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SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 28 de Julho de 2011 | ed. 165 | 0.50€

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Comboios regressam mais carosReabriu a Linha do Alentejo mas o preço dos bilhetes sofreu um aumento substancial: custam mais 50%.Pág.09 De Évora a Lisboa, a viagem fica agora pelos 12 euros. Antes custava 8 eu-ros.Concluídas as obras de modernização da linha, voltou a haver comboios entre

Évora, Beja e Lisboa. Mas o preço dos bi-lhetes subiu 50% em apenas um ano. Um bilhete de segunda classe (turística) entre Beja e Lisboa passa a custar 16,50 euros.

Antes do encerramento da linha, em Maio de 2010, custava pouco mais de 11 euros. O preço do passe só será fixado em Agosto, reflectindo os novos aumentos

já anunciados. Apesar do preço, passou a haver uma maior oferta de comboios, horários mais ajustados e o tempo de via-gem foi reduzido em 30 minutos.

BILHETE Entrar na Sé Catedral de Évora, fora do horário das missas, só mediante a compra de um bilhete. Mesmo que seja para rezar. A medida é criticada por muitas pessoas que ao chegar à igreja voltam para trás: “Só queríamos acender uma velinha e dar uma vista de olhos. É pena”. “Os turistas que nos perdoem, mas manter a porta aberta tem muitos custos”, diz o Cabido da Sé.

08

Évora: Rezar na Sé custa 3,5 euros

D.R

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Shopping em AgostoParece que é desta: os responsáveis pelo Évora Shopping dizem que as obras estão a arrancar.

Pág.07 Desta parece que é de vez: os trabalhos de construção do Évora Shop-ping começam em Agosto. Mantém-se a previsão de abertura para os primeiros meses do próximo ano.

Trata-se da terceira parte de um com-plexo comercial que arrancou com a abertura de uma loja de artigos para a casa e cuja segunda componente – retail park – está pronta, devendo ser breve-mente inaugurada.

Em causa está um investimento global de 60 milhões de euros, centrado em acti-vidades comerciais e de lazer, designada-mente salas de cinema.

“Apesar da conjuntura económica esta-mos confiantes quanto à viabilidade e ao sucesso deste investimento imobiliário”, diz Anthony Henry Lyons, director-geral da Madford Developments, uma das em-presas promotoras do projecto.

Luís Pardal | Registo

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Anders Behring Breivik tornou a semana me-diática, pelas piores razões, tendo conseguido inscrever o seu nome nos anais da história norueguesa.

Depois do massacre de jovens que levou a cabo na ilha de Utoeya durante cerca de hora e meia, resta-nos aguardar pela justiça norue-guesa e reflectir sobre as causas deste fenó-meno, que, esperemos, seja irrepetível. Este episódio negro, traz-nos à lembrança as pio-res manifestações de crueldade da humanida-de e clarifica nas nossas mentes o quão real é a ameaça da xenofobia, do nacionalismo exa-cerbado e do radicalismo da extrema-direita.

Num dos momentos mais críticos da his-tória da União Europeia, marcada por con-tendas entre os Estados-membros, mercê das dificuldades económicas, este massacre recorda-nos da importância absolutamente fundamental, diria até vital, dos consensos e de busca do verdadeiro entrosamento dos ci-dadãos e dos Estados.

Uma Europa divida e fracturada é o palco propício para o renascer(?) de nacionalismos radicados no ódio aos povos “estrangeiros” e à culturalidade não ocidental. Afigura-se, por isso, do maior relevo, a proximidade en-tre os centros de decisão europeus e os seus cidadãos e a premente necessidade de apelo à participação e envolvimento dos mesmos, no futuro da União. A Europa não pode nem deve ser uma construção de elites à margem das pessoas e os protagonistas do eixo fran-co-alemão devem perceber o perigo da deci-

são bicéfala. Sucumbirá, certamente.O problema da emigração (ilegal) na velha

Europa fomenta igualmente sentimentos me-nos nobres por parte daqueles que se tomam como donos de um território que só a si deve a oferta de oportunidades. É outro dos focos de tensão que exige uma resposta conjunta. Para muitos, a globalização não passa de uma questão económica não admitindo os mesmos princípios, direitos e liberdades na socieda-de civil. Sequer reconhecendo a igualdade de género. A forma como Breivik– um lunático, seguramente, mas como um programa estru-turado– se refere à Mulher e às influências “nefastas” que esta pode perpetrar na socie-dade é revelador de uma posição subalterna do género feminino e que mesmo na Europa ocidental, dita moderna, não deixa de ser uma realidade, quantas vezes subtil e hábil.

Outro aspecto que nos deve preocupar tem a ver com o facto de Breivik ter agido sozinho ou se, como afirmou, existem células activas no seu país mas também nos Estados Euro-peus, que comungam da sua tese anti-social. A segunda hipótese, a confirmar-se, deve afligir-nos. De acordo com alguns meios de comunicação social, Breivik tinha ligações a uma das maiores Lojas maçónicas da Norue-ga e visitou recentemente alguns países eu-ropeus, dados que podem indiciar uma rede organizada. Esperemos, contudo, que se trate de um acto absolutamente isolado, sem rami-ficações. Um cruzado solitário ou um exér-cito?

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) Editor Luís Godinho

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) Colaboradores Pedro Galego; Pedro Gama; Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia Ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

“Final trágico de Winehouse” ww

w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

Juventude contraria a desertificação do interior do pais

Decorreu este fim-de-semana o XVIII congres-so da juventude popular, na cidade de Lamego, onde tive o prazer de estar presente.

É extraordinário ver como há cada vez mais jovens a interessarem-se por política, a preocu-parem-se com o futuro de Portugal.

Cada orador levou uma proposta, um assun-to e apresentou-o de forma a que isso fosse um contributo, uma ideia, que pudesse ajudar a construir um pais melhor.

Isto foi a prova da vitalidade da juventude que esta preocupada com o pais.

O pais vive um momento de crise profunda, crise financeira, crise de valores, crise ideoló-gica, mas há uma camada da população que se preocupa, trabalha, porque acredita e quer cons-truir um futuro melhor.

Um dos pontos importantes e que aqui quero destacar foi o facto de este congresso ter sido realizado no interior do pais , onde houve uma deslocação massiva dos jovens de todo o lado para aquele ponto. Isto pode ser o sinal de que

afinal o interior, que esta esquecido e abando-nado, é importante e conta para a estruturação e desenvolvimento do pais.

Espero que os políticos que têm responsabili-dade no pais olhem para esta vitalidade, apren-dam e tomem como exemplo que é possível fazer obra, realizar, neste interior abandonado.

No interior, deixem de gastar os dinhei-ros públicos em obras sem sentido, tais como, as milhares de rotundas em que muitas delas ninguém as entende, e apostem na juventude, criando condições para que estes se instalem no interior do pais e aí criem riqueza, criem famí-lia, contrariando desta forma o empobrecimen-to e a desertificação do interior.

Portugal precisa de todos neste momento di-fícil que estamos a viver, todos têm que estar disponíveis para trabalhar e para ultrapassar este momento. Tem que se olhar para a juven-tude, porque ao criarmos condições de vida e sustentabilidade da mesma estamos a construir o futuro de Portugal.

Mariana assis e santosestudante

Cruzado ou exército?sónia raMos FerroJurista

Resiliência: a palavra-chave

Olhemos à nossa volta, para os nossos desafios, sejam eles pessoais, profissionais, ou outros…que observamos? Mudanças constantes a um ritmo alucinante, elevada pressão para resul-tados no curto-prazo, inovação acelerada, al-terações de rumo, cada vez maior dificuldade de prever o futuro. Sentimos isto nas nossas vidas bem como no seio da nossa sociedade e do nosso país. Que fazer? Entrar em pânico, em depressão ou ceder a um esgotamento físico ou psicológico não são hipóteses a encarar. A pa-lavra-chave dos tempos actuais é, sem dúvida, a Resiliência.

Mas em que consiste afinal a Resiliência? Como é sabido no meio da psicologia e da ges-tão recursos humanos, é um termo “roubado” à Física (onde é usado para caracterizar os mate-riais) para avaliar a capacidade dos indivíduos resistirem à pressão e ao choque, ao impacto das adversidades e retomarem rapidamente a postu-ra inicial. Quem se sente excessivamente pres-sionado por uma meta profissional aparente-mente inatingível, pela atitude e pressão de um chefe, por um ambiente hostil no local de traba-lho, pela cada vez maior dificuldade em gerir o orçamento familiar pagar as contas no final do mês, ou por conflitos interpessoais, sente uma pressão constante e desgastante. Quem acaba de perder um emprego ou sofre um trauma pessoal, tem um choque com um impacto fortíssimo. O seu grau de resiliência determinará a sua capa-cidade de resposta.

Não querendo fazer deste artigo uma aula de psicologia, adianto um pouco do que as neuro-ciências nos dizem e de como este “palavrão” pode, efectivamente, significar algo para as nos-sas vidas.

Para começar, a resiliência é uma capacidade (ou competência) passível de aperfeiçoamento. Assenta em 3 fases: a redução da vulnerabilida-de inicial, a resistência ao impacto dos eventos

e a capacidade de reconstruir rapidamente uma resposta e uma atitude positiva. De facto, somos mais afectados pelo choque quando não esta-mos preparados. Por exemplo, o conhecimento mais aprofundado da realidade, a consciência das questões que dependem de nós e daquelas que não podemos mudar, dá-nos a serenidade para não nos perdermos no “turbilhão”. A ra-cionalização dos eventos sucedidos (achar um sentido para o que aconteceu) e um bom nível auto-análise permitirão evitar uma reacção ne-gativa em cadeia e um “efeito de submersão”, que mergulhe o indivíduo na descrença. Para potenciar um rápido “ponto de inversão” e uma efectiva capacidade de reconstrução, ter-se-á de focar o sentido de missão, de propósito, e da ra-zão de ser dos eventuais sacrifícios e fazer uso da todo o potencial de criatividade e inovação.Pessoas, Organizações ou Sociedades resilien-tes evidenciam:- auto-conhecimento, auto-confiança e visão de futuro;- orientação/ aceitação da mudança e fácil adap-tabilidade;- baixos níveis de ansiedade e noção das prio-ridades;- elevados níveis de maturidade emocional, criatividade e inovação;- orientação a valores e sentido de Comunidade.Escusado será dizer, em jeito de conclusão, que a sociedade portuguesa precisa, urgentemente, de ganhar Resiliência. Precisa de ganhar auto-consciência do seu estado, das suas forças e fra-quezas, necessidades e potencialidades. Deverá compreender com clareza o que é essencial e o que é acessório, neste momento difícil. E, não menos importante, perceber qual o objectivo, qual a “luz ao fundo do túnel” e de como está nas suas mãos alcança-la. A Resiliência anco-rada num forte sentimento de esperança será o ingrediente essencial da nossa vida colectiva.

Carlos sezõesGestor/Consultor

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ActualChamas combatidas por 70 bombeiros de cinco corporações do distrito. arderam 100 hectares.

