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Análise de Estudos, Pesquisas e Planos Existentes

Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Socioambiental e Jurídico-Legal

Necessários à Outorga da Exploração do Serviço Público de Transporte Ferroviário

Regular de Passageiros e de Carga no Trecho Brasília-DF, Anápolis e Goiânia-GO

Agosto / 2015

JGP Gestão Ambiental

PRODUTO 2

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Logit Engenharia Consultiva Ltda. Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo – SP CEP 05423-000 São Paulo/SP, Brasil Tel: + 55 11 3474-8500 Fax: + 55 11 3474-8501

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Av. Brigadeiro Faria Lima, 3144 – 11º andar – CEP 01451-000 Jardim Paulistano – São Paulo – SP – Brasil Tel.: (55) 11 3150 7000 - Fax: (55) 11 3150 7071 www.machadomeyer.com.br – E-mail: [email protected]

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Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT

Setor de Clubes Esportivos Sul - SCES, lote 10, trecho 03, Projeto Orla Polo 8 - Cep: 70200-003 - Brasília - DF

Tel: +55 (61) 3410-1000

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

2. ESTUDOS E DADOS EXISTENTES ................................................................................. 4

3. ANÁLISES TEMÁTICAS ................................................................................................... 6

3.1 CARACTERIZAÇÂO SOCIOECONÔMICA............................................................... 6

3.1.1 Caracterização dos documentos selecionados .............................................. 7

3.1.2 Adequação as necessidades do projeto ...................................................... 49

3.1.3 Considerações Finais .................................................................................. 51

3.1.4 Resumo ....................................................................................................... 54

3.1.5 Anexo: Plataforma de Logística Multimodal de Goiás, (Governo de Goiás,

2000) .................................................................................................................... 56

3.2 ESTUDOS DE DEMANDA ...................................................................................... 58

3.2.1 Pesquisas realizadas .................................................................................. 58

3.2.2 Demanda de passageiros ............................................................................ 60

3.2.3 Demanda de cargas .................................................................................... 71

3.2.4 Projeções populacionais.............................................................................. 77

3.2.5 Conclusões ................................................................................................. 78

3.3 CONCEPÇÃO TÉCNICA E OPERACIONAL DOS SERVIÇOS .............................. 79

3.3.1 Analise do Trem de Alto Desempenho Brasília – Anápolis – Goiânia .......... 79

3.3.2 Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EF-151) .............. 91

3.3.3 Conclusões ................................................................................................. 93

3.4 DIRETRIZES DE OUTORGA.................................................................................. 95

3.4.1 Modelos Analisados .................................................................................... 95

3.4.2 Pontos relevantes do projeto TAV e modelo PIL ......................................... 99

3.4.3 Comparação crítica e observações pertinentes ......................................... 115

4. ANEXOS ....................................................................................................................... 115

4.1 ANEXO I – Fator de semana equivalente, fator de sazonalidade e outras

caracterizações dos usuários................................................................................ 116

4.2 ANEXO II – Pontos e movimentos PDTU-DF pesquisa contagem de veículos

e ocupação de veículos ........................................................................................ 119

4.3 ANEXO III – Pesquisa “CONDON-LINE” Identificação dos movimentos,

Quadro síntese e frequência de caminhões .......................................................... 129

4.4 ANEXO IV – Pesquisa “CONDON-LINE” Mapas de linhas de desejo Postos 06

e 07 ...................................................................................................................... 135

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ANÁLISE DE ESTUDOS, PESQUISAS E PLANOS EXISTENTES

1. INTRODUÇÃO

Neste documento será apresentada uma análise dos estudos anteriormente realizados na área

de interesse, contendo o histórico funcional do projeto, os dados e as informações existentes

para a preparação da base de dados e a concepção da base de dados georreferenciados para

o eixo Brasília-Anápolis-Goiânia

Estes estudos e dados foram analisados criteriosamente a fim de identificar-se o que poderá ser

utilizado no projeto.

Esta etapa é anterior à realização do diagnóstico e da identificação dos corredores de transporte

pertinentes.

A análise foi subdividida nas seguintes áreas temáticas:

A condição socioeconômica;

A demanda;

A definição funcional e o traçado dos projetos anteriores;

As diretrizes de outorga.

Para a realização desta análise, foram consultados os arquivos disponibilizados pela ANTT.

Outros dados serão obtidos de diferentes fontes oficiais e instituições, e através de entrevistas,

em etapa posterior do projeto.

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2. ESTUDOS E DADOS EXISTENTES

Os diferentes documentos analisados estão apresentados a seguir (Tabela 1):

Documentos sobre planejamento:

Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

Entorno – PDTU/DF (GDF, 2010);

Documento 2: Projeto da Rede Nacional de Transporte Rodoviário Interestadual de

Passageiros - ProPass Brasil (ANTT, 2012);

Documento 3: Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT (LEI

COMPLEMENTAR Nº 803/2009);

Documento 4: O Distrito Federal e o Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia em 2030 - Projeções

Demográficas e Econômicas para a Região – IBRASE, 2012.

Documento 5: Plataforma de Logística Multimodal de Goiás, (Governo de Goiás, 2000);

Documentos sobre caracterização de transporte.

Documento 6: Pesquisa de caracterização dos usuários dos serviços de transporte

rodoviário de passageiros de curta distância dos municípios do entorno do Distrito Federal

(CEFTRU/ ANTT, 2009);

Documento 7: Pesquisa de satisfação do usuário do transporte rodoviário interestadual

de passageiros no Brasil (CEFTRU/ANTT, 2008);

Documento 8: Pesquisa voltada à quantificação da oferta e da demanda, caracterização

e classificação dos serviços, definição e construção dos mecanismos para a delegação da

prestação dos serviços de transporte coletivo regular rodoviário interestadual de passageiros

de curta distância (FIPE/ANTT, 2010);

Documento 9: Desenvolvimento Metodológico e Prova de Campo para o Levantamento

de Dados de Demanda e Oferta dos Serviços Regulares de Transportes Coletivos

Rodoviários Interestaduais de Passageiros, com Extensão Superior A 75 Km e Geração de

Alternativas de Rede de Linhas a Partir dos Dados Levantados (FIPE/ANTT, 2011).

Estudos anteriores no corredor de interesse:

Documento 10: Análise de Viabilidade de Implantação de um Sistema Ferroviário de Alta

Velocidade no Corredor Brasília – Goiânia à Luz de um Desenvolvimento Sustentável ao

Longo deste Corredor (GDF, 2005);

Documento 11: Estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EF-151), Segmento

Goiânia – Anápolis – Brasília,

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Documentos sobre modelo de outorga

Documento 12: Modelo de Outorga elaborado para o Trem de Alta Velocidade entre as

Cidades do Rio de Janeiro e Campinas (ANTT, 2012);

Documento 13: Modelo de outorga presente na Tomada de Subsídios da ANTT 005/2013

da concessão do trecho ferroviário compreendido entre Açailândia, no Estado do Maranhão,

e Porto de Vila do Conde, no Estado do Pará, projeto integrante do Programa de

Investimentos em Logística do Governo Federal.

Além dos documentos acima citados, outros foram encaminhados para conhecimento do

consórcio, como o Estudo do TAV Brasil Rio de Janeiro – Campinas ou o Estudo de Viabilidade

do VLT de Goiânia..

Tabela 1 – Documentos analisados e temáticas abordadas

Documentos Concepção técnica e

operacional Demanda Socioeconômica Outorga

Documento 1

Documento 2

Documento 3

Documento 4

Documento 5

Documento 6

Documento 7

Documento 8

Documento 9

Documento 10

Documento 11

Documento 12

Documento 13

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3. ANÁLISES TEMÁTICAS

3.1 CARACTERIZAÇÂO SOCIOECONÔMICA

Foram analisados alguns documentos disponíveis sobre a região, com o objetivo de verificar a

adequabilidade das suas informações e/ou proposições para os propósitos da caracterização

socioeconômica necessária aos objetivos do presente estudo de viabilidade.

Essa atividade teve como objetivo específico identificar, nos estudos analisados, a presença de

indicadores qualitativos e quantitativos de desenvolvimento regional que possam embasar

futuros estudos sobre demanda para o trem Brasília-Anápolis-Goiânia.

A caracterização socioeconômica regional e local a ser realizada para o eixo Goiânia-Anápolis-

Brasília deve servir de base para apoiar a avaliação socioambiental das alternativas de traçado,

aspecto fulcral do licenciamento de empreendimentos lineares. Mais especificamente, a

caracterização socioeconômica regional apresenta dois objetivos centrais no seu

desenvolvimento:

a) Sistematizar os dados socioeconômicos necessários à elaboração dos estudos de demanda;

b) Servir de base de referência para a avaliação dos impactos sociais, como parte da avaliação

socioambiental.

Dentro desses objetivos, a caracterização socioeconômica regional deve também constituir uma

referência que permita construir cenários futuros de crescimento dirigido, para a área de estudo,

capazes de orientar a avaliação dos impactos sociais e econômicos do empreendimento.

A análise socioeconômica deverá fornecer um quadro claro referente a diversas variáveis da

dinâmica populacional e econômica da região, entre elas:

Análise da distribuição espacial da população por faixa de renda e quadro tendencial;

Análise da distribuição espacial do desemprego / subemprego;

Níveis de atendimento da população por utilidades e serviços públicos;

Avaliação de indicadores de qualidade de vida;

Caracterização da estrutura regional e principais polos urbanos, mostrando a hierarquia

urbana da região de estudo;

Análise e dimensionamento de processos de ocupação do solo urbano e tendências de

expansão;

Análise da relação entre mobilidade urbana e uso do solo.

Procurou-se, ainda, dar especial destaque na análise às definições relativas aos recortes

geográficos utilizados nos estudos examinados.

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Esses conteúdos foram utilizados como critérios para avaliar os estudos socioeconômicos já

existentes sobre a região.

Os documentos analisados foram:

1. Análise de Viabilidade de Implantação de um Sistema Ferroviário de Alta Velocidade no

Eixo Brasília–Goiânia à Luz de um Desenvolvimento Sustentável ao Longo deste Eixo –

GDF 2004

Deste estudo, foram analisados os documentos:

- Relatório parcial 1.1 - Caracterização Socioeconômica do Eixo;

- Relatório parcial 1.2 - Desafios e Oportunidades;

- Relatório 5.2 – Modelagem espacial.

2. Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA),

elaborado pelo Consórcio MAIA MELO / ARS / EVOLUÇÃO para a VALEC Engenharia,

Construção e Ferrovia S.A., em especial o Segmento 2: Ligação Goiânia/GO-

Anápolis/GO–Brasília/DF, que tem correspondência com o objeto do presente estudo para

essa área.

Deste relatório, os estudos do Volume 2 (Estudos Técnicos) analisados foram:

- Estudos de Inserção Ambiental;

- Estudos de Mercado.

3. LEI COMPLEMENTAR Nº 803, DE 25 DE ABRIL DE 2009

Aprova a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT e dá

outras providências.

3.1.1 Caracterização dos documentos selecionados

a) Análise de Viabilidade de Implantação de um Sistema Ferroviário de Alta Velocidade

no Eixo Brasília–Goiânia à Luz de um Desenvolvimento Sustentável ao Longo deste

Eixo – GDF 2004

Este estudo tinha como premissa a perspectiva de desenvolvimento regional da região do Eixo

Brasília-Anápolis-Goiânia, para o qual deveriam contribuir dois projetos de infraestrutura, o trem

de alto desempenho e o Polo Tecnológico a ser desenvolvido na região. Foram selecionados

três relatórios, desenvolvidos até 2004, que apresentam a perspectiva de desenvolvimento

regional, a caracterização socioeconômica e a modelagem realizada para o Polo de Alta

Tecnologia.

Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo

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O documento apresenta quatro partes:

Localização da região e do eixo do projeto – abrange a análise socioeconômica de Goiás,

Distrito Federal, Região Centro-Oeste e Brasil;

Caracterização dos principais polos - Características Socioeconômicas dos Municípios do

Eixo;

Importância do eixo no desenvolvimento da região – texto analítico sobre as perspectivas

de desenvolvimento da região do eixo, com base no conceito de adensamento econômico;

Caracterização do sistema de transportes – análise jurídica e institucional dos sistemas de

transportes urbanos de Goiânia e Brasília e do transporte interestadual e intermunicipal

rodoviário e aeroviário; proposições para resolver, à época, os pontos de estrangulamento

necessários para viabilizar juridicamente e institucionalmente um sistema ferroviário de

transportes de passageiros no eixo Goiânia-Brasília.

Os conteúdos presentes em cada parte deste relatório são apresentados a seguir:

Análise socioeconômica de Goiás, Distrito Federal, Região Centro-Oeste e Brasil

Nesta parte, procurou-se comparar as unidades da federação, o Centro-Oeste e o Brasil, tendo

sido analisadas diversas variáveis, apresentadas a seguir.

As variáveis demográficas utilizadas foram a definição da área de influência; a área, a população

e a densidade demográfica; as taxas de crescimento da população e sua projeção para 2010. As

tabelas e figuras seguintes mostram uma síntese da situação em 2003.

A Tabela 2 mostra que a população nos Municípios do Eixo em Goiás, é superior a população

do Distrito Federal.

Tabela 2 - População no Eixo Goiânia-Brasília e participação no estado, grande região e Brasil

Integrantes do Eixo Eixo (Hab)

Participação %

Centro - Oeste Brasil

Municípios do Eixo em Goiás 3.301.333 26,8 1,8

Distrito Federal 2.189.789 17,7 1,2

Total 5.491.122 44,6 3,1

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Tabela 1, Página 4

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Figura 1 – Evolução das taxas de crescimento da população 1980-2003 Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo.

Figura 2 – Projeção das taxas de crescimento 2003-2010 Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo.

Essa projeção mostra a tendência declinante das taxas de crescimento populacional no Brasil,

em Goiás e no Distrito Federal entre 2003 e 2010.

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A Tabela abaixo mostra também o adensamento da área do Eixo Goiânia-Brasília existente em

2003 em relação às unidades territoriais maiores.

Tabela 3 - Densidade demográfica do Eixo Goiânia-Brasília em relação aos estados, grande região e Brasil

Integrantes do Eixo Eixo Unidades da Federação

Centro-Oeste Brasil

Municípios do Eixo em Goiás 65,4 15,6

7,2 21,04 Distrito Federal 378,3 378,4

Totais 97,5 21,7

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Tabela 1.1.2. Página 7

O relatório apresenta, em seguida, um rápido panorama sobre as principais características dos

biomas existentes na região Centro-Oeste, além do clima, recursos minerais e hidrografia.

A seguir, a Figura 3 mostra a distribuição do PIB dos grandes setores da economia em Goiás

entre 1990 e 2001, iniciando-se a análise das principais características das atividades

econômicas em Goiás, no Distrito Federal, na região Centro-oeste e no Brasil.

Figura 3 - Participação dos grandes setores de atividade no PIB de Goiás

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Gráfico 1.4.1. Página 8

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A Figura 4 mostra a distribuição dos grandes setores de atividade no Distrito Federal, entre 1996

e 2000.

Figura 4 – Participação dos grandes setores de atividade no PIB do Distrito Federal Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Gráfico 1.4.2. Página 21

Pode-se verificar que no Estado de Goiás vem crescendo a participação das atividades

industriais, ao mesmo tempo em que vem declinando as de serviços, e que no Distrito Federal

os serviços apresentam enorme participação, tendo a indústria uma participação pequena,

proporcionalmente, e a agropecuária, uma participação ínfima.

Outros aspectos foram apresentados, tanto do Estado de Goiás como do Distrito Federal, que

podem ser visualizados em algumas tabelas e figuras apresentadas a seguir.

Goiás era o quarto maior produtor de grãos em 2002 e o segundo maior produtor de leite no

mesmo período, além de ter o quarto maior rebanho de bovinos, o sexto maior rebanho de aves

e o nono maior rebanho de suínos. A região do Eixo Goiânia-Brasília possui papel de destaque

na produção de leite e no plantel de aves.

Tabela 4 – Produção de grãos em Goiás, comparado ao Brasil

Ano Produção (1000 t) Participação

(%)

Posição

Goiás/Brasil Goiás Brasil

1998 6.854,7 78.573,4 8,73 5°

1999 7.836,5 86.054,5 9,11 4°

2000 8.803,8 87.446,5 10,07 4°

2001 9.232,1 102.841,9 8,98 4°

2002 (*) 9.844,9 99.795,6 9,86 4°

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Tabela 1.4.1. Página 9

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Tabela 5 - Rebanhos e produção de leite em Goiás, comparado ao Brasil

Produtos 1998 2002 Crescimento 1998 a 2002

Posição

Aves (mil cabeças) 19.162,8 32.552,6 70,0% 6°

Bovinos (mil cabeças) 18.118,4 20.101,9 10,9% 4°

Suínos (mil cabeças) 1.034,8 1.360,6 31,5% 9°

Vacas Leiteiras (mil cabeças) 1.870,5 2.217,2 18,5% 2°

Produção de leite (mil litros) 1.978,6 2.483,4 25,5% 2°

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Tabela 1.4.2. Página 12

Tabela 6 - Principais produtos exportados por Goiás, em 2001

Produtos US$ 1,000.00

FOB %

Soja em grãos, mesmo triturados 474,012,0 43,01

Bagaços e outros resíduos sólidos, mesmo triturados 181,456,7 16,46

Carnes bovinas desossadas, congeladas e frescas 97,770,0 8,87

Produtos minerais diversos 86,528,7 7,85

Ouro em barras, fios, perfis de seção maçica, bulhão 80,005,0 7,26

Carnes e miudezas de aves 43,950,8 3,99

Carnes e carcaças de suíno 29,216,7 2,65

Açúcar de cana, em bruto 7,846,9 0,71

Couros bovinos 6,047,4 0,55

Tomates – preparados em conserva 4,544,5 0,41

Sorgo em grão 4,376,4 0,40

Milho em grão 3,829,6 0,35

Outros produtos exportados 82,617,80 7,50

Valor total dos produtos exportados 1,102,202,50 100,0

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Tabela 1.4.3. Página 13

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A Tabela 6 mostra os principais produtos exportados por Goiás, em 2001, destacando-se a soja

em grão, com 43% do total.

Quanto ao setor secundário, o projeto de desenvolvimento econômico que Goiás vem

implementando desde o final da década de 1990 vincula-se à abundância de matérias-primas e

à localização estratégica, o que tem viabilizado os investimentos em grandes plantas industriais.

Na época, Goiás participava com 1,1% da indústria do Brasil, com grande participação da

indústria alimentícia (que representava 4,0% da indústria alimentícia do Brasil), indústria química,

metalúrgica básica, fabricação de produtos minerais não-metálicos, indústria farmacêutica e

confecção de artigos do vestuário e acessórios, entre os principais ramos industriais. A indústria

vem crescendo de forma descentralizada, com grandes indústrias sendo instaladas em diversos

municípios, além de Goiânia.

A Figura 5 mostra o Produto Interno Bruto do Brasil, do Centro-oeste, de Goiás e do Distrito

Federal entre 1998 e 2001. Nesta época, Goiás ocupava o 10º lugar no país e o Distrito Federal,

o 8º.

Figura 5 - Crescimento do PIB entre 1998 e 2001

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Gráfico 1.4.3. Página 22

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Tabela 7 - Participação do PIB do Eixo Goiânia-Brasília nos estados, Centro-oeste e Brasil em 2000

Integrantes do Eixo Eixo

(R$ milhões)

Centro-Oeste

Brasil

Municípios do Eixo em Goiás 12.018.365 15,7 1,1

Distrito Federal 29.587.000 38,7 2,7

Totais 41.605.365 54,4 3,8

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Tabela 1.4.5. Página 22

Tabela 8 - Evolução do PIB per capita entre 1998 e 2001(Em R$)

1998 1999 2000 2001

Brasil 5.518 5.800 6.472 6.954

Centro-Oeste 5.560 5.480 6.578 7.260

Goiás 3.611 3.641 4.330 4.898

Distrito Federal 12.747 11.050 14.425 15.725

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Tabela 1.4.4. Página 23

Indicadores sociais

A Tabela 9 mostra os índices de desenvolvimento humano dos municípios do Eixo Goiânia-

Brasília em relação aos estados, Centro–oeste e Brasil.

Tabela 9 - IDH em 2000 no Eixo Goiânia-Brasília e unidades territoriais maiores

Eixo Brasília-Goiânia Eixo Unidades da

Federação

Centro-

Oeste Brasil

Municípios de Goiás 0,744 0,768

0,737

0,766 Distrito Federal 0,845 0,845

Médias 0,747 0,769

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Tabela 1.4.8. Página 25

Os municípios do Eixo Goiânia-Anapólis-Brasília em Goiás apresentavam, em 2000, um IDH

inferior ao estadual e inferior ao do Distrito Federal.

Tabela 10 - Coeficiente de Gini entre 1991 e 2001 para Brasil, Centro-Oeste, Goiás e Distrito Federal

1991 1992 1999 2000 2001

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Brasil 0,6366 0,571 0,567 0,609 0,566

Centro-Oeste 0,6318 0,58 0,573 0,622 0,572

Goiás 0,6197 0,598 0,549 0,600 0,552

Distrito Federal 0,5566* n.d n.d 0,607 n.d

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Tabela 1.4.9. Página 25

O Coeficiente de Gini mede o nível de concentração da renda, variando de zero (distribuição

perfeita) a 1 (concentração total da renda). Assim, quanto mais próximo de zero, mais bem

distribuída é a renda.

Na Tabela 10, pode-se observar que não foram verificadas diferenças significativas em 2000,

entre as unidades territoriais. Mas no período analisado (1991 a 2001), o coeficiente de Gini

passou por uma redução nos três primeiros casos (Brasil, Centro-Oeste e Estado de Goiás), mas

cresceu no Distrito Federal entre 1991 e 2000, onde cresceu a desigualdade.

Infraestrutura

Quanto à energia elétrica, Goiás possuía uma situação privilegiada em relação à maioria dos

estados brasileiros, pois produz mais energia do que consome, exportando o excesso para seus

vizinhos. Em 2002, foram produzidos 17,2 GWh dos quais foram exportados 9,8 GWh e 6,4 GWh

consumidos internamente. Goiás exportou 57% da energia elétrica que produziu. A tabela abaixo

faz uma síntese dessa situação.

Tabela 11 - Energia Gerada, Exportada e Consumida em Goiás (Em 1000 MWh)

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Tabela 1.5.1. Página 30

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica -ANEEL, em maio de 2003 havia no Estado 27

empreendimentos geradores de energia elétrica em operação, sendo 10 com fontes térmicas e

17 hidráulicas, com potência total de aproximadamente 8.011,86 MW.

Estavam, na época, em construção no Estado mais oito usinas hidrelétricas, sendo três Usinas

Hidrelétricas (UHE) e cinco Pequenas Centrais Elétricas (PCH), com potência aproximada de

516,70 MW. Além disso, havia mais 21 empreendimentos já autorizados mas ainda não iniciados,

com potência total de 909,10 MW, dos quais nove UHE, dez PCH e duas Centrais Geradoras

Energia Produtiva Energia

Exportada Perdas Consumo

Total Hidráulica Térmica Total

1999 19.162 88 19.250 12.175 837 6.238

2000 21.650 88 21.738 14.310 850 6.578

2001 16.588 138 16.726 9.923 788 6.015

2002 16.857 353 17.210 9.809 965 6.436

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Hidrelétricas (CGH).

De acordo com o Potencial Hidrelétrico-SEINFRA, de dezembro 2002, havia também outras 77

usinas sendo estudadas, sendo 33 UHE e 44 PCH, com potência aproximada de 3.800 MW.

Somando-se as potências existentes, em construção e em planejamento, e considerando o

critério de divisão da potência instalada em partes iguais para cada estado, em usinas em rios

que servem de limites entre duas unidades da Federação, havia em Goiás o total aproximado de

9.900 MW, para uma demanda de pico do Estado de 1.500 MW.

Tabela 12 mostra o total de energia elétrica gerada e consumida no Distrito Federal, verificando-

se um aumento de 10% no consumo no período, em relação a 1998.

Tabela 12 - Energia elétrica gerada e consumida no Distrito Federal (Em 1000MWh)

Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Tabela 1.5.3. Página 33

No que se refere ao abastecimento público de água tratada, em Goiás, a grande maioria dos

municípios era atendida com água potável em 2003. A empresa Saneamento de Goiás S/A -

SANEAGO operava em 250 localidades do Estado, sendo 225 sedes municipais e 25 distritos e

povoados, havendo uma cobertura de 85% da população urbana do Estado pela empresa, além

daqueles municípios onde o serviço de abastecimento era explorado pela própria prefeitura ou

pela Fundação Nacional de Saúde.

Na época, 35% da população de Goiás era atendida com serviços de coleta de esgoto, devendo

passar a mais de 50% com a conclusão de muitas obras que estavam em andamento.

No Distrito Federal, a CAESB – Companhia de Saneamento do Distrito Federal é a empresa

Descrição 1998 1999 2000

Geração própria 102,0 78,6 108,4

Energia recebida 3.712,4 3.898,1 4.081,7

- de Itaipu 939,1 943,4 939,9

- de Furnas 2.773,3 2.954,7 3.141,8

Total de Energia requerida 3.814,4 3.976,7 4.190,1

Suprimento da C.E. de

Goiás

8,6 5,4 4,1

Carga Própria 3.814,4 3.976,7 4.190,1

Energia Disponível 3.805,8 3.971,4 4.186,1

Perdas 366,7 351,0 403,9

Consumo Total 3.439,1 3.620,4 3.782,2

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responsável pelos serviços de saneamento. Mas, em 2000, ainda persistiam bolhas habitacionais

onde esses serviços ainda não tinham sido alcançado ou não eram fornecidos de forma

adequada, principalmente no que se refere aos núcleos onde havia ainda ocupação irregular

e/ou ilegal. Mesmo assim, 92% da população era atendida com água tratada, canalizada, e de

boa qualidade, e 88% da população era beneficiada com a coleta de esgoto.

Definição dos principais polos

A seleção das cidades foi feita segundo critérios geográficos e econômicos: cidades situadas a

até 100 km ou de Brasília ou de Goiânia, ou da perpendicular do eixo entre essas duas capitais;

cidades que tinham PIB acima de 20 milhões de reais em 2000 (hoje seria aproximadamente 50

milhões de reais), considerando que essas são as cidades que podem gerar impacto na

viabilidade do empreendimento.

Com base nesses critérios foi, definido um conjunto de 37 municípios para o estudo, na sua

maioria inseridos nas Microrregiões Geográficas de Goiânia, Anápolis, Pires do Rio, Entorno de

Brasília e Brasília.

Esses municípios são os seguintes: Abadiânia, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Anápolis,

Anicuns, Aparecida de Goiânia, Bela Vista de Goiás, Brasília, Cezarina, Cidade Ocidental,

Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Formosa, Goiânia, Goianira, Guapó, Hidrolândia,

Inhumas, Itaberaí, Itauçu, Jaraguá, Leopoldo de Bulhões, Luziânia, Nazário, Nerópolis, Novo

Gama, Padre Bernardo, Palmeiras de Goiás, Petrolina de Goiás, Piracanjuba, Pirenópolis,

Planaltina de Goiás, Senador Canedo, Silvânia, Sto. Antonio do Descoberto, Trindade,

Valparaíso de Goiás, Vianópolis.

Apenas cinco municípios pertencem a outras Microrregiões: Anicuns, Cezarina, Nazário,

Palmeiras de Goiás e Piracanjuba, não estando incluídos na área de estudo do presente estudo.

Características Socioeconômicas dos Municípios do Eixo

Foram analisadas diversas variáveis, por município selecionado: indicadores referentes à

população (contingente populacional, densidade demográfica, grau de urbanização), atividades

econômicas (PIB, PIB per capita em 2000, participação setorial no PIB, produção agrícola,

capacidade de armazenamento convencional e a granel, produção pecuária, indústria e

comércio, análise de alguns segmentos industriais, separando os municípios de Goiás e o DF –

polos econômicos do DF), indicadores sociais (indicadores educacionais – analfabetismo, anos

de estudo; abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo; atendimentos médicos

e nº de unidades) e Índice de Desenvolvimento Humano – IDH.

A população dos municípios goianos do Eixo Goiânia-Brasília em 2003 era de 3.301.333

habitantes que, somada à do Distrito Federal (2,189.789 habitantes), resultava em 5.491.122

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habitantes.

O PIB total da região do Eixo era de 41,6 bilhões de reais, em 2001, com um PIB per capita de

R$ 8.436,00.

Figura 6 - Composição setorial do PIB – 2000 Fonte: GDF, 2004. Relatório parcial 1.1 - Caracterização socioeconômica do eixo. Gráfico 2.2.1. Página 51

A capacidade de armazenamento era de 110 armazéns para 1.482.857 toneladas (convencional)

e 273 armazéns para 1.667.407 toneladas (granel).

Os municípios mais importantes na produção pecuária do Eixo são os seguintes:

Aves: Itaberaí, Bela Vista, Inhumas e Luziânia;

Bovinos: Piracanjuba, Formosa, Jaraguá e Luziânia;

Suínos: Piracanjuba, Santo Antonio do Descoberto, Itaberaí, Luziânia, Leopoldo de Bulhões

e Trindade;

Leite: Piracanjuba, Trindade, Pirenópolis, Jaraguá e Bela Vista;

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Vacas leiteiras: Piracanjuba, Luziânia, Jaraguá, Itaberaí, Pirenópolis e Trindade;

Ovos: Bela Vista, Inhumas e Leopoldo de Bulhões.

O predomínio industrial em 1998 no Distrito Federal era dos ramos de reparação de veículos

automotores, fabricação de produtos alimentares e bebidas e da construção civil.

Havia, nos municípios goianos do Eixo entre 2002 e 2003, 8.077 indústrias e 25.598

estabelecimentos comerciais, além de 11 distritos industriais.

Análise – importância do Eixo no desenvolvimento da região

Sintetizando a análise socioeconômica realizada no estudo, até 2000 (para o PIB) e 2003 (para

a população), verificou-se que o Eixo Brasília-Goiânia participava com aproximadamente 56%

do PIB da região Centro-oeste, com 47% da população e ocupava uma extensão territorial de

apenas 3,5%. Assim, apresentava renda per capita superior ao Centro-Oeste e alta densidade,

comparativamente. O mesmo ocorria quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),

representando um espaço de grande importância no contexto regional, apto a desempenhar

papel de destaque em seu processo de desenvolvimento socioeconômico.

Quanto à distribuição populacional, a área do Eixo Brasília-Goiânia era predominantemente

urbana, com apenas 4,5% de população vivendo no meio rural, tendo Brasília, Goiânia e

Anápolis, e também Águas Lindas de Goiás, Aparecida de Goiânia, Novo Gama, Trindade e

Goianira, as maiores taxas de urbanização (em torno de 96%).

No que diz respeito às atividades econômicas, nos municípios goianos do Eixo Brasília-Goiânia,

na época, predominava o setor terciário, que respondia por cerca de 55% do PIB, seguido pela

indústria, com participação de 24%, e pela agropecuária, com aproximadamente 21%. O Distrito

Federal, como sede da administração pública federal, tinha o setor terciário com 92,7%, a

indústria com 6,9% e a agropecuária com apenas 0,5%.

Também Goiânia e Anápolis apresentavam estrutura produtiva relativamente parecida, com

pequeno peso relativo da agropecuária, presença majoritária do setor serviços, mas com

expressiva participação do setor industrial, sendo este de 41% em Goiânia e de 44,7% em

Anápolis, segundo dados de 2000.

Em toda a área do Eixo Brasília-Goiânia existiam apenas duas localidades (Leopoldo de Bulhões

e Silvânia) onde a agropecuária respondia por mais da metade do PIB. Em Cezarina, Nerópolis

e Goianira o setor industrial era responsável por mais de 50% da renda. Nos demais municípios,

predominava o setor de serviços, destacando-se Águas Lindas de Goiás, Senador Canedo e

Cidade Ocidental.

