Coastal Planning & Engineering do Brasil
PROJETO BÁSICO COM DETALHAMENTO CONSTRUTIVO DOS MOLHES DE
FIXAÇÃO DA BARRA DO RIO ARARANGUÁ, MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ (SC)
PRODUTO II
MEDIÇÕES DETALHADAS DE BATIMETRIA NA ÁREA DO CANAL DE
PROJETO E MOLHES
Preparado para:
Prefeitura Municipal de Araranguá
Preparado por:
Coastal Planning & Engineering do Brasil
Maio de 2011
i
Coastal Planning & Engineering do Brasil
ÍNDICE DE REVISÕES
VER DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS
00
ORIGINAL
VER. 00 VER. 01 VER. 02 VER. 03 VER. 04 VER. 05 VER. 06 VER. 07 VER. 08
DATA 06/05/2011
PROJETO BR73
EXECUÇÃO RC/FO
VERIFICAÇÃO LF/B
APROVAÇÃO RB
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA COASTAL PLANNING & ENGINEERING DO BRASIL, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA
SUA FINALIDADE.
A IMPRESSÃO OU REPRODUÇÃO DESTE DOCUMENTO TORNA A CÓPIA NÃO CONTROLADA.
ii
Coastal Planning & Engineering do Brasil
ÍNDICE GERAL
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2
2. LEVANTAMENTO BATIMÉTRICO ............................................................................... 2
2.1 PLANEJAMENTO DAS LINHAS DE SONDAGEM ..................................................... 2
2.2 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS .................................................................................... 4
2.3 POSICIONAMENTO E REDUÇÕES BATIMÉTRICAS ................................................ 7
3. TOPOGRAFIA .................................................................................................................. 8
4. RESULTADOS ................................................................................................................ 10
iii
Coastal Planning & Engineering do Brasil
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Plano de linhas de navegação elaborado para a coleta de dados batimétricos na
região dos molhes propostos para fixação da desembocadura do Rio Araranguá. .................... 3
Figura 2: Janela de navegação do software Hypack, sendo utilizado na execução dos planos
de linhas pré-estabelecidos. ....................................................................................................... 3
Figura 3: Esquema de distribuição dos equipamentos utilizados nos levantamentos
batimétricos com moto aquática. ............................................................................................... 4
Figura 4: Preparação da moto aquática e navegação na zona de arrebentação das ondas. ........ 4
Figura 5: Ecobatímetro (1), sonda batimétrica Odom modelo SMBB200-9 (2), medidor de
velocidade de som Digibar-Pro (3), compensador de movimentos (4)...................................... 7
Figura 6: Relatório com localização do RN1778D utilizado como Nível de Redução para os
levantamentos batimétricos da região. ....................................................................................... 8
Figura 7: Imagem da Referência de Nível IBGE RN1778D. .................................................... 9
Figura 8: Imagem do marco “a”................................................................................................. 9
Figura 9: Imagem do marco “b” implantado com pino de metal: 4 cmx20 cm. ........................ 9
Figura 10: Distribuição espacial dos valores topobatimétricos da região da desembocadura do
Rio Araranguá. ......................................................................................................................... 11
2
Coastal Planning & Engineering do Brasil
1. INTRODUÇÃO
No presente relatório, é apresentada a metodologia utilizada e os resultados obtidos nos
levantamentos topográfico e batimétrico realizados como subsídio ao projeto básico dos
molhes de fixação da desembocadura do Rio Araranguá (SC).
O Levantamento Hidrográfico (LH) realizado na área de estudo atende à Portaria
121/MB/2003 da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), que dispõe sobre instruções
para controle dos levantamentos hidrográficos pela Marinha do Brasil. Este levantamento foi
realizado de acordo com a autorização nº 038/11, emitida no dia 03 de fevereiro de 2011 pelo
Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN).
Anexo a este relatório é apresentado um CD-ROM contendo as seguintes informações:
Relatório Técnico em formato *.pdf e *.doc.
Arquivo em formato *.xyz contendo os dados de topografia e batimetria.
Planta topo-batimétrica em formato *.dwg.
2. LEVANTAMENTO BATIMÉTRICO
2.1 PLANEJAMENTO DAS LINHAS DE SONDAGEM
O planejamento de sondagem foi realizado através do software Hypack 2010. O plano de
navegação possui espaçamento entre as linhas igual a 30 m, contemplando a área do projeto
dos molhes e suas adjacências (Figura 1). A partir da implementação das linhas de sondagem
no software, foi realizada a navegação controlada no traçado planejado (Figura 2).
