APRESENTAÇÃO
Pontal do Paraná, município da região litorânea, declarado pela
sociedade paranaense como Área Especial de Interesse Turístico e criado
em 1995, possui uma recente história geopolítica. Mas assim como os
demais municípios litorâneos, Pontal do Paraná é considerado berço da
civilização paranaense, em função de uma ocupação que remonta a
milhares de anos, comprovados por sítios históricos e sambaquis.
O Governo do Paraná e o Governo Municipal, através de Termo
de Cooperação Técnica, se uniram em prol da conclusão do Plano Diretor
de Desenvolvimento Integrado de Pontal do Paraná, cujos trabalhos
foram iniciados em 1998 através de escritório contratado. Reconhecendo
a necessária articulação entre as esferas diferenciadas de governo e
sociedade civil, estabeleceram um marco no planejamento ambiental
urbano em zonas costeiras, ao elegerem o Conselho do Litoral como
coordenador desse processo.
O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado para o Município
de Pontal do Paraná contempla um conjunto de ações e legislações que
possibilitarão ao poder público gerenciar os espaços territoriais urbano e
rural com uma visão de conjunto, não o desvinculando do seu contexto
regional. O trabalho final é composto pelos seguintes documentos
técnicos: Diagnóstico, Caderno de Propostas, Caderno de Leis e
Mapeamento. Tais Documentos contemplam a íntegra do Plano Diretor
de Desenvolvimento Integrado, transmitindo à sociedade paranaense um
quadro analítico da realidade municipal, Propostas de Desenvolvimento e
Disciplinamento Territorial, buscando crescimento econômico e proteção
ambiental.
Visando promover a democratização da informação, a Equipe
Técnica do Plano Diretor elabora, também, um Caderno da Audiência
Pública contendo um conjunto de documentos e imagens da Audiência
realizada em 26 de junho de 2004, no município de Pontal do Paraná,
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
ii
valiosos testemunhos da participação popular no processo de tomada de
decisão e consolidação da cidadania.
Aproveitamos a oportunidade para reconhecer o esforço
profissional realizado pelas equipes técnicas, estadual e municipal, que
se encarregaram de elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado de Pontal do Paraná, com Propostas efetivas de
desenvolvimento local, inovando nas técnicas de Planejamento ao
instituir o geoprocessamento como ferramenta básica de trabalho,
promovendo a regularização fundiária, a criação de unidades de
conservação, o desenvolvimento turístico e as bases para um
planejamento local.
Caberá aos poderes públicos, estadual e municipal, manterem a
parceria legitimada através da realização do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado de Pontal do Paraná, que passará a ter um
importante papel no processo de transformação do município. Tais
transformações necessitam, de igual maneira, do avanço dos
movimentos sociais organizados e efetiva participação da sociedade no
processo político de decisão sobre a gestão e planejamento da Cidade.
Presidente do Conselho do Litoral e
Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Prefeito Municipal de Pontal do Paraná e Membro Nato do
Conselho do Litoral
Presidente da Câmara Municipal de Pontal do Paraná
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iii
CONSELHO DO LITORAL
Luiz Eduardo Cheida
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Renato Guimarães Adur
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano
Reinhold Stephanes
Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral
Celso de Souza Caron
Secretaria de Estado do Turismo
Vera Maria Haj Mussi Augusto
Secretaria de Estado da Cultura
Waldyr Pugliesi
Secretaria de Estado do Transportes
Munira Peluso
Prefeitura Municipal de Antonina
Antônio Felício Ramos Filho
Prefeitura Municipal de Guaraqueçaba
José Ananias dos Santos
Prefeitura Municipal de Guaratuba
José Maria de Paula Corrêa
Prefeitura Municipal de Matinhos
Deimeval Borba
Prefeitura Municipal de Morretes
Mário Manoel das Dores Roque
Prefeitura Municipal de Paranaguá
José Antônio da Silva
Prefeitura Municipal de Pontal do Paraná
Sidnei Catenaci
Federação das Categorias Patronais
Luceli Paranhos Santana
Federação das Categorias de Trabalhadores
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
iv
Agostinho Celso Z. de Aguiar
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
Saint Claire Honorato Santos
Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente
Luiz Pilloto Júnior
Associações Ambientalistas
Hélio de Freitas Castro
Federação dos pescadores
Carlos Paulino
Construção Civil, Incorporadoras e Mercado Imobiliário
Fernando Boscardim
Associações Comunitárias
Luiz Carlos de Lima
Associações Comunitárias
José Álvaro da Silva Carneiro
Secretário Executivo do Conselho do Litoral
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
v
PREFEITURA MUNICIPAL DE PONTAL DO PARANÁ
José Antonio da Silva
Prefeito Municipal
Eurico João Bento
Chefe de Gabinete
Rogério Marcolino
Procurador Geral
Cesário Ferreira Filho
Secretário Municipal de Administração, Finanças e Planejamento
Jackson César Bassfeld
Secretário Municipal de Meio Ambiente e Turismo.
Neri Antonio da Silva
Secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos
Carlos Pereira Gonçalves
Secretário Municipal de Urbanismo, Habitação e Assuntos Fundiários
Maria Inês Campos da Silva
Secretária Municipal de Ação Social e Relações do Trabalho
Maristela Vieira Silva
Secretária Municipal de Saúde
Fátima Aparecida Raizel da Cruz Périco
Secretária Municipal de Educação, Esporte e Cultura
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vi
EQUIPE TÉCNICA
Organização do Documento:
Carmem Leal
Coordenação Geral:
Carmem Terezinha Leal
Arquiteto e Urbanista, MSc.
