Download - Portugal na UE
25 anos de Integração Europeia
PORTUGAL
Dezembro de 2010
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Neste reencontro com a Europa, em certa medida um reencontro com a sua própria história, Portugal assumiu em pleno o seu papel de parceiro responsável e solidário no desafiante projecto de construção
europeia. Consolidou a democracia, promoveu o desenvolvimento, afirmou-se no mundo.
(…)
E o que é oportuno sublinhar é que a integração europeia não é a causa das dificuldades, antes representa a resposta aos problemas.
PORTUGAL Presidente da RepúblicaRevista Europa Novas
Fronteiras, Portugal - 25 anos de Integração Europeia nºs
26/27, 2010
Aníbal Cavaco Silva*
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Tratado de Paris (CECA)
Tratados de Roma (CEE e CEEA) 25 de Março de 1957
Tratado de Maastricht (UE)
Tratado de Amesterdão
Tratado de Nice
Tratado de Lisboa
Acto Único Europeu 17 de Fevereiro 1986
18 de Abril de 1951
7 de Fevereiro de 1992
2 de Outubro de 1997
26 de Fevereiro de 2001
13 de Dezembro de 2007
A Construção Europeia
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Croácia
FYROM
Turquia
1986
1973
1951
1981
1995
2004
2007
1. Bélgica
2. Bulgária
3. República Checa
4. Dinamarca
5. Alemanha
6. Estónia
7. Irlanda
8. Grécia
9. Espanha
10. França
11. Itália
12. Chipre
13. Letónia
14. Lituânia
15. Luxemburgo
16. Hungria
17. Malta
18. Holanda
19. Áustria
20. Polónia
21. Portugal
22. Roménia
23. Eslovénia
24. Eslováquia
25. Finlândia
26. Suécia
27. Reino Unido
Os Alargamentos
Regiões Ultraperiféricas
A adesão de Portugal
Final da década de 50Dilema
Prosseguimento de uma política
proteccionistaProgressiva abertura do
mercado
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EFTA(1960)
Expansão do sector têxtil
Mudança qualitativa nas relações com o Reino Unido
Efeitos favoráveis a curto prazo sobre a indústria
A adesão de Portugal
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Acordo Portugal-Comunidades
(1972)
Com a adesão do Reino Unido às Comunidades Europeias,
decide-se criar uma zona de comércio industrial livre entre o
Mercado Comum e os países da EFTA – Áustria, Finlândia,
Portugal, Noruega, Suécia e Suíça.
É neste âmbito que se situa o acordo Portugal -
Comunidades de 22 de Julho de 1972.
A adesão de Portugal
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A adesão de PortugalPorquê aderir à C. E. E.?
Portugal essencialmente
agrícola
Portugal
aposta no desenvolvimento
do sector industrial
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A adesão de PortugalPerspectiva Política
PortugalComunidades
Europeias
Relacionamento com os Países de Língua Portuguesa (PLP)
Situação geoestratégica de Portugal
Garante de segurança e de estabilidade no
sudoeste da Europa
Melhoria das condições de vida
Democracia, direitos e liberdades
Segurança e estabilidade
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Após a instabilidade social e política vivida antes e depois do 25 de Abril,
gerada por autoritarismos de sinais contrários, a integração de Portugal
numa Comunidade de Nações que vivem, nalguns casos há séculos, numa
Democracia estabilizada contribuiu para o enraizamento e consolidação da
nossa jovem Democracia.
Consolidar a democracia em Portugal
A adesão de PortugalPerspectiva Política
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Garantir a segurança e a estabilidade no sudoeste da Europa
A entrada de Portugal garantiu a estabilidade do nosso território.
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A adesão de PortugalPerspectiva Política
Sul da Europa
Mediterrâneo
Papel vital na estratégia de defesa e
de segurança da Europa Ocidental
Papel vital no abastecimento de matérias-primas e
produtos energéticos
Cimentar a liberdade económica e a liberdade sindical
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A adesão de PortugalPerspectiva Política
• Sistema de economia de mercado e liberdade sindical evoluído
Países da Comunidade
Europeia
• Permitiria: - clarificar o sistema económico- despertar a nossa economia (através da interpenetração com economias mais desenvolvidas )
A adesão de Portugal na Comunidade
Europeia
Resolver a crise de identidade nacional de Portugal
Degradação do ambiente político-militar
Necessidade de reafirmar a confiança e estabilidade política
Integração numa Comunidade que partilha os mesmos valores
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A adesão de PortugalPerspectiva Política
Portugal
Instabilidade política
(28 de Setembro de 1974 e 11 de Março de 1975)
Descolonização
A adesão de PortugalPerspectiva Histórico-cultural
Factores de ligação histórico-culturais
Questões Ambientais
Progresso Técnico
Cooperação Cientifica
Meios de Comunicação
Exploração Espacial
Civilização/
Cultura Europeias
História de Portugal
Recursos Marinhos
Diáspora portuguesa
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A adesão de PortugalPerspectiva Histórico-cultural
EUROPA
Entidade Cultural
(Cultura e civilização)
Os povos europeus são unidos pela herança comum que lhes foi
deixada pelo Humanismo e pela Cultura grega e romana: os valores da
Liberdade, da Democracia e da Paz.
