PRÁTICAS AVALIATIVAS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS
NATURAIS
Autor:Cleci Fatima Scariotti Marcelino1
Orientador: Anelize Queiroz Amaral 2
Resumo: O tema avaliação é muito discutido por toda classe docente, sendo uma
preocupação de cada profissional o saber avaliar, gerando muitas dúvidas, aflição e preocupação. Foi diante desse quadro que surgiu então a necessidade de repensar a utilização de diversos instrumentos avaliativos para os alunos da 5ª série/6º ano, tendo como objetivo investigar quais instrumentos avaliativos possibilitam uma aprendizagem significativa no ensino de ciências naturais, e compreender o processo avaliativo como uma forma de demonstração da aprendizagem do aluno no desenvolvimento da prática pedagógica. Desta forma percebemos a necessidade de abordar o tema avaliação, diagnosticando concepções nos próprios professores e alunos, num sentido de gerar uma discussão e reflexão na educação básica da Escola Estadual Interventor Manoel Ribas – Ensino Fundamental. Para tanto, dados foram coletados por meio de um questionário e em seguida analisados de forma quanti-qualitativa, pesquisa de opinião com professores e alunos acerca do tema, procedendo aos registros mais significativos e posterior divulgação em reunião com o colegiado escolar. Além da reflexão com o grupo de professores sobre as melhores formas de avaliar o nosso aluno, uma vez que é preciso pensar que a avaliação está presente em todo o curso do processo de ensino e aprendizagem. Verificou-se que após as discussões sobre as práticas avaliativas utilizadas pelos docentes os mesmos possuem clareza sobre o ato avaliativo, esse trabalho colaborou com a real compreensão do processo avaliativo, sugerindo e instigando-os a rever algumas situações em seu dia-a-dia.
PALAVRAS – CHAVES: Avaliação; Educação Básica; Ensino de Ciências.
1 Docente da Escola Estadual Interventor Manoel Ribas. Ensino Fundamental, ciências biológicas Graduação em Educação de Jovens e Adultos, Santo Antonio do Sudoeste, Paraná, Brasil, e-mail: [email protected] 2 Docente do Colegiado de Ciências Biológicas, Biologia, Mestra em Educação para o Ensino de Ciências e Matemática, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. R. Universitária, 2069, Jardim Universitário, Cascavel, Paraná, Brasil, email: [email protected]
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1 INTRODUÇÃO
A formação de professores vem assumindo uma posição de destaque nas
discussões relativas às políticas públicas para educação. É uma preocupação que
se evidencia nas reformas que vêm sendo implementada na política de formação de
docentes, uma prova disso é o Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, a
formação continuada, a educação a distância entre outros.
Nesse sentido, a formação continuada de professores é um campo muito
amplo que requer, para sua compreensão, visualizá-la como um espaço constituído
por diversas ideologias, concepções, práticas culturais e políticas educacionais.
As críticas dirigidas aos problemas que enfrenta o sistema educacional estão
em sua maioria destinados à formação dos docentes. Assim, a formação dos
profissionais da educação é o ponto central na implementação das reformas de
melhoria na educação.
No entanto, a formação de professores tem sido objeto de crescente atenção
desde a segunda metade do século XX. Os professores têm sido alvo e objeto de
pesquisas que procuram identificar não apenas as deficiências e insuficiências de
sua atuação, mas também as origens destes problemas. Essa perspectiva tem como
pressuposto o entendimento de que a formação dos professores pode viabilizar
mudanças significativas no quadro de dificuldades que se apresentam no âmbito
escolar (MONTEIRO, 2005).
A formação continuada dos professores tem seu amparo legal na LDB
9394/96, regulamentando que esta deve ser inclusa, nos estatutos e planos de
carreiras do magistério público, do aperfeiçoamento profissional continuado,
inclusive em serviço na carga horária dos professores. Sendo que na normativa legal
esses horários devem ser para estudos, planejamento e avaliação, com intuito de
propiciar uma formação fundamentada na intima associação entre teorias e práticas
inclusive mediante a capacitação em serviço (LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO
DE 1996).
Essa lei possui várias interpretações e, por conseguinte, práticas de
formação continuada com resultados pouco satisfatórios, gerando questionamentos
sobre sua funcionalidade.
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Para Fusari (1992) discutir a formação continuada dos profissionais da
educação escolar, no cotidiano da escola fundamental, significa, portanto, colocar
realidade no contexto mais amplo da democratização de ensino e da própria
sociedade brasileira. Isso significa assumir a formação do educador em serviço
como um meio e não como um fim em si.
A formação de professores é um assunto que apresenta diversas
possibilidades de investigação, compreendendo questões que envolvem desde o
perfil do professor a ser formado, os processos de formação, o pensamento dos
professores e os saberes envolvidos nessa formação. Para Nóvoa (1992, p.25).
A formação deve estimular uma perspectiva crítico-reflexiva, que forneça aos professores os meios de um pensamento autônomo e que facilite as dinâmicas de autoformação participativa. Esta formação implica um investimento pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e os projetos próprios, com vista a construção de uma identidade, que é também uma identidade profissional.
