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INFORME Informativo do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais - Ano IV/ Agosto 2016 - nº 44
Plenária Nacional da Saúde discute perspectivas futuras do SUS
Minas Gerais marcou presença 20ª Plenária
Nacional da Saúde, Entidades e Movimentos
Sociais e Populares, promovida pelo Conselho
Nacional de Saúde (CNS), nos dias 24 e 25 de
agosto, em Brasília.
Conselheiros, conselheiras, trabalhadores e
trabalhadoras da saúde de todo o país se
reuniram e debateram sobre os principais
problemas da saúde pública de acordo com a
realidade de cada região, além das constantes
ameaças sofridas pelo Sistema Único de
Saúde - SUS. A delegação mineira foi a que
contou com maior número de integrantes entre os
Estados brasileiros, com cerca de 100 pessoas.
Diante do atual cenário político e econômico
do país, o CNS se posicionou contra a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
241, que visa reduzir os repasses na área da
saúde.
Não se trata apenas em manter a assistência,
mas também garantir a seguridade social, já
que saúde se trata também da dignidade
humana.
Para a entidade, a conjuntura atual é uma das
mais complexas da história, com questões
como a epidemia do Zika vírus, a violência
contra a mulher e os cenários - político e
econômico.
O Conselho Nacional defendeu que é preciso
resgatar a importância do SUS para o povo
brasileiro e fortalecer o Controle Social,
principalmente neste contexto.
“Em 1994, o SUS sofreu o golpe da retirada da
Previdência, e o povo foi convocado. Hoje, a
situação é muito pior”, lembrou Ronald Santos,
presidente do CNS.
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Reforma Sanitária iniciou a participação popular
Os participantes ainda
foram lembrados de que
a Reforma Sanitária e,
consequentemente, a
criação do SUS, ocor-
reram de forma paralela
com o processo de
democratização do Brasil.
A Reforma Sanitária foi
classificada por alguns como a primeira reforma
com participação popular de fato no Brasil.
Conselheiros, principalmente das regiões Norte e
Centro-Oeste, pontuaram sobre a necessidade e
a importância do saneamento básico no país,
levando em conta as populações ribeirinhas que
habitam em palafitas e estão expostas a
doenças como a malária e esquistossomose.
De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto
Brasil, o país ocupa a 11ª posição na América
Latina em saneamento básico.
“Hoje, 75% do povo brasileiro
só têm assistência pelo SUS
e ainda assim temos
dificuldade em mostrar as
ameaças à população.
Precisamos de mais recursos
e mostrar para o que
precisamos”, disse o
professor especializado em
saúde pública Gastão
Wagner (UNICAMP) em resposta às declarações
de Ricardo Barros, ministro da saúde, sobre os
supostos cortes na saúde. Diante das
perspectivas para os próximos anos, mais do
que nunca é preciso trazer a realidade para a
população e valorizar o profissional da saúde.
“Ainda que o governo defenda a mudança no
modelo institucional no sistema, permanece o
problema quanto ao atendimento humanitário e à
assistência integral. Não se trata somente de
uma atividade econômica, mas sim de um direito
social”, concluiu Wagner.
Números remetem ao diagnóstico da saúde pública
No segundo dia da Plenária,
os debates foram pontuados
pela Mesa, presidida por
Ronald Santos (CNS). O
presidente do Conselho
Nacional concluiu que, ao
fazer o recorte sobre a
saúde pública brasileira, é necessário enumerar
várias questões pendentes hoje, como a saúde
da mulher e os desastres ambientais - como o
caso de Mariana, o maior desastre ambiental da
história do país.
No Brasil, uma em cada quatro mulheres sofrem
violência obstétrica e ainda não há um debate
amplo; esta oportunidade pode ser a
Conferência das Mulheres, que será realizada
em agosto de 2017.
Segundo a ONG Brasil Mulheres, entre 2003 e
2013, o crime de feminicídio contra negras
aumentou em 54%. Além disso, foi discutido
também como estimular a criação de políticas
públicas para mulheres, como a licença
maternidade e a prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis.
