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ESCOLA ESTADUAL DR. RUBEM FLEURY DA ROCHA ENSINO FUNDAMENTAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2013
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IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO A Escola Estadual Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino Fundamental, situa-
se à Rua Francisco Pires da Rocha, n.º 574, no Bairro Bonsucesso, na cidade de
Guarapuava, Estado do Paraná, o telefone para contato é 3624-3928, endereço eletrônico
[email protected] ou [email protected] e a página na internet é
www.grprubem.seed.pr.gov.br.
É mantido pelo Governo do Estado do Paraná e segue as normas
administrativas e pedagógicas emanadas pela Secretaria de Estado da Educação.
A autorização de funcionamento do estabelecimento de ensino sob
resolução de nº 4986/1992 publicado no diário oficial em 12/01/1993 e Renovação de
Reconhecimento Resolução nº 3504 de 02/07/2007 com validade até 10/08/2012, sendo
necessário sua renovação a cada cinco anos.
Histórico da Instituição
Fundada em 1965, com nome de GRUPO ESCOLAR BONSUCESSO,
localizava-se na Avenida Nereu Ramos, Bairro Bonsucesso. Em 1º de abril de 1968 foi
criada oficialmente pelo DECRETO n.º 9.569, com nome de GRUPO ESCOLAR Dr.
RUBEM FLEURY DA ROCHA. Em 1972 passou a fazer parte do complexo “Tupy
Pinheiro” unidade do Complexo de Guarapuava, sendo o plano de implantação do Ensino
de 1º grau aprovado pelo parecer 132/73. No ano de 1976 passou a fazer parte do
Complexo Guarapuava com a designação de escola Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino
de 1º grau.
O prédio que se localizava na Avenida Nereu Ramos foi totalmente destruído
por um incêndio no dia 29 de setembro de 1975, assim como toda a sua documentação.
Consequentemente, os alunos passaram a terminar o ano letivo em escolas próximas
(Escola do 5º DR e Escola Municipal Abílio Fabriciano de Oliveira). Após o ocorrido, o
ensino de 1ª à 4ª séries passou a funcionar num prédio construído em convênio com a
Prefeitura e FUNDEPAR sito à rua Professora Leonídia s/n esquina com o Coronel
Lustosa.
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No ano letivo de 1977, a FUNDEPAR construiu um novo prédio que foi
entregue à comunidade neste mesmo ano, funcionando com turmas de 1ª à 4ª séries,
situado à Rua Francisco Pires da Rocha, n.º 574.
Em 1988, a escola participou da implantação (em regime experimental) do
Ciclo Básico de Alfabetização – Continuum 02 anos, e em maio de 1995, pelo Parecer
26/95 foi implantado o Ciclo Básico de Alfabetização – Continuum 04 anos.
Em 1993 foi autorizado o funcionamento de 5ª a 8ª séries do 1º grau no
período diurno, de forma gradativa, e, pelo Parecer 399/93 foi aprovado o Plano
Curricular. Logo após, em 1995, foi autorizado o ensino de 5ª a 8ª séries do período
noturno, com implantação simultânea. Desta forma em 28/12/96 de acordo com a
RESOLUÇÃO 4.515/96, fica reconhecido o curso de 1° Grau Regular.
Também em 1996, com a municipalização do ensino, as atividades
referentes a 1ª à 4ª séries foram cessadas através da Resolução 4.600/96, publicado em
Diário Oficial do Estado do Paraná n.º 4915 de 03/01/97. Estas atividades foram
absorvidas pela Escola Municipal Professora Benedita do Santos – Ensino de 1º Grau,
criada pelo Decreto 142/96 e que compartilha as mesmas instalações do Colégio Estadual
Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino Fundamental e Médio. A partir de 1997 é que se
iniciam as atividades acima descritas.
A partir do 1º semestre de 1999, e através da Resolução 951/99, foi
autorizado o funcionamento do Ensino Médio – Educação de Jovens e Adultos, com
implantação gradativa. Em decorrência desta resolução, a escola passou a denominar-se
Colégio Estadual Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino Fundamental e Médio. A
Resolução acima foi publicada no Diário Oficial n.º 5453 de 12/03/99. O Parecer 0146/98
do NRE de Guarapuava aprovou o Plano Curricular do Curso Supletivo Função Suplência
– Educação Geral – Fase III.
No ano de 2005, no segundo semestre, ocorreu a cessação gradativa de
oferta do Ensino Médio – EJA, por motivos de Política Pública Estadual. Portanto, no ano
de 2007 não houve oferta para essa modalidade de ensino.
Já foi efetuado o processo para renovação da autorização de funcionamento
do instituição, conforme resolução 3504/07 DOE 02/10/07 e a alteração da nomenclatura,
tendo em vista apenas a oferta do ensino fundamental, segue norma da resolução
3939/07 DOE 06/11/07, passando a denominar-se ESCOLA ESTADUAL DR. RUBEM
FLEURY DA ROCHA – ENSINO FUNDAMENTAL.
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Histórico Do Patrono
Dr. Rubem Fleury da Rocha nasceu em Ouro Preto, Estado de Minas
Gerais, a 15 de julho de 1896. Era filho do Dr. Domingos José Rocha e de D. Maria
Augusta Fleury da Rocha. Iniciou seus estudos primário e secundário na cidade de seu
nascimento. Em 1917 matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde
concluiu o curso médico no ano de 1922.
No ano de 1919 foi nomeado, pelo diretor de Saúde Pública do Rio de
Janeiro, auxiliar acadêmico do Inspetor Sanitário do Porto da Capital Federal, havendo
permanecido no cargo, até a conclusão do curso médico.
Mais tarde passou a integrar o quadro dos internos da Santa Casa de
Misericórdia da Capital Federal, com serviço clínico na equipe do Professor Miguel Couto.
Em 1923 foi nomeado pelo Ministro do Interior e Justiça Médico Sanitário
Marítimo.
Em 1928 transferiu sua residência para o Estado do Paraná, iniciando clínica
médica na cidade de Prudentópolis, em cujo cargo permaneceu por sete anos.
A seguir, convidado pela diretoria do Hospital São Vicente de Paulo da
cidade de Guarapuava, assumiu as funções de diretor clínico daquela Casa de Caridade.
Por decreto do Sr. Interventor Manoel Ribas foi nomeado diretor do Posto de
Higiene, cujo cargo pediu exoneração em fins do ano de 1941.
Em 1947 desempenhou o mandato de vereador à Câmara Municipal de
Guarapuava e no Pleito Eleitoral de 03 de outubro de 1950, foi eleito deputado à
Assembleia Legislativa Estadual.
Em Guarapuava o Dr. Rubem Fleury da Rocha formou círculo enorme de
amigos e admiradores de todas as camadas sociais, mercê de seu elevado espírito de
dedicação e altruísmo para com todos os que dependeram de seus serviços profissionais,
não olhando para o lado financeiro.
O cargo de Diretor Clínico do Hospital São Vicente de Paulo ele exerceu
com abnegação e carinho, por muitos anos, o qual muito prosperou em sua
administração.
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Transferindo residência por motivos de saúde para Curitiba, aonde veio a
falecer em 02 de julho de 1963.
Era casado com D. Vitalina Maria Fleury da Rocha com quem teve uma filha,
D. Maria Lúcia Fleury da Rocha.
NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS
A Escola Estadual Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino Fundamental, oferta
o Ensino Fundamental, (6º ao 9º ano) Regular nos períodos manhã e tarde deste o ano de
2012, em atendimento à Deliberação 03/2006 – CEE/CEB e Instrução 008/2011 –
SUED/SEED, a implantação simultânea do Ensino Fundamental de nove anos, do 6º ao
9º ano, tornando extintas as séries.
No período da manhã são ofertados 7º, 8º e 9º anos, a faixa etária destes
alunos está entre 12 a 16 anos. O horário de entrada das aulas é às 7:30 h e a saída se
dá às 11:55 h. As aulas têm duração de 50 minutos, intercaladas com recreio de 15
minutos após a 3ª aula.
No período da tarde, onde são ofertados 6º e 7º anos, a entrada das aulas é
às 13 h e a saída às 17:25 h, também com intervalo de 15 minutos após a 3ª aula e as
aulas também são de 50 minutos. Para os alunos de 6º e 7º anos a faixa etária varia dos
10 aos 15 anos. Nos turnos da manhã e da tarde são ministradas cinco aulas diárias.
A escola conta com 12 turmas, sendo 07 no período da manhã e 05 no
período da tarde. Estão matriculados na escola 442 alunos. São 27 professores, 3
pedagogas, 10 funcionários sendo 4 Agente Educacional II e 6 Agente Educacional I e 1
diretora.
DIAGNÓSTICO Na comunidade escolar da Escola Estadual Dr. Rubem Fleury das Rocha
71% dos alunos são brancos; 27% são pardos e menos de 1% são negros e índios.
Do total de alunos, 84% moram nas proximidades da escola, e por isso, não
necessitam de transporte.
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Em relação à moradia constatou-se que 72% possuem moradia própria.
