PROJETO DE TRABALHO: RECURSO DIDÁTICO PARA CONSTRUÇÃO DE
CONHECIMENTOS SIGNIFICATIVOS SOBRE OBESIDADE E QUALIDADE DE
VIDA
Sandra Costa de Souza
Patrícia de Oliveira Rosa da Silva
RESUMO
O presente estudo propõe o desenvolvimento de um Projeto de Trabalho voltado para o aluno da EJA, com a finalidade de tornar mais significativos os conhecimentos sobre Obesidade e Qualidade de Vida. Para tanto, buscou-se fundamentos teórico-metodológicos que possibilitaram a elaboração e aplicação do Projeto de Trabalho que leva em consideração o conhecimento prévio do aluno, despertando-o para a aquisição de novas informações e conceitos. Primeiramente, buscou-se levantar os interesses e conhecimentos prévios dos alunos sobre “Obesidade e Qualidade de vida”. Posteriormente, foram propostas atividades e dinâmicas relacionadas ao tema que possibilitaram aos alunos uma reflexão sobre seus hábitos alimentares e prática de atividades físicas, assim como incentivaram os mesmos a um desenvolvimento de condutas para uma vida mais saudável, contribuindo assim, para a formação de sujeitos ativos, reflexivos e participantes da sociedade em que vivem.
Palavras-chave: Obesidade. Qualidade de Vida. Projeto de Trabalho. Aprendizagem Significativa.
ABSTRACT
1
This study proposes the development of a Project Working toward the student´s adult education, aiming make more significant knowledge about Obesity and Quality of Life. To this end, we attempted to theoretical and methodological foundations that enabled development and implementation of the Project Work that takes into consideration the student´s previous knowledge, awakening for the acquisition of new information and concepts. First of all, we sought to raise the interest and prior knowledge of students on “Obsesity and Quality of life”. Later, it was proposed activities and dynamics related to the theme that made it possible to students reflect on their eating habits and physical activity, and encouraged the same development work for a living healthier, thus contributing to the formation of active subjects, and reflective participants in society in which the live.
Key-words: Obesity, Quality of Life, Project Work, Meaningful Learning.
INTRODUÇÃO
2
Um dos grandes desafios para os educadores, é sem dúvida, tornar
significativos os conteúdos estudados. No que diz respeito ao tema obesidade e
qualidade de vida, percebe-se que embora todo o enfoque dado pelos conteúdos
curriculares e até mesmo pela mídia, muitos alunos não conseguem tornar
significativas essas informações, a ponto de mudar comportamento e ações que
contribuam para uma vida mais saudável. Buscou-se desenvolver um Projeto de
Trabalho, voltado para o aluno da Educação de Jovens e Adultos, já que essa
modalidade de ensino abarca pessoas de faixas etárias variadas e que requerem
uma atenção especial, já que muitos são pais de família, trabalhadores e
principalmente idosos, o que muitas vezes apresentam dificuldades na construção
do conhecimento. Assim, um Projeto de Trabalho mostra-se como um recurso
didático que viabilize a construção de conhecimentos significativos, visto que a
aprendizagem é baseada na sua significância. Inicialmente, foram levantados dados
que evocaram os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema.
Posteriormente, buscou-se evidenciar conceitos e publicações que
apontam para as consequências da obesidade sobre a saúde, assim como a
importância de se desenvolver bons hábitos de alimentação e rotina de atividades
físicas. Ao final, os alunos foram incentivados a desenvolverem novas condutas
quanto a uma alimentação mais saudável e à prática de atividades físicas, a fim de
que houvesse melhoria na sua qualidade de vida e também das pessoas de seu
convívio.
1. PROJETO DE TRABALHO E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
O aprendizado dos estudantes começa muito antes do contato com a
escola. Por isso, aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o
primeiro dia de vida e qualquer situação de aprendizagem na escola tem sempre
uma história anterior. No entanto, há diferença entre o aprendizado anterior e o
escolar, pois o primeiro não é sistematizado enquanto o segundo é e tem por
objetivo a assimilação do conhecimento científico e pode produzir algo
fundamentalmente novo no desenvolvimento do estudante (PARANÁ, 2008).
3
A apropriação do conhecimento científico pelo estudante no contexto
escolar implica superação dos obstáculos conceituais. Para que isso ocorra, o
conhecimento anterior do estudante, construído nas interações e nas relações que
estabelece na vida cotidiana, num primeiro momento deve ser valorizado, tomá-lo
como ponto de partida, poderá resultar na formação de conceitos científicos para
cada educando. Para tanto, é necessário que os mesmos sejam algo significativo
no seu cotidiano.