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O estudo frisa as fortes disparidades socioeconômicas existentes nessa região. Distrito Federal

respondia por 71% (2000) do Produto Interno Bruto do Eixo Brasília-Goiânia, participando

Goiânia com 15% e Anápolis com 3%, somando os três polos 89% do PIB da região.

Quanto à população residente, o Distrito Federal participava, em 2000, com 40%, seguido por

Goiânia, com 21% e Anápolis, com 6%, perfazendo um total de aproximadamente 67% do total,

tendo, portanto, PIB per capita superior aos demais municípios. Outra característica marcante é

a concentração espacial da renda, com os três polos ocupando apenas 13% do território do Eixo

Brasília-Goiânia.

O estudo sugere a necessidade de se promover o adensamento econômico do Eixo Brasília-

Goiânia, para reduzir essas disparidades, por meio do adensamento da atividade econômica.

Caracterização do Sistema de Transportes

Os conteúdos analisados nessa parte do relatório são:

Caracterização Legal do Sistema de Transportes;

Regulamento dos serviços de transportes de passageiros intermunicipal e interestadual;

Regulamento dos serviços de transportes de passageiros em Brasília, Goiânia e Anápolis;

Regulamento dos serviços de transportes de passageiros aeroviários;

Caracterização do Sistema de Ônibus Urbanos e Rodoviários;

Caracterização do Sistema Aeroviário.

Relatório parcial 1.2 - Desafios e Oportunidades

Este relatório completa a análise socioeconômica do relatório anterior, analisando inicialmente

os principais entraves ao desenvolvimento, depois apresentando potencialidades da região que

vêm sendo exploradas, além de potencialidades pouco exploradas na região. A seguir, é feita a

avaliação da vocação do Eixo Brasília-Goiânia para o setor de alta tecnologia, finalizando com a

avaliação das oportunidades de negócios e investimentos, tanto nos setores que vem sendo

explorados como nos pouco explorados.

O relatório está dividido nas seguintes Seções:

A) Principais entraves ao desenvolvimento - Esta Seção analisa alguns riscos de entraves ao

desenvolvimento iniciando pelos riscos de entraves decorrentes da situação socioeconômica da

região de estudo, especificando também os riscos decorrentes de intervenções no Meio

Ambiente, da crise de suprimento de energia elétrica, e de limitações no setor de

telecomunicações.

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B) Potencialidade e vocação – a análise abordou as potencialidades exploradas na região de

estudo e também as potencialidades pouco exploradas na região.

C) Avaliação da vocação do Eixo Brasília-Goiânia para o setor de alta tecnologia – entre as

potencialidades pouco exploradas, foi dada ênfase à necessidade de instalação de um polo de

alta tecnologia. A Seção abordou a conveniência de um programa de desenvolvimento do eixo

com empresas de alta tecnologia e um projeto de incentivo à instalação de empresas de alta

tecnologia na região.

D) Oportunidades de negócios e investimentos – A Seção tratou das oportunidades de negócios

e investimentos explorados no eixo, no Distrito Federal e nos demais municípios goianos da

região, e também as oportunidades de negócios e investimentos pouco explorados na região,

com base no conceito de cluster.

E) Tendências econômicas – foram apresentadas as tendências da economia existente no eixo

e as tendências para o setor de alta tecnologia.

A) PRINCIPAIS ENTRAVES AO DESENVOLVIMENTO

O estudo propõe um Programa de Desenvolvimento da região do Eixo que compreende dois

empreendimentos: a) Implantação de empresas de alta tecnologia; b) Construção de Trem de

Alto Desempenho que integre a região entre Brasília e Goiânia. Esses empreendimentos, ambos

de infraestrutura, devem interagir e criar sinergias positivas tendo em vista o desenvolvimento

da região.

Com essa perspectiva, são tratados os principais riscos de entraves ao desenvolvimento, que

foram definidos como sendo decorrentes de: a) condição socioeconômica da região; b)

intervenções no Meio Ambiente; c) crise de suprimento de energia elétrica e d) limitações no

setor de telecomunicações.

A caracterização socioeconômica aponta como importantes na região as seguintes questões:

essa área se define como integrada por espaços econômicos extremamente diferenciados, com

grande peso do setor público, principalmente no Distrito Federal e em municípios de pequeno

porte populacional. Pelo fato de incluir o Distrito Federal e a Região Metropolitana de Goiânia,

bem como a região de Anápolis, a área de estudo pode ser definida como uma região mais rica,

em termos médios, do País, o que tem levado à manutenção de um tipo de acomodação de

disparidades. Essa parte do estudo conclui que, do ponto de vista socioeconômico, o principal

entrave ao desenvolvimento do Eixo é a falta de ações estratégicas coordenadas entre o Distrito

Federal e Goiás, de forma a viabilizar e atrair investimentos privados. Discute-se também o papel

do setor público como indutor do desenvolvimento.

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A parte do relatório que aborda os entraves decorrentes do Meio Ambiente apresenta uma

caracterização ambiental da área de estudo, abordando aspectos como clima, recursos hídricos,

solos e geomorfologia, flora e fauna. Esta Seção inclui ainda os aspectos legais quanto ao Meio

Ambiente, sendo especificados o licenciamento ambiental, as Unidades de Conservação, os

sítios arqueológicos, a flora e a fauna entre esses aspectos. Outros temas apontados pela

legislação ambiental são os recursos hídricos, os resíduos perigosos e os recursos minerais.

Ainda entre os entraves decorrentes do Meio Ambiente estão as áreas protegidas, sendo

apresentada uma lista das áreas protegidas existentes nos 63 municípios goianos e nas RA do

Distrito Federal, além de uma área de quilombo e uma lista de Reservas Particulares do

Patrimônio Natural - RPPN em Goiás (não tendo a lista das RPPN no DF).

Quanto às condicionantes ambientais, é apresentada uma relação dos principais riscos

potenciais (Impactos ambientais) que podem ocorrer nas etapas de planejamento, de

implantação e de operação do empreendimento, sendo associada também uma listagem de

programas de mitigação, compensação e monitoramento ambiental.

A análise desta Seção é concluída com uma discussão a respeito do interesse de uma estratégia

que considere a perspectiva de um programa de desenvolvimento regional como contexto para

os dois projetos: o trem de alto desempenho e o polo de alta tecnologia. Também faz parte do

final deste tópico a apresentação de proposições e sugestões abordando principalmente as

etapas do processo de licenciamento e implantação do empreendimento. O relatório traz, ainda,

um anexo com as normas jurídicas que estavam vigentes à época (2004).

A Seção que aborda os entraves decorrentes da crise de suprimento de energia elétrica

apresenta um panorama da geração de energia elétrica no país à época de elaboração do

relatório (2003) e da transmissão de energia elétrica, analisando também a situação do eixo

Brasília-Goiânia (região com boa localização, quanto à geração de energia, constituindo-se

Goiás num estado superavitário nesse sentido), e as perspectivas em curto e médio prazos para

geração de energia elétrica e para a sua transmissão.

A Seção seguinte aborda os entraves decorrentes de limitações no setor de

telecomunicações, com a análise da estrutura existente no país de cabos de fibra ótica e de

cabos submarinos, a telefonia fixa e móvel, a estrutura de Internet, o compartilhamento da TV a

cabo e das telecomunicações e as perspectivas em curto e médio prazo quanto às

telecomunicações. Esta Seção apresenta basicamente a infraestrutura de telecomunicações

existente internacional e no país, não detalhando a situação da área de estudo, que é abordada

em outra Seção.

B) POTENCIALIDADE E VOCAÇÃO

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Entre as potencialidades exploradas, têm destaque nos municípios goianos a agropecuária, a

agroindústria e as condições naturais de produção nesse setor, cuja magnitude pode ser

enormemente ampliada na região, segundo o estudo. Este aponta também que setores de maior

tecnologia têm mais potencial de desenvolvimento no Distrito Federal, que também apresenta

bom desenvolvimento em setores como vestuário, moda, semicomponentes e semicondutores e

polo atacadista

A perspectiva de desenvolvimento dessa potencialidade se apoia na existência de algumas

condições de infraestruturas e de recursos locais, como disponibilidade de linhas ferroviárias,

infraestrutura rodoviária em boas condições, existência de aeroportos de vários padrões na

região, eficientes serviços de comunicação, oferta regular de energia elétrica e possibilidade, em

futuro próximo, de suprimento de gás natural, disponibilidade de água em quantidade e

qualidade, existência de mão de obra qualificada e presença de universidades, oferta de serviços

de saúde de nível elevado, níveis satisfatórios de segurança pública, localização privilegiada em

relação ao centro de decisões políticas do País, com grande demanda de bens e serviços,

presença de 5 milhões de consumidores (à época do estudo), com a maior renda per capita do

país no Distrito Federal, oferta de incentivos fiscais, terrenos e outros atrativos para instalação

de empresas, bem como disponibilidade de linhas de financiamento.

A principal potencialidade ainda não explorada do Eixo Brasília-Goiânia apontada pelo estudo

é a das empresas do setor de alta tecnologia, segmento representado com alguma solidez na

região apenas pelo polo de medicamentos em Anápolis e de software em Brasília. O relatório

aponta o mercado potencial para empresas de hardware, microeletrônica, semicondutores,

equipamentos de telecomunicações, entre outros.

O estudo, a seguir, aponta as condições necessárias para que essas empresas sejam atraídas

para a região, e as condições favoráveis lá encontradas para que se estabeleça uma política

coordenada federal-estadual que estimule a formação de um polo de alta tecnologia na região.

C) AVALIAÇÃO DA VOCAÇÃO DO EIXO BRASÍLIA-GOIÂNIA PARA O SETOR DE ALTA

TECNOLOGIA

O estudo aponta o Eixo Brasília-Goiânia como uma das regiões mais propícias ao

desenvolvimento de projetos de alta tecnologia e explicita as razões, analisando a sociedade em

rede, a política do Brasil para esse setor e os resultados do segmento de alta tecnologia, sendo

apresentado, ainda, o Programa de Desenvolvimento do Eixo com empresas de alta tecnologia

(destacando os segmentos de microeletrônica, hardware, semicondutores, robótica, Internet e

automação bancária e indústria farmacêutica) e o Projeto de Incentivo à instalação de empresas

de alta tecnologia no Eixo.

O texto faz uma rápida explanação das principais características de que se reveste uma

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Sociedade em Rede, acentuando o caráter global e altamente conectado dos governos e

economias, numa perspectiva mundial. É dito ainda que, “De acordo com os governos do Distrito

Federal e de Goiás, o Programa de Desenvolvimento do Eixo se fundamenta na estrutura

tecnológica do país e, em especial, nos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação.”

(GDF, 2004). Ou seja, essa perspectiva deriva de orientações governamentais, no contexto do

programa de desenvolvimento da região, apoiado em dois empreendimentos de infraestrutura,

um dos quais é a ferrovia e outro, o polo tecnológico.

A Seção referente à política do Brasil para o setor faz um pequeno histórico da evolução, a partir

da década de 1990, das atividades em informática e telecomunicações no país. A Seção seguinte

mostra a situação do país do ponto de vista tecnológico, destacando os avanços tanto na

produção de hardware quanto de software e das demais atividades relacionadas à tecnologia de

informática.

A seguir, o relatório explicita os aspectos principais em elaboração, na época, do Programa de

Desenvolvimento do Eixo, pelos governos estadual e federal, em atendimento às demandas

apresentadas nessas duas Seções anteriores.

Os aspectos mais importantes dos setores de microeletrônica, hardware, semicondutores,

robótica, Internet e automação bancária são apresentados nessa parte do relatório, destacando-

se a necessidade de redução de importações de componentes e placas de circuitos impressos

e outros componentes necessários para a indústria de informática e de telecomunicações. Além

desses setores, a análise destaca o setor de farmoquímicos, em especial de medicamentos,

como um setor de alta tecnologia a ser objeto de políticas específicas dos governos federal e

estadual na região.

Neste último item, são apresentadas as condições existentes em Anápolis para a produção de

medicamentos, principalmente genéricos, o que faz desse município um polo farmoquímico.

Goiás vem apresentando políticas de incentivos para a instalação e expansão de indústrias do

setor farmacêutico, tendo criado o Instituto de Gestão Tecnológica Farmacêutica – IGTF, em

2001, e o CPDM – Centro de Pesquisa e Desenvolvimentos de Fármacos e Medicamentos.

A Seção finaliza com a apresentação do projeto de incentivo à instalação de empresas de alta

tecnologia, com o que os governos federal e estadual pretendiam fomentar o surgimento de um

cluster de alta tecnologia no Eixo Brasília-Goiânia, semelhante ao formado no Vale do Silício,

nos Estados Unidos da América do Norte (década de 1960), prevendo-se, em 2004, que isso

ocasionaria mudanças significativas na estrutura socioeconômica da região.

Avaliava-se que a região do Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia apresentava muitas condições

favoráveis para isso, sendo necessário o planejamento para implantação de políticas de incentivo

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e provimento de infraestrutura nessa área, o que inclui a ferrovia, como um dos empreendimentos

básicos nesse processo.

D) OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS

São apresentadas, inicialmente, as oportunidades de negócios e investimentos já em

desenvolvimento na região, destacando os polos e distritos industriais já implementados na

região do Eixo, tanto no Distrito Federal como nos demais municípios goianos.

No caso do Distrito Federal, o estudo apresenta os principais setores que se mostravam como

de maior atratividade para investimentos e negócios, tendo, inclusive, programas e iniciativas de

estímulo por parte do Governo do Distrito Federal ou em conjunto com associações de classe ou

grupos empresariais.

São citados os programas:

Pro-DF I e II, com incentivos e apoio a empresas de porte pequeno e médio dos setores

industrial e de serviços;

O Polo de Modas do Guará (Região Administrativa);

O Parque Capital Digital (Brasília era o 3º polo de vendas de softwares, na época);

O Parque Industrial de Semicondutores e Semicomponentes no Distrito Federal;

O Polo JK, de empresas Industriais e de logística;

O Polo Exportador - Estação Aduaneira do Interior (Eadi) - Porto Seco;

E o Polo Atacadista.

Quanto aos municípios goianos, o estudo apresenta a localização de 11 Distritos Industriais, com

as seguintes especializações:

Distritos Agroindustriais - em Abadiânia, Bela Vista de Goiás, Formosa, Inhumas, Luziânia e

Piracanjuba;

Polo Farmoquímico de Anápolis, no Distrito Agroindustrial – DAIA;

Polo Tecnológico e Metalúrgico, em Aparecida de Goiânia, no Distrito Agroindustrial - DAIAG;

Couros e Calçados - Polo Coureiro de Senador Canedo e Polo Calçadista de Goianira

(Distrito Agroindustrial – DAG);

Indústria de Confecções - Polo Confeccionista de Senador Canedo;

Turismo - turismo de eventos e de negócios em Brasília e Goiânia, ecoturismo na Chapada

dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas, e turismo histórico, nas cidades de Pirenópolis

e Goiás.

E) TENDÊNCIAS ECONÔMICAS

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Para apresentar as tendências de evolução econômica na região do Eixo, foi analisada a

evolução da estrutura do PIB entre 1995 e 2001, em Goiás e no Distrito Federal, caracterizando-

se os principais ramos de atividades na região, o que vinha conferindo uma condição de espaço

crescentemente polarizador ao Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia. Essa região foi considerada como

possuidora de grande potencialidade para receber novas atividades modernas e de alta

tecnologia, consolidando-se como uma das mais dinâmicas do país.

O estudo analisou também as tendências de evolução das atividades de alta tecnologia,

procurando fornecer uma visão geral de como esse mercado vinha reagindo às oscilações da

economia nacional e mundial, na época, e o que se esperava dele no futuro. Para isso, foram

compiladas notícias dos diversos meios de comunicação brasileiros e institutos de pesquisa para

2004, de forma a delinear o panorama do setor de tecnologia e as expectativas para o setor no

país e no mundo. São apresentadas também diversas tabelas que mostram o mercado da alta

tecnologia em informática e telecomunicações no Brasil, em comparação a vários países

Relatório 5.2 – Modelagem espacial.

Este relatório traz a modelagem espacial realizada para definição do Polo de Alta Tecnologia,

objeto também do Programa de Desenvolvimento do Eixo Brasília-Goiânia, dos Governos de

Goiás e do Distrito Federal.

O relatório se inicia com uma análise teórica sobre clusters. Traz, em seguida, as experiências

da Finlândia, Índia (Bangalore), Campinas (Brasil) e Anápolis/GO (cluster farmacêutico),

completando esta parte do estudo com a análise da importância de um cluster de alta tecnologia

para o desenvolvimento do país.

Na segunda parte, são apresentados os setores considerados na modelagem espacial, e o

modelo adotado. Na parte final, são apresentados os resultados da modelagem.

A segunda parte se inicia com uma apresentação das condições e necessidades do mercado

produtivo de alta tecnologia em informática e telecomunicações, apontando como infraestrutura

comum necessária para os processos de integração de empresas a alta velocidade de

transmissão de dados, locais para armazenamento e processamento de dados, laboratórios e

centros de pesquisa, um polo de mão de obra especializada, centros de treinamento

compartilhados, entre outros aspectos. Estas condições necessitarão de um espaço territorial

que possa permitir essa integração e sinergias, configurando espacialmente o cluster. Aspectos

como as características físicas e de infraestrutura da área também devem ser levadas em conta.

Foram selecionadas atividades produtivas dentro de cada setor de AT&TIC (alta tecnologia e

tecnologia de informação e comunicação), verificando-se sua localização, que deveria servir de

base para estabelecer na região do Eixo um “organismo produtivo” integrado e com grande

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autossuficiência, representando uma configuração inicial de um processo de desenvolvimento

que, se esperava, formaria o cluster ao longo do tempo.

Os principais setores selecionados foram: a microeletrônica, a indústria de softwares, a indústria

farmacêutica (Laboratório, Fármacos e Aditivos e a Farmacêutica), a indústria automobilística

(que também necessita de peças, componentes microeletrônicos, softwares embarcados e uso

de robôs), a indústria de computadores e periféricos, a biotecnologia, os serviços de

automação, as áreas de armazenagem e logística, as gráficas/embalagens/design, os serviços

de geotecnologia e o setor de equipamentos de redes (WAN e LAN) e Telecomunicações.

Foram definidas 10 regiões na área do Eixo no desenvolvimento do modelo: área ao sul de

Brasília, ao norte de Brasília, Alexânia, ao sul de Alexânia e ao norte do Lago, região do Lago de

Corumbá IV, a região de transição entre o Lago e Anápolis, Abadiânia, Anápolis, a região que

envolve Goiânia e a área ao norte de Anápolis e Goiânia.

Com base em todas as variáveis definidas para esse modelo, foi obtido um perfil de cada uma

dessas regiões e a sua adequabilidade para sediar determinadas atividades entre as definidas

como de alta tecnologia. Nessa perspectiva, toda a região do Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia se

tornaria o polo de alta tecnologia.

b) Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental

(EVTEA) EF 151 - Consórcio MAIA MELO/ARS/EVOLUÇÃO

Segmento 2: Ligação Goiânia/GO-Anápolis/GO–Brasília/DF

Este estudo procurou avaliar a viabilidade do trem de carga que seria um segmento (o Segmento

2) da Ferrovia Norte Sul, para o transporte de carga. Por isso, foram selecionadas cargas de

baixo valor agregado e grandes volumes, como os produtos da cana-de-açúcar, do complexo da

soja e o milho, como cargas a serem transportadas para fora da região, e cargas de adubos e

defensivos agrícolas, como cargas de retorno, ou seja, cargas relacionadas à agricultura. O

segmento 2 seria uma parte do complexo ferroviário Norte Sul, contribuindo para viabilizar,

juntamente com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), o transporte de cargas de grãos

do centro-oeste para o Porto de Ilhéus/BA.

Deste documento foram analisados dois estudos técnicos do Volume 2: os relatórios referentes

aos Estudos de Inserção Ambiental, que trazem a análise ambiental, incluindo a avaliação de

impactos ambientais de três alternativas de traçado, e aos Estudos de Mercado, que incluem

toda a avaliação das condições econômicas da região definida como área de influência do

empreendimento.

Para os propósitos desta análise, foi examinado o relatório referente à Avaliação Econômica e

Social, mas não analisado, pois ele contém a avaliação de viabilidade econômica e social do

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empreendimento, e não a análise do contexto socioeconômico que fundamenta as perspectivas

de desenvolvimento econômico e social da região, que é o objetivo da análise realizada nesta

parte do relatório.

Também o “Volume 1 – RELATÓRIO DO ESTUDO” (que tem como objetivo apresentar, de

forma sintética, a contextualização e a descrição do empreendimento, assim como suas

conclusões e recomendações) foi examinado, mas, para os propósitos do presente estudo, tinha

pouca coisa a acrescentar aos estudos socioeconômicos. Assim, não foi descrito aqui, além do

seu conteúdo básico, apresentado a seguir:

Contextualização do Empreendimento;

Descrição Geral do Empreendimento;

Estudos Realizados – Breve Descrição;

Conclusões;

Recomendações.

Estudos de Inserção Ambiental

O relatório referente aos Estudos de Inserção Ambiental, do Volume 2, apresenta o seguinte

conteúdo:

Aspectos Técnicos e Metodológicos;

Legislação Ambiental Aplicável;

Situação Ambiental da Área de Influência (Aspectos Físicos; Aspectos Bióticos; e Aspectos

Antrópicos);

Levantamento de Campo (Alternativa 1 – Goiânia-Anápolis-Brasília: Diretriz Porto Seco;

Alternativa 2 – Goiânia-Anápolis-Brasília: Diretriz Descoberto; e Alternativa 3 – Goiânia-

Anápolis-Brasília: Diretriz Corumbá de Goiás);

Fatores Restritivos ao Uso do Solo (Identificação de Áreas Privilegiadas);

Passivos Ambientais Pré-Existentes (Fichas de Identificação de Problemas Ambientais

Pré-existentes);

Impactos Ambientais da Implantação da Ferrovia e Medidas Mitigadoras;

Avaliação Crítica dos Traçados Sugeridos;

Cartas de Solicitação e Resposta – IPHAN.

Aspectos Técnicos e Metodológicos

Para a avaliação ambiental foram consideradas as seguintes áreas de influência:

Área Diretamente Afetada – ADA - a área diretamente afetada e impactada pelas obras de

implantação e pela operação da ferrovia. Foi definido o raio de 40 metros de cada lado do eixo

da alternativa, abrangendo, então, 80 metros no total.

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Área de Influência Direta – AID - áreas das sub-bacias hidrográficas atravessadas pela

alternativa de traçado.

Área de Influência Indireta – AII - área a compreendida pelos limites municipais das sub-bacias

a serem diretamente afetadas pela alternativa de traçado ferroviário.

Este estudo realiza a caracterização física, biótica e antrópica das Áreas de Influência Direta de

três alternativas de traçado propostas, apresentada na Figura 7.

Figura 7 – Mapa de situação das alternativas de traçado propostas.

Fonte: EVTEA, 2012. Estudos de Inserção Ambiental. Figura 1. Página 11

Os trabalhos de campo objetivaram observar, caracterizar e diagnosticar as áreas mais

sensíveis, fornecendo subsídios para a avaliação e seleção da melhor alternativa de traçado,

bem como para sugestão de eventuais alterações de traçado. Tendo em vista a grande extensão

dos traçados e as dificuldades de acesso observadas em alguns lugares, foram visitados os

pontos dos traçados com acesso por rodovias, estradas não pavimentadas que ligam cidades e

povoados e até mesmo corredores de canaviais, sendo observados trechos dos traçados a partir

das rodovias e estradas percorridas.

Para este estudo de inserção ambiental, foram realizados a caracterização e diagnóstico dos

meios físico, biótico e antrópico, para as áreas de influência das três alternativas de traçado de

cada segmento. Foi realizado o levantamento e coleta de dados primários e secundários sobre

os meios físico, biótico e antrópico, bem como o tratamento, a análise e avaliação destes para

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caracterizar a viabilidade ambiental do projeto, sendo ponderadas as variações físicas, bióticas

e antrópicas, contribuindo, juntamente com avaliações de outra ordem, para a escolha da melhor

alternativa de traçado. Os trabalhos de campo foram registrados em Fichas, que permitem avaliar

as prioridades definidas para a atividade.

Foram utilizadas ferramentas computacionais (Sistemas de Informação Geográfica - SIG), para

realizar análises complexas, integrando dados de diversas fontes, sendo produzidos, então, os

diversos documentos cartográficos necessários para apresentar e avaliar as restrições

ambientais às alternativas, e seus impactos.

Legislação Ambiental Aplicável

Foi arrolada a legislação aplicável, incluindo a legislação federal (Arcabouço Legal e

Licenciamento Ambiental, a legislação referente ao Meio Físico, ao Meio Biótico e ao Meio

Antrópico), a Legislação do Estado de Goiás (Arcabouço Legal e Licenciamento Ambiental, a

legislação referente ao Meio Físico, ao Meio Biótico e ao Meio Antrópico) e a Legislação do

Distrito Federal (Arcabouço Legal e Licenciamento Ambiental, a legislação referente ao Meio

Físico e ao Meio Biótico).

A legislação referente ao meio antrópico abrangeu apenas aspectos relativos às Comunidades

Indígenas, Comunidades Quilombolas, ao Patrimônio Arqueológico, Cultural e Histórico, à

Reforma Agrária e Assentamentos e ao Zoneamento Ecológico Econômico-ZEE, assim como à

legislação do meio antrópico do Estado de Goiás (Povos e Comunidades Tradicionais). A

legislação urbanística não foi incluída na relação de leis apresentada.

Situação Ambiental da Área de Influência (Aspectos Físicos; Aspectos Bióticos; e Aspectos

Antrópicos)

A Seção se inicia com a caracterização sucinta do clima da região das três alternativas, depois

trata dos recursos hídricos, da geologia, dos recursos minerais (o estudo apresenta uma listagem

com todos os direitos minerários existentes na área de estudo), da geomorfologia e da pedologia

(com descrição dos tipos de solos). Depois, na análise do meio biótico, são apresentadas as

características do cerrado, bioma existente na área de estudo, as características do uso do solo

na área das três alternativas, sendo examinados os principais aspectos das fitofisionomias

encontradas na região. Também a fauna da região é caracterizada. A Seção traz ainda aspectos

de interesse das áreas protegidas existentes e as cavidades naturais subterrâneas. As Figuras

8, 9 e 10 mostram um exemplo (Mapas Hidrogeológicos) das análises específicas realizadas

para as Áreas de Influência Direta.

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Figura 8 – Mapa Hidrogeológico – AID da Alternativa 1 (Goiânia/Anápolis/Brasília – Porto Seco) Fonte: EVTEA, 2012. Estudos de Inserção Ambiental. Figura 7. Página 28

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Figura 9 – Mapa Hidrogeológico – AID da Alternativa 2 (Goiânia/Anápolis/Santo Antônio do Descoberto)

Fonte: EVTEA, 2012. Estudos de Inserção Ambiental. Figura 8. Página 28

Figura 10 – Mapa Hidrogeológico – AID da Alternativa 3 (Goiânia/Anápolis/Corumbá de Goiás) Fonte: EVTEA, 2012. Estudos de Inserção Ambiental. Figura 9. Página 29

Depois, é feita a análise do meio antrópico, que trata especificamente das populações

tradicionais, pois os outros aspectos socioeconômicos foram analisados nos Estudos de

Mercado, do mesmo projeto. São analisados os remanescentes quilombolas existentes no

Estado de Goiás e sua presença nas áreas das alternativas de traçado, verificando-se também

que não há terras indígenas nessas áreas. Também é analisada a presença de assentamentos

rurais na AID das três alternativas de traçado (nos municípios de Silvânia, Abadiânia e Corumbá

de Goiás). Outro tema tratado na análise do meio antrópico é o do Patrimônio Arqueológico,

Cultural e Histórico, em que há uma listagem de todos os sítios arqueológicos existentes na área

das três alternativas. A Figura 11 mostra os sítios arqueológicos identificados no estudo, na

época.

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Figura 11 Sítios arqueológicos e as alternativas de traçado. Fonte: EVTEA, 2012. Estudos de Inserção Ambiental. Figura 46. Página 82

Levantamento de Campo

Esta Seção apresenta todas as Fichas de Campo que foram elaboradas no estudo, contendo

observações e registros fotográficos para os locais visitados, ao longo das três alternativas de

traçado.

Fatores Restritivos ao Uso do Solo

Esta Seção apresenta as restrições ao uso do solo nas áreas de influência das três alternativas

de traçado, definidas com base no levantamento de campo, incluindo também as restrições

legais.

Essas áreas foram definidas como áreas privilegiadas, que são aquelas protegidas por lei e

áreas mais sensíveis e/ou suscetíveis do ponto de vista ambiental e sociocultural, tais como as

Unidades de Conservação, os Territórios Quilombolas, os assentamentos rurais, os sítios

arqueológicos, as cavernas, as áreas de recarga de aquíferos e as nascentes e veredas. Foram

assinalados também os locais onde seriam necessárias intervenções em áreas urbanas. O

estudo apresenta um grande quadro com essas ocorrências verificadas, seja na AID seja na

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ADA, para cada uma das três alternativas de traçado.

Passivos Ambientais Pré-Existentes

Também com base nos levantamentos de campo, foram levantados, em Fichas de identificação

de problemas ambientais pré-existentes, os tipos de passivos ambientais observados.

Com base nos levantamentos realizados, foi quantificada, preliminarmente, a vegetação a ser

suprimida.

Impactos Ambientais da Implantação da Ferrovia e Medidas Mitigadoras

Após uma breve análise destacando os impactos positivos que a construção da ferrovia para o

transporte de cargas a longas distâncias deverá causar na região, é apresentado um quadro

contendo os diversos impactos associados aos serviços e atividades de implantação de ferrovias,

com suas respectivas causas e indicação das medidas mitigadoras. É uma análise preliminar,

que procura assinalar o tipo de impacto para cada atividade (ou grupo de atividades) de

implantação desse tipo de empreendimento, apontando os principais impactos negativos e

positivos. São mencionados também alguns aspectos gerais concernentes aos impactos na fase

de operação do empreendimento.

Avaliação Crítica dos Traçados Sugeridos

Este estudo objetivou subsidiar o processo de seleção de alternativas de traçado, com base na

compreensão das características ambientais das áreas de implantação, nos seus aspectos

físicos, bióticos e antrópicos, além das condicionantes jurídicas.

Esta Seção apresenta a análise realizada sobre as alternativas de traçado, cotejando as três

alternativas quanto à presença das áreas mais sensíveis e também das áreas urbanizadas, o

que levou à escolha da alternativa 1 como preferencial.

Cartas de Solicitação e respostas – IPHAN

Este relatório finaliza com as cartas enviadas ao IPHAN solicitando maiores informações quanto

aos sítios arqueológicos localizados nas áreas das alternativas (tanto as três do Segmento 1 –

Ligação Itumbiara à FNS quanto as três do segmento 2 – Ligação Goiânia-Anápolis-Brasília), e

com a resposta desse órgão, que aponta os sítios já identificados nos municípios em que os

traçados se estendem.

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Estudos de Mercado

O relatório referente aos Estudos de Mercado, do Volume 2, apresenta o seguinte conteúdo:

Aspectos Técnicos e Metodológicos;

Delimitação das Áreas e Identificação dos Polos;

Caracterização das Áreas e Polos;

Demanda de Carga (Dados de Produção);

Análise da Oferta Multimodal do Transporte Existente.

Destas Seções, as que apresentam maior interesse do ponto de vista da contextualização

socioeconômica são os três primeiras, nas quais se delineia a metodologia definida para análise

das características socioeconômicas da região de estudo, e são definidos os principais polos

produtores de cargas e feita sua caracterização. A quarta Seção define a demanda de carga

esperável na região, com base em dados secundários, e a última, faz a análise da oferta atual

(de 2012) dos sistemas de transportes existentes.