Sobre o saneamento básico, 77% possuem rede de esgoto e 98% possuem água
encanada.
A renda familiar mensal varia entre um salário (30%), e de um a três salários
(40%). Também constatou-se que 7% dependem apenas de benefícios do Governo. E em
média 28% dos alunos recebem Bolsa Família.
Sobre o nível de escolaridade, 38% dos responsáveis pelos alunos não
concluíram o Ensino Fundamental. E que, a porcentagem de pais/responsáveis se
equipara à porcentagem de pais/responsáveis com ensino superior, cerca de 2% a 3,5%.
As profissões que mais se destacam na comunidade escolar são: motorista,
pedreiro, mecânico, serviços gerais, vendedor autônomo, empregada doméstica e auxiliar
de produção.
Do total de alunos 81% moram com os pais, 7% moram com os avós e 11%
moram com outros responsáveis ou sozinhos.
A maioria dos alunos possui apenas um irmão (36%), os números se
equiparam entre os que não tem irmãos e os que possuem mais de quatro, cerca de 7%
Em relação ao trabalho infanto-juvenil constatou-se que 94% dos alunos não
trabalham fora e não contribuem com a renda familiar.
A televisão e o rádio são os principais meios de comunicação utilizados pela
comunidade. Também gostam de ir ao cinema, parques e ler livros.
Quanto à repetência, 66% nunca reprovou, 20% reprovou um ano, 3%
reprovou três anos ou mais.
Um total de 78% dos alunos frequentam a escola porque gostam, porém
12% disseram que frequentam as aulas porque seus pais os obrigam.
A religião católica é predominante entre 76% dos entrevistados e em
segundo lugar temos a religião evangélica, com 16% de praticante. Sendo que 8% não
responderam.
Na área educacional, o bairro Bonsucesso, onde se situa a escola, conta
com centros de educação infantil, escolas municipais e estaduais, possibilitando à
população o acesso ao ensino fundamental e médio. Os alunos da escola que desejam
frequentar o Ensino Médio, precisam se deslocar a outros bairros, ou até mesmo para o
centro da cidade, por ser insuficiente a oferta no bairro. A escola (Fleury) não oferta o
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Ensino Médio devido à dualidade administrativa com a Escola Municipal Benedita dos
Santos.
A instituição escolar tem um importante papel na sociedade, desde o seu
surgimento como instituição responsável pela transmissão do saber. Ela é a responsável
por possibilitar aos alunos o acesso a esse conhecimento. Sabemos que muitos alunos
ainda não perceberam a sua importância e não dão a ela o devido valor, pensam em
desistir dos estudos ou até mesmo não aproveitam adequadamente a oportunidade que
lhes é ofertada. Infelizmente ainda não compreenderam a força de mudança que o estudo
pode realizar em suas vidas.
A Escola atende alunos do Bairro Bonsucesso e imediações.
Direção e Equipe Pedagógica
NOME FUNÇÃO VÍNCULO
Gislene Aparecida Góes Direção QPM
Adenise Stringari Pedagoga QPM
Juliani Sueke de Oliveira Pedagoga QPM
Francisca Andrade da Silva Manfio Pedagoga QPM
Corpo docente
NOME DO PROFESSOR DISCIPLINA VÍNCULO
Alessandra Sanches Lacerda
Arte REPR
Antonio Eduardo Bignardi Ed. Física QPM/SC02
Andréia Bessa Gonzaga Português QPM (licença médica)
Claudia Mara Oliveira Português QPM
Cleusi Apª Antunes Ensino Religioso/História SC02
Daniela Monzillo Gonçalves Português REPR
Daniele Boava Português QPM/SC02
Dionizia Hneda Munhoz Ensino Religioso SC02
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Denise APª Sampietro Apoio Português REPR
Elenita Rosa Seretuki Sala de Recursos Multifuncional
QPM
Elis Cristina Galvão Paes Matemática QPM
Elisangela Schinemann Apoio Português REPR
Izalene Klipe Apoio Matemática REPR
Janete K Montani Arte SC02
Jussimara Aparecida Cicielski
Matemática QPM
Márcia Regina Furtado História QPM
Maria Aparecida Morgado Português SC02
Pliscila Cleve. Lacerda Ciências QPM/SC02
Simone Brignoni Português REPR
Tatiane M. Pacheco Ciências QPM
Tereza Romanichen Inglês SC02
Valdelaine Ap Busmaier Matemática QPM
Vanderlia M Nascimento Arte SC02
Valter José Quadros Geografia QPM
Vanessa Chistine Kogut Inglês SC02
Vera Maria Jonson
Inglês QPM
Wilma Cristina Pacheco dos Santos
Geografia QPM
Funcionários e Técnicos-Administrativos
NOME
CARGO FORMAÇÃO
TURNO DE TRABALHO
Ângela Maria de Oliveira
Agente Educacional II
Ensino Médio Manhã e Tarde
Grasielli Gomes Scramossin
Agente Educacional II
Serviço Social Manhã e Tarde
Jocelia Boiko dos Santos
Agente Educacional II
Matemática Manhã e Tarde
Ivone B. Andrade Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde Marli Bernadete de
Oliveira Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde
Dalila Pedroso Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde
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Paulo S. de Souza Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde Zelita de Campos Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde Eliane de Lara Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde
Formação dos educadores
“Nossa presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também da história” (Paulo Freire)
A LDB, no Artigo 13 trata das incumbências dos docentes:
Os docentes incumbir-se-ão:
III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento;
V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e
a comunidade
Tendo em vista o disposto no inciso V do artigo citado acima, a Secretaria de
Estado da Educação oferece momentos de capacitação aos docentes que acontecem em
fevereiro e julho na própria instituição e Formação em Ação (por disciplina).
Distribuição e ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos
O espaço físico foi adaptado em muitos ambientes para atender toda a
demanda. A escola conta com:
- 1 pavilhão com 05 salas de aula e 1 sala com laboratório de informática
(PR Digital e PROINFO), que também é utilizada para guardar materiais esportivos e
livros didáticos.
- neste pavilhão ainda tem secretaria, cozinha de pequeno porte adaptada,
no depósito da merenda funcionam as salas de direção e da Equipe Pedagógica;
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- ainda neste pavilhão tem o saguão que foi dividido para atender a Sala dos
Professores (adaptada), a Sala de Apoio (adaptada), a cantina (adaptada);
- 1 pavilhão de salas de pré-moldado, sendo compartilhado com a Escola
Municipal Professora Benedita dos Santos nos períodos da manhã e da tarde, onde a
Escola Fleury utiliza apenas duas salas de aulas no período da manhã;
- 02 banheiros para funcionários e professores, sendo que o banheiro
masculino funciona como banheiro e depósito;
- 02 banheiros para alunos, localizados em frente à cozinha, que são usados
também pelos alunos da Escola Municipal Professora Benedita dos Santos;
- 01 ginásio de esportes, sem banheiro e sem arquibancada.
Não possui laboratório de Ciências para guardar adequadamente os
materiais recebidos pela SEED e nem biblioteca, sendo que os livros estão guardados em
estantes distribuídas em vários espaços como Sala de Apoio, cantina, Sala da Equipe
Pedagógica e Laboratório de Informática, onde também encontram-se a documentação
escolar (arquivo morto), pois não tem espaço suficiente para arquivar na Secretaria.
Atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais
A escola contempla o Atendimento Educacional Especializado – AEE através
da modalidade Sala de Recursos desde 2012. Ela funciona em uma sala pequena, onde
antes era a Sala da Equipe Pedagógica. Seu atendimento é feito na segunda, terça,
quinta e sexta-feira no período da manhã. A Sala de Recursos conta com 19 alunos
frequentando e atende alunos de 6º e 7º anos em regime e contra-turno.
Quanto ao funcionamento, objetivos e outros aspectos funcionais, segue a
instrução nº 016/2011 – SEED/SUED.
Evolução das taxas de aprovação
Séries 2010 2011 2012
5ª/ 6º 83% 83% 72%
6ª/ 7º 76% 74% 68%
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7ª/ 8º 81% 76% 71%
8ª/ 9º 85% 80% 84%
Evolução das taxas de reprovação
Séries 2010 2011 2012
5ª/ 6º 6,5% 9% 14%
6ª/ 7º 14,5% 11% 22%
7ª/ 8º 10% 15% 19%
8ª/ 9º 4% 6% 6%
Evolução das taxas de abandono
Séries 2010 2011 2012
5ª/ 6º 0% 0% 0%
6ª/ 7º 0% 0% 0%
7ª/ 8º 0% 0% 0%
8ª/ 9º 0% 0% 0%
Evolução das taxas de transferidos
Séries 2010 2011 2012
5ª/ 6º 10,5% 8% 13%
6ª/ 7º 9,5% 13% 9%
7ª/ 8º 9% 8% 9%
8ª/ 9º 11% 13% 8%
Resultado do IDEB
2007 2009 2011
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4,4 4,7 5,3
Relação entre idade e série
Ano
Matrícula Ativa (com frequência)
(A)
Até 12 anos
13 anos
14 anos
15 anos
16 anos
+ de 16 anos
Total de alunos
com idade superior à série res-pectiva (B)
Taxa de Distorção (B/A) x 100
6º 92 84 7 1 0 0 0 8 9%
7º 113 68 18 9 3 0 0 12 11%
8º 104 52 42 9 0 1 0 1 1%
9º 92 0 41 35 8 5 2 7 8%
TOTAL 401 204 108 54 11 6 2 28 7%
FUNDAMENTAÇÃO
Concepção de Homem
Durante o processo de desenvolvimento da natureza, a espécie animal que
deu origem ao homem, alcançou um nível que possibilitou a ele reagir sobre as condições
naturais. É comum o pensamento de considerar o homem enfim, a humanidade, em
perspectivas dicotômicas: ou como ser social, ou como ser natural.
