REGENERAÇÃO PERIODONTAL LIGADA AO USO DE
CÉLULAS-TRONCO: UMA VISÃO GERAL
Londrina
2014
NATHÁLIA DE ALBUQUERQUE
REGENERAÇÃO PERIODONTAL LIGADA AO USO DE
CÉLULAS-TRONCO: UMA VISÃO GERAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de graduação em Odontologia. Orientadora: Profª. Ms. Maria Beatriz Bergonse Pereira Pedriali.
Londrina
2014
NATHÁLIA DE ALBUQUERQUE
REGENERAÇÃO PERIODONTAL LIGADA AO USO DE CÉLULAS-
TRONCO: UMA VISÃO GERAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de graduação em Odontologia.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Profª. Ms. Maria Beatriz Bergonse Pereira Pedriali.
Universidade Estadual de Londrina - UEL
____________________________________
Profª. Dra.Fernanda Akemi Nakanishi Ito
Universidade Estadual de Londrina - UEL
Londrina, _____de ___________de _____.
Agradecimentos
Aos meus pais, pois, sem eles e seu apoio constante eu nada seria.
A minha irmã, pelo carinho e por estar ao meu lado sempre.
A Profª. Ms. Maria Beatriz Bergonse Pereira Pedriali, por toda sua atenção,
ensinamento, delicadeza e orientação nesse trabalho.
A Profª. Dra. Fernanda Akemi Nakanishi Ito, por sua ajuda e ótimas sugestões.
As minhas amigas, por toda sua amizade, força e carinho em todos os momentos.
E a todas as outras pessoas que de alguma forma contribuíram para que esse
trabalho fosse desenvolvido.
O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, mas sim a ilusão de
conhecimento.
Stephen Hawking.
ALBUQUERQUE, Nathália de. Regeneração periodontal ligada ao uso de células-tronco: Uma visão geral. 2014. 24 fls. Revisão de literatura.Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial a obtenção do título de graduação. Londrina, 2014.
RESUMO
A doença periodontal é uma infecção polimicrobiana multifatorial, sendo considerada
a manifestação patológica da resposta do hospedeiro contra o desafio bacteriano na
interface dente/gengiva, sendo a periodontite caracterizada pela inflamação e
destruição dos tecidos de suporte do dente. Nesse processo, diversas técnicas
foram desenvolvidas almejando a reconstrução do periodonto lesado e destruído
pela doença periodontal, dentre estas, as técnicas regenerativas, condicionamento
da raiz, técnicas que utilizam materiais de enxerto e preenchimento de variadas
origens, regeneração tecidual guiada e ainda a utilização de fatores de crescimento.
Mais recentemente as pesquisas estão voltadas para a Engenharia Tecidual que
engloba os princípios da biologia, engenharia e ciências clínicas no desenvolvimento
de substitutos biológicos para a manutenção, restauração ou melhoria da função de
órgãos e tecidos. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura com
a intenção de informar e acrescentar conhecimentos sobre a Engenharia Tecidual
voltada para a regeneração do periodonto, os avanços nessa área e a base de
estudos sobre o assunto. De acordo com pesquisadores, essa ciência se embasa
em três princípios básicos da biologia tecidual, são eles: as células-tronco
progenitoras, o scaffold representando uma matriz extracelular que mantém o
contorno do tecido, e as substâncias que induzem o crescimento e diferenciação
celular, como exemplo, as proteínas morfogenéticas ósseas e os fatores de
crescimento de fibroblasto. Portanto, a Engenharia Tecidual é uma área
extremamente promissora na regeneração periodontal, todavia, ela vem avançando
e será uma saída promissora no campo da Odontologia que abrirá novos horizontes
de tratamentos.
Palavras chave: Doença periodontal, Periodonto, regeneração periodontal.
ALBUQUERQUE, Nathália de. Periodontal regeneration linked to the use of stem
cells: An overview. 2014. 24 fls. Literature Review. Completion of course work
submitted to the School of Dentistry, State University of Londrina, as a partial
requirement to obtaining a bachelor’s degree. Londrina. 2014.
