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CAMILA ROCHA MACHADO

PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES ASSOCIADOS. CAMBÉ – PR, 2012.

Londrina

2012

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Camila Rocha Machado

PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES ASSOCIADOS. CAMBÉ – PR, 2012.

Londrina

2012

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saúde Coletiva e Saúde da Família do Centro Universitário Filadélfia – Unifil para obtenção de título de Especialista.

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Camila Rocha Machado

PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES ASSOCIADOS. CAMBÉ – PR, 2012.

Aprovada em: ______/______/______

____________________________________________ Profa MS Maíra Sayuri Sakay Bortoletto

Universidade Estadual de Londrina – UEL

_____________________________________________ Profa Ms Maria Lúcia da Silva Lopes

Membro da Banca Examinadora

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saúde Coletiva e Saúde da Família do Centro Universitário Filadélfia – Unifil para obtenção de título de Especialista.

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MACHADO, C. R. Prevalência de hipertensão arterial e fatores associados, Cambé – PR, 2012. Monografia (Especialização em Saúde Coletiva e Saúde da Família). Centro Universitário Filadélfia. Londrina – PR, 2012

RESUMO

Introdução: No cenário atual a hipertensão arterial é apontada como um dos principais fatores de risco modificáveis para doenças cardiovasculares. Objetivos: Analisar a prevalência de hipertensão arterial e seus fatores associados em adultos de 40 anos ou mais no município de Cambé, Paraná. Método: Estudo transversal de base populacional realizado no município de Cambé-PR no período de fevereiro a julho de 2011. Foram realizadas 1.180 entrevistas domiciliares em indivíduos de 40 anos ou mais seguidas de medidas de pressão arterial, peso, altura e circunferência abdominal. A hipertensão arterial foi determinada pelo autorrelato somado a utilização de medicamentos não específicos ou uso de medicamentos específicos ou níveis pressóricos alterados. Resultados: A frequência de hipertensão arterial foi de 55,6%. A prevalência aumentou com a idade, com níveis de escolaridade mais baixos, classe econômicas mais baixas, hábito de fumar, acesso a consultas médicas, obesidade e diabetes. Quando estratificada por sexo as características que foram associadas aos homens foram: situação conjugal, classe econômica, hábito de fumar, consumo abusivo de álcool e obesidade. Ao sexo feminino esteve associado: escolaridade. Conclusões: A frequência de hipertensão arterial na população foi elevada, apontando para necessidade de reorientação do sistema de saúde de maneira mais equânime.

Descritores: Prevalência, hipertensão arterial, doenças crônicas, fatores de risco.

ABSTRACT

Introduction: In the current scenario hypertension is identified as a major modifiable risk factors for cardiovascular disease. Objectives: To analyze the prevalence of hypertension and its associated factors among adults aged 40 years or more in Cambé, Paraná. Methods: Cross-sectional population based study conducted in Cambé-PR from February to July 2011. 1180 household interviews were conducted in subjects 40 years or more followed by measures of blood pressure, weight, height and waist circumference. Hypertension was determined by self-report plus the use of drugs not specific or use of specific medications or blood pressure changes. Results: The prevalence of hypertension was 55.6%. The prevalence increased with age, with lower levels of education, lower socioeconomic class, smoking, access to medical appointments, obesity and diabetes. When stratified by gender characteristics that were associated with males were: marital status, socioeconomic status, smoking, alcohol abuse and obesity. Was associated with female gender: education. Conclusions: The prevalence of hypertension in the population was high, pointing to the need to reorient the health system more evenly.

