Download - Prã_ticas Processuais Administrativas
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
1/162
1
PRATICAS
PROCESSUAIS
ADMINISTRATIVAS
Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados
Outubro de 2011
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
2/162
PROGRAMAContencioso Administrativo antes da Reforma
• Organização
Judiciária
Administrativa:
tribunais,
respectivas
competências e sua repartição;
• Meios Contenciosos: sua tramitação;
•
Recursos
Jurisdicionais;
• Processo Executivo;
• Regime de Custas Judiciais
2
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
3/162
Contencioso Administrativo decorrente da Reforma
• Organização
judiciária
Administrativa:
tribunais,
respectivas
competências e sua repartição;
• Pressupostos processuais, em especial a legitimidade passiva
dos
entes
públicos;
• A Acção Administrativa Comum: objecto e tramitação;
• A Acção Administrativa Especial: objecto e tramitação;
•
O
Pedido
na
acção
Administrativa
Especial;
3
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
4/162
4
Diplomas que regulavam, em termos adjectivos, o Contencioso Administrativo, antes da Reforma operada pelas Leis n.ºs 13/02, de 19/02,
n.º 15/02, de
22/02,
alteradas
pela
Lei
n.º 4
‐A/03
de
19/02
e pela
Lei
n.º
107‐D/03, de 31.12
Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais (DL n .º 1 29 /8 4, de 27/04, alterado pelo DL n . º 2 2 9 / 9 6 , de 29.11)
Lei
de
Processo
nos
Tribunais
Administrativos
(DL
n.º 267/85,
de
16.07)
Lei Orgânica do Supremo Tribunal Administrativo (DL 40768, de 08.09.1956)
Regulamento
do
Supremo
Tribunal
Administrativo
(DL
n . º 4 1
234
,
de
20.08.1957)
Código Administrativo – Parte IV do Contencioso Administrativo
Regime de Execução das Sentenças dos Tribunais Administrativos
(DL
n . º 2 5 6‐
A/77,
de
17.06) Contencioso dos Contratos de Obras, de Prestação de Serviços e de
Fornecimento de Bens ( DL n . º 1 3 4 / 9 8 , de 15.05)
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
5/162
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
6/162
6
• LIMITES DA JURISDIÇÃO (art. 4º do ETAF)
Estão
excluídos
da
jurisdição
administrativa
os
recursos
e
as acções que tenham por objecto:
a. Actos praticados no exercício da função política e
responsabilidade
pelos
danos
decorrentes
desse
exercício;b . N or ma s legislativas e responsabilidade pelos danos
decorrentes do exercício da função legislativa;
c. Actos
em
matéria
administrativa
dos
tribunais
judiciais;d. A ct os relativos ao inquérito e instrução criminais e ao exercício da acção penal;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
7/162
7
e. Qualificação de bens como pertencentes ao domínio público
e
actos
de
delimitação
destes
como
bens
de
outra
natureza;f. Questões de direito privado, ainda que qualquer das partes
seja pessoa de direito público;
g. Actos cuja apreciação pertença por lei à c om pe tê nc ia de outros
tribunais;
• Ausência de Alçada (art.10º do ETAF)
Os
tribunais
administrativos
não
têm
alçada.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
8/162
8
SUPREMO TRIBUNAL
ADMINISTRATIVO
SEDE e ÂMBITO de JURISDIÇÃO (art. 14º do ETAF) O Supremo Tribunal Administrativo tem sede em Lisboa e
jurisdição
em
todo
o
território
nacional. FUNCIONAMENTO (art. 20º do ETAF) O Supremo Tribunal Administrativo funciona em plenário, por
secções e por subsecções.
PODERES de
COGNIÇÃO
(art.
21º do
ETAF)
1. O Supremo Tribunal Administrativo conhece de matéria de facto e de direito, salvo o disposto nos números seguintes.
2. O Plenário apenas conhece de matéria de direito, salvo nos
processos
de
conflito.3. O Pleno de cada secção apenas conhece de matéria de direito,
salvo nos processos de conflito.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
9/162
9
PLENÁRIO
COMPETÊNCIA ( a r t . 2 2 º d o ETAF) Compete ao Plenário do STA conhecer, nomeadamente:I. Dos recursos de acórdãos das secções ou dos respectivos plenos proferidos ao
abrigo das alíneas a) dos artigos 24º e 30º, que, relativamente ao mesmo fundamento de direito e na ausência de alteração substancial da regulamentação jurídica, perfilhem solução oposta à de acórdão de diferente secção, ou do
respectivo pleno ou do plenário.
II. Dos
recursos
de
acórdãos
dos
plenos
proferidos
ao
abrigo
das
alíneas
a)
dos
artigos 2 4 º e 3 0 º q u e , na hipótese prevista na alínea anterior, perfilhem solução oposta à de acórdão do mesmo pleno ou da respectiva secção;
III. Dos recursos de acórdãos das secções do TCA proferidos em último gr au de jurisdição que na hipótese prevista em I. perfilhem solução oposta à de acórdão
de
diferente
secção
do
mesmo
Tribunal
ou
de
diferente
secção,
ou
do
respectivo
pleno, ou do plenário do STA.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
10/162
10
SECÇÃO
de
CONTENCIOSO
ADMINISTRATIVO
Competência da Secção em Pleno (art. 24º do ETAF)
Compete
ao
Pleno
da
Secção
de
Contencioso
Administrativo
conhecer, nomeadamente :
a) Dos recursos de acórdãos proferidos em recurso directamente interposto para a Secção que não sejam da competência do plenário;
b) Dos recursos de acórdãos da Secção de Contencioso Administrativo do TCA proferidos em último grau de jurisdição que na hipótese prevista na alínea anterior, perfilhem solução oposta à de Acórdão da mesma secção ou da secção de Contencioso Administrativo do
STA
ou
do
respectivo
pleno;c) Dos conflitos de competência entre as secções de contencioso
administrativo do TCA e do STA;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
11/162
11
Competência da Secção pelas subsecções
(art.26º do ETAF)
Compete à secção de Contencioso Administrativo, pelas suas subsecções, conhecer:
a) Dos
recursos
de
acórdãos
da
Secção
de
Contencioso
Administrativo
do Tribunal Central Administrativo proferidos em 1 º g r a u de jurisdição;
b) Dos recursos de decisões dos TAC para cujo conhecimento não sejacompetente o TCA;
c) Dos recursos de actos administrativos ou em matéria administrativa
praticados
pelo
Presidente
da
República,
pela
Assembleia
da
República
e
seu Presidente, pelo Governo, seus membros; Ministros da República e Provedor
de Justiça, todos com excepção dos relativos ao funcionalismo público, pelos Presidentes do Tribunal Constitucional, Supremo Tribunal Administrativo e Tribunal de Contas, pelo Conselho Superior de Defesa Nacional, pelo Concelho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e seu Presidente, pelo
Procurador
Geral
da
República,
pelo
Conselho
Superior
do
Ministério
Público e pela Comissão de Eleições prevista na lei o g â n i c a d o Ministério Público.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
12/162
12
d) Dos processos de contencioso relativo a eleições previstas no ETAF;
e)
Dos
conflitos
de
competência
entre
TAC
e
a
secção
de
contencioso administrativo do TCA;f) Dos conflitos de jurisdição entre a secção de contencioso
administrativo do TCA e autoridades administrativas;
g)
Dos
pedidos
de
suspensão
de
eficácia
dos
actos
a
que
se
refere a al. c);h) Dos pedidos relativos à e x e c u ç ã o dos julgados;i) Dos pedidos de produção antecipada de prova formulados
em
processo
nela
pendente;
j) Das matérias que lhe forem confiadas por lei.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
13/162
13
TRIBUNAL CENTRAL
ADMINISTRATIVO Sede, âmbito de jurisdição e organização (art.36º
do ETAF)
O TCA tem sede em Lisboa e jurisdição em todo o território nacional;
A
secção
de
contencioso
administrativo
pode
funcionar
por
subsecções, de competência genérica ou especializada em função do meio processual utilizado ou da natureza da questão a conhecer.