De acordo com Justina e Ferraz (2009), no processo de ensino e
aprendizagem o professor de Ciências ao planejar e avaliar confronta-se com uma
pluralidade de concepções a respeito do que é ensino, aprendizagem,
conhecimento, ciência, entre outros aspectos. Entretanto, ressalta-se que a
avaliação, para alguns professores, é um processo que gera dúvidas e insegurança,
haja vista o distanciamento entre as recomendações contidas na literatura e sua
prática avaliativa. Essa situação é considerada não só na educação básica, mas
também nos cursos de formação de professores, locais onde o professor, na maioria
das vezes, não consegue romper com a prática reducionista constituída ao longo
dos anos.
Diante desse contexto contraditório, para uma efetiva melhoria no ensino de
Ciências torna-se necessária uma reflexão que resulte em práticas avaliativas mais
democráticas, portanto nessa pesquisa destacamos as práticas avaliativas,
considerando que o professor necessita deslocar o seu foco de preocupação das
notas para uma efetiva atuação em sala de aula com o objetivo de atender os alunos
4
de acordo com suas particularidades, compreendendo o real sentido de avaliar e
conseqüentemente superar o isolamento profissional, criando espaços para trocas
de saberes e de experiências.
1.1 A AVALIAÇÃO ESCOLAR
Os procedimentos de avaliação são um precioso e imprescindível elemento
para conhecer o que o sistema educativo desde o estabelecimento de políticas
públicas até a realidade das classes pretende e obtém de seus alunos. Refletir sobre
o processo de avaliação é uma das melhores formas de entender o que acontece na
escola e um parâmetro para verificar falhas que deverão ser revistas por meio dessa
reflexão entre professores, alunos e comunidade escolar (KRASILCHIK, 2005).
Dentre as várias dimensões da prática docente, Amaral e Silva (2010), apontam que
a avaliação escolar, ou melhor, a avaliação da aprendizagem e desenvolvimento dos
alunos, representa um dos desafios a ser superado pelos professores. Por que
desafio? Porque não é fácil romper com a concepção, bastante presente, de que a
avaliação configura-se como um processo essencialmente classificatório, punitivo e
burocrático.
De acordo com Castro e Carvalho (2001) a avaliação escolar é uma
atividade permanente no trabalho do professor e um precioso e imprescindível
elemento para conhecer o sistema educativo, acompanhando o processo de ensino
e aprendizagem, por este instrumento é possível analisar os resultados obtidos pelos
alunos e verificar se foi atingido o objetivo proposto, sendo necessária uma análise
dos resultados e se necessário fazer a retomada. Dessa forma, discutir e analisar a
avaliação são uma das melhores formas de entender o que acontece na escola.
Recorrendo ao PARANÁ (2008), verificamos que a ação avaliativa é
importante no processo de ensino e aprendizagem, pois pode propiciar um momento
de interação e construção de significados no qual o estudante aprende. Para que tal
ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar sobre os
procedimentos a serem utilizados. A avaliação deverá valorizar os conhecimentos
alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou
5
a partir de diferentes estratégias que envolvam recursos pedagógicos e instrumentos
diversos. Portanto, avaliar no ensino de ciências implica intervir no processo ensino-
aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos
conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de ciências, visando uma
aprendizagem significativa para sua vida.
No entanto, de acordo com a Lei 9694/96, no seu artigo 24, inciso V, letra a,
para que esse objetivo seja alcançado à avaliação deverá ser contínua e cumulativa
do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais.
Para Luckesi (2008) a avaliação não deve se resumir apenas às tradicionais
provas realizadas em determinados períodos letivos, mas ser diagnóstica, a serviço
da escola, do educador e dos educandos, pois só assim será possível rever os
pontos fortes e fracos para propor alternativas que tornem mais eficiente o trabalho
de cada um.
Segundo Bizzo (2007, p.60) é muito comum que os professores procurem
inovar sua prática de forma gradual, introduzindo alguns elementos inéditos e
conservando alguns tradicionais.
No entanto, a avaliação exige uma postura democrática do sistema de ensino
(escola) e do professor, para ocorrer melhoria do ensino e aprendizagem, não basta
avaliar só o nosso aluno, mas também a atuação da escola, direção e equipe
pedagógica.
Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar
sobre os procedimentos a serem utilizados. A avaliação deverá valorizar os
conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades
experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvam recursos
pedagógicos e instrumentos diversos. Nesse sentido, avaliar no ensino de ciências
implica intervir no processo ensino-aprendizagem do estudante, para que ele
compreenda o real significado dos conteúdos científicos, escolares e do objeto de
estudo de ciências, visando uma aprendizagem significativa para sua vida (PARANÁ,
2008).
Para tanto, a avaliação deveria ser realizada ao longo do processo de ensino
e aprendizagem, por meio de interações diárias com os alunos, levando-se em
consideração a coerência entre o planejamento e a metodologia utilizada pelo
6
professor (Proposta Pedagógica Curricular de Ciências - Ensino Fundamental –
Escola Estadual Interventor Manoel Ribas, 2010).