Keywords: Prevalence, hypertension, chronic disease risk factors.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................05

2 OBJETIVOS..........................................................................................................07

3 METODOLOGIA...................................................................................................08

3.1 TIPO DE ESTUDO................................................................................................08

3.2 LOCAL DE ESTUDO.............................................................................................08

3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA....................................................................................09

3.4 COLETA DE DADOS............................................................................................11

3.5 VARIÁVEIS DE ESTUDO.......................................................................................11

3.6 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS.............................................................15

3.7 ASPECTOS ÉTICOS............................................................................................16

4 RESULTADOS.....................................................................................................17

5 DISCUSSÃO.........................................................................................................21

6 CONCLUSÃO.......................................................................................................25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................26

APÊNDICE.................................................................................................................29

Termo de Consentimento Livre Esclarecido...............................................................30

ANEXO.......................................................................................................................31

Parecer do Comitê de Ética em pesquisa com seres humanos.................................32

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1 INTRODUÇÃO

O acúmulo de maiores contingentes populacionais nas faixas etárias mais

elevadas somado as alterações nos padrões de morbimortalidade levaram a

mudanças no perfil epidemiológico da população brasileira. Nesse sentido observou-

se um aumento da importância de doenças não transmissíveis, entre elas as

cardiovasculares, que representam a primeira causa de morte em todo o mundo

(MEDRONHO, 2006).

A hipertensão arterial destaca-se como um dos principais fatores de risco

modificáveis que pode levar ao desenvolvimento e/ou agravo de doenças

cardiovasculares. Estudos internacionais apontam uma prevalência de 26,4% na

população adulta no ano 2000 e estimam que este valor aumente cerca de 60% até

2025 (KEARNEY, 2005).

No Brasil a prevalência de hipertensão arterial assume valores elevados,

variando entre 15,1% em Palmas e 24,9% no Recife, com maior frequência em

mulheres, conforme estudo realizado com adultos de 18 anos ou mais por inquérito

telefônico em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal (MOURA; et al.,

2008). Estudos mais recentes confirmam estes resultados, conforme estudo

realizado por Barbosa e colaboradores, 2008, com adultos de 18 anos e mais no

município de São Luís, Maranhão, encontraram valores de prevalência de 27,4%

semelhantes aos apontados.

A hipertensão arterial é um distúrbio multifatorial caracterizado por níveis

elevados e sustentados de pressão arterial conforme define a Sociedade Brasileira

de Hipertensão, 2010. Esta doença é diagnosticada por método auscultatório

indireto ou por técnica oscilométrica. Seu controle pode ocorrer por meio de medidas

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não medicamentosas, baseadas na adequação dos hábitos de vida ou através de

medidas medicamentosas, sendo que a necessidade da terapia medicamentosa

deve ser determinada clinicamente em condições de risco cardiovascular global alto

ou muito alto (NOBRE et al., 2010).

A identificação de fatores de risco para a hipertensão vem colaborando

para o aprimoramento e avanço de ações de prevenção e controle de doenças

cardiovasculares, além de contribuir para o redirecionamento de medidas

relacionadas à terapia medicamentosa e não medicamentosa.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

• Analisar a prevalência de hipertensão arterial e seus fatores associados em

adultos de 40 anos ou mais no município de Cambé, Paraná.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Estimar a prevalência de hipertensão arterial em indivíduos de 40 anos ou

mais no município de Cambé, Paraná.

• Identificar fatores associados à hipertensão arterial entre adultos e idosos.

• Caracterizar os indivíduos hipertensos de acordo com o sexo, quanto as

variáveis socioeconômicas e demográficas, de hábitos de vida, de utilização

dos serviços de saúde e de condição de saúde.

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3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo transversal de base populacional realizado no

período de janeiro a agosto de 2011.

3.2 LOCAL DE ESTUDO

O estudo foi realizado no município de Cambé, localizado na região Norte

do Estado do Paraná. A população estimada do município era de 92.888 habitantes

no ano de 2007 (IBGE, 2007) sendo 31,1% com idade igual ou superior a 40 anos

ou mais.