Porém a concepção de homem de Paulo Freire, diz que a autonomia deste
não se dá apenas pelo progresso da razão teórica. Logo, o homem não se torna
exclusivamente fruto da natureza, e nem exclusivamente social: o homem é um ser que
possui relações de interdependência na sociedade onde vive, cujos indivíduos buscam
melhores condições para sua existência. Ou seja, por mais importante que seja a
racionalidade para o desenvolvimento e interação do homem com a sociedade e meio
onde ele vive, ela, por si só, não torna o homem auto-suficiente e com autonomia
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absoluta. A racionalidade admite o “não saber socrático”, colocando-se na condição de,
apesar de saber, existir sempre o que aprender.
Pelo fato de a estrutura biológica e psicológica do homem não serem
obstáculos permanentes que interromperiam o seu progresso e crescimento, os
acontecimentos diários, exigem que ultrapassemos os limites dessa estrutura,
readequando-a a realidade contemporânea.
Sociedade
A sociedade primitiva se baseava no modo de produção em comum, não
haviam classes sociais. Os povos da antiguidade eram divididos em duas classes sociais
distintas: os senhores e os servos. Na Idade Média ainda se manteve nos mesmos
moldes da sociedade antiga. Ainda na sociedade pré-moderna o trabalho não constituía
uma esfera separada, existia inferioridade social e dependência. Por fim, a sociedade
moderna, para ganhar dinheiro, as pessoas passaram a vender sua força de trabalho,
rompendo as relações naturais com base em laços de sangue onde a nobreza e a
servidão eram passadas de pai para filho.
A sociedade em que vivemos é uma sociedade capitalista, em que o
fundamento reside na produção do valor, a valorização do dinheiro. O homem moderno
não consegue imaginar uma vida além do trabalho, não passa de mercadoria, vendendo
sua própria mercadoria.
Na sociedade moderna surge a ideia de educação para formar cidadãos,
escolarização universal gratuita e leiga, e deve ser estendida a todos. A escola passa a
ser a forma predominante de educação.
Diante de tudo isso o papel da escola é fundamental na formação e
transformação de sujeitos de uma sociedade mais humana, participativa, igualitária nas
esferas sociais, política, cultural e econômica, ou seja, capaz de construir uma nova
sociedade que vá além do valor, do dinheiro, da mercadoria, do trabalho, do estado e da
política.
Escola
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A Educação como processo de criação, inovação e apropriação de cultura,
historicamente produzida pelo homem. Dessa forma, a escola torna-se espaço
privilegiado de produção e de transformação do saber sistematizado. As práticas e ações
que a organizam devem ser eminentemente educativas, de forma a atingir os objetivos da
instituição: formam sujeitos participativos, críticos e criativos.
Assim, a escola, no desempenho de sua função social de formadora de
sujeitos históricos, constitui-se em um espaço de sociabilidade, possibilitando a
construção e a socialização do conhecimento vivo, que se caracteriza enquanto processo
em construção permanente e espaço de inserção dos indivíduos nas relações sociais.
Numa perspectiva transformadora e inovadora, onde os fazeres e práticas
não estejam centrados nas questões individuais, mas sim nas questões coletivas. Isso
quer dizer, para a escola avançar, é fundamental considerar os espaços de formação de
todos os que trabalham, criam, brincam, sonham e estudam, enfim, de todos aqueles que
dela fazem parte. Também é fundamental não perdermos de vista que a escola faz parte
das reações sociais mais amplas e que as possibilidades históricas de sua organização
passam pela sociedade politica e civil. Nesse cenário, os processos de mudança
vivenciados pelo Estado são os indicadores dos limites e das possibilidades da gestão
escolar.
A escola objetiva o cumprimento de sua função de socialização do
conhecimento historicamente produzido e acumulado pela humanidade, ao passo que a
empresa visa a expropriação desse saber na produção de mais valia para reprodução do
capital, para manter a hegemonia do modo de produção capitalista.
A escola, enquanto organização social, é parte constituinte e constitutiva da
sociedade na qual está inserido. Assim, estando a sociedade organizada sob o modo de
produção capitalista, a escola enquanto instância dessa sociedade , contribui tanto para a
manutenção desse modo de produção, como também para a superação, tendo em vista
que é constituída por relações contraditórias e conflituosas estabelecidas entre grupos
antagônicos.
Educação
Segundo Klein (2008), a educação deve ter um caráter transformador
intencional, em que o individuo é objeto de um cuidado especial – o trabalho educativo
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que visa produzir, nele, os elementos e recurso necessários a uma existência profícua em
uma dada sociedade humana, historicamente situada.
A produção desses recursos supõe um certo tipo de trabalho humano: a
ação educativa intencional e sistemática que objetiva dotar o sujeito de um conjunto de
recursos teóricos e práticos requeridos pela sua condição humana, conforme dada
sociedade concreta.
Sendo a educação uma prática das mais relevantes para a sociedade, é
importante que ela seja algo de uma reflexão metódica, cientifica e critica que busque
tornar claro o seu objeto, os seus fundamentos, o método, estratégias, procedimentos e
meios mais adequados e possíveis em determinado contexto histórico, coerentemente
com o fim proposto, a fim de que nossa ação não seja irrefletiva e pouco adequada dos
nossos objetivos.
Pensamento e Cultura Cultura é a presença do humano na natureza, isto é, as transformações que
homens e mulheres produzem em si mesmos ao construírem o mundo humano.
Assim, no primeiro caso, você pensa em cultura no singular, como aquilo
que diferencia o homem de outros seres. Cultura é conjunto de conhecimentos, de
valores, de crenças, de ideias e de práticas de um grupo social, ou de um povo, ou de
uma época. E tem a ver, também, com as transformações na forma de viver, que
contribuem com a transformação das condições biológicas (naturais) de existência. Isso
se dá quando, por exemplo, máquinas para trabalhar e pensar por nós.
Portanto, ao mesmo tempo que homens e mulheres produzem cultura, são
produzidos por ela como humano. Isso acontece pelas práticas de linguagem, de trabalho
e de valorização, com as quais são criadas regras que orientam relações sociais.
Assim homens e mulheres constroem mundo humano e fazem-se presentes
na natureza. Cultura é a forma de viver dos humanos em geral, ao mesmo tempo, o jeito
de viver de grupos sociais específicos. Assim, falamos em cultura no singular, como aquilo
que diferencia os homens de tudo o mais que existe no mundo.
Culturas no plural, é o que diferencia os homens em si.
Os primeiros artesanatos surgiram no período neolítico, quando o homem
aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer as fibras.
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Os índios são os mais antigos artesãos, desde que foi descoberto o Brasil. O
artesanato faz parte do folclore e revela usos e costumes, tradições e características de
cada região.
O Brasil é rico em diversidade da natureza, onde a cultura é usada até para
o sustento de vários brasileiros em várias regiões.
Cultura é um conceito para significar as práticas que constituem o jeito de
viver e de pensar das pessoas e de grupos sociais. A Cultura muda, portanto quando as
práticas sociais mudam.
Trabalho
Da segunda metade do século XX ao início do século XXI, o marxismo tem
testemunhado um vasto debate entre os seus teóricos acerca da categoria trabalho, da
sua centralidade e importância na filosofia de Marx como categoria ontológica
fundamental da existência humana. Para alguns desses teóricos, o trabalho possui um
grande valor no conjunto dos escritos marxianos, por ser a atividade afirmadora da vida,
que forma a existência dos indivíduos e instaura-lhe um caráter social. É no trabalho que
se manifesta a superioridade humana ante os demais seres vivos. Ele seria a realização
do próprio homem, a fonte de toda riqueza e bem material.
Tecnologia
Em todos os setores da sociedade se observam mudanças em função do
uso das novas tecnologias. A educação também tem experimentado mudanças na sua
forma de organização e produção, fazendo surgir novas formas de ensino-aprendizagem,
subsidiadas pela inserção de novas tecnologias nas escolas.