Aspectos Técnicos e Metodológicos

A primeira Seção define a área de estudo, considerando que a área de influência do

empreendimento “será aquela que delimita uma bacia supridora e/ou receptora de cargas

“ferroviáveis””, ou seja, o “espaço físico abrangendo toda a área produtora e de potencial

expansão da produção de grãos e cana de açúcar, próximas em 100 km do eixo do ramal.” (Maia

Melo, 2012).

Os 100 km foram definidos com base em três aspectos: a capacidade efetiva de geração de

carga, com a bacia alimentadora da ferrovia, condicionada pela malha de alimentação; a

competição com outras rotas de escoamento, já operacionais e culturalmente aceitas, e a

distorção tradicional da estrutura logística brasileira, que é o transporte rodoviário.

Para o zoneamento de tráfego, entre algumas estratégias disponíveis, foi adotada a perspectiva

tática: “são consideradas as questões concernentes ao planejamento da alocação de recursos

com o objetivo de melhora da eficiência e produtividade. Os resultados são obtidos para um

horizonte de médio prazo e identificam o uso eficiente dos recursos, em geral, já existentes ou

representam a própria seleção dos recursos necessários.” As Zonas de Tráfego - ZT constituem

as menores unidades espaciais para fins de planejamento de transporte, sendo possível realizar

simulações de carregamento de cargas e passageiros.

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Delimitação das Áreas e Identificação dos Polos

Foram definidos polos de geração de cargas, tendo sido considerada a hierarquia urbana da rede

de cidades de cada zona e a presença de indústrias transformadoras, usinas, moageiras e

armazéns, silos e depósitos. Nesse sentido, a partir do zoneamento e da definição dos polos

foram calculadas as distâncias de todas as sedes dos municípios a cada um dos centroides

microrregionais, foram analisadas, também, as distâncias e, por fim, definidos os polos mais

apropriados para recepção de cargas do ramal. A segunda Seção explicita esse processo.

Como zonas de tráfego foram utilizadas nove Microrregiões Geográficas do IBGE (o estudo as

nomeia como Microrregiões Homogêneas, mas a delimitação atual do IBGE refere-se às

Microrregiões Geográficas, definidas em 1990), definidas como área de influência direta, com

certo nível de agregação:

Zona de tráfego 1 - Microrregiões de Meia Ponte, Vale do Rio dos Bois e Anicuns;

Zona de tráfego 2 - Microrregião de Goiânia;

Zona de tráfego 3 - Microrregiões de Pires do Rio e Anápolis;

Zona de tráfego 4 - Microrregião do Entorno de Brasília;

Zona de tráfego 5 - Microrregiões de Brasília/DF e Unaí/MG.

Caracterização das Áreas e Polos

A área de influência indireta foi definida como a Refinaria de Paulínia/SP, a Europa e o Oriente

(China, Coréia e Japão). A área de influência direta abrange nove Microrregiões, agregadas em

cinco Zonas de Tráfego, contando com 80 municípios. Destas nove Microrregiões Geográficas,

cinco estão sendo adotadas no presente estudo de viabilidade.

Nos fluxos de exportação, foram consideradas as cargas de soja, milho e açúcar; para o fluxo de

importação, considerou-se a carga de fertilizante/insumo agrícola; para a refinaria de Paulínia

(pontos dentro do Brasil), derivados de petróleo e álcool.

Os polos de geração de carga foram definidos com base na hierarquia urbana da rede de cidades

de cada zona e em municípios com presença de indústrias transformadoras, usinas, moageiras,

armazéns, silos e depósitos. Os polos de geração de carga definidos são: Bom Jesus de Goiás;

Goiânia; Anápolis; Cristalina; e Brasília. Destes, Bom Jesus de Goiás e Cristalina seriam

atendidos por rodovia e os outros três, pela ferrovia, definição realizada com base na

mensuração das distâncias entre todos os municípios das zonas de tráfego e esses polos de

geração de cargas, identificando-se a menor distância observada para cada município.

Neste segmento 2, as cidades consideradas como polos geradores (com pátios) foram Brasília,

Anápolis e Goiânia. O Ramal atenderia as ligações Goiânia / Anápolis e Brasília / Anápolis

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através de dois sub-ramais, sendo os dois polos restantes atendidos por rodovia, com os

caminhões sendo encaminhados ao polo mais próximo, entre os atendidos pela ferrovia.

Para a análise socioeconômica da área de influência direta, foram utilizadas as seguintes

variáveis: população total, área e densidade demográfica (2010); renda (PIB e PIB per capita,

2008).

As principais variáveis utilizadas mostram que a região tinha, em 2010 e 2008, o seguinte:

População 6.495.971 habitantes (2010);

Área – 78.472 km² (2010);

Densidade demográfica – 82,78 hab./Km² (2010);

PIB – 161,67 bilhões de reais (2008);

PIB per capita – R$ 25.205 (2008);

Microrregiões Geográficas de Brasília, Entorno de Brasília e Goiânia – 5,6 milhões de

habitantes (88% da área de influência).

Depois, é feita uma análise sucinta do uso e ocupação do solo na área de influência direta, cujas

principais categorias analisadas foram:

Área Urbana - a ocupação em Brasília é significativa, com expansão ao sul no sentido de

Luziânia, e no vetor Oeste no sentido de Anápolis, pelo eixo da BR-060. Goiânia também se

destaca com extensa mancha urbana.

Agricultura - extensas manchas de áreas agrícolas, destacando-se a parte leste de Brasília;

trecho mediano entre Brasília, Anápolis e Goiânia; grande parte do Vale do Rio dos Bois e Meia

Ponte. Do sul para o norte a agricultura de soja/cana vem avançando sobre o cerrado.

Cerrado - As áreas de cerrado ficam ao norte da Área de Influência, principalmente na

microrregião Entorno de Brasília. Interessante notar que o limite leste de Brasília é também o

limite entre área agrícola e o cerrado.

Pastagem - É um tipo de ocupação de solo que vem sendo expulso, assim como o cerrado, pelo

avanço da soja e cana de açúcar. Mas ainda é dominante nas microrregiões de Entorno de

Brasília, Pires do Rio, Meia Ponte e Anicuns.

Floresta - São mínimas e escassas as áreas florestadas na Área de Influência, com destaque

para a fronteira das microrregiões de Vale do Rio dos Bois e Goiânia; da própria Goiânia e ao

sul de Meia Ponte.

Em seguida, com base no levantamento MUNIC, do IBGE, de 2009, é feita uma análise da

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situação dos municípios quanto à existência de Plano Diretor (Existência, Revisão e Elaboração);

Leis de Uso do solo e Parcelamento da Terra (2009); à situação do município (Aglomeração

Urbana, Área de Interesse Turístico, Área de Influência de Empreendimento com significativo

impacto ambiental e Não integração as áreas citadas) e à existência de legislação específica

sobre Interesse social, Ambiental, Histórico, Cultural, Paisagístico e Arquitetônico. Estas tabelas

são apresentadas por Microrregiões e por município.

O trabalho apresenta um quadro, com dados da base MUNIC (IBGE, Perfil dos Municípios

Brasileiros, 2009), que informa que havia 44 municípios com Planos Diretores Municipais, 10

municípios com Planos em revisão, e também 29 Planos em elaboração. A mesma fonte informa

que muitos municípios tinham legislação específica de Interesse Social (33), Interesse Ambiental

(26), Interesse Histórico (11), Interesse Cultural (07), Interesse Paisagístico (06) e Interesse

Arquitetônico (05). Outras informações são de que quanto à situação do município, havia 30

pertencentes a Aglomerações Urbanas, 30 Áreas de Interesse Turístico, 26 com Áreas de

Influência de Empreendimento com significativo impacto ambiental e 29 sem nenhuma dessas

situações. Em seguida, o estudo traz a análise das atividades econômicas.

Foi levantada a produção das lavouras permanentes (especialmente banana, laranja e goiaba)

em 2009, por município e Microrregião Geográfica, somando 202 mil toneladas, produção

considerada muito baixa para justificar o ramal, segundo o estudo. Foi levantada também a

produção das lavouras temporárias (especialmente milho, soja e cana-de-açúcar, todos com

mais de um milhão de toneladas, além do tomate, também com alta produção), nos municípios

e Microrregiões Geográficas, em que prevalece, na área de influência, a cana-de-açúcar, mas

tendo grande importância, também, o complexo soja/milho. O estudo traz diversas figuras

mostrando a distribuição, por Microrregião Geográfica, desses seis produtos.

Foram analisados, também, dados sobre exportações de produtos agrícolas, sendo

principalmente das cinco microrregiões adotadas no presente estudo de viabilidade: Anápolis,

Pires do Rio, Entorno de Brasília, Goiânia e Brasília.

Demanda de Carga (Dados de Produção)

O estudo prossegue, então, fazendo a análise da demanda de carga (Estudo da Geração de

Viagens), tendo como primeiro passo da modelagem a estimativa da produção atual e, depois, a

projeção desses fluxos para anos metas, fazendo-se a sua distribuição pelas diferentes zonas

consideradas.

Os estudos de demanda consideraram duas alternativas (sem a FNS e com a FNS), com as

estimativas de demanda feitas por modelagem matemática, utilizando dados de 2009. O restante

desta Seção detalha a metodologia para construção do modelo.

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Esta parte do estudo se inicia a partir de três critérios básicos: critérios geográficos inerentes à

região e em particular à área de influência; definição de produtos típicos para o modal ferroviário

(em função dos volumes e das distâncias percorridas); produção na área de influência do ramal.

Os produtos considerados foram: milho; complexo da soja; açúcar; fertilizantes e defensivos. A

análise permitiu uma visão da produção dessas cargas, em termos nacionais, com base nos

totais colhidos dessas “commodities”, tendo os fertilizantes e defensivos tido tratamento

diferenciado, a partir das suas peculiaridades. O texto prossegue com a análise de cada um dos

produtos.

A análise dos produtos que podem ser considerados principais cargas apresenta dados

relativamente atualizados (2010 e 2011), podendo ser utilizada para o estudo de viabilidade ora

em desenvolvimento. As tabelas 13 e 14 mostram o balanço de algumas safras da oferta e

demanda de milho e soja, com dados da CONAB.

Tabela 13 Balanço da Oferta e Demanda do Milho – safras selecionadas

Fonte: EVTEA, 2012. Estudos de Mercado. Tabela 19. Página 49

Tabela 14 Balanço da Oferta e Demanda da Soja – safras selecionadas

Fonte: EVTEA, 2012. Estudos de Mercado. Tabela 21. Página 51

O processo de produção do complexo soja e a participação de produtos em 2009/10 podem ser

observados na Figura 12.

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Figura 12 Complexo da soja – safra 2009/2010

Fonte: EVTEA, 2012. Estudos de Mercado. Figura 13. Página 50.

O estudo, em seguida, identifica os fluxos de produtos e seu volume, nos polos de carga

definidos, analisando as importações e exportações nos portos de Santos e Tubarão. Esta parte

do estudo apresenta dados de 2009.

Vem crescendo a área ocupada pela cana-de-açúcar em Goiás (sul e oeste do estado), inclusive

ocupando parte das áreas destinadas à soja, gerando conflitos locais entre essas duas culturas.

Entre as safras de 2010 e 2011 cresceu o numero de novas usinas no Brasil (10), sendo duas

em Goiás.

A cana de açúcar produz dois derivados principais, o açúcar e o álcool (que se divide em anidro

e o hidratado ou etanol). A safra brasileira 09/10 de cana-de-açúcar foi de 604.513,6 (x10³t) e a

de 10/11 foi de 664.333,4 (x10³t), tendo tido um crescimento de 9,9%. A safra da região centro-

oeste 09/10 de cana-de-açúcar foi de 77.435,9 (x10³t) e a de 10/11 foi de 98.132,3 (x10³t), com

um crescimento de 26,7%. São Paulo é maior produtor, com 54%, e Goiás participa com 8%.

A produção brasileira de açúcar cresceu 17,37% entre 09/10 e 10/11 e a produção de álcool

cresceu 10,63% entre 09/10 e 10/11. No Centro-oeste a produção de açúcar cresceu 42,08%

entre 09/10 e 10/11 e a produção de álcool cresceu 24,43% entre 09/10 e 10/11. Em Goiás, a

produção de açúcar cresceu 44,67% entre 09/10 e 10/11 e a produção de álcool cresceu 27,15%

entre 09/10 e 10/11.

Os fertilizantes mais conhecidos são o salitre, os nitratos, a uréia (nitrogenados) ou os fosfatos

minerais e ossos moídos. As matérias primas mais usadas para produção dos fertilizantes são

as rochas fosfáticas extraídas de minas, a amônia oriunda das refinarias como resíduo do

petróleo e o enxofre que é transformado em ácido sulfúrico. A Figura 13 mostra o processo de

produção de fertilizantes.

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Figura 13 – Produção de fertilizantes Fonte: EVTEA, 2012. Estudos de Mercado. Figura 21. Página 67

A produção de fertilizantes é altamente dependente de importações. Essa dependência,

considerando-se ainda a localização das refinarias (a REPLAN em Paulínia) e a própria

localização das minas no Brasil aponta a importância do uso da ferrovia para seu transporte.

O Brasil importa, atualmente, 70% do Nitrogênio, 50% do Fósforo e 90% do Potássio, segundo

texto da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Na agricultura, a cana, a soja, o milho e o café

são as quatro culturas que respondem por 75% da utilização de fertilizantes no país.

Os fertilizantes, que envolvem grandes volumes físicos a grandes distâncias, podem

desempenhar para o modal ferroviário uma importante função, como carga de retorno,

permitindo que os vagões não retornem vazios aos centros de produção, o que deve otimizar as

operações e melhorar as receitas.

Nos transportes, os fertilizantes participam, em peso, entre 10% e 20% do total da produção a

valores, dependendo do local, A quase totalidade dos fertilizantes consumidos na Área de

Influência do empreendimento chega ao Brasil por Santos ou Paranaguá, sendo transportado

em sua grande parte por rodovias.

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Os volumes de exportação e importação calculados, com base nos dados do Secex, Ibge, Única,

Embrapa e Sindag estão apresentados na Tabela 15, por polo de carga.

Tabela 15 Volume de transporte para cada polo de carga por grupo de produto – 2009

Fonte: EVTEA, 2012. Estudos de Mercado. Tabela 37. Página 73.

O estudo, então, faz a análise das alternativas de traçado propostas, examinando algumas

variáveis (área, população, densidades, PIB total, PIB per capita, produção exportada e produção

importada e total), e avaliando, ainda, a estimativa de produção exportada e importada:

Alternativa 1 - Goiânia/ Anápolis/ Brasília (Porto Seco);

Alternativa 2 - Goiânia/ Anápolis/ Santo Antônio do Descoberto;

Alternativa 3 - Goiânia/ Anápolis/ Corumbá de Goiás.

Os dados de importação e exportação são apenas de Goiânia, Anápolis e Brasília, para cada

alternativa, não sendo identificada a sua data. Não fica claro como foram obtidos os dados para

a alternativa que inclui Santo Antônio do Descoberto ou para a alternativa que inclui Corumbá de

Goiás.

A Subseção seguinte aborda a identificação dos fluxos e dos volumes operados nos polos de

carga, para a qual foi montada uma rede matemática, que considerou diversas alternativas

modais, partindo da rede por onde escoa atualmente a produção, de modo a se poder comparar

os custos em cada uma. Foram feitas, também, estimativas para 2015, ano de abertura do Ramal

e para 2020, 2025, 2035 e 2045, totalizando 30 anos de projeção. Para isso, foi utilizado o

Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA, do IBGE. A rede de vias utilizada como

base para a montagem da rede matemática utilizada como parte do modelo foi obtida a partir da

rede utilizada no Plano Nacional de Logística de Transportes, PNLT.

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A projeção de demanda de cargas foi estabelecida da seguinte forma:

a) Definição dos polos para onde seriam carreadas as cargas geradas nos municípios

exportadores, considerando as distancias, do polo à sede de cada município;

b) Evolução da produtividade por produto (produção por área de colheita) no período 2000/2009

e projeção para os anos metas;

c) Evolução da área total (soma da área cultivada de todos os produtos) e projeção para os anos

metas, para os diferentes produtos;

d) Distribuição da área plantada projetada, para os anos metas, para os diferentes produtos;

e) Identificação da produção segmentada para cada produto, para os diferentes anos metas.

Adotou-se um cenário Conservador e outro Tendencial (este incluindo áreas agriculturáveis, que

pudessem resultar um maior crescimento da produção).

Os municípios considerados exportadores, nesta parte do relatório, foram: Itumbiara; Goiatuba;

Quirinópolis; São Simão; Rio Verde; Santa Helena de Goiás; Acreúna; Edéia; Santa Vitória; e

Ituiutaba, situados em Goiás e Minas Gerais. Nenhum destes municípios faz parte da área de

estudo do atual projeto.

As páginas 83 a 95 mostram o detalhamento da metodologia da rede matemática construída

para avaliar as alternativas de traçado da ferrovia. As páginas 95 a 113 mostram a alocação de

cargas em 2009, os resultados dessa alocação e as projeções de demanda de carga nos anos-

meta definidos, entre outros, consistindo nos resultados da modelagem matemática.

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As Tabelas a seguir (Figura 14) sintetizam os resultados da modelagem matemática realizada.

Figura 14 Resultados da modelagem matemática Fonte: EVTEA, 2012. Estudos de Mercado. Tabelas 63, 64 e 65. Página 103.

Tabela 16 Resultados da modelagem quanto às alternativas de traçado estudadas

Fonte EVTEA, 2012. Estudos de Mercado. Página 103.

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Análise da Oferta Multimodal do Transporte Existente

A última parte do relatório mostra a análise da oferta do transporte atualmente existente, nos

seus vários modais. São analisadas as principais rodovias federais e estaduais que cortam a

região de estudo, sendo algumas descritas com maior detalhamento. São também analisados os

principais portos (Aratu/BA, Ilhéus/BA, Vitória/ES, Tubarão/ES, Santos/SP, Paranaguá/PR) de

saída da produção do Centro-oeste, e de Goiás, em particular, além dos portos situados em

outros estados (que serão incorporados à rede, a partir da construção das demais ferrovias), que

são os de Vila do Conde/PA, Itaqui/MA, Pecém/CE, e Suape/PE.

Além disso, foi analisado também o Porto Sul da Bahia/BA, a ser construído, além dos portos

fluviais da hidrovia Paranaíba/Paraná/Tietê, que são os terminais em São Simão (Goiás) e os

terminais do Tietê, próximos à metrópole de São Paulo. O estudo não faz referência ao

escoamento de grãos do Mato Grosso realizado por caminhão até Porto Velho e depois, pelo rio

Madeira. Foram analisados também portos secos como o Porto Seco Centro Oeste S/A, de

Anápolis, e o Porto Seco de Brasília.

O estudo faz análise dos meios de transporte ferroviário já existente que afetam o

empreendimento que é seu objeto, que são a Ferrovia Norte Sul – FNS; a Ferrovia Centro

Atlântica – FCA; a Ferrovia América Latina Logística – Malha Paulista S.A.; a Ferrovia América

Latina Logística – Malha Norte S.A; e a Estrada de Ferro Carajás. São também analisadas as

Dutovias, como o duto da Petrobras existente (OSBRA) e os dutos projetados Uniduto (projetado

no interior de São Paulo) e o Alcoolduto (projetado, ligando Goiás a Paulínia). Na região, esses

dutos (Oleoduto São Paulo/Brasília – OSBRA; Alcoolduto Senador Canedo/Paulínia; e

Alcoolduto da Uniduto) foram analisados com maior detalhamento.

Entre os meios de transporte, foi analisado também o hidroviário, em especial a Hidrovia

Tietê/Paraná e a Hidrovia Tocantins/Araguaia.

As condições de armazenagem também fazem parte da análise realizada. Há, no relatório, uma

tabela que indica a presença de armazéns em Goiás, com dados sobre o proprietário, tipo de

armazenamento e capacidade de estocagem (em toneladas), em parte dos municípios da área

de estudo. Outras tabelas fazem a qualificação do armazenamento por Microrregião Geográfica

(em seite das nove MRG estudadas), e dentro de cada uma destas, dos armazéns presentes,

por municípios. Na região em estudo havia, na época do estudo, 26 municípios com armazéns,

entre graneleiros, convencionais, silo, baterias de silos e depósitos. Eram 266 armazéns,

segundo dados de SIARMA - Sistema de Informações de Armazenagem, da ESALQ/SP, para

2010.

O relatório tem, ao final, alguns dados caracterizando a potencialidade de cargas, detalhado por

produtos (cana-de-açúcar, soja e milho), obtidos por pesquisa junto a produtores, procurando

levantar os meios de transporte mais utilizados e seus custos. Essa pesquisa foi realizada

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também junto a sindicatos rurais, usinas processadoras e indústrias moageiras, mas não se

obteve nenhum resultado.

c) Lei Complementar Nº 804, de 25 abril de 2009

Aprova a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT e dá

outras providências

Inicialmente o Título I estabelece os aspectos gerais da política territorial (revisão do plano diretor

de ordenamento territorial do distrito federal; os princípios do plano; e os objetivos gerais),

apresentando ainda a relação de Anexos, que incluem mapas e tabelas com parâmetros

urbanísticos ou suas exceções.

A Lei Complementar 803/09 estabelece, no Título II - Das diretrizes setoriais para o território,

alguns conteúdos de interesse quanto às condições para ocupação do território, incluindo o

conceito de cada setor tratado e as diretrizes para desenvolvimento municipal quanto aos

seguintes temas: o patrimônio cultural; o meio ambiente; o sistema de transporte, o sistema viário

e de circulação e a mobilidade; o saneamento ambiental e da energia; o desenvolvimento

econômico; a urbanização, o uso e a ocupação do solo; a habitação; os equipamentos regionais

(áreas temáticas de educação, segurança pública, saúde, transporte, abastecimento,

hospedagem e cultura) e desenvolvimento rural (considerado em sua multifuncionalidade).

Para cada tema, são definidos o conteúdo e objetivo da política do DF, o sistema do DF

responsável pela política e seu órgão gestor, as diretrizes setoriais para o tema, estabelecendo,

em alguns casos, a necessidade e o prazo de elaboração do Plano de Desenvolvimento ou Lei

que regulamente cada um,

Entre estes temas, tem especial relevância o capítulo VI - Da urbanização, do uso e da

ocupação do solo, que conceitua alguns parâmetros urbanísticos que devem estabelecer

restrições para a ocupação, que são a densidade demográfica, o coeficiente de aproveitamento

e o percentual mínimo de equipamentos urbanos e áreas livres de uso público. O capítulo

também estabelece os valores básicos para cada parâmetro definido.

Ainda nesta parte do texto, a Lei Complementar estabelece, em alguns artigos, como deve se

dar, em termos gerais, a relação com os municípios limítrofes.

A seguir, aparece o Título III – Da organização do território, que estabelece o

macrozoneamento e o zoneamento (destinação do solo e suas diretrizes gerais de uso e

ocupação), além das estratégias de ordenamento territorial de toda a área do Distrito Federal

(que orientam políticas públicas, projetos e investimentos futuros).

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O macrozoneamento definiu três Macrozonas no território do Distrito Federal: Macrozona

Urbana, Macrozona Rural e Macrozona de Proteção Integral. As Macrozonas Urbana e Rural são

divididas em Zonas. Para cada Zona são definidas diretrizes. A Figura 15 mostra as macrozonas

definidas.

Figura 15 Macrozoneamento do Distrito Federal

Fonte: Lei Complementar Nº 803, de 25 de abril de 2009. Anexo I. Mapa I. Página 107.

A Macrozona Urbana divide-se nas seguintes zonas: I – Zona Urbana do Conjunto Tombado; II

– Zona Urbana de Uso Controlado I; III – Zona Urbana de Uso Controlado II; IV – Zona Urbana

Consolidada; V – Zona Urbana de Expansão e Qualificação; VI – Zona de Contenção Urbana.

A Macrozona Rural divide-se nas seguintes zonas: I – Zona Rural de Uso Diversificado; II – Zona

Rural de Uso Controlado. A Figura 16 mostra as Zonas estabelecidas no território do Distrito

Federal.

São também apresentadas diretrizes para dois outros temas relacionados ao Meio Ambiente,

que são: a Área de Proteção de Manancial; e a Área de Interesse Ambiental.

A seguir a Lei Complementar 803/09 estabelece as unidades de planejamento territorial, cada

qual abrangendo várias Regiões Administrativas (RA).

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Figura 16 Zoneamento do Distrito Federal

Fonte: Lei Complementar Nº 803, de 25 de abril de 2009. Anexo I. Mapa IA. Página 108.

Ainda no Título III, as estratégias de ordenamento territorial foram definidas como: I – a

dinamização de espaços urbanos; II – a revitalização de conjuntos urbanos; III – a estruturação

viária; IV – a regularização fundiária; V – a oferta de áreas habitacionais; VI – a implantação de

polos multifuncionais; VII – a integração ambiental do território. Para cada estratégia, foram

definidas as áreas onde as intervenções prioritárias (com itemização mínima estabelecida)

devem ser realizadas, com o conteúdo da estratégia e diretrizes. O conceito de cada estratégia

(bem como as áreas onde cada uma deve ser aplicada e ações prioritárias) é apresentado na

sequência da Lei Complementar.

O Plano Diretor apresenta também, no Título IV, os instrumentos de ordenamento territorial

e de desenvolvimento urbano, incluindo: I – Instrumentos de planejamento territorial e urbano;

II – tributários e financeiros; e III – jurídicos. A maioria desses instrumentos é detalhada na

sequência da Lei Complementar 803/09.

O Título V versa sobre a gestão do planejamento territorial e urbano, com os seguintes

conteúdos: conceituação, finalidade e abrangência; estrutura e atribuições dos seus

componentes; o sistema de informação territorial e urbana do distrito federal; o sistema

cartográfico do distrito federal; e o controle e monitoramento do parcelamento, do uso, da

ocupação e da gestão urbana e territorial.

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O Título VI trata das Penalidades e o Título VII, das Disposições Gerais e Transitórias.

3.1.2 Adequação as necessidades do projeto

A análise realizada procurou verificar a adequabilidade dos conteúdos presentes nos

documentos examinados aos objetivos do atual estudo em desenvolvimento, identificando o grau

de utilidade de cada documento no desenvolvimento do diagnóstico socioeconômico.

a) Análise de Viabilidade de Implantação de um Sistema Ferroviário de Alta Velocidade

no Eixo Brasília–Goiânia à Luz de um Desenvolvimento Sustentável ao Longo deste

Eixo – GDF 2004

Relatório parcial 1.1 Caracterização socioeconômica do eixo

Esse relatório apresenta uma análise socioeconômica consistente, embora relativamente sucinta

quanto às variáveis analisadas em alguns temas, mas encontra-se bastante desatualizado, pois

abrange dados de 2000, cuja análise pode ser incorporada ao presente estudo, e dados de, no

máximo 2003, que se encontram defasados, exigindo a estruturação de um estudo com dados e

informações mais recentes sobre a realidade da região que abrange o eixo Goiânia-Anápolis-

Brasília.

Por outro lado, como esse estudo abrange apenas 37 dos 66 municípios pertencentes às cinco

Microrregiões Geográficas (que representam a área de estudo do presente projeto), seria

necessário complementar o levantamento de dados e as análises.

O presente estudo demandará a utilização de dados mais atualizados para se verificar as

características socioeconômicas atuais da região de estudo.

Relatório parcial 1.2 – Desafios e Oportunidades

Este relatório apresenta longa análise sobre os desafios e oportunidades de negócios e

investimentos representados pelo programa de desenvolvimento para a região do Eixo Brasília-

Goiânia, tanto para o Trem de Alto Desempenho como para o Polo de Alta Tecnologia, que se

propugna criar na região. Mas apresenta o mesmo problema do relatório anterior, que é a data

de elaboração (2004), encontrando-se defasado em todos os dados e informações

apresentados.

A análise do processo econômico em termos gerais é útil, e poderá ser aproveitada no

desenvolvimento do presente estudo, mas muitos dos dados precisarão ser atualizados.

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Por outro lado, como o projeto atual em desenvolvimento diz respeito apenas à ferrovia, a análise

do polo de alta tecnologia e estudos associados poderá servir para traçar o contexto econômico

atual da região e suas perspectivas de evolução, mas não pertence ao foco atual de análise.

Relatório 5.2 – Modelagem espacial.

Este relatório apresenta uma concepção para transformação da região do Eixo no polo de alta

tecnologia a ser desenvolvido, de muito interesse para a verificação dos dados mais atualizados

sobre o número de empresas e empregos que estão instalados na região em 2010, buscando

identificar qual foi a tendência de desenvolvimento da região nesse período. Pode, então, ser

utilizado como base de referência para o diagnóstico socioeconômico a ser realizado no presente

estudo de viabilidade.

b) Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental

(EVTEA) – EF-151 - Consórcio MAIA MELO/ARS/EVOLUÇÃO.

Segmento 2: Ligação Goiânia/GO-Anápolis/GO – Brasília/DF

Inicialmente, é preciso ter em vista que o estudo feito como Segmento 2 está integrado ao

contexto da viabilidade da Ferrovia Norte-Sul, e que se refere somente ao transporte de carga.

Assim, a análise realizada nesse estudo procurou mostrar como esse trecho, integrado à

Ferrovia Norte-Sul e à FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), viabilizaria o transporte de

carga do interior do país até o Porto Sul, em Ilhéus/BA.

A avaliação realizada sobre os dois relatórios analisados é apresentada a seguir.

Estudos de Inserção Ambiental

Este estudo mostra os levantamentos e análises realizados para subsidiar a escolha da

alternativa preferencial de traçado, apontando também aspectos gerais quanto aos impactos

ambientais esperados principalmente na implantação de ferrovias.

Trata-se de uma análise bastante interessante, principalmente nos aspectos que são reportados

nas Fichas do levantamento de campo, caso o projeto ora em andamento acabe analisando

alternativas de traçado em parte coincidentes com as definidas pelo Consórcio Maia Melo.

A análise ambiental é muito sucinta, mas pode dar uma informação geral sobre as áreas

analisadas.

Estudos de Mercado

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Os estudos realizados neste relatório abrangem muito da análise que se espera fazer sobre o

contexto socioeconômico do empreendimento a ser desenvolvido. Muito dados são relativamente

recentes (2010 e 2011), podendo ser utilizados, bem como as análises mais gerais.

c) Lei complementar nº 803, de 25 de abril de 2009

Autoria do Projeto: Poder Executivo

Aprova a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT e dá

outras providências.

Sem dúvida, as disposições legais quanto à regulação do uso do solo nas áreas que deverão

receber as alternativas de traçado a serem definidas no decorrer do presente estudo fazem parte

de uma análise essencial a ser desenvolvida no presente estudo.

Mas essa análise será feita no estudo de traçado, numa outra etapa do trabalho. Esse é um

estudo que precisa ser feito em áreas definidas como de influência direta e, principalmente, áreas

diretamente afetadas, para que os condicionantes urbanísticos às alternativas e, principalmente,

à alternativa preferencial, sejam identificados.

Tal análise tem uma importância significativa na avaliação dos impactos locais do

empreendimento, pois permite verificar as restrições legais existentes na área e as perspectivas

de crescimento urbano legalmente definido.

3.1.3 Considerações Finais

A leitura dos diversos documentos elaborados entre 2004 e 2012 permitiu tirar algumas

conclusões, apresentadas a seguir, que deverão balizar a continuidade do trabalho.