Poderes de
Cognição
(art.
39º do
ETAF)
O TCA conhece de matéria de facto e de direito.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
14/162
14
Competência em Contencioso Administrativo (art.40º do ETAF) Compete à Secç ão de Contencioso Administrativo conhecer,
nomeadamente:
a) Dos recursos de decisões dos TAC que ver sem sobre matéria relativa ao funcionalismo público ou que tenham sido proferidas em meios processuais acessórios;
b) Dos
recursos
de
actos
administrativos
ou
em
matéria
administrativa praticados pelo Governo, seus membros, Ministros da República e
Provedor de Justiça, todos quando relativos ao funcionalismo público, pelos órgãos de governo próprio das Regi õ es Autónomas e seus membros, pelo Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, pelos órgãos
colegiais
de
que
algum
faça
parte,
com
excepção
do
Conselho
Superior
de
Defesa Nacional, bem como por outros órgãos centrais independentes ou superiores do Estado de categoria mais elevada que a de director‐geral;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
15/162
15
c) Dos pedidos de declaração de ilegalidade, com força obrigatória geral, de normas regulamentares, desde que tais normas tenham sido julgadas
ilegais
por
qualquer
tribunal
em
t r ês
casos
concretos,
ou
desde
que
os
seu s efei t o s se produzam imediatamente, sem dependência de um acto administrativo ou jurisdicional de aplicação, salvo o disposto na al. e) do n.º1 do art. 5 1 º d o ETAF.
d)
Dos
conflitos
de
competência
entre
os
TAC;e) Dos conflitos de jurisdição entre TAC e autoridades administrativas;
f) Dos pedidos de suspensão de eficácia dos actos a que se refere a al. b);
g) Dos pedidos relativos à e x e c u ç ã o de julgados.
h) Dos pedidos de produção antecipada de prova formulados em processo nela pendente;
i) Das matérias que lhe fo r em confiadas por lei.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
16/162
16
TRIBUNAIS
ADMINISTRATIVOS
DE
CÍRCULO
Sede e área de jurisdição (art.45º do ETAF)
Os
TAC
tinham
sede
em
Lisboa,
Porto,
Coimbra,
Ponta Delgada e Funchal.
A área de jurisdição de cada tribunal foi fixada no DL n.º374/84, de 29.11, alterado pelo DL n .º 1 14 /9 7, de 12.05 –Mapa VII.
Competência dos Tribunais (art. 51º do ETAF)
Compete aos TAC conhecer, nomeadamente:a) Dos recursos de actos administrativos dos directores‐gerais e de outras
autoridades da Administração Central, ainda que praticados por delegação de membros do Governo;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
17/162
17
b) Dos recursos de actos administrativos de órgãos das Forças Armadas para cujo conhecimento não seja m competentes o STA e o TCA;
c ) Dos
recursos
de
actos
administrativos
de
Governadores
Civis
e
deAssembleias Distritais;
d) Dos recursos de actos administrativos dos órgãos de serviços públicos dotados de personalidade jurídica e autonomia administrativa;
e) Dos
recursos
de
actos
administrativos
dos
órgãos
da
administração pública regional ou local e das pessoas colectivas de utilidade pública
Administrativa;
f) Dos recursos de actos administrativos dos concessionários;
g) Dos recursos de actos administrativos dos órgãos de associações públicas;
h) Dos recursos de actos de que resultem conflitos de atribuições que envolvam órgãos de pessoas colectivas diferentes;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
18/162
18
i) Dos recursos de normas regulamentares ou de outras normas emitidas no desempenho da função administrativa pelas entidades referidas nas
alíneas
c)
e
d)
deste
artigo,
bem
como
dos
pedidos
de
declaração
de ilegalidade dessas normas, desde que, tenham sido julgadas ilegais por
qualquer tribunal em três casos concretos ou desde que os seus efeitos se produzam imediatamente, sem dependência de um acto administrativo ou jurisdicional de aplicação ;
j)
Das
acções
para
obter
o
reconhecimento
de
um
direito
ou
interesse
legalmente protegido;
K) Das acções sobre contratos administrativos e sobre responsabilidade daspartes pelo seu incumprimento;
l)
Das
acções
sobre
responsabilidade
civil
do
Estado,
dos
demais
entes públicos e dos titulares dos seus órgãos e agentes por prejuízos
decorrentes de actos de gestão pública, incluindo acções de regresso;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
19/162
19
m) Do contencioso eleitoral relativo a órgãos de pessoas colectivas públicas para que não seja competente outro tribunal;
n)
Dos
recursos
e
das
acções
pertencentes
ao
contencioso
administrativo
para que não seja competente outro tribunal;
o) Dos pedidos de suspensão de eficácia doa actos administrativos recorridos;
p) Dos pedidos de intimação de autoridade administrativa para facultar a consulta
de
documentos
ou
processos
e
passar
certidões,
a
fim
depermitir aos requerentes o uso de meios administrativos ou contenciosos;
q) Dos pedidos relativos à e x e c u ç ã o dos seus julgados;
r) Dos pedidos de intimação de particular ou de concessionário para adoptar ou
se
abster
de
certo
comportamento,
com
o
fim
de
assegurar
o
cumprimento de normas de direito administrativo;
s) Dos pedidos de produção antecipada de prova formulados em processo neles pendente ou a instaurar em qualquer tribunal administrativo;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
20/162
20
Competência Territorial – Regra Geral (art. 52º do ETAF) Os recursos são interpostos na residência habitual ou da sede do
recorrente ou
da
maioria
dos
Recorrentes.
Competência para recursos relativos a imóveis art. 53º do ETAF) Os recu rsos que tenham por objecto mediato bens imóveis ou direitos
a eles referentes são interpostos no tribunal da situação dos bens. Outras regras de competência (art.54º do ETAF) Os recursos de actos administrativos de governadores civis e
assembleias distritais, dos órgãos da administração pública regional ou local e das pessoas colectivas de utilidade pública administrativa, bem de normas regulamentares ou de outras normas emitidas no
desempenho
da
função
administrativa
pelos
órgãos
da
administração
pública
regional
ou
local,
pelas
pessoas
colectivas
de
utilidade
pública
administrativa e pelos concessionários são interpostos no tribunal da sede da autoridade recorrida.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
21/162
21
• O contencioso eleitoral é da competência do tribunal da área da sede do órgão cuja eleição se impugna.
• Os pedidos de intimação de autoridade administrativa para facultar a consulta de documentos ou processos e passar certidões são instaurados no tribunal da área da sede da
autoridade requerida.
• Os pedidos de intimação de particular ou de concessionário para adoptar ou se abster de certo comportamento são
instaurados
no
tribunal
da
área
onde
teve
lugar
o
comportamento ou a sua omissão.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
22/162
22
• Competência para acções (art. 55º do ETAF)As acções relativas a responsabilidade civil extracontratual são propostas:
1. No
tribunal
do
lugar
em
que
ocorreu
o
acto,
se
tiverem
por fundamento a prática de acto material;
2. No tribunal determinado pela aplicação da regra geral de competência territorial, da regra da situação dos bens ou das outras regras de competências já aqui referidas se tiverem por fundamento a prática de
acto
jurídico.As acções relativas a contratos administrativos são propostas no tribunal
convencionado ou, na falta de convenção, no tribunal do lugar de cumprimento do contrato.