Figura 1- Localização do município de Cambé no Estado do Paraná

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O município possui: 11 Unidades Básicas de Saúde, sendo uma delas 24

horas; serviço de atendimento móvel de urgência; serviço de média complexidade

como: centro de atenção psico-social infantil e adulto, centro de referência de

especialidades, centro de especialidades odontológicas e pronto atendimento 24

horas; além de atendimento hospitalar (PREFEITURA DE CAMBÉ, 2012).

3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA

O presente estudo faz parte de um projeto intitulado Doenças

Cardiovasculares no Estado do Paraná; mortalidade, perfil de risco, terapia

medicamentosa e complicações, realizado no ano de 2011 (VIGICARDIO, 2011). A

população de estudo foi constituída por residentes da área urbana do município de

Cambé com idade igual ou superior a 40 anos, de acordo com os dados relativos à

contagem populacional realizada em 2007

Para determinação da amostra foi utilizado o aplicativo EpiInfo 3.5.3,

considerando uma proporção esperada de 50%, margem de erro de 3% e intervalo

de confiança de 95%, o que resultou em amostra de 1.066 indivíduos, a qual foram

acrescentados 20% para possíveis perdas.

Todos os setores censitários da área urbana do município foram

contemplados, considerando a proporcionalidade de homens e mulheres de 40 anos

ou mais em relação à população da mesma faixa etária do município.

Posteriormente foi realizada a distribuição da amostra por setor censitário,

realizando arredondamentos para mais sempre que necessário. Ao término desses

procedimentos, obteve-se uma amostra de 1.336 indivíduos a serem entrevistados.

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A partir dos mapas de cada setor censitário foram definidos os indivíduos

que participariam da pesquisa. Foi adotado como procedimento padrão o sorteio de

uma quadra inicial de cada setor, seguido de um sorteio para determinar a esquina

que seria o ponto de partida para as entrevistas. Definida a esquina realizava-se um

terceiro sorteio entre o primeiro e o segundo domicílio para que então pudesse

iniciar as entrevistas.

Uma vez estabelecido o local da primeira entrevista, o entrevistador

deveria seguir em sentido anti-horário, respeitando um intervalo de 1: 2 para o

próximo domicílio. Assim que terminasse a quadra, deveria então, partir para o

quarteirão mais próximo seguindo o intervalo determinado.

Em cada residência apenas um indivíduo deveria ser entrevistado,

portando naquelas residências em que havia mais de uma pessoa com 40 anos ou

mais era realizado sorteio para definir quem participaria da entrevista.

3.3.1 Critérios de inclusão

Foram incluídos no estudo todos os indivíduos de 40 anos ou mais,

residentes da área urbana do município de Cambé e sorteados conforme a

sistemática estabelecida.

3.3.2 Critérios de exclusão

Foram excluídos da pesquisa indivíduos sem plenas condições de

raciocínio, com incapacidade auditiva ou de comunicação quando não estavam

acompanhados de um cuidador que pudesse auxiliá-lo na entrevista. Indivíduos que

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após três visitas em horários distintos não eram encontrados em seu domicílio

também eram automaticamente excluídos.

3.4 COLETA DE DADOS

A coleta de dados ocorreu por meio da utilização de um formulário com

136 questões divididas nos seguintes blocos: variáveis de caracterização, variáveis

de hábitos de vida, variáveis de capacidade funcional, utilização de serviços de

saúde, condições de saúde, tratamento medicamentoso e medidas antropométricas.

A entrevista só era iniciada depois de devida apresentação dos

entrevistadores, do objetivo do estudo e da leitura e assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A). Após todos os esclarecimentos

relacionados à pesquisa o participante era conduzido a um local adequado para que

pudesse se sentir a vontade para responder a todas as questões e para que o

entrevistador pudesse aferir as medidas antropométricas de maneira correta.

