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Módulo II

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Sumário

Unidade 3 - Análise e Descrição dos Cargos ......................................................................... 1

3.1 - A Importância de Analisar e Descrever Cargos ......................................................... 1

3.2 - O Desenho de Cargos ................................................................................................. 2

3.2.1 - Modelos de Desenhos de Cargos ........................................................................ 2

3.2.2 - O Enriquecimento de Cargos .............................................................................. 3

3.3 - Os Conceitos em Descrição de Cargos ...................................................................... 4

3.4 - Entrevista de Descrição e Análise de Cargos ............................................................. 7

3.5 - Estudos de Caso 1 .................................................................................................... 12

3.5.1 - O Questionário para Descrição do Cargo .......................................................... 13

3.6 - Estudo de Caso 2 ...................................................................................................... 16

Unidade 4 - Desafios do Profissional de RH ........................................................................ 18

4.1 - Como Tratar Desistências ........................................................................................ 18

4.2 - Uma Seleção Conduzida com Tranquilidade ........................................................... 20

4.3 - Os Pecados da Área de Recrutamento e Seleção ..................................................... 23

4.4 - Os Desafios do RH na busca por profissionais de TI ............................................... 27

4.5 - A Contratação de Vendedores .................................................................................. 30

4.6 - A Indicação de Candidatos ....................................................................................... 33

4.7 - O Processo de Recrutamento no Google .................................................................. 35

4.8 - Como Manter os Funcionários ................................................................................. 36

4.9 - A Entrevista de Desligamento .................................................................................. 38

4.9.1 - Condução da Entrevista de Desligamento ......................................................... 39

4.9.2 - Atendimento ao ex-funcionário ......................................................................... 41

Unidade 5 - Dinâmicas de Grupo ......................................................................................... 42

5.1 - Evitando Situações Constrangedoras em Dinâmicas ............................................... 45

5.2 - Dinâmicas de Apresentação ..................................................................................... 47

5.3 - Dinâmicas de Assertividade ..................................................................................... 54

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5.4 - Dinâmicas de Comunicação ..................................................................................... 56

5.5 - Dinâmicas de Confiança........................................................................................... 61

5.6 - Dinâmicas de Cooperação ........................................................................................ 64

5.7 - Dinâmicas de Criatividade ....................................................................................... 70

5.8 - Dinâmicas de Expressão Emocional ........................................................................ 76

5.9 - Dinâmicas de Gestão do Tempo............................................................................... 78

5.10 - Dinâmicas de Liderança ......................................................................................... 80

5.11 - Dinâmicas de Negociação e Gestão de Conflitos................................................... 83

5.12 - Dinâmicas de Respeito e Valores Pessoais ............................................................ 92

Conclusão do Curso .............................................................................................................. 93

Referências Bibliográficas .................................................................................................... 94

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1

Unidade 3 – Análise e Descrição dos Cargos

3.1 - A Importância de Analisar e Descrever Cargos

Estar apto para definir desenho, análise, descrição e especificação de cargos é

entender como o desenho de cargo afeta as práticas de RH, descrever os métodos obtidos na

informação e os ajustar com o objetivo de ter as especificações precisas do cargo e os

critérios a exigir do futuro ocupante.

Em um âmbito sobre as especificações, análise e descrição de cargos é importante

destacar a conceituação para interpretar de uma maneira lógica a tomada de decisão, tendo

como exemplo um modelo de entrevista e um questionário onde será feita a colheita de

informações sobre os cargos, desde o que o ocupante faz até o motivo que faz, para montar

uma descrição de cargo detalhada contendo as relações, responsabilidades e experiências

exigidas, com o propósito de fazer um mapeamento das especificidades do cargo para

redesenhar a estrutura, conforme o desempenho de cada um, tornando-o mais flexível e

mutável.

Um cargo bem descrito define o conteúdo e as principais responsabilidades do

cargo e facilita muito o trabalho do setor de RH. Com base na descrição de cargo é

que o profissional de RH irá elaborar as exigências mínimas e desejáveis na hora de

recrutar um novo funcionário.

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Conceito de Cargo

Hoje, os cargos requerem maior flexibilidade e participação contínua das pessoas

transformando-as em equipes multidisciplinares mutáveis com o ambiente. O cargo pode-se

analisar numa maneira global onde todas as atividades são executadas por um ocupante e

que se situa em uma posição no organograma organizacional. A posição do cargo mo

organograma define o nível de hierarquia do ocupante como a quem reportará e sobre quem

exercerá autoridade que pode ser localizado num departamento ou divisão.

3.2 - O Desenho de Cargos

Envolve-se a especificação do conteúdo de cada cargo, dos métodos de trabalho e

das relações com os demais cargos. O desenho de cargos envolve a maneira como cada

cargo é estruturado e dimensionado.

Para desenhar um cargo é preciso definir quatro condições básicas:

- Qual é o conteúdo do cargo, ou seja, o conjunto de tarefas ou atribuições que o

ocupante desempenhará;

- Quais são os métodos e processos de trabalho, ou seja, como as tarefas deverão ser

desempenhadas;

- A quem o ocupante do cargo deve prestar responsabilidade, isto é, quem é o seu

superior imediato;

- Quem o ocupante do cargo deverá supervisionar ou dirigir autoridade, ou seja,

quem serão os seus subordinados.

3.2.1 - Modelos de Desenhos de Cargos

Existem três tipos de modelos de cargos: o Clássico, o Humanístico e o

Contingencial.

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3

O modelo Clássico foi criado pelos engenheiros que iniciaram o movimento da

Administração Científica com certos princípios de racionalização do trabalho para

projetar cargos, definir métodos padronizados, treinar as pessoas para obter máxima

eficiência por meio de incentivos salariais para assegurar a adesão aos métodos de trabalho.

Nesta perspectiva, o desenho de cargo é definitivo e feito para durar para sempre.

Em nenhum momento se cogita mudanças. O homem é visto como mero apêndice da

máquina, a tecnologia sempre está antes do homem.

O modelo Humanístico surgiu em oposição ao modelo clássico. É constituído pelas

relações humanas, tendo o objetivo de substituir a engenharia industrial pelas ciências

sociais, a organização formal pela informal, a chefia pela liderança etc.

Este modelo surgiu com o objetivo de "corrigir a forte tendência à desumanização

do trabalho surgida com a aplicação de métodos rigorosos, científicos e precisos, aos quais

os trabalhadores deveriam submeter-se." (CHIAVENATO, 1983).

O modelo Contingencial representa a abordagem mais ampla e complexa pelo fato

de considerar três variáveis simultaneamente: as pessoas, a tarefa e a estrutura

organizacional. O desenho do cargo é dinâmico e se baseia na contínua mudança e revisão

do cargo como uma responsabilidade básica colocada nas mãos do gerente ou de sua equipe

de trabalho. Isso faz do modelo contingencial mutável em decorrência do desenvolvimento

pessoal do ocupante e do desenvolvimento tecnológico da tarefa.

3.2.2 - O Enriquecimento de Cargos

O desenho contingencial de cargos é dinâmico e privilegia a mudança em função

do desenvolvimento pessoal do ocupante, ou seja, permite a adaptação do cargo ao

potencial de desenvolvimento pessoal do ocupante. Essa adaptação contínua é feita pelo

enriquecimento de cargos, que significa a reorganização e ampliação do cargo para

proporcionar adequação ao ocupante no sentido de aumentar a satisfação intrínseca, através

do acréscimo de variedade, autonomia, significado das tarefas, identidade com as tarefas e

retroação. Tem como objetivo aumentar as responsabilidades e desafios das tarefas do

cargo para ajustá-los às características progressivas do ocupante.

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A adequação do cargo ao ocupante melhora o relacionamento interpessoal

dentro do trabalho e visa novas oportunidades de mudanças para uma melhor

qualidade de vida no trabalho. O que se espera é um aumento de produtividade e redução

das taxas de rotatividade e de absenteísmo do pessoal, para isso precisará introduzir uma

nova estratégia que faça uma reeducação dos cargos de gerente e chefia, descentralização

das pessoas dando força e maiores oportunidades de participação.

3.3 - Os Conceitos em Descrição de Cargos

Descrever um cargo significa relacionar desde o que o ocupante faz até o motivo

porque faz, a descrição de cargo é um retrato simplificado do conteúdo e das principais

responsabilidades do cargo. O formato de uma descrição de cargo inclui o título do cargo, o

sumário das atividades a serem desempenhadas e as principais responsabilidades do cargo.

A descrição do cargo relaciona de maneira breve as tarefas, deveres e as responsabilidades

do cargo.

Conceito de Análise de Cargos

Analisar um cargo significa detalhar o que o cargo exige do seu ocupante em

termos de conhecimentos, habilidades e capacidades para que possa desempenhá-lo

adequadamente. A análise de cargos procura determinar quais os requisitos físicos e

mentais que o ocupante deve possuir, as responsabilidades que o cargo lhe impõe e as

condições em que o trabalho deve ser feito. E também se preocupa com as especificações

do cargo em relação ao ocupante que deverá preenchê-lo.

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Métodos de colheita de dados sobre cargos

Existem três métodos para obtenção de dados a respeito dos cargos: entrevista,

questionário e observação. Na entrevista existem três tipos para tal finalidade como a

entrevista individual, a entrevista em grupo e a entrevista com o supervisor tendo

como objetivo buscar dados a respeito dos cargos e determinar seus deveres e

responsabilidades.

No método do questionário a colheita de dados a respeito de um cargo é feita

através de questionários que são distribuídos aos seus ocupantes ou ao seu supervisor. Na

prática segue o mesmo roteiro da entrevista, com a diferença de que é preenchido pelo

ocupante do cargo, ou pelo supervisor ou também por ambos. Tem como vantagem

proporcionar um meio eficiente e rápido de coletar informação de um grande número de

funcionários, tendo como custo operacional menor do que a entrevista.

O método da observação consiste em observar o que o ocupante do cargo está

fazendo e constitui um outro método de colher informação sobre o cargo. É aplicável em

cargos simples, rotineiros e repetitivos. É comum o método de a observação utilizar um

questionário para ser preenchido pelo observador para assegurar a cobertura de todas as

informações necessárias.

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Etapas do Processo de Análise de cargos

O processo de analisar cargos envolve seis etapas que considera a organização em

constante e dinâmica mudança. Os cargos devem ser constantemente descritos, analisados e

redefinidos para acompanhar as mudanças na organização e no seu conteúdo.

Os primeiros passos são examinar a estrutura da organização total e de cada cargo

para definir quais as informações requeridas pela análise de cargos, depois selecionar os

cargos a serem analisados e ajustar os dados necessários para análise, e por último preparar

as descrições e especificações de cargos. Isso tem como função fazer um planejamento de

RH, desenhos de cargos, recrutamento e seleção, treinamento, avaliação de desempenho,

remuneração e benefícios e a avaliação dos resultados.

Os Usos da Descrição e Análise de cargos

A descrição e análise de cargos funcionam como mapeamento do trabalho realizado

dentro da organização. Um programa de descrição e análise de cargos produz subsídios

para o recrutamento e seleção das pessoas, para identificação das necessidades de

treinamento, elaboração de programas de treinamento, para planejamento da força de

trabalho, avaliação de cargos e critérios de salários etc.

Os objetivos são de subsídios ao recrutamento (definir o mercado RH para onde

deverá recrutar dados para a elaboração de anúncios de recrutamento); subsídios à seleção

de pessoas (características do ocupante do cargo, ou seja, requisitos exigidos); material para

o treinamento (conteúdo dos programas de treinamento, conhecimentos e habilidades

exigidas ao ocupante e atitudes perante o cliente); base para a avaliação e classificação de

cargos (fatores de especificações para serem utilizados como fatores de avaliação de

cargos, definição de faixas salariais etc.); avaliação do desempenho (definição de critérios e

padrões de desempenho para avaliar os ocupantes, metas e resultados a ser atingindo); base

para programas de higiene e segurança (informações sobre condições de insalubridade e

periculosidade comuns a determinados cargos) e guia para o gerente (informações sobre o

conteúdo dos cargos e desempenho dos ocupantes).

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3.4 - Entrevista de Descrição e Análise de Cargos

A entrevista realizada foi com um funcionário do supermercado XXX, tendo como

objetivo colher informações sobre a sua função para fazer uma descrição de cargo.

Identificação

Tempo de serviço na função: dois anos

Tempo de serviço nesta empresa: três anos

Função atual: Operador de Caixa

Função anterior: Embalador

Descrição do Cargo

Descreva separadamente cada uma das suas tarefas diárias (que se repetem com

frequência):

- O que você faz?

A função de operador de caixa é ficar no check-out passando compras, prestar um

ótimo atendimento e por fim cobrar os valores certos.

- Como é feito? (Utiliza-se de equipamentos ou materiais)?

O trabalho é executado com o auxílio de equipamentos eletrônicos como, o scanner

para a leitura dos códigos de barra, o pinpad para passar os cartões de crédito ou débito e as

sacolas para embalar as compras.

- Quando é feito?

O trabalho é realizado durante oito horas diariamente no setor da frente de caixa

sendo selecionado a cada dia um caixa diferente para operar. Isso é feito para que a posição

seja trocada na hora de passar as compras e o movimento não seja repetitivo. Nos finais de

semanas e feriados os turnos mudam com frequência.

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- Para que é feito? (Razões para a execução dessas tarefas)

As tarefas têm como objetivo prestar um ótimo atendimento e um trabalho com alta

eficiência e eficácia para os clientes dando o máximo de si, com atenção e uma boa

agilidade na hora de passar as compras e até ir selecionando os produtos para o embalador

colocar na sacola, separadamente, frios, enlatados, massas e produtos de limpeza.

Descreva a ordem de importância das tarefas realizadas:

A importância das tarefas é manter uma boa postura; cumprimentar os clientes de

forma cordial; passar as compras com agilidade e facilidade para o embalador conseguir

embalar as compras nas sacolas sem dano de prejudicar os produtos; ter atenção para

quaisquer dúvidas e cobrar os valores exatos.

Descreva a frequência diária, semanal e mensal das tarefas:

As tarefas diárias são ficar no caixa passando as compras e cobrando os valores

corretos; as tarefas semanais são fazer uma limpeza geral no caixa na segunda-feira quando

são selecionados três operadores para ajudar e por fim as tarefas mensais são justificar os

valores negativos e assinar o quebra de caixa.

Especificações do Cargo

Qual o nível de instrução mínima necessária para ocupar este cargo? Não é

preciso mencionar o seu, mas aquele que você considera necessário para o exercício

satisfatório do cargo:

Ensino médio completo ou cursando nível superior.

Que outros conhecimentos você considera necessário para realização deste

trabalho?

Conhecimento em informática e um curso de atendimento ao cliente.

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Qual tempo mínimo de experiência que alguém com nível de instrução indicado

anteriormente necessita para desempenhar satisfatoriamente as tarefas do cargo?

Seria necessária experiência prévia em outros cargos?

O tempo mínimo é de três meses sendo que apresente um bom desempenho no

cargo anterior, mas são feitos treinamento com auxílio de um funcionário mais experiente

na função.

Em sua opinião quais as tarefas mais complexas que são desempenhadas neste

cargo? Por quê?

As tarefas mais complexas são na hora de movimento na loja quando a fila do caixa

está cheia de clientes estressados querendo ser atendidos o mais depressa possível. A

concentração e agilidade nesse momento são cruciais.

Você é supervisionado por alguém? Como o seu superior supervisiona o seu

trabalho?

Sim, pelo fiscal de caixa e o chefe da frente de caixa, a maneira que supervisiona é

orientar surge alguma divergência.

Quais as decisões que você precisa tomar no desempenho do seu cargo?

As decisões que tomam é chamar o fiscal de caixa ou chefe quando surge alguma

situação divergente tanto nos cartões de créditos ou cheque no Serasa.

Na sua função você tem acesso a documentos ou dados confidenciais? Quais?

Sim, os documentos de identidades dos clientes para conferência dos dados e

valores de documentos tanto de cartões, cheques ou dinheiro alto.

Quais os prováveis erros que podem ser cometidos na sua função? Esses erros

podem ser constatados?

Passar compras depressa, sendo que o leitor não consiga captar todos os códigos de

barra. Podem ser constatados passando as compras e esperar um pouco para processá-las.

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Quais as máquinas ou equipamentos que você utiliza para realizar suas

funções?

O ECF (emissor de cupom fiscal), o scanner para leitura dos códigos de barra, o pinpad

para passar os cartões e a esteira para puxar as compras.

Quais os fatores existentes no seu ambiente de trabalho que interferem na

execução das tarefas?

O barulho durante o movimento da loja e o sistema sobrecarregado.

Sob quais condições você trabalha? Descreva as condições desagradáveis como

ruídos, temperatura, odores, iluminação inadequada etc.

Os barulhos são frequentes da música alta, pessoas falando alto ou gritando, ar-

condicionado impróprio para ventilar.

Qual é o maior e o menor esforço exigido no seu cargo?

O maior esforço é o movimento repetitivo nos braços e o menor esforço é a

abordagem inicial (Bom dia; Boa tarde e Boa noite).

O trabalho é executado:

Em pé ocasionalmente

Carrega peso?

Sim, peso médio ocasionalmente.

Seu trabalho exige esforço visual?

Frequentemente

Seu trabalho exige esforço mental? Especifique.

Sim, prestar bastante atenção e concentração no recebimento de valores.

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Você supervisiona diretamente o trabalho de outros funcionários? Indique o

cargo e número de funcionários supervisionados.

Não

No seu trabalho você tem contato direto com a clientela?

Frequentemente

Quantas pessoas exercem o mesmo cargo que o seu na empresa?

São cinquenta funcionários no inverno e na temporada chega, em média, a cem

funcionários.

Em sua opinião qual a importância do trabalho que exerce?

Tem como importância de fidelizar os clientes oferecendo um trabalho com alta

qualidade.

Você almeja mais para sua carreira profissional?

Sim, é um conhecimento que se adquire a mais e com isso pode dar novas ideias

para aprimorar o trabalho.

Você acha que há possibilidades de crescimento dentro da empresa?

Demonstrando um bom desempenho e interesse pela empresa pode-se até chegar ao

cargo de gerente.

O que esta empresa representa para você?

Representa a condição de viver, de conseguir realizar os sonhos.

Você tem sugestões para melhorar a qualidade de trabalho desta empresa?

