MENDONÇA RM. 2011. Cultivo de melão hidropônico em sistema NFT. Horticultura Brasileira 29: S250-S257
Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011 S250
Produção de melão hidropônico em sistema NFT Ricardo Moreira Mendonça Faculdades Associadas de Uberaba, Av Tutuna, 720, bairro do Tutunas. CEP 39.061-500 BR, Uberaba-MG. [email protected]
RESUMO O melão (Cucumis melo L.) é uma olerícola muito apreciada e de grande popularidade no mundo, com destaque na produção brasileira. O tamanho do fruto recebe hoje atenção de produtores e pesquisadores, sendo que a tendência mundial é produzir frutos de tamanho menor. O cultivo do meloeiro em sistema hidropônico NFT permite, fatores relevantes para incrementos significativos na produtividade e qualidade do produto final. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial produtivo do meloeiro em cultivo hidropônico na região de Uberaba, bem como o número de frutos por planta mais adequado para essas condições. O experimento foi realizado no Setor de Hortaliças da FAZU, em Uberaba – MG. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com três tratamentos (números de frutos pré estabelecidos por planta, 1; 2 e 3) em quatro repetições, avaliando-se o peso médio, o diâmetro e o teor de sólidos solúveis totais dos frutos. Conclui-se que não houve diferença significativa entre os parâmetros avaliados e o número de frutos por planta, sendo estes resultados contrários aos encontrados na literatura. A qualidade dos frutos ficou abaixo dos padrões comerciais mínimos recomendados para o melão, principalmente em função da época de cultivo e dos problemas fitossanitários que acometeram a cultura. Devido aos resultados conflitantes dos trabalhos com a cultura do meloeiro, as poucas informações existentes e a falta de tradição do cultivo dessa espécie no município de Uberaba, outros estudos precisam ser realizados a fim de transformar a
cultura do melão numa alternativa para os produtores regionais. Palavras-chave: Cucumis melo L., hidroponia, qualidade dos frutos. ABSTRACT Hydroponic melon production in NFT system The melon (Cucumis melo L.) is a crop very much appreciated and of great popularity worldwide, especially in Brazilian production. The size of the fruit now receives attention of producers and researchers, and the worldwide trend is to produce fruits of smaller size. The cultivation of melon plants in NFT hidroponic system allows relevant factors for significant increases in productivity and product quality. This study aimed to evaluate the productive potential of melon in a hydroponic system in the region of Uberaba and the number of fruits per plant more suitable for these conditions. The experiment was conducted by the Setor de Hortaliças da FAZU in Uberaba - MG. The experimental design was a randomized block with three treatments (pre-set number of fruits per plant, 1, 2 and 3) in four repetitions, the average weight, diameter and total soluble solids of fruits. It is concluded that there was no significant difference between the parameters and number of fruit per plant, and these results contrary to those found in the literature. Fruit quality was below the recommended minimum standards for commercial melon, mainly due to the growing season and plant health problems that affected the culture. Due to the conflicting results of the work with the melon, the few existing information and the lack of tradition in cultivation of this species
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in Uberaba, other studies are needed to transform the culture of melon an alternative to regional producers.
Keywords: Cucumis melo L., hydroponic,
fruit quality.
INTRODUÇÃO
O melão (Cucumis melo L.) é uma olerícola muito apreciada e de grande popularidade no mundo.
De acordo com Fontes e Puiatti (2005), os diferentes tipos de melões foram originados na Índia ou
na África. No Brasil, o meloeiro é conhecido desde o século XVI, quando foi trazido,
provavelmente, pelos escravos. Posteriormente, no século XIX, houve outra introdução, desta vez
pelos imigrantes europeus, quando se iniciou, de fato, a expansão da cultura nas regiões Sul e
Sudeste, chegando por volta da década de 1960 ao Nordeste.
A área cultivada com melão no mundo em 2008 ocupou 1,24 milhões de hectares, com uma
produção de 27,5 milhões de toneladas de frutos, o que proporcionou uma produtividade média de
22,1 t/ha. (FAO, 2010). O Brasil é um dos maiores produtores de melão da América do Sul, com
aproximadamente 18% da produção total. A Região Nordeste respondeu em 2006 por 96,13% da
produção brasileira. O maior produtor nacional é o estado do Rio Grande do Norte, que em 2006
produziu 49,11% do total no país (500.021 t), seguindo em ordem decrescente, pelos Estados do
Ceará, Bahia e Pernambuco. No ano de 2007 o melão alcançou o maior volume exportado de fruta
in natura, com 204,5 mil toneladas, tendo como principais destinos os países do continente Europeu
gerando receita de 128,21 milhões de dólares. (AGRIANUAL, 2009)
A variedade mais cultivada é a Inodorus, por apresentar maior conservação pós-colheita e maior
resistência ao transporte, entretanto deixa muito a desejar em termos de qualidade e principalmente
no teor de sólidos solúveis totais, a qual fica abaixo das variedades Cantalupensis e Reticulatus.
