Download - Primeira guerra mundial
1914-1918
PROFESSORA CRISTIANE SECCHI LUCENO
REDISTRIBUIÇÃO INTERNACIONAL DE MERCADOS
RIVALIDADES E TENSÕES
CONCORRÊNCIA ECONÔMICA
Inglaterra X Alemanha
DISPUTA COLONIAL
África e Ásia (garantia de novos mercados e fontes de matérias-primas).
CONFLITOS NACIONALISTAS:
1. Movimentos ideológicos.
2. Interesses econômicos.
Ambição imperialista↓
Nacionalismo exaltado↓
Tensões↓
Agressividade↓
Risco de guerra↓
Produção de armas↓
Fortalecimento dos exércitos
TRÍPLICE ALIANÇA:
Alemanha
Império Austro-Húngaro
Itália
TRÍPLICE ENTENTE:
Inglaterra
França
Rússia
1. (1914-1915) → Guerra de movimentos
2. (1915-1918) → Guerra de trincheiras (etapa
mais cruel da guerra)
3. (1917) → Retirada da Rússia da guerra
(Revolução Russa) e entrada dos E U A.
4. (1918) → Rendição da Alemanha
Mais de dez milhões de mortos
30 milhões de feridos
Elevado custo econômico
Diminuição na produção
Endividamento dos países beligerantes (guerreiros)
Entregar a Alsácia-Lorena à França
Ceder outras regiões à Bélgica, Dinamarca e à França.
Entregar seus navios à França, Inglaterra e à Bélgica.
Indenizar os países vencedores
Reduzir o poderio do exército
Não possuir aviação militar
DESMEMBRAMENTOS:
Império Autro-Húngaro
Império Turco-Otomano
CRIAÇÃO DA LIGA DAS NAÇÕES:
Mediar conflitos internacionais
E U A não participou (veto do senado)
Alemanha não pertencia à liga
A União Soviética foi excluída
A partir dos cartazes da Primeira Guerra Mundial, podemos avaliar quais elementos são explorados em diferentes propagandas de governo fabricadas nessa época.
Para avaliar as propagandas governamentais é preciso ter em mente:
-as ideologias correntes nesse período(movimentos nacionalistas);
- que muitos soldados se lançavam nos campos de batalha defendendo, acima de tudo, a soberania de sua nação;
- que em uma guerra um país precisa ampliar seus contingentes militares rapidamente e racionar seus recursos por conta da devastação dos conflitos, entrando ai o papel importante da propaganda.
“União do Império Britânico:
‘Uma vez alemão – sempre
alemão’”
O uso da xenofobia como crítica aos
inimigos de guerra.
PÔSTER 01
“Preserve os produtos
perecíveis. Se você tem um
pomar, você deve fabricar
conservas”
O racionamento como forma de
suportar as dificuldades impostas
pelos conflitos militares.
PÔSTER 02
“Quatro razões para comprar
bônus de guerra”
A utilização da imagem dos
inimigos de guerra para buscar a
ajuda financeira da população
canadense.
PÔSTER 03
“Por que eu não vou? O
148º Batalhão precisa
de mim.”
O dever cívico sendo
utilizando como forma
de convencimento ao
alistamento militar
voluntário.
PÔSTER 04
"Mulheres da Grã-
Bretanha, digam: ‘Vá!’”
Produzido pelo governo
britânico. A dimensão da guerra
necessitava de um grande esforço
de recrutamento de homens e
que era preciso fazer com que
toda a população estivesse
envolvida. Com a ausência
masculina, as mulheres
assumiram importantes papéis
na economia e na sociedade dos
países europeus.
PÔSTER 05
"Homens da Inglaterra! Vocês
aceitarão isto? Setenta e oito
mulheres e crianças foram
mortas e 228 mulheres e crianças
foram feridas pelos soldados
alemães. Aliste-se agora"
Governo Britânico
O esforço da população para
ajudar as tropas, o uso de
tecnologias nos combates e a
preocupação com alvos civis.
PÔSTER 06
Grã-Bretanha conclamando as pessoas a guerra.
Os cartazes oficiais foram largamente utilizados para conclamar a participação dos europeus na Primeira Guerra Mundial.
