Transcript
Page 1: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

PREVENÇÃO DE DOENÇAS

PROFISSIONAISDOENÇAS OCUPACIONAIS.

ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA

ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015.

Page 2: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

DOENÇAS OCUPACIONAIS

• Doença profissional é a entidade mórbida produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar à determinada atividade.

• A Doença de trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente. 

De acordo com a Lei nº 8.213/91, conforme redação dada pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.

Page 3: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

DOENÇAS PROFISSIONAIS MAIS FREQUENTES

Entre as doenças profissionais mais frequentemente registradas no Brasil incluem-se:

as lesões por esforços repetitivos (as LER/DORT); a surdez profissional (PAIR); as doenças pulmonares ocupacionais; as doenças de pele (dermatoses ocupacionais); as intoxicações pelo benzeno, por metais pesados ou por agrotóxicos; câncer ocupacional.

Page 4: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

PNEUMOCONIOSE POR ASBESTO

• A asbestose é considerada uma pneumoconiose, ou seja, uma doença do sistema respiratório relacionada ao trabalho.

• Decorre da aspiração de poeira com asbesto e caracteriza-se por fibrose pulmonar crônica e irreversível.

• A inalação de fibras de asbesto pode causar uma variedade de enfermidades.

Page 5: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

PNEUMOCONIOSE POR ASBESTOFATORES DE RISCO

• O ASBESTO, conhecido comercialmente como amianto, é uma fibra mineral natural sedosa e resistente, que está presente em abundância na natureza sob duas formas:

• Serpentinas (amianto branco);• Anfibólios (amiantos marrom, azul e outros).

• O asbesto é utilizado principalmente na fabricação de produtos:

• Cimento-amianto (telhas, caixas d’água, placas, tubulações), materiais de fricção (pastilhas de freio, embreagens);

• Materiais de vedação (gaxetas);• Tintas, pisos, materiais plásticos;• Produtos têxteis como mantas, lonas e tecidos resistentes ao fogo (refratários).

Page 6: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

PNEUMOCONIOSE POR ASBESTO

SINTOMAS

• O aparecimento da doença está relacionado:

• Ao tamanho e concentração das fibras de asbesto presentes no ambiente de trabalho;• Ao tempo de exposição;• Ao tipo de atividade e intensidade do esforço físico desenvolvido pelo trabalhador na sua função

laborativa.

• Normalmente, o período de latência da asbestose é maior do que 10 anos, entretanto, em presença de elevados níveis de poeira, os trabalhadores poderão desenvolver a doença num prazo inferior a 5 anos de exposição.

• A queixa principal é a falta de ar (dispneia) aos grandes esforços e canseira, acompanhada por dor no peito e tosse (seca ou com expectoração), impedindo o trabalhador de exercer tarefas que exijam maior esforço físico.

Page 7: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

PNEUMOCONIOSE POR ASBESTO

DIAGNÓSTICO

• O diagnóstico é firmado com base na história ocupacional e nas alterações radiológicas.

• O Rx de tórax revela pequenas opacidades irregulares

Page 8: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

TRATAMENTOS

• O tratamento de suporte dos sintomas compreende as terapias respiratórias para remover as secreções dos pulmões.

• Podem ser utilizados medicamentos em aerossol para fluidificar as secreções, sendo que pode ser necessário o fornecimento de oxigênio por meio de máscara ou de cânula nasal.

PNEUMOCONIOSE POR ASBESTO

Page 9: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

ASMA OCUPACIONAL• É uma doença do pulmão, caracterizada por crises de falta de ar

(dispneia), sibilos e tosse, causada por diferentes agentes existentes nos locais de trabalho.

• Ocorre uma obstrução reversível das vias aéreas causada pela exposição a inalantes gasosos ou particulados.

• Os sintomas, em geral, decorrem de estreitamento excessivo das vias aéreas produzido por espasmos da sua própria musculatura.

• Estima-se que a asma ocupacional represente até 20 por cento de todos os casos de asma nos países industrializados.

Page 10: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

FATORES DE RISCO

• Até o presente têm sido descritos mais de 250 agentes que causam asma ocupacional, destacando-se:

• As poeiras de madeiras;• Poeiras de grãos;• Pelos de animais;• Fungos;• Certas substâncias químicas, especialmente os gases irritantes (cloro ou amônia) e os

isocianatos.

• Os isocianatos são largamente usados na indústria e são responsáveis pela forma mais comum da doença. São usados em fundição de metais, composição de substâncias plásticas e em tintas e vernizes.

ASMA OCUPACIONAL

Page 11: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

SINTOMAS

• Os sintomas pioram a medida que a semana de trabalho progride e melhoram durante o fim de semana ou nas férias.

• Falta de ar (dispneia)• Sibilos (sibilância)• Tosse crônica• Aperto no peito (desconforto)

ASMA OCUPACIONAL

Page 12: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

EXAMES UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO

História clínica e ocupacional

Espirometria

Radiografia de tórax

Medidas de pico de fluxo expiratório

Testes de provocação brônquica

Testes alérgicos específicos (cutâneos e sorológicos) 

ASMA OCUPACIONAL

Page 13: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

TRATAMENTO

• O diagnóstico precoce e a remoção da exposição são fatores importantes para se conseguir a recuperação completa do paciente.

• No tratamento da asma ocupacional,  os objetivos principais são eliminar a exposição ao agente causal e melhorar os sintomas respiratórios com o uso de medicamentos broncodilatadores, incluindo os

inaladores e os nebulizadores manuais. 

