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Apostila do Aluno
Projeto Timóteo
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Apostila preparada por
John Barry Dyer
Coordenador do Projeto
Dr. John Barry Dyer, PhD
Equipe Pedagógica
Marivete Zanoni Kunz
Tereza Jesus Medeiros
Claudeci Costa Nobre
Leonardo Araújo
Projeto Timóteo
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3
COMO DAR A RAZÃO DE SUA FÉ
1. AGNOSTICISMO: O que é; como refutá-lo 4
2. RACIONALISMO: O que é; como refutá-lo 8
3. ATEÍSMO: O que é; como refutá-lo 11
4. TEÍSMO: O que é; os argumentos teístas 15
5. AS LEIS NATURAIS E O SOBRENATURAL 19
6. A CONFIABILIDADE HISTÓRICA DO NOVO TESTAMENTO 24
7. A DIVINDADE E AUTORIDADE DE JESUS CRISTO 30
8. A INSPIRAÇÃO E AUTORIDADE DA BÍBLIA 34
Fonte: N. L. Geisler, Christian Apologetics.
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LIÇÃO
Texto temático: “O Verbo estava no
mundo, o mundo foi feito por
intermédio dele, mas o mundo não o
conheceu” (Jo 1.10).
Segundo o agnosticismo, não há possibilidade de conhecer a Deus ou
ter conhecimento de Deus.
O agnóstico não chega a negar a existência de Deus, ele simplesmente
nega a possibilidade de conhecê-Lo.
Agnosticismo tem sua base filosófica nos ensinos de Immanuel Kant e
David Hume do século 18.
Hume argumenta se não dá para quantificar ou estabelecer algo como fato ou
realidade, o mesmo não merece ser contemplado (David Hume, Investigação
Concernente ao Entendimento Humano). Ele afirma que todo conhecimento é
derivado dos sensos ou experiência humana, depois de ter passado pelo
raciocínio, para verificar se há conexões entre as diversas experiências, a fim
de fazer sentido delas.
Portanto para o agnóstico, não é possível estabelecer uma conexão entre as
coisas que existem e o Deus que as criou. Tais coisas são fora da competência
humana. Quer dizer, o ser humano não pode estabelecer a conexão entre a
existência do mundo e a existência de Deus.
Responder: Porque o filósofo Hume acha impossível conhecer a Deus?
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1 AGNOSTICISMO
I O QUE É AGNOSTICISMO?
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1. Frente ao agnóstico, é correto dizer que o ser humano não pode
conhecer a Deus totalmente, desde que todos nós somos finitos e de
conhecimento finito. O apóstolo Paulo ressalta este ponto: “Porque,
agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a
face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou
conhecido” (1 Co 13.12). É certo dizer que nós não podemos conhecer a
Deus, nem em parte, sem a ajuda de Deus, ou sem que ele se revele a
nós. O apóstolo João afirma: “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus
unigênito, que está no seio do Pai é quem o revelou” (Jo 1.18).
2. O agnóstico questiona o conceito de tempo. O mundo veio a existir no
tempo, ou antes que o tempo existia? Tratamos da inabilidade de
expressar determinadas coisas ou idéias, simplesmente porque a nossa
linguagem é inadequada para tal tarefa.
O infinito ou eterno não pode ser considerado como se fosse uma série
de tempos, cada um antecedendo o outro, segundo o agnosticismo. É
melhor dizer que a história e o próprio mundo começaram no iniciou do
tempo. Antes disso, existia somente a eternidade.
Para argumentar como o agnóstico que o tempo sempre existia é
problemático, porque nos leva a perguntar: “Quando começou o tempo,
e o que existia antes do tempo”? A regressão é infinita. Assim,
acabamos exatamente onde nós começamos e a pergunta não tem
resposta.
Há uma só resposta. Tudo que é finito (inclusive o tempo e espaço) tem
começo, e para começar precisa de uma causa pré-existente. Esta
causa é Deus.
Claro, o finito não pode compreender o infinito, nem aquele que é sujeito
ao tempo e espaço pode compreender o eterno. Contudo, a
ll COMO REFUTAR O AGNOSTICISMO
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impossibilidade de compreender o infinito e o eterno, digamos Deus, não
é o suficiente para negar que existe tal realidade. Ainda que seja fora do
âmbito do nosso conhecimento, é uma realidade existente.
3. O agnóstico argumenta a partir da necessidade de uma causa para
todas as coisas. É verdade que o finito tem causa responsável por sua
existência. Ele veio a existir em determinado momento, no tempo ou no
início do tempo. O infinito, entretanto, não tem causa, porque sempre
existiu, isto é, antes do tempo existir.
Responder: Quando e como começou a história do mundo? Conte nas
suas próprias palavras. Inclua na sua resposta algo sobre o tempo, a
eternidade, e Deus:
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Prosseguimos para perguntar se é possível conhecer este Deus? O agnóstico
argumenta que não é possível. O cristão responde que é possível, mas
somente mediante a auto-revelação de Deus. Por iniciativa própria, Deus
determinou se revelar a nós, através de sua obra na criação (ver Jó 40);
através de sua Palavra (a Lei e os profetas); e finalmente na pessoa de seu
Filho, Jesus Cristo (Hb 1.1).
Todo argumento filosófico é baseado em pressuposição ou dogmatismo,
exatamente o que o agnóstico se empenha para opor. Qualquer posição
III CONSIDERAÇÕES FINAIS
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filosófica requer uma atitude de fé, ou para crer, ou para não crer. Os
argumentos filosóficos fazem surgir perguntas em relação à fé cristã, mas não
conseguem apresentar uma resposta, apenas mais perguntas.