Coordenação no município:
Eneas Cordeiro Teixeira
Engenheiro Civil
Márcia Ferreira Prestes
Maria Carolina Leal Polidori
Paula Francine Moreira
Estagiárias do Curso de Arquitetura e Urbanismo
Tarcísio Brandão da Silva
Engenheiro Agrimensor
Abrão de Oliveira
Técnico em Assuntos Fundiários
Roberto Radamés Raulik
Gerente de Informações
Consultoria Jurídica:
Hamilton Bonatto
Advogado e Engenheiro Civil
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vii
COLABORADORES
Conselho Municipal de Planejamento
Leônidas René Wagner
Edivio Batistelli
Théo Botelho Marés de Souza
Juliano Moreira
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Luiz Celso Tarnowski
Aimoré Índio do Brasil Arantes
Secretaria de Estado da Cultura
Luciano Scheidt Teixeira
Scheidt Teixeira Engenharia e Construtora Ltda
Rafaela Antunes Fortunato
Arquiteto e Urbanista
Fotografias
Nelson Yoneda
Ramiro Pisseti
Enéas Cordeiro Teixeira
Carmem Leal
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viii
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO I
CONSELHO DO LITORAL Iii
PREFEITURA MUNICIPAL DE PONTAL DO PARANÁ V
EQUIPE TÉCNICA Vi
COLABORADORES Vii
1 INTRODUÇÃO 1
2 ANTECEDENTES 2
2.1 EDITAL DE CONVOCAÇÃO 5
2.2 DIVULGAÇÃO DO EVENTO 8
2.2.1 Imprensa Escrita 8
2.2.2 Faixas de Divulgação em Vias Públicas 12
3 AUDIÊNCIA PÚBLICA 13
3.1 ABERTURA 13
3.2 APRESENTAÇÃO DO PLANO 13
3.2.1 Debate 42
3.3 PARTICIPANTES 45
3.3.1 Registro dos Presentes 45
3.3.2 Testemunho Fotográfico 52
3.4 ATA DA AUDIÊNCIA 58
3.5 REPERCUSSÃO DA APRESENTAÇÃO DO PLANO
DIRETOR
63
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 65
5 ANEXOS 66
5.1 LOCAL DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA 66
5.2 COMPOSIÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO DO
LITORAL
69
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ix
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 01 EDITAL DE CONVOCAÇÃO 06
FIGURA 02 PUBLICAÇÃO DO EDITAL DE CONVOCAÇÃO 07
FIGURA 03 PUBLICAÇÃO DO EDITAL DE CONVOCAÇÃO 07
FIGURA 04 IMPRENSA ESCRITA (CIRCULAÇÃO LOCAL) 08
FIGURA 05 IMPRENSA ESCRITA (CIRCULAÇÃO REGIONAL) 11
FIGURA 06 FAIXAS DE RUA DIVULGANDO A AUDIÊNCIA PÚBLICA 12
FIGURA 07 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDE 01 14
FIGURA 08 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 02 E 03 15
FIGURA 09 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 04 E 05 16
FIGURA 10 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 06 E 07 17
FIGURA 11 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 08 E 09 18
FIGURA 12 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 10 E 11 19
FIGURA 13 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 12 E 13 20
FIGURA 14 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 14 E 15 21
FIGURA 15 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 16 E 17 22
FIGURA 16 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 18 E 19 23
FIGURA 17 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 20 E 21 24
FIGURA 18 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 22 E 23 25
FIGURA 19 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 24 E 25 26
FIGURA 20 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 26 E 27 27
FIGURA 21 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 28 E 29 28
FIGURA 22 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 30 E 31 29
FIGURA 23 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 32 E 33 30
FIGURA 24 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 34 E 35 31
FIGURA 25 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 36 E 37 32
FIGURA 26 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 38 E 39 33
FIGURA 27 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 40 E 41 34
FIGURA 28 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 42 E 43 35
FIGURA 29 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 44 E 45 36
FIGURA 30 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 46 E 47 37
FIGURA 31 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 48 E 49 38
FIGURA 32 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 50 E 51 39
FIGURA 33 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 52 E 53 40
FIGURA 34 APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 54 E 55 41
FIGURA 35 INSCRITOS PARA USO DA PALAVRA 42
FIGURA 36 PERGUNTAS REGISTRADAS 43
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x
FIGURA 37 LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 01 45
FIGURA 38 LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 02 46
FIGURA 39 LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 03 47
FIGURA 40 LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 04 48
FIGURA 41 LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 05 49
FIGURA 42 LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 06 50
FIGURA 43 LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 07 51
FIGURA 44 RECEPÇÃO 52
FIGURA 45 MESA OFICIAL 53
FIGURA 46 PÚBLICO PRESENTE 54
FIGURA 47 APRESENTAÇÃO DO PLANO / MESA TÉCNICA /
RESPOSTAS
57
FIGURA 48 IMPRENSA LOCAL 63
FIGURA 49 IMPRENSA LOCAL 64
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
1
1 INTRODUÇÃO
O processo de construção do Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado de Pontal do Paraná iniciou um momento de reflexão do futuro
do município, enquanto entidade política administrativa e de afirmação
de sua importância no contexto do desenvolvimento do Estado.
Pontal do Paraná apresenta, hoje, características relevantes para
o planejamento local e regional. Por ser município com enormes
potencialidades ao turismo e às atividades de caráter portuário, em face
da sua geografia privilegiada, demanda uma atenção especial na
condução do seu desenvolvimento.
Tão importante quanto construir um processo de planejamento
para o município, é construir formas de permitir e promover a
participação popular nesse processo. São necessárias a construção e
viabilização de tomadas de decisão pela população, desde a inclusão de
moradores desvinculados de uma organização social consolidada até as
Câmaras de Lei.
Visando dar continuidade ao processo de participação popular,
as esferas de poder estadual e municipal promoveram Audiência Pública
realizada no dia 26 de junho de 2004. Foram objetivos da Audiência
Pública: dar ampla e plena publicidade aos trabalhos técnicos do Plano
Diretor de Desenvolvimento Integrado de Pontal do Paraná, debater as
propostas apresentadas, permitir a participação popular nas decisões de
gestão da cidade, promover o confronto de idéias e permitir o controle
das ações dos governantes.
A Audiência Pública, caracterizada pelo cumprimento das
formalidades legais a ela inerentes, está apresentada neste Caderno, de
forma a produzir um importante testemunho do processo de elaboração e
aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Pontal do
Paraná.
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2
2 ANTECENDENTES
O Estatuto da Cidade estabelece que a definição de políticas
públicas para o desenvolvimento municipal deve ser acompanhada pela
população, garantido sua participação nos vários níveis de elaboração do
Plano Diretor. Essa participação popular pode ocorrer de várias maneiras:
através de reuniões, fóruns de discussão e audiências públicas.
Embora o Conselho do Litoral seja um órgão cuja participação
popular é garantida mediante a representação dos Prefeitos Municipais
legitimamente eleitos e pela Sociedade Civil Organizada (ver anexo 02), a
Equipe Técnica do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Pontal
do Paraná sempre esteve preocupada em garantir a máxima participação
da sociedade e da comunidade local no processo de construção do Plano
Diretor.
Uma vez elaborada as Propostas Técnicas, a Coordenação
solicitou à Assessoria Jurídica estudos específicos quanto aos
procedimentos de aprovação do Plano e em particular quanto às
discussões e participação da comunidade local e paranaense na
construção do processo de planejamento municipal. Com base nessa
solicitação, a Assessoria Jurídica elaborou o Parecer 007/2004. Esse
Parecer, em sua íntegra, está contido no Documento Diagnóstico do
Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Pontal do Paraná. Esse
Parecer embasa a atuação da Coordenação e dos poderes públicos
estaduais e municipais, na condução da Audiência Pública. Esse Parecer
contém ainda uma análise da história da participação popular na
construção das sociedades democráticas atuais:
“O estudo histórico da regulação do poder político deve distinguir, na antiguidade, as sociedades grega e romana, onde surgirá o poder político propriamente dito, das demais sociedades, inclusive, dos próprios gregos e romanos em seu período inicial (realezas micênicas, cretenses e etruscas).
Quando se afirmar que os gregos e os romanos inventaram a política, não se quer dizer que antes deles não existissem poder ou autoridade, mas sim que deram origem ao poder e à autoridade políticos propriamente ditos.
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3
A própria palavra política é grega e vem de polis, que é a cidade, entendida como comunidade organizada formada pelos cidadãos (polítikós), isto é, homens nascidos no solo da cidade, livres e iguais, portadores de dois direitos: a isonomia: igualdade perante a lei e a isogoria: o direito de expor e discutir em público opiniões sobre ações que a cidade deve ou não realizar.
Quando as pessoas se reúnem para discutir a cidade, discutir um plano diretor de desenvolvimento integrado da polis, não estão conquistando um direito novo, inédito, mas estão revivendo os velhos direitos à isonomia e à isogoria, isto é, estão se colocando par a par, em pé de igualdade, para exercerem os direitos de exporem suas próprias opiniões e colaborarem para dar a linhas de desenvolvimento da cidade, seja através de fóruns ou audiências públicas, as quais têm a mesma origem, na Grécia Antiga, mas que tem relevante diferença jurídica, não se anulando, mas se completando.”