Procurar definir um tempo máximo de crescimento para os funcionários que mais se

destacam.

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3.5 - Estudos de Caso 1

A Descrição do Cargo de Operador de Caixa

A entrevista acima será utilizada como base para a descrição do cargo. Veja abaixo

como este cargo seria descrito:

Nome da Empresa

Supermercado XXX

Título do cargo

Operador de caixa

Sumário do cargo

Responsável pelas cobranças dos valores das compras. Em caso de cheques altos, chamar

os fiscais de caixa sem sair do caixa.

Relações

Reporta-se ao fiscal de caixa e o chefe da frente de caixa.

Responsável pelo um ótimo atendimento, divulgando as promoções para os clientes.

Qualificações

Educação: Ensino médio completo

Experiência profissional: Não exige experiência, pois o treinamento é feito com os

funcionários mais antigos.

Requisitos básicos: flexibilidade, agilidade, atenção e honestidade.

Iniciativa

Interesse em crescer, boa comunicação e dinâmico.

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Responsabilidades

- Prestar um ótimo atendimento ao cliente, demonstrando interesse para ajudá-lo em

quaisquer dúvidas;

- Cobrar os valores expressamente corretos, sendo que em cheques altos, cartões de créditos

sem assinatura solicitar a identidade e o fiscal de caixa ou chefe;

- Fechar o caixa certo, tanto na separação dos documentos de cartões para facilitar no setor

financeiro.

Ambiente

Limitado, o operador de caixa tem a obrigação de ficar no caixa para trabalhar, quando não

tiver cliente, pode sentar-se na cadeira com uma postura adequável.

3.5.1 - O Questionário para Descrição do Cargo

Assim como a entrevista, o questionário escrito pode ser aplicado para ajudar na

descrição do cargo. Vejamos um exemplo abaixo:

Nome: Rafael H. Pires

Título do cargo: Atendente de loja

Departamento: Loja

Superior Imediato: Gerente de loja

Sumário dos deveres:

Escreva com suas próprias palavras tudo aquilo que você faz:

O trabalho exige fazer praticamente tudo de um pouco na loja, ou seja, organizar as roupas,

trazer as roupas do depósito para frente, limpar e arrumar a vitrine e sempre atender os

clientes de um jeito que os encante com o que ele quer e algo mais que acabe

complementando a compra.

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Qualificações profissionais:

Relacione os conhecimentos que você utiliza em seu trabalho:

As qualificações exigidas são ter curso de vendas, de informática e até às vezes um curso

de vitrine, mas não é obrigado.

Equipamentos:

Relacione as máquinas ou instrumentos (calculadora, computador, motor) que você

opera como parte de seu trabalho:

Os equipamentos utilizados são poucos, pois a função é atender os clientes para vender,

mas acaba usando a calculadora para somar os valores e também um valor que o cliente

queira parcelar no cartão de crédito.

Responsabilidades:

Relacione todas as suas responsabilidades em ordem decrescente de importância e a

porcentagem de tempo a elas dedicada por mês:

As responsabilidades são inúmeras, como a pontualidade, boa aparência e boa

comunicação, limpar e organizar as roupas, fazer um levantamento de estoque para fazer

pedido de produtos que faltam uma vez por semana, o trabalho é realizado durante oito

horas diárias, sendo que na temporada a jornada de trabalho será conforme o movimento,

tendo uma comissão de 4 % sobre as vendas realizadas.

Contatos:

Liste os contatos com outros departamentos ou empresas. Defina os deveres e

responsabilidades internas e externas, envolvidas nesses contatos:

O trabalho possui três departamentos: loja; depósito e caixa; por isso acaba-se trabalhando

em todos os setores, mas na hora de movimento na loja a prioridade é atender os clientes.

Supervisão exercida:

Seu cargo tem responsabilidades por supervisão de pessoas?

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Não

Supervisão recebida:

Qual a frequência da supervisão que você recebe de seu superior?

Frequentemente

Decisões:

Explique quais as decisões que você toma no desempenho de seu cargo:

As decisões tomadas são procurar tomar iniciativa e disposição para organizar e especificar

as formas de pagamentos para os clientes.

Condições de trabalho:

Descreva as condições sob as quais você trabalha, como ruídos, temperaturas quentes

ou frias, trabalho externo, condições desagradáveis:

As condições são boas, mas às vezes aparecem algumas situações desagradáveis como o

atendimento super rápido durante um movimento grande.

Requisitos exigidos pelo cargo:

Indique os requisitos mínimos necessários ao cargo.

Escolaridade: Ensino médio completo

Experiência: Seis meses de experiência na função registrada na carteira

Conhecimentos específicos: Informática, curso de vendas.

Habilidades: Boa comunicação, disposição, interesse, flexibilidade e agilidade.

Informação adicional:

Descreva abaixo toda informação adicional não incluída nos itens anteriores.

O horário é mutável, por isso o atendente de loja deve estar sempre disposto para sujeitar a

qualquer horário que for solicitado, ocorre com mais frequência nos domingos e feriados.

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3.6 - Estudo de Caso 2

O questionário acima pode ser utilizado na descrição do cargo, como veremos abaixo:

Nome da empresa

XXX

Título do cargo

Atendente de loja

Sumário do cargo

Responsável pela organização e separação das roupas nos seus devidos lugares e cabides,

responsável pelo um ótimo atendimento ao cliente, responsável pela uma boa aparência e

uma disposição tanto para atender os clientes e para atingir as metas.

Relações

Reporta-se ao gerente de loja.

Responsável pela imagem da empresa, pela satisfação dos clientes oferecendo os produtos

conforme as suas necessidades.

Trabalha com os demais setores da loja: loja; depósito e caixa. Mas na hora de movimento

dá mais prioridades na área de venda.

Qualificações

Educação: Ensino médio completo.

Experiência profissional: curso de vendas e informática.

Requisitos básicos: boa comunicação, flexibilidade e disposição.

Iniciativa

Atingir as metas, pontualidade e criatividade.

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Responsabilidades

- Prestar um ótimo atendimento ao cliente, ter agilidade para arrumar as roupas;

- Levar o cliente até o caixa para finalizar a compra e mostrar os meios de pagamentos que

o cliente efetuará para o operador de caixa;

- Manter o cabelo e barba feita diariamente, e quando for para atender os clientes evitar

mascar chicletes.

Ambiente

A loja toda, pois quando falta produto tem que ir ao depósito e às vezes também opera o

caixa, mas na temporada é mais o gerente que opera o caixa.

Em resumo...

Pode concluir-se como é importante ressaltar os conceitos de cargos, desenhos de

cargos, e outros aspectos abordados com o propósito de propiciar uma visão holística para o

administrador de RH. Os recursos apresentados das duas descrições e análise de cargos

tanto feitos por meio de entrevista ou questionário são essenciais para modificar ou

redesenhar os cargos, mas principalmente na hora de selecionar um novo profissional para a

área.

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Unidade 4 – Desafios do Profissional de RH

4.1 - Como Tratar Desistências

Quem trabalha em Recrutamento e

Seleção já passou por isto. Sejam consultores

especializados, sejam analistas de seleção

dentro das companhias. Enfim, dificilmente

alguém não passou pela experiência de

―perder‖ um candidato lá no final do processo,

praticamente às vésperas da admissão.

O trabalho de seleção é um desafio.

Lançamos mão dos mais variados recursos de

avaliação para conhecer o perfil do candidato.

Entrevistas, testes, dinâmicas, referências

profissionais, e por assim por diante. A finalidade de tudo isto é responder à questão:

Como esta pessoa que está aqui na minha frente se comporta quando não está na minha

frente?

A entrevista como típico momento de venda que é, tem como finalidade apresentar

o produto. Mais do que isto, é convencer, persuadir de que aquele é o melhor produto. E

claro que o vendedor só vai apresentar aquilo que tem de bom e passar uma ―maquiagem‖

naquilo que não é tão bom assim. Uma frase melhor elaborada aqui, uma palavra mais

neutra lá, e assim vai. Que jogue a primeira pedra quem nunca ouviu de um candidato o

clássico: ―Estou em busca de novos desafios...‖? Que dentre outras coisas pode ser o jeito

polido de dizer ―estou de saco cheio do meu emprego, quero sair daquela droga!‖.

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Enfim, avaliar um perfil é isto. É tentar tirar estas máscaras, exatamente quebrando

as frases prontas e procurando os reais motivos que levam um profissional a procurar o tal

de novo desafio. Mas apesar do esforço, uma das coisas que acontecem, vez ou outra, é

justamente a desistência de um candidato. O processo correu tudo bem; currículo

excelente, candidato entusiasmado com a vaga, entrevista boa, testes melhores ainda. Enfim,

tudo certo. Até o momento em que recebemos ―aquele‖ fatídico e-mail:

“... em conversa com meu gerente, cheguei à conclusão de que não é o momento

para eu sair daqui...”. Ou pior: “recebi uma contraproposta da empresa e decidi declinar

do processo...”.

Os desfechos são os mais variados. Não importa. O fato é que perdemos o candidato

e o processo terá de ser reiniciado. Nem precisamos dizer o que isto causa nas pessoas

envolvidas. Frustração, sentimento de traição, impotência, raiva. E muita raiva! Dizer

que todos fomos ―vítimas‖ de um candidato sem ética, sem maturidade, sem isso e sem

aquilo pode até aliviar a frustração, mas só alívio não gera mudanças. Tampouco melhorias.

Realmente não existem bolas de cristal e todos nós estamos à mercê de fatos como

este. Por mais que lancemos mão de ferramentas de avaliação, todo este aparato é mera

peneira; retêm somente as coisas mais ―grosseiras‖, muitas outras nos escapam. Tornar-se

um sênior em seleção, dentre outras coisas, é justamente refinar esta peneira.

Realmente, acho pouco provável que um dia consigamos prever com exatidão quão

vulnerável um candidato está a declinar de um processo. Mas talvez seja possível ―comer

algumas coisas pela borda‖. Questionar, por exemplo, como foram os processos de entrada

e saída do candidato nos empregos anteriores ou talvez como é o diálogo deste candidato

com seu empregador atual. Talvez ele tenha uma série de queixas, porém nunca as expôs ao

seu superior. E ao expô-las no suposto dia do pedido de demissão, seu chefe o acolhe e lhe

dá aquele tão desejado ombro paternal. Resultado? Candidato desistente!

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Candidatos cujo histórico pessoal, familiar e social foi todo construído numa só

cidade ou região talvez sejam menos suscetíveis a uma mudança. Família grande; sempre se

reúnem aos finais de semana na casa dos pais ou sogros. Enfim, indicativos de que esta

pessoa cultiva fortemente estes valores e tem raízes naquele local. Inicialmente, pode até

aceitar a proposta de trabalhar num lugar distante, mas na primeira oportunidade...

Destaco: não existem fórmulas e isto aqui não é ciência exata. Um candidato

com raízes numa cidade ou região, por exemplo, não quer dizer necessariamente que deva

ser descartado. Não é isto. São meras pistas para que o entrevistador seja mais perspicaz e

até mais franco na abordagem. Existem perguntas especialmente úteis para candidatos que

já ainda estão trabalhando e desejam trocar de emprego.

- “A possibilidade de mudar de emprego já está bem resolvida para você?”.

- “Se você chegar ao seu gerente hoje e pedir demissão, você acha que receberá

uma contraproposta?”.

- “Você sabe que declinar de um processo ao final pode fragilizar sua imagem no

mercado; você quer um tempo para pensar antes de prosseguirmos?”.

4.2 - Uma Seleção Conduzida com Tranquilidade

Por mais que domine as desejadas

competências requisitadas pelo mercado, sejam

técnicas ou comportamentais, quando um

profissional busca uma nova colocação no

mercado e participa de uma seleção, é normal

que deixe transparecer alguns sinais de ansiedade.

Afinal, o resultado do processo pode determinar

o futuro de uma carreira e até mesmo a solução

para problemas pessoais, afinal de contas ter

―bolso vazio‖ assusta a qualquer um.

Nathalia
Highlight
Page 24: Recrutamento 2

21

A ansiedade de um candidato durante um processo seletivo é comum porque esse

momento pode ser visto por ele como uma situação nova e como tal, pode gerar tensão pelo

desconhecimento das etapas da seleção e dos pontos e fatores que serão avaliados.

Vale destacar que a ansiedade do candidato pode ser considerada tanto negativa

quanto positiva. No primeiro caso, a tensão talvez seja uma expressão da falta de

consciência das limitações, de pontos que precisam ser melhorados e até mesmo dos fatores

que geraram a ansiedade no entrevistado. ―A ansiedade torna-se positiva quando

transformada em cautela e aguça os sentidos, deixando o aspirante ao cargo mais atento ao

que escuta e responde‖, afirma Rosana Monteiro.

Mas, que procedimentos um selecionador deve e pode adotar para que um bom

candidato não seja prejudicado por um momento temporário de nervosismo quando a

entrevista tem início? Existem situações em que uma conversa inicial e informal sobre

algum assunto em destaque nos canais de comunicação ou apenas um comentário sobre o

trânsito pode relaxar, descontrair o profissional. Esse pequeno tempo pode ser necessário

para que a pessoa centre a respiração e perceba que o selecionador não é um terrível

‘bicho-papão’, é alguém comum e que carrega consigo sentimentos como qualquer

indivíduo. Outro fator que pode driblar a ansiedade do concorrente à vaga é oferecer uma

caneta, uma folha de papel em branco, pois inconscientemente o profissional poderá passar

para o objeto certa descarga de tensão.

No entanto, se a inquietação do candidato for acentuada demais, ao ponto de fazê-lo

paralisar e não escutar o que o selecionador indaga, o processo poderá ou não ser adiado e

isso irá depender da pessoa que está à frente da seleção, se ela tem o hábito de marcar uma

nova data para conversar com o profissional e, é óbvio, se o prazo para o preenchimento da

vaga é pequeno, inviabilizará uma nova oportunidade, por mais que o candidato mereça. Ao

remarcar uma entrevista, o selecionador não precisa aplicar alguma dinâmica diferenciada

para o candidato que apresentou sinais de nervosismo.

Nathalia
Highlight
Page 25: Recrutamento 2

22

No caso de uma nova oportunidade, o profissional já teve a chance de reavaliar suas

emoções e criar um artifício para conseguir se controlar durante a entrevista. Se mesmo

assim o nervosismo proceder, é indício de que o profissional não tem controle sobre sua

ansiedade e, então, torna-se necessário verificar se tal comportamento pode vir a interferir

no desempenho de suas funções para o cargo em questão.

Vários fatores podem contribuir para o estado emocional do candidato e não

apenas a sua vontade de conquistar a tão desejada vaga oferecida pela empresa contratante.

A presença de um selecionador que tenha uma postura rígida, séria e pouco

amistosa, pode fazer com que o candidato vivencie fantasias a respeito da seleção, gerando

forte insegurança em se posicionar e como consequência, sua expressão poderá ser

superficial, com medo de se mostrar e sofrer algum tipo de rejeição.

Caso o selecionador encontre-se estressado, por exemplo, é aconselhável que esse

seja substituído por outro profissional qualificado para conduzir o processo seletivo. Afinal,

uma pessoa sob a influência do estresse fica mais vulnerável a estímulos externos e o seu

humor poderá influenciar na condução da seleção. O selecionador precisa também estar

atento às suas limitações, para que o trabalho seja conduzido com total imparcialidade.

O ambiente da entrevista – Além da ansiedade de conseguir uma nova colocação

no mercado e da postura do próprio selecionador, outros fatores podem interferir no

processo seletivo como, por exemplo, o local onde a entrevista é realizada. Conforme já

abordamos na parte inicial do curso, o ambiente precisa ser reservado para que o candidato

não se sinta inibido e até mesmo para que ele não seja ouvido ou observado por outros

profissionais que também fazem parte daquela seleção. No entanto, há casos em que, por

não terem local apropriado, algumas empresas acabam entrevistando o aspirante ao cargo

na própria sala de trabalho, onde a presença de outras pessoas é inevitável. Esse fato,

dependendo da personalidade do candidato, pode causar certo incômodo, mas que pode ser

contornado pela experiência do entrevistador.

Page 26: Recrutamento 2

23

4.3 - Os Pecados da Área de Recrutamento e Seleção

Em tempos onde a moda é a seleção por competências e

atitudes, há muitos processos de seleção que são conduzidos com baixa

qualidade. Os maus profissionais da área não notam que suas ações

refletem negativamente em todo o RH e em suas empresas, perdendo

principalmente em quatro pontos:

* Talentos - Uma seleção inadequada pode não aproveitar potenciais "talentos";

* Qualidade - O profissional contratado através de uma má seleção pode não ter a

qualificação requerida ou perder a motivação em pouco tempo, o que afeta a qualidade de

seus serviços;

* Custos - A empresa terá maiores custos com recolocação profissional e

rotatividade (Turnover);

* Imagem - Os candidatos de hoje podem ser os clientes de amanhã ou quem sabe

até futuros colegas de trabalho. Uma seleção mal conduzida traz prejuízos, mesmo que

indiretos, à imagem da empresa.

Os sete casos reais servem para estudo e relatam exemplos dos piores erros que

uma empresa pode cometer na seleção dos profissionais: descaso, indecisão, mentira,

desorganização, falta de critério, falta de bom senso e desrespeito.

Pecado 1 - Descaso

Fui convidado para atuar no subsistema de Cargos e Salários em uma empresa

muito conhecida e quase centenária, atuando no mercado de varejo. A resposta do processo

veio pelos Correios. Creiam, oito meses depois!

Análise do caso – Com esse fato, o RH desta empresa perde a credibilidade. Ao

apurar a razão do acontecido descobri que a selecionadora responsável pela vaga entrou de

férias e o processo ficou parado. Seria melhor fazer como a maioria das empresas de

segunda classe: não dar resposta alguma.

Page 27: Recrutamento 2

24

Outros questionamentos - Se a selecionadora sair da empresa ninguém mais será

contratado? Perdi um dia todo participando do processo. Será que não merecia uma ligação

telefônica na semana do processo ao invés de uma carta depois de meses?

Pecado 2 - Indecisão

Participei em de um processo para uma grande empresa de Telecom, para consultor

interno. O processo foi cancelado, reaberto e cancelado de novo!