Suspeita de fogo posto na Serra de Monfurado

As autoridades suspeitam que o maior incêndio registado desde o início do ano no distrito de Évora tenha sido provoca-do de forma deliberada. O fogo, na Serra de Monfurado, próximo de São Brissos (Montemor-o-Novo), deflagrou pelas 15h47 de domingo em quatro locais dis-tintos. Num deles, o vento tornou as cha-mas incontroláveis ao longo de várias horas, escapando à acção imediata dos bombeiros.

As operações de rescaldo só foram da-das por concluídas ao início da tarde de segunda-feira, tendo ardido mais de cem hectares de pasto, mato, azinheiras e oli-veiras.

A ocorrência de “quatro ignições” quase em simultâneo levou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo, João Coelho, a considerar ser “pou-co provável” que o incêndio tenha sido provocado por “causas naturais”. A sus-peita de fogo posto levou as autoridades a investigar.

As chamas foram combatidas por 70 bombeiros de cinco corporações, auxilia-dos pelo helicóptero ligeiro dos “canari-nhos”, sedeado no aeródromo de Évora, e por um helicóptero pesado que se en-contra a operar a partir da Base Aérea de Beja. Diversos populares acorreram ao lo-cal, disponibilizando máquinas agrícolas para auxiliar o trabalho dos bombeiros.

As chamas rodearam dois montes, ten-do destruído uma casa que se encontra desabitada e provocado grandes prejuízos a nível da exploração agrícola.

incêndio florestal deflagrou à mesma hora em quatro locais distintos. Causas natu-rais são “pouco prováveis”

Uma casa desabitada foi destruída pela chamas próximas de São Brissos (Montemor-o-Novo)

Festival com menos apoio mas mais público

O responsável pelo festival de música sacra Terras Sem Sombra estima em mais de 15 mil o número de espectadores na iniciativa organizada pela Igreja Católica no Baixo Alentejo.

“Com pena nossa tivemos de deixar centenas de interessados à porta das igre-jas, mesmo sabendo que alguns dos mo-numentos levam até 900 pessoas”, refere José António Falcão, acrescentando que

a “grande cobertura” da imprensa levou o festival a um “público muito mais alar-gado”.

A atenção dada à protecção da natureza tornou-se “uma das dimensões mais im-portantes” da iniciativa, através de acções que envolveram “músicos, intérpretes, di-rectores e compositores”, juntamente com instituições representativas das comuni-dades locais, como “autarquias, escolas e paróquias”.

José António Falcão sublinhou a ver-tente “pedagógica” destes eventos: “Os artistas estão sempre na vanguarda. Quando um músico importante ajuda humildemente a salvar a natureza, as ou-tras pessoas são sensibilizadas por isso”.

o Ministério da Cultura reduziu o apoio, mas apare-ceram mais pessoas: 15 mil espectadores.

José António Falcão satisfeito com festival

D.R.

Entre 1 de Janeiro e 15 de Julho a Autoridade Florestal Nacional (AFN) registou a ocorrência de 18 incêndios florestais nos distritos de Évora, Beja e Portalegre, nenhum dos quais tendo consumido uma área superior a 100 hectares. A excepção ocorreu esta sema-na em São Brissos (ver texto principal).

De acordo com o relatório provisó-rio de incêndios florestais divulgado pela AFN e a que o Registo teve acesso, registaram-se igualmente 40 fogachos (área ardida inferior a 1 hectare), com-batidos pelas corporações de bombeiros

dos três distritos. Até Julho havia ardi-do uma área de 94 hectares.

A nível nacional já arderam 9447 hec-tares de mato e floresta, uma área quase três vezes maior do que a de 2010.

Observando as estatísticas distritais verifica-se que o maior número de ocor-rências se encontra no distrito do Porto (quadro 2), sendo que das 2.406 ocorrên-cias registadas, 2.179 (91%) correspon-dem a fogachos. Distritos como Braga, Viana do Castelo e Aveiro apresentam também um número de ocorrências elevado.

18 fogos desde o início do ano

Fernanda Ramos continua à frente do Governo Civil de Évora. E o major-ge-neral Manuel Monge ainda é gover-nador de Beja. Confuso? Também o ficará qualquer cidadão que consulte as páginas das duas instituições na Internet.

O governo decidiu aceitar o pedido de demissão de todos os governadores civis, que deixaram o lugar há quase um mês, anunciando que não iria pro-mover a sua substituição pois o cargo é para acabar.

A mudança foi anunciada. Mas ainda não chegou ao online. Em Évo-ra, por exemplo, a página continua a incluir uma mensagem de Fernanda Ramos, a quem supostamente será possível endereçar correio electrónico.

Já Manuel Monge surge na Internet a dizer que “as vias de acesso ao longo da história aproximaram os homens”. O que, sendo verdade, não deixa de levantar interrogações sobre o tempo que essas “vias de acesso” demoram a produzir efeitos no mundo virtual.

Um olhar mais atento à página do Governo Civil poderá, no entanto, trazer alguma “luz”, uma vez que um documento publicado na terça-feira, 21 de Junho, reproduz as causas que levaram o major-general a apresentar o seu pedido de exoneração.

No site lá está a indicação do endereço electrónico dos seis mem-bros do gabinete de Manuel Monge, incluindo os assessores para a área da Economia (Mestre Artur Pais) e para a Agricultura (Engenheiro António Loução).

Em Portalegre, a velocidade da informação foi maior. A mensagem de Jaime Estornino foi “apagada” e o que resta de lembrança do homem-forte da era Sócrates é a sua inclusão no topo da longa lista de governadores, iniciada em Julho de 1835 pelo ilustre portalegrense José Maria Grande.

Nem os sites mudam!

Governos civis

“Foi tocante ver o maestro Marcello Panni, um senhor com mais de 70 anos e um dos directores de orquestra mais importantes do mundo, a retirar carga térmica do mato e a colocar estacas”, assi-nalou o responsável, que também recor-dou a participação dos italianos do Coro de Verona num dia de chuva e com os pés enterrados na lama.

O Ministério da Cultura cortou em 2010 as verbas ao festival, forçando a organi-zação a procurar alternativas nas autar-quias, entidades ligadas ao turismo, em-presas e particulares, conseguindo, com “orgulho”, que mais de metade do finan-ciamento fosse assegurado pela “socieda-de civil do interior do Alentejo”.

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Actual

expoBeja vai ser extinta devido ao “acumular de dívidas”. empresa de Gaia apresenta alternativas.

Decisões difíceis

É por todos conhecida a situação crítica que o nosso país atravessa. Depois de muito tem-po, em que se andou a fingir que tudo estava bem, os portugueses despertaram para parte do problema que têm que, obrigatoriamen-te, enfrentar. Recordo que, há algum tempo atrás, alguns daqueles que falavam da ver-dadeira situação da economia e da sociedade portuguesa, eram habilmente apelidados de profetas da desgraça. Agora, as velhas profe-cias dos Bandarras e dos Velhos do Restelo, são consideradas como afirmações normais, isto, num país (entre outros) que andou a viver muito acima das suas possibilidades.

Nunca percebi porque razão não se pre-tendeu enfrentar a realidade. Pareceu-me, mesmo, que houve um certo laxismo inten-cional, com o objectivo de se criar uma situ-ação ilusória da realidade. Não foi bom para ninguém. Aliás, ajudou mesmo a agravar a situação.

Uma coisa é certa, as pessoas sabem que têm que fazer sacrifícios. Sabem que a situa-ção criada é insustentável. Na prática, os por-tugueses optaram por saber a verdade, porque

só dessa forma conseguem enfrentar a dura realidade. Acabou-se a insistente propaganda que a todos atormentava e incomodava dia-riamente.

Por isso, as decisões até agora tomadas pretendem fazer (e de uma forma exemplar) aquilo que tem que ser feito: respeitar os compromissos internacionais assumidos pelo Estado português, os quais foram sufragados por mais de 85% dos portugueses; tomar me-didas difíceis de correcção da situação eco-nómica e social com que nos confrontamos. Complementarmente, torna-se fundamental, explicar muito bem aos portugueses o porquê dessas medidas e os efeitos que as mesmas podem ter. É isso que precisamente está ser feito pelo Governo em funções.

Há quem diga que a aceitação das medi-das até agora tomadas, deve-se ao facto de o Governo se encontrar em estado de graça. Penso que não é essa a razão: Os portugueses querem mesmo é que os problemas sejam re-solvidos e que o País volte a entrar na rota do desenvolvimento. Já ninguém dá estados de graça, o que se quer é governos capazes de

gerir com eficácia e eficiência todas as situ-ações que obrigatoriamente têm de resolver.

Como é natural ninguém gosta de tomar medidas que desagradem às pessoas. Não há nenhuma equipa governativa que tenha pra-zer em cortar parte do subsídio de natal, ou tenha que aumentar as tarifas dos transportes públicos. Só o fazem porque é extremamen-te necessário ser feito. As pessoas aceitam (apesar do impacto negativo nos orçamentos familiares), porque sabem que não existem muitas alternativas perante a conjuntura exis-tente.

Há quem insista na “tecla” de culpar a União Europeia, ou na conjuntura interna-cional, pela situação difícil com que nos con-frontamos. Não há nada de mais errado nessa afirmação, isto é, se ela for feita como sendo o mal de todos os males. É certo que uma eco-nomia pequena como a nossa está claramente condicionada aos contextos globais.

Não há dúvida. Mas outra coisa é certa, não há nenhuma economia ou sociedade que re-sista se não criar mais riqueza do que aquilo que consome. Não é possível gastar mais do

que aquilo que se recebe. Portugal, entenda-se o Estado português, as empresas, as ins-tituições financeiras e as famílias têm gasto sucessivamente mais do que aquilo que rece-bem.

E como é evidente, essa é uma situação cla-ramente insustentável. Dessa forma, torna-se urgente mudar este modelo.

Estamos numa fase em que se torna cada vez mais importante mostrar toda a realida-de, por muito penosa que ela seja. Só assim é que é possível confrontar os problemas. Esta é uma das coisas que portugueses esperam deste Governo. Que não lhes fuja à verdade. È isso que, de uma forma muito corajosa, tem vindo a ser feito.

Portugal tem todas as características para vencer as dificuldades existentes. Mas, para isso não basta um Governo competente e sério. Torna-se fundamental a existência de uma convergência de esforços por parte dos portugueses e das suas instituições. Mas, também necessitamos de uma oposição cons-trutiva e responsável.Acredito que é possível.

antónio Costa da silvaeconomista

Tintim, a famosa personagem de banda desenhada criada por Hergé, poderá vir a desocupar o espaço até agora usado pela Ovibeja. É pelo menos esta a ideia de uma empresa de Gaia que propõe transformar o recinto onde se realiza a feira agrícola num parque temático em que uma das atracções será um espaço para os visitantes apreciarem “As aventuras de Tintim”.

O assunto está a ser analisado pela Câmara de Beja e tornou-se polémico depois de a au-

Recinto da Ovibeja pode dar lugar às aventuras de TinTimProjecto está a ser analisado pela Câmara de Beja. a ideia é criar um parque temático denominado Beja air discovery Park, inspirado no modelo do zoomarine.

tarquia ter decidido extinguir a Expo-Beja, que até agora organizou o certame, e na qual detinha 60% do capital, sendo que os restantes 40% estão na posse da As-

sociação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS).