As acções para obter o reconhecimento de um direito ou interesse
legalmente
protegido são
propostas
no
tribunal
determinado
pela aplicação da regra geral de competência territorial, da regra da
situação dos bens ou das outras regras de competências já aqui referidas.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
23/162
23
O
CONTENCIOSO
ADMINISTRATIVO• Lei reguladora do processo (art. 1º da LPTA)• O processo nos tribunais administrativos r ege‐se pela LPTA, pela
legislação
para
que
ela
remete
e,
supletivamente,
pelo
disposto
na
lei
de processo civil, com as necessárias adaptações.
• Petição a tribunal incompetente (art. 4º da LPTA)• Quando a petição seja dirigida a tribunal incompetente, pode o
demandante, no prazo de 14 dias, a contar do trânsito em julgado da
decisão
que
declare
a
incompetência,
requerer
ao
r em essa
a
tribunal competente.
• Constituição de Advogado (art. 5º da LPTA)• É o br i ga t ór i a a constituição de advogado nos processos da competência
dos tribunais administrativos.
• Provas (art.12º da
LPTA)
• Nos processo da competência do STA e do TCA e nos recursos contenciosos de anulação s ó é ad mi ss ív el prova documental, salvo nos casos especialmente previstos e naqueles em que o tribunal considere necessária a prova pericial.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
24/162
24
ESPÉCIES
DE
PROCESSOS• Recurso contencioso de anulação (art.24º da LPTA)
• Os
recursos
contenciosos
de
actos
administrativos
e
de
actos
em matéria administrativa são regulados pelo ETAF, pela LPTA pelo Código Administrativo, pelo estabelecido na Lei Orgânica e no Regulamento do STA.
• Actos Recorríveis (art.25º da LPTA)
S ó é a d m i s s í v e l recurso dos actos definitivos e executórios.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
25/162
25
• Natureza e Objecto do Recurso Contencioso
Os
recursos
contenciosos
são
de
mera
legalidade
e
têm
por objecto a declaração da invalidade ou anulação dos actos recorridos.
• Competência em razão do Autor do Acto
A
competência
para
o
conhecimento
dos
recursos
contenciosos é determinada pela categoria da autoridade que tiver praticado o acto recorrido, ainda
que
no
uso
de
delegação
de
poderes.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
26/162
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
27/162
27
• Recurso de acto expresso (art.29º)• O prazo para a interposição de recurso de acto expresso
conta‐
se
da
respectiva
notificação
ou
publicação,
quando
esta
seja imposta por lei.• Este facto não prejudica a faculdade de o interessado interpor
recurso antes da notificação ou publicação do acto, se tiver
sido
iniciada
a
execução
deste.• O prazo para a interposição de recurso de acto não sujeito a
publicação obrigatória conta‐se, para os interessados que não tenham de ser notificados, a partir do conhecimento do início
da
respectiva
execução.• O prazo para a interposição de recurso pelo Ministério
Público conta‐se da data da prática do acto ou da sua publicação, quando esta seja imposta por lei.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
28/162
28
• Notificação ou publicação insuficiente (art.31º da LPTA)• Se a notificação ou a publicação não contiver a
fundamentação
integral
da
decisão
e
as
demais
indicações
a que se refere o artigo anterior, pode o interessado, dentro de
um mês, requerer a notificação das que tenham sido omitidas ou a passagem de certidão que as contenha.
•
Se
o
interessado
usar
desta
faculdade,
o
prazo
para
o
recurso conta‐se a partir da notificação ou da entrega da certidão que
tenha sido requerida.• A apresentação do requerimento supra mencionado pode ser
provada
por
duplicado
do
mesmo,
com
o
registo
de
entrada
no
serviço
que
promoveu
a
publicação
ou
a
notificação,
ou
por outro documento autêntico.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
29/162
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
30/162
30
• Apresentação da Petição (art.35º da LPTA)• Os recursos contenciosos são interpostos pela apresentação da respectiva
petição
na
secretaria
do
tribunal
a
que
é d i r i g i d a .• Quando o signatário da petição não tiver escritório na comarca da sede
daquele tribunal, pode a m esm a ser apresentada:a) Tratando‐se de recurso dirigido ao Supremo Tribunal Administrativo ou ao
Tribunal Central Administrativo, na secretaria de um tribunal
administrativo
de
círculo
com
sede
fora
de
Lisboa;b) Tratando‐se de recurso dirigido a um tribunal administrativo de círculo, na
secretaria de outro d est es tribunais.• Quando o signatário da petição tiver escritório numa das regiões
autónomas, pode a m esm a ser apresentada na secretaria de qualquer
tribunal
tributário
d essa
região.• A petição pode ser enviada, sob registo postal, à secretaria do tribunal a
que é dirigida, quando o respectivo signatário não tiver escritório na comarca da sede desse tribunal.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
31/162
31
• Arguição subsidiária de vícios (art.37º da LPTA)• O recorrente pode arguir vícios do acto impugnado, segundo uma relação de
subsidiariedade.• Cumulação
e coligação
(art.38º da
LPTA)
• O recorrente pode cumular a impugnação de actos que estejam entre si numa relação de dependência ou de conexão.
• Podem coligar‐se vários recorrentes quando impugnem o mesmo acto ou, com os mesmos fundamentos jurídicos, actos contidos num único despacho ou outra
forma
de
decisão.• A cumulação e a coligação não são admissíveis:a) Quando a competência para conhecer das impugnações pertença a tribunais de
diferente categoria;b) Quando a impugnação dos actos não esteja sujeita à m e s m a forma de processo.•
Em
caso
de
ilegal
cumulação
ou
coligação,
os
recorrentes
têm
a
faculdade
de interpor novos recursos, no prazo de um mês, a contar do trânsito em julgado da
decisão, considerando‐se as petições apresentadas na data de entrada da primeira.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
32/162
32
• Preparo (art.41º da LPTA)• Autuada a petição de recurso, se o seu signatário
não
tiver
escritório
na
comarca
da
sede
do
tribunal,
é n o t i f i c a d o para efectuar o preparo devido.
• Prazos da
Resposta
e Contestação
(art.45º da
LPTA)
• O prazo para resposta ou contestação da autoridade r e c o r r i d a é d e 40 dias e o prazo para a contestação
dos
demais
interessados
é de
30
dias.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
33/162
33
• Revogação do acto Recorrido (art.47º da LPTA)
• O acto recorrido pode ser total ou parcialmente revogado, nos termos do
disposto
no
CPA,
a t é a o
termo
do
prazo
para
a
resposta
ou
contestação
da autoridade recorrida.