Conselheiros paulistas também
denunciaram que leitos de
maternidade dos hospitais públicos
são fechados sem nenhum aviso
prévio. O consultor em Gestão
Pública do CNS, Francisco Funcia,
esclareceu como um sistema de
gestão eficiente no SUS viabilizaria seu bom
funcionamento. Para o gestor, nos próximos
anos, quem irá gastar mais com a saúde serão
os Estados e Municípios, uma vez que o ministro
da Saúde alegou que não vai liberar nenhum
centavo ao SUS devido ao fato deste não ser
eficiente. No mundo todo, 6% do Produto Interno
Bruto (PIB) é gasto em saúde, e isso não ocorre
no Brasil.
Funcia ainda apontou que, para os próximos
anos, a projeção da saúde será referente à de
2016, ou seja: 13,2 % da receita corrente líquida.
O consultor ainda ressaltou que a extensão
territorial do país também precisa ser
considerada para o atendimento de demandas.
Para ele, uma solução viável seria o aumento de
tributos para aqueles que estão no topo da
pirâmide social.
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Controle Social deve ser observado nas propostas das eleições municipais
Para o vice-presidente do CESMG, Ederson
Alves, é preciso visar o fortalecimento do
Controle Social, além de resgatar as
referências das regiões dentro do próprio
Estado.
Em ano de eleições municipais, é crucial que
os candidatos tenham compromisso com o
SUS e a seguridade social. Ederson ainda
defendeu a redação de moções de repúdio às
PEC’s que ameaçam o SUS, além da criação
do dia nacional de mobilização da saúde e
fortalecimento do controle social para o dia 19
de setembro, data da promulgação da lei
8.080. Nesse dia, cada capital do país faria um
ato de mobilização. Além disso, o Conselho
de Minas propôs uma carta-compromisso onde
cada deputado federal se comprometeria em
defender o SUS. O vice-presidente ainda se
posicionou, seguindo as diretrizes da Plenária
do CESMG, contra a terceirização dos
trabalhadores da saúde e a criação dos planos
populares. Para os conselheiros mineiros, é
necessário dialogar com a população sobre o
atual momento da saúde.
Durante os debates, vários conselheiros
enfatizaram que o fortalecimento do controle
social é crucial para que os brasileiros não
sejam penalizados com os retrocessos no
SUS.
“Ainda que não saibamos exatamente o que
está por vir, somente a pressão popular será
determinante para que o SUS não seja
desmanchado. Não aos retrocessos no SUS”,
concluiu o vice-presidente do CESMG,
Ederson Alves.
CESMG promove qualificação em Orçamento em Saúde
O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CESMG)
promoveu no dia 19 de agosto, qualificação em Orçamento
e Financiamento para conselheiros de saúde. O curso foi
ministrado pelo consultor técnico do Conselho Nacional de
Saúde (CNS), Francisco Funcia.
O evento teve a participação do Secretário de Saúde de
Minas Gerais, Luiz Sávio de Souza Cruz. “É fundamental
estar presente em acontecimentos como este, como demonstração de apreço e apoio ao Controle Social.
E acredito que esta iniciativa do Conselho vem em hora oportuna”.
Segundo o vice-presidente do CESMG, Ederson Alves, a ideia era oferecer conhecimento técnico aos
conselheiros, especialmente àqueles da Câmara Técnica de Orçamento e Financiamento, para que eles
se aprimorem. “O objetivo era, principalmente, qualificar os nossos conselheiros nesse momento em que
analisam documentos importantes, como o Plano Estadual de Saúde, Relatórios de Gestão, entre
outros”, explicou Ederson.
Funcia iniciou o curso contextualizando a situação atual do Sistema Único de Saúde (SUS) e apresentou
várias propostas de leis e de emendas constitucionais que o ameaçam seriamente. Entre elas, estão o
Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2017, a PEC 241/2016, a EC 86 e a PLP 257/2016.
“Se essas leis passarem será o colapso do SUS”, afirmou o consultor.
