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SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 22 de Setembro de 2011 | ed. 173 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

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Inquérito A Câmara Municipal de Évora abriu um inquérito destinado a apurar suspeita de desvio de dinheiros no serviço das águas. Em reunião pública, o presidente da autarquia, José Ernesto Oliveira, revelou que o inquérito já permitiu recolher elementos para a abertura de processos disciplinares a dois funcionários. Vereadores da oposição exigem que o caso seja rapidamente esclarecido.

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Lusitano com dívida de 800 milO Lusitano de Évora, um dos históricos clubes do Alentejo, que nos anos 50 e 60 permane-ceu 14 épocas na primeira Divisão, atravessa uma crise sem precedentes ao ponto de este ano ter suspendido o futebol sénior.

Segundo apurou o Registo, o Lusitano está com uma dividida 800 mil euros. “Fruto da gestão das duas direcções anteriores o Lusi-tano não tem neste momento nem dinheiro nem património” diz Manuel Porta, presi-

dente da direcção dos verde-e-brancos.“Não sou céptico ao ponto de dizer que o futu-ro passa pelo fechar de portas, mas é bom que os sócios tenham a noção de que a situação é muito grave”, refere.

Desvio de verbas na Câmara de Évora

CulturaTrulé no CazaquistãoPág.05 O marionetista Manuel Dias (grupo Trulé) está de malas aviadas para a Ásia, onde vai participar num festival que reúne alguns dos melho-res marionetistas de todo o mundo. O grupo será o único representante do nosso país neste festival no Caza-quistão e num outro, em Outubro, no Brasil.

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Guia de FestasVianaPág.11 Viana do Alentejo acolhe, a partir de amanhã e até segunda-feira, mais uma edição da centenária Feira D’Aires, um certame que pretende ser um espaço privilegiado para a mostra de actividades económicas, nome-adamente do tecido empresarial da região.

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A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) Editor Luís Godinho

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) Colaboradores Pedro Galego; Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia Ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

“A culpa do buraco” ww

w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Só em 2012 está previsto um corte de 550 Milhões de Euros. Este montante foi analisado por todas as partes, incluindo pelo PSD que agora nos governa e que subscreveu aquele memorando”.

O descontentamento com as medidas go-vernativas deste e do anterior governo, em cumprimento do acordo com a Troika, é quase generalizado. Só mesmo os grandes grupos financeiros e os seus serventuários têm razões para estar satisfeitos.

Contudo, muitos de nós resignamo-nos aos discursos das inevitabilidades que a toda a hora nos entram pela casa dentro. Dizem-nos os “iluminados” comentadores e jornalistas que isto não pode deixar de ser porque o deficit e a divida e o rating e o FMI e o BCE e a UE… que somos pobres e que a sustentabilidade do sistema financeiro…

O que eles não dizem, o que eles calam é que por força das regras da união monetária Portugal perdeu soberania e não pode por exemplo, cunhar moeda. Por isso, perante dificuldades (que resultam, em boa parte da destruição do nosso aparelho produtivo, imposto também pelo sistema de quotas do união europeia), Portugal vê-se obrigado a recorrer a empréstimos externos.

Estes empréstimos não podem (ainda por imposição comunitária) ser pedidos ao Ban-co Central Europeu (BCE) cujo capital é dos vários estados, mas sim aos bancos nacio-nais. Estes pedem emprestado ao BCE a ju-ros baixos e depois emprestam aos estados a juros altos numa manobra de agiotagem institucional consentida e imposta.

Estamos já todos a ver quem arrecada os lucros: o capital financeiro. Ou seja, dinhei-ro há, está é mal, muito mal, cada vez mais mal distribuído. Por isso o estado de coisas

que vivemos NÃO É UMA INEVITABILI-DADE.

É preciso outra política centrada no inte-resse público e na resolução dos problemas das reais das pessoas e do país, E ISTO É POSSÍVEL. E isso depende de nós! Mesmo parecendo que não. Dir-me-ão, mas como se nem há eleições tão cedo. Com a luta e na rua. Manifestando a nosso indignação e reivindicando o que temos direito. OS DI-REITOS CONQUISTAM-SE!

A História está cheia de exemplos a des-mentir os descrentes e os conformados. Foi assim, foi lutando, foi na rua e nos locais de trabalho que se conquistaram as oito horas de trabalho diário, ou a semana-inglesa ou a protecção na maternidade ou o direito à reforma ou à protecção no desemprego. Se foi assim, continuará a ser assim.

É pela luta que lá vamos. Não há outro ca-minho. Ou alguém espera que os que cria-ram e consentiram nos mecanismos de cada vez mais concentração e distribuição desi-gual da riqueza, agora, num volte face mi-lagroso decidam repor a justiça esbulhada?

As razões estão aí todas (sentimo-las na pele) a justificações estão na História dos movimentos operários e populares. Por isso dia 1 de Outubro vamos a Lisboa gritar bem alto a nossa indignação e a nossa determi-nação na defesa dos nossos direitos. A não ser assim onde está a nossa dignidade, o que diremos aos nossos filhos? Como diz a can-ção “Vai lá tu, que eu já lá vou”? Pode ser demasiado tarde!

“Quem não se sente não é filho de boa gente”

Margarida Fernandesarquitecta Paisagista

No passado dia 15 de Setembro celebrámos 32 anos de existência do SNS. Nesta ocasião importa homenagear o seu fundador Antó-nio Arnault e todos os que contribuíram para a sua consolidação. Devemos ainda homena-gear todos os profissionais de saúde que de forma abnegada dedicaram o seu melhor em prol da qualidade deste serviço que é de to-dos nós.

Durante 4 anos tive a oportunidade de trabalhar com muitos destes profissionais no Hospital Espírito Santo, EPE em Évora e testemunhei como, com todos eles, podemos fazer uma profunda mudança direccionada para as necessidades da população, colocan-do uma organização do SNS num patamar de elevada qualidade. O número 1 do Arti-go sexagésimo quarto (64º) da constituição Portuguesa prevê que todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.

Esta é a nossa responsabilidade colecti-va e esta é a principal responsabilidade de quem Governa. Sabemos que o Memoran-do da Troika nos impõe uma forte redução da Despesa Pública na área da saúde. Só em 2012 está previsto um corte de 550 Milhões de Euros. Este montante foi analisado por to-das as partes, incluindo pelo PSD que agora nos governa e que subscreveu aquele memo-rando.

As medidas contempladas incidem maio-ritariamente em áreas que podem ser sujei-tas a racionalização do sistema, em áreas onde existe claro desperdício onde há espaço para mais eficiência e melhor organização e gestão. Todos sabemos que sem boas contas na saúde, está em causa a sustentabilidade de todo o sistema. Desde Correia de Cam-pos, como Ministro da Saúde, que a susten-tabilidade foi uma opção política com um programa bem orientado para alcançar tal desiderato.

O Partido Socialista, fundador do SNS com António Arnault, conhece bem as exi-gências de um sistema que sempre procurou concretizar os ideais constantes da nossa Constituição, levando os cuidados de saúde a todos os cidadãos de forma tendencialmen-te gratuita.

A evolução tecnológica e o aumento da esperança média de vida, o contínuo au-mento da qualidade da oferta de cuidados, associado à incapacidade de gerar riqueza de forma crescente, constituem factores que nos desafiam para abordar de forma muito empenhada e inovadora a defesa do SNS através da melhor Gestão de todo o sistema. O Partido Socialista deve estar disponível para analisar e discutir de forma aberta a sustentabilidade do SNS para que o mesmo promova uma igualdade de acesso a todos os cidadãos.

Esta igualdade de acesso é garante da co-esão social tão necessária, em especial nos momentos de profunda crise como aquela

32 anos de Serviço Nacional de Saúde (SNS). Um serviço que nos orgulha.

antónio serranodeputado

que vivemos. O que o Partido Socialista não pode entender é a decisão do Governo, de “ajustar” o corte previsto no memorando da Troika em +47%, ou seja de uma redução da Despesa de 550 Milhões de Euros, temos agora uma redução de 810 Milhões de Euros! A Ministra Ana Jorge acompanhou de forma notável esta negociação e sabe bem o que es-forço que nos pediram.

Como é possível somar a esse esforço mais 260 Milhões em 2012? Até hoje conti-nuamos a desconhecer as razões objectivas deste agravamento brutal. Na Comissão da Saúde de 7 de Setembro, questionámos o Sr. Ministro, mas não obtivemos resposta. No dia seguinte os Jornais estavam repletos de pretensas novas medidas que em alguns ca-sos representam retrocessos civilizacionais com consequências negativas, incluindo na perspectiva financeira (o caso das Pílulas!).

A tutela desmentiu mas não há fumo sem fogo! Ainda desconhecemos qual o plano do Governo para concretizar um corte desta di-mensão.

O que será o corte na gordura, no desper-dício, que cortes resultarão da racionaliza-ção do sistema e da redução de estruturas na Administração Central e Regional, que cor-tes virão da redução do nível da cobertura da população portuguesa? Será que o Governo defende um SNS parcial, um SNS mínimo? Que Hospitais serão concessionados às Ins-tituições de natureza social ou a entidades privadas? Qual o paradigma gestionário para o SNS, como vão ser escolhidos os gestores dos Hospitais, que capacidade efectiva terão para actuar e como irão estar integrados na cadeia de decisão? Como vão ser premiados os bons gestores, como irão ser penalizados os que apresentam mau despenho? Como vai fazer o Governo para capitalizar os Hospi-tais EPE que têm o seu capital social por rea-lizar? Qual a estratégia para liquidação das dívidas a fornecedores?

Devemos estar na linha da frente pela de-fesa do SNS, garantindo a sua sustentabili-dade, utilizando estratégias inovadoras e em estreita colaboração com os profissionais de saúde. Não podemos destruir o que levou 32 anos a construir.

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Actualautarquia abriu inquérito e instaurou processo disciplinar a dois funcionários do serviço de águas.

Final de Setembro. É este o novo prazo limite dado pelo presidente da Câma-ra de Évora para se encontrar uma “solução final” para a permanência ou saída da autarquia da empresa Águas do Centro Alentejo. O assunto arrasta-se desde o ano passado.

A nova data foi expressa pelo autarca na última reunião pública. A autarquia aguarda a marcação de uma reunião com a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas. Só depois será tomada uma decisão.

Recentemente, José Ernesto Oli-veira disse que o município ““razão nenhuma para alterar” a decisão ante-riormente tomada de sair da empresa Águas do Centro Alentejo, invocando razões financeiras e insatisfação com a qualidade do serviço prestado.

O assunto chegou à Assembleia Mu-nicipal, tendo sido adiado depois de a empresa ter proposto uma moratória de três meses para estudar soluções alternativas.

