COLÉGIO ESTADUAL “D. CAROLINA LUPION”
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
E
PROPOSTA
PEDAGÓGICA
CURRICULAR
CAMBARÁ – PARANÁ
ABRIL – 2010
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................. 01 2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO........................................ 03
2.1. Escola/Colégio/código................................................................. 03 2.2. Endereço..................................................................................... 03 2.3. Telefone...................................................................................... 03 2.4. Fax.............................................................................................. 03 2.5. Município/código......................................................................... 03 2.6. Dependência Administrativa/código........................................... 03 2.7. NRE/código................................................................................. 03 2.8. Entidade Mantenedora................................................................ 03 2.9. Ato de Autorização do Estabelecimento..................................... 04 2.10. Ato de Reconhecimento do Estabelecimento............................. 04 2.11. Ato de Renovação do Reconhecimento do Estabelecimento..... 04 2.12. Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar............. 04 2.13. Distância da Instituição Escolar do NRE...................................... 04 2.14. Localização.................................................................................. 04 2.15. Site............................................................................................... 04 2.16. E-mail........................................................................................... 04
3. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ....... 04 4. MARCO SITUACIONAL......................................................................... 05
4.1. Organização da Entidade Escolar................................................ 05 4.1.1. Modalidade de Ensino: ........................................................... 05 4.1.2. Número ................................................................................... 05 4.1.3. Turno de Funcionamento........................................................ 06 4.1.4. Ambientes Pedagógicos......................................................... 06
4.2. Histórico da Realidade................................................................. 06 4.3. Dados Históricos da Instituição ................................................... 07 4.4. Caracterização da Comunidade Escolar ..................................... 09 4.5. Escola de Superação ................................................................... 09 4.6. PDE – Escola................................................................................ 10 4.7. Porte da Escola............................................................................. 10 4.8. Regime Escolar............................................................................. 10 4.9. Classificação................................................................................. 10 4.10. Promoção...................................................................................... 11 4.11. Dependência................................................................................. 11 4.12. Regime de Progressão Parcial...................................................... 11 4.13. Quantidade de profissionais em cada setor.................................. 11 4.14. Formação dos profissionais em educação.................................... 12 4.15. Problemas existentes na Escola/Colégio ..................................... 14
4.15.1. Índice de Aproveitamento Escolar ........................................ 15 4.15.2. Contradição e conflitos presentes na prática docente .......... 16 4.15.3. Formação Inicial e Continuada.............................................. 17
4.15.4. Organização do Tempo e do Espaço.................................... 18 4.15.5. Equipamentos Físicos e Pedagógicos .................................. 19 4.15.6. Relações Humanas de Trabalho na Escola/Colégio ............ 19 4.15.7. Organização da Hora-Atividade ............................................ 20 4.15.8. Inclusão ................................................................................. 20
4.16. Gestão Democrática......................................................................... 21 4.16.1. Conselho de Classe............................................................... 21 4.16.2. Conselho Escolar................................................................... 21 4.16.3. Grêmio Estudantil................................................................... 22 4.16.4. APMF..................................................................................... 22 4.16.5. Participação dos Pais............................................................. 22 4.16.6. Critérios de organização e distribuição de turmas ................ 23 4.16.7. Outros.................................................................................... 23
4.17. Desafios Educacionais Contemporâneos .................................... 23 4.18. Diversidade .................................................................................. 24
5. MARCO CONCEITUAL............................................................................. 25 5.1. Fundamentação Teórica e Organização Pedag. do Colégio.......... 25
5.1.1. Filosofia da Escola/Colégio....................................................... 28 5.1.2. Concepção Educacional........................................................... 29 5.1.3. Princípios Norteadores da Educação........................................ 30 5.1.4. Objetivo da Escola/Colégio........................................................ 30 5.1.5. Fins Educativos.......................................................................... 31 5.1.6. Concepções norteadas pela LDBEN......................................... 32 5.1.7. Diretrizes Curriculares que norteiam a Ação da Escola/Colégio 34 5.1.8. Concepções do Estatuto da Criança e do Adolescente............ 35 5.1.9. Concepções das Capacitações Continuadas............................ 38 5.1.10. Concepção de Homem , sociedade , cultura , mundo,
educação , escola , conhecimento , tecnologia , ensino-aprendizagem, cidadania/cidadão ................................................39
5.1.11. Concepção de Escola de Superação ................................... 49 5.1.12. PDE – Escola ....................................................................... 50 5.1.13. Concepção de Tempo e Espaço na Escola ......................... 52 5.1.14. Concepção e princípios da Gestão Democrática ................. 52 5.1.15. Administração Colegiada ..................................................... 55 5.1.16. Concepção de Formação Continuada ................................. 57 5.1.17. Concepção da Hora-Atividade.............................................. 58 5.1.18. Concepção de Plano de Trabalho Docente.......................... 60 5.1.19. Concepção da Reunião Pedagógica..................................... 60 5.1.20. Concepção do Conselho de Classe ..................................... 60
5.2. Concepção do Tempo Escolar ....................................................... 63 5.3. Organização Curricular................................................................... 64 5.4. Matriz Curricular ............................................................................. 65 5.5. Resolução CP n° 1 de 17/06/2004 ................................................. 68 5.6. Lei 13.381/2001 .............................................................................. 70 5.7. Lei n° 11.788/2008 .......................................................................... 70 5.8. Ensino de Filosofia e Sociologia ..................................................... 72 5.9. Concepção das Ações Didático-Pedagógicas ................................ 72 5.10. Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos …........... 73
5.11. Concepção de Diversidade ............................................................. 75 5.12. Concepção curricular/ de currículo ................................................. 77
5.12.1. Relação professor – aluno..................................................... 82 5.12.2. Intervenção constante do professor....................................... 82 5.12.3. Relação entre a formação continuada do professor ............. 83
5.13. Concepção de Avaliação................................................................. 83
5.13.1. Conceito ............................................................................... 84 5.13.2. Indicadores da Aprendizagem ............................................. 85 5.13.3. Critérios de Promoção .......................................................... 85 5.13.4. Periodicidade de Registro da Avaliação................................ 86 5.13.5. Resultado da Avaliação ........................................................ 87 5.13.6. Encaminhamentos e Ações Concretas ................................ 87 5.13.7. Procedimentos de Recuperação de Estudos ....................... 88
5.14. Planos de Avaliação........................................................................ 89 5.14.1. Adaptação Curricular ............................................................ 89 5.14.2. Dependência.......................................................................... 89 5.14.3. Progressão Parcial ................................................................ 89 5.14.4. Recuperação.......................................................................... 90 5.14.5. Classificação/Reclassificação................................................ 90 5.14.6. Avaliação Final....................................................................... 90 5.14.7. Procedimento de Informações aos Pais................................ 91
6. MARCO OPERACIONAL ....................................................................... 91 6.1. Plano de Ação............................................................................... 91
6.1.1. Objetivos, metas, ações administrativas, financeiras e político-pedagógicas;........................................................................... 91
6.1.2. Escola de Superação ............................................................. 92 6.1.3. PDE – Escola ......................................................................... 92 6.1.4. Facilitadores da aprendizagem;.............................................. 93 6.1.5. Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica;93 6.1.6. Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem
do aluno...................................................................................... 94 6.1.7. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de
sua prática em sala de aula........................................................ 94 6.1.8. Mudanças significativas a serem alcançadas......................... 95 6.1.9. Organização da Hora-Atividade, reuniões pedagógicas e conselhos
de Classe.................................................................................... 95 6.1.10. Recuperação de Estudos e Progressão Parcial.................... 96 6.1.11. Plano de Trabalho Docente .................................................. 96 6.1.12. Diretrizes para avaliação geral de desempenho ................... 97 6.1.13. Ações envolvendo outras instituições.................................... 97 6.1.14. Recursos Financeiros ........................................................... 97 6.1.15. Organização Interna da escola/colégio ................................. 98 6.1.16. Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos...... 105 6.1.17. Qualificação dos equipamentos pedagógicos ....................... 105 6.1.18. Família e Comunidade .......................................................... 106 6.1.19. Organização do trabalho pedagógico e a prática docente .... 106
6.2. Redimensionamento da Gestão Democrática.............................. 107
6.2.1. Conselho Escolar.................................................................... 107 6.2.2. Conselho de Classe................................................................ 107 6.2.3. Grêmio Estudantil................................................................... 108 6.2.4. Eleição do aluno representante de turma............................... 108 6.2.5. APMF........................................................................................ 108
6.3. Formação Continuada ................................................................... 109 6.4. Ações Didático-Pedagógicas ........................................................ 109 6.5. Desafios Educacionais Contemporâneos ..................................... 109 6.6. Diversidade ................................................................................... 110
7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ...................................................................................... 110 7.1. Plano de Acompanhamento do PPP e de Informação à
Comunidade.................................................................................... 110 7.2. Participação das Instâncias Colegiadas ........................................ 111 7.3. Periodicidade do Acompanhamento e Avaliação do PPP............. 112
8. BIBLIOGRAFIA......................................................................................... 112
9. ANEXOS.................................................................................................... 113
9.1. Cópia da Ata de Aprovação do Conselho Escolar do PPP 9.2. Cópias das Atas das Reuniões da Comissão de Elaboração do PPP
11.PROPOSTA PEDAGÓCIA CURRICULAR............................................... 114 11.1. Arte................................................................................................ 114 11.2. Biologia......................................................................................... 132 11.3 Ciências........................................................................................ 143 11.4 Educação Física........................................................................... 155 11.5 Ensino Religioso........................................................................... 186 11.6 Filosofia......................................................................................... 192 11.7. Física............................................................................................. 202 11.8 Geografia...................................................................................... 210 11.9 História.......................................................................................... 221 11.10 Língua Estrangeira Moderna –Língua Inglesa............................... 239 11.11. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol...................................... 253 11.12 Língua Portuguesa........................................................................ 260 11.13 Matemática.................................................................................... 286 11.14 Química......................................................................................... 315 11.15 Sociologia...................................................................................... 325
1
APRESENTAÇÃO
Projeto Político Pedagógico é a própria organização do trabalho pedagógico
escolar como um todo, em suas especificidades, níveis e modalidades.
Para Saviani 1982, o Projeto é político porque pressupõe a opção e
compromisso com a formação do cidadão para um determinado tipo de sociedade e
pedagógico, pois reside na possibilidade de efetivação da finalidade da Educação/Escola:
formação do cidadão crítico, responsável, criativo e participativo.
Segundo Veiga, para que a essência do projeto Político Pedagógico da
escola se realize é necessário existir uma autonomia pedagógica que está estreitamente
ligada à identidade, à função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação e aos
resultados.
Em cumprimento a L.D.B da Educação Nacional nº. 9.394 promulgada em
20 de dezembro de 1996, em seu artigo estabelece:
Art. 12: O estabelecimento de ensino que tem sido respeitadas as normas comuns e as do
seu sistemas de ensino, terão a incumbência de:
I elaborar e executar a sua proposta pedagógica;
II administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas – aulas estabelecidas;
IV velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI articular-se com as famílias e a comunidade, criando processo de integração da
sociedade com a escola;
VII informar aos pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem
como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
O Art. 53 do Capítulo IV do Estatuto da Criança e do Adolescente diz que: A
criança e o adolescente tem o direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-
se lhes:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
2
III -direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
IV - direito de organizar e participar em entidades estudantis;
V - acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Baseando-se na L.D.B e autores renomados, o Colégio Estadual D. Carolina
Lupion deu início a construção do Projeto Político Pedagógico na coletividade, buscando
caminhos e reflexões sobre o processo educativo deste Estabelecimento de ensino.
O Colégio Estadual. D. Carolina Lupion está situada no bairro Vila Rubim,
Município de Cambará, pertencente ao núcleo de Jacarezinho. Atende atualmente alunos
do Ciclo Único ( 4ª série), de 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental Diurno e Noturno ,
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos.
O presente Projeto Político Pedagógico desta escola tem por objetivo dar
ênfase a profunda reflexão sobre a realidade da escola em sua intencionalidade educativa,
definindo caminhos, formas operacionais e ações a serem realizadas por todos os
envolvidos com o processo educativo.
A construção do mesmo deu-se na coletividade com a participação dos
professores, funcionários, pais, alunos e equipe pedagógica, com a intenção de estabelecer
uma direção para as ações educativas, visando uma qualidade de ensino nas dimensões
formal ou técnica e política.
Para que pudesse se fazer o diagnóstico da realidade elaborou-se o Marco
Situacional; Marco Conceitual e o Marco Operacional.
No marco situacional investigou-se como a escola se encontra através de
tópicos como: educação, escola, sociedade, professor, aluno, funcionário, avaliação e
cultura.
Após a análise partiu-se para o Marco Conceitual, ou seja, o sonho de como
o queremos no futuro, porém embasando-se em autores.
No Marco Operacional colocou-se as ações possíveis de se realizar durante
o ano de 2010, embasando-se no que temos e no que queremos, onde será montado um
cronograma para a realização das ações previstas.
E por fim, será exposto como acontecerá a avaliação do Projeto Político
Pedagógico deste estabelecimento de Ensino.
3
3- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
3.1- COLÉGIO Estadual “D. Carolina Lupion” Ensino Fundamental e Médio
Código : 0023
3.2- ENDEREÇO: Avenida Brasil, n 1782
3.3- TELEFONE: (43)3532:1488
3.4 FAX : (43) 35321488
3.5 MUNICÍPIO: CAMBARÁ
Código : 0360
3.6 DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ESTADUAL
Código: 02
NRE: Jacarezinho
Código : 017
ENTIDADE MANTENEDORA : GOVERNO DO ESTADO DO
PARANÁ
3.9 ATO DE AUTORIZAÇÃO
RESOLUÇÃO Nº 2432/76 DE 29/10/1976.
3.10 ATO DE RECONHECIMENTO
RESOLUÇÃO Nº1535/04 DE 23/04/04
3.11 ATO DE RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO DO
ESTABELECIMENTO
RESOLUÇÃO Nº 1535/04 DE 23/04/04
3.12 ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR
027/08 NRE/SEF
3.13 DISTÂNCIA DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR DO NRE
22 km
3.14 LOCALIZAÇÃO : Zona Urbana
3.15 SITE : http://cbrcarolinalupion.seed
4
3.16 e-mail: [email protected]
4- OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO
- Garantir a igualdade de condições para o acesso e permanência dos alunos
na escola e manutenção da qualidade de ensino aprendizagem;
- Estimular a interação entre equipe pedagógica, aluno, pais, professores e
funcionários para a construção de um Projeto Político Pedagógico que vise a melhor e mais
completa formação do educando;
- Considerar a diversidade do aluno como um desafio e não como um
problema;
- Desenvolver um conjunto de práticas pedagógicas preestabelecidas com o
propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de
maneira crítica e construtiva, com o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com
competência e dignidade na sociedade;
- Garantir conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais
que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são consideradas
essenciais, para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres;
- Estimular e promover a formação continuada para professores e demais
funcionários, capacitando-os para que possam oferecer um ensino de qualidade, visando a
melhoria de trabalho.
- Estimular o desenvolvimento e a participação democrática e efetiva da
comunidade e dos pais nas diferentes instâncias do sistema educativo e especialmente criar
mecanismos que favoreçam o envolvimento dos mesmos.
5- MARCO SITUACIONAL 5.1- Modalidade de Ensino:
5
Ensino Fundamental Inicial e Final
Ensino Médio
Educação de Jovens e Adultos
5.1.2 -Número
Número Total de alunos por período:
Manhã:234
Tarde:129
Noite: 50
5.1.3- TURNO DE FUNCIONAMENTO
MANHÃ : 7:25 às 11:50
TARDE: 13:00 às 17:30
NOITE: 19:00 às 23:00
5.1.4- AMBIENTES PEDAGÓGICO
Número total de sala de aulas: 08
Sala de apoio pedagógico- 01
Laboratório de Informática – 01
Biblioteca : 01
Quadra descoberta: 01
Quadra coberta : 01
Laboratório de Física, Química e Biologia: 01
5.2- Breve Histórico da Realidade
A sociedade à qual estamos inseridos aponta aspectos negativos e positivos; dentre
os negativos observa-se que o custo de vida está muito alto e os salários muito baixo,
tornando difícil atender as necessidades básicas; a mídia tem propiciado algumas
programações e propagandas que ao invés de informar ou ajudar na formação das crianças
ou adolescentes, tem induzido os mesmos à liberdade sexual, consumismo e curiosidade ao
6
que se refere as drogas (bebida e fumo), entre outros; a falta de limites tanto em casa como
na escola e na sociedade tem contribuído para formar cidadãos com excessiva libertinagem
e sérios distúrbios de comportamento; perderam de vista a obediência a Deus, aos pais e ao
próximo , inclusive a valores essenciais ao ser humano para a sua sobrevivência.
No entanto, não podemos deixar de mencionar os aspectos positivos dentre os quais
destacamos: o conhecimento que as crianças e adolescentes possuem hoje devido ao
avanço da tecnologia. A relação aluno x professor melhorou muito, bem como o
relacionamento entre pais e filhos; as informações estão mais claras, porém, necessita ter
uma visão mais crítica para absorvê-las de forma benéfica. Todas estas questões
contribuem na sociedade, facilitando a vida de todos.
Desta forma, nossos sentimentos em relação ao mundo atual oscilam, uns acham
sem perspectiva de futuro, devido ao mercado de trabalho, desemprego e desigualdade
social, outros acreditam num futuro melhor, investindo com esperança nos filhos,
colocando-os nas escolas, já que para se sobressair no mundo em que vivem é necessário o
conhecimento.
Analisando a realidade atual brasileira e mais detidamente, as instâncias estadual e
municipal, observa-se que a escola está sobrecarregada de responsabilidades sociais, as
quais fogem de sua real função, que é a de proporcionar uma educação formal baseada nas
áreas dos conhecimentos científicos e humanos.
5.3 – Dados Histórico da Instituição
O Colégio D. Carolina Lupion foi fundado em 14 de outubro de 1.956, de estilo
simples, porém contando com dependências amplas e arejadas.
Antes da inauguração, começou a funcionar por ordem verbal do senhor Secretário
de Educação e Cultura, até que o número de matrículas fosse suficiente. Era denominado
na época, Grupo Escolar da Vila Rubim.
Posteriormente, passou a denominar-se Escola Estadual Carolina W. Lupion, em
homenagem a progenitora do senhor Governador do Estado Dr. Moisés Lupion, em cujo
governo foi construída e inaugurada.
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Em 26 de outubro de 1.976, através do decreto 2.432, baseado na Lei nº 9.563/76, a
Escola Estadual Carolina Lupion – Ensino de 1º Grau Regular passou a pertencer ao
Complexo Escolar Professor Túlio D’Incau, juntamente com a Escola Aplicação Rosa
Saporski e o Grupo Noturno João Matar, que passaram a se constituir um único
estabelecimento de ensino, sob a denominação de Escola Rosa Saporski – Ensino Regular
e Supletivo de 1º Grau e o Colégio Estadual de Cambará – Ensino Regular e Supletivo de
1º Grau e ensino de 2º Ciclo.
O Decreto nº 5.709 de 25/10/78 veio completar o anterior, ficando denominado
Complexo Escolar Professor Túlio D’Incau – Ensino de 1º Grau e Ensino de 2º Grau,
formado pela Escola Rosa Saporski – Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau Regular e
Colégio Professor Sílvio Tavares – Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau e Ensino de 2º
Grau.
Através da Resolução nº 6.357 de 30/11/93, publicada no Diário Oficial nº4.115 de
09/12/93, ficou autorizado o funcionamento de 5ª a 8ª séries do Ensino de 1º Grau, de
forma gradativa, sendo 5ª série em 1994, 6ª série em 1995, 7ª série em 1996 e 8ª série em
1997, passando assim a Escola Estadual Carolina Lupion – Ensino de 1º Grau, ofertar o
Curso Fundamental completo.
O reconhecimento do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série se deu, no entanto, pela
Resolução 4.341/99, publicada no Diário Oficial de 22/12/99.
Em 10/02/99, foi autorizado o Funcionamento do Ensino Médio – Educação de
Jovens e Adultos, através da resolução 758/99, com implantação gradativa, a partir do
primeiro semestre de 1.999. Em decorrência disso, o estabelecimento passou a denominar-
se Colégio Estadual D. Carolina Lupion – Ensino Fundamental e Médio.
Em 14/09/2009, iniciou neste estabelecimento a oferta do Curso Educação de
Jovens e Adultos, nos níveis Fundamental e Médio, organizados de forma coletivo e
individual. Esta modalidade de ensino leva em conta a diversidade cultural, de faixa etária,
de classe econômica, para que as aulas sejam ministradas de maneira que o educando se
veja não apenas como mais um aluno, e sim, parte integrante de todo o processo
educacional.
5.4 - Caracterização da Comunidade Escolar:
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A escola está localizada em região periférica do município, onde as famílias, de
recursos financeiros bastante escassos, são constituídas por pessoas que trabalham em
serviços temporários, acompanhando os períodos de safra de cana-de-açúcar e das usinas,
o que representa uma comunidade itinerante, que se desloca de uma cidade a outra em
busca de trabalho com muita frequência durante o ano, e isso representa uma dificuldade
em se criar vínculos com a escola ou mesmo de se dar continuidade aos estudos iniciados,
causando a evasão escolar e também a repetência, uma vez que não há um
sequencionamento estável em seu processo de aprendizagem.
Além disso, há o aspecto sócio-econômico e cultural dessas famílias que não
transmitem a seus filhos a real função da escola, atribuindo a esta instituição um caráter
assistencial, onde se espera que haja uma formação não só cognitiva como também afetiva
e educacional, que substitua a educação familiar.
5.5- ESCOLA DE SUPERAÇÃO
Por estar com alto índice de reprova este estabelecimento foi inserido como Escola
de Superação. Para sanarmos tal problema o Colégio está dando uma atenção especial aos
alunos e professores e atendendo os da melhor maneira possível, assim como fazendo
parcerias com os pais através de reuniões e atendimento individualizado,com a finalidade
sanar tais problemas.
5.6- PDE – ESCOLA
No início de 2009 a escola no seu coletivo elaborou o plano de ação a ser cumprido
no ano, com recursos específicos para que sejam desenvolvidas ações que elevem o
desempenho dos alunos, atacando prioritariamente os problemas detectados pelos
professores , alunos e pais , com o acompanhamento do Conselho Escolar. Com o objetivo
de fortalecer a autonomia da gestão escolar e aumentar o índice educacionais deste
estabelecimento (Ideb). Após a aprovação do plano de ação de nosso estabelecimento, a
verba 'só' foi liberada em 14/01/2010, sendo assim durante este ano estaremos aplicando as
ações previstas.
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5.7 PORTE DA ESCOLA
O porte da escola é considerado a partir do número de alunos matriculados de acordo
com a classificação, segundo os dados do censo escolar do ano anterior e que tem
implicações com a qualidade do ensino oferecido, com a oferta de infra-estrutura e com
aspectos ligados ao nível de qualificação docente.
De acordo com a Resolução n° 3651/2000, estabeleceu portes de I a XI, seguindo
um único critério: “ classificação segundo os dados do censo escolar do ano anterior.”
Neste estabelecimento de ensino o porte da escola é III, de acordo com a classificação.
5.8- REGIME ESCOLAR
Regime aberto
5.9- CLASSIFICAÇÃO
O exame de classificação é um meio pelo qual a escola permite ao aluno
oportunidades de recuperar o tempo escolar, devido ao atraso nas séries por repetência ou
abandono de cursos, fazendo com que sua idade seja avançada para a série em que cursa.
Assim, observando-se o nível de sua escolaridade anterior e, passando o aluno pelo exame
de classificação ou reclassificação com bom desempenho e atendendo a todos os quesitos,
pode adiantar-se em uma série e, assim suprir a defasagem escolar em que se encontrava
com relação à faixa etária, resultando num estímulo maior à aprendizagem.
5.10- PROMOÇÃO
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada
à apuração da sua frequência
5.11 – DEPENDÊNCIAS
A partir do ano de 2010 o estabelecimento deixou de ofertar dependências em todos
os cursos, uma vez que o Colégio percebeu a dificuldade que os alunos tinham em virem
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no contra turno e até mesmo em fazer trabalhos, sendo desta maneira, o aproveitamento
mínimo.
5.12- REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL
Não ofertado, porém aos alunos oriundo de outros estabelecimento este direito é
garantido.
5.13 – QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS EM CADA SETOR
Diretor: 01
Diretor Auxiliar:01
Pedagogos:04
Professores:37
Apoio Técnico Administrativo:04
Auxiliar de Serviços Gerais:06
5.14- FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO
PROFESSORES
NOME DISCIPLINA ESPECIALIZAÇÃO
ADAUTO PORTES ED. FÍSICA SIM
ANA REGINA MOUTA FRANCICA L.E.M SIM
CLEMILDA FATIMA SILVA CIÊNCIAS SIM
DEBORA FERREIRA DA SILVA ARTE SIM
DULCELEI AP. SCOPARO LINGUA PORT. SIM
ELAINE APARECIDA DOS REIS GEOGRAFIA SIM
ELEANDRA GOMES DA SILVA CIÊNCIAS SIM
JOSÉ RENATO DE FARIA RODELI ED. FÍSICA SIM
JULIANA C. AMADEI FAEDA HIST/FILOS/SOCIO/E.R.
SIM
LUCIA DO CARMO PIRES GEOGRAFIA SIM
MARCIA C. P. DA SILVA MATEM./CIÊN SIM
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MARIA ANGELA BARELA CIÊNCIAS/BIOL. SIM
MARIA ELIZA FURLAN MATEMÁTICA SIM
PATRICIA REIS MATEMÁTICA SIM
TEREZINHA YONAMIME HISTÓRIA SIM
VANIA MARIA CAVALLARI CIÊN./FIS./QUIM SIM
ZEILA R. MESSIAS LINGUA PORT . SIM
WALDÍVIA T.D. RIBEIRO ARTE SIM
GABRIELA R. F. FANTINELLI L.E.M SIM
ROSA MARIA REZENDE LINGUA PORT. SIM
VALQUIRIA Z. TIRONI MATEMÁTICA SIM
ANGELITA DE SOUZA ED. FÍSICA SIM
ANGELA C. DE OLIVEIRA SOCIOL/FILOS SIM
CLEIDE MARCUSSO MATEMÁTICA SIM
CRISTIANE MERCEDES GEOGRAFIA SIM
DENISE BERNARDELLI ARTE SIM
ELICIANE O CEGATTE LINGUA PORT. SIM
JEUSE CLER R. FERREIRA ED. FÍSICA SIM
KEILA AMARO HISTÓRIA SIM
MICHELLE ARON GONÇALVES BIOLOGIA SIM
RONY CLER R. F. BETINE CIÊNCIAS SIM
MARIA ROSEMERI M. RIBEIRO INGLÊS SIM
ANGELICA CRISTIANI ROMANO QUÍMICA SIM
ERIKA MOLINA PELISSARI INGLÊS SIM
GISLAINE DETONE GEOGRAFIA SIM
DANIELE JAMBERCE INGLÊS SIM
EQUIPE PEDAGÓGICA
NOME FUNÇÃO ESPECIALIZAÇÃO
TANIA MARA SANCHES DIRETORA SIM
DULCELEI AP SCOPARO DIR. AUX. SIM
12
KEILA AMARO PEDAGOGA SIM
NADIVA F. CAVASSANI PEDAGOGA SIM
NARA AUGUSTA CAMARGO PEDAGOGA SIM
LOURDES DOMINGOS PEDAGOGA SIM
APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO
NOME FORMAÇÃO
MARIA ELIZABETE MARTINS CARDOSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DAIANY DOS REIS MATEMÁTICA
FABIO BELOMO PINHEIRO DIREITO ( em curso)
ELISÂNGELA ROSA RODRIGUES CIÊNCIAS CONTÁBEIS
AUXILIAR SERVIÇOS GERAIS
NOME FORMAÇÃO
LUCINDA RAIA FUNDAMENTAL INCOMPLETA
CRISLENE TIRONI CANDIDO ENSINO MÉDIO
EVA DE FATIMA ANDRADE DE DEUS ENSINO MÉDIO
ARLETE AP DA SILVA ENSINO MÉDIO
MARIA DE FATIMA MONTEIRO BERNARDO ENSINO MÉDIO
IRENE MOREIRA LOPES FUNDAMENTAL INCOMPLETO
5.15 -PROBLEMAS EXISTENTE NO COLÉGIO
Os problemas enfrentados na escola quanto à aprendizagem decorrem, muitas
vezes, da formação cultural trazida de casa, onde o acesso a matérias de origem culturais
(livros, revistas, jornais etc) são bastante escasso, e há ainda o choque de valores entre
aqueles que receberam no convívio familiar, e os que é preciso incorporar na convivência
social.
13
Um dos problemas que aflige os educadores é o excesso de alunos em sala de aula,
que dificulta o trabalho individualizado por parte dos professores, e se o número fosse
menor, certamente o aluno poderia adquirir maior e melhor qualidade de ensino.
Uma dificuldade enfrentada é em relação ao espaço destinado ao laboratório de
Informática, onde temos toda a estrutura, mas não temos um profissional que dê suporte
para que o professor possa desenvolver algumas atividades com o aluno nesse ambiente.
Enfim esses são alguns aspectos relacionados a evasão e repetência diagnosticado
em nossa comunidade escolar que teremos que enfrentar, enfrentar só não, mas sim,
encontrar coletivamente as ações adequadas para que consigamos amenizar essa situação.
5.15.1 – ÍNDICE DE APROVEITAMENTO
ESTATÍSTICA DE EVASÃO E REPETÊNCIA 2007,2008,2009
FUNDAMENTAL – 2007
Série Total Desistentes Reprovados
5ª 109 24 12
6ª 72 03 17
7ª 62 03 06
8ª 45 08 06
FUNDAMENTAL - 2008
Série Total Desistentes Reprovados
5ª 108 0 42
6ª 95 0 30
7ª 49 0 06
8ª 45 0 13
FUNDAMENTAL - 2009
Série Total Desistentes Reprovados
14
5ª 112 22 14
6ª 90 11 10
7ª 86 12 10
8ª 42 0 06
ENSINO MÉDIO - 2007
Série Total Desistentes Reprovados
1º 35 03 04
ENSINO MÉDIO -2008
Série Total Desistente Reprovados
1º 22 0 06
2º 27 0 04
ENSINO MÉDIO - 2009
Serie Total Desistentes Reprovados
1º 35 0 09
2º 17 0 02
3º 25 01 00
5.15.2- Contradição e conflitos presentes na prática docente.
As contradições e conflitos presentes na prática docente atualmente é que a boa
convivência exige, cada dia mais que saibamos lidar com as diferenças, que são muitas:
15
gênero, raça, classe social, maneira de pensar... Se olharmos para o nosso país, então,
temos tantas maneiras diferentes de viver. E hoje se exige que as pessoas saibam conviver
em grupos, trabalhar em equipes, aceitar os diversos tipos de posicionamentos pessoais e
ideológicos, a pluralidade das crenças religiosas, as variações musicais e não só saber os
vários idiomas, bem como os dialetos. No entanto, o exercício da convivência com o
diferente, o novo, é ainda muito precário, e o que se vê é o confronto dos valores,
principalmente no interior da família e da escola. E, aí, é que ocorrem atritos/conflitos e
choques de valores, hábitos e ideias que geram uma mobilização afetiva e pode nos ensinar
a praticar a democracia e proporcionar a cidadania .
Uma outra contradição vivida no nosso dia-a-dia são aqueles alunos que têm pouco
ou nenhum acesso às novas tecnologias, como os videogames, acesso à internet, entre
outros. Nesse sentido, observa-se que a escola está distante de favorecer as condições para
que esses alunos não fiquem excluídos desse mundo digital. Sabe-se que o computador
pode trazer benefícios tais como: acelerar o desenvolvimento cognitivo, aguçar a
curiosidade, aumentar a criatividade, auxiliar na aprendizagem e proporcionar uma
produtividade maior e com uma imensidão de informações.
Já por outro lado, o uso dos computadores na escola pode ficar prejudicado pelo
despreparo dos próprios educadores e educandos, pelas influências negativas causadas pela
utilização excessiva das máquinas, pela interpretação e compreensão prematura do mundo,
raciocínio sistematizado e reduzido, problemas quanto às pesquisas escolares via internet.
Apesar de sabermos que existem prejuízos, é de vital necessidade e importância que
os alunos tenham possibilidades de acesso às novas tecnologias para que não se tornem
mais uma parcela de excluídos da sociedade.
5.15.3- Formação Inicial e Continuada
O que os professores adquiriram no decorrer de seus estudos, não são mais
suficientes para atender a demanda educacional na atualidade. Com os avanços da
tecnologia e do mundo globalizado, os educadores, com o estojo de giz, "livros didáticos"
e livros de registro de classe, buscam alternativas e caminhos para encurtar a distância
16
entre a teoria e a prática, entre a família e a escola, entre a rua e a sala de aula, sem às
vezes conseguir o principal objetivo do trabalho educacional, que é tornar humano o que
perdeu ou que está perdendo sua identidade.
A formação inicial do professor é deficiente, a má qualidade do ensino superior é
notória. O professor sacrifica-se para ser aprovar em concursos públicos e vai aprendendo
na prática e para auxiliar na aprendizagem destes, os órgãos oficiais ofertam aos
professores cursos de formação continuada.
Além destes cursos o estabelecimento oferta também durante as reuniões
pedagógicas uma capacitação interna aos professores e funcionários, onde procura-se
trabalhar nesses encontros temas que é do interesses de todos (Ex. Regimentos Escolar ,
ECA ...) que venham sanar as dificuldades do nosso dia-a-dia de trabalho e assim
melhorar o desempenho dos profissionais envolvidos no processo de ensino –
aprendizagem. Os temas são trabalhos em grupos, depois plenária e conclusão geral dos
trabalhos. É uma excelente forma de organização do trabalho escolar entre professor/aluno,
na qual ambas as partes encontram dificuldades de entrosamento, e, nesse sentido, a prática
docente se fragiliza, necessitando assim que o professor reveja sua prática para que
encontre êxito naquilo que se propõe a alcançar.
5.15.4- Organização do Tempo e do Espaço
A superlotação das salas e a burocracia para a liberação de verbas destinadas à
reforma e ampliação, faz com que os espaços existentes na escola sejam improvisados: a
biblioteca e sala dos professores ocupam os mesmo espaço em uma sala de aula.
A escola se organiza através do calendário escolar e cronogramas internos dando
suporte e equilíbrio ao trabalho docente. Estes também organizam suas aulas verificando a
necessidade e o ritmo de seus alunos, pois sabe-se que a aprendizagem acontece de forma
diferente em tempos diferentes, por isso é necessário respeitar e valorizar o conhecimento
prévio do aluno, sendo este a ponte para a construção do saber elaborado.
5.15.5- Equipamentos Físicos e Pedagógicos
17
Os recursos tecnológicos foram implantados na escola, (laboratório de informática,
TV pendrive), agora o que falta é preparação para que os docentes tenham condições de
utilizá-los em suas aulas.
O espaço destinado para a realização de atividades extraclasse não é suficiente,
pois como já mencionamos anteriormente usamos uma sala de aula para várias finalidades.
Com a construção da quadra coberta em 2006, os alunos puderam realizar as
atividades físicas mesmo em dias ensolarados ou chuvosos, não atrapalhando as atividades
escolares.
5.15.6- Relações Humanas de Trabalho no Colégio
As relações entre os profissionais na escola apoiam-se no trabalho coletivo, onde
cada um desempenha suas funções e responsabilidades, complementando o trabalho de
todos, conjuntamente para a efetivação do processo educacional.
Diretores, professores, pedagogos, coordenadores, técnicos administrativos,
serviços gerais, estudantes, desempenham suas funções com um único objetivo que é a
educação de nossos alunos, trabalhando assim para que possam atingir as metas previstas.
5.15.7- Organização da Hora Atividade
A organização da hora atividade em dias iguais para as mesmas disciplinas é ideal
para trocas de experiências, portanto, impossível de realizar com seus pares em seus
respectivos dias devido ao número de aulas que são completados seus padrões em outros
estabelecimentos, às substituições que são feitas de professores em licença ( saúde,
maternidade, especial).
O trabalho realizado na hora atividade se resume, no estabelecimento, de propostas,
conteúdos e estratégias de planejamento, reuniões pedagógicas, correção de tarefas dos
alunos, trocas de experiências (quando possível com seus pares) atendimento de alunos e
pais ( quando necessário).
18
É durante a hora-atividade, conselho de classe, planejamento e reuniões
pedagógicas que os docentes estudam, avaliam e re-estruturam o caminhar de seus alunos.
5.15.8- Inclusão
Disposto a aceitar o desafio feito nas Diretrizes da Educação Especial para a
construção de Currículos Inclusivos, reavaliamos nosso currículo para que ele de espaço à
construção de praticas curriculares calcadas no compromisso com a pluralidade das
manifestações humanas presentes nas relações cotidianas da escola. Pois entendemos que
inclusão educacional ultrapassa a presença física do aluno, adequações arquitetônicas,
matricular alunos com deficiências no ensino regular, ela é um movimento responsável que
não pode abrir mão de apoio aos educadores, alunos e familiares.
Optamos por uma inclusão responsável, pois é na diversidade de
experiências que o crescimento intelectual, afetivo e social floresce.
Dentro desta filosofia queremos mudar o conceito de que “escola de todos”
não é “escola para todos”. (FACION, 2005,p.49).
Nosso estabelecimento de ensino não está ofertando sala de recursos neste
ano de 2010, uma vez que, a que possuíamos era nas séries iniciais, com a municipalização
desta modalidade deixamos de ofertá-la, mas pretendemos futuramente ofertá-la a nível
fundamenta (séries finais) e Ensino Médio.
5.16 – GESTÃO DEMOCRÁTICA
5.16.1- Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um momento colegiado que tem finalidades próprias que é
a de estudar e interpretar a aprendizagem do aluno em relação ao seu trabalho realizado em
sala de aula, bem como relevar as necessárias e possíveis modificações metodológicas a
fim de projetar suas estratégias para o próximo bimestre.
5.16.2- Conselho Escolar
19
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa,
fiscal e decisória com o objetivo de estabelecer o P.P.P. da escola, critérios relativos a sua
organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, e constituído por
representante de pais, professores, funcionários, diretor, alunos e membros da
comunidade, cabendo a estes a postura de tomar parte das deliberações e fiscalizações
constituídas pelos princípios da representatividade democrática. O funcionamento deste
órgão obedece aos critérios estabelecidos e aprovados no Regimento Escolar.
5.16.3- Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil é uma entidade representativa dos estudantes. Através dele a
iniciação à atuação política dos estudantes, participando ativamente nos projetos
desenvolvidos pelos professores ajudando a idealizar as soluções para uma melhor
participação e envolvimento dos alunos com a instituição.
Para este ano que está se iniciando estaremos fazendo novas eleições conseguimos
organizar nosso Grêmio, e este tem desenvolvido suas atividades contribuindo assim para o
desempenho do Colégio e formação social de nossos alunos.
5.16.4 APMF
A APMF deste Colégio funciona de acordo com o que está descrito no Regimento Escolar
Interno.
5.16.5 – Participação dos Pais
Observamos nos anos finais e Ensino Médio uma grande ausência da participação
dos mesmos na vida de seus filhos, como se estes já não precisassem mais dos pais.
Quando são convidados para virem a escola para reuniões alegam que não tem tempo e que
precisam trabalhar, atribuímos a este tipo de comportamento a pouca escolaridade e
cultura que permeia esta comunidade. Desta maneira a participação da maioria acaba por
restringir-se apenas nas assinaturas de boletins e quando convocados.
20
5.16.6 – Critérios de organização e distribuição de turmas
Os critérios para organização foi de acordo com a idade, priorizando os turnos que
os alunos já estudavam. Houve casos que ocorreu a mudança de turno de acordo com a
solicitação dos pais e disponibilidade do colégio.
A distribuição de aulas por turma foi feita seguindo a Resolução nº196/2010.
5.16.7- Outros
O Projeto Fera comciência e Jogos Escolares são realizados em nosso colégio tendo
em vista o interesse dos alunos por essas atividades artístico-cultural esportiva e trabalhos
de natureza científica e tecnológica que incentiva a curiosidade e a pesquisa.
5.17- Desafios Educacionais Contemporâneos
Por serem assuntos importantes de grande relevância para a comunidade escolar,
pois estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades dos educandos
e educadores, serão inseridos em todas as disciplinas do currículo, não como projetos, mas
como assuntos do cotidiano de nossos alunos.
Prevenção ao uso indevido de drogas – não se pode deixar de trabalhar com este
tema, uma vez que o foco do trabalho pedagógico na escola é a prevenção e requer um
tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por meio de conhecimentos
científicos, desprovidos de preconceitos e discriminações, para que isso ocorra os
professores deverão estar sempre se atualizando sobre este assunto e a busca constante por
conhecimentos científicos auxiliem a diminuírem a insegurança, desenvolvendo um
trabalho pedagógico de qualidade sobre a prevenção.
21
Educação Fiscal – os alunos precisam desenvolver a consciência crítica sobre os
direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos arrecadados e o papel dos
cidadãos no acompanhamento da arrecadação e de sua aplicação em benefícios para toda a
sociedade.
Educação Ambiental – fortalecer a educação ambiental na escola, propiciando
atitude responsável e comprometida com as questões socioambientais locais e globais.
História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena – promover o
reconhecimento da identidade, da história e da cultura, assegurando a igualdade e
valorização das raízes africanas ao lado das indígenas.
Sexualidade- o trabalho educativo com a sexualidade insere-se nas diversas
disciplinas, considerando os referenciais de classe, raça/etnia, gênero e diversidade sexual
entendida assim como uma construção social, histórica e cultural.
Enfrentamento à violência na escola – a violência protagonizada por nossos alunos
é uma realidade, a escola terá que ajustar os seus conteúdos e acercar-se mais aos alunos,
pois estes reproduzem aquilo que observam no meio da família e da comunidade que estão
inseridos.
5.18 Diversidade
Desde 2007, ofertávamos em nosso Colégio o programa de ensino Paraná
Alfabetizado para os jovens e adultos que não tiveram acesso a escola no tempo previsto
por motivos diversos; este programa dá oportunidade para que todos vivenciam a leitura e
escrita. Este ano a oferta deste programa tornou-se impossível devida a falta de espaço
físico, porém mesmo não ofertando o Colégio está divulgando e encaminhando as pessoas
interessadas para as localidades onde há oferta.
22
6- MARCO CONCEITUAL
6.1- Fundamentação Teórica e Organização Pedagógica do Colégio
O papel fundamental da Educação no desenvolvimento das pessoas e das
sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a necessidade
de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos, preparando-os para o
exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho.
A escola deve ser um local social privilegiado de construção dos significados éticos
necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania.
Dos objetivos da LDB às suas adequações e finalidades na Escola
Considerando que alguns alunos possuem uma visão negativa em relação ao futuro,
que não possuem os valores necessários para o convívio na sociedade, quer-se que os
mesmo saibam se relacionar com os demais, que respeitem o limite do outro, que sejam
capazes de pesquisar e buscar informações, utilizando-as no seu cotidiano, que
desenvolvam habilidades para solucionar problemas no seu dia-a-dia e se sobressaiam no
mercado de trabalho, tanto como empregado ou como empregador. Porém nada disso será
possível se o aluno for inerte ao mundo em que vive.
Segundo Saviani o aluno é sujeito de si mesmo, de sua própria história. O que
diferencia o homem dos animais é o trabalho, que nada mais é que uma ação intencional.
Consequentemente o ato educativo é o ato de produzir direta e intencionalmente, em cada
indivíduo singular, a humanidade que é produzida pelo conjunto dos homens na sua
história e coletividade
É nesta escola que se deve promover o respeito às diferenças culturais acolhendo os
que chegam, sejam eles negros, índios, imigrantes, portadores de necessidades especiais,
pobres e ricos.
23
“A cultura não é só a manifestação artística ou
intelectual que se expressa no pensamento. A cultura
manifesta-se, sobretudo, nos gestos mais simples da
vida cotidiana. Cultura é comer de modo diferente, é dar
a mão de modo diferente, é relacionar-se com o outro de
outro modo. A meu ver, a utilização destes três
conceitos – cultura, diferenças, tolerância – é um novo
modo de usar velhos conceitos. Cultura para nós, gosto
de frisar, são todas as manifestações humanas, inclusive
o cotidiano, e é no cotidiano que se dá algo essencial, o
descobrimento da diferença”.
(Taundez e Freire, 1985:34).
Este respeito deve partir de todos os envolvidos no ambiente escolar e para que isto
aconteça faz-se necessário que falem a mesma linguagem, que tenham as mesmas atitudes
para não caírem em contradições.
A prática docente considerada durante anos um dos principais fatores de
reprodução das diferenças na escola, deve ser totalmente repensada, ou seja, coloca-se a
necessidade de definir nova identidade profissional do professor.
“... A especificidade da formação pedagógica, tanto
inicial como a contínua, não é refletir sobre o que se
vai fazer, nem sobre o que se deve fazer, mas sobre o
que se faz”.
(Houssaye, 1995:28)
Para que se tenha professores capacitados, autônomos, valorizados
profissionalmente, capazes de levar os seus alunos a aprender a ser, a fazer, a conhecer e a
conviver, faz-se necessários reflexões constantes sobre a sua prática pedagógica.
Isto também vale para os funcionários, pois para que sejam considerados como
educadores e fazerem parte da proposta educacional da escola precisam se atualizar através
de formações continuadas e reciclagens constantes.
Após repensar a sua prática pedagógica, o professor deve se posicionar de uma
forma diferenciada perante a avaliação, sendo esta uma tarefa didática necessária e
24
permanente do trabalho docente, acompanhando passo a passo o processo de ensino e
aprendizagem. Esta não se resume apenas a notas e provas, mas sim a função de
diagnosticar, de verificação do rendimento escolar.
Segundo Cipriano Carlos Luckesi, a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre
os dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar
decisões sobre o seu trabalho.
Sendo assim, é preciso que se tenha uma avaliação contínua, formativa e de
qualidade não somente para qualificar o trabalho do professor, mas também, para que a
escola como um todo reflita sobre suas ações não perdendo a autonomia nas suas atitude e
decisões.