Segundo o presiden-te da autarquia,

Jorge Pulido Va-lente, a decisão de extinguir a ExpoBeja foi tomada em virtude de a empresa “con-tinuar a acu-mular dívidas

e prejuízos”, não sendo sus-

tentável do pon-to de vista econó-mico.

O presidente da ACOS, Ma-

nuel Castro e Brito, respon-

deu de ime-diato nas p á g i n a s do Públi-co, rejei-tando que a Ovibeja seja “des-considera-da”. A con-cretizar-se

a transformação do recinto num parque temático, a feira “irá recuar 15 anos e pas-sará a ser feita como então, em tendas de circo e outras tendas amovíveis, em re-cinto de terra” e numa área anexa, acres-centou.

O Registo teve acesso ao estudo da em-presa de Gaia, denominada Gamodis, que visa a “rentabilização” da ExpoBeja e a “reconversão” do Estádio Flávio Santos. “Parece-nos uma excelente oportunidade de implementação de um novo paradig-ma de desenvolvimento económico da cidade e da região”.

A ideia é apostar na criação de um “des-tino turístico diferenciado” no contexto nacional, transformando o estádio num parque urbano ecológico e sem barreiras arquitectónicas e aproveitando a ExpoBe-ja para construir um parque temático de-nominado Beja Air Discovery Park, que alegadamente potenciará a “utilização turística intensiva” da cidade.

A proposta passa por criar um parque cuja referência é o Zoomarine, de Albu-feira, mas onde haverá balões de ar quen-te, um zeppelin, simuladores de gravida-de, um pavilhão sobre Júlio Verne, outro sobre os pioneiros da aviação, viagens virtuais à Lua e uma série de outras ac-tividades.

No denominado “pavilhão sensação” seriam encenadas cenas com persona-gens de banda desenhada, incluindo as emblemáticas aventuras de TinTim, a Volta ao Mundo em 80 Dias, de Willy Fog, ou os malucos das máquinas voadoras.

O município de Vendas Novas, em parceria com a Junta de Freguesia de Vendas Novas, promove desde o dia 4 de Julho até 26 de Agosto mais uma edição das Férias Desportivas.

As actividades decorrem durante a manhã, das 10h00 às 12h00, no Pavi-lhão Gimnodesportivo e nas Piscinas Municipais e têm como objectivo proporcionar às crianças e adolescen-tes do concelho, entre os 6 e os 16 anos, momentos agradáveis de actividade física e divertimento.

Com uma média de 150 inscritos, o grupo é dividido por dias de acordo com as idades para que experienciem diversas actividades adequadas à sua faixa etária que vão desde a equita-ção, taekwondo, esgrima, goalball (desporto adaptado), futebol, andebol, voleibol, basquetebol, ginástica, atle-tismo, badminton, ténis, luta e dança, actividades aquáticas, entre outras.

Jovens a mexer nas férias

Vendas Novas

Cinco dos nove projectos turísticos previstos para o Alentejo, cujos contra-tos de investimento foram assinados há um ano em Évora, “encontram-se em bom ritmo de execução”, enquan-to os restantes quatro registam “um atraso” em relação ao programado, diz fonte do Turismo de Portugal. Dois dos projectos poderão nem sequer chegar a sair do papel.

Projectos a bom ritmo

Turismo

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Actual

desde 2001 que o voluntariado é área preferencial de actuação da Fundação eugénio de almeida.

O Banco de Voluntariado da Fundação Eugénio de Almeida funciona como estrutura mediadora entre voluntá-rios e organizações promotoras de vo-luntariado. Conta com 380 voluntários inscritos, tendo encaminhado desde 2005, cerca de 512 voluntários.

A Fundação Eugénio de Almeida desenvolve ainda, em parceria com 37 instituições, o Projecto Núcleos de Voluntariado de Proximidade, que conta com 130 voluntários inscritos, através do qual já foram prestados mais de 5600 apoios desde o seu início em 2006.

São ainda implementadas activi-dades de formação para organizações e voluntários, bem como iniciativas promotoras da cultura de volunta-riado, entre as quais se destaca, entre outras, a participação em eventos de interesse social, seminários, confe-rências, mostras e encontros entre instituições.

Em 2008, a OfficeBox - Gestão e Animação de Voluntariado de Proxi-midade recebeu o Prémio de Inovação Social Powering a New Future.

Banco de mediação

Évora

A acção voluntária como transformadora da realidade e expressão da participação dos cidadãos é a temática central do quin-to caderno de voluntariado lançado pela Fundação Eugénio de Almeida (FEA), no âmbito de uma colecção que tem como objectivo colmatar a ausência de infor-mação sobre esta prática em Portugal, contribuindo para a qualificação da ac-ção voluntária.

“A Participação do Voluntariado no De-senvolvimento da Comunidade Local”, de Alejandro Romero é o título do quinto caderno, agora lançado. Tal como o sexto número: “Coordenação e Acção Voluntá-ria”, de Enrique Arnanz Villalta.

As novas edições, publicadas em parce-ria com a Plataforma do Voluntariado de Espanha, dão continuidade ao projecto de colaboração entre as instituições que visa reforçar o papel transformador do voluntariado qualificado na sociedade

civil. Com uma estrutura editorial que com-

bina conteúdo teórico com propostas di-dácticas, o caderno número está centrado na importância da coordenação como elemento fundamental para a melhoria da eficácia da gestão da acção voluntária.

O Projecto de Voluntariado da Funda-ção Eugénio de Almeida nasceu em 2001, movido pela celebração do Ano Interna-cional do Voluntariado, tendo então o Conselho de Administração deliberado eleger o voluntariado como área prefe-rencial de intervenção.

Cadernos da Fundação ensinam a organizar voluntariado

Desde que foi criado em 2006 o Projecto Núcleos de Voluntariado efectuou 5600 apoios.

estrutura editorial da co-lecção combina teoria com práticas didácticas.

D.R.

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6 28 Julho ‘11

Actual

Homem de 28 anos estava à pesca e decidiu mergulhar. Foi pelas 13 horas. não voltou à superfície.

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Assistência TécnicaMáquinas de cápsulas

Máquinas de venda automáticabebidas frias | bebidas quentes | snacks

A l e n t e j oTlm. 962 689 434 | Email: v.marques@netvisão.pt

A Polícia Judiciária, através da Directoria de Lisboa e Vale do Tejo, procedeu à detenção de um homem residente em Évora, com 18 anos de idade, indiciado pela prática de crimes de abuso sexual de crianças.

Os alegados abusos terão ocorrido em Avis, no decurso de um acampa-mento de férias.

As três vítimas, com idades entre os 5 e os 8 anos, encontravam-se no re-ferido acampamento, onde o arguido exercia funções de monitor.

Detido suspeitode abusos

Évora

A GNR de Estremoz deteve em São Bento do Ameixial, dois indivíduos suspeitos de furto num estabeleci-mento comercial.

Os militares foram alertados para a presença de estranhos no interior de um restaurante e dirigiram-se para o local. A cerca de 100 metros do local onde se situa o restaurante, os militares viram vultos a correr e conseguiram deter dois suspeitos que serão presentes ao Tribunal Judicial de Estremoz.

Apanhados no restaurante

Estremoz

Militares de Santiago do Cacém, no decorrer de uma investigação por trá-fico de droga, detiveram três pessoas, em Sines e Fernão Ferro.

A operação envolveu buscas domi-ciliárias e decorreu em simultâneo nos dois locais. Foram detidos dois homens de 31 e 57 anos e uma mulher de 51. A GNR apreendeu 210 doses de cocaína, 96 de heroína, um computa-dor portátil, máquinas fotográficas e mais de seis mil euros em notas.

Tráfico de droga

Sines

Brasileiro morre afogado em barragem, frente à mulher

Um cidadão brasileiro de 28 anos morreu ontem afogado quando se encontrava

Fim-de-semana trágico na Barragem do Caia. vítima deixa filha de um ano.

Miguel Carvalho indica o local onde um dos mergulhadores encontrou o corpo

mente submersa, e desapareceu na água.Testemunhas oculares dizem que o ho-

mem terá mergulhado momentos antes de deixar de ser visto. “Não há indícios de nada. Apenas sabemos que entrou na água e morreu afogado. É uma tristeza muito grande para toda família até por-que deixa uma filha com um ano de ida-de”, diz Marcos Oliveira, tio da vítima.

De acordo com o comandante Bombei-ros Voluntários de Campo Maior, Miguel Carvalho, o alerta foi dado pelas 13 horas. 18 minutos depois chegava ao local uma primeira equipa dos bombeiros. Mas o corpo só seria resgatado cerca de 20 mi-nutos depois de uma equipa de mergu-lhadores entrar na água. Já nada havia a fazer.

Logo num primeiro momento, algumas pessoas que se encontravam no local ain-da tentaram socorrer a vítima. Mas como o corpo desapareceu de um momento para o outro e a visibilidade debaixo de água é “muito baixa”, não conseguiram chegar junto de Tiago Oliveira. “Ele sabia nadar muito bem e conhecia esta zona pois vinha para cá quase todos os fins-de-semana. É impossível saber o que aconte-ceu”, acrescenta Marcos Oliveira. Toda a família recebeu apoio psicológico.

Para as operações de busca chegou a ser accionado o Núcleo Distrital de Mergu-lho de Portalegre, num total de 28 bom-beiros de sete corporações do distrito, que não chegaram a entrar em acção.

à pesca juntamente com a mulher e um grupo de amigos na Barragem do Caia, próximo de Campo Maior. Tiago Oliveira, que trabalhava na construção civil e resi-dia em Portalegre, entrou na água ao iní-cio da tarde, dirigiu-se para a zona onde se encontra uma antiga ponte, parcial-

Tribunal liberta assaltante de estações de serviçoO Tribunal da Relação de Évora deixou em liberdade um homem condenado por 6 assaltos a estações de serviços. A arma era a fingir, uma réplica de um revólver Smith & Wesson. Mas o medo que inspira-va era bem real, quando exibida por um homem já com antecedentes criminais, para consumar uma série de roubos a es-

tações de serviço.Com receio de serem agredidas, e sem se

aperceberem que a arma era de plástico, as funcionárias das estações de serviço cediam à ameaça e esvaziavam as caixas registadoras. O homem colocava-se então em fuga, com o que conseguia roubar.

Condenado a 11 anos e 4 meses de pri-

são, viu a pena ser-lhe reduzida para 5 anos em cúmulo jurídico. E suspensa por idêntico período, segundo acórdão do Tri-bunal da Relação de Évora, na condição de existir “abstinência de consumo de estupefacientes e de álcool por parte do arguido, com sujeição periódica a exames para controlo dessa mesma abstinência”.

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Exclusivoinvestimento global de 60 milhões de euros. Promotores dizem que serão criados 600 empregos.

Construção do ”shopping“ avança em Agosto

Obra do retail park está concluída há vários meses, sem que se conheça a data de inauguração.

Luís Godinho | Texto

Desta parece que é de vez: os trabalhos de construção do Évora Shopping come-çam em Agosto. Mantém-se a previsão de abertura para os primeiros meses do pró-ximo ano. Trata-se da terceira parte de um

Promotores garantem que obras do centro comercial têm início no próximo mês e estarão concluídas na Prima-vera do próximo ano.

complexo comercial que arrancou com a abertura de uma loja de artigos para a casa e cuja segunda componente – retail park – está pronta, devendo ser breve-mente inaugurada.