ABSTRACT
Periodontal disease is a multifactorial polymicrobial infection is considered
pathological manifestation of the response of the host against bacterial challenge in
the interface tooth / gingiva, and periodontitis characterized by inflammation and
destruction of tissues supporting the tooth. In this process, several techniques have
been developed aiming at the reconstruction of damaged and destroyed by
periodontal disease, among these, the regenerative techniques, root conditioning,
techniques that use grafting materials and fill varied backgrounds, guided tissue
regeneration and even the use of growth factors. More recent research is focused on
Tissue Engineering which encompasses the principles of biology, engineering and
clinical development of biological substitutes to maintain, restore or improve the
function of organs and tissues sciences. So the intention is to inform and add
knowledge on Tissue Engineering toward periodontal regeneration, advances in this
area and the basis of studies on the subject. According to researchers, this science
was grounded on three basic principles of tissue biology, they are: the progenitor
stem cells, representing an extracellular matrix scaffold that keeps the outline of the
tissue, and substances that induce cell growth and differentiation, as an example,
bone morphogenetic proteins and fibroblast growth factors. So the Tissue
Engineering is an extremely promising area in periodontal regeneration, however,
she comes forward and is a promising output in the field of dentistry that will open
new horizons of treatments.
Keywords: periodontal disease, Periodontium, periodontal regeneration.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 9
2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................... 11
3 DISCUSSÃO .............................................................................................. 19
CONCLUSÃO ............................................................................................ 20
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 21
9
1 INTRODUÇÃO
A meta principal da terapia periodontal tem sido regenerar o periodonto de
inserção e sustentação destruído pelo desenvolvimento e progressão da doença
periodontal. Visa neoformar osso alveolar, cemento e produzir uma nova inserção
para as fibras do ligamento periodontal se ligar ao novo cemento e assim á
superfície radicular (BARTOLD et al., 2000).
Tendo em vista essa meta, a busca pela reconstituição da arquitetura e
função das estruturas de suporte perdidas tem sido efetuada por variadas técnicas
como: regeneração tecidual guiada (RTG), (MELCHER, 1976; NYMAN et al., 1987),
o condicionamento da superfície radicular e o uso de fatores de crescimento celular
(SALLUM et al., 2003) e o uso de substitutos ósseos (SCHALLHORN; HIATT, 1972).
Contudo, os cientistas começaram a procurar uma técnica que trouxesse maiores
benefícios regenerativos, pois as que até então estavam sendo usadas possuíam
limitações por fatores locais e sistêmicos, variação de resultados, dentre outros.
Os pesquisadores começaram a buscar novas alternativas de
reconstrução do tecido periodontal lesado pela doença periodontal, através das
técnicas da Engenharia Tecidual com base na biologia das células-tronco
(NEEDLEMAN et al., 2001).
Essa bioengenharia se apoia no estudo e utilização de células
mesenquimais indiferenciadas, ou como são popularmente conhecidas, células-
tronco. Elas têm sido alvo de diversas pesquisas em todos os âmbitos da saúde,
visando utilizá-las para combater doenças, devido ao seu grande poder de
diferenciação em outros tipos celulares e a sua autorrenovação (KOLYA;
CASTANHO, 2007).
A vantagem mais imprescindível do uso de células-tronco é a capacidade
que elas têm de diferenciação e proliferação em diversos tipos celulares, todavia,
existem desvantagens, como a instabilidade genética que elas possuem, a
obrigatoriedade de sua transplantação em hospedeiros imunocomprometidos e o
risco de formação de teratocarcinomas (SOARES et al., 2007).
Portanto, diante desse contexto se faz necessário o conhecimento dos
conceitos básicos para a obtenção da regeneração periodontal através dos
princípios da Engenharia Tecidual e assim desvendar o paradigma que é a terapia
10
periodontal regenerativa, sendo esse o objetivo desse trabalho, informar e aumentar
o conhecimento sobre o assunto.
11
2 REVISÂO DE LITERATURA
O periodonto é constituído por estruturas que podem ser divididas em
duas partes: a primeira constituída pelo cemento radicular, o ligamento periodontal e
o osso alveolar e a segunda, pela gengiva. As primeiras estruturas são responsáveis
pela ancoragem do dente ao alvéolo, formando, o periodonto de inserção ou de
sustentação. A gengiva, por sua vez recobre a crista do processo alveolar e
estabelece continuidade do epitélio da mucosa oral com o colo do dente através do
epitélio juncional, sendo chamada de periodonto marginal ou de proteção
(KATCHBURIAN; ARANA, 1999). Esse periodonto saudável, ou seja, ausente de
qualquer patogenicidade associada à permanência do biofilme oral pode ser atingido
pela doença periodontal ou periodontite, é uma das patologias bucais mais
prevalecentes a nível mundial na área da saúde oral (TONETTI, 1993).