Trata-se de uma região cuja perspectiva de crescimento é baseada na agropecuária, mas com

um setor industrial em franca evolução. Conta com algumas áreas com predomínio das

atividades agropecuárias, mas nessas áreas verifica-se também o crescimento da indústria, de

forma relativamente descentralizada na região, tendo sido apontado também que muitos

municípios, e, em particular, o Distrito Federal, têm indústrias de alta tecnologia (informática,

fármaco-química, automobilística, entre as principais) em processo de crescimento.

a) Setores econômicos de interesse

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As análises realizadas nos estudos apontaram , quanto ao volume de cargas e sua importância

regional, os seguintes ramos produtivos como de maior interesse para o estudo:

Na agroindústria, destacou-se o complexo da soja, que inclui a produção agrícola (grãos) e os

produtos industriais (farelo e óleo), e também o complexo da cana-de-açúcar (que inclui a

produção agrícola, a produção de açúcar e de biocombustíveis) e a produção de milho, como

principais produtos.

Os estudos apontaram também como ramos produtivos de interesse os de fertilizantes e

defensivos, ainda relacionados à agroindústria.

Mas outros estudos apontam outros setores econômicos em evolução.

Na área formada pelas cinco microrregiões vêm se destacando diversos segmentos industriais

e de serviços. Para pontuar aspectos relevantes da economia regional em Goiás, de modo a

orientar a etapa seguinte dos trabalhos, foram utilizadas as informações presentes no estudo

Perfil Competitivo das Regiões de Planejamento do Estado de Goiás, da Secretaria do

Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás (2010), informações que são

apresentadas a seguir, por região de planejamento.

Na Região Metropolitana de Goiânia, destaca-se a produção leiteira (6,85% do estado), e a

região abriga um polo de confecções e um polo coureiro/calçadista. A região destaca-se como

polo regional devido à sua localização geográfica estratégica, geração de empregos, economia

diversificada, presença de universidades e disponibilidade de infraestrutura para transporte de

cargas. Os municípios que têm maior relevância econômica e principais segmentos produtivos

estão apresentados a seguir:

Aparecida de Goiânia tem quatro polos industriais, onde se fabrica autopeças, material de

limpeza, alimentação e equipamentos hospitalares;

Senador Canedo tem o setor de combustíveis como seu principal gerador de receitas,

graças ao Polo Petroquímico, que tem outras grandes empresas do ramo, sendo 40

distribuidoras de combustíveis, três distribuidores de Gás Liquefeito de Petróleo e 10

transportadoras, gerando, juntas, uma grande demanda por serviços; além disso, tem dois

distritos industriais e mais quatro em implantação;

Trindade é um polo de confecção, tendo, além disso, destaque na produção de bebidas; o

município integra a Região de Negócios e Eventos em Goiás, com previsão de

investimentos de 13 grandes projetos;

Goianira tem um Distrito Agroindustrial, onde está localizado o Polo Calçadista, que integra

a cadeia produtiva do couro bovino no estado de Goiás.

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Outra região de interesse é a Região do Centro Goiano, onde a industrialização tem se

intensificado, mas os municípios que efetivamente se destacam são Anápolis (polo

farmacêutico), Goianésia (duas usinas de processamento de cana-de-açúcar e uma indústria de

atomatados) e Jaraguá (polo de confecções e Centro Tecnológico de Moda). A parte sul desta

região corresponde à microrregião geográfica de Anápolis, que faz parte da área de estudo.

Goianésia não se inclui nesta microrregião, mas é muito próxima, tendo-se julgado conveniente

incluí-la nessa relação de polos urbanos de importância regional. A região tem também potencial

turístico relevante.

Os pontos fortes do eixo Goiânia-Anápolis são a plataforma logística, a indústria farmacêutica, a

indústria automobilística, as empresas de base tecnológica e as instituições de ensino superior,

incluindo ainda o turismo e demais serviços. Especialmente relevante é o desenvolvimento

tecnológico do eixo Goiânia – Anápolis, que trouxe indústrias de software e empresas de

tecnologia de informação, criando um polo de biotecnologia junto ao complexo de fármacos. Além

disso, desenvolveu-se na região um polo de inteligência médica e excelência nutricional,

agregando unidades de pesquisa e desenvolvimento nas universidades de medicina.

Na Região do Entorno do Distrito Federal, os destaques na geração do Produto Interno Bruto

são os municípios de Luziânia (agroindústria), Cristalina (lavouras irrigadas), Formosa,

(administração pública, comércio e aluguéis) e Valparaíso de Goiás (administração pública,

aluguéis e construção civil).

Na economia da região, tem também relevância os rebanhos, principalmente o bovino, o suíno

e o avícola, a produção de leite, as culturas temporárias de arroz, feijão e mandioca, com maior

destaque para as do milho e da soja.

Nesta região localiza-se a Bunge Alimentos, com processamento de soja para a produção de

gorduras vegetais e refino de óleo de soja, tendo o farelo, extraído da produção do óleo bruto,

quase todo exportado, além da Multigran e Brasfrigo, compradoras de grãos da região, e da

Minuano e Goiás Verde, grandes empresas agroindustriais. Luziânia é o município com maior

exportação da região, principalmente a produção do complexo da soja, milho, conservas

alimentícias e algodão. Outro município com produção agrícola relevante é Cristalina.

Segundo a Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás (2010), a Região

do Sudeste Goiano apresenta uma economia diversificada, com produção de grãos e criação de

aves, indústria automobilística, indústria mineroquímica, agroindústrias, algumas instituições de

ensino superior e comércio em expansão, possuindo ainda potencial turístico. A parte norte desta

região corresponde à microrregião geográfica de Pires do Rio, que faz parte da área de estudo.

A região contribui com quase 20% do rebanho avícola do estado, tendo relevância também os

rebanhos bovino e suíno (entre 6 e 7% do total estadual), tendo quase 16% da produção estadual

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de leite e a produção de grãos correspondendo em 2008 a 13,06% da produção total do Estado.

Mas o município mais importante da região é Catalão, que não faz parte da área de estudo.

b) Quantitativos preliminares da produção agrícola

A Tabela 17 mostra a produção agrícola de milho, soja e cana de açúcar em 2011 na região

formada pelas cinco Microrregiões Geográficas definidas como área de estudo.

Pode-se observar que a maior produção, e mesmo a área colhida, estão na Microrregião do

Entorno de Brasília, que engloba municípios que são grandes produtores agrícolas, como

Luziânia e Cristalina.

Tabela 17 Produção agrícola em Goiás e Distrito Federal - 2011

Unidades da Federação e

Microrregiões Geográficas

Área colhida (Hectares) Quantidade produzida

Total Cana-de-açúcar

Milho ( grão)

Soja (grão) Cana-de-açúcar

(Toneladas)

Milho ( grão)

(Toneladas)

Soja ( grão) (Toneladas

)

Anápolis - GO 78.476 17.203 24.390 21.280 1.414.657 101.820 60.135

Goiânia - GO 35.440 2.377 10.090 16.665 181.438 50.977 48.863

Entorno de Brasília - GO

691.427 36.437 111.440 409.950 3.085.475 826.525 1.205.274

Pires do Rio - GO 216.081 755 22.260 159.550 27.095 201.674 518.275

Brasília - DF 125.617 883 32.532 54.854 65.342 263.888 184.047

Total região 1.147.041 57.655 200.712 662.299 4.774.007 1.444.884 2.016.594

Goiás 4.881.879 697.541 960.792 2.560.508 54.903.085 5.743.622 7.703.982

% 05 microrregiões no estado

23,50 8,27 20,89 25,87 8,70 25,16 26,18

Fonte: IBGE. Produção Agrícola Municipal – PAM.

Destaques.

A área colhida total das cinco microrregiões representou 23,5% da área colhida no estado de

Goiás, em 2011, correspondendo ainda a 21% da área do milho e 26% da área da soja no estado.

A produção de milho representava, nesse ano, 25% da produção estadual, a produção de soja

correspondendo a 26% da produção do estado. Apenas a área e volume produzido de cana-de-

açúcar representaram percentuais menores, entre 8% e 9%, do estado de Goiás nesse ano.

Apesar disso, a cana-de-açúcar tem relevância em função da produção de açúcar e de álcool, e

apresenta tendência de crescimento no estado.

Pires do Rio também faz parte das áreas do estado com alta fertilidade e de produção de grãos

no estado.

3.1.4 Resumo

A tabela seguinte resume os estudos analisados nessa analise temática.

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Análise de Viabilidade de Implantação de um Sistema Ferroviário de Alta Velocidade no Eixo Brasília–Goiânia à Luz de um Desenvolvimento Sustentável ao Longo deste Eixo – GDF 2004

Este estudo tinha como premissa a perspectiva de desenvolvimento regional da região do Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia, para o qual deveriam contribuir dois projetos de infraestrutura, quais sejam, o trem de alto desempenho e o Polo Tecnológico a ser desenvolvido na região. Foram selecionados 03 relatórios, desenvolvidos até 2004, que apresentam a perspectiva de desenvolvimento regional, a caracterização socioeconômica e a modelagem realizada para o Polo de Alta Tecnologia.

Nome do relatório

Conteúdo Avaliação

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Análise socioeconômica de Goiás, Distrito Federal, Região Centro-Oeste e Brasil, além da região do Eixo Brasília-Goiânia (37 municípios definidos como polos econômicos)

O relatório apresenta uma análise socioeconômica consistente, embora relativamente sucinta quanto às variáveis analisadas em alguns temas, mas encontra-se bastante desatualizado, pois abrange dados de 2000, cuja análise pode ser incorporada ao presente estudo, e dados de, no máximo 2003, que se encontram defasados exigindo a estruturação de um estudo com dados e informações mais recentes sobre a realidade da região que abrange o eixo Goiânia-Anápolis-Brasília. Só trata de 37 municípios dos 66 pertencentes às 05 Microrregiões Geográficas.

Rela

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Análise, inicialmente, dos principais entraves ao desenvolvimento; depois apresentação das potencialidades da região que vêm sendo exploradas, além de potencialidades pouco exploradas na região. A seguir, é feita a avaliação da vocação do Eixo Brasília-Goiânia para o setor de alta tecnologia, finalizando com a avaliação das oportunidades de negócios e investimentos, tanto nos setores que vem sendo explorados como nos pouco explorados.

Este relatório apresenta o mesmo problema do anterior, que é a data de elaboração (2004), encontrando-se defasado em todos os dados e informações apresentados. A análise do processo econômico em termos gerais é útil, e poderá ser aproveitada no desenvolvimento do presente estudo, mas os dados precisarão ser atualizados. Por outro lado, como o projeto atual em desenvolvimento diz respeito apenas à ferrovia, a análise do polo de alta tecnologia e estudos associados poderá servir para traçar o contexto econômico atual da região e suas perspectivas de evolução, mas não pertence ao foco atual de análise.

Rela

tóri

o

5.2

Modela

gem

espacia

l.

Modelagem espacial realizada para definição do Polo de Alta Tecnologia, objeto também do Programa de Desenvolvimento do Eixo Brasília-Goiânia, dos Governos de Goiás e do Distrito Federal.

Este relatório apresenta uma concepção para transformação da região do Eixo no polo de alta tecnologia a ser desenvolvido, de muito interesse para a verificação dos dados mais atualizados sobre o nº de empresas e empregos que estão instalados na região em 2010, buscando identificar qual foi a tendência de desenvolvimento da região nesse período. Pode, então, ser utilizado como base de referência para o diagnóstico socioeconômico a ser realizado no presente estudo de viabilidade. Mas os dados são defasados.

Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) -

Consórcio MAIA MELO/ARS/EVOLUÇÃO

Este estudo procurou avaliar a viabilidade do trem de alto desempenho que seria um segmento (o Segmento 2) da Ferrovia Norte Sul, para o transporte de carga. Por isso foram selecionadas cargas de baixo valor agregado e grandes volumes, como os produtos da cana-de-açúcar, do complexo da soja e o milho, como cargas a serem transportadas para fora da região, e cargas de adubos e defensivos agrícolas, como cargas de retorno, ou seja, cargas relacionadas à agricultura. O segmento 2 seria uma parte do complexo ferroviário Norte Sul, contribuindo para viabilizar, juntamente com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), o transporte de cargas de grãos do centro-oeste para o Porto de Ilhéus/BA

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56

Estu

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l Este estudo apresentou as características físicas, bióticas e antrópicas (populações tradicionais, assentamentos rurais e arqueologia) da área de influência direta de 03 alternativas de traçado, a legislação ambiental aplicável, os estudos de campo realizados, a avaliação de passivos ambientais, a avaliação de Impactos Ambientais da Implantação de Ferrovias e Medidas Mitigadoras e uma análise crítica dos traçados, definindo um deles como preferencial.

O relatório apresenta uma análise bastante interessante, principalmente nos aspectos que são reportados nas Fichas do levantamento de campo, caso o projeto ora em andamento acabe analisando alternativas de traçado em parte coincidentes com as definidas pelo Consórcio Maia Melo. A análise ambiental é muito sucinta, mas pode dar uma informação geral sobre as áreas analisadas.

Estu

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O estudo delineia a metodologia definida para análise das características socioeconômicas da região de estudo, são definidos os principais polos produtores de cargas e é feita sua caracterização. Além disso, é definida a demanda de carga esperável na região, com base em dados secundários, finalizando com a análise da oferta atual (de 2012) dos sistemas de transportes existentes.

Os estudos realizados neste relatório abrangem muito da análise que se espera fazer sobre o contexto socioeconômico do empreendimento a ser desenvolvido. Muito dados são relativamente recentes (2010 e 2011), podendo ser utilizados, bem como as análises mais gerais. A modelagem matemática pareceu interessante, e deve ser analisada pelo participante do Consórcio que vá se ocupar dessas questões. A análise da oferta atual de transportes na região é bastante interessante, e seus dados poderão ser aproveitados.

Lei Complementar Nº 803, de 25 de abril de 2009 - Aprova a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT e dá outras providências.

Conteúdo Avaliação

A lei estabelece os aspectos gerais da política territorial, com mapas e tabelas com parâmetros urbanísticos; diretrizes setoriais; o macrozoneamento e o zoneamento (destinação do solo e suas diretrizes gerais de uso e ocupação), além das estratégias de ordenamento territorial de toda a área do Distrito Federal (que orientam políticas públicas, projetos e investimentos futuros); os instrumentos de ordenamento territorial e de desenvolvimento urbano; o sistema de gestão do planejamento territorial e urbano; as penalidades; as disposições gerais e transitórias.

As disposições legais quanto à regulação do uso do solo nas áreas que deverão receber as alternativas de traçado a serem definidas no decorrer do presente estudo fazem parte de uma análise essencial a ser desenvolvida. Mas essa análise será feita no estudo de traçado, numa outra etapa do trabalho. Esse é um estudo que precisa ser feito em áreas definidas como de influência direta e, principalmente, áreas diretamente afetadas, para que os condicionantes urbanísticos às alternativas e, principalmente, à alternativa preferencial, sejam identificados. Tal análise tem uma importância significativa na avaliação dos impactos locais do empreendimento, uma vez que permite verificar as restrições legais existentes na área e as perspectivas de crescimento urbano legalmente definido.

3.1.5 Anexo: Plataforma de Logística Multimodal de Goiás, (Governo de Goiás, 2000)

O estudo apresenta o Porto Seco de Anápolis / Plataforma logística como um polo concentrador

de carga da região, capaz de armazenar e atender os municípios da região. Sua área total

prevista é de 727 hectares, divididos em três fases:

1ª etapa: Será implantada em área de 187 hectares, potencial de armazenamento de 77 mil

m2

2ª etapa: Será implantada em área de 205 hectares, potencial de armazenamento de 155 mil

m2

3ª etapa: Será implantada em área de 335 hectares, potencial de armazenamento de 421 mil

m2

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Em sua área está previsto o aeroporto de cargas de Anápolis, além de ser um projeto integrado

com a Ferrovia Norte Sul, sendo contemplado pelo ramal de ligação desta ferrovia à Anápolis.

Na Figura 17 que segue é apresentada sua planta baixa.

Figura 17 - Aeroporto de cargas de Anápolis

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58

3.2 ESTUDOS DE DEMANDA

3.2.1 Pesquisas realizadas

Foram analisados alguns documentos disponíveis sobre a região, com o objetivo de verificar a

adequabilidade das suas informações e/ou proposições para os propósitos da caracterização da

demanda, necessária aos objetivos do presente estudo de viabilidade.

As pesquisas realizadas para o eixo Goiânia-Anápolis-Brasília devem servir de base para apoiar

a avaliação da demanda potencial das alternativas de traçado. Mais especificamente, a

compilação de pesquisas anteriores apresenta dois objetivos centrais no seu desenvolvimento:

a) Servir de base de referência para avaliação das pesquisas a serem realizadas em pontos de

localização similar;

b) Ampliar a abrangência espacial e temporal das pesquisas.

Com estes intuitos, os documentos analisados são conforme apresentado na Tabela 18:

Tabela 18 Relação de Estudos com Objeto de Análise

Estudo Objeto da Análise de Demanda

Análise de Viabilidade de Implantação de um Sistema Ferroviário

de Alta Velocidade no Eixo Brasília–Goiânia à Luz de um

Desenvolvimento Sustentável ao Longo deste Eixo

Contagens em 3 pontos ao longo

da BR060, classificando entre

auto, ônibus e caminhão por

eixos.

Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica

e Ambiental (EVTEA) – EF 151 Projeção de fluxo de carga.

Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito

Federal e Entorno

Contagens de tráfego

classificando em ônibus e

automóvel, pesquisa de

ocupação dos automóveis,

matrizes origem destino de

transporte individual e coletivo.

O Distrito Federal e o Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia em 2030 -

Projeções Demográficas E Econômicas para a Região

Projeção populacional até 2030

para o eixo estudo

Relatório de Caracterização do Transporte Rodoviário

Semiurbano de Passageiros do Distrito Federal e Entorno

Movimentação de passageiros

por ligação intermunicipal, perfil

semanal, local de embarque e

desembarque de passageiros

Desenvolvimento Metodológico e Prova de Campo para o Movimentação mensal de

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Estudo Objeto da Análise de Demanda

Levantamento de Dados de Demanda e Oferta dos Serviços

Regulares de Transportes Coletivos Rodoviários Interestaduais de

Passageiros, com Extensão Superior A 75 Km e Geração de

Alternativas de Rede de Linhas a Partir dos Dados Levantados

passageiros em ligações

interestaduais.

Desenvolvimento e Aprimoramento das Ferramentas e

Procedimentos para Gestão e Controle dos Serviços de

Transporte Terrestres

Caracterização das viagens e dos

usuários

Plano de Desenvolvimento do Sistema de Transporte do Estado

de Goiás - PDTG

Definição completa das matrizes

de origem e destino e da malha

multimodal básica do PDTG

Abaixo apresentam-se resumos de volumes mensais por modais no eixo de estudo. Os dados

informados ora são organizados por origem e destino (OD), ora por contagens em uma seção

específica, sem discriminação das origens e destinos. Estes valores serão utilizados para

comparação com os dados obtidos neste estudo.

Tabela 19 Volumes de Autos e Ônibus

Modo Trecho Pessoas (mil/mês)

Obs. Fonte, Ano base

Automóveis BR060 Brasília Anápolis 160 Seção TAV GDF, 2004

Automóveis BR060 Anápolis Brasília 115 Seção TAV GDF, 2004

Automóveis BR060 Anápolis Goiânia 380 Seção TAV GDF, 2004

Automóveis BR060 Goiânia Anápolis 390 Seção TAV GDF, 2004

Ônibus BR060 Anápolis Goiânia 55 Seção TAV GDF, 2004

Ônibus BR060 Goiânia Anápolis 65 Seção TAV GDF, 2004

Ônibus Goiânia - Brasília 37.5 OD Supas, 2011

Ônibus Brasília - Anápolis 8.5 OD Supas, 2011

Ônibus Brasília - Alexânia 3 OD Supas, 2011

No estudo de Análise de Viabilidade de Implantação de um Sistema Ferroviário de Alta

Velocidade no Eixo Brasília–Goiânia à Luz de um Desenvolvimento Sustentável ao Longo deste

Eixo – GDF 2004, considerou-se taxas de ocupação médias calculadas com base nas entrevistas

realizadas com usuários, sendo:

Automóveis em dia útil: 1,90 passageiro por veículo;

Automóveis em fim de semana: 2,20 passageiros por veículo;

Ônibus Rodoviário: 23 passageiros por veículo.

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Tabela 20 Volumes de Caminhões

Trecho Veículos (mil/mês)

Obs. Fonte, Ano base

BR060 Brasília Anápolis 65 Seção TAV GDF, 2004

BR060 Anápolis Brasília 40 Seção TAV GDF, 2004

Tabela 21 Volumes de Carga Ferroviária

Trecho Carga

(mil t/ano) Obs. Fonte, Ano base

De Brasília (exportação) 1.057 OD EVTEA EF-151 Valec, 2009

De Anápolis (exportação) 30 OD EVTEA EF-151 Valec, 2009

De Goiânia (exportação) 22 OD EVTEA EF-151 Valec, 2009

Para Brasília (importação) 133 OD EVTEA EF-151 Valec, 2009

Para Anápolis (importação) 61 OD EVTEA EF-151 Valec, 2009

Para Goiânia importação) 58 OD EVTEA EF-151 Valec, 2009

Brasília concentra a carga ferroviária, especialmente para exportação. O uso da ferrovia para

importação é limitada.

3.2.2 Demanda de passageiros

a) Demanda atual – Longa distância

No sumário executivo do estudo de DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO E PROVA DE

CAMPO PARA O LEVANTAMENTO DE DADOS DE DEMANDA E OFERTA DOS SERVIÇOS

REGULARES DE TRANSPORTES COLETIVOS RODOVIÁRIOS INTERESTADUAIS DE

PASSAGEIROS (FIPE/ANTT), é apresentado o volume da demanda entre Brasília e Goiânia, de

446.000 passageiros anuais, sendo a sétima linha de maior movimento no país.

O mesmo estudo também apresenta a circulação entre Brasília e Anápolis e Brasília e Alexânia

(Tabela 22).

Tabela 22 Movimento estimado em 2010 com ônibus

Origem Destino Movimento em 2010

(número de passageiros) Brasília Goiânia 446.000

Brasília Anápolis 100.800

Brasília Alexânia 36.600

Fonte Desenvolvimento Metodológico e Prova de Campo para o Levantamento de Dados de Demanda e Oferta dos

Serviços Regulares de Transportes Coletivos Rodoviários Interestaduais de Passageiros, com Extensão Superior A

75 Km e Geração de Alternativas de Rede de Linhas a Partir dos Dados Levantados, Produto 8, Anexo 1, Quadro 18

página 41

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Os estudos PROPASS e FIPE-ANTT (SUPAS) apresentam a demanda para linhas de ônibus de

longa distância, extensão superior a 75 km.

“Para estimar os dados de demandas, a ANTT realizou pesquisas de campo com vistas a obter

estimativas de demanda manifesta por origem/destino (par OD), para todos os meses do ano.”

A pesquisa de campo para os serviços foi realizada em âmbito nacional durante os meses de

dezembro/2009, janeiro, fevereiro, março e abril/2010, em 179 cidades, nos terminais rodoviários

eleitos como Centros de Observação para aplicação de mais de 10 tipos diferentes de

questionários. Foram pesquisadas 2.289 linhas nos terminais rodoviários e também 1.425 linhas

por meio de pesquisador embarcado.

Neste estudo encontra-se uma tabela com a demanda de passageiros para linhas com mais de

20.000 passageiros anuais de todo o Brasil, que poderá ser utilizada como referência para

comparação com os volumes obtidos no presente estudo. A Tabela 23 mostra a média mensal

da demanda apenas para localidades na área de influência do presente estudo.

Tabela 23 Dados de demanda mensal estimados por par de ligações nas linhas com extensão

igual ou superior a 75 km

Localização 1 Localização 2 Média Mensal (Ida e Volta)

BRASILIA GOIANIA 37.676

BRASILIA ANAPOLIS 8.406

ANAPOLIS TAGUATINGA - BRASILIA 7.435

ANAPOLIS ALEXANIA 1.674

ALEXANIA TAGUATINGA - BRASILIA 4.907

GOIANESIA TAGUATINGA - BRASILIA 1.796

FORMOSA SOBRADINHO - BRASILIA 2.079

BRASILIA ALEXANIA 3.054

BRASILIA GOIANESIA 5.253

BRASILIA FORMOSA 37.234

GOIANIA GAMA - BRASILIA 4.350

GOIANIA TAGUATINGA - BRASILIA 12.961

Fonte: Elaboração própria com base no Estudo de Desenvolvimento Metodológico E Prova De Campo Para o

Levantamento de Dados Demanda e Oferta dos Serviços Regulares de Transportes Coletivos Rodoviários

Interestaduais de Passageiros, com Extensão Superior a 75 Km, Produto 8

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Esta seção refere-se à Parte 3 do Projeto A - Meta 13 do estudo de Desenvolvimento e

Aprimoramento das Ferramentas e Procedimentos para Gestão e Controle dos Serviços de

Transporte Terrestres.

O Projeto A tem como objetivo o desenvolvimento e o aprimoramento das ferramentas e dos

procedimentos para a gestão do Sistema de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional

de Passageiros, a fim de auxiliar o Plano Geral de Outorgas e a política regulatória. A Meta 13

visa o desenvolvimento e o planejamento da implantação de um modelo de fluxo de informações

para uma gestão mais ampla dos serviços.

A Parte 3 da Meta 13 apresenta os dados obtidos por meio da pesquisa nacional realizada com

o objetivo de coletar dados e validar os instrumentos e os procedimentos propostos para a

atualização dos dados do sistema de informações para a gestão do TRIP.

Apresenta-se um gráfico com o motivo de viagem para a ligação Brasília-Goiânia, reproduzido

na Figura abaixo.

Figura 18 Motivo de Viagem Ligação Brasília-Goiânia

Fonte Desenvolvimento e Aprimoramento das Ferramentas e Procedimentos para Gestão e Controle dos Serviços

de Transporte Terrestres, Projeto “A” – Meta 13, Parte 2, Figura 27 pagina 27

Apresenta-se também o percentual de usuários por renda familiar para a ligação Brasília-Goiânia

(Figura 19).

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63

Figura 19 Percentual da Renda Familiar dos Usuários da Ligação Brasília-Goiânia

Fonte Desenvolvimento e Aprimoramento das Ferramentas e Procedimentos para Gestão e Controle dos Serviços de Transporte Terrestres, Projeto “A” – Meta 13, Relatório Resultados Vol.2, Figura 23 página 24

É analisado também neste estudo a frequência de viagens para a ligação Brasília-Goiânia (Figura

20).

Figura 20 Percentual de Frequências de Viagens dos Usuários da Ligação Brasília-Goiânia

Fonte Desenvolvimento e Aprimoramento das Ferramentas e Procedimentos para Gestão e Controle dos Serviços de Transporte Terrestres, Projeto “A” – Meta 13, Relatório Resultados Vol.2, Figura 31 página 30

É possível observar a predominância de viagens com frequência anual (que compreende

qualquer faixa de viagens com frequência menor do que mensal, ou seja, entre 1 e 11 vezes ao

ano ), o que pode ser explicado pela grande porcentagem de viagens cujos os motivos são visita

a amigos ou parentes, ou turismo, que juntos somam quase 50%.

As viagens semanais são menos de 10%, indicando baixa quantidade de viajantes habituais.

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O estudo também aborda a frequência mensal de viagens para a ligação Brasília-Goiânia (Figura

22).

Figura 21 Frequência Mensal dos Usuários da Ligação Brasília-Goiânia

Fonte Desenvolvimento e Aprimoramento das Ferramentas e Procedimentos para Gestão e Controle dos Serviços de Transporte Terrestres, Projeto “A” – Meta 13, Relatório Resultados Vol.2, Figura 35 página 35

Além do explanado acima, o estudo também caracteriza as ligações do TRIP utilizando dados

específicos dos usuários que utilizam estas ligações. São descritas as características das

viagens nas ligações segundo o perfil socioeconômico dos usuários, o motivo de viagem por

faixa de renda familiar, a frequência de viagens por faixa de renda familiar dos usuários e a

relação de mês de realização das viagens por faixa de renda familiar. Os gráficos

correspondentes podem ser visualizados em anexo.

b) Demanda atual – Curta distância / semiurbano

Nos dados à disposição da ANTT e que foram usados no PLANO DE OUTORGAS PARA

SERVIÇO SEMIURBANO DA REGIÃO DO DISTRITO FEDERAL E DE SEU ENTORNO

apresentam-se os volumes anuais de viagens em ônibus no ano de 2010, e que podem ter

pertinência para a definição de serviços suburbanos do corredor em estudo.

Tabela 24 Movimento estimado em 2010 com ônibus

Descrição Volume anual de

passageiros Km

Saída Sul

Cidade Ocidental/GO - Brasília/DF 5.543.150 59,7

Cidade Ocidental/GO - Gama/DF 1.482.242 31,3

Cidade Ocidental/GO - Taguatinga/DF 579.036 57,7

Jardim ABC (Cidade Ocidental)/GO - Brasília/DF 327.522 44,61

Jardim ABC (Cidade Ocidental)/GO - Gama/DF 88.802 52,67

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Descrição Volume anual de

passageiros Km

Jardim Ingá (Luziânia)/GO - Brasília/DF 5.215.492 57,7

Jardim Ingá (Luziânia)/GO - Gama/DF 2.343.335 32,4

Jardim Ingá (Luziânia)/GO - Taguatinga/DF 617.056 57,2

Luziânia/GO - Brasília/DF 4.199.115 69,58

Luziânia/GO - Gama/DF 1.523.257 43,6

Luziânia/GO - Taguatinga/DF 1.340.362 68,75

Mansões Marajó (Cristalina)/GO - Brasília/DF 54.722 74,5

Novo Gama/GO - Brasília/DF 6.250.050 52,5

Novo Gama/GO - Gama/DF 5.205.144 14,7

Novo Gama/GO - Taguatinga/DF 1.415.021 52

Valparaíso de Goiás/GO - Brasília/DF 7.692.061 48,6

Valparaíso de Goiás/GO - Gama/DF 1.671.968 18,8

Valparaíso de Goiás/GO - Taguatinga/DF 580.527 51,9

Saída Oeste

Águas Lindas de Goiás/GO - Brasília/DF 9.533.017 61,5

Águas Lindas de Goiás/GO - Brazlândia/DF 373.885 24,1

Águas Lindas de Goiás/GO - Ceilândia/DF 2.854.332 33,51

Águas Lindas de Goiás/GO - Taguatinga/DF 8.895.813 43,96

Girassol (Cocalzinho de Goiás)/GO - Brasília/DF 1.380.578 73,9

Girassol (Cocalzinho de Goiás)/GO - Taguatinga/DF 2.097.361 54,3

Monte Alto (Padre Bernardo)/GO - Brasília/DF 78.615 64,9

Monte Alto (Padre Bernardo)/GO - Brazlândia/DF 270.240 19,6

Monte Alto (Padre Bernardo)/GO - Taguatinga/DF 45.595 54,8

Santo Antônio do Descoberto/GO - Brasília/DF 4.454.999 62,6

Santo Antônio do Descoberto/GO - Taguatinga/DF 3.009.352 45,6

Fonte Relatório de Caracterização do Transporte Rodoviário Semiurbano de Passageiros do Distrito Federal e

Entorno, Volume 2, Tabela 3.20 página 113 e Tabela 4 página 175

O PLANO DIRETOR DE TRANSPORTE URBANO E MOBILIDADE DO DISTRITO FEDERAL E

ENTORNO.(PDTU-DF) tem por objetivo articular os vários modos de transporte para atender aos

desejos de deslocamento da população, otimizando a eficiência geral do Sistema e garantindo

condições adequadas de mobilidade para a maioria dos usuários. Tem como base as tendências

de crescimento urbano e as necessidades de deslocamento da população da área de estudo.

O Plano visa à atualização de dados e informações obtidos por estudo análogo desenvolvido

pelo GEIPOT, em 1979, abordando padrões de viagens que diariamente são realizados no

Distrito Federal e em seu Entorno imediato por sua população urbana, que trabalha, estuda,

realiza negócios e demanda habitualmente serviços concentrados na área central de Brasília.

