futuro as

produções serão biológicas e idealmente locais. Há imensos terrenos abandonados para isso, alguns dos quais até pertencen-tes ao Estado”.

Para o presidente da Associação Por-tuguesa de Agricultura Biológica (Agro-bio), Jaime Ferreira, mais do que “estar na moda”, existe “cada vez mais” a preferên-cia dos consumidores em relação a pro-dutos nos quais não se utilizam químicos nem pesticidas. “Ao ser reconhecido o va-lor dos produtos biológicos surgem mais pessoas interessadas em os produzir”.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, o número de produtos bio-lógicos duplicou nos últimos cinco anos, sendo que existem mais de 210 mil hec-tares de explorações agrícolas neste modo de produção.

“Ao agricultor biológico exige-se uma atitude diferente para com o ambiente e para com o consumidor. Ao não utili-zar uma série de substâncias químicas e ao tratar o solo de uma forma diferente, sem pesticidas, tem um compromisso e uma responsabilidade diferente, origi-nando um produto de melhor qualida-de”, sublinha Jaime Ferreira, apontando a comercialização, em particular a efe-tuada através da grande distribuição,

FormaçãoExistindo terreno para iniciar a atividade agrícola, o primeiro passo é a formação. A Agrobio, por exemplo, promove a reali-zação de vários cursos de agri-cultura biológica. O próximo, em horário pós-laborar, começa dia 13 de fevereiro no Jardim Botânico em Lisboa.

ConceitoAqui não se recorre à aplicação de pesticidas, adubos químicos ou antibióticos, nem se utili-zam produtos geneticamente modificados. O objetivo é pre-servar o ambiente e salvaguar-dar a saúde dos consumidores, que não ficam expostos aos resíduos químicos existentes nos produtos.

EcologiaA criação de habitats e a manu-tenção da diversidade genética e agrícola é uma das metas de um processo produtivo onde se fomenta o uso eficiente da energia e se preservam as pai-sagens e os recursos naturais.

ComercializaçãoLevar os produtos ao conheci-mento dos consumidores é um dos grandes desafios. A Inter-net pode dar uma ajuda. Mas por todo o país há igualmente mercados tradicionais e outros especificamente dedicados à produção biológica.

Como ser agricultor biológico

como um dos “calcanhares de Aquiles” dos produtores.

Segundo o presidente da Agrobio, o maior problema prende-se com o preço, dificuldade igualmente sentida pelos pequenos agricultores convencionais. “Não existe produção suficiente nem con-sumidores para os produtos estarem nas grandes superfícies, feitas para vender em grande escala, onde se joga com o tempo que o produto fica na prateleira”.

São fatores como este que inflacionam o preço dos biológicos e afastam alguns consumidores. Em média, um produto biológico deveria ficar cerca de 20 a 30 por cento mais caro do que um convencional. “Nunca o dobro ou triplo, como se encon-tra nalguns locais”.

D.R.

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na casa Monsaraz vai estar patente o ateliê de trabalho ao vivo “Oficina da terra”. tiago cabeça e

No Monsaraz Museu Aberto, certame cultural organizado pelo Município de Reguengos de Monsaraz desde 1986 e que se realiza com periodicidade bienal desde 1998, pretende-se abordar o que de melhor se faz na cultura e nas artes do espetáculo a nível nacional e internacio-nal. Este ano, a 20ª edição do Monsaraz Museu Aberto, vai abrir na sexta-feira, dia 13 de julho, pelas 19h, no Jardim da Universidade, com o espetáculo “Fado sem Palavras”, por Fernando Vintém ao piano e Inácio Santos no saxofone sopra-no, seguindo-se a atuação do Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz.

O projeto “Fado sem Palavras” é uma re-aproximação artística ao fado, por via da criação de um desequilíbrio no seu todo. Concretiza-se, por um lado, a partir da sua tradição primordial, com a utilização do piano como instrumento de acompanha-mento, que alguns autores fazem remeter ao século XIX. Por outro lado, recorre-se a um instrumento, o saxofone soprano, cuja versatilidade e aproximação à voz humana permite suavizar o desequilíbrio criado.

Após a visita às exposições patentes na bienal cultural, segue-se às 21h a inaugu-ração do Museu do Fresco. Neste museu pode apreciar-se o Fresco do Bom e Mau Juiz, pintura dos finais do século XV e descoberta em 1958 que representa a ale-goria da justiça terrena, em que o bom e o mau juiz são os elementos principais e que evidenciam as fórmulas tradicionais de isenção e corrupção humanas.