A Teoria da Aprendizagem Significativa foi proposta inicialmente por
Ausubel (1963) e mais tarde por Novak (2000). Para Ausubel (apud Moreira, 1982,
p.37), aprendizagem significativa “é um processo pelo qual uma nova informação se
relaciona com um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo e
ocorre quando a nova informação ancora-se em conceitos relevantes preexistentes
na estrutura cognitiva de quem aprende”.
A aprendizagem significativa depende de duas condições
imprescindíveis: a primeira diz que o aluno precisa ter uma disposição para aprender
e a segunda refere-se ao conteúdo escolar a ser aprendido, que, por sua vez,
precisa ser lógica e psicologicamente significativo: “o significado lógico depende
somente da natureza do conteúdo, e o significado psicológico é uma experiência que
cada indivíduo tem. Cada um filtra os conteúdos que têm significado ou não para si
próprio” (PELIZZARI et al, 2002, p.38).
De acordo com a teoria de Ausubel (apud MOREIRA, 1982, p. 39-40),
a aprendizagem significativa apresenta vantagens essenciais em relação à
aprendizagem memorística, a saber, o conhecimento adquirido de maneira
significativa é retido e lembrado por mais tempo além de aumentar a capacidade de
aprender outros conteúdos de uma maneira mais fácil, mesmo se a informação
original for esquecida.
Uma prática baseada em Projeto de Trabalho considera que a
aprendizagem seja caracterizada como uma produção ativa de significados, tendo
como função principal possibilitar aos alunos o desenvolvimento de estratégias de
organização dos conhecimentos escolares, facilitando a construção dos mesmos
(HERNÁNDEZ, 1998).
4
Não se organiza o projeto em detrimento dos conteúdos das
disciplinas, pois não é possível ensinar tudo por meio do mesmo. Há muitas
maneiras de aprender e os projetos de trabalho constituem uma estratégia de ensino
(HERNÁNDEZ, 1998)
O desenvolvimento de projetos, com o objetivo de resolver questões
relevantes para o grupo, gera necessidades de aprendizagem e, nesse processo, os
alunos se defrontam com os conteúdos das diversas disciplinas, entendidos como
“instrumentos culturais” valiosos para a compreensão da realidade e intervenção em
sua dinâmica (HERNÁNDEZ, 1998).
Não é o simples fato de os projetos gerarem necessidades de
aprendizagem que se está garantindo a mesma. É preciso que os alunos se
apropriem desses novos conhecimentos e para isso a intervenção do professor é
fundamental, no sentido de criar ações para que esta apropriação se faça de forma
significativa. Assim, as novas aprendizagens passam a fazer parte dos esquemas de
conhecimento dos alunos e poderão servir de conhecimento prévio para outras
situações de aprendizagem (HERNÁNDEZ, 1998).
As experiências vividas e a produção cultural sistematizada se
entrelaçam, dando significado às aprendizagens construídas, que são utilizadas em
outras situações, mostrando, assim, que os alunos são capazes de estabelecer
relações e utilizar o conhecimento aprendido, quando necessário.
2. HÁBITOS ALIMENTARES – COSTUMES E VALORES CULTURAIS
Os hábitos alimentares estão intimamente ligados aos costumes e
valores culturais de cada povo em particular. Se retrocedermos historicamente
podemos perceber as mudanças que ocorridas nos hábitos alimentares dos
indivíduos através dos tempos.
5
A Pré-História é caracterizada pela caça e pelo aproveitamento dos
recursos fornecidos pela natureza. Posteriormente, a produção de alimentos através
do cultivo da terra e da domesticação de animais. Na Era dos Descobrimentos,
ocorreu um intercâmbio com o Novo Mundo o que repercutiu na diversidade de
hábitos alimentares e desencadeou a necessidade de se descobrir maneiras de
guardar e conservar alimentos.
No século XX, o homem passou a ser capaz de produzir de forma
sintética vitaminas, minerais e suplementos alimentares. Além de que novos
métodos de conservação como a desidratação, a defumação e o congelamento
surgiram com a tecnologia.
Hoje, convivemos com os “fast-food” em nossos hábitos alimentares,
cujos “nutrientes econômicos” valem mais do que o cuidado com a nutrição e a
saúde propriamente ditas. Esses fatores têm contribuído para um aumento
significativo no índice de pessoas obesas em todo o mundo, incluindo também a
população brasileira.
De acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40% da população adulta do país está
acima do peso ideal. Isso se deve à correria do dia-a-dia, falta de exercícios físicos e
a má alimentação, ou seja, o consumo excessivo de calorias provenientes
principalmente de carboidratos refinados (pães, bolos, bolachas) e de gorduras, pois
esses alimentos são facilmente encontrados em supermercados a preços
acessíveis, mais baratos que legumes, verduras e frutas, que têm sido cada vez
menos consumidos.
3. OBESIDADE E QUALIDADE DE VIDA
A obesidade ou excesso de peso é uma enfermidade que tem como
característica o acúmulo excessivo de gordura corporal associada aos problemas de
saúde, ou seja, causa prejuízos à saúde do indivíduo.
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O organismo humano é o resultado de diferentes interações entre o
seu patrimônio genético (herdado de seus pais e familiares), o ambiente
socioeconômico, cultural e educativo e o seu ambiente individual e familiar. A
obesidade é o resultado de diversas dessas interações, principalmente as que estão
relacionadas aos aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Pode-se então
dizer que, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade,
assim como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo
um grupo de pessoas. Recentemente, vem se acrescentando uma série de
conhecimentos científicos referentes aos diversos mecanismos pelos quais se ganha
peso, demonstrando cada vez mais que essa situação associa-se, na maioria das
vezes, com diversos fatores.
No entanto, apesar das diversas causas citadas acima, a obesidade
sempre estará associada a um aumento da ingestão alimentar e a uma redução do
gasto energético correspondente a essa ingesta, sendo que o aumento da ingesta
pode ser decorrente da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de
sua qualidade, resultando numa ingesta calórica total aumentada e o gasto
energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas ou ser
dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas
quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais.
A obesidade não provoca sinais e sintomas diretos, a não ser
quando atinge valores extremos, mas pode provocar no paciente, importantes
limitações estéticas, principalmente nos dias atuais onde o padrão de beleza, exige
um peso corporal até menor do que o aceitável como normal.
Além disso, os pacientes obesos apresentam limitações de
movimento, sobrecarga no sistema locomotor, artroses, varizes, erisipela e tendem a
ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de
gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves.
O acúmulo de gordura corporal é ainda um fator de risco para uma
série de doenças como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças
cérebro-vasculares, Diabetes Mellitus tipo II ou distúrbios como hipercolesterolemia,
diminuição de HDL (High density lipoprotein – lipoproteínas de alta densidade
7
“colesterol bom”), aumento da insulina, intolerância à glicose, apnéia do sono entre
outros.
Dessa forma, a obesidade apresenta-se como um severo risco para
a saúde de seu portador, o que faz com que tenham uma diminuição muito
importante da sua expectativa de vida, principalmente quando são portadores de
obesidade mórbida.
A maneira mais utilizada e também recomendada para se avaliar o
peso corporal em adulto é o índice de massa corporal (IMC), recomendado inclusive
pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do
paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado
(quadrado de sua altura). O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da
obesidade e caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a
seguir:
Tabela 1 – IMC relacionado ao grau de risco e tipo de obesidade
IMC (kg/m2) Grau de Risco Tipo de obesidade18 a 24,9 Peso saudável Ausente25 a 29,9 Moderado Sobrepeso (Pré-Obesidade )30 a 34,9 Alto Obesidade Grau I35 a 39,9 Muito Alto Obesidade Grau II40 ou mais Extremo Obesidade Grau III ("Mórbida")Fonte: Czepielewski, 2001.
Em um indivíduo adulto (mais de 20 anos), o peso normal, varia
conforme sua altura, portanto é necessário estabelecer os limites inferiores e
superiores de peso corporal para as diversas alturas conforme a seguinte tabela:
Tabela 2 – Relação entre altura e peso inferior e superior
Altura (cm) Peso Inferior (kg) Peso Superior (kg)145 38 52150 41 56155 44 60160 47 64165 50 68170 53 72175 56 77180 59 81
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185 62 85190 65 91
Fonte: Czepielewski, 2001.
A obesidade pode ser classificada dependendo do segmento
corporal no qual há predominância da deposição gordurosa, da seguinte maneira:
Obesidade Difusa ou Generalizada, onde o acúmulo de gordura está
distribuído de forma generalizada no organismo.
