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Ministrio da Educao
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo
TECNOLOGIA EM MECATRNICA INDUSTRIAL
Birigui
Setembro 2012
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PRESIDENTE DA REPBLICA
Dilma Vana Roussef
MINISTRO DA EDUCAO
Aloizio Mercadante Oliva
SECRETRIO DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA
Marco Antonio de Oliveira
REITOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE
SO PAULO
Arnaldo Augusto Ciquielo Borges
PR-REITOR DE ENSINO
Thomas Edson Filgueiras Filho
PR-REITOR DE ADMINISTRAO E PLANEJAMENTO
Yoshikazu Suzumura Filho
PR-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Gersoney Tonini Pinto
PR-REITOR DE PESQUISA E INOVAO TECNOLGICA
Joo Sinohara da Silva Sousa
PR-REITOR DE EXTENSO
Garabed Kenchian
DIRETOR GERAL DO CAMPUS BIRIGUI
Carmen Monteiro Fernandes
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NDICE
1. IDENTIFICAO DA INSTITUIO..................................................................................41.1. IDENTIFICAO DO CAMPUS...........................................................................................51.2. MISSO................................................................................................................................61.3. HISTRICO INSTITUCIONAL.............................................................................................6
1.3.1. A ESCOLA DE APRENDIZES E ARTFICES DE SO PAULO.........................................81.3.2. O LICEU INDUSTRIAL DE SO PAULO...........................................................................91.3.3. A ESCOLA INDUSTRIAL DE SO PAULO E A ESCOLA TCNICA DE SO PAULO. . .101.3.4. A ESCOLA TCNICA FEDERAL DE SO PAULO..........................................................121.3.5. O CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA DE SO PAULO...................131.3.6. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE SO PAULO. .14
1.4. HISTRICO DO CAMPUS.................................................................................................171.4.1. CARACTERIZAO DO MUNICPIO DE BIRIGUI..........................................................191.4.2. INDICADORES DE EMPREGO E RENDA.......................................................................20
2. JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO................................................................213. OBJETIVOS......................................................................................................................27
3.1. OBJETIVOS GERAIS.........................................................................................................273.2. OBJETIVOS ESPECFICOS..............................................................................................27
4. REQUISITO DE ACESSO.................................................................................................275. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO.........................................................................286. ORGANIZAO CURRICULAR.......................................................................................29
6.1. ESTRUTURA CURRICULAR.............................................................................................296.2. ITINERRIO FORMATIVO.................................................................................................316.3. DISPOSITIVOS LEGAIS CONSIDERADOS......................................................................336.4. PLANOS DE ENSINO........................................................................................................346.5. TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO (TCC)............................................................796.6. ESTGIO SUPERVISIONADO (ES)..................................................................................80
6.6.1. CARGA HORRIA E MOMENTO DE REALIZAO......................................................806.6.2. SUPERVISO E ORIENTAO DE ESTGIO SUPERVISIONADO..............................806.6.3. DOCUMENTOS E RELATRIOS DO ESTGIO SUPERVISIONADO............................81
6.7. ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AC)..........................................................................826.8. ATIVIDADES DE EXTENSO............................................................................................836.9. ATIVIDADES DE PESQUISA.............................................................................................83
7. CRITRIOS DE APROVEITAMENTO E ACELERAO DE ESTUDOS.........................848. ATENDIMENTO DISCENTE.............................................................................................859. CRITRIOS DA AVALIAO DA APRENDIZAGEM.......................................................8610. INSTRUMENTOS DE AVALIAO DO CURSO...........................................................8711. MODELOS DE CERTIFICADOS E DIPLOMAS.............................................................8812. NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE (NDE)..............................................................8913. COLEGIADO DE CURSO...............................................................................................8914. EQUIPE DE TRABALHO................................................................................................90
14.1. CORPO DOCENTE..........................................................................................................9014.2. CORPO TCNICO PEDAGGICO..................................................................................92
15. INSTALAES E EQUIPAMENTOS.............................................................................9415.1. INFRA-ESTRUTURA FSICA...........................................................................................9415.2 EQUIPAMENTOS DE INFORMTICA..............................................................................9415.3 SOFTWARES....................................................................................................................94
15.3.1 SISTEMAS OPERACIONAIS..........................................................................................9415.3.2 APLICATIVOS................................................................................................................. 94
15.4 LABORATRIOS ESPECFICOS.....................................................................................9516. BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................97
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1. IDENTIFICAO DA INSTITUIO
NOME: Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo
SIGLA: IFSP
CNPJ: 10.882.594/0001-65
NATUREZA JURDICA: Autarquia Federal
VINCULAO: Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica do Ministrio
da Educao (SETEC)
ENDEREO: Rua Pedro Vicente, 625, Canind, So Paulo/SP
CEP: 01.109-010
TELEFONES: (11) 3775-4502/4503 (Reitoria)
FACSMILE: (11) 3775-4502/4503
PGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://www.ifsp.edu.br
ENDEREO ELETRNICO: [email protected]
DADOS SIAFI: UG: 158154
GESTO: 26439
NORMA DE CRIAO: Lei N 11.892 de 29/12/2008
NORMAS QUE ESTABELECERAM A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
ADOTADA NO PERODO: Lei N 11.892 de 29/12/2008
FUNO DE GOVERNO PREDOMINANTE: Educao
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1.1. IDENTIFICAO DO CAMPUS
NOME: Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo
CAMPUS: Birigui
SIGLA: IFSP - BRI
CNPJ: 10.882.594/0014-80
ENDEREO: Rua Pedro Cavalo, 709, Residencial Portal da Prola II, Birigui/SP
CEP: 16.201-407
TELEFONE: (18) 3643-1160
PGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://www.ifsp.edu.br/index.php/04-
birigui.html
DADOS SIAFI: UG: 158525
GESTO: 26439
AUTORIZAO DE FUNCIONAMENTO: Portaria Ministerial n. 116, de
29/01/2010
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1.2. MISSO
Consolidar uma prxis educativa que contribua para a insero social,
formao integradora e produo do conhecimento.
1.3. HISTRICO INSTITUCIONAL
Historicamente, a educao brasileira passa a ser referncia para o
desenvolvimento de projetos econmico-sociais, principalmente, a partir do avano
da industrializao ps-1930.
Nesse contexto, a escola como o lugar da aquisio do conhecimento passa a
ser esperana de uma vida melhor, sobretudo, no avano da urbanizao que se
processa no pas. Apesar de uma oferta reduzida de vagas escolares, nem sempre
a insero do aluno significou a continuidade, marcando a evaso como elemento
destacado das dificuldades de sobrevivncia dentro da dinmica educacional
brasileira, alm de uma precria qualificao profissional.
Na dcada de 1960, a internacionalizao do capital multinacional nos grandes
centros urbanos do Centro Sul acabou por fomentar a ampliao de vagas para a
escola fundamental. O projeto tinha como princpio bsico fornecer algumas
habilidades necessrias para a expanso do setor produtivo, agora identificado com
a produo de bens de consumo durveis. Na medida que a popularizao da
escola pblica se fortaleceu, as questes referentes interrupo do processo de
escolaridade tambm se evidenciaram, mesmo porque havia um contexto de
estrutura econmica que, de um lado, apontava para a rapidez do processo
produtivo e, por outro, no assegurava melhorias das condies de vida e nem
mesmo indicava mecanismos de permanncia do estudante, numa perspectiva
formativa.
A Lei de Diretrizes de Base da Educao Nacional LDB 5692/71, de certa
maneira, tentou obscurecer esse processo, transformando a escola de nvel
fundamental num primeiro grau de oito anos, alm da criao do segundo grau
como definidor do caminho profissionalizao. No que se referia a esse ltimo
grau de ensino, a oferta de vagas no era suficiente para a expanso da
escolaridade da classe mdia que almejava um mecanismo de acesso
universidade. Nesse sentido, as vagas no contemplavam toda a demanda social e
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o que de fato ocorria era uma excluso das camadas populares. Em termos
educacionais, o perodo caracterizou-se pela privatizao do ensino,
institucionalizao do ensino pseudo profissionalizante e demasiado tecnicismo
pedaggico.
Deve-se levar em conta que o modelo educacional brasileiro historicamente
no valorizou a profissionalizao visto que as carreiras de ensino superior que
eram reconhecidas socialmente no mbito profissional. Este fato foi reforado por
uma industrializao dependente e tardia que no desenvolvia segmentos de
tecnologia avanada e, consequentemente, por um contingente de fora de trabalho
que no requeria seno princpios bsicos de leitura e aritmtica destinados,
apenas, aos setores instalados nos centros urbano industriais, prioritariamente no
centro-sul.
A partir da dcada de 1970, entretanto, a ampliao da oferta de vagas em
cursos profissionalizantes apontava um novo estgio da industrializao brasileira
ao mesmo tempo que privilegiava a educao privada em nvel de terceiro grau.
Mais uma vez, portanto, se colocava o segundo grau numa condio
intermediria sem terminalidade profissional e destinado s camadas mais
favorecidas da populao. importante destacar que a presso social por vagas
nas escolas, na dcada de 1980, explicitava essa poltica.
O aprofundamento da insero do Brasil na economia mundial trouxe o
acirramento da busca de oportunidades por parte da classe trabalhadora que via
perderem-se os ganhos anteriores, do ponto de vista da obteno de um posto de
trabalho regular e da escola como formativa para as novas demandas do mercado.
Esse processo se refletiu no desemprego em massa constatado na dcada de
1990, quando se constitui o grande contingente de trabalhadores na informalidade,
a flexibilizao da economia e a consolidao do neoliberalismo. Acompanharam
esse movimento: a migrao intra urbana, a formao de novas periferias e a
precarizao da estrutura educacional no pas.
As Escolas Tcnicas Federais surgiram num contexto histrico que a
industrializao sequer havia se consolidado no pas. Entretanto, indicou uma
tradio que formava o artfice para as atividades prioritrias no setor secundrio.
Durante toda a evoluo da economia brasileira e sua vinculao com as
transformaes postas pela Diviso Internacional do Trabalho, essa escola teve
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participao marcante e distinguia seus alunos dos demais candidatos, tanto no
mercado de trabalho, quanto na universidade.
Contudo, foi a partir de 1953 que se iniciou um processo de reconhecimento do
ensino profissionalizante como formao adequada para a universidade. Esse
aspecto foi reiterado em 1959 com a criao das escolas tcnicas e consolidado
com a LDB 4024/61. Nessa perspectiva, at a LDB 9394/96, o ensino tcnico
equivalente ao ensino mdio foi reconhecido como acesso ao ensino superior. Essa
situao se rompe com o Decreto 2208/96 que refutado a partir de 2005 quando
se assume novamente o ensino mdio tcnico integrado.
Nesse percurso histrico, pode-se perceber que o IFSP nas suas vrias
caracterizaes (Escolas de Artfices, Escola Tcnica, CEFET e Escolas
Agrotcnicas) assegurou a oferta de trabalhadores qualificados para o mercado,
bem como se transformou numa escola integrada no nvel tcnico, valorizando o
ensino superior e, ao mesmo tempo, oferecendo oportunidades para aqueles que,
injustamente, no conseguiram acompanhar a escolaridade regular.