Análise do caso - Reflete total falta de organização. A empresa pode cancelar um

processo. Mas cancelar, retomar e cancelar novamente faz com que o RH da empresa perca

a confiabilidade. Pobres são os candidatos que além de perder seu tempo precioso, na busca

de outras oportunidades, ainda têm que despender os parcos recursos nas idas e vindas

exigidas pelo processo.

Apurando o caso, a responsável pela vaga informou que o cancelamento se deu em

função de alterações no orçamento da área contratante. Uma resposta reconfortante?

Pecado 3 - Mentira

Fui a uma entrevista para uma vaga no Departamento Pessoal de um hotel. Fiquei

bastante constrangido ao verificar que a responsável pela vaga mentia.

Análise do caso - Um conceito bem difundido é que mentir em processos seletivos

é uma "coisa feia". É para o candidato, mas será para o empregador? Descobri a farsa

através do simples ato de trocar telefone com outros candidatos. A responsável pelo

processo dava informações diferentes sobre seu andamento. Para alguns dizia que estava

parado, enquanto na verdade estava avançando com outros candidatos. Cheiro de cartas

marcadas e total falta de transparência, lisura, respeito e ética que se esperaria de uma rede

multinacional que se diz "responsável socialmente".

Se foi uma admissão baseada em indicação, será que a qualidade do profissional foi

adequada? Quanto à imagem, nem preciso falar.

Page 28: Recrutamento 2

25

Pecado 4 – Desorganização

Fui convidado para uma entrevista em uma consultoria. A consultora não tinha

detalhes sobre a vaga, sabia apenas o nome da empresa contratante, no ramo de Seguros e

que o trabalho "talvez" estivesse ligado à área de Benefícios. Dias depois liguei em busca

de um retorno. A consultora havia se desligado da empresa e ninguém sabia nada sobre a

vaga!

Análise do caso - Como alguém consegue fazer uma boa seleção se não souber o

que perguntar? Depois que a consultora saiu, a consultoria ficou totalmente perdida.

Cheguei a ouvir "Olha, não sei quem está trabalhando esta vaga, aliás, nem sabia sobre essa

vaga". Insistindo, disseram-me que a vaga havia sido fechada.

O que eles não sabiam é que eu havia resolvido apurar o caso e entrado em contato a

responsável pela seleção na empresa e, adivinhem, a vaga estava aberta e aguardando o

retorno da "responsável".

Até hoje me pergunto, será que esta consultoria contrata com qualidade? Pobres de

seus clientes! Péssima relação custo-benefício em minha opinião.

Pecado 5 - Falta de Critério

Este é um clássico. O processo seletivo se resumia em testes: uma redação, um teste

de inteligência não verbal e um questionário de avaliação tipológica. A empresa no ramo de

tecnologia bancária em que estive afirmou que eliminaria o candidato se ele não "passasse"

em um determinado teste.

Análise do caso - O esquema preferido entre 9 de 10 psicólogas que caíram do

balão na área de RH. O preferido era o Wartegg, um teste de personalidade onde o

candidato completava desenhos, até que ele foi invalidado pelo Conselho Nacional de

Psicologia. E agora? Bom, o que não falta é teste, lá vão os candidatos fazer a redação que

será avaliada grafologicamente.

Page 29: Recrutamento 2

26

O que temos a avaliar é que a absoluta maioria dos testes (incluindo dinâmicas) é

situacional e subjetiva. Se o candidato bateu o carro no dia do teste vai ter um resultado

mau e será eliminado apenas por não estar em um bom dia. Os testes apenas revelam

tendências. Um mesmo traço grafológico pode significar criativo ou neurótico, astuto ou

teimoso, espontâneo ou blefador.

Vejam, os testes são ótimos como parâmetro (os bons profissionais sabem disso),

mas como critério seletivo absoluto é tendencioso e um espanta potenciais talentos.

Pecado 6 - Falta de Bom Senso

Processos tipo concurso. Participei de vários, cheios de fases, muitos testes e muitas

entrevistas.

Análise do caso - Esse é para profissionais que gostam de mostrar "serviço" e

desperdiçar os recursos da empresa (custos). Quem sofre na história é o candidato que

acaba sujeitando-se às práticas desmedidas na busca do tão sonhado emprego. Nunca

esquecerei um processo destes que participei no final da faculdade para um dos famosos e

concorridos programas de trainee.

Daí se inicia uma rotina que, ao final, lhe provará que você definitivamente não é

louco (ou é). Redação, conhecimentos gerais, teste de inteligência não verbal,

conhecimento específico, teste de personalidade, avaliação tipológica, teste de expressão de

raiva, grafológico, dinâmica de grupo, informática (teórico e prático), inglês (teórico e

prático), dinâmica de grupo (de novo), vivência com executivos e entrevista com diretores.

Depois da admissão todos os aprovados pensam: "Para que foi tudo aquilo?". O serviço não

é nada de mais (super dimensionamento), as chances de carreira são iguais ou menores do

que outras empresas. O resultado deste processo seletivo com seis meses de duração foi que

90% dos admitidos desligaram-se antes de completar dois anos na empresa.

Definitivamente um péssimo resultado.

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27

Pecado 7 - Desrespeito

Talvez o pior de todos. Marcada a entrevista, em uma empresa do ramo gráfico, o

entrevistador simplesmente não apareceu.

Análise do caso - Tanto neste quanto nos outros casos em que não há respeito pelo

candidato sempre surgirá a pergunta: se candidatos são tratados desta forma, como serão os

funcionários?

Os fatos relatados dispensam maiores explicações. A questão é que muitos

profissionais da área, por comodidade ou desconhecimento têm atuado de forma

irresponsável na condução dos processos seletivos. Para o bem da empresa e do próximo,

está na hora destes profissionais reverem alguns conceitos!

4.4 - Os Desafios do RH na busca por profissionais de TI

O mercado brasileiro de

tecnologia vive um momento de

crescimento e profissionalização, as

empresas estão investindo fortemente em

tecnologia e na contratação de talentos,

proporcionando um grande desafio às

áreas de Recrutamento e Seleção das

empresas e consultorias.

Por que é um desafio?

Cada vez mais, profissionais das áreas de Recrutamento e Seleção com foco em TI

vem se deparando com um desafio: a busca por profissionais bem qualificados para um

mercado extremamente competitivo.

Nathalia
Highlight
Page 31: Recrutamento 2

28

Candidatos com experiência profissional deficiente e altas remunerações; atuação

com ferramentas específicas de um setor ou já obsoletas; sem domínio, ou até mesmo sem

conhecimento de um segundo idiomas, dificultam o dia a dia dos profissionais de Seleção.

E não para por aí. Atrair o melhor profissional, com remuneração adequada a suas

qualificações e preservar a sua motivação frente ao projeto compõe um dos maiores

desafios do Profissional de RH de Resultados.

Qual é o segredo?

O grande segredo está no Analista de Recrutamento e Seleção que precisa ter a

perspicácia de descobrir no candidato entrevistado, suas verdadeiras motivações,

expectativas e potencial para o incremento de seus Planos de Carreira, prevenindo a

rotatividade de pessoas antes que ela aconteça.

Esta responsabilidade estende-se à equipe de Desenvolvimento em RH, que pode

proporcionar aos gestores da empresa, condições de avaliar o desempenho individual de

cada colaborador, desenvolvendo-os e capacitando-os a assumir novas responsabilidades.

Desta maneira as empresas e consultorias conseguem valorizar e reconhecer o

desempenho de seus colaboradores e consultores, mostrando o seu real valor e

reconhecimento, evitando que o seu interesse na busca de novos projetos, seja apenas por

melhores remunerações.

Por que acontece o Turnover?

A dificuldade ao entender o mercado e a importância da excelência e sensibilidade

no atendimento às áreas clientes, a necessidade de incrementar sua maturidade profissional,

a não identificação com alguma das políticas da empresa contratada; a não aderência de seu

perfil profissional às atividades do projeto que lhe foram propostas; a ausência da

automotivação para resultados ou a busca não estruturada de uma melhor remuneração e

colocação profissional são algumas das muitas razões para a alta rotatividade de

profissionais na área de TI.

Page 32: Recrutamento 2

29

Infelizmente, ou felizmente, o candidato de TI que mantém o comportamento de um

profissional em busca de melhores salários a qualquer custo – sem se preocupar com um

maior comprometimento com o Negócio e com os Resultados das empresas nas quais atuou

e sem buscar qualificações atualizadas – tem uma empobrecida vida útil, já que em algum

momento de sua vida pessoal e profissional ele perceberá a necessidade de pleitear cargos

mais estratégicos e muitos não conseguirão suprir as expectativas de nosso competitivo

mercado profissional de TI.

E em meio a estes desafios, empresas contratantes e consultorias selecionadoras

precisam ficar atentas aos profissionais que estejam iniciando a sua formação e vida

profissional, já que este ainda não foi ―contaminado‖ pela busca incessante por altos

salários, o que se torna uma oportunidade mútua: o RH apoiando-os na orientação e

desenvolvimento profissional para uma carreira mais consolidada, e a empresa qualificando

e agregando valor aos seus negócios.

Page 33: Recrutamento 2

30

4.5 - A Contratação de Vendedores

A contratação contínua de talentos não

pode ser isolada da estratégia geral da

empresa, pois o correto recrutamento irá

agregar pessoas mais valiosas, trazendo mais

resultados.

É muito comum encontrarmos empresas

hoje em dia, em que toda vez que uma vaga na

empresa é aberta, contratam o primo de um

amigo (ou algo parecido) só para tampar logo o

―buraco‖.

Essa falta de cuidado na hora da

contratação gera altíssimos custos para a

empresa em virtude do alto turnover – custos

legais, custos de salários jogados fora sem que

de fato o profissional tenha agregado algo à

empresa. Além do custo das oportunidades

perdidas: cada vez que recrutamos e treinamos

um vendedor novo, vendas podem ser perdidas pelo fato do vendedor ainda não entender

como as coisas funcionam.

Para uma empresa, o vendedor é a maior diferença estratégica que pode haver em

relação aos concorrentes. São seu capital intelectual é seu bem mais valioso. Mas, será que

seus funcionários estão de fato gerando uma vantagem competitiva? Ou uma desvantagem?

Há diversas técnicas para incrementar a forma de contratação de seus

vendedores. Nesta parte do curso, daremos ênfase no processo correto do recrutamento,

para que você possa seguir passo a passo em seu próximo processo de contratação,

aumentando suas chances de realmente atrair, identificar e recrutar talentosos vendedores.

Page 34: Recrutamento 2

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1º passo: identificar se de fato há uma vaga em aberto. É necessário a contratação

de uma pessoa para a realização daqueles serviços? Ou eles poderão ser agregados no

trabalho de outros funcionários?

É muito importante ter a certeza de que você de fato precisa contratar alguém, senão

acabará perdendo dinheiro e tempo!

2º passo: identificar o perfil ideal para o preenchimento da vaga. Existem duas

formas: colocar características pessoais e profissionais que você acredita que um vendedor

de sucesso deva ter ou colocar as características que o seu melhor vendedor atual tem. Se

você procurar alguém com um perfil parecido com o do seu campeão de vendas, suas

chances de conseguir mais um aumentam!

Coloque exatamente o que espera desse candidato e mantenha essas informações

sempre em mente durante toda a contratação. Descreva também que características não são

desejáveis. Não se deixe levar por pessoas ―bonitinhas‖ ou ―simpáticas‖ (algumas pessoas

vendem a si mesmas e depois de contratadas não vendem nada). Lembre-se de que você

precisa recrutar os melhores profissionais do mercado.

3º passo: faça o descritivo do cargo. Que trabalhos o vendedor terá que realizar? É

necessário que o profissional viaje? Que tenha carro próprio? Coloque as exigências

inerentes ao cargo para que seja possível analisar juntamente com as características do

profissional, definidos acima.

4º passo: atraia candidatos. Você tem duas maneiras de fazer isso: divulgando

internamente na empresa ou externamente. Internamente, você poderá dar chance a pessoas

que trabalham em outras áreas, mas que têm potencial para vendas. Ou então, os próprios

funcionários irão indicar candidatos, dentro de suas redes de relacionamento, que possam

estar interessados em sua vaga. Externamente, você poderá fazer anúncios em jornais ou

revistas, contatar uma agência de recrutamento, colocar cartazes em escolas especializadas,

universidades e associações.

Page 35: Recrutamento 2

32

Mas a melhor forma é a de sempre andar com seu cartão de visitas e, ao encontrar

um talento (seja no restaurante, na feira, no shopping), dar o cartão e convidar a trabalhar

na empresa. Com o passar do tempo há um fluxo de candidatos potenciais ligando

constantemente. Depois bastará treina-los.

5º passo: inicie o contato com os candidatos que demonstraram interesse.

Primeiramente, analise os currículos e já elimine os que não têm as exigências mínimas do

cargo, definidas no 3º passo. Depois, selecione os que podem ser boas opções e marque

uma entrevista. Conheça o candidato, preste atenção na linguagem verbal e não-verbal.

Identifique no candidato as características desejáveis ou as indesejáveis descritas no 2º

passo. Elimine os candidatos que não passaram nesse quesito.

Para os que passaram, marque uma segunda entrevista. Dessa vez, entre um pouco

mais a fundo nas questões profissionais do candidato e explique qual é o trabalho que está

sendo oferecido com mais detalhes. As exigências, o funcionamento, o que se espera etc.

Às vezes, nessa fase, alguns candidatos decidem sair do processo, pois não era o que

estavam imaginando ou não se sentem mais atraídos pela oportunidade. Melhor para você,

isso já elimina um ―mau candidato‖ (mau candidato para a sua vaga, não que seja um

profissional ruim).

6º passo: passada a segunda entrevista, o candidato deve ser encaminhado para a

―área de testes‖, onde você poderá de fato avaliar o profissional em contato com o trabalho

a ser realizado. Se a empresa oferecer, esse é o momento também de fazer os testes

psicológicos ou de aptidão. Certifique-se de que as referências e experiências colocadas no

currículo e verbalizadas pelo candidato são de fato verdadeiras.

7º passo: provavelmente 95% dos iniciais candidatos foram descartados. Se apenas

um profissional passou por todas essas fases, parabéns! Você tem um novo vendedor! Se

dois ou três chegaram até aqui, você terá de consultar seu feeling e escolher um deles. Mas

não se esqueça de manter contato com os outros. Assim que abrir uma nova vaga (ou se a

escolha que fez não foi de fato a melhor) você poderá contatá-los.

Page 36: Recrutamento 2

33

Lembre-se de que a contratação correta de vendedores é o início de uma relação

duradoura e rentável para ambas as partes. Um vendedor certo no lugar certo tem mais

realização, sente-se mais motivado e por isso consegue gerar mais vendas. Inicia-se um

círculo virtuoso que naturalmente interfere positivamente nos resultados da empresa.

4.6 - A Indicação de Candidatos

Muitos profissionais se questionam

sobre a importância e a definição correta sobre

o que vem a ser a indicação de candidatos por

parte de funcionários. A busca por

profissionais pode ocorrer através de

recrutamento interno, externo ou misto.

Uma situação que nos pega sempre de

surpresa é a indicação de candidatos por parte

dos funcionários. O famoso "QI", quem

indicou, é um fator de bastante relevância no

processo de recrutamento e seleção. Algumas empresas radicalizam ao dizer que não

aceitam indicações, outras aceitam e fazem deste instrumento um banco de currículos

bastante variado e extenso.

Podemos buscar de uma indicação um comprometimento de quem a fez para que o

desempenho do candidato e futuro colaborador seja também avaliado pela pessoa

responsável pela indicação e esta seja coautora e co-responsável pelos atos,

comportamentos e permanência ou não de seu indicado.

A pessoa indicada com certeza já conhecerá algumas informações, cultura,

exigências, direitos e deveres que a empresa proporciona e exige de seus colaboradores.

Portanto, se realmente deseja fazer parte deste novo mundo repleto de particularidades é

porque se identifica com a filosofia da empresa.

Page 37: Recrutamento 2

34

Em contrapartida, podemos nos sentir pressionados a admitir esta ou aquela

pessoa, dependendo de quem está indicando, não existindo com isso um processo de

recrutamento e seleção. Forma-se também, o que dizemos na linguagem popular, as

"panelinhas" que são grupos de pessoas que se relacionam fora da empresa e acabam

trazendo para a área profissional reflexos fortes desse envolvimento. Podendo até surgir

formas de proteção, de prestígio e oferecimento de privilégios que outras pessoas, sem

"QI", jamais teriam. Isso se caracteriza e se reafirma também através de promoções

salariais e de cargo fora da hora ou sem realmente agregar valores para tal.

A empresa como um todo deve ter uma política de recrutamento e seleção como

também para a realização de promoções bem definida e rígida para que não ocorram

injustiças, gerando desmotivação por aqueles que já fazem parte da organização e

principalmente para que não fuja do controle virando uma "bola de neve" e enxurrada de

indicações.

Como vantagem, temos a renovação do quadro de funcionários, novas tendências,

novos perfis, para contribuir com a organização em busca da concretização de seus

objetivos e metas. A sua empresa terá todas essas vantagens se o novo colaborador não

apresentar os mesmos vícios dos atuais colaboradores.

Porém, é preciso chegar a uma definição: a indicação de candidatos por parte de

funcionários é uma forma de recrutar externa ou internamente? É uma ferramenta

positiva ou negativa?

Difícil responder, não acha? Precisamos, na verdade, avaliar o grau de

amadurecimento da empresa a fim de se verificar sua maturidade para tal procedimento.

Podemos dizer na verdade que se trata de uma forma mista de se buscar profissionais, pois

usamos indicações internas para escolher e buscar pessoas externas, oriundas do mercado,

que podem contribuir com idéias e sugestões por já conhecer através da informalidade

como se encaminham as atividades dentro da empresa.

Page 38: Recrutamento 2

35

Por isso, o profissional de Recursos Humanos deve ser uma pessoa qualificada,

centrada, neutra, que não tenha qualquer forma de preconceito e propensão para beneficiar

esta ou aquela pessoa; tendo diariamente flexibilidade para as exigências e as mudanças

que as organizações atuais exigem.

4.7 - O Processo de Recrutamento no Google

Ao contrário da maior parte das grandes empresas, que

terceirizam esse processo, o Google abraça essa função

internamente, inclusive dando ênfase para a ―opinião dos pares‖, isto

é, para aquilo que os próprios funcionários pensam sobre seus

colegas. Enfim, vale a pena realizar internamente o recrutamento e

seleção ou é melhor contar com uma empresa especializada para esse fim?