O Parecer Jurídico esclarece, também, a base legal para a
realização de Audiências Públicas:
“A base legal das Audiências Públicas é dada pela Resolução nº 009/87 do CONAMA e é exigência legal dada pelo Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/01) quando da elaboração do Plano Diretor Municipal. Porém, nada impede que haja uma norma municipal dispondo sobre a realização de audiências públicas no município”.
Os procedimentos para a realização da Audiência Pública estão normatizados pela Resolução nº 009/87 do CONAMA, com as diretrizes dadas pela Lei Federal 9.784/99, a qual diz que "antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo" (art. 32). Porém, o Estatuto da Cidade exige a garantia da utilização deste instrumento quando em seu art. 40, §4º que "no processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão: I. a promoção de audiência pública e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade". Da mesma forma o art. 43, II, do mesmo Estatuto: Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos: II - debates, audiências e consultas públicas.
No caso do Plano Diretor de Pontal do Paraná, e dos demais municípios litorâneos, há uma certa
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4
particularidade que torna a Audiência Pública com características interessantes, pois a esta deve ser dirigida pelo órgão responsável pela elaboração do Plano Diretor, que neste caso não é apenas uma instituição, mas, além da Prefeitura Municipal, a Câmara Municipal e o Conselho do Litoral, uma vez que o documento final é de responsabilidade e competência de todas.
Para resolver a questão é decisivo que o Edital e o anúncio pela imprensa local seja realizado em conjunto, isto é, pela Prefeitura, pela Câmara Municipal e pelo Conselho do Litoral, através de seu Presidente. Sugere-se a formação de uma comissão tripartite, formada pelas entidades mencionadas.
Em resumo: para a deliberação do Plano Diretor, tanto na Câmara Municipal como no Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense, faz-se mister que antes se realize Audiência Pública com ampla divulgação, seguidos os procedimentos da Resolução nº 009/87 do CONAMA, no que couber. No caso em foco, não se sugere norma municipal de procedimento de audiências públicas, devido a participação conjunta do Conselho do Litoral.”
O Parecer elenca, ainda, os procedimentos legais e operacionais,
para a realização da Audiência Pública:
Os procedimentos a serem adotados, têm como base a Resolução nº 009/87 do CONAMA. O Manual de Licenciamento Ambiental, elaborado pelo Instituto Ambiental do Paraná, é um bom exemplo a ser seguido, com as devidas adaptações, às quais fizemos e elencamos abaixo, mas que carece de discussão com as Assessorias Jurídicas da Câmara Municipal de Pontal do Paraná e do Conselho do Litoral:
a) A partir do recebimento do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, elaborado pela equipe técnica da Prefeitura Municipal e do Conselho do Litoral, as três instituições, em conjunto, deverão fixar em edital e anunciar pela imprensa local a designação da audiência pública e a data de sua realização. O Instituto Ambiental do Paraná dota o prazo mínimo da publicação do edital de 20 dias da realização da audiência Pública;
b) A Audiência Pública deverá ser realizada no Município de Pontal do Paraná em lugar acessível a todos os cidadãos daquela localidade;
c) A apresentação do Plano Diretor deverá ser feita pela equipe técnica que o elaborou, de forma pedagógica e na íntegra, destacando as questões levantadas nos fóruns
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
5
previamente realizados e todas as modificações em relação à legislação anterior, bem como os impactos positivos e negativos que o Plano Diretor trará ao município;
d)Todos os participantes poderão fazer uso da palavra, pela ordem de inscrição, apresentar memoriais e outros documentos que entendam devam integrar o processo, os quais subsidiarão o parecer técnico final;
e) Deverá ser lavrada ata sucinta ao final da Audiência Pública. Porém, é previdente a gravação da Audiência Pública por meio sonoros e visuais;
f) A ata e os demais documentos servirão de base para a deliberação da Câmara Municipal e do Conselho do Litoral, razão esta que, após a realização da audiência Pública, deverá haver um histórico e uma sistematização de todo o processo.
g) Questionamentos não esclarecidos poderão ser enviados posteriormente aos interessados;
h) A Audiência pode ser suspensa em função da exigüidade do tempo, a complexidade do tema, a insuficiência de elementos administrativos, técnicos ou científicos, ou a existência de outros fatores que transtornem ou prejudiquem a conclusão dos trabalhos, fixando-se imediatamente a data e horário da continuidade da Audiência Pública, e que seja de preferência no mesmo local.
2.1 EDITAL DE CONVOCAÇÃO
O Edital de Convocação foi assinado em 02 de junho de 2004 e
em face das particularidades do município de Pontal do Paraná,
assinaram esse Documento o Presidente do Conselho do Litoral e
Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos Luiz Eduardo
Cheida, o Prefeito de Pontal do Paraná José Antônio da Silva e o
Presidente da Câmara Municipal Gino Fernando Honahak.
FIGURA 01 – EDITAL DE CONVOCAÇÃO
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
6
Em 04 de junho de 2004, o Edital da Audiência Pública foi publicada na
imprensa escrita, com circulação local (Jornal Correio Atlântico).
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7
FIGURA 02 – PUBLICAÇÃO DO EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Em 05 de junho de 2004, o Edital da Audiência Pública foi
publicada na imprensa com circulação regional (Jornal Gazeta do Povo).
FIGURA 03 – PUBLICAÇÃO DO EDITAL DE CONVOCAÇÃO
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
8
2.2 DIVULGAÇÃO DO EVENTO
Para garantir o máximo de participação, a Administração
Municipal através do Departamento de Urbanismo, promoveu ampla
divulgação do evento, além dos convites às Autoridades Estaduais e
Municipais envolvidas direta ou indiretamente com o Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado de Pontal do Paraná. Foi contatada a
imprensa local, escrita e falada, e exposição de faixas de ruas em vários
pontos da malha urbana da cidade de Pontal do Paraná. A divulgação do
evento também foi realizada mediante o uso de alto-falantes em carro de
circulação no município, no dia do evento.
Através da Secretaria Executiva do Conselho do Litoral, o Plano
foi divulgado pela Rede Educativa, Canal Televisivo do Estado do Paraná,
e jornais da imprensa escrita de Curitiba com circulação regional. Alguns
exemplos dessa publicidade são elencados, a fim de demonstrar o
interesse local e regional do assunto.
2.2.1 Imprensa Escrita
FIGURA 04 – IMPRENSA ESCRITA (CIRCULAÇÃO LOCAL)
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11
FIGURA 05 – IMPRENSA ESCRITA (CIRCULAÇÃO REGIONAL)
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12
2.2.2 Faixas de Divulgação nas Vias Públicas
FIGURA 06 – FAIXAS DE RUA DIVULGANDO A AUDIÊNCIA PÚBLICA
Fonte: P.M. de Pontal do Paraná, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
13
3 AUDIÊNCIA PÚBLICA
A Audiência Pública teve início às 18:30 horas, nas
dependências do Clube Santa Mônica, Balneário de Praia de Leste em
Pontal do Paraná. Com uma duração de 4 horas, a solenidade contou
autoridades, técnicos municipais e estaduais e membros da população
local.
Organizada em Abertura, Apresentação do Plano e Debates, a
Audiência Pública transcorreu normalmente, possibilitando aos presentes
praticar a democracia, através da exposição de suas idéias.