Para nós educadores é colocado o desafio de olhar o nosso aluno em suas
diferenças étnicas, socioculturais e econômicas, compreender as dimensões
cognitivas, afetiva e cultural, de forma a melhor compreendê-los em suas diferenças,
suas crenças e sua forma de aprender. Devendo, portanto, a avaliação escolar ser
colocada a serviço de uma proposta que esteja preocupada com educação como
mecanismo de transformação social.
Para Luckesi (2008) quando a avaliação for participativa, planejada com os
alunos, ela adquirirá responsabilidade conjunta, fazendo diminuir o desinteresse pelo
rendimento escolar e a indisciplina. É muito usual que nós educadores devido à
necessidade de ter controle dos educandos em sala de aula, a prova ou avaliação
vem à frente como recurso de controle disciplinar, dizendo, “cuidado, vocês não
estão interessados, o dia da prova vem aí; vocês vão ver; vou fazer uma prova
difícil”; ao fazermos essas referências estamos agindo inconscientemente de modo
punitivo e não avaliativo. Sendo assim, Luckesi (2008; p.18) destaca que “os
professores utilizam as provas como instrumentos de ameaça e tortura prévia dos
alunos, protestando ser um elemento motivador da aprendizagem”.
No passado os educadores usavam o erro como forma de castigo, também
havia na prática escolar o castigo físico, como nos relata Luckesi (2008 p.48):
No Sul do país, era comum um professor utilizar-se da régua escolar para bater num aluno que não respondesse com adequação às suas perguntas sobre uma lição qualquer. No Nordeste brasileiro, esta mesma prática era efetiva por meio da palmatória.
Hoje quase não vemos mais relatos dessa forma de castigo, porém surgiram
outras maneiras que não de forma física, mas que também castiga, coage e puni
nossos alunos, quando o professor expõe o aluno para toda a classe gerando um
clima de tensão, medo e ansiedade.
Partindo destes contextos que dão um norte ao processo avaliativo da escola,
percebe-se a necessidade de pesquisar sobre instrumentos avaliativos que melhor
podem ser utilizados com os educandos que chegam até nós na 5ª série/ 6º ano,
com suas limitações e dificuldades e ainda por ser um período de transição onde
7
tem diferenças entre as duas etapas, a nova série traz desafios ao nosso educando
como novos professores e consequentemente novas metodologias de ensino, isso
faz com que eles demorem um pouco para se familiarizar com as práticas avaliativas
que na maioria das vezes apresentam-se de maneira punitiva, burocrática e
classificatória.
2 METODOLOGIA DA PESQUISA
A presente pesquisa em questão foi realizada no decorrer do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE, a qual o tema gerador possui muita relevância
e importância em nossa prática pedagógica. A pesquisa foi aplicada na Escola
Estadual Interventor Manoel Ribas – Ensino Fundamental, como instrumento de
coleta de dados foram utilizados estudos bibliográficos acerca do processo avaliativo
elaborando o Projeto de Intervenção Pedagógica da escola, além da observação da
prática e questionários aplicados aos educadores e educandos.
Num primeiro momento foi realizada uma investigação exploratória com 73
educandos da 5ªséries/6ºano, utilizando um questionário com questões abertas
contendo as seguintes questões: a) O que você entende por avaliação? b) Você
considera necessário fazer avaliação? c) Como você se sente fazendo avaliação? 4)
De que forma você acredita que deveria ser realizada as avaliações?.
Após análise destas informações foi trabalhado com os educandos o tema
avaliação com apresentação de slides, destacando a forma como eles são
avaliados, baseados no Projeto Político Pedagógico, na Lei de Diretrizes e Base, na
Proposta Pedagógica Curricular da escola e também no regimento escolar.
Em um segundo momento realizou-se uma investigação com educadores
acerca de sua prática pedagógica com relação à avaliação, mediante a aplicação de
um questionário exploratório contendo questões abertas, respondidos por 7
educadores da escola, contendo as seguintes questões: a) O que é avaliar? b) Por
que avaliar? c) Como avaliar? d) Como avaliar e não classificar? e) Cite os
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instrumentos utilizados na sua prática pedagógica: e) Que dificuldades são
encontradas no processo avaliativo.
Sabedores de que todo o processo avaliativo deve estar vinculado à
concepção que permeia a nossa prática pedagógica e metodológica, tendo-se
sempre claro o que de fato se quer que seja ensinado, para saber o que avaliar. A
avaliação não deve representar um fim do processo de ensino e aprendizagem, mas
sim um parâmetro para repensá-lo, sendo possível rever e corrigir nossa prática.
Num terceiro momento o Projeto de pesquisa sobre as Concepções e Práticas
Avaliativos e Instrumentos Avaliativos para o Ensino de Ciências Naturais, foi
apresentado aos educadores por meio de slides. Sendo também discutidos as
respostas do questionário investigativo realizado com os educandos e educadores,
com o objetivo de explorar, problematizar e refletir os aspectos levantados sobre o
tema.