Águas só em Setembro

Polémica

A Câmara Municipal de Évora volta a associar-se este ano às Jornadas Europeias do Património, que são uma iniciativa anual do Conselho da Europa e da União Europeia com o ob-jectivo de sensibilizar as populações para a importância da salvaguarda do Património, e para a qual a cidade de Évora disponibiliza um programa de actividades que terão lugar nos próxi-mos dias 23, 24 e 25 de Setembro.

Este ano as jornadas são subordina-das ao tema “Património e Paisagem Urbana” e o desafio lançado aos vários dinamizadores da iniciativa é sensi-bilizar os cidadãos para a necessidade de proteger e valorizar as característi-cas da paisagem nas cidades, vilas e aglomerados urbanos, entendida no seu sentido mais amplo.

O programa das Jornadas Europeias do Património inicia-se a 23 de Setem-bro com visitas guiadas de carácter lúdico-pedagógico para os jardins-de-infância ao circuito do abastecimento de água, organizado pela equipa da Unidade Museológica da Água - CEA.

No dia 24 Setembro, sábado, pelas 16 horas, realiza-se na Casa da Balança (Largo do Chão das Covas, 15) uma apresentação do “Cabinet 1799”, um projecto educativo na área da história da ciência e da metrologia.

Ainda no dia 24 de Setembro, entre as 14:30 e as 17:00, realizam-se as ac-tividades “Puzzles da Minha Cidade” e “O Património é AZUL” no Parque Infantil do Jardim Público.

Jornadas do Património

Iniciativa

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Câmara em silêncio sobre suspeitas de desfalque

Nem uma palavra. A Câmara de Évora ainda não explicou os contornos do caso revelado pela SIC sobre suspeitas de des-vio de dinheiro no serviço de águas da autarquia e que poderá ter lesado um nú-mero incerto de munícipes.

À SIC o presidente da autarquia, José Er-nesto Oliveira, recusou comentar o caso. Depois, à Lusa, explicou os motivos da re-cusa: “Quando houver resultados desses actos, eu prestarei declarações, agora não, porque não quero perturbar as investiga-ções que estão em curso”.

O caso foi levado pelo próprio autarca a reunião pública de câmara, durante a qual revelou que tinha sido aberto um inquérito à actuação de dois funcionários suspeitos de desviarem dinheiro do ser-viço de águas.

Segundo o autarca, o inquérito interno “passou à fase de processo disciplinar aos dois funcionários, e de uma auditoria”, finda a qual se conhecerão os montantes em causa.

Os dois funcionários foram entretanto afastados do serviço, sem qualquer con-tacto funcional com o serviço de águas.

O caso motivou uma reacção dos verea-dores da oposição, com Eduardo Luciano (CDU) e António Dieb (PSD) a exigirem o rápido esclarecimento das suspeitas e o apuramento de “todas as responsabili-dades”, incluindo os “procedimentos que deveriam ter sido feitos e não foram e as garantias de funcionamento e de protec-ção do serviço que não foram tidas em conta”.

José ernesto oliveira diz que só se pronuncia quando houver resultados do inqué-rito interno. oposição quer tudo explicado.

Os contornos do caso continuam por esclarecer, tal como os montantes envolvidos.

Ou seja, à própria gestão do município. “Estejamos nós a falar de tostões ou a falar de milhões, é uma situação grave porque se trata da apropriação de bens públicos”, diz Eduardo Luciano.

Já de acordo com António Dieb, as eventuais irregularidades “levaram a que fosse aberto um inquérito” para apu-rar se haveria matéria suficiente para um processo disciplinar a dois funcionários. “Verificou-se que sim e esse processo já foi iniciado”.

Fonte da autarquia avançou ao Registo que como se trata de suspeitas relativas a um crime público, o caso será “necessa-riamente participado” ao Ministério Pú-blico.

Esta não é a primeira vez que o serviço de águas da Câmara de Évora é notícia nos

últimos meses. Em Março de 2010, a autar-quia revelou que cerca de 25% dos 24 mil consumidores do concelho tinha facturas em atraso, numa dívida que ascenderia a milhões de euros.

“Temos uma dívida de perto de 4,5 mi-lhões de euros por parte de consumido-res, alguns por dificuldades de gestão do seu orçamento familiar e outros que deixaram de pagar porque até agora não lhes tem acontecido nada”, explicou na altura José Ernesto Oliveira, revelando que entre os principais devedores se en-contravam instituições, empresas e parti-culares.

“Não existe um perfil médio do não pagante. É um grupo muito significativo que toca transversalmente toda a comu-nidade”, concluiu.

Termina esta quinta-feira, dia 22 de Se-tembro, mais uma edição da Semana Europeia da Mobilidade, com a cidade de Évora a assinalar esta data com o fecho ao tráfego automóvel, entre as 8h00 e as 20h00, da zona de intervenção do projecto “Acrópole XXI”.

Para além desta medida, a edilidade, juntamente com outros parceiros locais, decidiu não cobrar neste dia a utilização da “Linha Azul”, promover a partir das 8h15 um percurso de bicicleta pela cida-de, com partida junto à escola secundária

Évora assinala dia europeu sem carrosna zona junto ao templo ro-mano, o dia de hoje é para ser vivido sem carros. e a Linha azul é à borla.

André de Gouveia, e, pelas 18h00, uma vi-sita guiada à Judiaria de Évora.

Assim, esta quinta-feira, data em que se assinala por toda a Europa o dia “Na Cidade Sem o Meu Carro” não será pos-sível circular de automóvel nas seguin-tes artérias: R. D. Isabel, Lg. Alexandre Herculano, R. Vasco da Gama, Largo Marquês de Marialva, Largo Conde de Vilaflôr, R. Francisco Soares Lusitano e R. Valdevinos a partir do entroncamen-to com o Pátio do Salema; a circulação só será permitida a transportes públicos, veículos de emergência e veículos não poluentes.

A cidade de Évora volta, assim, a parti-cipar na Semana Europeia da Mobilidade (SEM) cujo objectivo passa por incentivar as autoridades locais europeias a apre-sentar e promover medidas de transporte

sustentável e convidar os cidadãos a ex-perimentar alternativas ao uso do carro.

Com foco na Mobilidade Alternativa, a décima edição da Semana Europeia da Mobilidade que agora termina, pretende ainda apoiar a transição para um sistema de transportes eficaz ao nível dos recur-sos, a promoção do uso de combustíveis limpos e ainda, de propulsão humana.

Recorde-se que, a fim de se transformar numa economia de baixas emissões ener-geticamente eficiente, a União Europeia adoptou uma série de metas ambiciosas no que respeita ao clima e energia, a se-rem cumpridas até 2020.

Estas metas incluem uma redução de 20% das emissões de gases de efeito es-tufa, um aumento de 20% da eficiência energética e uma quota de 20% energias renováveis do consumo total de energia.

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Actual

“não vamos fazê-lo”. Foi esta a expressão usada pelo primeiro-ministro para acabar de vez com o tgV.

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Passos Coelho confirma fim da alta velocidade

O primeiro-ministro confirmou este fim-de-semana o fim do projecto de alta ve-locidade ferroviária. “O TGV [até Madrid] está suspenso. Não temos interesse na alta velocidade. Temos interesse numa boa ligação até Madrid, mas não no TGV”, disse Pedro Passos Coelho em entrevista à RTP.

“Por mais dinheiro que nos ofereçam para fazer essa obra, o TGV é deficitário no futuro, por isso não vamos fazê-lo”.

O que não quer dizer que seja o fim do projecto ferroviário. Segundo Passos, Lisboa está apostada “numa boa ligação a Madrid” através de uma linha de alta prestação, para passageiros e mercado-rias, que custará “quatro vezes menos do que o TGV”.

O primeiro-ministro adiantou que Es-panha tem “o mesmo interesse” e que a prioridade do Executivo não é transpor-

Primeiro-ministro “enterra” de vez o tgV entre Lisboa e Madrid.

O traçado reservado ao TGV no distrito de Évora poderá servir para nova linha ferroviária.

Existem três planos de interacção pessoal: como nós nos vemos, como julgamos que os outros vêm e como os outros na realidade nos vêm.

Portugal vê-se como? Como um país com história, moderno e cosmopolita, de gente pacífica e tranquila, apanhada ciclicamen-te por vendavais nascidos não se sabe bem onde e que devido ao nosso número e pe-quenez, nos levam a cíclicas crises que ul-trapassamos com estoicismo e imaginação. Vemo-nos como a ponte entre a Europa e o Mundo, capazes do diálogo onde outros uti-lizam a força, criadores de sinergias, gente aberta e tolerante.

Discutimos entre nós as nossas supos-tas fraquezas, mais para ouvirmos o con-traditório e abafar assim dúvidas que nos invadam; mas, se críticas vierem de fora, cerramos fileiras e gritamos “Às armas! Às armas! Contra os canhões marchar! Mar-char!”

Vivemos na convicção de sermos enten-didos pelos outros tal como nos vemos. País europeu, primeiro-mundista, com passado, desenvolvido, só que infelizmente com escas-sos recursos, com uma economia débil que necessita de apoios, de uma modificação es-trutural, uma economia vítima da rapacidade dos grandes potentados que nos abafam o pé e a meia.

Acreditamos piamente que disputamos a primeira liga sem aspirações à vitória, mas também sem riscos de descida e, por via dis-so olhamos os que disputam o troféu, com humildade submissa, e aqueles que imagi-namos mais abaixo, com insuportável arro-gância.

Quanto aos outros, grande parte deles não sabe sequer que nós existimos, somos o país

Nós, Vós, ElesMigueL saMPaioLivreiro

do fado, do Cristiano Ronaldo e temos praia, muita praia.

Para os que nos conhecem, aqueles que de-nominamos de parceiros, somos um país da Europa do Sul, desorganizados, avessos ao trabalho, gente que precisa de ser tutelada, somos em suma uma oportunidade de negó-cio, um bem fungível, descartável na primei-ra ocasião.

Vem isto ao caso da Madeira e da sua re-percussão no mundo, segundo o evangelho da direita. A preocupação primordial é o que os outros dirão, aqueles que jogam para ga-nhar… não vão eles confundir-nos com os condenados à descida, como os gregos…

Na verdade, nada disso realmente conta. As opiniões já estão formadas há muito, o des-tino traçado; esmifrar, esmifrar e, quando já não houver mais nada a sacar… bye bye Ma-ria Ivone.

A questão aqui é outra. Não se trata de portugueses, ou gregos, ou alemães; não se trata de países mas sim de modos distintos de encarar o mundo. De um lado o capita-lismo mais selvagem de que há memória, do outro as pessoas que independentemente da nacionalidade, são excluídas da partilha, apesar de serem elas que mais contribuem para o bolo.