O estudo apresenta uma descrição dos polos geradores de tráfego da região que foram

considerados, cuja localização é indicada na Figura 22. Caso as matrizes do estudo venham a

ser utilizadas, deverá ser estudado o impacto de eventuais novos polos que tenham surgido na

região.

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66

Figura 22 Localização Polos Geradores de Tráfego

Fonte: PDTU, Relatório Final, Figura 8 pagina 26

“Ao sul, o Gama se destaca como polo de atração em relação à Santa Maria e às cidades do

Entorno Sul (Valparaíso de Goiás, Novo Gama e Cidade Ocidental), atraindo viagens das mais

variadas atividades, como saúde, educação, comércio, serviços e esportes.”

Existem, no estudo, diversas matrizes de viagens das quais será analisada a viabilidade de

extrair os dados de viagens em transporte individual ou coletivo entre as cidades do entorno de

Brasília e o Plano Piloto. São elas:

Matriz diária de passageiros por transporte coletivo, todos os motivos - 2009;

Matriz diária de veículos (transporte individual), todos os motivos - 2009;

Viagens de pessoas por transporte coletivo por todos os motivos no pico da manhã - 2010;

Viagens de veículos de transporte individual por todos os motivos no pico da manhã - 2010;

Viagens de pessoas por transporte coletivo por todos os motivos no pico da manhã - 2020;

Viagens de veículos de transporte individual por todos os motivos no pico da manhã - 2020;

Matriz diária de passageiros por transporte coletivo, motivo trabalho;

Matriz diária de veículos de transporte individual, motivo trabalho;

Matriz diária de passageiros por transporte coletivo, motivo estudo;

Matriz diária de veículos de transporte individual, motivo estudo;

Matriz diária de passageiros por transporte coletivo, motivo outros;

Matriz diária de veículos de transporte individual, motivo outros;

Matriz diária de passageiros por transporte coletivo, motivo base não domiciliar - todos os

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67

motivos;

Matriz diária de veículos de transporte individual, motivo base não domiciliar - todos os

motivos.

A Figura 23e a Figura 24apresentam os fluxos de transporte coletivo e individual presentes

nessas matrizes.

Figura 23 Mapa de Linhas de Desejo de

Viagens Diárias por Transporte Público

Coletivo - Situação Atual 2009

Fonte: PDTU, Relatório Final, Figura 27 pagina 65

Figura 24 Mapa de Linhas de Desejo de

Viagens Diárias por Transporte Individual -

Situação Atual 2009

Fonte: PDTU, Relatório Final, Figura 28 pagina 65

Na Figura 23, pode-se observar o volume de 67 mil passageiros diários entre o Plano Piloto e o

entorno (sendo todo o entorno representado em um único ponto).

As matrizes de viagem da hora pico apresentam a informação detalhada para a hora de pico da

manhã:

Águas Lindas de Goiás: 9.500

Santo Antônio do Descoberto: 800

Novo Gama, Valparaiso, Cidade Ocidental, Luziânia: 13.500

Gama a Santa Maria: 8.500

No caso dos automóveis, nota-se também a grande concentração da movimentação entre o

Plano Piloto e as Regiões Administrativas, porém, com volumes inferiores ao transporte coletivo.

O estudo CARACTERIZAÇAO DOS USARIOS-SUPAS-ENTORNO DO DF tem como objetivo

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68

fornecer informações para a melhor compreensão do fenômeno de deslocamento de viagens

interestaduais com distância igual ou inferior a 75 quilômetros.

O documento RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO

SEMIURBANO DE PASSAGEIROS DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO (Volume 2:

Caracterização do Transporte Rodoviário Semiurbano de Passageiros do Distrito Federal e seu

entorno) apresenta o resultado da caracterização do transporte suburbano do Distrito Federal e

entorno com base nos dados disponíveis e nos dados coletados em campo, e inclui a

classificação das ligações dessa área de estudo, conforme a tipologia proposta.

As ligações existentes no DF e entorno (imagem e tabela) são mostradas na Figura 25.

Figura 25 Ligações DF e Entorno

Fonte Relatório de Caracterização do Transporte Rodoviário Semiurbano de Passageiros do Distrito Federal e

Entorno, Volume 2, Tabela 1.2 e Figura 1.2 página 16

A relação de linhas que ligam a área sul e a área oeste à Brasília representam parte do mercado

potencial da linha de trens suburbanos. Os volumes médios mensais das ligações entre

localidades e Brasília foram resumidos na Figura 26 para os anos de 2007 e 2008. Esses volumes

poderão ser utilizados para comparação com o presente estudo.

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

2.007 2.008 2.007 2.008 2.007 2.008 2.007 2.008 2.007 2.008 2.007 2.008 2.007 2.008 2.007 2.008 2.007 2.008 2.007 2.008 2.007 2.008 2.007 2.008

Águas Lindasde Goiás

Céu Azul Cidade Eclética CidadeOcidental

Lago Azul Luziânia MasõesMarajó

Novo Gama ParqueIndustrialMignone

Santo Antôniodo Descoberto

Vale SãoJerônimo

Valparaíso

Pas

sage

iro

s

Cidade e Ano

Convencional executivo Semiurbano Não Especificado

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69

Figura 26 Passageiros Transportados 2007 e 2008

Fonte: Elaboração própria com base no Relatório de Caracterização do Transporte Rodoviário Semiurbano de

Passageiros do Distrito Federal e Entorno, Volume 2

O estudo caracteriza os motivos de viagem por ligação, indicando que as viagens por motivo de

trabalho representam entre 45 a 60% das viagens nos pares. Os demais motivos (estudo, lazer,

compras, saúde, outros) mantêm-se em torno de 10% na maioria das ligações.

São apresentados gráficos com a frequência de viagens ao longo da semana, a partir dos quais

pode-se obter o Fator de Semana Equivalente de cada uma das linhas, dividindo-se o total de

viagens ao longo dos sete dias da semana pela média dos dias úteis. Esta tabela encontra-se

em anexo.

Esse fator é um indicador da importância da movimentação nos finais de semana. Quando se

aproxima de 5, indica que no final de semana ocorrem poucas viagens, quando próximo de 7,

mostra que as viagens do final de semana se equivalem às da semana e quando acima deste

valor, indicam que o movimento é mais intenso no final de semana.

No entorno de Brasília observou-se que esse fator se mantém entre 5.2 e 5.8, o que pode ser

considerado relativamente baixo, indicando que o movimento somado de sábado e domingo é

inferior a um dia útil.

A quantidade de passageiros transportados nessas ligações em cada mês do ano também é

apresentada no estudo. A partir dele, é possível identificar a sazonalidade anual do fluxo de

passageiros, que pode ser representada por um fator de equivalência, calculado dividindo o

movimento total ao longo do ano pelo movimento no mês de referência. A análise desse fator

auxiliará a expansão da movimentação mensal obtida para a movimentação anual. A tabela com

o fator de sazonalidade encontra-se no Anexo 5.1.

c) Demanda projetada de passageiros

No relatório de fluxos financeiros do estudo TAV Brasília Goiânia, GDF 2004 é apresentada a

estimativa de carregamento futuro em dias úteis para os anos de 2015 e 2025, separada em dias

úteis e fim de semana, segundo diferentes valores de tarifa. As tabelas a seguir apresentam o

carregamento no cenário com menor tarifa e maior movimentação.

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Tabela 25 Demanda em dia Útil 2015 Tarifa Expressa R$ 40,00 e Tarifa Regional R$ 30,00

Cidade

Migram para o TAD Linha

Expressa Linha Regional Total

Não Migram

Embarque Desembarque Volume de Passageiros nos Trechos

ida volta ida volta ida volta ida volta

Brasília 7.220 6.831

Alexânia 1.570 1.551 5.614 5.149 1.606 1.681 7.220 6.830 5.293 5.095

Abadiânia 2.383 2.340 5.614 5.149 2.802 2.857 8.416 8.006 4.957 4.825

Anápolis 11.061 11.777 5.614 5.149 2.822 2.836 8.436 7.985 5.157 5.052

Goiânia 13.769 13.504 6.030 6.027 7.501 7.772 13.531 13.799 7.372 7.415

Total 36.003 36.003

Fonte GDF TAD 2004, Anexo I do Item 4.2 Identificação de parâmetros de viabilidade financeira

Tabela 26 Demanda em dia Útil 2025 Tarifa Expressa R$ 40,00 e Tarifa Regional R$ 30,00

Cidade

Migram para o TAD Linha

Expressa Linha Regional Total

Não Migram

Embarque Desembarque Volume de Passageiros nos Trechos

ida volta ida volta ida volta Ida volta

Brasília 8.770 8.362

Alexânia 2.413 2.380 6.591 6.064 2.181 2.298 8.772 8.362 7.049 6.812

Abadiânia 3.769 3.691 6.591 6.064 4.038 4.123 10.629 10.187 6.713 6.557

Anápolis 13.424 14.258 6.591 6.064 4.042 4.048 10.633 10.112 6.724 6.619

Goiânia 15.748 15.435 6.872 6.895 8.596 8.890 15.468 15.785 8.580 8.611

TOTAL 44.124 44.126

Fonte GDF TAD 2004, Anexo I do Item 4.2 Identificação de parâmetros de viabilidade financeira

O estudo prevê uma carga máxima de 15.500 passageiros em 2025, no trecho entre Anápolis e

Goiânia, sendo um crescimento superior a 20% no período de 10 anos estudados. Além desses

passageiros, foram identificados 8.500 que não migram para o trem.

Neste cenário de menor tarifa, o estudo

indica que o TAD pode captar entre 55% a

65% da demanda identificada em cada

trecho. A análise dos demais cenários

apresentados permitiu a estimativa de uma

relação entra a porcentagem de demanda

que migra para o TAD em função da tarifa

cobrada, conforme indicado na figura a

seguir.

Estas taxas de migração modal não serão

aproveitadas, pois será realizada uma nova

pesquisa de migração, com base nas

características do trem em estudo.

Figura 27 Migração da demanda x Tarifa base

Fonte: Elaboração própria com base nos dados

anteriores

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00

Mig

raçã

o

Tarifa base

Migração Poly. (Migração)

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71

Em conclusão, o estudo apresentada a taxa interna de retorno (TIR) para os diversos cenários

de demanda, conforme tabela a seguir.

Tabela 27 TIR por Cenário

Cenários TIR

0 - TARIFA A R$ 50,00 2,37%

1 - TARIFA A R$ 40,00 2,10%

2 - TARIFA A R$ 60,00 1,79%

3 - TARIFA A R$ 80,00 0,18%

4 - TARIFA A R$ 100,00 NÃO HÁ

5 - ISENÇÃO TOTAL DE ISS 2,69%

6 - IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA EM 4 ANOS

2,53%

7 - DIMINUIÇÃO DO INVESTIMENTO EM 10%

2,78%

8 - FINANCIAMENTO DE 80% DO PROJETO (i = 8%)

NÃO HÁ

9 - TARIA A R$ 100,00 COM DEMANDA DE R$ 50,00

7,12%

10 - DEMANDA NATURAL 1,89%

Fonte GDF TAD 2004, Anexo I do Item 4.2 Identificação de parâmetros de viabilidade financeira

3.2.3 Demanda de cargas

Esta seção refere-se ao Plano de Desenvolvimento do Sistema de Transporte do Estado de

Goiás. Este Plano busca analisar a oferta, ou infraestrutura e serviços, de transporte para, a

seguir, diagnosticar sua demanda e os cenários para sua evolução. A fase 1 deste plano resulta

na definição completa das matrizes de origem e destino e da malha multimodal básica do PDTG.

A Figura 28 mostra a representação visual dos fluxos de carga no estado de Goiás, indicando

que no eixo Brasília-Anápolis-Goiânia circulam mais de 3 milhões de toneladas no ano 2003.

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Figura 28 Fluxos Totais de Mercadorias

Fonte Plano de Desenvolvimento do Sistema de Transporte do Estado de Goiás – PDTG, Relatório Final, Figura 1.9

página 32

A Tabela 28 mostra a matriz OD do PDTG, que poderá ser aproveitada no estudo de cargas da

área de influência do trem Brasília – Goiânia. Essa matriz também foi detalhada em 42 produtos,

que poderão ser comparados com a matriz a ser obtida na etapa de pesquisas: Algodão, Arroz,

Cana de açúcar, Feijão, Frutas, Madeira, Milho, Soja, Sorgo, Trigo, Boi em pé, Carne bovina,

Carne de aves, Carne de frango, Carne suína, Leite, Sal mineral, Amianto, Calcário corretivo,

Calcário para cimento, Fosfato, Granito, Níquel, Açúcar, Alimentares, Calçados, Carvão vegetal,

Cimento, Couro, Farelo de soja, Farmacêutico, Fertilizantes, Metalúrgicos, Móveis, Óleos

vegetais, Têxteis, Tomate, Veículos e autopeças, Álcool (Etanol), Gasolina, Óleo diesel, Carga

geral.

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73

Tabela 28 Matriz OD Zonas de Interesse, em milhares de toneladas por ano 2003

Todos

Produtos RM Goiânia Anápolis

Entorno Sul e

Oeste Brasília Brasília

Entorno Norte

e Leste

Brasília

RM Goiânia 596 48 27 580 23

Anápolis 31 136 21 310 10

Entorno Sul e

Oeste

Brasília

6 2 43 65 3

Brasília 85 47 233 2 129

Entorno

Norte e Leste

Brasília

12 2 43 65 3

Fonte Elaboração própria com base no Plano de Desenvolvimento do Sistema de Transporte do Estado de Goiás –

PDTG, Relatório Etapa 3, Anexos Sefaz

O VOLUME 1 RELATÓRIO FINAL do ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA, ECONÔMICA E

AMBIENTAL (EF-151) para o trecho ITUMBIARA – GO / GOIÂNIA – GO / BRASÍLIA – DF,

SEGMENTO 2 - LIGAÇÃO GOIÂNIA/GO-ANÁPOLIS/GO–BRASÍLIA/DF apresenta o Volume de

Transporte para cada polo de carga por grupo de produto - ano 2009, além da previsão para a

movimentação de carga no eixo Brasília-Anápolis-Goiânia.

Figura 29 Volume de Transporte por Pólo de Carga – 2009

Fonte Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), Segmento 2, Tabela

86 página 42

No estudo analisado foram adotados dois cenários na previsão de fluxo de carga, o conservador

e o tendencial. A diferença entre ambos está na inclusão no cenário Tendencial de áreas

agriculturáveis, ou seja, áreas que poderiam vir a ser usadas para a agricultura. Esse valor seria

acrescido àquele definido pelas projeções realizadas, de 2020 até 2045.

Abaixo, estão os volumes por grupo de produto, nos horizontes de 5 em 5 anos, de 2015 a 2045.

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74

Figura 30 Cenário Conservador Exportação nos Horizontes de Demanda

Fonte Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), Segmento 2, Tabela

51, página 99

Figura 31 Cenário Conservador Importação nos Horizontes de Demanda

Fonte Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), Segmento 2, Tabela

52 página 99

Figura 32 Cenário Tendencial Exportação nos Horizontes de Demanda /

Fonte Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), Segmento 2, Tabela

57 página 101

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75

Figura 33 Cenário Tendencial Importação nos Horizontes de Demanda /

Fonte Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), Segmento 2, Tabela

58 página 101

Abaixo seguem figuras apresentando o fluxo de cargas nos horizontes 2015 e 2045, tanto

conservador quanto tendencial:

Figura 34 Fluxo de Carga Conservador / Tendencial 2015

Fonte Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), Segmento 2, Figura

38 página 105

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76

Figura 35 Fluxo de Carga Conservador 2045

Fonte Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), Segmento 2, Figura

41 página 107

Figura 36 Fluxo de Carga Tendencial 2045 /

Fonte Relatório Preliminar do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), Segmento 2, Figura

44 página 109

Analisando-se a tabela resumo da soma das Exportações e Importações, observa-se que para o

Cenário Conservador o crescimento no período 2015/2045 foi de 66%, enquanto para o Cenário

Tendencial o crescimento no mesmo período foi de 319%.

Verifica-se, também, que Brasília é o grande gerador de carga para o Ramal, cerca de cinquenta

vezes superior a Goiânia.

Todos esses fluxos serão estudados no presente estudo, sendo que as informações

apresentadas pelo EVTEA seg. 2 poderão ser utilizadas como referência para comparação.

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77

3.2.4 Projeções populacionais

O estudo COFECON PROJEÇAO 2030 busca analisar as características da economia local e

regional e, baseado em cenários prováveis para a economia brasileira e do Centro-Oeste, traçar

dois cenários possíveis para a economia do Distrito Federal e do eixo Brasília-Anápolis-Goiânia

em 2030. Abaixo apresenta-se uma projeção populacional na Tabela 19.

Este Estudo admitiu dois cenários demográficos: o primeiro, baseado na projeção demográfica

do IBGE (Cenário A) e outro (Cenário B), baseado na projeção da FAO/ONU.

No Cenário A, trabalhou-se com a projeção da população regional do IBGE. Neste cenário, a

hipótese central foi a de manutenção da atual estrutura produtiva, significando que para a

projeção da população das três subáreas que compõem o Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia,

admitiu-se uma ampliação residual da atual participação de sua população no total regional.

No Cenário B, admitiu-se a mesma ampliação da participação da população do Centro-Oeste

na população nacional prevista pelo IBGE. Neste cenário, a hipótese central foi a de

intensificação do processo de industrialização no Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia e, dessa

forma, para a projeção da população das três subáreas, admitiu-se uma significativa ampliação

da atual participação na população regional.”

Tabela 29 Projeção populacional para 2030 no Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia

Região

Estimativa 2012 Projeção 2030

População

Cenário A Projeção IBGE e sem industrialização

Cenário B Projeção FAO/ONU e com industrialização

População População

Brasil 195.000.000 216.500.000 230.000.000

Região Centro-Oeste (IBGE)

14.500.000 18.130.000 20.700.000

Distrito Federal 2.680.000 3.450.000 4.050.000

Periferia Metropolitana Brasília

960.000 1.270.000 1.650.000

Área Metropolitana de Brasília

3.640.000 4.720.000 5.700.000

Área Metropolitana de Goiânia

2.260.000 2.900.000 3.620.000

Aglomeração Urbana Anápolis

370.000 490.000 620.000

Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia

6.270.000 8.110.000 9.940.000

Fonte O Distrito Federal e o Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia em 2030 - Projeções Demográficas E Econômicas para a

Região, Quadro 18 página 47

O crescimento esperado para o Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia é de 30% no Cenário A e 58% no

Cenário B até 2030 sendo um indicador de grande importância para o presente estudo, levando

a crer que a expectativa de crescimento da matriz de viagens neste Eixo seja da mesma ordem

de grandeza de crescimento populacional.

Ainda que os dados acima citados do estudo de projeção estejam incorporados de muitas

incertezas inerentes ao processo de previsão, estes podem ser de grande valia ao estudo de

demanda, pois servem de base de comparação para os realizados posteriormente neste projeto.

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78

Serviria como confirmação e complementação, como mais uma fonte de dados respeitáveis, das

projeções de demanda previstas nas etapas posteriores do projeto.

No estudo do PDTU, é apresentada a projeção populacional apenas para a região do Entorno

Sul, prevendo crescimento superior a 70% no período de 2010 a 2030.

Figura 37 Projeção Populacional Entorno Sul /

Fonte PDTU – DF, Relatório Técnico 01, Tabela 5 página 85

3.2.5 Conclusões

O conhecimento dos estudos de demanda anteriores permitiu reflexões sobre alguns pontos

estratégicos:

Os fluxos nos trechos de interesse, segundo diferentes modais;

O perfil da demanda quanto ao motivo de viagem e frequência na época dos estudos;

A sazonalidade dos fluxos.

O último ponto será de grande importância para expansão dos volumes pesquisados, uma vez

que nos estudos houve pesquisas realizadas durante longa extensão temporal.

As demais questões serão estudadas novamente, considerando o desenvolvimento urbano dos

10 últimos anos.

Com relação à demanda de cargas, pode-se obter nesta presente análise, parâmetros ainda

em processo de desenvolvimento, que serão abordados com mais ênfase nas etapas

posteriores a esta análise.

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79

3.3 CONCEPÇÃO TÉCNICA E OPERACIONAL DOS SERVIÇOS

Neste item são analisados os projetos anteriores realizados no corredor de interesse. O projeto

do TAV Brasil Rio de Janeiro – Campinas será utilizado como referência para alguns dados de

custo.

3.3.1 Analise do Trem de Alto Desempenho Brasília – Anápolis – Goiânia

O projeto de Trem de Alto Desempenho entre Brasília e Goiânia foi estudado em um contexto de

desenvolvimento futuro, considerando a implantação e o desempenho de áreas industrializadas

na região de Goiânia, Anápolis e Brasília (setor de TI, polo farmacêutico, indústria

automobilística, plataforma logística, universidades, etc.).

No ano de 2004, a estimativa de faturamento anual no eixo para os anos 2014, 2024 e 2034 foi

de US$ 9 milhões, 16 milhões e 22 milhões, respectivamente.

A demanda total, estimada no ano de 2004 com pesquisas de campo, permitiu identificar as

origens-destinos mais importantes em números de passageiros por dia útil e no fim da semana.

A tabela a seguir apresenta os cinco percursos com a maior demanda.

Tabela 30 -Demanda de passageiros estimada, todos modos, 2004 dia útil

Relação Distancia rodoviária

(km) Passageiros/dia Pass.km/dia

Goiânia Anápolis 58 16.088 993.104

Goiânia Brasília 203 8.377 1.700.531

Brasília Alexânia 87 1.768 153.816

Brasília Anápolis 151 1.746 263.646

Brasília Abadiânia 117 299 34.983

Elaboração própria a partir da fonte GDF TAD 2004, Apresentação final, Figura pagina 8

O percurso Goiânia – Anápolis representa a maior demanda em números de passageiros por

dia, e o percurso Brasília – Goiânia é o maior em relação à distância percorrida.

O percurso de menor demanda apresentado na tabela, Brasília – Abadiânia, é quase 6 vezes

inferior em número de passageiros do que o anterior, Brasília – Anápolis. Em numero de

passageiros.quilômetros, é mais de 6 vezes inferior que Brasília – Alexânia.

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80

Tabela 31 - Demanda estimada todos modos, ano 2004, fim de semana

Relação Distancia rodoviária

(km) Passageiros/dia Pass.km/dia

Goiânia Anápolis 58 19.435 1.127.230

Goiânia Brasília 203 11.871 2.409.813

Brasília Alexânia 87 4.440 386.280

Brasília Anápolis 151 3.229 487.579

Brasília Abadiânia 117 883 103.311

Elaboração própria a partir da fonte GDF TAD 2004, Apresentação final, Figura pagina 9

O levantamento apresenta as quatro principais fontes de demanda no eixo: Brasília, Goiânia,

Anápolis e Alexânia; esta última, quase exclusivamente relacionada à Brasília.

A demanda de carga por dia está apresentada na tabela seguinte. O relatório não identifique os

tipos de carga do corredor.

Tabela 32 - Demanda de carga estimada todos modos 2004 dia útil

Relação Distancia rodoviária

(km) Tonelada/dia Ton.km/dia

Goiânia Brasília 203 6.234 1.265.502

Goiânia Anápolis 58 4.938 286.404

Brasília Anápolis 151 1.961 296.111

Brasília Alexânia 87 998 86.826

Goiânia Alexânia 118 385 45.430

Elaboração própria a partir da fonte GDF TAD 2004, Apresentação final, Figura pagina 10

No ranking da demanda de carga não aparece Abadiânia. A demanda em Alexânia tem também

uma importância menor.

As pesquisas não permitem identificar os volumes de carga com origem/destino fora do eixo.

Figura 38 volumes de passageiros e carga 2004

Fonte GDF TAD 2004, Apresentação final, paginas 8 a 10

a) Demanda diária projetada de passageiros

A demanda de passageiros, considerando o trem entre Brasília e Goiânia, foi estimada para

diferentes anos (2004, 2010, 2015, 2020, 2025 e 2030) e tarifas (R$ 40 e 60).

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81

Tabela 33 - Demanda diária (dia útil) de passageiros por ferrovia projetada entre Goiânia e Brasília para diferentes anos e tarifas

Tarifa Prazo

2004 2010 2015 2020 2025 2030

R$ 40 9.867 10.895 12.326 14.290 16.565 19.204

R$ 60 6.584 7.270 8.226 9.537 11.056 12.817

Elaboração própria a partir da fonte GDF TAD 2004, Relatório 3.5, Tabelas 10 e 11

Um aumento tarifário de 50%, de R$ 40 para R$ 60, provoca redução de 33% no número de

passageiros que passa de 9.867 a 6.584.

Com a tarifa em R$ 40, a demanda ferroviária ano 2004 é superior à demanda para todos modos

estimada na Tabela 30.

Com a tarifa em R$ 40, a demanda no fim de semana será de 14.020 (figura 9 do Relatório 3.5),

42% superior à demanda no dia útil. Com a tarifa em R$ 60, a demanda de fim de semana será

de 5.561 (figura 11 do Relatório 3.5), 15% inferior à demanda de um dia útil. Essa analise foi feita

com a demanda do ano 2004.

A demanda de fim de semana é mais sensível à tarifa que a demanda de dia útil.

A demanda, considerando o trem parador foi estimada para diferentes prazos (2004, 2010, 2015,

2020, 2025 e 2030) e uma tarifa padrão de 40 R$ para a distancia Brasília – Goiânia (Tabela 16

do Relatório 3.2).

Tabela 34 - Carregamento diário com o trem parador ano de 2004 e com tarifas geradas quando da utilização da tarifa de R$ 40 para o trecho Brasília - Goiânia

Trecho Goiânia-Anápolis

Anápolis-Abadiânia

Abadiânia-Alexânia

Alexânia -Brasília

Carregamento diário – 2004

16.949 4.779 4.946 5.352

Elaboração própria a partir da fonte GDF TAD 2004, Relatório 3.5, Figura 12

O carregamento e a demanda entre Goiânia e Anápolis justifica uma oferta especial para atender

a demanda.

Tabela 35 - Numero de embarques por estação para diferentes prazos

Estação Embarques/Desembarques

2004 2010 2030

Goiânia 14.597 16.397 28.796

Anápolis 10.832 12.163 21.348

Abadiânia 510 641 1.127

Alexânia 2.138 2.398 4.210

Brasília 9.840 11.049 19.395 Soma 37.917 42.648 74.876

Elaboração própria a partir da fonte GDF TAD 2004, Relatório 3.5, Tabelas 53 a 55

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b) Definição dos serviços

Os serviços foram calculados simplesmente como uma divisão do carregamento máximo com a

capacidade de cada trem. A capacidade foi pré-estabelecida em 300 passageiros por trem. No

relatório, não se encontra nenhuma consideração sobre o nível de serviço adequado para cada

tipo de mercado de usuários. De fato, a capacidade dos trens, para alcançar objetivos para cada

tipo de serviço, pode ser modular.

Os serviços incluem 3 tipos de serviços:

Trem expresso Brasília – Goiânia sem paradas, com 2 a 3 trens por hora, por cada sentido;

Trem parador Brasília – Alexânia – Abadiânia – Anápolis – Goiânia, com 1 trem por hora;

Trem pendular Goiânia – Anápolis, com 2 a 4 trens por hora.

A frequência de serviços aumenta com o crescimento do mercado.

Para os trens expressos, poderia-se contemplar trens de maior capacidade, pois uma frequência

acima de 2 trens por hora para viagens de 200 km tem um incidência menor sobre o tempo total

de viagem.

Para os trens paradores que fazem viagens mais curtas, a frequência prevista será somente de

um trem por hora. Considerando que as estações previstas em Alexânia e Abadiânia são

distantes dos centros urbanos, o serviço oferecido não é atrativo. A viabilidade dessa oferta pode

ser contestada. O relatório não comenta se os estudos de demanda consideram a localização

das estações e a oferta de baixa frequência. O número de embarques e desembarques, previstos

para o ano 2010, na estação de Abadiânia, é de somente 641 por dia. Com o nível de serviço

proposto, a demanda provavelmente não alcançara esse número. As pesquisas de campo

mostram que o movimento desde Abadiânia é muito pequeno. Por isto deve-se reconsiderar a

necessidade de uma estação.

O trem pendular proposto entre Goiânia e Anápolis tem frequência de 2 a 4 trens por hora, que

parece ser atrativo para viagens de pequeno percurso.

c) Traçado

O traçado tem extensão total de 192 km, e atende diretamente Brasília, Goiânia e Anápolis.

O raio horizontal mínimo é de 3.200 m na área rural, para alcançar velocidade de 250 km/h, e de

1.000 m nas áreas urbanas, para alcançar uma velocidade de 100 km/h. A rampa máxima é de

3,5%, característica de uma linha exclusiva de passageiros.

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No total de 192 km, 33 km estão no DF e 11 km em Goiânia. As obras consistem em 1 km de

túnel e 29,3 km de viadutos, pontes e elevados.

As estações foram projetadas com plataforma de 110 m, o que não permite a operação de trens

com alta capacidade.

Figura 39 Mapa do projeto

Fonte GDF TAD 2004, Apresentação final, pagina 24

A seguir apresenta-se o traçado detalhado nas áreas urbanas.

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Brasília

No DF, a estação está planejada ao lado da estação de metrô Shopping, onde está localizado

também o terminal rodoviário. Essa opção permite integração modal e redistribuição dos usuários

do trem em Brasília, com ajuda das duas linhas de metrô.

Figura 40 Inserção em Brasília

Fonte GDF TAD 2004, Apresentação final, pagina 25

Quatro alternativas foram estudadas.

Figura 41 Alternativas de traçado em Brasília

Fonte GDF TAD 2004, Relatório 3.4, Figura 9

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Utilizam-se alternativas de chegada em Brasília pelo canteiro lateral da via EPIA ou utilizando a

faixa de domínio do Metrô de Brasília.

A seguir os detalhes das alternativas:

Figura 42 Alternativas de traçado em Brasília

Fonte GDF TAD 2004, Relatório 2.4

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Goiânia

Em Goiânia, a linha entra na cidade pela avenida perimetral norte. A estação está colocada no

limite da área urbana, porém conectada com o projeto de metrô de Goiânia. Este projeto já está

defasado. Uma linha de VLT está no momento em planos para o corredor Oeste-Leste.

Figura 43 Traçado em Goiânia e projeto de VLT de Goiânia,

Fontes GDF TAD 2004, Apresentação Final, pagina 26, e projeto de VLT, básico

Outra alternativa foi estudada, mais ao sul, permitindo atender a cidade em uma localização mais

central. Essa alternativa é objeto de desapropriações e a estação esta planejada em elevado.

Figura 44 Alternativas de traçado em Goiânia

Fonte GDF TAD 2004, Relatório 2.4, Figura 18

Anápolis

Em Anápolis, a estação está localizada ao sul da zona urbana. A linha do TAD (trem de alto

desempenho) cruza a linha de cargas da concessionária FCA (Ferrovia Centro Atlântica), e o

projeto de Ferrovia Norte-Sul. Esta poderá ser uma localização para um trem de carga, mas a

estação fica fora da zona urbana, o que poderá influenciar sua atratividade para passageiros.

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Figura 45 Inserção em Anápolis,

Fonte TAD GDF, Apresentação final, pagina 27

Abadiânia e Alexânia

As duas estações de Abadiânia e Alexânia estão localizadas fora dos centros urbanos, e ficam

distantes do centro.

Esta opção, de colocar as estações fora dos centros urbanos, pode ser explicada pelo fato de

manter as velocidades altas a fim de não atrapalhar a operação entre os principais geradores de

trafego que são Brasília, Anápolis e Goiânia. As estações ficam a 18 km (Abadiânia) e 28 km

(Alexânia) das áreas urbanas, não sendo atrativas. Se os volumes esperados são pequenos, a

localização das estações deve resultar em volumes de transporte quase inexistente para essas

estações. A autopista atende diretamente Abadiânia e Alexânia, e os transportes por carros e

ônibus são mais competitivos.