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Conselho adere às Frentes Mineiras em Defesa do SUS
Na reunião ordinária de agosto, no dia 8, o CESMG
aprovou sua adesão a dois movimentos: a Frente
Mineira em Defesa do SUS e da Democracia e a Frente
Mineira de Defesa da Saúde, ambos atuando em defesa
da saúde pública. A Frente Mineira em Defesa do SUS e
da Democracia reúne usuárias/os, trabalhadoras/es,
juventude, cultura, seguridade social, movimentos
sociais, populares e sindicais em defesa do Sistema
Único de Saúde e das políticas públicas e sociais. A
iniciativa surgiu em resistência ao momento de ameaça ao SUS, com medidas e projetos de lei que podem ter
consequências sérias com poder de comprometer o acesso da população à saúde pública.
A Frente Mineira de Defesa da Saúde tem como prioridade, neste momento, lutar contra os projetos de lei
350/2014 e 6.123/2013, do chamado novo “Ato Médico”, que dispõe sobre o exercício da Medicina. Isso porque as
redações destes PL’s reapresentam pontos vedados pela Presidência da República e mantidos pelo Congresso
Nacional em 2013. O “Ato Médico” viola os princípios da autonomia profissional das diferentes categorias e do acesso
democrático ao Sistema Único de Saúde (SUS). O vice-presidente do CESMG, Ederson Alves (CUT-MG),
parabenizou a iniciativa do Controle Social de se fazer atuante nestes movimentos populares, fortalecendo e
qualificando as discussões.
Plenária aprova Política Estadual de Saúde Mental
A pauta da reunião plenária do CES-MG foi a apresentação e apreciação da Política Estadual de
Saúde Mental. “É necessário trazer a política de saúde mental para os princípios do SUS e da reforma
psiquiátrica, priorizando investimentos”, defendeu Marta Elizabete de Souza, coordenadora da Saúde
Mental na SES/MG. Dentre outros critérios, foi apontada a importância da existência do cuidado e da
assistência em Saúde Mental em todo o Estado, fazendo com que a Rede de Atenção Psicossocial
avance e se torne cada vez mais robusta e resolutiva. A Política prevê ainda a realização, em parceria com a
Escola de Saúde Pública, de cursos de especialização em Álcool e Outras Drogas.
A Comissão Estadual de Reforma Psiquiátrica (CERP) detalhou as discussões sobre a política de
Saúde Mental e emitiu um parecer com sugestões que foram aprovadas em Plenária. A coordenadora da
CERP, Lourdes Machado (CRP-MG), leu o documento que inclui a manutenção do financiamento dos
serviços terceirizados existentes, sem possibilidade de renovação; o parecer ressalta que os serviços de
saúde mental do Estado de MG devem ser 100% públicos/estatais, de base territorial e abertos,
baseados na política de redução de danos, na reforma psiquiátrica antimanicomial e nos princípios do
Sistema Único de Saúde. “Precisamos investir na Rede de Atenção Psicossocial garantindo uma
assistência digna e não em supostos lugares de tratamento”, concluiu a coordenadora. O secretário geral
do CESMG, Jurandir Ferreira (CNBB), questionou que, mais uma vez, a política já havia sido deliberada
para pactuação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), antes de passar pelo Conselho Estadual de
Saúde. Com estas considerações e inclusões, a Política Estadual de Saúde Mental de Minas Gerais foi
aprovada pelo Plenário do CESMG.
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Conselho acompanha reunião da CIB O CESMG esteve presente na reunião mensal
da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), nesta
quarta-feira (17.08), representado pelo 3º secretário
José do Carmo Fonseca (SINDHOMG).
Durante as discussões, vários secretários
municipais de saúde se manifestaram, lembrando que
o governo estadual não cumpriu o que foi pactuado na
reunião da Câmara de Conciliação, com a presença do Ministério Público, Conselho de Secretários
Municipais de Saúde (COSEMS-MG), Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), Advocacia Geral do
Estado (AGE/MG), DenaSUS (Ministério da Saúde) e Tribunal de Contas do Estado (TCE/MG). Esse não
cumprimento dos valores pactuados, segundo o secretário de Estado de Saúde, Sávio Souza Cruz, se dá
porque a Secretaria de Estado da Fazenda está contingenciando os recursos da saúde, visto que é a
única Secretaria onde se pode fazer este contingenciamento; as demais Secretarias praticamente
possuem despesas de custeio com salários de servidores. Além disso, lembra o secretário, o orçamento
do Estado foi aprovado na Assembleia Legislativa com um déficit de R$ 10 bilhões este ano. Membros da
CIB indicaram que o TCE deve ser solicitado a se pronunciar sobre a orientação de fechamento de
contas, observando a lei de responsabilidade fiscal.
