PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE TRABALHO DE CURSO
PROJETO DE TRABALHO DE CURSO I
LAVAGEM DE DINHEIRO E A TEORIA DA CEGUEIRA DELIBERADA
DISCENTE: LÍDIA LETÍCIA CALDAS ARAÚJO
ORIENTADORA: PROFA. MA. MARINA RÚBIA MENDONÇA LOBO
GOIÂNIA
2017
LÍDIA LETÍCIA CALDAS ARAÚJO
LAVAGEM DE DINHEIRO E A TEORIA DA CEGUEIRA DELIBERADA
Projeto de Monografia Jurídica apresentado à disciplina Trabalho de Curso I, da Escola de Direito e Relações Internacionais, Curso de Direito, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGOIÁS). Profa. Ma. Marina Rúbia Mendonça Lobo.
GOIÂNIA
2017
SUMÁRIO
1 JUSTIFICATIVA................................................................................................... 3
2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................. 5
3 OBJETIVOS......................................................................................................... 8
3.1. GERAL............................................................................................................. 8
3.2. ESPECÍFICOS................................................................................................. 8
4 PROBLEMAS...................................................................................................... 9
5 HIPÓTESES......................................................................................................... 10
6 METODOLOGIA.................................................................................................. 11
7 CRONOGRAMA.................................................................................................. 12
8 ESTRUTURA PROVÁVEL.................................................................................. 13
9 REFERÊNCIAS................................................................................................... 15
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1 JUSTIFICATIVA
A criminalidade no Brasil é um assunto bastante abordado e que merece
bastante atenção. A maioria das atitudes ilícitas estão associadas a problemas
sociais evidentes, sendo uma delas, a má distribuição de renda.
Neste trabalho será abordado o crime de lavagem de dinheiro, onde esclarece
que o problema principal não é a falta do capital e sim, a conduta ilícita de apoderar-
se do sistema financeiro nacional. Portanto, o principal objetivo dessa conduta é dar
a aparência de legalidade necessária ao capital ilegal, advindo do crime.
No Brasil, os crimes relacionados ao sistema financeiro nacional que são
cometidos por indivíduos que não são afetados pela má distribuição de renda, ou
seja, que possuem um grande poder aquisitivo, não possui o mesmo rigor em
relação aos crimes patrimoniais, como roubo e o furto. O Estado atua, de maneira
seletiva, na repressão de crimes, quando se trata de critérios econômicos.
Recentemente, no Brasil, a lavagem de dinheiro acabou cedendo grande
espaço na mídia através dos noticiários e operações policiais, porém os alvos não
são pessoas que enfrentam os problemas da omissão do Estado em garantir seus
direitos fundamentais, ao contrário, são indivíduos que possuem boas condições de
vida além de dispor de um aparato estatal para a pratica dos crimes.
A lavagem de dinheiro está prevista na lei 9.613/98, tendo sofrido
significativas alterações pela Lei 12.683/12, onde a mesma esclarece em um de
seus artigos que a lavagem de dinheiro nada mais é que a ocultação de bens ou
valores que foram derivados de práticas criminosas, que, uma vez lavados, são
utilizados na economia legalmente.
Este tema é bastante recente no ordenamento brasileiro e necessita de mais
discussões aprofundadas na doutrina brasileira. As atitudes dos criminosos
demonstram que eles sempre estão a frente das investigações feitas pelos órgãos
investigadores, pois todas as vezes que estão perto de serem descobertos, eles
buscam novas maneiras para despistar suas condutas.
Portanto, no início deste trabalho, será abordado o delito de lavagem de
dinheiro, esclarecendo a origem do termo, demonstrando seus conceitos e algumas
características marcantes no delito, suas respectivas fases a título de
exemplificação, e alguns ramos visados pelos criminosos para lavarem capitais de
origem ilícita.
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Em seguida, explicaremos o delito na perspectiva internacional aplicando-se
na nossa legislação pátria.
Por fim, será discutido sobre a teoria da cegueira deliberada, especificando-a
nos crimes de lavagem de dinheiro, esclarecendo sua origem, definição, os
requisitos para a sua aplicação, e a teoria na jurisprudência brasileira.
E, ainda, o trabalho abordará algumas polêmicas em relação a aplicação da
teoria originária do sistema common law inglês , no sistema civil law brasileiro, onde
a principal questão é analisar se a teoria é conciliável com os diversos institutos
presentes no ordenamento brasileiro e se o crime de lavagem de dinheiro exigiria o
dolo direto, afastando-se assim, a sua aplicação.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico deste trabalho reflete a literatura básica e os resultados
de diversas pesquisas sobre o tema: LAVAGEM DE DINHEIRO E A TEORIA DA
CEGUEIRA DELIBERADA. São apontados diversos entendimentos sobre a
Lavagem de Dinheiro e as possíveis aplicabilidades da Teoria da Cegueira
Deliberada no nosso ordenamento jurídico. Também será abordado, de modo geral,
o contexto histórico, para proporcionar um maior entendimento sobre o conceito de
Lavagem de Dinheiro e da Teoria da Cegueira Deliberada demonstrando assim,
algumas características e classificações presentes no delito, e por fim a pesquisa
que será desenvolvida.