A doença periodontal é uma infecção polimicrobiana multifatorial, sendo
considerada a manifestação patológica da resposta do hospedeiro contra o desafio
bacteriano na interface dente / gengiva, sendo a periodontite caracterizada pela
inflamação e destruição dos tecidos de suporte do dente. Clinicamente podem ser
formadas bolsas periodontais, reabsorção do osso alveolar e eventual perda do
elemento dental (Page; Schroeder, 1976). A suscetibilidade inata do hospedeiro
dependente de deficiência nas repostas inflamatórias, imunológicas e reparadoras
ou remodeladoras, ficando condicionadas a fatores de risco sistêmico e
comportamental, dos quais se destacam tabagismo e diabetes (PAPAPANOU;
LINDHE, 2005).
A periodontite é caracterizada por destruição progressiva das estruturas
de suporte dentário, o que acaba resultando na perda de aderência entre as
estruturas de suporte e o dente. Alguns sinais clínicos como eritema, sangramento
gengival pós-sondagem e edema podem se associar á evidência clínica de
periodontite, mas só será confirmada e diagnosticada após a avaliação da
profundidade da sondagem periodontal e do nível da crista óssea dentre outras
características (LINDHE; KARRING; LANG, 2005). Além disso, inúmeras pesquisas
vêm sendo feitas procurando meios de diagnósticos mais precisos e um maior
conhecimento dos fatores de risco a doença, sendo a genética uma das linhas de
pesquisa (KORNMAN et al.,1997; GALBRAITH et al., 1999; LOOS et al., 2003;
BRITO JÚNIOR et al., 2004).
12
Um dos objetivos do tratamento periodontal é diminuir a profundidade de
sondagem, através das diversas técnicas existentes, associadas a medidas
terapêuticas, para que se detenha a contínua progressão da periodontite, nos casos
de periodontite moderada. Contudo, nos casos de doença periodontal mais
avançada, apresentando lesões de furca e defeitos ósseos, outros procedimentos
mais invasivos, cirurgicamente são necessários (SCULEAN, 2004).
Nesse processo diversas técnicas foram utilizadas em busca da
reconstrução do periodonto lesado e destruído pela doença periodontal, dentre
essas técnicas estão: Abordagens cirúrgicas regenerativas que independente da
técnica usada, o tecido epitelial sempre prolifera mais rapidamente que os tecidos
mesenquimais, levando à formação de epitélio juncional longo (NYMAN et al., 1980;
KARRING et al., 1980; NYMAN et al., 1985) e que segundo Bartold (2000),esse tipo
de epitélio não promove formação de cemento e ligamento periodontal, como
acontece na presença de epitélio odontogênico, não ocorrendo assim regeneração
periodontal.
Outra técnica seria a de condicionamento da raiz, pois, durante muito
tempo acreditou-se que se a superfície radicular estivesse limpa isso permitiria a
produção de matriz extracelular e reinserção celular. A presença da raiz desnuda
pode estimular a diferenciação dos cementoblastos, que irão depositar matriz sobre
as quais novas fibras colágenas serão ancoradas. Alguns estudos demonstram que
o cemento não aparece antes da terceira semana de cicatrização em humanos, cães
e macacos (NYMAN et al.,1982). Nesta técnica foi usado desde ácidos até
fibronectina para esse condicionamento. Entretanto, o resultado disso foi anquilose e
absorção (MARKS; MEHTA., 1986).
Usou-se também a técnica de materiais de enxerto e preenchimento de
variadas origens, contudo, estudos histológicos feitos em cima dessa técnica,
mostraram que há pouca atividade osteogênica (MOSKOW, 1979).
A regeneração tecidual guiada (RTG), também foi desenvolvida com o
mesmo intuito, partindo do fundamento de isolar o epitélio gengival, com uma
barreira biocompatível, membrana reabsorvível ou não reabsorvível, colocada
cirurgicamente para recobrir e proteger o defeito ósseo que ocorreu com a evolução
da doença periodontal evitando assim a migração de células do tecido conjuntivo
gengival para a superfície radicular e a migração apical do epitélio juncional, para
facilitar a reinserção de células do ligamento periodontal e do osso (KARRING et al.,
13
1993). Porém, estudos revelam que os resultados clínicos obtidos variam demais e
não são tão bons quanto se esperava, mesmo se obtendo resultados melhores com
essa técnica do que os métodos convencionais (PONTORIERO; LINDHE, 1995).