Diante dessa abordagem enriquecedora, o projeto foi um dos escolhidos
como tema gerador na Semana Pedagógica, sua apresentação possibilitou um
grande momento de discussão para mais de 120 professores, o qual teve
contribuições positivas para o processo avaliativo.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Diante do mapeamento das informações obtidas através dos
questionamentos, pode-se constar que as ações desenvolvidas pelos educadores a
respeito do processo avaliativo visam à melhoria do processo de ensino e
aprendizagem dos alunos.
De acordo com a pesquisa realizada pelos educadores com aspectos
relativos à avaliação escolar, quando questionados a respeito do processo avaliativo
constatou-se que possuem noções básicas e necessárias para realizar o trabalho
educativo escolar, obtiveram-se os seguintes resultados demonstrados nas tabelas
abaixo:
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Tabela 1: O que é avaliar.
CATEGORIA SUBCATEGORIA N. DE RESPOSTAS
1. O que é avaliar?
1 - Verificar progressos;
2 – Processo;
3 – Obtenção de resultados;
4 – Assimilação de conteúdo;
5 – Comparação e qualificação;
6 – Identificação de dificuldades;
7 – Avaliação cotidiana
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1
1
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1
1
1
De acordo com a subcategoria 1, 2 e 3, verifica-se que os professores
acreditam ser a avaliação um processo que lhes permitem verificar e acompanhar os
progressos, conforme falas emitidas:
“Verifica o progresso que o aluno apresenta durante todo o processo de aprendizagem, e não apenas o desempenho apresentado num momento de avaliação formal”. P1
“É um processo na qual o professor consegue ter uma visão mais ampla do aprendizado dos alunos em relação ao conteúdo ensinado”. P2
“Obter um resultado sobre os conhecimentos adquiridos que se delimita por um valor/peso/nota resultante de uma avaliação”. P3.
De acordo com a subcategoria 4, 5 e 6, os professores verificam que o
processo avaliativo se concretiza se houver assimilação dos conteúdos sendo
possível assim verificar as dificuldades e os avanços dos alunos. Segundo (Castro e
Carvalho, 2001, p.168) a avaliação dá ao professor informações sobre seu ensino,
permitindo-lhe identificar onde seu trabalho deixou de dar resultados esperados,
10
como e onde os estudantes tiveram dificuldades, permitindo que as falhas possam
ser reparadas, conforme falas emitidas:
“Maneira de saber se o conteúdo oferecido ao aluno foi assimilado”. P4
“É comparar o antes, o durante e o depois, aferir conhecimentos, é transformar a realidade, é investigar, rever e qualificar. P5
“Identificar as dificuldades e os avanços dos alunos”. P6
De acordo com a subcategoria 7, o educador como profissional também
precisa fazer sua auto avaliação correlacionando aos seus alunos em seu cotidiano,
recorrendo ao Paraná (2008), a avaliação deverá valorizar os conhecimentos
alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou
a partir de diferentes estratégias que envolvam recursos pedagógicos e instrumentos
diversos. Nesse sentido, avaliar no ensino de ciências implica intervir no
processo ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real
significado dos conteúdos científicos, escolares e do objeto de estudo de ciências,
visando uma aprendizagem significativa para sua vida, conforme fala emitida:
“A avaliação nos acompanha. Acredito que sem avaliar nossos atos cotidianos, não só os profissionais mais também nossa atitudes com quem convivemos nos faz perceber erros e acertos e buscar alternativas ou atitudes para melhorar. Sermos avaliados e avaliar é um processo que exige cautela pois as avaliações revelam facetas da personalidade e do desempenho do trabalho realizado o qual parece sempre estar perfeito e correto e quando se observa a avaliação não é isso que se percebe”.P7
Diante das repostas emitidas, verifica-se a clareza e importância do ato de
avaliar, o qual nos acompanha em nosso dia-a-dia como educador, sua relevância e
necessidade no processo de ensino e aprendizagem.
11
Tabela 2: Por que avaliar.
CATEGORIA SUBCATEGORIA N. DE RESPOSTAS
2. Por que Avaliar?
1 – Necessidade do
processo;
2 – Verificação da
aprendizagem;
3 – Progresso;
4 – Análise dos
conhecimentos;
5 – Construção de novas
metodologias;
6 – Auto avaliação do
“erro”;
7 – Diagnóstico.
