Download - Processo Civil (1)

Transcript
Page 1: Processo Civil (1)

1

- Processo conhecimento- ordinário- sumário

- processo execução- processo cautelar

- procedimentos especiais

Pretensão resistida é a busca ao poder judiciário para salvaguardar meu direito

princípio da inércia provoco o poder judiciário por meio de um ato processual através da petição inicial

No processo de conhecimento o juiz analisa amplamente a pretensão, a antítese.

No processo de conhecimento existe a convicção exauriente porque analisa amplamente onde as partes tem ampla participação no processo.

Para o juiz existe só o que está no processo, julgando procedente ou improcedente – isso caracteriza o processo de conhecimento.

O processo de conhecimento É o mais caro e mais moroso

Processo de execução – atos produzem efeitos imediatos, ele é mais efetivo porque se auto executa.

Processo cautelar apenas resguarda um direito discutido na lide principal, garante a eficácia de um processo principal, que tanto pode ser de conhecimento ou de execução.

Ex. garante o patrimônio em um processo de separação.

Procedimentos especiais são ações com rito especial previsto em lei, mais céleres. Ex. ação monitória. PROCESSO DE CONHECIMENTO

Preferencialmente RITO

Se não tem situação prevista, escolho entre ordinário e sumário,

O mais rápido é sumário, mais tem limitações, art. 275

Se não se enquadra aqui vai para o RITO ORDINÁRIO que é residual

PETIÇÃO INICIAL É um ato processual, POSTULATÓRIO, realizado pela parte autora.é um ato postulatório que importa em pedido.

Page 2: Processo Civil (1)

2

QUANDO a petição inicial é considerada proposta?Se tiver de mais uma vara, passa pela distribuição Se tiver uma única vara, do despacho do juiz.

Vai indicar obrigatoriamente, se não tiver o juiz manda corrigir

Endereçamento – preciso identificar o juízo competenteCompetência absoluta (função e hierarquia) e relativa (território e valor da causa)Endereçar sempre para o cargo e sempre masculino

Qualificação das partes

Qualificação das partes: nome é prenome do autor e réu. Número de documento identificador. Se não tiver o nome tentar identificar de outra maneira ex. Nome pai mãe, endereço.

Citação por edital cabe – réu conhecido mas não localizado e réu desconhecido.Precisa ser colocada esta situação na petição inicial

Empresa – tall ... pelo seu representante legal – na verdade presentante – preposto (munido com carta de preposição) ou sócio gerente.

Sujeitos de direito- pessoa – física ou jurídica (deve estar presentado)- entes despersonalizados – deve estar representado ex. massa falida, síndico

Qualificação: além do nome e prenome –

estado civilPara alguns processos isso é muito relevante, ex. divórcio.Em alguns casos até o regime de casamento é importante. Se não souber colocar “de estado civil ignorado”

profissãodomicílio ou residência – para comunicação dos atos do processo que precisam ser feitos

confissão – meio de prova, diferente de revelia

existem duas modalidades que exigem endereço: pelo oficial de justiça e pelo correio. A eletrônica e por edital, não necessariamente precisa o endereço do réu.

Fatos e fundamento jurídico do pedido – CAUSA DE PEDIR

É o direito

1. Fatos2. Direitos

Page 3: Processo Civil (1)

3

3. Pedidos

Foz do Iguaçu ...

CAUSA DE PEDIR – é o que aconteceu, os fatos narrados da maneira como aconteceram. Mas so o que é relevante para o juiz saber para conhecimento da causa.

Fundamento jurídico – o direitoEx. no cc diz que tenho direitoAqui posso utilizar todas as fontes do direito, LEIS JURISPRUDÊNCIAS, PRINCÍPIOS até ANALOGIA E COSTUMES – fundamentar o pedido que será feito no finalTudo que prova que tenho direito.

No processo civil brasileiro vigora a teoria da abstração

MESMO Se errar a fundamentação, pela teoria da abstração o juiz vai analisar o pedido e vai conceder o direito com base no período

O importante é o PEDIDO

IV – o pedido com a suas especificaçõesÉ o requisito mais importante da petição inicial

É o que a parte pretende do poder judiciário, é o próprio direito pedido.

Posso pedir tudo o que a lei não me proíbe.

Possibilidade jurídica do pedido – precisa ser possível não apenas juridicamente, mas fisicamente tbm.

PEDIDO – está atrelado a uma condição da ação – tem que ter condições de se realizar.

Pedido mediato – o que ela vai obter no final do processo – o bem jurídico pretendido, o direito previsto na lei.Pedido imediato – a tutela jurisdicional – a providencia do estado

Se o pedido imediato é a condenação do réu, o mediato são os alimentos em si.

Em indenização o imediato é a condenação ao pagamento o mediato é o valor

Na execução a tutela é o pedido imediato e o mediato é o valor.

Imediato – art. CPCMediato – art. CC

O pedido é na verdade um resumo da petição inicial, muito importante por isso precisa ser bem motivado.

Isso representa um princípio

PRINCÍPIO DA ADSTRIÇÃO ou DA CONGRUÊNCIA

Page 4: Processo Civil (1)

4

O juiz quando vai decidir o processo na sentença, ele está adstrito ao que está pedido. So pode conceder ao que foi pedido.

Se decidir a menos cabe embargos de declaração.

Tem que ter uma correspondência com o que foi pedido

V – VALOR DA CAUSA

Face ao exposto vem requerer a PROCEDENCIA DA AÇÃO para condenar ao pagamento ....

ValorIndenizaçãoJuros

Art. 252 – valor da causa

Art. 258. A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediato.

Porque expressa a pretensão econômica, com base neste valor serão recolhidas as custas e fixados os honorários advocatícios e o rito a ser seguido:- pretensão econômica da parte - limite do processo para o julgamento do juiz- custas- honorários- rito (sumário até 60 – juizados especiais 40 – sem advogado 20sm

Ex. paternidade –

Em ações que não tem preço, coloca-se um valor simbólico muito usado R$1000,00

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIALART. 282I – EndereçamentoII – qualificçaõ partesIII – fato + fundamento – pedido e causa de pedirIV – pedido – não existe petição sem pedido. V – valor da causaVI – provasVII – citação do réu

VALOR DA CAUSA – não é aleatório

Art. 258. A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediato.

É requisito da petição inicialPorque expressa a pretensão econômica, com base neste valor serão recolhidas as custas e fixados os honorários advocatícios e o rito a ser seguido:

Page 5: Processo Civil (1)

5

- pretensão econômica da parte - limite do processo para o julgamento do juiz- custas- honorários- rito (sumário até 60 – juizados especiais 40 – sem advogado 20sm

Ex. paternidade –

Ainda que não tenha interesse visível, conflito.Em ações que não tem preço, coloca-se um valor simbólico muito usado R$1000,00

Art. 259. O valor da causa constará sempre da petição inicial e será:I - na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da pena (multa) e dos juros vencidos até a propositura da ação;

Os juros colocados aqui são juros os juros vencidos, os que vencerem ainda são automaticamente atualizados.II - havendo cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;

Tem a eventual e a objetiva, esta cumulação é a objetiva – a possibilidade de fazer vários pedidos.III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor;

Obrigação alternativa pode ser cumprida por mais de um modo, as partes pactuam isso no contrato, se caracteriza pela partícula OU.

O autor deve dizer e possibilitar para o réu na petição inicial Mas o valor será o de maior valor

Mas o autor vai ter direito a apenas uma, pq assim foi combinado

IV - se houver também pedido subsidiário, o valor do pedido principal;

Pedido subsidiário tbm importa no acolhimento de um ou outro, mas é uma cumulação eventual.

O valor do pedido principal é que vai prevalecer:Ex. vendeu uma TV e o comprador não pagou, quer a TV de volta mas se o juiz assim não entender quero o valor dela em dinheiro. O valor neste caso será o valor da TV + multa

V - quando o litígio tiver por objeto a existência, validade, cumprimento, modificação ou rescisão de negócio jurídico, o valor do contrato;

Isto é, tiver contrato, vai valer o valor do contrato Ex. se estou discutindo um financiamento mas so o juro o valor da causa vai ser o valor do contrato.

Sempre que se tiver discutindo uma cláusula do contrato o valor da causa será o valor do contrato.

O STJ proferiu uma decisão em uma so turma (isolada) dizendo que se for discutir uma cláusula específica e o valor dela pode ser destacado este valor pode ser usado como valor da causa.Isto e quando não se está questionando o contrato e sim apenas uma cláusula.

VI - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais, pedidas pelo autor;

VII - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, a estimativa oficial para lançamento do imposto.

Refere-se a propriedade imobiliáriaAção de demarcação – vai marcar onde é a propriedadeReivindicação – reivindica o domínio que de voltaDivisão – um condomínio inteiro que vai ser dividido

Estabelece critérios de fixação da causa quando a prestação é periódica, são prestações que se prolongam no tempo.

Page 6: Processo Civil (1)

6

O valor da causa será:1. Prestações vencidas e vincendas – (valor de umas e outras) somadas, valor das duas.

As vencidas é so somarAs vincendas precisa ver o tempo da obrigaçãoserá igual a uma prestação anual (12) se tempo indeterminado ou superior a 1 ano.Se indeterminado: soma 12Se superior o prazo a 1 ano: soma 12Se inferior a um ano será igual a soma das prestações: soma o número das que faltam

Ex. se faltam 13 prestações = vencidas + 12Se faltam 20 = vencidas mais 12Se falta 5 = vencidas + 5

Princípio da especialidade – aplica a regra mais específicaNo exemplo da TV, se foi em prestação e parou de pagar, vou pedir as prestações vencidas + vincendas e não o valor do contrato, pq a pretensão é mais específica.

O valor DA CAUSA REFLETE NO RITO E NAS CUSTAS

Existem critérios para dar valor a causa, pq leva o critério objetivo da lide

O valor da causa é importante pq demonstra a pretensão econômica da parte.O valor da causa fixa rito – juizado até 40sm o sumário até 60smServe como parâmetro para fixação das custas e verbas de sucumbência.Na jf é 1% e na justiça estadual tem uma tabela para o valor das custas.

Todo o processo tem custas iniciais, depois tem custas para citação do réu, perícia.