Há também a técnica que usa fatores de crescimento, que são
polipeptídeos que agem local ou sistematicamente na proliferação e função celular
através da regulação, proliferação, migração e diferenciação das células do
organismo. Eles são agentes de alto interesse para o processo de regeneração
periodontal por causa das suas ações regulatórias sobre as funções imunes e
proliferação de epitélio, osso e tecido conjuntivo (BARTOLD et al., 2000). Um desses
exemplos são as proteínas ósseas morfogenéticas que ajudam na estimulação da
regeneração óssea e de cemento (RIPAMONTI; REDDI, (1997).
Todos esses procedimentos visam obter ao final a regeneração das
estruturas de suporte que foram perdidas com o avanço da periodontite. A
regeneração periodontal tem sido um processo intensamente estudado nos últimos
anos com o avanço dos estudos nesse âmbito, os pesquisadores e cientistas
chegaram ao campo da engenharia tecidual aplicada a utilização de células-tronco
com a finalidade de regeneração tecidual.
Segundo, Langer e Vacanti (1993), a engenharia tecidual aplica os
princípios da biologia, engenharia e ciências clínicas no desenvolvimento de
substitutos biológicos para a manutenção, restauração ou melhoria da função de
órgãos e tecidos e é considerada um campo multidisciplinar onde tem se
desenvolvido técnicas de regeneração de órgãos e tecidos destruídos por
patologias, traumas ou doenças congênitas.
De acordo com, Nakashima e Reddi (2003) essa ciência se embasa em
três princípios básicos da biologia tecidual, são eles: as células-tronco progenitoras,
o scaffold, representando uma matriz extracelular que mantém o contorno do tecido,
e as substâncias que induzem o crescimento e diferenciação celular, como exemplo,
as proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs) e os fatores de crescimento de
fibroblasto (FGFs).
As células-tronco têm sido pesquisadas e utilizadas por sua capacidade
de se autorrenovar e diferenciar-se em outros tipos celulares, de acordo com o
estímulo que recebem (KOLYA; CASTANHO, 2007).
14
Elas podem dividir-se em duas categorias por origem, sendo elas
basicamente: adultas (células unipotentes ou multipotentes) e embrionárias (células
totipotentes).
As chamadas células-tronco adultas têm capacidade de dar origem a
tipos celulares específicos, pois são células indiferenciadas (não especializadas)
encontradas entre células diferenciadas em tecidos ou órgãos (células autogênicas)
e podem sofrer renovação e diferenciação produzindo assim tipos celulares
especializados. O seu papel inicial em um organismo vivo é reparar e manter o
tecido onde estão presentes (SLACK, 2000). Possuem também a capacidade de
serem expandidas e induzidas a se diferenciar em múltiplas linhagens em condições
de cultura definidas (plasticidade), como no caso de serem transplantadas em
órgãos que não são o seu de origem se reprogramando assim de acordo com o
novo ambiente (BJORSON, 1999).
E existem também as células totipotentes ou células- tronco embrionárias
que provém de embriões que se desenvolveram de óvulos fertilizados, in vitro,
recebidos por doação para as pesquisas. Esses embriões podem ser vistos por
microscópio, normalmente tem de quatro a cinco dias de idade e se apresentam
como uma bola oca de células denominada blastocisto. Essas células se
caracterizam por diferenciarem-se de qualquer tipo celular e ter poder de
diferenciação ilimitado (SLACK, 2000). Porém, apesar de serem tão vantajosas, elas
também possuem desvantagens em seu uso, pois, são instáveis geneticamente, e
por lei, há a obrigatoriedade de serem transplantadas em hospedeiros
imunocomprometidos e o risco de formação de teratocarcinomas e ainda a questão
ética sobre seu uso (SOARES et al., 2007).