Obesidade Andróide ou Troncular (ou Centrípeta), contribuindo para
o paciente apresente uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com
maior deposição de gordura visceral e se relaciona diretamente com alto risco de
doenças metabólicas e cardiovasculares.
Obesidade Ginecóide, na qual ocorre um predomínio de acúmulo de
gordura ao nível do quadril, na qual o paciente apresenta uma forma corporal
semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e varizes.
Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por
esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril,
que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência
do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos
quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher.
A simples medida da circunferência abdominal também já é considerada um
indicador do risco de complicações da obesidade, sendo definida de acordo com o
sexo do paciente.
Tabela 3 – Riscos de complicações da obesidade em homem e mulher
Risco Aumentado Risco Muito Aumentado
Homem 94 cm 102 cm
Mulher 80 cm 88 cm
Fonte: Czepielewski, 2001.
Outro método de avaliação da composição corporal é através da
medida da prega cutânea utilizando-se o lipocalibrador, que permite estimar a massa
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gorda do indivíduo avaliado. Outros exames como a Bioimpedância, a Tomografia
Computadorizada, o Ultrassom e a Ressonância Magnética são utilizados apenas
em alguns casos, nos quais se pretende determinar com mais detalhe a constituição
corporal.
Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da
comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão
expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente.
A avaliação médica de um paciente obeso deve incluir uma história e
um exame clínico (hemograma, creatinina, glicemia de jejum, ácido úrico, colesterol
total e HDL, triglicerídeos e exame comum de urina) detalhados, se necessários
exames específicos (Rx de tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste
ergométrico) e até mesmo avaliação e tratamento psiquiátrico.
O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação
alimentar, o aumento da atividade física, ou seja, uma mudança do estilo de vida do
paciente.
3.1 Reeducação Alimentar
Através da reeducação alimentar, o paciente reduzirá a ingesta
calórica total e o ganho calórico decorrente. Isso a torna fundamental no tratamento
da obesidade, muitas vezes necessitando até de suporte emocional ou social,
através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar).
Contudo, independente desse suporte, a orientação dietética deverá
sempre ser feita por um profissional da área. Não se deve partir para dietas muito
restritas, pois as mesmas podem desencadear alterações metabólicas graves, nem
dietas onde se consome apenas alguns tipos de nutrientes ou alimentos (dieta da
sopa, dieta do abacaxi, dieta dos carboidratos entre outras).
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A mais indicada é a dieta hipocalórica balanceada, onde será
calculada a quantidade calórica levando-se em consideração a atividade física
desenvolvida pelo paciente. Nesse tipo de dieta geralmente os alimentos são
distribuídos em 5 ou 6 refeições por dia, tendo como referência para o cálculo diário
os grupos de alimentos contidos na Pirâmide Alimentar.
3.2 Exercícios Físicos
A atividade física “é qualquer movimento corporal produzido por
músculos esqueléticos que resulta em gasto energético enquanto que o exercício é
uma atividade física planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter
o condicionamento físico”.
O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente
obeso, pois além de melhorar o rendimento do tratamento com dieta, diminui o
apetite, aumenta a ação da insulina, melhora a distribuição das gorduras no corpo
além de proporcionar uma sensação de bem-estar e auto-estima.
Assim como as dietas, o ideal é que também os exercícios sejam
orientados por um profissional da área. Pois não bastam apenas se movimentar para
se obter resultados no organismo. Para isso é necessário realizar exercícios
regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana,
inicialmente leves e a seguir moderados.
Assim, com uma dieta saudável incentivada já na infância, a
realização de uma atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos saudáveis e
uma estrutura familiar organizada, o indivíduo poderá manter a sua saúde e
consequentemente sua qualidade de vida.
4. PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
Em razão de o presente Projeto ter sido desenvolvido em uma turma
da EJA, há uma diversidade grande de faixa etária o que proporcionou uma troca
grande de experiências. Essa turma era composta por senhoras donas de casa e
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jovens de ambos os sexos, trabalhadores, num total de oito alunos, os quais serão
identificados por números, a fim de que suas identidades sejam preservadas. Para a
realização do Projeto, foram desenvolvidas várias atividades e os dados coletados
através de respostas escritas e vídeos gravações.
5. ALGUNS RESULTADOS OBTIDOS NA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
Durante o desenvolvimento do Projeto, cada aluno foi observado
individualmente. Embora a diversidade das pessoas envolvidas, alguns resultados
são comuns.