“Implantado numa das poucas áreas em Portugal onde existe uma lacuna de espaços comerciais modernos, o Évo-ra Shopping vem responder a uma real necessidade de mercado e, apesar da conjuntura económica actual, estamos confiantes quanto à viabilidade e ao su-cesso deste investimento imobiliário”, diz Anthony Henry Lyons, director-geral da Madford Developments, uma das empre-sas promotoras do projecto.

O empreendimento ficará concluído na Primavera de 2013, com a abertura ao público do centro comercial, tendo envol-vido um investimento global de 60 mi-lhões de euros e representando um “forte contributo para a dinamização do tecido económico, social e comercial da cidade”. A perspectiva é da criação de cerca de 600 postos de trabalho directos.

O complexo comercial é promovido pela EVRET (uma joint venture da Imo-rendimento e da

Madford Developments) e, segundo os promotores, localiza-se “numa das únicas áreas de influência do país ainda por ex-plorar em termos de oferta comercial in-tegrada, qualificada e moderna”.

“O projecto tem, por isso, despertado um enorme interesse quer entre as forças eco-nómicas e entidades públicas da cidade, quer entre os habitantes locais, que nele

têm reconhecido a capacidade de estimu-lar a economia local, com a dinamização do consumo e do emprego”.

Luís Mesquita, director comercial da Imorendimento, sublinha que apesar de ainda não ter sido iniciado o período de comercialização, a empresa “tem regista-do uma animadora procura, quer por par-te de operadores nacionais quer interna-cionais, o que traduz o elevado interesse

que este projecto está a suscitar junto dos principais players do retalho”.

A manifestação de intenções de inves-timento “estende-se também aos actores locais que nos têm contactado no sentido de fazer parte deste projecto”, acrescenta Luís Mesquita.

A oferta do novo centro comercial in-tegrará uma área de cinemas, um super-mercado, uma praça de alimentação e as

insígnias de moda, acessórios, decoração, entre outras. O objectivo é “captar” as “marcas de maior relevo a operar no mer-cado nacional, além de uma forte presen-ça do comércio local”.

“Temos seguido um calendário conser-vador e seguro no lançamento deste pro-jecto”, sublinha Sandra Campos, directora da Cushman & Wakefield, multinacional que opera na gestão de activos imobiliá-rios e que se associou ao Évora Shopping. “Foi realizado um trabalho de redefini-ção e optimização dos layouts, o que nos permite hoje dizer que temos um projecto com o posicionamento e dimensão ade-quados à área de influência”.

Localizado na área industrial de Pal-meirim, as três componentes do projecto incluem uma área locável de 26.500 me-tros quadrados. O conceito aposta numa oferta diversificada quer em termos de formatos quer em termos de mix comer-cial, com a presença de renomeadas mar-cas nacionais e internacionais, bem como de comércio local, nas mais diversas áreas de retalho, entretenimento, decoração e conveniência.

O projecto de arquitectura é da auto-ria da multinacional Broadway Malyan, que desenvolveu um “conceito moderno e atractivo”, assumindo a preocupação de “integração harmoniosa na paisagem”. O edifício do centro comercial implanta-se numa zona com significativa visibilidade desde o exterior e constitui “uma oportu-nidade de se criar uma frente construída de maior interesse urbano, capaz de con-tribuir para o incremento da qualidade ar-quitectónica do construído naquela área”.

A Moviflor está confirmada como a loja-âncora do retail park de Évora, ocupando uma área de quatro mil metros quadrados. A instalação da empresa em Évora contribuirá para a criação de 40 postos de

trabalho. Além da Moviflor, irão instalar-se neste espaço entre duas a três outras lojas, estando as negociações ainda a decorrer.

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8 28 Julho ‘11

Exclusivoobrigatoriedade de pagar bilhete origina críticas. Cabido da sé diz que há despesas para pagar.

Pedro Galego | TextoLuís Pardal | Fotos

A medida não é recente, mas após meia dúzia de anos de implantação ainda é es-tranha a muitos. Certo é que quem quiser rezar na Sé de Évora fora das horas das ce-lebrações tem que pagar 3,5 €. Os respon-sáveis dizem que o preço se deve aos cus-tos de manutenção do monumento, mas quem vem mesmo para falar com Deus tem as suas orações asseguradas e a sua espiritualidade garantida sem qualquer custo.

“Nós sabemos quem são as pessoas da cidade, nossas conhecidas, que vão mes-mo à Sé para rezar, os turistas que nos perdoem, mas manter a porta aberta tem muitos custos”, disse ao Registo o cónego Eduardo Pereira da Silva, presidente e deão do Cabido da Sé. O mesmo responsá-vel disse que quando se pensou em avan-çar com o pagamento para a entrada des-de logo se ouviram as vozes renitentes, mas que não lhes restou outra solução.

“Há electricidade para pagar, pessoal que vigia e assegura a preservação do espaço, são muitos os custos”, explicou, adiantando que desde logo o IGESPAR recomendou que esta taxa não fosse apli-cada visto tratar-se de um espaço classifi-cado como Monumento Nacional, mas ao mesmo tempo a falta de verbas públicas para financiar a manutenção da porta aberta sem qualquer custo para os visi-tantes não deixaram alternativa.

Rezar na Sé é só (3,50€)

para quem énão há borlas, nem em tempo de crise: quem quer visitar a sé tem de pagar.

“Nas horas das celebrações não se cobra nada a ninguém e aí as pessoas podem es-tar e fazer as suas orações”, acrescentou o clérigo.

“Além de nós penso que só em Faro é cobrada a entrada na igreja matriz, mas daqui a pouco tempo, dada a conjuntu-ra, esta realidade vai ser comum a outras igrejas”, vaticinou.

Por seu turno são os visitantes quem mais reclamações têm para apresentar. Exemplo disso é a família Ramos, resi-dente em Lisboa, que no último fim-de-semana esteve em Évora.

“Achámos estranho e decidimos não pagar porque o casal com os dois filhos ficava a seis euros. Só queríamos acender uma velinha e dar uma vista de olhos. É pena”, disse ao nosso jornal o pai, Antó-nio Ramos.

“Não fomos ver o museu por falta de tempo, mas aí, pelo que ouvimos falar vale a pena os três euros da entrada. Fica para a próxima”, acrescentou a mulher Carla Ramos.

Além da nave principal da catedral alentejana a vista ao restante edifício sempre foi paga. Claustro, tesouro e mu-seu de arte sacra são os outros grandes atractivos do monumento.

“Acho indecente pagar-se para se entrar numa igreja, cuja filosofia cristã manda que seja uma porta aberta, mas por outro lado compreendo que os custos justifi-quem esta medida e o preço nem é mui-to desajustado. Há museus onde se paga mais e se vê muito menos que nesta nave central. Dessa perspectiva temos que aceitar”, disse Marco Sousa, residente em Coimbra que pagou para conhecer me-lhor a catedral. “Não estou arrependido”, acrescentou.

Conhecida por Catedral de Évora, ou Sé de Évora, esta igreja imponente chama-se Basílica Sé Catedral de Nossa Senhora da Assunção. A sua construção teve iní-cio por volta de 1186 e foi consagrada em 1204, mas a totalidade do edifício graníti-co só ficou pronto em 1250.

É um monumento marcado pela tran-sição do estilo românico para o gótico, composto por três naves. Nos séculos XV e XVI, a catedral recebeu melhoramentos, como o coro-alto, o púlpito, o baptistério e o arco da capela de Nossa Senhora da Pie-dade, datada de 1529.

Do período barroco são ainda alguns re-tábulos de talha dourada e outros melho-ramentos pontuais nas decorações sump-tuárias. Ainda no século XVIII a catedral foi enriquecida com a edificação da nova capela-mor, patrocinada pelo Rei D. João V, onde a exuberância dos mármores foi sabiamente conjugada com a austeridade romano-gótica do templo.

Em 1930 foi-lhe concedido o título de Basílica Menor. Nas décadas seguintes foram efectuadas algumas obras de res-tauro, tais como a demolição das vestia-rias do cabido, do século XVIII, (que per-mitiram pôr a descoberto a face exterior e as rosáceas do claustro) e o apeamento

de alguns retábulos barrocos que desvir-tuavam o ambiente medieval das naves laterais.

Por fora, a fachada da catedral é flan-queada por duas torres, ambas do período medieval, sendo a torre do lado sul a torre sineira, cujos sinos há séculos marcam o passar das horas da cidade. As portas es-tão “guardadas” esculturas dos Apósto-los de Jesus Cristo, do século XIV. Além do pórtico principal há ainda mais duas entradas: a Porta do Sol, virada a sul, com arcos góticos e a Porta Norte, reedificada no período barroco.

Mas é no interior que está a maior ri-queza patrimonial e histórica da maior catedral alentejana, o Tesouro que abri-ga peças de arte sacra, nos domínios da paramentaria, escultura, ourivesaria e pintura, de onde se destaca a galeria dos arcebispos, onde estão retratados todos os prelados eborenses desde 1540 até à actu-alidade.

Tanto o tesouro, como a galeria dos Ar-cebispos integram o Museu de Arte Sacra da Catedral, aberto em 1983, aquando das comemorações do 8ºcentenário da Sé. O museu está desde 2009 no antigo Colégio dos Moços do Coro da Sé, edifício contíguo à Sé de Évora.

Oito séculos de história

A compra de bilhete é indispensável para visitar a Sé de Évora. O preço está tablado: 3,50 euros.

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Exclusivo

CP restabelece ligações ferroviárias entre Évora e lisboa. oito comboios por dia. Bilhete: 12 euros.

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Comboios regressam a Évora com bilhetes mais caros

Concluídas as obras de modernização da linha, voltou a haver comboios entre Évo-ra, Beja e Lisboa. Mas o preço dos bilhetes subiu 50% em apenas um ano. Um bilhe-te de segunda classe (turística) entre Beja e Lisboa passa a custar 16,50 euros. Antes do encerramento da linha, em Maio de 2010, custava pouco mais de 11 euros. De Évora a Lisboa, a viagem fica agora pelos 12 euros. Antes custava 8 euros.

“Um aumento da ordem dos 50% é injustificável”, diz Florival Baioa, pre-sidente da Associação para a Defesa do Património de Beja (ADPB), considerando que esta decisão “penaliza” a alternativa ferroviária. “Fico com a ideia de que se pretende ter menos passageiros para se justificarem decisões mais radicais de en-cerramento da linha”.

Fonte da CP justifica a revisão dos pre-ços com as novas condições de circulação: maior oferta e menos tempo de viagem, acrescentando que o valor dos passes ape-nas será definido em Agosto. Antes, o cus-to era de 175 euros mensais. “Agora não sabemos quanto nos irá ser cobrado”, diz ao Registo um dos membros da comissão de utentes da linha.

Para Marta Serra, 42 anos, o comboio é o meio de transporte ideal nas viagens frequentes que tem de fazer entre Évora e Lisboa. “Utilizei a linha entre 2006 e o ano passado. Como está encerrada há mais de um ano, não tive outro remédio senão voltar ao autocarro”.

