Recursos hídricos no Brasil:
panorama da crise hídrica
2012-2017
Brasília, 06/06/2017
PARTE I – Dados sobre a crise hídrica 2012-2017
Concentração e aumento da demanda
em áreas de menor disponibilidade hídrica
Baixos investimentos em infraestrutura
hídrica
Anomalias de precipitação
extremas (secas)+ +
DEMANDAS DE USO DA ÁGUA
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
19
55
19
57
19
59
19
61
19
63
19
65
19
67
19
69
19
71
19
73
19
75
19
77
19
79
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81
19
83
19
85
19
87
19
89
19
91
19
93
19
95
19
97
19
99
20
01
20
03
20
05
20
07
20
09
20
11
20
13
Retiradas (m3/s) - 1955 a 2013
ANIMAL INDUSTRIAL RURAL URBANA
IRRIGAÇÃO MINERAÇÃO TÉRMICA
EVOLUÇÃO DA RESERVAÇÃO NO BRASIL (Exceto reservatórios do SIN)
1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Vo
lum
e A
cum
ula
do
(h
m³)
Castanhão/CE [2002]
Armando Ribeiro/RN [1983]
Criticidade das chuvas na Região Nordeste desde 2012
56
,5%
49
,1%
59
,2%
37
,5%
53
,9%
38
,4%
33
,2%
40
,4%
27
,0%
36
,9%
27
,0%
27
,0%
35
,0%
21
,1%
28
,1%
15
,7%
17
,8% 2
3,9
%
15
,5%
17
,0%
9,1
% 12
,0% 1
8,0
%
12
,5%
10
,6%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Ceará Paraíba Rio Grande doNorte
Pernambuco NordesteSetentrional
2012 2013 2014 2015 2016Reservatório Equivalente
Situação do NE Setentrional
79 cidades com abastecimento urbano em colapso 512 mil habitantes
+ 220 cidades em situação crítica + 3,25 milhões de habitantes
RM Fortaleza em situação vulnerável + 4,2 milhões de habitantes
Fiscalização de usos irregulares
Restrição de uso para irrigação ou outras finalidades
Regras de operação para manutenção de volumes estratégicos dos açudes
Adaptação de captações e interligação de mananciais/sistemas de produção de água
Medidas de enfrentamento da crise hídrica
Anomalias de precipitação – ano hidrológico 2014
SISTEMA CANTAREIRA
31 m3/s
Operação do Sistema ANA/DAEE-SP e redução gradual na vazão bombeada em Santa Inês
Resolução Conjunta ANA-DAEE 926 de 29/05/2017, mantém a autorização para a Sabesp retirar no máximo 33m³/s, como média mensal, na estação elevatória de Santa Inês, e o prazo de dez anos
Resolução Conjunta ANA-DAEE 925 de 30/05/2017, define as condições de operação dos reservatórios, inclui um sistema de faixas que varia de um a cinco, sendo a faixa cinco denominada Especial para períodos críticos
Nova outorga do Sistema Cantareira
SISTEMA HIDRÁULICO DO PARAÍBA DO SUL
Resolução Conjunta de 7/12/15: novas regras de
operação dos reservatóriose transposição do Sistema
Hidráulico do Paraíba do Sul
BACIA DO PARAÍBA DO SUL
Ri o
São
Fr a
ncis
co
Rio Grande
Rio Corrente
Rio Urucuia
Rio Paracatu
Rio
Pr e
to
Rio Abaeté
Rio Jequitaí
Rio das Velhas
SOBRADINHO
TRÊS MARIAS
MOXOTÓ
XINGÓ
Pão deAçúcar
Belém doSão FranciscoSanta Maria
da Boa VistaJuazeiro
8000 (áreas urbanas, saída de emissário, tomada d’água)
Casa Nova
Sento Sé
Remanso
Pilão Arcado
Januária
São Romão
Pirapora
Unai
4000
Xique-Xique
São Francisco
P. A. 1,2,3
P. A. 4
ITAPARICA
CONVENÇÃO
usina a fio d’águacom restrição a jusante
restrição de vazão máxima(m³/s)cidade
reservatório com operaçãopara o controle de cheias
QUEIMADO
300
8000
Desde abril de 2013, a operação dos
reservatórios na Bacia do São Francisco
vem sendo feita de forma especial e com
acompanhamento periódico por meio de
reuniões com diversas instituições,
incluindo CBHSF
Resolução das ANA: diminuição
gradativa das vazões defluentes de
Sobradinho
BACIA DO SÃO FRANCISCO
Ri o
São
Fr a
nc i
sco
Rio Grande
Rio Corrente
Rio Urucuia
Rio Paracatu
Rio
Pr e