No que se refere a sua fonte de origem, as células- tronco, podem ser
encontradas em diversas partes do organismo, sendo elas: no cérebro, vasos
sanguíneos, músculo esquelético, osso, tecido epitelial, fígado, ligamento
periodontal, tecido adiposo e polpa dental, sendo as células- tronco adultas
hematopoiéticas (medula óssea, cordão umbilical, sangue periférico) as mais
conhecidas (GRONTHOS et al., 2002; SHI; BARTOLD; MIURA, 2005).
Nos dentes as células- tronco foram identificadas na polpa dental adulta,
possuindo a capacidade de proliferação e diferenciação em odontoblastos que
formam dentina. Algumas pesquisas também relataram a presença de células-
tronco em dentes humanos já esfoliados. Também foram encontradas no ligamento
15
periodontal, com a capacidade de migração para defeitos periodontais, proliferação
e diferenciação em fibras do periodonto (NAKASHIMA et al., 1994; GRONTHOS et
al.; 2002). Como foi também afirmado por Nagatomo et al., (2006) que em sua
pesquisa isolaram células do ligamento periodontal de terceiros molares e pré-
molares extraídos de humanos, com a finalidade de observar a renovação,
multiplicação e expressão dos marcadores dessas células. Depois da análise de
fluorescência ativada, revelou-se que essas células expressavam os marcadores de
células- tronco CD166, CD105 e STRO-1, esses resultados sugeriram então, que as
células presentes no ligamento periodontal incluem células-tronco mesenquimais e
outras células progenitoras.
Além desses pesquisadores, outros também foram em busca de
respostas sobre a presença de células-tronco no ligamento periodontal, como foi o
caso dos cientistas GAY; CHEN; MAC DOUGALL (2007), eles isolaram células do
ligamento periodontal marcadas para STRO-1 e separadas em meios de cultura
querendo analisar sua capacidade de diferenciação em cartilagem, osso e tecido
adiposo. As células da medula óssea foram usadas como controle nas mesmas
condições de indução e cultivo. Ao fim eles concluíram que as células do ligamento
periodontal, apresentam células mesenquimais com o potencial de se diferenciarem
em condrócitos, osteoblastos e adipócitos, semelhantes ás células-tronco da medula
óssea.
Todavia, estudos indicam também que as células – tronco provindas da
polpa de dentes decíduos ou SHED (stem cells from human exfoliated deciduous
teeth) podem se diferenciar em células odontoblásticas funcionais, adipócitos e
células neurais e ainda estimularem a osteogênese após transplantação, in vivo.
Estudos demonstram ainda que células-tronco provenientes da polpa dental
necessitam de um meio indutor e um arcabouço formado por hidroxiapatita/tricálcio-
fosfato para a indução de formação de cemento, osso, e dentina, in vivo (BATOULI
et al., 2003).
As células-tronco, segundo pesquisas, podem se desenvolver no interior
de um arcabouço tridimensional e depois ser implantadas no interior do defeito, o
que faria com que a previsão de sucesso da regeneração periodontal aumentasse
(BARTOLD et al., 2000). Os scaffolds são estruturas de forma tridimensional que
proporcionam um microambiente com capacidade de permitir a adesão e migração
celular, eles devem apresentar características biológicas, físicas e químicas que
16
favoreçam o crescimento e diferenciação celular, e devem também ter
microporosidade favorável para promover a conectividade entre as células
semeadas no scaffold implantado e no tecido adjacente, facilitando a eliminação dos
produtos de metabolismo e o transporte dos nutrientes celulares (SACHLOS e
CZERNUSKA, 2003).
De acordo com a necessidade de aplicação, os scaffolds pré-fabricados
podem ser produzidos através de polímeros sintéticos ou por polímeros naturais,
permanentes ou biodegradáveis. Normalmente, os polímeros sintéticos usados na
engenharia tecidual são à base de ácido poli-L-lático (poly-L-lactic acid – PLLA),
ácido poli-glicólico (poly glycolic acid – PGA), e seus copolímeros como o ácido poli-
lático co-glicólico (poly lactic-co-glycolic acid – PLGA) e os polímeros naturais
normalmente são á base de colágeno e glicosaminoglicano e obtém boa interação
com os tecidos. Todas essas matrizes poliméricas demonstraram bons resultados
quando aplicadas pela sua capacidade de sustentar o crescimento e a diferenciação
celular. Os scaffolds também devem ser biocompatíveis, não irritantes e resistentes,
pois os componentes dessas matrizes funcionam ativando as morfogêneses das
células que foram implantadas, enquanto elas são gradualmente degradadas e
substituídas pelo tecido regenerado (NAKASHIMA, 2005).