(FAGAN, 2005)
Entre as particularidades do mercado interno, o tamanho do fruto recebe hoje atenção de produtores
e pesquisadores, sendo que a tendência mundial é produzir frutos de tamanho menor,
acompanhando o número de membros de uma família (GUSMÃO, 2001 apud COSTA et al., 2004
a). O tamanho do fruto é obtido de acordo com a quantidade destes fixados por planta, ou seja,
frutos menores são resultantes do aumento do número de frutos na planta. A utilização de sistemas
fechados, como é o caso da hidroponia - NFT (Técnica do Fluxo Laminar de Nutrientes), mostra-se
promissor, e vem possibilitando aumento de produtividade de culturas olerícolas (SANTOS, 2000
apud FAGAN et al., 2009). O cultivo do meloeiro em hidroponia permite, dentre outras coisas, o
controle parcial das condições climáticas, menor aplicação de defensivos agrícolas, manejo
adequado da água e nutrientes de acordo com o desenvolvimento da cultura e fatores relevantes
para incrementos significativos na produtividade e qualidade do produto final. (CASAROLI et al.,
2004 citado por VARGAS et al., 2008).
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Segundo Costa et al. (2004), há uma necessidade de estudos sobre o aprimoramento da solução
nutritiva para o cultivo do meloeiro, especialmente quanto ao ambiente e sistema de cultivo das
cultivares regionais utilizadas, e características mercadológicas desejadas. No Brasil é pequeno o
número de pesquisas com o melão rendilhado, e o aumento do número de produtores tem gerado
uma grande demanda por informações técnicas sobre a cultura, como a nutrição mineral e condução
da planta (PURQUERIO et al., 2003).
Com base no exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial produtivo do meloeiro em
cultivo hidropônico na região de Uberaba, bem como o número de frutos por planta mais adequado
para essas condições.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado no Setor de Hortaliças das Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU),
em Uberaba – MG, localizada à longitude 47º57’ W, e latitude 19º44’ S e a altitude de 780m. O
clima é tropical quente e úmido, inverno frio e seco, classificado como Aw conforme o método
Koeppen. As médias anuais de precipitação e temperatura são de 1.474 mm e 23,2 ºC,
respectivamente.
A cultivar híbrida de melão utilizado foi o Bônus nº 2, sendo semeado no dia 20/08/2010 em
espuma fenólica com dimensões de 5,0 x 5,0 x 3,8 cm. As mudas permaneceram sobre bandejas de
isopor e foram irrigadas apenas com água nos primeiros 10 dias após a semeadura. Imediatamente
após a emergência, as mudas foram colocadas em um sistema hidroprônico NFT com canais de
tamanho pequeno (40 mm de diâmetro), e solução nutritiva de condutividade 1,8 mS.cm-1. O
transplantio foi realizado aos 30 dias após a semeadura, para um sistema hidropônico tipo NFT. Os
canais de cultivo foram constituídos de perfil hidropônico com 150 mm de diâmetro e declividade
de 2%, 18 m de comprimento, 0,85 m entre linhas e 1,10 m nos corredores. Dentro dos canais o
espaçamento adotado foi de 0,4 entre plantas.
A casa de vegetação contendo os canais possui pé-direito médio de 3m, coberta por plástico
transparente de espessura 150 micras e fechadas nas laterais com sombrite 30%. Utilizou-se um
reservatório de 1500 litros de solução, que teve o seu nível completado e o manejo da solução
realizado diariamente.A solução nutritiva utilizada baseou-se na solução adaptada de Martinez
(1997), recomendada para a cultura do pepino em NFT, contendo em mg L -1 200; 40; 165; 150;
133; 100; 0,3; 2,2; 0,6; 0,3; 0,05 e 0,05. mg L-1 de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Fe, Mn, Zn, Cu e Mo,
respectivamente.
Durante o período experimental, o pH da solução nutritiva foi mantido na faixa de 5,5 a 6,5 com
emprego de ácido sulfúrico e a condutividade elétrica (CE) medida logo após o preparo da solução
foi 2,24 dS.m-1. A solução nutritiva foi trocada a cada 4 semanas, com o objetivo de prevenir efeitos
negativos na planta, resultantes de desbalanços nutricionais.