A fechar a primeira noite, a fadista Cuca Roseta atua às 22h, no Largo D. Nuno Ál-vares Pereira. Cuca Roseta lançou no ano passado o seu primeiro álbum em nome próprio, homónimo, produzido pelo mú-sico, compositor e produtor argentino Gustavo Santaolalla, autor das bandas sonoras dos filmes “Babel” e “Brokeback Mountain”, com as quais ganhou dois Ós-cares. Durante a gravação o produtor deu tempo e espaço para a voz de Cuca Roseta dizer a verdade que tem.

O resultado é uma coleção de temas que, dos mais clássicos como “Rua do Ca-pelão” ou “Marcha de Santo António”, até aos musicados como “Porque Voltas De Que Lei” (letra de Amália Rodrigues, cola-

boração do tanguero Cristobal Repetto e do próprio Gustavo Santaolalla) ou “Maré Viva” (poema de Rosa Lobato Faria verti-do para castelhano), torna este álbum um testemunho verdadeiro de uma vocação. E ainda com a mais-valia de apresentar uma fadista dona das suas próprias pa-lavras, como acontece em “Homem Por-tuguês” ou “Nos Teus Braços”. Na bienal cultural Monsaraz Museu Aberto, Cuca Roseta vai estar acompanhada por Mário Pacheco na guitarra portuguesa, Pedro Pinhal na viola de fado e Rodrigo Serrão no contrabaixo.

No dia 14 de julho, às 22h, a Praça de Armas do Castelo de Monsaraz recebe o espetáculo equestre “Povos e Tradições”. Um espetáculo interativo em que os ca-valos de trabalho nos volteios do gado se juntam às bailarinas de flamenco e a compasso dançam temas interpreta-dos por fadistas e cantores de flamenco, acompanhados dos respetivos músicos.

No domingo, pelas 18h, no Jardim da Universidade, realiza-se um torneio do jogo Alquerque. O Alquerque era jogado no antigo Egito há mais de 3 mil anos, foi introduzido na Europa no século VIII pe-los muçulmanos e o tabuleiro de jogo está desenhado em lajes dispersas por Monsa-raz. Os habitantes da vila medieval dei-xaram de jogar o jogo há mais de meio século e a autarquia está a revitalizar o Alquerque, tendo produzido réplicas des-te divertimento, considerado o antepas-sado do atual Jogo de Damas.

A partir das 22h, também no Jardim da Universidade, decorre o espetáculo “Mal-FADO ZECA”, pelo Gato Malvado Ensem-ble. Em 2010 João Rocha (trompete) e Tu-niko Goulart (guitarra) resolveram criar um projeto que pudesse ir de encontro a diversas temáticas. Endereçaram o convi-te a Vasco Ramalho (percussão) e a Tiago Sequeira (piano) e nasceu o Gato Malva-do Ensemble. Do “Gato” vêm as sete vidas e as sete notas, do “Malvado” uma clave de irreverência artística, com vontade de fazer diferente. Para o grito do “Gato” foi convidada Ondina, cantadeira de eleição com uma voz malvadamente pura.

O dia 20 de julho é dedicado à coope-ração transfronteiriça. Assim, pelas 22h,

realiza-se no Largo D. Nuno Álvares Pe-reira, o espetáculo “Sons Ibéricos”. Uma noite preenchida com o flamenco da Peña Flamenca Esther Merino, o folclore do Grupo de Dança e Coro “Fuente de La Plata” e com fados de Lina Sardinha e Jo-aquina Canete, acompanhadas à guitarra por António Barros e à viola por António José Caeiro. Tal como o fado, neste espe-táculo celebra-se igualmente a escolha do flamenco como património mundial.

A Festa do Cante nas Terras do Grande Lago decorre no dia 21 de julho, a partir das 21h, no Largo D. Nuno Álvares Perei-ra, com as atuações do Grupo Coral da Fre-guesia de Monsaraz, Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz, Gru-po Coral Associação Gente Nova de Cam-pinho, Grupo Coral da Granja, Grupo Co-ral da Luz e Granjarte - Grupo Feminino de Cantares Alentejanos da Granja. Neste espetáculo haverá também uma partici-pação especial do grupo 4 ao Sul, que re-cria os ambientes das modas alentejanas acompanhadas pelas violas campaniças usando técnicas originais, e ainda poesia com Manuel Sérgio, seguida à viola por José Manuel Farinha.

No dia 22 de julho, na Igreja de Santiago, realiza-se às 16h30 o fórum do cante alen-tejano, sob o tema “Cante e salvaguarda: um diálogo urgente”. Neste fórum parti-cipam Ana Paula Amendoeira, Presiden-te da Comissão Nacional Portuguesa do Conselho Internacional dos Monumen-tos e Sítios (ICOMOS), com uma comuni-cação denominada “Património Cultural Imaterial”, Paulo Lima, que pertence ao Comité Cientifico da candidatura do can-te alentejano a Património Cultural Ima-terial da UNESCO e que vai falar sobre “A candidatura e o plano de salvaguarda”, e ainda Ceia da Silva, Presidente da Turis-mo do Alentejo – ERT, que vai abordar a temática “Turismo Cultural”.

