“Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se pensa em que se cria, em que
se fala, em que se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim a vida”. Paulo Freire
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................. 5
2. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................................................... 6
3. COMPROMISSO DA ESCOLA .................................................................................................................................6
4. DESAFIO ...................................................................................................................................................................... 6
5. ENSINO FUNDAMENTAL - UMA PRIORIDADE ............. .................................................................................... 7
6. OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL.......................................................................................................... 8
7. OBJETIVO GERAL DA ESCOLA ............................................................................................................................ 9
7.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................................................................... 9
8. METAS........................................................................................................................................................................ 10
9. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................................................. 10
10. CONCEPÇÕES......................................................................................................................................................... 13
10.1. DE HOMEM .......................................................................................................................................................... 13 10.2. DE SOCIEDADE..................................................................................................................................................... 14 10.3. DE EDUCAÇÃO..................................................................................................................................................... 14
11. PARCERIA ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE - O MELHOR C AMINHO!!!............................................ 15
12. PAPEL DA ESCOLA ............................................................................................................................................... 16
12.1. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA ............................................................................................................................... 16 12.2. O CURRÍCULO...................................................................................................................................................... 18
13. NOVAS FUNÇÕES QUE A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO EXIGE DA ESCOLA ............................ 19
14. ACOLHIMENTO E SOCIALIZAÇÃO DOS ALUNOS.......... ............................................................................. 21
15. INTERAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE.......................................................................................................... 22
15.1. CULTURAS LOCAIS E PATRIMÔNIO UNIVERSAL ................................................................................................... 22 15.2. RELAÇÃO ENTRE APRENDIZAGEM ESCOLAR E TRABALHO .................................................................................. 23
16. ABORDAGEM DE QUESTÕES SOCIAIS URGENTES: OS TEMAS TRANSVERSAIS .............................. 24
16.1. ÉTICA ................................................................................................................................................................... 25 16.2. SAÚDE.................................................................................................................................................................. 26 16.3. ORIENTAÇÃO SEXUAL .......................................................................................................................................... 27 16.4. MEIO AMBIENTE .................................................................................................................................................. 27 16.5. TRABALHO E CONSUMO....................................................................................................................................... 27 16.6. PLURALIDADE CULTURAL .................................................................................................................................... 28
17. GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS....................................................................................................... 29
18. UM POUCO DE HISTÓRIA DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA.. ....................................................................... 31
18.1. ASPECTOS HISTÓRICOS........................................................................................................................................ 31 18.2. ASPECTOS GEOGRÁFICOS..................................................................................................................................... 33 18.3. ASPECTOS POPULACIONAIS.................................................................................................................................. 34 18.4. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS............................................................................................................................ 34 18.5. ASPECTOS EDUCACIONAIS................................................................................................................................... 35 18.6. ASPECTOS CULTURAIS ......................................................................................................................................... 40 18.7. ASPECTOS DESPORTIVOS..................................................................................................................................... 41
19. QUADRO DE PESSOAL DA ESCOLA................................................................................................................. 41
19.1. CARGO EFETIVO .................................................................................................................................................. 42 19.2. CARGO EM COMISSÃO OU COMISSIONADO........................................................................................................... 43
20. ASPECTOS FÍSICOS DA ESCOLA ...................................................................................................................... 43
20.1. CONDIÇÕES FÍSICAS E AMBIENTAIS DA ESCOLA.................................................................................................. 43
20.1.1. O PRÉDIO ESCOLAR.......................................................................................................................................... 44 20.1.2. OS MÓVEIS ....................................................................................................................................................... 45 20.1.3. A COZINHA ....................................................................................................................................................... 45 20.1.4. MATERIAL ELETRÔNICO................................................................................................................................... 45 20.1.5. ÁGUA................................................................................................................................................................ 45 20.1.6. ENERGIA ELÉTRICA........................................................................................................................................... 46 20.1.7. ORNAMENTAÇÃO E JARDINAGEM...................................................................................................................... 46 20.1.8. MATERIAL DIDÁTICO ........................................................................................................................................ 46 20.1.9. DESTINO DO LIXO ............................................................................................................................................. 46 20.1.10. ALIMENTAÇÃO ESCOLAR................................................................................................................................ 47 20.1.11. TRANSPORTE ESCOLAR................................................................................................................................... 47 20.1.12. MÚSICA........................................................................................................................................................... 48 20.1.13. MATERIAL ESPORTIVO.................................................................................................................................... 48 20.1.14. BIBLIOTECA .................................................................................................................................................... 48 20.1.15. SALAS DE AULA .............................................................................................................................................. 48 20.1.16. SALA DOS PROFESSORES................................................................................................................................. 49 20.1.17. SALA DE INFORMÁTICA................................................................................................................................... 49 20.1.18. SEGURANÇA.................................................................................................................................................... 49 20.1.19. PÁTIO COBERTO.............................................................................................................................................. 49 20.1.20. ESCOVAÇÃO.................................................................................................................................................... 50 20.1.21. PRIMEIROS SOCORROS.................................................................................................................................... 50 20.1.22. VIDEOTECA..................................................................................................................................................... 50 20.1.23. MATERIAL DE REPARO.................................................................................................................................... 50
21. INCLUSÃO DE ALUNOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS ...................................................................... 51
22. PROJETOS E AÇÕES DESENVOLVIDAS NA ESCOLA.................................................................................. 52
23. SISTEMA DE FUNCIONAMENTO ...................................................................................................................... 53
24. ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO ESCOLAR.................................................................................................. 55
24.1. CALENDÁRIO ESCOLAR........................................................................................................................................ 55 24.2. ORGANIZAÇÃO DO ENSINO .................................................................................................................................. 55 24.3. NORMAS DE ORGANIZAÇÃO E CONVIVÊNCIA DA COMUNIDADE ESCOLAR .......................................................... 56
25. CONCEITOS ESSENCIAIS DAS DISCIPLINAS CURRICULAR ES ............................................................... 58
25.1. LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................................................................. 58 25.2. MATEMÁTICA.................................................................................................................................................. 63 25.3. HISTÓRIA E GEOGRAFIA ............................................................................................................................... 65 25.4. CIÊNCIAS NATURAIS ..................................................................................................................................... 66 25.5. ENSINO RELIGIOSO ........................................................................................................................................ 68 25.6. EDUCAÇÃO FÍSICA ......................................................................................................................................... 71 25.7. LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS................................................................................................................ 73 25.8. ARTES................................................................................................................................................................ 75
26. AVALIAÇÂO............................................................................................................................................................ 88
26.1. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL................................................................................................................................ 88 26.2. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL ................................................................................................................................. 89
27. REGIMENTO ESCOLAR....................................................................................................................................... 90
28. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................................121
29. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................................... 122
30. ANEXOS.................................................................................................................................................................. 123
5
1. INTRODUÇÃO
Nossa experiência no dia a dia tem mostrado como é importante todos os segmentos
da escola (gestores, professores, alunos, funcionários, pais...) caminharem juntos, procurando
resolver os problemas que aparecem e criando novas alternativas para a melhoria da educação
oferecida à comunidade.
Trabalhar coletivamente, apesar de ser muito mais vantajoso para a escola como um
todo, não é uma tarefa sempre fácil. Mas, é pela ação coletiva que a escola se fortalece,
revelando sua capacidade de se organizar e produzir um trabalho pedagógico condizente às
demandas da sociedade.
Este trabalho pedagógico pautado no comprometimento da realização de ações
educacionais voltadas para o pleno desenvolvimento do ser humano, dá-nos condições para
compreender o que realmente uma escola de qualidade necessita para atender as suas
finalidades.
Nesse contexto, a escola precisa preocupar-se em atender às necessidades específicas
do meio no qual está inserida, planejando seu trabalho a médio e a longo prazo, com a
finalidade de construir sua “identidade própria”. – Essa identidade tem um nome: Projeto
Político Pedagógico que ora se apresenta.
Este documento é o resultado de um esforço conjunto dos profissionais da educação
desta unidade escolar com o objetivo de respaldar as ações administrativas e pedagógicas no
âmbito desta escola.
Há a consciência, por parte dos que o produziram, de que representa apenas um
germe de projeto político pedagógico e se encontra aberto a todo e qualquer tipo de sugestão e
encaminhamentos. Sabemos que nenhum projeto político pedagógico pode ser dado como
pronto e acabado sob pena de se cristalizar e deixar de acompanhar os movimentos da
história.
Portanto, nossa reflexão continua baseada principalmente na prática pedagógica
cotidiana e na discussão dos referenciais teóricos que nos encaminhem para uma “práxis”
responsável e compromissada com uma escola pública de qualidade.
6
2. JUSTIFICATIVA
O Projeto Político Pedagógico torna-se fundamental para a escola por ser o elemento
norteador da organização de suas ações, visando ao sucesso na aprendizagem dos alunos –
finalidade maior da escola como instituição social.
Nessas perspectivas, é importante considerar o Projeto Político Pedagógico como um
instrumento valioso para assegurar não só o sucesso da aprendizagem dos alunos, mas
também, como as suas presenças e participações numa escola prazerosa e de qualidade.
É importante ter em mente também, que o Projeto Político pedagógico não é apenas
uma obrigação legal que a escola deve atender, mas, uma conquista que revela o seu poder de
organização, procurando cada vez mais ter autonomia em suas decisões.
Nesse sentido, o nosso Projeto Político pedagógico orientará o trabalho pedagógico e
as ações da escola por meio de diversas formas de planejamentos, todas integradas no diálogo
e na busca de soluções dos problemas, com base na ação coletiva.
3. COMPROMISSO DA ESCOLA
Nossa escola tem por missão assegurar um ensino de qualidade, garantindo o acesso,
o sucesso e a permanência dos alunos, formando cidadãos críticos e participantes, capazes de
agir na transformação de uma sociedade mais justa e igualitária.
4. DESAFIO
Art. 6º da L.D.B. do Ensino Fundamental tem por objetivo geral proporcionar ao
educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento
de autorrealização, qualificação para o trabalho e preparo para o exercício consciente de
cidadania.
Diante disso nosso maior desafio é criar estratégias para a construção de uma
sociedade mais justa, tendo como eixos norteadores de nosso trabalho, a integração entre
educação e cultura, escola e comunidade (educação multicultural e comunitária), a
democratização das relações de poder dentro da escola, o enfrentamento da questão da
repetência e da avaliação, a visão interdisciplinar e transdisciplinar e a formação permanente
dos educadores.
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5. ENSINO FUNDAMENTAL - UMA PRIORIDADE
O Ensino Fundamental compõe, juntamente com a Educação Infantil e o Ensino
Médio, o que a Lei Federal nº. 9.394, de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional - nomeia como educação básica e que tem por finalidade: “Desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios
para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
De acordo com a LDB, o ensino fundamental no Brasil tem por objetivo a formação
básica do cidadão mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimentos e habilidade e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Pela Lei de Diretrizes e Bases, os estados e municípios incumbem-se de definir
formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, o que pode trazer grandes benefícios,
pois ações conjuntas bem planejadas, renovadas em seu espírito e reforçadas em seus meios,
podem permitir uma recuperação do nosso sistema educativo.
A Lei destaca o papel importante que a escola desempenha no processo educacional
e lhe confere uma grande autonomia de organização. Também incentiva os sistemas de ensino
a desenvolverem projetos que possibilitem a aceleração de estudos para alunos com atraso
escolar.
Assim, a escola pode se organizar em séries anuais, períodos semestrais, ciclos,
alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados com base na idade,
competência e em outros critérios, sempre que for interesse do processo de aprendizagem.
Esta mesma lei 9.394/1996 já sinalizava para um ensino obrigatório de nove anos de
duração, a iniciar-se aos seis anos de idade, o que, por sua vez, tornou-se meta nacional pela
lei nº. 10.172/2001, que aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE). Em 6 de fevereiro de
2006, a Lei nº. 11.274, instituiu o ensino fundamental de nove anos de duração com a
inclusão das crianças de seis anos de idade.
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6. OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
• Compreender, construir e vivenciar nas relações escolares a cidadania como participação
social e políticas, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais,
adotando, no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças,
respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
• Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações
sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões
coletivas;
• Conhecer características fundamentais da comunidade familiar, escolar e do Brasil nas
dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a
noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país;
• Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural da comunidade familiar e
escolar, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se
contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de
crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
• Perceber-se integrante dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus
elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio
ambiente;
• Garantir o desenvolvimento do conhecimento de si mesmo e o sentimento de confiança
em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de
inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da
cidadania;
• Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como
um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação a
sua saúde e à saúde coletiva;
• Utilizar as diferentes linguagens - verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal
como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir as
produções culturais, em contextos públicos e privados atendendo diferentes intenções e
situações de comunicação;
• Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e
construir conhecimentos;
• Questionar a realidade formulando-se problemas e resolvê-los, utilizando para isso o
9
pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando
procedimentos e verificando sua adequação.
7. OBJETIVO GERAL DA ESCOLA
Garantir ao educando situações de construção do conhecimento promovendo o seu
crescimento pessoal, social de forma consciente, solidária, responsável, participativa e crítica,
visando a sua integração e atuação no meio sociocultural.
7.1. Objetivos Específicos
• Formar cidadãos participativos, responsáveis, compromissados, críticos e criativos;
• Propiciar a vivência democrática para a participação de todos os membros da comunidade
e o exercício da cidadania;
• Instaurar formas de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando
eliminar as relações competitivas mais justas;
• Fortalecer a escola como espaço público, lugar de debates, do diálogo fundado na reflexão
coletiva, buscando a cooperação da APP e líderes comunitários no trabalho educativo,
bem como dos pais na escola.
• Estimular inovações e coordenar as ações pedagógicas planejadas e organizadas pela
própria escola;
• Propiciar aos professores situações que lhes permitam a prática pedagógica coerente entre
o pensar e o fazer;
• Evitar todas as maneiras possíveis à repetência e a evasão escolar, garantindo um
desempenho satisfatório;
• Investir na melhoria da qualidade do ensino;
• Oferecer ao educando, oportunidades de desenvolvimento em todos os aspectos;
• Incentivar a qualificação de professores e demais funcionários;
• Ampliar e renovar os materiais e equipamentos didáticos;
• Desenvolver a avaliação institucional na escola;
• Criar e implementar um sistema contínuo de acompanhamento de avaliação dos alunos
com dificuldades de aprendizagem;
• Criar alternativas de estudo de reforço aos alunos com baixo rendimento escolar;
10
8. METAS
• Proporcionar ao educando a iniciativa de hábitos de leitura e escrita;
• Promover a conscientização dos valores morais, físicos e sociais na relação dos
educandos;
• Valorizar e respeitar o ambiente escolar e todos os membros inseridos nele.
• Aquisição de materiais didáticos, pedagógicos, eletrônicos de acordo com as
necessidades apresentadas;
• Criar alternativas para participação assídua dos pais, no cotidiano escolar;
• Despertar o interesse na preservação e interação do meio em que vive;
• Adequar os ambientes à faixa etária dos alunos;
• Em parceria com as diversas secretarias municipais e a comunidade rural, enriquecer o
currículo escolar com técnicas agropecuárias, hortifrutigranjeiras e ecológicas;
• Construção e ampliação do acervo da biblioteca da unidade escolar;
• Construção de um ginásio de esporte;
• Propor iniciativas culturais;
9. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O papel do educador é colocar-se junto ao aluno, problematizando-o no mundo real e
imaginário, contribuindo para que ele possa compreendê-lo e reinventá-lo, crescendo e
aprendendo junto com o aluno, tentando vivenciar, juntamente com ele seus conflitos,
invenções, curiosidades e desejos, respeitando-o como um ser que pensa diferente respeitando
a sua individualidade.
Permitir que o aluno se reconheça como sujeito histórico, com clareza de que é um
elemento de um todo maior, posicionando-se de uma maneira crítica, responsável e
construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar
conflitos e de tomar decisões coletivas.
Utilizar de meios que propiciam a ele continuidade de seu saber cotidiano,
relacionando o senso comum com conhecimentos científicos, ou seja, uso de código
alfabético e construção social, permitindo sempre a leitura de códigos individuais ligados à
leitura global, e assim, ler o mundo e trazer o individual.
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O professor, como mediador desempenha papel fundamental nesse processo, pela
significação que sua figura tem para os alunos, principalmente nas séries iniciais, isso poderá
contribuir de maneira decisiva para que construa positivamente seu autoconceito. No entanto,
para que isso seja possível é desejável que o professor compreenda seus próprios valores, e
avalie até que ponto sua figura também influencia no comportamento dos alunos.
Sabendo que nossas escolas muitas vezes são enfadonhas aos alunos, mas
necessárias, como educadores, precisamos assumir uma prática pedagógica voltada à
realidade, onde escola e comunidade andam juntas, resgatando a necessidade de conhecer o
aluno – suas angústias e questões, de acordo com o momento vivido por ele.
O sucesso de uma escola depende da forma como ela se relaciona com o aluno. O
bom relacionamento humano é a solução para tornar a escola um pouco mais atrativa, é a
ponte para realizar insatisfação em prazer.
Relacionar-se bem interfere positivamente no dia a dia de professor e aluno, onde um
se interessa pelo outro, e ambos se interessem pelo currículo com um raciocínio lógico que
seja buscar o diálogo como solução para os problemas encontrados, assim floresce a
educação, uma educação que prepara o aluno para a vida.
Como diz Beatriz Scoz:
“Motivar os alunos a aprender é fundamental ainda que o professor tenha
competência para conhecer suas necessidades, propondo desafios adequados, levando a
construir conhecimentos, a experimentar o sucesso e adquirir uma auto imagem positiva, a
fim de que o prazer venha da própria aprendizagem, do sentimento de aptidão e da segurança
para resolver problemas” (Psicopedagogia e a Realidade Escolar, SCOZ, Beatriz Pág.72).
Fazendo assim da escola, um ambiente onde aconteça a socialização do
conhecimento de forma intensiva e extensiva, desenvolvendo assim, intenso
comprometimento ético com a pluralidade, individualidade e potencialidade humana e
competência científico reflexiva, comprometida com a mudança pessoal, institucional e
coletiva.
A mediação social é interessante para o educando, pois o ajuda a compreender essa
pluralidade, e na vivência em sociedade vai compreendendo suas necessidades e aprendendo a
fazer as críticas necessárias e, como cidadãos lutando pelas transformações.
Como diz o Caderno Pedagógico de Didática: “É função social da escola possibilitar
que os alunos adquiram, elaborem e reelaborem conhecimentos no campo da ciência e da
tecnologia, assim como desenvolvam as competências necessárias para operar, rever, recriar,
redirecionar tais conhecimentos no universo coletivo, na perspectiva da cooperação da
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solidariedade e da ética, tendo sempre como horizonte, colocar os avanços dos conhecimentos
a serviço da humanização da sociedade” (C.P. Didática, pág. 61).
Por isso, pensamos em nossa proposta de trabalho no processo sócio-histórico-
cultural, ou seja, sócio interacionista, onde o professor é mediador do conhecimento, aquele
que planeja atividades produtivas para estabelecer a aprendizagem do educando, podendo
assim, acontecer à ação do sujeito sobre o objeto, e mediada socialmente, pelo outro e pelos
signos.
Na leitura que fizemos da teoria Vygotskyana, a construção do indivíduo não ocorre
somente devido os processos de maturação orgânica, mas principalmente através de trocas
estabelecidas entre o sujeito.
Portanto, o desenvolvimento das funções psíquicas humanas está vinculado ao
aprendizado, ou seja, apropriação por intermédio da linguagem do patrimônio cultural do
grupo, que é constituído pelos valores, conhecimentos, formas de pensar e de se comportar,
que a humanidade construiu ao longo de seu desenvolvimento histórico e cultural.
Compreende-se assim que, a apropriação do conhecimento pelo educando dar-se-á
fundamentalmente pela mediação de indivíduos, sobretudo dos mais experientes do grupo
cultural no qual ele faz parte.
Para Vygotsky, o conhecimento humano acontece na direção do social para o
individual, ou seja, a construção do conhecimento depende da ação partilhada, uma vez que é
através dos outros que as relações entre sujeito e objeto de conhecimento são estabelecidas.
Ele completa esse pensamento quando diz:
“ Este processo de mediação gerido pelo adulto ou por outras pessoas, permite que o
educando desfrute de uma consciência imprópria de uma memória, atenção, categorias e
inteligências interpretadas pelo adulto que suplementam e conformam particularmente sua
visão do mundo e constrói pouco a pouco sua mente social, que funciona em seu exterior e
com apoio instrumentais e sociais externos”. (Vygotsky, 1996)
Esses pensadores teóricos: Vygotsky, Wallon, Call, Beatriz Scoz, escritora
psicopedagoga, nos fazem refletir que a nossa prática pedagógica deve permitir o diálogo, a
cooperação e troca de informações (murais), o confronto de pontos de vistas divergentes, a
responsabilidade de cada um, que somados resultarão no alcance de um objetivo comum.
Adotar essa perspectiva em sala de aula implica em mudar a concepção tradicional
de que o educando é apenas um ser receptivo do saber e compreendê-lo como agente ativo e
imperativo no processo de construção do seu conhecimento.
Uma prática educativa que considere a importância da mediação social implica não
13
apenas numa valorização de conteúdos e dos mediadores instrumentais, mas também dos
agentes sociais e suas particularidades.
Wallon completa a ideia de Vygotsky quando afirma que o desenvolvimento
humano, envolve as disposições dos sujeitos e as diferentes situações com que se depara, e
que lhe exige uma resposta. Para Wallon: “A mediação de umas pessoas mais experiente
influência na construção do pensamento e da consciência que vai aflorando a partir dos
conflitos que estabelecem com o meio a cada momento” (Caderno de Psicologia II, pág. 54,
55, 56).
O educando é influenciado a cada instante por tudo o que está ao seu redor e é o que
lhe proporciona o que chamamos de educação. Essa acontece de acordo com a cultura vigente
do grupo.
Sendo assim, podemos também pegar a contribuição de Paulo Freire, que nos
mostrou ideias inovadoras que partiam de uma análise crítica da escola e da sociedade
brasileira. Freire afirma que educando e educadores são sujeitos na prática educativa. Dizia
que os analfabetos faziam cultura tanto quanto os que passavam pela escola. Enfatizava que o
conhecimento não era algo pronto, capaz de ser “desejado” na cabeça de quem não sabia, mas
sim algo a ser conquistado.
Paulo Freire, também afirma que entre professores e educandos sempre existiu um
diferença essencial para o desenvolvimento da tarefa educativa. Porém, essa diferença não
justificava a desigualdade. O professor não é mais que o educando, por saber coisas que o
educando não sabe, mesmo porque o educando sabe coisas que o educador não sabe. O fato
de que alguns conhecimentos do professor sejam socialmente mais valorizados, não implica
que o professor seja superior aos alunos.
Podemos aqui pensar a avaliação como instrumento de aprendizagem entre professor
e educando, quando somos capazes de analisar as diferenças como nos ensina Paulo Freire.
As relações que estabelecemos com o mundo formam um verdadeiro mosaico já que
as relações sociais se dão a partir da interação entre as pessoas.
10. CONCEPÇÕES
10.1. De Homem
Um Ser que constrói sua própria existência. Um Ser sociável, transformador e
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responsável pela evolução e características da sociedade, com capacidade de interferir de
forma benéfica ou maléfica na vida do próximo.
Como elemento de transformação devemos formar um homem:
• CRÍTICO: que aprenda a questionar sua própria realidade social;
• PARTICIPATIVO: que participa na construção de sua história e dos outros;
• PESQUISADOR: capaz de apropriar-se do conhecimento erudito e científico e
compartilhá-los;
• POLÍTICO: capaz de participar com responsabilidade e seriedade das mudanças da
sociedade;
• REFLEXIVO E COLETIVO: capaz de relacionar-se com os demais, dando prioridade aos
interesses comuns, através de pensamentos lógicos.
“Se antes a terra e depois o capital eram os fatores decisivos da produção, hoje o
fator decisivo é, cada vez mais o homem em si, ou seja, seu conhecimento”. (Papa João
Paulo II)
10.2. De Sociedade
Somos uma sociedade capitalista, competitiva baseada nas ações e resultados, por
isso precisamos construir uma sociedade libertadora, crítica, reflexiva, igualitária,
democrática e integradora, fruto das relações entre as pessoas, caracterizadas pela interação de
diversas culturas em que cada cidadão constrói a sua existência e a do coletivo.
10.3. De Educação
Nascer significa ver-se submetido à obrigação de aprender. Aprender para construir-
se, em um triplo processo de humanização, de singularizarão, de socialização. Aprender para
viver com outros homens com quem o mundo é partilhado. Aprender para apropriar-se do
mundo, e para participar da construção de um mundo preexistente. Aprender em uma história
que é, ao mesmo tempo, profundamente minha, no que tem de única, mas que me escapa por
toda à parte. Nascer, aprender é entrar em um conjunto de relações e processos que
constituem um sistema de sentido, onde se diz quem eu sou quem é o mundo, quem são os
outros.
Esse sistema se elabora no próprio movimento através do qual eu me construo e sou
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construído pelos outros, esse movimento longo, complexo, nunca completamente acabado,
que é chamado Educação.
