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pre m'aturopre m'aturo

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porque nasces na alvorada de uma madrugada deitadaporque nasces na alvorada de uma madrugada deitadase nascer é morrer quando abres os olhos e ergues a questãose nascer é morrer quando abres os olhos e ergues a questãomorrer é a noite abraçada no peito frio do teu olhar abençoadomorrer é a noite abraçada no peito frio do teu olhar abençoadonem nasces morres para a manhã que cresce ao dianem nasces morres para a manhã que cresce ao dia

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seduz.-me só mais uma vez seduz.-me só mais uma vez como se o amanhã não existisse como se o amanhã não existisse que eu voltarei a dizer-te que eu voltarei a dizer-te que te amarei para sempre,,, que te amarei para sempre,,, como da primeira vez como da primeira vez e de forma urgentee de forma urgentequero sentir a tua língua percorrerquero sentir a tua língua percorrera minha única forma de vivera minha única forma de vivercomo se fosse a primeira como se fosse a primeira diz-me no silêncio das letrasdiz-me no silêncio das letrascomo se escreve a palavra...como se escreve a palavra...tocar a alma muito antes do corpotocar a alma muito antes do corpotocar o espírito antes de acordartocar o espírito antes de acordare perceber que tocar-te é amare perceber que tocar-te é amarnem me apercebo ou quero irnem me apercebo ou quero irmas porque te adivinho sorriomas porque te adivinho sorrionas ondas que emites vibronas ondas que emites vibronem que seja a última vez nem que seja a última vez quero saber o que é sentirquero saber o que é sentirteu corpo no meu e sorrirteu corpo no meu e sorrirtem o toque da tua pele?tem o toque da tua pele?tem o odor do teu suortem o odor do teu suorou é fantasia e dor?ou é fantasia e dor?

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querer é um poder que ninguém deve almejar... mas eu queria, só porque sim... poder te amar.querer é poder que ninguém deve ambicionar... mas eu queria, só porque sim... poder te curarquerer é poder que ninguém deve ousar... mas eu queria só porque sim,,, poder te olharquerer é um poder que ninguém deve fomentar... mas eu queria, só porque sim... poder te abraçarquerer é um poder que eu não quero... mas só hoje, só porque sim... queria a protecção da paz a fraternidade do amor e a tolerância das dores

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sempre quis a união de tudo e de todos e por momentos até que consegui!dizer que somos todos irmãos é um mito bíblico! não há irmãos! há quem queira tudo alterar, subtilmente julgar, por tudo e nada... não importa o quê...por ser, para ser,... há realmente aqueles que nada querem, poucos mas bons e, eu que nunca nada quis, agora quero:- quero o meu eu!o eu que via lia partilhava e ria, por poder levar ao outro a alegria de se saber e sonhar espalhado por aí, mas descobri que só ajudava a espalhar a fome da ganância do exibicionismo desmesurado, como se a vida fosse um galo encharutadoentão? que faço eu aqui? se não levei a mensagem e a missão a bom porto, não faço nada aqui, nãoprefiro viver à margem da sociedade decadenteno lado certo de quem bebe água purae não na fonte trigueira que usa e abusa da videiraapela ao mar salgado que seja docee vê tudo, mesmo o que tu não vêso amor que se sente não é para veré só para se sentir

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anuncio anunciado prematuro de mimpelo ciclo da palavraarmazenadaem recantos meuspedaços de nósescondidos de tianunciei e nem vistemas foi dito que sime agora não mais queroanunciar aqui

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tanto vivi que morroquando nasçoem cada ar que respiro faleçopor vício que precisode enforcar-me assimafogada no risodo grito à nascençaquando digo"não quero ir por aí"nem ciente se vivose já me dissequeiem mais mil pedaços de arespalhados por aí e alémtantas vezes morro, que vivoquando escarneces de mime ardendo vouqueimando de tia dor de um partoque vive em mimparir, nem que seja só para ti

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bate a porta tranca a janelaporque a natureza ...já não é o que erada inocência nasceu criançamas da adolescência fez-se...o macabro que não se dizquando fértil acordarserá a natureza a gritarestá na hora de fechara tranca que enferrujaa cortina que se rasgano vento do nada

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abeirei-me na tua estradade um sorriso tímido para darmas foste somente o abraçoterno de me encantarsó soprar o teu pó no trilhoque a natureza irá agradecercontinuando e deixando teu ser viver

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tens o poder de me dominarinvades-me os sonhos e as palavrastenho o pensamento em ti transbordadonão se me roam as letras e as linhase terei o poder de me superarnas contas das frases na dosagem das emoções para não partir de novo no sentirdo poder com que me dominas