A atividade 1 foi realizada em 10/03/09 e constou de um questionário
(Apêndice 1), que tinha por objetivo identificar os conhecimentos prévios dos alunos
sobre obesidade e qualidade de vida.
Após a análise das respostas desse questionário verificou-se que
para os alunos 1e 7, a obesidade é o excesso de gordura. Para o aluno 4 é o
acúmulo de gordura. Para os alunos 2,5 e 6 é estar acima do peso. O aluno 3 diz
que a obesidade é fruto de rotina de vida desorganizada. Mas somente o aluno 8
referiu-se à obesidade como sendo uma doença causada pelo acúmulo excessivo
de gordura, indo ao encontro com a definição apresentada pela literatura. Embora os
demais alunos não tenham reconhecido a obesidade como uma enfermidade, foram
unânimes em responder que a mesma sempre está relacionada aos problemas de
saúde.
Quando questionados sobre as dificuldades encontradas pelos
obesos todos responderam que a maior é quanto à locomoção e cansaço, além de
que para os alunos 3 e 8, os mesmos podem sofrer com preconceitos e baixa auto-
estima.
Todos relataram ainda que a obesidade possa ser prevenida com
alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos.
Sobre a questão “qualidade de vida”, foram unânimes em associá-la
a boa alimentação e prática de exercícios físicos, sendo que para os alunos 1, 3, 5,
7 e 8, nos dias atuais é muito difícil viver com qualidade, devido a falta de dinheiro,
agitação da vida, poluição e alimentos contaminados.
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A atividade 2 (Apêndice 2), realizada em 12/03/09, buscou levantar
dados sobre os hábitos alimentares e rotina de vida dos alunos envolvidos no projeto
e a partir daí propor mudanças naqueles que necessitem. Os resultados obtidos
foram os seguintes: com exceção dos alunos 2, 6 e 8 os demais já fizeram dietas
alimentares para emagrecer, onde obtiveram alguns resultados, mas os mesmos
não permaneceram por muito tempo. Com relação aos hábitos alimentares a maioria
não consome alimentos integrais, mas alimentação de verduras e legumes
principalmente no almoço e alguns também no jantar. Poucos possuem o hábito de
consumir frutas frescas. Todos os alunos possuem o hábito de consumir frituras e
embutidos pelo menos duas a três vezes por semana, assim também quanto ao
consumo de carne vermelha. Quanto aos enlatados, com exceção do aluno 7, os
demais relataram que raramente consomem. Em relação aos doces, os alunos 1, 4 e
7 consomem doces diariamente, os demais duas a três vezes por semana. Todos
relataram não possuir o hábito de verificar a tabela nutricional dos alimentos que
consomem, mas observam o prazo de validade.
Referindo-se a prática de exercícios físicos, foram feitos os
seguintes relatos: os alunos 1 e 7 gostariam de praticar algum tipo de exercício
físico, mas não tem tempo. O aluno 2, não pratica e não gosta. Os alunos 3, 4 e 6, já
praticaram exercícios físicos, pararam e desejam voltar em breve. Os alunos 5 e 8,
praticam e desejam sempre continuar essa prática.
Com esses resultados obteve-se um panorama geral da turma e
assim pode-se propor algumas atividades que os levassem a refletir sobre seus
hábitos alimentares e prática de exercícios físicos hábitos, desmistificando
conceitos, apresentando novos e se necessário mudando paradigmas que
contribuiriam para uma melhor qualidade de vida.
Sendo assim, a terceira atividade desenvolvida, foi a exibição do
filme “Super Size me” em 17/03/09.
Durante a exibição do filme, algumas colocações e reações foram
observadas como a do aluno 1 que disse: “se for parar para pensar, tem gente que
come totalmente errado”; “ não tinha idéia o quanto que esse tipo de alimento(fast
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food) faz mal para a saúde”; “depois quero uma cópia desse filme para mostrar para
minhas filhas, é preciso alerta-las, porque os adolescentes adoram lanche”.
Os alunos 3 e 5, são descendentes de japonês e moraram no Japão
durante um tempo, e fizeram a seguinte colocação: “embora o grande número de
lanchonetes de franquias conhecidas, principalmente nas grandes cidades, os
japoneses não são tão consumistas desse tipo de alimento, quanto os americanos,
mesmo porque custa muito caro. Talvez seja por isso que a obesidade lá atinja
menos pessoas que nos Estados Unidos”.
O aluno 4 fez questão de levar uma cópia do vídeo para assistir com
seus familiares e alertá-los sobre os ricos que o “fast food” causa a saúde.