3.5 VARIÁVEIS DE ESTUDO

3.5.1 Variável Dependente

• Hipertensão arterial: Foram considerados hipertensos indivíduos

apresentaram valores de pressóricos maiores alterados; ou relatou ser

hipertenso e utilizava medicação não específica; ou utilizava medicação

específica. Entende-se como medicação não específicas todos os

medicamentos da classe dos diuréticos, que clinicamente são utilizados para

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outras patologias além da hipertensão arterial. Todas as outras classes de

medicamentos serão consideradas específicas, conforme estabelecido pela

VI Diretriz Brasileira de Hipertensão (2010). Valores de pressão arterial

maiores ou iguais a 140/90 mmHg serão considerados limítrofes para

hipertensão arterial (BRASIL, 2010).

o Sim

o Não

3.5.2 Variáveis Independentes

3.5.2.1 Demográficas e socioeconômicas

• Idade: considerada em anos de vida

o 40 a 49 anos

o 50 a 59 anos

o 60 a 69 anos

o 70 anos ou mais

• Sexo

o Masculino

o Feminino

• Estado civil

o Com parceiro

o Sem parceiro

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• Cor/Raça

o Branca

o Preta/Parda

o Outras

• Grau de escolaridade: determinado por meio da quantidade de anos

completos estudados

o 0 a 3 anos

o 4 anos ou mais

• Classe econômica: Determinada pela classificação da Associação

Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) conforme o Critério de

Classificação Econômica Brasil (CCBE) que utiliza o levantamento de

características domiciliares para diferenciar a população.

o Classe A e B

o Classe C

o Classe D e E

3.5.2.2 Variáveis de hábitos de vida

• Hábito de fumar

o Sim

o Não

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• Consumo excessivo de álcool: Será considerado consumo excessivo de

álcool, o indivíduo que consumir cinco ou mais doses para homens ou quatro

ou mais doses para mulheres, em uma única ocasião, pelo menos uma vez

nos últimos 30 dias conforme determinado pela Vigilância de Fatores de

Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (2010).

o Sim

o Não

• Prática de atividade física: Obtido por meio do seguinte questionamento: " Em

uma semana normal (típica) o sr(a) faz algum tipo de atividade física no seu

tempo livre?" (HASKELL et al., 2007).

o Pratica atividade física

o Não pratica atividade física

3.5.2.3 Variáveis de utilização dos serviços de saúde

• Visita do agente comunitário de saúde

o Sim (1 ou mais visitas por mês)

o Não (nenhuma visita por mês)

• Consulta médica nos últimos 12 meses

o Sim (1 ou mais)

o Não (nenhuma)

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3.5.2.4 Variáveis de condição de saúde

• Obesidade: Para classificar o indivíduo como obeso foi feito o cálculo do

Índice de Massa Corporal (IMC), no qual valores maiores ou iguais a 30 serão

utilizados como limítrofes para esta classificação (ABESO, 2009).

o Sim

o Não

• Diabete Mellitus: Para classificar o indivíduo como diabético foram

considerados os valores de glicemia em jejum, referir ser diabético ou usar

medicação hipoglicemiante. A glicemia em jejum foi considerada alterada

quando os valores eram maiores ou iguais a 126 mg/dl (SOCIEDADE

BRASILEIRA DE DIABETES, 2010).

o Sim

o Não

3.6 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS

O dados foram duplamente digitados em um banco de dados criado no

programa EpiInfo versão 3.5.3., em seguida conferidos em momentos distintos para

a verificação de inconsistências por meio de consulta aos formulários de pesquisa.

A análise do desfecho foi realizada em duas etapas, sendo a primeira

análise descritiva dos dados seguida associação dos desfechos com as variáveis

independentes considerando intervalo de confiança de 95% e nível de significância <

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0,05, conforme utilizado amplamente na literatura (PEREIRA, 2010; FERREIRA,

2009).

3.7 ASPECTOS ÉTICOS

Para realização do estudo o projeto foi submetido e aprovado do Comitê

de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (ANEXO A). Os

princípios éticos foram baseados na resolução 196/96 que estabelece normas para a

pesquisa envolvendo seres humanos. A participação no estudo foi firmada através

de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, sendo que uma via

permaneceu com o entrevistado e a outra com a equipe de pesquisa.