O CESMG esclarece que, desde 2013, nas análises do Relatório Anual de Gestão (RAG)
já havia sido percebida esta situação e foram feitas várias recomendações, segundo o secretário-geral
Jurandir Ferreira. Quanto ao RAG 2015, em análise, diante dos fatos, compreende-se que o quadro
agravou-se. O CESMG está tomando todas as providências cabíveis para que o gestor do SUS seja
efetivamente o secretário de Estado de Saúde, inclusive garantindo a governabilidade sobre o Fundo
Estadual de Saúde, conforme a legislação.
Manifestação pelo Risoleta Neves (18 de agosto) – Manifestantes se
mobilizaram no entorno do Hospital Risoleta Tolentino Neves, na região de
Venda Nova, em Belo Horizonte, para reivindicar a reabertura da Pediatria na
unidade e a abertura de mais 19 leitos adultos e um de Centro de Tratamento
Intensivo (CTI). A conselheira estadual Gislene Gonçalves dos Reis representou
o CESMG.
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Ato pelo Hospital do Barreiro (20 de agosto) - O vice-presidente do
CESMG, Ederson Alves (CUT-MG), e a conselheira Gislene Gonçalves
dos Reis (Central de Movimentos Populares de MG) representaram o
Controle Social na manifestação que cobrava o funcionamento integral
do Hospital do Barreiro e que terminou em frente à unidade de saúde.
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Concurso da SES/MG será prorrogado
Em reunião promovida pelo
Conselho Estadual de Saúde
de Minas Gerais (CESMG) na
tarde desta segunda-feira
(22/08), a Comissão de
Aprovados esteve com
representantes da Secretaria
de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG) e
da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), que
firmaram o compromisso de que o concurso
público do edital 02/2014 da SES/MG será
prorrogado por mais dois anos, a fim de preservar
as nomeações ainda pendentes.
Ao todo, são 1.292 candidatos aprovados no
concurso em aberto, sendo que foram feitas 361
nomeações para cargos de nível superior
(Especialista em Políticas Públicas – EPS), sendo
ainda extintas as contratações na SES/MG. O
argumento dos gestores é de que a partir de
setembro do ano passado, o Governo Estadual
atingiu o limite prudencial da Lei de Responsabili-
dade Fiscal, o que impede nomeações, aumentos
de salários ou qualquer outra ação que onere o
orçamento.
O vice-presidente do CESMG, Ederson Alves
(CUT-MG) lembrou que o Conselho cobra que os
profissionais da saúde sejam efetivos. “É preciso
encontrar um caminho para viabilizar as nomea-
ções. Além do direito dos concursados, os
trabalhadores da saúde estão sobrecarregados por
causa da não nomeação dos novos servidores”,
cobrou o vice-presidente.
A Comissão de Aprovados foi representada por
Marina Morgado (farmacêutica), Ana Lúcia Ferreira
(engenheira), Raquel Caldas (nível médio),
Francine Eusébio (enfermeira) e Juliana Oliveira
(dentista). A farmacêutica Marina resgatou todas
as reuniões realizadas e solicitou esclarecimentos
sobre a possibilidade de substituir os profissionais
da MGS Minas Gerais Administração e Serviços
S/A. E lembrou que outras secretarias estaduais
estão efetivando nomeações de seus
concursos normalmente.
A subsecretária de Inovação e Logística
em Saúde (SES/MG), Adriana Araújo
Ramos, explicou que as despesas da
MGS não entram na folha de
pagamento, mas são lançadas como
prestação de serviços - não compromete a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Na atual conjuntura, somente podem ser
analisadas as nomeações de cargos em vacância,
como por exemplo, no caso de aposentadoria do
servidor. Mas mesmo assim, segundo a sub-
secretária de Gestão de Pessoas da SEPLAG,
Warlene Salum Drumond Rezende, há vários
critérios a serem observados nestes casos. A
nomeação tem que ser compatível com o cargo
vago, o que dificulta uma nomeação coletiva.