Pelas 22h, no Jardim da Universida-de, decorre o concerto “Guitolão: O Cante da Guitarra Portuguesa”, com António Eustáquio em guitolão e guitarra portu-guesa, acompanhado por um quarteto de cordas, que apresentará um programa composto de originais e transcrições de obras de Carlos Paredes. O guitolão, um

Celebração do Cante Alentejano, Fado e Património no Monsaraz Museu AbertoA bienal cultural Monsaraz Museu Aberto vai decorrer na vila medieval de Monsaraz entre os dias 13 e 29 de julho com um programa dedicado ao cante Alentejano, ao Fado e ao Património. A celebração da recente escolha do fado como Património cultural imaterial da UnEScO e a forte afirmação da importância cultural, social e histórica do cante alentejano enquanto merecedor de igual estatuto, associados à monumentalidade da vila de Monsaraz e desta região, onde o Homem vem transmitindo os seus hábitos culturais há cinco mil anos.

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Exclusivo

Magda Ventura iniciaram a sua atividade em 1998 na Olaria Guimarães Velho, em S. Pedro do corval.

novo instrumento musical português, é um cordofone baseado na guitarra por-tuguesa, mas com um registo mais grave. Uma sugestão de Carlos Paredes tornada realidade pelo construtor Gilberto Grácio.

O último fim-de-semana do festival Monsaraz Museu Aberto abre no dia 27 de julho, pelas 22h, com a Gala do Cante. Este espetáculo de cante alentejano e fado em homenagem a Alberto Janes e Manuel Conde vai decorrer no Largo D. Nuno Ál-vares Pereira e conta com as atuações de Cuca Roseta e António Zambujo, mas tam-bém de Mário Moita que vai apresentar “Fado das Descobertas”, uma viagem pelos países do Mediterrâneo e do Atlântico com fusão de músicas locais e fado. Na Gala do Cante participa também o Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz e haverá poesia com Manuel Sérgio, acompanhado à viola por José Manuel Farinha.

Jorge Roque & Projeto Madrugada apresentam no dia 28 de julho, às 22h, no Largo D. Nuno Álvares Pereira, um espetáculo único em que a fusão entre a sonoridade jazz/pop do grupo se junta ao fado e ao cante alentejano. Jorge Roque, que está a preparar o seu primeiro traba-lho discográfico a solo, vai ter a partici-pação neste concerto de três músicos de Reguengos de Monsaraz, nomeadamente Kajó Soares (saxofone), Herlander Medi-nas (baixo elétrico e contrabaixo) e Luís Lopes (clarinete).

A fadista Maria Ana Bobone vai fechar o Monsaraz Museu Aberto no dia 29 de julho, pelas 22h, com um espetáculo na Igreja de Nossa Senhora da Lagoa. Esta voz da nova geração do fado vai apresen-tar o seu quarto trabalho discográfico in-titulado “Fado & Piano”, que pode ser con-siderado uma celebração do fado como património mundial. Neste disco, Maria Ana Bobone, para além de cantar acom-panha-se a si própria ao piano, faz todos os arranjos, compõe temas originais, as-sina pela primeira vez algumas letras e liderou a conceção do projeto.

A bienal cultural vai proporcionar ob-servações astronómicas nos dias 14, 21 e 28 de julho, a partir da meia-noite. O Gran-de Lago Alqueva é o primeiro destino no mundo a obter a certificação Starlight Tou-rism Destination atribuída pela UNESCO e pela Organização Mundial do Turismo.

O Monsaraz Museu Aberto terá exposi-ções patentes diariamente durante as três semanas do festival. No Museu do Fresco vai estar a exposição “Monsaraz na Histó-ria”, em que o Município de Reguengos de Monsaraz pretende mostrar alguns acon-tecimentos da história de Monsaraz que permaneceram desconhecidos. Ao longo de cinco séculos, desde a Idade Média até meados do século XIX, factos como a instituição da Misericórdia, o Celeiro Co-mum, a lenda dos dotes de casamento, o texto da aclamação de D. João IV, entre outros, serão apresentados ao público através de documentos, ilustrações, foto-grafias e textos explicativos.

A Art Brut do pintor-escultor italiano Moss vai poder ser apreciada pelas ruas de Monsaraz. A exposição de escultura “Totens” apresenta estátuas, faces de ilhas longínquas, da Páscoa, da Papuásia ou tri-bos de homens nus em totem-tríptico.