As respostas que cabem ao cristão utilizar, frente aos argumentos dos
incrédulos, são fundamentadas no raciocínio bíblico e na experiência cotidiana:
o Deus que é, por muitos, desconhecido, é aquele que se manifesta a nós à
medida que ele venha em busca dos perdidos e aos que estão longe dele (Lc
15.4). Só o Deus da Bíblia faz isso.
Responder: Como o crente pode conhecer a Deus?
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LIÇÃO
Texto temático: “...antes, santificai a
Cristo, como Senhor, em vosso coração,
estando sempre preparados para
responder a todo aquele que vos pedir
razão da esperança que há em vós...” (1 Pe
3.15).
O racionalismo é um ramo da filosofia que enfatiza a competência da
razão humana para conhecer a verdade.
Racionalismo enfatiza a mente como meio de conhecimento. O
racionalismo é diferente do empiricismo, o qual enfatiza a importância da
experiência mediada pelos sensos, para estabelecer a verdade.
Os principais expoentes do racionalismo do mundo antigo são Platão e
Aristóteles. Nos tempos modernos, os maiores expoentes são
Descartes, Spinoza e Leibniz. Do empiricismo, os grandes pensadores
são: Locke, Berkeley e Hume.
O racionalismo nega a necessidade da experiência como veículo de
conhecimento humano.
O papel da mente é elevado acima da experiência e independente da
experiência para adquirir conhecimento.
Responder: O que é o racionalismo? Como é diferente do empiricismo?
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2 RACIONALISMO
I O QUE É O RACIONALISMO?
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1. O racionalismo argumenta sobre a existência de Deus como também faz
o empiricismo, porém de pontos de vista diferentes. Aquele argumenta a
partir da idéia de um ser perfeito e necessário (o chamado argumento
ontológico). Por outro lado, o empiricismo apóia sua crença na
existência de Deus no argumento cosmológico, apontando para uma
causa além do mundo como explicação para a existência do mundo.
2. Para o racionalista, Deus existe porque ele é um ser necessário, que por
sua vez é suficiente para comprovar (pelo menos teoricamente) a
existência de tal ser.
Contudo, é uma coisa dizer que Deus existe necessariamente e outra
dizer que ele realmente existe. A crença que Deus existe não pode ser
estabelecida filosoficamente (pela razão humana só), nem a não
existência de Deus (como pretendemos demonstrar na próxima lição).
A prova da existência de Deus é sua auto-revelação, conforme a defesa
da fé apresentada na lição anterior deste módulo. Essa auto-revelação
de Deus apela à razão humana, bem como à experiência da atuação de
Deus em nossa vida diária (ver Êx 3. 1-22).
3. O racionalismo rejeita a revelação como veículo de conhecimento. Para
a fé cristã, tal postura é perigosa porque nega a confiabilidade de
revelação como meio de conhecimento sobre Deus. O cristão postula,
pelo contrário, que a revelação é a única maneira pela qual podemos
conhecer a Deus.
Portanto, o cristão rejeita o racionalismo e sua filosofia que afirma a
razão como autoridade única para obter conhecimento, inclusive o
conhecimento em relação a Deus, sua pessoa e seus desígnios.
“Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs
sutilezas, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;
porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade”
(Cl 2.8-9).
O racionalismo não desmente a existência de Deus, nem a possibilidade
de estabelecer a verdade de sua existência. Porém, como ramo de
II COMO REFUTAR O RACIONALISMO
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filosofia que enfatiza a razão humana, o Deus do racionalismo existe
apenas teoricamente, e não como realidade presente e atuante em
nosso dia-a-dia.
A existência de Deus não pode ser comprovada como proposição da
matemática. Deus não é apenas um ser necessário, mas um ser pessoal e
relacional. Quer dizer, ele não é um Deus teoricamente necessário, mas
presente e atuante na igreja e no mundo.
Para postular a existência de Deus com base na razão não pode gerar fé ou
compromisso, ou amor mediante um relacionamento pessoal com este Deus.
Ele acaba sendo um Deus que existe na mente, sem transformar o coração do
ser humano, para que o mesmo se alinhe com a vontade de Deus.
Portanto, o racionalismo é inadequado como meio de provar a existência de
Deus. O Deus do racionalismo é distante e desconectado da experiência
humana.
Responder: O racionalismo ensina que Deus existe, porém não é um Deus
pessoal, com qual nós podemos nos relacionar. Como você responderia a um
adepto do racionalismo?
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III CONSIDERAÇÕES FINAIS
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LIÇÃO
Texto temático: “Esmigalham-
se-me os ossos, quando os
meus adversários me
insultam, dizendo e dizendo:
‘O teu Deus, onde está?’” (Sl
42.10).
O ateísmo afirma que Deus não existe. Esta afirmação não implica que o
ateísta é contra a idéia de que Deus existe, ele simplesmente não aceita que
Deus existe. O conceito de Deus não tem lugar na sua maneira de pensar
(cosmovisão).
O ateísta é voltado para o humanismo. Neste ramo de filosofia, o ser humano é
o centro de tudo; ele não precisa de Deus e não se importa com Deus.
Os principais argumentos do ateísta são o seguinte:
1. O argumento de causalidade (Bertrand Russell).
Se tudo precisa de uma causa para existir, então Deus precisa.
Portanto, ele não é Deus. Se Deus não precisa de uma causa para
existir, o mundo também não precisa. Contudo, se o mundo não precisa
de uma causa, então não há Deus. Portanto, se tudo precisa de uma
causa, ou não precisa, não há Deus.
Se Deus causou sua própria existência, teria que existir e não existir
simultaneamente. E isto é impossível.
2. O argumento ontológico (Kant).
Um ser não pode existir necessariamente. Tal necessidade se aplica às
proposições (argumentos filosóficos do mundo de idéias), mas não à
3 ATEÍSMO
I O QUE É O ATEÍSMO?