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4 RESULTADOS

Foram entrevistados 1.180 indivíduos (88,3%), destes 660 (55,9%) eram

hipertensos. Em relação às variáveis demográficas e socioeconômicas (Tabela 1)

pode-se observar predomínio do sexo feminino (54,4%); idade média de 54,6 anos

(dp = 10,6) e mediana de 53,1 anos; 73,1% viviam com cônjuge; 59,7% da

população eram da cor branca, 36,6% da cor parda ou preta e 3,7% representado

por indivíduos da cor amarela ou indígenas; 75,0% estudaram 4 anos ou mais; 52%

da classe econômica C. As variáveis que tiveram associação significativa com a

hipertensão arterial foram: maior idade (p<0,001), baixa escolaridade (p<0,001) e

nível socioeconômico mais baixo (p<0,001).

Tabela1- Distribuição da população de estudo, de acordo com características demográficas e socioeconômicas. VIGICARDIO, 2011.

Variáveis TOTAL Hipertensão Arterial

p Sim Não n % n %

Sexo 0,473 Feminino 642 353 55,0 289 45,0 Masculino 538 307 57,1 231 42,9 Idade < 0,001 40 a 49 anos 476 185 38,9 291 61,1 50 a 59 anos 365 207 56,7 158 43,3 60 a 69 anos 240 185 77,1 55 22,9 ≥ 70 anos 99 83 83,8 16 16,2 Situação conjugal 0,823 Com cônjuge 863 481 55,7 382 44,3 Sem cônjuge 317 179 56,5 138 43,5 Cor/Raça 0,120 Branca 704 380 54,0 324 46,0 Parda/Preta 432 258 59,7 174 40,3 Outras 44 22 50,0 22 50,0 Escolaridade* < 0,001 0 a 3 anos 294 214 72,8 80 27,2 ≥ 4 anos 884 445 50,3 439 49,7 Classe econômica* < 0,001 Classes A e B 450 219 48,7 231 51,3 Classe C 613 356 58,1 257 41,9 Classes D e E 116 84 72,4 32 27,6 TOTAL 1.180 660 55,9 520 44,1

*existem campos com ausência da informação

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As características de hábitos de vida (Tabela 2) apontam que 80% da

população não eram fumante, 82,5% não fazia uso abusivo de álcool e 71,4%

praticava atividade física no lazer. Quanto às variáveis de serviço, 64,6% dos

indivíduos afirmou receber visitas do agente comunitário de saúde e mais da metade

(82,3%), consultou o médico dos 12 meses anteriores à entrevista.

Entre os entrevistados, 68,7% foram considerados obesos com base no cálculo

do índice de massa corporal e 12,8% foram considerados diabéticos.

A hipertensão arterial foi estatisticamente significativa quando associada ao

hábito de fumar (p=0,003), realização de consulta médica nos últimos 12 meses

(p<0,001), a presença de obesidade (p<0,001) e diabetes mellitus (p<0,001).

Tabela 2 - Distribuição da população de estudo, de acordo com hábitos de vida, serviço de saúde e condição de saúde. VIGICARDIO, 2011.

Variáveis TOTAL Hipertensão Arterial

p Sim Não n % n %

Hábito de fumar 0,003 Sim 236 112 47,5 124 52,5 Não 944 548 58,1 396 41,9 Consumo excessivo de álcool 0,420 Sim 206 110 53,4 96 46,6 Não 974 550 56,5 155 43,5 Atividade física* 0,388 Não pratica 337 182 54,0 155 46,0 Pratica 842 478 56,8 364 43,2 Visita do ACS* 0,112 Não 343 180 52,5 163 47,5 Sim 626 372 59,4 254 40,6 Consulta médica nos últimos 12 meses*