Warlene reiterou que não há obrigatoriedade do
Estado nomear no prazo desejado. E afirmou que,
diante do cenário orçamentário, haverá prorro-
gação do concurso 002/2014 da SES/MG.
Mesmo com a confirmação da prorrogação, os
presentes propuseram a criação de uma Mesa
Permanente entre os atores envolvidos, para que
haja o devido acompanhamento das substituições
– ou nomeações.
A diretora de Comunicação do CESMG, Lourdes
Machado (CRP-MG), representante do segmento
de trabalhadoras/es, lembrou que as nomeações
devem estar previstas no orçamento anual de 2017,
para que tenham a possibilidade de serem efetivadas.
Também estavam nesta reunião o 2º secretário do
CESMG, Renato Barros (SindSaúde-MG), a
superintendente de Gestão de Pessoas, Alice
Guelber Melo Lopes (SES/MG), a diretora de
Inovação e Pesquisa em Gestão de Pessoas,
Patrícia Resende (SES/MG) e o assessor chefe de
Relações Sindicais, Carlos Calazans, da SEPLAG-
MG.
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CESMG discute com CMS de BH e SRS–BH como aliviar a superlotação dos hospitais da capital
Na última terça-feira (9/08), a Mesa Diretora do
CESMG se reuniu com membros do Conselho
Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMSBH) e
de representantes da Superintendência Regional de
Saúde de Belo Horizonte (SRS-BH) e da Secretaria
Estadual de Saúde (SES/MG). A pauta teve como
tema a atual situação do atendimento hospitalar na
Região Metropolitana de Belo Horizonte, que
demanda os casos para serem atendidos em Belo
Horizonte.
Atualmente, mesmo municípios maiores, como Contagem e Ribeirão das Neves, utilizam o atendimento
em hospitais de Belo Horizonte em até mesmos casos de menor gravidade. Não existe um critério de
transferência, pois na maioria dos municípios metropolitanos faltam recursos. Em Santa Luzia, terceira
cidade que mais encaminha pacientes, o novo Hospital Municipal ainda não realiza os atendimentos
necessários. Já em Betim, município com quase 500 mil habitantes e referência para outros municípios
da RMBH, como Mateus Leme e Juatuba, teve a sua unidade fechada.
Uma vez que a falta de recursos prejudica os municípios, quem é a maior penalizada é a população. “É
necessário sair desse jogo de empurra e traçar um foco para a resolução desse problema”, pontuou o
conselheiro municipal Érico Colen. Devido à precariedade dos hospitais, os pacientes procuram pela
“resolução” na capital. Em muitos casos, o paciente passa o endereço como Belo Horizonte (parentes ou
familiares) para conseguir o atendimento.
Fatores logísticos e possíveis alternativas
Para Débora Marques, especialista política de Gestão de Saúde da Superintendência Regional de Saúde
(SRS), Belo Horizonte está sobrecarregada e os cidadãos acabam desamparados. “É uma questão
paradoxal. Existem leitos resolutivos e não resolutivos nos hospitais municipais. É uma equação que não
fecha. É uma questão aguda. Por isso, cabe ao controle social acompanhar e ao gestor executar”, diz. A
especialista ainda afirma que o ideal seria organizar uma demanda para viabilizar o que seria um direito
amplo, que é a saúde.
Considerando também que Belo Horizonte é a principal referência da Região Centro e ainda recebe
encaminhamentos diretos de cidades de diferentes regiões de Minas Gerais, a organização e priorização
desses atendimentos possibilitaria também uma quantidade maior e melhor de tratamentos para quem
chega do interior. Por se tratar de uma discussão ampla, foi decidido então pelo agendamento de uma
nova reunião para traçar metas além da possível criação de uma comissão.
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CIST debate Enfermagem e elaboração de cartilha informativa
Nesta quinta-feira, 18 de agosto,
aconteceu no Conselho Estadual de
Saúde de Minas Gerais (CESMG) a
reunião da Comissão Intersetorial de
Saúde do Trabalhador (CIST), para
falar sobre o material informativo e
instrutivo a respeito dela que está em
processo de elaboração. Além disso,
esteve em pauta também o panorama
atual da Enfermagem.