Desta forma entende-se que o processo educacional deve contemplar um tipo de
ensino e aprendizagem que ultrapasse a mera reprodução de saberes “cristalizados” e
desemboque em um processo de produção e de apropriação de conhecimento, possibilitando,
assim, que o cidadão torne-se crítico e que exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões
sociais e buscando alternativas de superação da realidade.
11. PARCERIA ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE - O MELHOR CAMINHO!!!
A família é o primeiro contexto na qual a criança desenvolve padrões de
socialização, deste modo, ela se relaciona com todo o conhecimento adquirido durante sua
experiência de vida primária que vai refletir na sua vida escolar. Sendo assim, o sucesso da
tarefa da escola depende da colaboração familiar ativa.
É impossível colocar à parte escola, família e sociedade, pois, se o indivíduo é aluno,
filho e cidadão, ao mesmo tempo, a tarefa de ensinar não compete apenas à escola, porque o
aluno aprende também através da família, dos amigos, das pessoas que ele considera
significativas, dos meios de comunicação, do cotidiano. Sendo assim, é preciso que
professores família e comunidade tenham claro que a escola precisa contar com o
envolvimento de todos.
É necessário que família e escola se encarem responsavelmente como parceiras de
caminhada, pois, ambas são responsáveis pelo que produz, podendo reforçar ou contrariar a
influência uma da outra. Família e escola precisam criar, através da educação, uma força para
superar as suas dificuldades, construindo uma identidade própria e coletiva, atuando juntas
como agentes facilitadores do desenvolvimento pleno do educando.
A elaboração e a implementação do projeto político pedagógico concretizam a
autonomia da escola.
Há muito que fazer, mudar e construir para que a EDUCAÇÃO cumpra seu papel de
transformar a sociedade.
Concordamos com Paulo Freire quando nos diz que a escola é
...o lugar onde se faz amigos, não se tratam só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...
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Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, O coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”. Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como o tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só... Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se “amarrar nela”! Ora, é lógico... numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos educar-se, ser feliz.
12. PAPEL DA ESCOLA
A educação escolar deve constituir-se em uma ajuda intencional, sistemática,
planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens durante um período contínuo e
extensivo de tempo, diferindo de processos educativos que ocorrem em outras instâncias,
como na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nos demais espaços de construção de
conhecimentos e valores para o convívio social. Assim sendo, deve ser evitada a abordagem
simplista de encarar a educação escolar como o fator preponderante para as transformações
sociais, mesmo reconhecendo-se sua importância na construção da democracia.
Ao delinear o papel da instituição escolar não se está buscando uma uniformização
dos estabelecimentos escolares, uma vez que cada escola tem sua história, suas peculiaridades
e sua identidade. O objetivo é identificar os aspectos desejáveis e comuns a todas as escolas
brasileiras responsáveis pela educação fundamental.
12.1. Função Social da Escola
Devem-se ouvir todas as partes interessadas na escola (alunos, pais, professores,
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funcionários) e partilhar as decisões de construção de uma escola que caminha na direção do
cumprimento de sua função social e dos objetivos da educação básica numa sociedade
democrática. (John Dewey, 1959).
A escola, campo específico de educação, não é um elemento estranho à sociedade
humana, um elemento separado, mas “uma instituição social, um órgão feliz e vivo, no
conjunto das instituições necessárias à vida, o lugar onde vivem a criança, a adolescência e a
mocidade, de conformidade com os interesses e as alegrias profundas de sua natureza (...)”.
Dessa concepção positiva da escola, como uma instituição social, limitada na sua ação
educativa pela pluralidade e diversidade das forças que concorrem ao movimento das
sociedades, resulta a necessidade de reorganizá-la, como um organismo maleável e vivo
aparelhado de um sistema de instituições suscetíveis de lhe alargar os limites e o raio de ação
(...). Cada escola, seja qual for o seu grau, dos Jardins às Universidades, deve, pois, reunir em
torno de si as famílias dos alunos, estimulando as iniciativas dos pais em favor da educação;
constituindo sociedades de ex-alunos que mantenham relações constantes com as escolas;
utilizando, em seu proveito, os valiosos e múltiplos elementos materiais e espirituais da
coletividade, despertando e desenvolvendo o poder de iniciativa e o espírito de cooperação
social entre os pais, professores, a imprensa e todas as demais instituições diretamente
interessadas na obra da educação. (trecho extraído do Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova; PROGESTÃO, Módulo I, caderno de Estudo, Brasília, 2001, p. 27).
Não é surpreendente que já na primeira metade do século XX, houvesse pessoas
sensíveis a temas como a aproximação entre a escola, à família e outros parceiros, sendo que
em período muito recente essa articulação tenha começado a ocorrer? Pois é, muitas vezes, as
mudanças necessárias à educação demoram a ser percebidas.
Para compreender a função social da escola, é importante situá-la no mundo
moderno, observando os múltiplos papéis exercidos por ela ao longo do tempo. À primeira
vista, verificamos que, mesmo cumprindo a tarefa básica de possibilitar o acesso ao saber, sua
função social apresenta variações em diferentes momentos da história, expressando diferenças
entre sociedades, países, povos e regiões.
Independentemente de suas modificações no decorrer da história, a escola foi à
instituição que a comunidade criou para socializar o saber sistematizado. Isto significa dizer
que é o lugar onde, por princípio, é veiculado o conhecimento que a sociedade julga
necessário transmitir às novas gerações. Nenhuma outra forma de organização até hoje foi
capaz de substituí-la. Para cumprir seu papel de contribuir para o pleno desenvolvimento da
pessoa, prepará-la para a cidadania e qualificá-la para o trabalho, como definem a
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Constituição e a LDB, é necessário que suas incumbências sejam exercidas plenamente.
Assim, é preciso fazer o que vimos fazendo; - ousar construir uma escola onde todos sejam
acolhidos e tenham sucesso.
A escola precisa levar em conta as práticas de nossa sociedade no campo econômico,
social, político, cultural, ético e moral, tentando relacionar-se com os problemas específicos
das comunidades em que presta serviços. Pois, através desse conhecimento a escola pode
auxiliar a comunidade a ampliar e compreender a transformação do mundo.
É muito importante que a escola traga para dentro de seus espaços o mundo real do
qual fazemos parte. Desta maneira, a escola estará promovendo a identidade cultural do
educando, preparando e inserindo-o no meio em que vive, assumindo sua cidadania,
tornando-se crítico, participativo e transformador.
A escola, de fato, institui a cidadania. É o lugar onde as crianças deixam de pertencer
exclusivamente à família para integrarem-se numa comunidade mais ampla em que os
indivíduos estão reunidos não por vínculos de parentesco ou de afinidade, mas pela obrigação
de viver em comum. A escola institui, em outras palavras, a coabitação de seres diferentes sob
autoridade de uma mesma regra. (Patrice Canivez, 1998).
12.2. O Currículo
Não podemos perder de vista a principal função da escola: ajudar os alunos a
construir conhecimentos, formas de pensar e sentir mais elaboradas, assim como valores
sociais. Isso implica num movimento de relações recíprocas entre o aluno e o universo a ser
conhecido.
Este universo, ou conjunto de conhecimentos e experiências de aprendizagem
podemos denominar Currículo. Esse currículo a ser oferecido aos alunos passa por várias
instâncias, ou estágios de elaboração.
Pode-se, portanto, pensar o currículo como uma transposição didática, entendida
como o acabamento, a transformação a que se sujeita os saberes, as práticas sociais ou, mais
globalmente, a cultura, para poder ensiná-las e avaliá-las na aula.
Assim, o professor é, de fato, um mediador na interação dos alunos com os objetos
de conhecimento e a orientação didática que assume, e os métodos que utiliza têm como
finalidade estimular a compreensão e diferenciação entre os conceitos, possibilitar a sua
generalização, transposição e aplicação em situações diversas e permitir a solução de
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problemas, o levantamento de questões, a avaliação dos resultados de suas ações e a
reconstrução do conhecimento em outros níveis.
Nestas perspectivas, a escola deve organizar, seja no interior da sala de aula, seja
fora dela, situações, tarefas, atividades que facilitem a vida em comum, que ajudem os alunos
a criar um sentido de ordem, de uso significativo do tempo e do espaço, a desenvolver um
espírito de cooperação e de solidariedade e um sentimento de pertencimento aos seus grupos
de convivência.
O cidadão, porém, é mais do que apenas o habitante. É aquele que está interessado
no que acontece em sua comunidade. Para alunos e professores a cidade é a escola. Do ponto
de vista do educador a cidadania passa por boas relações com os colegas, com a direção, com
os funcionários – pelo direito de ensinar, ou seja, formar cidadãos. Do ponto de vista do
aluno, ela reside no direito de ir à escola e só começa a fazer sentido quando ele aprende.
(Ricardo Prado, 2000, p.13)
Percebe-se que são várias as formas de composição curricular, mas os Parâmetros
Curriculares Nacionais indicam que os modelos dominantes na escola brasileira,
multidisciplinar e pluridisciplinar, marcados por uma forte fragmentação, devem ser
substituídos, na medida do possível, por uma perspectiva interdisciplinar e transdisciplinar.
Em busca de transformar o cotidiano escolar e modificar esse panorama, desde o
início do ano 2006, a Secretaria de Educação do município adotou como metodologia de
trabalho pedagogia de projetos, promovendo capacitação para todos os professores.
Através dos projetos de aprendizagem, busca-se que as situações de aprendizagem
sejam construídas em cooperação com professores, alunos, e comunidade escolar, levando em
conta a realidade da vida do aluno, sua curiosidade e vontade em aprender. O professor neste
contexto passa a desempenhar um papel de problematizador, questionador, mediador e
orientador do conhecimento e o aluno passa a ser um ser agente, que pensa sobre, que reflete
passando a ser autor de seu próprio conhecimento.
13. NOVAS FUNÇÕES QUE A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO EXIGE DA ESCOLA
A mudança da civilização é sinalizada pelo aumento a cada dia da dependência dos
países, dos governos, das empresas e dos indivíduos em relação ao conhecimento. A ciência
sempre gerou novos campos e domínios do saber, e hoje a tecnologia tem multiplicado as suas
aplicações e a informática também tem potencializado a divulgação rápida do conhecimento
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elaborado.
O conhecimento hoje é entendido como valor especial, mais até do que bens
materiais. No passado, a grande maioria dos pais queria principalmente deixar terras,
patrimônios e riquezas materiais como herança a seus filhos; hoje, muitos percebem que o
melhor a oferecer é propiciar conhecimentos, por meio de uma boa formação geral, e
maneiras de continuar adquirindo mais conhecimentos, num processo de educação
permanente.
Em meio às incertezas que o atual momento tende a despertar, num ponto a maioria
dos autores estão de acordo: a importância do conhecimento a todos os indivíduos, sobre tudo
jovem, para enfrentar o presente e o futuro.
Essa nova relação das pessoas com o conhecimento traz duas consequências para a
escola brasileira. Uma reforça a importância da escola e de sua função social neste momento,
já que ela é a porta de entrada da maior parte da população para o acesso do conhecimento.
Vivemos um período no qual a informação está, a um só tempo, disponível como nunca
esteve e, contraditoriamente, inacessível a grandes parcelas da nossa população.
A outra consequência, aliada à perspectiva democratizadora, é a necessidade de a
escola repensar profundamente a respeito de sua organização, sua gestão, sua maneira de
definir os tempos, os espaços, os meios e as formas de ensinar – ou seja, o seu jeito de fazer
escola. Temos que jogar fora as roupas velhas e tornar a vestir a escola, a partir da essência –
sua função social, que permanece: “Ensinar bem e preparar os indivíduos para exercer a
cidadania e o trabalho no contexto de uma sociedade complexa”.
Para a escola pública estas reflexões representam uma oportunidade de reconhecer
que as mudanças necessárias no sistema educacional são urgentes e demandam esforço
coletivo de todos que fazem educação (profissionais, governos e sindicatos), assim como a
sociedade como um todo.
Nos anos noventa a UNESCO (Órgão da Organização das Nações Unidas para
Educação, a Ciência e a Cultura) instituiu a comissão internacional sobre a educação para o
século XXI, que veio a produzir um relatório no qual a educação é concebida a partir de
princípios que constituem os quatro pilares da educação: Aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a conviver e aprender a ser.
Aprender a conhecer: Significa não tanto a aquisição de um vasto repertório de
saberes, mas o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento. Supõe a aprender a
aprender, exercitando os processos e habilidades cognitivas: atenção, memória e o
pensamento mais complexo (comparação, análise, argumentação, avaliação, crítica).
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Aprender a fazer: Exprime a aquisição não somente de uma qualificação profissional,
mas de competências que tornem a pessoa apta a enfrentar variadas situações e trabalhar em
equipe. Aprender a fazer envolve, assim, o âmbito das diferentes experiências sociais e de
trabalho.
Aprender a conviver: Quer dizer tanto a direção da descoberta progressiva do outro e
da interdependência quanto à participação em projetos comuns.
Aprender a ser: Significa contribuir para o desenvolvimento total da pessoa: espírito
e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, capacidade
para se comunicar, espiritualidade. Significa também a pessoa aprender a elaborar
pensamentos autônomos e críticos e formular seus próprios juízos de valor, não
negligenciando nenhuma de suas potencialidades individuais.
14. ACOLHIMENTO E SOCIALIZAÇÃO DOS ALUNOS
A permanência dos alunos na escola é hoje um dos grandes problemas a serem
enfrentados por todos na educação brasileira: órgãos governamentais, comunidades e equipes
escolares. Embora as causas da não permanência sejam múltiplas, cabe enfatizar entre elas a
falta de acolhimento dos alunos pela escola, uma vez que, de certo modo, esse fator
condiciona os demais.
A falta de acolhimento é originada muitas vezes pelo fato da escola não reconhecer a
diversidade da população a ser atendida, com a consequente diferenciação na demanda. O não
reconhecimento da diversidade faz com que toda e qualquer situação que não esteja dentro de
um padrão previsto seja tratada como problema do aluno e não como desafio para a equipe
escolar. Reconhecer a diversidade e buscar formas de acolhimento requer, por parte da equipe
escolar, disponibilidade, informações, discussões, reflexões e algumas vezes ajudas externas.
A falta de disponibilidade ou de condições para considerar a diversidade dos alunos
acarreta o chamado fracasso escolar, com efeitos no plano moral, afetivo e social que
geralmente acompanharão esses indivíduos durante toda sua vida, podendo redundar em
exclusão social.
O acolhimento requer compromisso político com a educação manifestada em uma
série de medidas concretas que, embora não sejam de responsabilidade exclusiva das escolas,
precisam ser assumidas por elas.
A postura de acolhimento envolve tanto a valorização dos conhecimentos e da forma
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de expressão de cada aluno como o processo de socialização. Valorizar o conhecimento do
aluno, considerando suas dúvidas e inquietações, implica promover situações de
aprendizagem que façam sentido para ele. Exercer o convívio social no âmbito escolar
favorece a construção de uma identidade pessoal, pois a socialização se caracteriza por um
lado pela diferenciação individual e por outro pela construção de padrões de identidade
coletiva.
Contribuir para o processo de acolhimento dos alunos não é tarefa simples, pois
envolve lidar com emoções, motivações, valores e atitudes do sujeito em relação ao outro,
suas responsabilidades e compromissos.
15. INTERAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE
A realização do acolhimento e da socialização dos alunos pressupõe o enraizamento
da escola na comunidade. A interação entre equipe escolar, alunos, pais e outros agentes
educativos possibilita a construção de projetos que visam a melhor e mais completa formação
do aluno. A separação entre escola e comunidade fica demarcada pelas atribuições e
responsabilidades e não pela realização de um projeto comum.
A ampla gama de conhecimentos construídos no ambiente escolar ganha sentido
quando há interação contínua e permanente entre o saber escolar e os demais saberes, entre o
que o aluno aprende na escola e o que traz para a escola. O relacionamento contínuo e flexível
com a comunidade favorece a compreensão dos fatores políticos, sociais, culturais e
psicológicos que se expressam no ambiente escolar.
O relacionamento entre escola e comunidade pode ainda ser intensificado, quando há
integração dos diversos espaços educacionais que existem na sociedade, tendo como objetivo
criar ambientes culturais diversificados que contribuam para o conhecimento e para a
aprendizagem do convívio social
15.1. Culturas Locais e Patrimônio Universal
A função da escola em proporcionar um conjunto de práticas preestabelecidas tem o
propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de
maneira crítica e construtiva. A escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes
de atuar com competência e dignidade na sociedade, buscará eleger, como objeto de ensino
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conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada momento
histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as consideradas essências para que os alunos
possam exercer seus direitos e deveres.
É fundamental que a escola assuma a valorização da cultura de seu próprio grupo e,
ao mesmo tempo, busque ultrapassar seus limites, propiciando às crianças e aos jovens
pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber, tanto no que diz respeito aos
conhecimentos socialmente relevantes da cultura brasileira no âmbito nacional e regional
como no que faz parte do patrimônio universal da humanidade.
É igualmente importante que ela favoreça a produção e a utilização das múltiplas
linguagens, das expressões e dos conhecimentos históricos, sociais, científicos e tecnológicos,
sem perder de vista a autonomia intelectual e moral do aluno, como finalidade básica da
educação.
15.2. Relação Entre Aprendizagem Escolar e Trabalho
O conhecimento é apontado por especialistas como recurso controlador e fator de
produção decisivo de inserção social. Esse fato tende a mudar fundamentalmente a estrutura
da sociedade, criar novas dinâmicas sócias e econômicas, como também novas políticas. Hoje
em dia não basta visar à capacitação dos estudantes para futuras habilitações nas
especializações tradicionais. Trata-se de ter em vista a formação dos estudantes para o
desenvolvimento de suas capacidades, em função de novos saberes que se produzem e que
demandam um novo tipo de profissional.
Essas relações entre conhecimento e trabalho exigem capacidade de iniciativa e
inovação e, mais do que nunca, a máxima “aprender a aprender” parece se impor à máxima
“aprender determinados conteúdos”.
Isso significa novas demandas para a educação básica, em que se destacam os
conteúdos que faça sentido para o momento de vida presente e que ao mesmo tempo favoreça
o aprendizado de que o processo de aprender é permanente. Para tanto, é necessária a
utilização de metodologias capazes de priorizar a construção de estratégias de verificação e
comprovação de hipóteses na construção do conhecimento, a construção de argumentação
capaz de controlar os resultados desse processo, o desenvolvimento do espírito crítico capaz
de favorecer a criatividade, a compreensão dos limites e alcances lógicos das explicações
propostas.
Metodologias que favoreçam essas capacidades favorecem também o
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desenvolvimento da autonomia do sujeito, o sentimento de segurança em relação a suas
próprias capacidades, interagindo de modo orgânico e integrado num trabalho de equipe e,
portanto, sendo capaz de atuar em níveis de interlocução mais complexos e diferenciados.
Busca-se um ensino de qualidade capaz de formar cidadãos que interfiram criticamente na
realidade para transformá-la e não apenas para que se entregue ao mercado de trabalho.
16. ABORDAGEM DE QUESTÕES SOCIAIS URGENTES: OS TEMAS TRANSVERSAIS
Para estar em consonância com as demandas atuais da sociedade, é necessário que a
escola trate de questões que interferem na vida dos alunos e com as quais se veem
confrontados no seu dia a dia. As temáticas sociais vêm sendo discutidas e frequentemente
são incorporados aos currículos das áreas, especialmente nos de História, Geografia e
Ciências Naturais, ou chegam mesmo, em alguns casos, a construir novas áreas. Mais
recentemente, algumas propostas sugerem o tratamento transversal de temáticas sociais na
escola, como forma de contemplá-las na sua complexidade, sem restringi-las à abordagem de
uma única área.
A Lei Federal nº. 9.394/96, em seu artigo 27, inciso I, também destaca que os
conteúdos curriculares da educação básica deverão observar “a difusão de valores
fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem
comum e á ordem democrática”.
Nessa perspectiva, as problemáticas sociais em relação à ética, saúde, meio
ambiente, pluralidade cultural, orientação sexual e trabalho e consumo são integradas na
proposta educacional dos Parâmetros Curriculares Nacionais como Temas Transversais. Não
se constituem em novas áreas, mas num conjunto de temas que aparecem transversalizados,
permeando a concepção das diferentes áreas, seus objetivos, conteúdos e orientações
didáticas.
A transversalidade pressupõe um tratamento integrado das áreas e um compromisso
com as relações interpessoais no âmbito da escola, pois os valores que se quer transmitir, os
experimentados na vivência escolar e a coerência entre eles devem ser claros para desenvolver
a capacidade dos alunos de intervir na realidade e transformá-la, tendo essa capacidade,
relação direta com o acesso ao conhecimento acumulado pela humanidade.
Os conteúdos relativos a esses temas,bem como o enfoque adotado em cada
tema,estão explicitados nos documentos de áreas. Para aprofundar os assuntos, há textos de
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fundamentação que também podem contribuir para o desenvolvimento de projetos específicos
que a escola tenha necessidade e interesse em desenvolver.
O conjunto de documentos de temas discute a necessidade de a escola considerar
valores gerais e unificadores que definam seu posicionamento em relação à dignidade da
pessoa, à igualdade de direitos, à participação e à corresponsabilidade de trabalhar pela
efetivação do direito de todos à cidadania.
Os temas transversais que compõem os Parâmetros Curriculares Nacionais são Ética,
Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Orientação Sexual e Trabalho e Consumo, por
envolverem, problemáticas sociais atuais e urgentes, consideradas de abrangência nacional e
até mesmo mundial.
Essa abrangência não significa que os temas transversais devam ser tratados
igualmente em todos os lugares. Ao contrário, podem exigir adaptações para que
correspondam às reais necessidades de cada região ou mesmo de cada escola. As questões
ambientais, por exemplo, ganham características diferentes nos campos de seringais, no
interior da Amazônia, e na periferia de uma grande cidade.
Além das adaptações dos temas apresentados, é importante que sejam desenvolvidos
temas locais. Por exemplo: muitas cidades têm elevadíssimos índices de acidentes com
vítimas no trânsito, surge à necessidade de incorporar a educação para o trânsito em seu
currículo. Outros temas relativos, por exemplo, à paz ou ao uso de drogas, podem se constituir
em subtemas dos temas gerais; outras vezes, no entanto, podem exigir um tratamento
especifico e intenso, dependendo da realidade de cada contexto social, político, econômico e
cultural.
Nesse contexto, orientamo-nos em nossas práticas pedagógicas pautados nas
seguintes considerações:
16.1. Ética
A questão central das preocupações éticas é a análise dos diversos valores presentes
na sociedade, a problematização dos diversos valores presentes na sociedade, a
problematização dos conflitos existentes nas relações humanas quando ambas as partes não
dão conta de responder questões complexas que envolvem a moral e a afirmação de princípios
que organizam as condutas dos sujeitos sociais. Na escola, o tema ética se encontra nas
relações entre os agentes que constituem essa instituição, alunos, professores e pais, e também
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nos currículos, uma vez que o conhecimento não é neutro nem impermeável a valores de todo
tipo.
A proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais é que a ética – expressa na
construção dos princípios de respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade, seja uma
reflexão sobre as diversas atuações humanas e que a escola considere o convívio escolar como
base para sua aprendizagem, não havendo descompasso entre “o que diz” e “o que faz”.
Partindo dessa perspectiva, o tema transversal Ética traz a proposta de que a escola realize um
trabalho que possibilite o desenvolvimento da autonomia moral, o qual depende mais de
experiência de vida favorável do que de discursos e repressão.
No convívio escolar, o aluno pode aprender a resolver conflitos em situações de
diálogo, pode aprender a ser solidário ao ajudar e ao ser ajudado, pode aprender a ser
democrático quando tem oportunidade de dizer o que pensa submeter suas ideias ao juízo dos
demais e saber ouvir as ideias dos outros.
16.2. Saúde
O nível de saúde das pessoas reflete a maneira como vivem numa interação dinâmica
entre potencialidades individuais e condições de vida. Não se pode compreender ou
transformar a situação de um indivíduo ou de uma comunidade sem levar em conta que ela é
produzida nas relações com o meio físico, social e cultural. Falar de saúde implica levar em
conta, por exemplo, a qualidade do ar que se respira, o consumismo desenfreado e a miséria, a
degradação social e a desnutrição, formas de inserção das diferentes parcelas da população no
mundo do trabalho, estilo de vida pessoal.
Atitudes favoráveis ou desfavoráveis à saúde são construídas desde a infância, pela
identificação com valores observados em modelos externos ou grupos de referência. A escola
cumpre papel destacado na formação dos cidadãos para uma vida saudável, na medida em que
o grau de escolaridade em si tem associação comprovada com o nível de saúde dos indivíduos
e grupos populacionais. Mas a explicitação da saúde como tema do currículo eleva a escola ao
papel de formadora de protagonistas - e não pacientes – capaz de valorizar a saúde, discernir e
participar de decisões relativas à saúde individual e coletiva. Portanto, a formação do aluno
para o exercício da cidadania compreende a motivação e a capacitação para o auto cuidado,
assim como a compreensão da saúde como direito e responsabilidade pessoal e social.
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16.3. Orientação Sexual
A proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais para Orientação Sexual é que a
escola trate da sexualidade como algo fundamental na vida das pessoas, questão ampla e
polêmica, marcada pela história, pela cultura e pela evolução social.