O Réu pode questionar o valor da causa no prazo dado para contestação

Vai ficar fora do processo por meio de incidenteO juiz também pode determinar de ofício a correção do valor

A prova está diretamente ligada ao convencimento do juiz

Ex. requer a produção de todos os meios de prova previstos na legislaçãoÉ um pedido genérico

O autor ainda não sabe quais os meios específicos que vai produzirSo se produz provas dos fatos que são controvertidos

Existem processos que a fase de instrução probatória pode ser suprimida, sem ofender o contraditório e a ampla defesa, pq no processo civil tem o principio a economia e da celeridade. O juiz é o destinatário da causa, se ele já se tem por convencido ele pode dispensar a apresentação das provas.

Ex. se o réu não se pronuncia, réu revel, o juiz pode sentenciar somente com a petição do autor.

Page 7: Processo Civil (1)

7

O juiz então vai intimar as partes pra dizer as provas que pretendem produzir.

Intime-se as partes para indicar e justificar de forma fundamentada as provas que pretendem produzir

Art. 278

No rito sumário, se ela pretender a produção da prova testemunhas e pericial, o rol das testemunhas e os quesitos e indicação do assistente técnico já tem que constar na petição inicial.

Protesto pela produção de provas especialmente testemunhal cujo rol segue anexo e pericial conforme quesitos e assistente indicado

Ex. ação de acidente segue pelo rito sumário.

Se não apresentar preclui o direito.

Obedece o rito sumário conforme art. 275 cpc

Podem ser apresentados quesitos complementares

Prazo de contestação ordinário 15 diasPrazo de contestação sumário: na audiência, escrita ou oral

Na contestação ordinária o réu tbm faz o pedido de prova, mas tbm pode ser genérico.

Cuidado com o rito sumário que tem que vir na inicial

PEDIDO DE CITAÇÃO DO RÉU

Deve ser feito na petição inicial

Se não tiver o juiz não manda emendar a petição inicial Mas é o passo seguinte do processo

So que as vezes o juiz não sabe a modalidade de citação que o autor quer utilizar.A regra é citação pelo correioA escolha não é tão livre, mas o autor pode indicar.

Isto tbm pode gerar nulidade por isso o autor deve colocar na petição inicial

Citação por edital – quando o réu é desconhecido, ou conhecido e ninguém sabe onde ele está.

Citação com hora certa – quando a pessoa se esconde

Ex. ... com a determinação de citação do réu no endereço ... para querendo comparecer na audiência designada....

Page 8: Processo Civil (1)

8

Fechamento:

Colocar data

Nestes termosPede deferimento

Advogado (capacidade postulatória)OAB + assinatura

Na prova da OAB colocar apenas:

Nome do advogadoNúmero da OAB

Não inventar nada, nem colocar xxxxSo verificar se estas informações estão na questão.

A data da petição não tem influencia no processo o que vale é a data do protocolo.

Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.

Instrução da peçaDocumentos indispensáveis – são os que deverão vir anexados.

Tem 2 correntes que se complemente

1ª –seriam propriamente os documentos pessoais procuração, hipossuficiência – porque são condições da ação – necessários para o próprio conhecimento da demanda

2ª – documentos indispensáveis diz respeito aos necessários para a viabilização da demanda, não necessariamente a prova, que não se confundem com docs de meio de prova.Ex. inventárioQuais os docs indispensáveis- certidão de óbito

Ex. usucapião Preciso prova a propriedade, matrícula do imóvel

Processo de divórcio – prova é certidão de casamento.

Pelas duas correntes, os documentos precisam estar na petição inicial.

Se não tem o juiz pode mandar emendar sob pena de extinção do processo.

Tem uma corrente que sobre a TEORIA DA ASSERÇÃO Todas as assertivas – afirmações, trazidas na petição inicial deverão vir acompanhadas. O autor tem que fazer acompanhar na petição inicial todos os documentos obrigatórios indispensáveis para a propositura da ação sob pena de extinção.

Page 9: Processo Civil (1)

9

O juiz precisa indicar o problema que ele visualizou para ser emendado em 10 dias.

Se não cumprir, indeferirá a petição inicial sem julgamento do mérito

Art. 295, VI

E pode mandar emendar por mais de uma vez

CAUSAS DE INDEFERIMENTO DA PETIÇAO INICIAL

Art. 295, § único – situações da inépcia. Parágrafo único. Considera-se inepta a petição inicial quando: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)III - o pedido for juridicamente impossível; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)IV - contiver pedidos incompatíveis entre si

Que não podem ser acolhidos simultaneamente

O acolhimento de um importa da exclusão do outro. Diferente do pedido subsidiário, vc não está querendo os dois, ou um ou outro, os dois ao mesmo tempo não dá.

Art. 295 – indeferimento da petição inicial

Art. 295. A petição inicial será indeferida: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)I - quando for inepta; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)II - quando a parte for manifestamente ilegítima; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Ex vendi um carro que não foi transferido e a pessoa atropela alguém, o processo vai ser movido contra o proprietário do veículo – EU.As vezes a legitimidade so pode ser conhecida em estagio mais avançado do processo.

III - quando o autor carecer de interesse processual; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5o); (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284

quarta-feira, 6 de março de 2013

Indeferimento da petição inicial (art. 295)

Art. 267, I extinção sem mérito

I. Inépcia – problema pedido ( parágrafo único)II. Ilegitimidade da parte.III. Falta de interesse processualIV. Prescrição e decadênciaV. Procedimento inadequadoVI. Art. 39, art. 284

Eventual vício do processo pode ser sanadoAté mesmo após proferida a sentença, após apelação da parte, ele verifica se mantém a sentença, podendo reformá-la.

Inépcia –

Page 10: Processo Civil (1)

10

Ilegitimidade da parte –

Legitimidade é uma condição da ação, em regra ninguém pode pleitear direito alheio em nome próprio.O autor precisa se colocar em condição de titular, o réu para ser parte legítima precisa estar ligado num liame que se coloca na pretensão do autor

A ilegitimidade, muitas x o juiz não consegue ver de plano e manda emendar a ação.

É condição da ação muito próxima do mérito.

Se o juiz perceber a ilegitimidade determina a emenda e se o autor não corrigir extingue a ação SEM MÉRITO POR FALTA DE CONDIÇÃO DA AÇÃO.

O pedir um direito alheio é exceçãoA legitimação extraordináriaA lei autoriza que entre em nome dela pleiteando direito de outra

Ex. - sindicato- MP

Outro exNo estatuto da cidade tem a possibilidade da associação de bairro em nome próprio para determinado grupo de moradores que utilizam terreno. Como uma favela.

Falta de interesse processual

Tbm é uma condição da ação.

Tem uma pretensão que é resistida, preciso do processo. Vedada a autotutela

O processo é indispensável para meu direito.Segundo a doutrina se caracteriza pelo binômio:

necessidade e possibilidade do juiz atender meu pedido.

E a ação precisa ser possível, poder me atribuir o que estou pedindo – adequação.

Prescrição e decadência

Com resolução do mérito

Pelo advento da prescrição ou decadência, o autor não pode se valer daquele direitoPode conhecer a qualquer tempo ou grau de jurisdição por envolver ordem pública.

A prescrição se vincula a pretensão, ao mecanismo que vincula aquele direito.

Procedimento inadequado

Quando utiliza o rito ordinário não fere a ampla defesa

Page 11: Processo Civil (1)

11

Art. 39 – dificilmente vai ocorrer por este artigo pq hoje é muito fácil achar um advogado

Art. 39. Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria:I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação;II - comunicar ao escrivão do processo qualquer mudança de endereço.Parágrafo único. Se o advogado não cumprir o disposto no no I deste artigo, o juiz, antes de determinar a citação do réu, mandará que se supra a omissão no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de indeferimento da petição; se infringir o previsto no n o II, reputar-se-ão válidas as intimações enviadas, em carta registrada, para o endereço constante dos autos

Art. 284

Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias.Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.

Este indeferimento é por sentença.Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente

Neste artigo é sentença – cabe apelação

Este recurso o juiz pode analisar e rever a sua decisão e reformar a sentença dele.

Existe mais um caso em que o juiz pode reformar a sentença:

Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. (Incluído pela Lei nº 11.277, de 2006)§ 1o Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação. (Incluído pela Lei nº 11.277, de 2006)§ 2o Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso

Se o juiz ao receber a petição iniciar perceber que já julgou um caso parecido, pode repetir a sentença julgando de plano improcedente a ação – TEM MÉRITO

É controvertido, gera muito recurso.

Este artigo não é aplicado.

Art. 285. Estando em termos a petição inicial, o juiz a despachará, ordenando a citação do réu, para responder; do mandado constará que, não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos pelo réu, como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor

SE NÃO CONTESTADA A AÇÃO – PRESUMIDOS VERDADEIROS OS FATOS.

Efeitos da revelia – presunção da veracidade dos fatos.

DOS PEDIDOS

É indispensável na petição inicial, expressa o que o autor pretende Qualquer problema no pedido pode gerar uma inépcia

Art. 286 – certo e determinado

Certeza e determinação: a parte autora já precisa saber o que quer ter certeza, procurar a tutela do estado já sabendo o que ela quer.

Page 12: Processo Civil (1)

12

A regra é que também seja determinado. Tem ligação com o quantum, quantidade do que se pretende. O montante do que se busca. Ex. quero indenização, indico o valor que quero.

Tem situações que não tem pretensão econômica mas o pedido continua sendo certo e determinado ex. divorcio sem bens.

Art. 286. O pedido deve ser certo ou (E) determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)II - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do fato ilícito; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.

- pedido imediato- certo ou determinado

É a tutela jurisdicional pretendida, regras procedimentais CPC, precisa ser sempre certo e determinado. Dizer o que claramente se pretende.

- pedido mediato

- certo ou indeterminado

- pedido genérico – sentença genérica – liquidação

Tem relação com as regras do código civilQuanto ao bem jurídico pretendido pode ser que o pedido seja indeterminado.No pedido mediato sempre vai ter certeza, o que se busca concretizar, ex. a indenização, a condenação ao cumprimento da obrigação, os alimentos.

Porém pode ser indeterminado, mas não pode ser absoluta, vai chegar a um momento que vai ser determinado, então esta indeterminação é momentânea.

Pode ser que quando o autor propõe a inicial sem saber o quantum lhe é cabido, então pode fazer um indeterminado, nas 3 situações do art. 286.

A sentença tende a ser genérica também. Não dá para executar de plano, precisa passar por mais uma fase do processo que é fase de execução da sentença. Liquidação é apurar o quanto, para depois executar.