• Falta de Impugnação (art.50º da LPTA)• A falta de resposta ou a falta nela de impugnação especificada não
importa confissão dos factos articulados pelo recorrente, mas o tribunal
aprecia
livremente
essa
conduta
para
efeitos
probatórios.• Envio do processo administrativo (art.46º da LPTA)• Com a resposta ou contestação ou dentro do respectivo prazo, a
autoridade recorrida é o br ig ad a a r em et er ao tribunal o original do processo administrativo em que foi praticado o acto recorrido e os demais
documentos
relativos
à m a t é r i a
do
recurso.• O envio do original do processo s ó p o d e ser substituído pelo de fotocópias
autenticadas e devidamente ordenadas, mediante justificação fundamentada da autoridade recorrida, com base em prejuízo considerável para o interesse público.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
34/162
34
• Alegações (art. 848º do Código Administrativo)• Concluída a produção de prova, s e r á o processo continuado
com
vista
aos
advogados
do
recorrente
e
do
recorrido
para alegarem por escrito, num prazo que p o d e r á s e r fixado entre
10 a 30 dias, consoante a complexidade do recurso.
• Nos
recurso
interpostos
junto
do
STA
o
prazo
para
alegações também é de 30 dias. No entanto, com as alegações poderão
juntar‐se novos documentos, tendo, porém, o recorrente o direito de, no prazo de 10 dias a contar da notificação que para esse efeito lhe for feita, responder sobre aqueles que lhe forem
oferecidos
pelo
recorrido
(art.
34º do
Regulamento
do
STA).
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
35/162
35
• Ordem de conhecimento dos vícios (art. 57º da LPTA) • Se nada obstar ao julgamento do objecto do recurso, o tribunal conhece,
prioritariamente,
dos
vícios
que
conduzam
à d e c l a r a ç ã o
de
invalidade
do acto recorrido e, depois, dos vícios arguidos que conduzam à a nu la çã o
deste.• Nos referidos grupos, a apreciação dos vícios é f e i t a pela ordem seguinte:a) No primeiro grupo, o dos vícios cuja procedência determine, segundo o
prudente
critério
do
julgador,
mais
est á vel
ou
eficaz
tutela
dos
interesses ofendidos;
b) No segundo grupo, a indicada pelo recorrente, quando estabeleça entre el es uma relação de subsidiariedade e não sejam arguidos outros vícios pelo Ministério Público, ou, nos demais casos, a fixada na alínea anterior.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
36/162
36
• O exercício de poderes discricionários s ó p o d e ser atacado contenciosamente com fundamento em desvio de poder.
• A
anulação
por
desvio
de
poder
t e r á l u g a r
sempre
que
da
prova exibida resultar para o Tribunal a convicção de que o motivo principalmente determinante da prática do acto recorrido não condizia com o fim visado pela lei na concessão de
poder
discricionário.
• Nos processos que correm junto do STA os advogados constituídos pelas partes podem requerer que os processos sejam confiados para exame, nos termos e com as sanções estabelecidas
na
lei
do
processo
civil.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
37/162
37
Impugnação
de
normas• Recursos
• Pressupostos (art.
63º da
LPTA)
• Os recursos de normas regulamentares ou de outras normas emitidas no desempenho da função administrativa pelos
órgãos
da
administração
pública
regional
ou
local
e
das
pessoas colectivas de utilidade pública administrativa e pelos concessionários podem ser interpostos, a todo o tempo pelo MP e por quem seja prejudicado pela aplicação da norma ou
venha
a
sê‐
lo,
previsivelmente,
em
momento
próximo.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
38/162
38
• Tramitação (art. 64º da LPTA) • Os recursos de normas seguem os termos dos recursos de
actos
administrativos
dos
órgãos
da
administração
local.
• Decisão (art. 65º da LPTA)• O juiz pode decidir com fundamento na violação de
disposições
ou
princípios
diversos
daqueles
cuja
violação
foi
invocada.• A decisão de provimento produz os efeitos previstos no artigo
1 1 º d o ETAF e e s tá s u je i ta a publicação nos termos do artigo
58º.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
39/162
39
• Declaração de Ilegalidade• Pressupostos (art.66º da LPTA)
• A declaração de ilegalidade com força obrigatória geral, de qualquer norma emitida no desempenho da função administrativa pode ser pedida por quem seja prejudicado pela aplicação da norma ou venha a sê‐lo, previsivelmente, em momento próximo e sê‐lo‐á o br ig at or ia me nt e pelo MP, quando tenha
conhecimento
de
três
decisões
de
quaisquer
tribunais,
transitadas
em
julgado,
que recusem a aplicação da norma com fundamento na sua ilegalidade.
• Tramitação (art. 67º da LPTA)
• Os processos de declaração de ilegalidade seguem os termos dos recursos de actos administrativos do autor da norma. Tal como nos recursos, o juiz pode decidir
com
fundamento
na
violação
de
disposições
ou
princípios
diversos
daqueles cuja violação foi invocada.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
40/162
40
ACÇÕES
• Acções para reconhecimento de direito ou interesse legítimo
• Pressupostos (art. 69º da LPTA)
• As acções para obter o reconhecimento de um direito ou interesse legalmente protegido podem ser propostas a todo o tempo, salvo odisposto em lei especial, por quem invoque a titularidade do direito ou interesse a reconhecer.
• As
acções
só podem
ser
propostas
quando
os
restantes
meios
contenciosos, incluindo os relativos à exec ução de sentença, não assegurem a efectiva tutela jurisdicional do direito ou interesse em causa.
• Tramitação (art. 70º da LPTA)
•
As
acções
seguem
os
termos
dos
recursos
de
actos
administrativos
dos órgãos da administração local, intervindo na posição de autoridade
recorrida aquela contra quem foi formulado o pedido.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
41/162
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
42/162
42
MEIOS PROCESSUAIS ACESSÓRIOS
• Suspensão da eficácia dos Actos• Requisitos (art. 76º da LPTA)• A
suspensão
da
eficácia
do
acto
recorrido
é c o n c e d i d a
pelo
tribunal
quando se verifiquem os seguintes requisitos:• a) A execução do acto cause provavelmente prejuízo de difícil reparação
para o requerente ou para os interesses que est e defenda ou venha a defender no recurso;
• b)
A
suspensão
não
determine
grave
lesão
do
interesse
público;• c) Do processo não resultem fortes indícios da ilegalidade da
interposição do recurso.• Estando em causa o pagamento de uma quantia, a suspensão é c o n c e d i d a
quando
não
determine
grave
lesão
do
interesse
público
e
tenha
sido prestada caução.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
43/162
43
• Requerimento (art. 77º da LPTA)• A suspensão é p e d i d a ao tribunal competente para o recurso em
requerimento
próprio
apresentado:a) Juntamente com a petição do recurso;b) Previamente à i n t er p o si ç ã o do recurso.• No requerimento deve o requerente indicar a sua identidade e residência,
bem como a dos interessados a quem a pretendida suspensão da eficácia
do
acto
possa
directamente
prejudicar,
identificar
o
acto
e
o
seu
autor
e especificar os fundamentos do pedido, juntando os documentos que
entenda necessários e, no caso da alínea b) referida anteriormente, fazendo prova do acto e da sua notificação ou publicação.