As crianças e adolescentes trazem noções e emoções sobre sexo, adquiridas em casa,
em suas vivências e suas relações pessoais, além do que recebem pelos meios de
comunicação. A Orientação Sexual deve considerar esse repertório e possibilitar reflexão e
debate, para que os alunos construam suas opiniões e façam suas escolhas.
A escola não substitui e nem concorre com a família, mas possibilita a discussão de
diferentes pontos de vista associados à sexualidade, sem a imposição de valores. Em nenhuma
situação cabe à escola julgar a educação que cada família oferece a seus filhos. Como um
processo de intervenção pedagógica, tem por objetivo transmitir informações e problematizar
questões relacionadas à sexualidade, incluindo posturas, crenças, tabus e valores a ela
associados, sem invadir a intimidade nem direcionar o comportamento dos alunos.
16.4. Meio Ambiente
A principal função do trabalho com o tema meio ambiente é contribuir para a
formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade socioambiental de
modo comprometido com a vida, com o bem estar de cada um e da sociedade, local e global.
Para isso, é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a
trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de
habilidades e procedimentos. Esse é um grande desafio para a educação.
Comportamentos “ambientalmente corretos” serão aprendidos na prática do dia – a –
dia na escola: gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e dos diversos ambientes,
participação em pequenas negociações podem ser exemplos disso.
16.5. Trabalho e Consumo
A finalidade deste tema é indicar como a educação escolar poderá contribuir para
que os alunos aprendam conteúdos significativos e desenvolvam as capacidades necessárias
para atuar como cidadãos, nas relações de trabalho e consumo.
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Os dilemas, incertezas e transformações do mundo do trabalho, a desigualdade de
acesso a bens e serviços e o consumismo fazem parte do cotidiano escolar. De forma implícita
ou explícita, as práticas escolares são permeadas por concepções, posicionamentos e valores
sobre o trabalho e o consumo. Todos trazem imagens já construídas de valorização de
profissões e tipos de trabalho, assim como sua tradução na posse ou não de objetos, de
“marcas” com alto valor simbólico. São questões que permeiam a dinâmica escolar,
interferindo diretamente no ensino e na aprendizagem dos alunos.
Crianças e adolescentes vivem a expectativa sobre a futura – ou a presente – inserção
no mundo do trabalho, assim como os dilemas frente aos apelos para o consumo de produtos
valorizados por seu grupo etário. Se não são todos os que já participam de alguma forma do
mercado de trabalho ou têm um lugar no trabalho doméstico, todos refletem, em sua atuação
escolar, a situação de trabalho e emprego das famílias, a luta cotidiana para conquistar o
direito de usufruir bens e serviços produzidos socialmente.
O tema Trabalho e Consumo consideram questões centrais que envolvem direitos já
formulados em lei e que são objetos de mobilização social para se concretizarem: a
erradicação do trabalho infantil, a mobilização contra as discriminações de gênero, de raça e
idade nas relações de trabalho, a defesa dos direitos dos consumidores.
16.6. Pluralidade Cultural
Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e valorizar
a diversidade étnica e cultural que a constitui. Por sua formação histórica, a sociedade
brasileira é marcada pela presença de diferentes etnias, grupos culturais, descendentes de
imigrantes de diversas nacionalidades, religiões e línguas. No que se refere à composição
populacional, as regiões brasileiras apresentam diferenças entre si; cada região é marcada por
características culturais próprias, assim como pela convivência interna de grupos
diferenciados.
Essa diversidade etno cultural frequentemente é alvo de preconceitos e
discriminação, atingindo a escola e reproduzindo-se em seu interior. A desigualdade, que não
se confunde com a diversidade, também está presente em nosso país como resultado da
injustiça social. Ambas as posturas exigem ações efetivas de superação.
Nesse sentido, a escola deve ser local da aprendizagem de que as regras do espaço
público democrático garantem a igualdade, do ponto de vista da cidadania, e ao mesmo tempo
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a diversidade, como direito. O trabalho com a Pluralidade Cultural se dá, assim, a cada
instante, propiciando que a escola coopere na formação e consolidação de uma cultura da paz,
baseada na tolerância, no respeito aos direitos humanos universais e da cidadania
compartilhada por todos os brasileiros. Esse aprendizado exige, sobre tudo, a vivência desses
princípios democráticos no interior de cada escola, no trabalho cotidiano de buscar a
superação de todo e qualquer tipo de discriminação e exclusão social, valorizando cada
indivíduo e todos os grupos que compõem a sociedade brasileira.
17. GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS
Como parte do sistema de ensino, a escola tem a responsabilidade de atender a um
dos direitos sociais dos cidadãos: o acesso à educação de qualidade empenhada em garantir o
sucesso escolar dos alunos. Para cumprir esta finalidade, a escola organiza sua gestão com
base em um conjunto de normas e procedimentos do sistema de administração pública da
educação ao qual esta vinculada.
A unidade escolar não funciona isoladamente, pois necessita de meios para manter
sua estrutura física e seus recursos materiais e humanos. Necessita também, de um conjunto
de normas para reger todos as suas atividades e funções.
Existem duas formas de aplicação dos recursos que financiam a escola: a
centralizada e a descentralizada.
A aplicação centralizada, que compreende a maior parte dos recursos financeiros, é
realizada por uma instância administrativa à qual a escola esta submetida hierarquicamente: a
secretaria municipal de educação. Os recursos para financiamento da escola chegam a ela na
forma de benefícios, como: estrutura física, carteiras escolares, pagamento dos servidores, etc.
É tudo aquilo que a escola não compra diretamente, mas recebe indiretamente por intermédio
de um órgão executor.
Quando a aplicação é descentralizada, ela é realizada pela escola, por uma unidade
executora (APP – Associação de Pais e Professores) a ela associada. Os recursos públicos,
neste caso, financiam a aquisição de materiais e a contratação de serviços realizados
diretamente pela escola, como material de consumo, equipamentos de manutenção e
funcionamento e pequenos reparos.
É importante compreender como toda esta estrutura administrativa funciona,
seguindo os princípios de legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade.
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A legalidade significa que o administrador público deve se submeter ao que a lei
prescreve. Quando ele não observa o que determina a lei, além de praticar ato sem validade,
expõe-se à responsabilidade disciplinar civil ou criminal.
O principio da moralidade decorre da necessidade da aplicação de um conjunto de
regras de correta administração com predomínio da ética, em conjugação com a lei, para
resguardar o interesse público.
Além de atender os princípios de legalidade e moralidade, é dever dos agentes
públicos dar atenção ao interesse coletivo maior, os atos devem ser praticados em benefícios
de todos indistintamente, atendendo os interesses da comunidade, fazendo valer o princípio da
impessoalidade.
Por serem públicos os atos devem ser divulgados o mais amplamente possível, com a
indicação da finalidade e dos objetivos esperados e alcançados atendendo, desta maneira ao
princípio da publicidade.
A unidade executora, que se forma da integração da escola com a comunidade na
qual esta inserida, credencia a escola pública a receber e administrar recursos financeiros
públicos, oriundos de programas governamentais e destinados ao suprimento de suas
necessidade básicas.
A unidade executora tem a responsabilidade de organizar promoções, receber e
controlar a aplicação de recursos financeiros repassados à escola, oriundos de fontes públicas
ou privadas e os que são arrecadados pela própria unidade escolar com auxílio da
comunidade, por meio de campanhas, contribuições, doações, rifas e festas.
O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Governo Federal é um recurso
público transferido a entidades privadas sem fins lucrativos. Esses recursos são direcionados a
uma finalidade específica, sendo que uma parte poderá ser utilizada no custeio da unidade
escolar e outra em investimento. Esse recurso prevê o pagamento de despesas com:
• Manutenção, conservação e pequenos reparos da unidade escolar.
• Aquisição de material de consumo necessário ao funcionamento da escola.
• Capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da educação.
• Aquisição de material didático e pedagógico.
• Aquisição de material permanente.
• Avaliação da aprendizagem.
• Implementação do projeto pedagógico.
• Desenvolvimento de atividades educacionais diversas.
31
Para receber os recursos financeiros pelo PPDE, a escola deve observar os
procedimentos necessários para a constituição da unidade executora própria e as orientações
da secretaria de educação à qual está inserida. As decisões sobre prioridades e aplicação dos
recursos financeiros devem ser tomadas coletivamente por toda a comunidade escolar.
18. UM POUCO DE HISTÓRIA DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA
18.1. Aspectos Históricos
Luiz Bertoli, que muito esboçava em movimentos de novas colonizações,
incentivado por Vidal Ramos e motivado pela atividade inspiradora do então vigário de
Rodeio, Frei Lucínio Korte, com o qual tiveram longos diálogos, organizou a primeira
expedição do reconhecimento, formada também por Manuel Moratelli, José Franzói, Luiz
Girardi, Batista Campregher, Antônio Fronza, Angelo Moser, José Largura e Battista Giotti,
que aportaram em maio de 1912, na confluência do Rio das Pombas, com Rio do Oeste, razão
do primeiro nome, Barra das Pombas.
O nome Rio das Pombas, por sua vez, “surgiu devido o grande número de pássaros
dessa espécie na região”.
No final da década de 1920, a então “freguesia de Barra das Pombas” recebia o nome
de “Villa Adolfo Konder” conforme documento de 27 de agosto de 1927, que registra a visita
do governador Adolfo Konder a “Barra das Pombas e Taió, sendo que a primeira se gloria em
tempo vindouro, de ter o nome Adolfo Konder”.
“Pouco tempo durou a denominação de Vila Adolfo Konder, pois logo após a
Revolução de 1930, este núcleo passou a chamar-se Rio do Oeste”, devido ao rio que nasce
no oeste e cruza o município.
Por ocasião da nova divisão administrativa e judiciária do estado, consequente a
sanção da Lei Estadual nº. 247, de 30 de dezembro de 1948, a antiga “freguesia de Barra das
Pombas” recebeu oficialmente o nome de Rio do Oeste.
Este diploma legal criava o distrito de Rio do Oeste e os municípios de Taió e
Ituporanga, no Alto Vale.
Na época dirigia o município de Rio do Sul o prefeito Wenceslau Borini, sendo
governador do Estado Aderbal Ramos da Silva, ambos pertencentes ao Partido Social
32
Democrático, P.S.D.
Em 23 de junho de 1958 foi criado o Município de Rio do Oeste, numa época de
notável crescimento nacional e de amplas liberdades democráticas sob a égide do então
Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Foi administrado por Massimino Girardi, prefeito nomeado, que permaneceu no
cargo de julho de 1958 até 31 de janeiro de 1959.
Nesta data, assumiu a direção dos destinos municipais Leandro Bértoli, que, tendo
sido o “primeiro Prefeito escolhido pelas urnas populares” na eleição realizada a 03 de
outubro de 1958, governou até 31 de janeiro de 1964. Desta data em diante os prefeitos
rioestenses foram sucessivamente: Eugênio Nardelli, Rubens Lumertz, João Sotoprieta Netto,
Genésio Vasselai, Avelino Dalmônico, Gentil Bértoli, Avelino Dalmônico, Valcir Leopoldo
Nardelli (este reeleito em 2000).
Nossa escola foi criada em 24 de abril de 1987, sob a lei nº 540. Na época era
prefeito Sr. Avelino Dalmônico. De acordo com os documentos da época, a escola chamava-
se Geroldo Essig, em homenagem a um menino que morreu vítima de atropelamento.
De 1987 a 1991 foram atendidos aluno de 1ª e 2ª série pois a construção contava com
apenas duas salas de aula, salas estas que hoje abrigam a sala dos professores e o laboratório
de informática.
No dia 30 de dezembro de 1991, foi criado o grupo escolar Fortunato Tarnowski, sob
o decreto nº 039/91 de 30 de dezembro de 1991. devido a demanda escolar, houve a
necessidade de construir novas salas de aula, e expandir as séries atendidas até a 4ª série do
Ensino Fundamental. Assim, o ambiente onde eram atendidos os alunos de 1ª e 2ª série,
passou a abrigar alunos da Educação Infantil, denominando-se Jardim de Infância Pingo de
Gente e, as novas salas de aula tornaram-se um grupo escolar denominado Grupo Escolar
Fortunato Tarnowski, atendendo alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental.
Sob a lei nº 1243/01 de 1º de outubro de 2001, o Grupo Escolar Fortunato Tarnowski
passou a chamar-se Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski
A escolha do nome deu-se pois a colonização do Bairro Gabiroba, onde está
localizada a escola, teve início na década de 20 e um dos pioneiros no processo de
desenvolvimento do Bairro Gabiroba foi o Sr. Fortunato Tarnowski. Ele nasceu no dia 15 de
outubro de 1912, em Indaial. Serviu às Forças Armadas Brasileiras e veio para Rio do Oeste
aos 29 anos de idade, quando casou-se com a senhora Henriqueta Grott. Dessa união
originou-se uma família com dez filhos, sendo dois adotivos. Ele trabalhou como marceneiro
e gerente da Serraria Bertoli, até se aposentar. Sempre participou das ações e atividades
33
desenvolvidas no Bairro e município e não media esforços para auxiliar as pessoas com quem
conviveu.
Por estas e outras razões o senhor Fortunato é sinônimo de bondade, dedicação e
amor. Faleceu no dia 05 de novembro de 1990.
Com o processo de nucleação (1997), muitas escolas do interior do município foram
desativadas e muitos dos alunos que pertenciam a elas passaram a frequentar o Grupo Escolar
Fortunato Tarnowski. Então, sentiu-se a necessidade de ocupar as salas existentes e de
construir novas salas de aula. O alunos do Jardim de Infância Pingo de Gente foram
transferidos para o centro da cidade, nas dependências do Jardim de Infância Menino Deus.
No ano de 2000, foram construídas 03 (três) novas salas de aula na escola e próximo
à escola 01 (um) Centro de Múltiplo Uso, denominado Prefeito Genésio Vasselai, o qual a
escola usufrui e coordena. Em 2006 o centro de Múltiplo Uso foi incorporado à escola sob a
Lei nº 1674 de 15 de setembro de 2006. No ano de 2007 foram construídas mais duas salas de
aula para atender a crescente demanda de alunos.
Sob a Lei Nº. 1243/01 de 01 de outubro de 2001, o Grupo Escolar Fortunato
Tarnowski passa a se chamar Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski.
Atualmente a Escola atende a aproximadamente 240 (duzentos e sessenta) alunos,
das séries iniciais do Ensino Fundamental, oriundos do próprio bairro, centro da cidade e mais
14 (quatorze) comunidades pertencentes ao município. Frequentam nossa escola alunos
vindos de Alto Café, Ribeirão Café, Serra da Borboleta, Serra da Gabiroba, Ribeirão Pisetta,
Angico, Angiquinho, Águas Verdes, Ribeirão do Ouro, Alto Sumidor, São José, Canoa
Quebrada ,Dois Irmãos,e dos bairros localizados na área urbana do município..
18.2. Aspectos Geográficos
Situado na região central de Santa Catarina, entre as longitudes 49º43’ e 49º56’ oeste
e latitude 27º00’e 27º16’ e uma altitude média de 360 metros, o município de Rio do Oeste
possui uma área de 270 Quilômetros quadrados, tendo como confrontantes os municípios de
Laurentino, Trombudo Central, Pouso Redondo, Taió, Dona Emma e Presidente Getúlio.
O clima rioestense é mesotérmico, tipo úmido, sem estação de seca. Sua temperatura
média anual oscila em torno de 20ºC, caracterizando-se por ocorrências de geadas. As chuvas
não têm época definida, sua precipitação anual é de 1500 mm. A topografia do interior do
município é bastante acidentada, compondo morros e montanhas. O solo cuja origem remonta
34
à era paleozoica, de modo geral é fértil. É banhado pelos mananciais da bacia hidrográfica do
rio Itajaí do Oeste, rica em fontes de águas que se transformam em ribeirões, riachos e rios,
frequentemente inundados pelas cheias.
Rio do Oeste possui uma rede viária de aproximadamente 1000 km de estradas
interligando todas as comunidades.
A distância do município até a capital é de 260 km.
O Bairro Gabiroba, sede da Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski,
possui uma área de aproximadamente 628.000 metros quadrados. Situa-se à margem direita
do rio Itajaí do Oeste, a 1 km e ao sul do centro da cidade, fazendo limites ao norte com a Rua
15 de novembro, ao sul com terras de Angelina da Silva (serra da Gabiroba), ao Leste com a
Rua Artur Nardelli, divisa de terras do Sr. Henrique Nardelli, Claudino dos Santos, Arno
Paternolli, Neli Gaspar Dutra e por uma faixa de 50 m. paralela à Rua Abílio Eleutério
Gonçalves e ao Oeste com o Ribeirão Gabiroba, terras de Leandro Bertolli Ind. e Com. Ltda.
e por uma faixa de 50 m. paralela à Rua Abílio Eleutério Gonçalves.
Os demais dados geográficos são os mesmos do município.
18.3. Aspectos Populacionais
Atualmente Rio do Oeste conta com 6729 habitantes, a maioria descendentes de
italianos, em seguida os alemães, poloneses e luso-brasileiros. No centro concentra-se 30% da
população e 70% vivem na zona rural.
O Bairro Gabiroba é povoado por aproximadamente 1.200 (um mil e duzentos)
pessoas, ou melhor, aproximadamente 350 famílias.
Pertencem à comunidade escolar cerca de 220 famílias. Sendo elas 49% residentes
no Bairro e centro da cidade e, 51% residentes nas comunidades vizinhas.
18.4. Aspectos Socioeconômicos
Oitenta e cinco por cento da economia do município baseia-se na agropecuária. A
base da agricultura é milho, arroz, feijão, mandioca e fumo, além de outras atividades
hortigranjeiras. O município é um grande centro de viveiristas (cultivo de mudas), em
especial citricultura, floricultura e reflorestamento. A pecuária igualmente, é uma fonte de
renda destacando o rebanho bovino, suíno e aves. O leite traz muitas divisas aos agricultores e
35
ao município. Os 15% restantes da economia, baseia-se nas poucas indústrias têxteis e
alimentícias, algumas microempresas e comércios. A maioria das famílias da zona urbana
possui casa própria e saneamento. A saúde conta com um hospital, posto de saúde com
ambulância, farmácia e postos de pronto atendimento. O nível de desemprego é pequeno,
porém pouca oferta de empregos. Talvez seja este o motivo da evasão populacional nos
últimos 30 anos.
Das famílias pertencentes à escola pode-se dizer que 50% sobrevivem da agricultura
e os demais da indústria, comércio e outros.
O nível sócio econômico é satisfatório, pois a maioria possui terreno e moradia. Os
mais carentes recebem assistência, através de programas como o bolsa família, bolsa escola,
assistência social, clube de mães, associação de mulheres.
18.5. Aspectos Educacionais
A preocupação dos pioneiros foi sempre a religião e a Educação.
Acostumados em Rodeio a ter uma educação sadia e cristã, fizeram questão em
trazer as Irmãs Catequistas Franciscanas que incentivaram não somente o Ensino Profano,
mas, também religioso.
Merecem destaque as primeiras mestras: Professora Filomena Girardi e
posteriormente, Irmã Liduina Venturi. Em seguida, outras Irmãs Catequistas fizeram-se
presentes desde 1917 a 1946.
A primeira escola funcionava à margem esquerda do Rio Itajaí do Oeste nas
dependências da primeira capela feita de madeira. Posteriormente, as Irmãs Catequistas
marcaram presença também nas comunidades interioranas, por diversos anos. Uma segunda
escola de madeira teve lugar na atual praça da igreja.
As Irmãs Catequistas exerceram um papel preponderante na educação dos filhos dos
colonizadores ministrando aulas, catequizando, doutrinando adultos, ensinando trabalhos
artesanais e até incentivando o cultivo de determinadas culturas.
Em 1946, chegaram às primeiras Irmãs da Consolata e continuaram o trabalho já
existente, além da preocupação da formação de jovens para as missões. Assumiram em 1949 a
direção da Escola Reunida “Professora Maria Gonzaga”.
Em 1956, esse estabelecimento de ensino passou a chamar-se “Grupo Escolar
Expedicionário Mário Nardelli”, em homenagem a um rioestense morto na Itália durante a
36
Segunda Guerra Mundial.
Em 1960 foi criado o ginásio Pio XII e em 1964, o curso normal.
Paralelamente ao ensino das Irmãs da Consolata, os padres da Consolata criaram
também o Ginásio Allamano em 1963, sob a direção do rioestense Padre José Girardi.
Em 1972, o Grupo Escolar, deixou de existir, dando lugar à Escola Básica
Expedicionário Mário Nardelli. Atualmente passou a se chamar Escola de Educação Básica
Expedicionário Mário Nardelli, onde estudam cerca de 800 alunos do Ensino Fundamental e
Ensino Médio.
Nas décadas de 40 em diante, devido a grande extensão territorial e o grande número
de filhos por família, fez surgir à necessidade de construir Escolas Isoladas em todas as
comunidades da área rural.
Nas escolas isoladas, o professor era conhecido como “MESTRE-ESCOLA”, e
exercia o papel de líder da comunidade e formador da consciência dos alunos, que
permaneciam na mesma comunidade dos pais.
O professor conduzia o ensino, simultaneamente, em regime multisseriado, para
crianças em diferentes estágios de aprendizagem, segundo a seriação convencional. Neste
sistema o professor não se ocupava mais que 45 minutos diários com cada turma, o que era
muito pouco para quem vai à escola para aprender durante quatro horas diárias.
Segundo uma pesquisa de campo realizada em Rio do Oeste, o professor gastava
pelo menos uma hora por dia para atender serviços de cozinha, de limpeza e de horta, além do
atendimento aos pais, sem contar ainda com todo serviço de escrituração que era feito em
horário extraclasse. As três horas que sobravam para o ensino, o professor tinha que dividir
entre as quatro turmas, o que comprovava que cada série tinha o acompanhamento sistemático
do professor durante um período menor que 45 minutos por dia.
Em 1991, Rio do Oeste contava com uma rede escolar formada por 44 (quarenta e
quatro) Unidades Escolares assim distribuídas:
Rede Estadual – 01 Colégio e 01 Escola Básica.
Municipalizadas – 01 Escola Reunida, 29 Escolas Multisseriadas, 01 Grupo Escolar
10 Jardins de Infância, 01 Creche.
Estavam matriculados 1.340 alunos distribuídos nas diversas redes e unidades de
Educação Infantil ao Ensino Médio.
- Colégio Estadual Expedicionário Mário Nardelli.
- Escola Básica Santa Catarina.
37
- Escola Reunida Professor Libânio de Oliveira.
- Grupo Escolar Fortunato Tarnowski.
- Escola Isolada Angico.
- Escola Isolada Anta Gorda.
- Escola Isolada Alto Águas Verdes.
- Escola Isolada Alto Ribeirão Café.
- Escola Isolada Alto Sumidor.
- Escola Isolada Cabeça D’ Danta.
- Escola Isolada Canoa Quebrada.
- Escola Isolada Ribeirão Café Fundos.
- Escola Isolada Ribeirão dos Reis.
- Escola Isolada Ribeirão Franzói.
- Escola Isolada Ribeirão do Tigre.
- Escola Isolada Santa Luzia.
- Escola Isolada São José.
- Escola Isolada Serra do Amoado.
- Escola Isolada Alto Toca Grande.
- Escola Isolada Águas Verdes.
- Escola Isolada Dois Irmãos.
- Escola Isolada Eliseu Schmidt.
- Escola Isolada Gabiroba.
- Escola Isolada Nova Esperança.
38
- Escola Isolada Ribeirão do Ouro.
- Escola Isolada Ribeirão Pisetta.
- Escola Isolada Serra da Borboleta.
- Escola Isolada Serra da Boa Vista.
- Escola Isolada Serra da Gabiroba.
- Escola Isolada Serra São Jorge.
- Escola Isolada Sumidor.
- Escola Isolada Toca Grande II.
- Escola Isolada Valada Angico.
- Jardim de Infância Anjo da Guarda.
- Jardim de Infância Criança Esperança.
- Jardim de Infância Criança Feliz.
- Jardim de Infância Criança Sapeca.
- Jardim de Infância Estrela D’ Alva.
- Jardim de Infância Grilo Falante.
- Jardim de Infância Menino Deus.
- Jardim de Infância Pequeno Polegar.
- Jardim de Infância Pequeno Príncipe.
- Jardim de Infância Pingo de Gente.
- Creche Nossa Senhora Menina.
Visando melhorar sempre mais a educação, no ano de 1991, a Administração
Municipal, iniciou estudo sobre o Projeto de Nucleação, entendendo que havia necessidade da
Escola acompanhar o desenvolvimento acelerado dos outros setores e a necessidade de uma
39
formação integral e participativa. Em 1993 com a elaboração do Plano Decenal, o assunto
Nucleação, apareceu como prioridade. Com isso, iniciou o Processo de Desativação das
Unidades Escolares com matrícula entre 05 e 12 alunos.
No ano de 1995, houve a redução de 33,33% do número de escolas.
Com a redução do número de alunos em todas as escolas, e o direito do aluno receber
uma educação integral, não foi mais possível um único professor atender várias séries ao
mesmo tempo, fazendo limpeza, merenda, atendendo crianças doentes e atendendo pais e
comunidade.
Com o passar dos anos houve acentuado êxodo rural, o que diminuiu
consideravelmente o número de alunos matriculados nestas pequenas escolas. Esta realidade
impôs um novo planejamento às Escolas Municipais.