Então o autor está autorizado a fazer pedido genéricoI. Ações universais – que diz respeito a patrimônio em sentido amplo – tenho direito a

patrimônio mas não sei quanto.II. Ato/fato ilícito – direito decorrente de ato ou fato ilícitoIII. Conduta do réu – depende do que o réu fazer

Ações universais

Tem por objeto patrimônio. Ex. sou herdeira e não fui colocada no inventário, sei que pelo meu grau de parentesco como o falecido que tenho direito a 25% mas não sei o quantum é esses 25%.

Peço o reconhecimento como herdeira e minha parte da herança – esse é meu pedido mediato.

Ato ou Fato Ilícito –

Page 13: Processo Civil (1)

13

pode ser que no ato da propositura não sabe o quanto vai ser o pedido. Ex. num acidente de transito machuco o braço, não sei ainda quanto vai ser meu gasto para sarar.A indenização se mede pela extensão do dano. Pode ser que com fisioterapia resolva, pode ser que precise de cirurgia, a minha pretensão precisa ser exercida no prazo prescricional, eu ainda não tenho a extensão do dano. Então meu pedido vai ser indeterminado.O juiz vai me condenar o réu ao pagamento dos danos corpóreos porque o juiz também não sabe o quanto vai ser.

Conduta do réu

A contestação do réu é depois do pedido, mas se vai depender meu pedido da conduta do réu, então o pedido tbm vai ser genéricoEx. ação de prestação de contas.

Nessa ação esta contestando mas não se tem certeza do tamanho do furo. A condenação vai depender do ato do réu que vai ter que demonstrar o valor.

Art. 287 – pedido cominatório

Art. 287. Se o autor pedir que seja imposta ao réu a abstenção da prática de algum ato, tolerar alguma atividade, prestar ato ou entregar coisa, poderá requerer cominação de pena pecuniária para o caso de descumprimento da sentença ou da decisão antecipatória de tutela (arts. 461, § 4o, e 461-A).(Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

Abstenção da prática – não façaTolerar – aceitePrestar ato .. – conduta ativa

Toda vez que o autor pretender uma ação de fazer não fazer ou entregar alguma coisa – pretensões específicas – ele pode pedir a aplicação de uma multa pecuniária diária quando o réu descumprir uma ordem judicial.

Se o juiz reconhece que o réu pratique faça ou entregue ou realize uma abstenção – não fazer – em face do autor, o réu tem que cumprir sob pena de multa diária.

Exige do réu uma ação ou omissão ou que entregue alguma coisa.

Se não cumprir o estado penhora um bem que seja suficiente para o cumprimento da obrigação.

O estado substitui as partes – é uma obrigação específica que requer uma tutela específica.

Não existe outro meio de fazer cumprir senão pela multa diária. Essa multa o réu pode ser executado se não cumprir

Quando a obrigação for infungível? Ex um quadro específico, o show tem que ser com a Ivete Sangalo. Mesmo o pagamento da multa não vai me satisfazer.Não tem um mecanismo adequado para satisfazer este tipo de pedido, por isso há a imposição de multa pra forçar o réu a cumprir.

Art. 461 e 461 – A – impõe ao juiz a imposição de multa.

Page 14: Processo Civil (1)

14

Essa multa vai ser revertida em benefício do autor.

Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)§ 2o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287). (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)§ 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)§ 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)§ 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)§ 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)§ 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)§ 3o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461

Durante muito tempo se discutiu se o juiz poderia conhecer ou aplicar de ofício esta multa, mesmo não pedido pelo autor.Sendo que o juiz não pode dar mais do que foi pedido – se ele estabelecer pode entender-se que esta legislando em favor do autor

As hoje é pelo reconhecimento que pode ser aplicado de ofício pelo juiz, porque o que está em jogo é a eficácia da tutela jurisdicional.Meios de conquistar a efetividade da tutela jurisdicional

Art. 288 – pedido alternativo

Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz Ihe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.

Quando a obrigação for também for alternativa, o pedido tbm será alternativa.Quando as partes combinam que pode ser comprida de mais de um modo.Depende o que está no contrato – se diz que a escolha tem que ser pelo autor (OBRIGAÇÃO) não será pedido alternativo, o réu já deve escolher.Mas se ficar para o devedor – réu – o autor deverá fazer o pedido alternativo para o réu escolher de que maneira quer cumprir. Ex carro vermelho ou verde.Um ou outro meio será suficiente par ao cumprimento da obrigação.

Parágrafo único:Mesmo que o autor não fizer o pedido alternativo o juiz, verificando que isso foi pactuado, abrirá a possibilidade para o réu escolher de que maneira quer cumprir.

252 a 256 CC – regulamentam as obrigações alternativas.Valor da causa, o de maior valor

Art. 289 – pedido sucessivo

Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior.

Page 15: Processo Civil (1)

15

Também chamado de CUMULAÇÃO EVENTUALSe caracteriza pelo OU, ideia de exclusão.Não poderão ser acolhidos todos, a ideia é uma escala de preferência.Só existe porque a obrigação é alternativa.

Tem um pedido principal (ou subordinante) e o segundo pedido que vai ser analisado so se o 1º não for atendido (secundário ou subordinado)

Ex. venda de uma TV.O pedido é a rescisão do contrato. TV para mim e dinheiro pra vc. Vem requere a rescisão do contrato com a devolução do objeto, ou na impossibilidade de devolução a condenação ao pagamento...

Coloco: caso o contrato não possa ser rescindido, que seja o réu condenado a pagar o preço estabelecido no contrato.

O juiz vai analisar o que ela pediu preferencialmente, mas vai ver que é uma compra e venda que se perfaz com a tradição, então rescisão não é possível então passa a analisar o pedido sucessivo.

Ou uma impossibilidade física, a TV pegou fogo. Não tem como rescindir o contrato pq não tem como devolver o bem.

... Requer a rescisão do contrato ou sucessivamente a devolução do valor ....

É sempre uma ação célere. Pois se não da um pedido, da o outro.

Valor da causa – o valor do principal.Mesmo que já pagou a metade, o valor da causa será o total, ex. o valor do contrato.

Art. 290 – pedido de prestações periódicas

Art. 290. Quando a obrigação consistir em prestações periódicas, considerar-se-ão elas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor; se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las, a sentença as incluirá na condenação, enquanto durar a obrigação.

De trato sucessivo, que se prolongam no tempo.Ex. cobraça de aluguel, pensão alimentícia.

Ainda que não incluam no pedido as que vencem no curso do processo, todas, serão incluídas na sentença.Princípio da economia e celeridade – se a obrigação fosse de 40 meses, por exemplo, se não obedecesse este princípio teria que entrar com 40 ações.

É exceção ao princípio da adstrição, do dispositivo (o juiz dar e sem pedir).Se o juiz não der, recurso.

Ex. execução de alimentos pelo rito da prisão civil (precisa vencer as 3 últimas) O réu mora em são Paulo. Demora + 3 meses. Tem que pagar as 8 para sair da prisão. Súmula 309 STJ.

Então precisa pagar as 3 que foram executadas mais todas as prestações que vencerem depois.

Page 16: Processo Civil (1)

16

A prisão não isenta o devedor do pagamento.

Valor da Causa – vencidas e vincendas. Se menos de um ano. E se mais de um ano ver artigo

Art. 291 – obrigação indivisível e solidariedade ativa

Art. 291. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá a sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.

Obrigação unaVários credoresEx. entrega do cavalo cujo credores são 3 pessoas. Obrigação indivisível com pluralidade de credores. Um credor pode pedir a devolução do cavalo. Todos podem cobrar a totalidade da dívida.Todos continuam com o direito a receber o seu credito, cumprida a sua obrigação.O credor solidário que não participou da ação, como não pagou as despesas do processo, deverá pagar.

Valor da causa: valor do contrato

Art. 292 – cumulação pedido - §1º. Requisitos.

Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação:I - que os pedidos sejam compatíveis entre si;II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, admitir-se-á a cumulação, se o autor empregar o procedimento ordinário.

Todos serão atendidos. Mas tem que obedecer os requisitos do §1º , observados de forma cumulativa

tem que ter conexão entre os pedidos. Ex. vender a TV e emprestar dinheiro: compra e venda da TV e empréstimo de dinheiro – pode-se cumular – ação de cobrança

I. Compatibilidade – SE NÃO forem compatíveis – inépcia. Pedido compatível é aquele que o acolhimento de um não imposta necessariamente na exclusão de outro. Sem que um exclua o outro. Ex. dano moral e dano material. Ex. lucro cessante e remédios que tive que tomar. Se não forem compatíveis gera inépcia.

II. Competência – o juízo tem que ser competente (incompetência absoluta) para atender aos pedidos. (a relativa pode se prorrogar) ex. se envolve justiça cível e justiça do trabalho.

III. Rito adequado (§2º) – que seja adequado para todos os pedidos. Sumário ou ordinário ou sumaríssimo. Ex um empréstimo de 100.000 e o outro de 2.000 não pode ir para o juizado pq o primeiro ultrapassa o valor.

§2º

Page 17: Processo Civil (1)

17

O autor pode abrir mão do rito mais célere para fazer a cumulação - ir para o ordinário, que é um rito mais amplo.

VALOR DA CAUSA – soma de todos eles.

Art. 293 – juros legaisArt. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, entretanto, no principal os juros legais.

Exceção ao princípio da adstrição – os valores vão ser corrigidos pelo juiz com juros (juro legal 1% AM. Art. 161 CTN) e correção monetária (INPC)

NA PROVA DA OAB PEDIR OS JUROS.Art. 294 – alteração do pedido (v. art. 264)

Art. 294. Antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo à sua conta as custas acrescidas em razão dessa iniciativa

Pode desde que antes da citação do réuDepois que o réu for citado, so com a concordância do réu.

A desistência para o réu não compensa aceitar, pq o réu vai pedir a desistência quando ele vê que vai perder.

quarta-feira, 13 de março de 2013

TUTELA ANTECIPADA ( ART. 273)

- prestação jurisdicional efetiva- inafastabilidade- contraditório/ ampla defesa?