O presente trabalho será divido em três capítulos, sendo que na primeira irá
abordar uma breve exposição sobre a contextualização histórica, conceito e as
classificações presentes na Lavagem de Dinheiro. Merece especial destaque que a
prática deste delito, originou-se da expansão da criminalidade organizada,
destacando como fator principal o crime de tráfico de drogas nos Estados Unidos da
América na década de 1970, contribuindo-se assim a uma análise mais profunda
sobre o delito e sobre os meios empregados pelos criminosos, que acabava
proporcionando uma aparência de legalidade ao dinheiro que era provido da
atividade ilícita. Porem, a judicialização do termo só veio a ser feita, de acordo com
Bruno Tondini (2008, p. 7), na apreensão de dinheiro de contrabandistas de cocaína
colombiana de 1982.
Apesar do delito de tráfico de drogas ainda ser a principal origem dos
recursos ilícitos que entram no sistema financeiro dos Estados, o crime antecedente,
que deu origem ao capital a ser lavado, acaba adquirindo autonomia em relação ao
crime de lavagem de dinheiro. Portanto, para se ter a condenação por lavagem de
dinheiro, os recursos devem ter sido providos de atividade criminosa, não havendo
um rol especifico, como era antes de 2012.
Ainda no primeiro capitulo será abordado o conceito que conforme Enory Luiz
Spinelli (2003, p.13), presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio
Grande do Sul (CRCRS), o crime de lavagem de dinheiro :
Ė o processo pelo qual o criminoso transforma recursos ganhos em atividades ilegais em ativos com uma origem aparentemente legal. Essa prática geralmente envolve múltiplas transações, usadas para ocultar a
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origem dos ativos financeiros e permitir que eles sejam utilizados sem comprometer os criminosos. A dissimulação é, portanto, a base para toda operação de lavagem que envolva dinheiro proveniente de um crime antecedente.
Finalizando o primeiro capitulo, será demonstrado as fases do crime de
lavagem de dinheiro, para poder ter uma melhor compreensão do delito. Segundo
alguns entendimentos majoritários são três as fases: ocultação ou colocação,
estratificação ou escurecimento e integração ou lavagem propriamente dita.
Segundo Miguel Ángel Abel Souto (2001, p. 461) ‘’as fases são teoricamente
divididas para fins de estudo, mas na pratica não ocorrem necessariamente de
forma separada, podem ocorrer concomitantemente’’
No segundo capitulo será abordado o delito na perspectiva internacional e na
legislação pátria, esclarecendo um importante passo para coibir a prática do crime
de lavagem de dinheiro com a existência de maior cooperação entre os Estados.
O crime de lavagem de dinheiro é um problema global sendo necessária a
ação conjunta dos Estados para criar normas internacionais de combate e
prevenção, trilhando assim um caminho relevante para a diminuição dos elevados
índices desse delito. A criação destas normas, não são suficientes para ter a
resolução do delito, deve-se ter a aplicabilidade nos ordenamentos internos dos
países, mas por serem muito diferentes, acabam dificultando a aplicabilidade penal.
Os tratados e as convenções poderiam ajudar na diminuição destas diferenças, mas
esse assunto será mais esclarecido no desenvolvimento deste capitulo.
Art. 1º A Secretaria da Receita Federal (SRF) e o Banco Central do Brasil (BC) estabelecerão, no âmbito de suas respectivas competências de atuação, procedimentos especiais de investigação e controle das operações de comércio exterior, com vistas a coibir a ação fraudulenta de interpostas pessoas, como meio de dificultar a identificação da origem dos recursos aplicados, ou dos responsáveis por infração contra os sistemas tributário e financeiro nacionais.(Portaria n˚ 350, de 16 de outubro de 2002 latina apud Spinelli (2003, p. 100)
Por fim, no ultimo capitulo, será destacada a origem da Teoria da Cegueira
Deliberada, onde foi primeiramente aplicada no sistema common law inglês, sua
definição, requisitos para a sua aplicação e a teoria na jurisprudência brasileira.
A Teoria da Cegueira Deliberada é uma forma de atribuir a responsabilidade
subjetiva ao autor que propositadamente cega-se diante de uma determinada
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situação em que se mantivesse os olhos abertos teria condições de reconhecer a
tipicidade da conduta que pratica.