O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo -IFSP foi
institudo pela Lei n 11.892, de 29 de dezembro de 2008, mas, para abordarmos a
sua criao, devemos observar como o IF foi construdo historicamente, partindo da
Escola de Aprendizes e Artfices de So Paulo, o Liceu Industrial de So Paulo, a
Escola Industrial de So Paulo e Escola Tcnica de So Paulo, a Escola Tcnica
Federal de So Paulo e o Centro Federal de Educao Tecnolgica de So Paulo.
1.3.1. A ESCOLA DE APRENDIZES E ARTFICES DE SO PAULO
A criao dos atuais Institutos Federais se deu pelo Decreto n 7.566, de 23 de
setembro de 1909, com a denominao de Escola de Aprendizes e Artfices, ento
localizadas nas capitais dos estados existentes, destinando-as a propiciar o ensino
primrio profissional gratuito (FONSECA, 1986). Este decreto representou o marco
inicial das atividades do governo federal no campo do ensino dos ofcios e
determinava que a responsabilidade pela fiscalizao e manuteno das escolas
seria de responsabilidade do Ministrio da Agricultura, Indstria e Comrcio.
Na Capital do Estado de So Paulo, o incio do funcionamento da escola
ocorreu no dia 24 de fevereiro de 19101, instalada precariamente num barraco 1 A data de 24 de fevereiro a constante na obra de FONSECA (1986).
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improvisado na Avenida Tiradentes, sendo transferida, alguns meses depois, para
as instalaes no bairro de Santa Ceclia, Rua General Jlio Marcondes Salgado,
234, l permanecendo at o final de 19752. Os primeiros cursos oferecidos foram de
tornearia, mecnica e eletricidade, alm das oficinas de carpintaria e artes
decorativas (FONSECA, 1986).
O contexto industrial da Cidade de So Paulo, provavelmente aliado
competio com o Liceu de Artes e Ofcios, tambm, na Capital do Estado, levou a
adaptao de suas oficinas para o atendimento de exigncias fabris no comuns na
grande maioria das escolas dos outros Estados. Assim, a escola de So Paulo, foi
das poucas que ofereceram desde seu incio de funcionamento os cursos de
tornearia, eletricidade e mecnica e no ofertaram os ofcios de sapateiro e alfaiate
comuns nas demais.
Nova mudana ocorreu com a aprovao do Decreto n 24.558, de 03 de julho
de 1934, que expediu outro regulamento para o ensino industrial, transformando a
inspetoria em superintendncia.
1.3.2. O LICEU INDUSTRIAL DE SO PAULO3
O ensino no Brasil passou por uma nova estruturao administrativa e funcional
no ano de 1937, disciplinada pela Lei n 378, de 13 de janeiro, que regulamentou o
recm-denominado Ministrio da Educao e Sade. Na rea educacional, foi
criado o Departamento Nacional da Educao que, por sua vez, foi estruturado em
oito divises de ensino: primrio, industrial, comercial, domstico, secundrio,
superior, extraescolar e educao fsica (Lei n 378, 1937).
A nova denominao, de Liceu Industrial de So Paulo, perdurou at o ano de
1942, quando o Presidente Getlio Vargas, j em sua terceira gesto no governo
federal (10 de novembro de 1937 a 29 de outubro de 1945), baixou o Decreto-Lei n
4.073, de 30 de janeiro, definindo a Lei Orgnica do Ensino Industrial que preparou
novas mudanas para o ensino profissional.
2A respeito da localizao da escola, foram encontrados indcios nos pronturio funcionais de dois de seus ex-diretores, de que teria, tambm, ocupado instalaes da atual Avenida Brigadeiro Luis Antonio, na cidade de So Paulo.3Apesar da Lei n 378 determinar que as Escolas de Aprendizes Artfices seriam transformadas em Liceus, na documentao encontrada no CEFET-SP o nome encontrado foi o de Liceu Industrial.
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1.3.3. A ESCOLA INDUSTRIAL DE SO PAULO E A ESCOLA TCNICA DE SO PAULO
Em 30 de janeiro de 1942, foi baixado o Decreto-Lei n 4.073, introduzindo a Lei
Orgnica do Ensino Industrial e implicando a deciso governamental de realizar
profundas alteraes na organizao do ensino tcnico. Foi a partir dessa reforma
que o ensino tcnico industrial passou a ser organizado como um sistema,
passando a fazer parte dos cursos reconhecidos pelo Ministrio da Educao
(MATIAS, 2004).
Esta norma legal foi, juntamente com as Leis Orgnicas do Ensino Comercial
(1943) e Ensino Agrcola (1946), a responsvel pela organizao da educao de
carter profissional no pas. Neste quadro, tambm conhecido como Reforma
Capanema, o Decreto-Lei 4.073, traria unidade de organizao em todo territrio
nacional. At ento, a Unio se limitara, apenas a regulamentar as escolas
federais, enquanto as demais, estaduais, municipais ou particulares regiam-se
pelas prprias normas ou, conforme os casos, obedeciam a uma regulamentao
de carter regional (FONSECA, 1986).
No momento que o Decreto-Lei n 4.073, de 1942 passava a considerar a
classificao das escolas em tcnicas, industriais, artesanais ou de aprendizagem,
estava criada uma nova situao indutora de adaptaes das instituies de ensino
profissional e, por conta desta necessidade de adaptao, foram se seguindo outras
determinaes definidas por disposies transitrias para a execuo do disposto
na Lei Orgnica.
A primeira disposio foi enunciada pelo Decreto-Lei n 8.673, de 03 de
fevereiro de 1942, que regulamentava o Quadro dos Cursos do Ensino Industrial,
esclarecendo aspectos diversos dos cursos industriais, dos cursos de mestria e,
tambm, dos cursos tcnicos. A segunda, pelo Decreto 4.119, de 21 de fevereiro de
1942, determinava que os estabelecimentos federais de ensino industrial passariam
categoria de escolas tcnicas ou de escolas industriais e definia, ainda, prazo at
31 de dezembro daquele ano para a adaptao aos preceitos fixados pela Lei
Orgnica. Pouco depois, era a vez do Decreto-Lei n 4.127, assinado em 25 de
fevereiro de 1942, que estabelecia as bases de organizao da rede federal de
estabelecimentos de ensino industrial, instituindo as escolas tcnicas e as
industriais (FONSECA, 1986).
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Foi por conta desse ltimo Decreto, de nmero 4.127, que se deu a criao da
Escola Tcnica de So Paulo, visando a oferta de cursos tcnicos e os cursos
pedaggicos, sendo eles das esferas industriais e de mestria, desde que
compatveis com as suas instalaes disponveis, embora ainda no autorizada a
funcionar. Institua, tambm, que o incio do funcionamento da Escola Tcnica de
So Paulo estaria condicionada a construo de novas e prprias instalaes,
mantendo-a na situao de Escola Industrial de So Paulo enquanto no se
concretizassem tais condies.
Ainda quanto ao aspecto de funcionamento dos cursos considerados tcnicos,
preciso mencionar que, pelo Decreto n 20.593, de 14 de Fevereiro de 1946, a
escola paulista recebeu autorizao para implantar o Curso de Construo de
Mquinas e Motores. Outro Decreto de n 21.609, de 12 de agosto 1946, autorizou o
funcionamento de outro curso tcnico, o de Pontes e Estradas.
Retornando questo das diversas denominaes do IFSP, apuramos em
material documental a existncia de meno ao nome de Escola Industrial de So
Paulo em raros documentos. Nessa pesquisa, observa-se que a Escola Industrial de
So Paulo foi a nica transformada em Escola Tcnica. As referncias aos
processos de transformao da Escola Industrial Escola Tcnica apontam que a
primeira teria funcionado na Avenida Brigadeiro Lus Antnio, fato desconhecido
pelos pesquisadores da histria do IFSP (PINTO, 2008).
Tambm na condio de Escola Tcnica de So Paulo, desta feita no governo
do Presidente Juscelino Kubitschek (31 de janeiro de 1956 a 31 de janeiro de 1961),
foi baixado outro marco legal importante da Instituio. Trata-se da Lei n 3.552, de
16 de fevereiro de 1959, que determinou sua transformao em entidade
autrquica4. A mesma legislao, embora de maneira tpica, concedeu maior
abertura para a participao dos servidores na conduo das polticas
administrativa e pedaggica da escola.
Importncia adicional para o modelo de gesto proposto pela Lei 3.552, foi
definida pelo Decreto n 52.826, de 14 de novembro de 1963, do presidente Joo
Goulart (24 de janeiro de 1963 a 31 de marco de 1964), que autorizou a existncia
de entidades representativas discentes nas escolas federais, sendo o presidente da
4Segundo Meirelles (1994, p. 62 63), apud Barros Neto (2004), Entidades autrquicas so pessoas jurdicas de Direito Pblico, de natureza meramente administrativa, criadas por lei especfica, para a realizao de atividades, obras ou servios descentralizados da entidade estatal que as criou.
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entidade eleito por escrutnio secreto e facultada sua participao nos Conselhos
Escolares, embora sem direito a voto.
Quanto localizao da escola, dados do conta de que a ocupao de
espaos, durante a existncia da escola com as denominaes de Escola de
Aprendizes Artfices, Liceu Industrial de So Paulo, Escola Industrial de So Paulo e
Escola Tcnica de So Paulo, ocorreram exclusivamente na Avenida Tiradentes, no
incio das atividades, e na Rua General Jlio Marcondes Salgado, posteriormente.
1.3.4. A ESCOLA TCNICA FEDERAL DE SO PAULO
A denominao de Escola Tcnica Federal surgiu logo no segundo ano do
governo militar, por ato do Presidente Marechal Humberto de Alencar Castelo
Branco (15 de abril de 1964 a 15 de maro de 1967), incluindo pela primeira vez a
expresso federal em seu nome e, desta maneira, tornando clara sua vinculao
direta Unio.
Essa alterao foi disciplinada pela aprovao da Lei n. 4.759, de 20 de agosto
de 1965, que abrangeu todas as escolas tcnicas e instituies de nvel superior do
sistema federal.
No ano de 1971, foi celebrado o Acordo Internacional entre a Unio e o Banco
Internacional de Reconstruo e Desenvolvimento - BIRD, cuja proposta era a
criao de Centros de Engenharia de Operao, um deles junto escola paulista.
Embora no autorizado o funcionamento do referido Centro, a Escola Tcnica
Federal de So Paulo ETFSP acabou recebendo mquinas e outros
equipamentos por conta do acordo.
Ainda, com base no mesmo documento, o destaque e o reconhecimento da
ETFSP iniciou-se com a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional LDB n.
5.692/71, possibilitando a formao de tcnicos com os cursos integrados, (mdio e
tcnico), cuja carga horria, para os quatro anos, era em mdia de 4.500
horas/aula.