Ao ver as cenas em que mostravam o mal estar causado pela
ingestão de alimentos tão artificiais no organismo do protagonista, o aluno 6 também
começou passar mal.
Após a exibição do filme, foi aberta a discussão sobre a mudança de
hábito na alimentação através dos tempos e isso levou os alunos a seguinte
reflexão: a falta de tempo para o preparo das refeições tem sido um dos maiores
aliados para o aumento da obesidade, principalmente entre crianças e adolescentes,
pois na maioria das vezes na hora das refeições os pais nem se encontram em casa
e com isso eles acabam comendo o que é mais fácil e rápido de fazer. Também o
incentivo dado pela mídia ao consumo de “fast food”, tem levado, principalmente a
geração mais jovem, ao consumo deste tipo de alimento.
Com a finalidade de fazer um paralelo entre uma alimentação
baseada em “fast food” e uma alimentação saudável, em 09/04/09, foi trabalhado um
texto com o título “A Alimentação Equilibrada”, que se encontra na apostila utilizada
pelos alunos do CEEBJA e também um vídeo “Aprenda se alimentar com Sr.
Banana”. Tanto o texto quanto o vídeo apresentam a Pirâmide Alimentar, que mostra
a organização dos alimentos em grupos e orienta o consumo de, pelo menos, um
alimento de cada grupo diariamente, levando em consideração que a largura da
pirâmide em cada nível da à idéia da quantidade relativa de cada tipo de alimento
em uma dieta equilibrada, ou seja, os alimentos da base participam em maior
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quantidade na alimentação de um adulto do que os alimentos do topo da pirâmide.
Ressalta ainda a importância de variar os tipos de alimento, pois cada alimento
possui uma combinação diferente de nutrientes. Também através do mesmo texto foi
apresentada a fórmula do cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea) e a tabela
com os índices do IMC indicando: peso saudável, sobrepeso e obesidade.
Durante a execução dessa atividade, todos calcularam o seu IMC e
os seguintes resultados foram constatados: os alunos 1, 2, 6 e 7, apresentam índice
que indica peso saudável, embora alguns queiram emagrecer, pois estão no limite
como relatou o aluno 1. Os alunos 3 e 4 possuem índice que sugere sobrepeso e os
alunos 5 e 8 apresentam IMC acima de 30, embora o aluno 8 faz musculação e
apresenta grande quantidade de massa muscular.
Essa atividade levou os participantes a uma reflexão que resultou em
colocações importantes como a do aluno 3 que apresentou IMC 28 e disse: “eu não
sou muito chegado em comer frutas e parei de fazer exercícios regularmente, acho
que por isso estou um pouco acima do peso ideal”. Aluna 4 “preciso deixar de tomar
tanto refrigerante é o mais difícil. Devo ter uma alimentação mais colorida rica em
vitaminas e trocar os doces pelas frutas”. Aluno 5: “É estou realmente acima do
peso, meu IMC é 34. Estou tentando fazer uma dieta mais equilibrada, faço
caminhada, mas tenho que controlar mais minha alimentação. Essa leitura me
alertou para a necessidade de ter uma alimentação balanceada”. Aluno 7: “Já fui
vinte quilos mais gorda. Meu IMC deu 25, é só eu continuar controlando minha
alimentação, na minha idade é preciso pensar mais na saúde que na estética, por
isso faço caminhada quando dá e cuido da alimentação, não fico comendo muita
gordura. Preciso mesmo é comer mais frutas, não tenho esse hábito”.
Com isso, informações significativas, como a organização dos
alimentos na Pirâmide Alimentar, tipos de lipídios que devem ser consumidos
(insaturados e polissaturados) e os que devem ser evitados (saturados), o cálculo do
IMC, serviram de suporte para o desenvolvimento das atividades e discussões
posteriores, pois os alunos puderam perceber que embora saibam da importância
em se manter uma dieta equilibrada, a ingesta de uma alimentação colorida com
presença de vários tipos de vitaminas e sais minerais, muitas vezes esse saber não
é valorizada e praticado. Alimentos gordurosos são consumidos com freqüência,
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sem levar em consideração os prejuízos que causam a saúde. Pode-se verificar que
o consumo de refrigerantes é grande em detrimento do consumo de sucos naturais.