O novo Planejamento passou a ser chamado nucleação, envolvendo as escolas
multisseriadas. O projeto consistia em agrupar as pequenas escolas formando núcleos
escolares.
Para a implantação do projeto foram realizadas reuniões com as comunidades para
explicar-lhes as vantagens da nucleação.
Com a nova LDB de 20 de dezembro de 1996 o Ensino Fundamental (1ª a 8ª série)
passou a ser rigorosamente obrigatório contribuindo para que o transporte escolar
contemplasse todas as comunidades do interior do município, finalizando o processo de
nucleação, resultando em 07 núcleos educacionais, 01 estadual e 06 municipais. Assim
constituídos:
ESCOLA BÁSICA SANTA CATARINA – TOCA GRANDE - de 1ª a 8ª série.
GRUPO ESCOLAR FORTUNATO TARNOWSKI – BAIRRO DA GABIROBA –
SC – de 1ª a 4ª série.
ESCOLA ALTO SUMIDOR – ALTO SUMIDOR – SC – de 1ª a 4ª série.
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA EXPEDICIONÁRIO MÁRIO NARDELLI,
para o ensino fundamental e médio.
JARDIM DE INFÂNCIA MENINO DEUS no centro do município (jardim e pré).
JARDIM DE INFÂNCIA CRIANÇA SAPECA na localidade de Toca Grande
(jardim e pré). Funcionando no mesmo prédio da Escola Básica Santa Catarina.
JARDIM DE INFÂNCIA PEQUENO PRINCIPE, na localidade de Alto Águas
Verdes (jardim e pré).
No ano de 1998, foi criado no município, representado por pessoas de diversas
entidades, o Conselho Municipal de Educação, que tem por finalidade contribuir nas decisões
40
e atividades educacionais.
Através da Lei nº. 1243.2001 de 01 de outubro de 2001 fica alterada a identificação
das unidades escolares da rede de ensino do município de Rio do Oeste.
No Artigo 2º da referida lei fica alterada a identificação da atual unidade escolar da
rede municipal de ensino de Grupo Escolar Fortunato Tarnowski para Escola de Ensino
Fundamental Fortunato Tarnowski.
Assim, a Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski passa a ser núcleo
abrangendo alunos oriundos de 15 (quinze) localidades: Serra da Gabiroba; Bairro Gabiroba;
Centro; Ribeirão Café; Alto Café; Serra da Borboleta; Angico; Angiquinho; Águas Verdes;
Sumidor; Alto Sumidor; Ribeirão do Ouro; São José; Canoa Quebrada e Dois Irmãos.
No ano de 2002, foi extinta a Escola de Ensino Fundamental Vereador Agustinho
Haverroth. Estes alunos foram distribuídos entre as demais escolas do município. Também em
2002 foi extinto o Jardim de Infância Pequeno Príncipe, cujos alunos passaram a frequentar o
Centro de Educação Infantil Menino Deus no centro do município, sendo conduzidas pelo
transporte escolar.
18.6. Aspectos Culturais
O município procura manter acesa as manifestações culturais deixadas pelos
pioneiros imigrantes através de canções, danças, teatros, jogos, grupos folclóricos, pinturas,
bordados, festas, comidas, bebidas e outras.
Tradicionalmente é realizada a FEPOL, (Festa Estadual da Polenta) com repercussão
nacional. Foi criada no ano de 1998, a FEARTE (Feira de Artes), envolvendo alunos de todas
as unidades escolares rioestenses.
Todo o ano realiza-se o desfile cívico em homenagem a Pátria envolvendo alunos de
todos os educandários do município e diversas entidades municipais.
Podemos destacar as festas dos padroeiros das diversas comunidades, já que a
religião predominante é a católica, em seguida Assembleia de Deus e evangélicos.
Os idiomas de origem, ainda são conservados em diversas famílias, bem como nos
diferentes encontros comunitários (clube dos idosos, cultos e visitas).
Faz parte da tradição de nossa escola a festa da Escola, festa folclórica de São João,
gincanas culturais, dias esportivos, passeios, jogos escolares, participação em eventos
promovidos por outros municípios como a Feira de Matemática a nível regional e estadual,
Feira Multidisciplinar a nível municipal e outros aspectos acima citados.
41
Com o objetivo de despertar o interesse do educando voltado para a música,
estimular a responsabilidade e contribuir para a disciplina, no ano de 2001 foi fundada a
Fanfarra Fortunato Tarnowski, composta por alunos, pais e amigos da escola.
É importante ressaltar que para complementar as aulas, manter e adquirir cultura
realizamos, durante o ano letivo, viagens de estudos das quais participam os alunos e
professores.
18.7. Aspectos Desportivos
O município não conta com o desporte profissional, mas somente para lazer, com
exceção da bocha, que é destaque em jogos regionais e estaduais.
A principal prática desportiva é o futebol de campo, pois cada comunidade possui
campo próprio, participando anualmente do campeonato municipal. O futebol de Salão e
suíço, o voleibol, o baralho, o dominó, o bolão, tênis de mesa e a mora, também se destacam.
19. QUADRO DE PESSOAL DA ESCOLA
Para prestar serviços públicos, à população, à administração pública precisa se
organizar e contar com pessoal permanente e temporário.
Para assegurar uma escola pública de qualidade são necessários:
• Profissionais de educação ou magistério: servidores que exercem a docência e as
atividades de suporte pedagógico direto à docência, ou seja, docentes e profissionais da
administração, supervisão, inspeção e orientação educacional.
• Demais trabalhadores em educação: servidores que desenvolvem atividades-
meio nas instituições de ensino e órgãos da educação correspondendo ao pessoal de apoio e
técnico-administrativo, como motoristas, vigias, serventes, merendeiras, secretários de escola,
assim como profissionais de nível superior: bibliotecário, psicólogo e nutricionista.
Nas escolas públicas, a seleção de professores realizada pela secretaria de educação
que promove concursos públicos, firma contatos e designa professores e funcionários para as
escolas de sua rede. Nas escolas, cabe às equipes gestoras receber os servidores enviados
pelas respectivas secretarias.
No magistério público o ingresso deve ocorrer exclusivamente por concurso público
de provas e títulos. Entre os requisitos para preenchimento dos cargos de magistério deve ser
42
considerado a formação exigida pela LDB para o exercício profissional.
Para docência na educação básica, exige-se formação em nível superior, licenciatura
plena, admitindo-se a formação em nível médio, modalidade normal, para a atuação na
educação infantil e nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental.
Para o suporte pedagógico à docência, os profissionais de educação básica para
administração, planejamento, inspeção, supervisão o orientação educacional podem ser
formados em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação. E devem ter,
no mínimo dois anos de experiência prévia na docência (resolução 3/97 da CEB/ CNE).
Uma vez aprovado em concurso público, para tornar-se servidor, o cidadão precisa
ser nomeado, tomar posse e entrar em exercício no serviço público.
A nomeação é publicada no Diário Oficial do Estado ou do município. A posse
marca o inicio dos direitos dos direitos e dos deveres funcionais do servidor. O exercício
corresponde ao desempenho das atribuições do cargo ou função pública.
Na data em que o servidor passa a desempenhar suas atribuições, inicia-se o estágio
probatório, com duração de três anos. Neste período, os servidores são submetidos à avaliação
especial de desempenho, como condição para confirmação no cargo público. A direção da
escola deve ter participação ativa neste processo, articulando-se com a Secretaria de Educação
para assegurar avaliação consequente dos servidores.
Concluído o estágio probatório, o servidor adquire estabilidade no serviço público. O
servidor poderá ser demitido em decorrência de infração ou irregularidade seguida de
inquérito administrativo, podendo ser dispensado do serviço público por insuficiência de
desempenho ou por excesso de cargos.
O cargo público corresponde a um lugar na organização do serviço público, com
denominação própria, atribuições específicas e vencimento pago pelos cofres públicos, para
ser ocupado por um titular.
19.1. Cargo Efetivo
Posto de trabalho permanente ocupado por prazo indeterminado por servidor
profissional, selecionado por sua competência técnica e não por critérios político-partidários.
Ocupado por servidor com vínculo jurídico com o Estado como Organização Política
da sociedade, que permanece em seu posto de trabalho independentemente da mudança de
governo, garantindo a continuidade da prestação dos serviços públicos.
43
O acesso a cargo efetivo somente pode se dar com a aprovação prévia em concurso
público.
19.2. Cargo em Comissão ou Comissionado
Posto de trabalho provisório, ocupado de forma temporária, sem que seu titular
adquira direito de permanência no serviço público.
Cargo de confiança, de caráter predominantemente político, podendo ser ocupado
por pessoas estranha aos quadros administrativos ou por servidor público.
De livre nomeação (sem necessidade de prévia aprovação em concurso público) e a
livre exoneração (seu titular pode ser demitido a critério exclusivo da autoridade competente).
Além dos cargos existem funções públicas, como as funções de direção, chefia e
assessoramento as quais não correspondem a cargos específicos e se caracterizam como
funções de confiança reservadas a servidores de carreira, ou seja: devem ser exercidas
exclusivamente por servidores com cargo ou emprego público permanente.
A todo cargo correspondem determinadas atribuições. Ao cargo de professor
corresponde a função da docência. Entretanto, existem funções que não correspondem a
cargos específicos. A direção das escolas corresponde a uma função de confiança exercida por
um ocupante de cargo de magistério, designado para exercê-la por determinado período.
Pode ser ainda firmado contrato temporário de trabalho, por tempo determinado. É o
caso de serviços eventuais de reformas em prédios escolares ou da contratação de professores
para substituições temporárias, ou na ausência de bancos de concursados, suprir
provisoriamente vaga no quadro permanente.
20. ASPECTOS FÍSICOS DA ESCOLA
20.1. Condições Físicas e Ambientais da Escola
Área do terreno: 2.600 m².
Área construída: 623,33 m².
Tipo de construção: Prédio de alvenaria
Pátio externo: 1176,67 m². com pedra brita e gramado.
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DENOMINAÇÃO QUANTIDADE DIMENSÃO
Secretaria 01 15m²
Banheiro secretaria 01 3,3m²
Salas de aula 08(48m²) 288m²
Cozinha 01 28.5m²
Depósito p/ alimentos 01 3.06m²
Banheiro alunos fem. 03 12.16m²
Banheiro alunos masc. 03 11.89m²
Pátio coberto 01 191.36m²
Sala dos professores 01 56.45m²
Banheiro professores 01 1.8m²
Almoxarifado 01 11.25m²
Sala apoio pedag. 01 24.5m²
Sala de Informática 01 48m²
Corredor 01 40.8m²
Coberto mesa pingue-pongue 01 22.5m²
Quadra de esportes 01 800m²
20.1.1. O Prédio Escolar
Encontra-se em bom estado. Foi reformado e ampliado no ano de 2001 e sofreu
alterações nas repartições, bem como a construção de 03 salas de aula. Há necessidade de uma
área coberta para Educação Física e outras atividades.
Contamos ainda, com uma área de 800 metros quadrados (campo de futebol,
construído no ano de 2002), para as aulas de Educação Física e demais atividades e, 01 Centro
de Múltiplo Uso com uma área aproximada de 200 metros quadrados. A escola o usa como
auditório, realização de Festivais e reuniões e o desenvolvimento das ações propostas pela
escola e comunidade em geral.
No ano de 2004, as salas de aulas foram reformadas (colocação de piso, pinturas e
colocação de persianas). Os banheiros dos alunos foram ampliados e colocado piso até o teto.
A cozinha também foi ampliada com piso até o teto. Em 2006 a sala dos professores e a sala
de informática foram reformadas com colocação de piso cerâmico e pintura nova.
Em 2007 foram construídas duas novas salas de aula.
45
No ano de 2008, foi ampliado o pátio e construído um playground com recursos da
APP.
20.1.2. Os Móveis
Os móveis escolares, principalmente cadeiras e carteiras são em número suficiente,
porém, algumas carteiras e cadeiras precisam de reposição.
20.1.3. A Cozinha
Foi ampliada e reformada no ano de 2004, e apresenta bom aspecto e higiene. É bem
equipada com utensílios domésticos tanto para preparar como acondicionar alimentos. Tem
01 ventilador, 01 exaustor, 01 depósito para acondicionar alimentos e piso até o teto.
20.1.4. Material Eletrônico
A escola possui 02 linhas telefônicas (543.0341 e 543.0524) e Internet (via banda
larga – 1 Mb/s) na Secretaria, sala dos professores e na sala de informática. Para a
escrituração contamos com o auxílio de 01 computador, 02 impressoras matriciais, 01 a jato
de tinta, 01 multifuncional. Temos 02 aparelhos de vídeo cassete, 04 televisores (01=29”;
02=20” e 03=14”), 01 antena parabólica, 01 retroprojetor, 09 ventiladores, 06 micro system,
02 DVD, 01 câmera digital, 01 filmadora. A escola conta também com um laboratório de
informática equipado com 13 computadores com acesso à internet banda larga a disposição
dos alunos e professores.
20.1.5. Água
O abastecimento de água é feito por meio da Rede Pública (CASAN). Parte do
abastecimento da escola é feito direto da rede e outra parte armazenada em caixas d’água, as
quais são limpas periodicamente para garantir a boa qualidade da água. Em 2008 a APP
adquiriu um filtro de água, que filtra toda a água consumida na escola.
46
20.1.6. Energia Elétrica
Servida pela rede pública estadual (CELESC), sendo energia trifásica dividida em
rede, uma na parte administrativa e cozinha, outra para as salas de aula e outra para sala de
informática. As lâmpadas são todas fluorescentes.
20.1.7. Ornamentação e Jardinagem
O aspecto visual externo está muito bem representado através de canteiros com
flores, árvores sombreiras e bancos. Os jardins são mantidos pela Prefeitura e pelos pais da
escola, juntamente com a direção da escola.
20.1.8. Material Didático
A escola possui um acervo bibliográfico (mais de 3.000 livros registrados) contendo
livros de literaturas, didáticos, dicionários, enciclopédias e assinaturas de jornais e revistas.
Além do material eletrônico, possui 06 mimeógrafos a álcool, mapas, globos, jogos didáticos
e materiais de uso diário (papel pardo, ofício, fita adesiva etc.). Considerável parte deste
material é fornecido pela Secretaria Municipal da Educação e o restante a APP compra.
20.1.9. Destino do Lixo
Preocupada com a preservação do meio ambiente e bem estar social a escola
desenvolve um trabalho que é extensivo à comunidade. Todo o lixo produzido na escola é
separado em lixeiros definidos e coletados 03 vezes por semana por um pessoal responsável
pelo destino correto do lixo e conduzido ao Centro Municipal de Triagem e Valorização do
lixo. O lixo orgânico (restos da merenda) é doado para os vizinhos tratarem os suínos.
Todas as pessoas que fazem parte da escola estão comprometidas com esse processo.
No ano de 2003, a escola foi presenteada com uma bicicleta pela Transportadora Magneski
(empresa que coleta o lixo), pela boa separação do lixo.
47
20.1.10. Alimentação Escolar
Obedece ao que está previsto no Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O
cardápio é elaborado pela nutricionista, cumprindo normas de higiene de acordo com a
legislação. Com a municipalização da merenda, a maioria dos produtos consumidos é
adquirida diretamente dos produtores rurais e do comércio local. Grande parte das hortaliças
consumidas na escola são produzidas na horta municipal, sem o uso de fertilizantes químicos.
Os alunos recebem 01 lanche por período, seguindo um cardápio elaborado pela
nutricionista. Ex:
2ª feira – sanduíche de mortadela com todi.
3ª feira – risoto
4ª feira – feijoada
5ª feira – polenta com frango
6ª feira – bolacha com suco e frutas
20.1.11. Transporte Escolar
O Transporte Escolar em nossa escola, obedece ao que determina o Decreto nº. 137/
97 que dispõe sobre os beneficiados do transporte escolar. O mesmo é realizado por empresas
terceirizadas que participam de processos licitatórios todo início de ano. Ao todo são 9 linhas
que transportam alunos que residem a uma distância superior a 3 km da escola. As linhas são
as seguintes:
Linha 6 – Serra da Gabiroba e Centro
Linha 7 – Ribeirão do Ouro e Centro
Linha 8 – Angico e Centro
Linha 9 – Serrada Borboleta e Centro
Linha 10 – Águas Verdes
Linha 11- Serra dos Poloneses e Centro
Linha 12- Morro do Café e Centro
Linha 13 – Dois Irmãos e Centro
Linha 14 – Serra da Filomena e Centro
Os alunos que residem à uma distância inferior à três quilômetros utilizam vans
particulares, bicicletas ou vem a pé.
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20.1.12. Música
A musicalidade faz parte da escola. Os projetos Corais, flautas e fanfarra são
desenvolvidos em horários extraclasse. As aulas de canto, flauta e violão são dadas por
professores habilitados. Já a fanfarra é regida por pessoas da comunidade. A escola dispõe de
01 teclado Cassio, 01 violão, 10 estantes, 10 bancos e 37 instrumentos de fanfarra (06
Bumbos; 09 surdos; 09 caixas; 05 repiques e 08 pratos). Além disso, a escola dispõe de 40
uniformes (marinheiro) e 40 uniformes azuis para a fanfarra e 25 batas para o coral. Em 2005
adquirimos uniformes novos para os integrantes da fanfarra.
20.1.13. Material Esportivo
Para as atividades de educação física, a escola utiliza o campo de futebol, bem como
outras dependências da escola e da comunidade. Dispomos de: rede de vôlei, bolas de
futebol, bolas de vôlei, e outras bolas, mesa de pingue-pongue, e diversos jogos, além de
muita criatividade por parte dos professores e alunos.
20.1.14. Biblioteca
A escola não dispõe de Biblioteca. Porém, o acervo bibliográfico é guardado na Sala
dos professores e na Secretaria. O acervo é composto por livros de pesquisas, didáticos,
romances, histórias infantis, coleções com CD’s, dicionários, bíblicos, etc.
Todos os livros estão registrados em catalogo próprio, controlando a entrada e
distribuição. Atualmente mais de 3.000 livros estão catalogados.
Para a retirada de livros para leitura, o professor anota o nome em caderno próprio,
afim de fazer o devido controle.
20.1.15. Salas de Aula
Todas as salas estão equipadas com carteiras e cadeiras individuais, mesa do
professor, 02 estantes com 32 lugares cada, quadro negro moldado na parede, ventilador de
parede, lixeiros, sarrafos nas paredes para fixação de cartazes, janelas basculantes e persianas
verticais. Cada sala é pintada internamente com cores claras, A decoração das salas é feita
49
pelos professores regentes e alunos, expondo trabalhos, cartazes de aniversariantes e frases
reflexivas. Foram reformadas no ano de 2004 (colocação de piso cerâmico, pinturas e
colocação de persianas). Todas têm 48m², e lâmpadas fluorescentes duplas.
20.1.16. Sala dos Professores
A sala dos Professores tem 56 m², piso cerâmico, está equipada com 02
computadores, 01 scanner, 01 impressora matricial, telefone, internet, 01 TV 20” conectada à
parabólica, 01 vídeo cassete e 01 ventilador. Possui 01 banheiro, 03janelas basculantes e um
escaninho para os professores. É nesta sala onde os professores reúnem-se para tomar o
lanche e discutir assuntos pertinentes à escola, bem como preparar as atividades.
20.1.17. Sala de Informática
Equipada com 13 computadores todos conectados a internet . Os computadores estão
acomodados em mesas especiais feitas de MDF, fixas nas paredes. Os alunos sentam em
bancos coletivos de madeira. O piso é cerâmico. Para arejar o ambiente temos 01 ar
condicionado e janelas com persianas verticais. A sala é protegida com porta e grade de ferro
nas janelas e também com um sensor de alarme. Utilizamos também a sala para sessões de
vídeo e DVD.
20.1.18. Segurança
A escola é cercada por muros e portões. O campo de futebol é todo cercado por telas,
contribuindo para a segurança dos alunos durante o recreio e outras atividades. Existem
sensores de alarmes na Sala dos professores, Cozinha, Secretaria e Sala de Informática. Além
disso, a escola tem seguro total contra roubos e incêndios. Mesmo assim, existem extintores.
Outro fator positivo é que a escola localiza-se em meio a várias residências, nas quais moram
pessoas que preocupam-se e zelam pela segurança da escola.
20.1.19. Pátio Coberto
O pátio coberto é o local onde os alunos reúnem-se juntamente com o diretor e/ou
50
professores, para receberem os avisos e combinar algumas ações, bem como tomar o lanche e
brincar. No ano de 2004, foi colocado piso cerâmico antiderrapante e as paredes foram
pintadas. Está muito bem decorado através de pinturas e atividades feitas pelos alunos e
professores.
20.1.20. Escovação
A escovação dos dentes é realizada todos os dias, em horários pré estabelecidos para
cada turma de alunos. As escovas e o creme dental ficam sob os cuidados das crianças. Os
alunos são acompanhados regularmente pelo dentista, com palestras de orientação,
observação e indicação para atendimento odontológico. Desde o ano de 2005 são
encaminhados semanalmente 8 alunos ao posto de saúde onde são atendidos pelo dentista.
20.1.21. Primeiros Socorros
Caso ocorram pequenos acidentes a escola conta com materiais de primeiro socorros.
Este atendimento é feito pelo professor que está disponível ou por uma auxiliar. A escola não
serve nenhum tipo de medicamento, a não ser, aquele trazido pelo próprio aluno com
indicação médica. Os chás caseiros são servidos conforme a necessidade.
20.1.22. Videoteca
Composta por fitas de documentários, TV Escola, coleções de fitas sobre animais e
plantas, histórias infantis, filmes, fitas de vídeokê, atividades realizadas pela escola e eventos
nos quais a escola participou.
As fitas estão armazenadas em armário próprio, todas registradas em catálogo.
20.1.23. Material de Reparo
Para pequenos consertos temos a disposição, 01 furadeira elétrica, 01 jogo de chaves
combinadas, 01 serrote para madeira, 01 serra de cortar ferro, 01 facão, 01 martelo, 02
alicates, 02 extensões, 01 tesoura de poda, fechaduras, enxadas, pás, carrinho de mão, chaves
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de fenda, pregos, parafusos, material de encanamento, material elétrico, 01 trena, 01 metro,
etc.
21. INCLUSÃO DE ALUNOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS
As duas últimas décadas foram marcadas por movimentos sociais importantes,
organizados por pessoas com deficiência e por militantes dos direitos humanos, que
conquistaram o reconhecimento do direito das pessoas com deficiência à plena participação
social. Essa conquista tomou forma nos instrumentos internacionais que passaram a orientar a
reformulação dos marcos legais de todos os países, inclusive o Brasil.
Um desses instrumentos é a Declaração/Programa de Ação da Conferência mundial
sobre Direitos Humanos de Viena (1993), que ratificou o princípio da Diversidade e
estabeleceu, ao lado do direito à igualdade, o direito à diferença: o reconhecimento da
pluralidade de sujeitos portadores de direitos e de seus direitos específicos como parte
integrante e indivisível da plataforma universal dos Direitos Humanos.
Isso significou o rompimento de um paradigma centrado na ideia de integração das
pessoas com deficiência, que visa aproximá-las dos padrões de normalidade vigentes, em
favor de um outro, o da inclusão, centrado na mudança radical das práticas sociais com
respeito à diferença. No artigo 22 da declaração de Viena está expresso: " Deve-se dar atenção
especial às pessoas portadoras de deficiência, visando assegurar-lhes um tratamento não
discriminatório e equitativo no campo dos direitos humanos e liberdades fundamentais,
garantindo sua plena participação em todos os aspectos da sociedade"....
Durante muitos anos, nossa escola tem em suas matriculas alunos portadores de
necessidades especiais. Iniciamos este processo de inclusão no ano de 2002, através de muito
diálogos entre professores, especialistas, pais, alunos e comunidade escolar. Em seguida,
criamos uma sala a qual denominamos “sala de atendimento alternativo”. Nesse ambiente,
recebemos 09 alunos e 01 professora habilitada em Pedagogia – Educação Especial. Os
alunos apresentavam as seguintes deficiências: 04 Síndrome de Down; 03 Deficiência Mental;
01 Deficiência Auditiva e 01 Deficiência Visual.
A princípio, estes alunos criaram uma certa resistência de convívio com o grupo.
Porém, após a participação deles com os demais alunos durante o recreio, nas aulas de
Educação Física e outras atividades, permitiu a socialização entre o grupo, professores e
demais funcionários.
52
Diante de muito esforço, planejamento e desenvolvimento de ações pedagógicas, a
partir do ano de 2003, todos os alunos portadores de deficiências estão inclusos em sala de
aula regular,. O convívio com os demais alunos é muito bom, querem fazer as mesmas
atividades que a classe desenvolve, gostam de receber ajudas dos colegas e, principalmente,
são muito carinhosos.
22. PROJETOS E AÇÕES DESENVOLVIDAS NA ESCOLA
- Projeto Música – Oferecido no período extra classe, os alunos podem participar de
oficinas de violão ou flauta com a professora Carla Bertoldi Possamai. (Início em 2002)
- Projeto Dança – oferecido no período extra classe, os alunos podem optar por aulas de
balé, street dance ou dança folclórica sob a coordenação da professora Marilú Carlini de
Moraes
- Projeto Fanfarra – com os objetivos de desenvolver a participação dos jovens em
trabalhos coletivos e possibilitar o aprimoramento de técnicas musicais, incentivando o
resgate da fanfarra como patrimônio cultural e cívico. O projeto teve início em 2002 e
conta com a participação de alunos e ex alunos e voluntários como instrutores.
- PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência) – (Escola,
Polícia e Família) – alunos da 4ª série recebendo orientações de como reconhecer e resistir
às pressões que poderão influenciá-los a experimentar as drogas, ajudando-os a
reconhecer os perigos que as drogas e violências causam.
- Projeto Conscientização Por Inteiro- Consiste na Formação de Fiscais Sanitários Mirins
e é voltado à alunos do Ensino Fundamental de 4ª a 8ª séries (atualmente denominadas de
5ª a 9ª séries).
Propõe trazer a problemática sanitária para dentro da escola, significando uma vivência
contínua, que impregne as aulas regulares e as atividades extra classe.
É executado pela Secretaria Municipal da Saúde e Assistência Social – Departamento de
Vigilância Sanitária, em parceria com a CIDASC e Secretaria Municipal de Agricultura e
Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Educação e todas as escolas da rede municipal.
- Projeto Baú Mágico de Leitura – Com o objetivo de incentivar a leitura e o contato com
livros variados e tornar a leitura um ato prazeroso possibilitando a integração dos pais e
familiares, a escola desenvolve o projeto baú mágico de leitura. Cada turma tem um baú
53
com diversos livres de acordo com a faixa etária e um caderno de registros. Toda segunda-
feira e quinta-feira um aluno leva o baú para casa, faz as leituras que desejar e registra o
resumo de um livro no caderno.
- Projeto rádio na escola - Pela necessidade de se desenvolver nos educandos habilidades
da leitura e escrita, organização , a comunicação, o despertar da consciência crítica para o
trato com as informações da mídia, as turmas organizam toda semana um programa de
rádio com histórias, notícias, recados, músicas, etc, que vai ao ar internamente, através do
sistema de som.
23. SISTEMA DE FUNCIONAMENTO
Assim como a sociedade avança, a educação também. Sabedores desta realidade e
buscando o desenvolvimento em relação ao aprendizado no ano de 1999 iniciamos as aulas
por disciplinas de 1ª a 4ª série, a título de experiência.
Cientes de que encontraríamos dificuldades (horário e número de professores na 1ª
série), procuramos colocar aulas faixas e prioridade na escolha da disciplina para o professor
com maior experiência na área. Confiantes na iniciativa e colaboração dos professores
colocamos em prática, obtendo as seguintes definições:
Cada série passou a ter, além de professores de artes, educação física e inglês, mais
dois professores para as demais disciplinas, de acordo com a formação, afinidade e
preferência do educador.
Esse sistema vigorou até o ano de 2006, quando a Secretaria de Educação após vária
reuniões com toda equipe pedagógica, professores e especialistas, decidiu voltar ao sistema
antigo, onde um professor ficaria responsável pela maioria das disciplinas, ficando as
disciplinas de Artes, Educação Física, e Inglês sob responsabilidade de profissional habilitado
na área.
Adotou-se no ano de 2006 a Pedagogia de Projetos, trazendo uma nova perspectiva
para entendermos o processo ensino-aprendizagem. A partir deste novo paradigma aprender
deixa de ser um simples ato de memorização, e ensinar não significa mais repassar conteúdos
prontos (Hernandez, 1998 e 2000). Nessa postura, todo conhecimento é construído em estreita
relação com o contexto em que é utilizado, sendo, por isso mesmo, impossível separar os
aspectos cognitivos, emocionais e sociais presentes nesse processo. A formação dos alunos
54
não pode ser pensada apenas como uma atividade intelectual. É um processo global e
complexo, no qual conhecer e intervir no real não se encontram dissociados.
Segundo Jolibert e colaboradores (1994, a e b), ao participar de um projeto, o aluno
está envolvido em uma experiência educativa em que o processo de construção de
conhecimento está integrado às práticas vividas. Esse aluno deixa de ser, nessa perspectiva,
apenas um “aprendiz” do conteúdo de uma área de conhecimento qualquer. É um ser humano
que está desenvolvendo uma atividade complexa e, que nesse processo, está se apropriando,
ao mesmo tempo, de um determinado objeto de conhecimento cultural e se formando como
sujeito cultural. Isso significa que é impossível homogeneizar os alunos. É impossível
desconsiderar sua história de vida, seus modos de viver, suas experiências culturais, e dar um
caráter de neutralidade aos conteúdos, desvinculando-os do contexto sócio histórico que os
gestou. Abrantes (1995) aponta algumas características fundamentais do trabalho com
projetos:
· um projeto é uma atividade intencional: o envolvimento dos alunos é uma
característica-chave do trabalho de projetos, o que pressupõe um objetivo que dá unidade e
sentido às várias atividades, bem como um produto final que pode assumir formas muito
variadas, mas procura responder ao objetivo inicial e reflete o trabalho realizado.
· num projeto, a responsabilidade e autonomia dos alunos são essenciais: os alunos
são corresponsáveis pelo trabalho e pelas escolhas ao longo do desenvolvimento do projeto.
Em geral, fazem-no em equipe, motivo pelo qual a cooperação está também quase sempre
associada ao trabalho.
· a autenticidade é uma característica fundamental de um projeto: o problema a
resolver é relevante e tem um caráter real para os alunos. Não se trata de mera reprodução de
conteúdos prontos. Além disso, não é independente do contexto sociocultural, e os alunos
procuram construir respostas pessoais e originais.
· um projeto envolve complexidade e resolução de problemas: o objetivo central do
projeto constitui um problema ou uma fonte geradora de problemas que exige uma atividade
para sua resolução.
· um projeto percorre várias fases: escolha do objetivo central, formulação dos
problemas, planejamento, execução, avaliação, e divulgação dos trabalhos. Com base nessas
características podemos situar os projetos como uma proposta de intervenção pedagógica que
dá à atividade de aprender um sentido novo, através dos quais as necessidades de
aprendizagem afloram nas tentativas de se resolver situações problemáticas. Para Jolibert e
colaboradores (1994, a e b), um projeto gera situações de aprendizagem ao mesmo tempo
55
reais e diversificadas. Possibilita, assim, que os educandos, ao decidirem, opinarem,
debaterem, construam sua autonomia e seu compromisso com o social, formando-se como
sujeitos culturais.
24. ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO ESCOLAR
Recepção: Os alunos são recepcionados pela Direção ou professores, no pátio
interno, no início da aula, onde comentam sobre as programações do dia, avisos e demais
assuntos pertinentes à vida escolar. Em seguida, os alunos são conduzidos às salas de aula
onde esperam a chegada do professor. Todas as sextas-feiras fazemos homenagem cívica com
os alunos e homenageamos os alunos que durante a semana fizeram aniversário.
Horário de sinais: as aulas são de 55 minutos. Às 07h e 30 min. iniciam-se as aulas,
sendo que o recreio é de 20 minutos. Encerram-se às 11h e 30 min. No período da tarde as
aulas iniciam-se às 13h e 15 min. encerrando às 17h e 15 min.
24.1. Calendário Escolar
O calendário escolar é elaborado de acordo com a legislação vigente pela direção e
secretaria municipal de educação onde são definidos os dias letivos, dias de trabalho escolar
efetivo, dias de estudo, conselho de classe, recesso escolar e eventos programados.
O início e o término do ano letivo serão definidos pela secretaria municipal de
educação.
24.2. Organização do Ensino
Estabelecendo o número de alunos por série e ou turmas de acordo com a lei
complementar nº 170-07/08/98, da Proposta Curricular do estado de Santa Catarina o número
de educandos por sala de aula, é definido de acordo com critérios técnicos e pedagógicos,
deve ser tal que possibilite adequada comunicação do aluno com professor e aproveitamento
eficiente e suficiente.
Nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, o número máximo de alunos por turma é
30.
56
24.3. Normas de Organização e Convivência da Comunidade Escolar
Estas normas contemplam os princípios que regem as relações profissionais e
interpessoais - os direitos e deveres dos participantes do processo educativo - as formas de
acesso e utilização coletiva dos diferentes ambientes escolares: a responsabilidade individual
e coletiva, manutenção de equipamentos, materiais, sala de aula e demais ambientes. Terá
como base os seguintes princípios:
- Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
- Garantia de padrão de qualidade;
- Valorização do profissional da educação escolar;
- Respeito a liberdade a apreço a tolerância;
- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte
e o saber;
- Igualdade de acesso e permanência na escola;
- Valorização da experiência extra escolar;
- Vinculação entre a educação escolar, trabalho e as práticas sociais;
- Atendimento ao educando, através de suplementos com o material escolar,
transporte e alimentação;
- Fixar o calendário escolar, horário das aulas, atividades escolares, conforme a
legislação vigentes;
- Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aulas estabelecidos;
- Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
- Prover meios para recuperação dos alunos de menor rendimento;
- Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
- Aplicar penalidades disciplinares aos professores, funcionários e alunos da escola
segundo as disposições do PPP;
- Articular-se com as famílias e a comunidade criando processos de integrações da
sociedade com a escola;
− Informar os pais ou responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos
bem como a execução de sua proposta pedagógica na elaboração do projeto pedagógico da
escola;
− Planejar e coordenar a distribuição da merenda escolar aos alunos;
− Manter a limpeza e a ordem de todos os compartimentos do prédio escolar, bem
como a conservação dos móveis e outros utensílios;
57
− Participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes;
− Participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
− Organização de classes, ou turmas com alunos de séries distintas com níveis de
adiantamento de matéria e para o ensino de língua estrangeira;
− Alcançar relação adequada entre o professor, a carga horária e as condições
materiais da escola;
− Organização escolar própria incluindo adequação do calendário escolar;
− Alcançar relação adequada entre o número de alunos por classe mediante o plano
de matrículas e as condições físicas do estabelecimento;
− Conteúdos curriculares e metodológicos apropriados as reais necessidades e
interesses dos alunos;
− Condições ao espaço físico adequada ao trabalho;
− Participar de reuniões do processo ensino aprendizagem com os pais;
− Orientar e supervisionar as atividades do corpo docente e discente da escola;
− Utilizar os livros da biblioteca e demais dependências e instalações da escola;
− Exigir o tratamento e respeito condigno e compatíveis com sua missão de educar;
− Valer-se dos serviços auxiliares da escola para um melhor desempenho de seus
atribuidores;
− Requisitar todo material didático que lhes julgar necessário às aulas dentro das
possibilidades da escola;
− Opinar sobre o planejamento, técnicas e métodos utilizados (adoção de livros
didáticos)
− Propor medidas que objetivam o aprimoramento de métodos de ensino, de
avaliação, de atribuições;
− Receber, armazenar e distribuir os materiais didáticos destinados a escola;
− Ser tratado com respeito, atenção, carinho e humanidade pelos diretores,
professores, especialista e funcionários;
− Ser pontual na entrega dos trabalhos;
− Frequentar com assiduidade as aulas e demais atividades escolares;
− Uso do uniforme;
− Zelar pela limpeza e conservação da escola indenizando os prejuízos que por
58
ventura causar;
− Respeitar diretores, professores, funcionários e colegas bem como complementar
determinações da direção e professores;
− Respeitar as normas disciplinares da escola e ter atitude e convivência social;
− Utilizar-se das instalações na forma e horário preestabelecido;
− Tomar conhecimento das notas e de sua frequência através do boletim escolar;
− Diretores, professores, especialistas e demais funcionários, deverão exercitar-se na
conquista de valores éticos, morais e sociais objetivando maior crescimento intergrupal.
25. CONCEITOS ESSENCIAIS DAS DISCIPLINAS CURRICULAR ES
25.1. LÍNGUA PORTUGUESA
Conceito Conteúdos ( o quê)
Conteúdos proc.(como)
Conteúdos atitudinais ( para quê)
1º ano
2º a n o
3º ano
4º a n o
5º a n o
Oralidade
- Sequência de ideias. - Objetividade na fala. -Ampliação do vocabulário. -Articulação das palavras. -Consistência argumentativa. - Fluência e adequação. - Expressão e respeito à sentimentos e ideias. -Reflexão e interpretação das informações recebida -Compreensão e interpretação da própria oralidade.
-Leitura silenciosa e oral. - Atividades de interpretação oral de textos. - Atividades de socialização dos textos produzidos. - Entrevistas. - Declamação e dramatização (poesias, contos, lendas...) - História de vida (nome, sobrenome, vida familiar). - Produção de diferentes gêneros textuais - Paródias - Análise de fatos, vivência e
1 - Compreender e usar a língua portuguesa como herança e veículo de participação social, interação dialógica, geradora de significação e integradora do mundo e da própria identidade. 2 - Ser capaz de expor ideias com desenvoltura e coerência, tanto na escrita como na oralidade, sabendo ouvir e respeitar opiniões diversas. 3 - Entender a análise linguística como um meio indispensável no processo de produção e recepção do texto (oral/escrito). 4 - Compreender na leitura o significado, as causas e consequências, dos fatos abordados, relacionando-os a outros textos e ao universo. 5 - Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. 6 - Desmistificar as informações que são transmitidas através da mídia.
I S I S I S I S I S I S
I S I S I S I S I S I S
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R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A
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experiências -Relatos orais e escritos - Roda de conversa -Contação de história -Música -Narrativa de fatos
7 - Conhecer os diferentes discursos que se manifestam na sociedade e associá-los ao exercício da cidadania. 8 - Inserir-se na sociedade, utilizando os mais diferentes discursos linguísticos. 9 - Problematizar, formular hipóteses e argumentar. 10- Reconhecer a variação linguística, respeitando os diferentes discursos, dentro do contexto social. 11 – Exercer a cidadania através da formação e da informação, convertendo problemas em oportunidade, organizando-se para defender seus interesses e respeitando as normas estabelecidas, fazendo possíveis todos os direitos humanos. 12. Compreender os valores sociais na variação linguística e o preceito gerado contra falares populares em contraposição às normas absorvidas pelos grupos mais favorecidos. 13 – Definir uma identidade própria a partir de situações de comunicação verbal e não verbal, discutindo ideias, pontos de vista com o outro – o interlocutor.
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R S R S R S R S R S R S R S
R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A
R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A
Palavra Frase Alfabeto
- História da escrita: símbolos, signos, alfabeto. - Escrita como forma de representação. - Relação oral/escrita. - Função social da escrita. - Gêneros textuais (diversos tipos de textos). - Conjunto de símbolos próprios da escrita.
I S I S I S I S I S I S
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R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A
R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A
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- Ordem alfabética. - Fonemas / Grafema - Encontros vocálicos e consonantais (sentido gráfico, hiato, ditongo, tritongo e dígrafo). - Sinônimo e antônimo. - Gênero (masculino e feminino) . - Número (singular e plural) - Grau (aumentativo e diminutivo). - Adjetivo (qualidades) - Verbo (ações) - Sílabas (classificação quanto ao número). - Língua oral e Língua escrita. Produção de textos escritos com: 1- Direção da escrita. 2- Espaçamento entre palavras. 3- Margem.
I S I S I S I S I S I S I S I S I S I S I S I S I S I S
I S I S I S I S I S I S I S I S I S I S I S I S I S I S
R / S R /S R / S R S R S R S R S R S R S R S R S R S RS R/S
R/SA R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R S A R/S/A R/S/A
R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R S A R/S/A R/S/A
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4- Paragrafação. 5- Sinais de pontuação. 6- Concordância nominal e verbal. 7- Letras maiúsculas e minúsculas. 8-Sinais gráficos( ~ ç -) 9- Sinais de acentuação (´ ^ `). 10- Apresentações de título. 11- Legibilidade. 12-Uso da letra cursiva.
I S I S I S I S I S I S I S I S I S
I S I S I S I S I S I S I S I S I S
R/S R/S R/S R/S R/S R/S R/S R/S R/S
R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A
R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A R/S/A
Texto
1- Reflexão sobre a língua. 2- Vocabulário
- Produção e recepção de textos. - Falar e escrever. - Ouvir e ler. - Produção, revisão, reescrita e refacção do texto. - Análise coletiva de textos selecionados. - Uso de dicionários, enciclopédias, internet (busca e
1- Identificar as variedades da língua portuguesa reconhecendo duas diferenças linguísticas e as regularidades intrínsecas a cada uma, e atribuindo-lhes igual valor, rejeitando preconceitos e discriminações. 2- Reconhecer os fatores fundamentais da textualidade e as marcas linguísticas que a estabelecem, diferencialmente em textos orais e escritos. 3- Reconhecer, comparar, analisar e categorizar fenômenos linguísticos de natureza morfológica e sintática, identificando sua ocorrência diferenciada em função da modalidade (oral ou escrita), do gênero, do registro e da variedade linguística.
I S I S I S
R A R A R A
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Tipologias textuais
significação de uma palavra, ampliar o repertório lexical do aluno).
4- Desenvolver o hábito e as habilidades de consulta a dicionários. 5- Desenvolver as habilidades de reconhecer a estrutura da palavra e de identificar os processos de formação de palavras, a fim de aperfeiçoar a produção e a recepção de textos orais e escritos. 6- Desenvolver a habilidade de determinar, com precisão, o significado das palavras, identificando, entre elas, semelhanças (pela forma: homônimos, homógrafos, polissemia, ou pela proximidade semântica: palavras que pertencem ao mesmo campo semântico), diferenças (matrizes de significação, nas séries sinonímicas, variações regionais ou sociais, sentido próprio e figurado, eufemismo) ou oposições (antônimos), a fim de aperfeiçoar a produção e a recepção de textos orais e escritos). 1º ANO – rótulo - parlenda – rimas – receita - piada – adivinhas – músicas - lista. 2º ANO - bilhete- receita – rimas –
poesia – piadas – músicas – lendas – charadas – rótulo – parlenda.- trava- línguas.
3ºANO- bilhete – receita – rimas –
poesia – piadas – músicas - lendas – charadas – rótulos – parlenda - cartas - entrevistas - iniciar redação - aprender se agendar – diálogo – trava - línguas.
4ºANO- receitas- rimas – poesias –
piadas – músicas – lendas – redação – folhetos – bulas – cartas – contos- fábulas – propaganda – diário- entrevista – trava-línguas - peça teatral
5º ANO- dissertação – slogan –
anúncio – diário – aprender a se agendar - sinopse de filme - diálogo - peça teatral – relatos - contos pesquisa e síntese.
I S I S I S
R A R A R A
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Legenda: I – Iniciar (noções de conceitos). S – Sistematizar (sistematizar conteúdos para formular conceitos). A – Apropriar-se (análise – síntese – generalização dos conteúdos/conceitos). R – Retomar (resgatar e ampliar os conceitos e conteúdos). PROFESSORES RESPONSÁVEIS: NATALINA REGINALDO ROMILDO NEGHERBON SANDRA BERTOLDI SIMONE PISETTA
25.2. MATEMÁTICA
CON- CEITOS
CONTEÚDOS/ CONCEITOS FACTUAIS
O que?
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
Como?
CONTEÚDOS ATITUDINAIS
Para que?
1º e 2º Ano: Produção histórico-cultural (história dos números) Sistema de numeração
decimal (representação e história dos números)
Operações: adição, subtração e noções de multiplicação e divisão
Ordem crescente e decrescente
Dúzia, metade, dobro, triplo
Sistema monetário 3º Ano: Os mesmos conteúdos das séries anteriores, acrescentado: As quatro operações com
recursos e reservas Divisão com 02 números Números fracionários, decimais e romanos
Número
4º Ano: Além dos conteúdos das séries anteriores, acrescentar: Expressões numéricas (simples com quatro operações) Números racionais – Frações (representações,
Inicia-se o trabalho com números e operações partindo das primeiras noções de n° quantidade. A ampliação dos conceitos relativos à ideia de número e suas relações com as operações. Utilizando recursos, tais como: jogos, material dourado, ábaco e outros para auxiliar na compreensão do sistema de numeração decimal e no trabalho com as quatro operações e seus conceitos. Exercícios na formação de situação-problema que permitam ao aluno recorrer as estratégias próprias de resolução e estimulem a troca de ideias, que permitam a cada um explicar o caminho que traçou para descobrir a solução. Desenvolver pelo calculo mental diferente possibilidades de escolher a que melhor se
Aprender por meio de interação com o meio físico e social, conhecimentos matemáticos produzidos e sistematizados pela humanidade. Utilizar os conhecimentos numéricos como instrumento de compreensão do mundo a sua volta. Respeitar a diversidade de pensamentos e ideias em seu grupo e valorização como fonte de aprendizagem.
64
leitura, operações com números denominadores iguais) Representação decimal Porcentagem 5º Ano: Os mesmos conteúdos das séries anteriores, acrescentado: Sistema de numeração decimal Algoritmo da divisão Expressões numéricas (com sinais) Um novo algoritmo para a divisão
Frações (adição, subtração, multiplicação e divisão com diferentes denominadores) Explorar contextos numéricos Múltiplos e divisores Situações problema Frações menores e maiores que a unidade
Frações equivalentes 1º e 2º Anos:
• Grandezas (comprimento (metro), massa (quilo), capacidade (litro), tempo (relógio, calendário)
3º Ano: • Medidas
padronizadas (composição e decomposição)
4º Ano: • Comprimento • Área • Volume
Medidas
5º Ano • Temperatura
identifica de acordo com o tipo de situação envolvida Usar medidas não padronizadas como: mãos, pés, passos, palmos e outros objetos para o trabalho posterior de comparação com medidas padronizadas como: balança, metros, litro, etc.
Observar e localizar-se no espaço, perceber o tamanho e a forma dos objetos e a relação deles no uso do dia a dia. As atividades de geometria devem estimular os alunos a capacidade de estabelecer pontos de referência, utilizando recursos do cotidiano como: caixas, latas, espaços tridimensionais
Levar os alunos a compreender os procedimentos de mediação (comprimento, massa, capacidade e tempo). Saber localizar-se no espaço, movimentar-se nele, perceber o tamanho e forma dos objetos e a relação desses com o uso no dia a dia.
65
1º e 2º Anos:
- Formas geométricas (plana/espacial)
3º Ano: Classificação de
polígonos (quanto aos lados)
4º Ano: Situações – problema
Geome-
tria Forma
5º Ano: Polígonos e poliedros Paralelas e perpendiculares Áreas e perímetros
favorecendo a ampliação gradativa os conceitos envolvidos. O tangram e as dobraduras são importantes recursos utilizados para explorar conceitos de espaço e forma.
1º e 2º Anos: − Tabelas e gráficos
(legenda) 3º Ano:
• Tabelas e gráficos (legenda/desenho)
4º Ano: Situações – problema
Estatís-tica e
Probabi- lidade
Quanti-dade
5º Ano: � Análise de gráficos
e tabelas
Leitura e interpretações contidas de imagens. Construção e interpretação de gráficos e tabelas. Inicialmente sem preocupação com os termos e as formas.