O uso das tecnologias enriquece o processo de ensino-aprendizagem desde
que utilizados de forma adequada, de modo contextualizado, para que tenha incidência
sobre a aprendizagem dos alunos. A utilização de recursos digitais no espaço escolar é
recente e gera desafios aos professores. De acordo com NEVADO (2006) “o papel do
professor no contexto educacional é proporcionar, mediar e intermediar o crescimento
cognitivo e afetivo de seus educandos, explorando através de experiências em sala de
aula situações que os façam interagir, trocar informações, indagar, debater e raciocinar
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sobre os conteúdos que fazem parte do currículo". Dessa forma o conhecimento é gerado
numa relação dialógica entre alunos e professores.
Contudo, mesmo com tecnologias de ponta, conforme José Moran ( ), ainda
temos grandes dificuldades no gerenciamento emocional, tanto no pessoal como no
organizacional, o que dificulta o aprendizado rápido. As mudanças na educação
dependem, mais do que das novas tecnologias, de termos educadores, gestores e alunos
maduros intelectual, emocional e eticamente; pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas,
que saibam motivar e dialogar; pessoas com as quais valha a pena entrar em contato,
porque dele saímos enriquecidos.
Cidadania A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a
possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem
cidadania está marginalizado ou excluído da vida e da tomada de decisões, ficando numa
posição de inferioridade dentro do grupo social.
Analisar a maneira como as pessoas internalizam normas, crenças e valores
políticos é fundamental para compreender aspectos da cidadania e da participação
política.
A formação cidadã deveria ser uma das preocupações primordiais da escola.
Gadotti (2001) define cidadania como a consciência de direitos e deveres da democracia
e defende uma escola cidadã como a realização de uma escola pública e popular, cada
vez mais comprometida com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Para
isso, a escola deve propiciar um ensino de qualidade, buscando a formação de cidadãos
livres, conscientes, democráticos e participativos.
Verifica-se que o alcance da cidadania depende da transformação das
relações de poder, que tem produzido concentração de renda, de informação e de saber a
custa da pobreza, da ignorância e da exclusão social de milhares de pessoas. Da mesma
forma, essa transformação deve acontecer nas relações sociais, com o fortalecimento de
organizações sociais e comunitárias e com o surgimento de novos estilos de gestão
pública e de ação coletiva possibilitando a inclusão da população nos processos políticos
decisórios.
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18
Participação é um dos cinco princípios da democracia. Segundo o sociólogo
Herbert de Souza (2005) sem ela, não é possível transformar em realidade, em parte da
história humana, nenhum dos outros princípios: igualdade, liberdade, diversidade e
solidariedade. Nesse sentido, a participação não pode ser uma possibilidade aberta
apenas a alguns privilegiados. Ela deve ser uma oportunidade efetiva, acessível a todas
as pessoas. Além disto, é preciso que ela assuma formas diversas participação na vida da
família, da rua, do bairro, da cidade, na escola e no próprio país. Participação é, ainda,
um direito estendido a todos sem critérios de gênero, idade, cor, credo ou condição social.
Segundo Galvão (2003, p, 01) a educação para a cidadania pretende fazer
de cada pessoa um agente de transformação. A educação escolar além de ensinar o
conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para a
cidadania. Isso exige uma reflexão que possibilite compreender as raízes históricas da
situação de miséria e exclusão que vive boa parte da população.
Conhecimento O tema "Conhecimento" inclui, mas não está limitado, às descrições,
hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são ou úteis ou verdadeiros.
O ser humano pode utilizar diversas formas de conhecimento para tentar compreender e
interagir com o mundo. Dentre essas formas podemos destacar duas que sempre estão
presentes na prática pedagógica: o conhecimento empírico e o conhecimento científico,
sistematizado.
Conhecimento empírico é uma forma de conhecimento adquirida através de
experiências cotidianas, tentativas, erros e acertos. Já o conhecimento científico é aquele
que foi construído através do pensamento e da experimentação atestando aquilo que
pode ser considerado como verdadeiro ou não. É sistemático, já que se trata de um saber
ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos
dispersos e desconexos.
Mas qual é a forma de conhecimento pretendemos que seja apropriado
pelos nossos educandos? O conhecimento científico e sistematizado somado as
experiências vivenciadas pelos educandos ou sistematicamente ignorar o conhecimento
empírico para dar ênfase somente ao conhecimento científico?
Segundo SFORNI, “Um conhecimento significativo é aquele que se
transforma em instrumento cognitivo do aluno, ampliando tanto o conteúdo quanto a
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forma do seu pensamento. Essa concepção nos aproxima das contribuições teóricas
histórico-culturais... O ensino formal faz parte dessa cultura, portanto, também contribui
para a formação dos sujeitos.” (SFORNI). Nessa perspectiva o conhecimento formal é
indispensável nas práticas escolares, porém, devemos levar em consideração o valor do
conhecimento empírico trazido pelos educandos e o seu interesse em tomar consciência
da importância do conhecimento formal, científico, sistematizado. Também segundo Paulo
Freire “O importante não é transmitir o conhecimento e sim trocar, juntar e formar
conhecimentos.” (FREIRE). Freire defende que ato de educar é um ato de recriação, de
significados e ressignificações, por isso devemos valorizar, “além do saber científico
elaborado, também o saber primeiro, o saber cotidiano. Ele sustentava que o aluno não
registra em separado as significações instrutivas das significações educativas e
cotidianas.”(FREIRE). Portanto, temos consciência que devemos construir o
conhecimento respeitando as experiências trazidas pelos educandos.
Ensino Aprendizagem O ensino-aprendizagem deve ocorrer através de uma metodologia participa-
tiva e reflexiva que valorize o educando em sua experiência social como indivíduo; que
busque a globalização dos saberes propostos no currículo, pela abordagem multidimensi-
onal do conhecimento, priorizando a pesquisa como o eixo desencadeador do processo
de construção/criação/reelaboração; considera a individualidade e o ritmo de crescimento
de cada um priorizando a construção coletiva do conhecimento oportuniza situações con-
cretas para o crescimento integral da pessoa humana, desenvolvendo sua capacidade de
pensar, criar, produzir, criticar, ser agente de transformação social.
A relação ensino-aprendizagem se expressa como relação entre sujeitos.
Com efeito, o processo pedagógico constitui uma relação entre dois sujeitos, com caracte-
rísticas específicas - o professor e o aluno, e a relação que se estabelece entre eles é de
ensino-aprendizagem. Assim, tal como não se pode negar ao aluno o caráter de sujeito do
processo, da mesma forma não se nega igual caráter ao professor. Ou seja, ambos são
sujeitos do mesmo processo, entretanto, com participações diferenciadas. Ao professor,
enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento científico, cabe o papel de media-
dor, ou seja, de desenvolver procedimentos adequados para viabilizar a apropriação des-
se conhecimento pelos alunos. A estes cabe o esforço teórico-prático dessa apropriação.
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É preciso que o professor domine consistentemente os fundamentos explica-
tivos dos objetos de conhecimento, inclusive os fundamentos da própria prática pedagógi-
ca, e apoiado neste domínio consiga viabilizar o método e as estratégias mais pertinentes
para o processo de ensino-aprendizagem e que melhor promovam a participação ativa
dos alunos.
Defende-se a ideia de que o ensino deverá se desenvolver em uma pers-
pectiva de totalidade, enquanto a aprendizagem assume um caráter progressivo. Ou seja,
no ensino, determinado objeto do conhecimento deverá ser abordado na sua totalidade, o
que implica sua não fragmentação, bem como a não disposição etapista dos conteúdos
que lhe dizem respeito. Abordar um conteúdo em uma perspectiva de totalidade significa
desenvolve-lo a partir de seus fundamentos, explicitando as relações e mecanismos que
articulam seus elementos particulares. Não se trata, pois, de “ir da parte ao todo”, nem
tampouco de “ir do todo à parte”, mas de explicitar, no todo, como é que as partes se arti-
culam de modo a constituir aquela totalidade e não outra.
Por outro lado, a aprendizagem dessa totalidade e dos conteúdos que a
compõem vai se dando progressivamente, em sucessivos graus de apropriação que vão
desde a simples constatação e tentativa aleatória de aplicação, até o domínio dos funda-
mentos dessa totalidade e de aplicação adequada pelo aluno.
Avaliação e Recuperação
A tarefa de avaliar é muito complexa, constantemente busca-se novos rumos
e caminhos; é um tema provocativo e desafiador.
A avaliação nunca será uma atividade neutra, pois o modo como se efetiva,
a necessidade da tomada de decisões e juízos que nos é exigida constantemente, sejam
mais transformadoras ou conservadoras, correspondem às concepções que construímos
e também colocamos em prática.
Avaliar impõe um enfrentamento com o real, um julgamento, mas não pode
ficar somente nesta perspectiva; pois, avaliar é também analisar, compreender, desvelar,
descobrir, pesquisar, estabelecer correlações, ampliar a visão, aprofundar questões,
dialogar, construir significados para os sujeitos e para a coletividade.
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Não podemos deixar de citar os aspectos legais, os quais norteiam e
validam as nossas ações, por isso descrevemos abaixo o que afirma a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação com relação à avaliação.
“Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional n.º 9394/96, CAPITULO II – Da Educação Básica, Seção I – Das Disposições Gerais, Art. 24, incisos V e VI: V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; VI – o controle de frequencia fica a cargo da escola, conforme o disposto nos seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequencia mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação.”
A concepção de avaliação que fundamenta o nosso trabalho tem sua base
no materialismo histórico dialético, de modo que a concepção de homem é a de ser
histórico, produtor de sua existência, transcendência da natureza e por tanto, livre no
sentido de agir intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas, não
naturais, optar por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é. Desse
modo educa e educa-se, avalia e avalia-se também e assim transforma e se transforma,
faz-se humano.
A avaliação dentro do Plano de Trabalho Docente deve estar em
consonância com o sistema de avaliação definido pelo coletivo da escola, sistematizado
nos documentos que compõem a organização do trabalho escolar, expressos na Proposta
Pedagógica Curricular.
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O professor, portanto, ao elaborar o seu Plano de Trabalho Docente deve
considerar a avaliação como parte do processo de ensino e aprendizagem. A mesma
deve ser realizada em função dos conteúdos e ser coerente com os pressupostos e
metodologias da disciplina.
Nesse sentido, no Livro de Registro de Classe deverão ser contempladas e
registradas todas as atividades avaliativas e de recuperação de estudos asseguradas ao
aluno pela legislação, em acordo com os documentos produzidos coletivamente pela
escola.
Não poderíamos também deixar de citar a Deliberação n.º 007/99 do CEE,
que trata também da avaliação e nos traz normas gerais para sua regulamentação.
Currículo da escola pública
A questão do poder é que vai separar as teorias tradicionais das teorias
críticas e pós críticas do currículo. AS teorias tradicionais pretendem ser apenas neutras,
científicas, desinteressadas. As teorias críticas e pós críticas argumentam que nenhuma
teoria é neutra, estão ocupadas com as conexões entre saber, identidade e poder, nos
permitindo ver a educação de uma nova perspectiva.
Sendo o currículo espaço de poder e conhecimento corporificado no
currículo, carrega as marcas e reproduz culturalmente as estruturas sociais, transmite a
ideologia dominante. Com as teorias críticas aprendemos também que o currículo é uma
construção social, resultado de um processo histórico. Com essa noção de currículo
aprendemos que a pergunta importante é: quais conhecimentos são considerados
válidos? Se a ideologia cedesse lugar ao verdadeiro conhecimento, o currículo e a
sociedade seriam emancipados e libertados.
Se pudéssemos nos livrar das relações de poder inerentes ao capitalismo, o
conhecimento corporificado no currículo já não seria distorcido. Em suma, o currículo é
documento de identidade, configura a relação de poder, trajetória, viagem e controle.
Currículo da Escola Básica
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O Ensino Fundamental constitui uma das etapas da Educação Básica, deve
ser gratuito e obrigatório na escola pública, inclusive para os que não tiveram o acesso na
idade própria, conforme o artigo 32 da LDBEN/96 deve garantir o desenvolvimento
integral do educando mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Como desdobramento da LDBEN/96 são instituídas em 1998, as diretrizes
curriculares nacionais, “conjunto de definições doutrinárias” sobre princípios, fundamentos
e procedimentos da Educação Básica que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas
de ensino na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas ações
pedagógicas (DCNEF, 1998). O documento define uma Base Nacional Comum para todo
o território nacional, a partir das áreas do conhecimento: Língua portuguesa, língua
materna para as populações indígenas e migrantes, matemática, ciências, geografia,
história, língua estrangeira, arte, educação física e ensino religioso. Define também que
as escolas utilizarão a parte diversificada de suas propostas para complementar a Base
Nacional Comum, estabelecendo relação entre educação fundamental e a vida cidadã
através da articulação com: a saúde, a sexualidade, vida familiar e social, meio ambiente,
trabalho, ciência e tecnologia, a cultura e as linguagens. Além disso, a lei define para a
Parte diversificada a inserção de temáticas de interesse da comunidade no currículo
escolar.
Existem novos preceitos legais, que dizem respeito ao ensino básico
destacando-se:
� Lei Estadual nº 13.381/2001, que torna obrigatória a inserção dos conteúdos da
história do Paraná;
� A aprovação das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do
Campo ( Resolução CNE/CEB nº 01/2002);
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� Aprovação das Diretrizes Nacionais para o Funcionamento das Escolas Indígenas (
Resolução CNE/CEB nº 03/1999);
� Lei Federal nº 10639/2003 que torna obrigatória a inserção dos conteúdos de História
e Cultura Afro Brasileira e Indígena nos Currículos Escolares;
� Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino
de História e Cultura Afro Brasileira e Africano;
� Lei Federal nº 11.114/05, que determina a oferta do Ensino Fundamental de nove
anos, seguida do Parecer CNE/CEB nº 06/2005 que visa o instituição de normas para
ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração.
� Lei 11733/97 autoriza o Poder executivo a implantar campanhas sobre Educação
Sexual, a serem veiculadas nos instituiçãos de ensino estadual primeiro e segundo
graus do estado do Paraná.
� Lei 11734/97 torna obrigatório a veiculação de programas de informação e prevenção
da AIDS para os alunos de primeiro e segundo graus no Estado do Paraná.
� ECA – Capítulo ll
Do direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
Art.15 A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao Respeito e à dignidade[...].
Art.16 O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
V – participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VII – buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 17 O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e
moral da criança e do adolescente, abrangendo a conservação da imagem, da identidade,
[...].
Art. 18 É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a
salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor.
O Estado do Paraná propõe para o Ensino Básico os Programas Sócio
Educacionais os quais são: Enfrentamento à Violência, Educação Ambiental, Prevenção
ao Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal, Educando para as Relações Étnico-Raciais
e Gênero e Diversidade Sexual.
Nesta perspectiva de currículo, devem pressupor ser parte da totalidade,
eles não podem se impor à disciplina, devem ser chamados pelo conteúdo no seu
contexto, fazendo parte da intencionalidade do recorte do conhecimento; isto significa
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compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas múltiplas
determinações que produzem e explicam os fatos sociais.
O trabalho de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas na Rede Estadual de
Ensino, requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por
meio de conhecimentos científicos desprovidos de preconceitos e discriminações.
Para dar suporte aos professores, a Secretaria de Estado da Educação –
Superintendência da Educação – Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
propõem cadernos temáticos para direcionar o estudo dos Programas Sócio Educacionais
A publicação do caderno temático “A Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas”, está organizada em três partes: Cenário das Drogas na Sociedade
Contemporânea, onde prevê a situação das drogas na atualidade e suas relações com a
juventude, a violência e a vulnerabilidade. Na segunda parte, uma abordagem sobre as
drogas destacam-se os conteúdos como as ações e os efeitos das drogas, legislação,
narcotráficos, influência da mídia, preconceitos e discriminações dos usuários, trazendo
ao debate as relações de poder e os aspectos sociais, políticos e econômicos, culturais,
étnicos-raciais, históricos, religiosos e éticos envolvidos nessas circunstâncias. A terceira
parte, Escola e a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, discorre sobre o papel da escola
no processo de prevenção. Finalmente trata sobre os serviços prestados pelo
CAPE/DINARC – PR e sugestões de filmes, livros e sítios, recursos a serem utilizados
nas práticas pedagógicas.
Alfabetização e Letramento
O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma
tecnologia inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios: desde os
desenhos e símbolos usados inicialmente até a extraordinária descoberta de que, em vez
de desenhar ou simbolizar aquilo de que se fala, podiam ser representados os sons da
fala por sinais gráficos, criando-se assim o sistema alfabético; desde a escrita em tabletes
de barro, em pedra, em papiro, em pergaminho, até a também extraordinária invenção do
papel; desde o uso de estiletes e pincéis como instrumentos de escrita até a invenção do
lápis, da caneta. E convenções foram sendo criadas: convenções sobre o uso do sistema
alfabético, resultando no sistema ortográfico; a convenção de que as palavras devem ser
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separadas, na escrita, por um pequeno espaço em branco; no mundo ocidental, a
convenção de que se escreve de cima para baixo e da esquerda para a direita.
Assim, um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita é a
aquisição de uma tecnologia – a aprendizagem de um processo de representação:
codificação de sons em letras ou grafemas e decodificação de letras ou grafemas em
sons; a aprendizagem do uso adequado de instrumentos e equipamentos: lápis, caneta,
borracha, régua...; a aprendizagem da manipulação de suportes ou espaços de escrita:
papel sob diferentes formas e tamanhos, caderno, livro, jornal...; a aprendizagem das
convenções para o uso correto do suporte: a direção da escrita de cima para baixo, da
esquerda para a direita.
A essa aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das
técnicas para seu uso é que se chama ALFABETIZAÇÃO.