Nos dias que seguiram após a discussão da importância de se
manter uma dieta equilibrada, foi possível perceber algumas mudanças nos hábitos
alimentares de alguns alunos como, por exemplo, o aluno 1 tem evitado frituras e
tem comido mais legumes e verduras. O aluno 3 relatou ter procurado comer mais
frutas. O aluno 4 que várias vezes chegava para a aula tomando refrigerante
substituiu por suco. O aluno 5 que trazia bolo para comer na hora do intervalo,
passou a trazer fruta. O aluno 6 disse que passou a comer menos “lanche”.
Em 18/06/09, foi ministrada a palestra por uma personal trainner, que
discorreu sobre a necessidade de manter um equilíbrio em todas as áreas da vida, a
fim de viver com qualidade, visto que não é só uma alimentação saudável e prática
de atividade física que levam uma pessoa viver com qualidade. A palestra foi
baseada no livro “Sete Vidas” do autor Tom Coelho, que faz a seguinte divisão da
vida: saúde e esporte; família e afetividade; carreira e vocação; cultura e lazer;
sociedade e comunidade; bens e possessões; mente e espírito.
Seguindo esse roteiro, a palestrante foi levando os participantes a
refletirem que uma vida com qualidade, não depende apenas de boa alimentação e
prática de exercícios físicos, mas abrange todas as áreas da vida. Exercício físico
não é só para manter a forma, mas tem tudo a ver com nossa qualidade de vida. “É
recomendado até pra quem tem depressão como parte do tratamento.”
No decorrer da palestra várias perguntas foram surgindo como a do
aluno 7 que questionou o valor do IMC de uma pessoa que possui grande
quantidade de massa muscular, ao que a palestrante respondeu: “como o músculo
que é chamado de massa magra “pesa bastante”, não é apenas pelo IMC que se
verifica se uma pessoa está acima do peso ideal, visto que obesidade é o acúmulo
de gorduras no organismo. Então, é necessário fazer a medida da prega cutânea ,
com auxílio do lipocalibrador e então avaliar a quantidade de massa gorda do
indivíduo”.
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Outros relatos sobre experiências referentes aos demais fatores que
interferem na qualidade de vida, também puderam ser compartilhadas O que se
pode notar é que, por se tratar de alunos da EJA, há muitas histórias de superação
na busca de melhorias em suas vidas e de equilíbrio não só no físico, mas também
no social, familiar e emocional.
Tendo por base a palestra sobre qualidade de vida, no dia 25/06/09,
foi solicitado aos alunos que se organizassem em pequenos grupos e que
elaborassem algumas dicas para obter uma vida com qualidade. Os mesmos foram
bem abrangentes em suas sugestões como as seguintes: “procurar estabelecer uma
rotina, onde haja tempo para a realização de uma atividade física e uma conversa
agradável com sua família”. “Manter o controle diante uma situação estressante”;
“Manter uma dieta equilibrada, evitando alimentos gordurosos e calóricos”; “Reunir-
se com amigos para momentos de descontração”; “Respeitar as horas de descanso
de seu organismo”; “Não ficar revivendo o passado, mas viver o presente com
intensidade”; “Dedicar-se a família”; “Procurar trabalhar naquilo que gosta”; “Não se
preocupar com trabalho nos momentos de diversão”; “Dedicar um tempo para si
mesmo”; “Ter fé”.
Após a execução dessa atividade e posterior comparação às
respostas apresentadas no questionário inicial, pode-se constatar que a principio, os
alunos aliavam qualidade de vida somente à boa alimentação e prática de
exercícios. Após a palestra, os mesmos perceberam que para o desenvolvimento de
uma vida saudável não basta apenas cuidar da alimentação e praticar exercícios
físicos, mas é necessário um equilíbrio em todas as áreas da vida. Dessa forma os
alunos puderam sugerir estratégias que abrangem todas as áreas da vida, para que
a mesma possa ser desfrutada com qualidade.
Como culminância do projeto aplicou-se novamente o questionário
diagnóstico, onde se obteve os seguintes resultados: a obesidade é uma doença
causada pelo excesso de gordura no organismo e que pode causar outros
problemas de saúde como a hipertensão, diabetes, problemas nas articulações,
além de contribuir para baixa auto-estima e preconceitos. Que é possível muitas
vezes prevenir a obesidade com uma reeducação alimentar e prática de atividade
física. Que para se viver com qualidade de vida não basta ter uma alimentação
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equilibrada e fazer exercícios físicos, mas é preciso manter o equilíbrio em todas as
áreas da vida, mesmo nos dias de hoje.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização de recursos didáticos diferenciados na construção do
conhecimento dos educandos do século XXI é necessária e eminente. No entanto,
esses novos conhecimentos deverão ser ancorados aos conhecimentos prévios dos
alunos, a fim de que possam ser significativos e aprendidos.