6.1.1- Filosofia do Colégio
A necessidade de trabalho, entretanto, provoca um ocasional êxodo escolar que,
muitas vezes, foge da vontade dos próprios alunos e até mesmo do trabalho de fixação do
aluno realizado incansavelmente pela escola. Tendo a escola, como filosofia, uma
pedagogia pautada na concepção construtivista/sócio-interacionista, apresentada como
norteadora de práticas pedagógicas que permitem ao aluno ser sujeito de sua própria
aprendizagem, buscando a compreensão do mundo que o rodeia, onde todas as disciplinas
do currículo escolar estão inseridas neste processo educativo, abrindo seus horizontes
visando a reflexão, a criticidade e a criatividade de alunos e professores, é necessário que a
mesma cumpra a sua função e promova uma educação de qualidade, que ofereça aos seus
alunos conteúdos vivos, concretos e indissociáveis das realidades sociais e acima de tudo
que esta escola ofereça uma educação voltada para a formação da cidadania. É dessa
maneira que o trabalho da aprendizagem está voltado para a aquisição de meios
alternativos de subsistência que, embora não erradiquem o problema do desemprego que
afronta mais famílias da comunidade local, possam garantir recursos de sobrevivência,
muitas vezes gerados pela criatividade e talentos desenvolvidos no Ambiente escolar que,
25
desenvolvidos numa premente necessidade, os assegurem economicamente em sua
sobrevivência.
6.1.2- Concepção Educacional
A escola deve ser um local social privilegiado de construção dos significados éticos
necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania.
Toda criança e adolescente tem o direito de se beneficiar de uma formação concebida
com conteúdos significativos e educativos, dos quais o ser humano tem necessidade para
viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a
qualidade de sua existência, tomar decisões de forma esclarecida e continuar a aprender.
Para que isto aconteça requer-se uma sociedade mais justa, proporcionando a
mesma oportunidade a todos, mais humana, resgatando com urgência o respeito individual
e pela sociedade em geral, criativa, para poder se sobressair em situações difíceis, como
empreender, criando oportunidade de sustentação própria.
“... Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva,
menos injusta, menos violenta, mais humana, o nosso
testemunho deve ser o de quem, dizendo não a qualquer
possibilidade em face dos fatos, defende a capacidade
do ser humano em avaliar, de compreender, de escolher,
de decidir e, finalmente, de intervir no mundo”.
(Freire, P.1997, PG58-59)
6.1.3- Princípios Norteadores da Educação
Os princípios da Educação Nacional, segunda a Lei de Diretrizes e Bases,
estabelece:
- “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
26
- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
- respeito à liberdade e apreço à tolerância;
- gratuidade do ensino público;
- garantia de padrão de qualidade;
- valorização da experiência extra-escolar;
- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas.”
6.1.4- Objetivo do Colégio
O compromisso educacional do Colégio Estadual “D. Carolina Lupion” firma-se na
execução desses princípios estabelecidos que norteiam as ações didático-pedagógicas,
administrativas e de gestão financeira, à medida que se alcançam os graus de autonomia
estabelecidos por lei.
A escola, para tecer seus objetivos e traçar as metas que universalizem a sua
filosofia de trabalho buscou no perfil da comunidade as exigências locais de educação que
carecem ser atendidas, que urge com a fragilidade do fator econômico, pois essa
comunidade, justamente em virtude da instabilidade econômica a que estão submetidos, é
de natureza itinerante, cuja permanência se limita à oferta de trabalho periódico junto às
Usinas regionais, embora as famílias esforcem-se por manter residência fixa.
6.1.5- Fins Educativos
A finalidade é a formação do sujeito que se apropria do conhecimento para
compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos, pretendemos formar
cidadão críticos, criativos e participativos.
6.1.6- Concepções norteadas pela Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional
A consolidação de um sistema nacional de educação não pode ser realizada sem
considerar a urgente necessidade de superação das desigualdades sociais, étnico-raciais e
de gênero ainda presentes na sociedade e na escola brasileira. Por isso, a sua realização -
assim como o cumprimento e atendimento legal às normas constitucionais que orientam
27
essa tarefa - só será possível por meio do debate público e da articulação entre Estado,
escola e movimentos sociais, em prol de uma sociedade democrática direcionada à
participação e a construção de uma cultura de paz.
Quanto à função social da educação, cabe destacar o entendimento de que a
educação é processo e uma prática social constituída e constituinte das relações sociais
mais amplas. Essa concepção de educação, além de ampliar os espaços por onde pode
ocorrer, sinaliza para a importância de que ela seja um processo contínuo de formação, ao
longo da vida. Assim, para se concretizar como direito inalienável do cidadão, em
consonância com o artigo 1º da LDBEN, a prática social da educação deve ocorrer em
espaços e tempos pedagógicos diferentes, para atender às diferenciadas demandas.
Como prática social, a educação tem como lócus privilegiado a escola, entendida
como espaço de garantia de direitos. Para tanto, é fundamental atentar para as demandas da
sociedade como parâmetro para o desenvolvimento das atividades. Como direito social,
avulta, de um lado, a defesa da educação pública, gratuita, democrática, inclusiva e de
qualidade
A democratização da gestão e a educação com qualidade social implicam a garantia
do direito à educação a todos, por meio de políticas, programas e ações articulados para a
melhoria dos processos de organização e gestão dos sistemas e das escolas, privilegiando a
construção da qualidade social inerente ao processo educativo.
A gestão democrática da escola e dos sistemas é um dos princípios constitucionais
do ensino público, segundo o art. 206 da Constituição Federal de 1988. O pleno
desenvolvimento da pessoa, marca da educação como dever de Estado e direito do cidadão,
conforme o art. 205 da mesma Constituição, ficará incompleto se tal princípio não se
efetivar em práticas concretas no espaço da escola.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394\96), confirmando
esse princípio e reconhecendo o princípio federativo, repassou aos sistemas de ensino a
definição das normas da gestão democrática, de acordo com o inciso VIII do art. 3º. Além
disso, a mesma lei explicitou dois outros princípios a serem considerados no processo de
gestão democrática, a saber: I – participação dos profissionais da educação na elaboração
do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes. Vale destacar que, também, o Plano Nacional de
Educação/PNE (Lei nº 10.172/01) estabeleceu, em suas diretrizes, “(...) uma gestão
28
democrática e participativa”, a ser concretizada por programas e projetos, especialmente no
que concerne à organização e fortalecimento de colegiados em todos os níveis da gestão
educacional.
Com isso, cabe destacar a necessidade de: democratizar a gestão da educação e da
escola, garantindo a participação de estudantes, funcionários, pais, professores, equipe
gestora e comunidade local nas políticas educacionais; estabelecer mecanismos
democráticos como forma de provimento ao cargo/função de diretor para todos os sistemas
de ensino; e implantar formas colegiadas de gestão da escola.
No campo das políticas educacionais, as questões referentes à formação,
desenvolvimento profissional e valorização dos trabalhadores em educação (professores
e funcionários) sempre estiveram de alguma forma presentes na agenda de discussão,
mas, possivelmente, em nenhum outro momento histórico tal questão tenha merecido
tanta ênfase como nas últimas décadas, por diferentes agentes, instituições, organismos
nacionais, internacionais e multilaterais.
Nessa perspectiva, a questão da formação e profissionalização, por perpassar
quase todos os demais temas, tem gerado inúmeros debates no cenário educacional
brasileiro, desencadeando políticas, assim como a mobilização dos diversos agentes, na
tentativa de construir uma educação pública de qualidade para todos. Nesses debates, tem
ficado claro que as duas facetas – formação e valorização profissional – são indissociáveis.
Considerando a legislação vigente e as necessidades dos sistemas de ensino e,
ainda, a garantia de um padrão de qualidade na formação dos que atuam na educação
básica, é fundamental que se crie uma Política Nacional de Formação e Valorização dos
Trabalhadores em Educação, articulando, de forma orgânica, as ações das instituições
formadoras, dos sistemas de ensino e do MEC.
A diversidade, do ponto de vista cultural, pode ser entendida como a construção
histórica, cultural e social das diferenças. Ela é construída no processo histórico-cultural,
na adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto das relações de poder.
Os aspectos tipicamente observáveis, que se aprende a ver como diferentes, só passaram a
29
ser percebidos dessa forma porque os sujeitos sociais, no contexto da cultura, assim os
nomearam e identificaram.
Assim como a diversidade, os processos e a luta pela inclusão na educação básica
representam mais do que a incorporação total ou parcial dos chamados “diferentes” aos
espaços e tempos escolares a eles negados historicamente. Eles implicam posicionamento
político, reorganização do trabalho na escola, do tempo escolar, da formação de
professores, o trato ético e democrático dos alunos e seus familiares, novas alternativas
para a condição docente e uma postura democrática diante do diverso.
Pode-se dizer que há consenso na educação brasileira acerca da necessidade da
inclusão, sobretudo quando se observa o caráter excludente da sociedade brasileira e suas
repercussões na garantia dos direitos sociais e humanos. Mas, além de sensibilidade e
reconhecimento para desencadear ações concretas, são necessários posicionamentos,
práticas políticas e o entendimento da relação entre inclusão, exclusão e diversidade,
articulados a uma visão ampla de educação e desenvolvimento sustentável.
Essa é uma reflexão que precisa ocupar mais espaço na agenda educacional do
País. Nesse sentido, as políticas educacionais devem se estruturar de forma a contribuir na
discussão da relação entre formação, diversidade, inclusão e qualidade social da educação
básica. Assim, é fundamental problematizar questões como: a contextualização curricular a
partir da diversidade regional, educação indígena; educação e afro-descendência; educação
no campo; educação de pessoas com deficiências e altas habilidades; educação de pessoas
privadas de sua liberdade; educação e diversidade sexual.
6.1.7- Diretrizes Curriculares que norteiam a Ação do Colégio
No início desta gestão 2003/2006, estabeleceu-se como linha de ação prioritária
da SEED retomada da discussão coletiva do currículo. A concepção adotada é de que o
currículo é uma produção social, construído por pessoas que vivem em determinados
contextos históricos e sociais, portanto almejando uma intervenção a partir do que está
sendo vivido, pensado e realizado nas escolas.
Desta forma, as Diretrizes Curriculares para a educação pública do Estado do
Paraná chegam às escolas como um documento oficial que traz a característica principal de
sua construção: a horizontalidade, pois contou com a participação de todas as escolas e
30
Núcleos Regionais de Educação do Estado, e faz ressoar nela as vozes de todos os
professores das escolas públicas paranaenses.
As Diretrizes Curriculares para a educação pública do Estado do Paraná são um
documento que traça estratégias que visam nortear o trabalho do professor e garantir a
apropriação do conhecimento pelos alunos. São através delas que os professores elaboram
sua PPC e consequentemente o PTD sempre em consonância com o PPP.
6.1.8- Concepções do Estatuto da Criança e do Adolescente
O Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA- é uma conjunto de normas do
ordenamento jurídico Brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do
adolescente, aplicando medidas, em expedindo encaminhamentos.
Origem
O ECA foi instituído pela Lei 8069/1990. Regulamenta os direitos das crianças e
dos adolescentes inspirado inspirada pelas diretrizes fornecidas pela Constituição Federal
de 1998.
Descrição
O Estatuto divide-se em dois livros: o primeiro trata da proteção dos direitos
fundamentais a pessoas em desenvolvimento e o segundo trata dos órgãos e procedimentos
protetivos.
Conceito
Criança nos termos do art. 2º da Lei 8069/1990, considera-se criança a pessoa de
até doze anos de idade incompletos. È proibido qualquer tipo de trabalho adulto à menores
de 14 anos, salvo na condição de aprendiz.
Adolescente
É considerado adolescente, o sujeito de doze anos completos a dezoito anos
incompletos.
O ECA dispõe que constitui dever da família, da comunidade, da sociedade em
geral e do Poder Público (Poder Executivo, Judiciário, Ministério Público e Conselho de
31
Direitos) assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a
dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária.
As crianças e os adolescentes ao protegidos tanto pela legislação especial como
pela legislação decorrente dos direitos inerentes à pessoa.
É importante considerar que o ECA é ainda desconhecido da maioria da
população e, também, entre inúmeros operadores do direito, o que seguramente é um
entrave a mais para que as alterações introduzidas por esse instrumento legal sejam
garantidas. Alterações como, por exemplo, com as crianças e adolescentes sendo titulares
de direitos, a superação de uma prática assistencialista por uma ação sócio-educativa e uma
gestão descentralizada como efetiva participação popular.
O ECA, através do órgão competente – Conselho Tutelar – tem o dever de buscar
soluções encaminhando as crianças e adolescentes ao Ministério Público/Judiciário para
que desenvolva trabalho junto a família e a comunidade ou mesmo requisitando serviços
públicos para que tenham acesso efetivo aos seus direitos.
Art. 53 A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o
trabalho, assegurando-lhes:
I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II- direito de ser respeitado por seus educadores;
III- direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores;
IV- direito de organização e participação em entidade estudantis;
V- acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência;
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
Paulo Afonso Garrido de Paula (1995:94) menciona o conceito de educação e
sua abrangência:
“Educação, em sentido amplo, abrange o atendimento em creches e pré-escolas
às crianças de zero a seis anos de idade, o ensino fundamental, inclusive àqueles que a ele
não tiverem acesso na idade própria, o ensino médio e o ensino em seus níveis mais
elevados, inclusive aqueles relacionados à pesquisa e à educação artística.”
32
O direito à educação é direito subjetivo da criança e do adolescente, devendo
ser garantida pelo Estado. Elenca o dispositivo os direitos do menor quanto ao acesso e
permanência, devendo haver critérios claros e isonômicos por parte do responsável legal:
Diretor, Delegado de Ensino e Secretario da Educação. Ainda elenca referida norma o
direito de respeito pelos educadores, o direito de contestar critérios avaliativos, de
organização em entidades estudantis, bem como o acesso a escola pública e gratuita. Aos
pais cabe-lhes o direito de participação.
6.1.9- Concepções das Capacitações Continuadas
Segundo a LDB no:
Art. 62..............
§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de colaboração, deverão promover
a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério.
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério poderão utilizar recursos e
tecnologias de educação a distância.
§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao ensino presencial,
subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educação a distância.” (NR)
A Capacitação Continuada deve constituir-se um espaço de produção de novos
conhecimentos, de troca de diferentes saberes, de repensar e refazer a prática do professor,
da construção de competências do educador. Considerando o conhecimento como uma
construção social, a linguagem tem um importante papel no aspecto da interação e
mediação na formação do professor (Vygotsty, 1994, 1998).
A Capacitação Continuada tem entre outros objetivos, propor novas metodologias
e colocar os profissionais a par das discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir
para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica na escola e
consequentemente da educação. É certo que conhecer novas teorias, faz parte do processo
de construção profissional, mas não bastam, se estas não possibilitam ao professor
relacioná-las com seu conhecimento prático construído no seu dia-a-dia (Nóvoa, 1995a;
Perrenoud, 2000).
33
Dentre os diversos instrumentos utilizados pelos profissionais da escola para
capacitá-los o Governo do Paraná disponibiliza diversos programas tais como: Semana
Pedagógica, Grupos de estudos, Reuniões Pedagógicas, Simpósios, salas de apoio,
formação para agentes de execução, formação para profissionais que atuam na biblioteca,
NRE -Itinerante, Jornada Pedagógica, etc.
6.1.10- Concepção de Homem, sociedade, cultura, mundo, educação, escola,
conhecimento, tecnologia, ensino-aprendizagem, cidadania/cidadão;
CONCEPÇÃO DE HOMEM,
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a
segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele
envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula
experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e
planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são
apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani (1992):
Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se
encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na
organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas
da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro “... é aquele que na
sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais transcende-as e
reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua emancipação
participante da história coletiva” compreende seu trabalho nas suas relações. Conforme
Veiga (Veiga, 1995, p, 27).
Portanto, o homem necessita produzir continuamente sua própria existência.
Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto
é,transformá-la pelo trabalho.
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
34
Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e a
natureza do trabalho educativo, enquanto docentes, aparecemos sem iniciativa, “arredados
ou deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de acontecimentos
que tornaram obsoletos os conteúdos e as práticas educativas” (Peres Gomes, 1998). E para
que isso não aconteça é que precisamos entender em que tipo de sociedade estamos
inseridos.
Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de
relações diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo
uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações,
instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base
econômica e é o jeito específico do homem realizar sua humildade, sendo que:
“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-
lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as
contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade.
Nesse sentido a sociedade cria o homem para si”. (Pinto,1994).
A sociedade mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto
dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a partir das
contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o
desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim
de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.
CONCEPÇÃO DE CULTURA
A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani, “para
sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de
subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da
natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura” (1992 p 19).
Podemos considerar que, “de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o
que elabora, e elaborou, o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as
formas de destruir-se e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a
linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições
35
sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”. (Sacristan, 2001, p 105).
Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de
significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação, todo conhecimento está
estreitamente vinculado com relações de poder”. (Tomas Tadeu1999). Toda a organização
curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar várias dimensões da ação
humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola em sua prática, há necessidade da
consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as
culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura erudita, como afirma
Saviani”, a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber
espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultural erudita; assume um papel
político fundamental, “Saviani, apud, Frigotto,1994 p, 189).
Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressões
culturais de grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e
vinculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem e visa completar
várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua
prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua
função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura
erudita, como afirma Saviani: “a mediação da escola, instituição especializada para operar
a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura
erudita; assume um papel político fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994 p, 189).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita
cabe a escola aproveitar a diversidade existente para fazer dela um espaço motivador,
aberto e democrático.
CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A escola, como instituição social, que tem como função a democratização dos
conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade, é um espaço de mediação
entre sujeito e sociedade. Compreender a escola como mediação significa entender o
conhecimento como fonte para efetivação de um processo de emancipação humana e, logo,
de transformação social. O que implica em ver o papel político da escola atrelado ao seu
papel pedagógico e, mais, dimensionar a prática pedagógica, em todas suas características
e determinantes com intencionalidade e coerência, o que transparece um compromisso
36
político ao garantir que o processo de ensino e aprendizagem esteja a serviço da mudança
necessária.
Fazer a escola funcionar de maneira que garanta o interesse da maioria,
comunidade, educando, educadores, especialistas e gestor, passa por diversas instâncias,
mas a capacidade de organização e coordenação, talvez represente o primeiro passo dessa
longa e complexa caminhada na realização do Projeto Político Pedagógico.
CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os
homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais
mediadas pelo trabalho.
Sendo assim, o conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e
das condições sociais que o geram, configurando as dinâmicas históricas que
representam as necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente
nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para
obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa
interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do
conhecimento que foi expropriado do cidadão.
CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) (Lei n. 9.394 de
20 de dezembro de 1996) propõe uma prática educacional adequada à realidade do mundo,
ao mercado de trabalho e à integração do conhecimento. Desta forma, a utilização efetiva
das tecnologias da informação e comunicação na escola é uma condição essencial para
inserção mais completa do cidadão nesta sociedade de base tecnológica. A utilização das
tecnologias, no mundo atual, está fortemente inserida nessas exigências. Além disso,
nunca houve tanta informação e conhecimento disponíveis num espaço de tempo tão
curto.
Consta no Plano Nacional de Educação (Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de
2001) em suas metas e objetivos, assegurar às escolas públicas, de nível fundamental e
médio, o acesso universal à televisão educativa e a outras redes de programação
37
educativo-cultural, com o fornecimento do equipamento correspondente, promovendo sua
integração no projeto pedagógico da escola, além de constar também como meta equipar,
em dez anos, todas as escolas de nível médio e todas as escolas de ensino fundamental
com mais de 100 alunos, com computadores e conexões de internet que possibilitem a
instalação de uma Rede Nacional de Informática na Educação e desenvolver programas
educativos apropriados, especialmente a produção de softwares educativos de qualidade.
Atendendo à lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001 (que aprovou o Plano
nacional de educação), o Presidente da República, através do Decreto nº 6.300, de 12 de
dezembro de 2007, dispõe em seu art. 1º sobre o Programa Nacional de Tecnologia
Educacional - Proinfo, executado no âmbito do Ministério da Educação, o qual
promoverá o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas redes
públicas de Educação básica.
Por sua vez, o Plano Estadual de Educação tem como meta investir,
anualmente, na compra de equipamentos, garantindo que no final do decênio, todas as
escolas de Ensino Fundamental disponham de: laboratórios de informática com número
de conjuntos compostos de micro-computadores conectados à internet e impressoras, na
proporção de, no mínimo, um conjunto para cada 80 alunos matriculados; e TVs de 29
polegadas e aparelhos de DVD, na proporção de, um conjunto para cada 160 alunos
matriculados.
Hoje, a escola conta com o Laboratório de Informática Paraná Digital e as salas
de aulas são equipadas com TV Multimídias. Não se pode mais dizer que a escola não
dispõe de recursos para atender à atualidade. Assim as pessoas envolvidas neste processo
devem rever sua postura diante dessas novas tecnologias reconhecendo suas
potencialidades, para que ocorra de fato uma melhora significativa no processo ensino-
aprendizagem.
As novas tecnologias vêm modificando significativamente as relações do
homem com o mundo, visto que em cada segmento social encontramos a presença de
instrumentos tecnológicos. A escola não pode ficar excluída desta realidade, devendo
apropriar-se dos avanços tecnológicos e incorporá-los à pratica educativa.
38
Para Schaff (1990) o homem universal, ou aquele que está munido de uma
instrução completa e em condições de mudar de profissão e, portanto, também de posição
no interior da organização social do trabalho, representou até hoje uma ideia utópica. Hoje
ele se tornou uma realidade e, em certo sentido, uma necessidade. A realização desta ideia
poderá ser alcançada graças à educação permanente e às técnicas de informação sempre
mais eficientes.
A dinâmica do mundo moderno impõe, em todas as áreas, profissionais
questionadores e dinâmicos, que ultrapassem os limites da simples execução. A capacidade
de pensar e decidir são essenciais para a assimilação de mudanças e para o confronto com
desafios que surgem todos os dias. Segundo Lévy (1996, p. 54) "as pessoas não apenas são
levadas a mudar várias vezes de profissão em sua vida, como também, no interior da
mesma profissão, os conhecimentos têm um ciclo de renovação cada vez mais curto”.
Inclusive, como ele mesmo afirma, "a própria noção de profissão torna-se cada vez mais
problemática" (LÉVY, 1999, p. 173). Uma pessoa já não mais se prepara para o exercício
de uma profissão que o acompanhará em sua vida. Mesmo que não mude de atividade no
decorrer de sua existência, necessita acompanhar as mudanças de sua própria profissão. Os
conhecimentos e habilidades empregados em um campo profissional já não são estáveis;
em intervalos de tempo cada vez mais curtos, transformam-se ou, até mesmo, tornam-se
obsoletos. Além de novas formas de trabalho, as crescentes demandas resultantes dos
avanços que a ciência introduz nas áreas técnicas e tecnológicas, nos sistemas de
comunicação, de transporte, e mesmo nas formas de relação, organização, lazer, etc.,
requerem o acesso a novas informações, o desenvolvimento de novas habilidades para a
adaptação e a assimilação destas mudanças. A formação do professor é o ponto chave para
a modernização.
CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM
Para a concepção socio-história de Vygotsky (1991), o processo de
aprendizagem ocorre por meio da interação entre o educando, o objeto de conhecimento e
educador, que assume o papel de mediador, intervindo na aprendizagem supondo que o
educando possui conhecimento que podem ser reelaborados e aprofundados.
O ser humano não nasce com inteligência pronta, porém pode desenvolvê-la
através da convivência com outros indivíduos, porque este traz consigo ao existir a
39
capacidade de construí-la, que constitui a sua herança biológica. A vivência em sociedade
é essencial, pois é através da interação com o meio social impregnado de cultura que o ser
humano constrói a sua inteligência. Ao estabelecer com estas relações mútuas, evoluem e
vão mudando as formas de compreender o mundo ao longo de seu desenvolvimento
intelectual do ser humano não é produto só da maturação biológica, sim pelo conhecimento
acumulado através das interações com o ambiente rico em cultura e significado. As
funções psicológicas superiores dos seres humanos (percepção, atenção, memória,
capacidade para solucionar problemas) surgiram através da intricada interação dos fatores
biológicos e de fatores culturais que evoluíram no decorrer da história humana. Na sua
busca constante de respostas para as suas indagações e satisfação das suas necessidades, o
ser humano transforma a natureza e ao mesmo tempo transforma-se passando a ser um
produto de seu ambiente como também um agente ativo no processo de construção do
conhecimento. Por meio da ação, em busca de significados consegue transformar-se em
um ser com um grau de
inteligência super desenvolvido. Ao longo do seu desenvolvimento e da sua aprendizagem
o ser humano vai conseguindo progredir cada vez mais e mais. Para Vygotsky a
aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, entretanto uma correta organização
de aprendizado conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de
desenvolvimento e esta ativação não poderia produzir-se sem aprendizagem. A
aprendizagem e o desenvolvimento são fenômenos distintos e interdependentes, cada um
tornando o outro possível. Ao dar um passo em frente no campo da aprendizagem o sujeito
da dois no campo do desenvolvimento por esta razão eles não são fenômenos coincidentes.
Para Vygotsky o educador deve descobrir as relações reais entre o processo de
desenvolvimento e a capacidade de aprendizagem do educando, para isto elaborou a teoria
da zona de desenvolvimento proximal, que explica como sendo as funções que ainda não
amadureceram, que estão em processo de maturação. É a distância entre o nível de
desenvolvimento real, grau de desenvolvimento mental já conquistado por um sujeito, ou
seja, a sua capacidade de solucionar um problema sem ajuda de ninguém e o nível de
desenvolvimento potencial que define tudo aquilo que um indivíduo pode fazer por ser da
espécie humana, é o previsível e o esperável, como por exemplo a capacidade de imitar, de
falar. Numa atividade coletiva ou sob a orientação de um mediador, usando a imitação, o
educando é capaz de fazer muito mais coisas do que se estivesse sozinho. Porém esta
40
imitação não fica limitada a processo mecânico como nos animais, mas sim num processo
dinâmico resultando em desenvolvimento. O processo de desenvolvimento cognitivo
progride de forma mais lenta e atrás do processo de aprendizagem, desta sequenciação
resultam então a zona de desenvolvimento proximal. Nesta relação o educador é o
planejador, transformador e o condutor do processo de aprendizagem intervindo no
processo de aprendizagem considerando não somente o nível de desenvolvimento
potencial e real, mas principalmente que o educando possui uma zona de desenvolvimento
proximal funções que estão em processo de maturação. Se o educador envolver a criança
em um processo de aprendizagem adequadamente organizado a mesma conseguirá
amadurecer estas funções e consequentemente elevar o seu nível de desenvolvimento real,
como também despertar novas funções para o estado embrionário. O educador tem que
estar ciente de que deve criar situações problemas que levem o educando a
questionamentos e a busca de respostas orientando o a chegar a uma conclusão, ou seja, a
construir os seus conceitos. O trabalho do educador é de decidir sobre a qualidade e
quantidade de conhecimento, idéias, conceitos e princípios a serem explorados nas
atividades
curriculares, estabelecendo uma relação intrínseca coma realidade social que está inserida,
contextualizando assim o ensino.
CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
A construção da cidadania e de uma cultura baseada em direitos sociais e
políticos constitui, hoje, um dos problemas mais cruciais para o processo de
democratização do Brasil. Aí estão envolvidas questões não apenas de fatores sociais,
capazes de criação de esferas públicas e democráticas. Os cidadãos, numa democracia não
apenas são titulares de direitos estabelecidos, existindo possibilidade de expansão, de
criação de novos direitos.
Segundo Martins (2000, p.54), pode-se afirmar que “aquela relação entre
cidadania e democracia explicita-se no fato de que ambas são processos; o processo não se
dá num vazio, a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios,
constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de instituições
permanentes para expressão política. Neste sentido, a autora distingue a cidadania passiva,
41
aquela que é outorgada pelo Estado, com a ideia moral da tutela e do favor. Cidadania
Ativa – aquela que institui o cidadão como portador de direitos e deveres, mas
essencialmente criador de direitos, de abrir espaços de participação. Confirma ainda, que a
cidadania requer a consciência clara sobre o papel da educação e as novas exigências
colocadas para a escola que, como instituição para o ensino – a educação formal – pode ser
um lócus excelente para a construção da cidadania”.
6.1.11 CONCEPÇÃO DE ESCOLA DE SUPERAÇÃO
O Programa Superação é composto de ações integradas entre os diversos
Departamentos, Coordenações e Núcleos Regionais de Educação da Secretaria de Estado
da Educação, e coordenadas pela Diretoria de Políticas e Programas, com o objetivo de
potencializar a qualidade educacional no Paraná, buscando superar problemas constatados
e localizados em determinadas escolas da rede pública estadual de ensino.
Os critérios para a escola ser incluído no Programa são:
Aprovação menor que 70%
Reprovação maior que 25%
Abandono maior que 25%
IDEB de 2007 menor que 3,0
Resultado da Prova Brasil 2007 - 8ª série
Língua Portuguesa menor que 235,71
Matemática menor que 252,18
Todas as escolas da Fase II também estão incluídas no PDE Nacional, sendo
chamadas de escolas prioritárias. Mas ainda assim, as ações dentro do Programa
demandam assessoramento pedagógico do NRE, prevêm planejamento de ações concretas,
sempre levando-se em conta as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (DCE´s), o
Projeto Político Pedagógico da Escola (PPP) e que vai confluir na Proposta Pedagógica
Curricular(PTD), o qual representa o projeto de aulas com a fundamentação teórico-
metodológico do professor. O professor é o mediador entre o conhecimento e o educando.
6.1.12 PDE – Escola
O PDE Escola objetiva,
42
(...) em regime de parceria e responsabilidade social, [alcançar] a eficácia, a eficiência e a equidade no ensino fundamental público (...) por meio da oferta de serviços, produtos e assistência técnico-financeira inovadores e de qualidade, que focalizam o ensino-aprendizagem e as práticas gerenciais das escolas e secretarias de educação. 1
Na atualidade, grande parte das lideranças e sujeitos da educação pública está de
acordo que a democratização da escola e das instâncias executivas da política educacional
é imprescindível para a construção da qualidade social da educação das maiorias e,
principalmente, que é responsabilidade do poder público a manutenção integral das
escolas públicas, cujo papel social, muito mais do que produzir “inovações” fugidias, é
garantir a todos o direito à apropriação do conhecimento historicamente construído.
Assim sendo, a SEED-PR e suas instâncias descentralizadas, os Núcleos Regionais
de Educação (NRE), optaram por remodelar os instrumentos do Programa PDE Escola,
que ora apresenta-se às escolas estaduais integrantes do rol de prioridades do PDE
Nacional. Tal remodelação, elaborada em conjunto pela Coordenação de Planejamento e
Avaliação (CPA), pela Coordenação de Gestão Escolar (CGE), em estreita colaboração
com profissionais dos NRE, visa adequar a metodologia dos instrumentos do PDE Escola
aos princípios elementares de gestão democrática da educação que vêm sendo defendidos
e, coletivamente, implementados na rede estadual ao longo dos últimos cinco anos.
Importante frisar que a positividade do PDE Escola reside, além dos recursos
que este disponibiliza às escolas, na contribuição para o desenvolvimento da prática
cotidiana do planejamento escolar. Esta prática, que deve envolver todos os sujeitos da
escola, aliada à elaboração e revisão constante do Projeto Político Pedagógico, em muito
auxilia a escola a definir e reorientar sua atuação, considerando sua autonomia e
especificidades mas, também, seus limites, enquanto parte de um contexto institucional e
social mais amplo.
Ao longo da adequação dos instrumentos originais, teve-se em mente os
alicerces de uma educação pública, cuja qualidade reside entre outras características na, já
reiterada, democratização da gestão, mediante os processos coletivos de planejamento e
execução do trabalho administrativo, gestor, pedagógico e docente; no respeito às
peculiaridades individuais, étnicas e culturais; na valorização dos profissionais da
educação e na defesa do caráter gratuito e laico da educação pública. Acredita-se que, ao
1
43
mobilizar seus coletivos para elaborar e executar o seu Plano de Ações – PDE Escola, da
forma que esta proposta remodelada orienta, as escolas fortalecerão ainda mais seus
projetos próprios, à medida que os instrumentos obrigam que as escolas atualizem seu
diagnóstico e avaliem coletivamente suas práticas e processos, para, então, com base nas
fragilidades evidenciadas, definam as prioridades que serão objeto de financiamento deste
Programa. Em suma, é com a intenção de contribuir para a superação das dificuldades
das escolas participantes, também co-autoras e signatárias do grande pacto nacional pela
educação coordenado pelo governo federal, que a Secretaria de Estado da Educação do
Paraná apresenta esta versão revista dos instrumentos constantes no Programa PDE
Escola.
6.1.13- Concepções de tempo e espaço na escola
O tempo é sempre colocado como um problema a ser enfrentado pela
equipe escolar. Falta tempo para se ensinar tudo o que é necessário, para um
convívio escolar mais intenso, para trabalhar coletivamente, para ouvir os alunos,
os pais, prestar atenção neles e para olhar para o próprio trabalho e para
redirecioná-lo.
Para enfrentar esse problema na gestão do tempo devem ser considerados
aspectos como: a organização do planejamento das aulas que reduz a
improvisação e o fator da falta de tempo, definir claramente as atividades,
estabelecer a organização em grupos, disponibilizar recursos materiais
adequados e definir o período de execução previsto. Uma outra tarefa importante
a ser organizada é aproveitar o tempo em que o aluno permanece na escola em
atividades extra-classe. O horário para utilização dos espaços escolares como
biblioteca, quadra será estipulado de acordo com o horário de aula de cada
disciplina ou sempre que for necessário através de escalas.
O aluno precisa aprender a controlar o tempo de realização de suas
atividades e o professor é um orientador do uso do tempo, ajudando os alunos
nessa utilização.
44
6.1.14 CONCEPÇÃO E PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Entre os princípios que devem nortear a educação escolar, contidos na nossa
Carta Magna - a Constituição de 1988 -, em seu art. 206, assumidos no art. 3º da Lei
9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional - LDB), consta, explicitamente, a
"gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de
ensino" (inciso VIII do art. 3º da LDB).
Trata-se de enfrentar o desafio de constituir uma gestão democrática que
contribua efetivamente para o processo de construção de uma cidadania emancipadora, o
que requer autonomia, participação, criação coletiva dos níveis de decisão e
posicionamentos críticos que combatam a ideia burocrática de hierarquia. Para tanto, é
fundamental que a escola tenha a sua "filosofia político-pedagógica norteadora", resultante
de uma análise crítica da realidade nacional e local e expressa em um projeto político-
pedagógico que a caracterize em sua singularidade, permitindo um acompanhamento e
avaliação contínuos por parte de todos os participantes das comunidades escolar
(estudantes, pais, professores, funcionários e direção) e local ( entidades e organizações da
sociedade civil identificadas com o projeto da Escola).
A autonomia da escola para experienciar uma gestão participativa também está
prevista no art.17 da LDB, que afirma:" os sistemas de ensino assegurarão ás unidades
escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia
pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito
financeiro público".
A LDB é mais precisa ainda, nesse sentido, no seu art. 14, quando afirma que:
Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino
público na educação básica de acordo com as suas peculiaridades, conforme os seguintes
princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
político-pedagógico da escola; II- participação das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes.
45
Ao democratizar as relações que se desenvolvem no interior da escola,fazendo
com que a comunidade interna em conjunto com a comunidade externa participe da
análise, discussão e deliberação a respeito da proposta educativa a ser concretizada, fica
claro que essa administração possibilita uma prática pedagógica qualitativamente adequada
às necessidades e interesses das camadas populares.
Há pelo menos duas razões que justificam a implantação de um processo de
gestão democrática na escola pública:
1ª porque a escola deve formar para a cidadania e, para isso, ela deve dar o
exemplo. A gestão democrática da escola é um passo importante no aprendizado da
democracia. A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da comunidade.
Nisso, a gestão democrática da escola está prestando um serviço também à comunidade
que a mantém.
2ª porque a gestão democrática pode melhorar o que é específico da escola, isto
é, o seu ensino. A participação na gestão da escola proporcionará um melhor conhecimento
do funcionamento da escola e de todos os seus setores; propiciará um contato permanente
entre professores e alunos, o que leva ao conhecimento mútuo e, em consequência,
aproximará também as necessidades dos alunos dos conteúdos ensinados pelos professores.
O aluno aprende quando ele se torna sujeito da sua aprendizagem. E para
tornar-se sujeito da sua aprendizagem ele precisa participar das decisões que dizem
respeito ao projeto da escola que faz parte também do projeto de sua vida. Passamos muito
tempo na escola, para sermos meros clientes dela. Não há educação e aprendizagem sem
sujeito da educação e da aprendizagem. A participação pertence à própria natureza do ato
pedagógico.
A autonomia e a participação - pressupostos do projeto político-pedagógico da
escola - não se limita à mera declaração de princípios consignados em algum documento.
Sua presença precisa ser sentida no conselho de escola ou colegiado, mas também na
escolha do livro didático, no planejamento do ensino, na organização de eventos culturais,
de atividades cívicas, esportivas, recreativas. Não basta apenas assistir à reuniões.
A gestão democrática deve estar impregnada por uma certa atmosfera que se
respira na escola, na circulação das informações, na divisão do trabalho, no
estabelecimento do calendário escolar, na distribuição das aulas, no processo de elaboração
ou de criação de novos cursos ou de novas disciplinas, na formação de grupos de trabalho,
46
na capacitação de recursos humanos, etc. A gestão democrática é, portanto, atitude e
método. A atitude democrática é necessária, mas não é suficiente. Precisamos de métodos
democráticos de efetivo exercício da democracia. Ela também é um aprendizado, demanda
tempo, atenção e trabalho.
Desta forma, o Colégio Estadual “Carolina Lupion” pretende um trabalho
coletivo, onde todos os envolvidos são considerados cidadãos, atores participantes de um
processo coletivo de fazer educação. Educação que constrói a partir de sua organização e
processo de cidadania e democracia.
6.1.15- Administração Colegiada
“É preciso e até urgente que a escola vá se tornando um espaço acolhedor, e multiplicador
de certos gostos democráticos como o de ouvir os outros, não por puro favor, mas por
dever, o de respeitá-los, o da tolerância, o do acatamento às decisões tomadas pela maioria
a que não falte, contudo o direito de quem diverge de exprimir sua contrariedade.”
Paulo Freire
A gestão democrática é uma exigência da própria sociedade, pois esta a vê como
um dos possíveis caminhos para a democratização do poder na escola e na própria
sociedade.
A gestão democrática na escola produz efeitos culturais importantes. Contribui para
com o desempenho da comunidade escolar, ao permitir e reconhecer o patrimônio das
instituições educativas, bibliotecas e equipamentos, como um bem público comum,
expressão de valor reconhecido por todos, que ofereça vantagens e benefícios coletivos.
Assim, a comunidade aproxima-se da escola, contribuindo para a tomada de decisões e
permitindo transparência administrativa, gestão dos recursos financeiros e controle público
da suas ações e decisões.
"É através de uma administração colegiada que se pode garantir a participação de
todos os segmentos da comunidade escolar, a fim de que assumam papel de co-
47
responsáveis pela construção do projeto pedagógico na escola. Assim, a comunidade
escolar vivencia situações de cidadania, próprias da dinâmica social e do papel do cidadão
nessa dinâmica."
A Escola Pública democrática é aquela em que os segmentos que a compõem –
pais, alunos, especialistas e funcionários - discutem e encaminham os rumos da política
educacional e do projeto político-pedagógico escolar. Baseado neste princípio, reuniu-se
todas as instâncias da escola para re-elaboração do PPP.
6. 1.16-Concepção de Formação Continuada
A formação continuada dos profissionais da educação, tornou-se uma meta das
políticas educacionais nos últimos anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96,
ao tratar dos “Profissionais da Educação” estabelece no art.67 que:
Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação,
assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério
público: (...)II- aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento
periódico remunerado para esse fim; (...) IV progressão funcional baseada na titulação ou
habilitação, e na avaliação do desempenho; V- período reservado a estudos, planejamento
e avaliação, incluído na carga de trabalho...
A Formação Continuada dos Profissionais da Educação Pública deverá ser
garantida pelas Secretarias Estaduais e Municipais da Educação, cuja atuação incluirá a
coordenação, o financiamento e a manutenção dos programas como ação permanente e a
busca de parceria com universidades e instituições de Ensino Superior. Aquela relativa aos
professores eu atuam na esfera privada será de responsabilidade das respectivas
instituições.
48
Sendo uma meta de Políticas Educacionais, reforçada no Plano Nacional de
Educação, garantindo pela Secretaria de Educação, como já vem sendo realizado, os
profissionais já estão participando de vários “Programas de Formação Continuada dos
Professores e Profissionais da Educação.”
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná, ao se debruçar no Projeto Político
Pedagógico, estabelece como uma de suas metas a “Valorização dos Profissionais da
Educação” e, neste propósito, um “Programa de Formação Continuada dos Professores e
Profissionais da Educação.”
Nas últimas décadas os Profissionais da Educação, se depararam com
transformações gigantescas e muito rápidas, não estando suficientemente preparados para
lidar com tais mudanças, o mundo mudou, o avanço tecnológico, transformou com muita
rapidez o processo de informação. Tais mudanças afetaram e muito a vida destes
profissionais.
Surge a cada dia a necessidade de aprimoramento teórico, o acolhimento destas
novas informações com o único objetivo: o êxito na prática docente e também na
democratização do saber.
Para alterar a qualidade do trabalho pedagógico torna-se necessário que a escola
reformule o seu tempo, estabelecendo períodos de estudo e reflexão de equipes de
educadores, fortalecendo a escola como instância de educação continuada.
Considerando a importância da formação do professor na fundamentação de sua
prática pedagógica, evidencia-se também a organização da hora-atividade como espaço de
reflexão e crescimento do profissional.
6.1.17 - Concepção de Hora-Atividade
A Lei Estadual nº 13.807, de 30/09/2002, que institui os 20% de hora-atividade
como espaço, a Superintendente da Educação, considerando a Resolução nº 305/2004-
SEED, regulamentou a distribuição de aulas nos Estabelecimentos de Ensino da Rede
Estadual de Educação Básica e estabeleceu normas para atribuição da hora-atividade.
A hora-atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de docência, para
estudos, avaliação e planejamento. A organização da hora-atividade deverá garantir carga
horária que permita ao professor a realização de atividades pedagógicas relacionadas ao
49
exercício da docência, devendo favorecer o trabalho coletivo dos professores, priorizando
as experiências compartilhadas, tendo em vista o entrosamento dos professores do mesmo
ciclo, a formação de grupos de professores para o planejamento e desenvolvimento de
ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas específicas diagnosticadas no interior
da escola.
Envolve também estudos e reflexões a respeito de atividades que caracterizam a
elaboração e implementação de projetos e ações, que visem a melhoria da qualidade de
ensino, propostos por professores, direção, equipe pedagógica e/ou NRE/SEED, bem como
o atendimento de alunos, pais e outros assuntos da comunidade escolar. Deverá permitir as
realização de atividades pedagógicas individuais, sem serem separadas do exercício da
docência.
Nesse sentido a escola deve encaminhar a hora-atividade como momento de
questionar o conteúdo e especificar suas múltiplas dimensões e faces a serem exploradas,
garantindo a interdisciplinariedade através de questões desafiadoras, que conduzem ao
saber elaborado e contribui na formação de cidadãos críticos e atuantes.
Dessa forma estabelecer com responsabilidade os espaços de discussões coletivas
dentro do espaço escolar, oportuniza o crescimento e o enfrentamento de tomadas de
decisões coerentes com o objetivo de traçar metas, trilhando caminhos que enriquecem e
fortalecem as relações dentro da escola.
Dentro de uma proposta pedagógica transformadora, é imprescindível haver na
escola um espaço reservado às trocas, ao repensar das práticas.
6.1.18- Concepção de Plano de Trabalho Docente
O Plano de trabalho docente é realizado pelos professores, e é uma oportunidade
de (re)elaboração da proposta pedagógica curricular. Sendo assim o PTD é elaborado por
disciplina e de acordo com as Diretrizes Curriculares, levando em consideração a realidade
da turma.
50
6.1.19 Concepção de Reunião Pedagógica
VASCONCELOS (2002,p.150), menciona que é importante ter espaço de reflexão
sobre o planejamento durante o ano: o que está dando certo, o que está tendo dificuldade,
que mudanças podem ser feitas, etc. Este espaço pode ser tanto a reunião pedagógica
semanal quanto os momentos de Supervisão ( contato pessoal ou em grupos do professor
com a Coordenação Pedagógica).
Muitas vezes as reuniões pedagógicas nas escolas são utilizadas para recados e
orientações burocráticas. Percebemos a necessidade de resgatar os objetivos das reuniões
dentro de uma visão dialética e reflexiva, na qual a equipe pedagógica e o quadro de
professores e funcionários tenham um trabalho integrado e não hierarquizado, tendo como
principal meta a formação continuada dos professores e em consequência qualidade na
pratica educativa.
6.1.20- Concepção do Conselho de Classe
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político-
Pedagógico da escolar e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de
analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a
efetivação do processo ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de classe, após as informações e
dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e
aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos
conteúdos curriculares estabelecidos.
Parágrafo Único – É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar
as informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.
Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos,
procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação
51
pedagógica-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,
onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem
alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar
necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a)
auxiliar, pela equipe pedagógica, por todos os docentes.
- Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a
coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);
- Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de
direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa
de alunos e pais de alunos por turma e/ou série.
A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do
Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48
(quarenta e oito) horas.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em
calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.
As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata, pelo(a)
secretário(a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas.
São atribuições do Conselho de Classe:
- analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao
processo ensino e aprendizagem;
- propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de
estudos para a melhoria do processo ensino e aprendizagem;
- estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes
ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos,
em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;
52
���� acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e
analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e
aprendizagem;
���� atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço
do aluno para série/etapa subsequente ou retenção, após a apuração dos
resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral
do aluno;
���� receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 (setenta e duas)
horas úteis após sua divulgação em edital.
6.2- Concepção de Tempo Escolar
No turno matutino, o horário é estabelecido em 4 horas fechadas de efetivo
trabalho escolar, iniciando-se às 7:30 min e encerrando-se ás 11:50min. Neste
turno está concentrada a oferta do Ensino Fundamental 5ª a 8ª série e Ensino
Médio, sendo que todos os espaços, no que concerne a salas de aula, são
ocupados por 8 turmas, divididas em 2 quinta série, 1 sexta série, 1 sétima série e
1 oitava série , um primeiro ano, um segundo ano e um terceiro ano do Ensino
Médio.
No turno vespertino, o Estabelecimento oferece Ensino Fundamental de 8
anos sendo 1 sala de 4 ano Ciclo Único, pois esta modalidade está sendo
substituída gradativamente pelo Ensino Fundamental de 9 anos que está sob
responsabilidade da esfera municipal. Um sala de 5ª série, uma sala de 6ª série e
uma sala de 7ª série.
Já no turno da noite, o Colégio oferta o Ensino Fundamental com uma
turma de 5ª série, uma turma de 6ª série, uma turma de 7ª série, uma turma de 8
série e 4 salas de Educação de Jovens e Adultos na modalidade Fundamental e
Médio. O curso da EJA também possui 05 salas descentralizadas no município.
O horário está estipulado com início às 19 h e término às 23h, com as 4
horas-relógio.