3.1 ABERTURA
A Mesa Oficial teve a participação de representantes de
entidades estaduais e municipais, sendo coordenada pelo Sr. Carlos
Pereira Gonçalves, Secretário Municipal de Urbanismo de Pontal do
Paraná, auxiliado pelo Sr. José Álvaro da Silva Carneiro, Secretário
Executivo do Conselho do Litoral, que procedeu a abertura do evento.
O Prefeito Municipal de Pontal do Paraná Sr. José Antônio da
Silva, ao cumprimentar os presentes, agradeceu a presença de todos e
manifestou o seu contentamento pela realização da Audiência Pública e
apresentação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.
Manifestou ainda sua confiança na qualidade da Proposta Técnica,
depositando suas esperanças em um futuro melhor para os moradores
da Cidade de Pontal do Paraná.
3.2 APRESENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR
O Plano Diretor de Pontal do Paraná tem como marco referencial
os estudos e análises da ocupação físico-territorial elaboradas em
ambiente SIG – Sistema de Informações Geográficas. Esse ambiente é
construído com a utilização de vários programas computacionais sendo o
ArcView o programa dedicado a tratar os dados e informações espaciais,
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
14
propiciando uma melhor visualização da metodologia utilizada, do
Diagnóstico elaborado e das Propostas desenvolvidas para a Cidade de
Pontal do Paraná.
Com o objetivo de obter total transparência do processo de
planejamento construído para Pontal do Paraná, a Equipe Técnica do
Plano Diretor optou em realizar uma apresentação com dupla imagem,
uma apresentando os resultados obtidos no SIG com uso direto do
programa ArcView e outra imagem, em forma de slides, contendo o
resumo programático do conteúdo do Plano.
A apresentação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado
foi coordenada pela arquiteta e urbanista Carmem Leal, que contou com
a participação das estagiárias Maria Carolina Polidori e Márcia Prestes
que operaram os programas utilizados, sendo responsáveis pela
esplendida qualidade na apresentação do Plano Diretor.
O conteúdo do Plano foi didaticamente apresentado, sendo
organizada nos tópicos Antecedentes, Diagnóstico e Propostas, sendo
utilizadas as imagens contidas nos slides de 1 a 55, nos quais buscou-se
pincelar as principais questões relativas à compreensão da Metodologia
utilizada e das Propostas construídas.
FIGURA 07 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 01
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
15
FIGURA 08 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 02 E 03
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
16
FIGURA 09 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 04 E 05
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
17
FIGURA 10 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 06 E 07
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
18
FIGURA 11 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 08 E 09
Fonte: Prefeitura Municipal de Pontal do Paraná 2004
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19
FIGURA 12 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 10 E 11
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
20
FIGURA 13 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 12 E 13
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
21
FIGURA 14 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 14 E 15
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
22
FIGURA 15 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 16 E 17
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
23
FIGURA 16 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 18 E 19
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
24
FIGURA 17 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 20 E 21
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
25
FIGURA 18 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 22 E 23
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
26
FIGURA 19 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 24 E 25
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
27
FIGURA 20 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 26 E 27
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
28
FIGURA 21 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 28 E 29
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
29
FIGURA 22 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 30 E 31
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
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30
FIGURA 23 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 32 E 33
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
31
FIGURA 24 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 34 E 35
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
32
FIGURA 25 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 36 E 37
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
33
FIGURA 26 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 38 E 39
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
34
FIGURA 27 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 40 E 41
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
35
FIGURA 28 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 42 E 43
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
36
FIGURA 29 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 44 E 45
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
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37
FIGURA 30 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 46 E 47
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
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38
FIGURA 31 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 48 E 49
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
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39
FIGURA 32 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 50 E 51
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
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40
FIGURA 33 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 52 E 53
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
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41
FIGURA 34 – APRESENTAÇÃO DO PLANO – SLIDES 54 E 55
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
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42
3.2.1 Debate
O debate do Plano Diretor foi coordenado pelo Secretário
Municipal de Urbanismo e pelo Secretário Executivo do Conselho do
Litoral, Srs. Carlos Pereira Gonçalves e José Álvaro da Silva Carneiro,
respectivamente.
A Mesa de Trabalhos Técnicos foi composta pela Coordenadora
do Plano Diretor Arquiteta Carmem Leal; Secretário Municipal de Meio
Ambiente e Turismo Biólogo Jackson Bassfeld; Diretor de Urbanismo
Eneas Cordeiro Teixeira; Engenheiro e Advogado Hamilton Bonatto,
Engenheiro Agrimensor Tarcísio Brandão da Silva, Arquiteta Rafaela
Fortunato e a estagiária Maria Carolina Leal Polidori. A população local
expressou suas dúvidas e sugestões mediante documento escrito,
embora fosse colocada à disposição dos presentes a oportunidade de
manifestação oral.
Os técnicos presentes responderam às dúvidas emanadas pela
população, registrando-se os presentes que fizeram uso da palavra e as
principais dúvidas levantadas.
FIGURA 35 – INSCRITOS PARA USO DA PALAVRA
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43
Fonte: P.M. de Pontal do Paraná, 2004
FIGURA 36 – PERGUNTAS REGISTRADAS
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44
Fonte: P.M. de Pontal do Paraná, 2004
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45
3.3 PARTICIPNTES
3.3.1 Registro dos Presentes
Os presentes à Audiência Pública foram registrados mediante
assinatura em livro próprio.