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deixaste em mim o teu doce melensaboei-me esquivando-me com felnão busco adorador da palavraseja qual for a sua formaa métrica e toda a tretaque deitas em mim no teu olhar compreensivoadormeço-me, evitandoo teu olhar tão intenso

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por quantos passados passeique não esqueci o que ainda seiforam os passos seguidosestonteantes e embriagados ainda caminham no rumoao encontro do hoje e do futurotão perto do fimcomo eu agora de tinos passados e amanhãsque em ti vivi

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fui correndo ladeira abaixotinha pressa de te abraçarcorrendo fui sorrindoe cantando dizendovim correndo ladeira abaixotinha pressa de te amarsorrindo e correndoe dizendo cantandocorrendo fui ladeira abaixotinha pressa de te olharsorrindo fui correndodizendo e cantandotinha pressa de em ti estarcorrendo e sorrindofui cantando e dizendo

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foi um dia cheio de emoções que fui encontrando em mimtão intensas e fortes que me cansei até de mime prematura decido findar hoje por aquina folha que falta soprarda árvore cair e tombarpara que na terra e no marme possa de novo encontrarnovo dia sem raízes para cortarsem a dor de algo mais tratarsem ser a vontade de ficar

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tocar-te é de todos os meus pecados...a melhor gula que posso alguma vez viverter-te mesmo que só por uns segundos é saber-te em mim escorregare, no mais íntimo do meu seré sentir-te e saber-te em mime mesmo sem te tocarsaber que como o vento passaste por mim

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jogámos uma vez mais o som à paredee esbarrámos no beco sem saída ao ecosurtiu o silênciono jogo que nem perdemos ou ganhámosfoi um jogo apenassobre as plumas sem corque voam de nós nos dados sem númerono pano verde do planaltonas fichas espalhadas como florese pérolas doiradas não trocadasmas que ficam em nós como marcas bem passadasque não passam nem são restauradassão jogos de vidaque nem devem ser partilhadaspois o silêncio dos nossos jogos...fixaram-se no silênciodas letras trocadas

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estava com tantas saudades de te ouvirque abri a janela e fiquei a olhara ver se te via no sorriso a passartais eram as saudades que...quase nem te via a atravessarias pensativomedindo os passos devagarque também nem me ouviste chamar

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estive esperando a noite chegar cansada de te ver rir e choraraté a nuvem se afastou para não ver...o quão importante é saber amaronde estiveste que eu não estivefoi tempo perdido a aguardara nossa chegada, a nossa forma de estartão simples e singela que nem vale a pena falarsão horas que decorrem no tempono tempo de cá também estarsob o mesmo verbo em sintonia conjugarqualquer verbo mas mais o verbo amarpara te sufocar no ódio e raiva que te possa abraçar

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ser e aceitar-se como é, é de todos os prazeres de te ouvir que me apetecer viver...onde estás que me adormeces a cada hora que me fazes acordar e sorrir...estava tão imensamente embrenhada na forma de viver que nem olhei a tua lágrima...molhava-te a cara e descia pelo teu rosto abaixo, pelo que engolia e nem dizia, estarias de novo à beira do colapso de partir numa luta sem tréguas ou vitórias?na guerra da selva habitual do que passa na rua, cansado e farto, de mais um diamas por fim, se aquieta e acalma no colo de um sofá e retêm-se na abstracção de sinem questionou ou levantou a questão: que faço aqui? para quê existir, se é ao pó que quero irnem a resposta me chega nem o odor da planta que se amotina no almofariz, respondeporque o pó nem cheiro tem, e, o seu sabor... é aquele que não se descreve, pois nada tem

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prostrei meu corpo à tua imagemverguei no símbolo de passageme comigo te levei pela mãode tal forma crente...que hoje és rei do meu coraçãoquente isolado e afagono que em mim possuo oco mais profundo e âmagocom que pretendo a tua bênçãoque seja a de leitura irmãonada se faça mais que seja pecadonem a ti me faça de rogadoserá puro e carismáticotenhas o entendimento de aceitarque terei todo o prazer de amar

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escutei os ecos que o vento transportatrazem novas de outros lados e rosasque os jasmins solicitam por aíé a força dos ventos que me faz chegar aqui

peguei a boleia dos teus olhos e corriestavam entreabertos mas sorrindo para mimestavas tão compenetrado e pensativoque observaste à minúcia este mundo sem fimjá sabes onde está a força de querer enganar-me a mim

no sorriso escondido que refutas por aí...