Peter Drucker já alertava que a contratação de um colaborador é uma das atividades

gerenciais mais importantes - e também uma das mais negligenciadas. O fato de o

Google tomar para si essa responsabilidade demonstra, mais uma vez, a lucidez da empresa

com relação aos detalhes mais importantes do seu negócio. O sucesso por trás de qualquer

processo de seleção depende do conhecimento sobre os requisitos e as competências

necessárias para o cargo ao qual se está selecionando candidatos. Também é fundamental

selecionar pessoas que compartilhem a visão e filosofia da empresa. Ninguém melhor para

selecionar, nesse caso, do que os próprios membros da organização, que não apenas

compartilham os valores, mas ajudam a moldar a própria cultura da empresa (um detalhe

legal quanto à influência dos próprios funcionários na cultura do Google: o lema "don´t be

evil", o mote da filosofia de empresariado Google, foi cunhado por Paul Buchheit, o

engenheiro por trás do Gmail).

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A importância que o Google dá para a opinião dos próprios funcionários torna

evidente a confiança no colaborador e como a empresa valoriza suas opiniões. Como

resultado direto, o funcionário tende a se sentir, cada vez mais, parte da empresa. Também

é uma estratégia educativa: ajuda na formação de um contexto gerador de criatividade, pois

os próprios membros do grupo opinam na escolha de seus futuros parceiros. Enfim, há um

aumento da assertividade da seleção, uma vez que o processo fornece inúmeros indícios

e impressões sobre o candidato, o que ajuda, consideravelmente, na decisão final da

contratação.

Um detalhe: também devemos enxergar esse processo de seleção com uma via de

mão dupla: não são apenas as empresas que buscam os melhores candidatos, mas também

esses buscam apenas as melhores empresas. A empresa deve ser atrativa e saber reter quem

atraiu. Como podemos concluir, o Google executa perfeitamente a atração e retenção de

talentos.

4.8 - Como Manter os Funcionários

Após bateria de testes (psicotécnicos, de português,

matemática e lógica), o processo de seleção para o cargo de

promotor (a) de vendas, de uma representante de bebidas, finaliza

com uma pergunta intrigante, em entrevista feita por um de seus

diretores mais influentes, aos candidatos pré-selecionados, qual

seja:

‘‘ — Você tem certeza que quer trabalhar nesta

Empresa?’’

Dependendo da resposta e comportamento do (a) candidato (a), a pergunta é

incrementada:

Page 40: Recrutamento 2

37

‗‗ — Você sabe que terá que trabalhar baixo ao sol escaldante de nossa cidade,

pilotando perigosamente uma moto, com risco de acidentes graves, numa busca diária de

metas, sem falar nos clientes descorteses! Mesmo assim ainda quer trabalhar em nossa

Empresa?‘‘

Ou seja, por todas as formas o diretor tenta mostrar as desvantagens de se trabalhar

em campo, promovendo vendas na loucura urbana, calor e riscos (inclusive de assaltos); a

empresa provoca o candidato a pensar em sua própria capacidade, provoca-o a repensar

seus sonhos e planos – ‗será que ser vendedor de cerveja e refrigerantes é aquilo que você

realmente quer?‘, finaliza o diretor da representante de bebida, mesmo depois de cada

candidato ter sido aprovado em outros testes.

A empresa em questão não quer somente profissionais com potencial de resultados

em curto prazo, mas sim pessoas capazes de se engajarem no projeto e se filiarem à sua

cultura; é necessário selecionar candidatos aptos a enfrentarem os desafios diários e seguir

em suas metas, crescentemente aumentadas de acordo com o mercado.

Sabemos das questões envolvidas no desemprego; é certo que uma delas é a busca

pela sobrevivência. Muitas pessoas se candidatam às vagas de emprego que não combinam

com seus reais anseios/interesses e capacidades – na verdade algumas nem poderiam

concorrer, muitos candidatos deveriam se preparar mais, estudar e conquistar uma

profissão; acontece que os ideais do consumismo impelem jovens despreparados ao

mercado de trabalho, quando ainda têm seus pais capazes de lhe prover sustento básico e

estudo, o que é essencial para a busca e conquista de uma profissão adequada realmente ao

seu perfil.

Sei também que existem outras questões sociais envolvidas, mas comento aqui

sobre oportunidades em cargos administrativos e vendas.

Não tenho nada contra começar a trabalhar ainda jovem. O que não entendo é:

buscar trabalho sem ter certeza alguma do que realmente quer ser e se candidatar à vaga de

emprego sem ter ainda desenvolvido habilidades mínimas, como domínio de ferramentas

básicas de informática, utilização de instrumentos matemáticos essenciais, ou capacidade

de comunicação escrita razoável.

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38

Conhecer o profissional candidato a vaga de emprego minimiza erros de

contratação, principalmente para cargos de Gerência, onde tomar decisão é essencial para

o negócio.

É necessário sabermos qual candidato é capaz de decidir sobre assuntos delicados e

sob pressão – e quais deles querem isso realmente. Quando colocados contra a parede,

muitos candidatos tremem ao terem que tomar decisões importantes.

4.9 - A Entrevista de Desligamento

Uma entrevista de desligamento não

procura defeitos, problemas ou culpados. Procura

oportunidades de melhoria para ambos os lados –

empresa e funcionário.

Objetivos de uma entrevista de

desligamento: Em qualquer das duas situações

abaixo, uma entrevista tem dois objetivos básicos:

Quando o funcionário é demitido:

a) Identificar, tanto quanto possível, de maneira natural, as causas que motivaram a

demissão: competências insatisfatórias (quais?), razões pessoais (quais?), razões estruturais

(quais?).

b) Obter contribuições para ações que o ex-funcionário considera úteis e necessárias

para a empresa/área e que não teve oportunidade anterior de manifestar.

Quando o funcionário é demissionário:

a) Identificar, tanto quanto possível, de maneira natural, as causas que motivaram o

pedido de demissão: ambiente de trabalho insatisfatório (em quê?), salário insatisfatório,

falta de perspectivas profissionais e de desenvolvimento. Outras.

b) Obter contribuições para ações que o ex-funcionário considera úteis e necessárias

para a empresa/área e que não teve oportunidade anterior de manifestar.

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4.9.1 - Condução da Entrevista de Desligamento

a) Por ser opcional para o funcionário, a entrevista deve ser conduzida com

discrição e tato, sem pressões ou insistências por parte do entrevistador.

b) O entrevistador jamais deve assumir uma postura defensiva em relação à empresa

ou aos gestores do ex-funcionário. Seu papel consiste fundamentalmente em ouvir e fazer

perguntas inteligentes. Deve falar o mínimo possível.

c) O entrevistador não pode esquecer que, na maioria das vezes, o ex-funcionário

está sob forte impacto emocional diante da demissão. Por isso, suas respostas, reações e

provocações não devem ser consideradas literalmente. Será mais importante entender o que

for dito nas ―entrelinhas‖.

d) Muitas vezes o ex-funcionário fala com o corpo ou pelas entrelinhas. Na maior

parte das vezes, esses depoimentos são mais úteis, espontâneos e, portanto, mais

importantes que os efetivamente falados ou escritos.

e) Se o entrevistador perceber uma contradição entre a manifestação verbal e a não

verbal, deve apontá-la, com sutileza, e solicitar um esclarecimento.

f) O entrevistador não deve permitir que a entrevista descambe para a ―fofoca‖.

Informações e contribuição são muito bem-vindas. Fofocas, não.

g) Uma única entrevista não é consistente para o RH tirar conclusões a respeito da

empresa ou de um determinado gestor. É fundamental aguardar uma amostragem

representativa – a respeito da empresa ou de determinado gestor – antes do RH propor ou

levantar questões corretivas/preventivas.

Possíveis sentimentos demonstrados pelo ex-funcionário

Quando o funcionário é demitido:

FALSA ALEGRIA – ―Eu já estava louco pra sair mesmo... Já tenho

um monte de coisas em vista”. Neste caso, o ex-funcionário responderá a tudo

muito rapidamente e sem refletir.

Page 43: Recrutamento 2

40

RESSENTIMENTO – ―Não entendo como fizeram isso comigo.

Tanto que me sacrifiquei pela empresa...” O ex-funcionário se sentirá injustiçado e

poderá fazer acusações contra colegas e possivelmente contra o chefe também.

IRRITAÇÃO – ―Esse negócio aqui vai demorar muito?‖. O ex-

funcionário responderá rápido, sem refletir, e poderá fazer acusações de modo

inconsistente ou irônico.

TRISTEZA – ―Essa empresa era minha vida. Não sei o que vou fazer

agora.” O ex-funcionário falará dos sacrifícios que fez pela empresa e dos seus

problemas pessoais. Manterá a esperança de um dia voltar.

Quando o funcionário é demissionário:

Geralmente, este é o ex-funcionário que se mantém mais tranquilo durante

uma entrevista de desligamento, uma vez que, tendo sido iniciativa própria, não

estará com a autoestima ferida. Por isso, poderá dar contribuições úteis – mas não

fica afastada a hipótese dele guardar sentimentos de frustração e revanchismo contra

ex-colegas.

Anotações do entrevistador:

Logo no início da entrevista de desligamento o entrevistador deverá avisar

ao ex-funcionário que fará algumas anotações para a elaboração posterior de um

relatório. Se isso incomodar ou inibir o entrevistado, o entrevistador não deverá

fazê-lo, mas deve tentar memorizar as respostas relevantes. Se for permitido anotar,

as anotações devem ser feitas de modo rápido e abreviado. Não é necessário fazer

uma transcrição integral das respostas. Trata-se de um simples rascunho. Se houver

muita preocupação com a escrita, haverá o risco de o entrevistador perder gestos,

movimentos e palavras do ex-funcionário.

Page 44: Recrutamento 2

41

Local:

A sala reservada para as entrevistas de desligamento, tanto quanto possível,

deve se localizar próxima à entrada ou saída da empresa, evitando assim que o ex-

funcionário circule pelas suas dependências, o que costuma gerar desconforto geral.

De preferência deve ser uma sala fechada (sem divisórias transparentes).

Conclusão da entrevista:

O entrevistador deve encerrar a entrevista de desligamento de uma forma

discretamente otimista, o suficiente para manter elevada a autoestima do ex-

colaborador. Se a empresa dispuser de recursos e de um programa específico, e se

houver clima para isso, o entrevistador poderá colocar-se disponível para fornecer

modelos de currículos ou até ajudar a elaborar o mesmo (nos casos, por exemplo,

em que o ex-funcionário não disponha nem tenha acesso a microcomputadores). Se

possível, logo após o encerramento da entrevista, o entrevistador deverá redigir seu

relatório, procurando dar as informações que atendam aos objetivos principais da

entrevista e evitando colocar ali suposições pessoais.

4.9.2 - Atendimento ao ex-funcionário

a) O entrevistador deve estar consciente de que o fato do ex-colega ter sido

demitido ou estar demissionário não o torna inferior ou que não haja necessidade de

dar-lhe respeito e atenção. Deve manter o mesmo padrão de bom relacionamento

que tinha com ele antes da demissão.

b) O entrevistador deve estar consciente de que o momento de uma

entrevista de desligamento não é propício para piadinhas e gargalhadas.

c) O entrevistador deve estar atento para não alimentar nem manifestar

sentimentos negativos em relação ao ex-funcionário, mesmo que já os tivesse antes

da demissão.

Page 45: Recrutamento 2

42

d) O sentimento mais adequado ao entrevistador é o da empatia, ou seja,

perguntar-se a todo instante: ―como eu gostaria de ser tratado se estivesse no lugar

dele?” ou ―Como eu me sentiria se estivesse sendo tratado assim?”.

Unidade 5 – Dinâmicas de Grupo

Para garantir a

sobrevivência no mercado, as

organizações precisam investir

em novas tecnologias ou

perdem espaço para a

concorrência e isso, na prática,

torna-se um caminho que pode

levar ao fracasso do negócio.

Contudo, de nada adianta ter

acesso a equipamentos de ―ponta‖ se a empresa não contar com profissionais que deem o

melhor de si e que estejam alocados em funções onde possam apresentar um desempenho

satisfatório.

Diante da necessidade de colocar ―as pessoas certas para os locais certos‖ e,

consequentemente, atender às necessidades das empresas, a área de Recursos Humanos

recorre a ferramentas que revelem determinadas competências, que trabalhem situações

vivenciadas no dia a dia das organizações e podem prejudicar o desempenho dos

colaboradores, a exemplo dos conflitos entre equipes. Um recurso muito utilizado no meio

organizacional são as chamadas dinâmicas de grupo que possuem um ―mundo amplo‖ e

do qual fazem parte os jogos, as simulações, as vivências propriamente ditas e os estudos

de caso, os famosos cases.

Page 46: Recrutamento 2

43

As dinâmicas são instrumentos de ampla aplicação, pois podem ser adaptados aos

mais diversos públicos, objetivos, locais e recursos. No entanto, os subsistemas de seleção e

treinamento ainda são os "campeões" de utilização dessas valiosas ferramentas.

Em seleção, por exemplo, os cases - também chamados de provas situacionais - têm

sido amplamente utilizados. Em treinamento, além dos programas comportamentais que já

usam o instrumento, os que envolvem conhecimentos técnicos também têm feito uso das

técnicas. Isso é excelente, pois torna os eventos mais envolventes, ágeis, reflexivos e

lúdicos.

A utilização das dinâmicas de grupo no ambiente corporativo é ampla, mas

existem algumas restrições ligadas, principalmente, ao público-alvo. Antes de tudo, é

preciso que as pessoas participantes da dinâmica sejam respeitadas, uma vez que alguns

profissionais podem se sentir expostos ou até mesmo constrangidos.

Um exemplo comum acontece com os gestores de primeiro nível - diretores,

superintendentes, gerentes seniores, pois muitos desses profissionais sentem-se ameaçados

pelos próprios colegas de trabalho e pela alta competitividade evidenciada no meio em

que atuam. Alguns desses gestores têm verdadeiro pavor de participarem de atividades que

envolvam dinâmicas de grupo. Por isso, as dinâmicas devem ser introduzidas

paulatinamente, sempre que houver uma possibilidade: reuniões semanais, café com o

presidente, após um almoço de negócios, em momentos de descontração e integração.

Passo a passo os gestores tendem a aceitar e reconhecer a importância das técnicas.

Vale ressaltar que todas as áreas organizacionais podem fazer uso dessas técnicas.

Há atividades para os mais diferentes momentos e objetivos, como integração, interação,

energização, solução de problemas, planejamento, foco em resultados, relacionamento

interpessoal, entre outros. Os gestores que não tiverem preparo para conduzir as atividades

devem recorrer aos profissionais de RH. Mesmo os chamados "vitalizadores", exercícios

que ajudam a despertar, a energizar, a animar os participantes, devem ser escolhidos

criteriosamente e aplicados adequadamente.

Page 47: Recrutamento 2

44

O pior que pode ser dito sobre as dinâmicas de grupo é que essas técnicas são

brincadeiras ou oba-oba. São instrumentos poderosos e devem ser preservados. Um deslize

pode inviabilizar a utilização das técnicas por longos períodos dentro das organizações. Por

sua plasticidade, a dinâmica de grupo tona-se um excelente instrumento de sensibilização e

conscientização quando o objetivo de sua aplicação está voltado para gerir talentos

humanos.

É interessante lembrar que apesar de oferecer um amplo leque de trabalho no campo

organizacional, a aplicação periódica dessas técnicas não é tão simples. Mesmo que a

utilização das dinâmicas seja diária, as mudanças observadas serão pequenas ou até nulas,

dependendo do público-alvo. As transformações só se estabelecem de dentro para fora do

indivíduo, quando ele realmente quer, vê motivo e pode mudar. Os novos comportamentos

e as atitudes ocorrem apenas quando a pessoa escolhe esse caminho.

Uso inadequado – As aplicações e as escolhas inadequadas das dinâmicas podem

trazer consequências desastrosas. Do ponto de vista do indivíduo, por exemplo, aparecem a

superexposição, a diminuição do autoconceito e da autoestima, sentimentos de rejeição e

inadequação. Em relação ao ângulo do instrumento, o pior que pode acontecer é a

desqualificação das técnicas.

Em fóruns de discussões existem comunidades chamadas ‘Odeio Dinâmicas’. Os

relatos são terríveis e, ao mesmo tempo, constituem-se ótimas fontes de aprendizado para o

facilitador. Aparecem desde resistência dos participantes - porque alguém disse que

dinâmica de grupo era uma roubada - até detalhes da condução e atividades selecionadas

que dão frio na barriga, para dizer pouco. Qual objetivo se quer alcançar ao solicitar que

candidatos ‗andem de quatro‘ ao redor de uma sala? Nem é preciso conhecer o contexto

para saber que a escolha da atividade é mais do que inadequada.

Page 48: Recrutamento 2

45

As técnicas só se tornam "poderosas" quando são corretamente selecionadas,

dentro do contexto organizacional, dos objetivos e das necessidades. Toda atividade

precisa ter motivos para ser aplicada. Esses objetivos, por sua vez, são provenientes de

ações proativas ou reativas, advindas de um diagnóstico individual, setorial, grupal ou

organizacional. Aplicar uma determinada atividade simplesmente porque está na moda, é

fácil, engraçada ou legal, não tem o menor propósito técnico.

Além disso, o ideal é que toda dinâmica de grupo seja aplicada inicialmente em um

"grupo piloto", também chamado de "grupo alfa", "laboratório", "pré-teste". Essa prática

possibilita, além da segurança do facilitador na condução da atividade, observação das

reações dos participantes, utilização de algumas variações da atividade, verificação que

identificam se os recursos instrucionais - textos, planilhas - foram adequadamente

elaborados. Em suma, deve-se conhecer o maior número de variáveis e hipóteses possíveis

antes da aplicação de qualquer atividade, para alcançar os objetivos propostos.

5.1 - Evitando Situações Constrangedoras em Dinâmicas

Ao contrário do que alguns candidatos possam pensar, a dinâmica de grupo não se

trata de uma "brincadeira", embora alguns profissionais despreparados ou inexperientes na

sua aplicação possam fazê-la parecer assim. Esta técnica é um excelente instrumento de

avaliação, porque permite observar o comportamento do candidato em grupo, suas reações

frente a obstáculos, à liderança, à criatividade, entre outras características.