FIGURA 37 – LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 01
Fonte: P.M. de Pontal do Paraná, 2004
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46
FIGURA 38 – LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 02
Fonte: P.M. de Pontal do Paraná, 2004
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47
FIGURA 39 – LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 03
Fonte: P.M. de Pontal do Paraná, 2004
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48
FIGURA 40 – LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 04
Fonte: P.M. de Pontal do Paraná, 2004
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49
FIGURA 41 – LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 05
Fonte: P.M. de Pontal do Paraná, 2004
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50
FIGURA 42 – LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 06
Fonte: P.M. de Pontal do Paraná, 2004
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51
FIGURA 43 – LISTA DE PRESENÇA, PÁGINA 07
Fonte: Conselho do Litoral, 2004
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52
3.3.2 Testemunho Fotográfico
FIGURA 44 – RECEPÇÃO
Fonte: Prefeitura Municipal de Pontal do Paraná 2004
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54
Fonte: Prefeitura Municipal de Pontal do Paraná 2004
FIGURA 46 – PÚBLICO PRESENTE
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57
Fonte: Prefeitura Municipal de Pontal do Paraná 2004
FIGURA 47 – APRESENTAÇÃO DO PLANO / MESA TÉCNICA // RESPOSTAS
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58
Fonte: Prefeitura Municipal de Pontal do Paraná 2004
3.4 ATA DA AUDIÊNCIA
Aos vinte e seis de junho do ano de Dois Mil e Quatro, convocada pela Prefeitura Municipal de Pontal do Paraná, Câmara Municipal de Pontal do Paraná e Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense, a população de Pontal do Paraná reuniu-se nas dependências do Santa Mônica Clube de Praia, no Balneário de Praia de Leste para a discussão a respeito do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, sob a coordenação do Secretário Municipal de Urbanismo, Habitação e Assuntos Fundiários, Sr. Carlos Pereira Gonçalves. Composta a Mesa pelo senhor Prefeito Municipal de Pontal do Paraná, Sr. José Antônio da Silva; pelo Presidente da Câmara Municipal de Pontal do Paraná, Sr. Gino Ronahak; pelo representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Secretário Executivo do Conselho do Litoral, Sr. José Álvaro Carneiro; pelo representante da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba e Litoral do Paraná do PARANACIDADE, Sr. Geraldo Faria; pelo Diretor do Sindicato dos Engenheiros do Paraná, Sr. Dirceu Lopes dos Santos Filho. Registrou-se a presença do Sr. Vice-Prefeito de Pontal do Paraná, de representantes das Igrejas Católica e Evangélicas, de Clubes de Serviço do Município, de representante da Rede
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
59
Paranaense de Comunicação. Em seguida foi dada a palavra ao Secretário Executivo do Conselho do Litoral, Sr. José Álvaro Carneiro, o qual enalteceu a qualidade técnica do Plano Diretor que está sendo apresentado ao público na Audiência Pública, enalteceu a equipe técnica formada pelos profissionais do Conselho do Litoral e da Prefeitura Municipal de Pontal do Paraná, destacando que é incomum caso em que as equipes das suas esferas de governo se reúnem para ouvir os munícipes. Finalmente agradeceu a todos os profissionais envolvidos no trabalho de elaboração do Plano Diretor. Em seguida fazendo uso da palavra o Presidente da Câmara Municipal de Pontal do Paraná, Vereador Gino Ronahak, destacou a importância desta data, pois ali se decide o futuro do Município de Pontal do Paraná, e se concretizará com a aprovação pelo Conselho do Litoral e pela Câmara Municipal. Finalizando, colocou a Câmara Municipal à disposição de todos os munícipes. Logo em seguida o Senhor Prefeito Municipal Sr. José Antônio da Silva, disse da alegria com que participava da Audiência Pública, pois foram grandes as dificuldades para a elaboração de tão importante trabalho, agradeceu a todos os segmentos do município que caminharam juntos para definir os parâmetros que estão sendo apreciados, os quais preparam o crescimento ordenado do município. Destacou que o momento era histórico e foram três anos de trabalho que se concretiza nesta data com a Audiência Pública. Assinalou os pontos a serem observados, tal qual o potencial eco turístico, o porto, a área industrial e todo ordenamento do território. O coordenador da mesa, Secretário Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários, Sr. Carlos Pereira Gonçalves, fez os agradecimentos à SEMA/CONSELHO DO LITORAL pela disponibilidade dos técnicos envolvidos nos trabalhos, à SEDU pelo curso sobre elaboração de Plano Diretor, assinalou a participação da população de Pontal do Paraná, agradeceu a coordenação da Arquiteta e Urbanista Carmem Leal, a qual trabalhou inclusive nos finais de semana para concretizar o trabalho, enalteceu o profissionalismo do Diretor de Urbanismo da Prefeitura, Engenheiro Eneas, que não poupou esforços para a concretização do Plano Diretor. Disse da necessidade de deixar o Plano acessível a todos, através de CD’s, e finalmente destacou que foi o Plano Diretor mais barato que ele já conhecera, já que foram utilizados servidores públicos municipais e estaduais para a sua elaboração. Em seguida convidou a Arquiteta e Urbanista Carmem Leal para a explanação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado. Com apalavra a Arquiteta Carmem Leal esclarece que o Plano Diretor é instrumento de trabalho que representa um querer do município, uma decisão da caminhada que pretende percorrer. Disse que é requisito da lei, a qual exige que seja um plano integrado. Fez breve relato histórico da elaboração do Plano, destacando o trabalho iniciado pela Arquiteta Cristhina Sato, em 1998; em 2000, com o Arquiteto Mena Barreto. Destacou a ampla discussão feita pela comunidade, advertindo que esta é uma exigência do Estatuto da Cidade. Explicou a metodologia utilizada, através do geoprocessamento, que facilita o trabalho, e a ligação com o gerenciamento costeiro. Quanto à metodologia enfatizou o diagnóstico realizado, com base em trabalho do IPARDES o qual disponibilizou dados como o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano e concluiu-se que Pontal do
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
60
Paraná tem índice médio alto. Enfatizou a dificuldade que é planejar uma cidade em que há uma grande diferença entre a população fixa e a população flutuante. A seguir narrou os níveis de propostas que partiu de um Sistema de Informações Geográficas – SIG, o qual não permite duplicar os trabalhos e democratiza as informações; mostrou as áreas rural e urbana, a proteção de área indígena e de sambaqui, assegurando a permanência da tribo naquela área; destacou as áreas de conservação ambiental que foram criadas e a ampliação do Parque Municipal da Restinga, a sugestão de implantar o Parque Nacional do Guaraguaçú, protegendo o ponto de captação parta abastecimento de água; explicou o projeto viário do município, bem como a exploração turística que será beneficiada pelo Plano Diretor; agradeceu aos profissionais que não pertenciam à equipe, mas que colaboraram com o Plano Diretor, com o Arquiteto Luis Celso da Secretaria de Estado da Cultura e o Engenheiro Battistelli, da Coordenação Estadual Indígena; ainda destacou que é importante possuir o Plano Diretor para buscar recursos estaduais e federais, destacando o PRODETUR e recursos de Fundos e Projetos Estaduais; para finalizar, disse que a garantia para que as propostas fossem realizadas só pode ser dada pela participação concreta da população também após a sua aprovação, e a necessidade da municipalidade se apaixonar pelo Plano Diretor; assim colocou-se à disposição para a seguir esclarecer as dúvidas que, com certeza, surgirão. Com a palavra o Secretário Executivo do Conselho do Litoral, Sr. José Álvaro Carneiro, destacou que é necessário conhecer que há planos que disponibilizarão recursos para garantir as propostas pelo PRODETUR 2006, dizendo que sonho é importante, mas é necessário projeto e empenho para colocar em prática. Em seguida o Coordenador da mesa de trabalho, Secretário Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários, Sr. Carlos Pereira Gonçalves, explicou as regras para a participação nos debates, e deu quinze minutos de recesso para que os participantes fizessem suas inscrições para as perguntas e sugestões. Após os quinze minutos, formou a mesa de trabalho, convidando os técnicos da Prefeitura Municipal de Pontal do Paraná e do Conselho do Litoral, Engenheiro Eneas, Biólogo Jackson César Bassfeld, Engenheiro Agrimensor Tarcísio Brandão da Silva, Engenheiro e Advogado Hamilton Bonatto, Arquiteta Rafaela Fortunato, a estagiária Carolina Polidori, e a Arquiteta Carmem Leal, e convidou para coordenação conjunta da Mesa, O Secretário Executivo do Conselho do Litoral, José Álvaro Carneiro. Passou-se a seguir à leitura das perguntas: 1) Quanto à beira de canais que estão invadidas, está prevista alguma solução para o caso no Plano Diretor? Em Florianópolis, Santa Catarina, os canais foram fechados para que não houvesse mais este tipo de problema> Quem respondeu foi a Arquiteta Carmem Leal, dizendo que beira de canal é Área de Preservação Permanente, onde não se permite construções, e que o Plano prevê a desocupação daqueles locais, dando um prazo de dez anos para que as pessoas desocupem as margens dos canais, e que as populações que lá residem e são de baixa renda participarão de um programa de habitação popular, enfatizando ainda que também está planejado a revegetação do local e a contenção do lixo, sem se cogitar em drenagem sem a mínima técnica e o fechamento dos canais; 2 e 3) A segunda e a terceira pergunta