A representante do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (COREN/MG), Márcia Caúla,
iniciou a reunião apresentando uma pesquisa realizada que delineava o perfil dos profissionais de
Enfermagem, destacando pontos como salário e jornada de trabalho. Sobre isso, ela alertou para a
necessidade de redução da carga horária dos funcionários, pois eles têm ficado sobrecarregados. Alguns
membros da CIST, no entanto, realizaram ponderações quanto à apresentação, apontando para um
quadro mais complexo. Rômulo Freitas (Fetaemg), por exemplo, afirmou que era preciso aproximar mais
o estudo apresentado de pontos fundamentais para a CIST, como a segurança e a saúde do trabalhador
nos seus locais de trabalho. Maria Aparecida Nogueira, do COSEMS, avaliou que a redução da jornada
de trabalho, um dos pontos centrais da apresentação de Caúla, acarretaria na redução de recursos
federais para o setor, pois são aspectos que estão atrelados.
Encerrado esse momento, o coordenador da comissão, Antônio de Pádua (CUT-MG), deu sequência à
reunião falando sobre o grupo de trabalho instalado no mês anterior, encarregado da cartilha informativa.
Danielle Costa Capistrano Chaves, uma das técnicas da Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES/MG)
que é membro do grupo, mostrou aos presentes um esboço do material e se disse aberta a sugestões. O
grupo de trabalho ressaltou que a cartilha é destinada ao público geral e que, portanto, deve ser feita de
forma didática e utilizando linguagem simples.
Pádua lembrou que a proposta da cartilha surgiu pela percepção de que falta às pessoas melhor
entendimento sobre a CIST. “Na 4ª Conferência Estadual da Saúde do Trabalhador, percebemos que as
pessoas não compreendem o papel e a abrangência da CIST. Todos os trabalhadores, não só os da
saúde, são atendidos por ela, inclusive os autônomos, informais e do setor privado. A iniciativa da cartilha
visa pacificar esse entendimento”. Ele lembrou, ainda, a importância da instalação da CIST nos
Conselhos Municipais de Saúde. “É preciso que os Conselhos se esforcem para instalar a comissão, que
funciona como uma espécie de assessoria, responsável por observar as especificidades dos
trabalhadores de cada lugar, considerando a extensão e diversidade de Minas Gerais”.
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Reunião da CERP (2 de agosto) - A Comissão Estadual de Reforma
Psiquiátrica (CERP) do CES-MG, em sua reunião mensal, discutiu o uso e
abuso de medicamentos por adolescentes cumprindo medidas
socioeducativas. A Coordenadora Estadual de Saúde da Pessoa Privada de
Liberdade em Minas Gerais, Reila Rezende, apresentou à Comissão as
estratégias de cuidado à saúde mental ofertadas pelo Sistema Único de Saúde
(SUS).
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Seminário do CREA (2 de agosto) – "Vigilância Sanitária e sua relação com a
sociedade" foi o tema do seminário promovido pela SES/MG, no auditório do CREA-
MG, em Belo Horizonte. O vice-presidente do CESMG, Ederson Alves, representou o
Controle Social na mesa de abertura do evento.
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Aniversário da FUNED (3 de agosto) – Instituição de relevância para o sistema
público de saúde, a Funed é uma Fundação centenária que vive de olho no futuro e
que completou 109 anos. O CESMG esteve representado pelo vice-presidente
Ederson Alves (CUT-MG) e pelo 2º secretário Renato Barros (SindSaúde-MG). Na
solenidade, houve inauguração da Galeria de Fotos de presidentes e uma
apresentação musical.
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CESMG e SES realizam reunião sobre capacitação de conselheiros (4 de agosto)
– Representantes da Mesa Diretora do CESMG se reuniram com técnicos da Escola
de Saúde Pública (ESP-MG) e da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) para
discutir processos de capacitação de conselheiros de saúde.
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Reunião da frente mineira em Defesa da Saúde (8 de agosto) – Foi realizada, na sede do COREN-MG, reunião
pelas entidades integrantes da Frente Mineira em Defesa da Saúde para articulação de estratégias de
enfrentamento das ameaças ao SUS.