- requisitos - verossimilhança das alegações- prova inequívoca

I – dano irreparávelII – abuso do direito de defesa§6º - pedidos incontroversos

- cognição sumária- revogabilidade

- Regime jurídico§1º fundamentação§2º questão reversibilidade§3º efetivação – cumprimento§4º revogabilidade §5º prosseguimento do feito (até seus termos ulteriores)§7º fungibilidade das tutelas de emergência (presença dos requisitos)- tutela antecipada ≠ medida cautelar (proc. Cautelar)

Page 18: Processo Civil (1)

18

Possibilidade do juiz atender o pedido da parte autora sem ser na sentença, é uma tutela emergencial, para garantir a efetividade da tutela jurisdicional, porque a parte autora pode sofre pela falta da tutela imediata do judiciário, pode causar um dano irreparável na esfera de seu direito

Assim o legislador criou este mecanismo para garantir resguardado/protegido de seu direito.

Muito tempo a doutrina criticou pelo que causaria para a parte ré, um sacrifício ou lesão ao contratidório e ampla defesa, por não ouvir o réu em determinadas situações já deferido o pedido para a parte autora.

Decidiu-se pela constitucionalidade da tutela antecipada por entender q não é um sacrifício o contraditório e ampla defesa, porque o processo segue, as partes vão ter a possibilidade de discutir o direito, assim o réu vai poder contestar, produzir provas a respeito de suas argumentações. Então não suprime o direito de defesa do réu mas apenas posterga.

REQUISITOS

Provar o dano:- dano irreparável- abuso direito de defesa- pedido incontroverso

Porém precisa preencher alguns requisitos:

Existe, causa exercício momentâneo para o autor, mas somente vai ter deferido se conseguir provar os requisitos, preenchidos, demonstrados:

- verossimilhança do direito – um pouco mais forte que o fumus bônus iuris – numa cognição sumária são iguais, mas a verossimilhança da alegação por exigir uma prova inequívoca acaba tendo mais peso. Mas quando o julgador recebe a inicial, em ambos os casos ele ainda não ouviu a parte ré, requerendo uma analise superficial e não a certeza do direito.

Por conta disso não se pode exigir do juiz um decisão definitiva, mas pautadas em cognição sumária pela:

UrgênciaProteção do direito

Ele acaba decidindo provisoriamente.

Por isso essas tutelas são revogáveis.

§ 4o A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

Pode ser pedida a tutela antecipada com fundamentação no: dano irreparável – ou abuso direito defesa – ou pedidos incontroversos

O juiz vai conceder ou negar conforme estejam ou não presentes os requisitos.

Page 19: Processo Civil (1)

19

Ex. um cirurgia negada, preciso provar que tenho direito que a cirurgia seja paga pela parte contrária e que realmente preciso daquela cirurgia.

Fundamentação – art. 93, IX CF

IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado

se modificar o pedido e não há possibilidade de voltar ao status quo, a parte autora tem que indenizar o réu dos prejuízos causados pela antecipação da decisão.

O réu precisa provar os prejuízos que lhe foram causados.

Esta responsabilidade de indenizar é objetiva, causou prejuízo, com ou sem culpa, precisa indenizar.No exemplo da cirurgia, não há como desfazer, o réu teve prejuízos financeiros, assim o autor terá que indenizar os prejuízos que causou

§ 2o Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

Se o juiz tiver dúvida – ele não defere,

Se o juiz tiver diante de um pronunciamento irreversível, ele concede?

A lei diz que não, mas em alguns casos a lei precisa ser adaptada. Se a situação for de irreversibilidade, pode ou não conceder, depende do caso concreto.No exemplo da cirurgia. Como não conceder a antecipação? Vai acabar deferindo pela questão do bem jurídico em discussão, mas esbarrou na questão da irreversibilidade, mas acaba concedendo.

§ 3o A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A.

São mecanismos de efetivação da tutela antecipada, efetivar é tornar concreto, realizar.

Vai depender da natureza do direito pleiteadoEx. se for de dar – pagar – art. 588 – executar a tutela que foi antecipada.

Fazer não fazer ou entregar alguma coisa o cumprimento vai ser na forma dos arts. – 461, §§ 4o e 5o, e 461-A. – pode pedir a multa diária.

Então pode executar provisoriamente a execução e pedir para juiz fixar multa diária. Se não cumprir posso executar a multa.

São mecanismos de efetivação, conforme a natureza da obrigação.

A tutela vai ser deferida por DECISAO INTERLOCUTÓRIA no curso do processo ou POR SENTENÇA

Page 20: Processo Civil (1)

20

A ideia e não esperar a sentença, mas ele pode deixar para a sentença

“deixo para analisar o pedido da tutela antecipada após a contestação do réu”

O juiz espera o réu se pronunciar e nesse pronunciamento ele pode estar convencido de já proferir uma sentença definitiva.

O juiz, por exemplo, vê o abuso do direito de defesa pelo réu, ele pode deferir a tutela antecipada.

FUNGIBILIDADE

O primeiro fundamento para pedir é o DANO IRREPARÁVELPreciso urgentemente, senão vou ter o direito lesado. Causa um dano na esfera do direito que vai ser difícil reparar.O juiz vai analisar no caso concreto.

I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

Não precisa ser totalmente irreparável, mas sendo de difícil reparação o juiz já pode conceder. Ex. a honra, imagem, intimidade, vida.A análise vai pela natureza do direito.

II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

Geralmente pede a reparação no petição inicial, se esta situação surgir no curso do processo, tbm pode ser feito no curso do processo, pq a situação de urgência so surgiu depois.

O inciso refere-e a pratica de atos pelo réu com intuito único de atrapalhar o processo.

PEDIDO INCONTROVERSO

É o pedido sob o qual não pesa uma controvérsia, o réu não contestou, não ofereceu resistência.Não é controvertido.Se o autor alega e o réu não se opõe, o juiz pode julgar antecipadamente a lide e a desnecessidade de prova (ex. testemunha – perícia) que é uma fase cara. Pela economia e celeridade para que vai gastar movimentando esse processo.

Só se produz prova em fatos controvertidos.

Não é necessariamente revelia, em sentido amplo é.

Pode ser que dos pedidos que se tenha feito o réu so tenha contestado a metade. O que não foi contestado é incontroverso, e esses o juiz já está autorizado a antecipar a tutela

É incontroverso não porque o réu não contestou, mas sim porque não tem outra versão dos fatos nos autos. E o processo continua.

Se não contestar nenhum, o juiz já está autorizado a dar sentença

Existem várias teorias a respeito do pronunciamento – a natureza desse pronunciamento – quando ele defere a tutela antecipada com base nos pedidos incontroversos

Sentença ou decisão interlocutória

Page 21: Processo Civil (1)

21

2 correntes.

O recurso para o réu nessa antecipação de tutela – 3 correntes

Se sentença – apelaçãoDecisão interlocutória – agravoApelação recebida como agravo – corrente descartada

A tutela vai ser antecipada por DECISÃO INTERLOCUTÓRIA no dano irreparável e no abuso do direito de defesa – mas tbm pode ser concedida só na SENTENÇA.A parte autora pode pedir o cumprimento nos próprios autos.

§ 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso.

Com relação a um ou mais de um pedidos incontroversos.Se forem todos o juiz pode sentenciar suprimindo a parte probatória.

§ 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela,(seria medida cautelar) requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado

Se estiverem preenchidos os requisitos, pode aplicar a fungibilidade, flexibilizando as regras do processo.Requisitos –fumus bônus iuris – verossimilhança da alegações

Periculum in mora – risco de dano irreparável

Art. 798 art. 273Tutela satisfativa tutela não satisfativa (porque é provisório, não discute o direito)

O direito é discutido no principalFinalidade garantir a eficácia de um processo principalA sentença não faz coisa julgada material.

“Tutela antecipada executa para garantir, medida cautelar garante para executar” Pontes de Miranda.

No novo código vai ser pedido tudo num único processo.

Se o autor pedir tutela antecipada (fim satisfativo) em medida cautelar (fim insatisfativo) NÃO PODE.

APESAR de ser tudo tutela de urgência

O processo principal não pode ser dispensável, se conceder tutela antecipada como medida cautelar (processo a parte) não teria mais necessidade do principal É medida inadequada, carência da ação –

Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)§ 1o Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

Page 22: Processo Civil (1)

22

§ 2o Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)§ 3o A execução da tutela antecipada observará, no que couber, o disposto nos incisos II e III do art. 588. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)§ 3o A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4 o e 5o, e 461-A. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)§ 4o A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)§ 5o Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)§ 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)§ 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado

CITAÇÃO

- Direito de ação – direito de defesa- possibilita contraditório – ampla defesa

- condição de validade e existência do processo- pressuposto processual- relação jurídica processual completada – formada- vício na citação – inexistência jurídica

- ação declaratória negativa- requisitos conforme modalidade citatória

- observância – análise da finalidade do ato- cientificar o réu, oportunizando a defesa.

A citação é um ato importantíssimo no processo, é por meio da citação que a relação jurídica se angulariza. Ela completa a relação processual. A partir de então se pensa em processo.

É um ato de cientificar o réu que tem uma ação correndo contra ele oportunizando a defesa.

A citação que completa a relação processual É CONDIÇÃO DE VALIDADE E EXITENCIA.

Se não tiver citação, o processo não existe.

Não da para pensar em processo sem o contraditório e ampla defesa.

Se o juiz perceber que falta a citação ou que ocorreu de forma inválida, que não atingiu a finalidade, de ofício, determina refazimento do ato.

É mais grave do que uma nulidade.

Pode ser que o processo prossiga sem que ninguém tenha percebido o vício.

No momento que o vício é descoberto, e o processo esta em curso, a qualquer momento o réu pode comparecer e alegar o vício no processo.

Mas se chega a descobrir depois de sentenciado, finalizado. Com sentença transitada em julgado, o réu pode ainda tentar modificar utilizando:

AÇÃO DECLARATÓRIA NEGATIVA –

Page 23: Processo Civil (1)

23

Dizendo que não considere pq faltou o pressuposto processual, pedindo a nulidade de todos os atos praticados na revelia do réu. Esta ação é imprescritível

Não usa ação rescisória pq não tem relação processual.

quarta-feira, 20 de março de 2013

CITAÇÃO (continuação)

- art. 213 – definição- art. 214 – comparecimento espontâneo- art. 215 – pessoalidade (ou mandativo com poderes especiais)- art. 216 – local da citação - art. 217 – não se fará (em regra) a citação (dignidade da pessoa)- art. 218 – interdição para o ato

Art. 219 – EFEITOS DA CITAÇÃO

A citação é um pressuposto de existência e validade – ação declaratória incidental – para denunciar nulidade da citação.