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realidade propriamente dita. Desse modo, a existência de um Ser
necessário é impossível.
3. O argumento moral (Pierre Bayle).
O cristão tradicional afirma que Deus é poderoso e todo-poderoso.
Diante do problema do mal, o ateísta faz a seguinte acusação: Ou Deus
não é (se fosse, acabaria com o mal) ou Deus não é bondoso (tendo o
todo-poderoso poder, mas não a vontade de acabar com o mal).
O ateísta conclui que o Deus bondoso e todo-poderoso não existe.
4. O argumento baseado no livre arbítrio humano.
Paulo Sartre argumenta que o ser humano não pode ser totalmente livre
se Deus existe. Desde que ele limite o livre arbítrio, o ser humano não é
totalmente livre. Contudo, como argumenta Sartre, o ser humano é de
fato livre. Portanto, Deus não existe.
O argumento de Sartre nos leva a entender que o livre arbítrio do
homem e a soberania de Deus são mutuamente exclusivos. Tal
argumento tenta afirmar uma contradição entre o livre arbítrio e a
soberania de Deus. Esta posição dificilmente pode ser comprovada.
Podemos argumentar a partir de um paradoxo (duas realidades
evidentemente irreconciliáveis), porém não cabe dizer que existe uma
contradição inerente.
Responder: Por que os ateístas não aceitam que Deus existe? Cite exemplos
dos argumentos deles acima:
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Contrário ao argumento do ateísta, causalidade não exige uma
causa para a existência de Deus. Contudo, seres finitos precisam
de uma causa, enquanto um Ser infinito não precisa de tal causa.
Sobre o argumento ontológico, se afirmações sobre existência
não são necessárias, segue que afirmações de que Deus não
pode existir também não são necessárias. Contudo, se
afirmações negativas sobre a existência são válidas, tais como:
“Deus não pode existir”, segue que afirmações positivas podem
ser feitas, tais como: “Deus existe” (Norman Geisler, Christian
Apologetics).
O argumento moral de Pierre Bayle de que o mal não foi
derrotado e nunca será derrotado é equivocado. O cristão afirma
que o mal foi derrotado na Cruz e que será definitivamente
derrotado na segunda vinda de Cristo. De fato, o mal não elimina
a possibilidade da existência de Deus. Ao contrário, somente
Deus pode destruir o mal.
O livre arbítrio e a soberania de Deus não são mutuamente
exclusivos. O ser humano, como ser livre, é também responsável
diante daquele que lhe deu liberdade de escolher entre o bem e o
mal (Dt 30.15-20). Afinal, Deus é responsável pelo fato de que ao
ser humano foi dada a capacidade de escolher entre o bem e o
mal: “Os céus e a terra tomo hoje, por testemunhas contra ti, que
te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois,
a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (30.19).
Responder: Fazendo uso do material acima, qual defesa o crente pode fazer,
para refutar os argumentos dos ateístas, que Deus não existe?
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LIÇÃO
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Lição
Texto temático: “E a vida
eterna é esta: que te
conheçam a ti, o único Deus
verdadeiro, e a Jesus Cristo, a
quem enviaste” (Jo 17.3).
O teísmo é a crença num Deus pessoal, que é capaz de se fazer conhecido,
mediante a revelação sobrenatural.
O teista afirma a existência de um Ser eterno (o Deus da Bíblia) que não
precisa de uma causa para existir, que é a causa de todas as coisas que
existem (N. L. Geisler, Christian Apologetics).
1. Algumas coisas existem inegavelmente (por exemplo, eu não posso
negar a minha própria existência). É necessário existir para poder negar
a sua própria existência.
2. Minha não existência é possível. O fato de existir deve se encaixar em
uma das seguintes categorias: impossível, possível, ou necessário.
Desde que a minha existência não seja impossível, nem necessária,
segue que é possível que eu não exista. Assim, algo que tem a
possibilidade de não existir, deve ter uma causa que existe fora dele.
3. O Ser infinito e eterno é a causa de todas as coisas que existem. Este é
o Deus da Bíblia, aquele que disse a Moises: “EU SOU O QUE SOU”
(Êx 3.14). Este Deus tudo sabe. Ele é onisciente. O ser humano é finito
4 TEÍSMO
I O QUE É O TEÍSMO?
II OS ARGUMENTOS TEÍSTAS
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e seu conhecimento é parcial, conforme a declaração do apóstolo Paulo:
“Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então veremos
face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também
sou conhecido” (1 Co 13.12).
Tudo que o Deus da Bíblia é, ele é inteiramente. Portanto, a infinita e
necessária Causa de todo bem, deve ser infinitamente e necessariamente bom,
ver Tg 2.17. Esse Ser, infinitamente perfeito é apropriadamente chamado
“Deus”, e Aquele que merece nossa adoração (Geisler, Christian Apologetics).
Também a Causa de seres pessoais não pode ser menos do que pessoal: “Vós
sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, o meu servo a quem escolhi; para
que o saibais, e me creiais, e entendais que sou eu mesmo, e que antes de
mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o
Senhor, e fora de mim não há salvador” (Is 43.10-11).
Responder: O que você diria para alguém que deseja saber se Deus existe e
se importa conosco? Utilize os argumentos a favor da existência de Deus,
acima:
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III O DEUS DA BÍBLIA
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O Deus dos filósofos, abstrato, distante e impessoal, existe de realidade na
experiência de seres humanos. Pois ele é a razão da nossa existência no
mundo. Esse Deus é aquele de quem a Bíblia fala e que fala através da Bíblia.