• O requerimento deve ser acompanhado de tantos duplicados q ua nt os o s
interessados
mais
um
e
ainda
de
uma
certidão
extraída
do
processo instrutor donde conste a residência de todos os interessados, que será
passada em 24h.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
44/162
44
• Tramitação (art. 78º da LPTA) • A secretaria logo que registe a entrada do requerimento expede por via
postal notificações simultaneamente à a ut or id ad e requerida e aos
interessados,
a
todos
remetendo
duplicado,
para
responderem
no
prazo
de
14
dias.• Este prazo conta‐se a partir da data da expedição das notificações. • A decisão que, em qualquer grau de jurisdição, suspenda a eficácia é
urgentemente notificada às autoridade recorrida para cumprimento
imediato.• Efeitos da Decisão (art. 79º da LPTA)• A decisão pode ser sujeita a termo ou condição.• Na falta de determinação em contrário, a suspensão subsiste at é ao
trânsito em julgado da decisão do recurso contencioso.• No
caso
de
o
requerimento
de
suspensão
ter
sido
apresentado
previamente à i n t e r p o s i ç ã o do recurso, a suspensão caduca com o termo do prazo concedido ao interessado para o recurso de actos anuláveis, sem a respectiva interposição.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
45/162
45
• Suspensão Provisória (art. 80º da LPTA) • A autoridade administrativa, recebido o duplicado do requerimento de
suspensão,
s ó po de
iniciar
ou
prosseguir
a
execução
do
acto,
antes
do
trânsito em julgado da decisão do pedido, quando, em resolução fundamentada, reconheça grave urgência para o interesse público na imediata execução.
• Fora d est e caso, cumpre à a ut or id ad e que receba o duplicado do requerimento impedir, com urgência, que os serviços competentes ou os interessados
procedam
à e x e c u ç ã o .
• No caso de execução indevida, o tribunal, a requerimento do interessado e ouvindo a autoridade requerida, e o Ministério Público, pode declarar ineficazes, para efeitos da suspensão, os actos de execução praticados, sem prejuízo da responsabilidade que couber.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
46/162
46
• Acto já executado (art. 81º da LPTA)• A execução do acto não impede a suspensão quando desta possa advir
para
o
requerente
ou
para
os
interesses
que
est e
defenda
ou
venha
a
defender no recurso utilidade relevante no que toca aos efeitos que o acto ainda produza ou venha a produzir.
• Quando o acto tenha sido já executado, a suspensão não s e r á c o nc e di d a se o interessado tiver feito prova de que dela lhe resultaria prejuízo de mais difícil reparação do que o que resulta da execução do acto para o requerente.
• Quando tenha sido concedida a suspensão ou haja sido recusada com fundamento do disposto no número anterior, pode qualquer das partes requerer o julgamento urgente do recurso.
I ti ã lt d d t
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
47/162
47
Intimação para consulta de documentos ou
passagem de
certidões
• Pressupostos (art. 82º da LPTA)• A fim de permitir o uso de meios administrativos ou contenciosos, devem
as
autoridades
públicas
facultar
a
consulta
de
documentos
ou
processos
e
passar certidões, a requerimento do interessado ou do Ministério Público, no prazo de 10 dias, salvo em matérias secretas ou confidenciais.
• Decorrido esse prazo sem que os documentos ou processos sejam facultados ou as certidões passadas, pode o requerente, dentro de um mês, pedir ao tribunal administrativo de círculo a intimação da autoridade para
satisfazer
o
seu
pedido.• S ó po de m considerar‐se matérias secretas ou confidenciais aquelas em
que a reserva se imponha para a prossecução de interesse público especialmente relevante, designadamente em questões de defesa nacional, segurança interna e política externa, ou para a tutela de direitos
fundamentais
dos
cidadãos,
em
especial
o
respeito
da
intimidade
da
sua vida privada e familiar.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
48/162
48
• Tramitação (art. 83º da LPTA)
•
Apresentado
o
requerimento,
com
duplicado,
o
juiz ordena a notificação da autoridade requerida, com
remessa do duplicado, para responder no prazo de
14
dias.• Ouvido, seguidamente, o Ministério Público, quando
não for o requerente, e concluídas as diligências que
se
mostrem
necessárias,
o
juiz
decide
o
pedido.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
49/162
49
• Decisão (art. 84º da LPTA)• Na decisão o juiz determina o prazo em que a intimação deve ser
cumprida.• O não cumprimento da intimação importa responsabilidade civil,
disciplinar e criminal, nos termos do artigo 11º do Decreto‐Lei nº 256‐A/77, de 17 de Junho.
• Suspensão de
prazos
(art.
85º da
LPTA)
• Os prazos para os meios administrativos ou contenciosos que o requerente pretenda usar suspendem‐se desde a data de apresentação do requerimento de intimação a t é a o trânsito em julgado da decisão que indefira o pedido ou ao cumprimento da que o defira, salvo se est e
constituir
expediente
manifestamente
dilatório.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
50/162
50
Intimação para um comportamento
• Pressupostos (art. 86º da LPTA)• Quando particulares ou concessionários violarem normas de direito
administrativo,
ou
houver
fundado
receio
de
as
violarem,
pode
o
Ministério
Público
ou
qualquer
pessoa
a
cujos
interesses
a
violação
cause
ofensa digna de tutela jurisdicional, pedir ao tribunal administrativo de círculo que intime os mesmos a adoptarem ou a absterem‐se de certo comportamento, com o fim de assegurar o cumprimento das normas em causa.
• O pedido pode ser formulado antes do uso dos meios administrativos ou contenciosos adequados à tute la dos interesses a que a intimação se destina, ou na pendência de processo correspondente a esses meios, constituindo incidente; no caso de processo contencioso.
• O pedido de intimação não pode ser formulado quando os interesses que com ele se pretendam tutelar sejam susceptíveis de defesa pelo incidente de suspensão da eficácia do acto.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
51/162
51
• Decisão (art. 88º da LPTA)• Na decisão o juiz determina concretamente o comportamento a impor na
intimação
e,
sendo
caso
disso,
o
prazo
para
o
respectivo
cumprimento
e
o
responsável
por
est e.
• Quando a tutela dos interesses a que a intimação se destina seja assegurada por meios administrativos ou contenciosos não sujeitos a
prazo,
deve
o
requerente,
sob
pena
de
caducidade
da
intimação,
usar
o
meio adequado no prazo de um mês, se outro não for fixado pelo juiz, em atenção às circunstâncias do caso.
• O não cumprimento da intimação sujeita, pessoalmente, ao pagamento
de
quantia
entre
1.000$00
e
10.000$00,
por
cada
dia
de
atraso
e
por
cada
responsável, a fixar pelo juiz na decisão de intimação ou em despacho posterior, sem prejuízo da responsabilidade que possa caber.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
52/162
52
RECURSOS DE DECISÕES JURISDICIONAIS
• Regime aplicável (art. 102º da LPTA)• Os recursos ordinários de decisões jurisdicionais r egem‐se pela lei do
processo
civil,
com
as
necessárias
adaptações
e,
com
excepção
dos fundados em oposição de acórdãos, são processados como os recursos
de agravo.
• Inadmissibilidade de Recursos (art. 103º da LPTA)
• Salvo
por
oposição
de
julgados,
não
é a d mi s s ív e l
recurso
dos
acórdãos do STA e do TCA que decidam:
1. Em segundo grau de jurisdição;
2. Sobre conflitos de jurisdição ou de competência.
•
Salvo
por
oposição
de
julgados,
não
é t am bé m
admissível
recurso
dos acórdãos do STA que decidam sobre a suspensão de eficácia de actos
contenciosamente impugnados.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
53/162
53
• Efeitos e Regime de Subida (art. 105º da LPTA)• Os recursos que subam imediatamente têm efei t o suspensivo.
• Os
recursos
de
decisões
que
suspendam
a
eficácia
de
actos
impugnados
contenciosamente têm efei t o meramente devolutivo.
• Nos meios processuais urgentes, os recursos sobem i m ed i at a me n te , n o processo principal ou no apenso em que a decisão tenha sido proferida, se
est i ver
findo
no
tribunal
recorrido,
ou
sobem
em
separado,
no
caso
contrário.