Portugal, Grécia, Irlanda surgem neste mapa da infâmia apenas porque sendo Es-tados se dividem, e lá diz o ditado: “Dividir para reinar”. Os problemas são os mesmos, as soluções as mesmas e só são possíveis se integradas numa resposta colectiva. Juntos somos fortes.

Razão tem a Islândia, que se está a borri-far para a forma como os outros a vêm. Mas a Islândia já vai num avançado processo de desparasitação…

tar passageiros mas mercadorias em “bi-tola europeia”, garantindo que chegam a toda a Europa sem custos acrescidos para

as empresas exportadoras nacionais.O traçado desta linha será parcialmen-

te coincidente com o do TGV.

“Os Verdes” apresentaram e agenda-ram na Assembleia da República um Projecto de Lei que promove a criação e definição de uma Rede Nacional de Ciclovias, com o objectivo de promover a utilização da bicicleta e dos meios suaves de transporte, não apenas como formas de lazer, mas também como verdadeiras alternati-vas de mobilidade dos cidadãos.

“É tempo de criar condições objec-tivas para que o uso dos modos de mobilidade suave constituam reais alternativas de transporte. Para isso, é fundamental criar segurança de circulação, para o que uma rede de ciclovias contribuirá necessariamen-te, mas também vias que não fiquem apenas enquadradas nas margens das cidades”.

A ideia é que as cilovias cheguem igualmente aos centros urbanos, designadamente a equipamentos públicos frequentemente usados pelos cidadãos, de modo a que assim se pos-sam, desejando, deslocar de bicicleta, em segurança.

O partido quer desta forma reduzir a utilização do transporte individual.

Verdes querem ciclovias

Ambiente

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trulé em festival com marionetistas de todo o mundo. depois da Ásia, segue-se outro festival no Brasil.

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O Trulé, grupo de investigação de formas animadas, dirigido pelo marionetista Manuel Dias, será o único representante do nosso país em dois grandes festivais de “bonecos” que começam ainda este mês na Ásia e na América.

O primeiro a começar agora, e o mais longo, acontece na cidade de Brasília en-tre 23 de Setembro e 30 de Outubro. A lin-guagem das marionetas é aqui escolhida para festejar a descentralização.

O número dez marca a 10ª edição deste “Festival Internacional dos Bonecos de Brasília”. Conta com a participação de dez países e decorre em dez regiões adminis-trativas do Distrito federal de Brasília ou sejam dez cidades satélites da capital.

Já o número de pessoas esperadas nes-te festival ascende a mais de 300 mil. Por isso a organização deste evento classifica-o como o maior do Brasil, pelo número de espectáculos e de público.

O outro festival onde o Trulé vai partici-par, realiza-se na cidade de Almaty , bem no interior da Ásia, entre 25 de Setembro e 2 de Outubro, para festejar o 20º aniver-

sário da Independência do Cazaquistão.O presidente deste festival, Madeniyet

Yussopov, acredita que “não há melhor maneira de comemorar um aniversário tão importante, do que reunir artistas de todo o mundo, já que são eles os melhores embaixadores de cada país. Com as suas

artes, são os artistas que apelam mais di-rectamente ao coração e ao espírito das pessoas”.

Já no próximo sábado, 24 de Setembro, Manuel Dias parte de Évora rumo à Ásia e á América do Sul, um artista embaixador que fala a linguagem das marionetas.

Manuel Dias à conquista da Ásiatrulé de partida para um festival de marionetas no Cazaquistão.

Manuel Dias continua a promover a arte das marionetas pelos mais variados cantos do Mundo.

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A nova iluminação pública de Arraio-los, com lâmpadas de tecnologia LED, de menor consumo, está a ser instala-da, por fases, nos últimos meses, nas ruas daquela vila alentejana, anun-ciou o município local.

Segundo a autarquia, a nova ilumi-nação possui a mais moderna tecno-logia LED, associada a um sistema de telegestão que representa uma mais-valia na eficiência energética do concelho.

Arraiolos com iluminação led

Energia

O Esperança da Lagos, da 3.ª Divisão, é o próximo adversário do Juventude na Taça de Portugal. Em declarações à DianaFm, o treinador Jorge Vicente reconheceu que o adversário é difícil: “O Lagos tem bons valores e é uma equipa que certamente vai lutar pelos primeiros lugares da 3.ª Divisão. Mas nós em casa queremos vencer”, disse o técnico.

Sorteio da taçaDesporto

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“se o euro cair, ninguém (nem mesmo a alemanha) terá peso e relevância mundial”, diz Carlos sezões.

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“Um político pensa nas próximas eleições; um estadista nas próximas gerações.”

James Clarke

Já por mais que uma vez escrevi que a Europa não tem dado uma boa imagem de si própria neste período conturbado (e simultaneamen-te desafiador), iniciado com a crise de 2008. O estado do sistema financeiro, o nível das dívidas soberanas, a anemia das economias e o crescimento do desemprego (ciclo quase vicioso, em que dificilmente se isola a causa e o efeito), colocam uma ameaça seríssima à coesão económica e social da Europa e à fu-tura sobrevivência do Euro

Como em muitas outras áreas ou ocasiões na história, os egoísmos nacionais têm aqui um papel importante, no passado e no pre-sente a que todos assistimos. Os egoísmos de quem tentou, durante décadas, angariar ao máximo fundos estruturais mas evidenciou um empenho bem menor na sua correcta apli-cação. Egoísmos de quem, quando os tempos passaram a ser menos risonhos, começou a esconder as contas reais e a manipular estatís-ticas nacionais. E os egoísmos, mais recentes, de quem pretende defender uma supremacia

nos processos de decisão europeus, agradar pontualmente aos seus eleitorados e pôr em causa o futuro do projecto europeu.

A resposta está numa visão de longo prazo. Neste mundo multipolar, em que potências emergentes (China, Brasil, Índia, México ou Turquia) terão um peso cada vez maior nas decisões mundiais e em que o espaço central da economia e política mundial será cada vez mais o Pacífico em detrimento do Atlântico, importa que a Europa fale a uma só voz, ganhando a consciência que são mais as questões que unem que as que separam os Europeus.

Em suma, fazer deste mercado com mais de 500 milhões de consumidores, com os melhores níveis de qualificações e de compe-tências no mundo uma voz respeitada e in-fluente nos grandes desafios do mundo actual (geopolítica, energia, terrorismo e segurança internacional, comércio mundial ou políticas ambientais). Se o Euro cair e a Europa voltar a ser apenas uma estrutura de cooperação eco-nómica, ninguém (nem mesmo a Alemanha) terá peso e relevância mundial.

Mas esta vontade tem de ser genuína. Vi-mos agora emergir o que se pode chamar “fe-

deralismos de ocasião”: por palavras bonitas, dizem “por salvem-nos, paguem as nossas dívidas”…em troca tornamo-nos “mais eu-ropeus”. Obviamente, que isto é hipocrisia e é natural que seja olhado com reservas pelos países do norte da Europa. Eurobonds, gover-no económico ou harmonizações fiscais farão sentido quando todos estiverem dispostos a cumprir um conjunto de regras mínimas – e, a partir daí, a prosseguirem um caminho co-mum.

A Europa deverá olhar para estes tempos de incerteza como uma oportunidade. Já ti-vemos gerações de verdadeiros líderes eu-ropeus, estadistas ao nível do grau de exi-gência dos contextos históricos: Churchill e De Gaulle na II Guerra Mundial, Adenauer, Monnet, Schuman e De Gasperi na criação das instituições europeias na década de 50 ou Delors, Mitterrand e Kohl na queda do bloco comunista e lançamento da União Europeia nas décadas de 80 e 90. Espera-se que a ac-tual geração de líderes sejam mais que meros políticos de ocasião e que saibam ser lúcidos, corajosos e responsáveis. Será essa a diferen-ça entre uma nova prosperidade ou uma longa decadência.

Dos egoísmos nacionais aos federalismos de ocasião

CarLos sezõesgestor/Consultor

Teias – Rede Cultural do Alentejo, o Cine-teatro foi palco de um espectáculo com o Quarteto de Cordas, a partir das 21h30.

Lurdes Pratas Nico apresentou na Praça República o seu livro “A Escola da Vida”, iniciativa que contou com a participação musical dos grupos corais de Viana do Alentejo.

Ontem, o Teatro O Bando levou à cena a peça “Rua de Dentro”, um espectáculo onde o palco se estende pela encosta e a plateia espreita por uma janela para a Rua de Dentro. O espectáculo surge no âmbito do Projecto Teias – Rede Cultural do Alentejo.

A encerrar a iniciativa “Viana em Fes-ta”, o Cine-teatro Vianense acolhe um es-pectáculo de fado. Em palco vão estar os fadistas João Ficalho, José Geadas, Paula Ficalho e Patrícia Leal.

Viana em Festa

Setembro é sinónimo de festa no Conce-lho de Viana do Alentejo. Para além da centenária Feira D’Aires (ver artigo nesta edição), Viana é ainda palco da iniciativa “Viana em Festa” de 16 a 22.

No sábado, 17, foi inaugurada no Posto de Turismo uma exposição de peças em madeira de José Manuel Água Morna. Intitulada “A Arte de José Manuel Água Morna”, a exposição pode ser visitada até 16 de Outubro. Já à noite, pelas 21h30, o castelo acolheu o espectáculo “Ibérica & Pedro Frias”.

Além de outros eventos desportivos e culturais, dia 19, no âmbito do Projecto

Conjunto de iniciativas chega hoje ao fim com um espectáculo de fado.

Foto: jfilipebacalas

Uma especialização em meteorolo-gia e oceanografia vai ser criada na Universidade Agostinho Neto, em Angola, para formar professores e altos quadros nessas áreas, graças a uma parceria estabelecida com duas universidades portuguesas e uma brasileira.

A parceria envolve, além da univer-sidade angolana, o Instituto Nacio-nal de Meteorologia e Geofísica de Angola, as universidades portuguesas de Évora e de Aveiro e a Universidade Federal de Alagoas, no Brasil.

“O objectivo é criar naquela uni-versidade de Angola uma especiali-zação em meteorologia e oceanogra-fia”, diz João Corte-Real, do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas da Universidade de Évora.

Segundo o mesmo responsável, o acordo vai fomentar a deslocação a Angola de professores das outras três universidades para ministrarem au-las e cursos em duas áreas nas quais a Universidade Agostinho Neto ainda não possui “know-how”.