Foi na condio de ETFSP que ocorreu, no dia 23 de setembro de 1976, a
mudana para as novas instalaes no Bairro do Canind, na Rua Pedro Vicente,
625. Essa sede ocupava uma rea de 60 mil m, dos quais 15 mil m construdos e
25 mil m projetados para outras construes.
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medida que a escola ganhava novas condies, outras ocupaes surgiram
no mundo do trabalho e outros cursos foram criados. Dessa forma, foram
implementados os cursos tcnicos de Eletrotcnica (1965), de Eletrnica e
Telecomunicaes (1977) e de Processamento de Dados (1978) que se somaram
aos de Edificaes e Mecnica, j oferecidos.
No ano de 1986, pela primeira vez, aps 23 anos de interveno militar,
professores, servidores administrativos e alunos participaram diretamente da
escolha do diretor, mediante a realizao de eleies. Com a finalizao do
processo eleitoral, os trs candidatos mais votados, de um total de seis que
concorreram, compuseram a lista trplice encaminhada ao Ministrio da Educao
para a definio daquele que seria nomeado.
Foi na primeira gesto eleita (Prof. Antonio Soares Cervila) que houve o incio
da expanso das unidades descentralizadas - UNEDs da escola, com a criao, em
1987, da primeira do pas, no municpio de Cubato. A segunda UNED do Estado
de So Paulo principiou seu funcionamento no ano de 1996, na cidade de
Sertozinho, com a oferta de cursos preparatrios e, posteriormente, ainda no
mesmo ano, as primeiras turmas do Curso Tcnico de Mecnica, desenvolvido de
forma integrada ao ensino mdio.
1.3.5. O CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA DE SO PAULO
No primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o
financiamento da ampliao e reforma de prdios escolares, aquisio de
equipamentos, e capacitao de servidores, no caso das instituies federais,
passou a ser realizado com recursos do Programa de Expanso da Educao
Profissional - PROEP (MATIAS, 2004).
Por fora de um decreto sem nmero, de 18 de janeiro de 1999, baixado pelo
Presidente Fernando Henrique Cardoso (segundo mandato de 01 de janeiro de
1999 a 01 de janeiro de 2003), se oficializou a mudana de denominao para
CEFET- SP.
Igualmente, a obteno do status de CEFET propiciou a entrada da Escola no
oferecimento de cursos de graduao, em especial, na Unidade de So Paulo,
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onde, no perodo compreendido entre 2000 a 2008, foi ofertada a formao de
tecnlogos na rea da Indstria e de Servios, Licenciaturas e Engenharias.
Desta maneira, as peculiaridades da pequena escola criada h quase um sculo e
cuja memria estrutura sua cultura organizacional, majoritariamente, desenhada
pelos servidores da Unidade So Paulo, foi sendo, nessa dcada, alterada por
fora da criao de novas unidades, acarretando a abertura de novas
oportunidades na atuao educacional e discusso quanto aos objetivos de sua
funo social.
A obrigatoriedade do foco na busca da perfeita sintonia entre os valores e
possibilidades da Instituio foi impulsionada para atender s demandas da
sociedade em cada localidade onde se inaugurava uma Unidade de Ensino,
levando necessidade de flexibilizao da gesto escolar e construo de novos
mecanismos de atuao.
1.3.6. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE
SO PAULO
O Brasil vem experimentando, nos ltimos anos, um crescimento consistente de
sua economia, o que demanda da sociedade uma populao com nveis crescentes
de escolaridade, educao bsica de qualidade e profissionalizao. A sociedade
comea a reconhecer o valor da educao profissional, sendo patente a sua
vinculao ao desenvolvimento econmico.
Um dos propulsores do avano econmico a indstria que, para continuar
crescendo, necessita de pessoal altamente qualificado: engenheiros, tecnlogos e,
principalmente, tcnicos de nvel mdio. O setor primrio tem se modernizado,
demandando profissionais para manter a produtividade. Essa tendncia se observa
tambm no setor de servios, com o aprimoramento da informtica e das
tecnologias de comunicao, bem como a expanso do segmento ligado ao
turismo.
Se de um lado temos uma crescente demanda por professores e profissionais
qualificados, por outro temos uma populao que foi historicamente esquecida no
que diz respeito ao direito a educao de qualidade e que no teve oportunidade de
formao para o trabalho.
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Considerando-se, portanto, essa grande necessidade pela formao
profissional de qualidade por parte dos alunos oriundos do ensino mdio,
especialmente nas classes populares, aliada proporcional baixa oferta de cursos
superiores pblicos no Estado de So Paulo, o IFSP desempenha um relevante
papel na formao de tcnicos, tecnlogos, engenheiros, professores,
especialistas, mestres e doutores, alm da correo de escolaridade regular por
meio do PROEJA e PROEJA FIC.
A oferta de cursos est sempre em sintonia com os arranjos produtivos,
culturais e educacionais, de mbito local e regional. O dimensionamento dos cursos
privilegia, assim, a oferta daqueles tcnicos e de graduaes nas reas de
licenciaturas, engenharias e tecnologias.
Alm da oferta de cursos tcnicos e superiores, o IFSP atua na formao inicial
e continuada de trabalhadores, bem como na ps-graduao e pesquisa
tecnolgica. Avana no enriquecimento da cultura, do empreendedorismo e
cooperativismo, e no desenvolvimento socioeconmico da regio de influncia de
cada campus, da pesquisa aplicada destinada elevao do potencial das
atividades produtivas locais e da democratizao do conhecimento comunidade
em todas as suas representaes.
A Educao Cientfica e Tecnolgica ministrada pelo IFSP entendida como um
conjunto de aes que buscam articular os princpios e aplicaes cientficas dos
conhecimentos tecnolgicos cincia, tcnica, cultura e s atividades
produtivas. Este tipo de formao imprescindvel para o desenvolvimento social
da nao, sem perder de vista os interesses das comunidades locais e suas
inseres no mundo cada vez mais definido pelos conhecimentos tecnolgicos,
integrando o saber e o fazer por meio de uma reflexo crtica das atividades da
sociedade atual, em que novos valores reestruturam o ser humano.
Assim, a educao exercida no IFSP no est restrita a uma formao
meramente profissional, mas contribui para a iniciao na cincia, nas tecnologias,
nas artes e na promoo de instrumentos que levem reflexo sobre o mundo.
Atualmente, o IFSP conta com 25 campi e 4 campi avanados, sendo que o
primeiro campus foi o de So Paulo, cujo histrico j foi relatado neste panorama.
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Relao dos campi do IFSP
Campus Autorizao de Funcionamento Inicio das
Atividades
Araraquara Portaria Ministerial n. 1.170, de 21/09/2010 2 semestre de 2010
Avar Portaria Ministerial n. 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 201
Barretos Portaria Ministerial n. 1.170, de 21/09/2010 2 semestre de 2010
Birigui Portaria Ministerial n. 116, de 29/01/2010 2 semestre de 2010
Boituva (avanado) Resoluo n 28, CS IFSP de 23/12/2009 2 semestre de 2010
Bragana Paulista Portaria Ministerial n. 1.712, de 20/12/2006 07/30/2007
Campinas Portaria Ministerial n. 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 2014
Camposdo Jordo Portaria Ministerial n. 116, de 29/01/2010 02/02/2009
Capivari (avanado) Resoluo n 30, CS IFSP, de 23/12/2009 2 semestre de 2010
Caraguatatuba Portaria Ministerial n. 1.714, de 20/12/2006 02/12/2007
Catanduva Portaria Ministerial n. 120, de 29/01/2010 2 semestre de 2010
Cubato Portaria Ministerial n. 158, de 12/03/1987 04/01/1987
Guarulhos Portaria Ministerial n. 2.113, de 06/06/2006 02/13/2006
Hortolndia Portaria Ministerial n. 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 2011
Itapetininga Portaria Ministerial n. 127, de 29/01/2010 2 semestre de 2010
Jacare (avanado) Em processo de implementao 1 semestre de 2013
Mato (avanado) Resoluo n 29, CS IFSP, de 23/12/2009 2 semestre de 2010
Piracicaba Portaria Ministerial n. 104, de 29/01/2010 2 semestre de 2010
Presidente Epitcio Portaria Ministerial n. 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 2011
Registro Portaria Ministerial n. 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 2011
Salto Portaria Ministerial n. 1.713, de 20/12/2006 08/02/2007
So Carlos Portaria Ministerial n. 1.008, de 29/10/2007 08/01/2008
So Joo da Boa Vista Portaria Ministerial n. 1.715, de 20/12/2006 01/02/2007
So Jos dos Campos 1 semestre de 2012
So Paulo Decreto n. 7.566, de 23/09/1909 02/19/1910
So Roque Portaria Ministerial n. 710, de 09/06/2008 08/11/2008
Sertozinho Portaria Ministerial n. 403, de 30/04/1996 01/01/1996
Suzano Portaria Ministerial n. 1.170, de 21/09/2010 2 semestre de 2010
Votuporanga Portaria Ministerial n. 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 2011
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-
1.4. HISTRICO DO CAMPUS
O Campus Birigui, edificado em atendimento Chamada Pblica do
MEC/SETEC n 001/2007 - Plano de Expanso da Rede Federal de Educao
Tecnolgica FASE II, est localizado no municpio de Birigui, na regio noroeste
do estado de So Paulo. Teve sua autorizao de funcionamento atravs da
Portaria n 116, de 29 de janeiro de 2010, com previso de incio de suas
atividades educacionais para o 2 semestre do corrente. O campus foi autorizado a
funcionar por meio da Portaria Ministerial n 116, de 29 de janeiro de 2010.
Birigui conhecido como a Capital Brasileira do Calado Infantil, por ser o maior
plo industrial do pas especializado neste segmento.Conta com 159 indstrias de
calados. Suas indstrias empregam em torno de 18 mil trabalhadores, mais de
60% dos empregos oferecidos na cidade. Outras atividades produtivas da cidade
so dos setores moveleiro, metalrgico, txtil (confeces), papel (cartonagens),
qumico e grfico e atraem mo-de-obra das cidades vizinhas.
Com uma rea total construda de 3.656,23 m o Campus composto por um
conjunto edificado de padro escolar com 5 blocos de edifcios, sendo um bloco
administrativo, trs blocos com salas de aula, biblioteca e laboratrios especficos
diversos e um bloco de convvio e cantina. O conjunto edificado ainda conta com
projetos de expanso, estando em processo licitatrio mais um bloco de salas de
aula.
O Campus iniciou suas atividades em agosto de 2010, ofertando na modalidade
concomitante ou subsequente os cursos tcnicos: Tcnico em Administrao, com
uma turma no perodo noturno; Tcnico em Manuteno e Suporte em Informtica,
uma turma no perodo vespertino; e Tcnico em Automao Industrial, com duas
turmas, uma no perodo vespertino e outra no perodo noturno. Todos com 40 vagas
por turma, totalizando uma oferta inicial de 160 vagas.