< 0,001

Sim 937 551 58,8 386 41,2 Não 197 89 45,2 108 54,8 Não sabe/lembra 5 1 20,0 4 80,0 Obesidade < 0,001 Sim 369 250 67,8 119 32,2 Não 811 410 50,6 401 49,4 Diabetes Mellitus < 0,001 Sim 151 124 82,1 27 17,9 Não 1.029 536 52,1 493 47,9 TOTAL 1.180 660 55,9 520 44,1 *existem campos com ausência da informação

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Considerando apenas os indivíduos com hipertensão, a média de idade

encontrada foi de 57,7 anos (dp=10,6) e a mediana de 57,0 anos. As características

que tiveram associação significativa ao sexo masculino foram: situação conjugal

(p<0,001), demonstrando que homens que vivem com suas parceiras tem maior

frequência de hipertensão comparado as mulheres; e a classe econômica (p<,001),

indicando que classes econômicas mais baixas têm maior prevalência de

hipertensão arterial entre os homens, do que entre as mulheres. O sexo feminino

teve associação significativa com a escolaridade (p<0,001), apontando que mulheres

que estudam menos desenvolvem mais o desfecho do que os homens. Não houve

relação significativa entre os sexos quanto a variável faixa etária e cor/raça (Tabela

3).

Tabela 3 - Caracterização da população de hipertensos categorizada por sexo, segundo variáveis demográficas e socioeconômicas. VIGICARDIO, 2011.

Variáveis n Sexo

p Feminino Masculino n % n %

Idade 0,137 40 a 49 anos 185 91 26,6 94 26,6 50 a 59 anos 207 96 31,3 111 31,4 60 a 69 anos 185 91 29,6 94 26,6 ≥ 70 anos 83 29 9,4 54 15,3 Situação conjugal <0,001 Com cônjuge 481 219 62,0 262 85,3 Sem cônjuge 179 134 38,0 45 14,7 Cor/Raça 0,211 Branca 380 214 60,6 166 54,0 Parda/Preta 258 127 36,0 131 42,7 Outras 22 12 3,4 10 3,3 Escolaridade <0,001 0 a 3 anos 214 139 39,5 75 24,4 ≥ 4 anos 445 213 60,5 232 75,5 Classe econômica < 0,001 Classes A e B 219 133 43,3 86 24,4 Classe C 356 154 50,2 202 57,4 Classes D e E 84 20 6,5 64 18,2

Quanto às variáveis de hábitos de vida, houve significância estatística com o

sexo masculino o hábito de fumar (p<0,001) e o consumo excessivo de álcool

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(p<0,001). Não foram encontradas diferenças significativas entre os sexos quanto

prática de atividade física no lazer (Tabela 4).

A variável consulta médica nos últimos 12 meses esteve associada ao sexo

masculino (p=0,002). Em relação às comorbidade, os homens com hipertensão

arterial são mais obesos do que as mulheres (p<0,001).

Tabela 4 - Caracterização da população de hipertensos categorizada por sexo, segundo variáveis de hábitos de vida,serviços de saúde e condição de saúde VIGICARDIO, 2011.

Variáveis N Sexo

p Feminino Masculino n % n %

Hábito de fumar < 0,001 Sim 112 43 12,2 69 22,5 Não 548 310 87,8 338 77,5 Consumo excessivo de álcool

< 0,001

Sim 110 22 6,2 88 28,7 Não 550 331 93,8 219 71,3 Atividade física 0,559 Não pratica 182 94 26,6 219 71,3 Pratica 478 259 73,4 88 28,7 Visita do ACS 0,588 Não 180 95 31,3 85 33,9 Sim 372 207 67,9 165 65,7 Não sabe/não lembra 3 1,0 1 0,4 Consulta médica nos últimos 12 meses* 0,002

Sim 551 316 91,1 235 79,9 Não 89 31 8,9 58 19,7 Não sabe/lembra 1 0 0,0 1 0,3 Obesidade < 0,001 Sim 423 196 55,5 227 73,9 Não 237 157 44,5 80 26,1 Diabetes Mellitus 0,207 Sim 124 60 17,0 64 20,8 Não 536 293 83,0 243 79,2 *existem campos com ausência da informação

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5 DISCUSSÃO

O presente estudo buscou apresentar a prevalência de hipertensão arterial e

identificar os fatores associados a essa morbidade em uma população adulta de um

município de médio porte.