UE forma especialistas

Évora

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A Câmara de Évora previa para 2010 uma receita total de 81 milhões de euros. Ficou quase por metade: 48,5 milhões. Os dados constam do relatório de gestão do municí-pio, a que o Registo teve acesso. A degra-dação das receitas – que deverá continuar ao longo de 2011 fruto do agravamento da crise económica e dos cortes nas transfe-rências do Estado para as autarquia – tor-na “mais complicada” a situação financei-ra do município, cujas dívidas ascendem a mais de 68 milhões de euros.

De acordo com o documento, verificou-se uma cobrança “ligeiramente acima” do previsto nos impostos indirectos e nas ta-xas, multas e outras penalidades, e uma cobrança abaixo do previsto nos impos-tos directos, nas transferências correntes e nas vendas de bens e serviços.

Resultado: as receitas obtidas ficaram em 59,9% do previsto no início do ano.

O documento compara a evolução das receitas ao longo dos últimos quatro anos, concluindo que existe uma “progressiva e acentuada diminuição” dos impostos directos cobrados, receita que passou de 12,5 milhões de euros para cerca de 8,2 milhões. Também a receita de venda de bens e serviços “tem vindo sempre a di-minuir”.

A autarquia explica esta situação com a situação económica do país.

No caso dos impostos directos, que re-presentam cerca de 25% do total de re-ceitas, as maiores quebras são a nível do IMI e do IMT. No caso do Imposto Mu-nicipal de Imóveis, a receita arrecadada passou de 4,7 para 3,8 milhões de euros entre 2007 e 2010, período durante o qual o Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT) caiu de 5,7 para 2,7 milhões de euros.

Também a Derrama sofreu uma quebra significativa: de 1,3 milhões para pouco mais de 706 mil euros.

Apenas o Imposto Único de Circula-ção regista uma subida, crescendo de 794 para 911 mil euros.

O relatório de gestão assinala que as receitas provenientes das taxas, multas e outras penalidades têm vindo a subir desde 2008, tendo atingido o ano passado o seu valor mais alto de sempre: 2,5 mi-lhões de euros. O que, segundo o docu-mento, demonstra uma “maior eficácia de

cobrança” no que diz respeito às multas.Já as transferências correntes, onde se

incluem o Fundo de Equilíbrio Financei-ro (FEF) e outras transferências do Estado, também aumentaram, sendo que uma parte desta receita resulta de compensa-ções pela transferência de novas compe-tências, designadamente a nível da Edu-cação.

Por forma do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a redução nas trans-ferências para o município de Évora atin-giu 500 mil euros.

O documento indica que os passivos financeiros registaram uma execução de “mais do dobro” do que era esperado, de-vido à contracção de um empréstimo de 2,8 milhões de euros, excepcionado aos li-mites de endividamento, para fazer face a três projectos comparticipados pelo Qua-dro de Referência Estratégico Nacional (QREN): as novas escolas do Bacelo e dos Canaviais e as infra-estruturas do Parque de Indústria Aeronáutica de Évora.

Em termos de despesa, a percentagem de realização do orçamento de 2010 foi de 60,09%, o que representou um nível de pagamentos de 48,8 milhões de euros, um dos maiores dos últimos anos. “As des-pesas com pessoal foram as que tiveram o maior grau de execução (97,72%), tendo atingido o maior valor de sempre”. Um valor de 20,4 milhões de euros.

ExclusivoMunicípio esperava arrecadar em 2010 um total de 81 milhões de euros. Ficou-se pelos 48,5 milhões.

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Receitas da Câmara de Évora muito abaixo do orçamentadoa degradação das receitas - por força dos cortes nas trans-ferências e na crise - traz problemas acrescidos à autarquia.

<A dívida da Câmara Municipal de Évora em 2010 ascendeu a mais de 68 milhões de euros, de acordo com os números constantes do relatório de gestão do município revelado na

última edição do Registo.>

68NÚMERo

Diminuição de receitas parcialmente explicada por uma menor cobrança de impostos como o IMI.

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8 22 Setembro ‘11

Exclusivo

antropólogo José rodrigues dos santos promoveu iniciativa em locais onde se realizaram autos-de-fé.

Leitura colectiva recorda em Évora 9 mil vítimas da Inquisição

Luís Godinho | Texto

Pelas prisões e pelas salas de tortura do Tribunal do Santo Ofício de Évora passa-ram mais de 22 mil pessoas entre os anos de 1536 e 1821. Deste edifício, localizado nas proximidades do Templo romano, sa-íram dezenas de procissões que culmina-ram em autos-de-fé nos quais as vítimas da Inquisição eram queimadas em espa-ços públicos, acusadas de “crimes” como heresia, bruxaria, ou blasfémia.

Recordar o nome de algumas dessas pessoas foi o que se propôs José Rodri-gues dos Santos, antropólogo e professor da Universidade de Évora, numa leitura colectiva realizada em diversos espaços públicos da cidade onde se realizaram autos-de-fé.

Através da Internet inscreveram-se dezenas de candidatos que leram em voz alta, nos locais “que viram as mortes acontecer”, o nome de 9 mil vítimas da Inquisição de Évora num evento denomi-nado “Todos os Nomes” e que se integrou no âmbito do Festival Escrita na Paisa-gem, dedicado à arte contemporânea.

As leituras ocorreram junto à Sé Cate-dral de Évora e às igrejas de S. Francisco (Capela dos Ossos) e de S. Vicente (próxi-mo da Praça do Giraldo).

Calcula-se que durante qua-se 300 anos aqui tenham sido executadas cerca de 400 pessoas, na sua maioria judeus.

Além dos mortos, “Todos os Nomes” vai evocar a memória de milhares de outras vítimas da Inquisição de Évora. O trabalho de pesquisa foi feito por uma historiadora que colabora com o projecto. Apesar de os arquivos do Tribunal do Santo Ofício “não estarem completos”, foi possível reunir cerca de 4 mil nomes.

“Nas páginas desses registos pulula todo um povo de acusados, de tor-turados, de heréticos, judeus ou não, cristãos-novos e marranos, dissiden-tes, cujos nomes subsistem depois de

esvaído o fumo das fogueiras que os reduziram a cinzas”, diz José Rodrigues dos Santos, sublinhando que apesar desses nomes terem sido “apagados” nas famílias, ruas e na própria memória dos acusados foram mantidos nos “registos da Obra”.

“É tempo que esse pequeno povo de papel saia das linhas da escrita, das páginas dos processos e venha até nós, salvando do que aconteceu a única coi-sa que podemos esperar dar-lhes depois de mortos: a memória de que foram, e que os vivos os lembrem”.

Os condenados do Santo Ofício

“Recordar os nomes dos que morreram, em vão, às mãos do poder da realeza e da Igreja portuguesas é recordar também a marca da destruição do laço social, que ainda hoje faz dos portugueses gente com medo dos outros, de todos os outros, e até, ou sobretudo, dos mais próximos”, diz José Rodrigues dos Santos, recordando que este tipo de “trabalhos de memória” tem ocorrido por toda a Europa.

“São iniciativas que têm a ver com a necessidade de as sociedades reverem o seu passado para o poderem digerir. Para nós, a Inquisição representa uma heran-ça muito pesada”. Segundo o antropólogo, aos milhares de vítimas desse período de quase 300 anos somam-se “todas as ou-tras” perseguidas durante o Estado Novo – “Salazar mais não fez do que restaurar a Inquisição cerca de 100 anos depois de ela

ter sido abolida”.“Isso continua a ter consequências

muito presentes na nossa vida colectiva, na forma como as pessoas têm medo da vida pública, de falar dos poderosos. Em Évora, por exemplo, as pessoas são de uma prudência extraordinária, os comentários nos blogues são quase sempre anónimos e pouca gente ousa vir a público defender os seus pontos de vista”.

A leitura colectiva destinou-se a lembrar “todas as vítimas da repressão da dissidên-cia do pensamento”. “Enquanto na Alema-nha é óbvio que o trabalho de memória tem que ver com o extermínio dos judeus e dos ciganos, em Portugal é diferente. É mais a repressão do pensamento diferente”.

José Rodrigues dos Santos assinala que o palco para este trabalho de memória co-lectiva “só poderia ser Évora”, cidade onde

a Inquisição portuguesa nasceu no ano de 1536, legitimada pelo Papa e pelo rei D. João III.

“Évora não é uma das cidades onde este trabalho poderia ser feito, é aquela onde tem de ser feito pois tem o triste privilégio de ter sido o primeiro e um dos principais focos dessa doença. A própria universida-de deve o seu acto de nascimento (1559) ao Grande Inquisidor, o Cardeal Dom Henrique, futuro rei”. Calcula-se que du-rante cerca de 300 anos, aqui tenham sido executadas cerca de 400 pessoas, na sua maioria judeus, enquanto milhares de outras foram denunciadas, presas, tortu-radas e condenadas “num clima de terror permanente cuja mais grave consequên-cia, para além do sofrimento e da morte injusta das vítimas, foi a destruição do tecido social”.

“A Inquisição continua a ter consequências muito presentes na nossa vida colectiva, na forma como as pessoas têm medo da vida pública, de falar dos poderosos. Em Évora, por exemplo, as pessoas são de uma prudência extraordinária”.

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Exclusivo

Ministro da administração interna diz que medida permitirá poupar cerca de 3,5 milhões de euros por ano.

Funcionários dos governos civis transferidos para outros serviços

Luís Godinho | Texto

Os 316 funcionários que trabalham nos 18 governos civis cuja extinção foi anuncia-da pelo Governo vão ser transferidos para outros organismos do Estado. Segundo fonte do Ministério da Administração Interna (MAI), não está previsto o despe-dimento destes funcionários apesar do respectivo posto de trabalho ser extinto dentro de poucas semanas.

“O Governo está a preparar medidas le-gislativas que permitam a colocação des-tes trabalhadores noutras entidades da administração [pública], em função das competências transferidas, bem como das necessidades de outros serviços”, acrescenta a fonte.

Depois de o primeiro-ministro ter dito no seu discurso de tomada de posse, em Junho, que não iria nomear novos go-vernadores civis como “exemplo de rigor e contenção para que haja recursos para os que mais necessitam”, os funcionários destes organismos temeram ficar sem emprego.

“As pessoas, algumas das quais com uma carreira de muitos anos, ficaram obviamente preocupadas com toda esta incerteza”, diz um funcionário, acrescen-tando que uma delegação de represen-tantes dos trabalhadores dos governos civis expôs directamente estas preocupa-ções ao MAI.

“Na altura foi-nos dito que seríamos reenquadrados noutros serviços, como por exemplo as forças de segurança ou a Protecção Civil, ou até mesmo nos servi-ços centrais do ministério em função da reorganização que também aí será feita”, acrescenta o funcionário, garantindo que existe uma “grande expectativa” sobre o que irá suceder. “Oficialmente não dispo-mos de nenhuma informação adicional quanto ao nosso futuro”.