• Alegações (art. 106º da LPTA)• É de 3O dias o prazo para apresentação das alegações, a contar, para o
recorrente, da notificação do despacho de admissão do recurso e, para o recorrido, do termo do prazo do recorrente, salvo o disposto para os recursos urgentes.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
54/162
54
• Âmbito do recurso para os tribunais superiores (art. 110º da LPTA)
•
Nos
recursos
de
decisões
dos
TAC
que
conheçam
do
objecto
de
recurso contencioso, podem o STA e o TCA, conforme os casos:
• a) conhecer de nulidades da sentença arguidas pelo Ministério Público ou alegadas como fundamento do recurso;
• b) julgar excepções ou questões prévias de conhecimento oficioso e não
decididas
com
trânsito
em
julgado.• c) conhecer de toda a matéria da impugnação do acto administrativo,
embora o julgamento tenha sido em parte favorável a quem recorra.
• Recurso sobre suspensão da eficácia (art. 113º da LPTA)• O recurso de decisão sobre pedido de suspensão da eficácia de acto
contenciosamente
impugnado
é i nt e rp os t o
mediante
requerimento
que
inclua ou junte a respectiva alegação e alegado pelo recorrido, em prazo igual ao do recorrente, a contar da notificação da admissão do recusa.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
55/162
55
Da revisão dos acórdãos definitivos do STA
• Fundamentos (art. 100º do Regulamento do STA)• Os acórdãos definitivos s ó p o d e m ser revistos pelo órgão jurisdicional que
os houver proferido nos seguintes casos:
• Demonstrando‐se, por sentença transitada em julgado, a falsidade de documento que tenha sido fundamento essencial da decisão;
• Apresentando‐
se
documento
novo
que
o
interessado
não
pudesse
ter, nem dele tivesse conhecimento ao tempo em que foi tomada a decisão e
por si s ó s e j a suficiente para destruir a prova em que ela se fundou;
• Mostrando‐se que no processo respectivo deixou indevidamente de ser
citado,
ou
o
foi
nulamente,
o
requerente
da
revisão,
tendo
por
isso
o m esm o processo corrido à r e v e l i a .
Prazo para interposição Instrução do Requerimento Trâmites
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
56/162
56
Prazo para interposição. Instrução do Requerimento. Trâmites
Processuais
(art.
101º do
Regulamento
do
STA)
• Os requerimentos de revisão serão apresentados na secretaria no prazo fixado no artigo 7 7 2 º d o Código de Processo Civil, com todas as indicações e os duplicados exigidos para a interposição do recurso, e virão instruídos
com
certidão
de
teor
do
acórdão
a
r ever
e
com
os
demais
documentos necessários para a justificação do pedido.
• Têm legitimidade para requerer a revisão todos aqueles contra quem foi ou esteja em vias de ser executado o acórdão a rever, assim como os que legitimamente recorreram ou poderiam ter recorrido do acto s ob re q ua l
o
acórdão
recaiu,
e
o
requerimento
s e rá s e mp re
assinado
por
advogado com procuração bastante, salvo se provier do MP ou de funcionário no
exercício de atribuições.
• Revogação dos acórdãos (art. 102º do Regulamento do STA)• A
revogação
dos
acórdãos
em
processos
de
revisão
só pode
ser
deliberada na secção, por unanimidade de votos, e no tribunal pleno, por maioria de dois terços.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
57/162
57
Execução de julgados
• Execuções judiciais• A instauração, no tribunal judicial, de execução, por quantia certa, de
decisão
condenatória
de
pessoa
colectiva
de
direito
público
s ó po de
ter
lugar no caso de impossibilidade de cobrança através da requisição prevista no n . º 2 do art. 1 2 º d o DL n . º 2 5 6‐A/77, de 17 de Novembro.
• Lei aplicável
• As decisões dos tribunais administrativos transitadas em julgado são obrigatórias, nos termos da Constituição da República Portuguesa, e à s u a execução pelas autoridades competentes é a pl ic áv el o disposto nos
artigos
5 . º e
seguintes
do
Decreto‐
Lei
n . º 2 5 6‐
A/77,
de
17
de
Junho.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
58/162
58
• Prazos• Na falta de execução espontânea, pela Administração, de sentença que
anule
acto
administrativo,
o
requerimento
de
execução,
nos
termos
do
artigo 5º do Decreto‐Lei n.º 256‐A/77, pode ser apresentado pelo interessado no prazo de 3 anos, a contar do trânsito em julgado da sentença, salvo se prazo diferente resultar do disposto em lei especial.
• O
pedido
de
declaração
de
inexistência
de
causa
legítima
de
inexecução ou de fixação de indemnização pelos prejuízos resultantes do acto
anulado na sentença e da inexecução desta, nós termos dos n . s I e 2 do artigo 7 . º d a q u e l e decreto‐lei, pode ser formulado ao tribunal:
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
59/162
59
• No prazo de dois meses, a contar da notificação que a Administração tenha feito ao interessado de não ser dada execução à s e n t e n ç a por causa
legítima;• No prazo de um ano, a contar do termo do prazo fixado no n . º 1 do artigo
6 . º d o m esm o diploma, se a Administração não invocar causa legítima de inexecução, nem der execução integral à s e n t e n ç a .
•
A
execução
de
sentença
proferida
em
contencioso
administrativo,
quando não seja efectuada espontaneamente pela Administração, no prazo de
trinta dias, a contar do trânsito em julgado, pode ser requerida pelo interessado ao órgão que tiver praticado o acto recorrido, ou, tratando‐se
de acção, ao c om pe t en te ó rg ão da pessoa colectiva nela demandada –
art. 5 º n . º 1 do DL n . º 2 5 6‐A/77, de 17.06.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
60/162
60
• A sentença deve ser integralmente executada dentro do prazo de sessenta dias, a contar da apresentação do
requerimento
do
interessado,
salvo
ocorrência
de
causa
legítima
de
inexecução.• Só constituem causa legítima de inexecução a
impossibilidade e o grave prejuízo para o interesse público do cumprimento da sentença.
• A
causa
legítima
de
inexecução
pode
respeitar
a
toda
ou
parte da sentença.• A invocação de causa legítima de inexecução deve ser
fundamentada e notificada ao interessado, com os
respectivos
fundamentos.• Quando a execução da sentença consistir no pagamento de
quantia certa, não é invocável causa legítima de inexecução.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
61/162
61
• Se a Administração invocar causa legítima de inexecução, ou não der, no prazo de 60 dias, execução integral à s en te nç a, pode o interessado
requerer
ao
tribunal
quem
em
primeiro
grau
de
jurisdição
tiver
proferido
sentença, ou declaração de inexistência de causa legítima de execução , ou no caso de concordar com a Administração acerca da existência de causa d essa natureza, a fixação de indemnização dos prejuízos resultantes do acto anulado pela sentença e da inexecução desta.
• A declaração de existência de causa legítima de inexecução p od er á s er solicitada ao tribunal pela própria Administração, em exposição fundamentada, desde que o interessado não tenha ainda apresentado pedido de fixação de indemnização.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
62/162
62
• Se o tribunal se decidir pela inexistência de causa legítima de inexecução, ouvirá a Administração e o interessado, que
deverão
responder
no
prazo
de
10
dias,
sobre
os
actos
e
operações em que a execução d ev er á c on si st ir e o prazo necessário para a sua prática.