to
Rio Abaeté
Rio Jequitaí
Rio das Velhas
SOBRADINHO
TRÊS MARIAS
MOXOTÓ
XINGÓ
Pão deAçúcar
Belém doSão FranciscoSanta Maria
da Boa VistaJuazeiro
8000 (áreas urbanas, saída de emissário, tomada d’água)
Casa Nova
Sento Sé
Remanso
Pilão Arcado
Januária
São Romão
Pirapora
Unai
4000
Xique-Xique
São Francisco
P. A. 1,2,3
P. A. 4
ITAPARICA
CONVENÇÃO
usina a fio d’águacom restrição a jusante
restrição de vazão máxima(m³/s)cidade
reservatório com operaçãopara o controle de cheias
QUEIMADO
300
8000
1.300
1.100
1.000900
800
700
600
DEFLUÊNCIA MINIMA NORMAL
RESOLUÇÃO ANA Nº 442/2013
RESOLUÇÃO ANA Nº 206/2015
RESOLUÇÃO ANA Nº 713/2013
RESOLUÇÃO ANA Nº 66/2016
RESOLUÇÃO ANA Nº 1 .283/2016
RESOLUÇÃO ANA Nº 742/2017
m³/s
m³/s
m³/s
m³/s
m³/sm³/s
m³/s 1.000 m³/s
Va
zão
mín
ima
de
flu
en
te (
m³/
s)
Antes de
ABR 2013
ABR 2013
MAR 2015
MAR-JUN
2015
JUN-DEZ
2015
JAN-OUT
2016
NOV 2016
MAI 2017
A partir de
MAI 2017
Resoluções da ANA que autorizaram a redução de patamar de defluência de Sobradinho e Xingó
Portal do SNIRH em www.ana.gov.br
PARTE II – Planejamento e segurança hídrica
GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS SEGURANÇA HÍDRICA
1) Garantia da oferta de águapara abastecimento humano
2) Controle da poluição e compatibilização da qualidade da água para diferentes usos
3) Redução dos riscos associados a eventos críticos (secas e inundações)
4) Garantia da oferta de água para o desenvolvimento das atividades produtivas
Planejamento para racionalização dos investimentos:
oferta de água e controle da poluição
SEDES
URBANAS
790 municípios 2.269 municípios
26% 74%
INVESTIMENTO
ESTIMADO
R$ 16,9 bilhões
Sistemas integrados e
sedes acima de 50 mil hab.
Sedes até
50 mil hab.
107,7 milhões hab.
76%
R$ 5,3 bilhões31,3 milhões hab.
24%
Síntese do diagnóstico e da estimativa de investimentos
[Planejamento considera controle de perdas]
45% - abastecimento satisfatório
46% - requer ampliação sistema
9% - requer novo manancial
Carga total gerada
9.098 tDBO/dia
Carga remanescente
5.516 tDBO/dia
(remoção de 39%)
PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA HÍDRICA
Seleção e detalhamento das principais intervenções estratégicas do país (horizonte 2035), para:
garantir oferta de água para o abastecimento humano e para o uso em atividades produtivas
reduzir os riscos associados a eventos críticos (secas e inundações)
Nordeste Setentrional
e Bacia do Parnaíba
Cheias
Secas
Leste da BA e
norte de MG
Região Sul
SP/RJ
Diferentes estágios do PISF para atendimento das demandas
Estágio 0: Antes do início da operação
(nenhuma demanda atendida)
Estágio 1: Demandas atendidas a partir da
conclusão dos Eixos Leste e Norte e
aproveitamento da infraestrutura existente
Estágio 2: Demandas atendidas a partir da
conclusão das obras complementares em
andamento e planejadas
Estágio 3: Projetos de desenvolvimento para
aproveitamento do potencial instalado
Aproveitamentos do Rio São FranciscoAmpliação da oferta x Gestão da demanda
PISF – Projeto de Integração com Nordeste Setentrional
Canal do Sertão AL
Canal do Xingó (BA/SE)
Eixo Sul/Canal do Sertão Baiano
Eixo Oeste PI
Canal do Sertão PE
Perímetros e projetos de irrigação
CONSIDERAÇÕES FINAIS
RISCOS CLIMÁTICOS E HIDROLÓGICOS – PREVISÃO E
REGRAS DE OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS
USO RACIONAL DA ÁGUA – GESTÃO DA DEMANDA E
CONTROLE DE PERDAS
PLANEJAMENTO – INVESTIMENTOS EM
INFRAESTRUTURA HÍDRICA E CONTROLE DA POLUIÇÃO
Obrigado(a)!
Sérgio Ayrimoraes
Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos
(+55)(61) 2109-5208