O Deus da Bíblia é: eterno (Cl 1.16; Hb 1.2); imutável, pois não muda (Ml 3.6;
Hb 6.18); infinito (1 Rs 8.27; Is 66.1); amoroso (Jo 3.16; 1 Jo 4.16); todo-
poderoso (Hb 1.3; Mt 19.26).
Paulo, ao defender o evangelho perante os filósofos atenienses, fez a seguinte
declaração: “Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que
eu vos anuncio... pois nele vivemos e nos movemos, e existimos” (At 17.23b;
28a).
Nada pode explicar a nossa existência, senão uma causa da qual nós somos o
efeito. Uma causa finita precisaria de uma causa para existir, então a causa de
todas as coisas deve ser infinita. Se a causa de todas as coisas fosse finita
também precisaria de uma causa.
O altar construído em nome do deus desconhecido em Atenas afirma a
existência desse deus (ou deuses), da mesma forma que os que dizem que
Deus não pode ser conhecido, afirma a sua existência na mesma declaração.
Que ele não pode ser conhecido é a conclusão do agnóstico.
Que ele não existe é a conclusão do ateísta, mas seus argumentos são
baseados em pressuposições. Dizer como ele diz, que falar sobre Deus é fútil,
não faz sentido, desde que a declaração trate de Deus.
O cristão regenerado é fruto da obra de Deus. Ele crê que Deus existe porque
esse Deus entrou na sua vida e a transformou. Sua convicção de que Deus
existe é baseada na atuação de Deus em sua vida. Ninguém que crê em Deus
faz assim por conta própria, mas porque Deus mudou a sua maneira de pensar
sobre Deus.
“O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.
Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde
quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é
todo o que é nascido do Espírito” (Jo 3.6-8). De fato, a fé vem de Deus (Ef 2.8).
Nós somos testemunhas dele e prova de sua existência.
IV O DEUS DOS FILÓSOFOS E O DEUS DA BÍBLIA
V CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Responder: Como você (como crente) explicaria a existência do universo, para
alguém que acredita na teoria da evolução?
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LIÇÃO
Texto temático: “Na verdade, fez Jesus
diante dos discípulos muitos outros sinais
que não estão escritos neste livro. Estes,
porém, foram registrados para que creiais
que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e
para que, crendo, tenhais vida em seu
nome” (Jo 20. 30-31).
A apologética cristã (a defesa da fé cristã) se centraliza na afirmação da
encarnação histórica de Deus na pessoa de Jesus de Nazaré.
Se Deus existe como o cristão afirma, e se este Deus está envolvido com a
vida de seres humanos, segue que milagres podem acontecer.
As objeções dos filósofos se baseiam no argumento de que milagres militam
contra as leis da natureza. O principal argumento contra a possibilidade de
milagres é proferido pelo filósofo inglês, David Hume.
Para Hume, a “prova” de que um fenômeno é verdadeiro reside no seu grau de
probabilidade. Se algo acontece com freqüência e sem exceção, existe a
certeza de que acontece naturalmente. Quer dizer, acontece de acordo com as
leis da natureza.
Portanto, conforme seu raciocínio filosófico, Hume argumenta contra a
confiabilidade de milagres pelos seguintes motivos:
1. Um milagre, por definição, é uma violação (ou exceção) das leis da
natureza.
2. As leis da natureza são construídas sobre o mais alto grau de
probabilidade.
5 AS LEIS NATURAIS E O SOBRENATURAL
I ARGUMENTOS PRO E CONTRA OS MILAGRES
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3. Assim, segue que o milagre, por definição (como exceção) é baseado no
mais baixo grau de possibilidade.
4. A pessoa sábia deveria sempre basear sua fé no grau mais alto de
probabilidade.
5. Portanto, a pessoa sábia nunca deveria crer em milagres.
Os argumentos de Hume, segundo Geisler, são em parte questionáveis. O
teista concordaria com Hume que um milagre é uma exceção à regra ou lei
convencional. Assim, o teista concorda com Hume que os eventos naturais são
baseados em alto grau de probabilidade, e milagres em alto grau de
excepcionalidade.
Contudo, o teista não pode aceitar o argumento de Hume que a pessoa sábia
não deveria crer em acontecimentos que são exceções às leis da natureza. Se
milagres não fossem exceções às leis da natureza, não seriam milagres.
Outra coisa, não é convincente dizer que as leis da natureza fazem parte de
um sistema fechado. Deus, o Senhor da natureza, pode atuar dentro do
processo natural para produzir um resultado miraculoso que não pode ser
entendido em termos somente naturais.
A probabilidade matemática não pode excluir a possibilidade de que algo vai
acontecer. A probabilidade de jogar três dados de seis de uma vez é 1:216.
Entretanto, uma pessoa poderia jogar os três de seis na sua primeira jogada.
Responder: Quais os argumentos de Hume contra os milagres, e como você
responderia a ele?
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Falando de eventos naturais (porém raros ou extraordinários) pode se explicar
como estes aconteceram, sem explicar ‘por que’ aconteceram ou por que
aconteceram ‘quando’ aconteceram (Geisler, Christian Apologetics). Este tipo
de milagre pede uma comparação entre ‘coincidência’ e ‘providência’. Com
este tipo de milagre, há uma explicação natural, contudo, dá para perceber um
elemento do milagroso. O apóstolo Paulo afirma: “Sabemos que todas as
coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).
É necessário estabelecer a possibilidade de um mundo sobrenatural além do
mundo natural. Para um milagre acontecer seria necessária a intervenção no
processo natural da parte de um Ser fora deste processo. Tal possibilidade é
real e explica a existência da própria natureza.
Um evento natural é algo que acontece repetidamente e de maneira
geralmente previsível. Um evento sobrenatural ou milagre não é assim e não
tem explicação segundo as leis da natureza.