Na Casa Monsaraz vai estar patente o ateliê de trabalho ao vivo “Oficina da Terra”. Tiago Cabeça e Magda Ventura ini-ciaram a sua atividade em 1998 na Olaria Guimarães Velho, em S. Pedro do Corval, maior centro oleiro do país, tendo depois decidido dedicar-se ao projeto Aldeia da Terra, um jardim de esculturas localiza-do em Arraiolos e classificado de Interes-

se Cultural pelo Ministério da Cultura. Composta por milhares de pequenas es-culturas em terracota, a Aldeia da Terra localiza-se numa área de três mil metros quadrados a céu aberto e está em perma-nente crescimento.

“Sementes do Universo”, assim se intitu-la o ateliê de pintura que Alice Alves vai apresentar na Igreja de Santiago. A nature-za que temos de proteger é a sua fonte con-tínua de inspiração e o seu objetivo é que as pessoas que veem as suas obras reflitam sobre a existência e a exigência da vida, da natureza e dos seres vivos.

Sarah FitzSimons e José Carlos Teixeira apresentam fotografia e vídeo provenien-tes de projetos recentes, cujos conceitos em comum são a relação do corpo com a arquitetura (tanto física como psicologi-camente) e a relação da arquitetura com o lugar. Para Sarah FitzSimons, lugar enquanto espaço natural, geográfico e geológico, e para José Carlos Teixeira en-quanto espaço urbano, político e históri-co. Reunidos pela primeira vez em cola-boração artística, o seu objetivo é também dialogar com a arquitetura específica e a carga histórica da Casa da Inquisição, que acolhe esta exposição. Os trabalhos que podem ser apreciados nesta mostra inti-tulada “Ponto e Coordenada” são “House for MandØ”, em que Sarah FitzSimons desenha com tubos de alumínio uma casa a três dimensões, em escala real, implantando-a numa planície de maré no Mar de Wadden (Dinamarca), e “Being Other (a new community)” que consiste num vídeo desenvolvido por José Carlos Teixeira e um grupo de colaboradores na Bienal de Kaunas 09 (Lituânia).

Na Torre de Menagem vai estar patente a exposição de fotografia “Gentes de Mon-saraz”, elaborada a partir de fotografias cedidas por diversas famílias da fregue-sia de Monsaraz e do espólio do Arquivo Municipal de Reguengos de Monsaraz. Através destas imagens pode-se percorrer décadas da história de Monsaraz e da sua memória coletiva, relembrando as gen-tes e os ofícios, alguns momentos impor-tantes e a transformação dos lugares, dos costumes, da sociedade e da vila de uma forma global.

A Casa Lagareiro recebe duas expo-sições de tauromaquia. “Mestre Batis-ta – Uma vida, um património” reúne o espólio do cavaleiro tauromáquico que nasceu em S. Marcos do Campo, freguesia do concelho de Reguengos de Monsaraz e que conquistou os aficionados pela sua forma ousada de lidar os toiros. Rapida-mente começou a lidar junto de grandes nomes da tauromaquia, tendo toureado em Portugal, Angola, Moçambique, Ma-cau, Espanha e França. Ganhou três ve-zes o prémio “Bordalo” na categoria de tauromaquia como “melhor cavaleiro”, em 1963, 1964 e 1971.

A outra mostra patente na Casa Laga-reiro é de Lucia Parra e intitula-se “Tau-romaquia”. A exposição é composta por quadros a óleo e desenhos de momentos que se vivem numa corrida de toiros. A pintora espanhola tem explorado nos úl-timos anos a pintura taurina, um gosto enraizado na sua família materna e na sua localidade de nascimento, Villanue-va del Fresno.

Uma viagem pelas paisagens, costu-mes e tradições de Monsaraz é a proposta que pode ser apreciada na Rua Direita. Trata-se de uma projeção de imagens que transporta os espetadores por recantos novos e antigos que caraterizam as vi-vências e estados de alma dos habitantes de Monsaraz.

Fotografias | D.R

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Este fim-de-semana mais concertos de bandas rock, na cerca de S. Paulo, com organização da Associação Ser Agora.

Radar

Europa dos países ricos, Europa dos países pobres, Europa do sucesso, ou do fracasso, dos “PIGS” (Portugal, Irlanda Grécia, Es-panha): esta polaridade parece começar e acabar no terreno económico.

Riqueza e pobreza, sendo relativas, im-põem o contraste com uma espécie de evidência. Contudo, a construção econó-mica e a emergência dessas diferenças resultam da acção dum pequeno número de mecanismos que são de natureza cul-tural.

A partir da ideia de liberdade de pen-samento, os protestantes vão forjar uma teologia da economia, ou se preferirmos, interpretar a economia em termos teoló-gicos. Duas ideias-força estruturam essa teologia: O Trabalho como dever ético e a Riqueza como sinal da graça divina.