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d) Plano de vias

O plano de vias apresenta os Aparelhos de Mudança de Via (AMV) necessários para a operação

da linha. Esses AMV permitem o atendimento das estações, as operações de manutenção da

via, operação de contingência e conexão com outros equipamentos.

Figura 46 Plano de vias

Fonte GDF TAD 2004, Relatório 3.5, Figura 45

e) Material Rodante

A tecnologia escolhida para o material rodante é de tipo “tilting”, escolha atípica para uma nova

linha ferroviária de passageiro. Esta tecnologia foi desenvolvida para aperfeiçoar as velocidades

em linhas antigas, com curvas numerosas e raios limitados. Os trens têm um custo mais alto

para compra e manutenção, e o número de fabricantes que podem entregar esse tipo de trens é

limitado. A frota estimada para o sistema expresso é de somente 5 trens e pode complicar a

compra dos trens seguindo as especificações desejadas.

Os trens considerados no estudo possuem capacidade de 300 passageiros em 4 carros, com

comprimento total de 88m. Os trens têm 3 portas por carro. A capacidade média de 75

passageiros por carro parece ser alta, considerando que os passageiros viajarão sentados.

Os trens expressos possuem velocidade máxima de 250 km/h, e os trens paradores de 120 km/h.

No parador, com 3 estações a cada 192 km a distância média entre estações é de 48 km.

O tempo de percurso previsto entre Goiânia e Brasília é de 56 minutos com o trem expresso, e

de 131 minutos com o trem parador (mais que o dobro).

Os tempos de percurso na apresentação final não são coerentes com os apresentados no

relatório. No relatório, analisa-se o tempo de percurso, com diferentes velocidades, para se

justificar as escolhas. Não foram contempladas as paradas nestes tempos.

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Tabela 36 Velocidade máxima e tempo de percurso

Velocidade de operação Tempo de percurso trem

Expresso Parador

250 km/h 58 min 66 min

200 km/h 66 min 73 min

160 km/h 77 min 82 min

140 km/h 86 min 89 min

120 km/h 97 min 99 min

Elaboração própria a partir da fonte GDF TAD 2004, Relatório 3.5, Tabelas 6 e 7

Para cada redução da velocidade de operação, há aumento do tempo de percurso em

aproximadamente 10 minutos para o trem expresso, e 8 minutos para o trem parador.

f) Carga

O estudo prevê que o sistema de Trem de Alto Desempenho seja operado por trens de carga

com alto valor agregado (bagagens, malas, postais), sem tratar dos volumes. Com rampas de

3,5 %, o trem de carga deve ter características semelhantes aos trens de passageiros e não

pode transportar carga geral.

g) Custo

O custo de implantação é de R$ 3,71 bilhões sem material rodante, e R$ 4,13 bilhões, com

material rodante, valores em 2004. Corresponde ao valor de R$ 19,3 milhões por km sem

material rodante, e R$ 21,5 milhões, com material rodante.

Os custos operacionais são de R$ 78,7 milhões, valor em 2004 para o ano 2010.

As receitas são de R$ 281 milhões, valor 2004 para o ano 2010, com tarifa de R$ 50 para o

percurso Brasília – Goiânia.

Sendo o ano de implantação 2010, o saldo acumulado vira positivo no ano 2033, depois de 23

anos de operação. Com o tempo de construção, o pay-back é de 28 anos.

A tarifa de R$ 50 é a que permite o melhor pay-back.

Com uma atualização dos preços para o ano 2013, o custo de implantação seria de R$ 7,05

bilhões sem material rodante e R$ 7,85 bilhões com material rodante. Corresponde a um valor

de R$ 36,7 milhões por km sem material rodante, e 40,9 milhões por km com material rodante.

A tarifa atualizada de R$ 50 no ano 2013 seria de R$ 80, o que da uma tarifa de R$ 0,42 por km.

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Em comparação, o custo atualizado do projeto de TAV RJ-Campinas é de R$ 89,9 milhões por

km é o teto de tarifa do Edital era de R$ 0,65 por km.

Os resultados do TIR estão apresentados Tabela 27.

h) Outros aspetos técnicos

O estudo inclui análise geológica permitindo a identificação dos diferentes tipos geológicos como

apresentado na figura seguinte.

Figura 47 Geologia do corredor

Fonte GDF TAD 2004, Relatório 3.4, Figura 7

O estudo inclui também uma cartografia da rede de energia elétrica. Isto é importante para que

se possa conectar as futuras subestações do sistema de transporte. A localização das redes de

transmissão existentes pode ter impacto sobre o custo de implantação. Pois seria necessário

verificar o desempenho eventual dessas redes.

i) Conclusões

O projeto de Trem de Alto Desempenho (TAD) Brasília - Goiânia foi desenvolvido considerando

um trem para conectar os três grandes centros urbanos da região, Brasília, Goiânia e Anápolis.

A demanda e significativa e justifica dois serviços de trens distintos. Ao contrario, o atendimento

operacional de Abadiânia e Alexânia parece ser pouco viável.

O projeto não atende demanda suburbana.

A implantação das estações de Alexânia e Abadiânia foi aparamente planejada para não

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prejudicar os principais centros de demanda de passageiros. Porém, com essas estações e com

o potencial de demanda baixo, é pouco provável que elas atendam uma demanda substancial.

3.3.2 Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EF-151)

Três alternativas foram estudadas para o transporte de carga e o cenário mais viável foi aquele

que tem chegada no Porto Seco/DF. O trecho tem extensão de 211,5 km, ligando Brasília e

Goiânia, passando por Anápolis.

Figura 48 Alternativas de traçado

Fonte EVTEA EF-151, Volume 4

O mapa mostra que o objetivo do projeto é conectar Brasília e Goiânia à ferrovia Norte-Sul.

Anápolis já está conectada ao projeto inicial. A busca da alternativa é então descontinuada com

dois trechos distintos:

Brasília – Anápolis (conexão Norte-Sul);

Goiânia – Norte-Sul

O traçado foi planejado com curvas de raio mínimo de 500 m, e rampas máximas de 0,107 %.

As velocidades diretrizes foram de 60 km/h para vagões cheios e 80 km/h para vagões vazios. A

carga máxima por eixo é de 32,5 t. A composição de um trem-tipo é de uma locomotiva e 50

vagões de 120 t de peso para uma carga total de 4.500t, uma linha em operação com via singela

e com uma bitola de 1,6 m.

O custo total de implantação é de R$ 1,9 bilhões, valor em 2012, e corresponde a um custo de

Alternativa Escolhida

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R$ 8,97 milhões por km valor em 2012.

Traçado nas áreas urbanas

a) Anápolis

Assim como no projeto do TAD (trem de alto desempenho), o traçado passa pelo setor industrial

de Anápolis, ao sul do aeroporto. Está em conexão com a linha da concessionária FCA.

Futuramente chegará a ferroviária Norte-Sul para conectar-se com ela.

Figura 49 Traçado em Anápolis

Fonte EVTEA EF-151

b) Goiânia

Em Goiânia, o traçado chega ao norte do aeroporto.

Figura 50 Traçado em Goiânia

Fonte EVTEA EF-151

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c) Brasília

Em Brasília, a ferrovia se conecta com a linha da concessionária FCA. O terminal está localizado

no Porto Seco do DF.

Figura 51 Traçado em Brasília

Fonte EVTEA 151

d) Conclusão

O projeto de via para o transporte ferroviário de carga difere muito do projeto do TAD. Enquanto

o projeto do TAD tem como objetivo conectar os polos urbanos dos corredores, o projeto de via

para carga tem com objetivo conectar-se à Ferrovia Norte-Sul. Assim, o projeto para o transporte

de carga está colocado em um contexto de rede ferroviária, enquanto o projeto para o transporte

de passageiros é uma linha independente.

Nota-se que as necessidades de atendimento das áreas urbanas para os trens de passageiros

e de cargas têm lógicas diferentes. As estações de trens de passageiros devem ser integradas

às redes de transportes públicos para a acessibilidade dos usuários e a linha de cargas deve

conectar-se aos polos logísticos.

3.3.3 Conclusões

Não serão usados os dados destes dois projetos anteriores, no entanto, conhecê-los é

importante, pois possibilita reflexões sobre pontos estratégicos:

Conhecimento das localizações das estações,

Conhecimento das análises dos tempos de percurso para a definição do novo sistema

proposto,

Conhecimento dos estudos de demanda para ter uma estimativa preliminar dos valores

relativos das diferentes ligações Origem/Destino.

Porém, estas questões serão estudadas novamente no âmbito do presente estudo de

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viabilidade, considerando o desenvolvimento urbano dos 10 últimos anos e as projeções futuras.

As entrevistas com os órgãos e instituições permitirão também a identificação de alternativas e

reajustes.

Os critérios de desenho serão revisados, consequentemente, os traçados, desde o início.

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3.4 DIRETRIZES DE OUTORGA

O presente relatório é um sumário sobre os aspectos jurídicos relevantes do modelo de outorga,

incluindo análise do edital e contrato, da concessão de serviço público (“Documentos da

Licitação”):

(i) De passageiros do Trem de Alta Velocidade na Estrada de Ferro EF-222, no trecho

Rio de Janeiro Campinas (“Projeto TAV”);

(ii) De exploração da infraestrutura ferroviária, no trecho compreendido entre Açailândia/MA

e Barcarena/PA (“Modelo PIL”), a primeira concessão a ser modelada e, dentro de

alguns dias, licitada no âmbito do PIL, sob o modelo desverticalizado.

Optou-se por analisar os dois modelos acima mencionados, pois estes novos modelos estão

sendo atualmente amplamente debatidos e apresentam parâmetros importantes a serem

utilizados no projeto em questão, em que pese, no caso do Projeto do TAV, o seu adiamento. O

TAV Rio de Janeiro – Campinas é o primeiro trem de alta velocidade a ser implementado no país

e, neste sentido, apresenta características e peculiaridades que não foram contempladas em

outros projetos ferroviários, como, por exemplo, participação da EPL e assinatura de contrato de

transferência de tecnologia, e o trecho de Açailândia/MA até Barcarena/PA será o primeiro a

utilizar um novo modelo institucional (desverticalizado) definido pelo Programa de Investimento

em Logística (“PIL”), no qual a concessão deverá englobar a construção, manutenção e operação

das linhas ferroviárias, cabendo à VALEC adquirir 100% da capacidade deste trecho para depois

ofertá-la aos usuários interessados.

Portanto, o principal objetivo deste relatório é revisar os dados já existentes e mais atualizados

sobre as diretrizes de modelo de outorga, de modo a auxiliar a estruturação da modelagem a ser

utilizada no Projeto em questão. Apenas após a definição de como será o traçado da ferrovia, os

aspectos ambientais, de demanda e econômicos, e que será possível desenvolver a modelagem

jurídica final a ser implementada neste Projeto, pois apenas com estas informações se pode

determinar, por exemplo, se o projeto contemplará apenas um ou dois traçados (um para carga

e outro para passageiros); se deverão ser outorgadas duas concessões diferentes, ou se será

possível que um mesmo concessionário seja responsável tanto pelo transporte de cargas, como

de passageiros; se poderá ser uma concessão comum ou uma parceria público-privada, dentre

outros aspectos relevantes.

3.4.1 Modelos Analisados

a) Projeto TAV

O Projeto TAV é pioneiro no país, considerando que é o primeiro projeto de trem de alta

velocidade no Brasil. Ressalta-se que o Projeto TAV envolve a implantação de uma infraestrutura

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moderna e complexa, com o objetivo de conectar três cidades estratégicas e os seus principais

aeroportos: (i) Rio de Janeiro, (ii) São Paulo e (iii) Campinas, e que o seu desenvolvimento criará

um novo segmento de tecnologia ferroviária no país,.

No entanto, o Projeto TAV possui muitas peculiaridades e dificuldades para se concluir o

procedimento de licitação, principalmente devido ao fato de que se exige um alto grau de

qualificação dos licitantes e pelo alto valor a ser investido no projeto. Em 2010, após o

desenvolvimento de estudos de viabilidade do Projeto TAV, o Governo Federal publicou o Edital

no 001/2010, com o objetivo de contratar os serviços de projeto, construção, manutenção e

operação do Projeto TAV.

A figura a seguir sistematiza o modelo adotado no Projeto TAV e os principais instrumentos

jurídicos envolvidos:

Figura 52 – Modelo adotado no Projeto TAV

A União, por meio da ANTT, concederá o direito de exploração da ferrovia (“Contrato de

Concessão”). A Concessionária operará a ferrovia, ou seja, será a responsável pelo transporte.

Desse modo, ela receberá diretamente do usuário a tarifa.

A Concessionária, por sua vez, celebrará um contrato de transferência de tecnologia com a

Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL), empresa estatal que tem por finalidade

estruturar e qualificar, por meio de estudos e pesquisas, o processo de planejamento integrado

EPL Usuários Concessionária

Concessão do Direito de Exploração da Ferrovia

Transferência de Tecnologia

União

Tarifa

Acordo de Acionistas

Adjudicatári

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de logística no país, interligando rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias. A empresa

foi criada pela Lei 12.743, de 19 de dezembro de 2012 (“Lei nº 12.743/2012”), inicialmente

denominada Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S.A.

A Transferência de Tecnologia compreenderá todos os conhecimentos técnicos e científicos

necessários à implantação do Projeto TAV e fabricação, implantação, manutenção e controle de

qualidade da proteção acústica, sendo todos os citados conhecimentos de livre uso pela EPL. O

principal objetivo é possibilitar que a EPL e outros agentes locais detenham o know-how do

Projeto TAV, para que projetos de novos TAV’s sejam desenvolvidos com um menor custo, por

meio da nacionalização dos sistemas, produtos e serviços. Ademais, ressalta-se que o anexo

referente à Transferência de Tecnologia (Anexo 3) dispõe que a Concessionária deverá garantir

a ampla participação das empresas brasileiras nas suas contratações, devendo observar índices

mínimos de conteúdo local (que variam de 20% a 80%).

A Concessionária é uma Sociedade de Propósito Específico constituída pela adjudicatária

(proponente vencedora do leilão), sob a forma de sociedade por ações e integrada com

participação majoritária da adjudicatária e participação minoritária da EPL. Desse modo, será

celebrado um acordo de acionistas entre a adjudicatária e a EPL. Nos termos do Acordo de

Acionistas, a Adjudicatária e a EPL deverão subscrever e integralizar no capital da

Concessionária um montante equivalente a 30% do valor total investido pela Concessionária na

implantação do Projeto TAV. Desse modo, verifica-se que a EPL se expõe a riscos e custos em

conjunto com a adjudicatária.

b) Modelo PIL

Em 15 de agosto de 2012, o Governo Federal anunciou o PIL e promulgou a Medida Provisória

nº 576, mais tarde convertida na Lei nº 12.743/2012, que aperfeiçoou as bases para o

lançamento de um novo modelo institucional para o setor ferroviário. Basicamente, a nova política

para o setor ferroviário tem por objetivo a implantação do modelo desverticalizado (também

conhecido como “unbunddled”) de exploração das ferrovias, segundo o qual a construção e

manutenção da infraestrutura ferroviária é dissociada da prestação dos serviços de transporte

ferroviário. Naturalmente, tal modelo pressupõe o livre acesso dos transportadores às linhas

férreas (caso contrário, ninguém deslocaria carga nas linhas, já que o construtor e mantenedor

da infraestrutura não o fará). Por fim, em 1° de agosto do corrente ano, foi editada a Resolução

n° 12 do Conselho Nacional de Desestatização, que teve por objetivo aprovar o modelo

operacional e as condições gerais para desestatização do trecho de Açailândia a Barcarena, a

primeira concessão do PIL que utilizará o modelo desverticalizado.

O PIL tem por objeto produzir o incremento da malha viária, fomentando a integração entre as

linhas, a demanda pelo transporte ferroviário e a redução de tarifas. A implementação do

programa pretende atenuar o caráter monopolístico das concessões ferroviárias que, não

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decorrendo de lei, formou-se a partir de questões fáticas, notadamente, para parte das

concessões, a grande consolidação pela qual passou o setor e, para a outra parte, a detenção

de certas vias por agentes cujo objetivo primordial não seria a prestação dos serviços ferroviários

de carga, mas o deslocamento da própria carga nas vias.

Os traços de desverticalização e livre acesso às linhas férreas apresentam-se no novo modelo

de maneira particularmente nítida (i) no anúncio de que as concessões dos novos trechos de

ferroviárias deverá englobar a construção, manutenção e operação das linhas, cabendo à Valec

– Engenharia Construções e Ferrovias S.A. adquirir 100% da capacidade destes trechos

(deixando claro e o construtor e operador não realizará o transporte, portanto), para depois

ofertá-la os interessados e (ii) na criação do operador ferroviário independente, que poderá

realizar o serviço de transporte ferroviário independentemente de ser uma concessionária desses

serviços (arts. 13 e 14 da Lei nº 12.743/2012).

Nesse sentido, com o fim de analisar este novo modelo proposto pelo Governo Federal, foram

analisados os documentos de licitação referentes ao o primeiro trecho a ser licitado no âmbito

do PIL, qual seja o trecho Açailândia – Porto de Vila do Conde, evidenciando-se as principais

diferenças em relação ao modelo do Projeto TAV.

A figura a seguir sistematiza o modelo desverticalizado, os entes envolvidos e instrumentos

jurídicos a serem utilizados no modelo adotado pelo PIL:

Valec

Usuários

Concessionárias

Concessão do Direito de

Exploração da Ferrovia

Tarifa de Fruição

Cessão do direito de uso

TDCO

União

Preço de Venda

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Figura 53 – Modelo adotado pelo PIL

A União, por meio da ANTT, concederá o direito de exploração da ferrovia (Contrato de

Concessão). A concessionária, por sua vez, celebrará um contrato de cessão de direito de uso

com a Valec, que operará a ferrovia.

O Contrato de Cessão estabelece os termos e condições da cessão do direito de uso da ferrovia

pela Concessionária à Valec, correspondente a 100% da capacidade operacional da ferrovia.

Desse modo, a concessionária será responsável apenas pela manutenção e gestão da ferrovia,

sendo a malha ferroviária operada pela Valec. Tal contrato é vinculado ao Contrato de

Concessão e segue a sua prorrogação ou extinção. A Valec, em contrapartida à cessão do direito

de uso da ferrovia realizada pela concessionária, remunerará esta pela Tarifa pela

Disponibilidade da Capacidade Operacional (TDCO). Caso a Valec não efetue o pagamento da

TDCO, a Concessionária poderá acionar as seguintes garantias: (i) bens da ANTT e títulos

públicos transacionados em mercado e (ii) conta garantidora mantida pela Valec dos recebíveis

referentes aos créditos dos contratos de subconcessão do direito de uso, que deverá ser no

mínimo 4 (quatro) vezes o valor do pagamento trimestral devido pela capacidade operacional

disponibilizada.

Detendo o direito de uso da ferrovia, a Valec celebrará contratos de subconcessão de direito de

uso da ferrovia com os usuários, em troca do pagamento de um valor (“Preço de Venda”).

Ressalta-se que as disposições destes contratos ainda não foram definidas. Além da tarifa pela

disponibilidade da capacidade operacional, uma parcela menor e variável da remuneração da

concessionária virá do usuário, por meio da tarifa de fruição (“Tarifa de Fruição”), em

contrapartida aos serviços prestados de manutenção e gestão. Esta tarifa será calcula e paga

com base no efetivo uso que a concessionária vier a fazer da infraestrutura.

3.4.2 Pontos relevantes do projeto TAV e modelo PIL

Neste tópico, temos o objetivo de apresentar as características relevantes do modelo de outorga

do Projeto TAV e Modelo PIL. Assim, de modo a facilitar a análise das modelagens, optamos por

apresentar tais pontos em forma de tabela para, inclusive, melhor evidenciar as diferenças entre

estes, conforme disposto abaixo.

Page 103: PRODUTO 2 · Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo ... Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

100

a)

Ed

ita

l

P

roje

to T

AV

M

OD

EL

O P

IL

MO

DA

LID

AD

E D

E L

ICIT

ÃO

L

eilã

o

C

on

co

rrê

ncia

blic

a

PR

OC

ED

IME

NT

O D

A

LIC

ITA

ÇÃ

O

Re

ssa

lta

-se

qu

e h

á (

i) i

nve

rsã

o d

e f

ase

s e

(ii)

a

fase

de

Pré

-Qu

alifi

ca

çã

o,

qu

e n

ão

está

pre

se

nte

n

o m

od

elo

do

PIL

.

Pro

ced

ime

nto

: 1

. R

eceb

ime

nto

do p

aco

te d

e d

ocu

me

nto

s.

2.

Decis

ão s

ob

re a

Ga

ran

tia d

e P

ropo

sta

. 3

. P

ré-q

ua

lific

ação

cn

ica

: ab

ert

ura

do

s

do

cu

me

nto

s d

e p

ré-q

ua

lific

açã

o.

4.

Re

cu

rso

s:

con

tra

os

docu

men

tos

de

p

ré-

qua

lific

ação

e g

ara

ntia d

e p

ropo

sta

. 5

. L

eilã

o: a

be

rtu

ra d

as P

ropo

sta

s E

con

ôm

icas.

6.Q

ua

lific

ação

ju

ríd

ica

, e

co

mic

o-f

inan

ce

ira

e

técn

ica

: ab

ert

ura

do

s D

ocu

me

nto

s d

e Q

ua

lific

ação

, P

lano

de

N

eg

ócio

s

e

do

P

roje

to

Fu

ncio

na

l da

pro

po

ne

nte

cla

ssific

ada

em

prim

eiro

luga

r.

7.

Re

cu

rso

s:

refe

ren

te

à

qua

lific

açã

o

jurí

dic

a,

econ

ôm

ico

-fin

an

ce

ira e

cn

ica.

8

. H

om

olo

ga

çã

o.

9.

Ad

jud

ica

çã

o.

Re

ssa

lta

-se

qu

e h

á i

nve

rsã

o d

e f

ase

s e

qu

e n

ão

h

á f

ase

de

pré

-qu

alifi

ca

çã

o.

Pro

ced

ime

nto

:

1.

Re

ceb

ime

nto

do

pa

cote

de

do

cu

me

nto

s.

2.

Decis

ão s

ob

re a

Ga

ran

tia d

e P

ropo

sta

. 3

. S

essã

o P

úb

lica:

ab

ert

ura

da

s P

ropo

sta

s

Econ

ôm

ica

s.

4.

Qu

alif

ica

ção

ju

ríd

ica,

econ

ôm

ico

-fin

an

ce

ira

e té

cn

ica

: a

be

rtu

ra d

os d

ocu

men

tos d

e

hab

ilita

ção

da

pro

pon

en

te c

lassific

ada

em

p

rim

eiro

lug

ar.

5

. R

ecu

rso

s.

6.

Ho

mo

log

açã

o.

7.

Ad

jud

ica

çã

o.

PA

CO

TE

DE

DO

CU

ME

NT

OS

Este

m

od

elo

e

xig

e

um

a

do

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me

nta

çã

o

ma

is

ex

ten

sa,

co

nsid

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nd

o q

ue h

á u

ma

fa

se

de

pré

-q

ua

lifi

ca

çã

o

e

qu

e

este

p

roje

to

en

vo

lve

u

ma

qu

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ca

çã

o

dif

ere

nc

iad

a,

po

r se

tr

ata

r d

o

pri

me

iro

pro

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de

tre

m d

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ve

loc

ida

de n

o

Bra

sil.

No

te q

ue

ne

ste

mo

de

lo n

ão

a n

ece

ssid

ad

e d

e

se

a

pre

se

nta

r o

s

do

cu

me

nto

s

de

p

ré-

qu

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ca

çã

o,

pla

no

d

e

ne

cio

s

e

pro

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fu

nc

ion

al.

O p

acote

de d

ocu

me

nto

s é

co

mp

osto

po

r:

Page 104: PRODUTO 2 · Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo ... Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

101

P

roje

to T

AV

M

OD

EL

O P

IL

O p

acote

de d

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me

nto

s é

co

mp

osto

po

r:

Ga

ran

tia d

a P

ropo

sta

. D

eve

rá s

er

ap

rese

nta

do:

(i)

ca

rta

de

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resen

tação

, (ii) c

om

pro

va

çã

o d

os

pod

ere

s d

e r

ep

rese

nta

ção

, (iii)

in

str

um

en

to

ap

to a

co

mp

rova

r a

re

aliz

ação

da

ga

ran

tia

de

p

ropo

sta

e (

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form

al co

mp

rom

isso

.

Pré

-qu

alif

ica

çã

o.

De

ve

rá s

er

ap

rese

nta

do:

(i)

ga

ran

tia d

e p

art

icip

ação

, (ii) e

vid

ên

cia

de

ope

ração

co

me

rcia

l p

or

no m

ínim

o 5

an

os e

m

tre

ns d

e a

lta

-ve

locid

ad

e,

de

im

ple

men

tação

de

sis

tem

as d

e s

ina

liza

çã

o, e

letr

ific

açã

o,

tele

co

mun

ica

çã

o,

seg

ura

nça

, te

r ope

rado

tre

ns

de

alta v

elo

cid

ade

se

m a

cid

ente

s f

ata

is n

os

últim

os 5

an

os e

(iii

) d

ecla

ração

de

pro

ve

do

ra

de

te

cn

olo

gia

.

Pro

po

sta

Eco

mic

a.

De

ve

rá s

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rese

nta

do

o v

alo

r de

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rên

cia

do

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ga

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to d

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uto

rga

, q

ue

é o

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exp

resso e

m R

ea

is p

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Tre

m.K

m.E

qu

iva

len

te (

circu

laçã

o d

e u

ma

co

mp

osiç

ão a

o lon

go

de

um

qu

ilôm

etr

o),

que

é

lida p

or

um

ano

e irr

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atá

ve

l. D

eve

-se

co

nsid

era

r a

ta

rifa

-te

to, q

ue

é d

e R

$ 0

,49 p

or

qu

ilôm

etr

o.

Do

cu

men

tos d

a Q

ua

lific

açã

o.

De

ve

rão s

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rese

nta

do

s (

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men

tos r

ela

tivo

s à

re

gu

larid

ad

e ju

ríd

ica

, (ii) d

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me

nto

s r

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tivo

s

à q

ua

lific

ação

econ

ôm

ico

-fin

an

ce

ira e

(iii

) d

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me

nto

s r

ela

tivo

s à

reg

ula

rid

ad

e f

isca

l e

tr

aba

lhis

ta, d

en

tre

outr

os d

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men

tos.

Pla

no

de

Ne

cio

s.

De

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rá c

on

sid

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r (i)

tod

os

os in

ve

stim

en

tos, tr

ibu

tos, cu

sto

s e

de

sp

esa

s;

(ii) r

isco

s a

ssu

mid

os p

ela

con

ce

ssio

ria

; (iii)

Ga

ran

tia d

a P

ropo

sta

. A

inda

não

fo

i defin

ido

q

ua

l o

mín

imo

da o

fert

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ue d

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rá s

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pro

po

sta

. D

eve

rá s

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resen

tado

o (

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ontr

ato

d

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term

ed

iaçã

o e

ntr

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rre

tora

cre

de

ncia

da

(h

ab

ilita

da

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pe

rar

na B

M&

FB

OV

ES

PA

) e

a

pro

po

ne

nte

, (ii) g

ara

ntia d

a p

ropo

sta

, (iii)

d

ecla

ração

de

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bo

ração

ind

ep

en

de

nte

de

pro

po

sta

econ

ôm

ica e

(iv

) u

ma

da

s

mo

da

lidad

es d

e g

ara

ntia

de p

rop

osta

, p

revis

tas

no

ed

ita

l.

Pro

po

sta

Eco

mic

a.

De

ve

rá s

er

ap

rese

nta

do

u

m v

alo

r de

pro

po

sta

eco

mic

a e

ta

rifa

sic

a

de

fru

ição

. R

essa

lta

-se q

ue

ta

is v

alo

res a

inda

n

ão

fo

ram

defin

ido

s.

Do

cu

men

tos d

e H

ab

ilita

ção

. D

eve

rão

se

r a

pre

se

nta

do

s (

i) d

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men

tos r

ela

tivo

s à

re

gu

larid

ad

e ju

ríd

ica

, (ii) d

ocu

me

nto

s r

ela

tivo

s

à q

ua

lific

ação

econ

ôm

ico

-fin

an

ce

ira e

(iii

) d

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me

nto

s r

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tivo

s à

reg

ula

rid

ad

e f

isca

l e

tr

aba

lhis

ta, d

en

tre

outr

os d

ocu

men

tos.

Page 105: PRODUTO 2 · Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo ... Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

102

P

roje

to T

AV

M

OD

EL

O P

IL

rece

itas o

riun

da

s d

o r

eceb

imen

to d

a ta

rifa

, da

s

ap

lica

çõ

es f

ina

nce

ira

s e

da

s r

ece

ita

s

extr

ao

rdin

ária

s;

(iv)

pag

am

en

to d

a o

uto

rga

; (v

) p

razo

s d

a c

on

ce

ssão

; (v

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do

s o

s

inve

stim

en

tos s

erã

o a

mo

rtiz

ad

os e

d

ep

recia

do

s e

(vii)

os in

ce

ntivo

s f

isca

is e

m

vig

or.

Pro

jeto

Fu

ncio

na

l. D

eve

rá c

on

ter

(i)

a ind

ica

çã

o

do

pad

rão

te

cno

lóg

ico

do T

AV

a s

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ado

tad

o,

(ii) o

de

talh

am

en

to d

a m

eto

do

log

ia a

se

r e

mp

reg

ad

a p

ela

co

nce

ssio

ria;

(iii)

o

pro

gra

ma

ope

racio

na

l con

ceb

ido

pa

ra a

tend

er

ao

s s

erv

iço

s p

rop

osto

s e

(iv

) te

rmo

de

re

ferê

ncia

do

pro

gra

ma

de

tra

nsfe

rên

cia

e

ab

so

rçã

o d

e te

cno

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ia.

CR

ITÉ

RIO

DE

JU

LG

AM

EN

TO

Ne

ste

mo

de

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o c

rité

rio

de

ju

lga

me

nto

le

va

em

c

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sid

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çã

o

ap

en

as

um

va

lor:

o

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lor

de

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ga

me

nto

de o

uto

rga

. O

cri

téri

o d

e d

ese

mp

ate

é

d

ife

ren

te d

o m

od

elo

d

o P

IL,

já q

ue n

esse o

p

rim

eir

o

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téri

o

de

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mp

ate

le

va

e

m

co

nsid

era

çã

o a

qu

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ca

çã

o d

a p

rop

on

en

te.

Crité

rio

: m

aio

r ofe

rta d

o v

alo

r de

refe

rên

cia

do

pag

am

en

to d

e o

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rga

, cu

jo v

alo

r m

ínim

o a

se

r ofe

rta

do

é R

$ 6

8,0

8/t

rem

.Km

Equ

iva

len

te.

Em

pate

: se

rá a

dota

do

co

mo c

rité

rio

de

de

se

mp

ate

o te

mpo

de e

xp

eriên

cia

em

o

pe

ração

co

me

rcia

l d

e u

m c

om

ple

to s

iste

ma

d

e T

AV

, co

mp

rova

do

em

seu

s d

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me

nto

s d

e

pré

-qu

alif

ica

çã

o,

se

nd

o c

lassific

ada

em

p

rim

eiro

lug

ar

a p

ropo

ne

nte

que

, co

mp

rova

da

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te, p

ossu

ir m

aio

r p

erí

odo

de

o

pe

ração

co

me

rcia

l d

e t

rem

de a

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locid

ade

.