Uma das hipóteses para a colocação das 316 pessoas que trabalham nos go-vernos civil é a PSP, cujo mapa de pessoal com funções não policiais continua, em grande medida, por preencher. A GNR, a Protecção Civil e a Autoridades Florestal Nacional (caso não seja extinta) poderão igualmente receber alguns destes funcio-nários.

O gabinete de Miguel Macedo tem até dia 15 de Outubro para fazer aprovar os diplomas que procederão à transferência de competências dos governos civis para outras entidades da administração públi-ca, liquidação do património e definição do regime legal aplicável aos actuais fun-cionários.

A redistribuição de competências “não será feita para uma única entidade mas para várias”, esclarece o MAI, sublinhan-do que o objectivo é “manter uma rela-ção de proximidade com os cidadãos e a

316 trabalhadores dos go-vernos civis serão encami-nhados para diversos orga-nismos do estado, incluindo forças de segurança.

O Governo aprovou uma proposta de lei e um decreto-lei, dando seguimento a uma resolução do Conselho de Ministros de Junho, que decidiu a exoneração de todos os governadores civis e mandatou o Ministro da Administração Interna para apresentar os projectos de diplomas necessários à transferência de compe-tências dos Governos Civis para outras entidades da Administração Pública.

“Os diplomas agora aprovados deter-minam a liquidação do património dos Governos Civis e definem o regime legal aplicável aos seus funcionários”, diz fon-te do MAI, considerando que os diplo-mas permitem obter “elevados ganhos de eficiência, seja através da reafectação de património a diferentes serviços, so-bretudo às forças e serviços de segurança e Protecção Civil, quer através de um aproveitamento criterioso dos recursos

humanos anteriormente alocados aos governos civis”.

“Conclui-se assim o processo da trans-ferência de competências dos governos civis para outras entidades da Adminis-tração Pública, inclusive em matéria de reserva de competência legislativa da Assembleia da República, prescindindo de uma estrutura desajustada e onero-sa”, acrescenta a mesma fonte.

“Esta decisão encerra em si mesmo uma poupança”, devido à extinção de “106 funcionários que dependiam directamente do gabinete do governa-dor civil”, diz o ministro Miguel Macedo apontando para uma “poupança directa de salários de 3,15 milhões de euros e indirectamente vai poupar mais cerca de meio milhão de euros”, através dos arrendamentos que “vão cessar com o fim dos governos civis”.

Competências transferidas

A transferência para a PSP E GNR de funcionários dos governos civis permitirá libertar mais elementos das forças de segurança para as patrulhas.

continuidade na prestação dos serviços” a cargo dos governos civis, como a emissão de passaportes cuja competência passou a ser exercida pelo Serviço de Estrangei-ros e Fronteiras.

Entretanto está também a ser feita uma avaliação detalhada do património exis-tente tendo em vista a sua “afectação a outros serviços” do Estado.

À extinção dos governos civis, o Go-verno promete juntar outras medidas de reorganização do território, naquilo que

o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, classifica como sendo um “choque reformista” na administração lo-cal.

A aposta passa pela redução substan-cial do número de freguesias, a revisão da lei das finanças locais, a avaliação das competências dos municípios e a reforma da lei eleitoral autárquica com a redução do número de vereadores, num conjunto de diplomas que deverão estar concluídos até final do próximo ano.

Os portugueses podem a partir de sexta-feira pedir os passaportes nas conservatórias de todas as sedes de concelho, segundo um protocolo que alarga a rede de pontos de acesso à obtenção do documento.

Na sequência da extinção dos governos civis, a quem cabia a conces-são do passaporte comum, o Governo procedeu à reorganização do processo de emissão do documento, transferin-do essa competência para o director nacional do Serviço de Estrangeiro e Fronteiras (SEF) e alargando a rede de locais de acesso.

O protocolo assinado no Ministério da Administração Interna (MAI) entre o SEF e o Instituto dos Registos e do Notariado permite a obtenção de pas-saportes nas conservatórias e Lojas do Cidadão a partir de sexta-feira.

Segundo o MAI, o alargamento da rede fará com que os portugueses passem a dispor de 319 locais para pedir o passaporte face aos actuais 27, o que resulta “numa clara facilitação do processo”.

O ministro da Administração Inter-na, Miguel Macedo, garantiu que Por-tugal vai continuar a ter “um passapor-te seguro”, além de se ter “melhorado a acessibilidade e proximidade” dos cida-dãos ao serviço pelo “mesmo preço”.

Passaportes nas Conservatórias

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10 22 Setembro ‘11

Exclusivo

Presidente da direcção diz que o clube “não tem neste momento nem dinheiro nem património”.

Dívida do Lusitano de Évora ascende a 800 mil euros e compromete futuro

Redacção | Registo

O Lusitano de Évora, um dos históricos clubes do Alentejo, que nos anos 50 e 60 permaneceu 14 épocas na primeira Divisão, atravessa uma crise sem prece-dentes ao ponto de este ano ter suspendi-do o futebol sénior.

A cerca de dois meses de completar 100 anos de existência, o Lusitano está com uma dividida 800 mil euros e, como se não bastasse, não possui património. “Fruto da gestão das duas direcções an-teriores o Lusitano não tem neste mo-mento nem dinheiro nem património” esclarece Manuel Porta, presidente da direcção dos verde-e-brancos.

Segundo Manuel Porta, a situação do clube é muito grave. “O Campo Estrela, onde a grande história do nosso clube foi sendo escrita ao longo dos anos, já não é nosso e o Campo da Silveirinha pertence a uma sociedade que é a Evoraurbe”.

Recorde-se que o Campo da Silveiri-nha foi construído por ocasião do está-gio de preparação da Selecção Nacional antes do Mundial da Alemanha, entran-do o Campo Estrela como contrapartida para um negócio imobiliário.

Manuel Porta vê-se agora a braços com uma divida de quase um milhão de eu-ros e a poucos dias de celebrar o centená-rio o Lusitano corre o sério risco de desa-parecer do espectro desportivo.

“Não sou céptico ao ponto de dizer que o futuro passa pelo fechar de portas, mas é bom que os sócios tenham a noção de que a situação é muito grave”, acrescenta Manuel Porta.

“Nós pedimos a colaboração a especia-listas de gestão que nos apontassem o caminho certo e enquanto não tivermos na nossa posse o resultado desse estudo não poderemos chegar a nenhuma con-clusão. Gostava, no entanto, de no dia 11 de Novembro apresentar alguma solu-ção aos sócios”, refere o dirigente.

O Lusitano Ginásio Clube terminou a época passada no segundo lugar da Di-visão de Honra da Associação de Futebol de Évora, contudo esta época “não foi possível encontrar orçamento e decidi-mos suspender este escalão”, o que acon-tece pela primeira vez em 99 anos.

Com cerca de 2800 sócios, dos quais apenas 900 pagam habitualmente as quotas, o Lusitano tem aproximadamen-te 200 atletas em diversos escalões de formação.

A Escola de Futebol do clube desen-volve toda actividade de uma forma autónoma na Herdade da Silveirinha, enquanto que os restantes escalões trei-nam e jogam no Campo Estrela. “É uma forma de tentar cativar novamente os associados”, diz, esperançado, Manuel Porta.

À beira de completar 100 anos, o histórico clube ebo-rense atravessa uma crise em precedentes e este épo-ca não tem futebol sénior.

É bom que os sócios tenham a noção de que a situação é muito grave”, defende Manuel Porta, presidente do Lusitano.

A pouco dias de completar cem anos de existência, o Lusitano de Évora está à beira desaparecer do espectro despor-tivo nacional, mergulhado em dívidas e o primeiro reflexo desta situação é a ausência do clube das competições sénior.

Fundado a 11 de Novembro de 1911, já participou em todas as provas do futebol português, sendo de destacar as catorze épocas consecutivas no Cam-peonato Nacional da 1ª Divisão nos anos 50 e primeira metade da década seguinte onde alcançou um quinto lugar, bem como uma presença nas meias-finais da Taça de Portugal, entre outras classificações.

O cenário de glória deu agora lugar à tristeza e ao desapontamento. “É triste recordar a nossa presença na 1ª Divisão e ver o clube à beira do precipício”, diz Carlos Falé, um dos jogadores que dis-putou o escalão maior do futebol luso com a camisola do Lusitano.

Este defesa-central, agora com 78 anos, não tem dúvidas em afirmar que o clube “tem os dias contados. Já foi um grande clube e agora é o que se sabe. A presença da Selecção Nacional em Évora deu cabo do Lusitano devido aos negócios que se fizeram”, afirma o antigo jogador.

Sempre disponível em colaborar com os dirigentes do clube, Falé acredita que com o regresso dos escalões de fu-

Falé não esconde a mágoa

tebol ao Campo Estrela fará com que os adeptos e os simpatizantes voltem ao clube. “Se tal não suceder então o clube acaba aos 100 anos”, significando uma grande perda para o desporto local e para o património histórico da cidade e da região.

Depois dos anos onde um grupo de empresários se mostrou disponível a levantar o clube até aos escalões supe-

riores, que levou inclusive à presença nos órgãos directivos de João Manuel Nabeiro, filho do Comendador Rui Na-beiro e presidente da Delta Cafés - após a experiência do Campomaiorense na 1ª Divisão - as tentativas de trazer o “velho Lusitano” de volta foram-se es-vanecendo, chegando à situação crítica em que hoje se encontra - sem uma luz ao fundo do túnel.

Longe vão os tempos da I Divisão. Há 45 anos, o Sporting saiu do Campo Estrela com um empate.

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Radara devoção a nossa senhora d’aires nasce em 1748, tendo sido erguida um santuário próximo da vila.

Pedro Galego | Registo

Viana do Alentejo acolhe, a partir de ama-nhã e até segunda-feira, mais uma edição da centenária Feira D’Aires, um certame que pretende ser um espaço privilegiado para a mostra de actividades económicas, nomeadamente do tecido empresarial da região.

O certame que celebra nesta edição 260 anos é da responsabilidade da autarquia local, em parceria com a junta de fregue-sia de Viana, e alia o profano ao sagrado, o que tem atraído todos os anos milhares de pessoas àquela vila. Animação, músi-ca, gastronomia e cultura, são os outros pratos fortes.

Participam no certame perto de 90 ex-positores dos mais variados sectores de actividades. Segundo o presidente da Câmara, Bengalinha Pinto, esta é uma oportunidade única de figurar na melhor montra do concelho (ver entrevista).

A par das actividades económicas, que vão ficar instaladas no pavilhão prin-cipal, a feira tem ainda mais dois pavi-lhões, um dedicado à gastronomia, outro para acolher os espectáculos.