No primeiro semestre de 2011, alm da continuidade dos cursos iniciais com
160 vagas, o Campus tambm iniciou a oferta do curso de Licenciatura em
Matemtica com mais 40 vagas e cursos PROEJA FIC, oferecidos a alunos
matriculados na Educao de Jovens e Adultos (EJA) do primeiro ciclo do Ensino
Fundamental, em parceria com as prefeituras dos municpios de Birigui, Araatuba
e Penpolis. Foram disponibilizadas 180 vagas, distribudas em 9 turmas PROEJA
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FIC, para os cursos de: Auxiliar Administrativo; Auxiliar Eletricista; Manuteno de
Computadores e Instalao Fsica de Redes. Totalizando assim mais 380 vagas
neste semestre.
Ainda em 2011, no 2 semestre, alm da manuteno da oferta de 160 vagas
para o meio do ano dos cursos tcnicos concomitantes ou subsequentes o Campus
iniciou a oferta do Programa Especial de Formao Pedaggica de Docentes para
as Disciplinas do Currculo da Educao Profissional, com 50 vagas e cursos de
Formao Inicial e Continuada (FIC) de: Qualificao Profissional em Metrologia
Industrial; Incluso Digital para Jovens e Adultos (atualizao); Informtica para a
Terceira Idade (atualizao); Formao Continuada 1, 2 e 3 da Matemtica;
Qualificao Profissional em Desenho Tcnico; Planejamento Financeiro Familiar
(atualizao); e Qualificao Profissional Processos e Prticas da Administrao de
Recursos Humanos. A carga horria dos cursos FIC ofertados foram de 20 a 40
horas, com 180 vagas ao total. Totalizando assim a oferta de mais 320 vagas neste
semestre.
Em 2012 interrompeu-se a oferta dos cursos tcnicos concomitantes ou
subsequentes do perodo vespertino e duas turmas do PROEJA FIC, mantendo-se
a oferta das 260 vagas dos cursos noturmos (tcnicos, Licenciatura em Matemtica
e demais turmas do PROEJA FIC) e iniciou-se a oferta em perodo integral de
cursos tcnicos integrados ao ensino mdio, em parceria com a Secretaria de
Estado da Educao de So Paulo, com os cursos de: Tcnico em Administrao;
Tcnico em Informtica; e Tcnico em Automao Industrial. Todos com oferta de
40 vagas. Iniciou-se tambm neste semestre a oferta de mais dois cursos PROEJA
FIC: Auxiliar de Almoxarifado; e Auxiliar de Torneiro Mecnico. Com 20 vagas cada
um, totalizando no semestre a oferta de mais 380 vagas.
No 1 semestre de 2012 o Campus Birigui contava com: treze turmas nos
cursos tcnicos na modalidade concomitante ou subsequente; trs turmas de
Licenciatura em Matemtica; nove turmas do PROEJA FIC; uma turma do
Programa Especial de Formao Pedaggica; e trs turmas de curso tcnico
integrado ao ensino mdio. Totalizando 29 turmas, com aproximadamente 750
alunos matriculados.
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A presena do IFSP em Birigui permite a ampliao das opes de qualificao
profissional e formao tcnica e tecnolgica para as indstrias e servios da
regio, por meio de educao gratuita e de qualidade.
1.4.1. CARACTERIZAO DO MUNICPIO DE BIRIGUI
O municpio de Birigui faz parte da 9. Regio Administrativa do Estado de So
Paulo. Ele est localizado na regio noroeste do Estado distante 521 km da capital
do Estado. Sua rea geogrfica de 537 km2, a uma altitude de 400 metros e clima
tropical seco. Fazem parte da microrregio de Birigui os municpios: Coroados,
Brana, Brejo Alegre, Santpolis do Aguape, Bilac, Piacatu, Clementina,Gabriel
Monteiro, Buritama, Lurdes e Turiba.
Segundo dados do IBGE de 2006, o municpio composto por 108.472
habitantes. Dentre estes, 105.218 vivem na rea urbana e 3.254 vivem na rea
rural.
A faixa etria da populao composta por 20,5% de habitantes com menos de
15 anos, 68,83% com idade entre 16 e 59 anos e 10,67% com 60 anos ou mais.
A atividade econmica predominante no municpio a industrial (calados,
metalurgia, moveleira, confeco) com 24.000 postos de trabalho sendo 18.000
na rea caladista. Ao todo so 908 indstrias, das quais 90% so PMEs
(Pequenas e Mdias Empresas).
Dessas empresas, 45 empresas so participantes do APL (Arranjo Produtivo
Local) da indstria de calados infantis. Entre as aes desenvolvidas nos ltimos
seis anos esto: estudo setorial, promoo de treinamentos, palestras, workshops,
oficinas SEBRAE, MBA, consrcio de exportao, consultorias, FEICAL, programa
de eficincia energtica.
Fazem parte do plo industrial caladista 160 empresas com produo mdia
diria de 250 mil pares. A produo mdia anual de 65 milhes de pares. 11,7%
da produo de 2006 foi exportada para 50 pases. 85% da produo direcionada
ao pblico infantil. O municpio possui 15 lojas de fbrica, 50 empresas
exportadoras e 1 shopping do calado. O plo fatura em mdia R$800 milhes ao
ano.
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-
O municpio tambm possui atualmente 1.818 estabelecimentos comerciais.
ainda um grande plo agrcola na regio, responsvel pela produo de 37,5% do
milho, 30,8% do arroz, 30% da soja, 28% do sorgo entre outras culturas.
1.4.2. INDICADORES DE EMPREGO E RENDA
Empregados nos setores da economia MunicpioParticipao dos empregos ocupados da agropecuria -2004 2,04%Participao dos empregos ocupados na indstria - 2004 62,47%Participao dos empregos da construo civil - 2004 1,21%Participao dos empregos no comrcio - 2004 13,1%Participao dos empregos nos servios - 2004 21,19%Rendimento mdio no total de empregos ocupados - 2004 655,78
De acordo com o IPRS (ndice Paulista de Responsabilidade Social), Birigui foi
classificado no Grupo 3: municpio com nvel de riqueza baixo, mas com bom
indicador de longevidade e escolaridade e principalmente com boa qualidade de
vida.
20
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Segundo indicadores de 2000, a taxa de analfabetismo da populao com 15
anos ou mais de 7,19%. A mdia de anos de estudo da populao de 15 a 64
anos de 7,37. Entre a populao de 18 a 24 anos, 45,49% havia completado o
Ensino Mdio.
Em 2005, foram registradas no municpio 13.083 matrculas de alunos no
Ensino Fundamental, 4.575 matrculas no Ensino Mdio, 3.366 no Ensino Pr-
escolar. Do total de docentes 661 atuavam no Ensino Fundamental, 311 atuavam
no Ensino Mdio e 171 no Ensino Pr-escolar.
No Ensino Superior, no ano de 2004, havia 1.762 estudantes matriculados e
125 docentes.
H no municpio 11 Centros de Educao Infantil (CEIS), 23 Escolas Municipais
de Educao Infantil (EMEIS), 11 Escolas Municipais de Educao Fundamental
(EMEFS), 13 Escolas de Ensino Fundamental Estaduais, 9 Escolas Ensino Mdio
Estaduais, 11 escolas particulares (infantil mdio fundamental), 4 Escolas
Tcnicas (na rea de calados) e 3 Centros de Ensino Superior.
No ano de 2007, foram registradas 14.586 matrculas no Ensino Fundamental,
sendo 7.072 em Escolas Pblicas Estaduais, 5.569 em Escolas Pblicas Municipais
e 1.945 em Escolas Privadas.
No Ensino Mdio foram matriculados 4.807 alunos, sendo 4.317 em Escolas
Pblicas Estaduais e 490 em Escolas Privadas.
No Ensino Pr-Escolar foram registradas 3.838 matrculas,sendo 3.403 em
Escolas Pblicas Municipais e 435 em Escolas Privadas.
Em 2007, foram matriculados no Ensino Superior 2.184 alunos em instituio
privada. O Municpio de Birigui obteve 5,4 no ndice do IDEB-2005. O ndice
nacional para o mesmo ano foi de 3,8.
2. JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO
A acelerao do desenvolvimento tecnolgico e os modernos processos de
produo industrial so fenmenos que vm se difundindo mundialmente, por meio
dos processos de internacionalizao e globalizao da economia. Reflexos desse
processo mundial j so observados de forma intensa no Brasil, obrigando as
indstrias nacionais a adaptarem-se s novas exigncias do mercado mundial.
21
-
O desenvolvimento tecnolgico, aliado alta competitividade do mercado,
impulsiona o setor industrial para a utilizao intensiva de tecnologias ligadas
eletrnica, mecnica e informtica.
Observa-se uma intensa e crescente utilizao do computador nas diversas
fases de fabricao de produtos, desde os projetos (Desenho Auxiliado por
Computador - CAD), at a manufatura (Manufatura Auxiliada por Computador -
CAM). Igualmente, largamente aplicado no controle de processos e na automao
industrial (com utilizao de sensores, atuadores e Controladores Lgico
Programveis - CLP), na utilizao de mquinas automatizadas (Comando Numrico
Computadorizado - CNC), braos mecnicos programveis (robs) e na integrao
do sistema de manufatura (Manufatura Integrada por Computador - CIM). Dessa
forma, a Automao Industrial processo irreversvel e caracterizador da
modernidade da sociedade mundial, tornando-se ferramenta imprescindvel, na
busca da qualidade, produtividade e competitividade.
Segundo a Abinee, o faturamento da indstria eletroeletrnica no 1 trimestre de
2010 cresceu 17% na comparao com igual perodo do ano passado e superou em
3% o realizado no 1 trimestre de 2008.
Os programas do governo para aliviar os efeitos da crise econmica mundial
sobre a atividade econmica do Brasil, tiveram resultados positivos sobre diversas
reas do setor eletroeletrnico. As reas de componentes eltricos e eletrnicos,
material eltrico de instalao e de utilidades domsticas, foram as que
apresentaram as maiores taxas de crescimento, cujos percentuais atingiram +34%,
+31% e +42%, respectivamente.
Tambm, o crescimento do faturamento da rea de informtica, foi bastante
expressivo (+14%). Neste caso, permanece a reduo de impostos sobre os
equipamentos, alm do crdito facilitado ao consumidor visando a integrao da
populao de baixa renda na era digital.
Os faturamentos das reas de equipamentos industriais e automao industrial
tambm cresceram na comparao com igual perodo de 2009. Estas taxas
decorreram da retomada dos investimentos produtivos pela empresas no Brasil. O
porcentual menor de crescimento da indstria de automao deve-se ao fato que
estes equipamentos so instalados no final da implantao dos investimentos e, por
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-
esta razo, so contratados na fase final do projeto. Assim, a efetiva recuperao
deste setor ocorreu no segundo semestre de 2011.