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sapato cordel salto e papelfoi o lápis afiado no meltorceste o esquiçofuraste o lustreao manteiga derretestesuando no vegetalfaz tudo tão bemna corda do que está malque deixar o sapato usar o chinelo é a fita de feltro mata borrão no traçadode um olhar estreito direito ao peitonão mata nem fereé usado seguro com todo o jeito

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sei que já não é ilusão, sei...sei que sei aceitar-te quando me chamas de irmãoe eu sou irmã e uma confusãojá não é tema é razãotão rara e ultrapassadaporque está fora de questãoser de ti outra coisa que não...alma gémea em mim contidacomo minha e minha melhor amigasei que já é paixão, sei...amo-te de coração.

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passarás na minha rua e eu te vereipor detrás da cortina que me tapareipara só veres o que deixo e dar seio leque que me abana na escadao chapéu que me oculta na sacadanum toldo tosco que me resguardamas olhar-te-ei na esquina de esguelha como se estivesse atrás da tua orelhaa dizer-te como o vento nos faz parelhaao assobiar por entre o olhar da gentesabendo-nos audaz e presentea cada passo que nos passa em frentedesviando o cortinado e espreitando urgente

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se pudesse derrubava todos os muros e fronteirasse pudesse criava um outro mundo e outra nação

reuniria o reino animal em comunhão com o vegetaluniria o céu e a terra e na mistura teríamos o meio

o meio de tudo sem o extremo da noite ou o pico do meio diamas sim o momento de termos o interior em nós

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leva-me tão breve quanto possível na vaga da duna que o vento soprarlá misturada no grão de areiasaberei o quanto no tempo fui amadanos minutos que abusaste de mimnas horas gastas a fugir à pressa de tina trovoada das gotas a flutuar no marpara que saiba aprender a velejare na tempestade sempre encontrara razão que me faça aguentar e ser

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se eu pudesse achara fonte do teu olharsaberia te explicaro porquê do meu desejartão só e somente intrigadoque daria a beber da fonte ao ser amadojorro de juventude e vivercomo até agora o respirare, tudo sorriria por amar

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queria eu saber explicar o porquê desta sede que não matoo porquê deste risco que não corro e entender o porquê desta ânsia que guardopara poder explicarnas letras que não desenho a tristeza que me domina por ver e sentir tanto ser olvidado da divina humanidadequeria eu saber explicartanta coisa que o mundo domina sem a grande fantasia da humildadepara poder sorrir e aceitar a minha diferença de verdadequeria só saber explicar este vício que me domina para me calar e nada mais explicar a esta fraqueza que é minha

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amo-te, natureza selvagemsuja por fora, mas limpa por dentroamo-te, selvática naturezaque não se suja crescidase mantêm intacta e indolorporque se ama mesmo sem corno sorriso de uma missãosaber amar em qualquer situaçãoamar-te-ei em qualquer alturaque me deixes dar-te a mãoporque já possuis o meu coração

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verifico as noites e os dias passadosnas rugas que me adornam as vidas das estações cuidadasnos minutos e horas que passamnem devagar nem apressadosvividos e intensos preenchidosnos calos do corpo encerradosno vento que sopram descuidadosa pele seca de outros a decorreré a vida de enlouquecercalma até que a voz me chamepara de novo sorrir e viver

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podem passar as águas na fonte nos olhos de alguém a marejarmas todas as gotas saberãoo quanto corre no nascer do coraçãogotas que se escutam no riachoda vida que nasce por missãoa cada um o seu, eu acho...

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quis deslizar no som da tua letra a riscar-me tal papelmas de ti só ouvi os suspiros por outro melmarcaste as maracas de uma ilusão como fingidas à descriçãoeram letras embrulhadas em papel de sedaparcas de intençãoferidas em caróceis de cavalos alados aos papéisnem horizontes de mentes nem árduas mãoseram calos da alma que invadem a pele

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ouvi a voz do vento no meu ouvido a sussurrar novidades do mundo saindo por aí, como se o mundo...fosse desabar num imenso coloridofosse ressuscitar as cores maravilhosas de que urge em mim e preciso, mas o vento só me trouxe ecos do silêncio de mim, tão calmo e silenciado como se fosse uma caverna profunda no chãoo mais silenciadolocal da terra

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eu amo amar-te com a calma suave que te adensa no fumo fraterno do coração envolto no mistério e ouvido como que em oração sob o odor do incenso e de uma eterna gratidão

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amo abraçar-te sem ter motivo ou intenção só saber que aceitas o abraço de coração tal como recebes o vento no peitoaberto de ser simplesmente genteque se evapora no ar quando o tempo muda e tudo se deixa escapar.