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O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com três tratamentos (números
de frutos pré estabelecidos por planta, 1; 2 e 3) em quatro repetições, sendo que cada unidade
experimental foi constituída de 8 plantas.
As plantas foram conduzidas em haste única e tutoradas por um fitilho plástico de modo a
crescerem verticalmente. Foram deixados frutos nos brotos entre o 4° e 7° nó caulinar para a
fixação dos primeiros frutos correspondentes aos tratamentos com 1, 2 e 3; 7º e 10º nó caulinar para
a fixação do segundo fruto para os tratamentos com 2 e 3 frutos e partir do 10º nó caulinar para a
fixação do terceiro fruto para o tratamento com 3 frutos. A desbrota foi realizada após a fixação dos
frutos. Em todos os tratamentos, a haste lateral contendo o fruto e a haste principal tiveram seus
meristemas apicais eliminados. Uma vez estabelecido o número de frutos do tratamento, procedeu-
se a eliminação dos frutos excedentes.
A colheita teve início aos 60 dias após o transplantio. Os frutos foram colhidos quando verificado o
fechamento completo do rendilhamento e o fendilhamento próximo ao pedúnculo. A cultura teve o
ciclo completado em 90 dias. Após a colheita foram avaliados o peso médio do fruto, o teor de teor
de sólidos solúveis totais e o diâmetro do fruto.
Utilizou-se o programa ASSISTAT para realização das análises estatísticas, sendo que as variâncias
e interações significativas tiveram suas médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não houve diferença significativa entre o número de frutos fixados por planta e as características
avaliadas (Tabela 1). O número de frutos pré-estabelecidos por planta não influenciou
significativamente o peso do primeiro fruto colhido (Tabela 1). Os resultados observados diferiram
de Purquerio et al. (2003) e Costa et al. (2004), que verificaram redução no peso médio de frutos
colhidos por planta à medida que aumentou o número de frutos colhidos na própria planta,
concluindo que o aumento do número de frutos por planta determinou menor peso médio de frutos.
De acordo com Purquerio e Cecilio Filho (2005), a redução do peso médio à medida em que se
aumenta o número de frutos por planta é atribuído à menor relação fonte (área foliar) e dreno
(frutos). No presente trabalho os pesos médios dos frutos, observados na Tabela 1, foram
semelhantes aos encontrados por Purquerio et al. (2003) e Costa et al. (2004), e maiores em relação
aos pesos médios dos frutos de Gualberto et al. (2001) e Rizzo e Braz (2001), para a cultivar
“Bônus nº 2”. De acordo com Rizzo e Braz (2004), existe uma tendência do mercado consumidor
em preferir frutos com peso próximo a 1 kg.
Os primeiros frutos das plantas pré-fixadas com apenas um fruto, obteve maior diâmetro, porém não
houve diferença significativa entre os tratamentos (Tabela 1). Esses resultados diferiram de Charlo
et al. (2010), que encontraram diferenças significativas, onde as plantas conduzidas com dois frutos
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proporcionaram maiores médias (13,45 cm), diferindo-se das plantas conduzidas com três frutos.
Este presente trabalho também diferiu de Queiroga et al., (2008), que observou o aumento do
diâmetro do fruto com a diminuição do número de frutos por planta. De acordo com Gualberto et
al. (2001), as plantas conduzidas com dois frutos por planta obtiveram maior média em relação ao
diâmetro do fruto.
As médias de diâmetro dos frutos do presente trabalho mostraram-se menores do que as encontradas
por Charlo et al. (2010) e Queiroga et al. (2008). Os valores médios dos diâmetros dos frutos,
observados na Tabela 1, foram semelhantes aos valores observados por Gualberto et al. (2001) e
Rizzo e Braz (2001).
De acordo com Rizzo e Braz (2004), para frutos de qualidade deseja-se menores valores de
diâmetro do fruto, pois indicam menores dimensões de cavidade interna. De acordo com Costa e
Pinto (1977 citado por Rizzo e Braz, 2004), frutos com menor cavidade interna apresentam maior
resistência ao transporte e vida útil pós-colheita prolongada.
Segundo Costa et al. (2004), um dos fatores determinantes do tamanho final de um fruto é a
competição pelos assimilados durante o seu desenvolvimento. Quando a demanda de assimilados é
muito alta, o que pode ser conseguido com o aumento do número de frutos por planta, instala-se
uma forte competição por assimilados entre os frutos. De acordo com Duarte e Peil (2010), a
redução da relação fonte:dreno, através do aumento de três para quatro no número de frutos por
planta, não altera o crescimento vegetativo do meloeiro, mostrando que o aparecimento de um novo
fruto compete mais com os frutos remanescentes do que com os órgãos vegetativos.