Apenas com a aquisição da tecnologia da escrita – um dos “passaportes” –
não se tem entrada no mundo da escrita, um outro “passaporte” é necessário: o
desenvolvimento de competências para o uso da leitura e da escrita nas práticas sociais
que as envolvem. Ou seja, não basta apropriar-se da tecnologia – saber ler e escrever
apenas como um processo de codificação e decodificação, como quando dizemos: esta
criança já sabe ler, já sabe escrever; é necessário também saber usar a tecnologia –
apropriar-se das habilidades que possibilitam ler e escrever de forma adequada e
eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou queremos ler ou escrever: ler e
escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em diferentes suportes, para diferentes
objetivos, em interação com diferentes interlocutores, para diferentes funções: para
informar ou informar-se, para interagir, para imergir no imaginário, no estético, para
ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para
apoio à memória, para catarse...
A esse desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia da
escrita é que se chama LETRAMENTO.
Infância e Adolescência
Hoje, a criança é vista como um sujeito de direitos, situado historicamente e
que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e
sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e integrado da criança. Ela deve
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ter todas as suas dimensões respeitadas. Segundo Zabalza ao citar Fraboni: “a etapa
histórica que estamos vivendo, fortemente marcada pela "transformação"
tecnológico-científica e pela mudança ético-social, cumpre todos os requisitos para
tornar efetiva a conquista do salto na educação da criança, legitimando-a
finalmente como figura social, como sujeito de direitos enquanto sujeito social”
(1998:68).
A palavra “adolescência” vem da palavra latina “adolesco”, que significa
crescer. É uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se caracteriza por uma
intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade, os padrões estabelecidos são
questionados, bem como criticadas todas as escolhas de vida feita pelos pais, buscando
assim a liberdade e auto-afirmação.
Os teóricos da adolescência há muito tem concordado que a transição da
segunda infância para a idade adulta é acompanhada pelo desenvolvimento de uma nova
qualidade de mente, caracterizada pela forma de pensar sistemática, lógica e hipotética.
Gestão escolar
A legislação brasileira prevê que o ensino público seja ministrado com base
em alguns princípios, e um deles é a gestão democrática.
A Constituição Federal, no artigo 206(VI) estabelece que seja feita a “gestão
democrática do ensino público, na forma da lei”
A LDB, seguindo as diretrizes da lei maior, no artigo 3º (VIII) também prevê
a gestão democrática do ensino público, na forma da lei e da legislação dos sistemas de
ensino. O artigo 14 esclarece que os sistemas de ensino definirão as normas de gestão
democrática, estabelece a participação dos profissionais da educação, na elaboração da
proposta pedagógica e a participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares e equivalentes.
A Deliberação 16/99 do CEE/PR, nos artigos 4o, 5o, esclarece sobre a
participação da comunidade escolar nos órgãos de gestão. O artigo 6o afirma que “a
gestão escolar, da escola pública, como decorrência do princípio constitucional de
democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de direção um colegiado”.
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Inclusão
“Na escola que estamos construindo as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à diversidade é o eixo norteador da inclusão educacional” ( Departamento de Educacional da SEED)
Inclusão e diversidade são temas que povoam as discussões na área
educacional na última década. Embora haja uma estreita relação entre as duas temáticas
não significa que, ao se discutir a inclusão na educação, sejam realizados na sociedade,
debates sobre a diversidade de grupos que se encontram à margem do processo social,
expropriados dos direitos que são garantidos por lei, a todos os cidadãos, independente
de suas diferenças individuais. As políticas e práticas de inclusão não têm um
significado único e consensual, já que são determinadas por múltiplos fatores. Esses
fatores incluem uma ampla rede de significações no entrecruzamento de diferentes
olhares e formas de se efetivar esse processo; é na inter-relação de como eu, os outros e
as instituições sociais definem e praticam a inclusão é que ela pode, ou não, tornar-se
realidade.
Com a mudança de concepção sinalizada na Lei de Diretrizes e Bases de
Educação Nacional n.º 9394/96, reflexo dos movimentos internacionais pela inclusão
social, aponta-se uma re-significação da Educação Especial, ampliando-se não apenas a
sua abrangência – desde a Educação Infantil até o Ensino Superior – bem como o
público-alvo a que se destina : alunos com necessidades educacionais especiais.
Educação Especial é uma modalidade da educação escolar definida em
proposta pedagógica e assegura um conjunto de recursos, apoios e serviços
educacionais especiais, organizados para apoiar, complementar, suplementar e, em
alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação
escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e
modalidades da educação.
No Paraná, a Educação Especial é oferecida tanto na rede regular de ensino
quanto nas instituições especializadas.
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As políticas da SEED têm como alvo, todos os grupos que sofreram
exclusão física ou simbólica, ao longo da história, reconhecendo seus direitos sociais
como é o caso dos moradores do campo e das regiões ribeirinhas, de pescadores e
ilhéus, das populações indígenas, dos jovens e adultos que não tiveram acesso à
escolarização em idade própria, dos grupos afrodescendentes, dos jovens e adultos
impedidos de frequentar a escola em virtude de tratamento ou internamento médico-
hospitalar, às crianças e jovens que, por inúmeros motivos, se evadem da escola, das
pessoas que apresentam necessidades especiais, oriundas ou não de deficiências.
Assim constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as
diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando que existem
grupos humanos dotados de especificidades naturalmente irredutíveis. As pessoas são
diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos olhos, quanto ao gênero e à sua
orientação sexual, com referência às origens familiares e regionais, nos hábitos e gostos,
no tocante ao estilo. Em resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a grupos
variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes de
direito. É o chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente (FERREIRA e
GUIMARÃES, 2003, p. 37).
No que se refere à educação, a tradução desse direito compreende a
construção de um espaço dialógico no qual as diferenças se complementem, e não sejam
fatores de exclusão, e os currículos tornem-se abertos e flexíveis, oportunizando a
reflexão crítica sobre a história das minorias, dos estigmatizados, dos colonizados, dos
dominados.
As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas de
desenvolvimento da aprendizagem apresentada pelo aluno, em caráter temporário ou
permanente, bem como pelos recursos e apoios que a escola deverá proporcionar,
objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem, e compreendem:
− dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento;
− dificuldades de comunicação e sinalização;
− condutas típicas;
− superdotação / altas habilidades.
No Paraná, o Departamento de Educação Especial é o órgão responsável
pela orientação da política de atendimento às pessoas com necessidades educacionais
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especiais, em cumprimento aos dispositivos legais e filosóficos estabelecidos na esfera
federal e em consonância com os princípios da Secretaria de Estado da Educação –
SEED.
A oferta de atendimento aos educandos com necessidades educacionais
especiais no Estado vem sendo orientada de acordo com a legislação vigente, com
destaque aos documentos:
− Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º 9394/96 – Capítulo
V – art. 58, 59 e 60.
− Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica –
Parecer n.º 17/01 CNE e Resolução CNE nº 02/01.
− Deliberação nº 02/03 – CNE.
A oferta de serviços e apoios especializados na rede regular de ensino visa
ao atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais nas áreas das
deficiências mentais, física, surdez, condutas típicas de quadros neurológicos e
psiquiátricos e psicológicos graves e altos habilidades/superdotação, compreendendo:
− Sala de recursos;
− Centro de atendimento especializado;
− Professor de apoio permanente;
− Profissional intérprete;
− Instrutor surdo;
− Classe especial;
− Escola especial.
A garantia da escola pública para todos significa dar acesso àqueles que a
ela se reportam. Apenas a matrícula não garante a permanência do aluno na escola. A
cultura escolar deve permitir que os educandos tenham um transcurso contínuo e
progressivo no instituição de ensino, com a apresentação de resultados efetivos de
aprendizagem.
O Paraná está fazendo uma inclusão educacional responsável. Mas a
inclusão, antes de ser educacional é social, portanto, é uma conquista de toda a
sociedade. A educação, aliada à vasta legislação que hoje dispomos para a área e o
essencial envolvimento da sociedade é que fortalecerão os sentimentos éticos e de
cidadania da população paranaense.
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Blanco coloca que “a inclusão educacional não é uma ação da Educação
especial. É da escola comum. Implica em transformar a Educação Comum no seu
conjunto e, assim, deveremos transformar a Educação Especial para que contribua de
maneira significativa ao desenvolvimento de escolas de qualidade para todos. Não
poderemos impulsionar a inclusão a partir da Educação Especial; esse é um desfio da
escola comum”. (1998).
PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
Práticas Avaliativas e Recuperação Paralela/ Concomitante
A avaliação tem a ver com acompanhamento do processo e dos resultados
sucessivos que o educando vai obtendo em seus percursos de aprender. A nota é o
registro é o testemunho do desempenho final deste percurso
A avaliação deve ser emancipadora o que implica em garantir o acesso ao
conhecimento por parte do aluno e avaliá-lo durante todo esse processo de apropriação
do saber. É democrático avaliar para garantir essa apropriação e não para promovê-los
em nome da exclusão. É preciso portanto, ter em vista os instrumentos e os
encaminhamentos metodológicos utilizados no processo avaliativo e que ações
semelhantes ainda serão necessárias recuperação - para que “o pleno desenvolvimento
do educando” seja realmente efetivo, um direito assegurado, e não apenas parte do
discurso presente em todos os referenciais teóricos e legais, incluindo-se aí o Projeto
Politico Pedagógico e o Regimento Escolar dos instituiçãos de ensino. Sobre isso o
respaldo legal e suficiente de acordo com o Parecer nº 12/97 do CNE – CEB, com a
deliberação 007/99 do CEE – PR e com o Caderno de Orientações para Elaboração no
Regimento Escolar.