Há tribunais que conheçam uma simples alegando esta nulidade

Até em processos não contenciosos precisa ter a citação. Aqui também é chamada intimação.

Está definindo no art. 213,

Art. 213. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Se não for citado fere o princípio do contraditório e ampla defesa.

Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

A regra é que não tenham forma, mas quando tem forma so vai se declarado nulo se causar prejuízo no processo, causar nulidade.Sempre o juiz procura salvar o ato.

§ 1o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Não teve situação e o réu apareceu no processoEste artigo prevê o comparecimento espontâneo.O vício inicial acaba sendo sanado com a presença do réu no processoMesmo se não teve a citação e ele apareceu.

A providência quanto a informação, pagamento das custas é responsabilidade do autor.

§ 2o Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Teve citação mas ele perdeu o prazo, ou não se cientificou, que a citação não atingiu a finalidade.O réu compareceu no curso do processo, tanto depois ou antes do prazo da defesa, mas TEVE A CITAÇÃO, neste caso o réu veio ao processo pra alegar nulidade da citação.Na verdade o juiz vai alegar se e caso de nulidade ou não.A partir do momento que o juiz intima o advogado da nulidade, conta a partir daí o prazo pra defesa – a partir da intimação do advogado.

Page 24: Processo Civil (1)

24

Se ele comparecer no prazo para alegar a nulidade é bom que já conteste porque pode se equiparar a comparecimento espontâneo

Art. 215 Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.

A regra é da pessoalidade – pessoalmente o réu Se for e-mail tem que ser o do réuSe for correio, para o destinatárioSe é edital, tem que ser em nome do réuPode ser que seja determinado citação do representante ex. empresa, Art. 38 não é o mesmo daqui – representação pra foro em geral Precisa procuração com poderes específicos: RECEBER CITAÇÃO.Precisa estar expressoSe não tiver poderes para tanto e receber a citação, pode ser NULA

§ 1o Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.

Se o réu tiver ausente a citação e feita à essas pessoas.Pelas pessoas que receberam poderes para tanto.

§ 2o O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou na localidade, onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação, será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis.

Raro de acontecerLocação de moveis no Brasil como dono morando no exterior – a citação pode ser feita em nome do administrador – mandato presumido (o administrador que tem poderes para receber os alugueis tem legitimidade para receber citação)

Esta procuração não precisa de poderes especiais

Art. 216 A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu.

Vai acontecer em qualquer local

Parágrafo único. O militar, em serviço ativo, será citado na unidade em que estiver servindo se não for conhecida a sua residência ou nela não for encontrado.

MILITAR – na unidade onde estiver servindo, ...

REGRA GERAL DE CITAÇÃO – em qualquer lugar onde encontrar o réu

Art. 217. Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:

Salvo perecimento do direito – o oficial não pode fazer citação:

I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; (Inciso II renumerado pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; (Inciso III renumerado pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994

Dia do falecimento – 7 dias seguintes – na citação de parente do morto – parentes citados.III - aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas; (Inciso IV renumerado pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado. (Inciso V renumerado pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994

Nestas situação não pode ser citado

Art. 218. Também não se fará citação, quando se verificar que o réu é demente ou está impossibilitado de recebê-la.

Interdição momentânea, temporária.Também relacionado a perturbações psíquicas.Se o réu estive interditado, a citação vai ocorrer para o responsável (interdito)

§ 1o O oficial de justiça passará certidão, descrevendo minuciosamente a ocorrência. O juiz nomeará um médico, a fim de examinar o citando. O laudo será apresentado em 5 (cinco) dias.

Page 25: Processo Civil (1)

25

Certifica, descreve o que viu, que o réu não tem capacidade cognitivaÉ um resumo de um processo de interdiçãoPerícias são meios de prova – via de regra são de responsabilidade da parte, AQUI é nomeado pelo juiz, porque tbm quer que a citação seja feita de forma válida

§ 2o Reconhecida a impossibilidade, o juiz dará ao citando um curador, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida na lei civil. A nomeação é restrita à causa.

Lei estabelece que curador serão pessoas do âmbito familiar.

§ 3o A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa do réu.

Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Efeitos que uma citação válida causa:Gera todos os efeitos

1. torna prevento o juiz – causa de modificação da competência – pela prevenção determina qual o juiz competente quando causas devem ser reunidas. Esse juízo é considerado juízo único para apreciar mais de uma causa. Conexão ou continência serão reunidas no juízo prevento, prevento é o juízo que realizou primeiro a CITAÇÃO VÁLIDA

Art. 106 – correndo em separado ação conexas perante juízes com mesma ..... considera-se prevendo o juiz que primeiro despachou.Para entender art 219 x 106 usa o art. 263 que fala da propositura da ação. Que diz: a ação é considerada proposta para o juízo que primeiro distribui se tiver mais de uma vara e para aquele que despachou para aquele que tiver apenas uma vara.

- aplica regra art. 106 – juízes mesma competência territorial – Ex. num atropelamento de várias pessoas, ações diferentes mas pedidos semelhantes.Pode ser que se opte por reunir num único processo, mas pode ser que entrem em datas diferentes com advogados diferentes. Ações serão reunidas junto ao juiz que primeiro despachou – PROCESSOS PROPOSTOS NA PRIMEIRA COMARCA.

- aplica-se a regra do 219 quando os processos propostos tiverem sido propostos em juízes de competência territorial distinta.No exemplo acima, cada atropelado entra com ação em comarca distinta

O juízo prevento vai ser o que primeiro tiver a citação válida.

A reunião de processos (prevenção) se justifica por vários motivos1. Economia e celeridade (oitiva de testemunhas, provas, perícia – são iguais para todos)2. Evita decisões conflitantes – segurança jurídica

2.INDUZIR LITISPENDÊNCIA – Ações repetidas.Lide em curso – Duas ações iguais tramitando em separado é Antieconômico, duas decisões diferentes;Litispendência é um pressuposto processual negativo que faz a segunda causa seja extinta.

O réu fica sabendo que tem uma outra ação igual correndo contra ele e então alega litispendência para fins de extinção do segundo processo.

O fundamento da litispendência é: antieconômico e segurança jurídica.

Page 26: Processo Civil (1)

26

Uma lide é igual a outra - Mesmas partes, pedido e causa de pedir (fato e fundamento jurídico)

3. TORNAR LITIGIOSA A COISA

BEM jurídico pleiteado no processo – objeto da coisa disputado no processo, a rés

Ao receber a citação ele recebe cópia da inicial e toma ciência de tudo o que o réu quer dele.A partir do momento que o réu sabe que o autor quer o objeto ele não pode mais vender – se desfazer dele –até que o juiz decida

Se o réu vender o objeto litigioso – o terceiro estranho da relação processual – que adquire o objeto é que vai sofrer os efeitos da sentença

Neste caso o réu art. 42 passa a atuar no processo como substituto processual, o terceiro so entra na lide se o autor concordar.

O terceiro pode participar como assistente litisconsorcial

Pode entrar com ação de regresso – direito de evicção.

Pode ser que o autor concorde que o terceiro entre no processo, Se optar por manter o réu originário – por ter vendido o bem – o terceiro é assistente litisconsorcial e o réu substituto

Se o autor concorda com o ingresso do terceiro, o réu sai e entra o terceiro – haverá um a sucessão processual inter vivos

ATENTADO - ocorre todas as vezes, sabendo que o autor quer aquele objeto, altera o estado fático da coisa. É uma litigância de má fé.

Se ficar caracterizado, proíbe o réu de falar no processo até que seja purgado o atentado, multa por litigância de má fé, responsabilidade pelos prejuízos.

Para reconhecer o atentado, precisa provar a alteração do estado fático, o intuito do réu e o prejuízo que causou.

4. AINDA QUANDO ORDENADA POR JUIZ INCOMPETENTE, CONSTITU EM MORA O DEVEDOR E INTERROMPE A PRESCRIÇÃO

MORA – atrasoConstituir em mora é certificar que está em atraso.Gera pro credor uma série de efeitos – exigir o cumprimento, incidência de juros, correção monetária, multa, pode ocasionar o vencimento antecipado de toda a obrigação.

Quando a obrigação tem prazo, pode ser exigida desde o vencimento.

Existem obrigações que não tem prazo, mas não quer dizer que o réu não tem que cumprir. Chega momento que deve ser cumprida. A citação torna em mora o devedor. Compelindo a um cumprimento forçado.

Page 27: Processo Civil (1)

27

A citação equivale a uma interpelação que é uma comunicação formal da vontade que o autor encaminha ao réu para colocar prazo a coisa que inicialmente não tem. (é uma carta que o autor encaminha para o réu)

Com a citação o réu fica sabendo que o autor quer que o réu cumpra a obrigação.A citação gera para a obrigação o vencimento dela.De todos os 5 efeitos da citação, este é o único efeito material da citação, os outros são efeitos processuais.

Mesmo que por juiz incompetente porque o réu toma ciência

5. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO

É quando o exercício do direito da ação é fulminado pelo tempo;Diz respeito ao exercício do direito

A citação interrompe a prescrição, mesmo que ordenada por juiz incompetente.

§ 1o A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

Esta citação retroage até a data da propositura da ação.

É proposta a ação no despacho do juiz (quando é um) ou com a distribuição se tem mais de uma vara.

§ 2o Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) dias subseqüentes ao despacho que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

Parte autora deve promover a citação do réu nos 10 dias subsequentes ao despacho que ordenar.Precisa ser diligente na citação tambémMas pode pedir prorrogação do prazo por 90 dias, justificando.

§ 3o Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o máximo de 90 (noventa) dias.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

A parte precisa pedir essa prorrogação§ 4o Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos parágrafos antecedentes, haver-se-á por não interrompida a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Citado o réu fora destes prazos – interrompe na data da citação e não da data da propositura da ação.NÃO RETROAGE OS EFEITOS

Se não conseguir citar no prazo, a interrupção da prescrição não retroagirá a data da propositura da ação e sim, com a prescrição

§ 5o O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 11.280, de 2006)

§ 6o Passada em julgado a sentença, a que se refere o parágrafo anterior, o escrivão comunicará ao réu o resultado do julgamento

Quando reconhecida a prescrição, mesmo que nem citado o réu, será comunicado.

Art. 220. O disposto no artigo anterior aplica-se a todos os prazos extintivos previstos na lei.