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beijar-te docemente como estivesse te querendo e apelando a todos os sintomasdementes insanos próprios e impróprios de quem amaamar um doce olhare entre poses simples docemente te beijar

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juntar os corpos em todos os sentidos na junção perfeita de sons corrompidos insinuando imitar a voz da terra a gretar do ar a rasgar do mar a embalar no fogo de não poder mais ausentar a chama que banha o encontro do ser que se ama

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suspirando a cada nova rajada do vento sentido no rosto a fazer chorar a proclamar que devia estar a amar a sentir a vontade de continuar, mas fecha os olhos e sente desalmadamente se esconde e mente

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não te quero mais ver, sentir ou desejar, não quero ouvir o teu ar sorrir e se despir nas vestes transparentes do meu véu quase a tombar e a cair na densa selva tal floresta por desbravar usando só as mãos feridas para as verdes frescasdas folhas desviar

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?

como pintar?as cascas das árvores da cor doirada?de encher o nosso sentir e voltar a desenhar a copa frondosa de um luar?

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queria suspirar no monte dos teus sonhos e deixar-te invadir o torpor dos meus sentidosmas somente te posso agradecer os tempos decorridosnuma planície enfeitada pelas cortinas de searas e papoilascom cheiro de nascimento de rosmaninhos e acáciasonde brotam por todos os lados e muitas coresos gritos dos que buscam somente a palavra amorvivida mais do que sentida na ocorrência de quem amasabe amar em toda a entrega a que se der e ocasionarporque o mundo não pode ser a dor eterna de invejardo querer e poder mas sim a verdadeira noção de viver

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da camisa de forçasgriteibracejei nos teus braçosgriteiquis soltar as amarrasgriteidesenrolei-me das faixasgriteicortarei as cordasgriteide mim me libertareigriteitanto pontapé que deigriteium chuto trago no pégriteigritei!

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ousei tocar-tecomo se toca a pazdesatinada da fémas sabendo-me capazde sentir-te na peleentranhar-me me tialastrar-me e expandir-metão perto do céu ficarque anseio para sempre te amarno encosto do teu tosco olharsofrido e amarguradoe tanta vez corrompidoque torturado se entregana cruz cega da sinasaber ser crer e aceitara minha forma de te tocar

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não posso nem devo temere tremer na espera de te ternão posso nem devo não crerser impossível te alcançarna possibilidade de te abraçardirei somente acreditarque de todas as leisna letra que se jaz amarforam as palavrasque dominaram o teu dizerexpondo-me intimamente no sentirsó possível porque me dás te ouvir

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ditei-te!vezes sem conta te lie de todas as vezes que forameu finalmente percebique os meus olhos lêema alma que te sentiescrevendo rolamgotas em mim.

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sou tua amante e, nem sabiapelas letras que ora se faziae em todas elas se liao sentir que só a nós diziaera tua amante quem diriafoi na partida que descobrifoi a chorar que o inventeina ausência do que não podiachamar-te se te sentiafui tua amante e nem sabia

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levaste-me à loucura dos diasnum estar tão urgente e escassosem calor ou frio num simples abraçoque te beijei arrepiadachorei-te na lágrima escorridaque hei-de impor a regra sem leio cosmos infinito do amornuma selva farta de desejoscantando e sorrindo na libertaçãode como dizer que te amo sem suspiraré como dizer que te amo sem te falaré dizer-te amo-te mas no silêncioe calar-me na loucura dos dias

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choro antecipado...é o que se dá no ventreenquanto ainda sentadoaguardando o calváriode um rosário traçadosob a capa de um sorrisoquase premeditadochora-se baixinhoao que nem se conta ao ladonada certo e tudo erradotrajando o andrejode papo esticadoe agora versátilde peito encabisbaixofurtaste-te ao tempo previstomas não te escapaste ao riscode amar e ser amadoprematuro e chorado...