53
Quanto aos horários das disciplinas no 2º segmento do Ensino
Fundamental e no Ensino Médio, optou-se pela carga horária de 50 minutos, cada
aula.
6.3- Organização Curricular
Na fase inicial do Ensino Fundamental o currículo, organizado por
atividades, contemplará a convergência dos conteúdos de várias disciplinas que
totalizarão o conjunto dessas atividades.
Aqui a alfabetização entra como processo fundamental para
instrumentalizar o aluno na inserção da cultura letrada. A aprendizagem de
Matemática é parte neste conjunto, pois trata-se de um conhecimento científico,
que é um bem cultural construído nas relações do homem com o mundo em que
vive, e no interior das relações sociais. Seus conteúdos serão organizados
através do estudo de números, medidas, operações, geometria. Estudos de
História, Geografia, e Ciências complementam a compreensão de tempo, espaço
e meio em que o indivíduo está atuando, e devem levar ao aluno os
conhecimentos de que agir convenientemente nesse meio, construir
conscientemente o espaço segundo a sua cultura e o tempo histórico atual fazem
parte do dever social e cidadão a que todos estão expostos. Noções de Arte e a
prática de Educação Física proporcionam o desenvolvimento de dois planos
individuais da criança: o interior, que trata a expressão artística de cada um, e o
exterior, pelo conhecimento do próprio corpo, nas questões de saúde e suas
possibilidades físicas, além da interação com o outro.
Nas séries finais do Ensino Fundamental, as disciplinas se organizam
também de forma a traduzir a realização dos objetivos para a Educação Nacional,
buscando-se evidenciar a dimensão social que a aprendizagem cumpre no
percurso de construção de cidadania, elegendo dessa forma conteúdos que
54
tenham relevância social e que sejam potencialmente significativos para o
desenvolvimento de capacidades.
No Ensino Médio, as disciplinas encontram-se organizadas de forma a
atender os mesmos princípios determinados ao Ensino Fundamental, à
metodologia e à avaliação.
6.4- Matriz Curricular
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 0360- CAMBARÁ
ESTABELECIMENTO: 00023 – COLÉGIO ESTADUAL D. CAROLINA LUPION – E.F.M
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO:TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIA
B A S E
N A C I O N A
C O M U M
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 2 320 267
Ciências (301) 3 3 3 4 520 433
Educação Física (601) 3 3 3 3 480 400
* Ensino Religioso (7502) 1 1 80 67
Geografia (401) 3 3 3 3 480 400
História (501) 3 3 4 3 520 433
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533
Matemática (201) 4 4 4 4 640 533
SUB TOTAL 22 22 23 23 3680 3066 P. D L.E.M – Inglês (1107) 2 2 2 2 320 267
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333
55
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Matrícula facultativa para o aluno.
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 0360 - CAMBARÁ
ESTABELECIMENTO: 00023 – COLÉGIO ESTADUAL D. CAROLINA LUPION – E.F.M
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: NOTURNO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIA B A S E
N A C I O N A
C O M U M
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 2 320 267
Ciências (301) 3 3 3 4 520 433
Educação Física (601) 3 3 3 3 480 400
* Ensino Religioso (7502) 1 1 80 67
Geografia (401) 3 4 3 3 520 433
História (501) 4 3 4 3 560 467
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533
Matemática (201) 4 4 4 4 640 533
SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066 P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 320 267
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Não computado na carga horária da Matriz por ser facultativo para o aluno.
56
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 0360 - CAMBARÁ
ESTABELECIMENTO: 00023 – COLÉGIO ESTADUAL D. CAROLINA LUPION – E.F.M
CURSO: 0009–ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIA
B A S E
N A C I O N A
C O M U M
1ª 2ª 3ª H/A H/R
Arte (704) 2 0 0 80 67
Biologia (1001) 2 2 2 240 200
Educação Física (601) 2 2 2 240 200
Filosofia (2201) 0 2 2 160 133
Física (901) 2 2 2 240 200
Geografia (401) 2 2 2 240 200
História (501) 2 2 2 240 200
Língua Portuguesa (106) 4 4 3 440 367
Matemática (201) 4 3 4 440 367
Química (801) 3 2 2 280 233
Sociologia (2301) 0 2 2 160 133
SUB TOTAL 23 23 23 2760 2300
P
D
L.E.M - Inglês (1107)
L.E.M - ESPANHOL (1108)
2
0
2
0
0
2
160
80
133
67
SUB TOTAL 25 25 25 3.000 2.500
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 3.000 2.500
TOTAL GERAL EM H/R 833 833 833 2.500 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
57
6.5- Resolução CP n 17/06/2004
Resolução CP nº 1 de 17/06/2004 (Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana e Lei Complementar 11.645/08.
A sociedade brasileira, embora ainda enfrente impasses e contradições acerca
do reconhecimento de direitos aos quais todos os grupos humanos devem ter acesso,
apresenta, gradativamente, mudanças significativas.
No campo educacional, entre as medidas afirmativas que visam combater as
desigualdades sociais brasileiras, bem como propiciar desconstruções e construções
necessárias para práticas da promoção de igualdade racial, encontra-se a legislação
pertinente à Educação das Relações Étnico-Raciais. Um conjunto de documentos, que
mantendo cada qual sua especificidade, vislumbram desenvolver mudanças de olhares e
sentidos sobre a população negra brasileira e imprimir novas abordagens históricas, sociais
e culturais relacionadas ao continente africano. São essas :
1) A Lei nº 10.639/20039, que alterou os artigos 26-A e 79-B da LDB10 Lei nº 9394/96,
determinando a obrigatoriedade de estudos relacionados à História e Cultura Afro-
Brasileira nos diferentes níveis de ensino da educação básica, estabelecendo como
conteúdo programático nas disciplinas do currículo “o estudo da História da África e dos
Africanos , a uta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política
pertinentes a história do Brasil” (BRASIL, 2003).
2) O Parecer 003/2004 do Conselho Nacional de Educação-CNE/CP, que institui Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
3) E finalmente, no Paraná, a Deliberação 04/2006 do Conselho Estadual de Educação-
CEE, que prevê normas complementares para as citada Diretrizes. É importante destacar
58
que todos esses documentos nasceram das reivindicações dos movimentos negros
organizados, comprometidos com uma educação anti-racista, e visam romper com modelos
e padrões pré-estabelecidos de uma educação excludente, eurocêntrica e hegemônica.
No Paraná, com o objetivo de ampliar a implementação de tal legislação nas
escolas da Rede Pública Estadual, a Secretaria de Estado de Educação, por meio da
Superintendência da Educação-SUED, expediu a Instrução nº 017/2006 SUED/SEED.
Entre seus objetivos, encontra-se o de apoiar a efetivação da Deliberação 04/2006-CEE. A
Instrução também prevê a criação de Equipes Multidisciplinares, “que poderá envolver a
direção, equipe pedagógica, professores/as e funcionários, para orientar e auxiliar o
desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao longo do ano letivo”
(PARANÁ/SEED, 2006).
Dessa forma, é importante também salientar que tanto a Lei nº 10.639/2003 quanto os
demais documentos, além de promover o devido reconhecimento dessa parcela da
população para o desenvolvimento nacional, também têm entre suas metas garantir:
[...] o direito dos negros, assim como de todos os cidadãos brasileiros, cursarem cada um dos níveis de ensino, em escolas devidamente instaladas e equipadas, orientados por professores qualificados para o ensino de diferentes áreas de conhecimentos; com formação para lidar com as tensas relações produzidas pelo racismo e discriminações, sensíveis e capazes de conduzir a reeducação das relações entre diferentes grupos étnico-raciais entre eles descendentes de africanos, de europeus, de asiáticos, e povos indígenas. Estas condições materiais das escolas e de formação de professores são indispensáveis para uma educação de qualidade para todos, assim como é o reconhecimento e valorização da história, cultura e identidade dos descendentes de africanos (BRASIL/ CNE, 2004, p.11).
As ações formativas e políticas afirmativas da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná-SEED no que diz respeito à implementação da legislação específica
nos últimos cinco anos caminharam no sentido de proporcionar espaços de diálogo,
vivências e conhecimento entre diversos sujeitos que compõem a sociedade paranaense.
Nesta trajetória, entende-se que os esforços para se efetivar o ensino da História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana perpassa pela formação continuada dos/as professores/as e pelo
comprometimento do Estado em efetivar ações que imprimam novos olhares acerca das
59
relações étnico-raciais. O caminho estende-se desde a percepção da sua importância no
contexto histórico brasileiro ao estudo aprofundado da História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana, até as possibilidades de se trabalhar esses conteúdos no currículo escolar.
6.6- Lei 13.381/2001 ( obrigatoriedade do Ensino da História do Paraná)
A proposta metodológica da Disciplina de História a partir das histórias locais e
do Brasil para a Geral possibilita a abordagem da história regional, o que atende a Lei n.
13.381/01, a qual torna obrigatória, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública
Estadual, o trabalho com os conteúdos de História do Paraná.
6.7 Lei nº 11788/2008 ( Lei do Estágio não obrigatório/toda organização pedagógica que
envolve estágio e estagiários)
De acordo com a Lei nº 11.788/2008, o estágio é o ato educativo escolar
supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa ao aprendizado de
competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular,
objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
O objetivo do estágio não obrigatório é servir para que o aluno possa
desenvolver atividades que ajudem a sua formação escolar. Em outras palavras, o estágio é
uma atividade de complementação pedagógica. Qualquer aluno do ensino médio ou
profissional de escola pública estadual pode realizar o estágio, desde que tenha 16 anos ou
mais.
O estudante pode fazer seu estágio em qualquer empresa que estiver cadastrada
na Gerência Regional. Às vezes, o contato entre o estudante e a empresa é feito pelo
Orientador de Estágio - um funcionário da escola encarregado de cuidar do estágio - e às
vezes existe um Agente Integrador - uma empresa especializada em encontrar estágios para
os estudantes.
Quando estiver fazendo seu estágio, o estudante deverá ser responsável e
profissional como qualquer trabalhador: deverá ser pontual ao trabalho, não faltar e
cumprir suas atividades da melhor forma possível. Ele será avaliado pela empresa e pela
escola por isso.
60
O estagiário também vai avaliar a empresa e todos os que acompanham o
estágio. Isso serve para evitar irregularidades e para garantir o melhor tratamento possível
aos estagiários; por isso, faça as avaliações de estágio sempre com muita responsabilidade.
A inserção do Estágio não obrigatório no Projeto Político pedagógico da escola
não pode contrapor-se à própria concepção de escola pública, ainda que o estágio seja uma
atividade que vise a preparação para o trabalho produtivo, conforme Lei nº. 11788/2008 a
função social da escola vai para além do aprendizado de competências próprias da
atividade profissional e, nesta perspectiva, vai para além da formação articulada às
necessidades do mercado de trabalho.
6.8- Ensino de Filosofia e Sociologia
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava
que, ao final do Ensino Médio, o estudante devera “dominar os conhecimentos
de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania”.
A proposta de mudança da Resolução CNE/CEB n. 03/98, no seu artigo 10o, § 2o,
enviada ao CNE, foi discutida em fevereiro e junho de 2006, sendo aprovada por
unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação em julho do mesmo ano. Em agosto de
2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a Sociologia disciplinas
obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da Educação pela
Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.
No Estado do Paraná, foi aprovada a lei n. 15.228, em julho de 2006, tornando a
Filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.
Estas disciplinas são ofertadas em nosso estabelecimento de ensino aos alunos do
Ensino Médio na forma de disciplina específica com carga horária de 02 horas/aulas
semanais.
6.9- Concepção das Ações Didático_ Pedagógicas
61
As ações didática-pedagógicas visam melhorar a qualidade da educação
em nossa escola.
6.10- Concepções de Desafios Educacionais Contemporâneos
No Momento em que os estabelecimentos de ensino buscam cada vez mais oferecer
qualidade de ensino dentro de uma gestão democrática e participativa, a SEED
compreende que a escola é sabedora do grande desafio que é dado à area educacional em
relação aos problemas sociais, econômicos, políticos, culturais, ambientais, morais,
religiosos, enfim, todo assunto que é de interesse da comunidade escolar. Portanto ao
trabalhar os diversos desafios apresentados à escola hoje: a questão ambiental, a
sexualidade, a questão da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, o uso de
drogas na escola, a questão da educação fiscal e a questão da violência na escola; os
professores estarão contribuindo no processo de desenvolvimento do aluno e na melhoria
da qualidade de vida.
Os professores dentre os seus limites e possibilidades devem proporcionar aos
educandos que os quesitos necessários para a formação de um cidadão participativo sejam
contemplados em seus dia-a-dia, com o uso de uma reflexão positiva sobre estes quesitos.
Nesse sentido, o professor, ao planejar sua ação precisa considerar de que modo às
capacidades pretendidas para os alunos são traduzidas em objetivos no interior do projeto
educativo da escola. São essas finalidades que devem orientar a seleção dos conteúdos e o
tratamento didático que estes receberão nas práticas educativas.
É importante trazer para sala de aula todo tipo de textos literário, informativo,
publicitário, dissertativo, uso de meios de comunicação como fonte de conhecimento e
informação, devem levar em consideração que os temas sejam trabalhados através da
problematização dos conteúdos. Torna-se importante que o professor ofereça oportunidade
de um conhecimento organizado de sua área, tendo sempre o cuidado de lançar mão de
uma didática que valorize a experiência do aluno, para tanto, há que se transformar a sala
de aula num espaço de debate permanente, num local onde o aluno deverá escutar a voz
do outro e, ao mesmo tempo adequar o seu discurso ao outro.
62
A aprendizagem deverá apontar para uma perspectiva metodológica de ensino e
aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação
social e a afirmação de valores e princípios democráticos. Cada conceito será abordado
através de textos com linguagem clara e acessível, os temas abordarão situações do
cotidiano em que são propostos problemas cujas resoluções envolverão os conceitos que
serão construídos. Conceitos esses que podem ir desde exercícios de fixação, resolução de
problemas, pesquisas, resumos, atividades extra-classe, com tarefas de casa, projetos,
dramatizações, exposições e feira de ciências.
A abordagem dos conhecimentos por meio de definições e classificações estanques
que devem ser decoradas pelo estudante contraria as principais concepções de
aprendizagem humana. Quando ha aprendizagem significativa, a memorização de
conteúdos debatidos e compreendidos pelo estudante é completamente diferente daquela
que reduz à mera repetição automática de textos cobrada em situação de prova.
Os conteúdos serão desenvolvidos de forma que cada tema trabalhado seja uma
oportunidade oferecida aos alunos para possibilitar um aprendizado eficiente. Através de
eixos norteadores e temáticas diferenciadas será permitida a conduta da
interdisciplinariedade e contextualização dos conhecimentos, proporcionando a formação
da identidade ética e política. Estas metodologias serão orientadas pelo professor.
6.11- Concepções de Diversidade
Baseado na Deliberação 04/06, a Educação das relações Étnico- Raciais tem por objetivo a
divulgação e produção de conhecimentos, assim como de atitudes, posturas e valores que
preparem os cidadãos para uma nova vida de fraternidade e partilha entre todos, sem as
barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e discriminação que
fecundaram o terreno para a denominação de um grupo racial sobre outro, de um povo
sobre outro. O ensino de História e Cultura Afro- Brasileira tem por objetivo o
reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afros- brasileiros, bem
63
como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da
nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias e asiáticas.
De acordo com a Lei nº 11.645 de 10/03/02008 que inclui no currículo oficial da
rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena, “ que altera Lei nº9394/96 de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº
10.639, de 09 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional.
Art. 1º O art.. 26-A da Lei nº9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e ensino médio, público e
privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos
da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses
dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da Africa e dos Africanos, a luta dos
negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o
índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,
econômica e política, pertinentes a história do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos
indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial
nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.”
O Programa Paraná Alfabetizado em suas 3 primeiras edições já atendeu 130.000
pessoas. Em 2007, 4ª edição atendeu 85.333 mil pessoas, em 391 municípios, tendo como
objetivo em 2008 atender a mais 100 mil pessoas. O programa Paraná Alfabetizado é uma
ação do Governo do Estado e desenvolvido em parceria com o MEC/SECAD/Programa
Brasil Alfabetizado, associação dos municípios do Paraná, Prefeituras Municipais e demais
organizações governamentais e da sociedade civil.
O Programa fundamenta-se em Paulo Freire que entende que alfabetizar é ensinar a
ler a escrever a “Palavra mundo”, ou seja: quanto mais uma pessoa aprende a ler as letras,
palavras , histórias, cada vez mais ela aprende a ler a vida, o mundo. Freire diz também
que, para ensinar os ensinamentos da escola, o educador deve partir dos conhecimentos
que seus educandos trazem da escola da vida, priorizando a troca de saberes. Ler é muito
64
mais do que juntar letras e ensinar a ler é muito mais do que ensinar o alfabeto e a
silabação.
No Paraná ¼ da população com 15 anos ou mais, se enquadra nos índices de
analfabetismo funcional. Superar o analfabetismo significa resgatar a dívida da sociedade
paranaense para com aquelas pessoas jovens, adultas ou idosas que não tiveram acesso à
escolarização e ou não possuem o domínio da escrita e da leitura. Superar o analfabetismo
é oferecer a essas pessoas o direito básico do acesso à educação pública e de qualidade.
De acordo com a Resolução nº 3683/2008, o Programa Viva Escola, assume com a
política pública as atividades pedagógicas de complementação Curricular, contempladas na
Proposta Pedagógica Curricular e desenvolvidas pelas escolas da Rede Pública do Paraná.
O Programa Viva Escola, oferece aos alunos atividades didáticas, esportivas e
culturais em horários alternativos as aulas, indo de encontro ao princípio da escola integral.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa contemplar
várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola em sua
prática, há necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua
função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura
erudita, como afirma Saviani”, a mediação da escola, instituição especializada para operar
a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultural
erudita; assume um papel político fundamental, “Saviani, apud, Frigotto,1994 p, 189).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita, cabe a
escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e
democrático.
6.12- Concepção Curricular/ de Currículo
O currículo deve ser entendido como instrumento de compreensão do mundo,
de transformação social e de cunho político pedagógico, ou seja, a cultura e o saber da
comunidade fazem parte da vida do estudante a ponto de constituírem a educação com a
qual ele chega à escola. O currículo deverá ser descrito como um projeto educacional
planejado e desenvolvido a partir de uma seleção da cultura e das experiências das quais
65
deseja-se que as novas gerações participem, a fim de socializá-las e capacitá-las para ser
cidadãos solidários, responsáveis e democráticos. Toda instituição escolar quer estimular e
ajudar os alunos a compreender e comprometer-se com a experiência acumulada pela
humanidade e, mais concretamente, com a sociedade na qual vivem.
Segundo Santomé, "O currículo deve visar o preparo do alunado para a
cidadania crítica e ativa, para serem membros solidários e democráticos de uma sociedade
similar. Para isso, a seleção de conteúdos curriculares deve promover a construção de
conhecimentos, destrezas, atitudes, valores e normas necessárias a uma cidadania
consciente. Trata-se de favorecer uma reconstrução reflexiva e crítica da realidade,
tomando como ponto de partida as teorias, os conceitos, os procedimentos, os costumes,
etc., que existem nessa comunidade... Para isso há que se prestar atenção não só nos
conteúdos curriculares, mas, também, nas estratégias de ensino e de aprendizagem, bem
como nos procedimentos de avaliação empregados".
Alguns princípios que poderão embasar nossas reflexões na construção
curricular são os seguintes:
- Propiciar ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos das diversas
áreas do conhecimento, que capacitem não apenas os educandos como também os demais
sujeitos escolares.
- Respeitar e incentivar a liberdade de pensamento, a discussão, a capacidade
argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância do debate no interior da escola.
- Organizar os programas através de conteúdos socialmente significativos,
permitindo compreender a dinâmica e as relações existentes entre os diversos aspectos da
realidade, numa interpretação dialética.
- Criar o entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de
formação contínua e atualizada - o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender - para
desenvolver a autonomia intelectual e superar a dependência das informações e das
elaborações da dominação cultural burguesa.
- Permitir aos sujeitos escolares conhecerem e vivenciarem as manifestações
populares, compreendendo as relações de interdependência entre as culturas e sem
qualificar uma delas como superior;
- Possibilitar a prática da solidariedade, respeitando e incentivando a
diversidade cultural.
66
- Incentivar a auto - organização dos sujeitos escolares, trabalhando a
participação coletiva nos processos de estudo.
- Assegurar as alegrias do presente ( e não apenas pensar nas promessas do
futuro) pois, quando a escola consegue proporcionar o prazer de se aprender no momento
atual, as crianças e os jovens irão pressentir o prazer de aprender sempre.
A escola é o espaço para que a criança tenha acesso aos conhecimentos
produzidos pelo conjunto da humanidade de forma sistematizada. É, portanto, democrático
que ela seja espaço de socialização de um conhecimento que possibilite a todos os
envolvidos compreender as contradições do real para modificá-lo. É nesta compreensão
que se situa a intencionalidade do papel da escola, que não é trabalhar no acaso, na
espontaneidade, no experimentalismo e no vazio do pragmatismo do cotidiano. É neste
pressuposto que se situa a defesa pela “unidade na diversidade”. Pessoas, sujeitos e
comunidade, diversos e diferentes têm igualmente a necessidade de aprender – nem mais e
nem menos.
Desta forma, a democracia na escola se fundamenta, sobretudo, na socialização
do conhecimento. É democrático que o conhecimento possa ser para todos. Este “todo’, ou
seja, este coletivo, envolve toda a comunidade escolar, tomada em sua especificidade:
alunos, professores, direção, equipe pedagógica, pais, funcionários, caciques, enfim todos
os que tenham na escola a expressão de sua necessidade e identidade. A comunidade
escolar, constituída por seus sujeitos - determinantes e determinados pelas questões sociais,
econômicas, políticas, culturais, geográficas, locais e históricas, têm necessidades e
expectativas no âmbito do papel da escola. Contudo, as demandas que incidem sobre a
escola devem ser refletidas e até ponderadas no limite e na forma como ela (a escola) pode
ou não se responsabilizar pelas questões, que muitas vezes estão nela, mas não são
inerentes a ela, como por exemplo: as desigualdades sociais, a falta de emprego, a fome, a
violência, a miséria, o preconceito, a discriminação e a exclusão. É na escola que estas
questões convivem ou colidem. Elas expressam, portanto, desafios a se enfrentar, os quais,
muitas vezes revelam um enfrentamento que é histórico, cultural e social. Embora estas
questões não possam ser resolvidas no espaço escolar, devem ser discutidas para que
possamos pensar na possibilidade de se construir uma outra história que, obrigatoriamente,
é coletiva. Estas questões não podem ser tomadas e/ou discutidas no vazio do senso
comum e na espontaneidade. A escola não é espaço de terapias, mas de conhecimento e
67
encaminhamentos que só podem ser feitos a partir dos fundamentos necessários para
pensar na sua ação. Estes fundamentos estão postos na concepção de educação que vai ao
encontro das necessidades daqueles que estão na escola pública e, portanto, vivem do seu
trabalho. Esta concepção não é da SEED, nem de um ou outro governo, o que a define é a
necessidade histórica da escola pública e, de seus sujeitos, como espaço de ensinar e
aprender.
A opção político-pedagógica por um currículo organizado em disciplinas que
devem dialogar numa perspectiva interdisciplinar requer que se explicite qual concepção
de interdisciplinaridade e de contextualização o fundamenta, pois esses conceitos transitam
pelas diferentes matrizes curriculares, das conservadoras às críticas, há muitas décadas.
Nas DCEs as disciplinas escolares, são entendidas como campos do
conhecimento e se identificam pelos respectivos conteúdos estruturantes e por seus
quadros teóricos conceituais. Considerando esse constructo teórico, as disciplinas são o
pressuposto para a interdisciplinaridade.
A partir das disciplinas, as relações interdisciplinares se estabelecem quando:
- conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à discussão e
auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo qualquer de outra disciplina;
- ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros
conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem uma abordagem
mais abrangente desse objeto.
Assim, estabelecer relações interdisciplinares não é uma tarefa que se reduz a
uma readequação metodológica curricular, como foi entendido, no passado, pela pedagogia
dos projetos. A interdisciplinaridade é uma questão epistemológica e está na abordagem
teórica e conceitual dada ao conteúdo em estudo, concretizando-se na articulação das
disciplinas cujos conceitos, teorias e práticas enriquecem a compreensão desse conteúdo.
A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização
sóciohistórica como princípio integrador do currículo. Isto porque ambas propõem uma
articulação que vá além dos limites cognitivos próprios das disciplinas escolares, sem, no
entanto, recair no relativismo epistemológico. Ao contrário, elas reforçam essas disciplinas
ao se fundamentarem em aproximações conceituais coerentes e nos contextos sócio-
históricos, possibilitando as condições de existência e constituição dos objetos dos
conhecimentos disciplinares.
68
De acordo com Ramos (p. 1, s/d),
Sob algumas abordagens, a contextualização, na pedagogia, é compreendida como a inserção do conhecimento disciplinar em uma realidade plena de vivências, buscando o enraizamento do conhecimento explícito na dimensão do conhecimento tácito. Tal enraizamento seria possível por meio do aproveitamento e da incorporação de relações vivenciadas e valorizadas nas quais os significados se originam, ou seja, na trama de relações em que a realidade é tecida.
Esta argumentação chama a atenção para a importância da práxis no processo
pedagógico, o que contribui para que o conhecimento ganhe significado para o aluno, de
forma que aquilo que lhe parece sem sentido seja problematizado e apreendido.
6.12.1- Relação professor- aluno;
Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala,
trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um
desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque
acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas,
suas incertezas”.
A relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima
estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de
ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o
seu conhecimento e o deles. O professor, educador deve buscar educar para as mudanças,
para a autonomia, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão
consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.
6.12.2- Intervenção constante do professor no processo ensino-aprendizagem;
O professor hoje é aquele que ensina o aluno a aprender e a ensinar a outrem o que
aprendeu. Neste desenvolver do ensinar muitas são as intervenções necessárias para que se
efetive a aprendizagem e o professor é o principal agente destas intervenções que podem
69
ser através de retomada de conteúdos, mudança de metodologia, exercícios diversificados,
jogos, brincadeiras etc...
6.12.3- Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática
em sala de aula;
"Aqueles que dominam o conhecimento intervêm nas relações sociais, ao fazer que
um mundo determinado se aceite ou se transforme, isto é, que o domínio da teoria não
pode ser desligado das práticas sociais" ( Sacristán, 1999, p.25).
Em cada curso de formação continuada os professores adquirem novos
conhecimentos e aperfeiçoamentos, sendo assim possíveis levarem novos conhecimentos e
metodologias para melhoria de sua prática em sala de aula.
6.13- Concepção de Avaliação
A revisão das normas gerais para avaliação do aproveitamento escolar, recuperação
de estudos e promoção de alunos, do Sistema Estadual de Ensino, em nível da educação
básica, é parte do processo de atualização das legislações existentes, que este Conselho
Estadual de Educação efetiva, com a finalidade de compatibilização ao estabelecido na lei
nº 9394/96, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional.
A Deliberação nº 033/87- CEE, até então vigente, é muito adequada em seu
conteúdo teórico, podendo-se afirmar que a indicação que acompanha o documento revela
um estudo que se mantém atualizado ao texto da atual lei de educação. Dessa forma
repetimos a conceituação expressa na citada Deliberação:” ... é preciso acrescentar que a
avaliação hoje se aplica não somente ao nível da aprendizagem do aluno, mas também do
aperfeiçoamento do ensino e da reformulação do currículo. Apresenta-se portanto como
um elemento necessário em diferentes níveis do planejamento, exercendo nesses níveis a
função diagnóstica e formativa.
Com isso pretende-se ultrapassar definitivamente a concepção de avaliação na
função de certificação e seleção que vinha exercendo dentro de um contexto clássico de
ensino cartorial e seletivo.
70
6.13 1- Conceito
A avaliação escolar tem por objetivo auxiliar o educando no seu crescimento, no
seu desenvolvimento pessoal, fazendo sua integração consigo mesmo, ajudando-o na
apropriação dos conteúdos significativos (conhecimentos, habilidades, hábitos e
convicções). Pelo diagnóstico, a avaliação fornece suporte ao educando no processo de
assimilação dos conteúdos e no seu processo de constituição de si mesmo como sujeito
existencial e como cidadão.
“ A avaliação é um momento privilegiado da construção do conhecimento e da formação
do aluno. Ela esta presente desde a “situação-problema” escolhida como ponto de partida
para a reconstrução do conhecimento, passando pelos elementos teóricos, as hipóteses de
solução e a reconstrução da realidade. Será centrada no aluno e em sua capacidade de
aprender, de ser, de fazer e de conviver.”
BORDIGNON, 2003
6.13.2- Indicadores de Aprendizagem
A Periodicidade de registro de avaliação é bimestral, e ou ao final de % de aulas
dadas (EJA) obedecendo a critérios estabelecidos no Regimento Escolar que consta da
seguinte somatória: 4,0 quatro referente a atividades diversificadas e 6,0 resultante de no
mínimo 02 avaliações que totalizam uma nota final de dez(10,0).
6.13.3- Critérios de Promoção
De acordo com DEPRESBITERIS (2007, p.37) “os critérios são princípios que servirão
de base para o julgamento da qualidade dos desempenhos, compreendidos aqui, não apenas
como execução de uma tarefa, mas como mobilização de uma série de atributos que para
ela convergem”.
71
Da análise do inciso V, do artigo 24 da Lei nº9394/96, que estabelece a organização
da educação básica, verifica-se que o rendimento escolar deverá seguir critérios
estabelecidos:
a) avaliação diagnóstica, contínua e cumulativa do desempenho do aluno.
Com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventual provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do
aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem
disciplinados pela instituições de ensino em seus regimentos.”
Com muita clareza a Lei define que a avaliação não pode ser aceita como
simples instrumento classificatória, mas de acompanhamento da construção da
aprendizagem, indicando um processo contínuo e cumulativo, que venha incorporar
todos os resultados obtidos durante o período letivo. Aponta a possibilidade de
aceleração de estudos para os alunos que apresentam atraso escolar, situação que
merece projeto próprio, com aprovação específica deste Conselho Estadual de
Educação, para que não se corram riscos da simplificação de estudos, pretende-se a
qualidade de ensino para a quantidade de alunos aprovados.
6.13.4- Periodicidade de Registro da Avaliação
Os professores avaliam de forma diagnóstica, no processo ensino aprendizagem,
aproveitando toda forma de conhecimento do aluno. As técnicas de avaliação mais
utilizadas são as provas objetivas e subjetivas, trabalhos e pesquisas desenvolvidos em sala
72
de aula ou extra-classe, participação das atividades diárias, debates, estudo, análise de
textos e apresentações dos resultados, atividades em grupos entre outros. O sistema é feito
por nota avaliado de 0 a 10,0 (zero a dez).
No Ensino Fundamental, séries iniciais, o sistema de registro do rendimento do
aluno é descritivo. Há o parecer final para o termino do Ciclo Único, uma vez que o ciclo
corresponde ao período de dois anos. No parecer final ou parcial, é registrado todo o
conhecimento que o aluno obteve naquele ano e em cada disciplina. Nesse caso, o aluno,
quando não atinge os objetivos propostos poderá ficar retido apenas no 2º ano do Ciclo
Único.
A Periodicidade de registro de avaliação é bimestral, e ou ao final de % de aulas
dadas (EJA) obedecendo a critérios estabelecidos no Regimento Escolar que consta da
seguinte somatória: 4,0 quatro referente a atividades diversificadas e 6,0 resultante de no
,mínimo 02 avaliações que totalizam uma nota final de dez(10,0).
6.13.5- Resultado da Avaliação
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios,
afim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar. Estes
resultados servem para que o corpo docente possa refletir e avaliar suas atuações em sala
de aula e desta maneira intervir onde for necessário.
6.13.6- Encaminhamentos e Ações Concretas
A Escola solicita serviços de psicólogos, quando se percebe que as dificuldades
possam advir de distúrbios de ordem mental ou emocional; e Assistentes Sociais, quando
se detecta casos de desajuste familiares que interfiram na aprendizagem contínua. Nas 5ª
série, utiliza-se o esquema de monitoramento entre os próprios alunos, durante as aulas,
como forma alternativa de se chegar a aprendizagem através da visão diferenciada sobre
conteúdos que um aluno, muitas vezes, consegue reter e passar a outro com mais
facilidade.
73
6.13.7- Procedimentos de Recuperação de Estudos
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento
contínuo pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispões de condições que
lhes possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
A recuperação concomitante, encaminhamento de caráter pedagógico, destinada a
todos os alunos com aproveitamento escolar insuficiente, é ofertada obrigatoriamente por
este Estabelecimento de Ensino, de forma paralela, contínua e progressiva durante o
período letivo, visando melhoria do aproveitamento escolar e aperfeiçoamento do
currículo.
O Planejamento para recuperação será elaborado pela equipe pedagógica e corpo
docente. Todos os procedimentos de recuperação comprometem-se com os registros dos
mesmos, observados os aspectos abaixo indicados:
• retomada do conteúdo anterior;
• atendimento a dúvidas;
• orientações sobre avaliações na disciplina;
• exercícios adicionais de compreensão;
• tarefas de casa com correção e revisão em sala de aula;
• informação aos pais sobre a evolução do quadro e dificuldades do aluno, com o
registro do encontro devidamente assinado pela escola e pela família;
• orientações especiais sobre “como estudar”;
• convocação dos pais e do aluno para orientação especial quando, apesar de
todos os esforços, as dificuldades do aluno persistirem;
• conscientização dos alunos da mudança de paradigma no que se refere à
recuperação e da necessidade de estudar desde o início do ano letivo.
6.14- Planos de Avaliação
6.14.1- Adaptação Curricular
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A adaptação de estudos vem amparar o aluno que, na eventualidade de
transferência de cursos e consequente readequação curricular, possa dar continuidade
normal ao curso, ao mesmo tempo em que supre as deficiências do currículo anterior com
relação ao atual. A adaptação está prevista no Regimento Escolar e é determinada através
de um plano de trabalho elaborado pelo professor da disciplina com vistas a dar, ao aluno,
subsídios necessários naquela disciplina para desenvolver-se dentro do novo contexto.
6.14.2- Dependência
São disciplinas pendentes(reprovadas) de um ano para o outro e devem serem
cumpridas durante o curso para que se obtenha o direito a certificação. Este
estabelecimento oferecerá dp somente para as transferências recebidas com progressão
parcial.
6.14.3- Progressão Parcial
O regime de progressão parcial dá novas oportunidades ao aluno que, retido em até
três disciplina, em regime seriado, poderá cursá-las subsequente e concomitantemente às
séries seguintes.
Este estabelecimento de Ensino não oferta a Progressão Parcial, mas as
transferências recebidas de alunos com dependência em até 3(três) disciplinas serão aceitas
e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
6.14.4- Recuperação
A recuperação de estudos é um direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos; dar-se á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem.
6.14.5- Classificação/ Reclassificação
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O exame de classificação e reclassificação é, um meio pelo qual a escola permite
ao aluno oportunidades de recuperar o tempo escolar, devido ao atraso nas séries por
repetência ou abandono de cursos, fazendo com que sua idade seja avançada para a série
em que cursa. Assim, observando-se o nível de sua escolaridade anterior e, passando o
aluno pelo exame de classificação ou reclassificação com bom desempenho e atendendo a
todos os quesitos, pode adiantar-se em uma série e, assim suprir a defasagem escolar em
que se encontrava com relação à faixa etária, resultando num estímulo maior à
aprendizagem.
6.14.6- Avaliação Final (após o término do ano letivo)
Após o término do ano letivo equipe diretiva e pedagógica analisam os gráficos de
aprovação, reprova e desistência ocorridos durante o ano e traçam metas para possíveis
melhorais para o ano vindouro.
6.14.7- Procedimentos de informação aos Pais.
Os pais ou responsáveis têm direito ao conhecimento do processo pedagógico, bem
como de participar da definição das propostas educacionais; por si mesmos ou por seus
representantes do Conselho Escolar e de requerer cancelamento de matrícula ou
transferência nos termos do Regimento Escolar.
As informações referentes a aprendizagem escolar é feita bimestralmente através
dos boletins escolares e reuniões pedagógicas.
Todos esses processos –adaptação, progressão parcial, recuperação paralela –
classificação e reclassificação – são postos em prática com a devida documentação que
integra a pasta individual do aluno, para que sua situação escolar fique regularizada.
7- MARCO OPERACIONAL
76
7.1- Plano de ação
7.1.1- Objetivos, metas, ações administrativas, financeiras e políticas pedagógicas;
A equipe administrativa e pedagógica estará trabalhando em conjunto para
contribuir com o crescimento e desenvolvimento do processo educativo em todos os seus
âmbitos.
Objetivamos com isto:
Exercer uma gestão democrática com clareza, envolvimento e participação de
todos, com direitos e oportunidades em busca de uma educação compatível com uma
sociedade multicultural e pluriétnica voltada para a cidadania.
Colaborar com os docentes na elaboração de suas atividades.
Acompanhar a aprendizagem dos alunos cuidando para que estes tenham um bom
desenvolvimento cultural social e psíquico.
Para isto tais ações estarão sendo desenvolvidas:
Promover eventos que garantam a participação e envolvimento dos pais e comunidade.
Resgatar e valorizar a cultura, o lazer e a arte de brincar, através de oficinas.
Formar grupos de estudos entre alunos, com monitoramento dos professores.
7.1.2- Escola de Superação
Com o objetivo de recuperar e melhorar a qualidade do ensino em nosso colégio,
durante este ano estaremos trabalhando de modo diferenciado com nossos alunos,
procurando recuperá-los após cada avaliação, visando sempre o conhecimento e a
importância do mesmo na vida de nossos discentes. Para alcançarmos nossos objetivos a
participação dos pais é de fundamental importância.
7.1.3- PDE – Escola
77
O Colégio está aplicando a verba relativa ao PDE- Escola conforme as metas
estabelecidas com o objetivo de sanar os problemas detectados.
Com este propósito a avaliação deverá acompanhar o desempenho do aluno no
presente, orientar as possibilidades do desempenho no futuro e mudar as práticas
insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas
práticas educativas.
7.1.4- Facilitadores da aprendizagem
Os docentes fiéis a nova consciência profissional, vem reinventando formas de
organizar o seu trabalho e reforçando no coletivo novas formas e metodologias para
facilitar a aprendizagem de nossos alunos.
Quando o professor ministra uma aula, deve estar na verdade, facilitando a
aprendizagem dos alunos, estimulando-os na busca de dados, informações e conteúdos, na
expectativa de que eles próprios os utilizem na construção do seu conhecimento. A
apresentação dos conteúdos deve ser contextualizada com exemplos profissionais, de tal
forma que o aluno percebe seu significado, pois é natural que ele rejeite as informações
que julgar sem utilidade, por não criar com ela um elo afetivo. Aprende-se com mais
facilidade o que for utilizado na vida ou na profissão. Todo aluno aprende quando percebe
o significado de determinado assunto, é importante que todo o corpo docente motive os
alunos para não estudarem preocupados com a prova, mas com o conhecimento que
adquirirão.
Podemos ressaltar que o professor é o principal responsável pela facilitação da
aprendizagem dos alunos, mas há outros que recursos que os auxilia nesta tarefa tais como
as tecnologias.
7.1.5- Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica
Nas reuniões pedagógicas são discutidas sobre práticas, metodologias, disciplina
pois neste momento a troca de experiências nos auxilia muito nos trabalhos em sala de
aula.
78
O conselho de classe é uma extensão da discussão continuada e coletiva das
práticas pedagógicas efetivadas em sala de aula, onde é possível fazer uma reflexão e uma
retomada ou mudança da prática pedagógica.
7.1.6- Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem do aluno;
A escola incentiva a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias,
valorizando concepções de ensino, de aprendizagem e de avaliação que permitam aos
professores e alunos conscientizarem-se de uma transformação emancipadora. Dessa
maneira os professores sabem que precisam atender igualmente aos alunos, seja qual for
sua necessidade de aprendizagem.
Para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola ensinar, para
todos, sendo assim, incentivamos nossos professores a fazer intervenções constantes após
ensinar cada conteúdo, para se certificar se os alunos estão ou não dominando “tal”
conhecimento.
Ao perceberem que não houve aprendizagem devem buscar metodologias
diferenciadas para que o aluno domine os conteúdos apresentados, pois para nós é muito
importante que nossos professores avalie o conhecimento de seus alunos, percebam o que
eles não dominaram e volte o conteúdo, quantas vezes for necessário, com metodologias
diferentes, para que o aluno com dificuldade consiga aprender o conteúdo ensinado.
7.1.7- Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática
em sala de aula
Em sua prática docente, os professores trabalham com os saberes de sua disciplina,
com a tecnologia e com a complexidade social na qual a escola está inserido. O
compromisso do professor não está apenas com a difusão do conhecimento já formulado,
mas também com a pesquisa, e produção do conhecimento escolar, visando aprimorar o
seu saber docente na perspectiva de tornar-se professor autor.
Sendo assim, quanto mais capacitados melhores condições terão de desenvolver
suas práticas em sala de aula.
7.1.8- Mudanças significativas a serem alcançadas
79
Visando a melhoria e qualidade do ensino de nossos alunos, e com as ações
previstas no PDE- Escola para este ano almejamos alcançar um número maior de
permanência e aprovações.
7.1.9- Organização da Hora-Atividade, reuniões pedagógicas e conselhos de classe
A organização da hora-atividade não pôde ainda ser estabelecida com critérios bem
definidos em virtude da flexibilidade que se tem, devido a rotatividade de professores. Mas
faremos o possível para estar atendendo o Of. Circular 252/05 tendo desta maneira uma
H/A mais produtiva, pois será possível troca de experiência entre os docentes da mesma
disciplina.
Ensino Fundamental e Ensino Médio , os professores terão este tempo destinado a
correção de atividades discentes, troca de experiências, estudos e reflexões a respeito de
atividades que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a
melhoria da qualidade de ensino, bem como o atendimento de alunos, pais e comunidade.
As reuniões pedagógicas serão realizadas no início da Semana Pedagógica e depois
bimestralmente, sendo coordenada pela equipe pedagógica, com a participação de
professores e funcionários, onde serão efetuados estudos; troca de experiências; reflexões;
com a intenção do aprimoramento de seus trabalhos e crescimento pessoal.
O Conselho de Classe importante para que todos os professores conheçam seus
alunos na totalidade. Em primeiro lugar será realizado o Pré-Conselho onde a equipe
pedagógica entregará para cada professor uma ficha, visando o levantamento de dados dos
alunos com dificuldades de aprendizagem, que servirá de tabulação para reflexão no
Conselho de Classe. Este será realizado no final de cada bimestre para avaliar o trabalho da
escola, o rendimento da turma e para traçar uma forma de avanço como melhoria de
qualidade no aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem. Após um período de
aulas, onde o professor começa a conhecer seus alunos e detectar suas dificuldades, deverá
registrar, juntamente com o pedagogo como um pré-conselho de classe.
7.1.10- Recuperação de Estudos
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A recuperação dos estudos dos alunos se fará de modo concomitante as atividades
normais da sala de aula, contando com a atuação do professor no sentido de atuar
diretamente junto ao aluno, com atividades bem planejadas e apresentadas. Elaborando
atividades com criatividade e sem grandes dificuldades, mesclando os interesses dos
alunos com os conteúdos; devendo ser considerado as necessidades e possibilidades dos
alunos para não prejudicar a auto-estima.
7.1.11- Plano de Trabalho Docente
O PPP, o PPC e o PTD são documentos pedagógicos e precisam estar interligados
para que os objetivos sejam atingidos.
O PPP é um documento elaborado pelo coletivo da escola e mostra a realidade,
objetivos e anseios da escola, a partir dessa realidade e anseios os professores elaboram sua
PPC sempre levando em conta ao tipo de cidadãos que queremos formar; e o PTD é a
concretização do trabalho do professor em sala de aula.
7.1.12- Diretrizes para a avaliação geral de desempenho
A SEED envia as escolas duas vezes ao ano Avaliação Diagonal onde aspectos
com assiduidade, produtividade, participação e pontualidade são avaliados, além deste
instrumento dentro da própria escola todos os seguimentos são observados e avaliados
entre si, pelo Conselho Escolar e Comunidade.
7.1.13- Ações envolvendo outras instituições
Dentre as ações didático-pedagógicas muitas precisam do envolvimento de outras
instituições. Sendo assim a escola em parceria com Industrias, Usinas e Comércio
promove passeios, visitas técnicas etc.
7.1.14- Recursos Financeiros
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Os recursos são repassados à escola de acordo com o seu porte.
São 10 (dez) parcelas do Fundo Rotativo e 1 parcela do programa Dinheiro Direto
na Escola ( PDDE ) .
Dos recursos do Fundo Rotativo é feita uma reunião com o Conselho Escolar e
APMF onde se estabelece as necessidades e prioridades e gerenciando os recursos,
seguindo as normas e datas para entrega das prestações de conta para o Núcleo Regional de
Ensino para a sua apreciação e correção se estiver faltando alguma coisa, já o PDDE é
reunido o Conselho Escolar para apresentar o destino dos recursos e o apreciação com o
objetivo de mostrar transparência nos recursos públicos.
A verba do PDE- Escola, seus gastos já foram todos definidos e está sendo
empregados de acordo com o estabelecido na Sistematização das Despesas de Custeio e
Capital ( em anexo).
7.1.15- Organização Interna da escola/colégio
COMPETE AO PROFESSOR REGENTE E CO-REGENTE:
1 – Planejar suas ações pedagógicas visando atender às necessidades de
aprendizagem dos alunos, na sua diversidade. Nesse sentido, o professor
deve dar ênfase ao trabalho com pequenos grupos na sala para atender essas
necessidades, dentro ou fora da sala de aula.
2- Manter contato permanente com o co-regente( auxiliar de regência), com
o coordenador e com o professor do contra-turno, discutindo e
acompanhando os avanços de aprendizagem de cada aluno;
3- Estabelecer vínculo com a família do aluno para conhecimento e
acompanhamento efetivo da criança;
4- Realizar avaliação diagnóstica, contínua, cumulativa, formativa e
processual, evitando a classificação e compreendendo a importância de se
realizar avaliação descritiva. Nesse sentido, evitar a elaboração de pareceres
82
padrão que estigmatizam os alunos em categorias como: fracos, médios e
fortes;
5- Participar do processo de elaboração e implementação da proposta
pedagógica da escola, conhecendo seus fundamentos, princípios e proposta
curricular, propondo sugestões e/ou alterações, quando necessárias.
Responsabilizar-se pelo processo do ensino-aprendizagem, respondendo
pelo sucesso ou fracasso dos alunos.