Durante o desenvolvimento do presente projeto, verificou-se que
alguns dos participantes começaram a mudar seus hábitos alimentares, como fora
relatados anteriormente, outros já estudam a idéia de assumir uma nova conduta
quanto à prática de atividades físicas e agora com embasamento científico, assim
como aqueles que decidiram tomar nova postura diante das dificuldades que
possam vir, sabendo que para se viver com qualidade, é necessário que todas as
áreas da vida estejam em equilíbrio e que para isso ocorra a busca de ser individual,
ou seja, depende de cada pessoa.
Portanto, cabe ao professor comprometido com a educação e seus
alunos, buscar novas propostas e recursos didáticos, como o uso das tecnologias
(TV pen-drive, software), utilização de jogos, pesquisas e também o
desenvolvimento de projeto, que visam de tornar cada vez mais o aprendizado
significativo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CZEPIELEWSKI, Mauro Antônio. Obesidade. Disponível em
<http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?303>. Acesso em 07/11/2009
18
HERNÁNDEZ, Fernando & VENTURA, Montserrat. A Organização do currículo por
projetos de trabalho – o conhecimento é um caleidoscópio. Porto Alegre, Artmed,
1998.
MOREIRA, Marco A & SALZANO MASINI, Elcie F. Aprendizagem Significativa – A
teoria de David Ausubel. São Paulo, Editora Moraes, 1982.
PARANÁ/SEED - Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental,
2008.
PELIZZARI, Adriana et al. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel.
Rev.PEC, Curitiba, vol 2, número 1, páginas 37-42, julho 2001 – julho 2002.
WIKIPÉDIA. A ENCICLOPÉDIA LIVRE. Obesidade no Brasil. Disponível em
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade#No_Brasil>. Acesso em 26/08/2008.
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APÊNDICE 1
QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO
1) Para você, o que significa obesidade?
2) Você considera a obesidade uma doença? Justifique.
3) Em sua opinião, existe diferença entre sobrepeso e obesidade?
Qual?
4) Você acha que uma pessoa obesa enfrenta dificuldades no seu
dia-a-dia? Quais?
5) É possível prevenir a obesidade? Como?
6) O que você entende por “qualidade de vida”?
7) Nos dias atuais, é possível se viver com qualidade? Dê
exemplos.
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APÊNDICE 2
QUESTIONÁRIO DE INVESTIGAÇÃO
I) IDENTIFICAÇÃO:
Nome:
Idade:
Sexo:
Peso (aproximado):
Altura (aproximada):
II) QUESTÕES:
1) Alguma vez você já fez dieta para emagrecer? Era acompanhada
por profissional da área da saúde ou nutrição?
2) Os resultados esperados foram atingidos? Por quanto tempo?
3) Você tem o hábito de consumir alimentos integrais como pães,
biscoitos, bolachas, arroz e outros? Com que freqüência?
4) O consumo de frutas frescas faz parte do seu cardápio diário?
5) Legumes e verduras fazem parte do seu cardápio diário? Em
quais refeições?
6) Quais são os vegetais mais consumidos por você?
7) Com que freqüência você consome produtos embutidos e
defumados como lingüiças, salsichas, mortadela, presunto,
salame, etc?
8) Você tem o hábito de comer carnes vermelhas e/ou de porco?
Quantas vezes por semana?
9) Você costuma comer alimentos fritos (frituras)? Quantas vezes
por semana?
10) Alimentos enlatados (milho, ervilha, palmito, extrato de tomate,
sardinha, azeitona, atum, etc) fazem parte do seu cardápio
diário? Com que freqüência?
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11) Você tem por hábito observar a tabela nutricional e a data de
validade dos produtos alimentícios antes de adquiri-los?
12) Com que freqüência você consome balas, pirulitos ou doces em
geral?
13) Sobre a prática de atividade física, assinale a frase que mais se
encaixa com o que você pensa:
( ) Eu não penso em me dedicar à prática de uma atividade física,
pois não gosto de fazer exercícios físicos.
( ) Eu gostaria de me dedicar a uma atividade física, mas não
tenho tempo.
( ) Já pratiquei exercícios regularmente, parei, mas desejo votar em
breve.
( ) Pratico atividade física regularmente e pretendo continuar.
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