Marta desloca-se todos os meses à sede da empresa onde trabalha, recorrendo quase sempre ao transporte colectivo: “Fica mais barato do que andar a pagar portagens e é mais cómodo, sobretudo

aumentos de 50% no pre-ço dos bilhetes. viagem de Évora a lisboa é mais rápida, mas mais cara.

para quem não gosta de conduzir em ci-dades grandes”.

A partir de agora o comboio voltará a ser uma alternativa possível, uma vez que a CP vai reabrir a Linha do Alentejo, encerrada para obras desde Maio de 2010. “Esperemos que desta vez seja para ficar”.

Como a linha está agora totalmente electrificada entre Lisboa e Évora, o per-

curso será mais rápido: 1h22 entre a cida-de alentejana e Sete Rios, menos 28 minu-tos do que anteriormente. Até à Estação do Oriente, a viagem faz-se em 1h36. Pas-sam a ser efectuadas oito ligações diárias (quatro em cada sentido). E o preço dos bilhetes “salta” para 13 euros (10 euros em turística).

Fonte da CP diz que com este novo mo-

delo de oferta o comboio “apresenta cla-ras vantagens face à oferta de transporte rodoviário colectivo, que se situam não só ao nível do conforto oferecido mas também no tempo de trajecto”. “No caso de Évora, a redução do tempo de percurso permite igualar o tempo de trajecto da ac-tual oferta rodoviária ou, em alguns ca-sos, superá-lo em 10 a 15 minutos”.

A electrificação da linha possibilita velocidades de 200 quilómetros por hora. Tempo de viagem foi reduzido para menos de uma hora e meia.

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10 28 Julho ‘11

Exclusivo

Henrique Uva, cunhado do presidente da Comissão europeia, aposta na produção de vinhos.

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Cunhado de Barroso vende que se farta

Luís Godinho | Texto

Em contra-ciclo, Henrique Uva continua a crescer em vendas na Herdade da Min-gorra. Com apenas seis anos de presença no mercado vitivinícola, o produtor alen-tejano já comercializa em quase todo o território nacional. Tem novos distribui-dores em Lisboa, Porto, Coimbra e Madei-ra. E está igualmente apostado nos merca-dos externos.

A marca Mingorra, à beira de celebrar a notável conquista de 100 galardões (aver-bados em diversos concursos em Portu-gal e no Mundo), ao mesmo tempo que aposta numa forte política de exportação, comercializando os seus vinhos em cerca de 20 países, reforça, também, a sua quo-ta no mercado nacional, assumindo-se, cada vez mais, como um produtor de refe-rência do Alentejo e de Portugal.

Nos últimos dois anos, a expansão de negócio de Henrique Uva/ Herdade da Mingorra no mercado nacional situa-se nos 168%, o que torna a marca, nos tem-pos em que vivemos, num autêntico ca-se-study português no sector vinícola.

A última grande é a distintiva linha “M” (Mingorra Gourmet), assente em dois primeiros produtos de referência: O “late-harveste” de uvas amadurecidas e um espumante. Quando levou para casa uma das primeiras garrafas do “M”, Pedro Hipólito deixou a mulher surpreendida: afinal, que perfume seria aquele? Não, não era um perfume, embora o olfacto também ajude a definir o conteúdo da misteriosa embalagem com a letra M de-senhada a dourado. Por debaixo do nome, uma frase ajuda a desvendar o misterioso conteúdo: trata-se de “vinho de uvas so-breamadurecidas”.

Tal como um bom perfume, é através do nariz que o M se dá a conhecer. Um aroma fresco, no qual sobressaem notas citrinas e florais. No copo, a cor amarela lembra que se trata se um produto espe-cial, o primeiro de uma nova linha “gour-met” lançada por este produtor alente-jano. Bebido como deve ser, bem fresco, servido a não mais de 12 graus, descobre-se um vinho “desenhado” para encontrar o “equilíbrio perfeito”, uma espécie de tri-ângulo equilátero em que um dos lados é a acidez, outro o teor alcoólico (13,8 %) e o terceiro a doçura das uvas colhidas em final de estação.

“Procurámos este ponto de equilíbrio para oferecer um vinho que sendo doce, não o é em excesso. E que, portanto, pode

volume de negócios da Herdade da Mingorra cresce 168%. empresa aposta em produtos gourmet, como o vinho de colheita tardia.

ser servido com entradas ou a acompa-nhar sobremesas, desde que bem harmo-nizado”, diz Pedro Hipólito.

Nos últimos anos, a oferta de vinhos doces portugueses, como o Porto, Ma-deira ou Moscatel, tem sido alargada aos brancos de colheita tardia (alguns dos quais utilizando a denominação ingle-sa late harvest), assim chamados pois as uvas são vindimadas em Outubro, quase dois meses depois das vindimas tradicio-nais. A moda parece ter vindo para ficar. E nos 1400 hectares da Mingorra foi uma aposta pensada logo desde o início do pro-jecto, em 2004.

“Foi algo que sempre quisemos fazer”, diz Henrique Uva, proprietário da Min-gorra e cunhado do presidente da Comis-são Europeia, Durão Barroso. “Sempre que íamos a um restaurante pedíamos uma colheita tardia. Não para tentar fa-zer igual mas para fazer diferente”.

Para isso foi necessário plantar uma parcela (denominada Talhão 5) de vinha com cerca de dois hectares da casta Se-millon, uma uva branca pouco trabalha-da em Portugal mas conhecida interna-cionalmente por dar origem aos famosos vinhos da região francesa de Sauterns. Uma das suas características é a suscep-tibilidade para a “podridão nobre”, provo-cada pelo aparecimento na vinha de um fungo chamado Botrytis cinerea e que permite a obtenção de um vinho particu-larmente doce.

Produzi-las nas “terras quentes” do Bai-xo Alentejo “não foi tarefa fácil”, reconhe-ce Henrique Uva.

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RadarFestival de arte contemporânea decorre durante os meses de verão, com diversas propostas artísticas.

Mitos em pano de fundo no festival Escrita na Paisagem

O Festival Escrita na Paisagem encerra o seu primeiro mês de programação com um programa cheio de propostas, onde destacamos os projectos Greenback, de Léa le Bricomte e Mnemosyne + Beco-ming Manifold, de Maria Stankova. Sem-pre com os “Mitos” em pano de fundo.

Léa le Bricomte é uma jovem artista multimédia francesa, criadora de mitos. Em Greenback, Léa interpela o especta-dor com uma imagem em peculiar – a de um corpo humano coberto de caracóis. Greenback é uma performance instala-ção onde a criadora reinventa o seu corpo como lugar do cruzamento de dois mun-dos, o do humano e o do caracol.

Surge assim a imagem de um ser híbri-do, capaz de fomentar no espectador um sentimento entre o desejo e a repulsa. Ao apresentar seu corpo como paisagem de “um mundo dentro de um mundo” a criadora questiona o conceito e imagem de corpo, humano e animal, bem como o conceito de escala e de realidade.

Maria Stankova é uma jovem voca-

Festival encerra primeiro mês de programação com propostas de arte comtem-porânea.

lista e académica na área da música que apresentará em Évora Mnemosyne + Be-coming Manifold, performances inspi-radas na mitologia da Antiguidade Clás-sica, grega e romana. Mnemosyne é uma performance de “um (espectador) – para-um(performer)”.

Em Becoming Manifold Maria Stanko-va explora as relações entre som e espaço e… mitologia! A criadora explora as so-noridades de diferentes espaços, através da improvisação vocal e interacção com sonoridades prégravadas, inspiradas em criaturas mitológicas.

De 28 a 31 de Julho o Festival Escrita na Paisagem marca a sua presença na 16ª Bienal de Cerveira com ambos os projec-tos e ainda Odisseia (episódios) de Paper Cinema, Dançar com Mitos de Elliot Mer-cer com Márcio Pereira & Amigos e “E se as paredes fossem de carne” da Oficina Movimento.

Este ano, o Festival tem o seu Ponto de Encontro na Igreja de São Vicente. Lugar central e carismático da cidade de Évora, tanto no que respeita aos circuitos turís-ticos como no que se refere ao vai-vem quotidiano, a Igreja de S. Vicente é um es-

paço privilegiado para o encontro com a cidade que se quer promover, aprofundar e valorizar.

Adaptada à ocasião com a instalação de um pequeno palco central, nela de-correm espectáculos de performance, dança, teatro de marionetas, música, exibições de fotografia, vídeo, documen-tação, bem como debates, apresentações, encontros com artistas, e muitas mais iniciativas.

Mnemosyne é uma performance de “um(espectador)-para-um(performer)”, que toma o nome da deusa grega da me-mória, e na qual a criadora explora as relações entre expressão vocal, comuni-cação e memória. Como afirma Maria Stankova: “A ideia [para este trabalho] surgiu espontaneamente, depois de des-cobrir que se acreditava que a deusa da [memória na] mitologia Grega, Mnemósi-na, tinha sido também a criadora da lin-guagem.”

Um trabalho que se desenvolve com base na cumplicidade estabelecida entre o espectador (que também é) participante e a artista.

O Ponto de Encontro acolhe desde a abertura uma exposição de fotografia (Mytho-Graphyas), de José d’Almeida, e será o centro de distribuição de informa-ção do Festival.

Desde 2008, ano que marcou a estreia do projecto Escola de Verão, o Festival Escrita na Paisagem tem desenvolvi-do um forte comprometimento com a formação internacional altamente qualificada. Em 2011, retomamos a for-mação com a Cie. Philippe Genty, numa parceria estratégica com a Universida-de de Évora (CHAIA, DAC) na formação orientada para marionetistas e para o teatro visual e de objectos. No quadro dessa parceria, importa destacar a apresentação do projecto de formação e criação do Mestrado em actor-marione-

tista, dirigido por Igor Gandra, director do Teatro de Ferro.

Trata-se do único mestrado nesta área em Portugal e o acolhimento da sua primeira produção no seio do Festival resulta da colaboração com a Universi-dade, promotora do referido mestrado.

A proposta deste ano da Escola de Verão inclui ainda a formação em “Rasaboxes”, método de treino do actor concebido por Richard Schechner, dirigida por Márcia Moraes (BR), uma das colaboradoras habituais do mestre nova-iorquino.

Escola de Verão

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12 28 Julho ‘11

Radar

o autocarro loja dos sonhos recolhe à garagem. regressará em 2012 como biblioteca itinerante.