A cultura Europeia é mais que a simples soma das diversas culturas nacionais.
A riqueza e diversidade culturais da UEaumentam com a adesão de novos Estados-Membros.
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A adesão de PortugalPerspectiva Económica
Sector agrícola e das pescas subdesenvolvidos e
estagnados
Insuficiência de equipamentos e de infra-estruturas
Baixa produtividade e competitividade, a par dum baixo nível de formação de
empresários e trabalhadores
Recessão económica agravada pela difícil
conjuntura económica internacional
Economias de Escala
Intensificação da concorrência
Viabilização de projectos pelo redimensionamento do mercado
Aumento do poder negocial perante terceiros
Formulação mais coerente da política económica
Premência de introdução de reformas estruturais
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A adesão de PortugalPerspectiva Económica
Vantagens para Portugal da Integração Económica
União Aduaneira e relações
comerciais com o exterior
Financiamento, Investimento e
Desenvolvimento
Implicações nos sectores
industrial e agrícola
Implicações no nosso
desenvolvimento regional
INTEGRAÇÃO EUROPEIA
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A adesão de PortugalPerspectiva Económica
Vantagens e Inconvenientes
União Aduaneira e relações comerciais com o exterior
Liberalização do comércio com a Comunidade (a C.E.E. constituía o
maior parceiro comercial de Portugal), com o consequente aumento da
concorrência;
Aplicação integral da Pauta Aduaneira Comum;
Aplicação (progressiva) dos regimes negociados pela Comunidade no
quadro de Acordos de Associação e Cooperação celebrados com países
terceiros.
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A adesão de PortugalPerspectiva Económica
A Ajuda de Pré-Adesão;
Recursos de que Portugal beneficiou como Estado-Membro, com o
objectivo de conseguir uma convergência real e forte:
Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional – FEDER;
Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola – FEOGA;
Fundo Social Europeu – FSE;
Banco Europeu de Investimentos – BEI;
...
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A adesão de PortugalPerspectiva Económica
Financiamento, Investimento e Desenvolvimento
Dinamização do investimento privado, impulsionado pelo processo de
integração, pelo aumento da confiança, pela liberalização e por certas
alterações institucionais (fiscalidade, legislação laboral, ...), entre outros
factores;
Contribuição tecnológica, uma vez que a I&D tem uma posição de
destaque a nível comunitário.
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A adesão de PortugalPerspectiva Económica
Financiamento, Investimento e Desenvolvimento
A indústria:
Alargamento do mercado, permitindo economias de escala (com
eventual sacrifício de algumas unidades industriais ineficientes ou
ineficazes);
Atracção de IDE, nomeadamente a nível de sectores de tecnologia
intermédia;
Fontes financeiras e tecnológicas suplementares.
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A adesão de PortugalPerspectiva Económica
Implicações nos sectores industrial e agrícola
A agricultura:
Subida do custo do nível de vida do consumidor (os preços são mais elevados na Comunidade Europeia e desaparecem os subsídios à produção alimentar);
Aplicação do sistema de protecção comunitária face ao exterior, provocando uma ainda maior deterioração da balança comercial;
Maior segurança e rentabilidade dos investimentos dos produtores;
Subida do rendimento médio da maioria das explorações agrícolas;
Reconversão estrutural da agricultura nacional:
• Modernização das técnicas agrícolas;
• Redimensionamento das explorações;
• Redução da população empregue no sector agrícola;
• ...
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Implicações nos sectores industrial e agrícola
A adesão de PortugalPerspectiva Económica
PORTUGAL Fortes assimetrias regionais
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A adesão de PortugalPerspectiva Económica
Implicações no nosso desenvolvimento regional
Cinco pólos de desenvolvimento, quase todos no litoral – Porto, Coimbra, Lisboa, Setúbal e Sines, nos quais se verificava:
Densidade populacional altíssima;
Centralização da Administração Pública;
Degradação do nível de vida, dada a carência de habitações, o aumento da poluição, etc.
O interior do país, onde se verificava:
Escassez de população;
Forte corrente migratória para os grandes centros urbanos;
Carência de infra-estruturas – acessibilidades, hospitais, escolas, etc;
Falta de emprego e de oportunidades para os seus habitantes.
Desenvolvimento regional desequilibrado, principalmente a dois níveis
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A adesão de PortugalPerspectiva Económica
Implicações no nosso desenvolvimento regional
Desequilíbrios
Regionais
Desperdício de recursos
Empobreci-mento
económico e social de Portugal
Necessidade de financiamento para corrigir as
assimetrias regionais
O financiamento comunitário veio permitir:
Requalificação de espaços urbanos;
Novas vias de comunicação;
Criação de novas indústrias;
Fixação de pequenas e médias empresas em áreas mais
desfavorecidas;
Promoção de planos de irrigação;
...