Quanto rea de telecomunicaes, o faturamento no 1 trimestre de 2010
situou-se no mesmo nvel do 1 trimestre de 2009. O resultado reflete a recuperao
das vendas de telefones celulares, com crescimento de cerca de 20%, e queda no
segmento de infraestrutura, da ordem de 17%. Neste ltimo caso, deve-se
considerar que o faturamento no 1 trimestre do ano passado ainda refletia o
crescimento do setor antes da crise econmica e, portanto, ainda estava em
patamares elevados. Apesar dessa queda, a perspectiva dessa rea de
crescimento em funo dos investimentos previstos na ampliao da capacidade
das redes de transmisso e na transmisso em banda larga.
Por outro lado, a rea de Gerao, Transmisso e Distribuio de Energia
Eltrica (GTD) apresentou retrao de 8% neste primeiro trimestre em relao a
janeiro-maro/2009. A queda foi causada pela reduo das encomendas de
equipamentos de distribuio de energia eltrica durante o ano passado, em virtude
da prpria retrao da atividade econmica e, tambm, elevada base de
comparao do ano passado, uma vez que o faturamento naquele perodo
correspondia a contrataes realizadas antes da crise econmica. Apesar disso, as
perspectivas da rea so positivas em virtude dos planos de investimentos tanto
para os segmentos de Gerao e Transmisso de energia eltrica, como para
Distribuio.
A oferta de emprego do setor teve uma pequena queda no primeiro semestre
deste ano, mas os postos de trabalho forma poupados pelo bom desempenho do
setor em 2010, no final de maro de 2010, o setor empregava 169 mil funcionrios,
9 mil a mais que o registrado em dezembro de 2009. Este nmero supera, inclusive,
o registrado no final de outubro de 2008 (165 mil), perodo pr-crise da economia
mundial.
Na comparao com abril de 2010, o incremento das importaes foi de 6,6%,
com crescimento em todas as reas.
No que diz respeito s expectativas do setor, no curto prazo, o faturamento de
2012 dever se equiparar o do mesmo perodo do ano passado. H previso de um
pequeno crescimento para a maioria das empresas do setor eletroeletrnico, o que
23
-
revela que as indstrias continuam com boas perspectivas de crescimento e de
consequente gerao de empregos.
Como se pode observar pelos dados acima, uma das aplicaes da produo
das indstrias do setor eletroeletrnico est nos processos de automatizao dos
processos e equipamentos. Segundo Turini (2006) a automao comeou a ganhar
impulso no Brasil no incio dos anos 90 com o fim da reserva de mercado de
informtica, aliada abertura comercial e globalizao, porm atualmente a
industria eletroeletrnica uma das que mais cresce e que mais contrata no pas,
pois a competio cada vez mais acirrada enfrentada pelo setor produtivo no
mercado globalizado transformou a automao industrial em um dos principais
requisitos para o desenvolvimento econmico do pas e para uma participao mais
eficiente da indstria brasileira no mercado internacional.
Investem em automao, especialmente, as indstrias siderrgicas, as de papel
e celulose, as sucroalcooleiras, as petroqumicas e de gerao, as transmissoras,
geradoras e distribuidoras de energia eltrica, as fornecedoras de gs natural e
outros combustveis, as de servios e equipamentos, as de ctrus, entre outras.
Porm, ao contrrio do que acontece em outros segmentos de indstrias de
processo, em que a automao um valor agregado a projetos turn key, o setor
sucroalcooleiro est cada vez mais realizando automatizao completa nas usinas.
Grande parte das usinas est estudando ou implantando sistema integrado de
controle de processo com opo de controles baseados em sistema cliente/servidor,
onde todos os CLPs distribudos pelas reas comunicam-se, atravs de uma rede
gerencivel, com dois servidores redundantes. Esta arquitetura hoje uma das
tecnologias mais utilizadas em ambientes corporativos e com o aumento do poder
de processamento dos microcomputadores, os fabricantes de programas
comearam a desenvolver bancos de dados cada vez mais poderosos, sistemas
operacionais mais rpidos e flexveis e redes locais. Com a integrao de todos os
setores em uma nica sala de operao, o COI (Centro de Operaes Integradas),
o que faz com que os gestores de cada rea interajam cada vez mais com todo o
processo.
Dados da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de So Paulo
indicam que a economia da Regio Administrativa de Araatuba, onde est
localizado o Municpio de Birigui, caracteriza-se por uma atividade industrial
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-
articulada com a agropecuria local, tendo havido um expressivo crescimento do
setor sucroalcooleiro nos anos 2000. A agroindstria predominante nesta regio
distingue-se pela forte presena dos segmentos de produtos alimentcios e lcool
combustvel. Destacam-se as indstrias sucroalcooleira, frigorfica, de massas e
polpas de frutas, de processamento de leite em p, de desidratao de ovos e de
curtimento de couro.
Algumas caractersticas regionais contriburam para a expanso canavieira
observada a partir de 2001. Existem terrenos com baixa declividade na rea da
Bacia Hidrogrfica do Baixo Tiet, o que permite o corte mecanizado de alta
produtividade. O preo da terra era relativamente baixo em comparao com outras
regies do Estado, como Ribeiro Preto, onde exauriram as reas para expanso
dos canaviais. H uma boa infraestrutura para o escoamento das mercadorias, com
diversas possibilidades de transporte intermodal, o que permitiu a reduo dos
custos de distribuio. Desse modo, a retomada da demanda dos mercados de
acar e etanol, no final da dcada de 1990, estimulou uma srie de novos
investimentos do setor sucroalcooleiro nos anos 2000. Foram construdas 29 usinas
de acar e lcool entre 2000 e 2007.
A cultura da cana-de-acar vem ocupando parte da rea dedicada
anteriormente s atividades pecurias. Segundo dados do Instituto de Economia
Agrcola IEA, a rea de produo da cana-de-acar praticamente dobrou no
perodo 2001-2006, passando de 204.554 hectares para 397.160 hectares. O valor
da produo da cana-de-acar representou mais da metade do valor total da
produo agropecuria da regio, em 2006.
A infraestrutura para o escoamento da produo local recebeu investimentos
privados e pblicos na dcada de 2000. A principal via de transporte na regio a
Rodovia Marechal Rondon, secundada por estradas vicinais que esto sendo
melhoradas com recursos do Programa Pr-Vicinais do governo estadual. O modal
ferrovirio est sendo recuperado por investimentos privados. Entre outros
investimentos, a construo do terminal rodoferrovirio no entroncamento da
Ferrovia Novoeste S.A., antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, com a Rodovia
Eliezer Montenegro Magalhes, por um consrcio internacional com participao de
usinas locais, permite o transporte ferrovirio de acar a granel de Araatuba a
Santos.
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A hidrovia Tiet-Paran cruza a regio e h projetos para sua modernizao e
dos terminais porturios, visando o aumento do transporte de soja, farelo, milho,
acar e lcool.
Destacam-se, entre as empresas que atuam diretamente na rea de
automao, no Municpio de Birigui a Magnoflux Automao e Robtica, que
trabalha com robs paletizadores, controle de movimento, CNC, robs cartesianos,
robs scara, robs delta, transporte de paletes, esteiras transportadoras e prticos
automatizados. A Tecaut Automao Industrial, uma das maiores e mais conhecidas
empresas de distribuio de materiais eltricos, automao industrial e fabricao
de painis e que est presente nos segmentos de usinas sucroalcooleiras, indstrias
alimentcias, qumicas, metalrgicas, embalagens, grficas, indstrias papeleiras,
saneamento bsico, entre outros.
A Empresa Momesso atua na fabricao de equipamentos para uso na agro-
indstria e no setor caladista. A Kilbra Mquinas que produz equipamentos para
automao avcola: criadeiras metlicas, cavaletes de sustentao, bebedouros em
nipple ou copinho, comedouros automticos com sistema de abastecimento de
rao por cabo de ao com roldanas de polipropileno, ou areo com canecas
dosificadoras, contadores de ovos e esteira transportadora de ovos.
Os dados acima, que trazem a projeo da indstria eletroeletrnica, sua
ligao com os diversos segmentos produtivos, e em especial com o setor
sucroalcooleiro, e a expanso desse setor na regio de atuao do Campus Birigui,
certamente foram definidores para a indicao da formao na rea de Mecatrnica
Industrial tomada em audincia pblica realizada na cidade, no ano e 2008, em que,
sob o comando da prefeitura municipal, manifestaram-se representantes do
comrcio, indstria e instituies de ensino.
Na regio onde Birigui est localizada so ofertados cursos superiores na rea
de Engenharia num raio de at 180 km, apenas por instituies particulares, em
cidades como Araatuba, Lins, So Jos do Rio Preto e Votuporanga, sendo um
desses cursos a Engenharias Mecatrnica. Quanto oferta pblica gratuita de
cursos em reas afins, so encontrados apenas em um raio a partir de 180 km, em
dois campus da UNESP, de Bauru e Ilha Solteira, com cursos de Engenharia
Eltrica e Mecnica. Atualmente, o curso superior em Tecnologia em Mecatrnica
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Industrial de oferta pblica gratuita mais prximo de Birigui o do IFSP Campus
Araraquara, distante 280 km.
3. OBJETIVOS
3.1. OBJETIVOS GERAIS
De maneira geral, o curso de Tecnologia em Mecatrnica Industrial pretende
desenvolver profissionais com formao tecnolgica completa, para atuar na anlise
e elaborao de projetos mecatrnicos e de automao industrial, na automatizao
de processos, envolvendo equipamentos eletromecnicos industriais e na gesto da
instalao e manuteno destes equipamentos. Tambm objetivo do curso
estmular o senso de pesquisa, comprometida com a inovao tecnolgica e
desenvolvimento regional e nacional.
3.2. OBJETIVOS ESPECFICOS
A proposta do curso formar um profissional capaz de analisar especificaes
de componentes e equipamentos que compem sistemas automatizados, coordenar
equipes de trabalho e avaliar a qualidade dos dispositivos e sistemas
automatizados. O curso tambm se prope a capacitar o educando a realizar
medies, testes, operao e manuteno em equipamentos utilizados em
automao de processos industriais, respeitando normas tcnicas e de segurana.
Alm disso, o curso pretende fornecer os conhecimentos mnimos necessrios
para que seu egresso seja capaz de atuar na rea de formao por meio de
empresa ou negcio prprio, conhecendo os princpios do empreendedorismo e
sendo capaz de avaliar a capacidade e planejar a qualificao da equipe de
trabalho; conhecer diferentes formas de empreendimentos (negcios) e gesto
aplicada; conhecer tcnicas de gesto; e conhecer as funes de planejamento,
controle e organizao.
4. REQUISITO DE ACESSO
Para ingresso no curso de Tecnologia em Mecatrnica Industrial, o estudante
dever ter concludo o Ensino Mdio ou equivalente. O acesso ao curso ser por
meio do Sistema de Seleo Unificada (SiSU), de responsabilidade do MEC,
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processos simplificados para vagas remanescentes, reopo de curso, transferncia
externa, ou por outra forma definida pelo IFSP. Sero oferecidas anualmente 40
vagas para o curso de Tecnologia em Mecatrnica Industrial no perodo noturno com
aulas diurnas aos sbados. Dependendo da demanda, a organizao da
infraestrutura e do corpo docente do Campus, poder ser analisada a possibilidade
de se oferecer este curso tambm em perodo diurno, futuramente.
5. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO
Pelas competncias estabelecidas, este curso compromete-se com a formao
do profissional Tecnlogo em Mecatrnica Industrial, que tem sua atividade
caracterizada pela automatizao e otimizao dos processos industriais discretos,
atuando na execuo de projetos, instalao, manuteno e integrao desses
processos, alm da coordenao de equipes. robtica, comando numrico
computadorizado, sistemas fexveis de manufatura, desenho auxiliado por
computador (CAD) e manufatura auxiliada por computador (CAM), planejamento de
processo assistido por computador, interfaces homem-mquina, entre outras, so as
tecnologias utilizadas por este profssional.
Tambm sero competncias estabelecidas os conhecimentos e habilidades j
descritos nos Objetivos Especficos, na seo 3.2.
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6. ORGANIZAO CURRICULAR
6.1. ESTRUTURA CURRICULAR
O currculo foi organizado de modo a garantir o desenvolvimento de
competncias fixadas pela Lei 9.394/96, pela Resoluo CNE/CP n 3, de
18/12/2002, pelo Decreto 5.154 de 23/07/2004 e pelo Decreto 5.773 de 09/05/2006,
bem como o catlogo nacional de cursos superiores de tecnologia (BRASIL, 2010),
assim como as competncias profissionais que foram identificadas pela comunidade
escolar.
O curso de Tecnologia em Mecatrnica Industrial est estruturado para
integralizao em 6 semestres. Sua carga horria total mnima de 2480 horas,
sendo 2400 horas em disciplinas e 80 horas para o Trabalho de Concluso do
Curso (TCC). O Estgio Supervisionado (ES), de carter facultativo, poder ser
realizado a partir do quarto semestre do curso, totalizando 240 horas. oferecido
tambm a possibilidade de convalidao de carga horria de Atividades
Complementares (AC), de carter facultativo, totalizando 80 horas. O curso ser
oferecido no perodo noturno, de segunda sexta-feira e aos sbados, no perodo
diurno, com aulas de 50 minutos. Todas as disciplinas so obrigatrias, com
exceo de LIBRAS (Lingua Brasileira de Sinais), de carter optativo, de 33,33
horas.
Dependendo da opo do aluno em realizar os componentes curriculares no
obrigatrias ao curso, como ES, AC e LIBRAS tem-se algumas possveis
combinaes de componentes curriculares realizadas ao final do curso.
Possibilidades de Componentes Curriculares Carga horria (h)Disciplinas obrigatrias + TCC 2.480,00
Disciplinas obrigatrias + TCC + ES 2.720,00
Disciplinas obrigatrias + TCC + LIBRAS 2.513,33
Disciplinas obrigatrias + TCC + AC 2.560,00
Disciplinas obrigatrias + TCC + ES + LIBRAS 2.753,33
Disciplinas obrigatrias + TCC + ES + AC 2.800,00
Disciplinas obrigatrias + TCC + AC + LIBRAS 2.593,33
Disciplinas obrigatrias + TCC + ES + AC + LIBRAS 2.833,33
29
-
30
20 2480
1 2 3 4 5 6HCTS1 1 T 2 40 33.33LPOS1 1 T 2 40 33.33SSTS1 1 T 2 40 33.33FMAS1 1 T 4 80 66.67TCMS1 1 T 4 80 66.67ELES1 2 T/P 4 80 66.67METS1 2 P 2 40 33.33LOPS1 2 T/P 4 80 66.67
Total 24 480 400ALGS2 1 T 2 40 33.33DETS2 2 P 2 40 33.33CDIS2 1 T 4 80 66.67CELS2 2 T/P 4 80 66.67ELDS2 2 T/P 4 80 66.67FISS2 1 T 4 80 66.67LPRS2 2 P 4 80 66.67
Total 24 480 400MAQS3 1 T 2 40 33.33ELAS3 2 T/P 4 80 66.67ASLS3 1 T 4 80 66.67RESS3 1 T 2 40 33.33FETS3 1 T 4 80 66.67TUSS3 2 T/P 4 80 66.67ELMS3 1 T 2 40 33.33DACS3 2 P 2 40 33.33
Total 24 480 400MPCS4 1 T 2 40 33.33ACES4 2 P 4 80 66.67CPRS4 1 T 4 80 66.67MICS4 2 P 4 80 66.67SHPS4 2 T/P 4 80 66.67PFAS4 2 T/P 4 80 66.67ESMS4 1 T 2 40 33.33
Total 24 480 400SMCS5 2 P 4 80 66.67ELPS5 2 T/P 4 80 66.67CLPS5 2 P 4 80 66.67MACS5 2 P 4 80 66.67SEIS5 2 T/P 4 80 66.67
PPMS5 2 P 4 80 66.67Total 24 480 400
GPES6 1 T 4 80 66.67RISS6 2 T/P 4 80 66.67IEIS6 1 T 2 40 33.33
SMAS6 1 T 2 40 33.33ROBS6 2 T/P 4 80 66.67SFMS6 1 T 2 40 33.33EPMS6 2 P 6 120 100.00
Total 24 480 400.00
80.00
2480.00240.0080.00
33.33
2833.33
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE SO PAULO (Criado pelo decreto n 7.566 de 1909)
Cmpus: BIRIGUI Portaria de criao do cmpus: 116/MEC/2010
Estrutura curricular: Tecnologia em Mecatrnica IndustrialBase legal: Lei 9394/96, Resoluo CNE/CP n 3, de 18/12/2002 N.
SemanasCarga
HorriaResoluo de autorizao do curso no IFSP, dataHabilitao Profissional: Tecnlogo TECNLOGO EM MECATRNICA
INDUSTRIAL
Componentes Curriculares Cdigo n profTeoria/ prtica
Mdulos Aulas semanais Total de aulas
Total de horas
1 S
emes
tre
Histria da Cincia e TecnologiaLingua PortuguesaSade e Segurana do Trabalho Fundamentos MatemticosTecnologia dos MateriaisEletricidade BsicaMetrologiaLgica de Programao
2 S
emes
tre
lgebra LinearDesenho TcnicoCalculo Diferencial e IntegralCircuitos EltricosEletrnica DigitalFsicaLinguagem de Programao
3 S
emes
tre
Mquinas EltricasEletrnica AnalgicaAnalise de Sistemas LinearesResistncia dos MateriaisFenmenos dos TransportesTecnologias de UsinagemElementos de MquinasDesenho Auxiliado por Computador
4 S
emes
tre
Metodologia de Pesquisa CientficaAcionamentos EltricosControle de ProcessosMicrocontroladoresSistemas Hidrulicos e PneumticosProcesso de FabricaoEnsaios de Materiais
5 S
emes
tre Sistemas Microcontrolados
Eletrnica de PotnciaControladores Lgicos ProgramveisManufatura Auxiliada por ComputadorSensores e InstrumentaoPlanejamento de Projetos Mecatrnicos
6 S
emes
tre
Gesto da Produo e EmpreendedorismoRedes Industriais e Sistemas SupervisriosInstalaes Eltricas IndustriaisSistemas de Manuteno RobticaSistemas Flexveis de ManufaturaExecuo de Projetos Mecatrnicos
Atividade de TCC (Obrigatrio)
Carga Horria Total MnimaHoras de estgio supervisionado (No obrigatrio)
Atividades Complementares (No Obrigatrio)
Disciplina Optativa - LIBRAS
Carga Horria Total Mxima
-
Nota-se que a disciplina de Lngua Portuguesa est sendo oferecida no primeiro
semestre devido grande necessidade dos alunos do curso em elaborar relatrios
tcnico-cientficos para as disciplinas com prticas laboratoriais.
A disciplina de Metodologia da Pesquisa Cientfica e Tecnolgica est sendo
oferecida no quarto semestre e tem com base ensinar ao aluno a metodologia de
pesquisa para o incio da elaborao do TCC, que obrigatrio para concluso do
currculo mnimo do curso. No quinto e sexto semestres, as disciplinas de
Planejamento de Projetos Mecatrnicos e Execuo de Projetos Mecatrnicos tem
como base subsidiar o aluno na elaborao e desenvolvimento do TCC oferecendo
as conceitos globais e direcionando-o ao desenvolvimento do seu projeto que deve
envolver as disciplina do curso de Tecnologia em Mecatrnica Industrial.
A disciplina de LIBRAS opcional para os alunos, com oferta garantida em
pelo menos um semestre do curso.
6.2. ITINERRIO FORMATIVO
O curso de Tecnologia em Mecatrnica Industrial composto por seis
semestres, com entrada anual e atividades de segunda-feira a sbado.
Para o curso h uma orientao sequencial lgica para que o aluno tenha um
melhor aproveitamento das disciplinas quanto aos contedos ministrados, quando
um conhecimento anterior se faz necessrio.
Ao completar, com xito, os componentes curriculares dos seis semestres
letivos e o TCC, o aluno far jus ao diploma do curso superior de Tecnlogo em
Mecatrnica Industrial.
A seguir apresentado em forma de fluxograma uma orientao de sequncia
lgica a ser seguida no curso.
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Fluxograma orientador da sequncia lgica do curso de Tecnologia em Mecatrnica Industrial
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6.3. DISPOSITIVOS LEGAIS CONSIDERADOS
LEGISLAO RESUMO
Lei Federal n 9394, de 20 de dezembro de 1996
Estabelece as diretrizes e bases da educao nacional.
Lei Federal n 11.788, de 25 de setembro de 2008
Dispe sobre o estgio de estudantes; altera a redao do art. 428 da Consolidao das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1943, e a Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis ns 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de maro de 1994, o pargrafo nico do art. 82 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6 da Medida Provisria n 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e d outras providncias
Lei Federal n 11.741, de 16 julho de 2008
Altera dispositivos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educao nacional, para redimensionar, institucionalizar e integrar as aes da educao profissional tcnica de nvel mdio, da educao de jovens e adultos e da educao profissional e tecnolgica
Decreto n 5.296, de 2 de dezembro de 2004
Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que d prioridade de atendimento s pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias.
Decreto n 5.154, de 23 de julho de 2004.
Regulamenta o 2 do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educao nacional, e d outras providncias.
Decreto n 5.773, de 9 de maio de 2006.
Dispe sobre o exerccio das funes de regulao, superviso e avaliao de instituies de educao superior e cursos superiores de graduao e seqenciais no sistema federal de ensino.
Portaria n 1.024, de 11 de maio de 2006
Institui o catalogo nacional dos cursos Superiores de Tecnologia e prazo para aceite de contribuies.