Os ideais de patriotismo, bravura e ódio nem sempre abraçam todos os aspectos desse conflito.
O relato de muitos homens que participaram de lados
opostos desse conflito pode mostrar como o medo, o cansaço e a desolação fazem parte das
pequenas histórias contidas em diários perdidos nos campos de batalha.
“A mesma velha trincheira, a mesma paisagem... Osmesmos ratos, crescendo como mato... Os mesmosabrigos, nada de novo... Os mesmos e velhoscheiros, tudo na mesma... Os mesmos cadáveres nofront... A mesma metralha, das duas às quatro... Comosempre cavando, como sempre caçando... A mesmavelha guerra dos diabos.” (soldado inglês)
“Estamos tão exaustos que dormimos, mesmo sobintenso barulho. A melhor coisa que poderia acontecerseria os ingleses avançarem e nos fazerem prisioneiros.Ninguém se importa conosco. Não seremossubstituídos. Os aviões lançam projéteis sobre nós.Ninguém mais consegue pensar. As rações estãoesgotadas – pão, conservas, biscoitos, tudo terminou!Não há uma única gota de água. É o próprio inferno.”(soldado alemão).
“...Com os pés enterrados, sacudo pedaços de barro gelado que mepesam nas mãos... Retomo a minha marcha, as pernasabertas, atravessando a terra mole desbarrancada, sondandoprudentemente a lama que esconde buracos.Apesar de tudo, às vezes, o lugar onde lancei meu impulso sedesmancha, o barro puxa minha perna, a agarra, a paralisa; tenhoque fazer um grande esforço para libertá-la. Do fundo do buraco quelogo se encheu de água, meu pé tira uma confusão de fios ondereconheço a linha telefônica.Justamente aí aparece o telefonista encarregado de consertar aslinhas, tem o rosto contraído pelas agulhas geladas da chuva:"Quecaos! Não sobrou nada aí dentro! Só barro e cadáveres!".Sim, cadáveres. Os mortos nos combates de outono, que haviam sidoenterrados superficialmente na barreira de proteção datrincheira, aparecem aos pedaços nos desprendimentos de terra".
Fonte: Texto adaptado de Paul Tuffrau. 1914-1918, quatre années sur le front : Carnets d'un combattant. Paris: Imago, 2004.
"Apareceram primeiro uns esqueletos de companhia, conduzidos as vezes
por um oficial sobrevivente que se apoiava num bastão; todos andavam, ou
melhor avançavam passo a passo, com os joelhos dobrados, inclinados
sobre si mesmos e cambalhando como se estivessem bêbados (...) iam com
a cabeça baixa, o olhar sombrio, encurvados pelo peso da mochila e do
fuzil. A cor de seus rostos não se diferenciava dos capotes, de tal maneira
estavam cobertos e recobertos de barro seco; os uniformes com a pele,
estavam totalmente incrustados desse barro. Os automóveis precipitavam-
se com seus roncos em colunas cerradas esparramando esta lamentável
maré de sobreviventes da grande hecatombe, mas eles não diziam nada,
nem sequer gemiam porque haviam perdido a força inclusive para queixar-
se. Quando esses forçados da guerra levantavam a cabeça para os
telhados da aldeia se admirava neles, em seus olhares, um incrível abismo
de dor e, neste gesto, suas expressões pareciam fixadas pelo pó e tensos
pelo sofrimento, parecia que esses rostos mudos gritavam alguma coisa
aterradora: o horror incrível do seu martírio. Alguns soldados da segunda
reserva que os estavam olhando ao meu lado, permaneciam pensativos e
dois deles choravam em silêncio..." - Gaudy, subtenente, preparando-se
para a substituição na batalha de Verdun em 1916.
QUAL O CONTEXTO DESTA FOTOGRAFIA? ONDE ESTÃO OS SOLDADOS? O QUE ESTÃO FAZENDO? EM
QUE CONDIÇÕES ESTÁ O LOCAL?
Procure imaginar a você mesmo em uma trincheira da 1ª Guerra Mundial. Quais seriam as suas
reações? Como você se comportaria? Como você veria a
Primeira Guerra Mundial?