Os critérios de avaliação devem revelar na sua prática a relação coerente
com as Diretrizes Curriculares e o instituição no Plano de Trabalho Docente.
Os critérios de avaliação devem ser previamente elaborados pelo professor
a partir dos conteúdos estruturantes básicos e específicos, propostos no Plano de
Trabalho Docente, apresentados aos discentes e, se necessário adequá-los ás
necessidades educativas no contexto do processo.
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É preciso esclarecer, também, que aquilo que denomina-se comumente nas
escolas como “trabalho” é um instrumento de avaliação e /ou recuperação tão importante
quanto a prova e, portanto, deve (ou pelo menos deveria) se constituir em mais um
elemento que permite ao professor analisar de que forma os alunos estão se apropriando
dos conteúdos. Além disso, quando bem elaborados, com roteiros e critérios claros, os
trabalhos permitem, e isto é o mais importante, analisar a “atividade critica, a capacidade
de síntese e a elaboração pessoal” dos alunos.
A recuperação de estudos, portanto concomitante ao processo letivo, tem
por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de
avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão vias para perceber os
conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no processo de
recuperação de estudos. Como ocorre esse processo?
Ele é concomitante e ocorre de duas formas:
� A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos da
avaliação.
� A reavaliação do conteúdo já “re-explicado” em sala.“Um não nega o outro”.
É preciso desvincular a ideia de reavaliação, que integra o processo de recuperação de
estudos, através apenas das provas formais.
Não precisam ser provas necessariamente. Pode ser uma pesquisa,
seminário de apresentação para grupo de alunos diferentes, conforme a dimensão do
conteúdo que não foi apropriada, entre outros. Não é correto realizar a recuperação
somente das provas mesmo porque o que se visa recuperar são os conteúdos que o
aluno ainda não aprendeu e não somente a nota. A nota deve ser a expressão da
qualidade do que o aluno aprendeu e não um resultado com um fim em si mesmo. A
recuperação, não recupera os instrumentos e sim os conteúdos, cujos instrumentos foram
utilizados como via para aprender e como diagnóstico para auto regular o processo.
A recuperação não precisa preceder cada instrumento, uma vez que, todos
os instrumentos serão usados metodologicamente como via de ensino e aprendizagem
portanto, de diagnóstico dos mesmos e não como fins de aferir valores. Cabe ao
professor perceber, através destes, em que dimensões os conteúdos devem ser
retomados e reavaliados. A escola prevê que no mínimo sejam utilizados três
instrumentos avaliativos diferentes em cada bimestre.
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O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional ao da avaliação,
ou seja, se o processo vai de 0 a 100% de apresentação, diagnóstico e retomada dos
conteúdos, a recuperação será ofertada com peso 100%, podendo ser dividido em
momentos distintos e sempre prevalecendo a maior nota obtida pelo aluno.
Plano de Ação dos Pedagogos
IDENTIFICAÇÃO:
Nome da Escola: Escola Estadual Dr Rubem Fleury da Rocha – EF
Pedagogos (as) responsáveis:
� Adenise Stringari
� Juliani Sueke de Oliveira
� Francisca Andrade da Silva Manfio
Justificativa:
A aprendizagem do homem é um processo de interação e inter-relação de
processos humanos, biológicos, intelectuais, emocionais e sociais. Como pedagogos, ao
organizar o processo educacional, articulando e intervindo, motivando e promovendo
estaremos mediando pedagogicamente o trabalho educacional na busca da qualidade do
processo de ensino aprendizagem, buscando alternativas que visem proporcionar o bom
andamento pedagógico intervindo na organização do planejamento. Currículo e avaliação.
Objetivo:
Coordenar a organização do trabalho pedagógico nas dimensões do
planejamento, currículo e avaliação, atuando cotidianamente em prol da promoção de
uma educação de qualidade, de forma integrada e articuladora entre todos os segmentos
da escola.
AÇÕES PEDAGÓGICAS:
a) Junto à Direção:
� Desenvolvimento do Plano de Ação da Escola;
� Cronograma de Reuniões Pedagógicas e Conselhos de Classe;
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� Organização do trabalho pedagógico, participando e intervindo de maneira
autônoma;
� Integração entre os envolvidos na ação educativa: alunos, professores, direção,
funcionários, pais e comunidade;
� Reorganização coletiva do Projeto Político Pedagógico;
� Organização e intervenção bimestral do rendimento escolar através das
estatísticas;
� Organização do Calendário Escolar;
� instituição de propostas e medidas coletivas de acompanhamento disciplinar,
avaliativo e pedagógico;
� Analisar as propostas de natureza pedagógica a serem implantadas na escola,
observando a legislação em vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como
fundamento da prática educativa;
� Dinamizar as relações interpessoais no âmbito institucional;
� Reuniões e encontros com funcionários;
� Zelar pelo cumprimento do Regimento Escolar e do Projeto Político Pedagógico;
b) Junto aos Professores:
� Coordenação das Reuniões pedagógicas, capacitações e grupos de estudo;
� Organização e poio aos conselheiros e líderes de turma;
� Orientação no processo de elaboração do plano docente;
� Acompanhamento da recuperação de estudos;
� Acompanhamento da Hora-Atividade, verificando e acompanhando o rendimento
escolar, aspectos comportamentais dos alunos e se interando do cumprimento da
proposta e do plano docente bimestral;
� Organização e direcionamento dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe
bimestrais e pós-conselho;
� Acompanhamento da Sala de Apoio de Recursos nos horários de contra-turno;
� Vistar periodicamente os livros de chamada que devem estar em consonância com
o plano docente bimestral;
� Organização e agendamento das reposições de aulas;
� Discussão do rendimento das turmas através dos gráficos bimestrais;
� Promover estudos e trocas de experiências na Hora-Atividade;
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� Participação na sala de aula, subsidiando o trabalho do professor;
� montar planilha de atendimento por professor.
c) Junto aos Alunos:
� Promover reuniões com os representantes das turmas;
� Desenvolver ações para evitar a evasão escolar (FICA – Ficha de Comunicação do
Aluno Ausente);
� Intervenção nas situações comportamentais que transcendem o ambiente de sala
de aula, pautados nas normas legais e Regulamento Interno;
� Atendimento e orientações cotidianas (requerimentos, atestados, exercício
domiciliar, licenças e atividades militares, etc);
� Atendimento especial aos alunos que apresentam rendimento inferior a 30% no
bimestre.
� Reflexões individuais e coletivas acerca do rendimento bimestral através dos
gráficos;
� Encaminhamento dos alunos que necessitam de atendimento especial;
� Promoção do Conselho de Classe Participativo ( Equipe Pedagógica e alunos);
� Organização de pastas por turmas com fichas de acompanhamento da vida
escolar, individuais que deverá ser levada ao conhecimento dos pais nas reuniões, dos
alunos no Conselho Participativo e dos professores no Conselho de Classe.
d) Junto aos Funcionários:
� Contato constante para organização do trabalho escolar;
� Promoção de encontros de reflexão, avaliação e auto-estima dos funcionários.
e) Junto às Famílias:
� Orientação às famílias na busca de intervenção de outros profissionais
especializados (psicólogos, fonoaudiólogos, oftalmologista, etc), quando se fizer
necessário;
� Convocação de atendimento, informações e orientações aos pais sobre o
rendimento escolar e aspectos disciplinares, tendo em vista proposta de avaliação do
colégio;
� Promover e coordenar reuniões de pais bimestrais;
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� Encaminhamento de autorizações, bilhetes, comunicados, solicitações, etc;
� Orientar a comunidade escolar na proposição e construção de um projeto
pedagógico na perspectiva transformadora.
f) Junto ao Núcleo Regional de Educação:
� Participar de reuniões, jornadas pedagógicas, seminários, palestras e demais
eventos promovidos pela mantenedora;
� Cumprir com os prazos de entrega dos documentos solicitados;
� Contratos para sanar dúvidas ou solicitar orientações;
� Solicitação de visitas dos diversos setores (CRTE, Pedagógico, etc) para melhor
conduzir o trabalho dentro da escola.
Avaliação:
Os trabalhos serão desenvolvidos com toda a equipe escolar, tendo como
foco as relações que envolvem o processo educativo, intervindo entre os diferentes
segmentos. Assim, a avaliação acontecerá no decorrer do ano letivo, verificando os
pontos positivos e negativos, aprimorando o trabalho.
Bibliografia:
Texto das atribuições dos Pedagogos fornecido pelo Núcleo Regional de
Educação.