Sob o título “Mots. Les langages du politique », um grupo de investigadores portugueses e franceses lançam um apelo a contributos, relembrando os numerosos trabalhos já publicados sobre o assunto. Decididamente, a maneira como os políticos portugueses falam aos seus concidadãos merece que se estude em pormenor o fabrico duma lingua-gem que se revela bem estranha, por pouco que renunciemos ao modo de leitura e escuta que fomos adquirindo com o hábito e a rotina. Enquanto esperamos pelos resultados desses estudos, podemos ir mapeando as três contradições principais que o discurso polí-tico “resolve” magicamente, ou seja, nega, esconde, transforma, e em muito ultrapas-sam o discurso político português.A primeira fonte de mentira é a contradição entre Direito e Razão de Estado: os políticos falam de direitos, mas agem segundo a razão de estado. Vejam-se os exemplos dos Estados Unidos, campeões dos direitos humanos, criando Guantánamo, as “prisões secretas” da CIA em países onde a tortura é permitida, de Portugal autorizando voos da mesma agência e negando a sua existência, etc. Não se lêem discursos reivindicando o fim dos direitos hu-manos, assumindo a sua abolição nas prisões secretas, etc. Tal discurso seria inaceitável.A segunda fonte é a contradição entre Estado e Sociedade Civil: o primeiro nunca deveria ter interesses que contradigam a sociedade que tem, em princípio, por função organizar, mas de facto tem interesses próprios e contraditó-rios com os da sociedade. O Estado alimenta-se a si próprio, defende-se a si próprio contra os cidadãos, explora-os onde devia servi-los, consome uma parte crescente dos recursos colectivos (cerca de metade, em Portugal). Mas os políticos, para quem “ter o sentido de Esta-do” é uma virtude, não podem reconhecê-lo. Fala-se “interesse geral”: leia-se, interesse do Estado”. O Estado não é “popular”, a sociedade civil não aceitaria sacrifícios para salvaguardar os interesses do Estado.A terceira fonte é uma clássica contradição de classes, entre uma elite minoritária e a maioria dos cidadãos. A elite “produz” eficazmente os políticos que garantem os seus interesses. Mas eles só podem fazê-lo, em democracia, pretendendo que a sua acção tem em conta todos os cidadãos e, é claro, sobretudo os mais necessitados… Dirigir-se a estes, e praticar sem escrúpulos a defesa e o aumento dos privilégios das elites seria insuportável se fosse anunciado como tal.É o fosso que criam estas contradições entre o discurso político e a realidade da acção dos produtores desses discursos que produz o efeito de irrealidade que todos, um dia ou outro, sentimos: são discursos “em roda livre”, que, em lugar de evocar uma reali-dade comum, tendem a produzir uma outra realidade, fictícia, que é a “realidade” da mentira sistemática. E não há partido que nela não caia quando lhe dá jeito.

*CIDEHUS - Universidade de Évora e Academia Militar

[email protected]

Um olhar antropológico

As três fontes da mentira no discurso político

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JosÉ rodriGUes dos santos*antropólogo

A Câmara Municipal de Évora está a pre-parar o regresso do projecto municipal Loja dos Sonhos para 2012, agora sob a for-ma de biblioteca itinerante. Deste modo, o autocarro Loja dos Sonhos recolhe à ga-ragem para ser devidamente equipado, dedicando-se os técnicos ao planeamen-to, em articulação com os agentes locais.

Esta decisão resulta do facto da Câmara Municipal de Évora, em conjunto com a Biblioteca Pública, ter concorrido com su-cesso a uma candidatura de apoio a pro-jectos de promoção da leitura em biblio-tecas públicas, promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, garantindo assim que a Loja dos Sonhos possa funcionar como biblioteca itinerante, efectuando percursos regulares pelas freguesias ru-rais e locais da cidade mais distantes do

Évora prepara regresso da Loja dos SonhosProjecto da autarquia conta com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

centro de Évora, como é o caso dos bairros mais periféricos da cidade.

A Loja dos Sonhos terá, nesta nova fase, além do empréstimo de livros ao público, a abertura a outros serviços prestados ha-bitualmente nas bibliotecas sede, cons-tituindo um recurso móvel de proximi-dade ao dispor dos habitantes das zonas rurais, nomeadamente crianças e idosos. Esbatendo assimetrias geográficas e pro-movendo uma maior inclusão social nes-ta área, o projecto visa facilitar o acesso da população aos livros (e outros suportes informativos, caso de DVD’s, CD’s e peri-ódicos), dinamizando em simultâneo um conjunto de actividades de enquadra-mento, estímulo e promoção da leitura.

Cabe à autarquia a concepção, execu-ção e gestão global do projecto, a dotação do suporte financeiro, a atribuição dos recursos humanos e físicos, a execução concretas das actividades e iniciativas previstas, o diálogo institucional com as restantes entidades envolvidas e a avalia-

ção do referido projecto.A Biblioteca Pública de Évora é respon-

sável pelo empréstimo da colecção de monografias que irá integrar o acervo do-cumental inicial da Loja dos Sonhos, bem como posteriores renovações periódicas, o apoio na selecção das colecções consti-tuintes do referido acervo, o tratamento técnico de todo o acervo e a gestão e mo-nitorização do sistema de empréstimo da colecção.

A Loja dos Sonhos é um autocarro equi-pado com meios informáticos, que funcio-na como recurso educativo dos projectos municipais. Um recurso que sobretudo as camadas mais jovens do Concelho bem conhecem na sua itinerância pelas esco-las, tendo sido adquirido e adaptado no fi-nal de 2003/início de 2004 para esse efeito. Pretende-se agora, num contexto de já in-formatização de todas escolas, para além da missão de animação da leitura, levar os livros e as leituras sobretudo a quem mais dista do centro da cidade.

Nos dias 28,29 e 30 de Julho, o centro his-tórico da cidade de Évora volta a acolher pelo segundo ano consecutivo o festival – Jazz na Cidade. Estes três dias de música são organizados pela Associação Cultural do Imaginário com o apoio da Câmara Municipal de Évora e da Entidade Regional de Turis-mo do Alentejo.

O Jazz na Cidade contempla, tal como no ano anterior, concertos de jazz a decorre-rem em simultâneo em várias praças do centro histórico. Este ano o primeiro dia do festival é dedicado ao jazz dos me-tais, nomeadamente às “brass brands”, enquanto o segundo dia é virado para o jazz no feminino, centrando as atenções nas mulheres do jazz.

Para terminar, no último dia, propõe-se um jazz de instrumentos marginais, onde se dará voz a instrumentos menos usuais no meio jazzistico.

Serão três dias em que os finais de tar-de e noites do centro histórico da cidade de Évora ganharão vida, com pequenos concertos de contacto directo com a gente e a rua.

Jazz no centro histórico

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Radar

iniciativa da Câmara Municipal de arraiolos envolve 16 restaurantes de todo o concelho.

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Semana das sopas

Primeiro frita-se a carne de porco num pouco de azeite. Com a gordura faz-se um refogado, ao qual é preciso juntar bas-tante alho. Há-de adicionar-se vinagre, sal, juntar uns ovos e tudo o mais que o “segredo” da cozinha mandar. Não por acaso, o prato chama-se Fatias de Alho. E é um dos ex-líbris da gastronomia alente-jana.

Uma sopa tradicional, a juntar a muitas outras, como a de Beldroegas (com queijo e ovo, obviamente), Tomate ou Cação.

De todas elas, e de muitas outras varie-dades, se faz a Semana das Sopas, uma mostra gastronómica organizada pela Câmara Municipal de Arraiolos em 16 restaurantes do concelho. A ideia é pro-mover produtos regionais e sabores tradi-cionais, havendo lugar para pratos frios (cá está o Gaspacho com carapauzinhos fritos) e quentes (sendo Agosto, a Sopa da Panela continua a ter lugar à boa mesa alentejana).

arraiolos dá a provar sopas tradicionais do alentejo numa mostra gastronómica até 7 de agosto.

“Photopaper: À Descoberta do Jar-dim… em Família” é a proposta da Câmara Municipal de Beja para as tardes de Verão. A actividade, que se consubstancia num jogo para pais e filhos, avós e netos, consiste na procura de pistas dentro do Jardim. Realiza-se todas as semanas, sempre à quinta-feira, a partir das 16h30, até Setembro.

Com participação gratuita, os interessados deverão inscrever-se a cada segunda-feira, a partir das 09h00, directamente na Casa do Lago.

Este tipo de iniciativa pretende pro-porcionar o usufruto do espaço com dinâmicas que promovam a partilha e a vivência do Jardim Público como espaço de todos, impulsionador de experiências, de conversas e de sen-timentos de pertença e de reforço de laços inter-geracionais.

A iniciativa, desenvolvida com o apoio das monitoras da Casa do Lago, compreende percursos a pé pelo Jar-dim com equipas às quais são entre-gues fotos de pormenores e pistas que levem à descoberta de determinados pontos relevantes no espaço.

À descoberta do jardim

“Photopaper”

A informação sobre os restaurantes aderentes, e as respectivas propostas, pode ser consultada a partir da página da Câmara de Arraiolos na Internet. Depois,

é reservar mesa, pedir aconselhamento para um bom vinho e partir à descoberta: por acaso já provou uma Sopa de Corni-chos com queijo e ovo?

Promover os produtos e os sabores da gastronomia regional é o objectivo da iniciativa.

D.R.

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14 28 Julho ‘11 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

(à excepção dos módulos). Basta enviar uma mensagem com o seu classificado para o Mail.: [email protected]ÁRIO

Compra/aluga-seVende-se –  Casa Habitável - B.Sª Saúde, 3  Assoalhadas,  cozinha,  wc,  Quintal  c/ 120  m2.  Óptimo  negócio  para  construir a  sua  moradia  de  sonho  ContaCto: 926004900

alugo quarto duplo –  a  estudante em vivenda no Bacelo, 250€ com despesas incluídas. ContaCto: 960041500

aluga-se apartamento t1 em ÉVora –  Junto  ao  centro  histórico,  mobilado, com  cozinha  totalmente  equipada,  ar condicionado, sotão aproveitado, arrecada-ção  e  2  lugares  de  garagem.  ContaCto: 966361094

arrendo armazÉm Com 400m2 em ÉVora –  Com escritório, vestuários, wc´s e parque privativo para estacionamento. Na estrada do Bacêlo para os Canaviais. Con-taCto: 969064291

arrendo –  armazéns  com  áreas  desde de 100m² até 400m², com escritórios, ves-tuários e WC`s.Na estrada do Bacêlo para os Canaviais, Évora. ContaCto: 96 9064291

alugo sotão 80m2 –  vivenda  no Bacelo  com  1  quarto,1  sala,  casa  de  ban-ho  e  serventia  de  cozinha.  ContaCto: 960041500

aluga-se quarto –  com  WC  privativo a  rapaz  estudante  bem  localizado.  Frigo-rifico, TV, água e  luz  incluído. ContaCto: 969708873

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aluga-se quarto –  com casa de banho e  pequena  cozinha  totalmente  indepen-dente. ContaCto: 968888848

Cede-se posição –  Bar  no  centro histórico em Évora. 200m2 - Muito poten-cial ContaCto: 966228739

Vendo –  casa  T3  a  três  km  de  Reguen-gos  de Monsaraz, com quintal, por 50 mil euros. ContaCto: 925256563 das 9 ao meio dia

Vende-se ou aluga-se –  Armazém na  estação  N.Sra  Macahede.  ContaCto: 266706982 ou 963059977

arrenda-se garagem –  Em  Évora. Ampla e bem localizada, em bairro perto do centro histórico. ContaCto: 968946097

alugam-se quartos –  Na  cidade  de Évora,  a  raparigas  estudantes  universi-tárias,  com  serventia  de  cozinha,  sala  e restantes  áreas  comuns.  Excelente  local-

ização, muito perto do Polo Univ. L. Verney. ContaCto: 927419277

alugo esCritório –  Com  30  m2  no centro  de  Évora.  Mobilado  ContaCto: 914857898

empregoproCura-se colaborador/a  para  em-presa  de  Eventos  e  Formação,  sediada  em Évora,  marcar  entrevista  (entre  as  14  e as  18  horas). ContaCto: 266732533; 967626057; 966748417; 934194769

tÉCniCo de FarmáCia –  com  carteira profissional,procura Farmácia no distrito de Évora ContaCto: 966168555