Além disso, as células fabricam sua própria matriz tecidual e o scaffold
promove integridade estrutural até quando o tecido neoformado tenha condições
para se autossustentar (FREED et al., 1994). Segundo, Young et al., (2002) as
matrizes com base de polímeros biodegradáveis (PGA/PLLA) servem para a
engenharia de estruturas dentais com características muito parecidas as das coroas
de dentes naturais.
Outra peça importante para regeneração tecidual através das células-
tronco são os fatores morfogenéticos, moléculas bioativas ou moléculas
sinalizadoras que são proteínas que se ligam a receptores celulares específicos
induzindo a diferenciação e proliferação celular (WINGARD; DEMETRI, 1999). No
campo molecular para a diferenciação de células-tronco há a dependência das
interações induzíveis entre o epitélio e o mesênquima adjacente, essas interações
envolvem uma complexa rede sinalizadora feita de várias moléculas de sinalização,
seus receptores e sistemas de controle transcricional. Esses fatores compreendem
proteínas de cinco famílias, são eles: fatores de crescimento para fibroblastos
(FGFs, sigla do inglês fibroblast growth factor), proteínas Hedgehog (Hhs), proteínas
17
wingless e int- related (Wnts) e fator de necrose tumoral (TNF, sigla do inglês tumor
necrosis factor), proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs, sigla do inglês bone
morphogenetic protein) (NAKASHIMA; AKAMINE, 2005). Existem mais de trinta tipos
de BMPs conhecidas e muitas induzem a formação de osso e cartilagem quando
transplantadas, inclusive nos ossos maxilares. As BMPs estimulam a formação do
osso alveolar circundante aos dentes, assim como a regeneração do tecido
periodontal (TALWAR et al, 2001).
Após estudos com roedores e primatas, com administração de BMPs nos
defeitos ósseos produzidos em suas calvárias, concluiu-se que usando doses de
100μg/g matriz, houve regeneração dos defeitos (RIPAMONTI; REDDI, 1997).
Diversos fatores de crescimento podem ser usados para controlar as
atividades das células-tronco seja no que tange a indução e diferenciação em outro
tipo celular ou estimulação das células para síntese e secreção de matriz
mineralizada (STEVENS, 2005).
Por conseguinte, a interação entre as substâncias indutoras do
crescimento ou fatores de crescimento e a diferenciação celular que ocorre com as
células-tronco é modulada pela matriz extracelular. (REDDI, 2001).
Em alguns testes para evidenciar a ação das células-tronco em
associação com a regeneração periodontal, pesquisadores implantaram culturas de
células-tronco do ligamento periodontal em defeitos ósseos criados cirurgicamente
em ratos. Os resultados mostraram que as células-tronco do ligamento periodontal
aderiram tanto à superfície do osso alveolar como à superfície cementária,
evidenciando a formação de estruturas semelhantes ao ligamento periodontal (SEO
et al., 2004).
Em outro estudo também foi usado o método de aplicação de células do
ligamento periodontal como camada em defeitos ósseos tipo deiscência, produzidos
cirurgicamente em ratos. Todavia, os autores usaram células do ligamento
periodontal humano para a fabricação das camadas celulares. As células do
ligamento periodontal humano foram transplantadas para os defeitos ósseos
produzidos nos ratos. Os resultados demonstraram tecidos semelhantes ao
ligamento periodontal, incluindo uma camada de tecido, parecido com o cemento
acelular com fibras inseridas, em seu interior. Estes resultados sugerem que essa
técnica de aplicação de células do ligamento periodontal como uma camada pode
ser útil para a regeneração periodontal (HASEGAWA et al., 2005).
18
Baseando-se nesses resultados fica evidente que as proteínas BMP’s têm
um papel muito importante na morfogênese dental. No crescimento craniofacial,
essas proteínas se envolvem nas interações induzíveis entre o epitélio dental e o
mesênquima, de forma estágio-dependente. Elas também se relacionam com a
família TGF-B e juntos possuem função de proteínas cinases e mesmo se ligando a
receptores distintos colaboram entre si durante a morfogênese dental e óssea
(HUOJIA, 2005).