Plano de Ação da Direção 2012/2014
DIRETOR(A): GISLENE APARECIDA GOES
GESTÃO PARTICIPATIVA E DEMOCRÁTICA
A legislação brasileira prevê que o ensino público seja ministrado com base em
alguns princípios, e um deles é a gestão democrática. Assim, a Constituição Federal, no
artigo 206(VI) estabelece que seja feita a “gestão democrática do ensino público, na forma
da lei” .
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A gestão democrática visa promover a gestão da participação e intensifica o
envolvimento de todos os integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no
funcionamento da organização escolar. Na E.E. Dr Rubem Fleury da Rocha esse
envolvimento está relacionado aos órgãos deliberativos, aos pais, aos professores, aos
alunos, aos conselhos de classe, aos colegiados e a comunidade que se faz presente no
espaço escolar, o que resulta na formação de uma comunidade educativa que interage
com a sociedade civil e assegura a qualidade do processo de ensino e de aprendizagem.
Sobre a participação na construção do Projeto Político Pedagógico, os pais e a
comunidade escolar sempre colaboraram com ideias e ações que expressam
compromisso com as políticas públicas e Diretrizes Educacionais e que vêm ao encontro
das expectativas do grupo.
Dessa forma, a gestão vindoura deve aprimorar ainda mais essas discussões com
todos os segmentos da instituição entre eles Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil
e as famílias afim de que possam acompanhar o processo de ensino aprendizagem e
participar dos processos decisórios da escola.
O Regimento Escolar é um documento que deve estar em consonância com o
Projeto Político Pedagógico. É este documento que legalmente sistematiza as ações
pedagógicas, administrativas, políticas, sociais e disciplinares da instituição de ensino
bem como as relações entre o público interno e externo que fazem parte da escola. De
existência obrigatória na escola, o Regimento Escolar é construído coletivamente pela
comunidade escolar.
Uma das formas de proporcionar essa articulação entre as famílias é convidá-las
para a elaboração do Regimento Escolar e realizar a divulgação para os demais sobre as
normas legais e de convivência, que orienta, os direitos e deveres dos professores,
funcionários, pais e alunos.
O conhecimento sobre este documento deverá ser realizado com os pais, nas
reuniões ou na rematrícula/matrícula do aluno. Com os professores na capacitação inicial
e com os alunos nas salas de aula, no início do ano letivo.
O gestor da escola deverá atentar para o repasse das informações recebidas em
reuniões, orientações técnicas, ou ocorrências dos diferentes períodos, com a finalidade
de redirecionar os rumos do cotidiano escolar. Sempre atentando para o total
entendimento por parte dos usuários.
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A participação das Associações de Pais, Mestres e Funcionários, do Conselho
Escolar e do Grêmio Estudantil, não somente indica as possibilidades de consolidação do
fortalecimento da comunidade, como também a garantia de espaços de discussão e de
tomada de decisões no âmbito pedagógico, estrutural e financeiro.
GESTÃO PEDAGÓGICA
Todas as ações pedagógicas desenvolvidas pelo coletivo escolar devem estar
documentadas no Projeto Político Pedagógico, na Proposta Pedagógica e o Plano de
Trabalho Docente.
A legislação que rege o Currículo da escola Básica prevê conforme o artigo 32 da
LDBEN/96 que deve-se garantir o desenvolvimento integral do educando mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Sendo o currículo espaço de poder e conhecimento corporificado carrega as
marcas e reproduz culturalmente as estruturas sociais e transmite a ideologia dominante.
Nesse contexto, a avaliação também nunca será uma atividade neutra, pois o
modo como se efetiva, a necessidade da tomada de decisões e juízos que nos é exigida
constantemente, sejam mais transformadoras ou conservadoras, correspondem às
concepções que construímos e também colocamos em prática.
Avaliar impõe um enfrentamento com o real, um julgamento, mas não pode ficar
somente nesta perspectiva; pois, avaliar é também analisar, compreender, desvelar,
descobrir, pesquisar, estabelecer correlações, ampliar a visão, aprofundar questões,
dialogar, construir significados para os sujeitos e para a coletividade.
Não podemos deixar de citar os aspectos legais, os quais norteiam e validam as
nossas ações, por isso descrevemos abaixo o que afirma a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação com relação à avaliação.
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“Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional n.o 9394/96, CAPITULO II – Da
Educação Básica, Seção I – Das Disposições Gerais, Art. 24, incisos V e VI:
V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo,
para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de
ensino em seus regimentos;
VI – o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto nos seu
regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de
setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação.”
Assim, o Plano de Trabalho Docente deve estar em consonância com o sistema de
avaliação definido pelo coletivo da escola, sistematizado nos documentos que compõem a
organização do trabalho escolar e expresso na Proposta Pedagógica Curricular.
O professor, portanto, ao elaborar o seu Plano de Trabalho Docente deve
considerar a avaliação como parte do processo de ensino e aprendizagem. A mesma
deve ser realizada em função dos conteúdos e ser coerente com os pressupostos e
metodologias da disciplina .
Nesse sentido, no Livro de Registro de Classe deverão ser contempladas e
registradas todas as atividades avaliativas e de recuperação de estudos asseguradas ao
aluno pela legislação, em acordo com os documentos produzidos coletivamente pela
escola.
Dessa forma, o gestor junto com a equipe pedagógica deve
buscar alternativas que visem proporcionar o bom andamento pedagógico intervindo na
organização do planejamento, currículo e avaliação; organizando o processo educacional,
articulando, motivando e promovendo pedagogicamente o trabalho na busca da qualidade
do processo de ensino aprendizagem.
Ao diagnosticar dificuldades de ensino aprendizagem cabe aos professores
informar a Equipe Pedagógica que encaminhará os alunos para a sala de apoio, que
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conforme instrução nº 07/11 -SUED/SEED, oferecerá apoio à aprendizagem nas
disciplinas de Matemática e Português no contra turno para as 5ª e 8ª séries.
Salas de Apoio à Aprendizagem
Ao fim de cada bimestre cabe à direção organizar com a Equipe Pedagógica a
verificação do ensino aprendizagem dos alunos por meio do Conselho de Classe
participativo, ou seja com a presença de representantes dos pais e alunos.
Após a reflexão do Conselho de Classe deverá ocorrer a participação dos
resultados bimestrais para os pais/responsáveis por meio de reuniões específicas para o
devido fim. Nessas ocasiões deverão ser colhidas sugestões que fortaleçam o
compromisso e o vínculo entre alunos, professores, família e comunidade.
GESTÃO DE INCLUSÃO/SÓCIOEDUCAÇÃO
Inclusão e diversidade são temas que povoam as discussões na área educacional
na última década. Embora haja uma estreita relação entre as duas temáticas não significa
que, ao se discutir a inclusão na educação, sejam realizados na sociedade, debates sobre
a diversidade de grupos que se encontram à margem do processo social, expropriados
dos direitos que são garantidos por lei, a todos os cidadãos, independente de suas
diferenças individuais. As políticas e práticas de inclusão não têm um significado único e
consensual, já que são determinadas por múltiplos fatores. Esses fatores incluem uma
ampla rede de significações no entrecruzamento de diferentes olhares e formas de se
efetivar esse processo; é na inter-relação de como eu, os outros e as instituições sociais
definem e praticam a inclusão é que ela pode, ou não, tornar-se realidade.
GESTÃO DE PESSOAS
Os recursos humanos, em especial os profissionais da educação são uma das
dimensões fundamentais de qualquer processo de melhoria da qualidade do ensino.
Além de contar com direção e professores, a escola configura-se como um microuniverso
no qual diversas personagens atuam em apoio, prestando serviços pedagógicos,
administrativos ou gerais. Por isso é fundamental que o Gestor da escola esteja bem
informado sobre a legislação que rege a vida funcional de todas as pessoas que prestam
serviços na/para a escola.
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Na gestão democrática é importante a construção de regras e normas que regulem
as relações e suas ações estabelecendo limites, direitos e deveres. É fundamental que a
direção crie ações para a integração entre os profissionais da escola, pais, alunos e
comunidade.
Assim, mais uma vez destacamos a importância da participação de todos os
funcionários e professores junto com a comunidade da escola na construção do PPP, pois
essa participação estimula as pessoas que sentem-se motivadas a assumir
compromissos para a melhoria da qualidade de ensino.
Dessa forma, faz-se imprescindível que o gestor apoie as capacitações propostas
pela SEED em prol do desenvolvimento humano de todos.
GESTÃO DE SERVIÇOS DE APOIO, RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS
Tão importante quanto o projeto pedagógico, temos a administração econômico-
financeira que se apresenta como um dos pilares da instituição de ensino.
Assim, exige-se do gestor uma prática essencialmente democrática que conjugue as
decisões coletivas e a unidade de ação do projeto de escola, na perspectiva de conciliar
as exigências burocrático-administrativas da função com a finalidade educativa da escola.
Embora o diretor possa delegar responsabilidades, nas várias etapas da
organização da escola, cabe a ele fazer cumprir a legislação escolar e estabelecer
diretrizes gerais e definir objetivos e metas que compatibilizem a política e as diretrizes do
sistema escolar com as intenções, expectativas e decis