COMPETE A EQUIPE PEDAGÓGICA
1- Articular todo processo pedagógico, planejando com o professor regente,
o co-regente, apontando possibilidades para uma metodologia adequada
às necessidades dos alunos;
2- Discutir com os professores ( regente, co-regente) sobre as dificuldades
individuais apresentadas pelo aluno, propondo formas de trabalho para
que durante o processo, essas dificuldades possam ser superadas;
3- Organizar os grupos de alunos para o Atendimento tanto com o professor
como com o co-regente;
4- Manter contato permanente com o professor regente, co-regente
acompanhando o encaminhamento pedagógico dos alunos, bem como os
avanços de aprendizagem de cada um;
5- Na função de coordenador do CBA, interagir com o professor regente e
co-regente, na sala de aula ou em outros espaços, atendendo grupos de
alunos com dificuldades específicas;
6- Inteirar-se do motivo das faltas dos alunos, tanto no turno, comunicando e
buscando soluções junto aos pais ou órgão competentes;
7- Organizar sistematicamente reuniões de estudo ( nas horas-atividades,
reuniões pedagógicas, etc.) para discutir: concepção de ensino-
aprendizagem, ensino na perspectiva dos ciclos de alfabetização,
disciplinas escolar, reorganização de tempos, espaço e prática pedagógica;
8- Acompanhar o desempenho dos conteúdos através do Livro registro bem
como assiná-lo
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COMPETE AO DIRETOR E VICE DIRETOR
Na função de diretor, garantir momentos para estudo e reflexão acerca do processo
de ensino-aprendizagem, bem como a articulação de todo o trabalho pedagógico da escola.
1- planejar e propor projetos inovadores;
2- cumprir e fazer cumprir as leis de ensino e as disposições do presente
Projeto Político Pedagógico;
3- representar oficialmente o Colégio perante a sociedade, as autoridades e
a Entidade Mantenedora;
4- superintender os atos escolares que dizem respeito à administração, ao
ensino e à disciplina do Estabelecimento;
5- convocar e presidir reuniões;
6- delegar tarefas;
7- receber, informar e despachar petições e documentos, encaminhando-os
`{as autoridades competentes, quando for o caso;
8- rubricar e assinar os documentos oficiais do Colégio;
9- aplicar sanções disciplinares a alunos, professores e funcionários do
Estabelecimento, conforme a legislação em vigor e as disposições deste
Projeto Político Pedagógico;
10- elaborar o orçamento escolar, submetendo-o à aprovação do Conselho
Escolar e movimentar e aplicar os recursos financeiros de acordo com o
orçamento aprovado;
11- submeter à aprovação do Conselho Escolar despesas extraordinárias;
12- submeter à apreciação do Conselho Escolar os planos e sugestões,
visando à melhoria dos processos de ensino-aprendizagem e/ou das
dependências do prédio;
13- autorizar o pagamento das despesas ordinárias;
14- realizar a assembléia para a formação do Conselho Escolar bem como
convocar e presidir suas reuniões;
15- supervisionar a assiduidade, pontualidade, frequência e férias de
profissionais, acompanhando o Calendário Escolar;
16- supervisionar a organização do horário e calendário de forma a
concretizar o Projeto Pedagógico;
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17- superintender as demais atribuições decorrente deste Projeto Político
Pedagógico e de normas legais vigentes.
EQUIPE ADMINISTRATIVA
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos
os setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que os mesmos a
cumpram suas reais funções. Essa equipe é formada por secretaria e serviços gerais.
-Secretaria;
1- cumprir e fazer cumprir as determinações de seus superiores
hierárquicos;
2- redigir as correspondências que lhe forem confiadas;
3- organizar e manter em dia as Coletâneas de Leis, regulamentos,
diretrizes, ordens de serviço, resoluções e demais documentos;
4- rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;
5- apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam
ser assinados;
6- organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de
assentamento dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a
verificação;
a) da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno.
b) Da autenticidade dos documentos escolares;
7- coordenar e supervisionar as atividades referentes á matrícula,
transferência, adaptação e conclusão de curso;
8- zelar pelo uso adequado e toda irregularidade que vem a ocorrer na
Secretaria e comunicar a Direção;
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Aos auxiliares da secretaria compete executar os trabalhos que lhe forem atribuídos pelo
secretário e atender as solicitações, recomendações e observações feitas com vistas ao
aprimoramento dos serviços.
Serviços Gerais;
Os Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção, prevenção, segurança e
merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e supervisionado pela
Direção, ficando a ela subordinado.
Os funcionários do serviço gerais deve:
1- manter um bom relacionamento com os outros funcionários, alunos,
professores, equipe pedagógica e direção;
2- estar atento as necessidades de ordem e limpeza durante o período;
3- estar à disposição da escola no turno em que trabalha;
4- cumprir o horário estabelecido pela escola;
5- obedecer escala de serviço;
6- faltar apenas em caso de real necessidade afim de evitar o acúmulo de
serviço do colega;
7- acatar as ordens recebida com respeito;
8- zelar pela educação dos alunos;
Compete aos serventes:
1- efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,
providenciando os matérias e produtos necessários para a limpeza
necessária do estabelecimento dentro de seu trabalho, bem como todas
as atividades correlatas a sua função.
Compete a merendeira:
1- preparar e servir a merenda controlando-a quantitativa e
qualitativamente;
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2- conservar o local de preparação da merenda em boas condições de
trabalho procedendo à limpeza e arrumação;
3- respeitar os alunos tratando-os com delicadeza e carinho;
4- procurar enriquecer a merenda escolar, levando os alunos a terem gosto
pela merenda;
5- zelar pelo material de uso e consumo na preparação da merenda escolar;
6- efetuar demais tarefas correlatas a sua função;
Compete ao vigia e o caseiro:
1- efetuar rondas periódicas de inspeção com vistas a zelar pela segurança
do estabelecimento de ensino;
2- impedir a entrada no prédio ou área adjacente, de pessoas estranhas e
sem autorização fora do horário de trabalho, como medida de segurança;
3- comunicar a chefia imediata qualquer irregularidade ocorrida durante o
seu plantão, para que sejam tomadas as devidas providências;
4- zelar pelo prédio, suas instalações procedendo ao reparo se fizerem
necessários e levando ao conhecimento de seu superior, qualquer fato
que depende de serviços especializados para reparo e manutenção;
5- efetuar tarefas correlatas as suas funções;
O funcionalismo escolar, além de executar sua função específica, contribui
independentemente do cargo, na educação dos alunos, de maneira a orientá-los em
múltiplas situações dentro do estabeleci mento de ensino, tais como: orientação de
procedimentos nas refeições, nos toaletes, nas refeições, no pátio, até mesmo em
esclarecimentos de dúvidas a cerca de diversos assuntos que possam lhe ser
solicitado por parte dos docentes e discentes, etc. Essa nova realidade se
estabeleceu devido á consciência do profissional de que a educação não compete
somente ao regente em sala de aula e sim a integração de todo quadro de
prestadores de serviço presente na escola.
7.1.16- Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos
87
É de suma importância o bom relacionamento dos profissionais da escola para que
esta tenha um bom desempenho e cumpra assim a sua função fundamental que é o de criar
condições para que o aluno desenvolva autonomia de pensamento, pela capacidade de
estabelecer relações, de reagir à educação veiculada pelos meios de comunicação de
massa, de participar organizadamente intervindo, de forma competente, na sociedade.
Para que esta função primordial se efetive os trabalhos estão assim entrelaçados: os
professores trabalham em sala de aula com métodos de maneira que os alunos aprendam,
enquanto fora desse âmbito, o pedagogo lhe respalda assistindo casos de alunos que
requeiram um tratamento especial, além de estudarem e se atualizarem dando ao docente
amparo pedagógico que reflita sobre as falhas e lhe indique alternativas para melhor dirigir
o processo de aprendizagem O diretor, por sua vez, supervisiona o andamento escolar em
toda a sua plenitude, enquanto na área secretarial, os documentos que, de uma forma ou
outra, acabam por interferir na vida escolar do aluno, são escriturados. O ambiente limpo,
que garante um clima agradável e saudável para o aprendizado, nunca é abandonado pelo
pessoal da limpeza, ou mesmo da merenda, elemento complementar em toda a atividade
escolar, que é fornecer o alimento de boa qualidade e preparo saudável. Assim, como se
percebe, todos são uma peça importante que,sozinha, representa apenas uma parte, mas
unida e coesa às outras, constrói o todo.
7.1.17- Qualificação dos equipamentos pedagógicos
As salas são bem arejadas e bem iluminadas, devido as suas grandes janelas, a
pintura clara que a recobre e aos ventiladores fixados. As carteiras são adequadas aos
tamanhos dos alunos, as lousas bem conservadas e de boa qualidade para a escrita,
permitindo uma boa escrita.
A única ressalva que se faz é com respeito a sala que não satisfaz plenamente as
funções as quais se destina, pois pela inexistência de salas especiais para Biblioteca e Sala
de Professores, esta, num espaço de 64m2, atendendo essas funções, simultaneamente,
separadas em compartimentos por arquivos. É de grande necessidade a construção de
novas salas, bem como de mobiliário, que pudessem ser destinados a Biblioteca,
Laboratório de Ciências, ofertando ao professor, assim, condições concretas de trabalhar
mais com a realidade do aluno.
88
7.1.18- Família e comunidade
A articulação com a família, deve acontecer permanentemente, através dos mais
variados meios , como : reuniões com pais ao final de cada bimestre ou quando se julgar
necessário servirão para questões sobre progresso de seus filhos. O colégio estará sempre
proporcionando a aproximação da família e comunidade, não só para tratar de assuntos
referente a aprendizagem de seus filhos, mas também para discutir o que acontece na
escola, a qualidade de ensino e as normas existentes, fazer da escola um espaço aberto de
diálogo e convivência, desta forma o colégio estará incentivando os pais ao
acompanhamento da vida escolar de seus filhos durante todo o período letivo.
7.1.19- Organização do trabalho pedagógico e a prática docente
O trabalho pedagógico é organizado de acordo com o currículo e plano de trabalho
docente tendo sempre a preocupação na dosagem dos conteúdos para que a prática docente
se efetive em sala de aula com o aprendizado efetivo dos alunos.
7.2- Redimensionamento da Gestão Democrática
“... se é verdade que a educação não pode fazer sozinho a transformação social, também é
verdade que a transformação não se efetivará e não consolidará sem a educação”.
(MOACIR GADOTTI)
A participação pertence á própria natureza do ato pedagógico e exige aprendizado,
visto que os segmentos da escola apresentam limitações à participação.
Para que se garanta transparência e respeito aos princípios éticos nas ações
relacionadas à gestão democrática, é preciso haver consulta a comunidade escolar, com
presença ativa e decisória.
7.2.1- Conselho Escolar
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Será utilizado para subsidiar a escola no Projeto Político Pedagógico, promovendo
a articulação entre vários segmentos organizados da sociedade e os setores da escola a fim
de garantir eficiência e qualidade de seu funcionamento.
Participará da avaliação do Projeto Político Pedagógico no final do ano e
participará de reuniões bimestrais.
7.2.2- Conselho de Classe
As reuniões do pré-conselho e do Conselho de Classe serão realizadas no final de
cada bimestre, incidindo entre o resultado do bimestre e a assinatura de boletins. As
reuniões pedagógicas também acontecerão bimestralmente.
7.2.3- Grêmio Estudantil
Continuará a desenvolver suas atividades com responsabilidade e sempre visando o
desenvolvimento esportivo, cultural e intelectual de seu colegiado.
7.2.4- Eleição de aluno representante de turma
Os representantes de turma terão a incumbência de agilizar a formação do Grêmio
Estudantil e de outras tarefas que o colégio necessitar.
7.2.5- APMF
Este órgão participará e fiscalizará o caminhar de todas as ações realizadas na
escola, promovendo a integração entre escola, família e comunidade.
Os encontros serão realizados bimestralmente e dirigidas pelo diretor da escola e pelo
presidente da APMF.
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As reuniões do Conselho Escolar e APMF serão efetuadas mensalmente, sem
previsão de datas fixas a longo prazo, para efeitos de destinação de recursos recebidos,
organização de eventos, ou extraordinariamente, sempre que necessário, para resolver
questões urgentes ou que impliquem decisões determinantes dentro da escola.
7.3- Formação Continuada
Reconhecemos que a formação continuada é de suma importância, para que a
escola se tornar um espaço mais aberto e mais democrático, com compromissos políticos e
pedagógicos, cujo objetivo maior é o desenvolvimento da autonomia das educandos. O
colégio divulga todos os cursos ofertados, tanto os da SEED como outros, incentiva
professores e funcionários a participarem, além de ofertarem aos professores durante suas
H.A e reuniões pedagógicas textos, vídeos, com assuntos relacionados a questões
vivenciadas em sala de aulas. Em relação aos funcionários além da participação nas
reuniões pedagógicas há reuniões específicas onde são estudas textos próprios de suas
funções.
7.4- Ações Didático-Pedagógicas
As ações didática pedagógica, visam melhorar a qualidade da educação e ensino em
nosso colégio. Diante disto durante este ano várias atividades serão desenvolvidas tais
como : participação nos Jogos Escolares, Agenda 21, trabalharemos a Educação Fiscal,
Cultura afro-Brasileira e Indígena, festividades alusivas a Semana da pátria, Semana do
Meio Ambiente, Feira Cultural etc.
7.5- Desafios Educacionais Contemporâneos
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Nosso alunos são bombardeados todos os dias com os mais variadas informações,
através da mídia, desta forma, os educadores precisam estar dia após dias preparados para
resolver os possíveis problemas que chegam em sala de aula. Para tanto, procuramos
trabalhar conteúdos que embasam os conhecimentos sobre a violência sexual, prevenção
ao uso de drogas, violência na escola, cultura afro-brasileira, africana e indígena, educação
ambiental e cidadania, através de filmes, palestras, mesa redonda, visando a preparação
dos mesmos para os possíveis enfrentamento que possam vir a ter.
7.6- Diversidade
Fazemos parte de uma sociedade multicultural onde torna-se necessário trabalhar
com as diferenças, ressaltando sempre suas contribuições para com a cultura e sociedade
atual.
8- AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
8.1- Plano de Acompanhamento do PPP e de Informação à Comunidade
A avaliação interna do trabalho da escola visa rever todos os objetivos, ações
metodológicas, projetos pedagógicos e administrativos, em andamentos ou não,
proporcionando momentos de reflexão a respeito dos posicionamentos, atitudes e
resultados das ações educativas ao nível de toda comunidade escolar, na busca de
redirecionar objetivos, metas e ações.
A função da escola é decisiva e a avaliação interna e sistemática irá contribuir para
termos uma visão ampla dos resultados de todos os componentes que fazem parte da
Comunidade Escolar, e que deverá ser uma constante, pois, diante dos resultados obtidos
teremos subsídios que ampare reflexões e reposicionamentos administrativos, pedagógicos,
financeiros, sociais e culturais, sempre na busca de contribuir para a construção de uma
escola melhor, de qualidade, que prepara o aluno para a vida real com sucesso, para um
mundo melhor.
O estabelecimento de ensino propõe que a avaliação em suas atividades ocorra de
forma sistemática e contínua.
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O plano de avaliação do Projeto será feito através de questionários. O Conselho
Escolar, Associações de Pais e Mestres, Diretores, Equipe Técnico Pedagógica,
Professores e Alunos, ao findar do ano também avaliarão o desempenho da Escola,
analisando os pontos positivos e negativos, observando se os objetivos e metas foram
atingidas, podendo assim, sugerir propostas de melhor direcionamento do mesmo. Desta
forma, Direção, Coordenação e Professores poderão criar condições para realimentar a
Proposta Pedagógica do Curso, sempre que assim for necessário.
Neste processo, será acompanhado e avaliado o desempenho dos docentes,
Pedagogos e Funcionários , bem como o material didático, o currículo, o sistema de
orientação docente, a infra-estrutura material da escola, as metodologias utilizadas, os
resultados dos cursos ofertados, enfim, toda ação relevante da Instituição Escolar,
envolvendo nas avaliações, avaliados e avaliadores (alunos, professores, funcionários),
para que todos compreendam que é coletivamente, que se constroem ações significativas
na escola, cabendo a gestão informar à comunidade sobre o que foi proposto e que está
sendo implementada, para este trabalho deverá contar com participação das instâncias
colegiadas do colégio.
8.2- Participação das Instâncias Colegiadas
O Conselho Escolar, Associações de Pais, Mestres e Funcionários, Diretores,
Equipe Técnico Pedagógica, Professores e Alunos, ao findar do ano também avaliarão o
desempenho da Escola, analisando os pontos positivos e negativos, observando se os
objetivos e metas foram atingidas, podendo assim, sugerir propostas de melhor
direcionamento do mesmo. Desta forma, Direção, Coordenação e Professores poderão criar
condições para realimentar a Proposta Pedagógica do Curso, sempre que assim for
necessário.
Neste processo, será acompanhado e avaliado o desempenho dos docentes,
Pedagogos e Funcionários , bem como o material didático, o currículo, o sistema de
orientação docente, a infra-estrutura material da escola, as metodologias utilizadas, os
resultados dos cursos ofertados, enfim, toda ação relevante da Instituição Escolar,
envolvendo nas avaliações, avaliados e avaliadores (alunos, professores, funcionários),
para que todos compreendam que é coletivamente, que se constroem ações significativas
93
na escola, cabendo a gestão informar à comunidade sobre o que foi proposto e que está
sendo implementada, para este trabalho deverá contar com participação das instâncias
colegiadas do colégio.
8.3- Periodicidade do Acompanhamento e Avaliação do PPP.
Os resultados serão analisados e avaliados semestralmente em conjunto por toda a
comunidade escolar.
9- Bibliografia
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
Estatuto da Criança e do Adolescente
Regimento Interno do Estabelecimento
Revista Nova Escola
Revista Gestão em Rede
Revista Pátio
Material de apoio – metas apresentadas pelos professores
Material de apoio – questionários e opiniões colhidas entre os pais e alunos
HENGEMUHLE, Adelar. Gestão de Ensino e Práticas Pedagógicas.Editora Vozes. Rio de
Janeiro. 2004.
Cadernos pedagógicos – Um salto para o futuro.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do
Paraná. Curitiba: 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Grêmio Estudantil na Rede Estadual de
Ensino do Paraná.
CANDAU, Vera Maria. Sociedade, Educação e Cultura: Questões e propostas. Petrópolis,
Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
LIBANEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5ª ed. Goiânia:
Editora Alternativa, 2004.
LUCKESI. C.C.. Avaliação de aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo:
Cortez,1996.
94
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Escola fundamental, currículo e ensino. Campinas:
Papirus, 1991.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico : continuidade ou
transgressão para acertar? Campinas; Campinas, SP: Papirus,2000.
10 – Anexos
10.1 - Cópia da Ata de Aprovação do Conselho Escolar do PPP
10.2- Cópias das Atas das Reuniões da Comissão de Elaboração do PPP.
11- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Arte teve enfoque na expressividade, espontaneidade e criatividade; pensada
inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente incorporada para o ensino
de outras faixas etárias. Essa valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola
Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na genialidade individual, inspiração e
95
sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte e procurando romper com a
transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional.
Na busca de efetivar uma transformação no ensino de Arte, essa disciplina ainda exige
reflexões que contemplem a arte com área de conhecimento e não meramente como meio
para o destaque de dons inatos, sendo até mesmo utilizada de forma equivocada, em alguns
momentos como prática de entretenimento e terapia.
O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se
preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente em constante transformação.
Pela arte, o ser humano se torna consciente da sua existência social, ele se percebe e se
interroga sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo.
Analisando a Arte por uma perspectiva Antropológica, é possível considerar que toda
produção artística e cultural é um modo pelo qual o ser humano entende e marca sua
existência no mundo.
Dessa forma, pode-se conceber as várias instâncias de produção de conhecimento, ou seja,
os conteúdos pessoais de cada sujeito, interligados a produção cultural
(local/regional/global), como fonte geradora de significados em arte, tanto para os artistas,
quanto para o professor e para o aluno.
Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental e Médio da disciplina
de Arte, elaboradas a partir do coletivo dos professores da rede, orientam para a
aproximação e reelaboração de saberes deste componente curricular com as manifestações
e produções culturais.
Compreender a arte como linguagem, no sentido mais amplo do termo, como sendo
o estudo da geração, da organização e da interpretação de signos verbais e não verbais.
96
Propiciar ao aluno no Ensino Fundamental o acesso aos conhecimentos presentes
nos bens culturais, por meio de um conjunto de saberes em arte que lhe permitam utilizar-
se desses conhecimentos na compreensão das realidades e amplie o seu modo de vê-las.
Enfatizar no Ensino Médio a associação da arte e conhecimento, arte e trabalho
criador e arte e ideologia.
Desenvolver a percepção levando o educando, ao longo do seu processo de
crescimento. Ser sensível e envolver-se com os objetos e os materiais, mobilizando para
isso todos os sentidos.
Possibilitar a compreensão do saber estético, leitura da realidade, dos objetos
humanizados pelo ser humano, da natureza e das obras de arte, compreensão dos elementos
formais (cores, linhas, intensidade, dinâmica) e dos elementos contextualizados.
Produzir nova maneira de ver e sentir, que são diferentes em cada momento
histórico e em cada cultura. Pela arte, o ser humano se torna consciente da sua existência e
social, ele se percebe e se interroga, sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo.
Educar os alunos em arte é possibilitar a eles um novo olhar, um ouvir mais crítico,
um interpretar da realidade além das aparências com a criação de uma nova realidade, no
imaginário, bem como a ampliação da possibilidade de fruição e expressão artística.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes podem constituir-se em uma identidade para a disciplina
de Arte e de uma prática pedagógica que contemple as quatro áreas de Arte.
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Conteúdos estruturantes são conhecimentos de maior amplitude, conceitos que se
constituem em partes importantes, basilares e fundamentais para a compreensão de cada
uma das áreas de arte e ao mesmo tempo são comuns entre si, constituindo-se em elemento
fundamental de uma área, mas tendo correspondência de importância nas outras áreas de
Arte.
A disciplina de Arte no Ensino Fundamental contempla as linguagens das artes
visuais, música, dança e do teatro e os conteúdos estruturantes selecionados por essa
disciplina vem constituir a base para a prática pedagógica.
Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes são tomados como pilares na
organização da disciplina de artes e não podem ser vistos como elementos limitadores ou
segmentados, pois todos eles: elementos básicos das linguagens artísticas,
produções/manifestações artística e elementos contextualizadores apresentam uma unidade
interdependente, além de permitir uma correspondência entre as linguagens.
Foram definidos como conteúdos estruturantes para o Ensino Médio, os elementos
formais, a composição, o tempo e espaço e ainda os movimentos e períodos.
Os conteúdos estruturantes apesar de terem a sua especificidade, são
interdependentes, nas aulas estaremos trabalhando com esses conteúdos de forma
simultânea. Os elementos formais sendo organizados através do conhecimento estético e
da técnica constituirão a composição, que materializa-se como obra de arte segmentados,
pois todos eles: elementos básicos das linguagens artísticas, produções/manifestações
artística e elementos contextualizadores apresentam uma unidade interdependente, além de
permitir uma correspondência entre as linguagens nos movimentos e períodos artísticos.
. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA 2.1 Conteúdos Estruturantes
98
Áreas Elementos
Formais Composição
Movimentos e Períodos
MÚSICA
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal Modal Contemporânea Escalas Sonoplastia Estrutura
Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Vanguardas Artísticas, Arte Engajada, Música Serial, Música
99
ARTES
VISUAIS
Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz
Figurativa Abstrata Figura-fundo Bidimensional Tridimensional Semelhanças Contrastes Ritmo visual Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta ... Técnicas: Pintura, gravura,
Arte Pré-histórica, Arte no Antigo Egito, Arte Greco-Romana, Arte Pré- Colombiana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Arte Bizantina, Arte Românica, Arte Gótica, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo,
TEATRO
Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais) Ação Espaço
Representação Texto Dramático Dramaturgia Roteiro Espaço Cênico, Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara, caracterização e maquiagem Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etc Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto
Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Teatro Dialético, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro Essencial, Teatro do Absurdo, Arte Engajada, Arte Popular,
DANÇA
Movimento Corporal Tempo Espaço
Eixo Dinâmica Aceleração Ponto de apoio Salto e queda Rotação Formação Deslocamento Sonoplastia Coreografia Gêneros: folclóricas, de salão,
Arte Pré-Histórica, Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira,
2.2 Conteúdos Básicos
5ª série
Conteúdos estruturantes – Área: Música Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série
100
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica cromática Improvisação
Greco-Romana Oriental Ocidental Africana
Conteúdos estruturantes – Área: Artes Visuais Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia
Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica
Conteúdos estruturantes – Área: Teatro Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Enredo, roteiro, espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia, Circo.
Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento
Conteúdos estruturantes – Área: Dança Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Movimento Corporal Tempo Espaço
Eixo Deslocamento Ponto de Apoio Formação Técnica: Improvisação Gênero: Circular
Pré-história Greco-Romana Medieval Idade Média
6ª série
Conteúdos estruturantes – Área: Música Elementos formais Composição Movimentos e períodos
101
Conteúdos básicos para a série Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental, mista Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Conteúdos estruturantes – Área: Artes Visuais Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco
Conteúdos estruturantes – Área: Teatro Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua, arena, Caracterização.
Comédia dell' arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano
Conteúdos estruturantes – Área: Dança Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Movimento Corporal Tempo Espaço
Gênero: Folclórica, popular, étnica Ponto de Apoio Formação Rotação Coreografia Salto e queda Níveis (alto, médio e baixo)
Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Renascimento
7ª série
102
Conteúdos estruturantes – Área: Música Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno...
Conteúdos estruturantes – Área: Artes Visuais Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual, mista...
Indústria Cultural Vanguardas Arte Contemporânea
Conteúdos estruturantes – Área: Teatro Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Vanguardas
Conteúdos estruturantes – Área: Dança Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Movimento Corporal Tempo Espaço
Direções Dinâmicas Aceleração Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: espetáculo
Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Dança Clássica
8ª série
103
Conteúdos estruturantes – Área: Música Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música Engajada Música Popular Brasileira. Música contemporânea
Conteúdos estruturantes – Área: Artes Visuais Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Realismo Arte no Séc. XX Muralismo Pré-colombiana Hip Hop Romantismo
Conteúdos estruturantes – Área: Teatro Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: Monólogo jogos teatrais, direção ensaio, Teatro-Fórum.. Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo
Conteúdos estruturantes – Área: Dança Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série Movimento Corporal Tempo Espaço
Ponto de Apoio Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento Gênero: Salão, espetáculo,
Vanguardas Dança Contemporânea Romantismo
104
moderna Coreografia
Ensino Médio
Conteúdos estruturantes – Área: Música
Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação
Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americano
Conteúdos estruturantes – Área: Artes Visuais
Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série
105
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em Quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino-Americana
Conteúdos estruturantes – Área: Teatro
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação, leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação Direção Produção
Teatro Greco- Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino- Americano Teatro Realista
106
Teatro Simbolista
Conteúdos estruturantes – Área: Dança
Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série
Movimento Corporal Tempo Espaço
Eixo Dinâmica Aceleração Ponto de Apoio Salto e Queda Rotação Níveis Formação Deslocamento Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...
Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os
afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores
que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade
multicultural e pluriétnica, lei nº 10.639 e 11.645/03/08 que integra a História e Cultura
afro-brasileira e indígena ao currículo de Ensino Fundamental e de Ensino Médio.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
No Ensino Fundamental a prática social será o ponto de partida para as
problematizações, devendo propiciar aos alunos leituras sobre os signos existentes nas
107
cultura de massa para se discutir de que formas a indústria cultural interfere e censura as
produções/manifestações culturais com os quais os sujeitos identificam-se.
A cultura será abordada como resultante do trabalho que abrange as práticas sociais
historicamente constituídas pelos sujeitos.
O ensino da arte será abordado tendo como princípio à compreensão da arte como
linguagem, no sentido mais amplo do termo, sendo o estudo da geração, da organização e
da interpretação de signos verbais e não-verbais.
Partindo da concepção consensuada neste documento, bem como dos pressupostos
definidos para a disciplina de Educação Artística - Arte e Cultura/Arte e Linguagem - o
tratamento dos temas deverá considerar:
18- as várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região,
as várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística
como produção cultural;
19- as peculiaridades culturais de cada aluno /escola como ponto de partida
para a ampliação dos saberes em Arte;
20- o conceito de produção artística, o qual não poderá estar restrito a um
produto final (o objeto artístico);as situações de aprendizagem que
permitam ao aluno a compreensão dos processos de criação e execução
nas Linguagens Artísticas;
21- o elemento lúdico, principalmente no primeiro segmento do Ensino
Fundamental, como fator enriquecedor do encaminhamento
metodológico;
22- a experimentação como meio fundamental para a ressignificação deste
Componente Curricular, levando em conta que essa prática favorece o
desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos
sentidos;
Partindo dos conteúdos, instigar a memória, a percepção e as possíveis associações
com a realidade do aluno, havendo a articulação do lúdico as atividades artísticas em sua
108
prática pedagógica. Considerar o ato de brincar como um dos princípios para a elaboração
do processo de ensino e de aprendizagem, é entender a criança e seus valores, entre eles,a
capacidade de materialização do mundo da fantasia, através das brincadeiras.
No Ensino Médio, quando se trata de metodologia, precisamos direcionar o
pensamento para o método a ser aplicado: para quem, como, por que e o quê? O trabalho
em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte, essa relação
é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras
artísticas.
Devemos contemplar, na metodologia do ensino da arte: o sentir e perceber, o
trabalho artístico e o conhecimento.
O importante é que no final das atividades com o conteúdo desenvolvido, todos
esses momentos tenham sido realizados com os alunos.
O Trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar essa apreciação e
apropriação com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras e a
realidade, transcendendo as aparências, apreendendo, através da arte, parte da totalidade da
realidade humana social.
Para o Ensino fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão
tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte
com a linguagem e para o Ensino Médio, a partir de uma verticalização e de um
aprofundamento dos conteúdos, a ênfase será maior na associação da arte com o
conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia.
Estas formas de interpretação da arte, tem o trabalho como categoria fundante, que
possibilita abordá-las de forma orgânica no conjunto dessa proposta pedagógica.
Neste sentido é importante explicitar como ser humano transformou o mundo e a si
próprio pelo trabalho, constituindo desta forma a arte, a linguagem e a cultura.
109
Assim, uma proposta de ensino, nesta disciplina, tem como função levar o aluno à
apropriação do conhecimento em arte, dentro de um processo criador que transforma o
real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo, visando pensar o aluno como um
sujeito histórico e social, são apontadas três interpretações fundamentais da arte: arte e
ideologia, arte e o seu conhecimento e arte e trabalho criador. Estas abordagens da arte,
norteiam e organizam a metodologia, a seleção e a avaliação na prática escolar.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno
entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciada tanto no processo quanto na
produção individual e coletiva, desenvolvidas a partir desses saberes. É preciso que o
professor tenha conhecimento da linguagem artística em questão bem como da relação
entre o criador e o que foi criado para que haja uma avaliação significativa.
A avaliação em Arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de medição
da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para
o aluno, considerando o desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a
sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos
percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e
dificuldades percebidas em suas criações/produções. O professor observará como o aluno
soluciona as problematizações apresentadas e como se relaciona com o colega nas
discussões e consensos de grupo.
A avaliação na disciplina de Arte proposta nesta diretriz curricular é diagnóstica e
processual, diagnóstica por ser a referência do professor para o planejamento das aulas e de
avaliação dos alunos, processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.
É importante neste processo termos em vista que os alunos do ensino médio tem
um capital cultural, que é o conhecimento que cada aluno diferentemente apreende em
110
outros espaços sociais e um percurso escolar também distinto entre os mesmos, pois pela
amplitude do conhecimento artístico e as condições humanas e materiais na escola,
inviabiliza uma certa unidade na aprendizagem de arte em todas as escolas públicas.
Para possibilitar essa avaliação individual e coletiva, é necessário utilizar vários
instrumentos de avaliação, como o diagnóstico inicial, durante o percurso e final do aluno
e do grupo, trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas, entre outras.
BIBLIOGRAFIA
SEED: Diretrizes Curriculares de Arte . Curitiba:2009.
Livro Público Didático – Arte.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
111
BIOLOGIA - ENSINO MEDIO
APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno da Vida, diante
deste objeto de estudo houve a necessidade e preocupação de se estudar e descrever os
seres vivos e os fenômenos naturais que envolvem e inserem o homem, com isso é
necessária à disciplina de biologia em todas as séries do Ensino Médio.
Os conhecimentos de biologia no Ensino Médio não devem ser representados como
um conhecimento contemplativo da natureza, mas mostrar os modelos teóricos da
aprendizagem de forma que possa ser capaz de entender, explicar, utilizar e manipular os
recursos naturais e para isso buscou na História das Ciências os contextos históricos
mesmo com pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais que deram um grande
impulso nos conceitos fazendo com que o homem passasse a compreender a natureza e
tudo que o cerca, desenvolvendo o entendimento da Biologia como o estudo da vida,
passando do pensamento biológico descritivo para o pensamento biológico mecanicista,
daí para pensamento evolutivo e enfim para o pensamento biológico da manipulação
genética.
A disciplina de biologia tem a fundamental importância no Ensino Médio, pois,
oferece e disponibiliza aos alunos recursos para o conhecimento da Biologia
compreendendo o mundo complexo até o entendimento do concreto, da teoria a prática, do
mito à verdade, dando possibilidades de entender a Biologia como Ciência dinâmica
estando em constante transformação, desenvolve o entendimento do que é Vida, seu
pensamento, sua própria origem e sua importância como ser humano que vive em
constante busca do conhecimento, levando-o a entender a Organização dos seres vivos e os
mecanismos biológicos, entender a biodiversidade, suas aplicações dos avanços na ciência
até a manipulação genética dos seres vivos, organização dos conhecimentos biológicos
constituídos ao longo da história da humanidade e adequá-los ao sistema de ensino,
compreender a estrutura física - químico dos seres vivos e as consequentes alterações
biológicas, sua importância e utilidade nos conhecimentos da medicina, agricultura e
outras áreas, entender o estudo da vida e a busca constante de explicações sobre o
112
fenômeno da vida, da ciência, do método científico e tecnológico e todas suas diversidades
e manifestações, entender a partir dele mesmo, formando sujeitos críticos, reflexivos e
atuantes, pensar na valorização da Vida e da sua diversidade, a ética, o respeito pela
ciência e o interesse pela preservação do ambiente e assim preparar o educando para a
cidadania, aprimorando-o como ser humano, solidário e consciente, colocar assim em
prática tudo o que ele aprendeu através do Estudo da Vida, promover uma relação entre
professor – aluno – conhecimento diante dos conteúdos estruturantes definidos como:
Organização dos Seres Vivos, Mecanismos Biológicos, Biodiversidade e Manipulação
Genética.
Portanto a Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos entre
sí e com outras áreas de conhecimentos e deve priorizar o desenvolvimento de conceitos
cientificamente produzidos e propiciar reflexão constante sobre mudanças e conceitos que
nela existe de forma crítica.
O estudo de biologia tem como característica o pensamento biológico descritivo
onde conceitua Vida como expressão da natureza idealizada pelo sujeito racional, pelo
pensamento biológico mecanicista onde sob influência positivista mostra o funcionamento
da Vida. A biologia fracionou os organismos vivos em partes e o funcionamento de cada
uma destas partes; o pensamento evolutivo vinculado ao material genético, unificada ás
ciências biológicas utilitária, pela aplicação de seus conhecimentos na medicina,
agricultura e outras áreas. O pensamento biológico da manipulação genética caracteriza
pela compreensão física química dos seres vivos e as consequentes alterações biológicas.
Espera-se que os conteúdos sejam abordados de forma integrada, com ênfase nos
aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a conceitos oriundos
das diversas ciências de referência da Biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao
longo do ensino médio, num aprofundamento conceitual e reflexivo, com vista a levar o
aluno das significações dos conteúdos em sua formação neste nível de ensino.
O Conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos deve ser trabalhado em
todas as séries do Ensino Médio para tornar possível ao aluno conhecer a relação dos seres
Vivos, suas características e classificação, sua origem, sua diversidade biológica. Esse
conteúdo está relacionado com a classificação dos seres vivos a fim de compreender toda
diversidade, agrupando e categorizando as espécies extintas e existentes, de acordo com a
classificação de Carl Van Linné que situou os seres vivos em 5 reinos: Animal, Vegetal,
113
Fungos, Bactérias, Protozoários e suas relações em ambientes reais. A biologia celular e o
funcionamento dos órgãos e dos sistemas, as abordagens Genética, evolutiva e ecológica,
os avanços científicos e tecnológicos estão dentro desse conteúdo estruturante de forma
clara e crítica.
Os estudos dos mecanismos biológicos explicam como os sistemas orgânicos, os
componentes celulares e suas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os
diferentes grupos dos seres vivos, como: locomoção, digestão, respiração, circulação,
organismos uni e pluricelulares e a constituição fisico – químico, considerando o papel
fundamental, suas funções vitais, estudo da Teoria celular como soendo a célula unidade
morfofisiológica dos seres vivos, unidade básica da vida.
Porém neste conteúdo estruturante deve-se entender a visão mecanicista do
pensamento biológico ampliando-se a discussão sobre a organização dos seres vivos, numa
visão macroscópica e descritiva da natureza para uma visão evolutiva com propósito
de compreender a construção de conceitos científicos na Biologia.
Entende-se por Biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos
biológicos interagindo num processo integrado, dinâmico, envolvendo a variabilidade
genética, a diversidade de seres vivos, relações ecológicas entre elas e a natureza, os
processos evolutivos pêlos quais os seres vivos tem sofrido transformações ocorridos nos
seres vivos ao longo do tempo e de toda diversidade de espécies, as características
hereditárias de cada espécie e a seleção natural. Os conhecimentos da genética e os
caminhos abertos para a compreensão dos processos de modificações dos seres vivos ao
longo da história da humanidade, o DNA considerado como molécula da vida, as
implicações sociais, éticas e legais que surgiram e ainda surgirão em consequências de
pesquisas feitas. Pretende - se com este conteúdo discutir a respeito dos processos pêlos
quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e
estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade dos seres vivos, a construção do
pensamento biológico evolutivo e os pensamentos descritivo e mecanicista.
Outro conteúdo estruturante é a Implicações dos Avanços Biológicos no
Fenômeno Vida que está voltado às implicações da engenharia genética sobre a vida, os
avanços da biologia molecular, a manipulação do material genético aos seres vivos.
Deve-se ainda ser estudado: genética molecular, as biotecnologias, os aspectos
bioéticos dos avanços da biotecnologia, a fertilização in vitro, células tronco, clonagem,
114
eutanásia, transgênicos entre outros; microorganismos na contribuição para produção de
produtos farmacêuticos, hormônios, vacina, alimentos, medicamentos, soluções para os
problemas ambientais, reflexões éticos, morais, políticos e econômicos dessas
manipulações.
A ciência e a tecnologia são conhecimentos produzidos pêlos seres humanos e
interferem no contexto da vida da humanidade, não se pode impedir o desenvolvimento da
ciência, mas todo cidadão tem direito de receber esclarecimentos sobre como as novas
tecnologias vão afetar sua vida..
Os conteúdos específicos não estabelecem as posições entre cultura/conhecimentos
espontâneos e cultura erudita, mas uma relação de continuidade em que o conhecimento
sistematizado supera a apreensão da realidade pela experiência imediata.
Diante dessa postura pedagógica onde se admite um conhecimento relativamente
autônomo, assume-se que o saber tente a um conhecimento objetivo, mas ao mesmo
tempo, a possibilidade de realização crítica frente a esse conteúdo.
Para Libâneo o papel do professor trata-se de um lado de obter o acesso do aluno
aos conteúdos ligando-os com a experiência concreta dele – a continuidade; mas de outro
lado, de proporcionar elementos de análise crítica que ajudem o aluno a ultrapassar a
experiência, os estereotipo, as pressões difusas da ideologia dominante – a ruptura.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
A biologia constitui-se como parte do processo de construção científica que deve
ser entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento
humano, preocupa-se com o entendimento dos fenômenos naturais e a explicação racional
da natureza, levando o homem a propor uma concepção de mundo e interpretações que
influenciam e são influenciados pelo processo histórico da própria humanidade.
A biologia ciência que estuda a Vida em sua Diretriz Curricular apresenta os
conteúdos estruturantes que são os saberes (conhecimentos) que identificam e organizam
os campos de estudo em todas as disciplinas. São eles:
�Organização dos Seres Vivos;
�Mecanismos Biológicos;
�Biodiversidade: relações ecológicas;
115
�Manipulação Genética;
A disciplina de Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos
entre si e com outras áreas do conhecimento e deve valorizar os conhecimentos científicos
e tecnológicos produzidos e propiciar uma reflexão constante sobre as mudanças de tais
conceitos em decorrência de questões emergentes.
Pretende-se que os conteúdos sejam abordados de forma integrada, com ênfase aos
aspectos essenciais do objetivo de estudo da disciplina, relacionados a conceitos oriundos
das diversas ciências de referência da Biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas
ao longo do Ensino Médio, num aprofundamento conceitual e reflexivo, com vistas a dotar
o aluno das significações dos conteúdos em sua formação neste nível do ensino.
CONTEUDOS BASICOS DA DISCIPLINA
SÉRIE: 1º ano do Ensino Médio:
- A vida na Terra - como tudo começou: teoria Celular, Ciclo de vida das células;
- Tipos de células quanto ao núcleo;
- Composição química celular: Compostos orgânicos e inorgânicos;
- Membrana celular e envoltórios celulares, (Animal e Vegetal);
- Citoplasma e organelas citoplasmáticas;
- O núcleo celular;
- O código genético e a síntese protéica;
- Divisão celular: mitose e meiose;
- Gametogênese animal;
- Embriologia;
- Histologia animal.
SÉRIE: 2º ano do Ensino Médio
23- Classificação Biológica;
24- Taxonomia:
25- O sistema binomial
116
26- Os reinos do mundo vivo;
27- Vírus;
28- Reino Monera: Bactérias e cianobactérias;
29- Reino Protista: Protozoários e algas
30- Reino Fungi: Fungos;
31- Reino Animália I: Filos Invertebrados: poríferas; cnidários;
platelmintos; nematódeos; moluscos; anelídeos; artrópodes.
32- Reino Animália II: Filos Vertebrados: cordados; peixes; anfíbios;
répteis; aves; mamíferos.
33- Fisiologia Animal: nutrição; respiração; circulação, excreção;
sustentação e locomoção; controle nervoso; controle hormonal e
reprodução.
34- Reino Vegetal: Briófitas; Pteridófitos; Gimnospermas; Angiospermas.
35- Histologia e fisiologia vegetal.
SÉRIE: 3º ano do Ensino Médio
- Introdução ao ensino da Genética
- Primeira Lei de Mendel: Os experimentos; Teoria cromossômica da herança e
fundamentos de probabilidade;
- Monoibridismo: Dominância completa e incompleta, co-dominância, genes letais e
subletais;
- Alelos múltiplos: Polialelia, grupos sanguíneos e o sistema ABO e fator RH;
- Segunda Lei de Mendel; diibridismo, Triibridismo e poliibridismo;
- Interação gênica: Epistasia, herança quantitativa e pleiotropia;
- Herança sexual: Determinação do sexo; Herança: ligada ao sexo e irrestrita;
-Herança influenciada pelo sexo;
- Mutações: Cromossômicas, numéricas, estruturais e gênicas;
- A evolução da vida: Idéias fixistas, teorias evolucionistas (Darwin, Lamarck), órgão
homólogos e análogos, estruturas vestigiais, semelhanças anatômicas e embrionárias;
- O ambiente conquistado: Os seres produtores, consumidores e decompositores;
ecossistema; energia e matéria, habitat e nicho ecológico; Ciclos da matéria (água,
carbono, oxigênio e nitrogênio);
117
- Simbiose: relações entre os seres vivos: relações intra-específicas e interespecíficas;
- Desequilíbrios ambientais: poluição do ar, água e solo.
A Lei nº. 10.639/03, referente à “História e Cultura Afro-brasileira e Africana” e a
Lei Complementar 11.645/08, referente à “Educação Indígena”, serão observadas quando
tratarmos da biodiversidade, da biogeografia, do isolamento das espécies, da pigmentação
da pele, nos alimentos, na resistência orgânica dos diferentes organismos, conhecimento de
plantas medicinais para cura de varias doenças.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia de ensino da Biologia, nessa concepção envolve o conjunto de
processos organizados e integrados, quer no nível de célula, de individuo, de organismo no
meio, na relação ser humano e natureza e nas relações sociais, políticas, econômicas e
culturais.
De acordo com as novas tendências metodológicas para que a Biologia tenha o seu
ensino voltado para uma aplicação social no entorno do aluno, serão contempladas práticas
pedagógicas envolvendo: Prática social – problematização – instrumentalização – catarse e
o retorno da prática social.
PRÁTICA SOCIAL = caracteriza-se por ser o ponto de partida, onde o objetivo é perceber,
dar significações às concepções alternativas do aluno, a partir de uma visão sincrética,
desorganizada, do senso comum aos conteúdos a ser trabalhados.
PROBLEMATIZAÇÃO = é o momento para detectar e apontar as questões que o aluno
deverá ser capaz de resolver no âmbito da prática social e, em consequência, estabelecer
que conhecimento seja necessário, para resolver tais questões, e as exigências sociais de
aplicação desse conhecimento.
INSTRUMENTALIZAÇÃO = o professor apresenta o conteúdo sistematizado para que os
alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção do conhecimento
pessoal e profissional, e ser capaz de se apropriar das ferramentas culturais necessárias à
luta para superar a condição de exploração em que vivem.
118
CATARSE= é a aproximação entre o aluno e o conhecimento adquirido, se apropria dos
instrumentos culturais, transformação social, o aluno passa ao entendimento e elaboração
da ação para conscientização.
RETORNO A PRÁTICA SOCIAL = é o retorno a pratica social, é o saber concreto e a
atuação nas relações de produção, da compreensão sincrética do aluno, de menor
compreensão, do conhecimento científico a fase de maior clareza e compreensão, uma
visão sincrética concluída.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento reflexivo, prevê um conjunto de ações pedagógicas
pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, professores e alunos tornam-se
observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos.
É preciso compreender a avaliação como prática emancipatória. Deste modo a
avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade
é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento pedagógico para nela intervir e
reformular os processos de aprendizagem.
Pressupõe-se uma tomada de decisão onde o aluno toma conhecimento dos
resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias; enfim a
avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e
realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Professores e alunos tornam-se
observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos.
A avaliação deve ser diagnóstica, através de recursos como: leitura de textos
diversos e discussão, testes objetivos e subjetivos, diálogo nas aulas, experimentação com
a participação dos alunos produção de imagens com vídeos, transparências, manipulação
de material ou demonstração, jogos educativos, apresentação com seminários e oficinas,
filmes, relatórios, pesquisas etc.