Para o teor de sólidos solúveis totais, o maior valor observado ocorreu nos primeiros frutos das
plantas conduzidas com um fruto, porém não se verificou diferença significativa entre os
tratamentos (Tabela 1). Diferentemente deste presente trabalho, Purquerio e Cecilio Filho (2005),
Costa et al. (2004) e Purquerio et al. (2003), encontraram diferença significativa, observando que
havia diminuição no teor de sólidos solúveis totais à medida que aumentava-se o número de frutos
por planta.Os valores médios de sólidos solúveis totais observados na Tabela 1 mostraram-se muito
inferiores aos apresentados por Purquerio e Cecílio Filho (2005), Rizzo e Braz (2004), Gualberto et
al. (2001), Rizzo e Braz (2001), Costa et al. (2004 b) e Castoldi et al. (2008). De acordo com Rizzo
e Braz (2001), Os valores médios de ºBRIX entre 11-13 conferem ótima qualidade para a
comercialização, pois, para a exportação, os melões com ºBRIX acima de 12° são considerados
“extra”, entre 9-12 °BRIX comercializáveis. e os que possuem ºBRIX inferiores a estes valores não
são comercializáveis. Portanto, o valor encontrado no presente trabalho confere aos frutos uma
classificação de não comercializáveis.
O baixo teor de ºBRIX encontrados nos frutos do presente trabalho pode ser explicado pela época
em que foi realizado o plantio (inverno - primavera), onde ocorreram temperaturas médias abaixo
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daquelas exigidas pela cultura nas fases de germinação, crescimento vegetativo e crescimento dos
frutos. Segundo Castoldi et al. (2008), o teor de sólidos solúveis depende da cultivar, além de ser
afetado pela baixa taxa de crescimento da planta, baixas temperaturas no período noturno na fase de
crescimento e período de maturação do fruto.
De acordo com Purquerio et al. (2003), temperaturas elevadas, respeitando-se o limite adequado às
cultura, atuam nos processos de metabolismo celular, transpiração e absorção iônica, atuando
favoravelmente e possibilitando que sejam obtidos teores de nutrientes no tecido foliar e produção
de frutos.
O período de condução do experimento, época considerada meia estação, também pode ter
contribuído para a baixa qualidade dos frutos produzidos devido menor comprimento do dia.
Segundo Costa et al. (2000), a redução da intensidade de luz ou o encurtamento do período de
iluminação determina uma menor área foliar, afetando a taxa fotossintética e a qualidade dos frutos.
Esse autor ainda considera que os fatores climáticos são os indicadores mais importantes na escolha
da região e época de plantio do meloeiro.
Os resultados obtidos não eram os esperados de acordo com os resultados encontrados na literatura.
A produção de frutos relativamente menores e com teor de °BRIX muito abaixo do ideal foi
influenciado pelo aparecimento de doenças fúngicas, que prejudicaram no final do ciclo da cultura e
também ao aparecimento de viroses transmitidas por insetos, uma vez que o tratamento feito com
inseticidas recomendados para a cultura não resultou em um controle eficaz.
A possível causa da entrada de fungos patogênicos nas plantas infectadas foi a realização de podas
estabelecidas para conduzir a cultura com apenas uma haste principal. Esse procedimento poderia
ser suprimido para a condução da cultura, uma vez que de acordo com Duarte e Peil (2010), no
meloeiro, os frutos competem por fotoassimilados com outros frutos, e o caule e as folhas atuam
como órgão único de estocagem temporária de assimilados, ou seja, são fontes de assimilados,
indicando que o meloeiro se adapta à baixa demanda de drenos através do acúmulo de
fotoassimilados nos órgãos vegetativos. Portanto, fatores como a época de plantio, a sanidade da
cultura, a cultivar escolhida e os tratos culturais adotados contribuíram para que o primeiro fruto de
cada planta na cultura do meloeiro apresentassem um desempenho abaixo dos padrões de qualidade
desejáveis.
REFERÊNCIAS
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Nº DE FRUTOS POR PLANTA MFF DIAM °BRIX
g/fruto cm % 1 0.7915 a 10.7806 a 8.9562 a
2 0.7396 a 10.4998 a 8.7321 a 3 0.8007 a 10.6975 a 8.2875 a
CV (%) 7,6833 2,2651 6,7523
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Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011 S257
1Médias na coluna, seguidas de mesma letra, não diferem entre si, pelo teste de Tukey 5%.