A prevalência da hipertensão arterial foi determinada não apenas por meio do

dado autorreferido, mas também utilização de medicamentos e aferição de pressão

arterial. Esse método possibilitou a identificação de indivíduos que desconheciam a

morbidade no momento da entrevista, confiando ao estudo uma imagem mais

próxima ao cenário real do município estudado.

A prevalência de hipertensão foi de 55,9%, superior à encontrada em estudos

que utilizaram o mesmo método de análise. Estudo transversal realizado no

município de São Luís encontrou prevalência de hipertensão nas faixas etárias de 40

anos ou mais de 48,5 %, valor próximo ao observado nesse estudo e em outros

estudos conduzidos país (BARBOSA, 2008; BARRETO, 2001).

Observou-se relação do aumento da ocorrência da hipertensão com o aumento

da idade, sendo esta relação menos frequente em indivíduos com maior

escolaridade e de classe econômica mais elevada. O aumento dos níveis

pressóricos com a idade é evidenciado em diversos estudos nacionais e

internacionais (BARROS, 2011; FERREIRA, 2009; KEARNEY, 2005), demonstrando

a importância do envelhecimento populacional no surgimento de fatores de risco

cardiovasculares entre eles o aparecimento da hipertensão que comprometem a

qualidade de vida da população (MACIEL, 2008. GOULART, 2011).

Quanto a associação encontrada entre a hipertensão e a presença de baixa

escolaridade e de menores classes econômicas foi semelhante a apresentada em

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outro estudo (VARGAS, 2000). Nesse sentido indivíduos que vivem em ambientes

de níveis socioeconômicos mais baixos estão mais expostos a piores condições de

vida que podem acarretar a problemas de saúde como; depressão, sedentarismo,

consumo abusivo de álcool e outros fatores associados a HA (DHHS, 2012).

Em relação aos hábitos de vida, ser fumante esteve associado positivamente à

hipertensão. Este resultado é similar ao encontrado em outros estudos, como o

desenvolvido por BARRETO et. al., 2001, que atribui esse achado a menor

sobrevida de pacientes hipertensos fumantes.

No acesso aos serviços de saúde a frequência de HA esteve associada à

consulta médica nos últimos 12 meses, achado concordante com estudo transversal

de base populacional realizado com adultos de 20 anos ou mais do município de

Pelotas, que relatou que 29,5% dos indivíduos hipertensos haviam consultado o

médico nos 12 meses anteriores a pesquisa (CHRESTANI; SANTOS;

MATIJASEVICH, 2009). A influência do acesso ao serviço de saúde no

reconhecimento da doença é um importante fator para impulsionar a terapia

medicamentosa e não medicamentosa para o controle adequado da hipertensão

arterial.

Observou-se maior prevalência de hipertensão, entre os indivíduos obesos,

estudos prospectivos confirmam que o ganho de peso é um importante preditor para

o desenvolvimento de HA (GARRISON, 1987). Essa associação deve-se a

alterações fisiopatológicas relacionadas a: expansão do volume extracelular e

aumento do fluxo sanguíneo, resistência a insulina, aumento da atividade do sistema

nervoso simpático, entre outros, que desencadeiam alterações na função renal e

consequente aumento da pressão arterial (BARRETO-FILHO, 2002).