Ne

ste

mo

de

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o c

rité

rio

de j

ulg

am

en

to é

ma

is

co

mp

lex

o,

co

nsid

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nd

o

qu

e

a

pro

po

sta

e

co

mic

a

é

co

mp

osta

p

or

ma

is

de

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ma

va

riá

ve

l. A

lém

dis

so

, o

cri

téri

o d

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ese

mp

ate

é

dif

ere

nte

do

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de

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o T

AV

, já

qu

e o

s s

erv

iço

s

pre

sta

do

s

po

r e

mp

resa

s

bra

sile

ira

s

tem

p

refe

rên

cia

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bre

as e

str

an

ge

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s,

em

ca

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de

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te

en

tre

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pre

sa

s

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sile

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s

e

estr

an

ge

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s.

Crité

rio

: m

en

or

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lor

da

pro

po

sta

eco

mic

a,

co

nsid

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ndo

o te

to m

áxim

o a

se

r defin

ido

po

ste

rio

rmen

te.

A p

rop

osta

eco

mic

a é

co

mp

osta

pe

la s

om

a d

a T

arifa

sic

a p

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D

isp

on

ibili

dad

e d

a C

ap

acid

ad

e O

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racio

na

l (T

BD

CO

) e

Ta

rifa

sic

a d

e F

ruiç

ão (

TB

F),

a

qua

l de

ve

rá s

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igua

l ou

ma

ior

ao

va

lor

mín

imo

a

se

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o, qu

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mu

ltip

lica

do

po

r u

m

índ

ice

fix

o a

se

r d

efin

ido

pe

lo P

ode

r P

úb

lico.

Page 106: PRODUTO 2 · Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo ... Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

103

P

roje

to T

AV

M

OD

EL

O P

IL

Ca

so

o e

mp

ate

pe

rsis

ta, ha

ve

rá a

cla

ssific

ação

d

as p

rop

osta

s e

co

mic

as p

or

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rte

io.

Em

pate

: se

rá a

dota

do

o p

roced

imen

to p

revis

to

na

le

gis

laçã

o, e

m c

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de

em

pa

te d

e

em

pre

sa

s e

str

an

ge

ira

s c

om

bra

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ira

s, qu

al

se

ja a

pre

ferê

ncia

po

r e

mp

resa

s b

rasile

ira

s.

Ca

so

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ate

pe

rsis

ta, ha

ve

rá a

cla

ssific

ação

d

as p

rop

osta

s e

co

mic

as p

or

so

rte

io.

CO

ND

IÇÕ

ES

DE

PA

RT

ICIP

ÃO

No

mo

de

lo d

o T

AV

e d

o P

IL,

po

de

rão

pa

rtic

ipa

r a

s p

esso

as j

urí

dic

as b

rasile

ira

s e

estr

an

ge

iras,

en

tid

ad

es

de

pre

vid

ên

cia

c

om

ple

me

nta

r,

insti

tuiç

õe

s

fin

an

ce

ira

s

e

fun

do

s

de

inve

sti

me

nto

, is

ola

da

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nte

o

u

em

c

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rcio

.

o

po

de

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ipa

r d

a

lic

ita

çã

o,

se

nd

o

rea

lça

da

s a

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ife

ren

ça

s e

m r

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çã

o a

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od

elo

d

o P

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pe

sso

a ju

ríd

ica

de

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rada

in

idôn

ea

po

r a

to d

o

Po

de

r P

úb

lico

;

pe

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a ju

ríd

ica

pro

ibid

a d

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tra

tar

co

m a

A

dm

inis

tra

ção

blic

a;

pe

sso

a ju

ríd

ica

cu

jo(s

) d

irig

ente

(s)

ou

re

sp

on

sáve

l(is

) té

cn

ico

(s)

se

ja(m

) ou

te

nh

a(m

) sid

o o

cup

an

te(s

) d

e c

arg

o e

fetivo o

u e

mp

reg

o

na

AN

TT

ou

no M

inis

tério

do

s T

ran

spo

rtes, o

u

ocup

an

te(s

) d

e c

arg

o d

e d

ire

çã

o o

u

asse

sso

ram

en

to s

upe

rio

r da

Un

ião,

no

s ú

ltim

os

180

(cen

to e

oite

nta

) d

ias a

nte

rio

res à

data

da

pub

lica

ção

do

Ed

ita

l;

pe

sso

a ju

ríd

ica

, o

u s

eu

s d

irig

en

tes,

ge

ren

tes,

acio

nis

tas o

u d

ete

nto

res d

e m

ais

de 5

% (

cin

co

po

r ce

nto

) do

ca

pita

l co

m d

ire

ito

a v

oto

, C

on

tro

lado

ra, re

spo

nsá

ve

l té

cn

ico

ou

su

bco

ntr

ata

do

, q

ue

te

nh

a p

art

icip

ad

o d

a

ela

bo

raçã

o d

os e

stu

do

s ju

ríd

ico

s, e

co

mic

os

e té

cn

ico

s q

ue lhe

se

rvira

m d

e b

ase;

e

Ne

ste

m

od

elo

, p

od

erã

o p

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icip

ar

as m

esm

as

pe

sso

as d

esc

rita

s n

o T

AV

. H

á a

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na

s a

lgu

ma

s

dif

ere

as

co

m

rela

çã

o

à

qu

em

n

ão

p

od

erá

p

art

icip

ar,

rea

lça

da

s a

ba

ixo

:

pe

sso

a ju

ríd

ica

im

pe

did

a o

u c

um

prin

do

su

spe

nsã

o d

o d

ire

ito

de p

art

icip

ar

de lic

ita

çõ

es

ou

de c

on

tra

tar

co

m a

Ad

min

istr

açã

o P

úb

lica

d

e q

ua

lqu

er

esfe

ra;

pe

sso

a ju

ríd

ica

tiv

er

sid

o d

ecla

rada

in

idôn

ea

p

or

órg

ão

da

Ad

min

istr

açã

o P

úb

lica

Fe

de

ral,

Esta

dua

l ou

Mu

nic

ipa

l, n

os ú

ltim

os 5

(c

inc

o)

an

os,

se

m q

ue

te

nh

a s

ido

pro

mo

vid

a s

ua

rea

bili

tação

pe

ran

te o

órg

ão e

m q

ue

stã

o;

pe

sso

a ju

ríd

ica

tiv

er

cio

(s),

dirig

ente

(s)

ou

re

sp

on

sáve

l(is

) té

cn

ico

(s)

que

se

ja(m

) ou

te

nh

a(m

) sid

o o

cup

an

te(s

) d

e c

arg

o e

fetivo o

u

co

mis

sio

na

do

, o

u e

mp

rego

na

AN

TT

, n

o

Min

isté

rio

do

s T

ran

sp

ort

es, na

In

terv

en

ien

te

An

ue

nte

, na

Em

pre

sa

de

Pla

ne

jam

ento

e

Log

ística

S.A

., o

u n

o D

NIT

, o

u o

cup

an

te(s

) de

ca

rgo d

e d

ire

ção

, g

erê

ncia

exe

cutiva

, a

sse

sso

ram

en

to o

u a

ssis

tên

cia

da

Un

ião, n

os

últim

os 1

80

(cen

to e

oite

nta

) d

ias a

nte

rio

res à

d

ata

da

pub

lica

çã

o d

o E

dita

l;

pe

sso

a j

urí

dic

a f

or

de

ten

tora

, d

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tam

en

te,

de

ou

torg

a p

ara

a e

xp

lora

çã

o d

e

infr

ae

str

utu

ra f

err

oviá

ria

asso

cia

da

à

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104

P

roje

to T

AV

M

OD

EL

O P

IL

pe

sso

a j

urí

dic

a q

ue

te

nh

a D

ep

uta

do

(a)

Fe

de

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u S

en

ad

or(

a)

dip

lom

ad

o(a

) o

u

em

po

ssa

do

(a),

ex

erc

en

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fu

nçã

o

rem

un

era

da

ou

en

tre

se

us p

rop

rie

tári

os,

co

ntr

ola

do

res o

u d

ire

tore

s, c

on

fig

ura

nd

o a

s

ve

da

çõ

es p

revis

tas n

o a

rt.

54

, in

cis

os I e

II

da

Co

nsti

tuiç

ão

Fe

de

ral.

pre

sta

çã

o d

e s

erv

iço

de

tra

nsp

ort

e

ferr

oviá

rio

de

carg

as;

pe

sso

a ju

ríd

ica

tiv

er

po

r m

eio

de

se

us

dirig

ente

s,

ge

ren

tes,

co

ntr

ata

dos o

u d

ete

nto

res

de

ma

is d

e 5

% (

cin

co

po

r ce

nto

) d

o c

ap

ita

l co

m

dire

ito

a v

oto

, re

spo

nsá

ve

l té

cn

ico

ou

su

bco

ntr

ata

do

, fo

rne

cid

o o

u p

art

icip

ado

da

ela

bo

raçã

o d

os e

stu

do

s q

ue

se

rvira

m d

e b

ase

à

Lic

ita

ção

;

en

qu

ad

rar-

se

em

qu

alq

ue

r u

ma

da

s

hip

óte

se

s p

revis

tas n

o in

cis

o I d

o a

rt.

da

L

ei C

om

ple

me

nta

r n

º 6

4, d

e 1

8 d

e m

aio

de

199

0, ex

ce

to n

os c

aso

s d

e c

rim

es d

e a

çã

o

pe

na

l p

riva

da

, c

ulp

oso

s o

u à

qu

ele

s

de

fin

ido

s e

m le

i c

om

o d

e m

en

or

po

ten

cia

l o

fen

siv

o;

e

dir

ige

nte

s q

ue

tiv

ere

m s

ido

co

nd

en

ad

os p

or

imp

rob

ida

de

ad

min

istr

ati

va

.

GA

RA

NT

IA D

E P

RO

PO

ST

A

Va

lor

mín

imo

: R

$ 7

7.0

00.0

00

,00 (s

ete

nta

e

se

te

milh

õe

s

de

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is)

e

pod

erá

se

r p

resta

da

em

d

inhe

iro

, títu

los d

e d

ívid

a p

úb

lica

, seg

uro

-ga

ran

tia

ou

fia

nça

ban

ria.

Pra

zo:

mín

imo

de

1

an

o

a

con

tar

da

da

ta

de

rece

bim

en

to d

os e

nve

lop

es.

O v

alo

r m

ínim

o d

a p

rop

osta

ain

da n

ão f

oi d

efin

ido

, m

as e

sta

pod

erá

se

r p

resta

da

em

din

he

iro

, títu

los

de

dív

ida

púb

lica

, seg

uro

-ga

ran

tia

o

u

fia

nça

ban

ria

.

Pra

zo:

mín

imo

de

1

an

o

a

con

tar

da

da

ta

de

rece

bim

en

to d

os e

nve

lop

es.

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105

b)

Co

ntr

ato

de

Co

nc

essã

o

P

RO

JE

TO

TA

V

MO

DE

LO

PIL

OB

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TO

Co

nce

ssão

do

se

rviç

o

blic

o

de

tr

an

spo

rte

fe

rro

viá

rio d

e p

assa

ge

iro

s a

se

r p

resta

do

no T

AV

R

io d

e J

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eiro

– C

am

pin

as,

inclu

indo

:

ope

ração

co

m e

xclu

siv

ida

de

: re

ssa

lta

-se

que

a

co

nce

ssio

ria d

eve

rá a

sse

gu

rar

o d

ire

ito

de

pa

ssa

ge

m s

ob

re a

infr

ae

str

utu

ra a

co

mp

osiç

ões d

e o

utr

as o

pe

rado

ras q

ue

e

xp

lore

m s

erv

iço

blic

o d

e tra

nsp

ort

e

ferr

oviá

rio d

e p

assa

ge

iro

s p

or

TA

V e

m t

rech

os

dis

tin

tos d

aq

ue

les c

om

pre

en

did

os p

elo

TA

V

Rio

de

Jan

eiro

– C

am

pin

as;

ma

nute

nção

e c

on

se

rva

ção

;

tra

nsfe

rên

cia

de t

ecno

log

ia;

forn

ecim

ento

e m

on

tage

m d

a p

rote

ção

a

stica

, d

os s

iste

ma

s d

e e

letr

ific

açã

o,

tele

co

mun

ica

çã

o, sin

aliz

ação

, d

en

tre

ou

tro

s,

ma

teria

l ro

da

nte

e d

os e

qu

ipa

men

tos d

e

ma

nute

nção

, já

qu

e a

con

str

uçã

o d

a

infr

ae

str

utu

ra f

ica

rá a

ca

rgo

do

Pod

er

Co

nce

de

nte

, q

ue

o fa

rá d

e a

co

rdo c

om

as

instr

uçõ

es d

o P

roje

to E

xe

cutivo

;

pre

sta

ção

do

s s

erv

iço

s f

err

oviá

rio

s; e

rea

liza

çã

o d

os r

ein

ve

stim

en

tos d

a

infr

ae

str

utu

ra, de

ntr

e o

utr

as a

tivid

ad

es.

Co

nce

ssão

do

se

rviç

o p

úb

lico

de

e

xp

lora

ção

da

fe

rro

via

, co

mp

reen

de

nd

o a

co

nstr

uçã

o,

ope

ração

, m

an

ute

nção

, m

on

ito

raçã

o e

ge

stã

o.

N

este

ca

so

, a

pe

sa

r d

e o

co

ntr

ato

me

nc

ion

ar

a

op

era

çã

o,

no

te

qu

e

po

r m

eio

d

o

co

ntr

ato

d

e

ce

ssã

o

on

ero

sa

d

e

ca

pac

ida

de

in

sta

lad

a,

a

Co

nc

essio

ria

irá

ce

de

r a V

AL

EC

a t

ota

lid

ad

e

da

su

a

ca

pac

ida

de

e

e

sta

ir

á

su

bce

de

r a

os

u

su

ári

os d

o s

iste

ma

fe

rro

viá

rio

.

PA

RT

ES

Un

ião, p

or

inte

rméd

io d

a A

NT

T, a

Con

cessio

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e

se

us a

cio

nis

tas (A

cio

nis

ta P

riva

do

e E

mp

resa

de

P

lane

jam

en

to e

Lo

gís

tica –

EP

L).

Un

ião,

po

r in

term

éd

io d

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NT

T, a

Co

nce

ssio

ria

e a

VA

LE

C,

co

mo

inte

rven

ien

te a

nue

nte

.

VA

LO

R D

O C

ON

TR

AT

O

R$

24

4.1

99

.171

.181

,00

(d

uze

nto

s

e

qua

ren

ta

e

qua

tro b

ilhõ

es,

cen

to e n

ove

nta

e no

ve m

ilhõ

es,

ce

nto

e s

ete

nta

e u

m m

il, c

en

to e

oite

nta

e u

m rea

is).

R$

5.1

07

.500

.000

,00

(cin

co

bilh

õe

s, cen

to e

se

te

milh

õe

s e

qu

inhe

nto

s m

il re

ais

)

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106

P

RO

JE

TO

TA

V

MO

DE

LO

PIL

RE

MU

NE

RA

ÇÃ

O D

A

CO

NC

ES

SIO

RIA

No

m

od

elo

d

o

TA

V,

a

co

nce

ssio

ria

se

rem

un

era

da

pe

la t

ari

fa a

se

r p

ag

a p

elo

usu

ári

o,

alé

m d

as r

ece

ita

s e

xtr

ao

rdin

ári

as.

A

con

cessio

ria

se

rá r

em

un

era

da p

ela

:

Ta

rifa

: A

co

nce

ssio

ria p

ode

rá e

sta

be

lece

r ta

rifa

s p

rom

ocio

na

is, d

esde

qu

e c

om

un

ica

da

s

pre

via

me

nte

à A

NT

T.

Re

ce

ita

s E

xtr

ao

rdin

ária

s:

1.

Se

ad

mitid

a

a

exp

lora

ção

d

e

rece

ita

s

alte

rna

tiva

s e

co

mp

lem

en

tare

s a

pe

na

s s

e e

sta

s n

ão

co

mp

rom

ete

rem

o

s

pad

rões

de

qu

alid

ade

e

se

gu

ran

ça

do T

AV

. 2

. A

e

xp

lora

ção

d

e

rece

ita

s

extr

ao

rdin

ária

s p

ela

co

nce

ssio

ria

pod

erá

se

r re

aliz

ad

a p

or

me

io da

co

ntr

ata

ção

co

m t

erc

eiro

s,

med

iante

ap

rova

çã

o d

a

AN

TT

. 3

. O

Po

de

r C

on

ce

de

nte

te

rá d

ire

ito

à a

pro

pria

ção

de

9

% d

o t

ota

l d

a r

ece

ita

líq

uid

a a

dvin

da

das r

ece

ita

s

extr

ao

rdin

ária

s.

No

m

od

elo

d

o

PIL

, a

co

nc

essio

ria

se

rem

un

era

da

d

ire

tam

en

te

tan

to

pe

la

VA

LE

C

(TD

CO

) c

om

o p

elo

s u

su

ári

os (

Ta

rifa

de

Fru

içã

o).

A

con

cessio

ria

se

rá r

em

un

era

da p

ela

(s):

Ta

rifa

po

r d

ispo

nib

ilida

de

da C

apa

cid

ade

O

pe

racio

na

l (T

DC

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A r

em

une

raçã

o p

ela

TD

CO

se

rá p

aga

trim

estr

alm

ente

pe

la V

ALE

C

em

fun

çã

o d

a d

isp

on

ibili

za

çã

o d

a c

ap

acid

ad

e

ope

racio

na

l d

a f

err

ovia

. A

med

ição

se

rá fe

ita

p

ela

AN

TT

trim

estr

alm

en

te, q

ue

refle

tirá

a

me

no

r C

apa

cid

ade

Op

era

cio

na

l d

ispo

nib

iliza

da

p

ela

Con

ce

ssio

ria

(fa

tor

i). O

pag

am

en

to

se

rá a

nte

cip

ado

em

até

30 (

trin

ta)

dia

s a

nte

s

do

in

ício

do

trim

estr

e d

e fa

tura

men

to.

Ta

rifa

de

Fru

ição

: se

rá p

ag

a p

elo

s u

suá

rio

s e

m

fun

çã

o d

a p

resta

ção

do

s s

erv

iço

s r

efe

rente

s à

fe

rro

via

. A

con

ce

ssio

ria

pod

erá

pra

tica

r d

esco

nto

s e

m p

arâ

me

tro

s o

bje

tivo

s e

is

on

ôm

ico

s, a

se

rem

este

nd

ido

s a

qua

lqu

er

usuá

rio

. E

ssa t

arifa

sofr

e influê

ncia

do

fa

tor

x,

que

rep

resen

ta o

aju

ste

ba

sea

do

na

evo

luçã

o

da

pro

du

tivid

ad

e d

a c

on

cessio

ria

.

Re

ce

ita

s e

xtr

ao

rdin

ária

s: d

ep

en

de

de

au

toriza

çã

o d

a A

NT

T, sa

lvo

a r

ea

liza

ção

de

re

pa

ros n

o m

ate

ria

l ro

da

nte

do

s u

su

ário

s

(qu

an

do

fo

r ne

ce

ssá

rio p

ara

a p

resta

ção

do

s

se

rviç

os).

Op

era

çõe

s c

om

ple

me

nta

res:

rece

ita

s

de

rivad

as d

e s

erv

iço

s n

ece

ssá

rios p

ara

a

ope

ração

da

fe

rro

via

, ta

is c

om

o m

ano

bra

s,

aba

ste

cim

en

to e

gua

rda d

e m

ate

ria

l ro

dan

te.

RE

AJU

ST

E D

A T

AR

IFA

IP

CA

IP

CA

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107

P

RO

JE

TO

TA

V

MO

DE

LO

PIL

PR

AZ

O D

A C

ON

CE

SS

ÃO

4

0 (

qua

ren

ta)

an

os,

co

nta

do

s a

pa

rtir d

a o

pe

ração

co

me

rcia

l d

a in

teg

ralid

ad

e d

o T

AV

. 3

5 (

trin

ta e

cin

co

) a

no

s, con

tado

s a

pa

rtir d

a d

ata

de

a

ssun

ção

(da

ta d

e p

ub

lica

ção

do

extr

ato

do

co

ntr

ato

n

o D

.O.U

.).

OB

RIG

ÕE

S E

RIS

CO

S D

A

CO

NC

ES

SIO

RIA

No

te q

ue

n

este

m

od

elo

, a c

on

ce

ssio

ria

te

m

me

no

s o

bri

ga

çõ

es e

ris

co

s,

co

nsid

era

nd

o q

ue

e

la (

i) r

ec

eb

erá

a e

str

utu

ra d

o P

od

er

Co

nce

de

nte

p

ara

op

era

r e

ma

nte

r, (

ii)

é r

esp

on

ve

l a

pe

nas

p

ela

lic

en

ça

am

bie

nta

l d

e o

pe

raçã

o e

(iii)

o é

re

sp

on

ve

l p

ela

de

sa

pro

pri

ão

.

D

en

tre

as

ob

rig

açõ

es

co

nsta

nte

s

no

con

trato

, d

esta

ca

mo

s a

s s

egu

inte

s:

Op

era

r e

ma

nte

r o

sis

tem

a fe

rro

viá

rio.

Pa

ga

r o v

alo

r de

ou

torg

a p

ela

con

ce

ssã

o.

Fo

rne

ce

r e im

pla

nta

r a

pro

teção

acú

stica

.

Pre

sta

r sup

ort

e té

cn

ico

pa

ra e

lab

ora

ção

do

p

roje

to e

xe

cu

tivo

.

Exp

lora

r a

s á

rea

s f

uncio

na

is.

Re

inve

stir

na

infr

ae

str

utu

ra.

Tra

nsfe

rir

a te

cno

log

ia p

ara

EP

L.

Ob

ter

a lic

en

ça

am

bie

nta

l de

op

era

ção

.

Asseg

ura

r o

dire

ito d

e p

assa

ge

m s

ob

re a

in

fra

estr

utu

ra d

o T

AV

.

Re

spo

nsa

bili

za

r-se p

ela

de

ma

nd

a, no

s te

rmo

s

do

pla

no

anu

al de

op

era

ção

do

s s

erv

iço

s

ferr

oviá

rio

s.

Pa

ga

r à A

NT

T v

erb

a d

e f

isca

liza

çã

o.

Pre

ven

ir a

cid

en

tes fe

rro

viá

rio

s.

Dif

ere

nte

me

nte

d

o

ou

tro

m

od

elo

, a

c

on

ce

ssio

ria

está

ex

po

sta

a m

ais

ob

rig

ões

e

ri

sc

os,

po

is

esta

d

eve

(i)

pro

mo

ve

r as

d

esa

pro

pri

õe

s;

(ii)

e

lab

ora

r o

s

pro

jeto

s

ne

ce

ssá

rio

s,

qu

e

en

vo

lve

m

inc

lusiv

e

a

co

nstr

ão

d

o

sis

tem

a

ferr

oviá

rio

; (i

ii)

ob

ter

tod

as

as

lic

en

ça

s

e

au

tori

zaç

õe

s

e

(iv)

resp

on

sa

biliz

ar-

se

p

elo

s

cu

sto

s

so

cio

am

bie

nta

is.

Re

ssa

lta

-se

, a

ind

a,

qu

e

tan

to

co

m

rela

çã

o

à

pro

mo

çã

o

de

de

sa

pro

pri

õe

s

e

ao

s

cu

sto

s

so

cio

am

bie

nta

is, h

á u

m lim

ite

(q

ue

ain

da

o f

oi

de

fin

ido

) a

pa

rtir

do

qu

al

o c

on

ce

ssio

rio

a

rca

co

m m

eta

de

do

va

lor.

De

ntr

e

as

ob

rig

açõ

es

co

nsta

nte

s

no

con

trato

, d

esta

ca

mo

s a

ind

a a

s s

egu

inte

s:

Exe

cu

tar

os tra

ba

lho

s (

de

sap

rop

ria

ção

, e

xe

cu

ção

de

se

rviç

os d

e e

nge

nh

aria

, fo

rne

cim

ento

de e

qu

ipa

men

tos e

ma

teria

is)

e

se

rviç

os (

op

era

ção

, m

anu

ten

çã

o, m

on

ito

ração

e

ge

stã

o)

na

fe

rro

via

.

No

te q

ue

a c

on

ce

ssio

ria s

erá

re

sp

on

ve

l p

or

todo

s o

s c

usto

s e

ind

en

iza

çõ

es a

té o

lim

ite

d

e R

$ 2

0.0

16

.000

,00

, a

pa

rtir

do

qua

l fa

rá ju

s à

re

co

mpo

siç

ão

do

equ

ilíb

rio

eco

mic

o-

fin

an

ce

iro d

e m

eta

de

do v

alo

r e

xce

de

nte

co

m

tais

cu

sto

s e

in

de

niz

açõe

s.

Pa

ga

r o v

alo

r de

ou

torg

a p

ela

con

ce

ssã

o.

Page 111: PRODUTO 2 · Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo ... Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

108

P

RO

JE

TO

TA

V

MO

DE

LO

PIL

Cu

mp

rir

75%

de

co

nte

údo

lo

ca

l na

fa

se

de

tr

aba

lho

s e

na

fa

se

de

op

era

ção

.

Pa

ga

r à A

NT

T v

erb

a d

e f

isca

liza

çã

o.

Re

spo

nsa

bili

za

r-se p

or

acid

en

tes f

err

oviá

rio

s,

se

nd

o c

ab

íve

l a

çã

o r

eg

ressiv

a p

ara

os

usuá

rio

s.

De

stina

r u

m v

alo

r p

ara

pro

jeto

s e

estu

do

s q

ue

vis

em

ao

de

se

nvo

lvim

en

to te

cn

oló

gic

o (

RD

T).

Cu

mp

rir

co

m o

con

teúd

o lo

ca

l.

o te

r q

ua

lque

r pa

rtic

ipa

ção

so

cie

tária

em

p

esso

a ju

ríd

ica

que

pre

ste

o s

erv

iço d

e

tra

nsp

ort

e fe

rro

viá

rio

em

qua

lque

r tr

echo

fe

rro

viá

rio,

inte

gra

nte

ou n

ão

da c

on

ce

ssão

.

Os c

usto

s e

os e

nca

rgo

s d

eco

rre

nte

s d

o

pro

ce

sso

de lic

en

cia

men

to a

mb

ienta

l, t

ais

co

mo

co

mpe

nsa

ção

am

bie

nta

l, s

erã

o

assu

mid

os p

ela

con

ce

ssio

ria

até

o lim

ite

de

R

$ 9

9.8

27

.00

0,0

0, a

pa

rtir d

o q

ua

l fa

rá ju

s à

re

co

mpo

siç

ão

do

equ

ilíb

rio

eco

mic

o-

fin

an

ce

iro d

e m

eta

de

do v

alo

r e

xce

de

nte

co

m

tais

cu

sto

s e

in

de

niz

açõe

s.

OB

RIG

ÕE

S E

RIS

CO

S D

O

PO

DE

R C

ON

CE

DE

NT

E

Ne

ste

mo

de

lo,

o P

od

er

Co

nce

de

nte

po

ssu

i m

ais

o

bri

ga

çõ

es, c

on

sid

era

nd

o q

ue a

loca

ob

rig

ões

e

ris

co

s q

ue n

o P

IL s

ão

de

re

sp

on

sa

bilid

ad

e d

a

co

nce

ssio

ria

, d

en

tre

os q

ua

is p

od

em

os c

ita

r:

Ela

bo

rar

o p

roje

to e

xe

cu

tivo.

Ela

bo

rar

os d

ecre

tos n

ece

ssá

rio

s p

ara

os

pro

ced

imen

tos d

e d

esa

pro

pria

çã

o e

pro

mo

ve

r a

s d

esap

rop

ria

çõe

s.

Co

nstr

uir e

ce

de

r a infr

ae

str

utu

ra d

a o

pe

raçã

o

pa

ra a

co

nce

ssio

ria

.

Ob

ter

as lic

en

ça

s a

mb

ien

tais

pré

via

s e

de

insta

lação

.

Em

co

ntr

ap

osiç

ão

ao

TA

V,

no

PIL

os r

isc

os e

o

bri

ga

çõ

es

estã

o

alo

ca

do

s

à

co

nc

essio

ria

, p

ossu

ind

o

o

Po

de

r C

on

ce

de

nte

m

en

os

o

bri

ga

çõ

es e

ris

co

s,

de

ntr

e o

s q

ua

is p

od

em

os

c

ita

r:

Ed

ita

r a

tos d

e d

ecla

raçã

o d

e u

tilid

ad

e p

úb

lica

n

ece

ssá

rio

s à

s d

esap

rop

ria

çõe

s e

às s

erv

idõ

es

ad

min

istr

ativa

s.

Re

spo

nsa

bili

za

r-se p

or

me

tade

do

s c

usto

s

so

cio

am

bie

nta

is e

desap

rop

riaçõe

s q

ue

exced

em

ao lim

ite

esta

be

lecid

o.

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109

P

RO

JE

TO

TA

V

MO

DE

LO

PIL

Re

spo

nsa

bili

za

r-se p

elo

s c

usto

s

so

cio

am

bie

nta

is.

OB

RIG

ÕE

S E

RIS

CO

S D

A

INT

ER

VE

NIE

NT

E-A

NU

EN

TE

(EP

L O

U V

AL

EC

)

No

te q

ue

ne

ste

mo

de

lo n

ão

a tra

nsfe

rên

cia

do

u

so

do

sis

tem

a f

err

oviá

rio

pa

ra a

EP

L,

se

nd

o a

c

on

ce

ssio

ria

a o

pe

rad

ora

da f

err

ovia

. H

ave

ap

en

as a

tra

nsfe

rên

cia

de te

cn

olo

gia

pa

ra a

EP

L.

D

esse m

od

o, d

esta

ca

mo

s a

s s

egu

inte

s o

briga

çõ

es:

Ce

leb

rar

o c

ontr

ato

de

tra

nsfe

rên

cia

de

te

cno

log

ia c

om

a c

on

ce

ssio

ria

.

De

ter

a te

cno

log

ia n

ece

ssá

ria

pa

ra o

d

ese

nvo

lvim

ento

da c

ad

eia

de

pro

du

tos e

se

rviç

os.

Ce

leb

rar

o A

co

rdo

de A

cio

nis

tas c

om

o

Acio

nis

ta P

riva

do

, co

m in

terv

en

iên

cia

da

C

on

ce

ssio

ria

.

Re

ssa

lta

-se

qu

e n

este

mo

de

lo h

á a

tra

nsfe

rên

cia

d

o d

ire

ito

d

e u

so

d

o sis

tem

a fe

rro

viá

rio

p

ara

V

AL

EC

, se

nd

o e

sta

re

sp

on

ve

l p

ela

op

era

ção

d

a f

err

ovia

. D

esse m

od

o, d

esta

ca

mo

s a

s s

egu

inte

s o

briga

çõ

es:

Ce

leb

rar

o c

ontr

ato

de

ce

ssã

o o

ne

rosa

do

d

ire

ito

de u

so

co

m a

con

ce

ssio

ria

.

Re

aliz

ar

o p

ag

am

en

to d

a T

DC

O.

Pa

rtic

ipa

r da

in

ve

stig

açã

o d

e a

cid

en

tes

ferr

oviá

rio

s.

FIN

AN

CIA

ME

NT

OS

As

c

on

diç

õe

s

de

fi

na

nc

iam

en

to

o

be

m

se

me

lha

nte

s e

ntr

e o

mo

de

lo d

o T

AV

e d

o P

IL,

ha

ve

nd

o

em

a

mb

os

a

po

ssib

ilid

ad

e

do

fi

na

nc

iad

or

assu

mir

o

c

on

tro

le

da

c

on

ce

ssio

ria

.

A c

on

cessio

ria

pod

e d

ar

em

ga

ran

tia

os

dire

ito

s e

me

rgen

tes d

a c

on

ce

ssã

o, de

sde

que

n

ão

co

mp

rom

eta

a o

pe

racio

na

liza

ção

e a

co

ntin

uid

ad

e d

a e

xe

cu

çã

o d

as o

bra

s e

do

s

se

rviç

os o

bje

to d

a c

on

ce

ssão

, in

clu

ind

o:

(i)

rece

itas o

riun

da

s d

a c

ob

rança

da t

arifa

, (ii)

rece

itas e

xtr

ao

rdin

ária

s e

(iii

) in

den

iza

çõ

es

de

vid

as à

co

nce

ssio

ria.