Vão passar pelo palco da feira, no dia 24, “Quem é o Bob – Tributo a Bob Marley” e dia 26, José Cid, para encerrar o evento com chave de ouro.

Na tenda da gastronomia, onde os pra-tos da cozinha regional são os senhores da festa, vai haver tunas, Cante da Ter-ra, Cante Vizinho, os Outr’Hora Carmim, e ainda o II Festival de Folclore Feira D’Aires, que se pretende afirmar como um evento de relevo neste género.

Nas actividades desportivas o destaque vai para o Torneio de Futsal Feira D’Aires, promovido pelo Sporting Clube de Viana do Alentejo.

Outro dos pontos altos das festivida-des será, por certo, a Corrida de Touros organizada pela Associação Equestre de Viana do Alentejo. Em praça vão estar os cavaleiros Luís Rouxinol, Vítor Ribeiro e Soler Garcia e os forcados amadores de S. Manços e Moura. A festa brava tem hora marcada para domingo, às 16h00.

No certame há ainda uma parte da fei-ra destinada ao comércio tradicional na feira franca e o espaço destinado ao diver-timento dos mais jovens, com os sempre populares carrosséis.

Em ano de crise, e por sugestão dos ex-positores o evento começa um dia mais cedo, amanhã, e dá continuidade à se-mana do Viana em Festa, na tentativa de potenciar recursos sem aumentar o orça-mento.

Viana do Alentejo vive quatro dias de festaCertame é um espaço privilegiado para a mostra de actividades económicas, do concelho.

Qual a importância da Feira D’Aires para o Concelho?

A Feira D’Aires é, desde há muito, um espaço privilegiado de encontro para aqueles que estão longe e apro-veitam esta altura do ano para reve-rem familiares e amigos. Na vertente económica é a melhor monta do nosso concelho. É um dos eventos que mais pessoas pode chamar à nossa locali-dade, sobretudo no fim-de-semana, mas também na sexta [amanha] e na segunda, com o espectáculo do José Cid, podemos ter casa cheia em Viana do Alentejo.

Este ano o certame tem mais um dia. A que se deve essa mudança?

Através do inquérito feito aos expo-sitores o ano passado, percebemos que aumentar a feira um dia não acarreta-va mais custos e por outro lado quem expõe e investe para estar na feira vê essa situação mais rentabilizada. Passámos as actividades culturais do que seria o último dia do ‘Viana em Festa’ para o recinto da feira e assim conseguimos alargar o evento. Se o S. Pedro Ajudar vai ter com certeza mais sucesso, mas se ele não quiser colabo-rar os mais de 2500 metros quadrados de área coberta chegam para que toda a gente possa estar connosco com conforto.

Quais são as expectativas para este ano?

Esperamos que a feira seja essen-cialmente um espaço de convívio e festa emtre os locais e os que nos visitam e vêm de fora. Deixamos tam-bém o apelo para que os empresários locais queiram estar presentes e que beneficiem das condições especiais que lhes proporcionamos, nesta que é a nossa melhor montra. Aqui têm uma excelente oportunidade de se dar a conhecer.

”A feira é umlocal de encontro“

Bengalinha Pinto

Na Feira d’Aires deste ano vão actuar, entre outros, José Cid e os Outr’Hora Carmim.

Fotografias | D.R.

A devoção a Nossa Senhora d’Aires nasce em 1748, ano em que a santa terá atendi-do aos pedidos de alguns comerciantes da terra. Em sua honra é mandado cons-truir um santuário, que só viria a ficar concluído meio século mais tarde.

Entretanto, o local torna-se alvo de peregrinação o que levou D. José I, a 27 de Setembro de 1751, a autorizar ali a realização de uma feira franca. E desde então, Viana do Alentejo recebe, anual-mente, a Feira d’Aires, sempre no terceiro

fim-de-semana de Setembro.É no domingo à tarde que se dá o ponto

alto das celebrações religiosas. Trata-se apenas de um pequeno percurso com a imagem da santa que é feito em redor do templo. A grande romaria em honra da santa mudou-se, a partir do século passado, para o mês de Abril, da qual faz parte a tradicional romaria a cavalo. Foi esta a forma encontrada pela igreja para separar as celebrações religiosas do carácter mundano da feira.

História centenária

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12 22 Setembro ‘11

Radar

a inquisição Portuguesa nasceu legalmente em Évora no ano de 1536, legitimada pelo papa, apadrinhada pelo rei d. João iii. e nesta cidade se organizou o primeiro organismo dirigente, o Conselho das Cousas da Fé.

Construída paralelamente ao “pilar” da sociedade ocidental que é o indivíduo, outra figura ocupa um lugar essencial: a propriedade privada. O seu papel foi sempre visto como profundamente am-bivalente: como já vimos, a proprieda-de é garante da autonomia dos indiví-duos frente ao Estado. Mas a instituição da propriedade tem ainda outro poten-cial. Ela foi um extraordinário motor do desenvolvimento económico.

Com efeito, os indivíduos só foram re-almente motivados (de maneira cons-tante, persistente, ao longo de séculos) para desenvolver actividades lucrati-vas, porque o fruto dessas actividades lhes pertencia. O proprietário de bens que os administra mal, perde; o que os administra bem, ganha e é motivado para aumentá-los.

Daqui resultaram dois fenómenos constantes: a possibilidade da acumu-lação de riqueza, o desenvolvimento das actividades lucrativas, por um lado. E o crescimento da desigualdade entre os que enriquecem e os que nada pos-suem, por outro.

A revolução francesa inclui a pro-priedade privada no elenco dos direitos humanos fundamentais (art. 2º e art. 17º da Declaração dos Direitos do Ho-mem e do Cidadão), a par com o direito de “resistir à opressão”: é o direito de propriedade que permite ao indivíduo opor ao Estado e à sociedade o direito de realizar os seus próprios objectivos.

Mas a desigualdade que gerada pelo processo de acumulação suscita no século XIX as críticas dos socialistas: “a propriedade é o roubo”, escrevia de início Proudhon. Mas a história da evolução das sociedades europeias veio renovar inteiramente essa questão.

A progressiva limitação do sistema da propriedade privada (limitações ao direito absoluto, noção de utilidade social) e a construção do Estado social demonstraram que o potencial destru-tivo (agravamento das desigualdades) pode ser regulado (o que não quer dizer que o seja efectivamente, nem sempre), salvaguardando o potencial criador.

E a história trágica das tentativas de destruição da propriedade privada de-monstrou que atrás da erradicação da propriedade chega sempre a destruição dos direitos dos indivíduos. O próprio Proudhon, no fim da vida, reconside-rou a sua posição: “a propriedade é a única força capaz de servir de contra-peso ao Estado”.

*CIDEHUS - Universidade de Évora e Academia Militar

[email protected]

Um olhar antropológico

Elogio do capitalismo. 4. Potências e perigos da propriedade privada

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JosÉ rodrigues dos santos*antropólogo

António Borges Coelho * | Texto

Quando olhamos o lugar sagrado da acró-pole, ladeado pela massa formidável da Sé e a leveza do Templo Romano, quando abrirmos os olhos num estremecimento ante a grandeza monumental do passa-do, estamos longe de imaginar o medo, a superstição, a glória assassina e os passos, por vezes de extraordinária grandeza, dos condenados ao último suplício.

A Norte da praça, a Inquisição Velha encostava os seus cárceres ao Templo Ro-mano. Olhava o Paço do Arcebispo e a Sé. Estendia-se mais tarde a Poente, ocu-pando casas compradas ao conde da Vidi-gueira, ainda hoje marcadas pelas armas do Santo Oficio.

A legenda “Judca causam tuam” cir-cundava a espada e o ramo de oliveira. Em 1636, o arquitecto Mateus do Couto re-definiu o espaço. Uma parte era ocupada pelo palácio inquisitorial, morada indivi-dualizada dos três inquisidores; na outra, erguiam-se as duas salas do despacho, os cárceres, os cárceres de vigia, a sala de tortura, não visível na planta mas onde se aplicavam os diferentes tratos, particu-larmente o do potro e o da polé, e ainda os cárceres da penitência.

Restam uma imponente sala do despa-cho, diferentes espaços reaproveitados, o brasão e outros símbolos, cerca de catorze mil processos, livros de receitas e despe-sas, correspondência diversa, cadernos do promotor, livros de denúncias.

A Inquisição Portuguesa nasceu legal-mente em Évora no ano de 1536, legiti-mada pelo papa, apadrinhada pelo rei D. João III e pelos infantes seus irmãos que sucessivamente ocuparam a mitra da ci-dade, o cardeal Afonso e o futuro cardeal e inquisidor-geral D. Henrique.

E nesta cidade se organizou o primeiro organismo dirigente, o chamado Conse-lho das Cousas da Fé, onde pontificava o doutor em Cânones pela Universidade de Salamanca, fundador da Inquisição de Lisboa e futuro arcebispo de Évora, dou-tor João de Melo. Mas, como tribunal au-tónomo, a Inquisição de Évora nasce a 5 de Setembro de 1541 com a posse do seu primeiro inquisidor, o temível licenciado Pedro Álvares de Paredes, e é extinta pe-las Cortes Constituintes por decreto de 31 de Março, publicado no Diário das Cortes de 2 de Abril de 1821.

Juntamente com as inquisições de Coimbra e de Lisboa, a Inquisição de Évo-ra foi um tribunal dito da fé que sujeitava à sua jurisdição todos os crentes, incluído o rei, a quem por vezes ameaçou de exco-munhão. Zelava pela fé tridentina e pela limpeza de sangue.

A sua presa privilegiada eram os cris-tãos-novos. Opunha-se tenazmente à sua fusão com os cristãos-velhos, medindo

da Sé e muitos deles subiram às mitras, designadamente à mitra de Évora, consi-derada nos meados do século XVIII mais rendosa que a Sé de Braga e a segunda das Hespanhas.

Também não faltaram questões com a Universidade que disponibilizava os

A Inquisiçãode Évora a inquisição de Évora foi um tribunal dito da fé que sujeita-va à sua jurisdição todos os crentes, incluído o rei, a quem por vezes ameaçou de excomunhão.

A tensão entre a Inquisição e a cidade explodiu algumas vezes em violência. Junto à Sé Catedral organizaram-se autos-de-fé.

continuamente o sangue das vítimas e contrariando os casamentos mistos. O seu santo ofício consistia em vigiar, escutar, ler, prender, interrogar, submeter a tortu-ra, julgar e condenar sem apelo nem agra-vo os chamados heréticos, os relapsos, os sodomitas, os feiticeiros, os bígamos, os solicitantes, os ateus. Só prestava contas ao Conselho Geral e ao Inquisidor-Geral. Todas as justiças ficavam sujeitas ao seu poder que, por intermédio do Conselho Geral e das outras Inquisições, cobria o território nacional e o império marítimo.