Contudo, os financiamentos comunitários apenas são viáveis quando assentes
em projectos nacionais devidamente estruturados e fundamentados.
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A adesão de PortugalPerspectiva Económica
Implicações no nosso desenvolvimento regional
Enquanto cidadãos europeus, os emigrantes portugueses e os restantes
cidadãos passaram a usufruir de certos direitos específicos, entre os quais:
Livre acesso ao território de cada Estado e direito de residência;
Princípio de tratamento igual entre nacionais e residentes;
Direito a protecção idêntica em matéria de segurança social;
Participação dos jovens nos programas de mobilidade da UE
( ex.: Erasmus, Sócrates , Leonardo da Vinci);
.…
Cidadania Europeia
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A adesão de PortugalPerspectiva Social
Portugal 25 anos de Integração Europeia
2010
1985
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
• Consolidar a democracia em Portugal;
• Garantir a segurança e a estabilidade do território português;
• Reforçar a salvaguarda dos direitos e das liberdades fundamentais
dos cidadãos portugueses;
• Cimentar a liberdade económica e a liberdade sindical;
• Reafirmar a confiança e estabilidade política através da integração
numa Comunidade com os mesmos valores;
Podemos concluir que a integração de Portugal nas Comunidades Europeias traduziu-se, a nível interno, na oportunidade de:
• Combater o desenvolvimento regional desequilibrado, conseguindo
uma convergência real apoiada, também, por fundos comunitários.
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
Paz e Estabilidade na Europa
Reforço da presença de Portugal na cena mundial
A pertença à UE traduziu-se, a nível global…
Num conjunto de direitos e oportunidades para os cidadãos portugueses
Na aposta nas energias renováveis e na promoção de um desenvolvimento sustentável
Na cooperarão na educação e na cultura
…vejamos alguns exemplos ao nível nacional
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2007**
1985*
Homens 70,3
Mulheres 77,1
Homens 75,9
Mulheres 82,2
Portugal 25 anos de Integração Europeia
Esperança de vida à nascença
Fontes: *Portugal na Europa em números, 20 anos de adesão à União Europeia, Representação da
Comissão Europeia e do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal
**Eurostat
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
Mortalidade infantil
20081985
3,3
17,8
Por cada mil nascimentos
Fonte: Europe in Figures, Eurostat Yearbook 2010
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PIB (Paridade do Poder de Compra)relativamente à média europeia
20091985
79**
54,2*
Fonte: *Portugal na Europa em números, 20 anos de adesão à União Europeia, Representação da
Comissão Europeia e do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal – média da UE15
**Eurostat – média da UE27
%
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
Taxa de Inflação
20081985
2,5
19,3%
Fonte: www.pordata.pt
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
Taxa de Escolarização Ensino Pré-escolar
20091985
82,3
22,9
Fonte: www.pordata.pt
%
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
Taxa de Escolarização Ensino Secundário
20091985
68,1
15,8
Fonte: www.pordata.pt
%
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
Nº de Médicos por 100 mil habitantes
20091985
377,1
245,7
Fonte: www.pordata.pt
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
Nº de Enfermeiros por 100 mil habitantes
20091985
560,6
239,3
Fonte: www.pordata.pt
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
Número de km de autoestradas
20071985
2613 km
106 Km
Fonte: Dados 1985 – Portugal na Europa em números, 20 anos de adesão à União Europeia, Representação da
Comissão Europeia e do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal
Dados 2007 - Eurostat
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
20101985Muitos foram os êxitos mas muito há a fazer, nomeadamente, equilibrar as contas pública e resolver problemas estruturais como por exemplo os baixos índices de produtividade e o aumento das exportações.
Portugal na União Europeia
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
2009
Dívida Pública (% do PIB) 1985 51,5 79
Balança de pagamentos :saldo 1996 - 3.782.377 -16.844.170
Produtividade no trabalho por
pessoa empregada EU27=100
1997 70,3 74,1
Taxa de desemprego total 1986 8,4 9,5
Taxa de desemprego faixa
etária < 25 anos
1986 19,2 20
Taxa de desemprego faixa
etária 25 - 54 anos
1986 6 9,3
Fontes: Eurostat http://epp.eurostat.ec.europa.euhttp://www.pordata.pt
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Saber mais:
• Centro de Informação Europeia Jacques Delors
http://www.eurocid.pt / http://dossiers.eurocid.pt/portugalnaeuropa
• Portal da União Europeia
http://europa.eu
• Dados estatísticos União Europeiahttp://epp.eurostat.ec.europa.eu
• Dados estatísticoshttp://www.pordata.pt
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