2 Carpinteiros –  de  cofragem  em Évora. ContaCto: 963854369

pretende-se –  Parceiro(a)  para  explo-ração  de  Wine  Bar  no  centro  histórico  de Évora, equipado e pronto a funcionar. Con-taCto: 965110496

animadora soCioCultural cuida  de crianças, com meses até aos 10 anos quem estiver interesado/a a saber mais é so con-tactar ContaCto: 913984380

oFereCe-se senhor  reformado  com  carta de  condução  dinamico,  trabalhou  na  res-tauração. Esta apto para trabalha em copa ou no campo. ContaCto: 968785479

serViço –  Fazem-se arranjos de costura. ContaCto: 968719764

oFereCe-se –  Senhora  para  limpeza para  algumas  horas  por  dia.  ContaCto: 961148236

senhora proCura –  trabalho  em  ser-viços  domésticos,  passar  a  ferro  e  tomar conta de idosos. ContaCto: 933227209

trabalhos –  em Photoshop, Autocad e 3d Studio. Dão-se explicações de Geometria Descritiva ContaCto: 916 128 914

oFereCe-se - Senhora para trabalhos do-mesticos, e cuidar de crianças ou idosos, 2 dias  por  semana,  em  Borba  ou  Vila  Viçosa ContaCto: 967245655

oFereCe-se –  Senhora  para  limpeza no periodo da manhã (ligar  só de manhã) ContaCto: 965759113  

oFereCe-se –  Senhora responsável, pro-cura  trabalho  de  limpeza,  passar  a  ferro, cuidar  de  idosos  e  crianças ContaCto: 969703102

oFereCe-se –  Srº.  50  A.  EDUCADO  HO-NESTO,  MUITO  ACTIVO.    Oferece-se    para motorista  ligeiros    particulares  ou  em-presas.  Carta  condução  30  anos  ,  conheci-mentos  informatica/administração,  social, comunicativo, boa apresentação. posterior-mente enviarei curriculo se assim o enten-derem contacto ContaCto: 926069997

senhora Aceita  roupa  para  passar  a ferro,0,50€  a  peça.  Faz  recolha  e  entrega ao  domicilio.  Arranjos  de  costura  preço  a combinar. ContaCto: 961069671

enControu-seCadela adulta –  cor amarela,  raça  in-definida, na zona industrial. Está à guarda do  Cantinho  dos  Animais. ContaCto: 964648988

Cão JoVem preto –  cruzado  de  Lab-rador,  junto  à  escola  da  Malagueira.  Está à  guarda  do  Cantinho  dos  Animais.  Con-taCto: 964648988

Cão de raça CaniChe –  pêlo comprido, de cor branco, com cerca de 6 meses. Con-taCto: 965371990 (só para este assunto)

Cão JoVem –  côr  creme,  porte  médio/pequeno,  perto  da  C.C.R.A.  Tem  coleira. 

Entra-se à guarda do Cantinho dos Animais. ContaCto: 964648988

gatinhos –  encontram-se para adopção gatinhos  com  cerca  de  2  meses.  ContaC-to: 964648988

CaChorra –  côr  preta,  porte  médio/pequeno, no Rossio de S. Braz. Coleira com guizo.  Encontra-se  à  guarda  do  Cantinho dos Animais. ContaCto: 964648988

Cadela JoVem –  côr amarelo mel, porte médio,  perto  do  Hospital  Veterinário  da Muralha  de  Évora.  Tem  microchip.  Con-taCto: 965371990 (só para este assunto)

duas CaChorrinhas –  Bia e a Matilde, muito  sociáveis,  com  pessoas  e  animais, brincalhonas como é natural na idade e es-pertas. com cerca de 8 meses.  ContaCto: 937014592 (só para este assunto)

outrosCrÉditos –  Pessoal,  Habitação,  Au-tomóvel  e  Consolidação  com  ou  sem  inci-dentes. Não cobramos despesas de Consul-toria.  ContaCto: 915914699 (marCio CahanoViCh) SERVIFINANÇA  -  ÉVORA - MALAQUEIRA | HOME- SOLUTIONS - IMO-BILIÁRIO

Compra-se –  azeitona e lenhas de abate e limpeza. ContaCto: 934095908

Vende-se –  Agapornis Fishers e Rosicol-lis. ContaCto: 937099715

as vendas com redução de preços são um dos meios mais utilizados para atrair o consumidor a fazer compras desnecessárias. trata-se de vendas a retalho que, com reduções de preços, preços de promoção ou qualquer outra expressão equivalente, são praticadas tendo em vista a promoção do lançamento de um produto novo, aumentar o volume de vendas ou também antecipar o escoamento de existências.

na oferta para venda de produtos em saldos ou liquidações deve ser indicada de forma visível e inequívoca a modalidade de venda a realizar, bem como o tipo de produtos e as respectivas percentagens de redu-ção, e constar a data do seu início e período de duração. os produtos anunciados com redução de preço deve ser real, por referência ao preço antes praticado para o mesmo produto ou por referência ao preço a praticar após o período de redução, quando se trate de um produto não comercializado anteriormente pelo agente económico.

assim, os saldos só podem ser realizados em duas épocas limitadas: entre 15 de Julho e 15 de setembro, e entre 28 de dezembro e 28 de Fevereiro.

É possível poupar muito dinheiro com as reduções de preço, por ve-zes, significativas. Mas os saldos são, sobretudo, interessantes para os comerciantes: permite escoar rapidamente os artigos da estação que está a terminar, para investir na nova colecção. além disso, poupam no armazenamento dos produtos que rapidamente passam de moda.

antes de comprar um produto com desconto, verifique se está mesmo a fazer uma boa compra, comparando o preço antigo com o novo.

Para ter a certeza de que compra a um preço realmente vantajoso, compare o preço praticado com o antigo preço (antes da redução). to-dos os bens devem exibir, de forma legível e inequívoca, o preço (com letreiros, listas ou rótulos).

Mesmo em época de saldos, o comerciante é obrigado a trocar o pro-duto ou a devolver o dinheiro, se o artigo apresentar um defeito. excep-ção: se houver uma informação expressa e inequívoca de que a redução

de preço se deve a defeito. se comprou um artigo sem reduções e, mais tarde, detectar um defeito, tem direito a trocá-lo por outro em boas condições.

durante esta época de saldos, as lojas podem não aceitar determina-dos meios de pagamento, desde que essa informação esteja afixada em local visível, de preferência no exterior do estabelecimento, para que os consumidores possam ter conhecimento das condições de pagamento antes de efectuar a sua compra.

Guarde sempre o recibo com a discriminação dos produtos comprados e guarde-o até ao final do prazo de garantia. Caso contrário, torna-se difícil fazer uma reclamação e exigir a troca de um produto com defeito.

se um comerciante não respeitar os seus direitos, por exemplo, recu-sando a troca de uma peça de roupa com defeito, reclame. Para isso, use o livro de reclamações da loja.

Caso estes procedimentos não sejam respeitados, estão em causa a violação do direito à informação e do direito à protecção dos interesses económicos, previstos na lei de defesa do consumidor. Face a este tipo de situações, o consumidor deverá solicitar o livro de reclamações para denunciar a ocorrência à entidade fiscalizadora competente do sector a asae.

a deCo manter-se-á atenta a esta situação e a outras de forma a ga-rantir a protecção e salvaguarda dos direitos e legítimos interesses dos consumidores.

Isabel Curvo (Jurista)delegação regional de Évora

travessa lopo serrão, n.ºs 15 a e 15 B, r/ch, 7000-629 Évoratelefone: 266744564 – Fax: 266730765

[email protected] /www.deco.proteste.pt

Saldos Todos os anos, recebemos inúmeras reclamações de consumidores e também muitas dúvidas sobre os seus direitos. Assim vamos prestar algumas informações para ir às compras descansado.

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Capitão América - O Primeiro Vingador

Sugestão de filme

Direcção: Joe JohnstonSinópse:

nascido durante a Grande depressão, steve rogers cresceu como um garoto franzino em uma família pobre. Horrorizado por uma propaganda que mostrou a ascensão nazista na europa, o jovem é inspirado a alistar-se no exército. no entanto, por conta de sua

Carta dominante: 4 de Espadas, que sig-nifica Inquietação, agitação.amor:  Ajude  o  seu  companheiro,  dando-lhe mais atenção. Que o seu sorriso ilumine todos em seu redor!saúde: Poderá  ter  problemas  respirató-rios.dinheiro: Esta  não  é  altura  para  arriscar em negócios.

Carta dominante: o  Julgamento,  que significa Novo Ciclo de Vida.  amor: Encontra-se  num  período  difícil, mas  a  sua  força  de  vontade  para  vencer esta fase será grande. Arrisque! O sucesso espera por si!saúde: A sua auto-estima anda muito em baixo, anime-se!dinheiro: Boa  altura  para  gastar  no  que mais  gosta,  mas  com  cuidado  que  a  vida está difícil.

Carta dominante: Cavaleiro  de  Ouros, que significa Pessoa Útil, Maturidade.amor: Uma nova amizade ou uma relação mais séria poderá surgir. Que o futuro lhe seja risonho!saúde: A sua emoção será a causa de al-guns desequilíbrios físicos. dinheiro: A vida profissional está em alta.

Carta dominante: 7 de Paus, que signifi-ca Discussão, Negociação Difícil.amor:  Tenderá  a  partilhar  mais  as  suas ideias e sentimentos com o seu par. saúde: Cuidado com a  linha,  faça exercí-cio.dinheiro:  Os  negócios  serão  propícios nesta altura.

Carta dominante: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera.amor: Um amigo poderá precisar de desa-bafar consigo. Abra o seu coração e parti-lhe o que sente.saúde: Beba mais sumos naturais.dinheiro: Este é um período em que pode fazer  uma  pequena  extravagância,  mas não se exceda.

Carta dominante: 8 de Copas, que signi-fica Concretização, Felicidade.amor:  Para  que  a  sua  relação  seja  dura-doura  aposte  no  romantismo  e  compre-ensão.  Desenvolva  a  sua  clareza  mental, emocional e espiritual.saúde: Beba mais leite, o cálcio é impor-tante para os ossos.dinheiro: Tenha  cuidado  com  a  forma como canaliza os seus rendimentos.

Carta dominante: 6 de Ouros, que signi-fica Generosidade.amor: Saia  e  divirta-se  mais  com  o  seu companheiro.  Exercitar  a  arte  de  ser  feliz é muito divertido!saúde: Poderá andar muito tenso.dinheiro:  Desejará  presentear  os  seus familiares mais queridos.

Carta dominante: Cavaleiro de Espadas, que significa Guerreiro, Cuidado.amor: Provável desentendimento com al-guém que lhe é muito especial. Fale sobre o que sente com carinho e honestidade.saúde: Faça exercício físico.dinheiro: Provável descida do seu poder de compra.