Para o mundo católico, ao invés, o trabalho permanece ligado à ideia da maldição, de obrigação pela força, à qual o crente se submete por não poder pro-ceder de outro modo. Libertar-se do tra-balho é signo do poder e privilégio tanto para o Nobre (hereditário), como para o Burguês que inveja o modelo ideal da nobreza: o mundo aristocrático do Sul não trabalha.

Os Protestantes farão do Trabalho mais que um valor, uma Virtude. Decerto, a referência à Bíblia comporta a famosa maldição, mas esta é interpretada como a designação duma via para a obediência à vontade divina.

Muito cedo, o trabalho manual começa a ser visto nos países do Norte da Europa como um valor em si. O Trabalho, que o indivíduo protestante integra na sua con-cepção da “Bildung” (Cultura, em Alemão, o termo tem o sentido literal de “constru-ção” de si próprio), dignifica o trabalhador, sem distinção de natureza entre manual e intelectual.

Na Europa do Norte a mística do Tra-balho como via de salvação individual forma, para além dos conflitos, um sóli-do plano de consenso entre capitalistas, intelectuais e trabalhadores manuais. Enquanto no Norte operário e capitalista trabalham, este último tem que fazer “tra-balhar” o próprio dinheiro: nada de con-sumo ostentatório.

No Sul católico, o trabalho é maldito, o trabalhador é um pária, um “danado da terra” e o dinheiro dos ricos é para gastar em luxos.

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora25 de Junho 2012

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Um olhar antropológico

Duas Europas: 3. A mística do Trabalho e da riqueza

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JOSÉ RODRiGUES DOS SAntOS*Antropólogo

O evento Portel + Jovem encerrou no passado fim-de-semana depois de 3 dias de verdadeiro espírito de festival jovem. Integrado no mês da juventude, intei-ramente dedicado aos mais novos, este evento marca a abertura oficial das vá-rias actividades que decorrem no conce-lho de Portel durante todo o mês de Julho, e onde os mais jovens podem disfrutar de várias iniciativas.

O Portel + Jovem, decorreu durante os dias 5,6 e 7 e mesmo com as noites frias e pouco convidativas à festa, os jovens teimaram em não desistir, e durante as 3 noites, a animação e a vontade de fazer desta festa um marco nas festas de ju-ventude da região foram preponderantes para que o evento culminasse em mais um sucesso. Com organização por parte da Câmara Municipal de Portel, coube às associações de jovens concelhias, colabo-rarem e desenvolverem esforços para que a festa decorresse com grande nível.

Bandas como Capitão Fausto (recente-mente integrados no cartaz do festival Super Bock - Super Rock), Doismileoito, Chapa Dux ou Bute & Farra foram alguns dos nomes que pisaram o palco e anima-ram as noites em Portel.

Passaram também pelo palco alguns Dj’s, com destaque para Rita Mendes, que aqueceu a noite de Sábado com o seu “sound beat” de “house music”.

Público jovem aderiu em massa para 3 dias de verdadeiro festival de músicaPORtEL + JOVEM, UM SUcESSO

Mas quem marcou verdadeiramente o Portel+Jovem foi a banda The Gift. Com uma empatia gerada pelas repetidas ve-zes em que gritaram o nome da vila de Portel e do Alentejo, conquistaram tudo e todos, num espectáculo onde o cenário foi a própria vila e o seu castelo imponente, que se vislumbrava pelo meio do palco.

O público pediu “encore” e a banda cor-respondeu com mais 3 temas que fizeram o recinto delirar por completo e conquis-tar toda a plateia.

Para este fim-de-semana mais concer-tos de bandas rock, na cerca de S. Paulo, com organização da Associação Ser Ago-

ra, que garantem continuar com as boas vibrações que se sentem por esta altura em Portel. Para a próxima semana está previsto novo sucesso, desta feita no audi-tório municipal, com a realização de mais um Estágio Nacional de Orquestra de So-pros para Jovens Músicos, o qual decorre-rá entre os dias 16 e 21 de Julho e que dará lugar a dois concertos de grande nível nos dias 19 e 21 respectivamente.

Os ensaios serão abertos ao público nos restantes dias e as portas do auditório de Portel estarão abertas para que possa apre-ciar uma orquestra com cerca de 80 jovens em palco. Vale a pena ir espreitar…!

A estreia nacional da “Divina Comme-dia”, com guião e encenação da finlande-sa Miira Sippola, aconteceu na passada semana, na Pedreira da Gradinha, em Vila Viçosa.

A excepcionalidade do espaço envolve, de uma forma extraordinária, este “teatro visual e físico que cava as imagens poéti-cas e grotescas da mente humana”.