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1
1
1
1
1
1
De acordo com a subcategoria 1, 2 e 3 , no que se refere ao porque avaliar os
educadores tem clareza desse processo o qual é uma necessidade do processo de
ensino, do sistema e também do progresso da aprendizagem do aluno, verificando
conforme Esteban (2003) investigando o processo de ensino/aprendizagem o
professor redefine o sentido da prática avaliativa. A avaliação como um processo de
reflexão sobre e para a ação contribui para que o professore se torne cada vez mais
capaz de recolher indícios, de atingir níveis de complexidade na interpretação de
seus significados, e de incorporá-los como eventos relevantes para a dinâmica
ensino/aprendizagem, conforme falas emitidas:
“Porque se faz necessário dentro do processo de ensino e dentro de uma proposta pedagógica, atingir objetivos, tanto no que diz respeito no trabalho com os conteúdos, quanto com os educandos. Somos disseminadores de uma ciência concreta e objetiva, buscando abstraí-la para a nossa realidade”. P1 “Verificar o grau de aprendizagem do aluno, orientar e ajustar a atuação dos professores e escola, propiciarem elementos e instrumentos para o constante repensar da prática de ensino”. P2 “Para ter o conhecimento do progresso obtido pelo aluno”. P3
12
Também é preciso pensar que a avaliação está presente em todo o curso
durante o processo de ensino e aprendizagem para analisar os conhecimentos e
construir novas metodologias de ensino, segundo Bizzo (2007, p.60) “a avaliação é
sempre uma atividade difícil de realizar. Toda avaliação supõe um processo de obtenção e
utilização de informações, que serão analisadas diante de critérios estabelecidos segundo
juízos de valor”. Conforme falas emitidas a seguir na subcategoria 4 e 5.
“Para analisar os conhecimentos adquiridos pelos alunos e também para auto- avaliarmos e aperfeiçoar o nosso trabalho”. P4
“Para que se construam novas metodologias de ensino pelos professores e para os alunos, de forma que ambos desenvolvam de maneira integrada o processo de ensino e aprendizagem”. P5
Conforme a subcategoria 6 e 7, percebe-se que o processo avaliativo pode ser utilizado como diagnóstico do erro e como processo de evolução de sua aprendizagem, conforme falas emitidas:
“Para diagnosticar o “erro”, ajudar o aluno a reformular suas hipóteses e seus saberes”. P6 “Avaliar é extremamente necessário para obtermos um diagnóstico do processo de evolução de quem está sendo avaliado. É difícil avaliar sem medir sem classificar principalmente na escola”. P7
Diante das respostas emitidas sobre o porquê avaliar, percebe-se que o
educador possui o entendimento desse ato, onde se verifica ser uma necessidade
do processo de ensino, acompanhamento do progresso do educando e também a
importância da metodologia utilizada, com isso é possível fazer um diagnóstico da
aprendizagem conforme suas capacidades e/ou dificuldades.
Tabela 3: Como avaliar.
CATEGORIA SUBCATEGORIA N. DE RESPOSTAS
1
1 – Participação;
2 – Evolução dos
conhecimentos;
1
1
13
3. 3. Como avaliar?
3 – Para determinar metas;
4 – Apresentação de nota;
5 – Instrumentos
diversificados;
6 – Acompanhamento do
empenho;
7 – Objetivamente
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1
1
1
1
Analisando a subcategoria 1, 2 e 3 percebe-se que os educadores avaliam
seus alunos das mais diversas maneiras possíveis por meio da participação,
atividades incentivando as descobertas significativas e determinando metas a serem
alcançadas durante o processo de ensino e aprendizagem, segundo Luckesi (2008)
a avaliação deverá ser feita, após a conclusão, que todos os alunos aprenderam o conteúdo
que está sendo trabalhado, avaliar não significa massacrar, mas sim dar subsídios para que
o aluno possa ser avaliado. conforme falas emitidas:
“Participação, competência, habilidades de cada aluno, atitudes, comportamentos (elogiando ou criticando)”. P1
“Avaliar de forma que o aluno possa evoluir fazer descobertas significativas e aplicá-las nos diferentes momentos de sua vida”. P2
“Determinar metas e reelaborar a partir da capacidade de aprendizagem, tentando ampliar e direcionar a aprendizagem”. P3
De acordo com a subcategoria 4 e 5, os professores acreditam que avaliar é
uma necessidade do sistema educacional, conforme o Projeto Político Pedagógico
da escola Estadual Interventor Manoel Ribas (2007) a avaliação deve acontecer
durante o ano todo, em vários momentos e com diversos instrumentos, pois é um processo
integrante das relações ensino e aprendizagem, um recurso pedagógico para auxiliar e
educador a rever sua práxis e o educando na busca e construção do seu conhecimento.
Conforme falas emitidas:
“De diversas maneiras, mas o sistema educacional nos impõe a apresentação de uma nota/peso” P4. “O aluno deve ser avaliado em toda aula, por meio de provas escritas, orais, perguntas, participação, colaboração, etc”. P5
14
De acordo com a subcategoria 6 e 7 a avaliação deve ser realizada como
uma forma de acompanhamento do desempenho e dos objetivos que queremos
alcançar, para Luckesi (2008) a avaliação da aprendizagem existe para garantir a
qualidade da aprendizagem do aluno, ela tem a função de possibilitar uma
qualificação da aprendizagem do educando, conforme falas emitidas:
“O acompanhamento do empenho na realização de múltiplas atividades, observando a evolução ao longo do tempo”.P6
“É preciso ter claro que objetivos se deseja alcançar e, a partir daí criar atividades que no seu conjunto possibilitarão ao professor se auto-avaliar, como a análise dos instrumentos aplicados que mais contribuirão no processo avaliativo”.P7
Analisando as falas emitidas percebe-se que o educador avalia o educando
de diversas maneiras, procurando valorizar e incentivar a participação, o empenho,
os conhecimentos adquiridos, compartilhando metas e objetivos com a classe, tendo
como produto um resultado o qual necessita ser emitido em forma de nota.