Carta dominante: 4 de Copas, que signi-fica Desgosto. amor: Escolha  bem  as  amizades  se  não quer  sofrer  desilusões.  Procure  ter  uma vida de paz e amor.saúde: A rotina poderá levá-lo a estados de  irritação.  Procure  divertir-se  e  relaxar mais.dinheiro: Não se precipite nos gastos.

Carta dominante:  Cavaleiro  de  Copas, que significa Proposta Vantajosa.amor: Dê mais atenção aos seus filhos. O exemplo de um lar harmonioso é a maior felicidade que lhes pode dar!saúde: Evite ambientes poluídos.Dinheiro: Pode  ter  uma nova proposta de trabalho.

Carta dominante: a Imperatriz, que sig-nifica Realização.amor:  A  sua  simpatia  poderá  despertar nos outros um  sentimento mais  forte por si. Olhe tudo com amor, assim a vida será uma festa!saúde: Tendência para dores de barriga.dinheiro: Efectuará bons negócios.

Carta dominante: 3 de Copas, que signi-fica Conclusão.amor: Uma  relação  que  já  está  desgas-tada poderá terminar. Aprenda a escrever novas páginas no livro da sua vida!saúde: Possíveis dores no corpo, sem mo-tivo aparente.dinheiro:  Se  gastar  em  demasia  poderá não ter dinheiro para pagar as contas que já são certas.

CarneiroLigue já! 760 10 77 31

Horóscopo semanal telefone: 21 318 25 91 e-mail: [email protected]

tratamento com um corpo mais perfeito que um ser humano pode ter. rogers então é submetido a um in-tesivo programa de treinamento físico e tático. três meses depois, ele recebe

a sua primeira missão como Capitão américa. armado com seu escudo indestrutível ele combate o mal sozinho e como o líder dos vingadores.

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Radar

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CapriCórnioLigue já! 760 10 77 40

aquarioLigue já! 760 10 77 41

peiXesLigue já! 760 10 77 42

saúde frágil, ele é rejeitado. Mas ao escutar os apelos honestos do rapaz, o General Chester Phil-lips oferece a rogers a oportunidade de participar da opera-ção: renascimento.depois de semanas de testes ele recebe o soro do super-soldado e é bombardeado por “raios-vita”. emerge do

O Deus das Pequenas Coisas

Sugestão de livro

Direcção: Arundhati RoySinópse:

o deus das Pequenas Coisas é a história de três gerações de uma família da região de Kerala, no sul da Índia, que se dispersa por todo o mundo e se reencontra na sua terra natal. Uma história feita de muitas histórias. as histórias dos gémeos estha e rahel, nascidos em 1962,

ex-mulher inglesa, Margaret, e da filha de ambos, sophie Mol. a da sua tia-avó mais nova, Baby Kochamma, resignada a adiar para a eternidade o seu amor terreno pelo padre Mul-

ligan. estas são as pequenas histórias de uma família que vive numa época contur-bada e de um país cuja essência parece eterna.

por entre notícias de uma guerra perdida. a de sua mãe ammu, que ama de noite o homem que os filhos amam de dia, e de velutha, o intocável deus das pequenas coisas. a da avó Mammachi, a matriarca cujo corpo guar-da cicatrizes da violência de Pappachi. a do tio Chacko, que anseia pela visita da

ÉvoraExpOSIçãO VINhAS dAS CALIçAS: NECRópOLE dA IdAdE dO FERRO15 de Maio a 30 de Julhoestá a ter lugar no Convento dos remédios a exposição itinerante intitulada “vinha das Caliças: uma necrópole da idade do Ferro”.esta exposição faz uma apresentação dos trabalhos arqueológicos realizados na necrópole (cemitério), com cerca de 2700 anos. os tra-balhos arqueológicos foram financiados pela edia pelas necessidades de prosseguir as obras de um canal de rega.

estremozExpOSIçãO “30 ANOS dE FOTOGRAFIA” 15 de Maio a 30 de Julhovai estar patente na sala de exposições temporárias do Museu Municipal de estremoz Prof. Joaquim ver-melho, a exposição “30 anos de Fotografia” colecção de rosely nakagawa. esta mostra é acompanhada por uma conferência no dia da inauguração, 15 de Maio, pelas 16h, com o título “Fo-tografia Brasileira Contem-porânea:1970 a 2000”.segundo rosely nakagawa, a exposição que apresenta no Museu de estremoz, reflecte o seu percurso pro-fissional, pois cada imagem da colecção tem um pouco da sua história, que marca o início de uma relação profissional, com o acompa-nhamento da trajectória dos fotógrafos, que se confunde com a sua formação.

ExpOSIçãOredondoRuAS FLORIdAS 201130 de Julho a 7 de agosto as ruas Floridas regressam à vila de redondo propor-cionando a moradores e visitantes um agradável reencontro com esta tradi-ção. a acompanhar as mais de três dezenas de ruas que serão trabalhadas na edição de 2011, as ruas Floridas oferecem ainda um vasto programa de actividades de onde se destacam os con-certos musicais de José Cid, serva la Bari e son Haba-nero, o encontro de Bandas Filarmónicas, a Xlvii Corrida tv (rtP) e o XXviii Festival de Folclore. Poderá também desfrutar do melhor do artesanato regional a figurar na mostra e de várias activi-dades desportivas a realizar durante os dias de festa.Paralelamente à olaria tra-dicional, à cultura vinhateira e ao imenso património ambiental, as unidades museológicas do concelho – ecomuseu, Museu do Barro e Museu regional do vinho/ enoteca – constituem tam-bém fortes argumentos para que nos visite nesta ocasião em que “a vila de redondo espera por si”.

PortelAGOSTO Em FESTA 201110 a 21 de agostoa vila enche-se de festa no mês de agosto com as cores e os sons do Festival internacional de Folclore e a Portelaves, uma das maiores mostras de aves do país. visite Portel de 10 a 21.

FESTAS E FEIRAS arraiolos500 ANOS dO FORAL mA-NuELINO dE ARRAIOLOS29 de Março a 30 de outubrodentro da re-forma de actua-lização dos forais me-dievais - o de arraio-los data de 1290 - a 29 de Março de 1511, d. Manuel outorga o chamado “Foral novo” de arraiolos.e, com início em 29 de Março de 2011, assinalamos estes cinco séculos de his-tória, procurando conhecer mais sobre a nossa terra e as suas gentes, projectando um futuro melhor ainda que sobre um presente demasia-do sombrio.assim foi quando a reabi-litação urbana do Centro Histórico de arraiolos reve-lou novos “achados” para a história dos nossos tapetes - património cultural mun-dialmente conhecido; assim foi aquando da descoberta recente de inscrições e gra-fitos nas muralhas da “Praça de armas” do Castelo; assim foi em muitos outros momentos da nossa história contemporânea.Para mais uma caminhada pela nossa história, a per-correr ao longo do ano em 7 momentos - conferências e projectos de hoje e para ama-nhã - a Câmara Municipal de arraiolos formula o convite.

OuTROS

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SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

O Alentejo volta a fazer parte da lista de nomeados para catego-ria de Melhor Região de Turismo Nacional dos Publituris Travel Awards 2011, depois de, no ano passado, ter conquistado o pré-mio da referida categoria. Deste modo, a região marca, pelo se-gundo ano consecutivo, presen-ça numa iniciativa designada como os denominados “Óscares do Turismo” em Portugal.

Para além da nomeação, o Alentejo é ainda anfitrião da gala de revelação e entrega dos Publituris Portugal Travel Awards 2011, cuja cerimónia se realiza na cidade de Évora. Assim, o evento - a ter lugar no Hotel M´AR DE AR Muralhas, a 9 de Setembro -, vai dar particular destaque à cultura, aos recursos naturais e à gastronomia da re-gião.

“Depois da conquista do galar-

dão em 2010, integrar novamen-te a lista dos potenciais vencedo-res do título de Melhor Região de Turismo Nacional é um grande orgulho. Como Presidente da Turismo do Alentejo, ERT esta nomeação reflecte o reconheci-mento do trabalho concertado e continuado que tem sido feito na região por todos os agentes pú-blicos e privados do sector”, diz António Ceia da Silva, responsá-vel máximo da ERT.

O presidente da Entidade Re-gional de Turismo adiantou ain-da que “a instituição que preside, em parceria com os players da região, tem apostado fortemente na excelência, inovação e requa-lificação da oferta. Neste contex-to, a escolha do Alentejo para receber a cerimónia dos mais antigos e conceituados prémios do turismo em Portugal é mais uma prova do potencial do ter-

ritório”. Refira-se que os Publituris Tra-

vel Awards têm como objectivo premiar - em 15 categorias - em-presas, instituições e persona-lidades do sector do turismo. A votação para os prestigiados ga-lardões da indústria do turismo nacional está a decorrer online até ao próximo dia 31 de Julho, na página da página oficial do evento.

Ceia da Silva, acredita que no Verão de 2011 o sector terá resul-tados “muito similares ao ano passado”. Entre os factores que contribuem para “as perspecti-vas simpáticas” está o aumento do número de turistas estrangei-ros, sobretudo de nacionalidade brasileira.

“Há dois anos o mercado brasi-leiro era residual. Neste momen-to posiciona-se entre o terceiro e segundo mercado”, refere.

A Polícia Judiciária identificou e deteve um homem de 50 anos de idade, sem qualquer activi-dade profissional conhecida, como presumível autor de um incêndio urbano, num arma-zém de uma agro-pecuária loca-lizado no perímetro urbano de S. Manços - Évora.Fonte da Judiciária avançou ao Registo que o móbil do crime terão sido “razões fúteis de vin-gança contra o proprietário” da exploração agrícola.

O incêndio consumiu uma edificação que se encontrava re-pleta de fardos de palha e feno, pondo ainda em perigo um armazém contíguo e diversas habitações que se lhe encon-travam próximas, que só não foram atingidos devido à pron-ta detecção por um popular e à imediata intervenção dos bom-beiros.

Os prejuízos directos ascen-dem a 15 mil euros, tendo esta-do em perigo outros bens num valor aproximado de 75 mil eu-ros.

A investigação contou com o envolvimento do posto da GNR de S. Manços, tendo o detido sido presente a tribunal.

Saúde

Doença rara atinge 100 portuguesesA Hemoglobinúria Paroxística Nocturna (HPN) é uma doença extremamente rara e com sintomas difusos que, frequentemente, se confundem com ou-tras patologias. Atinge cerca de 5,6 milhões de doentes, em todo o mundo, e, em Portugal, calcula-se que existam cerca de 100 doentes. A doença é causada pela destruição súbita de glóbulos vermelhos e uma consequente libertação de toxinas no sangue. As alternativas actuais de tratamento pas-sam por transfusões, anticoagulantes e transplantes de medula óssea. Recentemente, foi descoberto um medi-camento que ajuda a travar a HPN e já está disponível em todos os países da Europa, sen-do Portugal a única ex-cepção pois os doentes Portugueses continuam ser ter acesso a esta opção terapêutica.

PJ prende incendiário

Alentejo candidato aos “Óscares” do turismo nacional

São Manços Prémio

D.R.

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Nomeação para Melhor Região de Turismo


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