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
61
foram semelhantes, onde queria se saber quando o Plano estará aprovado e em quanto tempo estará implantado. José Álvaro Carneiro, do Conselho do Litoral respondeu que quanto à deliberação do Conselho do Litoral será na reunião de julho a apresentação, críticas em agosto e a votação em setembro. Em complemento à resposta, o Engenheiro Eneas disse que a votação na Câmara Municipal está prevista para o próximo mês, mas dependia daquela instituição que é independente, e que a implantação será feita na próxima gestão; 4) Onde inicia o perímetro urbano e as áreas de preservação? A Arquiteta Carmem Leal mostrou no mapa que estava no telão as áreas solicitadas, explicando que vinte e um cento da área total do município é urbana, explicando também onde estavam as áreas de preservação e o corredor de proteção à biodioversidade que margeia os canais. 5) O que o Plano Diretor prevê sobre as edificações aprovadas e que estão embargadas? O Engenheiro e Advogado Hamilton Bonatto explicou que dependendo do caso o Plano Diretor dá solução, sendo que se estiver embargada e não houver ação judicial, pode ser resolvido administrativamente, através de outorga onerosa de potencial construtivo, se a edificação irregular se adequar aos novos parâmetros, e neste mesmo caso, havendo ação judicial, poderá, a critério da Procuradoria Geral do Estado e do Ministério Público, haver esta regularização no processo judicial com homologação do juiz da causa. Ainda existe a questão daquelas edificações que não se adaptam aos parâmetros que estão na Lei do Uso do Solo do Plano Diretor, estas só podem ser regularizadas se fizerem as adaptações físicas, isto é, se vierem a adaptar a edificação ao Plano Diretor, sem isso não é possível a regularização. 6)Há previsão de área de desenvolvimento industrial e pensou-se em geração de emprego no município? José Álvaro carneiro respondeu desenvolvimento industrial não. Indústria é transformação e a possibilidade é remota, mas existem outras possibilidades para a geração de empregos. O Engenheiro Eneas complementou a resposta dizendo que o próprio zoneamento possibilita a geração de emprego, houve, por exemplo, um estímulo para a construção de pousadas e a outras ações referentes ao turismo. 7) Como a PR 427 será alargada e quem atingirá? Responde a Arquiteta Carmem Leal, dizendo que o alargamento acontecerá com vontade política e recursos. Já foram levantadas todas as edificações que serão atingidas para fazer uma avaliação prévia, sendo que a Prefeitura deverá fazer as desapropriações em conformidade com a lei. Outra atitude que o Plano Diretor tomou foi a proibição de construções na faixa onde será alargada a rodovia, sendo esta uma forma de se começar a organizar o município. 8) Como ficam a situação dos lotes que pagam IPTU e os registros de imóveis estão suspensos? O Engenheiro Eneas explicou que se trata de lotes que fazem parte de uma ação judicial entre os que lá tem suas casas e a Construtora Irmãos Thá. Em complemento à resposta o Engenheiro e Advogado Hamilton Bonatto esclareceu que se tratando de ação judicial, deveria ser resolvido pela Justiça e que o Poder Público Municipal, nesta via, não poderia interferir. 9) Quanto aos calçadões nas vias e passeios, haverá desapropriação? A Arquiteta Carmem Leal responde que nos calçadões previstos no Plano Diretor não haverá necessidade de desapropriações. 10) Onde está a linha de preamar e qual o
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
62
afastamento das edificações? A Arquiteta Carmem responde que é definida por lei federal, e a área de marinha é área da União, e os afastamentos previstos são dados pelo zoneamento. O Biólogo e Secretário Municipal do Meio Ambiente Jackson César Bassfeld complementa a resposta descrevendo sucintamente o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e faz um breve histórico a respeito do Projeto Orla, que possibilitará a intervenção na orla marítima com gestão compartilhada das três esferas de poder, contou ainda que o Projeto Orla referente à Pontal do Paraná já foi analisado pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM – e que foi enviado à Brasília por aquele instituto, sendo avaliado como o melhor projeto nacional dos quarenta apresentados. 11) Onde será instalada a sede da Prefeitura Municipal e em que situação está a instalação do Porto? José Álvaro Carneiro responde que a autoridade que pode levar adiante o projeto do porto é a APPA – Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, sendo que é preciso a apresentação de projeto ao Conselho de Autoridades Portuárias que tem que aprovar há um ritual a ser cumprido, e que o prazo para se iniciar é de dois anos pelo menos. Quanto à Prefeitura não há prazo, é uma questão de eleição da obra como prioridade do município. 12) Pede-se a inclusão de área que contígua ao perímetro urbano e aponta-se o local. A Arquiteta Carmem mostrou no mapa o local desejado e disse que a equipe estudaria a proposta apresentada e que a sugestão faria parte do relatório da audiência pública. 13) O Presidente da Associação Comercial de Pontal do Paraná citou o decreto do Presidente Fernando Henrique Cardoso, no final do governo, no sentido de não fazer parte do Porto de Paranaguá, e contou sua vista ao ministro para solicitar que fosse revogado tal decreto. 14) O representante do Sindicato dos Engenheiros indagou a respeito de ocupações que podem acontecer ao longo da orla marítima, tal qual aconteceu em Matinhos, disse da importância de que se analisem as correntes marítimas e prevenir a situação, pois naqueles outros balneários há trinta anos atrás se jogava futebol e vôlei na areia e hoje já não é mais possível. Respondeu o Biólogo Jackson César Bassfeld citando o Plano nacional de Gerenciamento Costeiro e o Projeto Orla, falando da gestão integrada da zona costeira com a definição de áreas prioritárias para a conservação, com programas criando mecanismos de planejamento de ações, solução de conflitos entre a paisagem e as intervenções que possam ser feitas. Lembrou ainda que em 2001 foi criado o Parque Municipal da Restinga que é uma unidade de conservação que protege aquele espaço. Em complemento à resposta, o Advogado e Secretário Municipal Sr. Gonçalves, destacou que a área é administrada pelo GRPU e que aquele órgão tem buscado a desocupação da área através de ações na Justiça Federal. Sugere ainda a utilização de ações populares para a desocupação. 15) O Plano Diretor previu a possibilidade de captação de recursos para a construção de usinas de reciclagem? Responde o Engenheiro e Advogado Hamilton Bonatto lembrando que Pontal do Paraná já tem um programa bastante interessante de coleta seletiva de resíduos sólidos e que o Plano contemplou a criação em lei de um fundo de desenvolvimento municipal para a efetivação de projetos como o citado. O biólogo Jackson Bassfeld complementou a resposta dando a notícia de que o município está participando de programa financiado pela Petrobrás, para o
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
63
qual deverá dispor de um valor de quinhentos mil Reais. Não havendo mais perguntas o Coordenador da Mesa, Sr. Gonçalves, passou a palavra ao Senhor Prefeito Municipal que agradeceu a todos que compareceram, à equipe formada por técnicos da Prefeitura Municipal e do Conselho do Litoral e disse que aqueles que tinham participado da audiência pública viveram um momento histórico do Município de Pontal do Paraná. Nada mais havendo, eu, Hamilton Bonatto, secretariei ad doc a Audiência Pública, lavrei a ata que vai por mim assinada e pelos representantes da Prefeitura Municipal, da Câmara Municipal e do Conselho do Litoral. Pontal do Paraná, 26 de junho de 2004.
Hamilton Bonatto Eneas Cordeiro Teixeira Gino Ronahak Carmem Leal.