Recolher dados sobre fatos e fenômenos do cotidiano e, utilizando-se de procedimentos de organização possa expressá-los como instrumentos que facilitem a visualização e a organização (tabelas/gráficos)
Professores responsáveis: Elisiana Bonacolsi e Nilce Floriani
25.3. HISTÓRIA E GEOGRAFIA
CONTEÚDOS 1ª Ano 2ª Ano 3ª Ano 4ª Ano 5ª Ano
Família – Relações familiares (pessoas da família) I I/S I/S/A S/A R/S/A
Comunidade: Identificação dos grupos sociais (igreja, clubes, creche, escolas, associação)
I I/S I/S/A S/A R/S/A
Família – Relações familiares – Organizações familiares (Diferentes tipos de família)
I I/S S/A R/S/A
Escola: Regras – Direitos e Deveres na escola I I/S I/S/A S/A R/S/A
Comunidade: Estudo do meio onde vive (bairro) I I/S I/S/A S/A R/S/A
Família – Origem das famílias – Meu papel na família (Direitos e Deveres)
I I/S S/A R/S/A
Escola: História da escola I I/S S/A R/S/A
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Comunidade: Serviços prestados no município I S R/S/A
Comunidade: Diversidade cultural do Brasil (etnias)
I S R/A
Comunidade: Atividade econômica I S R/A
Localização e a orientação no espaço em que vivemos
I I/S S/A R/S/A R/S/A
Pontos Cardeais I I/S R/S/A R/S/A
Ambiente natural e ambiente modificado I I/S S/A R/S/A R/S/A
Meios de transportes I/S I/S S/A R/S/A R/S/A
Meios de comunicação I/S I/S S/A R/S/A R/S/A
História do Estado I I/S R/S/A
Datas comemorativas I/S I/S S/A R/S/A R/S/A
RESPONSÁVEIS: JANETE VANDERLINDE E NEUSA NARDELLI METRING
25.4. CIÊNCIAS NATURAIS
1º ao 5º ano CONTEÚDOS
1ª ANO ÁGUA - Importância e utilidade da água I /T SOLO - O lugar onde pisamos. I/ T AR - O que é o ar? I / T
PLANTAS - Tipos de plantas. I / T - As partes das plantas. I /T ANIMAIS - Animais de estimação e suas características. I / T - Cuidados com a limpeza/vacinas/alimentação. I / T CORPO HUMANO - Partes do corpo humano (externas). I / T - Órgãos do sentido I / T
2ª ANO ÁGUA - Importância e consumo humano. I/T/R - Onde encontramos e onde falta água na natureza I/T/C SOLO - Tipos e utilidades do solo. I/T/C AR - Importância e utilidades do ar. I/T/C PLANTAS - Plantas utilizadas na alimentação. I/T/C - Os vários tipos de plantas I/T/C ANIMAIS - Animais vertebrados e invertebrados. I/T/C - Animais úteis e animais nocivos ao homem. T/R/C CORPO HUMANO - Partes do corpo humano R/T/C e os principais órgãos CADEIA ALIMENTAR - Introdução à Cadeia Alimentar. I/T SISTEMA SOLAR - Sol: fornecedor de calor e energia. I/T
67
- Perigos para a saúde causados pelo sol. I/T
3ª ANO ÁGUA - Qualidade e tratamento da água. R/T/C - Redes de esgoto. R/T/C - A importância dos rios na sua cidade R/T/C SOLO - Formação do solo. R/T/C AR - Agentes poluidores do ar. R/T/C - Ar e saúde. R/T/C PLANTAS - Caracterização das plantas. R/T/C - Habitat. R/T/C - Plantas: comestíveis/venenosas/ medicinais. R/T/C ANIMAIS - Classificação dos animais: mamíferos, répteis, R/T/C aves, anfíbios e peixes. CORPO HUMANO - Sentidos: órgãos, funções e cuidados. R/T/C - Pirâmide alimentar. R/T/C - Células: conceito I/R/T/ CADEIA ALIMENTAR - Fontes de energia das cadeias alimentares. R/T/C SISTEMA SOLAR - Sistema solar R/T/C
4ª ANO ÁGUA - Ciclo da água. R/T/C - Estados físicos da água. R/T/C SOLO - Tipos e propriedades. R/T/C - Impactos ambientais: poluição, erosão, assoreamento, R/T/C esgotamento dos recursos naturais AR - Composição do ar. R/T/C - Pressão atmosférica. I/R/T/ - Movimentação das massas de ar. I/R/T/ PLANTAS – Diversidade vegetal no ambiente R/T/C ANIMAIS – Animais e sua alimentação R/T/C CORPO HUMANO - Crescimento e desenvolvimento corporal R/T/C - Higiene e Saúde R/T/C - Tecidos (conceito) I/T/C - Doenças infecto contagiosas I/T CADEIA ALIMENTAR - Alimentos: produtores, consumidores, R/T/C decompositores SISTEMA SOLAR - Movimentos da Terra R/T/C
5ª ANO ÁGUA - Composição química da água. R/T/C - Mudanças de estado físico (fusão/ ebulição/ condensação) R/T/C - Água e energia R/T/C AR - Camadas da atmosfera R/T/C - Poluição atmosférica R/T/C - Aquecimento global (efeito estufa) R/T/C - Camada de Ozônio R/T/C - Energia eólica R/T/C
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- Big Bang R/T/C PLANTAS - Fotossíntese R/T/C - Reprodução das plantas R/T/C ANIMAIS - Reprodução dos animais R/T/C CORPO HUMANO - Educação sexual/ Sexualidade R/T/C - Características femininas e masculinas R/T/C - Gravidez R/T/C - Prevenção às D.S. T. R/T/C - Funções da nutrição R/T/C - Órgãos e sistemas R/T/C SISTEMA SOLAR - A energia solar e suas utilidades R/T/C
LEGENDA: I = INTRODUZIR T = TRABALHAR C = CONSOLIDAR R = RETOMAR Professoras responsáveis: Angela de Oliveira Pisetta e Terezinha Girardi Rossa
25.5. ENSINO RELIGIOSO
Série Conceitos Essenciais
Ideias mais específicas Possíveis enfoques dos temas
1º
• Eu.
• Eu sou,eu com o outro .
• Eu e o outro eu, somos nós.
• Lembranças na vida das pessoas .
• Os símbolos religiosos na vida das pessoas.
• Os símbolos religiosos na família.
• Os símbolos religiosos na comunidade.
• Os símbolos religiosos e o Transcendente.
• Os símbolos religiosos dão ideia do Transcendente.
2º
1. Ser humano
4. Diversidade das práticas
As orientações para o relacionamento com o outro, respeitando a alteridade.
A identificação de símbolos mais importantes de cada TR, comparando seu/s significado/s.
• Eu e o Outro Eu.
• Os valores aproximam.
• Os símbolos religiosos são significativos e necessários para as tradições religiosas se expressarem.
• Os símbolos religiosos
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3. Conhecimento elaborado
A ideia de Transcendente.
intensificam a relação com o Transcendente.
• A ideia do Transcendente se constrói de diversas maneiras.
• O Transcendente é UM SÓ com diferentes nomes.
3º
• Os acontecimentos religiosos são fatos marcantes.
• Acontecimentos religiosos são origem de mitos e segredos sagrados.
• Os acontecimentos religiosos aproximam.
• Grandes acontecimentos são guardados na memória.
• Grandes acontecimentos são celebrados.
• Celebrações tornam-se práticas religiosas.
• As celebrações e práticas religiosas são diferentes entre si.
• As práticas religiosas e a relação com o Transcendente.
• As práticas religiosas e as representações do Transcendente.
4º
4. Diversidade das
Práticas
5. Caminhos de
reintegração
3. Conhecimento
Elaborado
A descrição de práticas e rituais religiosos significantes, elaborados pelos diferentes grupos religiosos.
Conhecimento dos mitos e histórias dos textos e das tradições orais de corporalidade e ancestralidade.
A descrição das representações do Transcendente nas TR: Exegese/comentários, Teologias.
• Os mitos e segredos sagrados na história dos povos.
• Palavra sagrada para os povos.
• Valor da palavra sagrada para os povos.
• A busca do Transcendente em práticas religiosas.
• As práticas religiosas e os desígnios do Transcendente.
• As práticas religiosas e os mistérios.
• As representações do Transcendente: valor supremo do povo.
• As expressões da relação com o Transcendente.
5º
3. Conhecimento Elaborado
A evolução dos conhecimentos e das estruturas religiosas no decorrer dos tempos (História.
• Significados do Transcendente na vida.
• A construção da ideia do Transcendente no tempo e
70
espaço.
• A construção das verdades dos discursos religiosos.
• O sistema de valores determinando atitudes e comportamentos em vista de objetivos religiosos
• As verdades sagradas como referenciais da vontade do Transcendente
• A revelação do Transcendente nas diferentes TR
• A autoridade do discurso religioso fundamentado na experiência mística do seu emissor
6º
5.Caminhos de Reintegração
2. Conhecimento
Revelado
Tradições Religiosas) A função política das ideologias religiosas (Sociologia e TR)
A descrição do contexto sócio-político religioso significante em algumas TR na redação final dos textos sagrados/tradições orais de corporalidade e ancestralidade. A análise e hermenêutica dos mitos e histórias, dos textos sagrados e tradições orais de corporalidade e ancestralidade
As formas de revelação do revelante no espaço sagrado. A origem da autoridade da palavra revelada, segundo as diversas Tradições Religiosas. A revelação do Transcendente nas diversas TR.
• A evolução da estrutura religiosa das TR no decorrer dos tempos.
• A sistematização da ideia do Transcendente pelas TR.
• A estruturação do mundo pessoal a partir da experiência do Transcendente e das TR.
• A construção cultural da palavra sagrada no tempo e no espaço pelas TR.
• A palavra sagrada, verdade do Transcendente pela boca dos humanos.
• O cultivo da palavra sagrada nas diferentes culturas e TR.
• Os ensinamentos da palavra sagrada sobre o Transcendente.
• Os ensinamentos da palavra sagrada na estrutura do eu interior da pessoa.
71
7º
8º
• A experiência religiosa, elemento vital para o fiel.
• A vivência com o mistério do Transcendente pelos ensinamentos, ritos e tradições
• Autoconhecimento na vivência do relacionamento com o Transcendente.
• As exigências e qualidades éticas do procedimento humano na perspectiva da TR
• Orientações de vida nas normas, crenças e doutrinas nas TR.
• Determinações da TR na construção mental da pessoa.
•
9º
4.Diversidade das
Práticas
1.Ser Humano
3.Conhecimento
Elaborado
2.Conhecimento
Revelado
• O limite e a busca do translimite.
• A experiência religiosa na busca de superação e da finitude humana.
• A fundamentação dos limites éticos estabelecidos peta TR.
• As verdades nas TR sob a ética da fé
• A verdade que orienta o fiel através de mitos, crenças e das doutrinas.
• As respostas elaboradas para vida além morte pela TR (ancestralidade-reencarnação-ressureição-nada)
• O sentido da vida perpassada pelo sentido da vida além morte
OS CONTEÚDOS DE ENSINO RELIGIOSO SÃO OS MESMOS DA PROPOSTA CURRICULAR DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
25.6. EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física, por ser parte do conhecimento historicamente produzido, deve
reunir o que for de mais significativo ligado aos conceitos de movimento/corporeidade,
ginástica, jogo, dança e esporte.
72
Corporeidade é transcendermos a classificação e conceituação das ciências físicas e
biológicas do corpo ou mera mensuração ou quantificação do movimento humano. E fazer-se
presente via corpo, que sente que pensa que age. Corpo que, ao expressar-se na história, traz
suas marcas, desvelando-as.
Movimento como produção humana, e agente de transformação, pois as diferentes
concepções de corporeidade vão sendo incorporadas ao comportamento dos homens,
constituído, assim, a cultura corporal, decorrente de necessidades e interesses histórico
sociais.
Movimento objeto de estudo da Educação Física possui um significado histórico-
social, e hoje é predominantemente apresentado através dos conceitos de Ginástica, dança,
jogo e esporte.
O movimento é inerente a todos os seres vivos, porem o movimento humano
distingue-se dos demais pela linguagem, historicidade, intencionalidade e pelo seu sentido e
significado.
O esporte é uma construção social que institucionalizou temas lúcidos da cultura
corporal e se projeta numa dimensão complexa de fenômeno que envolve códigos, sentidos e
significados da sociedade que o constrói e o prática. Fenômeno sociocultural, produção
humana e agente socioeducativo para a construção da subjetividade.
A dança é uma produção social que representa os diversos aspectos da vida do
homem. É uma linguagem que permite exteriorizar sentimentos, emoções da afetividade
vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes, dos hábitos, da saúde e da
guerra. Representação estilizada e simbólica da história social dos homens.
O jogo (brincar e jogar são sinônimos) e a representação de um fenômeno social,
cuja intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar,
imaginariamente, a realidade e o presente. O jogo tem um papel fundamental para a
humanização do individuo pela aquisição de hábitos, valores e atividades. É na relação
interpessoal que se aprende colaborar, repartir, ceder, compartilhar experiências, expor e
organizar ideias. Por essa característica, contribui significativamente no processo ensino-
aprendizagem.
A ginástica, forma de exercitação corporal, cujo agir (movimento básicos) resulta da
própria história dos homens, impregnada de sentido, significado, possibilitando concretas
vivências corporais para a constituição da subjetividade.
73
25.7. LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
Antes de apresentarmos os conceitos para disciplina de Língua Estrangeira,
consideramos, importante ressaltar algumas das razões que justificam o aprendizado dessa
disciplina:
• possibilidade de ampliação do universo cultural;
• desenvolvimento de muitas funções intelectuais, possibilitando a interação entre a
língua materna e a língua estrangeira;
• possibilidade de questionar a própria identidade, ressignificando-a;
• necessidade de acesso a tecnologia.
Da mesma forma que em Língua Portuguesa, em Língua Estrangeira os alunos
precisam compreender que toda a língua e produção humana, constituída historicamente nas e
pelas relações sociais (historicidade) e, como tal, e uma forma de ação sobre o outro e o
mundo, marcada por um jogo de intenções e representações. Entender a língua estrangeira a
partir dessa perspectiva, pressupõe, também a apropriação dos conceitos:
• Dialogia: cada sujeito é complemento necessário do outro;
• Polifonia: as vozes de que se constitui a língua;
• Polissemia: multiplicidade significativa da língua;
• Interdiscursividade: relação entre os diferentes discursos;
• Intertextualidade: um texto remete a outros textos (abertura e incompletude);
• Discurso: efeito de sentido produzido entre os interlocutores;
• Textualidade: o que faz de um texto e não uma seqüência de frases;
• Texto: unidade de linguagem em uso;
• Coerência: responsável pela unidade do texto;
• Coesão: manifestação lingüística da coerência.
A condição para que o aluno se aproprie desses conceitos e o trabalho, em sala de
aula, com as práticas reais de uso da língua estrangeira (fala/escuta-leitura-escrita) e o
trabalho com a reflexão sobre elas (análise lingüística).Esses eixos de trabalhos indicam,
apenas, que podemos focalizar este ou aquele aspecto,esta ou aquela dimensão. Devem,
podem ser trabalhados de maneira simultânea ou alternada, tal como ocorre na prática da
língua.
No caso de Língua Estrangeira, deve-se priorizar o trabalho com as práticas de
leitura e escritura, não no sentido de restringir as possibilidades de aprendizagem, mas para
viabilizar o aprendizado efetivo de, pelo menos, estas habilidades. Essa opção leva em
74
consideração a função social - ler textos em outra língua - da aprendizagem de uma língua
estrangeira para alunos brasileiros.
Nas práticas de fala/escuta, trabalhar com:
• discussões orais sobre os textos lidos e produzidos;
• escuta ativa de textos pela participação em diálogos, entrevistas,debates,etc.
• atividades de interação em cada aluno possa falar de si mesmo, perguntar as
preferências do outro, responder questionamentos de outros, solicitar e fornecer informações.
• Nas práticas de leitura/escrita trabalhar com:
• a leitura de diferentes textos (artigos de jornal, embalagens, propagandas, manuais
de instrução, canções, receitas, documentários, informes turísticos, lendas,etc.) para:
• reconhecer as informações de cada um deles;
• conhecer os costumes, as peculiaridades locais, o modo de agir, de pensar e de se
relacionar de cada povo;
• estabelecer um paralelo entre a cultura do outro e a própria cultura;
• a elaboração de sínteses e resumos de textos lidos;
• a produção de textos, observando a unidade significativa, concordância,
ortografia, etc.
Nas práticas de análise lingüística, trabalhar com:
• a análise da natureza e da estrutura de elementos coesivos dos textos lidos e
produzidos;
• seleção de aspectos da língua, a partir de uma situação de leitura, de compreensão
ou de produção de texto, para serem trabalhados mais detalhamente;
• a reescritura de textos produzidos, adequando-os a situação, ao gênero, ao
interlocutor e as convenções da língua estrangeira.
Para que o trabalho na perspectiva de atividades de aprendizagem coletivas e
interdisciplinares alcance os objetivos de aceleração da aprendizagem, a escola deverá
proporcionar ao aluno o acesso as suas dependências (laboratório de informática, biblioteca,
laboratório de Ciências, salas de estudo, salas de vídeo) no horário extra classe, mediante
planejamento e acompanhamento do professor articulador.
75
25.8. ARTES
CONCEITOS PARA O 1º ANO ARTES VISUAIS
CONCEITOS CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Ponto - Linha - Forma - Cor - Textura - Auto - retrato - História da Arte
- Ponto gráfico (marca da ponta do lápis na folha de papel) - Exercício explorando a representação das linhas - Observação dos trabalhos produzidos - Forma geométrica (recorte e colagem criando uma composição) - Cor na natureza: argila, carvão, folhas, flores, etc. (arte rupestre) - Pesquisa de materiais disponíveis do cotidiano familiar - Captura de texturas dos diferentes materiais - Desenhar-se através da auto-observação - Modelar com argila (macinha de modelar) seu auto-retrato de forma tridimensional - Pré-história (imagens dos animais, negativo da mão, símbolos), Tarsila de Amaral (retratos de famílias, Auto-retrato), Cândido Portinari.
- Reconhecer o ponto como elemento essencial, plástico, natural, entre outros. - Identificar linhas e suas diferenças - Explorar as diversas representações de pontos e linhas - Reconhecer linhas e pontos em obras de artes - Reconhecer e nomear as formas geométricas básicas - Identificar e aplicar as diversas cores obtidas - Perceber através do visual e do tato a textura dos diferentes materiais - Explorar os diversos tipos de texturas - Desenvolver o auto-conhecimento - Estimular a observação e leitura de imagens - Representar a família no bidimensional a partir da análise realizada
76
- Folclore nacional (personagem)
- Leitura de lendas folclóricas - Construção da imagem do personagem folclórico estudado com materiais alternativos
- Resgatar lendas folclóricas, pesquisar imagens do personagem folclórico abordado. - Reconhecer a imagem do personagem folclórico
ARTES CÊNICAS CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Esquema corporal - Lateralidade
- Expressão corporal (reconhecendo as possibilidades e limites do corpo) - Jogos teatrais - Imitar os gestos do professor orientador ou colega - Reproduzir segundo orientação uma ação - Contação e representação de histórias - Caracterização de personagens
- Ampliar o conhecimento referente a expressão corporal - Diferenciar lado esquerdo e direito - Compreender as diferentes direções - Dramatizar as histórias infantis - Desenvolver expressão oral e corporal
MÚSICA CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Som
- Imitar e produzir sons naturais (vento, chuva, pássaros, rio...) e sons artificiais (mãos na mesa, caneta batendo sobre papel) - Provocar sons com o corpo - Produção de instrumentos musicais - Jogos sonoros - Produção gráfica dos sons produzidos - Cantigas de roda - Cantar e brincar com músicas folclóricas de roda
- Ampliar a linguagem oral e corporal - Desenvolver a classificação e a percepção auditiva - Conhecer e cantar músicas variadas
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ATIVIDADES EXTRACURRICULARES
- Hinos (cantar em momentos cívicos) - Datas comemorativas (confecção de cartazes, cartões, dramatizações, cantos alusivos à data, coreografias...) - Eventos culturais - Projetos interdisciplinares (de acordo com cada realidade escolar) - Atualidades (notícias de jornais, curiosidades, acontecimentos locais, nacionais e mundiais) - Visita a Museus, Espetáculos Teatrais Profissional, Espetáculos Musicais
- Despertar interesse e o respeito às diferentes culturas - Compreender e interiorizar o patriotismo - Descobrir novos talentos - Socializar textos, culturas, atividades, experiências, vivências - Vivenciar ambientes específicos de espetáculos, exposições de arte... - Conscientizar-se e desenvolver a postura comportamental para cada espécie de espetáculo apreciado
CONCEITOS PARA O 2º ANO
ARTES VISUAIS CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Ponto / Linha - Forma
- Ponto gráfico (marca da ponta do lápis na folha de papel) - Ponto físico (bola, grão de areia...) - Desenhar e pintar com pontos, contorno e preenchimento - Formação de linhas a partir da seqüência de pontos - Exercício explorando a representação das linhas: formato, posição, traçado - Observação dos trabalhos produzidos - Utilizando linhas com barbantes criando efeitos visuais - Forma geométrica (recorte e colagem criando uma composição) - Utilizar figuras geométricas feitas com materiais não convencionais – composição tridimensional - Representar com formas geométricas animais no bi ou tridimensional utilizando materiais alternativos
- Reconhecer o ponto como elemento essencial, plástico, natural, entre outros. - Diferenciar o ponto físico do ponto gráfico - Identificar linhas e suas diferenças - Explorar as diversas representações de pontos e linhas - Reconhecer linhas e pontos em obras de artes - Reconhecer e nomear as formas geométricas básicas - Desenvolver a criatividade com as formas geométricas básicas - Criar animais com formas geométricas
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- Cor - Textura - História da Arte - Folclore nacional (brinquedos e brincadeiras)
- Cores primárias com a utilização de papéis coloridos, lápis de cores, giz de cera. - Releitura de obras de artes relacionada com as cores - Procurar no ambiente escolar os tipos de texturas existentes - Explorar texturas com diversos materiais: folhas, cascas de árvores... - Impressionismo (pontilhismo), Cândido Portinari (Brincadeiras Infantis) - Pesquisar brincadeiras e brinquedos folclóricos - Construir brinquedos e vivenciar as brincadeiras
- Identificar e aplicar as diversas cores estudadas - Reconhecer e identificar a importância das cores primárias nas obras apresentadas - Perceber através do visual e do tato a textura dos diferentes materiais - Explorar os diversos tipos de texturas - Criar composições com as texturas coletadas - Estimular a observação e leitura de imagens - Representar a família no bidimensional a partir da análise realizada - Resgatar brincadeiras infantis dos pais e avós
ARTES CÊNICAS CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Esquema corporal - Lateralidade (encima/ embaixo, frente/trás, dentro/ fora, direito/esquerda
- Expressão corporal e facial (uso do movimento do corpo como forma de expressão) - Respiração, relaxamento e alongamento - Jogos teatrais - Imitar os gestos do professor orientador ou colega - Reproduzir segundo orientação uma ação - Contação e representação de histórias - Caracterização de personagens - Apreciação de peças teatrais
- Ampliar o conhecimento referente a expressão corporal - Criar personagens teatrais - Desenvolver o controle corporal relaxando, respirando e alongando o corpo - Diferenciar lado esquerdo e direito - Compreender as diferentes direções - Dramatizar as histórias infantis - Desenvolver expressão oral e corporal, bem como a sensibilidade da apreciação do
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- Produção de fantoches de dedos
espetáculo teatral - Criar personagens teatrais - Criar diálogos a partir das características de cada personagem
MÚSICA CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Som - Rima - Ritmo
- Imitar e produzir sons naturais (vento, chuva, pássaros, rio...) e sons artificiais (mãos na mesa, caneta batendo sobre papel) - Provocar sons com o corpo - Produção de instrumentos musicais - Jogos sonoros - Produção gráfica dos sons produzidos - Reprodução de parlendas - Vivência com instrumentos musicais - Confecção de instrumentos musicais com materiais alternativos - Cantar e brincar com músicas folclóricas de roda
- Ampliar a linguagem oral e corporal - Desenvolver a classificação e a percepção auditiva - Aprimorar a oralidade - Desenvolver a musicalidade reconhecendo diferentes classificações musicais - Conhecer e cantar músicas variadas
ATIVIDADES EXTRACURRICULARES
- Hinos (cantar em momentos cívicos) - Datas comemorativas (confecção de cartazes, cartões, dramatizações, cantos alusivos à data, coreografias...) - Freqüentar eventos culturais: visita a Museus, Espetáculos Teatrais Profissional, Espetáculos Musicais - Projetos interdisciplinares (de
- Despertar interesse e o respeito às diferentes culturas - Compreender e interiorizar o patriotismo - Descobrir novos talentos - Socializar textos, culturas, atividades, experiências, vivências - Vivenciar ambientes específicos de espetáculos, exposições de arte...
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acordo com cada realidade escolar) - Atualidades (notícias de jornais, curiosidades, acontecimentos locais, nacionais e mundiais).
- Conscientizar-se e desenvolver a postura comportamental para cada espécie de espetáculo apreciado
CONCEITOS PARA O 3º ANO
ARTES VISUAIS CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Linha - Forma - Cor - Textura
- Exercício explorando a representação das linhas: formato, posição, traçado. - Observação dos trabalhos produzidos - Utilizando linhas criando efeitos visuais - Forma geométrica, figurativa e abstrata, orgânica (recorte e colagem criando uma composição com papeis, materiais alternativos e desenho) - Observação e criação de composições bidimensionais e tridimensionais - Cores primárias obter a partir das misturas as cores secundárias. - Releitura de obras de artes relacionada com as cores - Cores quentes e frias desvendando as sensações que as cores podem causar na composição - Procurar no ambiente escolar superfície rugosa, áspera e lisa existente. - Explorar texturas com diversos materiais - Produção de texturas visuais com lápis de cor, tintas, papéis...