Tabela 4: Como avaliar e não classificar.
CATEGORIA SUBCATEGORIA N. DE RESPOSTAS
4.
4.
4.4.Como avaliar e não
classificar?
1 – Sem distinção;
2 – Analisar e não
comparar;
3 – Avaliar o processo e
não a nota;
4 – Construir o
conhecimento;
5 – De maneira
contextualizada;
6 – Avaliação formativa e
diagnóstica;
7 – Avaliação continua.
1
1
1
1
1
1
1
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Para nós educadores é colocado o desafio de olhar o nosso aluno em suas
diferenças étnicas, socioculturais e econômicas, compreender as dimensões
cognitivas, afetiva e cultural, de forma a melhor compreendê-los em suas diferenças,
suas crenças e sua forma de aprender, conforme a subcategoria 1, 2 e 3, os
professores tem clareza que não devemos fazer distinção e sim verificar o quanto o
aluno aprendeu durante o processo de aprendizagem. “Neste contexto a avaliação
deveria ser realizada ao longo do processo de ensino e aprendizagem, por meio de
interações diárias com os alunos, levando-se em consideração a coerência entre o
planejamento e a metodologia utilizada pelo professor durante seu processo de ensino e
aprendizagem”. (Proposta Pedagógica Curricular de Ciências - Ensino Fundamental –
Escola Estadual Interventor Manoel Ribas, 2010). Conforme falas emitidas:
“Não fazer distinção entre o aluno mais inteligente, com aquele que tem maior dificuldade”. P1
“É analisar, observar o que o aluno aprendeu, qual foi o seu rendimento e não compará-lo”. P2
“Avaliar não somente a nota, mas o processo de aprendizagem do aluno, diagnosticar os problemas, retomando a prática pedagógica, de tal modo que as mudanças aconteçam de forma qualitativa”. P3
De acordo com a subcategoria 4 e 5, é possível identificar que os
educadores analisam que o “erro” deve ser usado como uma maneira de identificar
as dificuldades e não como uma forma de castigo e que possa o professor ser o
mediador do conhecimento, conforme falas emitidas:
“Quando o aluno "erra” está testando hipóteses não adequadas, mas nem por isso deixa de participar da construção do conhecimento, o qual o educador deve interferir e dar oportunidade ao desenvolvimento de novas suposições, mais adequadas à situação de aprendizagem proposta”. P4
“Que o processo avaliativo seja feito a partir da realidade do aluno, que o professor possa ser realmente o mediador no processo educacional de seus alunos”. P5
16
De acordo com a subcategoria 6 e 7, a avaliação deverá ser realizada de
forma contínua e ao longo do processo de ensino-aprendizagem para que não
ocorra a classificação, para Medeiros (1983) a avaliação tem as seguintes
modalidades: - diagnóstica, é feita quando o aluno chega, e suas deficiências
educacionais tem que ser localizadas; - formativa, feita ao longo de todo o processo
ensino e aprendizagem; - somativa, feita à saída do ciclo didático, de cada unidade
ou determinada disciplina, conforme falas emitidas.
“Praticar avaliação formativa e diagnóstica”.P6 “Avaliar sem classificar é quase impossível na prática pedagógica, pois o sistema educacional cobra através de avaliação a classificação dos educandos. Por isso se discute tanto este tema, e alguns pensadores da educação tentam colaborar com esta idéia, cabe aqui citar as propostas de Coll que indica que devemos avaliar continuamente durante o desenvolvimento dos trabalhos e atividades propostas aos educandos os conhecimentos que privilegiam o saber, o saber fazer e o ser”. P7
O ato de avaliar por si só faz essa classificação uma vez que precisa ser
atribuída uma nota, com as falas emitidas pelos educadores percebe-se que cabe a
nós não fazer distinção nem comparação entre os educandos, afinal a aprendizagem
é um processo que ocorre ao longo do ano letivo e onde cada aluno possui um ritmo
de aprendizagem. Também não utilizar o erro como uma forma de punição e sim
para rever o que ainda não foi assimilado, incentivando e orientando a refazer de
forma correta privilegiando o saber, o saber fazer e o ser.
Tabela 5: Instrumentos avaliativos utilizados na prática docente.
CATEGORIA SUBCATEGORIA N. DE RESPOSTAS
1 – Produção de textos;
2- Questões objetivas e
dissertativas;
1
1
17
5. Cite os instrumentos
avaliativos utilizados na
sua prática docente?
3- Pesquisas;
4- Seminários;
5- Produção individual ou
em grupo;
6- Observação;
7- Atividades lúdicas
1
1
1
1
1
De acordo com a subcategoria 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, observa-se que os
educadores utilizam as mais diversas práticas avaliativas, embasados nos
documentos que dão o norte ao sistema educacional e da própria escola como o
Projeto Político Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de
Trabalho Docente.