3.5 REPERCUSSÃO DA APRESENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR
A apresentação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado
de Pontal do Paraná teve destaque na imprensa local, nos dias
subseqüentes à apresentação. Permitiu-se à população continuar a
entender e discutir as propostas, divulgando os principais assuntos da
Audiência.
FIGURA 48 – IMPRENSA LOCAL
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
65
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A apresentação das propostas técnicas do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado de Pontal do Paraná à população local e às
autoridades presentes cumpriu uma importante etapa no processo de
planejamento local. O empenho da Equipe Técnica em realizar uma
apresentação minuciosa do Diagnóstico e Propostas pode justificar o
pequeno volume de questionamentos elaborados pelo público presente.
No entanto, denota-se que as poucas oportunidades que são oferecidas à
sociedade, para participar efetivamente de um processo decisório,
contribuem para que sua participação ainda seja em pequena proporção.
Apesar da pouca intervenção da população, considera-se de
grande relevância a realização da Audiência Pública, pois foi o momento
de possibilitar à comunidade local uma nova visão sobre a Cidade em
que moram. Foi o momento em que se buscou transmitir um sonho, um
sonho possível de realizar. E que novos caminhos devem ser buscados,
não sem esforço, não sem a realização de muito trabalho e
conhecimento.
E nos novos caminhos que a cidade de Pontal do Paraná irá
trilhar, certamente a participação popular será decisiva na efetiva
implantação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, no controle
e direcionamento das ações dos governantes, na construção de uma
sociedade mais justa, fraterna e igualitária.
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
66
5 ANEXOS
Com objetivo de dar publicidade aos Documentos que nortearam
a condução da elaboração da Proposta Técnica, sua aprovação e
participação popular nesse processo, a Coordenação do Plano Diretor
transcreve, em forma de anexo ao presente Documento, o Parecer
Jurídico 010/2004 e o Decreto Estadual 2154 de 17 de setembro de
1996.
5.1 LOCAL DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA
O Parecer 010/2004 trata dos conceitos e fundamentos legais para
definição do local a ser realizado a Audiência Pública. A leitura desse
importante Parecer permitirá entender o processo decisório de condução
dos vários momentos de discussão e aprovação do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado de Pontal do Paraná.
PARECER Nº 010/2004
ORIGEM: PREFEITURA MUNICIPAL DE PONTAL DO PARANÁ
ÓRGÃO: COORDENAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO
INTEGRADO
ASSUNTO: LOCAL DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA
RELATÓRIO
A Coordenação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado
consulta se há necessidade de realização de Audiência Pública em Curitiba para
o cumprimento da obrigatoriedade legal, por ser o Município de Pontal do
Paraná Área de Especial Interesse Turístico.
PARECER
A Audiência pública é um processo de participação aberto à
população, onde esta pode ser consultada sobre assunto de seu interesse, bem
como debater, proporcionando o confronto de interesses e idéias, às vezes
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
67
antagônicas, possibilitando que a população compartilhe com os agentes
públicos o encaminhamento das soluções das questões pública que envolve a
cidade, portanto os cidadãos.
Constitui-se em instrumento de legitimação das decisões,
através de um processo democrático real, onde a comunidade pode se
manifestar sobre a melhor forma de ser administrada a cidade, e controlar a
ação dos governantes.
No Estatuto da Cidade a obrigatoriedade de ouvir a comunidade
é expressa, transformando-se em condição de validade para a aprovação do
Plano Diretor pela Câmara Municipal.
É no município que o cidadão pode exercer plenamente a sua
cidadania, no seu local de moradia é que poderá se iniciar um grande processo
de transformação, através da participação nas decisões que lhe afetam
diretamente e da fiscalização das ações administrativas dos governantes locais,
pois é dever do bom administrador dar efetividade às garantias jurídicas de
participação do cidadão na vida administrativa do seu governo, pois se o
princípio da legalidade é dever do agente público, com muito mais razão a sua
observância quando se trata do interesse público, e se este é indisponível, não
está a decisão na esfera da discricionariedade do agente, possibilitar ou não a
participação, dificultar ou não a participação da comunidade, não se trata de
uma faculdade e sim de um dever.
Sendo o princípio da participação popular garantia constitucional, e
a audiência pública instrumento dessa participação, a sua previsão na Lei, no
Estatuto da Cidade, transforma a sua realização com ampla participação popular,
com livre acesso ao local, sem obstáculos de qualquer razão, em condição de
validade para o processo legislativo que tenha por objeto os Planos, Lei de
Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.
É fundamental que se compreenda que obrigatoriamente deve ser
realizada a Audiência Pública em Pontal do Paraná, pois a legislação (Estatuto da
Cidade) fala da “participação da população e de associações representativas dos
vários segmentos da comunidade”. É evidente que a não realização em Pontal
do Paraná, estará ferindo este princípio da participação popular, pois se estará
dificultando o debate através da comunidade local. É notório que estaria
dificultada a participação dos cidadãos Pontalenses se a Audiência for realizada
em Curitiba.
Mesmo que seja realizada uma Audiência em Pontal do Paraná e
outra em Curitiba, como o intuito expresso na Lei é também o debate, não
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
68
haveria a possibilidade do confronto das idéias do morador local com aqueles
que estão em Curitiba e que não possuem os mesmos interesses. Não haveria
conclusão satisfatória. Desta forma, também estaria ferido o princípio de índole
constitucional que privilegia a participação comunitária.
A não observância deste princípio vicia o processo de feitura do
Plano de Desenvolvimento Integrado de Pontal do Paraná, pois terá preterido
formalidade essencial, padecendo de mal incurável, pois se é certo que a
participação popular é princípio constitucional, afrontá-lo enseja a invalidação de
qualquer ato praticado sem a sua observância.
No dizer de Celso Antonio Bandeira de Melo,
"Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma
qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não a um
específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de
comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou
inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido,
porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de
seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço
lógico e corrosão da sua estrutura mestra". (7)
Seria inconcebível imaginar que Foz do Iguaçu ou Ponta
Grossa, devido à Vila Velha, ou qualquer outro município de Especial Interesse
Turístico, ao realizar Audiências Públicas para a elaboração de seus Planos
Diretores tivessem que se submeter à realização deste evento na Capital do
Estado.
É evidente que a realização de Audiência Pública fora do
território do município diretamente interessado fere frontalmente a autonomia
municipal e a forma federativa consagrada no artigo 1o da Constituição Federal.
Toda discussão referente à competência do Estado do Paraná para legislar em
matérias urbanísticas está pacificada, bem como está pacificado o entendimento
de que é fundamental o respeito ao Princípio Federativo e da autonomia
municipal.
Por outro lado, a participação dos cidadãos que não moram no
município de Pontal do Paraná é interessante e produtivo, mas não se entende
que haja discussão isolada. A solução está em fazer convite para que esta
população interessada participe juntamente com aqueles que moram em Pontal
do Paraná, confrontando suas idéias. Felizmente este procedimento já foi
tomado através de publicação em jornal de grande circulação estadual, não
apenas em Curitiba, mas em todo Estado do Paraná.
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
69
Conclui-se, segundo os argumentos levantados, que fere princípios
constitucionais basilares a realização de Audiência Pública em Curitiba por
dificultar a participação dos maiores interessados, a comunidade de Pontal do
Paraná.
Assim, opinamos pela não realização de Audiência na Capital,
mas tão somente no território do Município Interessado.
É o parecer.