- Identificar linhas e suas diferenças - Explorar as diversas representações de linhas - Reconhecer linhas em obras de artes - Reconhecer e nomear as formas geométricas básicas, figurativas, abstratas e orgânicas. - Diferenciar as formas aprendidas identificando-as em obras de Arte - Desenvolver a criatividade com as formas bidimensionais e tridimensionais - Identificar e aplicar as diversas cores estudadas - Reconhecer e identificar a importância das cores primárias e das secundárias nas obras apresentadas - Perceber através do visual as possíveis sensações provocadas pelo uso de cores quentes ou frias - Perceber através do visual e do tato a textura dos diferentes materiais - Diferenciar os tipos de texturas - Explorar os diversos tipos de texturas aplicando nos trabalhos artísticos
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- Plano - História da Arte -Folclore nacional (Lendas e Mitos)
- Noções de espaço, ritmo e direção - Compor desenhos aplicando imagens centralizadas, alinhadas, seqüenciais, ritmadas... - Observar mapa da cidade desenvolvendo o olhar para localização - Artistas municipais e catarinenses - Kandinsky, Piet Mondrian, Paul Klee, Pablo Picasso... - Pesquisar e ler de forma compartilhada as lendas e mitos folclóricos brasileiros
- Estimular a observação e leitura de imagens - Reconhecer a aplicação de diferentes planos nas composições - Elaborar um mapa representando o município localizando pontos de referência - Relacionar história do artista com sua produção, local, época... - Observar e realizar leitura de imagens - Resgatar histórias locais, nacionais de lendas ou mitos folclóricos com produções bi e tridimensionais - Interpretar as lendas e os mitos estudados
ARTES CÊNICAS CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Mímica
- Expressão corporal e facial (uso do movimento do corpo como forma de expressão) - Utilização de jogos teatrais como forma de expressão - Contação e representação de histórias da literatura infantil - Caracterização de personagens - Apreciação de peças teatrais
- Explorar de forma expressiva, espontânea os movimentos do corpo - Aumentar a extensão dos movimentos - Criar personagens teatrais - Dramatizar situações do cotidiano refletindo sobre suas ações - Dramatizar as histórias de literatura infantil - Desenvolver a expressão oral e corporal, bem como a sensibilidade da apreciação do espetáculo teatral - Caracterizar os personagens das histórias infantis
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- Produção visual de personagens a partir das sombras produzidas com a mão
- Criar diálogos a partir das características de cada personagem - Desenvolver a percepção por meio dos sentidos - Explorar de forma expressiva os movimentos da mão e/ou corpo
MÚSICA CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Som - Ritmo e melodia - Folclore
- Provocar sons com o corpo - Produção de sons com instrumentos musicais - Jogos sonoros - Produção gráfica dos sons - Aplicar técnicas para manter-se com uma boa voz - Gravação de sons que aparecem em desenhos animados, em histórias... - Vivências com instrumentos musicais produzidos com materiais alternativos ou convencionais - Confecção de instrumentos musicais com materiais alternativos - Gravar e ouvir os ritmos e melodias - Cantar e brincar com cantigas folclóricas nacionais
- Ampliar a linguagem oral e corporal - Identificar as intensidades dos sons produzidos - Observar o ambiente sonoro e conscientizar-se da importância do silencio - Expressar-se e comunicar-se por meio dos sons e silêncios - Conscientizar-se da importância da voz e da audição - Criar efeitos sonoros para histórias (sonoplastia) - Desenvolver a musicalidade reconhecendo diferentes classificações musicais - Improvisar e criar ritmos e melodias - Reproduzir melodias - Aprimorar a oralidade - Conhecer e cantar músicas folclóricas nacionais
CONCEITOS PARA O 4º ANO
ARTES VISUAIS CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Relevo
- Exercício explorando a representação do alto e baixo relevo - Observação dos trabalhos produzidos - Utilizando massinha de modelar,
- Identificar as diferenças do alto e baixo relevo - Explorar as diversas representações do relevo - Reconhecer composições com
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- Plano - Cor - Artistas Municipais e Catarinenses - Plano
argila, papel machê para aplicar a técnica - Confecção de gravuras: xilogravura e isopogravura - Representação de formas nos diversos planos visuais - Observação e criação de composições bidimensionais e tridimensionais utilizando diferentes planos - Cores primárias e secundárias obtendo possiveis misturas - Compor desenhos aplicando as cores neutras - Releitura de obras de artes relacionada com as cores - Cores quentes e frias desvendando as sensações que as cores podem causar na composição - Aula expositiva e dialogada - Apresentação de novos artistas municipais e catarinenses - Produção de citações a partir do estudo realizado com as obras dos artistas - Noções de espaço, ritmo, direção e perspectivas - Compor desenhos aplicando imagens centralizadas, alinhadas, seqüenciais, ritmadas... - Observar mapa da cidade e do estado desenvolvendo o olhar para localização
relevo - Entender a gravura como uma forma de expressão artística - Identificar planos visuais em obras de arte - Exercitar o desenho de observação - Diferenciar os planos visuais em obras de Arte - Desenvolver a criatividade aplicando composições nos planos visuais em bidimensionalidade e tridimensionalidade - Classificar as cores primárias, secundárias e neutras - Identificar e aplicar as diversas cores estudadas - Reconhecer e identificar a importância das cores primárias, secundárias e neutras nas obras apresentadas - Perceber através do visual as possíveis sensações provocadas pelo uso de cores quentes ou frias - Explorar as diversas obras apresentadas em produções artísticas - Conhecer novos artistas e suas obras - Estimular a observação e leitura de imagens - Reconhecer a aplicação de diferentes planos nas composições - Elaborar um mapa representando o município localizando pontos de referência
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- História da Arte
- Folclore regional
- Artistas municipais e catarinenses - Arte Indígena, Claude Monet, Van Gogh, Pablo Picasso...
- Pesquisar trajes, comidas, costumes, histórias do folclore regional
- Relacionar história do artista com sua produção, local, época... - Observar e realizar leitura de imagens
- Assistir apresentações relacionadas ao folclore regional - Compreender, diferenciar e resgatar as manifestações folclóricas da região.
ARTES CÊNICAS CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO
PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Pantomima - Interpretação de história
- Expressão corporal e facial (uso do movimento do corpo como forma de expressão) - Elaborar encenação usando movimentos pantomímicos, ou seja, mais gestos do que fala, compondo um começo, meio e fim - Contação e representação de histórias da literatura infantil - Elaborar uma peça teatral construindo cenário, figurino, efeitos sonoros a partir de um texto - Apreciação de peças teatrais
- Explorar de forma expressiva, espontânea os movimentos do corpo - Aprimorar e desenvolver a espontaneidade - Criar personagens teatrais - Dramatizar situações do cotidiano refletindo sobre suas ações - Dramatizar as histórias de literatura infantil - Desenvolver a expressão oral e corporal, bem como a sensibilidade da apreciação do espetáculo teatral - Encenar as histórias infantis
MÚSICA CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO
PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Som
- Provocar sons com o corpo - Produção de sons com instrumentos musicais - Jogos sonoros - Produção gráfica dos sons - Aplicar técnicas para manter-se com uma boa voz - Gravação de sons que aparecem em desenhos animados, em histórias...
- Ampliar a linguagem oral e corporal - Identificar as intensidades dos sons produzidos - Observar o ambiente sonoro e conscientizar-se da importância do silencio - Expressar-se e comunicar-se por meio dos sons e silêncios - Conscientizar-se da
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- Ritmo e melodia - Folclore
- Vivências com instrumentos musicais produzidos com materiais alternativos ou convencionais - Confecção de instrumentos musicais com materiais alternativos - Gravar e ouvir os ritmos e melodias - Cantar e brincar com cantigas folclóricas da região
importância da voz e da audição - Criar efeitos sonoros para histórias (sonoplastia) - Desenvolver a musicalidade reconhecendo diferentes classificações musicais - Improvisar e criar ritmos e melodias - Reproduzir melodias - Aprimorar a oralidade - Conhecer e cantar músicas folclóricas regionais
ATIVIDADES EXTRACURRICULARES
- Hinos (cantar em momentos cívicos) - Datas comemorativas (confecção de cartazes, cartões, dramatizações, cantos alusivos à data, coreografias...) - Eventos culturais - Projetos interdisciplinares (de acordo com cada realidade escolar) - Atualidades (notícias de jornais, curiosidades, acontecimentos locais, nacionais e mundiais) - Freqüentar eventos culturais: visita a Museus, Espetáculos Teatrais Profissional, Espetáculos Musicais
- Despertar interesse e o respeito às diferentes culturas - Compreender e interiorizar o patriotismo - Descobrir novos talentos - Socializar textos, culturas, atividades, experiências, vivências - Vivenciar ambientes específicos de espetáculos, exposições de arte... - Conscientizar-se e desenvolver a postura comportamental para cada espécie de espetáculo apreciado
CONCEITOS PARA O 5º ANO
ARTES VISUAIS CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO
PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Relevo
- Exercício explorando a representação do alto e baixo relevo - Observação dos trabalhos produzidos - Utilizando massinha de modelar, argila, papel machê para aplicar a técnica - Confecção de gravuras: xilogravura e isopogravura
- Identificar as diferenças do alto e baixo relevo - Explorar as diversas representações do relevo - Reconhecer composições com relevo - Entender a gravura como uma forma de expressão artística
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- Plano - Cor - Gêneros Artísticos - Artistas Municipais, Catarinenses e Nacionais - Plano
- Representação de formas nos diversos planos visuais - Observação e criação de composições bidimensionais e tridimensionais utilizando diferentes planos - Cores: policromia e monocromia (tonalidades) obtendo diferentes tonalidades - Compor desenhos aplicando policromia e monocromia - Releitura de obras de artes relacionada com as cores - Figura humana, natureza morta, paisagens, observadas em obras de arte - Aplicação dos gêneros artísticos em diferentes atividades - Aula expositiva e dialogada - Apresentação de novos artistas municipais e catarinenses - Produção de citações a partir do estudo realizado com as obras dos artistas - Noções de perspectiva - Compor desenhos aplicando imagens com efeitos e perspectivas - Observação da arquitetura da região
- Identificar planos visuais em obras de arte - Exercitar o desenho de observação - Diferenciar os planos visuais em obras de Arte - Desenvolver a criatividade aplicando composições nos planos visuais em bidimensionalidade e tridimensionalidade - Diferenciar composições policromáticas e monocromáticas - Identificar e aplicar as diversas cores estudadas - Reconhecer e identificar a importância da cores nas obras de arte - Perceber através do visual as possíveis sensações provocadas pelo uso de cores policromáticas e monocromáticas - Identificar e nomear os diferentes gêneros artísticos - Representar a figura humana, paisagens, objetos, em diferentes ângulos - Diferenciar gêneros artísticos - Explorar as diversas obras apresentadas em produções artísticas - Conhecer novos artistas e suas obras - Estimular a observação da arquitetura local - Reconhecer a aplicação de perspectiva em obras de artes - Identificar a perspectiva nas construções da região
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- Cultura afro-brasileira
- Pesquisar trajes, comidas, costumes, histórias da cultura afro-brasileira - Confecção de máscaras
- Compreender, diferenciar e resgatar a manifestação afro-brasileira
ARTES CÊNICAS CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO
PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Pantomima - Espetáculo teatral
- Expressão corporal e facial (uso do movimento do corpo como forma de expressão) - Elaborar encenação usando movimentos pantomímicos, ou seja, mais gestos do que fala, compondo um começo, meio e fim - Construção de espetáculo teatral:texto, cenário, figurino, efeitos sonoros - Apreciação de peças teatrais
- Explorar de forma expressiva, espontânea os movimentos do corpo - Aprimorar e desenvolver a espontaneidade - Criar personagens teatrais - Dramatizar situações do cotidiano refletindo sobre suas ações - Dramatizar as histórias construídas pela turma - Desenvolver a expressão oral e corporal, bem como a sensibilidade da apreciação do espetáculo teatral - Encenar as histórias infantis
MÚSICA CONCEITOS
CIENTÍFICOS (ESSENCIAIS)
CONTEÚDO PROCEDIMENTAL
CONTEÚDO ATITUDINAL
- Propriedades do som - Ritmo e melodia
- Cantar com intensidade forte, moderado e fraco - Cantar em diferentes andamentos uma música - Jogos sonoros - Produção gráfica dos sons - Aplicar técnicas para manter-se com uma boa voz - Gravação de sons para percepção de altura (sons ascendentes e descendentes) - Vivências com instrumentos musicais produzidos com materiais alternativos ou convencionais
- Ampliar a linguagem oral e corporal - Identificar as intensidades dos sons produzidos - Observar o ambiente sonoro e perceber a altura dos sons - Expressar-se e comunicar-se por meio dos sons e silêncios - Conscientizar-se da importância da voz e da audição - Conhecer e contemplar do patrimônio musical Desenvolver a musicalidade reconhecendo diferentes classificações musicais
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- Instrumento Musical
- Confecção de instrumentos musicais com materiais alternativos - Gravar e ouvir os ritmos e melodias - Ouvir sons de diferentes instrumentos musicais - Pesquisar os diferentes instrumentos musicais - Construir instrumentos musicais com materiais alternativos
- Improvisar e criar ritmos e melodias - Reproduzir melodias - Classificar e identificar diferentes instrumentos musicais - Utilizar os instrumentos musicais produzidos reproduzindo ou compondo uma música
ATIVIDADES EXTRACURRICULARES
- Hinos (cantar em momentos cívicos) - Datas comemorativas (confecção de cartazes, cartões, dramatizações, cantos alusivos à data, coreografias...) - Eventos culturais - Projetos interdisciplinares (de acordo com cada realidade escolar) - Atualidades (notícias de jornais, curiosidades, acontecimentos locais, nacionais e mundiais) - Freqüentar eventos culturais: visita a Museus, Espetáculos Teatrais Profissional, Espetáculos Musicais.
- Despertar interesse e o respeito às diferentes culturas - Compreender e interiorizar o patriotismo - Descobrir novos talentos - Socializar textos, culturas, atividades, experiências, vivências - Vivenciar ambientes específicos de espetáculos, exposições de arte... - Conscientizar-se e desenvolver a postura comportamental para cada espécie de espetáculo apreciado
26. AVALIAÇÂO
26.1. Avaliação Institucional
A Avaliação Institucional é um processo global, continuo e sistemático, competente
e legítimo, participativo que pode envolver agentes internos (alunos, professores,
profissionais da educação, gestores e governo) e externos (pais, entidades sociais,
patrocinadores, governo, parceiros) na formulação de subsídios para melhoria da qualidade da
instituição escolar.
Destina-se à avaliação de instituições ( como a escola e o sistema educacional),
políticas e projetos. Sua atenção está centralizada em processos, relações, decisões e
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resultados das ações de uma instituição ou do sistema educacional como um todo. Para ser
completa, a avaliação institucional contempla e incorpora os resultados da avaliação
educacional.
26.2. Avaliação Educacional
A avaliação educacional refere-se à avaliação da aprendizagem ou do desempenho
de alunos (ou de profissionais) e à avaliação de currículos. Concentra-se no processo ensino-
aprendizagem, e nos fatores que interferem em seu desenvolvimento. A avaliação da
aprendizagem pode ser somativa e formativa.
A avaliação somativa é usada, para avaliar ações já realizadas. É útil para cobrar o
conteúdo ensinado, fiscalizar, hierarquizar, medir e comparar, com base em indicadores
objetivos. Um dos exemplos mais conhecido é a prova objetiva, que permite dizer em que
ponto está o domínio do conhecimento do aluno naquele momento. O resultado de várias
provas (soma ou média de pontos) serve para cobrar desempenho, hierarquizar (melhores
versos piores), punir (reprovar) ou premiar (aprovar) e também para fazer prognósticos. Pode
ser útil em alguns casos, mas não expressa o processo de aprendizagem global, isto é, o nível
de compreensão do aluno e sua formação. Em geral, oferecem pouca ajuda para superar as
insuficiências, por isso não pode ser único instrumento para avaliar o desempenho dos alunos.
A avaliação formativa, é usada para acompanhar o processo de aprendizagem, o
crescimento e a formação dos alunos, com o objetivo de corrigir e melhorar os processos de
ensino e de aprendizagem, evitando fracasso antes que esse ocorra. Baseia-se em relatórios
de acompanhamento detalhado do desenvolvimento dos alunos, em tomadas de decisões e
constante revisões de estratégias de ação, podendo utilizar-se de provas objetivas e outros
instrumentos que permitam acompanhar o desenvolvimento de cada aluno. O importante é o
caráter pedagógico educativo da avaliação.
É melhor tentar e falhar
Do que se preocupar e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão,
Do que sentar-se fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar
A em dias tristes em casa me esconder.
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Prefiro ser feliz, embora louco,
Que em conformidade viver.
Martim Luther King
Antes do compromisso,
Há hesitação,há oportunidade recuar,
Uma ineficácia permanente.
No momento em que nos comprometemos
De fato, a Providência também age.
Ocorre toda espécie de coisas para nos ajudar,
Coisas que de outro modo nunca ocorreriam.
Toda uma cadeia de eventos emana da decisão,
Fazendo vir em nosso favor todo tipo de
Encontros, de incipientes e de apoio imprevistos
Que ninguém poderia sonhar
Que surgiram
Em seu caminho
A ousadia traz em si o gênio, o poder e a magia.
Goethe
27. REGIMENTO ESCOLAR
DA IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR.
Art.1° - A Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski, está localizada no
Bairro Gabiroba, município de Rio do Oeste, Santa Catarina.
Art.2° - A Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski foi criada no dia 30
de dezembro de 1991, sob o Decreto N° 0038/91. Antes disso, existia na mesma área uma
escola com o nome Geroldo Essig, que atendia alunos de 1ª e 2ª série, do Ensino
Fundamental. Devido à demanda escolar, houve a necessidade de construir novas salas de
aula e expandir as séries atendidas até a 4ª série do Ensino Fundamental. Assim, o ambiente
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onde eram atendidos os alunos de 1ª e 2ª série, passou a abrigar alunos da Educação Infantil,
denominando-se Jardim de Infância Pingo de Gente e, as novas salas de aula tornaram-se um
Grupo Escolar denominado Grupo Escolar Fortunato Tarnowski, atendendo a alunos das
Séries Iniciais do Ensino Fundamental (1991).
Com o processo de nucleação (1997), muitas escolas do município foram desativadas
e muitos alunos que pertenciam a elas passaram a freqüentar o Grupo Escolar Fortunato
Tarnowski. Então, sentiu-se a necessidade de ocupar as salas existentes e de construir novas
salas de aula. O Jardim de Infância Pingo de Gente foi transferido para o centro da cidade, nas
dependências do Jardim de Infância Menino Deus. No ano de 2000, foram construídas 03
(três) novas salas de aula e 01(um) Centro de Múltiplo Uso, denominado Prefeito Genésio
Vasselai, o qual a Escola usufrui e coordena-o. Sob a Lei N° 1243/01 de 01 de outubro de
2001, o Grupo Escolar passa a se chamar Escola de Ensino Fundamental Fortunato
Tarnowski. Atualmente a Escola atende a aproximadamente 260 (duzentos e sessenta) alunos,
das séries iniciais do Ensino Fundamental, oriundos do próprio bairro, centro da cidade e mais
14(quatorze) comunidades pertencentes ao município.
Art.3° - A Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski, tem como Entidade
Mantedora a Prefeitura Municipal de Rio do Oeste, Santa Catarina.
Art.4° - A Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski, por força do Art.74
da Lei N° 5.692 de 11.08.1971, está integrada ao Conselho Municipal de Educação para fins
de coordenação, acompanhamento, controle e avaliação do processo ensino-aprendizagem.
Art.5° - A Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski, orientar-se-á por
este Projeto Politíco Pedagógico, aplicando-se nos casos omissos, a legislação vigente para
cada caso.
DOS FINS E OBJETIVOS.
Art.6° - A Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski, tem por finalidade,
atender aos princípios da Lei N° 4.024 de 20.12.1961 9 (artigos vigentes), Lei N° 5.692 de
11.08.1971, Lei N° 7.044/82, Lei N° 6.844 de 29.07.1986, e Conselho Municipal de
Educação, ministrando o ensino fundamental (1ª à 5ª séries do 1ª grau), observando a
legislação vigente.
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Art.7° - O ensino de 1° grau, tem como finalidade, promover:
a) Compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do Estado, da
família e dos demais grupos que compõem a comunidade.
b) O respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do homem.
c) O fortalecimento da Unidade Nacional e da solidariedade internacional e
tecnológicos, que lhes permitam usar as possibilidades e vencer as dificuldades do meio.
d) O preparo do indivíduo e da sociedade para o domínio dos recursos científicos e
tecnológicos, que lhes permitam usar as possibilidades e vencer as dificuldades do meio.
e) A preservação e expansão do Patrimônio Cultural.
f) O desenvolvimento da personalidade humana e sua participação na obra do bem
comum.
g) A condenação de qualquer tratamento desigual por motivo de convicção religiosa,
filosófica, política,bem como qualquer preconceito de classe ou raça.
Art.8° - Para atingir seus fins e objetivos, a Escola de Ensino Fundamental Fortunato
Tarnowski, poderá adotar, em qualquer época as soluções previstas no Art.3° da Lei N° 5.692
de 11.08.1971, obedecidas as normas e disposições legais.
Parágrafo único – As soluções previstas neste artigo poderão ser adotadas no todo ou
em partes e serão reguladas por convênios próprios ou por regimento específico, a ser
aprovado pelo órgão competente.
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA.
DA DIREÇÃO
Art.9° - A direção do estabelecimento será exercida por um (a) diretor (a), nomeado
por ato do Prefeito Municipal, coadjuvado por um (a) secretário (a) nomeado pela mesma
autoridade, e por um ou mais auxiliares de direção, conforme a necessidade da escola,
também designados pela mesma autoridade.
Art.10° - O diretor deverá ser escolhido conforme a legislação em vigor e das
disposições legais.
93
Art.11° - COMPETE AO DIRETOR(A):
a) Representar a Unidade Escolar, responsabilizando-se por seu funcionamento
perante os órgãos e entidades do poder público.
b) Presidir as atividades do corpo docente e discente do estabelecimento, suas
relações com a vida exterior e o intercâmbio entre si, entre os pais e a comunidade.
c) Presidir o funcionamento de todos os serviços administrativos e burocráticos da
Unidade Escolar inclusive os de orientação e fiscalização.
d) Zelar pelo cumprimento das leis de ensino e das disposições do Regimento.
e) Promover em cooperação com os professores as comemorações e as datas cívicas.
f) Assinar as documentações da Unidade Escolar indicando o número de sua
autorização.
g) Manter contato com as autoridades de ensino referente aos assuntos do
estabelecimento.
h) Convocar reuniões do corpo docente e presidi-las.
i) Aplicar as penalidades disciplinares aos professores, funcionários e alunos do
estabelecimento segundo as disposições do Regimento e a Legislação Vigente.
j) Orientar e estimular a Associação de Pais e Professores.
k) Participar do Conselho de Classe.
l) Estudar e propor alternativas de soluções, ouvida quando necessário as entidades
escolares, para atender situações emergenciais de ordem pedagógica e administrativa.
m) Coordenar as solenidades e festas de formaturas.
n) Administrar o patrimônio escolar em conformidade com a realidade da escola e a
Lei Vigente.
COMPETE AO AUXILIAR DE DIREÇÃO .
Art.12° - A função de auxiliar de direção será exercida por pessoa indicada e
designada pelo Prefeito Municipal.
Art.13° - COMPETE AO AUXILIAR DE DIREÇÃO:
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a) Substituir o diretor quando de suas faltas e impedimentos, cumprindo todas as
atribuições relativas àquele cargo.
b) Representar o diretor em todos os atos e solenidades para as quais for indicado.
c) Manter o diretor informado de tudo o que se relaciona com a parte técnica e
administrativa do estabelecimento.
d) Manter absoluto sigilo e descrição de tudo o que possa perceber no gabinete, não
deixando transparecer para pessoas estranhas o que se passa. O sigilo e a descrição, são
essenciais ao cargo e a preservação da ética profissional.
e) Atender a todas as solicitações do diretor.
Parágrafo único: No caso de não existir na unidade escolar o cargo de auxiliar de
direção, as atribuições citadas na Seção I, serão transferidas automaticamente para o(a)
secretário(a).
COMPETE AO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO.
Art.14° – São serviços técnico-administrativos:
a) Secretário (a)
b) Serviços gerais
Parágrafo único - Os serviços enumerados neste artigo subornam-se á direção do
estabelecimento.
Art.15° - Por necessidade ou conveniência da administração, em qualquer época,
poderão ser suprimidos serviços não obrigatórios, ou não considerados essenciais, assim
como outros poderão ser criados, segundo as normas próprias a serem estabelecidas e o
“Acordum” dos órgãos competentes.
Art.16° - No caso de novos funcionários, referidos no artigo anterior, serão os
mesmos indicados, designados ou contratados pelo Prefeito Municipal.
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DA SECRETARIA
Art.17° - À secretaria compete todo o serviço de escrituração, arquivo, fichário e
correspondência do estabelecimento.
Art.18° - O cargo de secretário (a) será exercido por pessoa habilitada que tenha
concluído o 2° grau, alterado e indicado pelos órgãos competentes, coadjuvado por tantos
auxiliares quantos forem necessários, dentro da legislação em vigor.
Parágrafo único – No período de vacância do cargo de secretário (a), ou nas faltas e
impedimentos deste, não havendo um substituído devidamente qualificado, o auxiliar de
direção ou diretor(a) ficará responsável por esta função, temporariamente, até que este
pequeno transtorno seja sanado.
Art.19° - Respeitados os recessos escolares, férias e dias de descanso, o
funcionamento da secretaria será ininterrupto e os horários pré-estabelecidos.
Art.20° - COMPETE AO SECRETÁRIO (A):
a) Substituir o diretor quando de suas faltas e impedimentos, cumprindo todas as
atribuições relativas áquele cargo.
b) Presidir e coordenar todos os serviços da secretaria de modo a concentrar nela
toda a escrituração do estabelecimento.
c) Organizar o arquivo escolar de modo assegurar a preservação dos documentos
escolares e poder atender com urgência a qualquer pedido de informação ou esclarecimento
dos interessados.
d) Redigir e expedir correspondências oficiais do estabelecimento, submetendo-as à
assinatura da direção.
e) Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de
serviço e demais documentos.
f) Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados aos órgãos competentes.
g) Coordenar e supervisionar as atividades referentes a matricula, transferência,
dados cadastrais e registros de avaliações dos alunos.
96
h) Assinar juntamente com a direção os documentos escolares ou forem expedidos,
inclusive os diplomas e certificados.
i) Escriturar livros, lavrar e subscrever atas e termos referentes a provas e resultados
dos trabalhos escolares.
j) Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais da secretaria.
k) Comunicar à direção toda a irregularidade que venha ocorrer no estabelecimento
de ensino.
Art.21° - Aos auxiliares da secretaria compete executar os trabalhos que lhes forem
atribuídos pelo secretário (a).