•
O
tribunal,
e sp ec if ic ar á o s
actos
e
operações
em
que
a
execução deverá consistir e o prazo em que deverão ter lugar, declarando nulos os actos praticados em desconformidade com a sentença e anulando aqueles que
tenham
sido
praticados
com
invocação
ou
ao
abrigo
de
causa
legítima de inexecução não reconhecida.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
63/162
63
• Se o interessado requerer a fixação de indemnização pelos prejuízos resultantes do acto anulado pela sentença e da inexecução desta por causa legítima, o tribunal o rd en ar á a notificação da Administração e do
interessado
para,
no
prazo
de quinze
dias,
acordarem
no
montante
da
indemnização devida.
• Na falta de acordo proceder‐se‐á a julgamento nos termos gerais.
• A
inexecução
de
sentença
proferida
em
contencioso
administrativo,
e
transitada em julgado, fora dos casos em que, por acordo do interessado ou declaração judicial, for considerada justificada por causa legítima, envolve responsabilidade civil, nos termos gerais, quer da administração, quer das pessoas que nela desempenhem funções, além de
responsabilidade disciplinar,
também
nos
termos
gerais,
dessas
m esm a
pessoas.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
64/162
64
• Importa a pena de desobediência, sem prejuízo de outro procedimento especialmente fixado na lei, a
inexecução
de
sentença
proferida
em
contencioso administrativo transitada em julgado desde que,
tendo a execução sido requerida pelo interessado, ela se não verifique, nos termos estabelecidos pelo
tribunal,
ou
o
órgão
a
quem
caiba
a
execução
revele inequivocamente a intenção de não dar
cumprimento à s en te nç a, sem invocação de causa legítima de inexecução.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
65/162
65
• No orçamento das pessoas colectivas de direito público será inscrita obrigatoriamente dotação
destinada
ao
pagamento
de
encargos
resultantes
de sentenças de quaisquer tribunais.
•
Essas
dotações
ficam
à o r d e m
do
Conselho
Superior
da
Magistratura,
que
e m i t i r á a
favor
dos
respectivos
credores as ordens de pagamento que lhe forem requisitadas pelos tribunais, observando, no caso de
insuficiência
de
verba,
e
enquanto
não
for
devidamente reforçada a ordem do trânsito em julgado das sentenças.
Contencioso dos contratos de obras, de prestação de
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
66/162
66
serviços
e
de
fornecimento
de
bens• Âmbito do recurso (art. 2 º d a Lei n . º 1 3 4 / 9 8 , de 15.05)• Todos os actos administrativos relativos à formação do
contrato
que
lesem
direitos
ou
interesses
legalmente protegidos são susceptíveis de recurso contencioso,
independentemente da sua forma.
•
Com
o
pedido
de
anulação
ou
declaração
de
nulidade
ou inexistência jurídica de actos administrativos relativos à
formação do contrato, ou previamente à d e d u ç ã o do pedido, poderão ser requeridas medidas provisórias destinadas a corrigir a ilegalidade ou a impedir que sejam causados outros danos
aos
interesses
em
causa,
incluindo
medidas
destinadas
a suspender o procedimento de formação do contrato.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
67/162
67
• Legitimidade e prazo (art. 3 º d a Lei n . º 1 3 4 / 9 8 , de 15.05)• Os recursos contenciosos de actos administrativos
relativos
à formação
do
contrato
podem
ser
interpostos por quem se considerar titular de direito subjectivo ou interesse legalmente ofendido pelo acto recorrido ou alegar interesse directo, pessoal e legítimo
no
provimento
do
recurso.
• O prazo para a interposição de recurso é de 15 dias a contar da notificação dos interessados ou, não
havendo
lugar
à n ot if ic aç ão ,
a
partir
da
data
do conhecimento do acto.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
68/162
68
• Tramitação (art. 4 º d a Lei n . º 1 3 4 / 9 8 , de 15.05)• N est es recursos contenciosos é a p e n a s admissível prova documental.•
S ó h av e rá a l eg a çõ e s
no
caso
de
ser
produzida
ou
requerida
prova
com
a
resposta
ou
contestação.• Têm carácter urgente.
• Medidas provisórias (art. 5 º d a Lei n . º 1 3 4 / 9 8 , de 15.05)
• O
requerimento
das
medidas
provisórias
deve
ser
instruído
com
todos
os elementos de prova.
• As medidas d evem ser pedidas, em requerimento próprio, ao tribunal competente para o recurso e não serão decretadas se o tribunal, em juízo de probabilidade, ponderados os direitos ou interesses susceptíveis de
ser em
lesados,
concluir
que
as
consequências
negativas
para
o
interesse público excedem o proveito a obter pelo requerente.
• As medidas provisórias têm carácter urgente.
CUSTAS JUDICIAIS
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
69/162
69
CUSTAS JUDICIAIS
• Recurso Contencioso de Anulação e acções • Aos recursos contenciosos de anulação é a p l i c á v e l quanto ao
regime
de
custas
o
estabelecido
no
DL
n.º 42150,
de 12.02.1959.
• Às acções que corram termos nos tribunais administrativos e aos respectivos incidentes e recursos é a pl ic áv el , quanto a
custas
e
preparos,
o
regime
estabelecido
no
C.C.J..Neste
conspecto,
na
P.I.
é o b r i g a t ó r i a
a
indicação
do
valor
da
causa.• Às acções para obter o reconhecimento de um direito ou
interesse legalmente protegido é a p l i c á v e l o regime de custas e preparos estabelecido para os recursos de actos administrativos.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
70/162
70
• Extensão da tributação dos recursos• O regime de custas e preparos estabelecido para os recursos
de
actos
administrativos
é aplicável
aos
processos
de
contencioso eleitoral, de impugnação de normas e de conflitos.
• Recursos para o Pleno e Plenário•
O
actual
regime
de
custas
e
preparos
dos
recursos
para
o
tribunal pleno é a pl ic áv el aos recursos para o plenário do S.T.A. e para o pleno das respectivas secções.
• Regime de custas no Tribunal Central Administrativo•
O
regime
de
custas
e
preparos
na
Secção
de
Contencioso
Administrativo do T.C.A. é idê nti co ao previsto para a 1.ªSecção do S.T.A.
REFORMA do CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
71/162
71
REFORMA do CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
• A Reforma do Contencioso Administrativo foi protagonizada pela Lei n .º 13/2002, de 19 de
Fevereiro,
alterada
pela
Lei
n . º 1 0 7‐
D/2003,
de
31
de
Dezembro que aprovou o novo Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais (posteriormente
alterado
pela
Lei
n . º 1 / 2 0 0 8 ,
de
14.01,
pela
Lei
n . º 2 / 2 0 0 8 ,
de
14.01, pela Lei n . º 2 6 / 2 0 0 8 , de 27.06, pela Lei n.º52/2008, de 28.08, pela Lei n . º 5 9 / 2 0 0 8 , de 11.09 e pelo DL n . º 1 6 6 / 2 0 0 9 , de 31.07) e pela Lei n. º 15/2002, que aprovou o
Código de
Processo
nos
Tribunais
Administrativos,
posteriormente alterada pela Lei 4‐A/2003 de 19.02 e pela Lei 59/2008, de 11.09.
Regime da Organização e Funcionamento dos
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
72/162
72
Tribunais
Administrativos• Jurisdição Administrativa e Fiscal (art. 1º n.º1 do ETAF e
art. 212º n.º 3 da CRP)
• Os
tribunais
da
jurisdição
administrativa
e
fiscal
são
os
órgãos de soberania com competências para administrar a justiça em nome do povo nos litígios emergentes de
relações
jurídicas
administrativas
e
fiscais.