A avaliação será continua e cumulativa no decorrer do bimestre e realizada por
meio de instrumentos diversificados.
A avaliação também será através da participação do aluno nas atividades da escola,
de pesquisas escritas em forma de trabalho com menções de notas de 0 a 10,0 pontos,
sendo 6.0 pontos para a avaliações e 4.0 para atividades diversificadas, relatórios feitos
pelos alunos, leitura de textos diversos e discussão, avaliação objetiva e subjetiva e
seminários e oficinas, experimentação com a participação dos alunos, produção de imagens
119
com vídeos, transparência, manipulação de material ou demonstração, jogos educativos,
filmes, relatórios, etc.
Referência
- Diretriz Curricular da Educação Básica de Biologia E. M. – 2009 – SEED.
- Livro Didático de Biologia do Ensino Médio – LDP – SEED.
- Livro Didático de Biologia de Ensino Médio – Vol. I, II, III Cezar e Cezar – MEC.
- Livro Didático de Biologia de Ensino Médio – Vol. I, II, III Amabis, J.M. & Martho G.R.
- Ed. Moderna.
CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
120
A disciplina de ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Entende-se por natureza o conjunto de elementos
integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe
interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações
entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo,
energia e vida.
As ciências naturais passaram a ser tomadas ainda como um saber distinto das
ciências sociais, das ciências matemáticas, das ciências aplicadas, bem como dos
conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano. Relações entre seres humanos
como os demais seres vivos e com a Natureza ocorrem busca de condições favoráveis de
sobrevivência. Contudo a interferência do homem sobre a natureza possibilita incorporar
experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos
culturalmente. Sendo assim a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem
novas formas de pensar, de dominar a natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus
recursos.
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, que influencia questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas.
.Refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma construção coletiva produzida
por grupos de pesquisadores e instituições num determinado contexto histórico, num
cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político.
A historicidade de ciência está ligada ao conhecimento científico, as técnicas, as
tradições de pesquisas, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram,
significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e
compreendê-la, nos diversos momentos históricos, apontando caminhos para a
compreensão de que, na ciência, rompe-se com modelo científico anteriormente aceitos
com explicações para determinados fenômenos da natureza.
O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período
marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico. Com o
pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a divindade dos acontecimentos e
não com as causas desses fenômenos.
121
Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de
modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da
Natureza para compreendê-los por meio da razão, em contraposição à simples crença.
O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por
procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese
em leis ou teorias.
A incursão pela história da ciência permite identificar que não existe um único
método científico, mas a configuração de métodos científicos que se modificaram com o
passar do tempo.
As etapas que compõem o método científico são determinadas historicamente sob
influências e exigências sociais, econômicas, éticas e políticas. Com base nessa concepção
afirma-se que o nível de conhecimento real e o nível de conhecimento potencial de cada
estudante são variáveis e determinados, principalmente, pela mediação didática. Cada
estudante, então, encontra-se num nível de desenvolvimento cognitivo diferenciado.
O aprendizado dos estudantes começa muito antes do contato com a escola. O
educando, nos dias atuais, tem mais acesso a informações sobre o conhecimento científico,
no entanto, constantemente reconstrói suas representações a partir do conhecimento
cotidiano, formando as bases para a construção de conhecimentos alternativos, úteis na sua
vida diária os conhecimentos científicos escolares selecionados para serem ensinados na
disciplina de Ciências têm origem nos modelos explicativos construídos a partir da
investigação da Natureza. Pelo processo de mediação didática, o conhecimento científico
sofre adequação para o ensino, na forma de conteúdos escolares, tanto em termos de
especificidade conceitual como de linguagem.
Na organização do trabalho docente serão trabalhados as abordagens e relações a
ser estabelecidas entre os conteúdos estruturantes, básicos e específicos, a partir da
mediação didática estabelecida pelo professor, que pode fazer uso de estratégias que
procurem estabelecer relações interdisciplinares e contextuais.
No ensino de ciências são considerados essenciais a história da ciência, a
divulgação e atividade experimental. Tão importante quanto selecionar conteúdos
específicos para o ensino de Ciências, é a escolha de abordagens, estratégias e recursos
pedagógicos adequados à mediação pedagógica. A escolha adequada desses elementos
contribui para que o estudante se aproprie de conceitos científicos de forma mais
122
significativa e para que o professor estabeleça critérios e instrumentos de avaliação, tais
como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a
pesquisa, a leitura científica, atividade em grupo, a observação, atividade experimental, os
recursos instrucionais e o lúdico.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS DA
DISCIPLINA
5ª Série
CONTEÚDOS ESTRURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS OBJETIVOS
ASTRONOMIA
UNIVERSO
SISTEMA SOLAR
MOVIMENTOS TERRESTRES
MOVIMENTOS
CELESTES
Galáxia Movimentos das Galáxias
Geocentrismo/Heliocêntrico Rotação/Translação
Estações de Ano
Entendimento das ocorrências astronômicas como fenômeno da
natureza; Conhecimento da história da ciência a respeito das teorias geocêntricas e
heliocêntricas; Compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do Sistema Solar.
MATÉRIA CONSTITUIÇÃO
DA MATÉRIA
Conceito da matéria Água Solo Rocha Minerais
Atmosfera Primitiva Camadas Atmosféricas
Entendimento da constituição e propriedade da matéria, suas
transformações como fenômeno da natureza; Compreensão da
contituição do planeta Terra, no que se refere a atmosfera e crosta, solo, rochas, minerais, manto e núcleo
123
SISTEMAS BIOLÓGICOS
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO
Organismo Sistemas Órgãos Tecidos Células Unicelular/ Pluricelular
O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo integrado. O reconhecimento das características gerais dos seres vivos. O conhecimento dos níveis de organização celular.
BIODIVERSIDADE
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ECOSSISTEMA
Diversidade das espécies Comunidade População Conceito de biodiversidade Ecossistemas
O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação. A distinção entre ecossistema, comunidade e população.
ENERGIA
FORMAS DE ENERGIA CONVERSÃO DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Energia eólica Energia elétrica Fontes de energia Mudanças de estado físico
A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas formas de manifestação e mudanças de estado físico. O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra. A interpretação do conceito de transmissão de energia. O reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação, convecção e condução. O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea de energia não renovável.
6ª Série
CONTEÚDOS ESTRURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS OBJETIVOS
124
ASTRONOMIA
ASTROS
MOVIMENTOS TERRETRES
MOVIMENTOS
CELESTE
Constituição físico-químico do Sol e a produção de energia
Dias e Noites
Eclipse do Sol
Eclipse da Lua
Entendimento dos movimentos celestes a partir do referencial do
planeta Terra; Conhecimento da constituição do
planeta.
MATÉRIA CONSTITUIÇÃO
DA MATÉRIA
Composição da Terra primitiva A Terra antes do surgimento da
vida Atmosfera primitiva
Estrutura química da Terra
Entendimento da constituição do planeta, antes do surgimento da vida.
ISTEMAS BIOLÓGICOS
CÉLULA MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS
Características gerais dos seres vivos Teoria celular Tipos de células Mecanismos celulares Fotossíntese Reserva energética Órgãos e sistemas animais e vegetais
O conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e tipos de células; Compreensão do fenômeno de fotossíntese. O entendimento das relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do entendimento dos mecanismos celulares.
BIODIVERSIDADE
ORIGEM DA VIDA ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
Conceito de biodiversidade Classificação dos seres vivos Categorias taxonômicas Filogenia Populações Interações ecológicas Sucessões ecológicas Seres autótrofos e heterótrofos Cadeia alimentar
O entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações com os seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos. O conhecimento sobre as teorias da origem da vida.
125
Teorias sobre o surgimento da vida Geração espontânea Biogênese
ENERGIA
SISTEMÁTICA FORMAS DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Energia luminosa Luz e cores Radiação ultravioleta Energia Térmica Calor e temperatura
O entendimento do conceito de energia luminosa e a importância da energia solar para os seres vivos. A identificação dos fundamentos das cores, luz e radiações. O entendimento do conceito de calor com energia térmica.
7ª Série
CONTEÚDOS
ESTRURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
OBJETIVOS
ASTRONOMIA
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO
UNIVERSO
Teorias sobre a origem do Universo
Entendimento das ocorrências astronômicas como fenômeno da natureza;
Conhecimento das teorias sobre a origem e evolução do Universo;
MATÉRIA CONSTITUIÇÃO
DA MATÉRIA
Conceito da matéria Átomo
Elementos Químicos (Tabela
Periódica) Substâncias
Ligações Químicas
Lei de Conservação de
massa Compostos Orgânicos
Entendimento da constituição e propriedade da matéria; Conceituação de átomo, íons, elementos químicos, tabela periódica, substâncias e reações químicas; Conhecimento da lei de conservação de massa e compostos orgânicos.
126
SISTEMAS BIOLÓGICOS
CÉLULA MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS
Mecanismos celulares Estrutura e funcionamento dos tecidos Alimentação Nutrição Sistema digestório Sistema cardiovascular Sistema respiratório Sistema excretor Sistema urinário
O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos organismos vivos. Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares. O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos. O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário.
BIODIVERSIDADE
EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
Teorias evolutivas
O entendimento das teorias evolutivas.
ENERGIA FORMAS DE ENERGIA
Energia química Energia luminosa Energia nuclear Energia térmica Energia mecânica
O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. O entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.
8ª Série
CONTEÚDOS
ESTRURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
OBJETIVOS
127
ASTRONOMIA
ASTROS
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
Galáxia Estrelas Planetas
Leis de Kepler Leis de Newton
As marés
Entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas e as Leis de Newton;
Compreensão dos fenômenos terrestres relacionados à gravidade, com as marés.
MATÉRIA PROPRIEDADES DA MATÉRIA
Massa Volume
Densidade Propriedades
gerais da matéria
Propriedades específicas da
matéria
Compreensão das propriedades gerais e específicas da matéria.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA
Sistema nervoso Sistema sensorial Sistema reprodutor Sistema endócrino Cromossomos Gene Mitose Meiose
. O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino. Compreensão do s mecanismos de herança genética e os processos de divisão celular.
BIODIVERSIDADE
INTERAÇÕES ECOLÓGICAS
Ciclos biogeoquímicos Relações ecológicas
O entendimento dos fundamentos teórico que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.
128
ENERGIA
FORMAS DE ENERGIA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
Fontes de energia Movimento Trabalho Potência Sistemas conservativos
A compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua relação com a lei da conservação da energia. O entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência.
E nosso trabalho será contemplado a legislação vigente: Lei 10.639/03 – História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei 11.645/08 – História Cultura Afro-Brasileira e
Indígena.
No ensino fundamental de acordo com a Lei 10.639/03, referente a História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana serão trabalhados as seguintes atividades:
- Lendas indígenas e africanas que explicam os fenômenos da natureza (Conteúdo
estruturante - Astronomia);
- Origem do homem: “A mais antiga espécie de hominídeo foi o Australopithecus,
que surgiu no sul da África há cerca de 3 milhões de anos.” (conteúdo estruturante -
Biodiversidade);
- Influência das duas culturas em nossa alimentação (conteúdo estruturante -
Sistemas Biológicos);
- Hereditariedade (conteúdo estruturante - Sistemas Biológicos).
Metodologia
Com base nas Diretrizes Curriculares, o ensino de Ciências propõem uma prática
pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo
metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas centradas num único
método e baseadas em aulas de laboratório que visam tão somente à comprovação de
teorias e leis apresentadas previamente aos estudantes.
Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o
professor organiza o seu trabalho docente tendo como reflexão a respeito das abordagens e
relações a serem estabelecidas entre os conteúdos estruturantes, básicos e específicos.
129
Refletindo, também, a respeito das expectativas de aprendizagem, das estratégias e
recursos a serem utilizados e dos critérios e instrumentos de avaliação.
Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos
em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento
físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.
A metodologia de ensino deve promover inter-relações entre os conteúdos
selecionados, de modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de
Ciências. Essas inter-relações devem se fundamentar nos Conteúdos Estruturantes. As
técnicas utilizadas para desenvolver os conteúdos são:
36- Pesquisas e leitura de textos atuais em revistas, livros, jornais e internet de fatos cotidianos do aluno;
37- Trabalhos em grupo; 38- Exposição e apresentação de trabalhos; 39- Montagem de painéis, cartazes; 40- Exibição e análise de filmes, documentários; 41- Debates; 42- Relatórios; 43- Entrevistas; 44- Visitas técnicas com roteiro.
Recursos didáticos
7- Livros didáticos e livro didático público 8- Revistas, jornais: textos atuais, livros, computador: internet, 9- Painéis, cartazes; 10- Filmes e documentário; 11- TV pendrive 12- Aparelho de som.
Avaliação
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser contínua e
cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Como prática pedagógica, a avaliação compõe a mediação didática realizada pelo
professor e é um retorno para os educandos.
130
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode
propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante
aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar
sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação tão
somente classificatória e excludente.
A avaliação é um instrumento reflexivo, prevê um conjunto de ações pedagógicas
pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, professores e alunos tornam-se
observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos.
É preciso compreendê-la como prática emancipatória, a avaliação na disciplina de
Ciências passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade é obter informações
necessárias sobre o desenvolvimento pedagógico para nela intervir e reformular os
processos de aprendizagem.
Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido no contexto das
relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar.
A avaliação deve ser diagnóstica, utilizando vários recursos com experimentação
e participação dos alunos nas diversas produções.
A nota final deverá totalizar 10,0 sendo dividida:
- 6,0 pontos em avaliações escritas com ou sem consulta;
- 4,0 pontos em atividades como: debates, exposição de trabalhos, análise de
textos, montagem de painéis e cartazes, trabalhos em grupo, exibição e análise de filmes,
documentários e exercícios sobre o conteúdo.
Mediante as avaliações realizadas, quando necessário, será realizada a
recuperação de conteúdos, com os mesmos critérios e instrumentos utilizados nas
avaliações e registradas no Livro Registro de Classe.
Referências SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências. Curitiba. 2009. SEED. Departamento de Educação Básica, Grupo de Estudos 2009.
131
PROPOSTA CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
É imprescindível que o professor de Educação Física acredite que o conjunto de
posturas e movimentos corporais é constituído de valores representativos de uma
determinada sociedade, portanto, atuar no corpo, implica atuar na sociedade, na qual este
corpo está inserido.
Encaminhando essa discussão para o micro espaço social que é a escola e
especificamente, o espaço das aulas de Educação Física, salienta-se que, atualmente,
propõe-se como objeto de estudo para a Educação Física na escola a denominada cultura
corporal. Por cultura corporal compreende-se todo um acervo de práticas corporais que ao
longo do tempo o homem vem criando e modificando, conforme suas necessidades.
E para discutir e pôr em prática na escola as diversas formas em que a cultura
corporal se apresenta até o presente momento (os jogos, as ginásticas, as danças, as lutas e
os esportes), é necessário discutir alguns pressupostos.
Uma primeira afirmação que soa óbvia, é que a Educação Física escolar deve partir do
acervo cultural dos alunos, porque os movimentos corporais que eles possuem, extrapolam
a influência da escola, é cultural, portanto, têm significados específicos para diferentes
grupos sociais.
O professor necessita então, iniciar sua ação pedagógica partindo do acervo de
conhecimentos e habilidades de seus alunos e ampliá-los.
Outra discussão sobre as práticas corporais na escola, remete a questões relativas às
práticas esportivas. São práticas determinadas culturalmente, que podem fazer parte de um
132
programa de Educação Física, enriquecendo, assim, o acervo cultural dos alunos.
Entretanto, a aprendizagem dos gestos esportivos não deve se limitar aos movimentos
padronizados ensinados pelo professor, mas devem contemplar a experiência dos alunos e
incentivar a sua criatividade e capacidade de exploração.
Esta posição não é contrária à utilização das práticas esportivas nas aulas de
Educação Física. Questiona-se tão somente que os movimentos esportivos não podem se
tornar uma camisa-de-força que impeça os alunos de expressarem outros movimentos,
frutos de histórias de vidas diferentes e de especificidades culturais diferentes.
Salienta-se ainda que, trabalhar com práticas corporais nas aulas de Educação
Física, vai muito além de simplesmente ensinar as regras e técnicas próprias de cada tema
da cultura corporal. É necessário acima de tudo, contextualizar essa prática à realidade a
qual ela se encontra.
O parecer procura oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à
demanda da população afrodescendente, no sentindo de políticas de ações afirmativas, isto
é, de políticas de reparações, e de reconhecimento e valorização de sua história, cultura,
identidade. Trata, ele, de política curricular, fundada em dimensões históricas, sociais,
antropológicas oriundas da realidade brasileira, e busca combater o racismo e as
discriminações que atingem particularmente os negros. Nesta perspectiva, propõe A
divulgação e produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas e valores que
eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimentos étnico-racial – descendentes de
africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos – para interagirem na
construção de uma nação democrática, em que todos, igualmente, tenham seus direitos
garantidos e sua identidade valorizada.
É importante salientar que tais políticas têm como meta o direito dos negros se
reconhecerem na cultura nacional, expressarem visões de mundo próprias, manifestarem
com autonomia individual e coletiva, seus pensamentos. É necessário sublinhar que tais
políticas têm, também, como meta o direito dos negros, assim como de todos cidadãos
brasileiros, cursarem cada um dos níveis de ensino, em escolas devidamente instaladas e
equipadas, orientados por professores qualificados para o ensino das diferentes áreas de
conhecimentos; com formação para lidar com as tensas relações produzidas pelo racismo e
discriminações, sensíveis e capazes de conduzir a reeducação das relações entre diferentes
grupos étnico-raciais, ou seja, entre descendentes de africanos, de europeus, de asiáticos, e
133
povos indígenas. Estas condições materiais das escolas e de formação de professores são
indispensáveis para uma educação de qualidade, para todos, assim como é o conhecimento
e valorização da historia, cultura e identidade dos descendentes de africanos.
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
SÉRIE: 5ª
Conteúdo Estruturante
� Esporte
Conteúdos Básicos
� Futebol
� Handebol
� Voleibol
� Basquetebol
� Atletismo
� Tênis de mesa
� Futsal
� Xadrez
134
Abordagem Pedagógica
Origem/histórico dos esportes;
Atividades pré desportivas com fundamentos e regras adaptadas;
Fundamentos básicos.
Expectativas de Aprendizagem
Espera-se que o aluno conheça, na origem dos diferentes esportes:
- o surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;
- sua relação com jogos populares;
- experimentação de diferentes esportes com regras adaptadas.
Conteúdo Estruturante
� Jogos e brincadeiras
� Brincadeiras de rua / populares
� Brinquedos
� Brincadeiras de roda
� Jogos de tabuleiro
� Jogos de estafetas
� Jogos dramáticos e de interpretação
Abordagem Pedagógica
Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;
Brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos;
Construção dos Brinquedos;
Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro.
Expectativas de Aprendizagem
135
- Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brinquedos e
brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja, apropriar-se efetivamente das
diferentes formas de jogar;
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos
com materiais alternativos.
Conteúdo Estruturante
� Dança
Conteúdos Básicos
� Danças folclóricas
� Atividades de expressão corporal
� Cantigas de roda
Abordagem Pedagógica
Origem e histórico das danças;
Contextualização da dança;
Atividades de criação e adaptadas;
Movimentos de experimentação corporal ( seqüência de movimentos)
Expectativas de Aprendizagem
- Conhecimento sobre a origem e alguns significados (místicos, religiosos, entre outros)
das danças circulares;
- Experimentação, criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto de
diferentes seqüencias de movimentos.
136
Conteúdo Estruturante
Ginástica
Conteúdos Básicos
� Ginástica artística
� Atividades circenses
� Ginástica natural
Abordagem Pedagógica
Origem e histórico da ginástica artística;
Movimentos Básicos (ex: rolamento, parada de mão, roda);
Construção e experimentação de materiaisutilizados nas diferentes modalidades ginásticas;
Cultura do Circo;
Consciência Corporal.
Expectativas de Aprendizagem
- Conhecer os aspectos históricos da ginástica artística e das práticas corporais circenses;
- Experimentação dos fundamentos básicos da ginástica:
��Saltar;
��Equilibrar;
��Rolar/Girar;
��Trepar;
��Balançar/Embalar.
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização
de materiais alternativos.
Conteúdo Estruturante
137
� Lutas
Conteúdos Básicos
� Judô
� Karate
� Taekwondo
� Capoeira
Abordagem Pedagógica
Origem e histórico das lutas;
Atividades que utilizem materiais alternativos;
Jogos de oposição;
Musicalização;
Ginga, esquiva e golpes.
Expectativas de Aprendizagem
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de
lutas e se possível vivenciar algumas manifestações;
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais
alternativos e dos jogos de oposição.
Critérios e meios que serão trabalhados no Ensino Fundamental e Médio
138
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos, devem estar
envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, procurando outros encaminhamentos
que visem a superação das dificuldades apresentadas.
Deverá ser um processo contínuo, permanente aos alunos onde o professor organizará o
seu trabalho, possibilitando aos alunos refletirem e se posicionarem criticamente.
SÉRIE: 6ª
Conteúdo Estruturante
� Esporte
Conteúdos Básicos
� Futebol
� Handebol
� Voleibol
� Basquetebol
� Atletismo
� Tênis de mesa
� Futsal
� Xadrez
Abordagem Pedagógica
Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história;
Noções das regras e elementos básicos;
Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;
Sentido da competição esportiva.
139
Expectativas de Aprendizagem
- Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferenças de cada esporte,
relacionando-as com as mudanças do contexto histórico brasileiro;
- Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes;
- Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações.
Conteúdo Estruturante
� Jogos e brincadeiras
Conteúdos Básicos
� Brincadeiras de rua
� Jogos dramáticos e de interpretação
� Jogos de raquete e peteca
� Jogos cooperativos.
� Jogos de estafetas
� Jogos de tabuleiro
Abordagem Pedagógica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e brincadeiras;
Diferença entre brincadeira, jogo e esporte;
A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos;
Os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais;
Difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro;
Expectativas de Aprendizagem
140
- Conhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos, brincadeiras e
brinquedos;
- Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos;
Conteúdo Estruturante
� Dança
Conteúdos Básicos
� Hip Hop: Break
� Dança folclórica
� Dança criativa
Abordagem Pedagógica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança;
Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas;
Criação e adaptação de coreografias;
Construção de instrumentos musicais;
Expectativas de Aprendizagem
- Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, Frevo e
Maracatu;
- Vivenciar as diferentes manifestações rítmicas e expressivas, por meio da
criação e adaptação de coreografias;
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de instrumentos
musicais como, por exemplo, o pandeiro e o chocalho.
141
Conteúdo Estruturante
� Ginástica
Conteúdos Básicos
� Atividades circenses
� Ginástica rítmica
� Ginástica artística
� Ginástica natural
Abordagem Pedagógica
Aspectos históricos e culturais da ginástica;
Noções de posturas e elementos ginásticos;
Cultura do Circo.
Expectativas de Aprendizagem
- Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR);
- Experimentar e vivenciar outras formas de movimentos e os elementos
da GR como:
��saltos;
��piruetas;
��equilíbrios;
142
Conteúdo Estruturante
� Lutas
Conteúdos Básicos
� Capoeira
� Judô
� Karate
� Taekwondo
Abordagem Pedagógica
Origem das lutas, mudanças no decorrer da história;
Jogos de oposição;
Ginga, esquiva e golpes;
Rolamentos e quedas.
Expectativas de Aprendizagem
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de
lutas e se possível vivenciar algumas manifestações;
- Conhecer a história do judô, karate, taekwondo e alguns movimentos básicos como as
quedas, rolamentos e outros movimentos;
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais
alternativos e dos jogos de oposição.
SÉRIE: 7ª
143
Conteúdo Estruturante
� Esporte
Conteúdos Básicos
� Futebol
� Handebol
� Voleibol
� Basquetebol
� Atletismo
� Futsal
� Xadrez
� Tênis de mesa
Abordagem Pedagógica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte;
Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, esporte de rendimento;
Condicionamento físico;
Esporte e mídia;
Esporte: benefícios e malefícios à saúde;
Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
Expectativas de Aprendizagem
- Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas;
- Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer,
como esporte de rendimento ou como aptidão física e saúde;
144
- Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes;
- Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas;
- Conhecer e vivenciar diferentes modalidades esportivas.
Conteúdo Estruturante
� Jogos e brincadeiras
Conteúdos Básicos
� Jogos cooperativos
� Jogos intelectivos
� Jogos de raquete e peteca
� Jogos de tabuleiro
Abordagem Pedagógica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos;
Festivais;
Estratégias de jogo;
Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos, adaptados ou
criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro;
Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brincadeiras e
brinquedos.
Conteúdo Estruturante
145
� Dança
Conteúdos Básicos
� Hip Hop
� Danças folclóricas
� Dança de rua
� Dança de salão
Abordagem Pedagógica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança;
Hip Hop: apresentação dos elementos de forma crítica (DJ, MC, GRAFITE E
BREAK);
Elementos e técnicas de dança;
Esquetes (são pequenas sequências cômicas).
Expectativas de Aprendizagem
- Conhecer e compreender os diferentes elementos do Hip-Hop a partir do contexto
histórico;
- Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,
entre outros elementos que identificam as diferentes danças;
- Montar pequenas composições coreográficas.
Conteúdo Estruturante
� Ginástica
146
Conteúdos Básicos
� Ginástica artística
� Ginástica rítmica
� Ginástica geral
� Atividades circenses
Abordagem Pedagógica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica;
Noções de postura e elementos ginásticos;
Origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades, pensando suas
mudanças ao longo dos anos;
Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica;
Movimentos acrobáticos.
Expectativas de Aprendizagem
- Manusear os diferentes elementos da GR como:
��corda;
��fita;
��bola;
��maças;
��arco.
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades circenses
como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.
Conteúdo Estruturante
147
� Lutas
Conteúdos Básicos
� Capoeira
� Judô
� Karate
� Taekwondo
Abordagem Pedagógica
Roda de capoeira;
Projeção e imobilização;
Jogos de oposição.
Expectativas de Aprendizagem
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de
lutas e se possível vivenciar algumas manifestações;
- Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição, os
ritos e os significados da roda;
- Conhecer as diferentes projeções e imobilizações do judô.
SÉRIE: 8ª
Conteúdo Estruturante
� Esporte
Conteúdos Básicos
� Futebol
� Handebol
� Voleibol
� Basquetebol
148
� Atletismo
� Futsal
� Tenis de mesa
� Xadrez
Abordagem Pedagógica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços;
Organização de festivais esportivos;
Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico;
Regras oficiais e sistemas táticos;
A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;
Súmulas, noções e preenchimento.
Expectativas de Aprendizagem
- Vivenciar atividades esportivas, trabalhando com arbitragens, súmulas e as diferentes
noções de preenchimento;
- Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se
desenvolveram.
Conteúdo Estruturante
� Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
� Jogos cooperativos
� Jogos de tabuleiro
Abordagem Pedagógica
149
Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de
Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os alunos
interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios;
Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.
Expectativas de Aprendizagem
- Reconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e R.P.G.;
- Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes
elementos:
��Visão do jogo;
��Objetivo;
��O outro;
��Relação;
��Resultado;
��Conseqüência;
��Motivação.
Conteúdo Estruturante
� Dança
� Dança de salão
� Dança Folclórica
Abordagem Pedagógica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança;
Organização de festivais;
Elementos e técnicas de dança;
Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu
contexto histórico;
Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre
outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças africanas.
150
Expectativas de Aprendizagem
- Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes criações
coreográficas realizadas pelos alunos.
Conteúdo Estruturante
� Ginástica
Abordagem Pedagógica
� Ginástica artística
� Ginástica rítmica
� Ginástica de academia
Abordagem Pedagógica
Origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física;
Construção de coreografias;
Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias);
Análise sobre o modismo;
Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas;
Recursos ergogênicos (doping).
Expectativas de Aprendizagem
- Conhecer e vivenciar as técnicas da ginásticas ocidentais e orientais;
- Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no
circo;
- A influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito.
Conteúdo Estruturante
� Lutas
151
� Taekwondo
� Capoeira
� Karate
� Judô
Abordagem Pedagógica
Origens e aspectos históricos.
Expectativas de Aprendizagem
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de
lutas e se possível vivenciar algumas manifestações.
ENSINO MÉDIO
Conteúdo Estruturante
� Esporte
Conteúdos Básicos
� Futebol
� Futsal
� Handebol
� Voleibol
� Basquetebol
� Atletismo
� Tênis de mesa
� Xadrez
152
Abordagem Pedagógica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços;
Esporte de rendimento X qualidade de vida;
Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico;
Regras oficiais e sistemas táticos;
Súmulas, noções e preenchimento;
Scalt;
Conhecimento popular X conhecimento científico.
Relação Esporte e Lazer;
Função social;
Esporte e mídia;
Esporte e ciência;
Doping e recursos ergogênicos;
Nutrição, saúde e prática esportiva.
Expectativas de Aprendizagem
- Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas,
arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento;
- Aprofundar e compreender as diferenças entre esporte da escola, o esporte de rendimento
e a relação entre esporte e lazer;
- Compreender a função social do esporte;
- Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte;
- Compreender as questões sobre o dopping, recursos ergo gênicos utilizados e nutrição;
- Organização de campeonatos, montagem de tabelas, formas de disputa;
- Apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.
Conteúdo Estruturante
� Jogos e brincadeiras
153
Conteúdos Básicos
� Jogos populares
� Jogos competitivos
� Jogos cooperativos
� Jogos de tabuleiro
� Jogos intelectivos
Abordagem Pedagógica
Apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural;
Organização de eventos;
Dinâmica de grupo;
Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de lazer;
Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
Expectativas de Aprendizagem
- Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de
superação;
- Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e considerem
individualidades.
Conteúdo Estruturante
� Dança
154
Conteúdos Básicos
� Dança folclórica
� Dança de salão
Abordagem Pedagógica
Dança e expressão corporal e diversidade de culturas;
Diversidade de manifestações, ritmos, dramatização, danças temáticas;
Interpretação e criação coreográfica;
Alongamento, relaxamento e consciência corporal;
Apropriação da Dança pela Indústria Cultural;
Diferentes tipos de dança;
Organização de Festival de Dança.
Expectativas de Aprendizagem
- Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre
outros
- Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio
da dança;
- Discutir e aprofundar a forma de apropriação das danças pela indústria cultural;
- Criação e apresentação de coreografias.
Conteúdo Estruturante
� Ginástica
Conteúdos Básicos
� Ginástica geral;
155
� Ginástica de academia;
� Ginástica rítmica.
Abordagem Pedagógica
Função social da ginástica;
Fundamentos da ginástica;
Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral);
Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida;
Correções posturais;
Grupos musculares, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força;
fontes energéticas;
Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento;
Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento de treinos;
Festival de ginástica;
Freqüência cardíaca;
Fonte metabólica e gasto energético;
Composição corporal.
Ergonomia, DORT e Lesão por Esforço Repetitivo (LER);
Construção cultural do corpo;
Desvios posturais;
Apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural.
Expectativas de Aprendizagem
- Organizar eventos de ginásticas, na qual sejam apresentadas as diferentes criações
coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos;
- Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que
envolvem diferença entre resistência e força;
- Tipos de força;
- Fontes energéticas;
Compreender a função social da ginástica;
- Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica;
- Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.
156
Conteúdo Estruturante
� Lutas
Conteúdos Básicos
� Taekwondo
� Karate
� Kung fu
� Muay thai
� Boxe
� Greco romana
� Capoeira
� Jjiu-jitsu
� Judô
� Sumo
Abordagem Pedagógica
Histórico, filosofia e características das diferentes artes marciais;
Lutas X Artes Marciais;
Histórico, estilos de jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de
instrumentos, movimentação, roda etc;
Artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias;
Apropriação da Luta pela Indústria Cultural.
Expectativas de Aprendizagem
157
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de
lutas e se possível vivenciar algumas manifestações;
- Discutir a questão que se refere a diferença entre lutas e artes marciais.
- Vivenciar os diferentes estilos de jogo/luta/dança;
- Discutir e aprofundar sobre a forma de apropriação das lutas pela indústria
cultural;
- Conhecer os diferentes ritmos golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento,
entre outros;
- Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem as diferentes tipos
de golpes .
OBS: Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 – História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana, Lei 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena, tanto no ensino fundamental, quanto no médio.
METODOLOGIA
O encaminhamento metodológico pretende compreender as práticas corporais
representando uma reorientação das práticas da Educação Física. Por conseqüência essa
construção da dimensão corporal, tenta superar a Educação Física técnica e
instrumentadora do corpo, por meio das práticas corporais, seja do esporte, da dança, da
ginástica, dos jogos, das brincadeiras e brinquedos.
O professor de Educação Física deve compreender a nova organização e
sistematização dessas práticas corporais e investigar os conceitos de corpo veiculados em
outras disciplinas
O conteúdo de aula é apresentada aos alunos das seguintes formas: fase de
problematização, buscando a melhor forma de execução, fase de apreensão do
conhecimento e no terceiro momento a reflexão sobre a prática.
158
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem em Ed. Física tem conduzido os professores à
reflexão, ao estudo e aprofundamento, visando buscar novas formas de entendimento e
compreensão de seus significados no contexto. Apesar da vasta literatura existente, a
avaliação da aprendizagem em Ed. Física denota claramente os aspectos quantitativos de
mensuração do rendimento do aluno, através de gestos técnicos, destrezas motoras e
qualidades físicas, visando principalmente a seleção e classificação. Muitas vezes, o único
critério para a aprovação e reprova é o de assiduidade do aluno nas aulas.
Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino da Ed. Física nestas diretrizes,
objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção defendida e as práticas
avaliativas que integram o processo ensino-aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação
deve ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o
conjunto das ações pedagógicas e não como um elemento externo a este processo.
De acordo com as especificidades da disciplina de Ed. Física, avaliação deve estar
vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, com critérios estabelecidos de forma
clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, sendo
contínuo e, identificando, dessa forma, os progressos do aluno durante o ano letivo,
levando-se em consideração o que preconiza a LDB 939/96 pela chamada avaliação
formativa em comparação à avaliação tradicional, qual seja, somativa ou classificatória,
com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e
mais humana.
Todas as atividades serão explicitadas ao aluno. Os valores de cada teste, de cada
trabalho, mesmo atividades desenvolvidas pelos educandos em sala ou no espaço físico
ofertado pelo estabelecimento.
REFERENCIA
ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
BARBOSA, Ana Mae. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: Editora c/ arte, 1998.
DEWEY, John. Dewey. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
159
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
GARAUDY, Roger. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
GARCIA, Clóvis. Pesquisas em artes cênicas. In: Memória Abrace I – Anais do I
Congresso Brasileiro de Pesquisa e Pós Graduação em Artes Cênicas. Salvador: Abrace,
2000b, p.267-276.
GONÇALVES, Maria Augusta Salim. Sentir, pensar, agir – corporeidade e educação.
Campinas, SP: Papirus, 1994.
KANDINSKY, Wassily. Do espititual na arte. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus, 1978.
MARQUES, Isabel. Ensino de Dança Hoje. São Paulo: Cortez, 1999.
MELO, V. A., SOUZA, M. I. G., PEREIRA, P. G. Dança e animação cultural. Goiânia:
Revista Pensar a prática, UFG, 2003.
SANZ, Luiz Alberto. Procedimentos metodológicos: fazendo caminhos. Rio de Janeiro:
Ed. Senac Nacional, 2003.
SHUSTERMAN, Richard. Vivendo a arte. São Paulo: Ed. 34, 1998.
ZAMBONI, Silvio. A pesquisa em arte: um paralelo entre arte e ciência. Campinas, São
Paulo: Autores associados, 2001.
160
PROPOSTA CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO– ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso pautou-se historicamente no ensino do catolicismo que
expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Depois, com o advento da
República, a nova Constituição separou o Estado da Igreja e o ensino passou a ser laico.
Na LDB 4024/61 no título “Disposição Gerais e Transitório”, o Ensino Religioso
foi citado no Art.97, que determina que essa disciplina deve ser de matrícula facultativa
um ônus para o poder público de ser ministrado de acordo com a confissão religiosa do
aluno.
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a
necessária recuperação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos que
tratem da diversidade de manifestação religiosa, dos seus ritos, das suas paisagens e
símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticos e econômicos de que
são impregnadas.
Com base na diversidade religiosa, o Ensino Religioso define como objeto de
estudo o sagrado com o foco o fenômeno religioso, contemplando algo que está presente
em todas as tradições religiosas, favorecendo assim uma abordagem ampla dos conteúdos
específicos da disciplina. O sagrado perpassará todo o currículo do Ensino Religioso, de
modo a permitir uma análise mais completa de sua presença nas diferentes manifestações
religiosas. Portanto, o objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações
do sagrado no coletivo. Seu objetivo é analisar e compreender o sagrado como o cerne da
experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no cultural .
Os conteúdos propostos para o Ensino Religioso são a: paisagem religiosa, o
símbolo e o texto sagrado, apropriados das instancias que ajudam a compreender o
sagrado.
A disciplina do Ensino Religioso tem como objetivo:
161
- Superar o distanciamento do ensino religioso dos demais disciplinas escolares,
definindo orientação para oferta desta modalidade;
- Desenvolver uma nova concepção do Ensino Religioso, legitimando a perspectiva
deste componente curricular, superando o caráter proselitista e doutrinário que marca esta
disciplina historicamente.
- Possibilitar a reflexão sobre a realidade brasileira focalizando o sagrado e as
diferentes manifestações contidas no pluralismo religioso brasileiro.
Os conteúdos relacionados à disciplina de Ensino Religioso, têm como referência
os conteúdos estruturantes, dos quais desdobram-se os conteúdos específicos.
Cabe salientar que os conteúdos estruturantes ora definidos, não devem ser
entendidos isoladamente, uma vez que se relacionam intensamente ao objeto de estudos da
disciplina, portanto, a sua apresentação em separado é meramente didática.
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
− Paisagem Religiosa
− Universo Simbólico Religioso
− Textos Sagrados
CONTEÚDOS BÁSICOS
− Organizações Religiosas
− Lugares Sagrados
− Textos Sagrados orais ou escritos
− Símbolos Religiosos
6ª SÉRIE
162
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
− Paisagem Religiosa
− Universo Simbólico Religioso
− Textos Sagrados
CONTEÚDOS BÁSICOS
− Temporalidade Sagrada
− Festas Religiosas
− Ritos
− Vida e Morte
OBS.: Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 – História e
Cultura Afro-Brasileira , Lei 11645/03/08 – História Cultura Afro-Brasileira e Indígena no
Ensino Fundamental. Onde serão inseridos através de textos, filmes, pesquisas e outros.
METODOLOGIA
Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso, não se
reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem utilizados em sala de
aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão o trabalho. Logo as
práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina poderão fomentar o
respeito às diversas manifestações religiosas ampliando e valorizando o universo cultural
dos alunos.
Tendo como ponto de partida o histórico da disciplina e as novas demandas para o
Ensino Religioso, foram definidos os fundamentos teóricos da disciplina que só terão
sentido no processo de ensino e de aprendizagem, na medida em que sejam incorporados
pelos professores não apenas no planejamento formalizado na escola, mas no efetivo
trabalho com os alunos.
163
Destaca-se que todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso
contribuirá para a superação: do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença
religiosa de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão
de sagrado.
A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica e não a
religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo escolar, respeitando
o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando.
Tendo em vista a diversidade de conteúdo e o processo de pesquisa a ser utilizado
pelo professor no planejamento de suas aulas, é necessário uma seleção que priorize as
produções de estudos sem a manifestação religiosa, de cunho confessional e outras
manifestações que valorizem quaisquer doutrina.
AVALIAÇÃO
O Ensino Religioso não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no
que se refere atribuição de notas ou conceitos, ou seja, o Ensino Religioso não se constitui
como objeto de reprova, bem como não terá registro de notas ou conceitos na
documentação escolar, isto justifica pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina.
Cabe ao professor a implantação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o
processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe tendo como parâmetros
os conteúdos tratados e os seus objetivos.
O professor deve elaborar instrumentos que auxiliem a registrar o quanto o aluno se
apropriou das aulas, aceitar as diferenças individuais e grupo social, portanto o professor
terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de ensino e
aprendizagem.
O professor de Ensino Religioso a partir do processo avaliativo dos alunos, poderá
realizar sua ante-avaliação que orientará a continuidade do trabalho e reorganizando tudo o
que foi trabalhado, pois avaliar é um dos fatores que poderá contribuir para a sua
legitimação como um dos componentes curriculares conhecendo e compreendendo melhor
a diversidade cultural.
164
REFERENCIA
SEED – Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso. Ensino Fundamental. Curitiba: 2009.
Caderno Pedagógico de Ensino Religioso
PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA ENSINO MÉDIO
FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de filosofia está inserida durante o Ensino Médio, sendo uma
disciplina obrigatória que não se limita somente ao conhecimento isolado de outras
disciplinas, mas contribui para a interdisciplinaridade pois tem a função de levar o aluno a
pensar , se localizar no tempo e no espaço, buscando localizar os principais problemas que
devem ser tratados com os estudantes do Ensino Médio, buscar questões cujas respostas
estão longe de se obter pela Ciência, colocando como objeto de estudo: os problemas,
conceitos e ideias.
A diretriz curricular de Filosofia faz a opção pelo trabalho com conteúdos
estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que se constituíram ao longo da
história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes, e que,
tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado
político, social e educacional.
A filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como um
conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento, criar
conceito e significações, buscando trabalhar o mito e a filosofia, o conhecimento, a ética ,
a filosofia Política, a filosofia da ciência e a estética.
165
O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do
estudante com os problemas suscitados, na organização do pensamento, na investigação,
busca de soluções, nos textos filosóficos, enfim na criação de conceitos. A Filosofia gira
basicamente em torno se problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história,
os quais por sua vez devidamente utilizados, deram discussões promissoras e criativas que
desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações.
A disciplina de Filosofia justifica sua importância no desenvolvimento intelectual
que ela desenvolve no aluno propiciando ao mesmo ser um agente ativo no meio no qual
está inserido, questionando e expondo sua opinião sobre acontecimentos que envolve seu
cotidiano e acontecimentos que interfere no mundo.
Tendo por objetivo:
- Formar pluridimensional e democrática organizando suas ideias, seus
conhecimentos e conceitos e a possibilidade de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo, suas particularidades e especializações, procurando desenvolver no aluno
questões de respeito, da ética articulando-se com o pensamento.
- Explorar o pensamento filosófico, a compreensão do antopocentrismo
(valorização do Homem ), desenvolvendo o senso crítico, a ideia, a experimentação, a
razão e os problemas atuais, contribuindo assim para efetiva transformação do mundo.
Buscar o diálogo no embate entre as diferenças e sua
convivência e a construção da sua história, onde ao ter contato
com os problemas e textos filosóficos possa pensar e argumentar
criticamente e que nesse processo crie e recrie para si os
conceitos filosóficos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes são conhecimentos basilares de uma disciplina,
que se constituíram historicamente em contextos e sociedades diferentes que ganham
sentido político, social e educacional tendo em vista o Ensino Médio. Esta diretriz ao
propor a organização do ensino de Filosofia por conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia,
Teoria do Conhecimento, Ética Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência, em
seguida esboçados , objetiva estimular o trabalho da mediação intelectual, o pensar, a
166
busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas, em oposição ao caráter
imediatista que assedia e permeia a experiência do conhecimento e as ações dela
resultantes. Os conteúdos estruturantes não devem ser entendidos como isolados entre
si, estanques, sem comunicação. Eles são dimensões da realidade que dialogam
continuamente entre si, com as ciências, com a arte, com a história, enfim, com as demais
disciplinas. Os conteúdos como mediadores da reflexão filosófica, devem estar vinculados
à tradição filosófica, confrontando diferentes pontos de vista e concepções, de modo que o
estudante perceba a diversidade de problemas e de abordagens. Num ambiente de
investigação, de redescobertas e recriações, pode-se garantir aos educandos a possibilidade
de elaborar, de forma problematizadora, suas próprias questões e tentativas de respostas.
MITO E FILOSOFIA
O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa, cria
explicações e pensamentos. Na criação do pensamento está presente tanto o mito como a
racionalidade ou seja a base mitológica enquanto pensamento por figuras e a base racional,
enquanto pensamento por conceitos são constituintes do processo de formação do
conhecimento filosófico, pois é a partir do estudo do mito que o homem desenvolve ideias,
inventa sistemas, elabora leis, códigos, práticas. Entender a conquista da autonomia da
racionalidade diante do mito marca o advento de uma etapa fundamental do pensamento e
do desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas ao longo da história.
É de fundamental importância que o estudante do Ensino Médio conheça o
contexto histórico e político do surgimento da filosofia e o que ele significou para a cultura
helênica, pois essa relação do pensamento mítico com o pensamento racional no contexto
grego é importante para que o estudante do Ensino Médio perceba que os mesmos
conflitos vividos pelos gregos ente mito e razão são problemas presentes ainda hoje em
nossa sociedade, em que , por exemplo, a própria ciência ao deparar-se com o elemento da
crença mitológica apresenta-se como neutra, escondendo interesses políticos e econômicos
em sua roupagem sistemática.
Conteúdos Básicos:
f) Saber mítico;
g) Saber filosófico;
167
h) Relação Mito-filosofia;
i) Atualidade do mito;
j) O que é filosofia?
TEORIA DO CONHECIMENTO A teoria do conhecimento, constituída como campo do conhecimento filosófico de
forma autônoma no início da Idade Média, ocupa-se de forma sistemática com a origem, a
essência e a certeza do conhecimento humano.
Esta teoria aborda questões como: quanto ao critério da verdade; - O que permite
reconhecer o verdadeiro?”, - quanto a possibilidade do conhecimento , - Pode o sujeito
apreender o objeto?, quanto ao âmbito do conhecimento – Abrange ele a totalidade do real
ou se restringe ao sujeito que conhece?, quanto à origem do conhecimento –“Qual é a fonte
do conhecimento?
Ao estudante do Ensino Médio deve-se exercer uma atividade reflexiva tentando
encontrar caminhos e respostas diferentes para elas, evidenciar os limites do conhecimento,
possibilitar perceber os fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e
assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu
tempo.
Conteúdos Básicos:
b) Possibilidade de conhecimentos;
c) As formas de conhecimentos;
d) O problema da verdade;
e) A questão do método;
f) Conhecimento e lógica
ÉTICA
Ética é o estudo dos fundamentos da ação humana,, é a relação entre o sujeito e a
norma, é uma relação tensa e conflituosa, uma vez que todo estabelecimento de norma
implica cerceamento da liberdade e que compete á tessitura das forças sociais
168
convencionar entre ambos alguma forma de equilíbrio; reconhecer que o equilíbrio se faz
difícil e mesmo impossível.
O conteúdo de ética possibilita análise critica para atribuição de valores, mas pode
ser também o espaço da transgressão quanto aos valores impostos pela sociedade que se
configuram como instrumentos de repressão, violência e injustiça.