Para o teista, Deus opera tanto no mundo natural como no sobrenatural. O sol
se levanta cada dia pela manhã e se deita no fim do dia. A Bíblia atribui as leis
da natureza à mão sustentadora de Deus: “Este (Jesus Cristo) é a imagem do
Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas
as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis, sejam tronos, sejam
soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e
para ele” (Cl 1.15-16).
Deus não age contra as leis da natureza, porém como “tudo foi criado por meio
dele e para ele”, ele pode operar através da natureza de maneiras diferentes:
previsível e imprevisível. Portanto, ele pode acalmar o vento sobre o mar da
Galiléia, como o que agitou o Canal da Mancha, durante a Segunda Guerra
Mundial, favorecendo a liberação das forças aliadas, isoladas nas praias da
Normandia. Da mesma forma Deus fez o sol parar no seu curso celestial por
quase um dia inteiro, nos tempos de Josué (Js 10.13).
Tal possibilidade é compatível com o entendimento científico dos nossos
tempos de que o universo é um sistema aberto e não fechado de leis imutáveis
(Geisler, Christian Apologetics).
II A DEFESA CRISTÃ DE MILAGRES
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Responder: Como você explicaria a um incrédulo, os milagres que Deus
operou na Bíblia?
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Para verificar um milagre, deveria ter um significado teológico. Milagres
glorificam a Deus e geram fé nele: “Com este, deu Jesus princípio a seus sinais
em Canã da Galiléia; manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele”
(Jo 2.11). Os milagres de Jesus foram operados para dar evidência da
presença do reino de Deus no mundo e como atos de compaixão a favor dos
enfermos e dos oprimidos pelas forças do mal.
Norman Geisler chama a atenção para acontecimentos que parecem
milagrosos, mas que tem sua origem nos principados que se opõem a vontade
de Deus e operam em nome do Maligno: “Porque surgirão falsos cristos e
falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível,
os próprios eleitos” (Mt 24.24).
Tais sinais não tratam da verdade, mas do erro; eles não contribuem para o
bem, mas para o mal; eles não encorajariam conduta em conformidade com a
vontade de Deus, mas aquela que milita contra a vontade de Deus; eles não
contribuiriam para os propósitos de Deus, mas para destruí-los; eles não
glorificariam a Deus, mas engrandeceriam as forças do mal (Geisler, Christian
Apologetics).
III VERIFICANDO OS MILAGRES
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Responder: Quais os procedimentos que você adotaria para verificar os
milagres operados por Deus e como são diferentes estes dos que são
operados pelo Satanás?
Os milagres de Jesus merecem confiança porque foram vistos por testemunhas
oculares. Embora existam diferenças nos detalhes das narrativas, todas elas
apontam para o fato de que milagres foram operados por Jesus. E o maior
deles foi o milagre de sua ressurreição dentre os mortos. Sobre isto não resta
dúvida da parte das testemunhas oculares, nem da parte daqueles milhares
que o seguiam desde então, até os nossos dias.
Responder: Alguém te pergunta: “Por que os milagres de Jesus merecem
confiança”? O que diria a ele?
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IV CONSIDERAÇÕES FINAIS
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LIÇÃO
Texto temático: “... me pareceu bem,
depois de acurada investigação de
tudo desde sua origem, dar-te por
escrito, excelentíssimo Teófilo, uma
exposição em ordem” (Lc 1.3).
A mensagem do Novo Testamento é o alicerce da fé cristã. A Bíblia afirma que
“O Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). Acima de tudo, a fé cristã
se estabelece no fato de que Deus entrou na nossa história na pessoa de
Jesus Cristo.
A tarefa da apologética cristã é argumentar convincentemente sobre a validade
dos fatos históricos contidos no Novo Testamento, especialmente os que
tratam da vida, ensinos, morte e ressurreição de Jesus. Esta é a nossa tarefa
nesta lição.
Os manuscritos dos copistas são a matéria prima da nossa investigação, e
para a defesa do Novo Testamento, como recebido dos nossos antepassados.
Os copistas copiaram a partir dos documentos originais, contudo, estes não
existem mais. Os manuscritos a nossa disposição são cópias dos originais e
foram feitas nos primeiros séculos da era cristã. Os originais foram escritos
entre 50 e 100 dC. Porém, as cópias foram feitas no período de 130 a 550 dC.
Entre estes são os chamados Codex Vaticanus (325-350 dC), o Codex
Sinaíticus (340 dC), e Codex Alexandrinus (450 dC). A palavra “Codex”
6 A CONFIABILIDADE HISTÓRICA DO NOVO TESTAMENTO
I CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
II OS DOCUMENTOS DO NOVO TESTAMENTO
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significa “livro”, e o nome que o acompanha é o do lugar onde o manuscrito foi
descoberto (Codex Sinaíticus, num mosteiro, no Monte Sinai), onde originou
(Codex Alexandrinus, em Alexandria), ou onde se encontra hoje (Codex
Vaticanus, no Vaticano).
Comparado com outros textos do mundo da antigüidade, os manuscritos do
Novo Testamento são bem mais antigos e, portanto, maior confiança. O fato de
que o número de manuscritos do Novo Testamento é significativamente
superior aos outros textos da antigüidade, lhes atribui um grau de precisão
superior também.
Os cristãos dos primeiros dois séculos eram testemunhas pessoais e conhecia
a Jesus ou diretamente ou indiretamente. Por exemplo, Irineu (terceira geração
de discípulos) conhecia Policarpo (segunda geração de discípulos), e Policarpo
conhecia a João, o apóstolo, (primeira geração de discípulos), e João conhecia
a Jesus.