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Elaboração da cartilha da CIST (9 de agosto) - O Conselho Estadual de Minas
Gerais (CESMG), através do grupo de trabalho da Comissão Intersetorial de Saúde
do Trabalhador (CIST), está desenvolvendo uma cartilha informativa para os
Conselhos Municipais de Saúde (CMS) e para a população sobre a CIST. O objetivo
é desmistificar a Comissão, abordando questões como o que é a CIST, como criar
uma, seu funcionamento e como participar.
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Reunião do Colegiado Regional de Saúde Mental de
Sete Lagoas (17 de agosto) - A 1ª Diretora de
Comunicação do CESMG e coordenadora da Comissão
Estadual de Reforma Psiquiátrica, Lourdes Machado (CRP-
MG), esteve na 2ª Reunião do Colegiado Regional de
Saúde Mental de Sete Lagoas e falou sobre as possibilidades do controle social no âmbito da saúde mental e a
importância das comissões locais de reforma psiquiátrica.
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Aula magna sobre Controle Social em Contagem (18 de agosto) - O Conselho Municipal
de Saúde de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, realizou uma Aula Magna
sobre “Controle Social no SUS: Capacitação para conselheiros e outros atores sociais”. O
vice-presidente, Ederson Alves (CUT-MG), representou o CESMG no evento.
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Reunião da CIST (18 de agosto) - A Comissão Intersetorial de Saúde do
Trabalhador (CIST) realizou reunião para falar sobre a elaboração da cartilha
informativa e também sobre o panorama atual da Enfermagem.
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Informações de Minas estão no SARGSUS (18 de agosto) - O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais
(CESMG), após homologação da Resolução 006/ 2016 pelo Secretário de Estado de Saúde, disponibilizou as
informações (a partir de 2011) no site do SargSUS para consulta pública.
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III Encontro do Controle Social em Sete Lagoas (22 de agosto) - O CESMG esteve
presente no III Encontro do Controle Social da Região de Saúde de Sete Lagoas, onde
o Secretário-Geral, Jurandir Ferreira (CNBB), ministrou palestra sobre controle das
ações e movimento financeiro no SUS. Também esteve presente o conselheiro
Rubens Silvério, 2º Diretor de Comunicação do CESMG.
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Análise da PAS (23 de agosto) – Foi criado um grupo de trabalho e o mesmo está
elaborando um relatório sobre a Programação Anual de Saúde (PAS) de 2016 para
pautá-la na próxima reunião ordinária do CESMG.
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Seminário de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador (23 de agosto) - O vice-
presidente do CESMG, Ederson Alves (CUT-MG), participou da abertura do
Seminário de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador, no auditório do Ministério da
Fazenda, promovido pela Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CIST) do
Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte.
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Reunião da Mesa Diretora no Ministério Público (24 de agosto) - A Mesa
Diretora do CESMG esteve em reunião com a Promotora de Justiça Josely Ramos
Pontes e levou ao conhecimento dela algumas situações que pedem atenção, entre
elas a realocação dos recursos da saúde no Fundo Estadual de Saúde, conforme
determina a legislação vigente.
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Plano Estadual de Saúde (29 de agosto) - A Câmara Técnica de Orçamento e
Financiamento se encontrou para fechar a análise das respostas da SES/MG sobre o
Plano Estadual de Saúde (PES) 2016-2019 e, posteriormente, concluir seu parecer
final.
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Capacitação de conselheiros municipais de saúde em Sabará (30 de
agosto) - O vice-presidente do CESMG, Ederson Alves (CUT-MG), participou
no dia 30 de agosto, à noite, da abertura da capacitação dos conselheiros
municipais de saúde de Sabará.
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Reunião da CIST (31 de agosto) - A Comissão Interinstitucional de Saúde do
Trabalhador (CIST) se reuniu para continuar os trabalhos da elaboração da cartilha.
Participaram o coordenador Antônio de Pádua Aguiar (CUT-MG), o vice-presidente
do CES, Ederson Alves (CUT-MG), a representante do COSEMS, Ethiara Macedo, e
as técnicas da SES/MG, Ana Carolina Santa de Souza e Danielle Capistrano.