De uma incrível contemporaneidade, esta recriação de um clássico de Dante reúne actores de vários países (Portugal, Grécia, Japão e Finlândia) que nos condu-zem na procura do sentido da vida.

Na Divina Comédia, Miira Sippola continua a criar teatro visual e físico sobre assuntos ontológicos, com o seu estilo único e em constante desenvolvi-mento, que durante anos mostrou amor e interesse profundos pelo teatro oci-dental; por outro lado, a inspiração esté-tica vem de autores de teatro vanguar-distas como Tadeusz Kantor e o método rigoroso de actuação do mestre do tea-tro japonês Tadashi Suzuki, ambos foco de interesse e paixão para Sippola, que acolhe agora artistas de teatro de can-tos diferentes da Europa, para cavar as imagens poéticas e grotescas da mente humana do fundo da Divina Comédia de Dante.

“Divina Comédia” na Pedreira da Gradinha interpretação por grupos de artistas de teatro da Finlândia, Grécia e Portugal

Na Divina Comédia interpretada no Festival Escrita na Paisagem, um homem recebe um convite de uma Criança desco-nhecida. O homem aceita o convite e par-te em viagem com a Criança. Percebe que o cenário e as pessoas que vai conhecen-do pela Criança lhe são familiares - são a sua própria mente. A viagem aparenta ser a mais perigosa de todas. Para fugir do la-birinto, há que morrer nele.

Divina Comédia foi criada e interpreta-da por um grupo de artistas de teatro da Finlândia, Grécia e Portugal. É o resulta-do de um longo processo que há muito vem sendo desenvolvido entre estes paí-ses. O grupo internacional multi-artístico concebe uma sinfonia visual e física, que recria o palco da mente humana na lin-da pedreira de mármore abandonada em Vila Viçosa.

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5 de Outubro de 1993, dia em que se finalizou uma primeira acção de divulgação do Rugby em Montemor-o-novo.

Radar

O Rugby Clube Montemor, após as 3 etapas do Torneio Nacional de Sevens, sagrou-se Campeão de seniores desta va-riante. Desta forma, finaliza a época des-portiva da melhor maneira, conseguindo ultrapassar as barreiras que vão apare-cendo.

Breve HistóriaVai já distante a data de 05 de Outubro de 1993, dia em que se finalizou uma pri-meira acção de divulgação do rugby em Montemor-o-Novo.

Foi aqui que tudo começou, nessa jor-nada de apresentação da modalidade, apareceram uns quantos jovens, o que possibilitou a realização de vários jo-gos particulares nessa época inicial de 1993/1994, com a constituição de duas equipas, uma de iniciados e outra de ju-venis/juniores.

Lembram-se de termos ido “passear”, em Maio de 1994, ao campo 2 do antigo Estádio da Luz para defrontar, em inicia-dos, uma equipa do SL Benfica, com t-shirt’s brancas cedidas amavelmente por uma empresa local?

Nas épocas seguintes foi realizado o primeiro Torneio Internacional de Seven’s no Estádio 1.º de Maio, integrado no programa da Feira da Luz de 1994, com a participação, entre outros, da Universi-dade de Badajoz.

Por circunstâncias várias ao tempo, o rugby foi integrado como secção do Gru-po União Sport (GUS) e durante duas épo-cas, 1994/1996 e 1995/1996, participou no Campeonato Nacional de Juniores e no Torneio Nacional de Juvenis e em ambos os escalões na Taça de Portugal.

Lembram-se de termos ido a Tondela numa viagem que foi uma verdadeira aventura?

Também por circunstâncias várias, foi decidido, em boa hora, constituir autono-mamente um clube de Rugby, o “nasci-mento” do RCM deu-se em 20 de Julho de 1995 e foram fundadores, além da minha pessoa, os nossos amigos, João Banha e Jorge Miguel, mais conhecido por “Bo-guinha”.

Com mais ou menos dificuldade, fo-ram-se acrescentando escalões (iniciados e seniores) e sempre com maior ou menor

Rugby Clube Montemor-o-Novo Campeão Nacional de Sevens1.º torneio internacional de Seven’s no 1.º de Maio, na Feira da Luz de 1994

dificuldade, o RCM participou regular-mente nos Campeonatos Nacionais res-pectivos e na Taça de Portugal.

Lembram-se de um jogo memorável com a então equipa dos TLP, no Estádio Nacional, em Oeiras, em seniores?

E de um outro, em juniores, no Estádio Universitário, em Lisboa, com a equipa do CDUL, em que acabamos por estrear jo-vens que iam só como amigos e não como jogadores?

Igualmente neste tempo foi célebre uma digressão ao sul de Espanha, com jogos em Cadiz e Jerez de la Frontera, de rugby de praia e de rugby de 15 e a “fa-mozerrinha” estadia em franco convívio social em Puerto de Santa Maria. Estão recordados?