Os benefícios provindos com o desenvolvimento dessas pesquisas dentro
da engenharia tecidual são imensos, todavia, seu progresso, anda a lentos passos,
pois eles são limitados pelas leis que envolvem regulamentações e investimentos
nas pesquisas. Ainda são poucos os países que aceitam o uso de embriões
humanos em pesquisas de células-tronco e clonagem. O que se nota, é que não
existe unanimidade entre as nações quando o assunto é esse, tanto pelos fatores
religiosos e socioculturais, quanto políticos de cada localidade (GARDNER;
WATSON, 2005).
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3 DISCUSSÃO
A engenharia tecidual associada à regeneração dental com uso de
células-tronco é um ramo promissor, podendo não apenas ajudar com regeneração
de defeitos e patogenias que atinjam o periodonto, mas também contribuir em todos
os tratamentos em outras áreas que se fizerem necessários.
Na odontologia, diversos estudos apontam a possibilidade da formação
de algumas estruturas dentárias a partir de células-tronco adultas e até mesmo de
germes dentários que talvez possam ser implantados com sucesso na gengiva de
pacientes, porém a maioria destes estudos ainda está em fases iniciais e
laboratoriais (MODINO; SHARPE, 2005; DUALIBI; VACANTI, 2006).
Com os estudos recentes sobre terapia celular, pode-se considerar o
tratamento regenerativo a partir de cultura de células-tronco como uma alternativa
promissora aos métodos regenerativos do periodonto atualmente utilizados. O uso
de células-tronco mesenquimais provindas da medula óssea e obtidas a partir de um
transplante autólogo quando utilizadas em experimentos com animais para
regeneração periodontal vêm demonstrando resultados satisfatórios e pode ser no
futuro uma possibilidade terapêutica (KAWAGUCHI; HIRACHI, HASEGAWA et al.,
2004).
A confirmação da existência e localização de células-tronco no ligamento
periodontal indica que é possível que a resposta da regeneração periodontal esteja
no próprio ligamento, porém mais pesquisas são necessárias para definir o elemento
essencial para iniciar o processo regenerativo (CHEN; MARINO, GRONTHOS et al.,
2006) .
Mesmo com tantos fatores positivos não se pode esquecer que ainda há
desafios como as teratogenias que podem se desenvolver durante o processo
regenerativo em alguns casos, e que deve por isso ainda ser tema de minuciosos
estudos, como também a ética envolvida nesse processo e as leis que em muitos
países ainda limitam o desenvolvimento das pesquisas.
Sendo assim, ainda se fazem necessários mais estudos sobre os
isolamentos das células-tronco, os mecanismos moleculares de diferenciação e
crescimento celular e a quebra de barreiras legais para que essas pesquisas
avancem cada vez mais.
20
CONCLUSÃO
Portanto, a engenharia tecidual, é um campo de pesquisa extremamente
promissor, em todos os âmbitos regenerativos, tendo como enfoque desse trabalho
a regeneração periodontal, que vem sendo desvendada através de estudos que vem
se desenvolvendo ao longo dos últimos anos na busca por alternativas que não as
convencionais previamente citadas, que sejam mais eficazes quanto à reparação e
regeneração de defeitos causados por doença periodontal. As descobertas sobre
fontes novas de se conseguir células-tronco como nas polpas dentárias e no
ligamento periodontal, por exemplo, e suas associações com biomateriais de
diferentes origens e utilização de marcadores, scaffolds e matrizes, fatores de
crescimento e desenvolvimento, in vitro, vem tornando cada vez mais viável a
utilização dessa ciência para se chegar a uma nova saída para o tratamento dessa
patologia. Ainda há um grande caminho a ser percorrido até essa terapia ser
utilizada definitivamente em humanos, todavia, ela vem avançando e será uma nova
saída mais promissora no campo da odontologia que abrirá novos horizontes de
tratamentos.
21
REFERÊNCIAS BARTOLD, P.M; MCCULLOCH C.A; NARAYANAN, A.S; PITARU, S. Tissue
engineering: a new paradigm for periodontal regeneration based on molecular and
cell biology. J. Periodontol. [S.l.]. v.24, p.253–69, 2006.
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BARTOLD, P.M; MCCULLOCH, C.A. Information generation and processing systems
that regulate periodontal structure and function. Periodontol 2000, [S.l.]. v.63, n.1,
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