No entanto, a dinâmica de grupo pode ser, para alguns, uma vilã nos processos

seletivos, seja por falta de habilidade do facilitador ou até mesmo por resistência de alguns

candidatos, medo da exposição, da não aceitação etc.

Quando bem conduzida, a dinâmica de grupo (DG) poderá trazer ótimos resultados.

Mas isto requer maturidade do profissional de RH e respeito com o candidato, do contrário

o processo seletivo poderá cair no descrédito.

Page 49: Recrutamento 2

46

Mesmos os profissionais mais experientes poderão passar por situações

desagradáveis. São situações que podem acontecer com qualquer pessoa. A maneira de

contorná-las dependerá da habilidade e da sensibilidade de cada um para promover um

ambiente onde os candidatos mantenham a autoestima em alta, possam ficar à vontade para

se expor e participar, sem que se sintam invadidos ou ridicularizados. Feito isso e seguro de

seu papel, o selecionador saberá como conduzir qualquer situação por mais delicada que

possa parecer, compreendendo os motivos que levam os candidatos a agirem de

determinada forma.

Recordo-me de ter trabalhado com uma estagiária de RH que relatava pesadelos

onde era desafiada pelos candidatos em plena dinâmica de grupo. Ela tinha verdadeiro

pavor dessa exposição. Os candidatos não sabiam, mas o sofrimento dela talvez fosse muito

maior do que o deles!

Certa vez, durante um exercício onde os candidatos faziam um trabalho de colagem,

utilizando revistas, papel colorido etc., para transmitir com que sensação deixariam a sala

do RH, um deles mostrou-me dois recortes: o primeiro apresentava uma bela paisagem, e

ele explicou que sairia da sala com aquela imagem tranquilizadora e, a segunda, era a foto

de um cangaceiro (uma propaganda de uma peça teatral). Ao ser questionado sobre esta

imagem ele disse: "Esse aqui é você!" Ficou um silêncio na sala... Depois ele explicou que

no começo eu era uma figura ameaçadora, mas que ao final da dinâmica, ele já se sentia tão

confortável, que a imagem da natureza predominava!

Outras situações curiosas:

- Candidato diz: "agora que eu já falei de mim, fale-me de você. É casada?".

- Durante um exercício onde cada um sorteava uma frase e eram orientados a

completá-la, uma candidata leu a seguinte pergunta: O que a deixa mais feliz? Então, veio

uma avalanche de lamúrias, de que a vida estava sendo tão ingrata com ela, nada mais a

fazia feliz (tudo isso seguido por um rio de lágrimas) etc.

Page 50: Recrutamento 2

47

- A dinâmica de grupo começou pontualmente às 8 horas da manhã. Durante um

exercício um candidato desmaiou no meio da sala. Depois soubemos que ele não tinha

tomado café!

- Numa outra situação, no momento de se apresentar, um dos candidatos falava

orgulhosamente sobre a pessoa que o havia indicado, uma prima da diretora da empresa.

Não precisa dizer que isso causou certa desconfiança nos demais candidatos.

- Durante uma simulação de debate sobre o tema clonagem humana (um grupo

contra e outro favor), dois candidatos se "estranharam" e um deles quase partiu para a briga!

Como podemos ver, situações delicadas poderão ocorrer com ambas as partes. Com

relação ao profissional de RH, um bom planejamento do processo de seleção; informações

claras aos candidatos sobre a razão pela qual estão participando de tais etapas, transmitindo

transparência e respeito; um "quebra-gelo" no início da dinâmica de grupo ajudando a criar

uma atmosfera mais agradável para o grupo; utilização de instalações adequadas etc., esses

e outros cuidados ajudarão a tornar o momento da vivência em grupo mais proveitoso e

agradável para todos que estão envolvidos nele - candidato e profissional de RH.

Para finalizar o curso, separei algumas dinâmicas interessantes de

Apresentação, Comunicação, Criatividade etc. Sinta-se livre para utilizá-las.

5.2 - Dinâmicas de Apresentação

Aprendendo

Objetivos: Facilita a apresentação das pessoas de um grupo através da

autorrevelação e repetição.

Nº de Participantes: Não há limites

Material: Um objeto pequeno.

Page 51: Recrutamento 2

48

Desenrolar: Forma-se um círculo com os participantes e explica-se que será dada

aos participantes a oportunidade de aprenderem alguma coisa sobre os demais. Quem

estiver com a bola deve passá-la a uma outra pessoa, a qual deverá dizer seu nome e revelar

alguma coisa sobre si mesma que ainda não se saiba. Deve-se utilizar exemplos bem

inocentes tais como: "estou usando lentes".

Quando todos tiverem tido a sua vez, o facilitador explica que, na segunda rodada

eles terão de passar a bola a alguém, dizer o nome daquela pessoa e o que ela disse sobre si

mesma. A pessoa poderá ajudar, se for preciso.

Variação: Na segunda rodada, pode-se pedir aos participantes para repetirem tudo o

que já tiver sido dito até aquele ponto.

Apresentação

Objetivos: Facilitar a apresentação de um grupo que não se conhece ao mesmo

tempo em que se permite uma descontração inicial.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Uma cópia do formulário com as questões de apresentação e caneta para

cada participante.

Desenrolar: O facilitador pede aos participantes para preencherem o formulário

com as questões abaixo. Após todos preencherem solicita que troquem os formulários entre

si de forma que nenhum fique com o seu próprio. A seguir cada participante deverá fazer a

apresentação do outro participante valendo-se do questionário que tem em mãos.

Questões para o formulário:

01. Nome

02. Apelido

03. Idade

04. Estado civil

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05. Composição familiar

06. Graduação/Escola

07. Um esporte

08. Um lazer

09. Uma qualidade

10. Um defeito

11. Uma alegria

12. Uma tristeza

13. Um sonho

14. Um medo

15. Uma esperança

Um variante desta dinâmica pode ser obtida pedindo-se que os participantes

adivinhem quem é a pessoa que está sendo descrita naquele momento.

Caça ao Tesouro

Objetivos: Ajudar os participantes a memorizarem os nomes uns dos outros,

desinibir e facilitar a identificação entre pessoas parecidas.

Nº de Participantes: até 20 participantes

Material: Uma folha com o questionário e um lápis ou caneta para cada um.

Desenrolar: O facilitador explica aos participantes que agora se inicia um momento

em que todos terão a grande chance de se conhecerem.

Cada participante recebe uma lista de descrições (abaixo) e uma caneta.

A partir da lista de descrições, cada um deve encontrar uma pessoa que se encaixe

em cada item e pedir a ela que assine o nome na frente (ou abaixo) do item da lista.

1. Alguém com a mesma cor de olhos que os seus.

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2. Alguém que viva numa casa sem fumantes.

3. Alguém que já tenha morado em outra cidade.

4. Alguém cujo primeiro nome tenha mais de seis letras.

5. Alguém que use óculos.

6. Alguém que esteja com a camiseta da mesma cor que a sua.

7. Alguém que goste de verde-abacate.

8. Alguém que tenha a mesma idade que você.

9. Alguém que esteja de meias azuis.

10. Alguém que tenha um animal de estimação (Qual?).

Obs.: Pode-se aumentar a quantidade de questões ou reformulá-las, depende do tipo

ou do tamanho do grupo.

Corrida de Balões

Objetivos: Atividade dinâmica para quebrar o gelo e facilitar a apresentação dos

elementos do grupo.

Nº de Participantes: no mínimo 15 participantes

Material: Um balão para cada participante, giz para marcar o chão, apito para

iniciar o jogo, papeizinhos com o nome de cada participante, fita adesiva para colar os

nomes nos balões.

Desenrolar: Uma linha de saída é determinada e cada equipe se posiciona atrás

desta. À frente de cada uma das equipes e a uma distância de cerca de cinco metros, um

círculo será desenhado com a letra A.

Antes de iniciar o jogo cada participante escreve seu nome em um balão, colocando-

o no círculo A de sua equipe.

Todos se posicionam antes da linha de saída agrupados por equipe.

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51

Ao sinal do condutor do jogo, cada equipe começa enviando seu primeiro integrante

até onde se encontram os balões de sua própria equipe.

O integrante pega um dos balões, lê o nome do companheiro que está escrito no

mesmo e o estoura.

Regressa então correndo até sua equipe gritando bem alto o nome do companheiro

que estava escrito no balão.

O jogador cujo nome é falado se prepara para correr assim que o seu companheiro

retorna e lhe dá um tapa em sua mão.

O jogo se repete então com este segundo jogador e assim sucessivamente até que

todos os balões tenham sido arrebentados.

Dinâmica do Amigo Secreto

Objetivos: Permitir a apresentação de um grupo e/ou introduzir o tema da

Comunicação Corporal.

Nº de Participantes: de 10 a 20 participantes.

Material: Estrelas (de papel, papelão, cartolina ou similar) com os nomes dos

participantes, aparelho de som com uma música tranquila, folhas em branco, canetas e lápis

coloridos, crachás para identificação dos participantes.

Desenrolar: O facilitador distribui aos participantes estrelas (o formato pode ser

outro também) com o nome de outro participante, solicitando aos mesmos para guardar

sigilo quanto ao nome recebido e se for o próprio nome devolver a estrela e, tirar outra.

Coloca-se uma música tranquila de fundo e pede-se ao grupo que caminhe

calmamente pela sala, observando disfarçadamente a pessoa cujo nome está com ele e

pensando de que forma poderia representar a pessoa.

Após um minuto solicita-se a todos que se sentem e desenhem como imaginam ser a

pessoa que estavam observando quanto à:

O que ela gosta de comer;

Qual a cor preferida;

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52

Que presente você daria a esta pessoa.

Quando todos tiverem terminado cada um irá apresentar a pessoa cujo nome está

com ele. Aquele que foi apresentado pode argumentar, concordando ou discordando e

citando os porquês.

Cabe o facilitador conduzir a discussão e comentar a dinâmica de acordo com seus

objetivos.

Jogando Objetos Fora

Objetivos: Promover a integração, desinibindo as pessoas que compõem o grupo.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Papel e caneta.

Desenrolar: O facilitador solicita aos participantes que formem um grande círculo,

orientando que escrevam em uma folha de papel seu nome, o que gostariam de jogar fora e

porque estão jogando fora aquele objeto.

Exemplo: "Vou jogar fora minha caneta porque está sem tinta; vou jogar fora minha

bola porque está furada‖.

Informa-se aos participantes que todos devem escrever o nome do objeto que estão

jogando fora e o porquê.

Em seguida o facilitador recolhe os papéis, embaralhando-os e redistribuindo-os

novamente.

Solicita-se então aos participantes, individualmente, que leiam o papel que se

encontra em suas mãos, da seguinte forma: "Vou jogar fora..." (ler o nome da pessoa ao

invés de ler o nome do objeto) "...porque..." (ler o motivo pelo qual está jogando fora o

objeto).

E assim sucessivamente até que todos leiam o seu papel.

Rolo de Jornal

Objetivos: Dinâmica para apresentação dos elementos de um grupo num primeiro

contato.

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53

Nº de Participantes: Mínimo de 20 participantes.

Material: Um rolo de jornal.

Desenrolar: Esta é uma dinâmica para conhecerem-se, pela primeira vez, os

companheiros de um grupo.

Forma-se um círculo de 20 elementos ou mais sentados. Cada qual dirá seu nome

uma única vez e em voz alta. Uma pessoa ao centro do círculo irá segurar um rolo de jornal

(largo e grosso).

Inicia-se da seguinte forma: um elemento qualquer do círculo dirá o nome de um

dos que se anunciaram, por exemplo: Carla. Imediatamente a pessoa que está no centro do

círculo tratará de identificá-la para dar-lhe uma jornalada (sem muita força), entretanto

Carla ao escutar seu nome terá que lembrar-se rapidamente de outro nome que fora

mencionado e dizê-lo apontando para a respectiva pessoa. Se não o fizer em tempo levará

uma jornalada e ocupará o lugar daquele que estava ao centro do círculo. Se conseguir dizer

o nome a tempo o que está no centro do círculo irá atrás deste último que foi mencionado

para dar-lhe a jornalada. O jogo é no estilo batata-quente, pois quem é chamado deve

rapidamente chamar e apontar outro sem vacilar ou errar, sob o risco de levar a jornalada e

ficar no centro do círculo.

Pendurando no Varal

Objetivos: Permitir a integração, descontração, apresentação, percepção de si e do

outro, reflexão e autoavaliação.

Nº de Participantes: de 10 a 15 participantes.

Material: Sulfite, caneta, barbante para o "varal", clipes para papel.

Desenrolar: Individualmente solicita-se que cada participante escreva em uma

folha de seis a oito características próprias, pedindo que os mesmos não se identifiquem.

Cada participante que termina deverá pendurar sua folha num "varal" previamente

colocado na parede ou entre paredes.

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Quando todos terminarem o facilitador pede aos participantes que observem cada

sulfite, procurando verificar com qual se identifica mais (que não seja o seu próprio).

Após cada participante ter escolhido um dos papéis, solicita-se que sentem segundo

a escolha de uma pessoa da dupla. Neste momento ocorre a apresentação.

Posteriormente solicita-se que sentem segundo a escolha do outro parceiro da dupla,

também para apresentação.

Ao final, apresentar seus pares em grupo aberto, salientando o porquê da escolha /

identificação com aquelas características.

5.3 - Dinâmicas de Assertividade

Direitos Assertivos

Objetivos: Desenvolver o autoconhecimento e a assertividade. Exploração da

autoafirmação, suas ligações e seus limites.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Para cada participante: Folhas e lápis, Folha "Direitos Assertivos: Eu

tenho direito", Folha "Direitos Assertivos: Os outros têm direito de receber de mim".

Desenrolar: I. Solicita-se aos participantes que identifiquem individualmente os

direitos que creem ter na família, no trabalho e na sociedade.

II. Formam-se subgrupos e se pede que destaquem, com as contribuições de cada

participante, pelo menos cinco direitos que o subgrupo crê ter no ambiente familiar, do

trabalho e social.

III. Quanto terminarem, cada subgrupo lerá suas conclusões pedindo-se que se

expliquem separadamente cada um dos pontos solicitados.

IV. O facilitador pede então que, dado que foram determinados estes direitos,

passem a determinar aqueles direitos que os membros de sua família, os colegas de trabalho

e a sociedade têm direito de receber de cada participante.

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V. O facilitador conduz um processo para que o grupo analise como se pode aplicar

o aprendizado obtido em sua própria vida.

DIREITOS ASSERTIVOS (folha para o participante)

EU TENHO DIREITO:

Em minha casa a...

Em meu trabalho a...

Em meu grupo de amizades a...

(folha para o participante)

OS OUTROS TÊM O DIREITO DE RECEBER DE MIM:

Em minha casa a...

Em meu trabalho a...

Em meu grupo de amizades a...

O que é você?

Objetivos: Facilitar a apresentação, identificação, levantamento de expectativas,

análise, analogias, reflexão, avaliação e comunicação.

Nº de Participantes: Até 10 participantes.

Material: Objetos pessoais, objetos de escritório, sucata.

Desenrolar: Colocam-se vários objetos dos participantes no chão da sala de modo

que todos possam ver (brincos, relógio, pulseira, anel, caneta etc.).

O grupo, sentado em círculo, observa os objetos e, ao comando do facilitador,

escolhe aquele que mais lhe agrada.

Um a um, os participantes vão se apresentando através do objeto, como se fosse ele,

verbalizando em primeira pessoa.

O que sou eu?

Quais minhas características?

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Quais são meus sonhos?

Quais são minhas expectativas?

O que eu pretendo no evento?

5.4 - Dinâmicas de Comunicação

Anúncios Classificados

Objetivos: Apresentação, indicado para início de curso, ajudando a romper o gelo e

despertando interesse de uns pelos outros.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Papel e canetas coloridas para todos, fita adesiva para prender os

anúncios na parede ou quadro.

Desenrolar: O facilitador entrega a cada participante uma folha em branco,

solicitando que, em dez minutos, cada um deve escrever um Anúncio Classificado, como os

que se veem nos jornais, oferecendo algum serviço, curso ou outra coisa. O anúncio terá o

objetivo de anunciar a própria pessoa por intermédio de um produto ou serviço com o qual

ela se identifica.

O facilitador informa que ninguém deve escrever o próprio nome no anúncio.

Os classificados deverão ser afixados na parede e os participantes poderão lê-los

durante alguns minutos, tentando descobrir quem são as pessoas anunciadas.

Ao final o facilitador conduz uma discussão dirigida perguntando inicialmente:

Quem se reconheceu através do anúncio classificado?

Quantas pessoas pensavam se conhecer e descobriram que não se

conheciam direito?

Como cada um se sentiu, vendo seu anúncio classificado sendo lido

pelos outros?

Page 60: Recrutamento 2

57

Nova Profissão

Objetivos: Explorar a comunicação, criatividade, flexibilidade e iniciativa dos

participantes.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Papéis com as profissões.

Desenrolar: Cada participante, por sua vez, irá pegar um papel com uma profissão

inovadora.

O participante deverá então realizar uma apresentação de dois minutos sobre sua

profissão inovadora, de acordo com o papel que pegar. Ele poderá descrever como é sua

profissão, origem, mercado de atuação, metas de expansão ou simplesmente vender o peixe

fazendo propaganda para os presentes.

Os demais participantes poderão realizar perguntas sobre a profissão durante ou

após a apresentação.

Lista de Profissões Inovadoras:

ENVERNIZADOR DE ESCADAS

PEDICURE DE ELEFANTES

DESIGNER DE TÚMULOS

REDATOR DE CARTÕES DE BOAS-FESTAS

AFIADOR DE AGULHAS DE TRICÔ

DIGITADOR DE FAXES

CHOFER DE CARRUAGEM

PINTOR DE RODAPÉ

DENTISTA DE CANÁRIOS

SOLDADOR DE TROMBONE

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O Alienígena de Tênis

Objetivos: Desenvolver a comunicação e desenvoltura no repasse de informações.

Nº de Participantes: de cinco a 20 participantes.

Material: Cópia do texto para cada participante.

Desenrolar: Esta é uma dinâmica divertida e animada, em que os participantes dão

instruções orais a um "alienígena" de como por meia e tênis. O facilitador não deve fazer

nenhum tipo de demonstração prévia, a fim de não prejudicar a espontaneidade dos

participantes. O objetivo é fazer com que os participantes compreendam a necessidade de

dar instruções claras. Esta dinâmica foi, idealmente, elaborada para funcionários que

precisem dar instruções a clientes por telefone.