No ensino médio deve-se chamar atenção para os novos desafios da reflexão ética
na vida moderna como exemplo a contradição entre projeto de construção de sociedade
livres e democráticas e crescimento dos fundamentalismos religiosos e do pragmatismo
político que visa a reordenação dos espaços privados e públicos.
Conteúdos Básicos:
Ética e Moral;
Pluralidade e ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
FILOSOFIA POLÍTICA
A Filosofia Política busca discutir as relações de poder e compreender os
mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos.
No Ensino Médio a Filosofia Política tem por objetivo problematizar conceitos
como o de cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade e liberdade, de modo que
se atenda ao dispositivo da LDB preparando o estudante para uma ação política efetiva.
Conteúdos Básicos:
Relação entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
Política e ideologia;
Esfera pública privada
Cidadania formal/e ou participativa.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
169
A Filosofia da Ciência é um estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos
resultados das diversas ciências, que consiste em refletir criticamente o conhecimento
científico para conhecer e analisar todo processo de construção da ciência do ponto de
vista lógico, linguístico, sociológico, interdisciplinar, político, filosófico e histórico, mostra
que o conhecimento científico é provisório, jamais acabado ou definitivo, sempre tributário
de fundamentos ideológicos, religiosos, econômicos, políticos e históricos e serve como
ferramenta capaz de questionar a visão tecno-científica.
É necessário no Ensino Médio estudar a Filosofia da Ciência na perspectiva da
produção do conhecimento científico, problematizando o método, possibilitando o contato
com o modo como os cientistas trabalham e pensam.
Conteúdos Básicos:
Concepção de ciências;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciências;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética.
ESTÉTICA
A característica marcante da filosofia é a problematização e investigação voltada
para a realidade sensível, compreender a sensibilidade, a representação criativa, a
apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como eles determinam a relação do
homem com o mundo e consigo mesmo é objeto do conteúdo estruturante de Estética.
O conteúdo estruturante Estética está voltada para a beleza e a arte, está
intimamente ligada à realidade e as pretensões humanas do
E dominar, moldar, representar, reduzir, completar, alterar, apropriar-se do mundo
enquanto realidade humanizada.
Hoje a Estética nos conduz para além do império da técnica, das máquinas e da arte
como produto comercial, ou do belo enquanto conceito acessível para poucos, na busca de
espaço de reflexão, pensamento, representação e contemplação do mundo.
No ensino médio a estética possibilita compreender a apreensão da realidade pela
sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas resultado da atividade intelectual,
170
mas também da imaginação, da intuição e da fruição que contribuem para a constituição de
sujeitos críticos e criativos.
Conteúdos Básicos:
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco,
gosto, etc;
Estética e sociedade.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura
Afro Brasileira e Africana Lei 10.639/03 – e História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena
Lei 11.645/03/08 ao Currículo Básico do Ensino Fundamental e Ensino Médio, através de
análise e reflexões sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros e
indígenas como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando valores que
precisam ganhar amplitude e status de conhecimento na perspectiva de uma sociedade
multicultural e pluriétnica.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA Se dará em 4 momentos: sensibilização, problematização, investigação filosófica e
a criação de conceitos.
O ensino de filosofia deve iniciar pela sensibilização que pode ser entendida por
atividades geralmente conduzidas pelo professor com objetivo de investigar e motivar
possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido
onde a sensibilização inicia-se pelo trabalho filosófico.
A problematização ocorre quando o professor e estudantes, a partir do conteúdo em
discussão, levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. Tanto para
a sensibilização quanto a problematização deve ressaltar recursos como: filmes, leitura de
jornais, textos, música ou qualquer recurso utilizado para ressaltar a sensibilização e a
problematização. A problematização deve fazer com que o professor convide o aluno a
analisar o problema por meio da investigação que é uma experiência filosófica, com isso o
171
aluno vai defrontar o problema e as possíveis soluções que orientarão na discussão
filosófica.
Ao finalizar todo processo o aluno encontrar-se-à apto a elaborar um texto, ter
condições de construir seu conhecimento, suas ideias e por vezes sua ideologia, criando
assim possibilidade de argumentar filosoficamente por meio de raciocínios lógicos num
pensar coerente e crítico. As atividades de investigação filosófica deve ser individual ou
coletiva onde ele possa organizar e orientar o debate filosófico, dando-lhe um caráter
dinâmico e participativo, elaborando conceitos que garantam a ele a reflexão filosófica.
AVALIAÇÃO Segundo Kohan e Waksman, (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade
prática que deve ser levada em conta no processo de avaliação, pois a filosofia como
prática, como discussão com o outro, como construção de conceitos encontra seu sentido
na experiência de pensamento filosófico, e essa experiência é um acontecimento inusitado
que o educador pode propiciar, preparar, porém não determinar, menos ainda , avaliar ou
medir, com respeito ao estudante, suas posições e argumentações.
Para isso serão usados os seguintes instrumentos: leitura e produção de textos,
realização de trabalhos individuais e em grupo para aprofundamento dos temas, debates
para confronto de ideias.
A avaliação deve ser concebida na função diagnóstica sem a finalidade em si
mesma, mas sim de subsidiar o mesmo redimensionar o curso da ação no processo ensino-
aprendizagem garantindo a qualidade do conhecimento do professor e aluno.
Deve-se trabalhar com leituras de textos com temas pertinentes, discussão sobre
assuntos diversos e investigação para que o aluno crie seu conceito. Além dos textos
devem ser trabalhados filmes, músicas, dramatização, pesquisas, entrevistas, leituras de
livros didáticos, debates, preparação de painéis, debates, testes, entrevistas, pesquisas e
dramatizações.
Os critérios de avaliação utilizados serão: participação em classe na leitura e
produção de textos, envolvimento nos trabalhos em grupo e participação nos círculos para
debates.
172
Ao avaliar o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante pois
o importante é desenvolver a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas
posições.
REFERÊNCIA
SEED. Diretrizes Curriculares de Filosofia. Ensino Médio. Curitiba:2009
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO.
PROPOSTA CURRICULAR - FISICA
173
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física em toda sua complexidade tem como objeto de estudo o universo. A disciplina
de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza, porém os conhecimentos por ela
desenvolvida e por sua vez apresentada aos alunos do Ensino Médio, não são coisas da
natureza, ou a própria natureza, mas modelos de elaborações humanas.
A Física incorporada a cultura integrada como instrumento tecnológico, tornou-se
indispensável à formação da cidadania. É um conhecimento que permite elaborar modelos
de evolução cósmica, investigar os mistérios do mundo microscópico, das partículas que
compõem a matéria, ao mesmo tempo que permite desenvolver novas fontes de energia
para uso da vida humana, transformar e criar novos materiais ou inventar produtos e
tecnologias. A importância da disciplina de Física se estende a partir da necessidade de
todo jovem ter uma formação básica geral, se posicionando perante questões polêmicas
como: Construção de Usinas Nucleares, fenômenos da natureza, poluição ambiental,
tecnologia avançada, o Universo e seus mitos, questões que precisam ser interpretadas pois
evidenciam a complexidade do mundo atual.
Espera-se que o ensino de Física, na escola média, contribua para a formação de uma
cultura científica efetiva que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e
processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza
como parte da própria natureza em transformação. Para tanto é essencial que o
conhecimento físico seja explicitado como um processo histórico, produzido em sociedade,
objeto de contínua transformação em sua relação com a vida social, e associado com outras
formas de expressão e produção humanas. É necessário também que a cultura em Física
inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos tecnológicos, que
cercam o cotidiano doméstico, social e profissional. O ensino de Física deve propiciar
esses conhecimentos articulados a uma visão de mundo, uma compreensão dinâmica do
Universo bem mais ampla do que em nosso entorno material imediato, capaz de
transcender nossos limites temporais e espaciais.
Construir o ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias capazes de levar, aos
alunos, uma reflexão sobre o mundo das Ciências sob a perspectiva de que esta não é
174
somente fruto da pura racionalidade científica, compartilhando com mais gente e com
menos álgebra, a emoção dos debates, a força dos princípios e a beleza dos conceitos
científicos.
Educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz
de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a
necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo
de fenômenos que o cercam.
CONTEUDO ESTRUTURANTE
Os três conteúdos (movimento, termodinâmica e eletromagnetismo) foram escolhidos
como estruturantes, porque indicam campos de estudos da Física que, a partir de
desdobramentos em conteúdos pontuais, possam garantir os objetos de estudo da disciplina
da forma mais abrangente possível.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-Movimento
CONTEÚDOS BÁSICOS
-Momentum e inércia
-Conservação de quantidade de movimento (momentum)
-Variação da quantidade de movimento = Impulso
-2ª Lei de Newton
-3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
-Energia e o Princípio da Conservação da energia
-Gravitação
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-Termodinâmica
CONTEÚDOS BÁSICOS
-Leis da Termodinâmica
-Lei zero da Termodinâmica
-1ª Lei da Termodinâmica
-2ª Lei da Termodinâmica
175
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-Eletromagnetismo
CONTEÚDOS BÁSICOS
-Carga elétrica, corrente elétrica, campo elétrico e ondas eletromagnéticas
-Força eletromagnética
-Equações de Maxwell:Lei de Gauss para a eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère,
Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday.
-A natureza da luz e suas propriedades.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os
afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores
que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade
multicultural e pluriétnica, lei n 11.645/03/08 que integra a História e Cultura afro-
brasileira e indígena ao currículo de Ensino Fundamental e de Ensino Médio, caso o
conteúdo proporcione oportunidade..
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO No processo de ensino-aprendizagem, em Física, deverá partir do conhecimento prévio
dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas,
sobre os quais a Ciência tem um conceito científico. O professor deve mostrar ao aluno
que o seu conhecimento não está pronto e acabado, mas que deve ser superado.
Podemos dizer que a concepção espontânea o estudante adquire no seu dia-a-dia, na
interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e que, na escola se faz
presente no momento em que se inicia o processo de ensino-aprendizagem. Já a concepção
científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, o qual necessita de
metodologias específicas para ser transmitido no ambiente escolar. A escola é por
excelência o lugar onde se liga o conhecimento científico e historicamente produzido.
Para ir além do limite da informação e atingir a fronteira da formação é preciso uma
mediação que não é aleatória, mas pelo conhecimento físico, num processo organizado e
176
sistematizado pelo professor. O objetivo é que professor e estudante compartilhem
significados na busca da aprendizagem, as novas informações interagem com o
conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam diferenciam, integram,
modificam enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive, substituí-lo.
A partir da concepção da Física, do objeto de estudo da disciplina de Física, da
descrição dos conteúdos estruturantes e de seus desdobramentos propõe-se que os
conteúdos específicos sejam encaminhados metodologicamente numa abordagem
articulada, seguindo uma expectativa crítica e histórica, transmitir os conhecimentos
através de debates em sala, pesquisas individual e em grupo, experimentos, vídeos entre
outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação deverá levar em conta, os pressupostos teóricos adotados por esta diretriz.
Ao considerar os aspectos históricos conceituais e culturais, a evolução das ideias em
Física e a não neutralidade da Ciência. A avaliação deverá levar em conta o processo do
estudante quanto a esses aspectos. Deverá também considerar a apropriação desses objetos
pelos estudantes.
Desta forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração
todos os aspectos: a compreensão dos conteúdos físicos; A capacidade da análise de um
texto, seja literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo
físico; A capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro
evento que envolva a Física, como por exemplo, uma visita a um parque de Ciências,
dentre outros.
No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com uma nota,
como tradicionalmente tem saído feita, com o objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo,
mas sim de auxilia-lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem sentido quando utilizada
como instrumento para intervir no pr5ocesso de aprendizagem dos estudantes, visando o
seu crescimento.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
177
-O aluno compreende a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de
partículas subatômicas.
-Formula uma visão geral da Ciência(Fisíca), presente no final do século XIX e
compreende a visão de mundo dela decorrente.
-Compreende o conceito de inércia, relacionando este conceito à massa do objeto e à
distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação.
-Entende as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.)
-Percebe que os movimento acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os
translacionais como os rotacionais.
-Percebe a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação
de uma força em pontos diferentes deste corpo.
-Reconhece e representa as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.
-Compreende a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas
subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios.
-Conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas
e, no caso da energia mecânica em energias cinética, potencial elástica e potencial
gravitacional.
-Percebe o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação de
energia.
-Compreende a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico.
-Identifica a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de vista
clássico.
-Compreende o contexto e os limites do modelo Newtoniano tendo em vista a Teoria da
Relatividade Geral.
-Compreende a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para o
contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental
para o desenvolvimento das idéias na Termodinâmica.
-Formula o conceito de pressão de um fluído, seja ele um líquido ou um gás, e extrapole o
conceito a outras aplicações físicas.
-Diferencia e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de
energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da Termodinâmica.
178
-Compreende os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade de
um material identificável no processo de transferência de calor, da mesma forma o
conceito de calor latente.
-Compreende a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a
fundamentam.
-Compreende a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo.
-Compreende que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o campo de
uma carga não se altera na presença de outra carga.
-Apreende o modelo teórico utilizado para explicar a carga e seus movimentos (a corrente
elétrica, a partir das propriedades elétricas dos materiais.
-Associa a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica.
-Conhece as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e a
condutividade.
-Conhece as propriedades magnéticas dos materiais.
-Entende corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo.
-Entende o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos
constituintes.
-Concebe a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de
energia, como a nuclear e a eólica.
-Compreende a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema elétrico.
-Entende o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo.
-Concebe a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as radiações de
alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula,
dependendo do tipo de interação com a matéria.
-Entende os fenômenos luminosos como o da reflexão total, reflexão difusa, dispersão e
absorção da luz, dentre outros importantes para a compreensão dos fenômenos cotidianos
que ocorrem simultaneamente na natureza.
-Entende os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a mudança
do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no
qual a luz é desviada sem mudança de meio.
179
-Associa fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arco-
íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos
estudados.
-Compreende a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta
alguns comportamentos que são típicos de partículas e outros de ondas, ou seja, entenda a
luz a partir do comportamento dual.
MEIOS DE AVALIAÇÃO: Provas objetivas, debates, textos, pesquisas, relatórios, entre
outros.
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares do Paraná 2009.
Livro Didático Público.
PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A sociedade do século XXI, produto da revolução tecnológica, é cada vez mais
caracterizada pelo uso intensivo do conhecimento, seja para trabalhar, conviver ou exercer
a cidadania, seja para cuidar do ambiente em que vive. Entretanto os processos políticos
que redesenham as relações mundiais, aprofundaram a exclusão pela falta de acesso a bens
materiais, como também tem gerado um novo tipo de desigualdade, ligada ao uso das
tecnologias de comunicação, que hoje mediam ao conhecimento e aos bens culturais.
Nesse quadro ganha importância redobrada a qualidade da educação, numa perspectiva de
oportunidade real de aprendizagem para inserção no mundo de modo produtivo e solidário.
180
Para tanto há que se pensar e por em prática um currículo escolar comprometido
com seu tempo, onde a capacidade de aprender terá de ser trabalhada não apenas nos
alunos, mas na própria escola, instituição que passa a aprender a ensinar, tendo como ponto
de partida o trabalho colaborativo, a reflexão, e práticas compartilhadas de convivência
como situações de aprendizagem para viabilização desse ideal.
Outra ideia é o novo uso que se faz do conceito de currículo, que como expressão
de tudo o que existe na cultura científica, artística e humanista só terá sentido se transposto
a uma situação de aprendizagem e ensino. Assim todas as atividades escolares são
curriculares, e na conexão entre cultura e conhecimento, é que encontramos a ferramenta
articuladora da teoria com a prática, do mundial com o local, do abstrato e o seu contexto
físico, promovendo de muitas formas o desejo de aprender, pois o currículo é a referência
para ampliar, localizar e contextualizar os conhecimentos que a humanidade acumulou ao
longo do tempo.
Esse currículo, que desloca o foco do ensino para o da aprendizagem, requer que a
escola e o plano do professor, indiquem o que o aluno vai aprender, buscando tratar
diferentemente os desiguais, ponderando, além dos aspectos curriculares e docentes,
recursos cognitivos, afetivos e sociais de que os alunos dispõem, garantindo uma base
comum a todos. Articulando as disciplinas e as atividades escolares com aquilo que se
espera que os alunos aprendem, numa perspectiva interdisciplinar, acreditamos estar
preparando os jovens para exercer suas responsabilidades (trabalho, família, autonomia,
etc.). Todo esse processo terá como prioridade o desenvolvimento da competência leitora e
escritora, pois associada ao repertório cultural e social de cada indivíduo ela amplia as
capacidades de representação, comunicação e expressão, facilitando a comunicação com
nossos iguais e nossa articulação com o mundo.
Assim, esperamos que seja a partir de uma leitura crítica do mundo, que o
educando, na busca por compreendê-lo, explicá-lo, passe a defender suas idéias,
compartilhe novas e melhores formas de ser, e enfrente os problemas de modo coerente em
favor das múltiplas possibilidades de solução, para atuar numa sociedade que precisa muito
deles.
O importante é que os diferentes estudos do meio realizados possam realmente
desenvolver uma prática de ensino na qual os alunos tenham a oportunidade de tomar
consciência da complexidade da realidade social, política e econômica de um espaço, que
181
possibilite aos participantes uma crítica ao conhecimento e possibilidade ao estudante a
compreensão da totalidade.
O entendimento da escola como lugar de culturas implica que o conteúdo das
diferentes matérias escolares e o procedimentos por elas adotadas leva em conta a cultura
dos agentes, a cultura escolar, o saber sistematizado, a cultura das escolas. Mas
especialmente, quero destacar aqui a necessidade de se pensar o ensino e a mediação
pedagógica tendo como parâmetros a cultura dos alunos e de cada aluno em particular,
contemplando, nesse sentido, sua diversidade. Pode-se entender que essa diversidade vai
além do conjunto de conhecimento, valores, significados que os alunos carregam consigo,
a diferença de estilos, ritmos e capacidades individuais internas de aprendizagem. Na
prática cotidiana, os alunos constroem conhecimentos geográficos. É preciso considerar
esses conhecimentos e a experiência cotidiana, os alunos suas representações, para serem
confrontados, discutidos e ampliados com o saber geográfico mais sistematizado, dentro de
um processo globalizado.
A paisagem é um conjunto de objetos reais concretos do passado para o presente em
uma construção transversal que pode caracterizar a distribuição de formas objetos com um
conteúdo técnico específico. Dentro dos conceitos procuramos adotar uma abordagem que
contribua com a formação do aluno participativo e crítico que reconheça a importância da
geografia para a compreensão do lugar onde vive.
Há algumas habilidades que devem ser trabalhadas no ensino da geografia como
observação, descrição, comparação, registro e documentação, leitura de texto,
representação, análise, síntese, reflexão etc.
O ensino da geografia requer diversas linguagens no seu saber que apontam para a
necessidade de alfabetização dos alunos dentro da proposta curricular. Dentro da geografia
temos como conceitos naturais que segue sob uma visão integradora entre as dinâmicas
sociais e as dinâmicas da natureza. Alinhada com a perspectiva, de procurar demonstrar
que o espaço geográfico e as paisagens terrestres são produtos tanto das relações de
interação e interdependência dos elementos naturais na biosfera, quanto das interferências
humanas sobre os elementos físicos (relevo, rios, florestas, mares, chuva, etc.) e,
consequentemente sobre o ecossistemas.
O único objetivo da geografia como ciência a desenvolver conceitos como lugar,
paisagem, região território, como cultura, técnicas ou tecnologias, redes e fluxos
182
globalizados, economia, política, questão ambiental, energéticos, hidrícos que vem
possibilitar o educando apreender a realidade socio-espacial que o cerca, identificando-se
como agente construtor do espaço geográfico. Atuando como mediador, desafiador e
questionador criativo e articulador de ideias.
Como estudo a geografia tem como objetivo levantar questões relacionadas a etnia
e a diversidade e ao choque de culturas, buscando explicar a incidência cada vez maior dos
conflitos étnicos no mundo, bem como a questão da discriminação étnica no Brasil.
Analisar objetivos do ensino de geografia e que o aluno conheça as especificidades
dos lugares e das paisagens geográficas, fazendo comparações e interpretando cada parte
dentro do todo que é o espaço geográfico irá propiciar ao aluno conhecer as realidades
vivida por outros grupos sociais, do seu país da sua cidade e em outras partes do mundo,
com ênfase no estudo da organização socio-espacial, do modo de vida,das atividades e das
paisagens diferentes daquelas existentes. Analisar os principais objetivos do trabalho
didático pedagógico de acordo com as propostas curriculares que os alunos tenha a
capacidade de processar informações e conhecimentos para a realidade próxima e
desenvolvendo habilidades de comunicação em todas as suas formas (oral, escrita, gráfica,
etc.). Ser aptos a analisar, sintetizar e correlacionar informações que envolve momento de
reflexão, resgate do conhecimento de valorização do saber cotidiano e da realidade do
lugar onde vivem e do mundo.
Observar, descrever, comparar, interpretar os conteúdos de trabalho, por sua vez,
tem como objetivo desenvolver habilidades intrinsecas à ciência geográfica.
Identificar e classificar dados e informações relevantes para os estudos geográficos,
discutir a situação dos índios e dos negros na sociedade brasileira, bem como a relação
destes com os brancos ao longo da história, posicionando-se em relação a aculturação dos
indígenas e ao racismo.
2 – Conteúdo Estruturante e Conteúdo Básico:
1. – Ensino Fundamental 5ª Série:
Conteúdos Estruturantes:
183
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
Contéudos Básicos: Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço geográfico;
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos;
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
2.2 – Ensino Fundamental 6ª série:
Conteúdos Estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
Conteúdos Básicos: A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
184
As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos;
Movimentos migratórios e sua motivações;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização;
Distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espaço geográfico;
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações;
2.3 – Ensino Fundamental 7ª Série:
Conteúdos estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
Contéudos Básicos: As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguraçaõ dos territórios do continente
americano;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e papel do Estado;
O comércio em suas implicações socioespaciais;
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mecadorias e das informações;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espaço geográfico;
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos;
185
Os movimentos migratórios e suas motivações;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
2.4 – Ensino Fundamental 8ª Série:
Conteúdos Estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
Contéudos Básicos: As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
O comércio mundial e as implicações socio espaciais;
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e o indicadores
estatísticos;
As manifestações socio espaciais da diversidade cultural;
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a reorganização
do espaço geográfico;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial;
186
2.5 – Ensino Médio:
Conteúdos Estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
Contéudos Básicos: A formação e transformação das paisagens;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço geográfico;
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização
recente;
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos;
Os movimentos migratórios e suas motivações;
As manifestações socio espaciais de diversidade cultural;
O comércio e as implicações socio espaciais;
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
As implicações socio espaciais do processo da mundialização;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
187
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A geografia como ciência tem como objetivo oferecer as condições para um
dimensionamento e preparo de uma cidadania consciente, não ingênua, porque aborda
conceitos possível à construção de uma “geografia escolar cidadã”. A geografia é uma
ciência do presente com uma proposta norteadora, tanto da linguagem como da exposição
temática dos conteúdos, que visa a formação do educando enquanto sujeito participante,
capaz de assumir outras reflexivas e de análise que constituem a razão de ser de sua
cidadania atuante no ensino da geografia.
AVALIAÇÃO
A avaliação faz parte do processo pedagógico de aprendizagem dos alunos,
priorizando o processo do desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
O processo de avaliação está inserido no processo de ensino aprendizagem como
forma utilizadas pelos professores para avaliar a sua metodologia dos conteúdos
específicos durante o ano letivo na sua aprendizagem.
Em cada uma das situações de aprendizagem, serão propostas diferentes estratégias
de avaliação de aprendizagem. O resultado da própria atividade – como a utilização das
técnicas cartográficas, a leitura e a interpretação de mapas – será o principal objeto de
avaliação – roteiro de questões – exercícios de localização relativa.
O conceito de avaliação é para seguir e identificarmos se a fenomenologia da
aferição do aproveitamento escolar dos alunos.
O ato de avaliar importa coleta, análise e síntese dos dados que configuram o objeto
da avaliação, acrescido de uma atribuição de valor ou qualidade, que se processa a partir da
comparação da configuração do objeto avaliado com um determinado padrão de qualidade
previamente estabelecido.
188
A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam
como eles estão avaliados em cada atividade proposta. Além disso a avaliação não linear
de construções e reconstruções assentado na interação e na relação dialógica que acontece
entre os sujeitos do processo professor/aluno.
REFERENCIA
SEED. Diretrizes Curriculares de Geografia. Ensino Fundamental e Médio. Curitiba:2009.
PROPOSTA CURRICULAR
HISTORIA– ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO
� Apresentação da Disciplina
A disciplina de História ao tratar o conhecimento histórico como resultado do
processo de investigação e sistematização de análise sobre o passado, de modo a valorizar
diferentes sujeitos históricos e suas relações abre-se inúmeras possibilidades de reflexão e
superação de uma visão unilateral dos fatos históricos, que tornam-se mais abrangentes.
Essa concepção de história, apropriada no tratamento dos conteúdos escolares, permite a
constituição da consciência histórica genética na medida em que articula a compreensão do
processo histórico relativo à permanência e às transformações temporais dos modelos
culturais bem como favorecem a compreensão da vida social em toda sua complexidade.
189
A história tem como objeto de estudos os processos relativos as ações e as relações
que constituem o processo histórico, o qual é dinâmico. As relações de trabalho permitem
diversas formas de organização social. Articulados aos demais conteúdos estruturantes,
permitem entender como as relações de trabalho foram construídas no processo histórico e
como determinam a condição de vida do conjunto da população.
Pode-se definir relações de poder como “a capacidade ou possibilidade de agir ou
produzir efeitos “e” pode ser referida a indivíduos e a grupos humanos.
O estudo das relações de poder geralmente remete à ideia de poder político.
Entretanto, elas não se limitam somente a âmbito político, mas também as relações de
trabalho e cultura, isso permite ao aluno perceber que tais relações estão em seu cotidiano.
Ao se propor as relações culturais como um dos conteúdos estruturantes para o
estudo da história, entende-se a cultura como aquela que permite conhecer os conjuntos de
significados que os homens conferiram à sua realidade para explicar o mundo. O estudo
dessa relações deve considerar a especificidade de cada sociedade e as relações entre elas.
Deve-se considerar também como objeto de estudos, as relações dos seres humanos
com os fenômenos naturais, tais como as condições geográficas, físicas e biológicas de
uma determinada época e local, os quais também se conformam a partir das ações
humanas.
As correntes historiográficas utilizadas como fundamento para a disciplina de
História são a Nova História Cultural, incluindo alguns historiadores da Nova História e a
Nova Esquerda Inglesa, a partir de sua matriz materialista histórica dialética. Ao
estabelecer articulações entre abordagens teórico – metodológico distintas, resguardada as
diferenças e até oposição entre elas por entender que esse é um caminho possível para o
ensino de História, uma vez que possibilita aos alunos compreender as experiências e os
sentidos que os sujeitos dão ao mesmo.
Para a disciplina de História no Ensino Médio os conteúdos estruturantes são as
relações de trabalho, relações de poder e as relações culturais.
Para a disciplina de História no Ensino Fundamental os conteúdos estruturantes
são: Relações de trabalho, relações e poder e relações de cultura..
Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas como
Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referências teóricas das diretrizes
190
curriculares de História, objetiva-se propiciar aos alunos ao longo da Educação Básica, a
formação da consciência histórica genética.
Para que esse objetivo seja alcançado, a abordagem dos conteúdos, nessa
perspectiva, possibilita que o professor explore os novos métodos de produção de
conhecimento histórico e amplie as possibilidades de recortes temporais, do conceito de
documento de sujeitos e de suas experiências, de problematização em relação ao passado.
Além disso permite que o aluno elabore conceitos que o permitam pensar historicamente,
superando também a ideia de história como algo dado, como verdade absoluta.
2- Conteúdos Estruturantes no Ensino Fundamental
1- Relações de trabalho;
2- Relações de poder;
3- Relações de culturais.
5 Série - OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS
HISTORIAS
Conteúdos básicos
1- A experiência humana no tempo: a memória local e a memória da
humanidade: o tempo (as temporalidades e as periodizações): o processo histórico
( as relações humanas no tempo)
•••• o jovem e suas percepções de tempo histórico
(temporalidades e periodizações): memórias e
documentos familiares locais
•••• o jovem e suas relações com a sociedade no tempo (
família, amizade, lazer, esporte, escola, cidade,
Estado, país, mundo)
•••• agricultura familiar
191
•••• os movimentos migratórios campo-cidade
•••• a formação do pensamento histórico
•••• os vestígios humanos: os documentos históricos
•••• o surgimento dos lugares de memórias : lembranças,
mitos, museus, arquivos. Monumentos espaços
públicos, privados, sagrados.
•••• As diversas temporalidades nas sociedades indígenas,
agrárias e industriais
•••• as formas de periodização: por dinastias, por eras, por eventos
significativos, etc.
2- Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo
• A sociedade indígena na época da chegada dos
portugueses
• os povos indígenas e suas culturas na história do
Paraná: xetás, kaigangs, xoklengs e tupi-guaranis.
• Colonizadores portugueses e suas culturas na
América e no território paranaense
• os povos africanos e suas culturas no Brasil e no
Paraná
• Capitania de Sant'ana e início das questões judiciais
• Criação da Capitania de Paranaguá
• As condições das crianças dos jovens e dos idosos na
história do Brasil e do Paraná.
• O surgimento da humanidade na ?frica e a
diversidade cultural na sua expansão: as teorias sobre
seu aparecimento
• As sociedades comunitárias
• As sociedades matriarcais
• As sociedades patriarcais
192
• O significado das crianças, jovens e idosos nas sociedades
históricas.
3- As culturas locais e a cultura comum.
• Os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas
paranaenses
• As manifestações populares no Paraná: a congada, o
fandango, cantos, lendas, rituais e as festividades
religiosas
• Pinturas rupestres e sambaquis no Paraná
• A produção artística e científica paranaense
• Origem do povoamento e instalação de Curitiba
• O tropeirismo no Paraná – e o Caminho de Viamão
• Pensamento científico: a antiguidade grega e Europa
Moderna
• A formação da arte moderna
• As relações entre a cultura oral e a cultura escrita: a narrativa
histórica.
6? Série – A Constituição Histórica do mundo rural e a Formação da
propriedade em diferentes tempos e espaços. Espaços
Conteúdos Básicos
1- As relações de propriedade
• a propriedade coletiva entre os povos indígenas<
quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus e faxinais no
Paraná
• A família e os espaços privados: a sociedade
patriarcal brasileira
• A constituição do latifúndio na América portuguesa e
no Brasil imperial e republicano
193
• As reservas naturais e indígenas no Brasil
• A reforma agrária no Brasil; a propriedade da terra
nos assentamentos
• A constituição do espaço público da antiguidade na
polis grega e na sociedade romana
• A reforma agrária na antiguidade greco-romana
• A propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas.
2- A Constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
• As primeiras cidades brasileiras: formação das vilas
e das Câmaras Municipais
• O engenho colonial
• A conquista do sertão
• As missões jesuíticas
• a Belle Epoque Tropical modernização das cidades
• Cidades africanas e pré-colombianas
• As cidades na antiguidade oriental
• As cidades nas sociedades antigas clássicas
• A ruralização do Império Romano e a transição para
o feudalismo europeu: a constituição dos feudos (
Europa Ocidental, Japão e sociedades da Africa
meridional) e glebas servis ( Europa Ocidental)
• As transformações no feudalismo europeu
• O crescimento comercial e urbano na Europa.
3- As relações entre campo e a cidade
• As cidades mineradoras
• As cidades e o tropeirismo no Paraná
• Os engenhos da erva mate no litoral e no Primeiro
Planalto
• O norte pioneiro no Paraná
194
• Criação da Província do Paraná
• Instalação da Província do Paraná
• Relações campo-cidade no Oriente
• As feiras medievais
• O comercio com o Oriente
• Os cercamentos na Inglaterra Moderna
• O início da industrialização na Europa
• A reforma agrária na América Latina no séc. XX
4- Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade
• A relação entre senhores e escravos
• O sincretismo religioso ( formas de resistências afro-
brasileira)
• A influência do negro no Paraná
• D. Pedro II na Província do Paraná
• Paraná transição Monarquia para a República
• As cidades e as doenças
• A aquisição da terra e da casa própria
• O MST e outros movimentos pela terra
• Os movimentos culturais camponeses e urbanos no
Brasil republicano nos séculos XIX, XX e XXI.
• A peste negra e as revoltas camponesas
• As culturas teocêntrica e antropocêntrica
• As manifestações culturais na América Latina, Africa
e Asia
• As resistências no campo e na cidade: América
Latina e continente africano
• A história das mulheres orientais, africanas e outras.
195
7? Série: O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE
RESISTENCIA
Conteúdos básicos
1- Historia das relações da humanidade com o trabalho
O trabalho nas sociedades indígenas
Sociedade patriarcal e escravocrata
Mocambos/ Quilombos as resistências na colônia
Remanescentes de quilombos
A história do trabalho nas primeiras sociedades humanas
O trabalho e a vida cotidiana nas colonias espanholas: a mita
2- O trabalho e a vida em sociedades
A desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Império
A busca pela cidadania no Brasil Império
Os saberes nas sociedades indígenas : mitos, lendas que perpetuam as tradições.
Corpos dóceis: o papel da escola no convencimento para um bom trabalhador.
Os significados do trabalho na Antiguidade: Oriental e Antiguidade Clássica
As três ordens do imaginário feudal
As corporações de ofício
O entretenimento na corte e nas feiras
O nascimento das fábricas e vida cultural ao redfor
3- O trabalho e as contradições da modernidade
A desvalorização do trabalho
O latifúndio no Paraná e no Brasil
Paraná- uma economia em desenvolvimento
A Reforma Federalista e a ação do governo paranaense
A questão de Palmas
196
A sociedade oligárquica-latifundiária
A vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo
As contradições da modernização
A produção e a organização social capitalista
A ética e moral capitalista
4- Os trabalhadores e as conquistas de direito
O movimento sufragista feminino
A discriminação racial e linguística ( o caipira no contexto do capital)
As congadas como resistência cultural
Lei 11.645/03/08
A Africa das grandes civilizações : O Império Egípcio
A consciência negra e o combate ao racismo
Movimentos sociais e emancipacionistas
Os homens, as mulheres e os homossexuais no Brasil e no Paraná
O movimento sufragista feminino
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
O Ludismo
As Constituições dos primeiros sindicatos de trabalhadores
Os homens, as mulheres e os homossexuais no mundo contemporâneo
8? Série – Relações de dominação e resistência : A formação do Estado e das
Instituições Sociais
1- A Constituição das Instituições Sociais
A formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasil
Principais etnias brasileiras na atualidade
Influencia indígena na língua portuguesa
As reservas indígenas Yanomani e o Parque Indígena do Xingu
197
A Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América Portuguesa
As irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesa.
O surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos,
escolas e universidades no Brasileira
A formação dos sindicatos no Brasil
As associações e clubes esportivas no Brasil
A instituição da Igreja no Império Romano
As ordens religiosas católicas
As guildas e as corporações de ofício na Europa medieval
O surgimento dos bancos, escolas e universidades medievais
A organização do poder entre os povos africanos
A formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidente
O surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais ( ONU, FMI,
OMC, OPEP, FIFA e OLIMP?ADAS
2- A Formação do Estado
As relações entre o poder local e o Governo Geral na América portuguesa
Os quilombos na América portuguesa e no Brasil Imperial
A formação do Estado-nação brasileiro
As constituições do Brasil imperial e republicano
A instituição da república no Brasil; as ditaduras e a democracia
Os poderes do Estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário
As empresas públicas brasileiras
A constituição do Mercosul
O surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade no Crescente Fértil
A monarquia e a nobreza na Europa medieval
A formação dos reinos africanos
O Estado absolutista europeu
A constituição da república no Ocidente
O imperialismo no século XIX
198
A formação dos Estados Nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e a s
democracias
A constituição dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as
democracias
A constituição dos Estados socialistas e dos Estados de Bem-Estar Social
A formação dos blocos econômico
3- Sujeitos e Revoluções
As guerras e revoltas indígenas e quilombos na América portuguesa e no Brasil
imperial
As revoltas republicanas na América portuguesa
As revoltas sociais no Brasil imperial e republicano
As guerras cisplatinas e guerra do Paraguai
Os movimentos republicanos e abolicionistas no Brasil Imperial
A implantação da nova republica no Paraná
A República: O Paraná durante o regime militar
O movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil
O Brasil nas Guerras Mundiais
A República: a redemocratização no Paraná
Os movimentos pela redemocratização do Brasil ( carestia, feministas, etno-raciais e
estudantis)
Estrutura fundiária no Brasil e as relações de trabalho na zona rural
As revoltas democráticas nas polis gregas
As revoltas plebeias, escravas e camponesas na republica romana
As heresias medievais
As guerras feudais na Europa Ocidental e as Cruzadas
As revoltas religiosas na Europa Moderna
• A conquista e colonização da América pelos povos
europeus
• As revoluções modernas
199
• Os movimentos nacionalistas
• As guerras mundiais
• As revoluções socialistas no século XX
• As guerras de independência das nações africanas e
asiáticas
• Os movimentos latino-americanos e asiáticos.
Conteúdos Estruturantes do Ensino Médio
• Relações de Trabalho; • Relações de Poder;
• Relações Culturais;
Conteúdos Básicos para o Ensino Médio
1- Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o
Trabalho Livre
2- Urbanização e Industrialização.
3- O Estado e as relações de poder.
4- Os sujeitos, as revoltas e as guerras.
5- Movimentos sociais, políticos e culturais e as
guerras e revoluções.
6- Cultura e religiosidade.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro Brasileira e
Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do
país, ressaltando valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento
na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica , leis n? 10.639/2003 e
200
11.645/03/08 que integram a História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena
ao Currículo Básico de Ensino Fundamental e Ensino Médio.
3- METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Ensino Fundamental
Ao planejar as aulas, caberá ao professor problematizar a partir do conteúdo que se
propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico, considerando que a apropriação
deste conceito pelos alunos é processual, e deste modo exigirá que seja constantemente
retomado. Neste sentido, algumas questões poderão ser feitas pelo professor e seus alunos:
como o historiador chegou a essa interpretação? Que documentos/fontes o ajudaram a
chegar a essa conclusões? Existem outras pesquisas a esse respeito? Que dimensões
completou em sua análise? O político, o econômico-social, o cultural? Onde podem ser
identificados? Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?
Ao adotar este encaminhamento metodológico, o professor terá que ir muito além
do livro didático, uma vez que as explicações até apresentados são limitadas, seja pelo
número de páginas do livro, pela vinculação do autor a uma determinada concepção
historiográfica. Isto não significa que o livro didático deve ser abandonado pelo professor
esteja atentado á rica produção historiográfica que tem sido publicadas em livros, revistas
especializadas e também voltadas ao publico em geral, muitas das quais disponíveis
também nos meios eletrônicos, ou seja, o uso de diferentes livros didáticos, em diferentes
contextos, quando bem realizado amplia as possibilidades de reflexão por parte dos alunos
e profissões.
Ensino Médio
A metodologia proposta no Ensino Médio tem como base a utilização dos
conteúdos estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e
os temas selecionados pelos professores e devem estar assegurando no P.P.P. da escola.
201
O professor ao elaborar o problema e selecionar o conteúdo estruturante que melhor
responde a problemática constitui o tema. E este se desdobra nos conteúdos específicos
que fundamentam a resposta para a problemática. Assim, propõe-se como
encaminhamento metodológico que os conteúdos estruturantes da disciplina de História
sejam abordados através de temas, na compreensão de que não é possível representar o
passado em toda sua complexidade.
A proposta de seleção de temas é também pautada em relações interdisciplinares
considerando que é na disciplina, no caso a história, que ocorre a articulação dos conceitos
metodológicos das diversas áreas do conhecimento. Assim, narrativas, imagens, livros,
jornais, história em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas,
etc, são documentos que podem ser transformados em materiais didáticos de grande valia
na constituição do conhecimento histórico.
Os documentos citados podem ser utilizados de diferentes maneiras em sala de
aula, como exemplo: ficam Schmidt e Cainelli (2004). Na elaboração de biográficas,
confecções de dossiê, representações de danças folclóricas, exposições de objetos sobre o
passado que estejam no alcance do aluno, com a descrição de cada objeto exposto e o
contexto em que os mesmos foram produzidos e estabelecer relações entre as fontes.
4 - Avaliação
A avaliação no Ensino Ensino Fundamental de História objetiva-se favorecer a
busca da coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que
integram o processo de ensino e de aprendizagem. Nesta perspectivas, a avaliação deve
estar colocada a serviço da aprendizagem de todos alunos, de modo que permeie o
conjunto de ações pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.
Ao propor uma maior participação dos alunos no processo avaliativo, não se
pretende esvaziar o papel do professor, mas ampliar o significado das práticas avaliativas
para todos os envolvidos. No entanto, é necessário destacar que cabe ao professor planejar
situações diferenciadas de avaliação.
202
A avaliação proposta para o Ensino Médio tem como objetivo superar a avaliação
classificatória. Diante disso, propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal,
processual, continuada e diagnóstica. A avaliação deve estar contemplada no planejamento
do professor e ser registrada de maneira formal e criteriosa.
O acompanhamento do processo ensino-aprendizagem, tem como finalidade
principal dar uma resposta ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse processo
e, assim, permite refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo professor,
possibilitando o redimensionamento deste caso seja necessário. A avaliação não deve ser
realizada em momentos separados do processo ensino, aprendizagem. O professor deve
acompanhar o processo, percebendo o quanto cada educando desenvolvem na apropriação
do conhecimento histórico.
Três aspectos considerados importantes no ensino de História: a apropriação de
conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos
específicos. Esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis.
Para tanto, o professor deve se utilizar de diferentes atividades como: leitura, interpretação
e análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos; produção de narrativas
históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de
seminários, entre outras. Para efetivação de uma avaliação serão utilizados os seguintes
instrumentos:provas escritos, pesquisas, estudo dirigido, apresentação de trabalhos,
produção de textos, entrevistas, confecção de mapas, ajuda aos colegas. E tais critérios tais
como :
lA avaliação será diagnóstica e contínua, feita através dos registros no
diário de classe
lParticipação dos alunos e trabalhos individual e em grupo
lAnalisar a forma de como os alunos se portam em atividades que envolvem discussão,
considerando o respeito à opinião alheia, aptidão em expor ideias com clareza e a
capacidade de relacionar conteúdos à sua realidade.
5- Referencias
203
− Diretrizes Curriculares de História do Ensino Fundamental e Médio.2008
− Lei 11.645, de março de 2008 − Caderno Temático Educação Escolar Indígena − História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Resolução CNE/CP nº 1 de
junho de 2004. − História do Paraná, conforme a Lei nº 13.381/2001. − Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB − Livro didático público- História, Conceitos e Procedimentos − Regimento Escolar
PROPOSTA CURRICULAR LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Tendo em vista as exigências do mundo contemporâneo, o desenvolvimento
tecnológicos quase diário, a língua Inglesa tornou-se necessária e requisito básico pelos
204
atuais meios de comunicação, como a Internet, a TV a cabo, entre outros. Considerando-se
ainda a influência que essa Língua Estrangeira exerce em nosso próprio idioma e cotidiano
fez-se necessário considerá-la objeto de estudo e aprendizado em nosso currículo.
Desde o início da colonização do litoral brasileiro houve uma preocupação do
estado português em facilitar o processo de expandir o catolicismo ,então, coube aos
jesuítas a responsabilidade de evangelizar e ensinar o latim aos povos que ali habitavam .
Durante a União Ibérica ,os jesuítas foram expulsos do litoral em função de serem os
principais incentivadores da resistência dos nativos.
Com a retirada dos jesuítas o Marquês de Pombal instituiu o sistema de ensino
régio no Brasil,ficando com o Estado a responsabilidade de contratar professores não
religiosos. As línguas que integravam o currículo eram o Grego e o Latim. Em 22 de
junho de 1809, D. João VI assinou o decreto criando as cadeiras de Inglês e Francês. E
então o ensino das línguas modernas passou a ser valorizado.
Em 1837 com a fundação do Colégio Pedro II,constavam em seu programa
curricular sete anos de Francês,cinco de Inglês e três de Alemão. Este modelo se manteve
até 1929, incluindo também a língua Italiana.
A língua era concebida como um conjunto de regras e privilegiava a escrita .Tinha
como objetivo permitir o acesso a textos literários possibilitando o domínio da gramática
normativa. As atividades tratavam de regras gramaticais,tradução,ditado e versões
preocupando-se com o conhecimento gramatical.
Com a publicação de Cours de linguistique générale de Ferdinand de Saussure em
1916 os estudos assumem assumiram um caráter científico.
Devido a um conjunto de fatores que marcaram a história da Europa,passou-se a
creditar esperanças de melhoria da qualidade de vida no Brasil. Em alguns territórios
brasileiros foram criadas colônias de imigrantes e,numa tentativa de preservar suas
culturas,muitos colonos construíram escolas para seus filhos ,uma vez que a educação já
fazia parte da vida destes povos. Nestas escolas eram ensinadas a língua e a cultura dos
ascendentes das crianças e a Língua Portuguesa era tida como uma língua estrangeria a ser
ensinada.
Em 1917 ,o governo federal fechou as escolas estrangeiras e criou as escolas
primárias buscando assim, impedir a desnacionalização da escola e da infância.
205
No estado de São Paulo,em 1920,admitia a oferta do ensino primário respeitando
o caráter nacionalista ,dando ênfase ao ensino da Língua Portuguesa e proibindo o ensino
de Língua Estrangeira para menores de dez anos. Esta onda nacionalista estendeu-se
durante o primeiro governo de Getúlio Vargas e foi intensificada a partir do golpe de
Estado,em 1937.
Em 1930, Getúlio Vargas criou o Ministério da educação e Saúde e as secretarias
de Educação nos Estados.
A Reforma de 1931, feita por Francisco Campos atribuía à escola secundária a
responsabilidade pela formação geral e pela preparação para o ensino superior dos alunos.
Nesta Reforma, estabeleceu-se um método oficial de ensino de Língua Estrangeira: o
Método Direto em contraposição ao Método Tradicional, onde só se priorizava a escrita
em detrimento das habilidades orais.
Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o Ministério de Educação e
Saúde, privilegiou nos currículos oficiais os conteúdos de História do Brasil e seus heróis.
Isto dificultou a atuação das minorias étnicas, linguísticas e culturais, pois para o governo
estas minorias representavam riscos à segurança nacional. O resultado dessa aversão ao
estrangeiro foi que muitas escolas alemãs e de outras línguas foram fechadas.