3
Coastal Planning & Engineering do Brasil
Figura 1: Plano de linhas de navegação elaborado para a coleta de dados batimétricos na região dos
molhes propostos para fixação da desembocadura do Rio Araranguá.
Figura 2: Janela de navegação do software Hypack, sendo utilizado na execução dos planos de linhas
pré-estabelecidos.
4
Coastal Planning & Engineering do Brasil
2.2 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Os principais equipamentos utilizados para a realização do levantamento batimétrico e suas
especificações são apresentados abaixo:
Embarcação
Moto aquática Yamaha WaveRunner modelo VX-Cruiser, com motor de propulsão de
110hp.
Figura 3: Esquema de distribuição dos equipamentos utilizados nos levantamentos batimétricos com
moto aquática.
Figura 4: Preparação da moto aquática e navegação na zona de arrebentação das ondas.
5
Coastal Planning & Engineering do Brasil
Ecobatímetro
Odom modelo Echotrac CV - 100- 200 KHz (Figura 5);
Resolução: 0,01 m;
Acurácia: 0,01 m +/-0,1% da profundidade em freqüência 200 KHz;
Range de profundidade: 0,1 – 200 m a 200 KHz;
Velocidade do som: 1370 a 1700 m/s, resolução de 1 m/s;
Relógio interno;
Entradas para compensador de movimento e medição da velocidade do som;
Saídas para computador externo ou sistema remoto;
Dimensões: 450 mm altura x 450 mm largura x 300 mm de profundidade;
Peso: 15,9 kg.
Transdutor
Odom modelo OTSBB200 (Figura 5);
Peso: 1,0 kg;
Freqüência: 200 kHz;
Largura do beam: 4o / 20
o para 200 kHz;
Tipo de cabo: C43 (2-14 AWG) C43;
Material da janela acústica: uretano.
Compensador de Movimento
Modelo Teledyne TSS (Figura 5);
Compensador os movimentos de heave, pitch e roll;
Acurácia do compensador de heave: 5 cm ou 5% (período de 0 a 20 s);
Acurácia Pitch & Roll: 0,05o;
Range máximo: Heave ±10 m; Roll & Pitch ±60°;
Taxa de saída de dados digitais: até 200 Hz;
Taxa de saída de dados analógicos: até 500 Hz;
6
Coastal Planning & Engineering do Brasil
Dimensões: 172 mm x 99 mm diâmetro;
Peso: ~4,0 Kg.
Sistema de Posicionamento
Receptor GPS Trimble R6 RTK Base (base fixa). Receptor GPS com antena GPS e rádio
UHF integrados em uma única peça. Receptor GPS com 72 canais paralelos e tecnologia
R-Track para rastreamento de GPS L1/CA/L2 com suporte para WASS e EGNOS,
GLONASS L1/CA/L2;
Receptor GPS Trimble R6 RTK Rover (base móvel). Receptor GPS, antena GPS e rádio
UHF, integrados em uma única peça. Receptor GPS com 72 canais paralelos e nova
tecnologia R-Track para rastreamento de GPS L1/CA/L2 com suporte para WASS e
EGNOS, GLONASS L1/CA/L2. Tecnologia de transmissão de dados sem fio,
Bluetooth™, integrada. Capacidade de operar com GSM/GPRS para conexão à Internet
para operar como rover em uma rede Trimble VRS (Virtual Reference Station). Coletor
de dados TSC2 em ambiente Microsoft Windows Mobile for Pocket PC, com Bluetooth e
Wi-Fi integrados e programa Survey Controller;
Rádio Base UHF Trimble HPB450, com 14 canais selecionáveis; potência configurável
em 2 ou 35 W; seletor de canais integrado; a prova d’água e completamente selado;
display de LCD para visualização dos canais, acompanhado de antena de 3 db; cabos de
conexão para antena e GPS;
Suporte de coletor para bastão;
Haste de fibra de carbono de 2 m;
Tripé de alumínio para receptor base;
Base nivelante para receptor base;
Adaptador para base nivelante para receptor base;
Bastão 3,6 m para antena rádio base;
Tripé de bastão para antena rádio base.