Resoluo CNE/CP n 3/2002
Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a organizao e o funcionamento dos cursos superiores de tecnologia
Parecer CNE/CES 436/2001 Trata dos Cursos Superiores de Tecnologia Formao de Tecnlogo
Parecer CNE/CEB n 29/2002
Trata das Diretrizes Nacionais do Ensino Superior no Nvel Tecnolgico
Parecer CNE/CES n 261/2006
Dispe sobre procedimentos a serem adotados quanto ao conceito de hora-aula e d outras providncias
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6.4. PLANOS DE ENSINO
1- IDENTIFICAOCurso: Tecnologia em Mecatrnica IndustrialComponente curricular: Histria da Cincia e Tecnologia Cdigo: HCTS1Semestre: 1 N aulas semanais: 2Total de aulas: 40 Total de horas: 33,332- EMENTA: Evoluo da cincia e da tecnologia. Paradigmas cientficos e tecnolgicos.3-OBJETIVOS:Capacitar o aluno a distinguir os diferentes paradigmas cientficos e tecnolgicos da sociedade, dentro de uma perspectiva da evoluo histrica. Conhecer aspectos da histria e cultura afro-brasileira e indgena na cincia e tecnologia.4-CONTEUDO PROGRAMATICO:Cincia e histria da cincia;O nascimento da cincia moderna: revoluo cientifica e consolidao da cincia ocidental;A grande cincia: a industrializao da cincia contempornea.O nascimento das cincias sociais;Pesquisa cientifica na lgica do capitalismo avanado;A Tecnocincia;A Cincia na periferia do Sistema Mundo.Influncia da histria e cultura afro-brasileira e indgena na cincia e tecnologia.5-METODOLOGIAS: Aulas expositivas com resoluo de exemplos, aplicao de trabalhos individuais ou em grupo.6- RECURSOS DIDTICOS: Quadro negro (ou branco); gizes (ou pincis); projetor multimdia.7- CRITRIOS DE AVALIAO: A Nota Final do Componente Curricular ser calculada como a mdia ponderada das notas de avaliaes contnuas realizadas como listas de exerccio, resumos e trabalhos/relatrios produzidos individualmente ou em grupo e das Provas a serem aplicadas ao longo do semestre. 8 -BIBLIOGRAFIA BSICA:ARAJO, H. R. Tecnocincia e Cultura. Estao Liberdade. So Paulo, 1998.BURKE, P. Uma Histria Social do Conhecimento. Editores Jorge Zahar, 2003.POSSI, P. O Nascimento da Cincia moderna na Europa. EDUSC. Bauru, 2001.9-BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:COMISSO GULBENKIAN. Para Abrir as Cincias Sociais. Editora Cortez. So Paulo, 1996.BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metologia cientfica. 3.ed. Makron Books/Pearson, 2008.DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Cientfico. 1 ed. Ed. Atlas, 2000. MATTAR, Joo. Metodologia cientfica na Era da Informtica. 3.ed. Saraiva, 2008. MARCONI, M. A. Metodologia do Trabalho Cientfico. 7 ed. Ed. Atlas, 2007.
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1- IDENTIFICAOCurso: Tecnologia em Mecatrnica IndustrialComponente curricular: Lingua Portuguesa Cdigo: LPOS1Semestre: 1 N aulas semanais: 2Total de aulas: 40 Total de horas: 33,332- EMENTA:Adquirir conhecimentos sobre a leitura, compreenso e interpretao de textos gerais e tcnicos, redao tcnica (resumo, relatrio, manual, currculo) e aspectos gramaticais.3-OBJETIVOS:Conscientizar-se da relevncia do bom desempenho lingustico tanto no plano da aquisio de conhecimentos quanto no exerccio profissional. Desenvolver capacidade de produzir textos de qualidade levando em considerao a estrutura e o funcionamento da Lngua Portuguesa.Desenvolver a habilidade para impedir as interferncias do nvel coloquial da linguagem nas situaes de formalidade cada vez mais freqentes quer na sua vida acadmica, quer na profissional.Desenvolver a expresso oral. Conhecer documentos mais usuais da Redao Tcnica. Conhecer noes preliminares da estrutura e das caractersticas do texto cientfico.Conhecer influncia da histria e cultura afro-brasileira e indgena na lngua portuguesa.4-CONTEUDO PROGRAMATICO:Nveis de linguagem; Seleo lexical (questes de preciso vocabular); Questes de pontuao, ortografia e concordncia; Adequao da forma e do contedo do texto aos interesses do leitor;Anlise de modelos de documentos de Redao Tcnica; O resumo, a resenha crtica e o relatrio. As relaes de significado na construo do pensamento (aplicao prtica da anlise sinttica);Anlise de textos e imagens quanto construo e expresso das ideias, tendo em vista a clareza e a coerncia.Influncia da histria e cultura afro-brasileira e indgena na lngua portuguesa.5-METODOLOGIAS: Aulas expositivas e dialogais; exerccios terico-prticos; pesquisas realizadas individualmente ou em grupos; anlise de situaes-problema; atividades orais. 6- RECURSOS DIDTICOS: Quadro negro (ou branco); gizes (ou pincis); projetor multimdia.7- CRITRIOS DE AVALIAO: A Nota Final do Componente Curricular ser calculada como a mdia ponderada das notas de avaliaes realizadas como listas de exerccio, resumos e trabalhos/relatrios produzidos individualmente ou em grupo e das Provas da parte terica a serem aplicadas ao longo do semestre. 8 -BIBLIOGRAFIA BSICA:MARTINS, D.S., ZILBERKNOP, L.S. Portugus instrumental. 28 ed. SP: Atlas, 2009.CEREJA, W. R., MAGALHES, T. C. Gramtica texto, reflexo e uso. Atual Editora, 2001.MACHADO, A. R., LOUSADA, E., ABREU-TARDELLI, L. S. Resumo. 6 ed. SP: Editora Parbola, 20089-BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:BECHARA, E. Gramtica escolar da Lngua Portuguesa. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2010.BASTOS, L. R., PAIXO, L., DELUIZ, N., FERNANDES, L. M. Manual para elaborao de projeto e relatrios. 6 ed. LTC, 2003.FAVERO, Leonor Lopes. Coeso e coerncia textuais. So Paulo : tica, 2006. GARCEZ, L. H. do C. Tcnica de redao: o que preciso saber para escrever. So Paulo : Martins Fontes, 2004. OLIVEIRA, J. P., MOTTA, C. A. Como escrever textos tcnicos. Thomson Pioneira Editora, 2004.
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1- IDENTIFICAOCurso: Tecnologia em Mecatrnica IndustrialComponente curricular: Sade e Segurana do Trabalho Cdigo: SSTS1Semestre: 1 N aulas semanais: 2Total de aulas: 40 Total de horas: 33,332- EMENTA:Compreender as relaes entre sade e a segurana do trabalhador, produo, manuteno, sustentabilidade ambiental, desenvolvimento sustentvel e gesto sustentvel.3-OBJETIVOS:Familiarizar o educando com avaliaes contnuas realizadas dos riscos inerentes as atividades industriais suas causas, conseqncias, custos e elaborar tcnicas eficazes na preveno de acidentes. Compreender as interfaces do trabalho com a sade do trabalhador. Interpretar e atender a legislao e as normas tcnicas referentes manuteno, sade e segurana do trabalho.4-CONTEUDO PROGRAMATICO:Introduo Segurana e Medicina do Trabalho; Legislao e Entidades; Sade do Trabalhador; Riscos Ambientais e Operacionais; Comisso Interna de Preveno de Acidentes; Mapa de Risco; Sinalizao de Segurana; Segurana em Eletricidade; Preveno e Controle de Riscos em Mquinas, Equipamentos e Instalaes; Caldeiras a Vapor: Instalaes e Servios em Eletricidade; Equipamento de Proteo Coletiva; Equipamento de Proteo Individual; Preveno e Combate a Incndios; Primeiros Socorros;Sustentabilidade ambiental;Desenvolvimento sustentvel;Gesto sustentvel.5-METODOLOGIAS: Aulas expositivas com leituras, exerccios, palestras e apresentaes textuais. 6- RECURSOS DIDTICOS: Quadro negro (ou branco); gizes (ou pincis); projetor multimdia.7- CRITRIOS DE AVALIAO: A Nota Final do Componente Curricular ser calculada como a mdia ponderada das notas de avaliaes contnuas como listas de exerccio, resumos e trabalhos produzidos individualmente ou em grupo e das Provas da parte terica a serem aplicadas ao longo do semestre. 8 -BIBLIOGRAFIA BSICA:GONALVES, Edwar Abreu. Manual de segurana e sade no trabalho. 2ed. ISBN: 85-361-0444-9. So Paulo: Ed. LTR, 2003.SALIBA, Tuffi Messias; SALIBA, Sofia C. Reis. Legislao de segurana, acidente do trabalho e sade do trabalhador. 7 ed. ISBN 85-361-0278-0. So Paulo: Ed. LTR, 2010.VILELA, Rodolfo Andrade Gouveia. Acidentes do trabalho com mquinas identificao de riscos e preveno. Coleo Cadernos de Sade do Trabalhador, v.5. So Paulo: Instituto Nacional de Sade no Trabalho Central nica dos Trabalhadores, 2000.9-BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:BRANCO, G. Organizao, o Planejamento e o Controle da Manuteno. Editora Cincia Moderna. 1 ed. 2008.DRAPINSKI, J. Manual de Manuteno Mecnica Bsica: Manual Prtico de Oficina. Editora McGrawHill, 1996.Dubbel; Manual do Engenheiro Mecnico. Hemus Livraria Editora, v. 3, 1979.MANUAIS DE LEGISLAO ATLAS. Segurana e medicina do trabalho. 56ed. ISBN: 85-224-4011-5. So Paulo: Ed. Atlas, 2009.PR-QUMICA. Manual para atendimento de emergncias com produtos perigosos. 3ed. ISBN: 85-85493-18-6. So Paulo: Associao Brasileira da Indstria Qumica ABIQUIM, 1999.