Em 1 942, com a Reforma Capanema atribuiu-se ao ensino secundário um caráter
patriótico, e o currículo atrelava todos os conteúdos ao nacionalismo. O Francês se
apresentava ainda com uma vantagem sobre o Inglês e o Espanhol. O Latim permaneceu
como língua clássica. O Ministério da Educação e Saúde indicava aos estabelecimentos de
ensino o idioma a ser ministrado nas escolas e o MEC preconizava que a disciplina de LE
deveria contribuir para a formação do aluno e para o acesso ao conhecimento das tradições
e civilizações de outros povos. O ensino do Espanhol passou a ser incentivado no lugar dos
idiomas Alemão, Japonês e Italiano. O ensino de Inglês teve espaço garantido nos
currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais. Com isso
intensificou-se a necessidade de aprender Inglês e houve anseio das populações urbanas
em falar o idioma.
Em 1950, o sistema educacional brasileiro se viu responsável pela formação dos
seus alunos para o mercado de trabalho e diante das exigências deste, o ensino foi
substituído por um currículo cada vez mais técnico.
206
A LDB nº 4.024/61 criou os Conselhos Estaduais de Educação e cabia-lhes decidir
da inclusão ou não da LE nos currículos. Essa mesma lei determinou a retirada da
obrigatoriedade do ensino da língua estrangeira no colegial e instituiu o ensino
profissionalizante. Identificou-se a valorização do Inglês devido às exigências de mercado
de trabalho. Os linguistas Bloomfield, Fries e Lado, apoiavam-se na Escola Behaviorista,
que defende que só é possível teorizar e agir sobre o que é cientificamente observado. Com
isso criaram os Métodos Audiovisual e Áudio-Oral.
Na década de 1960, a validade da teoria Behaviorista passou a ser questionada.
Surgiu o Modelo de Descrição Linguística postulado por Chomsky, onde a língua não
poderia ser reduzida a um conjunto de enunciados a serem memorizados.
Nas décadas de 1970 e 1980 com Widdowson, Halliday e Hymes, que se
contrapunham às ideias de Chomsky é que houve uma contribuição real para mudanças.
Predominantemente na década de 1970,com a lei 5692/71, o pensamento nacionalista do
regime militar tornava o ensino de LE um instrumento a mais das classes favorecidas para
manter privilégios.
Em 1976, o ensino de LE voltou a ser valorizado porque a disciplina se tornou
novamente obrigatória somente no segundo grau. De acordo com o Parecer nº 581/76 do
Conselho Federal, a LE seria ensinada por acréscimo conforme as condições de cada
estabelecimento. O grande interesse despertado pelos métodos audiolinguais, imperava de
modo que o ensino de Inglês tornou-se hegemônico sob a finalidade instrumental. Então
,deixava-se de ensinar língua e civilização estrangeiras para ensinar apenas a língua como
recurso instrumental. No Estado do Paraná originou-se uma insatisfação por parte de
professores com a reforma de ensino. Esses movimentos ecoaram no Colégio estadual do
Paraná que tinha professores de latim, grego,francês ,inglês e espanhol. Com a criação do
Centro de Línguas Estrangeiras neste mesmo Colégio ,em 1982, passou-se a oferecer aulas
de inglês,espanhol, francês e alemão aos alunos do contra-turno. A UFPR também
reconheceu a importância da diversidade de idiomas incluindo em seus vestibulares as
Línguas espanholas , italiana e alemã.
Em meados de 1980, os professores lideraram um amplo movimento pelo retorno
da pluralidade de oferta de LE nas escolas públicas e em virtude disto, a Secretaria de
Educação criou ,oficialmente, o CELEM para valorizar o plurilinguismo. Neste contexto
histórico a Abordagem Comunicativa,método desenvolvido na Europa desde os anos
207
70,começou a ser discutido no Brasil. Em tal abordagem,a língua é concebida como
instrumento de comunicação ou de interação social,concentrada em aspectos semânticos e
não mais no código linguístico. A concepção de aprendizagem pautava-se no cognitivismo
para desenvolver a competência comunicativa. O antropólogo Hymes criou a
Sociolinguística por considerar a linguagem parte de um sistema cultural maior. Halliday
desenvolveu a teoria de funções da linguagem e a língua passou a ser vista como um
sistema de escolhas de acordo com o contexto de uso.
Em 1980, Canale e Swain, ampliaram o conceito de competência incorporando a
competência gramatical,sociolinguística,estratégica e discursiva e propuseram quatro
habilidades : leitura,escrita,fala e audição.
Com o aparecimento das teorias da análise do discurso da Escola Francesa,surgiu
uma nova orientação de ensino/aprendizagem baseada em textos e não em gramática.
Em 1990, a abordagem comunicativa recebeu críticas por intelectuais adeptos da
pedagogia crítica inspirados nos ideais de Paulo Freire. Identificou-se,então, a oferta da
Língua Inglesa que continua a ser prestigiada pelos estabelecimentos de ensino. Por
corresponder diretamente às demandas da sociedade.
Em 1996 ,a LDB n.9.394 determinou a obrigatoriedade de pelo menos uma LEM
no Ensino Fundamental, a partir da 5ª série. Para o Ensino Médio, a lei determinou que
fosse incluída uma LEM como disciplina obrigatória e uma segunda língua ,em caráter
optativo,dentro das disponibilidades da instituição.
Em 1998 ,com o desdobramento da LDB/96,o MEC publicou os PCNs para o
Ensino Fundamental de LE,pautados numa concepção de língua como prática social
fundamentada na abordagem comunicativa. Este documento dava ênfase na prática da
leitura em detrimento das demais práticas.
Em 1999 ,o MEC publicou os PCNs de LE para o Ensino Médio enfatizando a
comunicação orla e escrita. Esta diferença entre as concepções de língua nos dois níveis de
ensino influencia resultados da aprendizagem desta disciplina na Educação Básica..
Em 2004 ,para valorizar o ensino da LEM,a SEED abriu concurso público para
compor o quadro próprio do magistério com vagas para professores de espanhol e
ampliou o número de escolas que ofertam o CELEM .
208
Em 2005 ,para destacar o Brasil no Mercosul, foi criada a lei 11.161,que tornou a
língua espanhola obrigatória no Ensino Médio. A oferta desta disciplina é obrigatória para
a escola ,mas de matrícula facultativa para o aluno.
No âmbito Federal, o MEC tem feito parcerias e promovido discussões sobre o
ensino de espanhol nas escolas brasileiras ,e também,distribuiu material de suporte para
professores da disciplina.
Indispensável nesta apresentação citar também que nós vivemos em um país aberto
para diferentes culturas, não estamos isolados no mundo, e há um contínuo processo de
interação e globalização entre os povos. Todo esse processo tem como meio de
comunicação a Língua Inglesa, portanto ao inserirmos em nosso currículo este idioma,
estamos proporcionando aos nossos educandos a oportunidade de geral meios para que
progridam em seus estudos posteriores perante a necessidade e importância de um
conhecimento sistemático dessa Língua Estrangeira.
Esse processo de aprendizado principia-se no ensino fundamental e complementa-
se no Ensino Médio procurando envolver o aluno na construção de significados sobre si e o
mundo através de textos escritos e oral, considerando-se a adequação à idade dos alunos e
ao meio social. Assim ao propor ações de trabalho efetivo para os alunos, prioriza-se as
que desenvolvem as capacidades de ouvir, falar, escrever, interpretar situações, discutir,
pensar criativamente, fazer suposições, aprimorar possibilidades de comunicação,
relacionar propriedades da língua materna, através de temas que possam possibilitar trocas
de experiências e dar continuidade na construção de novos conhecimentos.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
O CONTEÚDO ESTRUTURANTE ESTÁ RELACIONADO COM O MOMENTO HISTÓRICO-
SOCIAL,SENDO ASIIM, DEFINE-SE COMO CONTEÚDO ESTRUTURANTE DA LÍNGUA
ESTRANGEIRA MODERNA O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL. A LÍNGUA SERÁ TRATADA DE
FORMA DINÂMICA,POR MEIO DE LEITURA,DE ORALIDADE E ESCRITA QUE SÃO AS PRÁTICAS
QUE EFETIVAM DISCURSO.
A PALAVRA DISCURSO SIGNIFICA CURSO,PERCURSO,CORRER POR ,MOVIMENTO.ISSO
INDICA QUE A POSTURA FRENTE AOS CONCEITOS FIXOS,IMUTÁVEIS ,DEVE SER
DIFERENCIADA.A LINGUAGEM NÃO É UM SISTEMA AABADO ,MAS UM CONTÍNUO PROCESSO DE
“VIR A SER”. A LÍNGUA NÃO É ALGO PRONTO , MAS ALGO EM QUE INGRESSA-SE NUMA
CORRENTE MÓVEL DE COMUNICAÇÃO VERBAL.O DISCURSO É PRODUZIDO POR UM “EU” ,UM
209
SUJEITO RESPONSÁVEL POR AQUILO QUE FALA E ESCREVE E PREZA O TRABALHO COM OS
ENUNCIADAOS ORAIS E ESCRITOS. O PROFESSOR CRIARÁ OPORTUNIDADES PARA QUE OS
DISCENTES PERCEBAM A INTERDISCURSIVIDADE, AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DOS
DIFERENTES DISCURSOS ,DAS VOZES QUE PERMEIAM AS RELAÇÕES SOCIAIS E DE PODER. E
TAMBÉM LEVARÁ EM CONTA QUE O OBJETO DE ESTUDO DA LEM , A LÍNGUA, PERMITE O
TRABLAHO EMSALA DE AULA COM OS AMIS VARIADOS TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS.
NESTA PERSPECTIVA,A PROPOSTA DE CONSTRUÇÃO DE SIGNIFICADOS POR MEIO DO
ENGAJAMENTO DISCURSIVO ESTARÁ COMPLETADA.O FOCO NA ABORDAGEM CRÍTICA DE
LEITURA ENFATIZA A INTERAÇÃO DOS SUJEITOS COM O DISCURSO DANDO CONDIÇÕES DE
CONSTRUIR SENTIDOS PARA O TEXTO. O PROFESSOR CONSIDERAR A DIVERSIDADE DE
GÊNEROS EXISTENTES A FIM DE ESTABELECER CRITÉRIOS PARA DEFINIR OS CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS PARA O ENSINO.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
ENTENDE-SE POR CONTEÚDOS BÁSICOS OS CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS PARA O
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO .SÃO OS GÊNEROS DISCURSIVOS A SEREM TRABALHADOS
NAS PRÁTICAS DISCURSIVAS,ASSIM COMO OS CONTEÚDOS BÁSICOS QUE PERTENCEM ÀS
PRÁTICAS DA LEITURA (IDENTIFICAÇÃO
DO,INTERTEXTUALIDADE,INTENCIONALIDADE,LÉXICO,COESÃO E COERÊNCIA,FUNÇÕES DAS
CLASSES GRAMATICAIS NO TEXTO,ELEMENTOS SEMÂNTICOS,RECURSOS
ESTILÍSTICOS,MARCAS LINGUÍSTICAS,VARIEDADE LINGUÍSTICA, ACENTUAÇÃO GRÁFICA E
ORTOGRAFIA);
ESCRITA(TEMA DO TEXTO,INTERLOCUTOR,FINALIDADE DO TEXTO,INTENCIONALIDADE DO
TEXTO,INTERTEXTUALIDADE,CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO,INFORMATIVIDADE,LÉXICO,COESÃO
E COERÊNCIA,FUNÇÕES DAS CLASSES GRAMATICAIS NO TEXTO,ESTILOS
SEMÂNTICOS,RECURSOS ESTILÍSTICOS,MARCAS LINGUÍSTICAS(PARTICULARIDADES DA
LÍNGUA),VARIEDADE LINGUÍSTICA,ORTOGRAFIA,ACENTUAÇÃO GRÁFICA,
ORALIDADE(ELEMENTOS EXTRALINGUÍSTICOS, ADEQUAÇÃO DO DISCURSO AO
GÊNERO,TURNOS DE FALA,VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS,MARCAS LINGUÍSTICAS,PRONÚNCIA)
A Lei nº. 10.639, sancionada em 09 de janeiro de 2003, pelo Presidente do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva, torna obrigatório nos estabelecimentos de Ensino
210
Fundamental e Médio, oficiais e particulares, o ensino sobre História e Cultura Afro-
brasileiras, contemplando o estudo da História da África e dos Africanos .
Com diversos gêneros textuais em Língua Inglesa, podemos abordar :
A situação contemporânea de africanos que vivem na América do Norte
ou Inglaterra, sua cultura ;
A participação dos africanos nos cenários político,econômico e social
dos EUA;
Os atuais conflitos étnicos e políticos , as epidemias;
Informar os alunos sobre fatos interessantes como existência de um
museu de arte africana na Filadélfia e, também, que toda universidade
americana de porte tem departamentos para estudar literatura africana e
latino-americana;
Assistir aos filmes propostos pelo Caderno Temático HISTÓRIA E
CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: EDUCANDO PARA
AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS - Série Cadernos temáticos.: “meu
mestre,minha vida”
“Mississipi em chamas”, “Homens de Honra”, “A encruzilhada (Crossroads)”,
“A cor Púrpura”
Informações sobre as palavras e a história de certas regiões africanas que
influenciaram a língua inglesa.
Mostrar as comemorações do calendário africano e fazer uma analogia
com o calendário brasileiro;
A Lei nº 11.645/08 diz que : Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de
ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura
afro-brasileira e indígena.
Dentre as várias abordagens e metodologias sobre a importância desta lei
,poderíamos, através da prática do discurso :
visitar o site do instituto sócio-ambiental
"www.socioambiental.org.br", para conhecer as mais de duzentas
culturas indígenas brasileiras e entrar em contato com sua cultura ,modo
de vida ,aspectos físicos,fazendo uma analogia com os indígenas
americanos;
211
explicitar e difundir entre os alunos as contribuições dos povos negros e
indígenas em questão, para a formação do nosso povo e demais
aspectos mencionados na própria lei , bem como as diversas tribos
indígenas da América do Norte e suas contribuições,trazendo
assim,um enriquecimento da cultura desses povos tanto em nosso país
como também nos países onde a língua inglesa é usada;
organizar um vocabulário com as contribuições africana e indígenas
para a língua inglesa procurando estas palavras em sites de
busca,livros,etc.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A partir do Conteúdo Estruturante Discurso Como Prática Social ,serão trabalhadas
questões linguísticas, sócio-pragmáticas ,culturais e discursivas e também as práticas do
uso da língua como : leitura,oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de Língua
Inglesa será o texto verbal e não-verbal abordando vários gêneros textuais,com atividades
diversificadas,analisando a função do gênero estudado,a intertextualidade,os recursos
coesivos ,a coerência e após ,a gramática em si .
Deve-se provocar no aluno uma reflexão maior sobre o uso de cada de texto
trabalhado considerando o contexto de uso e os seus interlocutores e por isso, os gêneros
discursivos têm um papel tão importante para o trabalho na escola.
Os gêneros do discurso organizam as falas e se constituem historicamente a partir
de novas situações de interação verbal. O aluno terá acesso a textos de várias esferas
sociais: publicitária,literária,informativa,etc.
O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca
por uma solução despertará o interesse dos alunos para desenvolverem uma prática
analítica e crítica,ampliando seus conhecimentos linguísticos-culturais ,percebendo as
implicações sociais,históricas e ideológicas presentes num discurso no qual se revele às
diferenças culturais,crenças e valores.
O professor criará estratégias para que os alunos percebam a
heterogeneidade da língua, dizendo que um texto apresenta várias possibilidades de leitura
e quem faz essa variedade é o sujeito.
212
Na abordagem da leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo relevante
porque possibilita construir novos conhecimentos a partir daqueles existentes na memória
do leitor. Com isso,as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo serão
valorizados. Espera-se que o aluno trabalhe com a leitura que vá além daquela
superficial,linear. Para compreender um enunciado em particular, devem ter em mente
quem disse o quê, para quem, onde, quando e por que.
O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando necessário, de
procedimentos para construção de significados usados na Língua Inglesa. Então, o trabalho
com a análise linguística torna-se importante na medida em que permite o entendimento
dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Ela deve estar subordinada ao
conhecimento discursivo.
Destaca-se também que nenhuma língua é neutra,e as línguas podem representar
diversas culturas e maneiras de viver. Passa a ser função da disciplina possibilitar aos
alunos o conhecimento de valores culturais estabelecidos nas e pelas comunidades de
quem queiram participar. O professor criará condições para que o aluno não seja um leitor
ingênuo ,mas propiciará situações de aprendizagem que favoreçam um olhar crítico
reagindo aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles há um sujeito, uma
história, uma ideologia e valores particulares próprios da comunidade a qual estão
inseridos.
As estratégias específicas de oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos
orais, pertencentes aos diferentes discursos, explicitando que há uma diversidade de
gêneros na oralidade assim também como na escrita.
A escrita deve ser vista como uma atividade significativa e é importante que o
docente direcione as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento
qual o objetivo da produção e para quem escreve, em situações reais de uso.
A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de
orienta-lo para uma produção,assim como a necessidade de adequação ao gênero,
planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística(formal ou
informal).
Propondo uma tarefa de escrita, é essencial disponibilizar recursos pedagógicos
oferecendo ao aluno elementos discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais para
que ele melhore sua produção.
213
Articular sempre a Língua Inglesa coma as demais disciplinas do currículo para
relacionar os vários conhecimentos é importante, pois o aluno verificará que outras
disciplinas podem estar relacionadas com a língua inglesa.
As atividades serão abordadas a partir do contexto e envolverão práticas e
conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir
uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados. O professor
poderá trabalhar ,conforme o texto escolhido, o :
gênero;
aspecto cultural/interdiscursivo;
variedade linguística;
análise linguística
Por fim, ao tratar os conteúdos de língua inglesa nessa perspectiva o professor
proporcionará ao aluno pertencente a uma determinada cultura ir ao encontro de outras
línguas e culturas.
AVALIAÇÃO
Quanto aos processos avaliativos, é válido salientar que a sua função é a
aprendizagem. Isso implica considerar não apenas os instrumentos formais, como as
provas, mas sistematicamente, trabalhos em que os alunos precisam escrever, elaborar,
argumentar e que, efetivamente, revelem a sua participação como protagonistas na
aquisição do conhecimento escolar.
No caso das provas e dos testes, sugere-se que os critérios sejam explicitados aos
alunos. É essencial que na construção desses instrumentos, haja questões de natureza
diversa, como, por exemplo, aquelas que investiguem as habilidades de análise e síntese
que dão significado às aquisições que exigem o uso da memória. O importante é que as
questões construídas permitam identificar os saberes, e as competências que foram
desenvolvidas e apropriadas.
Assim, quando se faz referência aos processos avaliativos, não é feita alusão apenas
aos acertos e aos erros cometidos mas ao redimensionamento das metodologias de ensino
utilizadas. Os pressupostos avaliativos em sala de aula precisam estar vinculados à postura
de trabalho de professor durante e após o ensino de cada unidade de trabalho. Por isso, eles
214
podem auxiliar na definição de ações, seja no espaço da sala de aula seja no contexto
escolar.
Nesse sentido, o caráter educacional da avaliação sobrepõe-se ao seu caráter
eventualmente punitivo e de controle. Por conseguinte, a avaliação se constitui num
instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo
apenas ao conteúdo desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do processo, de
forma que os objetivos explicitados nesta Proposta Curricular sejam alcançados,
respeitando as diferenças individuais e escolares.
REFERÊNCIAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - Língua estrangeira
Moderna
SEED - 2009
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: EDUCANDO PARA AS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS - Série Cadernos Temáticos
215
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA –
ESPANHOL ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Espanhola no Ensino Médio, terá ênfase nas quatro habilidades (ler, falar,
ouvir, escrever) através de textos que apresentam conteúdos estruturais da língua, sendo
utilizada a abordagem comunicativa como processo de ensino aprendizagem, mudando o
foco que até então era gramática passando para o texto comunicativo. Sendo assim
firmado o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que assimilem o
saber, que apreendam o processo de sua produção, contribuindo então para que esse aluno
reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, levando-se em conta os vários
aspectos intrincados no processo discursivo, língua, cultura, ideologia e sujeito, discurso e
identidade.
No Ensino da LEM, devem ser apresentados fundamentos teórico-metodológicos
referentes às Diretrizes. Alguns princípios das reflexões que orientam os princípios
educacionais são:
- o atender as necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da
equidade no tratamento da disciplina da LE em relação às demais obrigatórias do currículo,
216
- o resgate da função social e educacional do ensino de línguas estrangeiras no
currículo da educação básica,
- o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística) pautada no ensino de
língua que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.
De acordo com os princípios acima, identificou-se na pedagogia crítica o referencial
teórico que valoriza a escola como espaço social, responsável pela apropriação crítica e
histórica do conhecimento, enquanto instrumento de compreensão da realidade social e de
atuação crítica e democrática para a transformação da realidade. Diante da pedagogia
crítica a escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que
não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua
produção e as tendências de sua transformação, pois a escola tem o papel de informar,
mostrar, desnudar, ensinar regras não para ser seguidos mas para serem modificadas.
Ensinar e aprender as percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, é
formar subjetividades, independentemente do grau de proficiência atingido deste modo as
identidades são construídas pela forma como as interações entre professores e alunos são
organizadas pelas representações e visões de mundo que vão sendo reveladas no dia-a-dia.
Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as possibilidades
de ver o mundo, de avaliar e construir os sentidos do e no mundo. Possibilitando aos
alunos que utilizem uma língua estrangeira em situações de comunicação (produção e
compreensão de textos verbais e não verbais e a inserção destes alunos na sociedade como
participantes ativos, capazes de se relacionar com outras comunidades e outros
conhecimentos, proporcionando aos educandos este tipo de inclusão social ou seja, fazer o
uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, reconhecidamente
relevante e não como mera prática de formas linguísticas descontextualizadas.
Fazer com que os alunos possam conhecer a língua como discurso e ser capaz de usar
uma língua estrangeira, permitindo dos sujeitos perceberem - se como parte integrante da
sociedade e como participantes ativos da sociedade e do mundo em que vivem.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO ENSINO MÉDIO
- leitura, oralidade e escrita
217
No Ensino Médio constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de língua
estrangeira moderna o discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros.
Desta forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e que
estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, seja
em que prática for, no âmbito linguístico, no que dizem respeito ao vocabulário, a fonética
e às regras gramaticais; no âmbito dos conhecimentos discursivos, no que dizem respeito
aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada gama de práticas sociais; no
âmbito dos conhecimentos sócio-pragmáticos, no que dizem respeito aos valores
ideológicos, sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto sócio-histórico
particular. E quanto aos conhecimentos culturais no que dizem respeito a tudo aquilo que
sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade, ou seja , a forma como um grupo
social vive e concebe a vida.
A abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e garantida através de
atividades significativas nas quais a s práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entra
si e constituam uma prática sócio-cultural.
Serão desdobrados a partir de textos verbais e não verbais de diferentes tipos,
considerando seus elementos linguísticos do discurso, manifestado pelas práticas
discursivas, leitura, escrita e oralidade. Portanto, os textos escolhidos para o trabalho
pedagógico definirão os conteúdos linguagem e discurso, bem como as práticas discursivas
a serem trabalhados.
CONTEÚDOS BÁSICOS A SEREM TRABALHOS NA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS DISCURSIVOS
PRÁTICAS DISCURSIVAS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Diálogos, Música, cartão postal, agenda escolar, diário, bilhetes, álbum de família, Cartazes, tiras, fotos, mapas, reportagens, convite, notícia retiradas da internet, biografias, E-mail, vídeo clip, vídeos diversos do Youtube, programa
LEITURA
Discussões orais sobre aspectos do texto, tais como: tema do texto, interlocutor, finalidade, intertextualidade, o gênero do texto, campo semântico e léxico.
Apresentação e nacionalidade. . Aspectos cultural da língua. . Saudações e despedidas. . Alfabeto. .Pronombres personales . Verbo ser (presente de indicativo) . nacionalidades.
218
Habla América. ESCRITA Interpretação escrita do tema do texto, interlocutor, finalidade, intertextualidade, o gênero do texto, campo semântico e léxico. Marcas línguisticas do texto (aspectos gramaticais) Análise linguística ORALIDADE Expressão do texto e contexto temático. Elementos extralínguistico., entonação,pausa e gestos.
Adequação do discurso ao gênero.
. Profesiones
. Objetos de aula.
. Los colores.
. Días de la semana, meses del año y estaciones de año. . Artículos y contracciones. . La família. . Los demonstrativos. . Verbos estar, tener y gustar (presente de indicativo) . Los números de 1 a 31. . Partes del cuerpo Humano. . Describir personas y cualidades . Verbos regulares(presente de indicativo) . Vestuarios. . Las horas. . Mi casa y objetos . Localizar objetos. . Los verbos reflexivos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Em língua estrangeira, os conhecimentos linguísticos são fundamentais, pois eles
darão suporte para que o aluno interaja com os textos. A escolha dos conhecimentos
linguísticos a serem trabalhados será voltada para a interação verbal que tenha por
finalidade o uso efetivo da linguagem, ao aluno tem que ter em mente que disse o quê, para
quem, onde, quando e porquê. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade
de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.
Ou seja, como a relação linguística entre os seres humanos se dá por meio do
enunciado envolve um contexto e interlocutores com seus valores e interesses específicos é
necessário um trabalho simultâneo das práticas de leitura, escrita e oralidade, subsídios por
conhecimentos linguísticos, culturais, pragmáticos e discursivos para que o aluno tenha
condições de ultrapassar a leitura linear dos textos que lhe apresentarem e exercer uma
219
atitude crítica, transformadora enquanto sujeito ao ambiente sócio-histórico-ideológico ao
qual pertence.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem de LE está intrinsecamente atrelada á concepção de
língua e aos objetivos para o ensino de LE defendidos nestas Diretrizes . Ao propor
reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer a coerência entre tais aspectos
(avaliação, concepção de língua e objetiva-se favorecer a coerência entre tais aspectos
(avaliação, concepção de língua e objetivos de ensino) e o processo de ensino e de
aprendizagem.
Assim, o caráter educacional da avaliação sobrepõe-se ao seu caráter
eventualmente punitivo e de controle. Por conseguinte, a avaliação se constitui num
instrumento na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao
conteúdo desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do processo, de forma que os
objetivos específicos nessas Diretrizes sejam alcançados.
Nesta perspectiva, o envolvimento dos alunos na construção do significado nas
práticas discursivas será a base para as avaliações ao longo do processo de aprendizagem.
Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que o
engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio de interação verbal a partir dos
textos, e de diferentes formas. Esta é uma avaliação processual, diagnóstica e formativa,
articuladas com os objetivos específicos e conteúdos definidos a partir das concepções e
encaminhamentos metodológicos apresentados neste documento, respeitando as diferenças
individuais e escolares.
REFERENCIAS
SEED. Diretrizes Curriculares de L.E.M – Língua Espanhola. Ensino Médio.
Curitiba:2006.
Referências
220
BACKHTIN, M. Os gêneros de discurso. In: _____. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1952. LUJÁN, N. Curso de lectura, conversación y redacción. Madrid: SGEL, 1997. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro didático Público. Língua Estrangeira Moderna: Espanhol e Inglês. 2.ed. Curitiba: SEED-PR, 2006. SEÑAS, Diccionario para la enseñanza de la lengua española. Martins Fontes, 2000. Links < http: //espanhol.seed.pr.gov.br < http: //WWW.diaadia.pr.gov.br/eureka
221
LINGUA PORTUGUESA
Apresentação da Disciplina
A Constituição Brasileira, em seu artigo 5º, prescreve: “Todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se ao brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à
propriedade(...)”.
A proposta de língua Portuguesa é dar oportunidade de aprimoramento de sua
competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e critica na sociedade,
trabalhando a linguagem como forma ou processo de interação proporcionando ao aluno
ampliar sua visão de mundo e desenvolver sua competência textual através de leitura
crítica, sempre tendo no texto o seu eixo de ação. Portanto, os conteúdos devem ser
apresentados de forma integrada à produção do mesmo, não havendo
compartimentalização entre os conhecimentos desenvolvidos. Cabe ao educador,
selecionar os aspectos a serem trabalhados de acordo com as necessidades do educando,
tendo em vista a apropriação do código linguístico nas dimensões da oralidade, da leitura e
da escrita.
Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se
com a educação jesuíta. Essa educação era instrumento fundamental na formação da elite
colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas
(MOLL,2006, p.13). A concepção de educação e o trabalho de escolarização dos indígenas
222
estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o modo de pensar.
Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção filosófica intelectualista, que a linguagem se
constituía no interior da mente e sua materialização fônica revelava o pensamento.
Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas
pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da
metrópole e da igreja. Em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua
Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral, essa foi uma das
primeiras medidas para tornar hegemônica a Língua Portuguesa em todo o território. Em
1772, foi criado o subsídio literário que era direcionado para a manutenção dos ensinos
primário e secundário. A intenção, com essas medidas, era modernizar a educação,
tornando o ensino laico e colocando-o a serviço dos interesses da Coroa Portuguesa.
Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa
passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Ainda no final do século XIX, e com o
advento da República, a preocupação com a nascente industrialização influenciou a
estrutura curricular: tendo em vista a formação profissional. Nesse momento em que a
escola se abria a camadas cada vez maiores da população. O conteúdo gramatical ganhou a
denominação de Português em 1871, data em que foi criado, no Brasil, por decreto
imperial, o cargo de Professor de Português.
A Literatura veiculada na variedade brasileira da Língua Portuguesa foi retomada,
depois, pelos modernistas, os quais, em 1922, defendiam a necessidade de romper com os
modelos tradicionais portugueses e privilegiar o falar brasileiro. O Modernismo, embora
não tenha protagonizado uma revolução na linguagem, contribuiu para aproximar nossa
língua escrita do falar cotidiano do Brasil.
No contexto, da expansão da escolarização, o ensino de língua Portuguesa não
poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades
trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a presença de registros
linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola. Neste
contexto, que foi também de consolidação da ditadura militar, uma concepção tecnicista de
educação gerou um ensino baseado em exercícios de memorização impondo uma
formação acrítica e passiva.
A disciplina de Português passou a denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no
primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em
223
Língua Portuguesa ( nas quatro últimas séries), com base em estudos posteriores a
Saussure, em especial nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação. Na
década de 70, além disso, outras teorias a respeito da linguagem passaram a ser debatidas.
As inovações eram o trabalho sistemático com a produção de texto (compreendida
como veículo de transmissão de mensagens) e a leitura entendida como um ato mecânico.
Com relação à literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do
trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do texto
literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua, com base
em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. O
objetivo era despertar o sentimento nacionalista e formar cidadãos respeitadores da ordem
estabelecida.
Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se então segundo grau, ao então
segundo grau, com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário.
Essa abordagem da literatura pode ser compreendida quando se resgata o contexto
da época: no vigor da ditadura militar, não seria tolerada uma uma pratica pedagógica que
visasse despertar o espírito crítico e criador dos alunos.
Com o movimento que levaria ao fim do regime militar, houve um aumento de
cursos de pós-graduação para a formação de uma elite de professores e pesquisadores,
possibilitando um pensamento crítico em relação à educação. Ganham força as discussões
sobre o currículo escolar e sobre o papel da educação na transformação social, política e
econômica da sociedade brasileira.
Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia se revelou nos estudos
linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. O
currículo de língua Portuguesa orientava o direito dos professores a um trabalho de sala de
aula focado na leitura e na produção, buscava romper com o ensino tradicional. A proposta
para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionalista, levando a uma
reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na Educação
Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional,
de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos apresentados pelos alunos,
segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de pesquisas acadêmicas,
as Diretrizes Estaduais de Língua Portuguesa requerem, neste momento histórico, novos
224
posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja pela discussão crítica dessas
práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.
Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho
com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na
escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao
uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multi-letramentos, a fim de
constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos
estudantes. É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas
sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas
diversas esferas de interação.
Partindo dos pressupostos teóricos apresentados na estética de Recepção e na
Teoria do Efeito, as professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar
elaboraram o Método Recepcional, o qual é sugerido, mas Diretrizes, como
encaminhamento metodológico para o trabalho com a Literatura.
A proposta de trabalho com a literatura, de acordo com Bordini e Aguiar (1993),
tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a novos textos
e a leitura de outrem; transformar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte
cultural; transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os dos professores,
da escola, da comunidade familiar e social. Alcançar esses objetivos é essencial para o
sucesso das atividades. Esse trabalho divide-se em cinco etapas e cabe ao professor
delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo com o seu plano de trabalho
docente e com a sua turma.
Para a aplicação desse método, o professor precisa ponderar as diferenças entre o
Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a
preocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas Literárias.
O primeiro olhar para o texto literário, tanto para alunos de Ensino Fundamental
como do Ensino Médio, deve ser de sensibilidade, de identificação.
Dessa forma, o professor não ficará preso à linha do tempo da historiografia, mas
fará a análise contextualizada da obra, no momento de sua produção e no momento de sua
recepção (historicidade). Utilizará, no caso do Ensino Médio, correntes da critica literária
mais apropriadas para o trato com a literatura, tais como: os estudos filosóficos e
225
sociológicos, a análise do discurso, os estudos culturais, entre tantos outros que podem
enriquecer o entendimento da obra literária.
Portanto, desta maneira o trabalho com a Literatura potencializa uma prática
diferenciada com o Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática
social) e constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao
saber.
Nessa perspectiva, não há limites definidos para o trabalho com a Língua
Portuguesa. Outros conteúdos podem ser incorporados, tendo em vista a compreensão do
trabalho e /ou a sua produção.
Conteúdo Estruturante
O discurso enquanto prática social concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.
Unidade de ensino- texto- prática de recepção e produção de textos.
Na abordagem dos conteúdos de todas as séries, professor deve considerar:
.Os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar.
. Nível de aprofundamento possível de cada conteúdo,em função das possibilidades
de compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de aprendizagem.
.Ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos, conforme
autonomia linguística adquirida pelos alunos na realização das propostas discursivas.
Conteúdos
5ª série do Ensino Fundamental
Conteúdo Estruturante: discurso como prática social.
Conteúdos Básicos
Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adorados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas, de
226
acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Curricular, com o Plano de
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o
nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
Sugestão de gêneros discursivos para a 5ª série: História em quadrinhos,
piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, narrativas de enigma, narrativa
de aventura, dramatização, exposição oral, comercial para TV , causos, carta pessoal, carta
de solicitação, e-mail, receita, convite, autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados,
verbetes, quadrinhas, cantigas de rodas, bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de
jogo, anedotas, entre outras.
Leitura
.Tema do texto;
.Interlocutor;
. Finalidade;
.Aceitação do texto;
.Informatividade;
.Discurso direto e indireto;
.Elementos composicionais do Gênero;
.Léxico;
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação;
.Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de l linguagem.
Escrita
.Tema do texto;
.Interlocutor;
.Finalidade do texto;
.Argumentatividade;
.Informatividade;
.Discurso direto e indireto;
.Elementos composicionais do gênero;
.Divisão do texto em parágrafos;
227
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação.
.Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de l linguagem.
6ª série do Ensino Fundamental
Conteúdo estruturantes: discurso como prática social.
Conteúdos Básicos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o
Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de
trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível
de complexidade adequada a cada uma das séries.
Sugestões de gêneros discursivos para a 6ª série: entrevista (oral e escrita), cronica
de ficção, música, notícia, estatutos, narrativa mítica, tiras, propaganda, exposição oral,
mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos, álbum de família, literatura de cordel, carta de
reclamação, diário, carta do leitor, instruções de uso, cartum, historia em quadrinhos,
placas, pinturas, provérbios, entre outros.
Leitura
.Tema do texto;
.Interlocutor;
.Finalidade do texto;
.Informatividade;
.Intertextualidade;
.Informações explícitas e implícitas;
.Discurso direto e indireto;
.Elementos composicionais.
.Repetição proposital de palavras;
.Léxico;
228
.Ambiguidade;
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação.
.Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de l linguagem.
Escrita
.Tema do texto;
.Interlocutor;
.Finalidade do texto;
.Informatividade;
.Discurso direto e indireto;
.Elementos composicionais do gênero;
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito),figuras de linguagem;
.Processo de formação de palavras;
.Acentuação gráfica;
.Ortografia;
.Concordância verbal/nominal.
Oralidade
.Tema do texto.
.Finalidade;
.Papel do locutor e interlocutor;
.elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,etc;
.Adequação do discurso ao gênero;
.Turnos de fala;
.Variações linguísticas;
.Marcas linguísticas; coesão, coerência, gírias, repetição, semânticas.
7ª série do Ensino Fundamental
Conteúdo estruturante:discurso como prática social
Conteúdos Básicos
Gêneros discursivos
229
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de
acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o
Plano de trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e
com o nível de complexidade adequada a cada uma das séries.
Sugestões de gêneros discursivos para a 7ª série: regimento, slogan,
telejornal, telenovela, reportagem(oral e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de
terror, charge, narrativa de humor, crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio
publicitário, sinopse de filme, poema, biografia, narrativa de ficção, científica, relato
pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa e acusação, mesa redonda,
dissertação escolar, regulamentos, caricaturas, esculturas, entre outros.
Leitura
.Conteúdo temático;
.Interlocutor;
.finalidade do texto;
. Aceitabilidade do texto;
.Informatividade;
.Situacionalidade;
.Intertextualidade;
.Vozes sociais presentes no texto;
.Elementos composicionais do gênero;
. Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto,pontuação;
.Recursos gráficos como:(aspas, travessão, negrito);
.Semântica:
.Operadores argumentativos;
.Ambiguidade;
.Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
.Ambiguidade;
230
.Sentido conotativo das palavras no texto;
.Expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita
.Conteúdo temático;
.Interlocutor;
.Finalidade do texto;
.Informatividade situacionalidade;
.Intertextualidade;
.Vozes sociais presente no texto;
.Elementos composicionais do gênero;
.Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação;
.Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
.Concordância verbal e nominal;
.Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do do texto;
.Semântica;
.Operadores argumentativos;
.Ambiguidade;
.Significado das palavras;
.Sentido conotativo e denotativo;
.Expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade
.Conteúdo temático;
.Finalidade;
.Aceitabilidade do texto;
.Informatividade;
.Papel do locutor e interlocutor;
.Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,
pausas...;
231
.Adequação do discurso ao gênero;
.Turnos de fala; situacionalidade;
.Intertextualidade;
.Vozes sociais presentes no texto;
.Elementos composicionais do gênero;
.Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como: aspas,travessão, negrito);
.Concordância verbal e nominal;
.Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
.Semântica;
.Operadores argumentativos;
.ambiguidade;
.significado das palavras;
.sentido conotativo e denotativo;
.expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade
.Conteúdo temático;
.Finalidade;
.Aceitabilidade do texto;
.Informatividade;
.Papel do locutor e interlocutor;
.Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e
gestual, pausas...;
. Adequação do discurso ao gênero;
. Turnos de fala;
. Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
.Marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição;
.Elementos semânticos;
.Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
232
.Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito.
8ª série do Ensino fundamental
Conteúdo estruturante:discurso como prática social
Conteúdos Básicos
Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de
acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o
Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e
com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
Sugestões de gêneros Discursivos para a 8ª série: artigo de opinião, debate,
reportagem oral e escrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica,
narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, músicas, charges,editorial,
curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembleia, agenda cultural, reality shou, novela
fantástica, conferência, palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções, entre outros.
Leitura
.Conteúdo temático;
.Interlocutor;
.Finalidade do texto;
.Aceitabilidade do texto;
.Informatividade;
.Situacionalidade;
.Intertextualidade;
.Temporalidade;
.Discurso ideológico presente no texto;
.Vozes sociais presente no texto;
.elementos composicionais do gênero;
.Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
.Partículas conectivas do texto;
233
.Progressão referencial no texto;
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais .no texto,
pontuação, recursos gráficos( como: aspas, travessão, negrito);
.Semântica:
.Operadores argumentativos;
.polissemia;
.sentido conotativo e denotativo;
.Expressões que denotam ironia e humor no texto;
Escrita
.Conteúdo temático;
.Interlocutor;
.Finalidade do texto;
.Informatividade;
.Intertextualidade;
.Temporalidade;
.Vozes sociais presentes no texto;
.Elementos composicionais do gênero;
.Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
.Partículas conectivas do texto;
.Progressão referencial no texto;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como: aspas, travessão, negrito, etc.);
.Sintaxe de concordância;
.Sintaxe de regência;
.Processo de formação de palavras;
.Vícios de linguagem;
.Semântica:
.Operadores argumentativos;
.Modalizadores;
.Polissemia.
Oralidade
234
.Conteúdo temático;
.Finalidade;
.Aceitabilidade do texto;
.Informatividade;
.Papel do locutor e interlocutor;
.Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal ,
pausas;
.Adequação do discurso ao gênero;
.Turnos de fala;
.Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
.Semânticas;
.Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
.Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito.
Ensino Médio
Conteúdo Estruturante: discurso como prática social.
Conteúdos Básicos
Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, oralidade, escrita e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de
acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o
Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e
com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Médio: textos dramáticos,
romance, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada contemporâneo, fábulas,
diários, testemunhos, biografia, debate regrado, artigo de opinião, editorial, classificados,
notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, carta de reclamação,
tomada de notas, resumo, resenha, relatório científico, dissertação escolar, seminário,
235
conferência, palestra, pesquisa e defesa de trabalho acadêmico, mesa redonda, instruções,
regras em geral, leis, estatutos, lendas, mitos, piadas, história de humor, tiras, cartum,
charge, caricaturas, paródia, propagandas, placas, outdoor, chats, e-mail, folder, blogs,
fotoblog, orkut, fotos, pinturas, esculturas, debate, depoimento, folhetos, mapas, croqui,
explicação, horóscopo, provérbios, e outros...
Leitura
.Conteúdo temático;
.Interlocutor;
.Finalidade do texto;
.aceitabilidade do texto;
.Informatividade;
.Situacionalidade;
.Intertextualidade;
.Temporalidade;
.Vozes sociais presentes no texto;
.Discurso ideológico presente no texto;
.Elementos composicionais do gênero;
.Contexto de produção da obra literária;
.Marcas linguísticas; coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como: aspas, travessão negrito);
.Progressão referencial;
. Partículas conectivas do texto;
.Relação de causas e consequência entre partes e elementos do texto;
.Semântica:
.Operadores argumentativos;
.Modalizadores;
.Figuras de linguagem;
.sentido conotativo e denotativo.
Escrita
.Conteúdo temático;
236
.Interlocutor;
.Finalidade do texto;
.Informatividade;
.Intertextualidade;
.Situacionalidade;
.Temporalidade;
. Referência textual;
.Vozes sociais presentes no texto;
.Ideologia presente no texto;
.Elementos composicionais do gênero;
.Progressão referencial;
.Partículas conectivas;
.Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
.Semântica:
.Operadores argumentativos;
.Modalizadores;
.sentido conotativo e denotativo;
.Figuras de linguagem;
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto,pontuação;
.Recursos gráficos: (como aspas, travessão, negrito, etc.);
.Vícios de linguagem;
.Aceitabilidade do texto;
.Informatividade;
.Papel do locutor e interlocutor;
.elementos extralinguísticos: entonação, expressões foaciais, corporal e gestual,
pausas...;
.Adequação do discurso ao gênero;
.Turnos de fala;
.Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outros);
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
.Elementos semânticos;
237
.Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
.Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
.Sintaxe de concordância;
.sintaxe de regência.
Oralidade
.Conteúdo temático;
.Finalidade;
.Aceitabilidade do texto;
.Informatividade;
.Papel do locutor e interlocutor;
.Elementos extralinguísticos: entonação, expressões, faciais, corporal e gestual,
pausas...;
.Adequação do discurso ao gênero;
.Turnos de fala;
.Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
.Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições;
.Elementos semânticos;
.Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições,etc);
.Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro- Brasileira
e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país,
ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na
perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica, lei 11.645/03/08 que integra a
História e Cultura Afro-Brasileira, Indígena ao Currículo de ensino
fundamental e de ensino médio.
Metodologia
A proposição de encaminhamentos metodológicos no ensino de Língua, nas
Diretrizes, segue os princípios de interação, base da concepção adotada para a disciplina.
238
Dessa forma, o que se buscou foi uma reorientação da prática pedagógica, no
sentido de possibilitar ao educador maior clareza de objetivos do ensino da Língua, seus
conteúdos e os encaminhamentos necessários para uma prática contextualizada e
significativa para o aluno.
É importante destacar que nenhuma prática é desenvolvida em sala de aula sem que
esteja subjacente a ela uma concepção sociointeracionista assumida nas Diretrizes pretende
uma prática diferenciada, uma vez que considera que a língua só existe em situações de
interação e através das práticas discursivas, que assumem a língua em sua história e
funcionamento.
Não seria coerente, fragmentar a língua em conteúdos estanques e arbitrariamente,
determinar o que se ensinar em cada série. No processo de aquisição da língua materna não
se aprende obedecendo a uma escala de valores que parte do mais simples ao amis
elaborado. A aprendizagem não se dá de maneira linear, ela procura abacar todos os
mecanismos envolvidos no processo de interação. Assim a seleção de conteúdos deve
considerar o aluno como sujeito de um processo histórico, social, detentor de um repertório
linguístico que precisa ser considerado uma busca da ampliação de sua competência
comunicativa.
Nessa perspectiva, a prática da oralidade, é vista como uma prática interativa
utilizada em momentos de comunicação através de vários gêneros e formas com
fundamentação na realidade sonora. Ela parte da informalidade em situações de uso
diversos e em sala de aula precisam ser desenvolvidas atividades que favoreçam o
desenvolvimentos das habilidades de falar e ouvir, com: apresentação de temas variados:
histórias de família, da comunicação, de um filme, um livro, etc.; depoimento sobre
situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu convívio; uso do
discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher e dar
informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumo, expor programações, dar avisos,
fazer convites, etc.; confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as
similaridades de diferenças entre as modalidades oral e escrita; relato de acontecimentos;
debates, seminários e entrevistas.
Quanto à prática de leitura precisa ser vista como uma prática consistente do leitor
perante a realidade. O que não pode ocorrer é que a leitura seja feita somente a partir dos
livros didáticos. Pode-se propor uma infinidade de textos, porém a fim de desenvolver a
239
subjetividade do aluno, deve-se considerar, também, a preferência e a opinião dele ao
selecioná-los.
Algumas estratégias podem favorecer o envolvimento com a leitura como: cercar os
alunos de livros que possam se folheados, selecionados e levados para casa; proporcionar
um ambiente iluminado e atrativo; organizar exposições de livros; ler trechos de obras e
expô-los em cartazes; produzir, com os alunos, um quadro de avisos sobre o prazer de ler,
ilustrado com seus temas preferidos; leitura oral; o professor pode comentar com os alunos
o que está lendo e vice-versa; trazer convidados para ler e comentar sua história de leitura
com a classe; produzir coletivamente peças de teatro e dramatizações sobre textos lidos;
discutir, antes da leitura, o título e as ilustrações da história; encontrar músicas
apropriadas para o momento da leitura; criar momentos em que em que os alunos
exponham suas ideias, opiniões e experiências de leitura; não vincular a leitura a
questionários, trabalhos puramente escritos e cansativos; organizar um clube do livro para
que os alunos se reúnam para a realização de leituras extraclasse; escolher o autor do mês
ou do bimestre e trabalhar a leitura de sua obra.