Assessórios Complementares
Disco de aferição (bar check) com 60 cm de diâmetro, recomendado pela Odom
Hydrographic;
7
Coastal Planning & Engineering do Brasil
Medidor de velocidade do som na coluna de água Digibar-Pro, da Odom. (Figura 5).
Suporte para transdutor Odom modelo OTSBB200;
Computador Toshiba Toughbook;
Cabos de comunicação entre equipamentos (rede, serial e USB).
Figura 5: Ecobatímetro (1), sonda batimétrica Odom modelo SMBB200-9 (2), medidor de velocidade
de som Digibar-Pro (3), compensador de movimentos (4).
2.3 POSICIONAMENTO E REDUÇÕES BATIMÉTRICAS
Durante as atividades de campo, o sistema de posicionamento da embarcação foi realizado
com um RTK (Real Time Kinematics), R6 Receiver da marca Trimble. O levantamento foi
referenciado ao sistema de coordenadas UTM (Sistema Universal Transverso de Mercator),
DATUM WGS-84, Zona 22S e ao Nível de Redução IBGE. As características do marco
topográfico utilizado são apresentadas na Figura 6.
8
Coastal Planning & Engineering do Brasil
Figura 6: Relatório com localização do RN1778D utilizado como Nível de Redução para os
levantamentos batimétricos da região.
A Estação Geodésica do IBGE foi utilizada como referência de nível pelo fato de não ter sido
encontrado o marco da DHN do local.
3. TOPOGRAFIA
Para o levantamento topográfico foi utilizado o sistema de composição de coordenadas. Para
isto, previamente em reuniões foram apresentadas e discutidas alternativas para o transporte
altimétrico, utilizando marcos pertencentes à rede altimétrica de alta precisão do Banco de
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatíticas).
Nesta etapa localizou-se o RN1778D (Figura 7), referência de nível mais próxima da área de
estudo, localizado na Praça Hercílio Luz, centro de Araranguá/SC. Com a utilização do GPS
Geodésico RTK foi imposta a altitude do referido RN e transportado até os marcos “a”
(Figura 8) e “b” (Figura 9), implantados no estacionamento do Hotel Morro dos Conventos.
9
Coastal Planning & Engineering do Brasil
Figura 7: Imagem da Referência de Nível IBGE RN1778D.
Figura 8: Imagem do marco “a”.
Figura 9: Imagem do marco “b” implantado com
pino de metal: 4 cmx20 cm.
Após obter a altitude ortométrica dos marcos “a” e “b”, foi instalada a base GPS juntamente
com a antena GPS móvel (Rover), separadamente, sobre os mesmos pontos. Em modo
estático coletou-se informações por mais de 3 horas. Feito o procedimento, os dados foram
descarregados para o computador portátil, onde através do software Trimble Bussines Center
realizou-se o pós-processamento das informações coletadas pelo GPS. O processamento para
aquisição de coordenadas planimétricas (“N” e “E”) necessitou de informações da Rede
Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) disponibilizadas pelo o IBGE.
10
Coastal Planning & Engineering do Brasil
4. RESULTADOS
Para a topografia, os resultados obtidos no ajustamento planimétrico (Norte e Leste) com rede
GPS utilizando RBMC, oscilaram abaixo de 0,014 cm. Na altimetria o erro de transporte
ficou abaixo de 0,04 cm. Desta maneira, conclui-se que os resultados planialtimétricos dos
marcos implantados comportaram-se dentro da performace e desvio padrão do equipamento
(GPS Geodésico) utilizado no levantamento.
As isolinhas topográficas mostram que a partir da praia ocorre uma elevação das cotas
altimétricas devido à presença de dunas, seguidas de depressões associadas à presença de
vegetação até a beira do canal fluvial adjacente e paralelo ao alinhamento da costa. Nesta
área, a máxima elevação observada foi igual a 6,73 m e a mínima igual -1,62 m.
Ao longo da área do levantamento batimétrico, as profundidades variaram entre 0,12 m e
9,69 m, com as isóbatas paralelas à praia. Devido à presença de ondas ao longo da zona de
arrebentação, não foi possível realizar amostragem nesta área.
Na Figura 10, são apresentados os resultados da topografia e batimetria realizadas ao longo
da área.
11
Coastal Planning & Engineering do Brasil
Figura 10: Distribuição espacial dos valores topobatimétricos da região da desembocadura do Rio Araranguá.