Em relação a aplicação da teoria na jurisprudência brasileira deve-se analisar
os diferentes entendimentos das doutrinas e jurisprudências, pois uma parte da
doutrina concorda com a aplicabilidade da teoria ao crime de lavagem de dinheiro
enquanto outros não concordam com essa possibilidade podendo ser
responsabilizado de qualquer forma pelo crime cometido em questão.
[...] A teoria da Cegueira Deliberada propõe a equiparação, atribuindo os mesmos efeitos da responsabilidade subjetiva, dos casos em que há o efetivo conhecimento dos elementos objetivos que configuram o tipo e aqueles em que há o ‘’desconhecimento intencional ou construído’’ de tais elementares. Extrai-se tal conclusão da culpabilidade, que não pode ser em menor grau quando referente aquele que, podendo e devendo conhecer, opta pela ignorância (CALLEGARI, 2014, p. 134).
Na conclusão do presente trabalho, terá uma presente análise da
possibilidade de aplicação da teoria da cegueira deliberada em relação ao crime de
lavagem de dinheiro, pois a aplicação ou não da teoria, pode servir como importante
mecanismo para a condenação de agentes e também para evitar propagações de
decisões injustas.
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3 OBJETIVOS
3.1 GERAL
Analisar a aplicação da Teoria da Cegueira Deliberada nos crimes de
lavagem de dinheiro.
3.2 ESPECÍFICOS
Estudar a origem do termo lavagem de dinheiro e como se expandiu de
maneira tão vertiginosa perante a sociedade;
Analisar o seu conceito e as suas diferentes definições e algumas
características que acaba dificultando nos trabalhos de investigação;
Analisar as importantes fases que são essenciais para a concretização
do delito;
Analisar alguns ramos que são visados pelos criminosos para poder
lavrar os capitais oriundos da prática ilícita;
Estudar o delito na perspectiva internacional e na legislação pátria,
demonstrando a necessidade da cooperação internacional e a iniciativa no combate
ao crime de lavagem de dinheiro e por fim, a tipificação da conduta na legislação
brasileira e;
Estudar a Teoria da Cegueira Deliberada na tocante à aplicação da
doutrina no ordenamento brasileiro, ressaltando as diferentes percepções da
doutrina e jurisprudência.
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4 PROBLEMAS
4.1 - Alguns doutrinadores concordam quanto a equiparação da teoria da
cegueira deliberada ao dolo eventual na aplicação do delito de lavagem de dinheiro,
enquanto outros doutrinadores afirma a impossibilidade da admissão do dolo
eventual em tal delito. Desta forma, caberá o dolo eventual e consequentemente a
aplicação da teoria conforme disposto no §2˚ do artigo 1˚ da Lei 9613?
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5 HIPÓTESES
5.1 - Atualmente, para se ter a aplicação do dolo eventual e da teoria da
cegueira deliberada, seguindo a maior parte dos doutrinadores, necessita-se de 3
requisitos para a aplicação no caso concreto.
O primeiro requisito é a suspeita justificada do individuo em relação a sua
atividade que exerce, pois ele voluntariamente cria uma barreira para que não
consiga alcançar o completo conhecimento da conduta criminosa.
Outro requisito é quando o individuo tem a possibilidade de clarear os seus
conhecimentos em relação a conduta criminosa. Os documentos, provas ou indícios
devem estar ao alcance do agente, porem, só pode falar em cegueira deliberada
quando há a voluntariedade e intenção de se manter na ignorância, sendo possível
apenas quando há a possibilidade de obter o conhecimento.
Por fim, o requisito subjetivo, conforme Ragues I Vallés (2007, p.12) é a
‘intenção da manutenção do estado de ignorância para proteger-se de eventual
descoberta do delito e futura condenação, de modo que sempre poderá alegar que
nada sabia a respeito’.
Neste caso, deve-se ter maiores cuidados, pois o agente pode ser confundido
pelo simples desinteresse ou até mesmo pode levar a uma condenação do agente
na modalidade culposa de lavagem de dinheiro, que é incabível em nosso
ordenamento, que exige o dolo.
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6 METODOLOGIA
A pesquisa, quanto aos objetivos, se caracteriza como descritiva e dedutiva,
pois os dados obtidos permitirão descrever os conceitos, características, objetivos,
fundamentos, e os requisitos necessários para a concretização da Lavagem de
Dinheiro, chegando-se assim em uma conclusão com base nos dados apresentados.
Quanto aos procedimentos da aplicabilidade da Teoria da Cegueira
Deliberada a pesquisa tem o caráter bibliográfico, tendo em vista o estudo teórico e
o estudo das decisões tomadas na prática, juntamente com diversas pesquisas
obtidas na legislação, na jurisprudência, e nas doutrinas.