O seu aparelho era formado por três inquisidores com preeminência do mais antigo, o da primeira cadeira, por depu-tados, promotor, notário, fiscal, meirinho, alcaide e guardas dos cárceres. No pessoal eventual, incluíam-se o médico, a par-teira, o barbeiro, o pintor das efígies dos condenados à morte, os padres que eram incumbidos de ajudar, nos últimos mo-mentos, os condenados a confessar ou a morrer.

A acrescentar a estes funcionários da sede, espalhavam-se pelas principais ci-dades e vilas os comissários ou delegados locais do Santo Oficio, escolhidos entre os clérigos mais eminentes, os familiares leigos que asseguravam com a sua espa-da as prisões e a ordem no auto da fé, os qualificadores ou doutores universitários que analisavam as proposições suspeitas de heresia.

No dia 13 de Janeiro de 1729, D. João V visitou incógnito, em companhia do físico-mor, os cárceres da Inquisição de Évora. Entrou pela porta secreta do alcai-de dos cárceres, assistiu ao interrogatório de um feiticeiro, examinou os cárceres de vigia, entrou na sala do despacho, olhou das janelas o palácio do arcebispo e pe-netrou depois, à luz das velas, na sala do “secreto”.

A 6 de Fevereiro, no seu regresso da fronteira, o rei visitou de novo os cárce-res e na sala da tortura um dos guardas sujeitou-se simuladamente aos tratos de polé e às correias do potro.

Não faltaram conflitos a minar o enten-dimento entre as quatro grandes institui-ções que marcavam a vida da cidade: a Sé, a Universidade, a Inquisição e o Conce-lho. A Inquisição e a Sé estavam frente a frente. O Concelho tinha a sua sede num dos extremos da Praça Grande ou Praça do Giraldo onde se desenrolavam os autos da fé. A Universidade marcava um espa-ço junto da antiga alcáçova.

Na coexistência nem sempre pacífica dos poderes, os arcebispos furtavam-se a ir ao auto da fé por questões de preemi-nência. Queriam uma cadeira especial que os inquisidores, administradores do acto, negavam. Mas a ligação à Sé era or-gânica: quase todos os inquisidores acu-mulavam o seu cargo com os de cónego

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a inquisição Portuguesa nasceu legalmente em Évora no ano de 1536, legitimada pelo papa, apadrinhada pelo rei d. João iii. e nesta cidade se organizou o primeiro organismo dirigente, o Conselho das Cousas da Fé.

Radar

seus doutores para a pregação nos autos da fé e para o acompanhamento final dos presos. As questões eram ainda de preeminência. Quem devia abastecer-se primeiro de carne no mercado: os criados dos inquisidores ou os da Universidade? Num conflito célebre entre a Universi-

dade e a Inquisição, deflagrado em 1643, D. João IV decidiu contra a Universidade, possuidora de antigos privilégios e parti-dária da Restauração, e a favor da Inquisi-ção que contra ele conspirava e prendera o padre jesuíta Francisco Pinheiro, lente de Teologia.

A tensão entre a Inquisição e a cidade explodiu algumas vezes em violência. Um dos momentos de maior tensão vi-veu-se na última década do século XVI quando os inquisidores prenderam boa parte dos mercadores eborenses da Pra-ça Grande. Para escárnio das famílias, penduravam-se na igreja de S. Antão as efígies dos condenados à morte. Mas os inquisidores queixavam-se que alguém as destruía pela calada ao mesmo tempo que os cristãos-novos se recusavam a ser fregueses de S. Antão.

Numa sociedade mortificada por escrú-pulos de consciência, sempre desconfiada dos seus pensamentos e dos pensamen-tos e das práticas dos vizinhos, o tribunal alimentava-se quase exclusivamente da denúncia. E toda a sua actividade interna consistia em fabricar denúncias, verda-deiras e falsas, usando as longas prisões sem culpa formada, as ciladas, a coacção psicológica, a tortura. O momento mais alto era o do auto da fé anual, a “Testa” que por vezes se prolongava pelo dia in-teiro e onde eram “reconciliados” ou gar-rotados e queimados os hereges relapsos e negativos, quase sempre cristãos-novos.

O lugar de deputado e de inquisidor abria as portas do verdadeiro “cursus ho-norum” que desembocava nas mais altas prebendas da Igreja e do Estado: conezias, mitras, reitorados da Universidade, Con-selho de Estado (por inerência, o membro do Conselho Geral tornava-se membro do Conselho de Estado), Mesa da Consciên-cia e Ordens.

Pelos quadros da Inquisição de Évora passaram doutores e mestres em teologia, doutores, licenciados e bacharéis em di-reito canónico ou em ambos os direitos. Entre eles, o teólogo dominicano Frei Jerónimo de Azambuja que participou no Concílio de Trento, e Marcos Teixeira, cónego doutoral da Sé de Évora, futuro bispo do Brasil que comandou a recon-quista da Baía tomada pelos holandeses em 1624.

O chamado distrito onde a Inquisição de Évora exercia a sua actividade abarca-va todo o sul do Tejo com excepção da pe-nínsula do Setúbal. Nos seus primórdios recebeu presos de Trás-os-Montes e da Beira. As cidades e vilas mais castigadas foram Beja, Évora, Elvas, Montemor-o-Novo, Campo Maior, Arraiolos, Viçosa, Es-tremoz, Serpa, Faro. Os períodos de maior rigor ocorreram nos governos de Filipe II

e IV e após a morte de D. João IV. E só de-pois do governo do Marquês de Pombal, o pedreiro livre substitui o cristão-novo.

Entre as vítimas conta-se o desembar-gador e humanista Gil Vaz Bugalho, cris-tão-velho, amigo de linguistas de origem hebraica, doutos no latim, no hebraico e no caldeu, tradutor para linguagem dal-guns livros do Velho Testamento e quei-mado em 1551.

Frei António de Abrunhosa, francis-cano natural de Serpa, parte de cristão-novo e cristão no coração, assistiu à prisão da mãe, das irmãs e sofreu ele próprio a perseguição dos seus conventuais e do Santo Oficio. Manuel Casco de Farelais, aluno da Universidade e fidalgo cristão-novo, enviou da prisão um Padre Nosso em verso antes de ser queimado em 1629.

Em 1613 um cristão-novo denunciava alentejanos que judaizavam em Ham-burgo e Amesterdão. Entre eles conta-vam-se o licenciado Francisco da Rosa, dos Rosas de Beja, Manuel Gomes de Évo-ra (Jacob Abenatar), Álvaro de Castro, dos Namias de Beja, Melchior Mendes de El-vas (Abraão Franco), Nuno Bocarro (Jacob Pardo), dos Bocarros de Beja, e outros. Os fugitivos diminuíam as forças de Portu-gal e alimentavam as da Holanda e dou-tros países do Norte.

António Costa Lobo, um dos cidadãos mais ricos de Beja, onze anos preso sem culpa formada e queimado em 1629, afir-mava que o Santo Ofício era um tribunal do diabo. Que os inquisidores vinham da Beira julgar as consciências alheias e, em vez de as salvarem, as metiam no inferno.

Durante quase três séculos muitos dos homens mais poderosos das cidades e das vilas a Sul do Tejo passaram pelos cárce-res e sofreram o confisco dos seus bens. De tal modo que, já em 1630, o inquisidor-geral D. Fernando de Castro escrevia que se o reino estava menos rico em compen-sação estava mais católico.

Mas no fim das contas, sem somar o sofrimento e a humilhação, sem contar a “desonra das gerações”, nas palavras de frei António de Abrunhosa, podemos afirmar que o Alentejo e o Algarve fica-ram menos católicos e mais pobres.

Historiador , autor de “Portugal na Espa-nha Árabe”, “A Revolução de 1383”, “A In-quisição de Évora” e muitas outras obras.

in resistir.info

A tensão entre a Inquisição e a cidade explodiu algumas vezes em violência. Junto à Sé Catedral organizaram-se autos-de-fé.

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14 22 Setembro ‘11 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

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Pina

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Direcção: Wilhelm WendersSinópse:

uma homenagem a Pina Bausch (1940-2009) pelo aclamado realizador Wim Wenders com coreografia da companhia tanztheater Wuppertal a partir da obra da coreógrafa alemã. traçado à volta de “a sagração da Primavera”, “Café Müller”, “Kontak-

Carta dominante: O  Dependurado,  que significa Sacrifício.amor: O  amor  poderá  bater-lhe  à  porta, fique atento.saúde: Procure fazer uma vida mais sau-dável. dinheiro: Esta não é uma boa altura para investir nos negócios.

Carta dominante: 6 de Ouros, que signi-fica Generosidade.amor: Esqueça um pouco o trabalho e dê mais atenção à sua família.saúde: Poderá andar muito tenso.dinheiro: Período  positivo  e  atractivo, haverá  uma  subida  do  seu  rendimento mensal.

Carta dominante: 5 de Copas, que signi-fica Derrota.amor: Seja  sincero  nas  suas  promessas se  quer  que  a  pessoa  que  tem  a  seu  lado confie em si.saúde:  Liberte-se  e  a  sua  saúde  irá  me-lhorar.dinheiro:  Excelente  período  para  tratar de assuntos de carácter profissional.

Carta dominante: A Imperatriz, que sig-nifica Realização.amor: liberte-se do passado.saúde: procure  o  seu  médico  se  não  se anda a sentir bem.dinheiro: ajude os mais necessitados.

Carta dominante: Ás de Paus, que signi-fica Energia, Iniciativaamor: Momento  favorável  para  jantares românticos. saúde: O  seu  sistema  imunitário  está muito sensível, seja prudente. dinheiro: Momento calmo e favorável.

Carta dominante: 2 de Ouros, que signi-fica Dificuldade/ Indolência.amor: Vai apaixonar-se facilmente.saúde: Faça caminhadas.dinheiro: Não se exceda nos gastos.

Carta dominante: 8 de Copas, que signi-fica Concretização, Felicidade.amor: a sua vida amorosa dará uma gran-de volta brevemente.saúde: Faça exames médicos.dinheiro: Evite gastos supérfluos. 

Carta dominante: Valete de Copas, que significa Lealdade, Reflexão.amor: Deixe o ciúme de  lado e aproveite bem os momentos escaldantes.saúde: Cuidado com os excessos alimen-tares.dinheiro: Não peça um novo empréstimo, os tempos não estão para isso.

Carta dominante:  Rainha  de  Paus,  que significa  Poder  Material  e  que  pode  ser Amorosa ou Fria.amor: estará  em  plena  harmonia  na  sua vida a este nível.saúde: Faça um check-up.dinheiro: Tente  poupar  um  pouco  mais, pois mais vale prevenir do que remediar.