Sistema Estadual de Ouvidoria do SUS/MG
A Ouvidoria de Saúde/OGE é um mecanismo de
participação social e instrumento de gestão, que
funciona como canal de interlocução entre a sociedade
e o Governo e auxilia na fiscalização e no aperfeiçoa-
mento dos serviços públicos de saúde para as cidadãs
e os cidadãos de Minas Gerais.
Para que as Ouvidorias do SUS tenham uma relação
mais sistêmica em todo o Estado e atendam com
rapidez e mais qualidade às demandas, verificou-se a necessidade de se criar um Sistema Estadual de
Ouvidoria do SUS/MG. Com este objetivo, a Ouvidoria de Saúde/OGE tem realizado, desde fevereiro de
2016, reuniões com participantes do Sistema Estadual de Ouvidorias. Após a etapa inicial, com reuniões
individuais, a Ouvidoria de Saúde realizou, no dia 20/07/16, Oficina com Dirigentes de órgãos e entidades
ligadas à saúde, para definir as diretrizes do Sistema Estadual da Ouvidoria do SUS de Minas Gerais.
Dando continuidade a este processo, as pactuações da Oficina foram apresentadas à Fundação
Hospitalar do Estado de Minas Gerais – Fhemig (05/08) e aos dirigentes das Unidades Regionais de
Saúde do Estado URS/MG, dia 18/08, com posterior videoconferência para maiores esclarecimentos.
Estão previstas, ainda, ações para os meses de setembro e outubro/2016: a discussão sobre as diretrizes
para a reestruturação da Ouvidoria do Estado com o Conselho Estadual de Saúde (CES/MG), com o
Departamento Nacional de Ouvidoria do SUS/MS e com a Comissão Intergestores Bipartite (CIB/MG).
Além disso, serão realizadas oficinas de planejamento do Sistema Estadual de Ouvidoria do SUS/MG. A
expectativa é que, no primeiro semestre de 2017, a rede esteja funcionando de forma integrada.
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O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais tem um novo site institucional, onde podem ser acessadas informações relevantes sobre o Controle Social mineiro. Confira:
https://ces.saude.mg.gov.br
Acompanhe o CESMG no Facebook, mais fotos e informações atualizadas:
https://www.facebook.com/Conselho-Estadual-de-Saúde-de-Minas-Gerais-Cesmg
Expediente:
O INFORME CES-MG é uma publicação do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais, editado por sua Assessoria de Comunicação. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. O artigo assinado é de responsabilidade do autor e não expressa, necessariamente, a opinião da instituição. Esta publicação pertence ao Controle Social do Estado de Minas Gerais. Por isso, aceita contribuições que acrescentem informações relevantes ao exercício de nossas
atividades – qualificando, cada vez mais, nosso trabalho e, consequentemente, a saúde pública mineira. Artigos, notícias e demais colaborações podem ser encaminhadas nos contatos citados neste expediente.
Mesa Diretora CES-MG: Assessoria de Comunicação
Presidente: Sávio Souza Cruz (SES/MG) Jornalista responsável:
Vice-presidente: Ederson Alves da Silva (CUT-MG) Michèlle de Toledo Guirlanda – Mtb 5045
Secretário-geral: Jurandir Ferreira (CNBB) Estagiários: Camila Marques e Gabriel Moraes
1º Secretário: Júlio Cézar Pereira de Souza (FAMEMG)
2º Secretário: Renato de Almeida Barros (SINDSAÚDE-MG) Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais
3º Secretário: José do Carmo Fonseca (SINDHOMG) Rua Rio de Janeiro, 471 – 10º andar - Centro
1ª Diretora de Comunicação e Informação do SUS: Belo Horizonte/ MG – CEP 30.160-040
Lourdes Aparecida Machado (CRP-MG) Telefones: (31) 3215-7209/ 7210/ 7208 Fax: (31) 3215-7468
2º Diretor de Comunicação e Informação do SUS: https://ces.saude.mg.gov.br
Rubens Silvério da Silva (FAMEMG) e-mail: [email protected]
Secretaria Executiva: Eleciania Tavares Facebook:/ https://goo.gl/U1X7Pj