A princípio, os ensinos de Jesus e o relato de seus milagres foram transmitidos
pela palavra oralmente. Isto é a tradição oral. Alguns teólogos, por exemplo,
Bultmann, desafiam a confiabilidade desta forma de transmissão, acusando
distorções inevitáveis. Contudo, para os judeus dos tempos de Jesus, a
transmissão oral foi a base da metodologia pedagógica. A aprendizagem foi
realizada por meio de repetição e memorização. A transmissão do evangelho
de pais para filhos teria seguido a mesma forma de comunicação, a qual fez
parte do cotidiano do povo judeu.
Desde que os documentos originais foram escritos durante a vida das
testemunhas oculares ou dentro de uma geração distante dessas testemunhas,
atribui peso considerável à autenticidade dos relatos originais.
Responder: Por que são historicamente confiáveis, os manuscritos que
servem de fontes primárias para nosso Novo Testamento?
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A autoria do Evangelho de João foi aceita pelos Pais da Igreja e estudiosos dos
nossos tempos. Da mesma forma, hoje, os evangelhos sinóticos e a maioria
das cartas de Paulo, com exceção das Cartas Pastorais, são atribuídas ao
apóstolo. Embora Paulo não fosse testemunha ocular da vida, morte e
ressurreição de Jesus, ele foi contemporâneo de muitas delas (ver Gl 1.18-19;
2.9; 1 Co 9.5).
Há cinco fontes confiáveis da vida de Cristo: O apóstolo Paulo, contemporâneo
das testemunhas oculares, cujas cartas foram escritas entre 50 e 60 dC. Estas
tratam da vida e mensagem de Jesus; Lucas, companheiro de Paulo, que
utilizou documentos e relatos de testemunhas oculares para escrever a mais
completa biografia de Jesus, e uma história da igreja primitiva até anos 60—62
dC. Marcos (João Marcos, filho de Maria que recebeu Jesus e seus discípulos
em sua casa para a celebração da Páscoa na véspera da crucificação),
escreveu entre 50-60 dC.; Mateus fez uso do material de Marcos e outra fonte
anônima conhecida simplesmente pela letra ‘Q’, mais outros detalhes
particulares a ele. E João, testemunha ocular, que escreveu provavelmente na
década de noventa do primeiro século.
Portanto, os documentos originais, que são base dos manuscritos (cópias), que
por sua vez, são as fontes do nosso Novo Testamento, merecem a nossa
confiança.
O valor do testemunho ocular depende de vários fatores. Vamos enumerar
esses fatores em relação ao testemunho do Novo Testamento.
1. O número de testemunhas oculares.
III OS ESCRITORES DO NOVO TESTAMENTO
IV AS TESTEMUNHAS OCULARES
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Os Doze deram testemunho dos eventos relacionados ao ministério de
Jesus. Eles passaram três anos com ele. Dentre eles, Pedro, João e
Mateus ou escreveram ou supervisionaram os relatos de três dos quatro
evangelhos.
Lucas e Paulo contribuíram com relatos baseados em documentos e o
testemunho de testemunhas oculares. De acordo com os escritores, a
morte de Jesus foi presenciada pela mãe dele e o amado discípulo
(João). Depois de sua ressurreição, Jesus foi visto pelos discípulos
numerosas vezes durante 40 dias, em Jerusalém ou na Galiléia.
Também mais de 500 pessoas o viram segundo Paulo (1 Co 15.6).
2. A qualidade do testemunho ocular.
Até que ponto é possível confiar no testemunho dos que presenciaram
os eventos e acontecimentos concernentes à vida, ministério, morte e
ressurreição de Jesus? Alguns estudiosos acusam divergências entre os
relatos tratando dos mesmos eventos, como motivo para desconfiar da
precisão histórica dos relatos que chegaram até nós.
Na verdade, as divergências refletem a independência das testemunhas.
Cada delas contou a história de seu ponto de vista e selecionou detalhes
dos eventos conforme seu propósito particular. O importante é que não
existem contradições fundamentais entre os relatos das testemunhas.
Por exemplo, nas diferentes abordagens sobre a ressurreição, o fato
central da ressurreição está presente em cada abordagem.
Outro fato que aumenta o peso do testemunho ocular é a relutância
inicial dos discípulos em acreditar na palavra das mulheres a respeito da
ressurreição (Lc 24.11). Também a incredulidade de Tomé (Jo 20.24-25)
ressalta a naturalidade do relato. Outra coisa é a autenticidade da
conduta dos dois discípulos, Pedro e João, ao chegar ao túmulo (Jo
20.3-8). A mesma reflete o temperamento dos dois e está coerente com
o perfil deles, construído ao longo dos três anos do ministério de Jesus.
Finalmente, o martírio da maioria dos apóstolos acrescenta peso à
veracidade de seu testemunho. Como Ladd e Geisler alegaram, é
possível que alguém desse a sua vida por uma causa verdadeira;
porém, dificilmente o faria por uma mentira.
Responder: Os escritores do Novo Testamento foram competentes para
preservar e transmitir, com precisão, detalhes sobre a vida, morte e
ressurreição de Jesus? Justifique sua resposta.
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A história secular (as obras de Josefus, Tácito, Plinio o Jovem, entre outros),
afirma os principais eventos da vida de Jesus e seus seguidores: Jesus foi
crucificado quando Pilatos era governador da Palestina; seus discípulos
testemunharam sua ressurreição; os líderes religiosos judaicos acusaram
Jesus de praticar as obras do Diabo; o cristianismo espalhou-se de Jerusalém
até Roma; o imperador Nero e outros oficiais romanos perseguiram a igreja e
mataram os primeiros cristãos; os cristãos negaram o politeísmo e viviam de
acordo com os ensinos de Jesus, prestando culto unicamente a ele.