Mais recentemente estão ainda vivos na nossa memória os muito participados Torneios de 7 e de 10 que o RCM, durante algumas épocas, organizou na época de Carnaval, no “velhinho” Campo da Feira, bem como os sempre “saborosos” River Rugby da Juromenha – organização pa-tenteada e promovida pelo nosso grande

amigo Paulo Jaleco.Grandes momentos. Como foram aque-

les que tivemos ao receber em Montemor, no Estádio 1.º de Maio, o GD Direito na 1/2 final da Taça de Portugal em séniores na época de 2002/2003 e nessa mesma épo-ca termos conseguido subir à I Divisão, quando obtivemos o 2.ª lugar no Campeo-nato Nacional da II Divisão.

E no ano seguinte termos repetido a proeza de ser semi-finalistas da Taça de Portugal, época 2003/2004, com o mes-mo adversário – GD Direito, num jogo fabuloso realizado em Monsanto, em que surpreendemos a equipa adversária e ti-vemos 30 minutos a ganhar àqueles que tinham sido campeões nacionais da Liga de Honra na época anterior.

Grandes momentos também, quando o RCM venceu o Torneio de Abertura da II Divisão, em Seniores, na época 2005/2006 e mais recentemente, na época passada, 2009/2010, os Sub-18 venceram o Grupo B do Campeonato Nacional e os séniores foram Campeões Nacionais da II Divisão.

Importa, no entanto, igualmente lem-

brar outros momentos em que as lágri-mas rolaram pela face, quando na época 2000/2001, perdemos em Vila Real com a UTAD e deitámos fora a oportunida-de de entrar directamente na Liga de Honra e quando nas épocas 2005/2006 e 2008/2009 perdemos as finais da II Divi-são, uma com o Belas e outra com o Ru-gby da Linha.

Olhando para trás, são de facto inolvi-dáveis os pequenos grandes momentos, que cada um teve oportunidade de viver e com toda a certeza vai guardar para sempre na sua memória.Para finalizar, aqui fica um pequeno ro-teiro dos “feitos” mais relevantes do RCM na sua curta história.2011/2012 – 5.º Classificado do Campeona-to da I Divisão (Séniores)- Finalista Vencido da Taça Shield (Final do 4.º lugar) da Taça de Portugal (Séniores)- Vencedor do Torneio Nacional de Seven’s (Séniores)- 2.º lugar no Youth Festival 2012 (sub-13)2010/2011 – 4.º Classificado do Campeona-to da I Divisão (Séniores)- 3.º lugar no Youth Festival 2011 (sub-12)2009/2010 – Campeão Nacional da II Di-visão (Séniores)Vencedor do Grupo B do Campeonato Na-cional de Sub-18Vencedor da Taça Shield (Final do 4.º lu-gar) da Taça de Portugal2008/2009 – Finalista Vencido – Campeo-nato Nacional da II Divisão (Séniores)Vencedor do Torneio de Seven’s de Fama-licão2007/2008 – Semi – Finalista - Campeona-to Nacional da II Divisão (Séniores)2006/2007 – Semi– Finalista - Campeona-to Nacional da II Divisão (Séniores)- Finalista da Taça da Federação (Séniores)2005/2006 -Finalista Vencido-Campeona-to Nacional da II Divisão (Séniores)- Finalista da Taça da Federação (Séniores)- Vencedor do Torneio de Abertura da II Divisão (Séniores)2004/2005 – Participação no Campeonato da I Divisão (Séniores)2003/2004 – Participação no Campeonato da I Divisão (Séniores)- Semi Finalista da Taça de Portugal (Sé-niores)2002/2003 – Vice – Campeão da II Divisão (Séniores)- Semi Finalista da Taça de Portugal (Sé-niores)2000/2001 – Vice-Campeão da II Divisão (Séniores)

D.R.

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14 12 Julho ‘12 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

(à excepção dos módulos). Basta enviar uma mensagem com o seu classificado para o Mail.: [email protected]ÁRIO

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SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

A Associação Eborae Mvsica pro-move, Concertos pelo Ensemble D. João V, no dia 14, sábado, às 21h30 e pela Orquestra Clássica do Conservatório Regional de Évora – Eborae Mvsica, no dia 15, domingo, às 18h30. São activida-des no âmbito do XIII Ciclo de Concertos “Música nos Claustros”, sendo o programa de dia 14 dedi-cado à interpretação de obras de G. F. Händel e de A. de Almeyda e no dia 15 à interpretação de obras de F. Schubert, A. Vivaldi e A. Salieiri.