Carta dominante: O Mundo, que signifi-ca Fertilidade.amor: Aproveite  bem  todos  os  momen-tos  que  tem  para  estar  com  a  sua  cara-metade.saúde: Poderá sentir alguma fadiga física.dinheiro: Conserve  todos  os  seus  bens materiais.

Carta dominante: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera.amor: Partilhe os seus sentimentos e de-cisões com a pessoa que ama. saúde: Com disciplina e controlo melho-rará de qualquer problema.dinheiro: Uma pessoa amiga vai precisar da sua ajuda.

Carta dominante: 8 de Paus, que signi-fica Rapidez.amor: Evite as discussões com o seu par. saúde: Será  uma  época  com  tendência para enxaquecas.  dinheiro: Dê mais valor ao seu trabalho, e só terá a ganhar com isso.

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personagem da história a contar. Com estreia nacio-nal em 3d em seis cidades do país, tem antestreia em gaia, a 8 de Maio, com a presença dos bailarinos e artistas da com-

panhia de Pina Bausch, o tanztheater Wuppertal, que dará vários espectácu-los no teatro nacional de são João, no Porto.

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touroLigue já! 760 10 77 32

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thof” e “Vollmond”, as quatro mais famosas peças da coreógrafa, o filme leva-nos numa via-gem às profundezas da arte da dança, tendo como cenário a cidade de Wup-pertal, alemanha, que Pina Bausch escolheu para viver os últimos 35 anos da sua vida e que Wenders quis que se tornasse, ela mesma, uma

Um Amor Feliz

Sugestão de livro

Direcção: David Mourão-FerreiraSinópse:

«...a maravilha que deve ser escrever um livro: a inven-ção dentro da memória; a memória dentro da invenção; e toda essa cavalgada de uma grande fuga, todo esse prodígio de umas poligâmicas núpcias, secretas e arrebatadas, com a feminina multidão das

presente. Complexo mas maduro como enre-do devido à existên-cia dessa multipli-cidade simultânea de tonalidades do amor, um romance pungentemente real e credivelmente hu-

mano que expõe um mundo onde a hipocrisia que reina nada vale quando compara-da à vivência do amor não importa em que condições.

palavras (...)». david Mourão-Ferreira é um dos nomes de refer-ência ao longo das mutações literárias do século XX, e exprime-se assim no seu romance, que continua a ser, ele também, um caso de «amor feliz» entre a escrita e o público como o provam as muitas reedições que nos trazem uma voz que se perpetua num continuado

évora

alCáCer do sal nos Últimos três milé-nios – a ConFluênCia de CulturasAté 24 de SetembroExposição  que  inclui  espólio  pro-veniente do castelo e outros locais do  concelho  de  Alcácer  do  Sal, abrangendo  cronologicamente  o período  que  vai  desde  a  Idade  do Ferro até à Época Contemporânea. Encontram-se  expostos  materiais cerâmicos  de  uso  quotidiano,  en-tre  outros,  bem  como,  diversos metais.

estremoz

“Contemporaneidade”Após  a  exposição  de  fotografia brasileira  da  Colecção  da  Cura-dora  Rosely  Nakagawa,  na  Sala de  Exposições  Temporárias  do Museu  Municipal  de  Estremoz Prof.  Joaquim  Vermelho,  inau-gurou  a  exposição  de  fotografia de Nuno Calvet – “Contempora-neidade”.A  exposição  conta  com  o  apoio do  Centro  Português  de  Foto-grafia  e  da  Sociedade  Agrícola “Monte da Caldeira” e estará pa-tente até 18 de Setembro, sendo a  entrada  gratuita.  Organização da  Câmara  Municipal,  através do  Museu  Municipal  de  Estre-moz Prof. Joaquim Vermelho.vas sobre  um  mesmo  objecto  e  as mitologias  nele  contidas,  entre o artesanato tradicional e a cria-ção contemporânea.

exposiçãosousel

“Feira de são miguel”23 a 25 de SetembroFeira  tradicional  que  se  realiza desde  o  século  XVIII  mas  que  se tem vindo a adaptar à actualidade.

Viana do alentejo

Feira d’aires 2011Entre os dias 23 e 26 de Setembro, Viana do Alentejo acolhe mais uma edição da Feira D’Aires. Para além da  mostra  de  actividades  econó-micas, os espectáculos musicais, o cante coral, o folclore e o desporto marcam  esta  edição  do  certame organizado pelo Município de Via-na do Alentejo em parceria com a Junta de Freguesia local.

Festas e Feiras Borba

animação Cultural nas noites de Verão em BorBaOs  meses  de  Julho,  Agosto  e  Se-tembro, irão contar com bastante animação e actividade cultural no concelho de Borba, que convidam a  momentos  de  lazer  e  convívio ao  ar  livre.  As  actividades  terão a  organização  do  Município  de Borba,  juntas de  freguesia, asso-ciações  e  comissões  de  festas  do concelho.

arraiolos

500 anos do Foral manuelino de arraiolosAté 30 de OutubroDentro da Reforma de actualização dos forais medievais – o de Arraio-los data de 1290 – a 29 de Março de 1511, D. Manuel outorga o chamado “Foral Novo” de Arraiolos.E,  com  início  em  29  de  Março  de 2011,  assinalamos  estes  cinco séculos  de  história,  procurando conhecer mais sobre a nossa terra e  as  suas  gentes,  projectando  um futuro melhor ainda que sobre um presente demasiado sombrio.Assim foi quando a reabilitação ur-bana do Centro Histórico de Arraio-los revelou novos “achados” para a história  dos  nossos  Tapetes  –  pa-trimónio  cultural  mundialmente conhecido;  assim  foi  aquando  da descoberta recente de inscrições e grafitos nas muralhas da “Praça de Armas” do Castelo.

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évora

Curso BreVe de teatro26 a 29 de Setembro de 2011 | Ho-rário  Pós-laboral  |  Cine-teatro  de Borba. Curso promovido pelo CEN-DREV (Centro Dramático de Évora).

montemor-o-novo

“as leis Fundamentais da estupidez humana”24 de Setembro de 2011Pela Companhia AL-MaSRAH TeatroM/12Horário: 21h30Local: Cine teatro Curvo Semedo

teatro

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SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

Festival Escrita na Paisagem continua a deixar marcas na paisagem alentejana. A II Mos-tra de video-performance. É constituída por trabalhos audio-visuais de autores de diferentes nacionalidades. O público pode assistir a estes trabalhos até ao dia 25, na Igreja de S. Vicente, das 10h00 às 24h00 e também, de 22 a 24, nos Antigos Celeiros da EPAC.

O espaço dos Antigos Celeiros move-se entre mitos e entre cor-pos e os seus mitos. Os Comple-tely Naked vão estar neste local para quebrar barreiras e acabar com a censura do corpo. De 21 a 24 de Setembro, o workshop “Censura Emocional “integrará os seus participantes numa pai-sagem corporal.

Através da construção de qua-dros vivos, o colectivo explora o que define como “psicologias so-

ciais sobre o corpo humano”.Hoje, o festival volta a apre-

sentar ao público um Blind Date. O desafio é juntar duas pessoas, dois artistas ou dois grupos que, até ao momento do espectáculo, não conhecem o seu “adversá-rio”.

O que cada elemento sabe é que terá de fazer um solo e no final algo em conjunto com o outro elemento, que é forçosa-mente de uma área distinta. O objectivo é provar que é possível unir linguagens, que a partida só funcionariam separadas.

Destaque ainda esta semana para Macchina d’ Autunno, um projecto de Susana Mourão e Jor-ge Mantas, dia 23 de Setembro, na Igreja de S. Vicente. Este pro-jecto constitui “um dispositivo áudio visual em tempo real”.

A ligação entre a noção de me-lancolia e o Outono é em Mac-

china d’Autumno lugar de uma revisitação cinemática, intros-pectiva. Uma viagem às mitolo-gias pessoais. São lugares de in-timidade construídos no núcleo mais profundo das emoções, lá onde as memórias, de tão inten-sas, se tornam imaginárias.

“As saudades do futuro ou tal-vez apenas a breve nostalgia por um passado que não vivemos? Entre a quietude da contempla-ção, experimentada como acto solitário, e a convulsão dos sen-timentos - assombração tempo-rária que nos fere o espírito? -, a melancolia pode ser tudo isto ou outra coisa qualquer”, questio-nam os artistas.

O público pode ainda ir à pro-cura de mitos na exposição de Manuel Seita, Paisagem Frag-mentada e a exposição de Antó-nio Jorge, Máscaras 1000: Gramá-tica de um aprendiz.

Pedra a Pedra

Montemor com obras no centro históricoNo âmbito do progra-ma Montemor Pedra a Pedra, vai iniciar-se a obra da remodela-ção de arruamentos e infra-estruturas na zona envolvente ao Largo Banha de Andrade.Para apresentação do projecto, vai ser reali-zada hoje uma reunião, pelas 19h30, na sede da Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Vila.Em comunicado, a autarquia desafiou todos os moradores e associações da zona (Rua D.Vasco, Rua D. Sancho I, Rua de S. Domingos e Largo Ba-nha de Andrade) para a participar na reunião, fazendo valer os seus pontos de vista.Entretanto, dia 26, a autarquia irá assinalar o Dia Mundial do Coração com diversas activida-des, com vista a mobi-lizar a população para a prática de exercício físico e para uma vida mais saudável.

“Escrita na Paisagem” com propostas para “quebrar barreiras”

Festival

D.R.

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“Completely Naked” e “Blind Date” em cartaz.

O projecto vitivinícola da Her-dade da Comporta voltou a ver a sua qualidade reconhecida internacionalmente. A revista norte-americana “Wine Enthu-siast”, uma das referências na avaliação de vinhos, distinguiu os vinhos Parus Tinto 2008, Pa-rus Branco 2009, Herdade da Comporta Tinto 2007 e Chão das Rolas Tinto 2009.

O júri da publicação atribuiu 93 pontos e a distinção Cellar Selection ao vinho Parus Tinto 2008, considerando-o como um dos melhores vinhos que se en-contravam em prova.

O aroma fino e complexo, onde se entrelaçam os aromas de fruta muito madura com as notas de madeira, foi um factor decisivo para a decisão dos jurados.

Situada em pleno Alente-jo Litoral e enquadrada numa paisagem única, a Herdade da Comporta iniciou o seu projecto vitivinícola em 2001, apresen-tando um projecto arrojado e ousado que privilegia as mais modernas tecnologias ao serviço da tradição do processo de vinifi-cação, com o objectivo de conse-guir um produto com a máxima qualidade.

Comporta ganha prémio

Vinhos


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