A evidência arqueológica é também convincente. Tomando Lucas como
exemplo, os nomes de personagens e lugares (Jo 9.7), títulos de oficiais
romanos, e questões de cronologia (At 18.12-17) são comprovados pelas
descobertas arqueológicas. É importante acrescentar que um dos maiores
arqueólogos de todos os tempos (William Ramsay), foi persuadido pelo peso
da evidência arqueológica.
Há forte apoio para estabelecer a historicidade do Novo Testamento pelos
seguintes motivos: (1) A qualidade das fontes primárias (os
manuscritos/cópias dos documentos originais); (2) A autenticidade das
testemunhas oculares; (3) A evidência literária externa; (4) As descobertas
arqueológicas. Todos esses elementos constituem a base da nossa
convicção de que o Novo Testamento é um livro historicamente confiável.
Responder: Você acha importantes as descobertas arqueológicas e a história
secular da antigüidade, para comprovar os fatos e eventos registrados no Novo
Testamento? Por quê?
V A EVIDÊNCIA ARQUEOLÓGICA E DA HISTÓRIA SECULAR
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LIÇÃO
Texto temático: “Este é a imagem do Deus
invisível, o primogênito de toda a criação;
pois, nele, foram criadas todas as coisas,
nos céus e sobre a terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias,
quer principados, quer potestades. Tudo
foi criado por meio dele e para ele. Ele é
antes de todas as coisas. Nele, tudo
subsiste” (Cl 1.15-17).
Primeiro, nesta lição, examinaremos as afirmações de Jesus em relação à sua
origem e natureza. Em segundo lugar, veremos o que os seus seguidores mais
próximos disseram sobre sua natureza divina.
Os judeus eram monoteístas e naturalmente se opuseram à idéia de que outro
igual a Jeová pudesse existir. A Bíblia dos judeus (o nosso Velho Testamento)
afirma que há um só Deus e a ele só deveria ser oferecido adoração (Is 42.8;
44.6; 45.22-23).
Jesus se fez igual a Deus: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem
sobre a terra autoridade para perdoar pecados” (Mt 9.6a). Como foi bem
entendido por todos, especialmente os escribas e os fariseus, somente Deus
pode perdoar pecados (Lc 5.20-21). Talvez, a declaração mais aberta de Jesus
sobre a sua divindade é esta: Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade, em
verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU” (Jo 8.58). Esta
declaração nos faz lembrar as palavras de Jeová a Moisés: ‘Disse Deus a
7 A DIVINDADE E AUTORIDADE DE JESUS CRISTO
I CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
II A AUTOCOMPREENSÃO DE JESUS SOBRE SUA DIVINDADE
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Moises: “EU SOU O QUE SOU”. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel:
EU SOU me enviou a vós outros”’ (ver Êx 3.14).
Outras vezes, Jesus se declarou igual a Deus: “Eu sou a luz do mundo” (Jo
8.12); “Eu sou o bom pastor” (Jo 10.11); e com tom distintivamente messiânico:
“Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e
vindo com as nuvens do céu” (Mc 14.62).
A linguagem de Jesus aponta para sua autocompreensão divina. Apesar de
não se igualar a Deus explicitamente, por associação tudo indica que para ele
“Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30).
A autoridade de Jesus é estritamente vinculada com sua divindade: “Toda a
autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). A autoridade de Jesus foi
declarada também na sua maneira de ensinar (Mt 7.29); no seu agir sobre a
natureza (Mt 14.32-33); no seu relacionamento com o Pai (Mt 17.5). A natureza
testifica; a palavra testifica; o Pai testifica. E destes, os discípulos testificam e
escrevem.
Contudo, a declaração mais direta da parte dos discípulos é a de Tomé:
“Senhor meu e Deus meu” (Jo 20.28). O apóstolo Paulo é inequívoco quando
escreveu aos Colossenses: “Nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da
Divindade” (Cl 2.9).
João, no prólogo do Quarto Evangelho, declara: “No princípio era o Verbo e o
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). O apóstolo reflete e se
pronuncia: Jesus existia eternamente com Deus, compartilhando a natureza
dele. Para João, Jesus era Deus encarnado.
Na lição anterior, estabelecemos a confiabilidade histórica do Novo
Testamento. Isto é a base histórica para estabelecer a verdade sobre a pessoa
de Jesus. O testemunho dos seus seguidores aponta para a natureza divina
dele, como também a autocompreensão do próprio Jesus.
Acrescentamos aqui as seguintes palavras de Jesus: “O Pai é maior do que eu”
(Jo 14.28). É importante entender que Jesus estava se referindo ao ofício ou
função do Filho e sua subordinação ao Pai como cabeça (ver 1 Co 11.3;15.28).
Contudo, tal subordinação não afeta a natureza essencial do Filho, que é a
mesma do Pai.
III O TESTEMUNHO DOS DISCÍPULOS DA DIVINDADE DE JESUS
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O Pai também testifica da filiação divina de Jesus: ‘E eis uma voz dos céus,
que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”’ (Mt 3.17).
As testemunhas da divindade de Jesus podem ser resumidas assim:
1. O próprio Jesus
2. Os discípulos de Jesus
3. O Pai
Quer dizer, há um tríplice testemunho: os céus e a terra testificam, e Jesus
testifica que ele é Deus, nas suas palavras e ações.
Responder: Fazendo uso do material acima, explica como Jesus é Deus.
Quais são as principais testemunhas desta verdade?
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1. Jesus é o cumprimento das profecias sobre o Messias (Mt 1.22-23;
2.23; 4.12-17).