O que fazer

O facilitador representará o papel de alienígena, entrando na sala com uma meia e

um tênis amarrado em um pé e com o outro pé descalço. Distribui roteiros para os

participantes e senta-se, pondo no chão a meia, o cordão e o tênis à sua frente, e esperando

pelas instruções dos participantes.

A tarefa do facilitador é ajudar os participantes a perceberem que precisam dar

instruções claras. O facilitador não deve falar, mas apenas executar exatamente o que os

participantes pedirem. Se um participante disser "ponha a meia no pé" pega-se a meia e a

coloca-se por cima do pé. Se ele disser "pegue o cordão", pega-se pelo meio e não pela

ponta. Se o participante disser "ponha o cordão no buraco do tênis", coloca-se a ponta do

cordão em qualquer furo, não necessariamente no primeiro, ou coloca-se o cordão dentro

do tênis.

Se vários participantes derem instruções ao mesmo tempo, ou se um deles ficar

muito irritado ou frustrado ou gritar palavrões, o facilitador pode parar de brincar, jogando-

se no chão. O facilitador pode ser "ressuscitado" se os participantes falarem ou disserem

algo que faça com que ele queira voltar a brincar de novo.

Page 62: Recrutamento 2

59

Depois de dez minutos, para-se a atividade e faz-se as perguntas para discussão. Os

participantes devem ser capazes de dar instruções mais claras na segunda vez.

O Alienígena de Tênis

A "pessoa" que acabou de lhe entregar esse papel é um alienígena, vindo de outro

planeta. Antes de chegar, colocaram tênis e meias nos seus dois pés. Mas, por ser muito

curioso, o alienígena tirou um tênis e uma meia e não sabe colocá-los de volta.

Sendo um terráqueo muito gentil como você é, quer ajudar o alienígena a botar a

meia e amarrar o tênis. Sua tarefa é dar instruções explícitas a ele.

O alienígena recebeu um curso relâmpago de português antes de chegar, mas não

fala nada!

O alienígena não é capaz de imitá-lo, assim, não adianta demonstrar com seu

próprio sapato e meia. Além disso, ele foi desenvolvido de tal maneira que só consegue

ouvir uma pessoa de cada vez. Por favor, façam um revezamento para dar as instruções.

Ah... Só mais um aviso: não toquem no alienígena. Se fizerem isso, bem, não

garanto nada. A última pessoa que tocou nele, evaporou imediatamente...

Disciplina

Objetivos: Descontrair, aquecer, desenvolver a criatividade, exercitar a percepção.

Nº de Participantes: no mínimo 5 participantes.

Material: Caneta ou lápis e uma cópia da lista de instruções para cada

participante.

Desenrolar: Os participantes deverão estar sentados. O facilitador distribui as

canetas e as listas de instruções (estas devem estar dobradas, seladas ou em um envelope) e

solicita que só abram as listas quando for autorizado. O facilitador ressalta a importância de,

num trabalho em grupo, as pessoas serem disciplinadas e respeitarem rigorosamente às

orientações. Cada participante deverá cumprir exatamente o que está sendo orientado na

lista.

Page 63: Recrutamento 2

60

O facilitador permite que abram, todos juntos, as listas e inicia-se a dinâmica. Ao

final o facilitador conduz uma discussão dirigida sobre o que ocorreu e porque a grande

maioria não se atentou à primeira instrução: "LEIA TUDO ANTES DE EXECUTAR‖.

Lista de Instruções

O tempo está passando! Seja rápido, porém leia tudo antes de executar qualquer

tarefa:

1. Disciplina e perseverança são a chave para o sucesso.

2. Escreva seu nome, sublinhado, no alto dessa folha, à direita.

3. Levante-se da sua cadeira e dê dez passos bem espaçados, aqui

dentro da sala.

4. Volte para sua cadeira e desenhe, no verso desta folha, uma casa e

uma árvore.

5. Fique de pé, em cima da sua cadeira e pronuncie, bem alto, seu nome.

6. Troque de lugar com outra pessoa, de preferência que não esteja

perto de você.

7. Dê um abraço em você próprio e diga: "Eu me amo!‖.

8. Agora fique, durante aproximadamente vinte segundos, de olhos

fechados, em atitude de reflexão.

9. Abra os olhos, fique de pé, jogue suas mãos para o céu e grite: "Eu

sou uma pessoa feliz!‖.

10. Faça dupla com outra pessoa e cante "Atirei o pau no gato...".

11. Dê uma volta na sala, em círculo, andando de costas.

12. Faça a oração do "Pai Nosso", com as mãos postas (palma com

palma), até o trecho "... assim na terra como no céu".

13. Suba na sua cadeira, finalmente, e grite: "Eu sou demais!".

Page 64: Recrutamento 2

61

14. Agora que você acabou de ler todas as questões, execute apenas a

número dois e aguarde. Parabéns!

5.5 - Dinâmicas de Confiança

Carta a Si Próprio

Objetivos: Levantamento de expectativas individuais, compromisso consigo

próprio, percepção de si, autoconhecimento, sensibilização, reflexão, automotivação,

absorção teórica.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Envelope, sulfite, caneta.

Desenrolar: Individualmente, cada participante escreve uma carta a si próprio,

como se estivesse escrevendo a seu (sua) melhor amigo (a).

Assuntos a abordar na carta: como se sente no momento, o que espera do evento

(curso, seminário etc.), como espera estar pessoal e profissionalmente daqui a 30 dias.

Destinar o envelope a si próprio (nome e endereço completo para remessa).

O facilitador recolhe os envelopes endereçados, cola-os perante o grupo e, após 45

dias aproximadamente, remete ao treinando (via correio ou malote).

Passeio às Cegas

Objetivos: Demonstrar o quanto dependemos uns dos outros e o quanto podemos

contribuir para crescimento de cada um.

Nº de Participantes: Até 20 participantes.

Material: Não necessita material.

Desenrolar: Pode-se começar formando duplas. Um dos componentes da dupla

fecha os olhos e passa a andar guiado pelo outro durante dois minutos.

Não é permitido abrir os olhos e nem tocar no companheiro, tão somente o som da

voz do outro o guiará.

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62

Logo em seguida, trocam-se os papéis e o que antes era o guia, passa ser o guiado.

Depois de terminada esta dinâmica, todos se reúnem para um momento de

compartilhar, onde são respondidas várias perguntas:

O que você sentiu durante o tempo em que estava sendo guiado pelo outro?

Aconteceu de sentir-se tentado a abrir os olhos?

Teve total confiança em seu líder?

Pensou em se vingar do outro quando chegasse sua vez de ser o guia?

Sentiu-se tentado a fazer alguma brincadeira com o "ceguinho"?

Procure esclarecer juntamente com o grupo a definição dos termos "coração

compassivo, longanimidade, humildade" etc.

Faça perguntas do tipo:

O que falta em você para que as pessoas confiem mais no seu auxílio?

Qual a maior ajuda que você pode prestar neste momento de sua vida para as

pessoas e para o grupo?

Conclusão: Precisamos, sem dúvida alguma, uns dos outros. Para que a

mutualidade possa ocorrer de forma dinâmica e eficaz, é preciso desenvolver características

de caráter que nos capacitem a desempenhar nosso papel fraterno.

Medo de Desafios

Objetivos: Demonstrar como as pessoas sentem-se inseguras diante de situações

desconhecidas formando uma impressão negativa antes mesmo de procurar entendê-la.

Nº de Participantes: no mínimo cinco participantes.

Material: Caixa de papelão pequena, 1 chocolate (ou outro doce), aparelho de som

com uma música agitada para o fundo.

Desenrolar: O facilitador pede ao grupo, em pé, forme um circulo. Segura a caixa

de papelão explicando ao grupo:

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63

―Estão vendo esta caixa? Dentro dela existe uma tarefa a ser cumprida. Vou colocar

uma música e vocês irão passar a caixa de mão em mão como no jogo Batata Quente.

Quando a música parar, aquele que ficar com a caixa terá que cumprir a tarefa sem

reclamar, independente do que esteja escrito. Ninguém vai poder ajudar a pessoa na tarefa,

pois ela é individual".

O facilitador coloca a música e inicia-se o giro da caixa. O facilitador deve estar de

costas quando for parar a música para não ver com quem está a caixa.

Quando a música for interrompida aquele que ficou com a caixa terá que cumprir a

tarefa. É interessante que o coordenador faça comentários do tipo: Você está preparado? Se

não tiver coragem podemos fazer mais uma vez o giro da caixa.

Depois de muito suspense quando finalmente a pessoa abrir a caixa encontrará a

gostosa surpresa: o chocolate.

O objetivo desta dinâmica é mostrar como somos inseguros diante de situações que

possam representar perigo ou vergonha e que devemos aprender que podemos superar todos

os desafios que são colocados à nossa frente. Por mais que tudo pareça desesperador, o

novo desafio pode, ao final, se tornar uma feliz notícia. Também pode-se salientar como

transformamos os desafios em problemas, quando na verdade eles devem ser encarados de

frente para aprendermos com ele. Desafio é sinônimo de crescimento e oportunidade e não

de problema.

Vendendo o Impossível

Objetivos: Trabalhar a criatividade, argumentação e o contorno de objeções.

Nº de Participantes: 10 a 20 participantes.

Material: Folhas de sulfite, lápis ou caneta para cada participante.

Desenrolar: O facilitador deverá dividir a turma em duplas e distribuir uma tarefa

para cada grupo.

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64

Sugestão de tarefas:

Vender um terreno na lua;

Vender máquina de escrever para um analista de sistemas;

Vender revista de moda para uma freira;

Vender pente para um careca;

Vender creme dental sabor alho;

Vender sapato sem sola;

Vender CD de axé para monge budista.

Cada dupla irá escolher um vendedor para apresentar o produto e o facilitador irá

fazer o papel do cliente.

O restante do grupo irá fazer anotações dos pontos positivos e negativos da venda.

Ao final de cada apresentação, o facilitador passará a palavra ao grupo para

comentários.

5.6 - Dinâmicas de Cooperação

Anjo da Guarda

Objetivos: Desenvolver valores, cooperação, trabalho em equipe e aspectos

intrínsecos de liderança.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Uma cópia da ficha Anjo da Guarda para cada participante.

Page 68: Recrutamento 2

65

Desenrolar: O facilitador irá, previamente, determinar um Anjo da Guarda para

cada participante. Este Anjo da Guarda será também um dos próprios participantes, de

forma que todos serão Anjos da Guarda e ao mesmo tempo serão protegidos por outro Anjo.

Coletiva ou individualmente, o facilitador irá entregar a ficha abaixo contendo as

instruções e também o nome do participante que o Anjo irá cuidar, tecendo breves

explicações a respeito do desenrolar da atividade.

Por se tratar de uma dinâmica de longa duração a participação de cada um será de

forma discreta e durante outras atividades que serão desenvolvidas durante o treinamento.

Assim sendo o papel de Anjo será diluído naturalmente durante o(s) dia(s).

ANJO DA GUARDA

Você foi escolhido (a) para ser Anjo da Guarda de __________________ (coloque

aqui o nome da pessoa)

Durante os três dias que você estiver aqui a sua função será de Anjo da Guarda.

Aqui algumas dicas práticas para exercer esse papel:

a. Observe com cuidado como o seu Protegido age.

b. Procure ficar perto dele sempre que possível sendo absolutamente

discreto. Só interfira em situações de perigo.

c. Como Anjo sua função é proteger, aconselhar, cuidar, elogiar, mas

também, quando necessário, julgar, criticar, interferir, corrigir.

d. Aja de acordo com seu coração. Faça aquilo que gostaria que os

outros lhe fizessem.

e. Seja autêntico. Não tenha medo de dizer verdades, principalmente se

essas verdades forem boas e doces. A verdade nem sempre é amarga e rude.

f. Não será necessário que você fique as 24 horas por dia junto dele,

mas passe a maior parte do tempo possível próximo a ele. Lembre-se o bom Anjo é,

sobretudo, discreto e deixa seu protegido com liberdade para tomar as próprias

decisões.

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66

g. Se for consultado sobre algo, numa situação de dúvida, ou na qual o

seu Protegido não saiba como agir. Dê conselhos e faça-o tentar e refletir sobre as

possibilidades. Lembre-se seu papel não é fazer por ele.

h. Você em um dado momento receberá instruções especiais dos

Coordenadores do evento, que não poderão ser recusadas. Aguarde com atenção.

i. Você poderá ser chamado em dados momentos para relatar como foi

sua percepção pessoal sobre o papel que desempenhou. Faça anotações das coisas

mais importantes, isso em muito o ajudará.

Qualquer dúvida esclareça com os facilitadores do evento sempre que precisar.

Boa Sorte, Nobre Anjo da Guarda.

Autógrafos

Objetivos: Desenvolver a percepção de trabalho em equipe, a criatividade e a

superação de metas antes inatingíveis.

Nº de Participantes: 10 a 25 participantes.

Material: Uma caneta para cada participante e bastante sulfite.

Desenrolar: O facilitador distribui canetas e folhas em branco suficientes,

explicando que o objetivo da dinâmica é coletar o maior número de assinaturas únicas em

uma folha de sulfite no menor tempo possível. Pede-se que não repitam assinaturas em uma

folha e nem que inventem assinaturas. Qualquer outro detalhe é estratégia do grupo.

O facilitador inicia a dinâmica. Na maioria das vezes os participantes irão coletar

assinaturas em suas próprias folhas.

Findado o tempo, pergunta-se se alguém conseguiu a assinatura de todos os

participantes. Diante da negativa o facilitador indaga ao grupo se eles podem melhorar o

resultado obtido. Distribui-se então novas folhas em branco, retirando as já utilizadas.

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67

A cada rodada o facilitador vai convidando ao grupo a melhorar a marca, seja pelo

número de assinaturas únicas em uma folha, seja pelo tempo (quando é possível limitá-lo).

Em alguns casos o grupo tem a percepção de que não é necessário coletar

assinaturas em folhas individuais, mas sim coletar o maior número em uma única folha.

Neste ponto obtêm-se uma dinâmica cooperativa. Como este tipo de experiência não é

previsível ela pode não ocorrer e cabe ao facilitador direcionar ou não para esta

compreensão.

Caso o grupo tenha percebido que a melhor alternativa é todos se unirem para

coletar assinaturas em uma única folha de sulfite o facilitador pode exigir algumas rodadas

para melhora do tempo. Exemplo: "vocês conseguem colocar todas as assinaturas em 30

segundos? E em 15 segundos", e assim por diante.

Após a dinâmica o facilitador conduz uma discussão digirida ou por equipes a fim

de extrair a percepção de cada um e o relacionamento da dinâmica com o dia a dia.

Roda Confusa

Objetivos: Vitalizar o grupo explorando conceitos de criatividade, cooperação,

mudança e flexibilidade.

Nº de Participantes: Mínimo de 15 participantes.

Material: Aparelho de som com música suave (new age, meditação, etc.).

Desenrolar: O facilitador solicita aos participantes que façam um círculo de mãos

dadas, colocando uma música suave. Pede então que cada pessoa olhe para a pessoa do seu

lado direito, memorizando quem é esta pessoa, como ela está vestida, seu nome etc.

Em seguida pede-se que todos soltem as mãos e caminhem pela sala de formas

variadas:

Apressadamente (com fluidez, evitando obstáculos);

Lentamente e mudando de direção;

Page 71: Recrutamento 2

68

De forma diferente da usual (seguindo o nariz, o cotovelo, a barriga,

correndo atrás do pé etc.);

Dando pulos;

(criar outras formas).

O facilitador informa que quando a música parar todos deverão permanecer parados

no lugar onde estiverem.

Então, ao parar a música, o facilitador pede que as pessoas procurem, visualmente,

quem estava à sua direita (sem sair do lugar). Se a pessoa estiver perto, deverá dar a mão

direita à mão esquerda da outra pessoa. Quem estiver distante, deverá aguardar a ajuda do

facilitador.

Para facilitar pede-se às pessoas que estão longe que levantem a sua mão direita. O

facilitador pega na mão de cada pessoa e a encaminha à que estava à sua direita, formando

diversos nós na roda.

Quando todos estiverem de mãos dadas, lançar o seguinte desafio: "Vocês devem

voltar à roda original, sem soltar as mãos.‖

Neste momento, há um ligeiro tumulto e as pessoas ficam um pouco confusas.

Geralmente, um do grupo começa a dar idéias e a roda confusa começa a se desfazer. O

exercício termina quando todos estiverem voltados para dentro da roda, sem nós.

Ao final pode-se abrir para comentários sobre a experiência vivida.

Passeio Sinérgico

Objetivos: Vivenciar a resolução de um desafio em equipe no qual seja necessário:

planejar, organizar, ouvir, aceitar lideranças, cuidar do próprio ritmo em função do ritmo do

grupo, buscar a sinergia.

Nº de Participantes: 10 a 30 participantes.

Material: Uma corda curta ou cabo por participante, cartaz com as regras.

Page 72: Recrutamento 2

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Desenrolar: O espaço para esta dinâmica deve ser ao ar livre ou sala grande sem

mesas e cadeiras.

O facilitador pede aos participantes que fiquem lado a lado, abraçados pela cintura.

Com o apoio de outro facilitador amarram-se com as cordas os pés de todos (pé direito com

o pé esquerdo do colega ao lado e assim sucessivamente). Marca-se, distante do grupo, uma

linha de chegada com a qual o facilitador desafia aos participantes a atingi-la de acordo

com as seguintes regras (que devem ser escritas no cartaz):

O grupo deverá planejar uma forma de atingir o alvo caminhando

naturalmente;

A fila deve permanecer reta durante o trajeto;

Se definirem alguma marcação, esta só poderá ser falada até o meio

do trajeto (exemplo: esquerda, direita, um, dois etc.);

O número de tentativas é reduzido a cinco vezes;

O tempo é limitado a 10 minutos.

Ao final forma-se um círculo onde as pessoas terão espaço para relatar sentimentos

e avaliar a forma como realizaram a tarefa. Encerra-se a atividade promovendo discussão

sobre os aspectos necessários para o bom funcionamento de um trabalho em equipe.

Outros indicadores:

Sinergia;

Atenção ao próprio ritmo e dos outros;

Comunicação intergrupal;

Cooperação;

Liderança;

Organização para o trabalho;

Planejamento participativo.