• Âmbito da Jurisdição (art. 4º do ETAF)
•
Compete
aos
tribunais
da
jurisdição
administrativa
e
fiscal
a
apreciação de litígios que tenham nomeadamente por objecto:
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
73/162
73
• Tutela de direitos fundamentais, bem como dos direitos e interesses legalmente protegidos dos particulares directamente fundados em normas de direito administrativo
ou
fiscal
ou
decorrentes
de
actos
jurídicos
praticados ao abrigo de disposições de direito administrativo ou fiscal;
• Fiscalização
da legalidade de
actos
jurídicos
emanados
pela
administração no exercício da função administrativa, assim como de actos materialmente administrativos praticados por órgãos públicos não pertencentes à Administração
pública ou
por particulares.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
74/162
74
• Fiscalização da legalidade de actos materialmente administrativos praticados por quaisquer órgãos do Estado ou das Regiões Autónomas, ainda que não pertençam àAdministração
Pública;
• Fiscalização da legalidade das normas e demais actos jurídicos praticados por sujeitos privados, designadamente concessionários,
no
exercício
de
poderes
administrativos;
• Questões relativas à validade de actos pré‐contratuais e àinterpretação, validade e execução de contratos a respeito dos
quais
haja
lei
específica
que
admita
que
sejam
submetidos, a um procedimento pré‐contratual regulado por normas de direito público;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
75/162
75
• Questões relativas à i nt er pr et aç ão , validade e execução de contratos de objecto passível de acto administrativo, de contratos especificamente a respeito dos quais existam normas
de
direito
público
que
regulem
aspectos
específicos
do respectivo regime substantivo, ou de contratos em que pelo menos uma das partes seja uma entidade pública ou um concessionário que actue no âmbito da concessão e que as
partes
tenham
expressamente
submetido
a
um
regime substantivo de direito público;
• Questões em que, nos termos da lei, haja lugar a
responsabilidade
civil
extra‐contratual
das
pessoas
colectivas de direito público, incluindo a resultante do exercício da função jurisdicional e da função legislativa;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
76/162
76
• Responsabilidade civil extracontratual dos titulares de órgãos, funcionários, agentes e demais servidores públicos.
• Responsabilidade
civil
extracontratual
dos sujeitos
privados aos
quais
seja
aplicável o regime específico da responsabilidade do Estado e demais pessoas colectivas de direito público;
• Relações jurídicas entre pessoas colectivas de direito público ou entre órgãos
públicos,
no
âmbito
dos
interesses
que
lhes
cumpre
prosseguir;
• Promover a prevenção, cessação e reparação de violações a valores e bens constitucionalmente protegidos, em matéria de saúde pública, ambiente, urbanismo, ordenamento do território, qualidade de vida, património
cultural
e
bens
do
Estado,
quando
cometidas
por
entidades
públicas, e desde que não constituam ilícito penal ou contra‐ordenacional;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
77/162
77
• Contencioso eleitoral relativo a órgãos de pessoas colectivas de direito público para que não seja competente outro
tribunal;
• Execução das sentenças proferidas pela jurisdição administrativa e fiscal;
• Es tá n om ea da me nt e excluída do âmbito da jurisdição administrativa e fiscal a apreciação de litígios que tenham por objecto a impugnação de:
• Actos praticados no exercício da função política e legislativa;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
78/162
78
• Decisões jurisdicionais proferidas por tribunais não integradas na jurisdição administrativa e fiscal;
•
Actos
relativos
ao
inquérito
e
à instrução
criminais,
ao
exercício
da
acção
penal
e
à execução
das
respectivas
decisões; • A apreciação das acções de responsabilidade por erro
judiciário cometido por tribunais pertencentes a outras ordens
de
jurisdição,
bem
como
das
correspondentes
acções
de regresso; • A fiscalização dos actos materialmente administrativos
praticados pelo Presidente do STA;• A
fiscalização
dos
actos
materialmente
administrativos
praticados pelo Conselho Superior da Magistratura e pelo seu presidente;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
79/162
79
• A apreciação de litígios emergentes de contratos individuais de trabalho, que não conferem a qualidade de agente
administrativo,
ainda
que
uma
das
partes
seja
uma
pessoa
colectiva de direito público (art. 4 º d o ETAF)
• Alçada
•
Os
tribunais
de
jurisdição
administrativa
têm
alçada.• A alçada dos tribunais administrativos (de círculo)
corresponde àquela que se encontra estabelecida para os tribunais judiciais de 1 ª i n s t â n c i a .
• A alçada dos TCA corresponde à q u e se encontra estabelecida para os tribunais da Relação.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
80/162
80
• Nos processos em que exerçam competências de 1 ª i n s t â n c i a , a alçada dos TCA e do STA, corresponde à dos tribunais
administrativos
de
círculo.
• Órgãos da Jurisdição Administrativa
• A)
Supremo
Tribunal
Administrativo;• B) os tribunais centrais administrativos;
• C) os tribunais administrativos de círculo.
Supremo Tribunal Administrativo
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
81/162
81
• Sede e jurisdição
• O STA é o órgão superior da hierarquia dos tribunais da jurisdição administrativa.
• Tem sede em Lisboa e jurisdição em todo o território nacional. • Funcionamento e poderes de cognição
• O STA funciona por sec ç õ es e em plenário;
• O STA compreende duas secções , uma de contencioso administrativo, e outra
de
contencioso
tributário,
que
funcionam
em
formação
de
t r ês
juízes ou em pleno.
• O plenário e o pleno de cada secção apenas conhecem de matéria de direito.
• A
secção
de
contencioso
administrativo
conhece
apenas
de
matéria
de
direito nos recursos de revista.
Secção de Contencioso Administrativo
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
82/162
82
• Competência da Secção de Contencioso Administrativo• Compete à S e c ç ã o de Contencioso Administrativo do STA conhecer:• a) Dos processos em matéria administrativa relativos a acções ou
omissões
das
seguintes
entidades:• i) Presidente da República;• ii) Assembleia da República e seu Presidente;• iii) Conselho de Ministros;•
iv)
Primeiro‐
Ministro;• v) Tribunal Constitucional e seu Presidente, P r e s i d e n t e d o STA, Tribunal
de Contas e seu Presidente e Presidente do Supremo Tribunal Militar;• vi) Conselho Superior de Defesa Nacional;• vii) Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e seu
presidente:• viii) Procurador‐Geral da República;• ix) Conselho Superior do Ministério Público;
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
83/162
83
• b) Dos processos relativos a eleições;• c) Dos pedidos de adopção de providências cautelares relativos a
processos da sua competência;• d)
Dos
pedidos
relativos
à e x e c u ç ã o
das
suas
decisões;
• e) Dos pedidos cumulados nos processos referidos na alínea a);• f) Das acções de regresso, fundadas em responsabilidade por danos
resultantes do exercício das suas funções, propostas contra juízes do STA e dos TCA e magistrados do Ministério Público que exerçam funções junto
destes
tribunais,
ou
equiparados;• g) Dos recursos dos acórdãos que aos TCA caiba proferir em primeiro grau
de jurisdição;• h) Dos conflitos de competência entre tribunais administrativos;•
i)
De
outros
processos
cuja
apreciação
lhe
seja
deferida
por
lei.
-
8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas
84/162
84
• Compete ainda à S e c ç ã o de Contencioso Administrativo do STA conhecer dos recursos de revista sobre matéria de direito interpostos de acórdãos da Secção de Contencioso Administrativo dos TCA e de decisões dos
tribunais
administrativos
de