MODALIDADE DE CITAÇÃO

1. REAIS – é a regra. Que seja realizadas citações reais.- pelo correio- pelo oficial – entregue pessoalmente- citação eletrônica

Page 28: Processo Civil (1)

28

2. FICTAS (exceção) são criações do direito necessárias porque atos do réu não podem prejudicar o exercício do direito pelo autor – PELO princípio da inafastabilidade. Essas citações são exceções, so poderão ser realizadas em situações que a lei autorizar e esgotadas as possibilidades de citação real.

- por edital- por hora certa

CITAÇÕES REAIS:

O autor pode escolher a forma que ele quiser, desde que a lei não estabeleça uma forma específica.Art. 221. A citação far-se-á:I - pelo correio;II - por oficial de justiça;III - por edital.IV - por meio eletrônico, conforme regulado em lei própria. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)

Esta é a regra, a citação pelo correio, a não ser:a) nas ações de estado; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)

são ações que versam sobre o estado da pessoa – (ser ou não ser) capacidade, estado civil, paternidade; tem muito a ver com a vara de família.b) quando for ré pessoa incapaz; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)

porque é incapaz – precisa citar o representante ou assistente, para entender o que é aquela citação.É uma questão de solidariedade e igualdade – direito fundamentalc) quando for ré pessoa de direito público; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)

tem que ser tbm por mandado, pelo interesse público que essas pessoas defendem, precisa ser na pessoa dos representantes legais, o carteiro não sabe disso mas o oficial de justiça sabe.d) nos processos de execução; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)

é um processo muito gravoso contra a pessoa, os atos nesse processo produzem efeitos imediatos perante o executado – não tem discussão dentro do processo de execução – o réu não tem possibilidade de defesa plena. e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)

f) quando o autor a requerer de outra forma

pode ser que caiba citação pelo correio mas o autor opta pela citação pelo oficial

Art. 223. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou chefe da secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz, expressamente consignada em seu inteiro teor a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, comunicando, ainda, o prazo para a resposta e o juízo e cartório, com o respectivo endereço. (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)Parágrafo único. A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo. Sendo o réu pessoa jurídica, será válida a entrega a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração

Se na pessoa jurídica a faxineira receber a carta, é válida a citação (teoria da aparência)

Art. 224. Far-se-á a citação por meio de oficial de justiça nos casos ressalvados no art. 222, ou quando frustrada a citação pelo correio

Não sendo possível citação pelo correio, vai ser por oficial

Art. 225. O mandado, que o oficial de justiça tiver de cumprir, deverá conter: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

De todas as modalidades é a que mais se tem certeza.

REQUISITOS DO MANDADO DO OFICIAL:I - os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências;(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)II - o fim da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis;(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

EX. natureza ação, valor da causa, presunção de veracidade dos fatos alegados na petição inicial se o réu deixar de contestar.III - a cominação, se houver; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Page 29: Processo Civil (1)

29

Diz respeito ao pedido cominatório – imposição de multa pela não prestação

IV - o dia, hora e lugar do comparecimento; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Quando citado a comparecer em alguma audiênciaV - a cópia do despacho; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Despacho que recebeu a petição inicialVI - o prazo para defesa; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Depende do rito, da natureza da ação.VII - a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

O escrivão assina o mandato – ato ordinatório.

Parágrafo único. O mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor entregar em cartório, com a petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os réus; caso em que as cópias, depois de conferidas com o original, farão parte integrante do mandado

Contrafé – cópias da petição inicial

Tem que ter tantas cópias quanto o número de réus

Art. 226. Incumbe ao oficial de justiça procurar o réu e, onde o encontrar, citá-lo:I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;III - obtendo a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado.

Quando o réu se recusa a receber, assinar.

quarta-feira, 27 de março de 2013

CITAÇÃO hora certa – citação ficta

Usada quando o réu se esconde do oficial de justiçaÉ ficta porque se presume que foi citado, é citado através de outros

Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

Na quarta vez é feita por hora certaTem que ter o endereço do réu, saber onde reside

Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência.§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca.§ 2o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência

O oficial precisa certificar tudo para que a citação por hora certa seja válida.

Feita a citação por hora certa o escrivão ainda vai mandar telegrama, carta para o endereço do réu considerando citado.

Art. 230 – se aplica tanto para hora certa quanto citação normal – comarcas contíguas (são as comarcas que, mesmo sendo distintas, não se consegue demarcar uma e outra, ex. Curitiba)

Page 30: Processo Civil (1)

30

Mesmo sendo foro diferente, competências territoriais deferentes, o oficial pode realizar a citação, apesar da regra ser carta precatória.

CITAÇÃO POR EDITAL

Também é modalidade de citação ficta

São hipóteses de ocorrência, incisos I e II, réu incerto e desconhecido ou ignorado o lugar onde se encontra (réu identificado mas não se sabe onde o réu está)

É requisito da petição inicial a qualificação das partes.Na ação penal a identificação pode ser feita de várias formas: nome apelido, marca no corpo, etc.

Mas no cível é muito raro de acontecer porque as demandas cíveis são pautadas em relações que as pessoas se conhecem.Ex. negócios jurídicos, bens móveis e imóveis.

Art. 231. Far-se-á a citação por edital:I - quando desconhecido ou incerto o réu;II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar;III - nos casos expressos em lei.

Alguns procedimentos especiais ex. inventário, se sabe onde está mas vai ter citação por edital, porque é do procedimento.Heranças – jacente e vacante – por edital

Nestes casos, mesmo sabendo onde se encontram os autores, réus – a citação será por edital

§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória.

§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.

A forma de citação vai influenciar no prazo da defesa.Por AR- 241, carta precatória, - sempre na data da juntada.

Art. 232. São requisitos da citação por edital: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)I - a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos ns. I e II do artigo antecedente;

Se o autor afirmar dolosamente, multa. (art 233 §único)

II - a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão;

III - a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, onde houver;

Uma vez no órgão oficial – diário oficialDuas vezes – jornal local – (onde tramita o processo)

Se a parte for beneficiária de justiça gratuita a publicação é uma só, no diário oficial

IV - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, correndo da data da primeira publicação;

O prazo para contestar vai começar contar do término da contagem do prazo do editalNo prazo das publicações, de 20 a 60 dias fixado pelo juiz, a contar da data da primeira publicação

V - a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis.

Disponíveis – aquele que a parte pode dispor, ex. não pode dispor da personalidade.

Page 31: Processo Civil (1)

31

§ 1o Juntar-se-á aos autos um exemplar de cada publicação, bem como do anúncio, de que trata o no II deste artigo.

A parte autora junta no processo a prova da publicação§ 2o A publicação do edital será feita apenas no órgão oficial quando a parte for beneficiária da Assistência Judiciária.

Art. 233. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente os requisitos do art. 231, I e II, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo vigente na sede do juízo.Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando

Se acontecer todos os atos decorrentes desta citação serão considerados nulosA multa vai ser revertida contra o réu

Se o réu for citado por uma das modalidades fictas da citação e não apresenta defesa, o juiz vai nomear um curador especial, que vai poder promover para ele atos de defesa.

Art. 241. Começa a correr o prazo: (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de recebimento;

Data da juntada – com certidão. II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do mandado cumprido;

Juntado do mandado cumprido.III - quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último aviso de recebimento ou mandado citatório cumprido;

Vário réus – data da juntada do último mandado - IV - quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatória ou rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida;

Carta de ordem, carta precatória – data da juntada da devolução devidamente cumprida.

V - quando a citação for por edital, finda a dilação assinada pelo juiz.

Quando findo o prazo estabelecido pelo próprio juiz.

Art. 242. O prazo para a interposição de recurso conta-se da data, em que os advogados são intimados da decisão, da sentença ou do acórdão.§ 1o Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença.§ 2o Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os advogados para ciência da nova designação

Art. 191 – litisconsorte – PRAZO EM DOBRO.Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos

Art. 198. Qualquer das partes ou o órgão do Ministério Público poderá representar ao presidente do Tribunal de Justiça contra o juiz que excedeu os prazos previstos em lei. Distribuída a representação ao órgão competente, instaurar-se-á procedimento para apuração da responsabilidade. O relator, conforme as circunstâncias, poderá avocar os autos em que ocorreu excesso de prazo, designando outro juiz para decidir a causa.

PRAZO EM QUÁDRUPLO

DEFESA DO RÉU

É a contestação do réu aos fatos apresentados.

Art. 297- contestação- reconvenção- exceção

Permite o contraditório e ampla defesa conforme prevê na constituição art. 5º

Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.

Prazo

Page 32: Processo Civil (1)

32

- 15 dias (ordinário)- na audiência de conciliação (sumário)

So a contestação que tem força para tornar controvertidos os fatos articulados pelo autor.

RECONVENÇÃO – ação réu entra contra o autor – no próprio processo que ele é processado.Com a apresentação da reconvenção abre-se uma nova lide – mas corre dentro do mesmo processo, e tem todas as custasA citação pode ser feita na pessoa do advogado.É assemelhado ao pedido contraposto. No juizado, no sumário e nos especiais – é possível fazer na contestação – desde que não reverta o rito.

No ordinário – obrigatoriamente por reconvenção.

CONTESTAÇÃO – defesa que o réu se opõe aos fatos apresentados. É matéria de defesa propriamente dita.

EXCEÇÕES – impedimento e suspeição, incompetênciaInterfere negativamente na imparcialidade do juiz – impedimento e suspeição.

O réu questiona a escolha do juízo – incompetência RELATIVA. Disputa pelo foro, território onde vai tramitar a ação.

Art. 298. Quando forem citados para a ação vários réus, o prazo para responder ser-lhes-á comum, salvo o disposto no art. 191.Parágrafo único. Se o autor desistir da ação quanto a algum réu ainda não citado, o prazo para a resposta correrá da intimação do despacho que deferir a desistência.Art. 299. A contestação e a reconvenção serão oferecidas simultaneamente, em peças autônomas; a exceção será processada em apenso aos autos principais

Contagem (art. 241)- modalidade citatória- art. 191- art. 188

- conteúdo - dilatória /imprópria- peremptória /própria

- preliminares de mérito ≠ mérito (questões processuais)

≠ questões prejudiciais

-ônus de impugnação específica (art. 302)

Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo:I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão;II - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato;III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.