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5.7 - Dinâmicas de Criatividade

Galeria de Artes

Objetivos: Apresentação, comunicação e valores pessoais.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Revistas usadas, folhas de flip chart, pincéis atômicos, tesouras, cola,

papel crepom.

Desenrolar: Coloca-se todo o material no centro da sala.

O facilitador deve explicar ao grupo que estará numa galeria de artes, onde seus

quadros serão expostos.

Cada participante deverá compor seu quadro utilizando somente de figuras,

desenhos e palavras.

Cada participante fará seu quadro pessoal de valores.

Jogo com Cordas

Objetivos: Permitir ao grupo a vivência de um trabalho em equipe onde é

necessário tomar decisões e resolver problemas com criatividade.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Cordas de várias cores.

Desenrolar: O facilitador solicita à turma que se subdivida em dois grupos. Cada

grupo deverá criar duas brincadeiras para aplicar no outro grupo.

Ao final da aplicação das atividades o facilitador trabalhará o grupo nos seguintes

aspectos:

Relato dos sentimentos;

Comportamento que ajudaram ou atrapalharam.

Page 74: Recrutamento 2

71

Mestre

Objetivos: Desenvolver a criatividade, socialização, desinibição e a coordenação.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Não necessita material

Desenrolar: Em círculo os participantes devem escolher uma pessoa para ser o

advinhador. Este deve sair do local. Em seguida os outros devem escolher um mestre para

encabeçar os movimentos/ mímicas. Tudo que o mestre fizer ou disser, todos devem imitar.

O advinhador tem duas chances para saber quem é o mestre. Se errar volta e se

acertar o mestre vai em seu lugar.

Redação em Corrente

Objetivos: Desenvolver a percepção, sintonia, expectativas, interação, criatividade,

descontração, sensibilização, comprometimento, avaliação, motivação, conhecimentos

teóricos, análise e síntese.

Nº de Participantes: até 20 participantes.

Material: Papel sulfite.

Desenrolar: Escreve-se, em uma folha, uma palavra qualquer para iniciar a corrente

da redação (por exemplo: eu, nós, se, talvez, sei que, espero etc.).

Cada participante contribui com a redação, colocando uma palavra ou pequena frase

que dê continuidade.

Sucessivamente, todos os participantes escrevem.

O exercício se encerra após avaliação do que foi escrito.

Variação:

Fazer o exercício verbalmente. Direcionar a redação para fixação ou avaliação da

retenção de conhecimentos teóricos.

Árvore da Carreira

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72

Categorias:

- Criatividade

- Liderança

Objetivos: Automotivação, autoanálise, objetividade, visão estratégica, quebra de

paradigmas. Vitalizador. Sensibilização e conscientização.

Nº de Participantes: de 15 a 30 participantes.

Material: Folhas A4 ou A3, canetas hidrocor, lápis de cera, lápis de cor, texto de

apoio, toca CD, música suave e agradável.

Desenrolar: 1º momento – 15 minutos

- Ler o texto de apoio e solicitar que, individualmente, os participantes desenhem

uma árvore que represente sua carreira.

- Após terminarem o desenho nenhuma alteração deve ser feita.

2º momento – 10 minutos

- Ler a parte do texto de apoio que enfoca as diferentes partes da árvore.

- Após cada comentário solicitar que escrevam, na própria folha, suas conclusões

individuais fazendo analogias do que foi dito e do desenho elaborado.

- Mesmo se as partes enfocadas não estiverem visíveis no desenho, é importante que

reflitam e escrevam sua análise.

3º momento – 10 minutos

- Abrir o grupo para pequenos comentários e aprendizagens adquiridas com o

exercício, incentivando reflexão posterior.

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73

4º momento – 10 minutos (Treinamento)

- Aprofundar a reflexão considerando a vivência obtida com o exercício x

ocorrências na organização no tocante à:

Falta de comprometimento

Desmotivação, desinteresse

Falta de perspectiva

Paralisação, dependência da empresa.

- Verificar com o grupo, formas de minimizar as consequências levantadas e

incentivar atitudes que favoreçam o comprometimento de todos para a melhoria dos

aspectos citados.

Observações

Nossa carreira profissional precisa de constante acompanhamento. Vale a pena,

cotidianamente, tirar alguns minutos para verificar sua trajetória. Para esta análise preste

atenção neste texto e, posteriormente, você realizará uma atividade.

Este exercício pode ter diversos enfoques de análise. Ao invés da carreira

profissional a reflexão pode ser: equipe de trabalho, empresa, negócio, mercado, parceiros,

fornecedores etc.

Pode-se utilizar transparências ou "slides" para ilustrar a parábola e os itens de

carreira a avaliar.

Texto de Apoio: Parábola "A Flor e o Sonho", de João Henrique Ribeiro dos

Santos

Um grande pesquisador há anos tinha o sonho de comprovar a existência de uma

planta muito rara, cuja flor, segundo uma civilização muito antiga e já desaparecida,

possuía alguns poderes mágicos.

Page 77: Recrutamento 2

74

A flor só desabrochava em condições muito especiais:

Solo com nutrientes específico;

Umidade abundante, porém não demasiada;

Exposição equilibrada aos raios solares equilibrada, pois não poderia

desabrochar se fosse permanentemente exposta ao sol ou totalmente encoberta pelas

sombras.

Essa flor só poderia ser encontrada em latitude e longitude, ou seja, em um local

também muito específico. Mesmo conhecendo tudo isso era semelhante a outras espécies.

Somente sua flor, de raríssima beleza, poderia distingui-la das demais plantas.

Entretanto a flor aparecia de forma imprevisível. Os antigos acreditavam que o

desabrochar daquela flor estava relacionado a condições muito especiais, à conjugação de

alguns astros. Nessas condições, a beleza dessa flor era tão grande que seria praticamente

impossível não reconhecê-la em meio às demais. Acreditavam que suas pétalas cintilavam

como diamantes na escuridão.

Após vários anos de pesquisa, o cientista acreditou que, finalmente, tinha todas as

informações necessárias e, portanto, a condição de identificar o local para encontrar a tão

cobiçada flor. Angariou fundos para financiar uma expedição, adquiriu equipamentos

sofisticados e contratou um especialista em florestas tropicais para lhe servir de guia.

Após vários dias de marcha por uma densa vegetação, identificaram uma trilha, ao

que parecia, muito antiga. Seguiram-na então e depararam com diversas ameaças e perigos.

As dificuldades eram muitas e os obstáculos que se interpunham entre eles e seu objetivo

tornava-se cada vez mais desafiadores. Mas a cada obstáculo "intransponível", sua

superação proporcionava a renovação das forças e dos ânimos. Isso os fazia prosseguir na

jornada.

Até que depararam com um abismo. Depois de tanto caminhar, acreditando que

estavam muito perto, aparecia aquele abismo. Não podiam aceitar o fracasso, por isso,

permaneceram um longo tempo pensando em alternativas para superar aquele derradeiro

obstáculo. Por fim, deram-se por vencidos, e abatidos, puseram-se a fazer o caminho de

Page 78: Recrutamento 2

75

volta.

Nesse retorno foram surpreendidos por um nativo, que depois souberam, há

muito os vinha seguindo. Pararam então e puseram-se a conversar. Fizeram juntos uma

refeição e o professor quis saber sobre a lenda da flor mágica. De início o nativo quis

despistar, dizendo que era uma estória muito antiga e que os homens civilizados jamais

acreditaram nela. Mas o cientista insistiu, dizendo acreditaria em suas palavras, pois, era

um sonho muito antigo, de sua juventude, encontrar aquela flor rara. O nativo, então,

decidiu colaborar. Disse então que conhecia um outro caminho para o outro lado do abismo

e que os levaria até lá, com a condição de que não levassem, que não arrancassem nenhuma

muda da planta.

Puseram-se a caminhar. Passaram por um vale cortado por um riacho de águas

cristalinas, onde puderam matar a sede e se refrescar, depois percorreram um terreno

alagadiço onde afundaram, o que os fez temer por não ter um solo firme sob seus pés. Até

que chegaram a um penhasco muito alto, que tiveram que escalar. Chegando ao topo,

depararam-se com uma vegetação densa e com muitos espinhos. Ao entrarem na mata

puderam avistar alguns arbustos que se destacavam dos outros pela exuberância de suas

folhas e riqueza de suas cores.

O nativo apontou-os dizendo estar ali o objetivo de nossa expedição. Os três

homens acamparam então e começaram a se preparar porque, naquela noite, sob a luz da

lua cheia, uma única flor de um único arbusto iria se abrir.

Por volta da meia-noite, puderam ver a flor mais linda que jamais haviam visto e

ficaram maravilhados com o brilho de suas pétalas ao refletirem a luz do luar.

Quando o guia pegou os equipamentos para registrar aquele espetáculo e revelá-lo ao

mundo o cientista fez sinal para que não o fizesse. Sem entender o porquê, o guia

permanecia calado. Durante anos o cientista acalentou o sonho de mostrar ao mundo aquela

planta e provar seu valor ao meio acadêmico e agora, diante de seu triunfo, permanecia ali,

calado e imóvel?

O cientista, percebendo a inquietação do companheiro o cientista disse:

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76

- Sinto agora um grande vazio. Meu sonho, agora que está concretizado; já não me

move mais, já não é importante. Ao mesmo tempo em que estou feliz por tê-lo realizado,

sinto-me como alguém que perdeu um companheiro de jornada. Antes não o tivesse

realizado, assim ele ainda estaria comigo. O que eu preciso agora é de um novo sonho,

novos desafios, algo que dê novo sentido à minha existência.

Agora, com os materiais disponíveis, desenhe uma árvore, aquela que melhor puder

retratar sua vida profissional. Você tem 10 minutos para fazê-lo.

Passo a passo, escreva ao lado de cada parte da árvore suas reflexões sobre os

seguintes itens:

RAÍZES: Refletem suas atitudes em relação à vida (como lido com a

vida?).

SOLO: Refletem suas atitudes em relação ao ambiente (como lido

com o ambiente geral que me cerca?).

TRONCO: Demonstram suas atitudes em relação à carreira (o que

tenho feito pelo desenvolvimento de minha vida profissional?).

RAMOS / COPA: Demonstram seus conhecimentos, capacidades

desenvolvidas, habilidades, competências adquiridas para o desenvolvimento da

carreira.

5.8 - Dinâmicas de Expressão Emocional

Minha Arte

Objetivos: Proporcionar o afloramento da criatividade, fazer o aquecimento do

grupo e experimentar sentimentos autênticos.

Nº de Participantes: Três a 10 participantes

Material: Muitas folhas de papel sulfite, lápis de cera coloridos e fita adesiva.

Desenrolar: Solicitar que o grupo se sente no chão.

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77

Informar que irão fazer desenhos livres e que poderão utilizar qualquer cor para os

desenhos.

Dar ao grupo 15 minutos para a execução de suas artes.

Afixar todos os desenhos, lado a lado numa parede e solicitar que cada uma das

pessoas informe "o que" e o "por que" de seu desenho.

Informar que qualquer um dos participantes poderá alterar o desenho de qualquer

dos demais participantes, menos o seu.

Após a tarefa cumprida, solicitar que expressem o sentimento a respeito daquela

mudança.

Presente, Passado e Futuro

Objetivos: Levantamento de expectativas com relação a si e ao evento, autoreflexão,

autopercepção, sensibilização.

Nº de Participantes: Até 15 participantes.

Material: Fita adesiva colorida (três cores), sulfite, canetas, lápis de cor, objetos de

uso pessoal (individual).

Desenrolar: No chão da sala, o facilitador deve, com as fitas coloridas, colar três

linhas paralelas (2m comprimento) mantendo um espaço de aproximadamente dois passos

largos entre elas.

Os espaços representam, respectivamente, passado, presente e futuro, em relação à

vida pessoal, profissional ou outra questão abrangente pertinente.

Individualmente e em absoluto silêncio, cada participante coloca-se em pé dentro do

espaço PASSADO e verifica como se sente.

Então, através de desenhos ou com um objeto pessoal, o participante vai representar

esse sentimento e deixá-lo no espaço.

O mesmo processo é feito para PRESENTE e FUTURO com o tempo aproximado

de cinco minutos para cada espaço.

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Em grupo aberto cada um traduz em palavras seus sentimentos e o porquê dos

desenhos e/ou escolha dos objetos.

5.9 - Dinâmicas de Gestão do Tempo

A Peça que Faltava

Objetivos: Observar o trabalho em equipe, comunicação, liderança e

comportamento sob pressão.

Nº de Participantes: Até 25 participantes.

Material: Oito quebra cabeças de 20 peças cada, um envelope para cada

participante contendo peças variadas e misturadas dos oito quebra-cabeças, cartaz

informando as regras do jogo.

Desenrolar: O facilitador expõe ao grupo:

―Vocês vão receber um envelopes contendo peças de alguns quebra-cabeças que só

deverão ser abertos quando for sinalizado o início do jogo. A tarefa será montar os quebra-

cabeças. O trabalho é em equipe e não individual."

Regras do Jogo: Todos deverão trabalhar em silêncio (não será permitida a

comunicação verbal).

As peças que você não quiser poderão ser passadas somente para seu companheiro

da direita.

Você não pode tomar peças, apenas ceder as que você não quiser.

Fase I: Não informar o tempo (15 minutos).

Pode-se dar dicas: algumas pessoas estão segurando peças e ferramentas necessárias

para a entrega do serviço.

Fase II: Informar o grupo que dispõem de 10 minutos para acertarem o processo e

procedimentos para a obtenção do resultado necessário.

Fase III: Disponibilizar mais 10 minutos para o fim das atividades.

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Mudança de Planos

Objetivos: Desenvolver o poder de negociação, mediação de conflitos e gestão de

tempo.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Não necessita material.

Desenrolar: O facilitador narra a seguinte situação fictícia ao grupo:

Serão concedidos, pela empresa, dois apartamentos, não mobiliados, por um período

indefinido. Cada equipe tem $ 5.000 dólares para equipar e mobiliar o apartamento da

maneira que quiser.

Cada equipe irá discutir e entrar em um consenso do que irão fazer e estabelecer um

breve resumo, inclusive planta do apartamento.

Vocês têm 20 minutos (ou menos conforme o caso e o tamanho da equipe).

Passado apenas metade do tempo previsto o facilitador intercederá no grupo com a

seguinte situação:

Devido a um remanejamento ocorrido na Empresa, será concedido apenas um

apartamento e as equipes deverão definir como será o apartamento, negociando entre os

dois planos, confeccionados anteriormente.

Restam apenas 10 minutos para o término.

Durante a dinâmica a equipe que está ministrando-a deve observar as atitudes dos

participantes antes e depois da mudança de planos, principalmente no tocante à liderança,

mediação de conflitos e gestão do tempo restante.

Esta é uma dinâmica que causa certo estresse a alguns participantes devido à

mudança repentina do que foi pedido e ao tempo escasso. É através do estresse gerado que

se tem a percepção das experiências vividas por cada um durante a dinâmica.

Page 83: Recrutamento 2

80

5.10 - Dinâmicas de Liderança

Caos

Objetivos: Perceber entre os participantes de um grupo aquele ou aqueles que

possuem características para liderar.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Não necessita material.

Desenrolar: Pedir aos participantes que saiam da sala (oferecer café ou criar

artifício para que todos saiam da sala).

Revirar a sala, jogando papéis no chão, espalhando revistas, cadernos cadeiras etc.

Assim que as pessoas voltarem para a sala e perguntarem o que aconteceu, dizer que

é cego, surdo e mudo, e que eles devem fazer o que quiserem.

A partir daí, o participante que tiver maior iniciativa e começar a arrumar a sala é

aquele que lidera o grupo, e o que só fica olhando geralmente é o que espera as coisas

acontecerem.

Nota: Se a sala possuir uma câmera de circuito interno pode-se também observar as

atitudes dos participantes sem que o facilitador entre na sala no momento que todos

retornarem. Outra forma para que o facilitador não se torne o "cego, surdo e mudo" é pedir

a outro facilitador (que não tenha tido contato ainda com a equipe) entre na sala junto com

os demais de forma dissimulada para que os participantes não se direcionem perguntas para

este.

Fábrica de Barquinhos

Objetivos: Refletir sobre a comunicação e o trabalho em equipe e reforçar que

quando a comunicação e o relacionamento interpessoal falha a equipe não funciona.

Nº de Participantes: 15 a 25 participantes.

Material: Revistas usadas.

Page 84: Recrutamento 2

81

Desenrolar: O facilitador divide a turma em grupos de aproximadamente cinco

participantes. Em cada grupo, um participante exercerá o papel de líder.

O facilitador conduz os líderes para fora da sala, orientando-os que o papel deles

será o de motivar a equipe para produzir em larga escala, observando a qualidade,

quantidade e criatividade.

Informa-se aos líderes que uma empresa que trabalha com produtos náuticos,

realizará um grande evento para o qual todos os clientes serão convidados. Esta empresa

deseja comprar barquinhos para presentear os filhos desses clientes e fez uma encomenda

que deverá ser entregue no prazo de 10 dias (equivalentes a 10 minutos durante a dinâmica).

Cada grupo representará uma empresa. Enquanto os líderes estão fora da sala os

participantes deverão ser informados sobre os seus papéis, recebendo a mesma orientação

sobre o pedido feito pela empresa e sobre os critérios exigidos que serão: Quantidade,

qualidade e acabamento dos produtos, cumprimento do prazo e criatividade.

Os líderes não saberão que existem papéis divergentes em seus grupos.

Os papéis assumidos serão:

1. Responsável, faz muitos barcos.

2. Preguiçoso, não faz nada.

3. Crítico, faz poucos barcos, critica os outros barcos e tenta

desmanchá-los.

4. Gozador, conta piadas e produz pouquíssimo.

Os papéis acima deverão existir em cada um dos grupos. Assim se houverem cinco

grupos existirão, por exemplo, cinco preguiçosos.

Inicialmente distribui-se uma folha de revista para cada participante e fabrica-se um

barquinho de papel juntamente com eles.

Em seguida formam-se os grupos e são distribuídas duas revistas para cada um.

Marcam-se 10 minutos e inicia-se a atividade.

Page 85: Recrutamento 2

82

Concluídos os 10 minutos, o facilitador orienta-os para montar sua vitrine para

receber o cliente.