Os c

on

trato

s d

e f

ina

ncia

men

to p

ode

rão

o

uto

rga

r ao

s f

inan

cia

do

res o

u p

resta

do

res d

e

ga

ran

tia o

dire

ito

de

assu

mir o

con

tro

le d

a

co

nce

ssio

ria e

m c

aso d

e ina

dim

ple

men

to

Re

ssa

lta

-se

q

ue

n

o

ca

so

d

o

PIL

h

á

a

po

ss

ibil

ida

de

d

o

fin

an

cia

do

r re

ce

be

r d

ire

tam

en

te o

TD

CO

.

A c

on

cessio

ria

pod

e d

ar

em

ga

ran

tia

os

dire

ito

s e

me

rgen

tes d

a c

on

ce

ssã

o, de

sde

que

n

ão

co

mp

rom

eta

a o

pe

racio

na

liza

ção

e a

co

ntin

uid

ad

e d

a e

xe

cu

çã

o d

as o

bra

s e

do

s

se

rviç

os o

bje

to d

a c

on

ce

ssão

, in

clu

ind

o:

(i)

rem

une

ração

da c

on

ce

ssio

ria

e (

ii)

ind

en

iza

çõ

es d

evid

as à

con

ce

ssio

ria

.

Ne

ste

ca

so

, re

ssa

lta

-se

que

os d

ire

ito

s

cre

ditó

rio

s r

ela

tivo

s à

TD

CO

po

de

rão

se

r efe

tua

do

s d

ire

tam

en

te p

ela

VA

LE

C.

Os c

on

trato

s d

e f

ina

ncia

men

to p

ode

rão

o

uto

rga

r ao

s f

inan

cia

do

res o

u p

resta

do

res d

e

ga

ran

tia o

dire

ito

de

assu

mir o

con

tro

le d

a

co

nce

ssio

ria e

m c

aso d

e ina

dim

ple

men

to

Page 113: PRODUTO 2 · Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo ... Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

110

P

RO

JE

TO

TA

V

MO

DE

LO

PIL

co

ntr

atu

al p

ela

con

ce

ssio

ria

do

s c

on

trato

s d

e

fin

an

cia

men

to o

u d

o c

on

tra

to d

e c

on

ce

ssã

o.

Ne

ste

ca

so

, o

s f

inan

cia

do

res n

ão s

erã

o

resp

on

sáve

is p

ela

s o

briga

çõe

s q

ue

se

jam

de

re

sp

on

sab

ilid

ade

direta

das a

ntiga

s

co

ntr

ola

do

ras d

a c

on

ce

ssio

ria

.

co

ntr

atu

al p

ela

con

ce

ssio

ria

do

s c

on

trato

s d

e

fin

an

cia

men

to o

u d

o c

on

tra

to d

e c

on

ce

ssã

o.

Ne

ste

ca

so

, o

s f

inan

cia

do

res n

ão s

erã

o

resp

on

sáve

is p

ela

s o

briga

çõe

s q

ue

se

jam

de

re

sp

on

sab

ilid

ade

direta

das a

ntiga

s

co

ntr

ola

do

ras d

a c

on

ce

ssio

ria

.

TR

AN

SF

ER

ÊN

CIA

AC

ION

ÁR

IA

Re

ssa

lta

-se

q

ue

n

o

mo

de

lo

do

T

AV

h

á

um

a

dif

ere

nc

iaçã

o

en

tre

as

en

tid

ad

es

qu

e

pa

rtic

ipa

rem

d

o p

roce

sso

d

e tr

an

sfe

rên

cia

d

e

tec

no

log

ia

e

as

qu

e

o

pa

rtic

ipa

rem

, c

om

re

laç

ão

ao

pe

río

do

mín

imo

de

ntr

o d

o q

ua

l n

ão

p

od

e

ha

ve

r n

en

hu

ma

tr

an

sfe

rên

cia

a

cio

ria

. A

lém

dis

so

, h

á a

pre

vis

ão

de

um

lo

ng

o p

razo

p

ara

o r

eg

istr

o d

a c

om

pa

nh

ia.

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cip

ais

clá

usu

las:

Qu

alq

ue

r tr

an

sfe

rência

no

con

tro

le d

ire

to o

u

ind

ire

to d

a c

on

ce

ssio

ria

de

ve

rá s

er

pre

via

me

nte

au

torizad

a p

ela

AN

TT

.

No

ca

so

de

pessoa

s ju

ríd

ica

s q

ue

pa

rtic

ipe

m

do

pro

ce

sso d

e t

ran

sfe

rên

cia

de t

ecn

olo

gia

, o

te

mpo

mín

imo

de

pe

rman

ên

cia

no

cap

ita

l so

cia

l é

de

5 (

cin

co

) an

os o

u p

erí

od

o d

e d

ura

çã

o d

o

pro

gra

ma

de

abso

rção

e t

ran

sfe

rên

cia

de

tecno

log

ia. Já

no

ca

so

da

s d

em

ais

pe

sso

as

jurí

dic

as,

o p

erí

od

o m

ínim

o d

e p

erm

anên

cia

é

de

5 (

cin

co

) an

os a

s o

in

ício

da

ope

ração

co

me

rcia

l d

a in

teg

ralid

ad

e d

o T

AV

.

A A

NT

T p

od

erá

excep

cio

na

lmen

te a

dm

itir a

su

bstitu

ição

de a

cio

nis

tas d

o a

cio

nis

ta p

rivad

o

an

tes d

os p

razo

s p

revis

tos, d

esde

qu

e n

ão

p

rovoq

ue

a p

erd

a d

e q

ua

isqu

er

do

s r

equ

isitos

da

outo

rga

e n

ão c

olo

qu

e e

m r

isco a

No

m

od

elo

d

o

PIL

, p

or

ou

tro

la

do

, n

ão

h

á

dif

ere

nc

iaçã

o c

om

re

laçã

o a

o p

erí

od

o m

ínim

o

qu

e

o

po

de

te

r tr

an

sfe

rên

cia

a

cio

ria

. E

ntr

eta

nto

, re

ssa

lta

-se

q

ue

o

pra

zo

p

ara

a

c

om

pa

nh

ia

se

re

gis

tra

r é

até

o

in

ício

d

a

op

era

çã

o (

po

de

nd

o s

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um

pra

zo

me

no

r d

o q

ue

o

esta

be

lec

ido

no

TA

V).

P

rin

cip

ais

clá

usu

las:

Qu

alq

ue

r tr

an

sfe

rência

no

con

tro

le d

ire

to o

u

ind

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to d

a c

on

ce

ssio

ria

de

ve

rá s

er

pre

via

me

nte

au

torizad

a p

ela

AN

TT

.

o p

od

erá

oco

rre

r m

od

ific

açã

o n

o c

on

tro

le d

a

co

nce

ssio

ria e

m p

erí

odo

infe

rir

a 3

ano

s

apó

s a

da

ta d

e a

ssun

ção

.

A c

on

cessio

ria

de

ve

rá r

eg

istr

ar-

se

co

mo

co

mp

an

hia

de

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pita

l a

be

rto a

té o

in

ício

da

o

pe

ração

da

fe

rro

via

.

Page 114: PRODUTO 2 · Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo ... Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

111

P

RO

JE

TO

TA

V

MO

DE

LO

PIL

co

ntin

uid

ad

e d

a e

xe

cu

çã

o d

o s

erv

iço

fe

rro

viá

rio.

Co

m r

ela

çã

o a

os a

cio

nis

tas p

rivad

os, no

s

pra

zo

s a

nte

rio

res n

ão

se

m a

plic

am

ao

s fun

do

s

de

in

ve

stim

ento

ou e

ntida

de

s fe

ch

ad

as d

e

pre

vid

ên

cia

co

mp

lem

en

tar,

se

nd

o a

pen

as

ne

ce

ssá

ria a

uto

riza

ção

da

AN

TT

qu

an

do

a

ope

ração

en

vo

lve

r a

tra

nsfe

rên

cia

de c

on

tro

le

ou

alte

ração

da

ca

pa

cid

ade

cn

ica

ou

fin

an

ce

ira p

ara

a e

xe

cu

ção

do

co

ntr

ato

.

A c

on

cessio

ria

de

ve

rá s

e r

eg

istr

ar

co

mo

co

mp

an

hia

de

ca

pita

l a

be

rto e

m a

té 8

(o

ito

) a

no

s a

pa

rtir d

o in

ício

da

ope

raçã

o c

om

erc

ial.

GA

RA

NT

IA D

E E

XE

CU

ÇÃ

O

Re

ssa

lta

-se

qu

e n

o m

od

elo

do

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V o

pe

rce

ntu

al

do

va

lor

ex

igid

o d

a g

ara

nti

a d

e ex

ec

uçã

o d

o

co

ntr

ato

dim

inu

i c

om

o a

um

en

to d

o p

erc

en

tua

l d

e

ex

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uçã

o

do

cro

no

gra

ma

. D

esse

m

od

o,

à

me

did

a q

ue a

co

nc

essio

ria

fo

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pri

nd

o a

s

su

as

ob

rig

õe

s,

o

va

lor

da

g

ara

nti

a

de

e

xe

cu

çã

o v

ai d

imin

uir

gra

du

alm

en

te.

A g

ara

ntia

de e

xe

cu

çã

o p

ode

rá s

er

pre

sta

da

p

or

(i)

cau

ção

, (ii) s

eg

uro

-ga

ran

tia

ou

(iii

) fian

ça

ban

ria

, da

se

gu

inte

fo

rma

:

1.

Da

da

ta

de

a

ssin

atu

ra

do

con

tra

to

até

a

a

uto

riza

çã

o p

ara

in

ício

da

op

era

çã

o c

om

erc

ial

do

ú

ltim

o t

recho

op

era

cio

na

l: R

$ 3

00

.000

.00

0,0

0.

Este

va

lor

pod

erá

se

r re

du

zid

o à

me

did

a q

ue f

ique

d

em

on

str

ada

a e

xe

cu

çã

o d

o c

rono

gra

ma

confo

rme

a

ba

ixo

:

No

mo

de

lo d

o P

IL,

ass

im c

om

o n

o P

roje

to T

AV

, h

á p

revis

ão

de

dim

inu

içã

o d

o v

alo

r d

a g

ara

nti

a

de

ex

ec

uçã

o a

o lo

ng

o d

o t

em

po

.

A g

ara

ntia

de e

xe

cu

çã

o p

ode

rá s

er

pre

sta

da

p

or

(i)

cau

ção

, (ii) s

eg

uro

-ga

ran

tia

ou

(iii

) fian

ça

ban

ria

, da

se

gu

inte

fo

rma

: 1

. D

a

da

ta

de

assu

nçã

o

até

a

co

nclu

são

do

s

tra

ba

lho

s d

a fe

rro

via

: R

$ 2

55

.400

.000

,00

2

. A

té o

10

° a

no

apó

s a

con

clu

o d

os tra

ba

lho

s d

a

ferr

ovia

: R

$ 1

27

.700

.000

,00

3

. D

o 1

ano

apó

s a

con

clu

o d

os t

rab

alh

os d

a

ferr

ovia

até

o f

ina

l d

o c

ontr

ato

: R

$ 5

1.1

00

.000

,00

Page 115: PRODUTO 2 · Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo ... Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

112

P

RO

JE

TO

TA

V

MO

DE

LO

PIL

Pe

rcen

tua

l d

e

exe

cu

ção

do

cro

nog

ram

a f

ísic

o-

fin

an

ce

iro

Pe

rcen

tua

l d

o v

alo

r e

xig

ido

da

Ga

ran

tia

d

e E

xe

cu

çã

o d

o

Co

ntr

ato

20

%

90

%

40

%

80

%

60

%

70

%

80

%

60

%

100

%

50

%

2.

Da a

uto

riza

çã

o p

ara

in

ício

da

ope

raçã

o

co

me

rcia

l a

té o

fim

do

pra

zo

: R

$ 1

50

.000

.000

,00

.

PE

NA

LID

AD

ES

Ne

ste

mo

de

lo,

a p

art

e q

ue t

rata

de

pe

na

lid

ad

es

tr

az

clá

usu

las

su

cin

tas,

tra

tan

do

d

as

p

en

alid

ad

es d

e f

orm

a r

esu

mid

a,

co

m c

láu

su

las

g

era

is,

de

sc

rita

s a

ba

ixo

.

Pe

na

lida

de

s: a

dve

rtên

cia

, m

ulta

e c

adu

cid

ad

e.

ap

lica

çã

o d

e m

ulta

mo

rató

ria p

or

dia

de

a

tra

so

, ca

lcu

lada

em

UR

T (

1.0

00

veze

s o

va

lor

da

ta

rifa

-te

to v

ige

nte

na

da

ta d

e r

eco

lhim

en

to d

a

mu

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licada

):

Infr

açã

o

UR

T

Atr

aso

no

in

ício

da

ope

ração

co

me

rcia

l (t

oda

a e

xte

nsão

) 2

.26

0

De

scu

mp

rim

en

to d

as

dis

posiç

ões p

revis

tas

170

Dif

ere

nte

me

nte

, o

c

on

tra

to d

o m

od

elo

d

o P

IL

ap

rese

nta

clá

usu

las e

xte

nsa

s s

ob

re p

en

alid

ad

e,

lista

nd

o

esp

ec

ific

am

en

te

as

infr

õe

s

e

div

idin

do

-as e

m 5

(c

inc

o) g

rup

os, d

e a

co

rdo

co

m

a g

ravid

ad

e d

a in

fra

çã

o e

ou

tro

s fa

tore

s, lis

tad

os

a

ba

ixo

.

Pe

na

lida

de

s: a

dve

rtên

cia

, m

ulta

e c

adu

cid

ad

e.

As m

ulta

s s

ão

ca

lcu

lada

s e

m U

RS

(co

rre

spo

nd

e

a 1

00 v

eze

s o

va

lor

da

TD

CO

), v

arian

do

de

1

UR

S a

200

UR

S,

de

pe

nd

end

o:

(i)

da

pro

po

rcio

na

lida

de

entr

e a

gra

vid

ade

do

d

escu

mp

rim

ento

e a

inte

nsid

ade

da

sa

nçã

o;

(ii)

d

os d

an

os r

esu

ltan

tes d

o

de

scu

mp

rim

ento

; (iii)

d

a v

anta

ge

m a

ufe

rida

pe

la

co

nce

ssio

ria;

(iv)

do

s a

nte

ce

de

nte

s d

a c

on

cessio

ria

; (v

) d

a r

ein

cid

ên

cia

espe

cíf

ica

; e

Page 116: PRODUTO 2 · Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo ... Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

113

P

RO

JE

TO

TA

V

MO

DE

LO

PIL

no

co

ntr

ato

de

tr

an

sfe

rên

cia

de

tecno

log

ia

Inte

rru

pçã

o/s

usp

en

são

d

o p

lan

o d

e o

pe

ração

fe

rro

viá

ria a

cim

a d

e

24h

776

Ine

xe

cução

to

tal do

con

trato

: ad

ve

rtê

ncia

, m

ulta

de

até

1.0

25

.000

UR

T e

re

scis

ão c

on

tratu

al.

As m

ulta

s p

od

em

se

r re

ve

rtid

as e

m o

brig

açõ

es

de

no

vo

s in

ve

stim

ento

s e

m b

en

efí

cio

do

s

usuá

rio

s.

A a

plic

açã

o d

as m

ulta

s n

ão

im

pe

de

a

de

cla

ração

de

ca

du

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ade

da c

on

ce

ssã

o.

(vi)

d

as c

ircu

nstâ

ncia

s g

era

is a

gra

va

nte

s o

u

ate

nua

nte

s d

a s

itua

çã

o.

RE

SO

LU

ÇÃ

O D

E D

ISP

UT

AS

No

mo

de

lo d

o T

AV

, h

á a

pre

vis

ão

de t

rês t

ipo

s

de

re

so

luç

õe

s d

e d

isp

uta

s:

(i)

co

mis

o t

éc

nic

a,

(ii)

a

rbit

rag

em

e

(i

ii)

foro

c

om

um

, d

esc

rita

s

ab

aix

o.

Co

mis

o T

écn

ica

: é

co

mpe

ten

te p

ara

em

itir

pa

rece

res fun

da

men

tad

os s

ob

re q

ue

stõ

es

su

bm

etida

s p

ela

AN

TT

ou

pe

la c

on

ce

ssio

ria,

rela

tiva

s à

s d

ive

rgên

cia

s q

ue

ve

nh

am

a s

urg

ir

qua

nto

ao

s a

sp

ecto

s té

cn

ico

s e

refe

ren

tes a

o

pag

am

en

to d

e o

uto

rga

. É

co

mpo

sta

po

r 3

(tr

ês)

me

mb

ros, sen

do

um

in

dic

ado

pe

lo p

ode

r co

nce

de

nte

, u

m p

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con

ce

ssio

ria

e u

m e

m

co

mu

m a

co

rdo

en

tre

as p

art

es.

A d

ecis

ão

é

vin

cu

lan

te e

ntr

e a

s p

art

es,

até

que

so

bre

ven

ha

e

ven

tua

l d

ecis

ão

arb

itra

l sob

re a

div

erg

ên

cia

.

Arb

itra

ge

m:

reso

lução

de

co

ntr

ové

rsia

s q

ue

o

tenh

am

sid

o r

eso

lvid

as d

e fo

rma

am

igá

ve

l po

r m

eio

de

neg

ocia

çõe

s d

e b

oa

-fé

ou

po

r m

eio

da

No

mo

de

lo d

o P

IL a

re

so

luç

ão

de

dis

pu

tas s

erá

p

elo

fo

ro c

om

um

(S

ão

Ju

dic

iári

a d

o D

istr

ito

F

ed

era

l),

o

ha

ve

nd

o

pre

vis

ão

d

e

ou

tras

m

od

alid

ad

es d

e r

eso

luç

ão

de d

isp

uta

s.

Page 117: PRODUTO 2 · Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo ... Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

114

P

RO

JE

TO

TA

V

MO

DE

LO

PIL

Co

mis

o T

écn

ica

, qu

e n

ão

se

refira

m a

q

ue

stõ

es e

con

ôm

ico

-fin

an

ce

ira

s r

ela

cio

nad

as a

o

co

ntr

ato

. A

arb

itra

ge

m s

erá

ad

min

istr

ada

pe

la

Co

rte

In

tern

acio

na

l d

e A

rbitra

ge

m e

se

co

nd

uzid

a e

m B

rasília

.

Fo

ro: S

eçã

o J

ud

iciá

ria

do D

istr

ito

Fe

de

ral.

Page 118: PRODUTO 2 · Av. Eusébio Matoso, 690, 6° andar – Pinheiros – São Paulo ... Documento 1: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e

115

3.4.3 Comparação crítica e observações pertinentes

Os modelos de concessão do Projeto TAV e do Programa PIL somente podem ser comparados

entre si mediante uma certa reserva, porquanto se referem a projetos essencial diferentes desde

a sua concepção. O primeiro envolve o transporte de passageiros de altíssima tecnologia, algo

inédito no Brasil e se trata de um projeto em que a interconexão com outras malhas ferroviárias.

O PIL, por sua vez, é dedicado exclusivamente à carga, havendo menor preocupação com a

atualização tecnológica do sistema a ser implementado (embora, obviamente, a tecnologia

avançada seja sempre desejável) e a clara intenção de que as novas vias implementadas de fato

promovam ou maior integração, ou um aumento do alcance da malha existente.

Dito isso, cabe observar que, se de um lado, o Projeto TAV compreende maior envolvimento

estatal, via aporte de recursos na SPE Concessionária e assunção da obrigação de construção

da infraestrutura, neste modelo, o concessionário será não apenas responsável pelo serviço de

transportes a ser prestado como deverá arcar, ainda, com os riscos de demanda desta atividade.

Neste modelo, a possibilidade de exploração de receitas acessórias é inesgotável, considerando

que a SPE Concessionária terá direito a explorara as estações de embarque e desembarque de

passageiros, nas quais se espera um significativo tráfego de pessoas, passageiros ou não. De

maneira oposta, no modelo do PIL, embora a lista de obrigações pareça mais longa, há que se

reconhecer que o concessionário ficará responsável apenas pela implementação, manutenção e

operação da infraestrutura, sem obrigação de efetivamente prestar o serviço de transporte.

Ainda, considerando que o concessionário venderá toda a capacidade operacional da via à

VALEC, verifica-se que o primeiro não arcará com o risco de demanda do transporte ferroviário.

Por outro lado, num projeto de transporte de carga, a possibilidade de aferimento de receitas

acessórias é infinitamente menor, se comparada ao TAV.

A futura concessão do Trem Brasília-Anápolis-Goiânia, porquanto possa “emprestar” elementos

de ambos os modelos, terá que desenvolver uma solução própria, pois tratar-se da primeira

concessão concebida como mista – ou seja, para transporte de passageiros e de cargas. Há

uma situação em que tanto carga quanto passageiros têm trafegado pela mesma infraestrutura

no Brasil, mas esta decorre da controvérsia legal instalada entre MRS Logística, Cia. Paulista

de Trens Metropolitanos e os poderes concedentes do Estado de São Paulo e da União, e não

de uma concessão pensada em tais moldes.

Outro ponto importante desta futura outorga seria a integração ou competição do malha e

serviços a serem implementados com as atividades de transporte de passageiros já existentes

na região, tanto sob a infraestrutura de metrôs quanto pela via rodoviária. Este ponto será

retomado no Relatório de Diagnóstico, a ser entregue no próximo do estudo de viabilidade em

curso.

4. ANEXOS

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4.1 ANEXO I – Fator de semana equivalente, fator de sazonalidade e outras caracterizações

dos usuários

Para permitir o entendimento do comportamento da demanda ao longo do tempo, e visando

expandir as informações obtidas em campo, elaborou-se uma tabela de Fator de Semana

Equivalente par as ligações entre Brasília e Entorno, com base nos dados obtidos no estudo de

Caracterização do Usuário SUPAS.

Esse fator é expresso pela divisão do volume total semanal pelo volume diário médio dos dias

úteis. Conforme se aproxima de 5, menor a importância do final de semana na composição do

fluxo semanal e conforme aumenta, maior essa relevância.

Tabela 37 Fator de Semana Equivalente por Ligação

Localização Ligação Fator Semana Equivalente

Brasília Brasília (DF) - Luziania (GO) 5,33

Brasília Brasília (DF)- Cidade Ocidental (GO) 5,47

Brasília Brasília (DF) - Valparaíso de Goiás (GO) 5,34

Brasília Brasília (DF) - Novo Gama (GO) 5,48

Brasília Brasília (DF)- Cidade Ocidental (GO) semiurbano 5,24

Brasília Brasília (DF)- Cidade Ocidental (GO) executivo 5,24

Brasília Brasília (DF) - Valparaíso de Goiás (GO) semiurbano 5,40

Brasília Brasília (DF) - Valparaíso de Goiás (GO) executivo 5,20

Brasília Brasília (DF) - Águas Lindas de Goiás (GO) 5,89

Brasília Brasília (DF) - Cidade Eclética (GO) 5,80

Brasília Brasília (DF) - Santo Antônio do Descoberto (GO) 5,67

Entorno Taguatinga (DF) - Luziania (GO) 5,51

Entorno Taguatinga (DF)- Cidade Ocidental (GO) 5,47

Entorno Taguatinga (DF) - Valparaíso de Goiás (GO) 5,27

Entorno Taguatinga (DF) - Novo Gama (GO) 5,80

Entorno Gama (DF) - Luziania (GO) 5,22

Entorno Gama (DF)- Cidade Ocidental (GO) 5,23

Entorno Gama (DF) - Valparaíso de Goiás (GO) 5,38

Entorno Gama (DF) - Novo Gama (GO) 5,18

Entorno Taguatinga (DF) - Águas Lindas de Goiás (GO) 5,74

Entorno Taguatinga (DF) - Cidade Eclética (GO) 5,19

Entorno Taguatinga (DF) - Santo Antônio do Descoberto (GO) 5,61

Entorno Guará (DF) - Águas Lindas de Goiás (GO) 5,23

Entorno Águas Claras (DF) - Águas Lindas de Goiás (GO) 5,48

Entorno Brazlândia (DF) - Águas Lindas de Goiás (GO) 5,79

Entorno Ceilândia (DF) - Águas Lindas de Goiás (GO) 5,43

Também em relação à Caracterização do Usuário SUPAS, na Tabela 38 pode-se verificar o

cálculo do fator de sazonalidade com relação ao mês de setembro, no qual se concentram as

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pesquisas do presente estudo. Foram destacados em vermelho os fatores discrepantes.

Tabela 38 Fator de Sazonalidade por Ligação

Local Ligação Fator de

Sazonalidade 2007 Fator de

Sazonalidade 2008

Brasília Brasília (DF) - Luziânia (GO)

(convencional) 17,00 7,50

Brasília Brasília (DF) - Luziânia (GO)

(semiurbano) 11,51 12,30

Brasília Brasília (DF) - Masões Marajó (DF)

(semiurbano) 12,00 12,00

Brasília Brasília (DF) - Parque Industrial

Mignone (GO) (semiurbano) 12,47 11,68

Brasília Brasília (DF) - Cidade Ocidental (GO)

(convencional) 14,50 12,00

Brasília Brasília (DF) - Cidade Ocidental (GO)

(semiurbano) 12,60 11,82

Brasília Brasília (DF) - Valparaíso (GO)

(convencional) 12,00 12,00

Brasília Brasília (DF) - Valparaíso (GO)

(semiurbano) 12,90 11,92

Brasília Brasília (DF) - Céu Azul (GO)

(semiurbano) 12,48 11,20

Brasília Brasília (DF) - Novo Gama (GO)

(convencional) 17,50 12,00

Brasília Brasília (DF) - Novo Gama (GO)

(semiurbano) 12,88 11,76

Brasília Brasília (DF) - Lago Azul (GO)

(semiurbano) 12,47 12,10

Brasília Brasília (DF) - Novo Gama (GO)

(semiurbano) 12,80 11,00

Brasília Brasília (DF) - Águas Lindas de Goiás

(GO) (semiurbano) 11,27 11,08

Brasília Brasília (DF) - Águas Lindas de Goiás

(GO) (convencional) - -

Brasília Brasília (DF) - Águas Lindas de Goiás

(GO) 11,96 11,02

Brasília Vale São Jerônimo (GO) - Brasília

(DF) (semiurbano) - 11,88

Brasília Brasília (DF) - Cidade Eclética (GO)

(semiurbano) 12,00 12,00

Brasília Brasília (DF) - Santo Antônio do

Descoberto (GO) (executivo) 12,00 12,00

Brasília Brasília (DF) - Santo Antônio do Descoberto (GO) (semiurbano)

12,22 11,40

Entorno Taguatinga (DF) - Luziânia (GO)

(semiurbano) - 12,38

Entorno Taguatinga (DF) - Parque Estrela

D'Alva (GO) (semiurbano) 12,33 12,08

Entorno Taguatinga (DF) - Cidade Ocidental

(GO) (semiurbano) 12,50 12,33

Entorno Taguatinga (DF) - Parque Industrial

Mignone (GO) (semiurbano) 12,75 12,00

Entorno Taguatinga (DF) - Valparaíso (GO)

(semiurbano) 12,13 11,75

Entorno Gama (DF) - Luziânia (GO) 12,87 12,04

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Local Ligação Fator de

Sazonalidade 2007 Fator de

Sazonalidade 2008

(semiurbano)

Entorno Gama (DF) - Parque Estrela D'Alva

(GO) (semiurbano) 12,27 11,83

Entorno Gama (DF) - Cidade Ocidental (GO)

(semiurbano) 12,25 11,75

Entorno Gama (DF) - Novo Gama (GO)

(semiurbano) 11,73 12,50

Entorno Gama (DF) - Lago Azul (GO)

(semiurbano) 12,65 12,14

Entorno Gama (DF) - Valparaíso (GO)

(semiurbano) 13,06 12,63

Entorno Taguatinga (DF) - Santo Antônio do

Descoberto (GO) 12,16 11,57

As figuras abaixo apresentam o motivo de viagem por faixa de renda familiar, a frequência de

viagens por faixa de renda familiar dos usuários e a relação de mês de realização das viagens

por faixa de renda familiar, referente à Parte 3 do Projeto A - Meta 13 do estudo de

Desenvolvimento e Aprimoramento das Ferramentas e Procedimentos para Gestão e Controle

dos Serviços de Transporte Terrestres.

Figura 54 Motivo de Viagem por Faixa de Renda Familiar Ligação Brasília-Goiânia

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Figura 55 Frequência de Viagem por Faixa de Renda Familiar Ligação Brasília-Goiânia

Figura 56 Mês de Realização das Viagens por Faixa de Renda Familiar Ligação Brasília-Goiânia

4.2 ANEXO II – Pontos e movimentos PDTU-DF pesquisa contagem de veículos e ocupação

de veículos

No ponto 27 foram feitas contagens para 4 movimentos, explicitados na Figura 57.

Os resultados da contagem, para os movimentos 1 a 3, são apresentados, a seguir.

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Figura 57 Movimentos Ponto 27

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Figura 58 - Resultados Contagem Ponto 27 Movimento 1

Figura 59 Resultados Contagem Ponto 27 Movimento 2

Figura 60 Resultados Contagem Ponto 27 Movimento 3

Os movimentos considerados para o ponto 28 e os resultados das contagens encontram-se da

Figura 62 a Figura 65.

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Figura 61 Movimentos Ponto 28

Figura 62 Resultados Contagem Ponto 28 Movimento 1

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Figura 63 Resultados Contagem Ponto 28 Movimento 2

Figura 64 Resultados Contagem Ponto 28 Movimento 3

Figura 65 Resultados Contagem Ponto 28 Movimento 4

As figuras adiante apresenta-se os movimentos e resultados da contagem para o ponto 32.

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Figura 66 Movimentos Ponto 32

Figura 67 Resultados Contagem Ponto 32 Movimento 1

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Figura 68 Resultados Contagem Ponto 32 Movimento 2

Para o ponto 31, os movimentos e o resultado da contagem são apresentados adiante.

Figura 69 Movimentos Ponto 31

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Figura 70 Resultados Contagem Ponto 31 Movimento 1

Figura 71 Resultados Contagem Ponto 31 Movimento 2

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Os movimentos e o resultado da contagem, para o ponto 26, encontram-se abaixo.

Figura 72 Movimentos Ponto 26

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Figura 73 Resultados Contagem Ponto 26 Movimento 1

Figura 74 Resultados Contagem Ponto 26 Movimento 2

Figura 75 Resultados Contagem Ponto 26 Movimento 3

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4.3 ANEXO III – Pesquisa “CONDON-LINE” Identificação dos movimentos, Quadro síntese e

frequência de caminhões

A identificação dos movimentos, o quadro síntese e a frequência de caminhões, para o posto 06,

ambos os movimentos, encontram-se a seguir

Figura 76 Movimentos Posto 06

Figura 77 Quadro Síntese Posto 06 Movimento 1

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Figura 78 Frequência de Caminhões Posto 06 Movimento 1

Figura 79 Quadro Síntese Posto 06 Movimento 2

Figura 80 Frequência de Caminhões Posto 06 Movimento 2

Os mapas com as linhas de desejo, para automóveis, com origem e destino no posto 06 estão

abaixo.

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Para o posto 07, a identificação dos movimentos, o quadro síntese e a frequência de caminhões,

para todos os movimentos, encontram-se a seguir.

Figura 83 Movimentos Posto 07

Figura 84 Quadro Síntese Posto 07 Movimento 1

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Figura 85 Frequência de Caminhões Posto 07 Movimento 1

Figura 86 Quadro Síntese Posto 07 Movimento 2

Figura 87 Frequência de Caminhões Posto 07 Movimento 2

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4.4

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