Não vai aceitar como verdadeiro coisa absurdaO réu precisa se contrapor a tudo o que for apresentado pelo réuSe contrapor aos pedidos

Page 33: Processo Civil (1)

33

E a consequência jurídica dos fatos apresentados

Parágrafo único. Esta regra, quanto ao ônus da impugnação especificada dos fatos, não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do Ministério Público.

- exceção – §único 302: contestação por negativa GERAL- princípio da eventualidade – concentração da defesa (art. 300)

- preclusão consumativa da defesa

Art. 300. Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.

E MOMENTO PRECLUSIVOSE esquecer de contestar alguma coisa, não tem mais prazo para isso. Se apresentar antes, acabou o prazo, se estiver incompleto não vai ter outro prazo.

Este é o princípio de CONCENTRAÇÃO da defesa

Princípio da eventualidade – na eventualidade de não aceitar esse argumento que aceite esse.

Decorre do principio da concentração da defesa, pq toda defesa tem que ser alegada na contestação

Tanto nas matérias preliminares de mérito quanto nas de mérito

Ex uma pessoa vende o carro e quem comprou não transferiu, e comete acidente. O condutor vai ser responsabilizado so que o proprietário tbm.

Na contestação alega ilegitimidade – processo extinto sem o mérito – é preliminar de mérito

Mas na eventualidade de não ser reconhecida a minha eventualidade – tem que articular uma defesa de mérito – requer seja julgada improcedente a ação – pela culpa do condutor, pelo excesso de velocidade, pelo valor alto alegado. Tem que questionar tudo o que está na petição inicial – não tem consistência mas é o princípio da eventualidade.

Outro exemploGabriela prestou serviço de diarista para Isadora que pagou certo mas que entendeu que não foi empregada e não diarista.Entra na justiça e na inicial pede condenação ao pagamento de todas as verbas rescisórias.O que vou alegar na contestação:Mérito – o serviço prestado não caracteriza relação de emprego porque não teve salário e não teve subordinação, não tinha pessoalidade (prestava para várias pessoas ) vai dizer que não teve vínculo de emprego – na eventualidade de ser reconhecido vínculo de emprego, requer seja considerado ....

Já que tem que apresentar tudo na alegação, por mais que possa ser absurdo é na contestação que preciso apresentar inclusive provas.

Preliminar de mérito – todas as matérias do art. 301 – antecedem o mérito Todas as questões que denunciam vício na questão processual.

Page 34: Processo Civil (1)

34

Diferente de mérito

Diferente de Questão prejudicial - ataca o mérito é diferente do preliminaresEx algum contestando contrato de locação, o inquino diz que foi contrato gratuito.É uma questão prejudicialDiz respeito ao mérito, pq questão é um ponto controvertido sob o qual as partes discutem.

Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo:

I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão;

II - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato;

III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.

Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo:I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão;II - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato;III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.

302 § único – exceção negativa geral

Parágrafo único. Esta regra, quanto ao ônus da impugnação especificada dos fatos, não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do Ministério Público

Art. 9o CPC juiz dará curador especial:I - ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele;II - ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.Parágrafo único. Nas comarcas onde houver representante judicial de incapazes ou de ausentes, a este competirá a função de curador especial.

O legislador autoriza conforme parágrafo único uma contestação genérica e joga ao autor que prove os fatos alegados - é uma manifestação geral.

O curador precisa analisar todos os aspectos da lide, Não somente a negativa geral, ex. prescrição – são matérias de ordem pública que o juiz pode analisar em qualquer tempo e grau.

Advogado constituído não pode fazer contestação por negativa geral – precisa impugnar ponto por ponto, fato por fato, precisa atender ao ônus que lhe cabe.

Art. 303. Depois da contestação, só é lícito deduzir novas alegações quando:I - relativas a direito superveniente;

Coisa que não tinha ocorrido ainda, ocorreu, posso alegar.Ex. prestação personalíssima se a pessoa morre.Não é propriamente uma matéria de defesa mas pode ser alegadaII - competir ao juiz conhecer delas de ofício;

Se a matéria é de ordem pública e o juiz pode ser reconhecida de ofício. Ex. prescrição. Quando contestou não percebeu que estava prescrito, pode fazer a qualquer tempo e qualquer grau de jurisdição. Ex. incompetência absoluta.

III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo

CONTEÚDO DA CONTESTAÇÃO

O que pode ser alegado?

Page 35: Processo Civil (1)

35

Defesas dilatórias – ou impróprias – o juiz analisando essas defesas, não vai ocasionar extinção do processo mas uma dilatação do tempo de tramitação do processo.

Ou

Peremptórias ou próprias - São defesas que uma vez alegadas geram extinção sem resolução do mérito, se acolhidas.

Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)I - inexistência ou nulidade da citação;

Não vai extinguir o processo, os atos vão ser considerados inexistentes e os atos vão ser refeitos - DILATÓRIAII - incompetência absoluta;

DILATÓRIA – o processo não vai ser extinto e sim enviado ao juiz competente.III - inépcia da petição inicial;

PEREMPTÓRIA – indefere o pedido, extingue o processo sem mérito – inepta pq tem problema no pedido 295, I 267, IIV - perempção;

PEREMPTÓRIA – 3x o autor dar causa a extinção sem méritoV - litispendência;

PEREMPTÓRIA - reconhecida a litispendência extingue a açãoVl - coisa julgada;

PEREMPTÓRIA – se já tem julgado extingue o segundoVII - conexão;

DILATÓRIA – vai para o juízo prevento.Vlll - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;

Se for documento indispensável vai causar extinção com base no 283Na grande maioria das vezes é DILATÓRIA, pode se corrigidoIX - convenção de arbitragem;

Alguns autores entende ser pressuposto processual negativo – PEREMPTÓRIAAlguns autores dizem que não, pq depende do autor alegar que teve convenção de arbitragem.X - carência de ação; Xl - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar.

Se as matérias do 301 estiverem no 267 VAI SER SEMPRE PEREMPTÓRIA.

§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)§ 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)§ 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)§ 4o Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

O conteúdo demérito da contestação vai interferir na prova, tem que analisar o art. 333, pq o réu pode aceitar os fatos que o autor apresenta ou ao mesmo tempo pode apresentar outros extintivos ou modificativos – ou contrapor os fatos apresentados.É uma defesa e não por negativa geral – aqui é específica de todos os pontos alegados contra mim.

Art. 333Art. 333. O ônus da prova incumbe:

A defesa trazida na contestação ai interferir diretamente no ônus da prova.I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;

I – negar os fatos - negativa geral é negar tudo, geral. Se negar ponto por ponto e contestaçaõ

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.

II – aceitar os fatos – e apresentar outros fatos impeditivos, extintivos ou modificativos do direito do autor.

Page 36: Processo Civil (1)

36

A regra é quem alega, prova. Quando simplesmente nega, joga o ônus da prova para o autor.Mas só os dativos, MP podem fazer. Art. 9 – exceção § único 302

Se fizer contestação negando ponto por ponto e fato por fato – jogo o ônus da prova para a parte autoria

Se aceito alguns pontos e contesto outros, o ônus da prova passa a ser meu.Ex. eu emprestei sim, mas já paguei EU terei que provar que paguei. O pagamento é um fato ESTINTIVO.Ex. em estado de perigo (art. 156 CC) é um vício do negócio jurídico – assumi uma dívida excessivamente onerosa – FATO IMPEDITIVO Mas preciso provar esse perigo

Ex. MOFIFICATIVOS – pensão alimentícia, quando iniciei o pagamento recebia um valor e hoje estou desempregada, um fato que modifica o direito do autor.Mas precisa juntar a prova pq a falta dela geral julgamento a favor do autor.

O ônus da prova via se analisado quando as provas não estão no processo.Se não tiver as provas o juiz verifica de quem é o ônus. Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando:I - recair sobre direito indisponível da parte;II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito

quarta-feira, 3 de abril de 2013

RECONVENÇÃO (art. 315)

- direito de ação do réu (incidental)- não substitui a defesa- autônoma quanto à defesa e a lide originária- cumulação de ações

Pressupostos – art. 282/283

- conexão - COM PETIÇÃO INICIAL- com fundamento defesa

- competência- procedimento

- originário- sumário- especial + ou –- JEC

- identidade de partes

PROCEDIMENTO prazo 15 dias

- Simultaneidade com defesa (art. 299)

Page 37: Processo Civil (1)

37

- intimação de reconvindo (art. 316) (autor)- contestar 15 dias- impugnação à contestação (326) (reconvinte)- aproveitamento de atos instrutórios- mesma e única sentença

A reconvenção é um ato do réu previsto no art. 297 CPCEmbora seja modalidade de defesa, ato do réu, é na verdade uma ação que o réu move contra o autor apresentando pedido contra o autor aproveitando o processo que o réu move contra o autor.

É feito dentro do processo que o autor move contra ele. É portanto, uma ação incidental, vai dentro do processo, não vai em apenso.

Ela inaugura uma nova lide chamada RECONVENCIONAL

PORQUE o réu estará por meio da reconvenção instaurando uma nova lide. Duas lides, a originária autor contra réu e a reconvencional réu contra autor.

Na lide reconvencional o réu é chamado RECONVINTE que passa ser o autor.O réu, autor da originária, é chamado de reconvindo.

A reconvenção não substitui a contestação (defesa) portanto não torna os fatos alegados na inicial controvertidos.

Se o réu não contestar gera revelia, e pelo art. 285 gera veracidade dos fatos alegados pelo autor.

A reconvenção o réu pode ou não utilizá-la e a sua não utilização não traz nenhuma consequência negativa.

Se quiser responder a ação so contestando e depois entrar com outra ação para pedir o que quiser ele pode, não precisa nem esperar terminar a ação. Assim podem até ser reunidas por conexão.

Se ele usar a reconvenção é CÉLERE. Facilita até um acordo no processo.

LEMBRAR QUE NÃO SUBSTITUI A DEFESA. LEMBRAR QUE SÃO PEÇAS AUTÔNOMAS

Mas a apresentação das duas peças deve ser simultânea. Gera preclusão (art. 299)

É bom reconvier porque ocorre um fenômeno chamado cumulação de ações. Existe aproveitamento de atos, principalmente os instrutórios. Vão gerar uma única sentença.

Durante toda as fases da ação elas tramitarão juntas, a audiência de instrução será uma só. A sentença vai tratar das duas ações. Tem duas sucumbências, tem duas vezes honorários. Tanto autor como réu podem apelar. A lide reconvencional gera custas, mas ainda é vantajoso porque aproveita a fase mais cara que é a instrução.