Hamilton Bonatto
Assessor especial
OAB/PR 34.460
5.2 COMPOSIÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO DO LITORAL
O Conselho do Litoral, criado para dar cumprimento aos
preceitos legais da Lei 7389/80, teve através do Decreto Estadual n. º
4605/84 o estabelecimento de sua primeira composição e atribuições.
Em 1996, o Decreto Estadual 2154 reedita e atualiza a composição e
atribuições do Conselho do Litoral, de forma a permitir maior participação
da sociedade civil.
Altera a composição e atribuições do Conselho de Desenvolvimento
Territorial do Litoral Paranaense
O Governador do Estado do Paraná, no uso das atribuições que
lhe confere o artigo 87, item VI da Constituição Estadual, e considerando o que
estabelece o artigo 2° da Lei Estadual n°7389, de 12 de novembro de 1980 e o
parágrafo único do artigo 10° do Decreto Estadual n° 2722, de 14 de março de
1984,
DECRETA:
Artigo 1° - O Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral
Paranaense - Conselho do Litoral - instituído pelo Decreto Estadual 4605, de 26
de dezembro de 1984, e modificado pelos Decretos n° 8.863, de 18 de agosto
de 1986, n° 10.125, de 12 de fevereiro de 1987, n° 822, de 06 de julho de
1987, n° 1 796, de 11 de novembro de 1987 e n° 4 926 de 11 de abril de 1989,
será composto pelos seguintes membros:
I - O Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
como Presidente;
II - O Secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano;
III - O Secretário de Estado do Planejamento e Coordenação Geral;
plano diretor de desenvolvimento integrado - pddiPontal do Paraná
70
IV - O Secretário de Estado do Esporte e do Turismo;
V - O Secretário de Estado dos Transportes;
VI - O Secretário de Estado da Cultura;
VII - O Prefeito Municipal de Antonina;
VIII - O Prefeito Municipal de Guaraqueçaba;
IX - O Prefeito Municipal de Guaratuba;
X - O Prefeito Municipal de Matinhos;
XI - O Prefeito Municipal de Morretes:
XII - O Prefeito Municipal de Paranaguá;
XIII - O Prefeito de Pontal do Paraná;
XIV - Um representante das categorias patronais, indicado de comum
acordo pelas suas federações estaduais;
XV - Um representante dos trabalhadores, indicado de comum acordo
pelas suas federações estaduais;
XVI - Um representante do Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia da 7°Região;
XVII - Um representante da Promotoria de Proteção do Meio
Ambiente;
XVIII - Um representante das entidades ambientalistas do Paraná que
atuem no Litoral Paranaense;
XIX - Um representante das colônias de pescadores do Litoral
Paranaense;
XX - Um representante das entidades da Construção Civil,
incorporadoras e do mercado imobiliário e
XXI - Dois representantes das associações comunitárias do Litoral
Paranaense.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: Os membros mencionados nos incisos I a
XIII são natos, sendo os demais designados pelo Presidente do Conselho de
Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense, mediante prévia indicação
das respectivas entidades a que pertençam.
PARÁGRAFO SEGUNDO: O mandato dos membros a que se referem
os incisos XIV a XXI será de 2(dois) anos, não sendo admitida a recondução no
período seguinte.
PARÁGRAFO TERCEIRO: A indicação dos membros e respectivos
suplentes pelas entidades representadas no Conselho deverá ser acompanhada
de cópia da reunião realizada com esta finalidade, na qual constem as entidades
participantes e a relação dos votantes, observando-se a condição legal de
representação desses votantes.
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PARÁGRAFO QUARTO: Os membros indicados pelas entidades
relacionadas nos incisos XIV, XV, e XX deverão ser vinculados a divisões destas
atuantes no Litoral Paranaense.
PARÁGRAFO QUINTO: A indicação dos membros e respectivos
suplentes representantes das entidades relacionadas nos incisos XIV, XV, XVIII a
XXI obedecerá ao critério de rodízio, sendo vedada a indicação por 2(dois)
mandatos consecutivos de representantes da mesma entidade.
PARÁGRAFO SEXTO: Na indicação dos representantes e respectivos
suplentes das entidades relacionadas nos incisos XVIII a XXI, deverão ser
obedecidos ainda os seguintes critérios:
a) as entidades interessadas deverão cadastrar-se com o Secretário
Executivo do Conselho do Litoral para habilitar-se à indicação de membros do
Conselho;
b) os critérios para o cadastramento destas entidades serão
estabelecidos pelo Secretário Executivo do Conselho; e
c) a indicação dos membros e respectivos suplentes representantes
destas entidades deverá ser feita através de eleição entre as entidades
devidamente habilitadas junto ao Secretário Executivo do Conselho.
PARÁGRAFO SÉTIMO: O desempenho das funções de membro do
Conselho não será remunerado, sendo considerado serviço relevante prestado
ao Estado;
PARÁGRAFO OITAVO: O conselho contará com um Secretário
Executivo, a ser nomeado pelo Governador do Estado, por proposta do
Presidente;
PARÁGRAFO NONO: O Conselho de Desenvolvimento territorial do
Litoral Paranaense terá sua sede determinada pelo Presidente.
Artigo 2° - São atribuições do Conselho:
I - Assessorar a Administração Estadual no desenvolvimento do
Litoral Paranaense, assim como no cumprimento dos princípios legais referentes
ao parcelamento, uso e ocupação do solo, a prevenção e controle da poluição, a
gestão dos recursos naturais, a proteção das Áreas e Locais declarados de
Interesse e Proteção Especial, do patrimônio histórico, paisagístico, arqueológico
ou pré-histórico e outros de interesse regional, definidos em Lei Federal,
Estadual e Municipal;
II - Colaborar junto aos poderes públicos no desenvolvimento dos
atos legislativos e regulamentares concernentes à Região Litorânea do Estado,
bem como promover o estudo de problemas específicos relacionados ao
desenvolvimento do Litoral Paranaense;
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III - Promover modificações e aperfeiçoamento da legislação de
acordo com estudos realizados por sua Secretaria Executiva, ou outros órgãos
da Administração Direta ou Indireta do Estado;
IV - Cooperar tecnicamente com os municípios da região na
elaboração de planos, estudos e projetos voltados ao desenvolvimento urbano, à
modernização administrativa e outros vinculados a seus objetivos;
V - Emitir pareceres e encaminhar ao órgão estadual competente
processos de parcelamento do solo, para fins de anuência prévia prevista no
artigo 3° da Lei n° 7389, de 12 de novembro de 1980;
VI - Gerenciar o Fundo de Multas, criado pelo Decreto Estadual n°
4 758 de 21 de fevereiro de 1989;
VII - Conceder Anuência Prévia, através de sua Secretaria Executiva,
aos processos de edificações com 03(três) ou mais pavimentos, quando
situados nas áreas de menor restrição e quaisquer edificações nas áreas de
maior restrição definidas no Regulamento aprovado pelo Decreto Estadual n°
2722/84 e regulamentações posteriores;
VIII - Fiscalizar, por sua Secretaria Executiva, o cumprimento das
disposições legais pertinentes ao uso e ocupação do solo do Litoral Paranaense.
Artigo 3° - O Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral
Paranaense deverá, no prazo máximo de 6(seis) meses, adequar-se ao
estabelecido neste Decreto.
Artigo 4° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrario.
Curitiba, em 17 de setembro de l996.
JAIME LERNER
Governador do Estado
HITOSHI NAKAMURA
Secretário de Estado do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos e
Presidente de Conselho do Litoral