O cliente chega para visitar as empresas e dialogará com o gerente e equipe sobre a

linha de produção (quantidade), qualidade e acabamento dos produtos, preço, cumprimento

do prazo e criatividade.

Após isso ele revelará as notas que obtiveram em cada item e definirá de quem

comprará a produção.

Critérios para avaliação

Qualidade e acabamento do produto: 30 pontos

Quantidade: 20 pontos

Criatividade: 20 pontos

Prazo: 30 pontos

Processamento

Explorar os sentimentos vivenciados;

Refletir sobre os papéis assumidos e fazer uma analogia com o

trabalho em equipe;

Discutir sobre o papel da liderança, habilidade na negociação, preços,

etc.;

Explorar a importância da comunicação, cooperação, planejamento,

motivação, etc.;

Conduzir o grupo a uma discussão para saber o porquê de as

empresas fictícias não obtiveram o resultado desejado.

Page 86: Recrutamento 2

83

5.11 - Dinâmicas de Negociação e Gestão de Conflitos

Abrigo Subterrâneo

Objetivos: Refletir sobre a influência de nossos conceitos, valores e como agimos

diante de uma decisão de muitos riscos. Avaliar o grau de liderança, a forma de persuadir

ou intervir no grupo, bem como a flexibilidade, a capacidade criativa e o saber ouvir.

Nº de Participantes: até 25 participantes.

Material: Cópia do texto Abrigo Subterrâneo para cada participante.

Desenrolar: Peça ao grupo que se divida (em até cinco pessoas), distribua o texto e

solicite que as pessoas façam a escolha o mais acertadamente possível. Lembre que é

consenso grupal. Portanto, terão um tempo de aproximadamente 15 minutos para a escolha.

Durante o trabalho, observe as colocações, preconceitos, valores e a forma com que

os participantes defendem seu ponto de vista.

Fechamento

Ao término, pergunte ao grupo como se sentiram e quais as coisas de que tiveram de

abrir mão.

Se esta dinâmica tiver o objetivo de seleção, poderá ver as características de

liderança, comunicação, flexibilidade, valores pessoais e outros aspectos relevantes à

característica da possível chefia. Caso seja aplicada em treinamento, observar também

como conduzir e influenciar o grupo.

ABRIGO SUBTERRÂNEO

Imaginem que nossa cidade está sob ameaça de um bombardeio. Aproxima-se um

homem e lhes solicita uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode

acomodar seis pessoas, mas 12 pretendem entrar. Abaixo, há uma relação das 12 pessoas

interessadas a entrar no abrigo. Faça sua escolha, destacando apenas seis delas:

Page 87: Recrutamento 2

84

( ) Um violinista, com 40 anos, narcótico viciado.

( ) Um advogado, com 25 anos, HIV +.

( ) A mulher do advogado de 24 anos, que acaba de sair do manicômio. Ambos preferem

ou ficar juntos no abrigo, ou fora dele.

( ) Um sacerdote com 75 anos.

( ) Uma prostituta, com 34 anos.

( ) Um ateu com 20 anos, autor de vários assassinatos.

( ) Uma universitária que fez voto de castidade.

( ) Um físico de 28 anos, que só aceita entrar no abrigo se puder levar consigo uma arma.

( ) Um declamador fanático, com 21 anos.

( ) Uma menina de 12 anos e baixo Q.I.

( ) Um homossexual, com 47 anos.

( ) Um excepcional, com 32 anos, que sofre de ataques epilépticos.

Automóvel do Futuro

Objetivos: Desenvolver o poder de negociação, mediação de conflitos.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Cópia dos textos da dinâmica, papel e caneta para cada equipe.

Desenrolar: 1a. Parte

O facilitador descreve a seguinte situação:

O cliente AEOP (ASSUNTOS ESPACIAIS DE OUTROS PLANETAS) resolveu

investir na fabricação de um novo automóvel. Chamou as melhores montadoras do ramo e

pediu o desenvolvimento e apresentação de um produto dentro das condições do planeta e

dos seres que nele habitam.

No projeto do automóvel do século XXI deve constar:

Designer;

Page 88: Recrutamento 2

85

Características;

Material utilizado;

Preço;

Prazo para entrega.

Características do planeta e de seus seres:

Planeta: Terreno montanhoso e rochoso, próximo ao Sol (quente e com claridade

intensa).

População: Concentrada em cidades afastadas.

Atmosfera: Não permite voar.

Seres: Medindo entre três e quatro metros de altura, braços fracos, pernas fortes e

apenas três dedos em cada em mão (sem polegares).

Dinâmica:

Divide-se o grupo em duas equipes onde cada uma corresponderá a uma

concorrente do ramo automobilístico.

Cada equipe desenvolverá seu projeto conforme a proposta citada.

2ª Parte - O Cartel

O facilitador complementa a situação relatada anteriormente:

Este projeto representa um potencial de lucro imenso e as empresas possuem a

informação que seu maior concorrente está no páreo, o pensamento dos dois presidentes é o

mesmo: NÃO POSSO PERDER ESSE CLIENTE!

As empresas marcam uma reunião. A intenção é conhecer a proposta do concorrente

antes deste passar para o cliente e se for o caso reformulá-lo dentro de uma negociação

onde ambas as empresas se saiam bem sucedidas junto ao cliente.

3ª Parte - Apresentação da Proposta

Page 89: Recrutamento 2

86

Eleger um representante de cada empresa para apresentar a proposta ao cliente, a

equipe pode e deve dar sugestões a ele sobre qual a melhor maneira de apresentar,

encantando o cliente com a sua proposta.

Objetivos: Desenvolver o trabalho em equipe e capacidade de negociação.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Cópia do texto para cada participante.

Desenrolar: Distribuir os papéis dos sobreviventes em potencial aos participantes

para que defendam sua causa pela sobrevivência. Disponibilizar 15 minutos para chegarem

numa decisão. Impressionar o grupo com a emergência da situação, avisando quanto tempo

falta.

Ponha em discussão qual foi a base para chegar a uma conclusão.

Texto:

Daqui a 40 anos um cometa irá destruir toda a vida humana na Terra, a qual entrará

num período de três meses de frio e escuridão. Os cientistas acham que a Terra não terá

condições de manter a vida humana. Vocês estão seguros num bunker que os manterá em

condições apertadas, mas toleráveis, durante seis meses, passados os quais poderão sair e

tentar viver lá fora. Até onde sabem, vocês são as únicas pessoas do mundo que irão

sobreviver. O bunker tem capacidade para mais cinco pessoas, e as portas só serão fechadas

quando a capacidade estiver completa. Há 16 pessoas lá fora, dentre as quais vocês poderão

escolher os outros cinco sobreviventes:

Tamara – Bióloga Colombiana, 31 anos, especialista de renome mundial sobre a ecologia

da Amazônia e os possíveis efeitos de um inverno nuclear. Durante seu trabalho em campo,

desenvolveu conhecimentos sobre reprodução animal. Locomove-se numa cadeira de rodas,

em consequência de um acidente de helicóptero.

Kende – Estudante, 25 anos, formado em Universidade de Londres, fazendo pós-graduação

em metalurgia. Seu chefe no trabalho duvida que ele consiga concluir o curso.

Paulo - Trabalhador Rural, 59 anos, viúvo, sofre de reumatismo e tem deficiência auditiva.

Muita experiência e bom conhecimento de agricultura.

Page 90: Recrutamento 2

87

Lu - Engenheira Mecânica Chinesa, 34 anos, estava verificando o sistema de ventilação do

bunker quando surgiu a emergência. Tem profundos conhecimentos de sistemas de controle

informatizados.

Renata – Dentista Australiana, 25 anos, ainda em boa forma física. Sofre de uma doença

fatal.

Maura – Cozinheira, 46 anos, divorciada, trabalha num restaurante próximo. Tem grande

experiência em alimentação. Após o divórcio, uma série de romances fracassados a levou

ao alcoolismo.

Gustavo – Menino de oito anos, mimado, inteligente e um pouco precoce. Os professores e

psicólogos preveem um futuro acadêmico brilhante.

Léo – Segurança, 29 anos, exonerado do exército com desonra. Anda armado.

Márcia – Psicanalista, 57 anos, trabalhou com psicoterapia, muito conceituada em sua

profissão. Cega.

Patrícia – Médica, 31 anos, trabalha numa clínica de doenças transmissíveis. Embora tenha

uma visão liberal quer que seus filhos sejam padres e freiras.

Alice – Professora, 27 anos, trabalhou com crianças de todas as idades. Recuperou-se

recentemente de uma overdose de drogas e ainda está tomando antidepressivos

Andréa - Uma criança de 10 anos muito mimada que quando contrariada acaba chorando

escandalosamente.

Mariana - Ex-presidiária, foi condenada a 25 anos de prisão. Saiu há uma semana e está

tendo dificuldades em adaptar-se a sociedade.

Joana – Prostituta, 30 anos, vem de uma família de classe média. Nunca gostou de estudar e

trabalhar. Como opção resolveu se prostituir.

Paula - Brilhante advogada de 49 anos, reconhecida pelo seu brilhantismo em todo mundo

no que se refere às ações cíveis. Tem personalidade difícil sendo conhecida pela sua

teimosia e rigidez.

Manoela – Babá, 35 anos, cuidava de crianças até que se envolveu num caso de agressão a

uma delas.

Page 91: Recrutamento 2

88

Assassinato do Conde Drácula

Objetivos: Avaliar o raciocínio lógico-matemático, liderança, negociação,

habilidade na solução de problemas, comunicação e atenção.

Nº de Participantes: Seis a 12 participantes.

Material: Folhas do texto para as respectivas equipes.

Desenrolar: O facilitador deverá dividir os participantes em dois grupos. Conta-se

então a história (Cenário) e informa-se a missão das equipes. A equipe vencedora será

aquela que conseguir achar a solução no menor tempo possível.

Cenário: Um dos efeitos menos conhecidos da chuva ácida tem sido a alteração da

acidez do subsolo na Transilvânia, que recentemente causou a liberação de gases venenosos

no Castelo de Drácula. Isto fez ressuscitar o Conde, que aparentemente tem intenções de se

prevalecer do Fim da Cortina de Ferro para reassumir seu reinado de terror em Londres.

A missão de sua equipe é matá-lo o mais rápido possível, em seu próprio castelo. Para fazê-

lo, seu objetivo é estabelecer o dia e a hora da primeira oportunidade para matar o Conde.

Cada equipe receberá informações que irão ajudá-los a cumprir sua missão.

Entretanto, algumas informações essenciais estarão de posse da outra equipe, com a qual

você estará competindo (um estúdio de Hollywood está disposto a pagar uma fortuna pela

história legítima de ―Eu Matei Drácula‖). Para se comunicar com a outra equipe, é

necessário definir um negociador (pode se alterar o negociador a cada vez que necessitar

falar com a outra equipe) e somente esta pessoa poderá obter ou fornecer informações (ele

deve ser muito bem orientado pela equipe, pois só poderão trocar informações três vezes).

A equipe vencedora será aquela que entregar ao instrutor, por escrito, o dia da

semana e a hora em que o Conde Drácula poderá ser morto e explicar o raciocínio correto

para se chegar a esta resposta.

Page 92: Recrutamento 2

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DRÁCULA SAIU DO TÚMULO

Grupo I

O Conde Drácula é um vampiro.

O Conde Drácula dorme em sua tumba.

A tumba do Conde Drácula fica na Cripta do Castelo de Drácula.

Você está em Londres, na Inglaterra.

Não há voo direto da Inglaterra para a Transilvânia.

Hoje é segunda-feira.

O voo de Londres a Budapeste dura 5 horas.

O próximo voo para Budapeste sai hoje às 18h00min horas.

Só é possível matar um vampiro cravando uma estaca de carvalho, à

luz do dia, em seu coração.

Só é possível comprar estacas de carvalho na loja do aeroporto de

Budapeste.

Haverá um feriado local em Budapeste esta semana.

O voo de Budapeste para a Transilvânia sai às 14h00min horas, de

terças e quintas, e dura uma hora.

A estação de trem mais próxima do Castelo de Drácula é Novahuny.

O trem leva seis horas do aeroporto da Transilvânia para Novahuny e

sai do aeroporto ao meio-dia, as segundas, quartas e sextas-feiras.

A chave para a Cripta do Castelo de Drácula está pendurada num

prego, na sacristia da paróquia de Novahuny, que fica ao lado da estação de trem.

A paróquia de Navahuny fica aberta do nascer ao pôr do sol.

Na Transilvânia, o sol nasce às 09h00min horas e se põe às 17h30min

horas.

Page 93: Recrutamento 2

90

O mais rápido que você pode ir da Paróquia ao Castelo é sete

quilômetros por hora, porque é um terreno rochoso escarpado e você está

carregando uma grande estaca de carvalho.

DRÁCULA SAIU DO TÚMULO

Grupo II

O Conde Drácula é um vampiro.

O Conde Drácula dorme em sua tumba.

Você está em Londres, na Inglaterra.

Não há voo direto da Inglaterra para a Transilvânia.

Hoje é segunda-feira.

Só é possível matar um vampiro cravando uma estaca de carvalho no

coração dele.

Só é possível comprar estacas de carvalho na loja do aeroporto de

Budapeste.

A loja do aeroporto de Budapeste não abrirá nesta segunda, nem

terça-feira, devido a um feriado local.

O voo de Budapeste para a Transilvânia sai às 14h00min horas, as

terças e quintas-feiras e dura uma hora.

A estação de trem mais próxima do Castelo de Drácula é Novahuny.

O trem leva seis horas do aeroporto da Transilvânia para Novahuny e

sai do aeroporto ao meio-dia as segundas, quartas e sextas-feiras.

A chave para a Cripta do Castelo de Drácula está pendurada num

prego, na sacristia da Paróquia de Novahuny, que fica ao lado da estação de trem.

Os vampiros só podem ser mortos à luz do dia.

A paróquia Novahuny fica aberta do nascer ao pôr do sol.

Page 94: Recrutamento 2

91

Na Transilvânia o sol nasce às 09h00min horas e se põe às 17h30min

horas.

A paróquia de Novahuny fica a 63 quilômetros do Castelo de Drácula.

Solução

A primeira oportunidade de matar o Conde Drácula será às 09h00min horas da

manhã de domingo.

Raciocínio:

1. Se tomar o voo de hoje (segunda-feira) às 18h00min horas, você

chegará a Budapeste as 23h00min horas.

2. A loja do aeroporto que pode lhe vender a estaca de carvalho só

abrirá na manhã de quarta-feira, ou seja, o primeiro voo que você pode pegar para a

Transilvânia é de quinta-feira às 14h00min horas.

3. Você irá chegar ao aeroporto da Transilvânia às 15h00min horas de

quinta-feira. O primeiro trem é o do meio-dia de sexta-feira, que chega a Novahuny

às 18h00min horas, meia hora depois da paróquia fechar. A primeira oportunidade

de você entrar na paróquia será às 09h00min horas de sábado.

4. Sua caminhada até o Castelo irá levar 09 horas, de modo que você

chegará lá às 18h00min horas, mesmo andando o dia todo sem parar. Será tarde

demais para matar o Conde Drácula durante o dia, portanto, você terá que esperar

até o próximo nascer do sol, às 09h00min horas de domingo.

5. Você irá chegar ao aeroporto da Transilvânia às 15h00min horas de

quinta-feira. O primeiro trem é o do meio-dia de sexta-feira, que chega a Novahuny

às 18h00min horas, meia hora depois da paróquia fechar. A primeira oportunidade

de você entrar na paróquia será às 09h00min horas de sábado.

Observações para o facilitador:

Como a equipe abordou a tarefa?

Como os membros das equipes compartilharam as informações?

Page 95: Recrutamento 2

92

Que ações dos integrantes da equipe ajudaram ou atrapalharam na

execução da tarefa?

Como surgiu a liderança na equipe?

Quais foram os sinais de conflito notados no grupo? Como eles foram

tratados? Por quem?

Como os membros da equipe reagiram ao negociador?

Como os membros da equipe reagiram ao estar competindo com a

outra equipe?

O que foi feito para promover a colaboração com a outra equipe? Por

Quem?

5.12 - Dinâmicas de Respeito e Valores Pessoais

A Troca de um Segredo

Objetivos: Compartilhar a importância de levarmos os "pesos da vida" uns dos

outros e ajudarmos o nosso próximo.

Nº de Participantes: Não há limites.

Material: Uma pequena folha de papel e caneta para cada participante.

Desenrolar: Os participantes deverão descrever, na papeleta, uma dificuldade que

sentem no relacionamento e que não gostariam de expor oralmente.

A papeleta deve ser dobrada de forma idêntica, e uma vez recolhida, o facilitador

misturará e distribuirá para cada participante, que assumirá o problema que está na papeleta

como se fosse ele mesmo o autor, esforçando-se por compreendê-lo.

Cada qual, por sua vez, lerá em voz alta o problema que estiver na papeleta, usando

a 1ª pessoa "eu" e fazendo as adaptações necessárias, dando a solução ao problema

apresentado.

Page 96: Recrutamento 2

93

Conclusão do Curso

Chegamos ao fim do nosso Curso de Recrutamento e Seleção! Sinta-se livre para

fazer a avaliação quando estiver preparado. Assim que for aprovado, você poderá visualizar

uma cópia de seu certificado, o original será enviado num prazo de seis a oito dias a contar

do dia da conclusão do curso.

Recrutar é uma das tarefas mais importantes de qualquer empresa. Os funcionários

são os principais responsáveis pela qualidade de qualquer serviço prestado, por isso recrutar

corretamente pode ser a diferença entre o sucesso ou fracasso de uma companhia.

Espero que tenha gostado do curso e que aplique os ensinamentos e técnicas

das apostilas em seus processos de seleção.

Não deixe de contatar-me caso tenha qualquer dúvida, comentário ou sugestão.

Atenciosamente

Professor Recrutamento e Seleção

Equipe Cursos 24 Horas.

Page 97: Recrutamento 2

94

Referências Bibliográficas

http://www.htmlstaff.org/xkurt/projetos/portaldoadmin/modules/news/index.php?storytopic=8 http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/recrutamento-interno/38813/ http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/recesel_recrutamentointerno.htm http://www.aliceramos.com/rh/0009.asp http://www.rh.com.br/Portal/Recrutamento_Selecao/Capa/ http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?ArtCat=5


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