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No presente estudo o diabetes esteve associada à hipertensão, conforme

descrito amplamente da literatura. Cipullo e colaboradores, 2009, em um estudo

transversal em uma amostra representativa da população de São José do Rio preto

e constatou que houve associação entre diabetes e hipertensão (p<0,05) em todos

os grupos etários > 50 anos.

Em relação ao sexo observou-se maior prevalência de hipertensão entre os

homens. Este achado é confirmado em outros estudos, como o realizado em

Maracibo, Venezela com indivíduos de 20 anos ou mais, que encontrou prevalência

de 45,2% em homens e 28,9% em mulheres (SULBARA’N et al., 2000). No México

em um estudo realizado em 31 Estados e no Distrito Federal, com indivíduos de

idade entre 20 e 69 anos, os homens também apresentaram maior frequência de

hipertensão, 37,5%, quando comparados às mulheres, 28,1% (ARROYO, et al.,

1999).

No entanto estudos realizados no Brasil (FERREIRA et al., 2009; SHERR;

RIBEIRO, 2009) e em outros países como Paraguai (RAMIREZ et al. 1995) foram

observados maiores frequências de hipertensão entre as mulheres, achado esse

explicado por fatores biológicos (androgenismo), em especial em mulheres com

idade superior a 40 anos que pela diminuição dos hormônios femininos, acarretam

ao aparecimento de fatores de risco correlacionados ao aparecimento da HA bem

como de outros fatores de risco cardiovasculares (ROSANO; FINI, 2002).

A maior prevalência de consumo abusivo de álcool entre os homens é

apresentada na literatura como algo definido pelo fator social, pois esse

comportamento é mais presente em indivíduos de classes econômicas mais baixas

e de menor escolaridade (COSTA et al., 2004; FIGLIE et al., 2000; NJELEKELA et

al., 2009).

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Quanto à consulta médica nos últimos 12 meses foi constatado que homens

hipertensos vão menos ao médico do que as mulheres achado semelhante a de

outros estudos, justificado pelas mulheres terem maior percepção de saúde quando

comparada ao homem (ONG et. al., 2008).

Nas mulheres a baixa escolaridade esteve associada a presença de HA, achado

esse que fortalece o apresentado na literatura, no que tangue piores condições de

vida estarem associadas ao aparecimentos de doenças como a hipertensão arterial

(HARTMANN et. al., 2007; SHERR; RIBEIRO, 2009).

As divergências nas estimativas de prevalências e dos fatores associados à

hipertensão arterial apresentadas podem ser atribuídas às diferenças metodológicas

de cada estudo e das particularidades de cada população. O presente estudo

buscou utilizar medidas pressóricas para aumentar a confiabilidade das estimativas

obtidas, no entanto esse método não permite identificar pessoas com hipertensão

controlada por meio de medidas não farmacológicas. No que se refere aos fatores

associados a HA há necessidade de uma análise ajustada para controle de variáveis

de confundimento.

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6 CONCLUSÃO

A frequência de hipertensão arterial na população estuda foi elevada,

aumentando progressivamente com a idade. Os fatores associados HA

identificados no estudo foram: idade, escolaridade, classe econômica, hábito

de fumar, consulta médica nos últimos 12 meses, obesidade e diabetes.

Ao analisar as características da população hipertensa de acordo com sexo,

foram observadas diferenças relacionadas a perfis socioeconômicos, hábitos

de vida e acesso ao serviço de saúde.

As análises dos resultados apontam para importantes diferenças no perfil

de saúde-doença da população. Nesse sentido é necessário reorganizar o

sistema de saúde de maneira mais equânime, para que essas diferenças sejam

reconhecidas. A ampliação do acesso e da qualidade da saúde pode ser

determinante para o controle de doenças crônicas como a hipertensão arterial

e para o incentivo a sua prevenção por meio de terapias não medicamentosas.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre Esclarecido

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ANEXO

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ANEXO A – Parecer do Comitê de Ética em pesquisa envolvendo seres humanos


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