Em relação à prática da escrita deve ser pensada e trabalhada em uma perspectiva
discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora de sentidos, através da
prática textual.
Pensar a prática da escrita é ter em mente que tanto o professor quanto o aluno
necessitam, primeiramente, planejar o que será produzido; em seguida escrever a primeira
versão sobre a proposta apresentada e, finalmente revista, re-estruturar e re-escrever esse
texto. Tais atividades devem ser retomadas, analisadas e avaliadas durante todo processo
de ensino e de aprendizagem.
Quanto aos gêneros previstos para a prática da produção de texto, podem ser
trabalhados, dentre outros, relatos, bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas, contos e
crônicas, notícias, editoriais, carta de leitor e entrevistas, relatórios, resumos de artigo e
verbetes de enciclopédia. Assim, essa prática orientará não apenas a produção de textos
significativos, como incentivará a prática da leitura.
E quanto à análise linguística o objetivo é formar usuários competentes da língua
que, através da fala, escrita e leitura, exercitam a linguagem de forma consistente e
flexível, adaptando-se a diferentes situações de uso, quanto mais variado for o contato do
240
aluno com diferentes tipos e gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que
determinam o uso da norma padrão.
Dessa forma, cabe planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a
reflexão sobre seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de re-estruturação ou
refacção do texto, de análise de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos
gêneros, que circulam no contexto escolar e extraescolar.
Na literatura, o professor deve ser um contínuo leitor, capaz ele mesmo de
selecionar os textos que irá trabalhar com seus alunos. Estabelecer como critérios para a
seleção desses textos, não a linearidade da histografia literária, nem a adaptabilidade do
texto ou tema à linguagem dos alunos, subestimando suas capacidades cognitivas, nem
levar em conta a facilidade do texto, mas fundamentado no seu percurso de leitura, levar
aos estudantes textos com maior possibilidade de relações.
Portanto, o discente não deve ficar preso apenas num método de entrada no texto
literário, talvez o mais antigo, mas conviver com outros estudos filosóficos e sociológicos
que enriqueçam a análise do discurso, a psicanálise entre tantos outros.
Pensadas desta maneira, as aulas de Literatura, embora tenham um curso planejado
pelo professor, estarão abertas as mudanças, atendendo às reações do alunado,
incorporando suas ideias e as relações textuais por eles estabelecidos. Sempre procurar
partir dos textos literários integrais e aceitar no seu desenvolvimento os textos sugeridos
pelos alunos (a lembrança de um filme, de uma música), de outras leituras relacionadas.
Assim, o trabalho com a Literatura potencializará uma prática diferenciada com os
conteúdos básicos (oralidade, leitura, escrita) e se constituirá num forte influxo capaz de
fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.
Avaliação
Avaliar constitui uma das etapas do processo ensino-aprendizagem e para realizar
diagnósticos relativos ao desenvolvimento dos alunos, é imprescindível que a avaliação
seja contínua e priorize a qualidade e o processo de aprendizagem ao longo do ano letivo.
Não há dúvida de que a avaliação formativa é o melhor caminho para garantir a
aprendizagem de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Considera que os alunos
possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica,
241
aponta as dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo
o tempo. Informa os sujeitos do processo (professor e alunos), ajuda-os a refletir. Faz com
que o professor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais
das aulas, envolvendo-se realmente no processo ensino e aprendizagem.
A oralidade será avaliada considerando-se a participação nos diálogos, relatos e
discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência de sua fala, o seu
desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de
modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e
situações.
Quanto à leitura propor aos alunos questões abertas, discussões debates e outras
atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que eles empregaram no decorrer da
leitura, a compreensão do texto lido e o seus posicionamento diante do tema, bem como
valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à escrita ver os textos de alunos como uma faze do processo de
produção, nunca como um produto final.
Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção textual; os parâmetros em
relação ao que se vai avaliar devem estar bem definidos para o professor e para o aluno.
Os instrumentos de avaliação que serão utilizados pelos professores serão: provas
escritas, trabalhos, discussões, pesquisas, exposições, seminários, debates, pesquisas de
campo e outros.
Os critérios de avaliações bimestrais serão compostos pela somatória da nota (4,0)
quatro, referente a atribuições diversificadas mais a nota (6,0) seis, resultante de no
mínimo duas (02) avaliações (instrumentos diversificados) totalizando a nota final dez
(10,0).
A recuperação será paralela, visando sempre o conteúdo e o conhecimento do
aluno. Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações, efetuadas durante o
período letivo, constituindo-se mais um componente do aproveitamento escolar.
Referências Bibliografia
242
BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V. N.) Marxismo e Filosofia da Linguagem.
São Paulo: Hucitec, 1986.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da
Educação de Jovens e adultos no Estado do Paraná. (versão preliminar) Curitiba, 2004.
FARACO, Carlos Alberto; Castro, Gilberto de. Por uma teoria linguística que
fundamenta o ensino da Língua materna (ou de como apenas um pouquinho de
gramática nem sempre é bom). In: Educar, n.15. Curitiba: UFPR, 1999.
FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica
educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GERALDI, João Wanderlei (org.) O Texto na Sala de Aula. São Paulo: Ática,2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação.
In: KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA, Beatriz; Brito, Karim S. (orgs.). Gêneros
textuais: reflexões e ensino. União da Vitória: Gráfica Kaygangue, 2005.
VAL, Maria das Graças Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fonte, 1993.
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de
Língua Portuguesa e Literatura ( versão preliminar ) Curitiba, 2009.
243
PROPOSTA CURRICULAR MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
É importante entender a história da Matemática no contexto da prática escolar.
Sendo assim se faz necessário que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e
sua relevância na vida da humanidade.
Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador na elaboração
de atividades, na criação de situações problemas, na fonte de busca, na compreensão e
como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. É pela história da matemática que
se tem à possibilidade de entender como o conhecimento matemático é construído
historicamente.
Embora o objeto de estudo da Educação Matemática ainda encontra-se em processo
de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da Matemática, de
forma a envolver-se com as relações entre o ensino e a aprendizagem e o conhecimento
matemático.
Conhecendo a história temos a oportunidade de entender como a matemática está
representada no currículo brasileiro.
Os conteúdos matemáticos – até chegar aos conteúdos estruturantes que hoje estão
nas Diretrizes Curriculares já estão sendo construídos desde os povos das antigas
civilizações.
Por volta de 2.000 a.C os babilônios já tinham registros matemáticos que hoje estão
classificados com álgebra elementar (comparar formas, tamanhos, quantidades.) Esse seria
o nascimento da matemática.
Foi com a civilização Grega que regras e princípios lógicos começaram a ser
registrados bem como a importância da Matemática no ensino e na formação das pessoas.
Um século depois a matemática entrou no contexto educacional pelo raciocínio
abstrato, em busca de respostas para questões relacionadas, por exemplo, à origem do
mundo. Acontecendo nesse período a sistematização das matemáticas estáticas, e
244
desenvolvimento da aritmética, da geometria, da álgebra e da trigonometria.
Foram com os sofistas que no século V a C, ocorreram as primeiras propostas de
ensino baseadas em práticas pedagógicas com a finalidade de formar o homem político.
Foram eles que incluíram a Matemática nos círculos de estudos.
A partir daí, a Matemática passa a ser ministrada de forma clássica e enciclopédica,
fundamentada na memorização e na repetição.
Foi nessa época também que surgiu a Biblioteca de Alexandria, tendo como
destaque o sábio grego Euclides que criou a obra: Elementos.
O ensino da Matemática passa então, por diversas mudanças, quando no século V d
C. ensinava-se apenas para entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar as
datas religiosas. Entre os séculos XVII e IX, surgem as escolas e a organização dos
sistemas de ensino.
Com o avanço das atividades comerciais e industriais aconteceram novas
descobertas na matemática e seu ensino foi influenciado para atividades práticas e
experimentais.
No século XVI aconteceu um progresso científico e econômico e a matemática
servia para preparar os jovens para o exercício de atividades de comércio, arquitetura,
música, geografia, astronomia artes de navegação e outros.
No século XVII – a educação desempenhou um papel fundamental para
comprovação e generalização de resultados – lei quantitativa – conceito de função do
cálculo. Esses elementos caracterizaram as bases da Matemática como se conhece hoje.
Após várias tendências como: Formalista Clássica, Formalista Moderna, tecnicista,
Construtivista, Socioetnocultural, Hístórico-Crítico, no final da década de 1980 e início da
década de 1990, o Estado do Paraná fez um movimento no sentido de produzir um
documento de referência curricular para rede pública de Ensino Fundamental. Este
documento foi distribuído para os professores da rede em 1991, quando se iniciou um
processo de formação continuada, baseada no texto currículo.
Nesta proposta, “ aprender matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer
contas ou marcar X nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios
instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos
problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e
transcender o imediatamente sensível”.
245
A partir de 1998, o Ministério da Educação distribui os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs), que para o Ensino Fundamental apresentavam conteúdos da
Matemática. Porém, para o Ensino Médio, orientavam as práticas docentes tão somente
para o desenvolvimento de competências e habilidades, destacando o trabalho com os
temas transversais, em prejuízo da discussão da importância do conteúdo disciplinar e da
apresentação de uma relação desses conteúdos para aquele nível de ensino, assim
questiona-se os PCNs.
A partir de 2003, a SEED deflagrou um processo de discussão coletiva com
professores que atuam em sala de aula, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, com
educadores dos Núcleos Regionais e das equipes pedagógicas da Secretaria de Estado de
Educação. Assim, constitui-se Diretrizes Curriculares, as quais resgatam importantes
considerações teórico-metodológicas para o ensino de Matemática.
Desta maneira, a Educação Matemática requer um professor que saiba estabelecer
uma postura teórico-metodológico e seja questionador frente às concepções pedagógicas
historicamente difundidas.
Em suma, é necessário considerar que na abrangência da Educação Matemática
enseja-se um ensino que aponte para concepções, cuja postura possibilite aos estudantes
realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias.
Aprenda-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias,
mas também para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte,
contribua para o desenvolvimento da sociedade.
A disciplina de matemática tem como objetivos gerais:
−Desenvolver o campo da investigação matemática e a produção do conhecimento, com
relevância a história da matemática.
−Associar o conhecimento matemático com outras áreas do conhecimento.
−Desenvolver um pensamento reflexivo que lhe permita a elaboração de conjecturas, a
descobertas, a descoberta de soluções e a capacidade de concluir (resolução de problemas).
−Relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e suas manifestações
culturais e relações de produção e trabalho (etnomatemática).
246
−Formular, resolver e elaborar expressões que valham não apenas para uma solução
particular, mas que também sirvam, posteriormente, como suporte para outras aplicações e
teorias (modelagem matemática).
−Ampliar suas possibilidades de observação e investigação através das mídias
tecnológicas.
−Proporcionar a formação integral do aluno para que este possa ser capaz de interagir com
autonomia nas suas relações sociais.
−Permitir a todos os acessos dos conhecimentos matemáticos, presentes em qualquer
situação da realidade, como condição necessária para participarem e interferirem na
sociedade em que vive.
−Propiciar o conhecimento de forma que compreenda os conceitos e princípios
matemáticos, raciocine claramente e comunique as ideias matemáticas, reconheça suas
aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos Estruturantes são os saberes (conhecimentos de grande amplitude,
conceitos ou práticas) que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
escolar, considerados basilares e fundamentais para a compreensão de seu objeto de
ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados socialmente. Estes conteúdos são
selecionados a partir de uma análise histórica da ciência de referência e da disciplina
escolar. Estes campos de estudo são considerados fundamentais para a compreensão do
processo do ensino e da aprendizagem em Matemática.
Os conteúdos estruturantes são referências que permitem aos professores
contemplar a tradição da matemática como disciplina escolar, tem como objetivo, também,
dar certa uniformidade aos conteúdos específicos da Matemática ofertados aos diferentes
níveis e modalidades de ensino.
Os conteúdos estão organizados, como uma forma didática de apresentá-los.
Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes e conteúdos
específicos, priorizando relações e interdependências que, consequentemente, enriquecem
247
os processos pelos quais acontecem aprendizagens em Matemática. O olhar que se volta
para os conteúdos estruturantes não é hermético. A articulação entre os conhecimentos
presentes em cada conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos podem
ser tratados em diferentes momentos e, quando, situações de aprendizagem possibilitam,
podem ser retomados e aprofundados.
No Ensino Fundamental os conteúdos estão organizados de uma forma didática.
Mas o trabalho na sala de aula se dará de modo articulado, pois não há coerência em
trabalhar medidas sem números, geometria sem medidas e assim por diante.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E SEUS DESDOBRAMENTOS
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA:
• Sistemas de Numeração Decimal e não decimal.
• Números naturais e suas representações.
• Conjuntos numéricos (naturais, racionais, reais, inteiros e irracionais).
• As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão,
potenciação e radiciação).
• Transformação de números fracionários (na forma de razão/quociente) em números
decimais.
• Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência.
• Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo (razão, proporção,
frações e decimais).
• As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da
substituição de letras por valores numéricos.
• Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença.
• Grandezas diretamente e inversamente proporcionais.
• Equações, inequações e sistemas de equações de 1º de 2º graus.
• Polinômios e os casos notáveis.
248
• Produtos notáveis.
• Ângulos.
• Fatoração.
• Cálculo do número de diagonais de um polígono.
• Expressões Numéricas.
• Funções.
• Trigonometria no triângulo retângulo.
�MEDIDAS
• Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário.
• Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e
tempo.
• Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de
problemas algébricos.
• Capacidade e volume e suas relações.
• Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo.
• Congruência e semelhança de figuras planas - Teorema de Talles.
• Triângulo retângulo - Relações métricas e Teorema de Pitágoras.
• Triângulos quaisquer.
• Poliedros regulares e suas relações métricas.
�GEOMETRIA
• Elementos de geometria euclidiana e noções de geometria não euclidiana.
• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.
• Construções e representações no espaço e no plano.
249
• Planificação de sólidos geométricos.
• Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas.
• Condições de paralelismo e perpendicularidade.
• Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro.
• Desenho geométrico com uso de régua e compasso.
• Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos.
• Ângulos, polígonos e circunferências.
• Classificação de triângulos.
• Representação cartesiana e confecção de gráficos.
• Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides.
• Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações.
• Representação geométrica dos produtos notáveis.
• Estudo dos poliedros de Platão.
• Construção de polígonos inscritos em circunferências.
• Circulo e cilindro.
• Noções de geometria espacial.
�TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Coleta, organização e descrição de dados.
• Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos.
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas.
• Noções de probabilidade.
• Médias, moda e mediana.
250
5º SÉRIE / 6º ANO
C.E
CONTEÚDOS
BÁSICOS
AVALIAÇÃO
251
NÚMERO
S E
ÁLGEBR
A
13- Sist
ema
s de
num
eraç
ão;
14- Nú
mer
os
Nat
urai
s;
15- Múl
tipl
os e
divi
sore
s;
16- Pote
ncia
ção
e
radi
ciaç
ão;
17- Nú
mer
os
frac
ioná
rios;
18- Nú
mer
os
deci
mai
45- Conheça os diferentes sistemas de
numeração;
46- Identifique o conjunto dos números
naturais, comparando e reconhecendo seus
elementos;
47- Realize operações com números naturais;
48- Expresse matematicamente, oral ou por
escrito, situações-problema que envolva
(as) operações com números naturais;
49- Estabeleça relação de igualdade e
transformação entre: fração e número
decimal; fração e número misto;
50- Reconheça o MMC e MDC entre dois ou
mais números naturais;
51- Reconheça as potências como
multiplicação de mesmo fator e a
radiciação como sua operação inversa;
52- Relacione as potências e as raízes
quadradas e cúbicas com padrões
numéricos e geométricos.
252
GRANDE
ZAS E
MEDIDA
S
k) Me
did
as
de
co
mpr
ime
nto
l) Me
did
as
de
mas
sa;
m) Me
did
as
de
áre
a;
n) Me
did
as
de
vol
um
e;
o) Me
did
as
de
tem
po;
p) Me
did
as
g) Identifique o metro como unidade-
padrão de medida de comprimento;
h) Reconheça e compreenda os
diversos sistemas de medidas;
i) Opere com múltiplos e
submúltiplos do quilograma;
j) Calcule o perímetro usando
unidades de medida padronizadas;
k) Compreenda e utilize o metro
cúbico como padrão de medida de
volume;
l) Realize transformações de
unidades de medida de tempo
envolvendo seus múltiplos e
submúltiplos;
m) Reconheça e classifique ângulos
(retos, agudos e obtusos);
n) Relacione a evolução do Sistema
Monetário Brasileiro com os
demais sistemas mundiais;
o) Calcule a área de uma superfície
usando unidades de medidas de
superfície padronizada.
253
GEOMET
RIA
9- Geo
metr
ia
Plan
a;
10- Geo
metr
ia
Esp
acia
l.
9- Reconheça e represente ponto, reta, plano,
semireta e segmento de reta;
10- Conceitue e classifique polígonos;
11- Identifique corpos redondos;
12- Identifique e relacione os elementos
geométricos que envolvem o cálculo de
área e perímetro de diferentes figuras
planas;
13- Diferencie círculo e circunferência,
identificando seus elementos;
14- Reconheça os sólidos geométricos em sua
forma planificada e seus elementos.
TRATAM
ENTO DA
INFORMA
ÇÃO
6- Dad
os,
tabe
las e
gráf
icos
;
7- Porc
enta
gem
.
- Interprete e identifique os diferentes tipos de
gráficos; gráficos e compilação de dados, sendo
capaz de fazer a leitura desses recursos nas
diversas formas em que se apresentam;
- Resolva situações-problema que envolva
porcentagem e relacione-as com os números na
forma decimal e fracionária.
254
6º SÉRIE/ 7º ANO
C.E.
CONTEÚDOS
BÁSICOS
AVALIAÇÃO
255
NÚMERO
S E
ÁLGEBR
A
2- Número
s
Inteiros;
3- Número
s
Raciona
is;
4- Equação
e
Inequaç
ão do 1º
grau;
5- Razão e
proporç
ão;
6- Regra
de três
simples.
• Reconheça números inteiros em diferentes
contextos;
• Realize operações com números inteiros;
• Reconheça números racionais em diferentes
contextos;
• Realize operações com números racionais;
• Compreenda o princípio de equivalência da
igualdade e desigualdade;
• Compreenda o conceito de incógnita;
• Utilize e interprete a linguagem algébrica para
expressar valores numéricos através de
incógnitas;
• Compreenda a razão como uma comparação
entre duas grandezas numa ordem
determinada e a proporção como uma
igualdade entre duas razões;
• Reconheça sucessões de grandezas direta e
inversamente proporcionais;
• Resolva situações-problema aplicando regra
de três simples.
GRANDE
ZAS E
MEDIDA
S
3 Medidas de
temperatura;
4 Medidas de ângulos.
9- Compreenda as medidas de temperatura
em diferentes contextos;
10- Compreenda o conceito de ângulo;
11- Classifique ângulos e faça uso do
transferidor e esquadros para medi-los;
256
GEOMET
RIA
���� Geometria Plana;
���� Geometria
Espacial;
���� Geometrias não-
euclidianas.
7. Classifique e construa, a partir de figuras planas,
sólidos geométricos;
8. Compreenda noções topológicas através do conceito
de interior, exterior, fronteira, vizinhança,
conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.
TRATAM
ENTO DA
INFORMA
ÇÃO
− Pesquisa Estatística;
− Média Aritmética;
− Moda e mediana;
− Juros simples.
− Analise e interprete informações de pesquisas
estatísticas;
− Leia, interprete, construa e analise gráficos;
− Calcule a média aritmética e a moda de dados
estatísticos;
− Resolva problemas envolvendo cálculo de juros
simples.
257
7º SÉRIE / 8º ANO
C.E.
CONTEÚDOS BÁSICOS
AVALIAÇÃO
NÚMERO
S E
ÁLGEBR
A
− Números Racionais e
Irracionais;
− Sistemas de Equações
do 1º grau;
− Potências;
− Monômios e
Polinômios;
− Produtos Notáveis.
− Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de
números racionais;
− Reconheça números irracionais em diferentes
contextos;
− Realize operações com números irracionais;
− Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi)
como um número irracional especial;
− Compreenda o objetivo da notação científica e sua
aplicação;
− Opere com sistema de equações do 1º grau;
− Identifique monômios e polinômios e efetue suas
operações;
− Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver
problemas que envolvam expressões algébricas.
GRANDE
ZAS E
MEDIDA
S
�Medidas de
comprimento;
�Medidas de área;
�Medidas de volume;
�Medidas de ângulos.
�Calcule o comprimento da circunferência;
�Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;
�Identifique ângulos formados entre retas paralelas
interceptadas por transversal.
�Realize cálculo de área e volume de poliedros.
258
GEOMET
RIA
4- Geometria Plana;
5- Geometria Espacial;
6- Geometria Analítica;
7- Geometrias não
euclidianas.
•••• Reconheça triângulos semelhantes;
•••• Identifique e some os ângulos internos de um
triângulo e de polígonos regulares;
•••• Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça
retas paralelas num plano;
•••• Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas,
marque pontos, identifique os pares ordenados
(abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob
diversos contextos;
•••• Conheça os fractais através da visualização e
manipulação de materiais e discuta suas
propriedades.
TRATAM
ENTO DA
INFORMA
ÇÃO
• Gráfico e Informação;
• População e amostra.
• Interprete e represente dados em diferentes gráficos;
• Utilize o conceito de amostra para levantamento de
dados.
259
8º SÉRIE/ 9º ANO
C.E.
CONTEÚDOS
BÁSICOS
AVALIAÇÃO
NÚMERO
S E
ÁLGEBR
A
• Números Reais;
• Propriedades dos
radicais;
• Equação do 2º
grau;
• Teorema de
Pitágoras;
• Equações
Irracionais;
• Equações
Biquadradas;
• Regra de Três
Composta.
• Opere com expoentes fracionários;
• Identifique a potência de expoente fracionário como um
radical e aplique as propriedades para a sua simplificação;
• Extraia uma raiz usando fatoração;
• Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e
incompleta, reconhecendo seus elementos;
• Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando
diferentes processos;
• Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
• Identifique e resolva equações irracionais;
• Resolva equações biquadradas através das equações do 2º
grau;
• Utilize a regra de três composta em situações problemas.
GRANDE
ZAS E
MEDIDA
S
• Relações
Métricas no
• Triângulo
Retângulo;
• Trigonometria
no
• Triângulo
Retângulo.
• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no
triângulo retângulo;
• Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das
medidas dos lados de um triângulo retângulo;
• Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.
260
FUNÇÕES
• Noção intuitiva
de Função Afim.
• Noção intuitiva
de Função
Quadrática.
• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;
• Reconheça uma função afim e sua representação gráfica,
inclusive sua declividade em relação ao sinal da função;
• Relacionem gráficos com tabelas que descrevem uma
função;
• Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e
associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da
função;
• Analise graficamente as funções afins;
• Analise graficamente as funções quadráticas.
GEOMET
RIA
7- Geometria
Plana;
8- Geometria
Espacial;
9- Geometria
Analítica;
10- Geometrias não
euclidianas.
lVerifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo
relações entre eles;
lCompreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos
para resolver situações-problemas;
lConheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;
lAplique o Teorema de Tales em situações problemas;
lNoções básicas de geometria projetiva.
TRATAM
ENTO DA
INFORMA
ÇÃO
− Noções de
Análise
Combinatória;
− Noções de
Probabilidade;
− Estatística;
− Juros
Compostos.
�Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-
problema que envolva contagens, aplicando o princípio
multiplicativo;
�Descreva o espaço amostra em um experimento aleatório;
�Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;
�Resolva situações-problema que envolva cálculos de juros
compostos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO E SEUS DESDOBRAMENTOS
261
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se desdobram
nos seguintes conteúdos:
• números reais
• números complexos
• sistemas lineares
• matrizes e determinantes
• equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares
• polinômios
GRANDEZAS E MEDIDAS
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas aprofundam e
ampliam os conteúdos do Ensino Fundamental:
• medidas de massa
• medidas derivadas: área e volume
• medidas de informática
• medidas de energia
• medidas de grandezas vetoriais
• trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo
e a trigonometria na circunferência
GEOMETRIAS
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias se desdobra nos
seguintes conteúdos:
• geometria plana
• geometria espacial
• geometria analítica
• noções básicas de geometrias não-euclidianas
262
FUNÇÕES
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos:
• função afim
• função quadrática
• função polinomial
• função exponencial
• função logarítmica
• função trigonométrica
• função modular
• progressão aritmética
• progressão geométrica
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação:
Engloba os conteúdos:
• Análise combinatória
• binômio de Newton
• estatística
• probabilidade
• matemática financeira
Ensino Médio
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Avaliação
Números e
Álgebra
• Números Reais;
• Números Complexos;
• Sistemas lineares;
• Matrizes e
Determinantes;
• Amplie os conhecimentos sobre conjuntos
numéricos e aplique em diferentes contextos;
• Compreenda os números complexos e suas
operações;
• Conceitue e interprete matrizes e suas
263
• Polinômios;
• Equações e Inequações
Exponenciais, Logarítmicas
e Modulares
operações;
• Conheça e domine o conceito e as soluções
de problemas que se realizam por meio de
determinante;
• Identifique e realize operações com polinômios;
• Identifique e resolva equações, sistemas de
equações e inequações, inclusive as exponenciais,
logarítmicas e modulares
Grandezas e
Medidas
• Medidas de Área;
• Medidas de Volume;
• Medidas de Grandezas
Vetoriais;
• Medidas de Informática;
• Medidas de Energia;
• Trigonometria.
• Perceba que as unidades de medidas são
utilizadas para a determinação de diferentes
grandezas e compreenda a relações matemáticas
existentes nas suas unidades;
• Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos
de um triângulo para determinar elementos
desconhecidos.
Funções • Função Afim;
• Função Quadrática;
• Função Polinomial;
• Função Exponencial;
• Função Logarítmica;
• Função Trigonométrica;
• Função Modular;
• Progressão Aritmética;
• Progressão Geométrica
• Identifique diferentes funções e realize cálculos
envolvendo-as;
• Aplique os conhecimentos sobre funções para
resolver situações-problema;
• Realize análise gráfica de diferentes funções;
• Reconheça, nas seqüências numéricas,
particularidades que remetam ao conceito das
progressões aritméticas e geométricas;
• Generalize cálculos para a determinação de
termos de uma sequência numérica.
Geometrias • Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-
euclidianas.
• Amplie e aprofunde os conhecimentos de
geometria Plana e Espacial;
• Determine posições e medidas de elementos
geométricos através da Geometria Analítica;
• Perceba a necessidade das geometrias não
264
euclidianas para a compreensão de conceitos
geométricos, quando analisados em planos
diferentes do plano de Euclides;
• Compreenda a necessidade das geometrias não
euclidianas para o avanço das teorias científicas;
• Articule idéias geométricas em planos de
curvatura nula, positiva e negativa;
• Conheça os conceitos básicos da Geometria
Elíptica, Hiperbólica e Fractal.
Tratamento da
informação
• Análise Combinatória;
• Binômio de Newton;
• Estudo das Probabilidades;
• Estatística;
• Matemática Financeira.
• Recolha, interprete e analisem dados através de
cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos
mesmos;
• Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;
• Compreenda a idéia de probabilidade;
• Realize estimativas, conjecturas a respeito de
dados e informações estatísticas;
• Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao
diversos ramos da atividade humana;
• Perceba, através da leitura, a construção e
interpretação de gráficos, a transição da álgebra para
a representação gráfica e vice-versa.
OBS: Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –História
e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Lei 11645/08 – História Cultura Afro- Brasileira e
Indígena, tanto no ensino fundamental, quanto no ensino médio.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Existem investigações em Educação Matemática que abordam as relações que
podem ocorrer entre os conteúdos matemáticos. Educadores matemáticos se incumbem de
265
realizar estudos que tratam desse assunto. Dentre eles, Machado (1993, p. 28), escreve que:
“(...) o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de
seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam”, ou seja, o como ensinar Matemática
está vinculado às reflexões realizadas por educadores matemáticos. Encontram-se
apontamentos para o exercício da prática docente nas tendências temáticas metodológicas
da Educação Matemática. D’Ambrosio (1989) elegem algumas propostas metodológicas
que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina Matemática. O autor destaca a
Resolução de problemas onde o aluno terá oportunidade de aplicar conhecimentos já
adquiridos em novas situações. Buscar várias alternativas e levantar hipóteses e testa-las
usando mecanismos que levam à solução. Etnomatemática – o educando deverá
reconhecer e registrar questões de relevância social que produz conhecimentos, análise da
realidade, investigação e ambiente do individuo. História da Matemática – os estudantes
terão como elemento orientador na elaboração de atividades, situações problemas,
conhecerem a matemática que se encontra em construção e pensar não só em resolver
exercícios padronizados. Modelagem Matemática – faz com que os alunos transformem
os problemas reais com os problemas matemáticos, resolve-los e interpreta-los na
linguagem real. Mídias Tecnológicas – A utilização dos recursos tecnológicos amplia as
possibilidades de observação e permitem aos educando um confronto entre a prática e a
teoria.
As abordagens dos Conteúdos Matemáticos podem transitar por todas as
tendências. Uma tendência não é mais importante que a outra, tampouco devem ser
abordadas isoladamente, uma vez que se complementam.
A educação matemática tem finalidade de levar o estudante a compreender e
apropriar-se da matemática através dos procedimentos. É fazer que o estudante construa
valores e atitudes visando a formação integral do ser humano.
Na proposta prevê – um aluno critico, capaz de agir na sociedade com autonomia
apropriando-se dos conhecimentos matemáticos.
Essa construção histórica e a Educação Matemática são relevantes nas Diretrizes
Curriculares e a Educação Matemática é a opção para o exercício da prática docente.
E é dentro dessa concepção histórica que vamos organizar alguns campos da
matemática.
266
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Na disciplina de Matemática, numa perspectiva tradicional, é comum os
professores avaliarem seus alunos, levando-se em consideração apenas o resultado final de
operações e algoritmos, desconsiderando todo o processo de construção.
É importante o professor propor atividades em suas salas, sempre insistir para que
os alunos explicitem os procedimentos adotados. Reconhecer que o conhecimento não é
fragmentado e seus conceitos não são concebidos isolados.
Uma avaliação que se restringe em apenas quantificar o nível de informação que o
aluno domina não é carente com a proposta de Educação Matemática. Para ser completo,
esse momento precisa abarcar toda a complexa relação do aluno e o conhecimento. Isso
significa, em que, medida o aluno atribui significado ao que aprendeu e consegue
materializá-lo em situações que exigem raciocínio matemático.
Segundo D’Ambrósio, a “avaliação deve ser uma orientação para o professor na
conclusão de sua prática docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na
construção de seus esquemas de conhecimento teórico e prático. Selecionar, classificar,
filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isto ou aquilo não são missão de educador.”
(2001, p. 78)
Encaminhamentos como observação, intervenção, revisões de noções devem ser
consideradas nas práticas avaliativas. Também buscar diversos métodos – formas escritas,
orais e de demonstração incluindo uso de calculadoras, computador.
O professor é o responsável pelo processo de ensino e aprendizagem então precisa
considerar: registros escritos, manifestações orais, erros de raciocínio e de cálculo
matemático.
Avaliar, seguindo a concepção de Educação Matemática, adotada nesta Diretriz,
tem um papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino,
aprendizagem e avaliação devem ser vistos como integrantes de um mesmo processo.
A Avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução da sua prática
docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus
esquemas de conhecimento teórico e prático.
267
BIBLIOGRAFIA
SEED – Diretrizes Curriculares de Matemática. Ensino Fundamental e Médio. Curitiba:
2006.
PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA
Apresentação da Disciplina
268
A Química está presente em todo o processo de desenvolvimento das
civilizações, por esse motivo, considera-se essencial resgatar momentos marcantes sobre a
história do conhecimento químico.
Não se pode falar da história da Química sem se reportar a fatos políticos,
religiosos e sociais. O poder, representado pela riqueza, e a cura de todas as doenças,
sinônimo de vida eterna, foram e são buscas incessantes da humanidade.
O desenvolvimento de saberes e de práticas
ligadas à transformação da matéria e presentes na
formação das diversas civilizações foi estimulado por
necessidades humanas, tais como: a comunicação, o
domínio do fogo e, posteriormente, o domínio do processo
de cozimento.
Nessas diretrizes a preocupação central é resgatar a
especificidade da disciplina de Química, deixando de lado
o modo simplista como era tratada nos PCN onde era vista
como área do conhecimento, recuperando a importância
de seu papel no currículo escolar. Por isso a ênfase dada
na importância do estudo da história da disciplina, em seus
aspectos epistemológicos, buscando uma seleção de
conteúdos (estruturantes) que identifiquem a disciplina
como campo do conhecimento que se constituem
historicamente, nas relações políticas, econômicas, sociais
e culturais das diferentes sociedades. Esses são
pressupostos considerados fundamentais para uma
abordagem pedagógica crítica da disciplina de química,
que ultrapasse a postura subserviente da educação ao
mercado de trabalho.
Os conhecimentos de Química foram
incorporados à prática dos Professores e abordados
conforme a necessidade dos alunos, sendo que, se faz
necessário e importante proporcionar aos alunos o
conhecimento da composição e da estrutura íntima dos
269
corpos, das propriedades que delas decorrem e das leis que
regem as suas transformações, orientando-o por raciocínio
lógico e científico de valor educativo e coordenando-o
pelo interesse imediato da utilidade, e com as aplicações
da vida cotidiana.
É importante formar um aluno que se aproprie
dos conhecimentos químicos e também seja capaz de
refletir criticamente sobre o período histórico atual.
A nova proposta apresenta os seguintes conteúdos
estruturantes: Matéria e sua Natureza; Biogeoquímica e
Química Sintética.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
-Matéria e sua natureza.
-Biogeoquímica.
-Química Sintética.
CONTEÚDOS BÁSICOS.
-Matéria
*Constituição da matéria
*Estados de agregação
*Natureza elétrica da matéria
*Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton,
Bohr...)
*Estudos dos metais
*Tabela Periódica.
-Solução
*Substâncias simples e compostas
*Misturas
270
*Métodos de separação
*Solubilidade
*Concentração
*Forças intermoleculares
*Temperatura e pressão
*Densidade
*Dispersão e suspensão
*Tabela Periódica.
-Velocidade das reações
*Reações químicas
*Lei das reações químicas
*Representação das reações químicas
*Condições fundamentais para a ocorrência das reações
químicas (natureza dos reagentes, contato entre os
reagentes, teoria de colisão)
*Fatores que interferem na velocidade das
reações(superfície de contato,
temperatura,catalisador,concentração dos reagentes,
inibidores).
*Lei da velocidade das reações químicas
*Tabela Periódica.
Equilíbrio Químico
*Reações químicas reversíveis
*Concentração
*Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante
de equilíbrio)
*Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier),
concentração, pressão, temperatura e efeito dos
catalizadores.
271
*Equilíbrio químico em meio aquoso (ph, constante de
ionização,K)
*Tabela Periódica.
Ligação Química
*Tabela periódica
*Propriedade dos metais
*Tipos de ligações químicas em relação às propriedades
dos materiais
*Solubilidade e as ligações químicas
*Interações intermoleculares e as propriedades das
substâncias moleculares
*Ligações de Hidrogênio
*Ligação metálica (elétrons semi-livres)
*Ligações sigma e pi
*Ligações polares e apolares
*Alotropia.
Reações Químicas
*Reações Oxi-redução
*Reações exotérmicas e endotérmicas
*Variação de entalpia
*Calorias
*Equações Termoquímicas
*Princípios da termodinâmica
*Entropia e energia livre
*Calorimetria
*Tabela Periódica.
Radioatividade
*Modelos atômicos (Rutherford)
*Elementos Químicos
272
*Tabela periódica
*Reações Químicas
*Velocidade das Reações
*Emissões radioativas
*Leis da radioatividade
*Cinética das reações químicas
*Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear)
Gases
*Estados físicos da matéria
*Tabela periódica
*Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão,
pressãoxtemperatura, pressãoxvolume e
temperaturaxvolume)
*Modelos de partículas para os materiais gasosos
*Misturas gasosas
*Diferença entre gás e vapor
*Lei dos gases.
Funções Químicas
*Funções orgânicas
*Funções inorgânicas
*Tabela Periódica.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a
História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena através de
análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores
que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,
na perspectiva de uma sociedade multicultural e
pluriétnica, lei 11.645/03/08 que integra a História e
273
cultura afro-brasileira e indígena ao Currículo de ensino
fundamental e de ensino médio.
Conteúdos Estruturantes
- MATÉRIA E SUA NATUREZA
Conteúdos Específicos: Estrutura da matéria,
Substâncias, Misturas, Métodos de Separação, Fenômenos
Físicos e Químicos, Estrutura Atômica, Distribuição
Eletrônica, Tabela Periódica, Ligações Químicas, Funções
Químicas, Radioatividade.
Esses conteúdos identificam a disciplina de
Química, por se tratar de essência da matéria, é ele que
abre caminho para um melhor entendimento dos
Conteúdos Estruturantes na disciplina de Química.
- BIOGEOQUÍMICA
Conteúdos Específicos: Soluções,
Termoquímica, Cinética Química, Equilíbrio Químico.
É importante a abordagem desses temas, nas
aulas de Química, de modo especial, nas regiões agrícolas,
para que o aluno possa intervir positivamente, seja na
agricultura familiar ou no seu local de trabalho.
- QUÍMICA SINTÉTICA
Conteúdos Específicos: Química do Carbono,
Funções Oxigenadas, Polímeros, Funções Nitrogenadas,
Isomeria.
A Química Sintética tem o papel importante a
cumprir, pois com a síntese de novos materiais e o
aperfeiçoamento dos que já foram sintetizados, alarga
horizontes em todas as atividades humanas. Além disso, o
sucesso econômico de um país não se restringe apenas a
274
fabricação de produtos novos, mas sim `a capacidade de
aperfeiçoar, desenvolver materiais e transformá-los.
Metodologia da Disciplina
Considerando os conhecimentos que o aluno traz,
o que propomos nessas Diretrizes Curriculares de Química
é que o aluno do Ensino Médio tenha condições de formar
conhecimentos científicos a respeito dos conhecimentos
químicos.
Nessas diretrizes propõe-se que esse tipo de
encaminhamento metodológico seja superado e que o
professor, ao utilizar o laboratório tenha em mente a
necessidade de que os mesmos encaminhamentos
realizados numa aula teórica estejam presentes.
A Química estuda o mundo material e sua
constituição. Considera-se bastante importante propor aos
alunos leituras que contribuam para a sua formação e
identificação cultural, que possam se constituir num
elemento motivador para a aprendizagem da Química,
contribuindo, eventualmente, para a criação de hábito da
leitura, as aulas serão conduzidas através de métodos
expositivos, debates, pesquisas, práticas de laboratório
entre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida de forma
processual e formativa, sob as condicionantes do
diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre por
meio de interações recíprocas, no dia a dia, no transcorrer
275
da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto
sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
CRITERIOS DE AVALIAÇÃO
-O aluno entende e questiona a Ciência de seu tempo e os
avanços tecnológicos na área da Química.
-Problematiza a construção dos conceitos químicos.
-Toma posições frente às situações sociais e ambientais
desencadeadas pela produção do conhecimento químico.
-Compreende a constituição química da matéria a partir
dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de
agregação e natureza elétrica da matéria.
-Formula conceitos de soluções, associado à misturas,
métodos de separação, solubilidade, concentração, forças
intermoleculares, etc.
-Identifica a ação dos fatores que influenciam a velocidade
das reações químicas.
-Compreende o conceito de equilíbrio químico,
deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão,
temperatura entre outros.
-Elabora conceito de ligação química, na perspectiva da
interação entre o núcleo de um átomo e a eletrosfera de
outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo.
-Entende as reações químicas como transformações da
matéria a nível microscópico, associando os conteúdos
específicos determinados para esse conteúdo básico.
-Diferencia gás de vapor, a partir dos estados físicos da
matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as
leis dos gases.
276
-Reconhece as espécies químicas, ácidos, bases, sais e
óxidos em relação a outra espécie com a qual estabelece
relação.
Meios de avaliação: Provas objetivas, pesquisas,
interpretação de textos, relatórios, apresentação de
seminários, entre outros.
Bibliografia
DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA
PARA O ENSINO MÉDIO, 2009
PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Sociologia é uma disciplina que é caracterizada como Ciência do pensamento
positivista vinculado à ordem das Ciências Naturais.
A Sociologia tem seu caráter científico, busca a lógica da ciência representada por:
Augusto Comte, Emile Durkhein, Karl Mark, Antônio Gramsci, no Brasil, Sílvio Romero,
Euclides da Cunha, Oliveira Vianna, Gilberto Freyre e Fernando de Azevedo.
A tarefa da escola e da sociedade é a formação de novos valores, de uma nova ética
e de novas práticas sociais que apontem para a possibilidade de construção de novas
relações sociais.
O objeto da Sociologia é o conhecimento e a explicação da sociedade através da
compreensão das formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, as relações, a
277
compreensão e as consequências dessas relações para indivíduos e coletividades,
decorrente das mudanças estrutural imposta pela formação do modo de produção
capitalista.
A Sociologia se apresenta no Ensino Médio com conteúdos estruturantes. O
processo de socialização e as instituições sociais, cultura e indústria cultural, trabalho,
produção e classes sociais. Poder político e Ideologia, Direitos, Cidadania e Movimentos
Sociais.
A Sociologia tem como objetivo a recuperação de sua historicidade nas diversas
sociedades humanas, objetivando a desnaturalização dos processos sociais e promover a
crítica e a explicação de aspectos estáticos e imutáveis da sociedade, desenvolvendo um
olhar crítico, explicativo a fim de interrogar e conduzir à mudanças de atitudes a respeito
da organização da sociedade;
Contribuir para a mudança de atitudes para o desenvolvimento de um pensamento
reflexivo, livre de noções preconceituosas e estanques da sociedade;
Pressupor metodologia que posicione o aluno como sujeito de seu aprendizado, revendo
conhecimentos e reconstituir coletivamente novos saberes provocando relações entre a
teoria e a prática da vida.
Inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua realidade imediata,
mas que também percebe o que se estabelece além dela.
Questionar quanto a existência de verdades absolutas, sejam elas na compreensão
comum do cotidiano, ou na constituição da ciência.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes devem instrumentalizar professores e alunos, sujeitos da
educação escolar/prática social, na seleção, organização e problematização dos conteúdos
específicos a partir das necessidades locais e coletivas, sem perder de vista a busca da
totalidade e das inter-relações.
Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles desdobrados, não
devem ser pensados e trabalhados de maneira autônoma, como se bastassem a si próprios,
278
como também não devem ser pensados e trabalhados de forma sequencial como se
exigissem obediência incondicional.
CONTEÚDOS:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
1. O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
CONTEÚDOS BÁSICOS
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento
do pensamento social;
Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx,
Weber;
O desenvolvimento da sociologia no Brasil;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
2. Processo de Socialização e as Instituições Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS
Processo de Socialização;
Instituições sociais: Familiares, Escolares; Religiosos;
Instituições de reinserção ( prisões, manicômios, educandários, asilos,
etc)
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
3- Cultura e Industria Cultural
CONTEÚDOS BÁSICOS
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua
contribuição na análise das diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Industria Cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
279
Indústria cultural no Brasil;
Questões de gênero;
Cultura afro-brasileira e africana;
Culturas indígenas
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
4.Trabalho, Produção e Classes Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdade social: estamentos, castas,classes sociais;
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e sua
contradições;
Globalização e Neoliberalismo;
Relações de trabalho;
Trabalho no Brasil
CONTEÚDO ESTRUTURANTES
5.Poder, Político e Ideologia
CONTEÚDOS BÁSICOS
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
Estado no Brasil;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporânea.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
6.Direito, cidadania e Movimentos Sociais;
CONTEÚDOS BÁSICOS
Direito: civis, políticos e sociais;
Direitos humanos;
Conceitos de cidadania;
280
Movimentos Sociais no Brasil;
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
A questão das ONGs.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro Brasileira e
Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os
afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores
que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade
muliticultural e pluriétnica, lei 11.645/03/08 que integra a História e Cultura afro-brasileira
e Indigena ao Currículo de ensino fundamental e de ensino médio. Na mesma dimensão
será trabalhado a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana lei 10.639/03.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O pensamento sociológico na escola é consolidado a partir da articulação de
experiências e conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, procurando dar
um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social capitalista como as
desigualdades sociais e econômicos, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do
trabalho, as relações sociedade-natureza, diversidade cultural, de gênero e étnico-racial,
dessa forma a sociologia está fundamentada nos conteúdos estruturantes que são conteúdos
representativos dos grandes campos de saber, da cultura e do conhecimento universal, são
os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e
organizam os campos de estudo da sociologia.
No ensino de Sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos
metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a
leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos,
temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliográfica ou outros,
pois assim como os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles derivados, os
encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação ensino-aprendizagem também
devem estar relacionados à própria construção histórica da Sociologia crítica, caracterizada
portanto por posturas teóricas e práticas favorecedoras ao desenvolvimento de um
pensamento criativo e instigante.
281
O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como
sujeito de seu aprendizado, não importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a
pesquisa de campo, ou a análise de filmes, mas importa que o
aluno esteja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever
conhecimentos e a reconstituir coletivamente novos saberes.
Ressalva-se a importância do Livro Didático Público que vem dar suporte teórico e
metodológico às aulas dessa disciplina, constituindo-se portanto num ponto de partida para
professores e alunos. O Livro Didático Público, assim como qualquer material didático não
esgota ou supre todas as necessidades do ensino de Sociologia.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia, deve perpassar todas
as atividades relacionadas à disciplina, portanto necessita de um tratamento metódico e
sistemático. Deve ser pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus
critérios devem ser debatidos criticados e acompanhados por todos os envolvidos pela
disciplina.
As formas de avaliação em Sociologia portanto, acompanham as próprias práticas
de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que
acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a
produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, enfim
várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a
clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da
apreensão/compreensão/reflexão dos conteúdos pelo aluno, a mudança na forma de olhar
para os problemas sociais assim como a iniciativa e a autonomia para tomar atitudes
diferenciadas e criativas que rompam com a acomodação e o senso comum. Por fim,
entender que não só o aluno, mas também professores e a instituição escolar devem
constantemente ser avaliados em suas dimensões práticas e discursivas e principalmente
em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.
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REFERÊNCIAS
SEED. Diretrizes Curriculares de Sociologia. Ensino Médio. Curitiba:2009.