2. Ele não pecou (Hb 4.15).
3. Ele operou milagres em nome do Pai (Jo 10.25b).
4. Ele ressuscitou de entre os mortos (Mc 16.5-6).
IV CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Jesus não tinha igual entre os homens e não há outro igual ao nosso Deus.
Portanto, concluímos que Jesus representava a humanidade na sua perfeição,
e Deus na sua plenitude.
Responder: Os quatro fatos acima são os pilares que sustentam a nossa
proclamação do evangelho. Pense bem e depois coloque cada fato em ordem
de importância:
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LIÇÃO
Texto temático: “Lâmpada para os
meus pés é a tua palavra e, luz para
os meus caminhos” (Sl 119.105).
A confiabilidade histórica da Bíblia foi comprovada na Lição 6. Como
representação dos fatos, eventos e acontecimentos, é realmente confiável. Os
personagens existiam e os fatos aconteceram de acordo com o relato fiel dos
apóstolos.
Agora, nós investigaremos outro aspecto da Bíblia; sua autoridade como sendo
inspirada por Deus. Como livro histórico, a Bíblia registra determinados
acontecimentos e a vida dos personagens responsáveis por, ou envolvidos
nesses acontecimentos. Como livro histórico, a Bíblia não somente registra a
atividade de determinados personagens e os acontecimentos daquele período
da história, mas também interpreta esses acontecimentos e a vida dos
personagens, para determinar seu significado nessa história.
Estaremos agora focalizando a natureza da Bíblia, sua inspiração divina e suas
qualificações para ser reconhecida como a Palavra de Deus.
1. Os profetas
2. O salmista
3. Os apóstolos
4. Jesus Cristo
8 A INSPIRAÇÃO E AUTORIDADE DA BÍBLIA
I CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
II AS QUATRO TESTEMUNHAS
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A Bíblia é a Palavra de Deus que cumpre a vontade de Deus por onde for
semeada:
“Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não
tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam
brotar, para dar semente ao semeador e pão a que come, assim será a
palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o
que me apraz e prosperará naquilo para que a designei” (Is 55.10-11).
Os profetas afirmaram a autoridade da Bíblia:
Freqüentemente terminaram suas profecias dizendo: “Assim o disse o Senhor”.
Também “A boca do Senhor o disse” (Is 58.14).
O salmista (19.7) afirma que a Lei é do Senhor: é proveitosa para aqueles
que a obedecem. O salmista declara que a autoridade da Bíblia vem dos céus:
“Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu” (119.89).
Os apóstolos declaram: a Bíblia é inspirada por Deus e serve para edificar o
povo de Deus.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Tm 3.16).
“Nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação. Porque
nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana;
entretanto, homens (santos) falaram da parte de Deus movidos pelo
Espírito Santo” (2 Pe 1.20-21).
Paulo se refere aos “oráculos de Deus”, sabedoria e conselhos que procedem
da boca de Deus (Rm 3.2).
Jesus testifica da autoridade das Escrituras: elas apontam para o Cristo.
Ele se refere ao Velho Testamento e às profecias sobre sua vinda há séculos
antes de acontecerem. Os seguintes textos são as principais referências à
vinda do Cristo (Gn 3.15; Is 7.14; 9.6-7; 53.1-12; Mq 5.2; Zc 9.9).
A Bíblia é divinamente inspirada, porque trata de eventos que antes eram do
exclusivo conhecimento de Deus:
Jesus é conhecedor das profecias e declara o cumprimento delas:
“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são
elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5.39).
Jesus testifica outra vez da autoridade das Escrituras:
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“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar,
vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra
passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra”
(Mt 5.17-18).
Jesus ressalva a autoridade da Bíblia porque fala dele e será cumprida
nele. Mais uma vez, a Bíblia aponta para Cristo, e assim recebe autoridade
dele. O Velho Testamento é composto da Lei, dos Profetas e dos Escritos.
Para Jesus, toda parte das Escrituras tem o mesmo peso e a mesma
autoridade (Lc 24.44).
“E começando por Moises, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes
o que a seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lc 24.27).
Jesus citou extensivamente o Velho Testamento e mostrou que ele aceitou
a precisão histórica e valor teológico do mesmo. Alguns exemplos são:
Gênesis (Mt 19.4-5); Êxodo (Jo 6.31); Levítico (Mt 8.4); Números (Jo 3.14);
Deuteronômio (Mt 4.4) entre outros, tais como:
O dilúvio (Lc 17.27); Jonas e o grande peixe (Mt 12.40); os milagres de Elias
(Lc 4.25); e os milagres de Moisés (Jo 3.14; 6.32).
Jesus confirmou o Velho Testamento e suas predições acuradas sobre sua
vida, morte e ressurreição:
“Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre
os mortos no terceiro dia” (Lc 24.46).
A Bíblia é a Palavra de Deus. Escrita por homens inspirados por Deus, a Bíblia
é revestida de autoridade divina. Consequentemente, é único entre os livros.
Através da Bíblia, Deus fala e se revela a nós. Através de suas páginas, nós
nos tornamos cientes dos desígnios de Deus, ocultos desde a eternidade (1 Co
2.7). A revelação divina é progressiva: Lei, Profetas, Jesus Cristo (Hb 1.1-2).
Junto com Jesus Cristo, a Bíblia faz parte da chamada revelação especial de
Deus. E a revelação especial nos proporciona conhecimento de Deus, de outra
forma inacessível à mente e coração humano.
III CONSIDERAÇÕES FINAIS
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“Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim
vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a
designei” (Is 55.10-11).
A Bíblia transforma vidas e circunstâncias, assim cumprindo a vontade
de Deus, porque ela é a Palavra de Deus. Fazendo uso do conteúdo
desta lição, comente como a Bíblia é diferente de qualquer outro livro já
escrito.
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IV EXERCÍCIO FINAL