ASMA OCUPACIONAL

Page 14: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

PREVENÇÃO

• O objetivo principal na asma ocupacional é a prevenção. Higiene ambiental tal como melhor ventilação ou  processos de isolamento podem contribuir para melhoria ambiental. Uma vez que se determine a causa,  o essencial é evitar futuras exposições do trabalhador ao agente causal (alergeno).

• O uso de equipamentos de proteção individual é importante e tem seu emprego em alguns casos.

• Medidas de proteção coletiva, exemplos:

• Substituição de matérias primas patogênicas por outras menos tóxicas;• Enclausuramento total ou parcial do processo;• Exaustão localizada ou geral;• Ventilação local ou geral;• Umidificação do ambiente com lavagem constante do piso.

ASMA OCUPACIONAL

Page 15: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

PREVENÇÃO

Protetores respiratórios (respiradores)

• Os protetores respiratórios podem ser classificados em dois tipos básicos:

Aparelhos purificadores (máscara a filtro): estrutura facial dotada de um ou mais filtros específicos para poeiras ou substâncias químicas;

Aparelhos de isolamento: usados em ambientes pobres em oxigênio (teor menor que 18% de volume) ou em ambientes contaminados a altas concentrações. Podem ser autônomos (cilindros de ar ou oxigênio) ou de adução de ar (bomba manual ou motorizada).

ASMA OCUPACIONAL

Page 16: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

SILICOSE

A silicose é uma doença respiratória causada pela inalação de poeira de sílica que produz inflamação seguida de cicatrização do tecido do pulmão. É uma das mais antigas doenças provocadas pelo trabalho, sendo que atualmente, no Brasil, é a principal doença pulmonar de origem ocupacional (pneumoconiose)

Page 17: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

FATORES DE RISCO• A silicose decorre da exposição à sílica livre (quartzo);

• Na mineração subterrânea de ouro, nas indústrias extrativas de minerais, no beneficiamento de minerais (corte de pedras, britagem, moagem, lapidação);

• Nas indústrias de transformação (cerâmicas, marmorarias, abrasivos, fundições);• Na fabricação do vidro e de sabões;• Na construção civil;• Em algumas atividades como protéticos, jateadores de areia, trabalhos com rebolos ou esmeril de pedra, escavação

de túneis, cavadores de poços;• Artistas plásticos.

SILICOSE

Page 18: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da silicose, apesar do avanço tecnológico, ainda depende basicamente da história ocupacional e da interpretação da radiografia simples de tórax.

Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de silicose ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção do aparelho respiratório

em trabalhadores expostos à poeira de sílica, mesmo sem sintomatologia, a empresa deve comunicar essa ocorrência à Previdência Social através da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT.

SILICOSE

Page 19: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

• SINTOMAS• Falta de ar (dispnéia) aos esforços;• Tosse crônica com expectoração;• Sintomas associados como febre e perda de peso.

• Formas clínicas

• Silicose crônica: é a forma mais comum, é uma doença de longo período de latência até o aparecimento das alterações radiológicas (em média após 10 anos do início da exposição), e não causa sintomas clínicos, a não ser em fases mais avançadas

• Silicose subaguda: ocorre, em geral, entre os cavadores de poços e mineiros de ouro de subsolo, e apresenta alterações radiológicas mais precoces (após 5 anos de exposição), sendo que os sintomas respiratórios costumam ser precoces e limitantes.

• Silicose aguda: é uma forma rara e está associada à exposições maciças à sílica livre como no jateamento de areia ou na moagem de pedra, resultando um quadro clínico grave e limitante.

SILICOSE

Page 20: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

TRATAMENTO

• Não existe um tratamento específico para a silicose, mas é muito importante afastar o trabalhador da fonte de exposição à sílica para evitar o seu agravamento.

• O tratamento de apoio compreende medicamentos supressores da tosse, broncodilatadores e oxigênio.

• No caso de infecções respiratórias associadas, pode ser necessário a utilização de antibióticos.

SILICOSE

Page 21: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

PREVENÇÃO• No controle das doenças ocupacionais, provocadas pela inalação de ar contaminado com poeiras, o

objetivo principal deve ser minimizar até eliminar a contaminação do local de trabalho, através da adoção de medidas de proteção coletiva.

• Quando as medidas de proteção coletiva não são viáveis, ou enquanto estão sendo implantadas ou avaliadas, devem ser usadas medidas de proteção individual: os protetores respiratórios (respiradores).

o Medidas de proteção coletiva umidificação do ambiente com lavagem constante do piso; exaustão localizada; ventilação local ou geral; enclausuramento total ou parcial do processo produtor de poeiras; mudanças de “lay out” da empresa; substituição de matérias primas patogênicas por outras menos tóxicas e,

alterações do processo produtivo, entre outras.

SILICOSE

Page 22: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

• PREVENÇÃO• Protetores respiratórios (respiradores)

As orientações e recomendações sobre seleção e uso de respiradores estão contidas na Instrução Normativa Nº 1, de 11/04/94. Os protetores respiratórios podem ser classificados em dois tipos básicos:

• aparelhos purificadores (máscara a filtro): estrutura facial dotada de um ou mais filtros específicos para poeiras ou substâncias químicas;

• aparelhos de isolamento: usados em ambientes pobres em oxigênio (teor menor que 18% de volume) ou em ambientes contaminados a altas concentrações. Podem ser autônomos (cilindros de ar ou oxigênio) ou de adução de ar (bomba manual ou motorizada).

SILICOSE

Page 23: PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS. ENF. JEFFERSON HENRIQUE P. DA SILVA ARARIPINA – PE, 12 DE MAIO DE 2015

OBRIGADO!!!


Top Related