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7 CRONOGRAMA
2017/2-3
ATIVIDADES AGO SET OUT NOV DEZ FEV MAR ABR MAIO JUN
1 Leituras para escolha do tema. Levantamento da literatura do tema Pesquisa de Campo
X X
2 Elaboração do Projeto de Pesquisa
X X X
3 Elaboração Final do Projeto de Pesquisa – N1
X X
4 Entrevistas Relatórios de pesquisa
X X
5 Leituras e fichamentos
X X
6 Redação do esboço do trabalho
X
7 Esboço do trabalho - 1.ª Versão
X
8 Revisão do texto e redação final
X
9 Entrega do trabalho – N2
X X
10 Continuação das leituras Escolha do Professor da Banca Examinadora
X
11 Redação dos capítulos / seções
X X
12 Entrega da 1.ª versão do trabalho
X
13 Exame de qualificação – N1
X X
14 Preparação para a Defesa
X X X
15 Banca de apresentação
X X X
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8 ESTRUTURA PROVÁVEL
RESUMO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I – O DELITO DE LAVAGEM DE DINHEIRO
1.1 ORIGEM DO TERMO
1.2 CONCEITO E ALGUMAS CARACTERÍSTICAS MARCANTES DO
DELITO
1.3 FASES DO CRIME DE LAVAGEM
1.3.1 COLOCAÇÃO OU OCULTAÇÃO
1.3.2 ESTRATIFICAÇÃO OU ESCURECIMENTO
1.3.3 INTEGRAÇÃO OU REINVERSÃO
1.4 ALGUNS RAMOS VISADOS PELOS CRIMINOSOS PARA LAVAREM
CAPITAIS DE ORIGEM ILÍCITA
CAPÍTULO II – O DELITO NA PERSPECTIVA INTERNACIONAL E NA
LEGISLAÇÃO PÁTRIA
2.1 A NECESSIDADE DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
2.2 INICIATIVAS INTERNACIONAIS NO COMBATE AO CRIME DE LAVAGEM
DE DINHEIRO
2.2.1 CONVENÇÃO DE VIENA EM 1988
2.2.2 CONVENÇÃO DE ESTRASBURGO EM 1990
2.2.3 CONVENÇÃO DE PALERMO EM 2000
2.3 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
2.3.1 A LEI 9613 DE 1998
2.3.2 PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES TRAZIDAS PELA LEI 12683 DE 2012
CAPÍTULO III – A TEORIA DA CEGUEIRA DELIBERADA E SUA
APLICABILIDADE
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3.1 ORIGEM
3.2 DEFINIÇÃO
3.3 REQUISITOS PARAA SUA APLICAÇÃO
3.4 A TEORIA NA JURISPRUDÊNCIA BRASILEIRA
CONCLUSÃO
REFERÊNCIA
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9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORGES DE VASCONCELOS, Douglas. A Politica Publica de Combate À Lavagem de Dinheiro no Brasil. Brasil: Lumen Juris, 2015. BECK, Francis. A doutrina da cegueira deliberada e sua aplicabilidade ao crime de lavagem de dinheiro. Revista de Estudos Criminais, Sapucaia do Sul, n. 41, set. 2011. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n° 12.683, de 09 de julho de 2012. Altera a Lei no 9.613, de 3 de março de 1998, para tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro. Disponível em :<http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- 2014/2012/LeiL12683.htm. Acesso em 28 agosto. 2017. BRASIL. Decreto n° 2.799, de 8 de outubro de 1988. Aprova o Estatuto do Conselho de Controle de Atividades Financeiras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2799.htm>. Acesso em: 29 agosto.2017 CALLEGARI, André Luís. Lavagem de Dinheiro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014. LILLEY, Peter. Lavagem de Dinheiro: negócios ilícitos transformados em atividades legais. São Paulo: Futura, 2001. p. 86 MAIA, Rodolfo Tigre. Lavagem de dinheiro: lavagem de ativos provenientes de crime – anotações às disposições criminais da Lei n° 9.613/98. São Paulo: Malheiros, 2004 MENDRONI, Marcelo Batlouni. Crime de Lavagem de Dinheiro. Brasil: Atlas, 2015. RAGUÉS I VALLÉS, Ramón. La ignorancia deliberada em derecho penal. Barcelona: Atelier, 2007. SYDOW, Spencer Toth.A Teoria da Cegueira Deliberada. Brasil:Dplacido Editora,2016. SPINELLI, Enory Luiz. Lavagem de Dinheiro – Um Problema Mundial Legislação Brasileira. Porto Alegre – RS: COAF, 2003. Sanctis,Fausto Martin De. Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro. 2. ed. Brasil: Saraiva, 2015.