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1- IDENTIFICAOCurso: Tecnologia em Mecatrnica IndustrialComponente curricular: Fundamentos Matemticos Cdigo: FMAS1Semestre: 1 N aulas semanais: 4Total de aulas: 80 Total de horas: 66,672- EMENTA:Estudo da teoria dos conjuntos e conjuntos numricos. Equaes do primeiro e segundo grau, relaes, introduo s funes, domnio e imagem. Funes linear e quadrtica com seus respectivos grficos, funes injetoras, sobrejetoras, bijetoras, compostas e inversas. Estudo de funes elementares: polinomiais, modulares e racionais. Equao exponencial e logartmica. Funes exponenciais e logartmicas. Trigonometria e funes trigonomtricas. Nmeros complexos. Limite de funes.3-OBJETIVOS:Capacitar o aluno para ter uma viso crtica e ampla de alguns contedos da Matemtica do Ensino Mdio, aprofundando-se naqueles considerados fundamentais na rea de Mecatrnica. 4-CONTEUDO PROGRAMATICO:Conjuntos e Conjuntos numricosResoluo de equaes do primeiro e segundo grauRelaesIntroduo s funes: domnio e imagemPropriedades das funes.Grfico de funesFunes elementares: polinomiais, modulares e racionais.Equao exponencial e logartmica.Funes exponenciais e logartmicas.Trigonometria no retngulo e crculoFunes trigonomtricas Nmeros complexosLimites de funes5-METODOLOGIAS: Aulas expositivas com resoluo de exemplos, aplicao de trabalhos individuais ou em grupo, aplicao de trabalhos individuais ou em grupo e exerccios. 6- RECURSOS DIDTICOS: Quadro negro (ou branco); gizes (ou pincis); projetor multimdia.7- CRITRIOS DE AVALIAO: A Nota Final do Componente Curricular ser calculada como a mdia ponderada das notas de avaliaes realizadas como listas de exerccio, resumos e trabalhos/relatrios produzidos individualmente ou em grupo e das Provas da parte terica a serem aplicadas ao longo do semestre. 8 -BIBLIOGRAFIA BSICA:FLEMMING, D. M.; GONALVES, M. B. Clculo A: funo, limite, derivao e integrao. So Paulo: Pearson PRentice Hall, 2006.FACCHINI, W. Matemtica para escola de hoje: ensino mdio. So Paulo: FTD, 2006. GIOVANNI, J. R.; BORJORNO, J. R. Matemtica completa. 2. ed. So Paulo: FTD, 2005. 9-BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:MENDELSON, E. Introduo ao Clculo. 2. ed. So Paulo: Bookman, 2007.IEZZI, G.; DOLCE, O.; DEGENSZAJN, D. M. Matemtica vol. nico: ensino mdio. 4. ed. So Paulo: Atual, 2007. IEZZI, G.; MURAKAMI, C.; MACHADO, N. J. Fundamentos de matemtica elementar 8: limites, derivadas e noes de integral. 7. ed. So Paulo: Atual, 2004. SMOLE, K. C. S. Matemtica Ensino Mdio. Vol. 1. 7 ed. Saraiva, 2010.SMOLE, K. C. S. Matemtica Ensino Mdio. Vol. 2. 7 ed. Saraiva, 2010.SMOLE, K. C. S. Matemtica Ensino Mdio. Vol. 3. 7 ed. Saraiva, 2010.
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1- IDENTIFICAOCurso: Tecnologia em Mecatrnica IndustrialComponente curricular: Tecnologia dos Materiais Cdigo: TCMS1Semestre: 1 N aulas semanais: 4Total de aulas: 80 Total de horas: 66,672- EMENTA:Desenvolver conhecimentos relacionados cincia dos materiais visando sua aplicao prtica e tecnolgica. Relacionar a composio, estrutura e propriedades visando seleo adequada de materiais.
3-OBJETIVOS:Proporcionar ao aluno o conhecimento terico e aplicativo sobre as principais tecnologias aplicadas aos materiais na mecatrnica industrial. 4-CONTEUDO PROGRAMATICO:Classificao dos materiais; tabela peridica; ligaes qumicas; Estrutura cristalina de metais; imperfeies em estruturas cristalinas; Solues slidas; processos de difuso em metais; propriedades mecnicas; Recuperao, recristalizao, crescimento de gro, condies de equilbrio em ligas, diagrama de equilbrio de fases, cintica de transformaes de fases, mecanismos de endurecimento por precipitao e transformaes martensticas; Influncia dos elementos de liga nos aos; Propriedades Mecnicas dos Metais. Introduo aos ensaios mecnicos.Curvas T-T-T (transformao-tempo-temperatura); Princpio dos tratamentos trmicos; Mecanismos de corroso e proteo de materiais; Propriedades e composio de metais de ligas no ferrosas; Processos de fabricao, propriedades e aplicaes de cermicas e polmeros;Reciclagem de materiais.5-METODOLOGIAS: Aulas expositivas com resoluo de exemplos, aplicao de trabalhos individuais ou em grupo, aplicao de trabalhos individuais ou em grupo e exerccios.6- RECURSOS DIDTICOS: Quadro negro (ou branco); gizes (ou pincis); projetor multimdia.7- CRITRIOS DE AVALIAO: A Nota Final do Componente Curricular ser calculada como a mdia ponderada das notas de avaliaes contnuas realizadas como listas de exerccio, resumos e trabalhos/relatrios produzidos individualmente ou em grupo e das Provas da parte terica a serem aplicadas ao longo do semestre. 8 -BIBLIOGRAFIA BSICA:CHIAVERINI, V. Tecnologia mecnica estrutura e propriedades das ligas metlicas. 2ed. So Paulo: McGraw-Hill, v.1, 1986.VAN VLACK, L. H. Princpios de cincia e tecnologia de materiais. Ed. Campus, 1994.CALLISTER, W.D. Cincia e Engenharia de Materiais: Uma Introduo, 7 ed. LTC, 2008.9 -BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:BOTELHO, M. H. C. Resistncia dos Materiais, Editora Edgard Blucher, 2008, 248p.JACKSON, J., Harold, W., Schaum's Outline of Statics and Strength of Materials (Schaum's), Mc-Graw Hill, 1983, 416p.SILVA, L. F. M., SILVA GOMES, J. F. Introduo resistncia dos materiais, Editora Publindstria, 2010.SOUZA, Srgio Augusto de. Ensaios mecnicos de materiais metlicos. 5ed. So Paulo, SP: Edgard Blucher, 1982.MORROW, H. L., KOKENAK, R. P., Statics and strenght of materials, 7 ed, Prentice-Hall, 2010, 528p.
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1- IDENTIFICAOCurso: Tecnologia em Mecatrnica IndustrialComponente curricular: Eletricidade Bsica Cdigo: ELES1Semestre: 1 N aulas semanais: 4Total de aulas: 80 Total de horas: 66,672- EMENTA:Adquirir conhecimentos sobre anlise e projeto de circuitos em corrente contnua (CC). Aprender a realizar projetos em corrente contnua.3-OBJETIVOS:Capacitar o aluno a interpretar circuitos eltricos em corrente contnua. Conhecer a utilizao dos diversos instrumentos de medidas. Ler e interpretar ensaios e testes em circuitos eltricos de corrente contnua.4-CONTEUDO PROGRAMATICO:Eletrosttica;Tenso e corrente eltrica;Resistncia eltrica;Lei de Ohm, potncia e energia eltrica;Circuitos Srie e Lei de Kirchhoff das tenses;Circuitos Paralelo e Lei de Kirchhoff das correntes;Mtodos de Anlise e Teoremas de Rede;Carga e descarga do capacitor e indutor.5-METODOLOGIAS: Aulas expositivas com resoluo de exemplos, aplicao de trabalhos individuais ou em grupo e exerccios prticos laboratoriais.6- RECURSOS DIDTICOS: Quadro negro (ou branco); gizes (ou pincis); projetor multimdia.7- CRITRIOS DE AVALIAO: A Nota Final do Componente Curricular ser calculada como a mdia ponderada das notas de avaliaes contnuas realizadas como listas de exerccio, resumos e trabalhos/relatrios produzidos individualmente ou em grupo e das Provas da parte terica a serem aplicadas ao longo do semestre. 8 -BIBLIOGRAFIA BSICA:ROBBINS, A. H. Anlise de Circuitos: Teoria e Prtica. Editora Cengage, 4 ed. So Paulo, 2010.
CAPUANO, F. G., MARINO, M. A. M. Laboratrio de Eletricidade e Eletrnica. Editora rica, 2000.
HILBURN J. L., JOHNSON D. E., JOHNSON J. R. Fundamentos de Anlise de Circuitos Eltricos. 4 ed., Rio de Janeiro: LTC, 1994.
9-BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:ALBUQUERQUE, R. O. Anlise de Circuitos em Corrente Contnua. Editora rica, 2008.DORF, R. C. Introduo aos Circuitos Eltricos. 7 ed. LTC, 2008.MALVINO, A. P., Eletrnica Vol.I, 4 ed. , So Paulo: Makron Books,1995.NASHELSKY, L., BOYLESTAD, R. L. Dispositivos Eletrnicos e Teoria de Circuitos. Editora Pearson no Brasil, 8 ed., 2004
TIPLER, P. Fsica: Eletricidade e Magnetismo. Vol. 2. LTC, 5 ed. 2006.
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1- IDENTIFICAOCurso: Tecnologia em Mecatrnica IndustrialComponente curricular: Metrologia Cdigo: METS1Semestre: 1 N aulas semanais: 2Total de aulas: 40 Total de horas: 33,332- EMENTA:Adquirir conhecimentos tericos e prticos relacionados anlise dimensional utilizando instrumentos de medio. 3-OBJETIVOS:Ao final do estudo, o aluno ser capaz de compreender o vocabulrio internacional de metrologia;utilizar instrumentos bsicos de medio, paqumetros, micrmetros, relgios comparadores e apalpadores; calibrar instrumentos de medio; avaliar a incerteza de medio; interpretar simbologia de tolerncias dimensionais, geomtricas e rugosidade superficial; medir a rugosidade superficial; operar projetores de perfis e mquinas de medir a trs coordenadas;4-CONTEUDO PROGRAMATICO:Introduo Metrologia; Vocabulrio Internacional de Metrologia; Blocos Padres; Instrumentos de medio; Calibrao de instrumentos; Processo de Medio, Incerteza de Medio;Tolerncias Dimensionais; Tolerncias Geomtricas; Calibradores; Cadeia Dimensional; Rugosidade Superficial; Projetor de Perfis; Mquinas de Medir a Trs Coordenadas; Qualidade.5-METODOLOGIAS: Aulas expositivas com resoluo de exemplos, aplicao de trabalhos individuais ou em grupo e exerccios prticos laboratoriais. 6- RECURSOS DIDTICOS: Quadro negro (ou branco); gizes (ou pincis); projetor multimdia. Laboratrio com material especfico.7- CRITRIOS DE AVALIAO: A Nota Final do Componente Curricular ser calculada como a mdia ponderada das notas de avaliaes contnuas realizadas como listas de exerccio, resumos e trabalhos/relatrios produzidos individualmente ou em grupo e das Provas da parte terica a serem aplicadas ao longo do semestre. 8 -BIBLIOGRAFIA BSICA:AGOSTINHO, O. L.; LIRANI, J.; RODRIGUES, A. C. S. Tolerncias, ajustes, desvios e anlises de dimenses. So Paulo: Edgard Blucher, 1977.FIALHO, A. B. Instrumentao Industrial Conceitos, aplicaes e anlises. So Paulo: Editora rica, 2002.LIRA, F. A. Metrologia na Indstria. So Paulo: rica, 2001.9-BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:Guia para Expresso da Incerteza da Medio. Terceira edio brasileira em lngua portuguesa. Rio de Janeiro: ABNT, INMETRO, 2003.Sistema de tolerncias e ajustes. Norma brasileira NBR 6158, ABNT, 1995.VUOLO, J. HENRIQUE (1993). Fundamentos da Teoria de Erros. So Paulo, Edgard Blcher Editora Ltda.MENDES, A.; ROSRIO, P. P. Metrologia & Incerteza de Medio. So Paulo: Editora EPSE, 2005.DOEBELIN, E. O. Measurement Systems application and design. 4th edition, McGraw-Hill, 1990.
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1- IDENTIFICAOCurso: Tecnologia em Mecatrnica In