A intimação do réu reconvindo vai ser na pessoa do advogado. Fica mais barato.

A ideia da reconvenção é a economia pelo grande aproveitamento dos ato, por este fundamento, não se pode pensar em mecanismos que tumultuam o processo.

Page 38: Processo Civil (1)

38

O autor não pode reconvir da reconvenção porque vai estar voltando a petição inicial e acaba tumultuando o processo.

A reconvenção é autônoma a lide originária, guarda autonomia em relação a originária.Se a lide do autor for extinta ou desistir ou renunciar a ação, a reconvenção continua.

Ex. réu tenha alegado litispendência, extinguiu a lide originária, a reconvenção continua, porque não é acessória e sim autônoma.

PRESSUPOSTOS

Vai ser recebida uma ação validamente, quando obedecer os pressupostos

1. Petição inicial com nome RECONVENÇÃO e não ação de reconvenção. É ato privativo do réu. É petição inicial então todos os pressupostos da petição inicial precisam estar presentes: endereçamento, qualificação, fatos, pedidos, valor da causa, procuração. Se faltar algum item, vai ser EXTINTA

2. Conexão – a reconvenção precisa ter liame jurídica no pedido ou na causa de pedir. Não pode trazer matéria alheia da que está se discutindo no processo. A reconvenção pode ter relação com a petição inicial ou com o fundamento da defesa. Se a conexão existir apenas entre a reconvenção e fundamento da defesa a contestação é obrigatória, porque o juiz ao receber a petição inicial da reconvenção vai analisar os pressupostos primeiramente e após vai ver se tem conexão, se não tiver a defesa ele não terá como analisar.

3. Competência – o juízo da originária também tem que ser competente para analisar a reconvenção. É a competência absoluta.

4. PROCEDIMENTO - Só existe no procedimento ordinário

Juizado e sumario é usado o pedido contraposto

As ações de rito especial, mescla ritos, as vezes executiva, as vezes rito ordinário, depende da ação do réu.

Ex. monitória – cobrando um cheque prescrito, ela vai seguir ritos especiais, o rito vai variar se forem apresentados embargos. Se for convertido em ordinário cabe reconvenção.

Ex. ação de depósito (contrato de depósito o depositante nomeia alguém para guarda, conservação, ex. agricultor guarda safra no silo) (estacionamento é contrato de depósito, se deixa o carro com chave) se não devolve o bem, ação de depósito para obter a coisa depositada de volta.Por exemplo, deixo meu carro num estacionamento e o dono do estacionamento percebe que tinha um vazamento e contrata um mecânico para consertar. Na retirada ele me cobra a despesa e eu me nego, ele não me devolve o bem a menos que eu pague. Ele está certo porque o depositário tem o dever de zelar pelo bem. Então eu entro com ação de depósito .... é de rito especial mas a partir do momento que o dono do estacionamento contestar se transforma em ordinário, assim cabe a RECONVENÇÃO.

5. Identidade de partes

Com a reconvenção o réu não pode trazer gente estranha a relação. TEM que se referir as pessoas que já estão no processo.

§ único do art. 315 CPP

Page 39: Processo Civil (1)

39

Art. 315. O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.Parágrafo único. Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem

É caso de legitimação extraordinária. Alguém pleiteando direito de outrem.Ex. sindicato em relação a classe que represente, cooperativa em relação aos cooperados, MP em relação aos direitos coletivos ou difusos, associações de bairro em relação aos associados.

PRAZO – 15 dias para apresentar a reconvenção – dentro do prazo da defesa e junto com ela.

Uma vez apresentada a reconvenção o autor agora réu, vai ser intimado para contestar no prazo de 15 DIAS, art. 316.Art. 316. Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será intimado, na pessoa do seu procurador, para contestá-la no prazo de 15 (quinze) dias.

Impugnação a contestação, 326 – 10 DIAS. RÉU PODE IMPUGNAR A CONTESTAÇÃO DO AUTOR - RÉPLICA

Art. 326. Se o réu, reconhecendo o fato em que se fundou a ação, outro Ihe opuser impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 10 (dez) dias, facultando-lhe o juiz a produção de prova documental.

Art. 317. A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao prosseguimento da reconvenção.Art. 318. Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção

O PROCESSO vai ser saneado e o juiz vai preparar para fase de instrução que vai ser única – atos de instrução probatória, onde o juiz vai decidir as duas lides em uma única sentença, mas decidindo sobre os dois, se deixar de decidir sobre um deles, EMBARGOS DE DELCLARAÇÃO.

-----------------------------AÇÃO DECLARATÓRIA INCIDENTAL

- Questões prejudiciais (≠ preliminares)- finalidade: aplicar limites coisa julgada- não se alteram limites de cognição- lide subordinante- lide subordinada- alteração/aplicação do dispositivo da sentença- necessidade de contestação pelo réu - litigiosidade

- PRESSUPOSTOS- pedido subordinado a uma relação jurídica- contestação- competência- procedimento

- PRAZO- 15 dias para o réu- 10 dias para o autor art. 325

Art. 325. Contestando o réu o direito que constitui fundamento do pedido, o autor poderá requerer, no prazo de 10 (dez) dias, que sobre ele o juiz profira sentença incidente, se da declaração da existência ou da inexistência do direito depender, no todo ou em parte, o julgamento da lide (art. 5o).

- PROCEDIMENTO – art. 282- 15 dias para contestar- impugnação pela parte contrária- tramitação conjunta

Page 40: Processo Civil (1)

40

- mesma sentençaArt. 282. A petição inicial indicará:I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;IV - o pedido, com as suas especificações;V - o valor da causa;VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;VII - o requerimento para a citação do réu.

- DIFERENÇA COM A RECONVENÇÃO- autonomia- objetivo- legitimidade- natureza declaratória- contestação (necessidade)- conteúdo

Art. 458 CPCSENTENÇA

- relatório- fundamentação- dispositivo

ExplicaçãoAÇÃO DECLARATÓRIA INCIDENTALTambém é uma ação que aproveita outraOcorre incidentalmente em uma ação em cursoVisa a declaração incidentalmente, aproveitamento um processo em curso. Uma das partes já quer que aquilo fique decidido.

Semelhança com a reconvenção é que ambas são ações incidentais, aproveitam ações em curso, que guardam com ele determinada conexão.

A diferença é que na declaratória incidental pode ser proposta tanto pelo autor quanto pelo réu, enquanto que a reconvenção é somente proposta pelo réu.

A diferença mais marcante é que na declaratória incidental - Busca-se um reconhecimento de uma situação jurídica

A finalidade dela é ampliar os limites da coisa julgada. Num primeiro momento, na ação em curso, o que não faria coisa julgada, vai ser tratado como por força da ação declaratória incidental.

O juiz vai se pronunciar sobre uma questão que a priori seria apenas matéria de defesa.

A estrutura da sentença (art. 458, relatório, fundamentação, dispositivo) dessa estrutura a coisa julgada está no dispositivo, porque é no dispositivo que o juiz diz se acolhe ou rejeita os pedidos da petição inicial.

A matéria de defesa vai constar apenas na fundamentação.

O que faz coisa julgada na ação é o dispositivo – onde julga os pedidos.

Page 41: Processo Civil (1)

41

Questão prejudicial – questão que precisa ser discutida mas que a primeiro momento não faz coisa julgada material, que so é concretizada na sentença

Questão prejudicial é um ponto controvertido no processo que vai interferir no mérito que o juiz vai ter que analisar para proferir a sentença.

Amplia os limites da coisa julgada porque a apresentação de ação declaratória faz com que o juiz julgo também esta nova questão, fazendo coisa julgada sobre esse novo assunto tbm

Ex. se ator pede alugueis não pago. Réu alega que não teve contrato de locação e sim comodato. Ator entra com declaratória incidental no processo pra juiz declarar se hoje ou não contrato.

Os efeitos da sentença são distintos

Se julgar apenas o pedido dos alugueis a coisa julgada seria sobre os alugueis, que foi o pedido.

Com a declaratória incidental, a decisão do juiz vai fazer coisa julgada sobre a existência ou não do contrato de aluguem também.

Justiça da decisão – por uma questão de justiça um juiz julga em conformidade com outro porém, vigora o principio do livre convencimento o que não o obriga

A questão prejudicial é matéria de defesa diferente de preliminares,A ação declaratória incidental amplia os efeitos da coisa julgada. Decide tudo na sentença.

A finalidade é ampliar os limites da coisa julgada.Nasce duas lides a subodinante e a subordinada.

Precisa de contestação diferente da reconvenção, senão não tem questão prejudicial

A litigiosidade é pressuposto para a ação declaratória incidental

A questão prejudicial vai ser o objeto do pedido da declaratória incidental

PRESSUPOSTOS

1. O pedido precisa estar subordinado àquela relação jurídica;2. Portanto, precisa ter contestação;3. Juiz precisa ser competente;4. As ações precisam seguir o mesmo procedimento, o ordinário, que é o mais amplo, vai ser

usado. Porque as ações precisam correr juntas, e vão ser decididas juntas.

PRAZO

Para o réu – 15 dias – PEÇAS DISTINTAS DA CONTESTAÇÃO e simultânea a contestação.Para o autor (art 325) – 10 dias.

PROCEDIMENTO

- precisa preencher os requisitos do art. 282, 283- contestar em 15 dias

Page 42: Processo Civil (1)

42

- impugnação em 10 dias- saneamento do processo e vão correr juntos na mesma fase probatória- mesma sentença – no dispositivo precisa constar a ação principal e a declaratória

incidental.

Se o processo principal é extinto a declaratória incidental também é extinta.

A declaratória incidental se vincula a principal.

DIFERENÇAS COM A RECONVENÇÃO

Ambas pegam carona gerando duas lides

RECONVENÇÃO DECLARATÓRIA INCIDENTALAutonomia Não segue o proc principal segue o processo principal se extinto extingue tbObjetivo réu exercer direito em face doautor ampliar limites coisa julgadaLegitimidade so o réu tanto o autor como o réuNatureza condenatória declaratóriaContestação não precisa contestação é necessária a contestação pq tem que ter

questão prejudicialConteúdo diz respeito a prestação, um direito é declarar existência de determinada relação

jurídica

declaração a respeito da questão prejudicialreconvenção obter a condenação do autor a realizar prestação em favor do autor.


Top Related