Programa de dia 14: G. F. Hän-del: Coelestis dum spirat aura; So-nata-Recitativo-Aria-Recitativo-Aria; Sonata em trio nº 2 em Sol menor, op. 2; Andante-Allegro-Largo-Allegro. A. de Almeyda: A quel leggiadro volto, Recitativo-Aria-Recitativo-Aria; G. F. Handel: Sonata em trio nº3 em Si bemol maior, op. 2 (c.1722) -Andante-Al-legro-Larghetto-Allegro; Cantata

Tu fedel? Tu costante?;Sonata-Re-citativo-Aria-Recitativo-Aria- Re-citativo-Aria-Recitativo –Aria

O Ensemble D.João V é for-mado pelos intérpretes: Sandra Medeiros – Soprano; Tera Shimi-zu – Violino; Denys Stetsenko – Violino; Duncan Fox – Violone e Cândida Matos – Cravo.

Programa de dia 15: Sinfonia nº 5 de F. Schubert; Concerto para guitarra e orquestra em Lá M de A. Vivaldi; Sinfonia “Vene-ziana” de A. Salieiri e Concerto para guitarra e orquestra em Ré M de A. Vivaldi.

A Orquestra Clássica do Conser-vatório Regional de Évora - Ebo-rae Mvsica. Tem a Direcção de luís Rufo e são solistas neste Concerto Afonso Teles e José Ruas (guitarra). A Orquestra de Cordas do Conser-vatório Regional de Évora – Eborae Mvsica foi criada durante o ano lectivo de 2005/2006, tendo feito a

sua primeira apresentação na Au-dição da Páscoa, no dia 1 de Abril de 2006. Constituída por iniciati-va dos alunos e professores com o objectivo de promover a prática de Conjunto, estabelecer e reforçar as relações de partilha e cooperação a nível musical com reflexos na qualidade de interpretação ins-trumental. Tem participado nas Audições e numerosos Concertos em Évora e em várias cidades em Portugal e Espanha. Neste Concer-to juntam-se às Cordas alguns ins-trumentos de Sopro, assim como os solistas em guitarra.

É dirigida pelo Professor Luís Rufo.

O Ciclo termina no dia dia 21, às 21h30 com o Grupo Vocal Olisi-po (Elsa Cortez - soprano, Lucinda Gerhardt – Mezzo-soprano, João Moreira - tenor, Armando Possan-te – Barítono), Ilda Ortin e Luiza Gama Santos – Piano.

Vila Viçosa

Route 70’s apresenta-seÉ já no próximo dia 14 de Julho, Sábado, pelas 22h30m, que os Route 70’s irão tomar conta do Bar das Piscinas de Vila Viçosa, arrasando em mais uma noite de intenso revivalismo ao som dos maiores clássicos do Rock e do Disco Sound, da década de 70.Depois das fantásticas actuações em Bencatel e em Terena, é agora a vez de Vila Viçosa que acolhe esta banda 100% nacional e 200% alenteja-na, em mais uma edição da “Festa dos Capuchos”. Composta por quatro ele-mentos oriundos de Borba e Vila Viçosa, já com rele-vante experiência musical, tem no Baixo, Carlos T, na Bateria Hugo Pika, na Guitarra Eléctrica, Marco Saúde, (também conhe-cido por Batata) e como vocalista o carismático JB.Apostando em propor-cionar a todos uma noite verdadeiramente incrível, os ROUTE 70’s apostam em êxitos sobejamente conhecidos de todos, e que foram e serão hits de sempre!...

Ensemble D.João E Orquestra Clássica do CREV-Évora

Évora

D.R.

Nos claustros do Convento dos Remédios

Hoje, pelas 18 horas, terá lugar na Galeria da Casa de Burgos, em Évora, a conferência “Os Bone-cos de Estremoz no contexto da imaginária setecentista em Por-tugal”, pela Prof. Doutora Ana Duarte Rodrigues. Doutorada em História da Arte, Ana Duar-te Rodrigues é investigadora do CHAIA/Universidade de Évora e do IHA e CHAM da FCSH, facul-dade onde é também docente.A Direção Regional de Cultura do Alentejo organiza esta inicia-tiva no âmbito da exposição “Bo-necos de Estremoz – Devoção e Festa”, centrando-se a conferên-cia em questão na imaginária devocional em Portugal duran-te a Idade Moderna, sendo que as especificidades desta, ao nível da produção, dos materiais e dos temas iconográficos conferem-lhe uma identidade própria no seio da produção escultórica. Será com este grupo de escultu-ras que os Bonecos de Estremoz, apesar do seu caráter de exclusi-vidade, apresentam algumas se-melhanças, pois deverá ter sido a imaginária de Estremoz e redon-dezas a sua fonte de inspiração.Informação também disponível em www.cultura-alentejo.pt

Bonecos de Estremoz

Cultura

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