Para Luckesi (2008) avaliação não deverá se resumir apenas às tradicionais
provas realizadas em determinados períodos letivos, mas sim deverá ser
diagnóstica, a serviço da escola, do educador e dos educandos, pois só assim será
possível rever os pontos fortes e fracos para propor alternativas que tornem mais
eficiente o trabalho de cada um.
Também a Proposta Pedagógica Curricular nos diz que os instrumentos
avaliativos utilizados serão: trabalhos em grupos e individual, avaliação oral, escrita,
objetiva e descritiva, debates, pesquisas bibliográficas e de campo, relatórios
escritos de aulas práticas, vídeos, palestras, entrevistas e seminários. Conforme
falas emitidas:
“Produção de textos, questões objetivas e dissertativas, apresentação de pesquisas, seminários, maquetes, cartazes”. P1
“Avaliação diagnóstica, formativa, somativa, participação e dedicação, limites a alcançar”. P2
“Produção individual ou em grupo, pesquisas, participação, apresentação de trabalhos, avaliação escrita”. P3
“Provas, trabalhos e pesquisas”. P4
“Participação, colaboração, empenho, trabalhos, perguntas e respostas”. P5
“Observação: principal instrumento para as atividades avaliativas... Atividades em equipe, criatividade nos experimentos e exposição de trabalhos, provas escritas e perguntas e respostas bem objetivas”.P6
18
“Provas escritas com diferentes tipos de questões, questionamentos orais, trabalhos em grupos, atividades lúdicas que pode ser fonte de dados para avaliar”. P7
Diante das falas emitidas sobre os instrumentos utilizados pelos educadores
percebe-se que são bastante diversificados, os quais precisam ir se adequando com
a classe, analisando suas particularidades e dificuldades, a avaliação exige do
educador uma postura, sendo necessária a diversificação dos instrumentos para que
seja oferecido a cada educando a oportunidade de demonstrar sua aprendizagem.
Tabela 6: Dificuldades encontradas no processo avaliativo.
CATEGORIA SUBCATEGORIA N. DE RESPOSTAS
6) Que dificuldades são
encontradas no
processo avaliativo?
1 – Coerência ao avaliar;
2 - O desinteresse dos
alunos, a distância entre a
teoria e a prática;
3 - Dificuldades na leitura e
na escrita, na interpretação
de textos e atividades;
4 - Tensões e bloqueios;
5 - Sondagem diagnóstica
com objetivos claros;
6 - Sistema social
desestruturado;
7 – Violência e falta de
limites.
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Avaliar os alunos não é tarefa fácil, a escola deixa a desejar e os alunos nem
sempre são o que esperamos dentro de uma sala de aula, conviver com uma turma
rebelde, numerosa, com inúmeras dificuldades de aprendizagem, torna cada vez
mais oneroso o trabalho do professor.
Este universo de preocupações fecha-se no limite das relações de sala de
aula com alunos indisciplinados, mais do que ser professor em sala de aula o
docente precisa estar atento em como pedir determinada tarefa e em como a mesma
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deve ser desenvolvida de forma que todos os alunos possam desenvolvê-la com
perfeição.
O professor passa a ser o coordenador, o articulador das ações, para que o
espaço sala de aula torne-se lugar em que os alunos participem da proposta de
trabalho, encontrando segurança para aprender, abordando os conteúdos de forma a
garantir que todos os alunos aprendam.
Analisando a subcategoria 1, 2 e 3 verifica-se os educadores encontram
dificuldades no processo avaliativo em relação aos métodos a serem utilizados, o
desinteresse dos alunos e as dificuldades na aprendizagem, conforme falas
emitidas:
“As mais variadas, pois o ato de avaliar não é fácil e, nem sempre somos coerentes e certos em avaliar e como devemos avaliar”. P1
“O desinteresse dos alunos, a distância entre a teoria e a prática, os professores e alunos não falam a mesma linguagem”. P2
“Dificuldades na leitura e na escrita, na interpretação de textos e atividades”. P3
Ao analisar a subcategoria 4 e 5, os professores percebem que o processo
avaliativo ainda causa medo e tensão para isso é importante fazer um diagnóstico da
aprendizagem dos alunos para ter maior clareza de quais métodos avaliativos
surtirão melhores resultados, conforme falas emitidas:
“O processo avaliativo ainda hoje causa tensões e bloqueios em alguns educandos”. P4
“Em fazer uma sondagem diagnóstica perfeita, ter clareza, quanto ao aprendizado do educando, saber se os recursos usados por mim foram eficazes ou satisfatórios”. P5
Ao analisar a subcategoria 6 e 7, o educador acredita que a maior dificuldade
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neste processo é o sistema social desestruturada, onde a falta de interesse dos
educandos e da própria família gera todo este descaso com a educação, gerando
um clima de violência falta de limites e indisciplina, conforme falas emitidas:
“Sistema social desestruturado, deixando o professor em situação, onde este vê suas opções se exaurindo”.P6
“Uma das grandes dificuldades é a falta de interesse dos educandos em aprender e isso se reflete na avaliação, a qual será notas muito baixas, em função do descaso. Por mais que você diversifique as formas de repassar os conteúdos tenho a impressão que o educando está engessado sem atitude, apenas esperando que o educador tenha pena de sua pessoa e lhe de nota para passar de ano. Outra dificuldade é a violência e a falta de limites nas atitudes dos educandos em sala de aula”.P7
Na apresentação da unidade didática no grupo de estudos com os
professores, gerou uma discussão do tema, percebeu-se que houve
aprofundamento teórico e melhor compreensão do processo avaliativo na busca de
aperfeiçoar as práticas avaliativas visando à melhoria do processo educacional.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Toda mudança de perspectiva escolar incluindo o processo avaliativo, não
deve ocorrer com arbitrariedade, ou modismos dos docentes. Toda mudança sempre
se relacionou com o que a sociedade se propunha a fazer ou que a sociedade
pensava em fazer, onde a avaliação é uma técnica, um recurso utilizado para
perceber as dimensões de onde se quer chegar no processo avaliativo para que
realmente ele se efetive e atinja os objetivos.