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de veludo traçaste o chãopisado e lavradopara suster o mundo cãopisaste na alamedarolaste na avenidae caíste na veredade uma clareira compridaum oásis quase desertoprenhe de ervas daninhaseram histórias em contosem ti descritas fantasiasnum acaso que por não seremeram lendas de maldizer maldita! um desperdício contido numa vida qualquer

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trocaste-me o alfabetojá nem é árabe nem romanoé um riscar triste e desumanoporque desvalorizas o abetoo carvalho e o pinheirotrocas o alfabeto por dinheirotrocaste-te mas não me trocasteporque a mim sentiste e nem tocaste

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desrespeitaste a minha vozo meu silêncio foi violadopelo teu violento gritofoste um caso atroz perdidono espaço curto e infinitopoeira cósmica viajadabrilha no firme ocaso estelarna conjugação verbal de amarpura simples se de respeitarmesmo sem ouvir ou caladaaprende a não ser violada

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tiveste a mão pesada quando abraçaste o marteloditaste na memóriaa lei da corrupçãoe decretaste o mistériocomo o segredo do anciãotoma leve a recompensaque agora te dãotivesses sido justonuma lei sem custoe livre de evasãoo mundo seria melhorsem ganância e dore todos viveríamosa grande lei do amor

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quero poder condenar-me ao teu olharchamar-te carrasco e entregar-meàs penas sofismáticas do teu brilhoauspício sentindo novo e moçosempre renovado e audaciosopara poder condenar-me no teu amarsempre novo e prestes a desejarnuma árvore nova fruto colherque eu me condene por não plantarna eira seca do teu ventresemente nova para semear

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quero poder condenar-me ao teu olharchamar-te carrasco e entregar-meàs penas sofismáticas do teu brilhoauspício sentindo novo e moçosempre renovado e audaciosopara poder condenar-me no teu amarsempre novo e prestes a desejarnuma árvore nova fruto colherque eu me condene por não plantarna eira seca do teu ventresemente nova para semear

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é urgente amar-tenão parar para pensarsenão podemos duvidar-tee onde te amamosé quando nem te pensamosexistimos e sabemos que simtemos-te e sentimos-nosnuma forma única e sem fimnem quando adormecesno colo de um agoirado sonhonem quando despertas aos ombros de um dia calorosoé urgente, amar-te

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no que me magoas...pões à prova a missãocontinuar correctana recta que traço com a mãomanter-me simples e fielsempre atentaultrapassando a própria metaaceitando e anunciandocumprida mais uma etapano que me magoas a mim despertaa melhor forma que incitode manter-te

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estou carente do teu serao teu olhar preciso de vero espelho da tua almasentindo o que ela me tocarestou carente de te amarnão vou mais olhar-te e chorarna lista infinita dos sentimentosnão vou olhar e chorar-tenão padeço de sofrimentosque ousem lágrimas chamarsó quero olhar-te e chorarpor demais te amarno silêncio do olharna distância de alcançartão perto te quero e tenhoque é no silêncio que vou chorarpor demais te amar

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cuidar de ti é estudar-tee saber o que precisaráspara que te ganas de viverestarás preparado?para a bomba da vidae para a festa curtidado desespero de nada fazerentão corre e aguenta-teque ambos nos daremos ao trabalhode a fazer decorada e a sofrer

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tão prestável é teu serquando nas incontáveis areiasme separastocas o chão e percebesque foram muitas as aurorasem que me serviste de leitona ânsia de te ter em todono preceito almejo-te inteiro verso e verbono trilho perfeito do tributopor tributar todas as conjugaçõesdo interminável infinito do verbo amar

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a frescura do teu ser dá-me prazerdiz-me de quanto em mim buscasque eu calo-me para nada te dizerdiz-me o quanto queres que gemaque dar-te-ei o prazer só de darleva-me daqui deixai-me morrer

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sentaste-te no meu coloe eu deixeinão me abuses agorano que não abuseijamais te pedi o carinhoda folha doce de sera voz no vento de amarsob o teu encantado olhar

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tive de pedir com jeito e cuidadoe de todos os modos ter-te estimadono que quis em meu corpo docementepara te poder melhor abraçar quis a minha língua pendentepara melhor te poder falarno tudo que se repetesem muito jeito e cuidadosó estimada na letra que se acharnem pedi autorizaste numa folha caídanuma palavra calada na folha imaculada

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estou de novo precisando do teu sorrisocomo se nada mais valesse a penae de todos os sentidos o amor sobressaissena curva de uns lábios perdidoscurvados sobre o momento que precisosorrindo ao amor que sobressaianão trémulo e concisode amar nos lábios um sorrisoé um bem necessário que de novo preciso

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estou de novo precisando do teu sorrisocomo se nada mais valesse a penae de todos os sentidos o amor sobressaissena curva de uns lábios perdidoscurvados sobre o momento que precisosorrindo ao amor que sobressaianão trémulo e concisode amar nos lábios um sorrisoé um bem necessário que de novo preciso

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quero imenso... voar em palavras mas hoje queria ter o poder de me recusar nada dizer e para sempre calar a sede de amar cada gota de um suor que me der fazer dizer ou dar...foi prematuro querer...irei continuar, não dá para parar


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