Qualquer que seja o tipo de avaliação adotado pelo professor, a mesma deve
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começar dentro da escola, onde é um procedimento para fazer com que cada
educador se pergunte o que o nosso educando sabe, para que ele precisa saber e
relacionar com o mundo dos homens.
A avaliação requer uma série de superações, os professores devem em sua
prática docente, levar em conta que o ritmo de cada aluno varia muito e que nem
todos vão atingir o mesmo grau de conhecimento e competência, portando, deve-se
considerar um diagnóstico do conseguido e do que faltou ser atingido, refletindo
meios para que a aprendizagem possa se efetivar nesses alunos que possuem
dificuldades, utilizando meios e práticas avaliativas diversificadas, para Luckesi
(2008, p.83 ) os instrumentos de avaliação devem ser elaborados, executados e
aplicados levando-se em conta alguns princípios:
- Medir resultados de aprendizagem claramente definidos:
- Medir uma amostra adequada dos resultados de aprendizagem; - Se planejado para se ajustar aos usos particulares a serem feitos dos resultados; - Ser construídos tão fidedignos quanto possível; - Ser utilizado para melhorar a aprendizagem do estudante e do sistema de ensino.
A mudança de perspectiva da avaliação só acontecerá quando os
professores de uma coletividade se propuserem a rever a forma de trabalho atual
em face de critérios comuns de análise da sociedade e da escola, com a
apresentação desse trabalho foi possível perceber que essas mudanças já estão
ocorrendo visando à melhoria da qualidade do ensino.
O momento de discussão e interação com o grupo de professores
participantes obteve resultados positivos que vai colaborar com sua prática docente,
levando-os no momento da construção dos instrumentos avaliativos, a serem mais
criteriosos, organizados e justos, buscando alternativas e se necessário fazer
retomada do conteúdo propiciando o ensino e aprendizagem mais eficiente.
Repensar as práticas avaliativas, avaliar algumas atitudes do nosso dia-a-
dia, analisar critérios e instrumentos avaliativos forma os pontos principais da
discussão do grupo de estudos, visando a melhoria do processo de ensino e
aprendizagem dos nossos educandos.
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Foram momentos de trocas de experiências, de discussão, desabafo onde os
participantes demonstraram suas “angústias” que os afligem sobre o processo
avaliativo, onde de certa forma está cada vez mais difícil a tarefa de avaliar os
nossos educandos.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil. Editora ática, 2007.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996.
Referências
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ESTEBAN Maria Teresa (org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2003.
FUSARI, José Cerchi. A formação continuada dos professores, Série idéias nº 12. São Paulo: FDE, 1992. p.25-33.
JUSTINA, L. A. D; FERRAZ, D. F. A prática avaliativa no contexto do Ensino de Biologia. In.: CALDEIRA, A. M. de A. ARAUJO, S.N. N. de. (org.) Introdução à didática da biologia. São Paulo: Escrituras Editora, 2009.
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Editora
Cortez, 2008. MEDEIROS, Ethel Bauzer. Provas objetivas, discursivas, orais e práticas: técnica de construção. 7ª de. refundida e ampliada. Rio de Janeiro, ed. Da
Fundação Getúlio Vargas, 1983.
MONTEIRO, A. M. F. C. (2005) Entre saberes e práticas: A relação dos
23
professores com os saberes que ensinam. In: Ensino de Biologia: Conhecimentos
e valores em disputa, Niterói: Eduff.
NÒVOA, Antonio. (org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Publicação Dom Quixote. 1992.
Proposta Pedagógica Curricular – Ciências – Ensino Fundamental – Escola
Estadual Interventor Manoel Ribas. Ensino Fundamental. 2010.
Projeto Politico Pedagógico – Ensino Fundamental – Escola Estadual Interventor Manoel Ribas. 2007.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de ciências para Educação básica. Curitiba: SEED, 2008.