COMPETE AO CORPO DE SERVIÇOS GERAIS:
Art.22° - É de competência dos agentes de serviços gerais (serventes e merendeiras).
a) Zelar pela ordem e limpeza interna do estabelecimento.
b) Providenciar e servir a merenda escolar.
c) Cuidar da manutenção do jardim e horta.
d) Atuar nas festas e promoções da escola.
e) Atender alunos em casos de doenças ou outras necessidades.
f) Estar à disposição da escola sempre que for solicitado.
g) Informar a direção da Unidade Escolar da necessidade de reposição do estoque em
tempo hábil.
h) Conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho,
procedendo à limpeza e a arrumação.
i) Efetuar as demais tarefas correlatas a sua função.
COMPETE AO CORPO TÉCNICO-PEDAGÓGICO
Art.23° - São serviços técnico-pedagógicos:
a) Corpo Docente
b) Supervisão Escolar
c) Orientação Educacional
97
d) Administração Escolar
e) Biblioteca Escolar
DO CORPO DOCENTE.
Art.24° - O corpo docente é constituído por professores qualificados e devidamente
habilitados na forma da legislação específica e normas baixadas pelos órgãos competentes.
Art.25° - Os professores serão nomeados ou designados pela autoridade competente,
de acordo com as exigências das leis de ensino em vigor, do Estatuto do Funcionário, do
Magistério e o Plano de Carreira Municipal.
COMPETE AO PROFESSOR:
a) Ministrar aulas e estar à disposição da escola para eventuais necessidades.
b) Cumprir e fazer fielmente os horários e calendários escolares.
c) Comunicar com antecedência às faltas que por ventura estiver sujeita.
d) Manter e fazer com que seja mantida a disciplina em sala de aula e fora dela em
cooperação com a direção.
e) Executar integralmente os programas elaborados que forem de sua
responsabilidade.
f) Participar da Associação de Pais e Professores bem como às reuniões.
g) Acatar as decisões do diretor (a), secretário (a) e demais autoridades de ensino.
h) Comparecer ás reuniões para as quais for convocado, ainda que em horário e datas
diferentes do normal.
i) Manter rigorosamente em dia a escrituração do Diário de Classe, que deverá fazer
com a máxima clareza, precisão e presteza.
j) Promover as avaliações do aluno e atribuir notas nos prazos fixados pela direção.
k) Elaborar programas, planos de curso e aula no que lhe for de competência.
l) Zelar pelo bom nome do estabelecimento dentro e fora dele.
m) Tratar o aluno com cortesia.
n) Manter irrepreensível conduta dentro e fora do estabelecimento compatível com a
nobre missão de educar.
98
o) Comparecer as atividades de caráter cívico e cultural promovidas pelo
estabelecimento.
p) Verificar a presença dos alunos em aula, efetuando o devido registro no Diário de
Classe, bem como o da matéria lecionada e as notas da avaliação procedida.
q) Entregar na secretaria do estabelecimento as notas correspondentes ao
aproveitamento dos alunos dentro do prazo estabelecido pela direção.
r) Comentar com os alunos o resultado dos trabalhos, provas e testes, pesquisas e
outras atividades, esclarecendo os erros cometidos.
s) Manter com os colegas o espírito de colaboração e solidariedade indispensável à
eficiência da obra educativa.
t) Realizar a recuperação contínua e paralela de estudos.
u) Participar do Conselho de Classe, da elaboração do calendário escolar, reuniões de
estudo, encontros, cursos, seminários e outros eventos, tendo em vista o constante
aperfeiçoamento e melhoria da qualidade de ensino.
DA SUPERVISÃO ESCOLAR
Art.26° - O supervisor escolar é o elemento com titulação específica e registro no
MEC, que decide, coordena e controla as atividades concernentes à ação didático-pedagógica
da escola.
Art.27° - A escola poderá vir a manter o serviço de supervisão escolar, conforme a
sua necessidade e de acordo com o que estabelece a legislação em vigor.
DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Art. 28° - A escola poderá vir a manter o serviço de orientação educacional.
Art.29° - O serviço de orientação educacional será instituído de conformidade com a
necessidade da escola, da legislação vigente e as normas baixadas pelos órgãos competentes.
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DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR
Art.30° - A escola deverá manter o serviço de administração escolar em
conformidade com a sua necessidade e realidade.
Art.31° - O serviço de administração escolar será dirigido pelo diretor (a) e secretário
(a) da Unidade Escolar, ou então, se a escola dispuser de recursos, por um administrador
capacitado, instituído de conformidade com a legislação vigente e as normas baixadas pelos
prestadores deste serviço.
DA BIBLIOTECA
Art.32° - A biblioteca escolar terá finalidade de atendimento aos alunos, professores,
orientadores, diretores, pais e comunidade escolar, visando à consulta para o enriquecimento
cultural e para pesquisas.
Art.33° - A orientação e funcionamento da biblioteca serão regidos por regulamento
próprio que serão aprovados pela direção do estabelecimento.
DO CORPO DISCENTE
Art.34° - O corpo discente e constituído por todos os alunos regularmente
matriculados nos cursos oferecidos pelo estabelecimento.
Art.35° - São deveres do aluno:
a) Freqüentar as aulas e demais atividades escolares com assiduidade.
b) Respeitar as normas disciplinares do estabelecimento.
c) Cumprir as determinações da direção, dos professores, dos funcionários nas
respectivas órbitas de competência.
d) Zelar pela limpeza e conservação das instalações e equipamentos, indenizando os
prejuízos que por ventura causar.
e) Tratar com cortesia e respeito à direção, o secretário (a), os professores,
autoridades de ensino, funcionários e colegas.
100
Art.36° - São direitos do aluno:
a) Tomar conhecimento das disposições do Regimento e funcionamento da Unidade
escolar.
b) Ser tratado com respeito, atenção e cortesia pela direção, secretário (a),
professores, funcionários e colegas.
c) Apresentar sugestões à direção da escola e professores.
d) Representar por escrito ou verbalmente as atitudes, omissões e deficiências de
professores, direção, secretário (a) e funcionários que por ventura vierem acontecer.
e) Utilizar as instalações e dependências do estabelecimento que lhe for necessária na
forma e horário preestabelecido.
f) Tomar conhecimento das notas obtidas e da sua freqüência através do Boletim
Escolar.
g) Solicitar revisão de provas, dentro do prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a partir
da divulgação das notas.
h) Reivindicar o cumprimento da carga horária prevista na grade curricular
INTERCOMPLEMENTARIDADE E ENTROSAGEM
Art.37° - Na realização do curso, a escola poderá em qualquer época, manter
convênio de intercomplementaridade e entrosagem escolar com outros estabelecimentos de
ensino, entidades, desde que respeitadas as disposições e normas legais aplicáveis e
dependendo da aprovação da autoridade competente.
Parágrafo único – As medidas previstas neste artigo poderão ser adotadas no todo ou
em parte, para séries ou conjunto de disciplinas.
Art.38° - A expedição de certificados para os casos previstos no artigo anterior,
obedecerá às disposições legais e será regulamentada no próprio convênio.
Art.39° - Nos convênios que vieram a ser firmados com outros estabelecimentos de
ensino, para os casos previstos no Art.38°, deverá ficar expresso que a autonomia pedagógica
e administrativa dos estabelecimentos conveniados, não poderá ser atingida.
101
DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA
DO ENSINO DE 1° GRAU
Art.40° - A Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski manterá o curso
previsto no Art.41° deste Regimento.
Art.41° - O curso será organizado de acordo com a Lei N° 5.692 de 11.08.1971, com
a Lei N° 4.024 de 20.12.1961, com o Sistema Municipal de Ensino e de acordo com a
legislação em vigor.
Art.42° - O curso mantido pela escola terá a estrutura constante da Grade Curricular
que fará parte integrante deste Regimento, modificável em consonância com as necessidades
da escola e do mercado de trabalho, com as conveniências administrativas ou de ordem
didático-pedagógica e determinações legais, respeitadas as prescrições aplicáveis.
Parágrafo único – Qualquer modificação de estrutura prevista neste Regimento,
vigorará após aprovação dos órgãos competentes, a partir do início do período letivo
imediatamente posterior.
Art.43° - A distribuição dos alunos far-se-á por anos escolares, atendendo
preferencialmente, aos critérios de faixas de idade cronológica e de aproveitamento..
Art.44° - As aulas de Ensino Religioso integrarão o currículo do curso, ficando
facultativo a obrigatoriedade de sua freqüência, condicionada à declaração do pai ou
responsável, quando o aluno for menor de idade.
Art.45° - A Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski, adotará o regime
anual de séries, considerando assim período letivo cuja duração mínima não será inferior ao
previsto na legislação, no Sistema Municipal de Ensino e normas aplicáveis.
$ 1° - Para a conclusão do curso de 1° grau, é necessário que se cumpra o total de
carga horária prevista no currículo previamente aprovado pelo órgão do Sistema Municipal de
Ensino.
102
§ 2° - O início e término de cada período serão fixados pela unidade escolar
conforme a sua necessidade, através do calendário escolar, à luz da legislação vigente.
DOS CURRÍCULOS E PROGRAMAS
O currículo de nossa escola é uma produção social, fruto de um processo de luta de
interesses entre pessoas de diversos contextos. Quando falamos de currículo, estamos falando
do conhecimento selecionado e organizado socialmente e que são fundamentais no processo
de aprendizagem dos alunos. Sabemos, entretanto, que muitas vezes a proposta curricular
incorpora interesses de segmentos específicos, de indivíduos, ou até mesmo interesses
corporativos de grupos. Por isso, além de garantirmos a participação de todos, asseguramos a
explicitação, discussão negociação dos interesses. Para isso, refletimos sobre as seguintes
perguntas: - para quem são selecionados os conhecimentos? - a quem interessa os
conhecimentos selecionados? - por que alguns conhecimentos são selecionados e outros não?
- quem seleciona os conhecimentos?
Não adianta negarmos os conflitos presentes em nosso cotidiano escolar. Somente
chegaremos a um acordo, a um consenso, a uma convivência democrática, à medida que
negociamos nossos interesses em condições de igualdade, se perder de vista que o aluno é o
centro da escola.
Muitas vezes as escolas reduzem o currículo a uma lista de conteúdos mínimos a
serem transmitidos de acordo com uma organização disciplinar ou por meio de uma grade
curricular, sem analisar detidamente as questões apresentadas.
À medida que o currículo definido é colocado em prática, levamos em conta não
apenas a interpretação que o professor faz do currículo, sua pedagógica, mas também as
maneiras como realiza o trabalho em sala de aula, suas condições de trabalho e as relações
interpessoais que se estabelecem.
É importante identificar e compreender que a prática pedagógica e as teorias
negociam e modificam o currículo. Por isso, levamos em consideração que a LDB e os PCNS
sugerem um currículo formal, e que esse nada mais é do que o conjunto de prescrições
estabelecido nos documentos oficiais, servindo de parâmetro para a organização do currículo
real. Então, no modo de vermos em nossa escola, o currículo formal deve ser reorganizado
para se adequar à realidade da escola, articulando-se ás necessidades dos alunos, às opções
dos professores, à distribuição das disciplinas na Grade Curricular, à divisão do tempo diário
para as aulas, aos materiais e recursos disponíveis.
103
Portanto, o currículo em nossa Unidade Escolar é reelaborado no âmbito da escola,
transformando-se assim num currículo real, que não é entendido como simples seleção de
informações prontas a serem repassadas aos alunos. Ao contrário, ele serve de ferramenta para
os alunos compreenderem o mundo, sendo seus conhecimentos apropriados ativamente, por
meio de um ensino bem ministrado, levando em consideração as relações de poder, culturais e
sociais, bem como o questionamento e crítica sobre o currículo já existente.
Desse modo, acreditamos que alcançaremos o que propomos: a formação de
cidadãos com uma visão global da realidade, vinculando a aprendizagem às situações e
problemas reais, para que o aluno possa saber enfrentar as situações difíceis e provocar
mudanças significativas no meio em que está inserido.
Art.46° - As atividades escolares constarão de aulas teóricas e práticas,
demonstrações palestras, conferências, exposições, exercícios ou trabalhos realizados em
classe, em casa ou em outros locais adequados, tarefas, trabalhos práticos, pesquisas,
atividades extra classe, extra curriculares, provas, exames, bem como outras atividades que
objetivam a formação integral do educando.
Art.47° - Os currículos serão organizados com os conteúdos, objetivos e
composições, determinados nos Art.26° e 27° da Lei 9496/96, e conforme as especificações
constantes da grade curricular.
Parágrafo único – A ordenação do currículo será feita por séries anuais.
Art.48° - A unidade escolar através do corpo docente e demais segmentos, fixará, até
o início do ano letivo, os mínimos do conteúdo programático de cada componente curricular,
os quais o aluno deverá compreender e dominar, para efeito de aprovação.
Art.49° - Os conteúdos programáticos serão elaborados pelos Profissionais
envolvidos com o Estabelecimento de Ensino, considerados os conteúdos básicos
determinados a nível nacional, estadual e municipal.
Art.50° - Os programas poderão sofrer modificações em sua aplicação, atendendo às
conveniências didático-pedagógicas, para que sejam adequadas ao nível de desenvolvimento
de cada turma.
104
DO REGIME ESCOLAR
Art.51° - São dispositivos do Regime Escolar:
a) Calendário escolar
b) Matrícula
c) Transferência
d) Da adaptação de turnos
e) Quando à Alternativa de Turnos
f) Freqüência
DO CALENDÁRIO ESCOLAR
Art.52° - Entende-se por dia de trabalho efetivo aquele em que, o aluno participa do
processo ensino-aprendizagem juntamente com o professor.
Art.53° - A duração mínima do ano letivo, estipulada pelo sistema municipal de
educação e em conformidade com a legislação em vigor, corresponderá ao período em que o
estabelecimento de ensino manter-se-á disponível a toda comunidade escolar, para atividades
de planejamento, execução e de avaliação do processo educacional específico.
Art.54° - São considerados dias letivos:
a) Aqueles em que a escola funciona com atividades normais de aulas.
b) Os feriados que envolvam comemorações de datas cívicas com a presença
obrigatória de professores e alunos.
c) Os dias destinados às atividades esportivas, desde que ocorra a participação
obrigatória dos professores e alunos.
d) Os dias dedicados a estudos de recuperação.
Parágrafo único – A escola deverá organizar-se também para atender as necessidades
da comunidade escolar nos demais dias do ano.
105
Art.55° - O estabelecimento de ensino, através do sistema municipal de educação,
deverá garantir o número mínimo de dias de trabalho escolar efetivo.
Art.56° - O início e o término do ano letivo serão fixados pelo calendário escolar,
obedecendo às determinações legais e decisões dos órgãos competentes, fixando os dias de
feriados, de recesso escolar e destinados às comemorações cívicas, sociais, culturais e
esportivas.
DA MATRÍCULA
Art.57° - Só aos alunos devidamente matriculados na escola é permitida a freqüência
às aulas.
Art.58° - As datas de início e término do período de matriculas serão determinados
pelos órgãos competentes.
§ 1° - Estabelecido o período de matrícula, a secretaria escolar publicará edital e
comunicados de matrícula para conhecimento dos interessados.
§ 2° - Os alunos já matriculados, não importando a série, desde que apresentem a
ficha ou comprovante de matrícula, terão sua matrícula automática conforme decreto N°
15.427 de 03.11.1981.
§ 3° - A escola reserva-se o direito de rejeitar a matrícula ou renovação de qualquer
candidato, desde que o motivo de recusa não seja vetado em lei.
§ 4° - Será nula, de pleno direito, sem qualquer responsabilidade para o
estabelecimento, a matrícula que se fizer com documentos falsos, adulterados ou inautênticos,
passível o responsável das penas que a lei determinar.
§ 5° - A critério da Direção, poderão ser aceitas as transferências fora do prazo
normal, arcando o candidato com as conseqüências que lhe possam advir, dependendo isto, de
prévia autorização do órgão competente.
Art.59° - A matrícula deverá ser efetuada pelo pai ou responsável pelo educando e na
falta deste, pelo próprio estabelecimento.
Art.60° - A petição apresentada pelo aluno para matrícula ou sua renovação, constitui
o “Aceite” de todas as condições previstas neste Regimento, de que tomará conhecimento.
106
§ 1° - Exceto os documentos que se referem à vida escolar do aluno, todos os demais
serão devolvidos ao interessado, após serem transcritos em ficha própria e haver sido
efetivada a matrícula.
§ 2° - Quando o aluno por iniciativa própria, deixar os documentos referidos no
inciso anterior, de posse do estabelecimento, assinará declaração neste sentido, sem nenhuma
responsabilidade por parte do estabelecimento.
§ 3° - A matrícula da 1ª série do 1° grau é permitida para crianças de (6) seis anos
completos até o dia 1º (primeiro) de março do mesmo ano, caso houver vagas excedentes, ou
de acordo com a legislação vigente.
Art.61° - Em caso de necessidade dos documentos, os alunos têm obrigatoriedade em
apresentá-los.
Art.62° - Em hipótese alguma serão devolvidos os documentos que se referem
estritamente à vida escolar do aluno.
Parágrafo único – Em caso de necessidade dos documentos referidos neste artigo,
poderão ser fornecidas fotocópias, correndo por conta do interessado todas as despesas que
advirem.
Art.63° - Para efetuar a matrícula, o aluno deverá apresentar a seguinte
documentação:
a) Certidão de nascimento
b) Comprovante (histórico escolar) da série anterior.
DA TRANSFERÊNCIA
Art.64° - Será permitida a transferência para o estabelecimento de ensino, os alunos
provenientes de qualquer escola de 1° grau.
Parágrafo único – A direção do estabelecimento decidirá sobre a conveniência, ou
não, da aceitação da transferência em razão da época e dos estudos realizados pelos
pretendentes.
107
Art.65° - Em qualquer época, poderá o aluno transferir-se do estabelecimento, desde
que não tenha qualquer dependência a cumprir no tocante às disposições escolares, às de
entrega de documentos, observadas as exigências e formalidades legais.
Art.66° - Será aceita a transferência de aluno para este estabelecimento, qualquer
época ao ano letivo, desde que apresente as documentações necessárias.
Art.67° - No processo de transferência do aluno, deverão estar incluídos os
documentos estabelecidos pela legislação em vigência.
Art.68° - A transferência se fará para este estabelecimento ou do estabelecimento,
observando-se o disposto no Art.13° da Lei N° 5.692/71 e das normas previstas neste
Regimento.
Parágrafo único – Serão observadas para este fim, as normas baixadas pelo Conselho
Municipal de Educação e demais órgãos.
Art.69° - Quando o aluno se transferir à escola no decorrer do ano letivo, serão
utilizados os critérios previstos neste Regimento, para apuração da assiduidade e rendimento
escolar.
Parágrafo único – Para efeito de cálculo, deverão ser computadas as notas e
freqüência das disciplinas obtidas pelo aluno no estabelecimento de origem.
Art. 70° - A Direção da escola decidirá sobre a aceitação, ou não, da transferência do
aluno que estiver sujeito a estudos de recuperação em outro estabelecimento.
§1° - Neste caso, o aluno será submetido à recuperação na disciplina a que estiver
sujeito, sendo aplicado, para apuração final, os critérios adotados por este Regimento.
§2° - A transferência do aluno, na forma prevista no artigo citado, deverá ser
efetivada antes da realização dos estudos de recuperação neste estabelecimento ou no de
origem.
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DA ADAPTAÇÃO DE TURNOS:
Art. 71° A transferência de turno somente ocorrerá quando por motivo justo, a juízo
da Direção, mediante requerimento do aluno, quando for maior ou de seus pais ou responsável
quando for menor.
Art.72° - A escola poderá determinar a transferência de um turno para outro, em
comum acordo com seu pai ou responsável, por conveniência disciplinar ou de ordem
didático-pedagógica.
DA FREQÜÊNCIA
Art.73° - Será obrigatória a freqüência às aulas e a todas as atividades escolares.
§ 1° - A freqüência às aulas e atividades escolares, será apurada do primeiro ao
último dia letivo.
§ 2° - Não haverá abono de faltas, qualquer que seja o motivo, inclusive doença ou
serviço militar, a não ser nos casos previstos em legislação específica aplicável.
Art.74° - Ter-se-á como aprovado quanto à assiduidade:
a) O aluno de freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento), na
respectiva disciplina.
b) O aluno de freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento), que tenha tido
aproveitamento superior à média 08 (oito), em cada disciplina.
c) O aluno que não encontre na hipótese da alínea anterior, mas com freqüência igual
ou superior a 50% (cinqüenta por cento), poderá conseguir aprovação, mediante estudos de
recuperação, conforme o disposto neste Regimento.
§ 1° - A freqüência sempre será apurada em cada disciplina.
§ 2 – Estará reprovado, quanto à assiduidade, o aluno que não se enquadrar nas
situações previstas neste artigo, exceto aos alunos em situações especiais, nos casos previstos
na legislação específica aplicável.
Art.75° - Será dispensado das aulas ou sessões de Educação Física, temporária ou
definitivamente, o aluno que apresentar defeito físico incompatível, ou moléstia impeditiva,
devidamente atestada pelo médico que foi indicado, bem como nos casos de religião e casos
previstos na legislação competente.
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Art.76° - Serão dispensados da freqüência regular às aulas, os alunos que se
encontrarem nas situações excepcionais.
§ 1° - Os exercícios, provas, teste, trabalhos e tarefas decorrentes das disciplinas,
poderão ser executados pelo aluno em seu domicílio.
§2° - O tratamento previsto neste artigo, não poderá ser aplicado se a situação
excepcional do aluno perdurar por todo o período letivo e de recuperação, quando então será
considerado reprovado.
Art.77° - Compete a Direção do estabelecimento de ensino, autorizar as dispensas
previstas neste Regimento em seus Art. 75° e 76°, devendo ser registrados nos assentamentos
individuais dos alunos.
DA AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
DA AVALIAÇÃO DA ESCOLA.
Art.78° - A avaliação será contínua e tem por objetivo o aprimoramento e
desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem do educando.
Art.79° - A avaliação da escola será realizada através do corpo técnico-
administrativo e pedagógico, corpo docente e discente, agente de serviços gerais, entidades
escolares ligadas ao processo educativo, tomando por base o educando nos aspectos
cognitivo, afetivo e psicomotor.
DA AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO ALUNO
Art.80° - A verificação do rendimento escolar tem por finalidade:
a) Aferir o desempenho do aluno em cada objetivo dos conteúdos programáticos.
b) Possibilitar o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.
Art.81° - A avaliação do aproveitamento do aluno deve ser contínua de forma global,
através de verificação de aprendizagem em atividades de classe e extra-classe.
110
Art.82° - A apuração da assiduidade, na forma prevista neste regimento, também
constitui fator componente da avaliação, respeitada a autonomia de cada professor quanto à
aplicação e julgamento.
Art.83° - Cabe a direção e órgãos de decisão coletiva, estabelecer normas e diretrizes
quanto às técnicas de avaliação, respeitada a autonomia de cada professor quanto à aplicação
e julgamento.
Art.84° - A avaliação do aproveitamento far-se-á pela observação constante do aluno
e pela aplicação de trabalhos individuais ou em grupo, atividades intra e extra-classe,
pesquisas, tarefas, algumas provas, demais modalidades e formas que se mostrarem
aconselháveis e de aplicações possíveis e a valorização da maneira de avaliar do professor.
Art.85° - Na avaliação do rendimento do aluno, os resultados obtidos durante o ano
letivo, preponderarão sobre os resultados finais.
Parágrafo único – Na apreciação dos aspectos qualitativos, deverão ser consideradas
a compreensão dos fatos e a percepção de suas relações, a aplicação dos conhecimentos, a
capacidade de análise e síntese, além de outras habilidades intelectuais e de atitudes
demonstrativas.
Art.86° - Ao final dos trabalhos e atividades de cada bimestre, o professor atribuirá
uma média por disciplina a cada aluno, resultante das notas obtidas durante os meses em que
compreendem os bimestres.
Parágrafo único – A média bimestral, atribuída na forma do presente artigo será
registrada pelo professor no Diário de Classe e na Ficha Individual na secretaria, para fins de
apuração final do rendimento escolar.
Art.87° - As notas bimestrais e de outras atividades variarão de 1(um) a 10(dez) e
não será permitida a atribuição de fração metade.
§1° - Cabe ao professor proceder ao arrendamento da nota.
§2° - O disposto no presente artigo não se aplicará à soma das médias finais.
111
Art.88° - Poderá ser concedida pela direção à autorização da segunda oportunidade
para a realização de qualquer trabalho ou tarefa que se destina a atribuição de nota, desde que
haja tempo hábil para a realização, consoante ao calendário escolar do estabelecimento.
Parágrafo único – Para benefício do disposto no artigo anterior, o aluno deverá
solicitar autorização junto a Direção, ou na secretaria, através de requerimento apresentado o
motivo justo, devidamente comprovado.
Art.89° - Apurada a nota bimestral, os alunos receberão o Boletim com as notas do
respectivo bimestre.
Art.90° - O Diário de Classe destina-se ao registro de freqüência, notas, conteúdos
trabalhados e demais informações atribuídas ao aluno na avaliação do rendimento escolar.
$1° - O preenchimento do Diário de Classe é de responsabilidade do professor de
cada componente curricular.
$2° - O Diário não haverá conter rasuras e seu preenchimento de acordo com as
instruções. Ao final de cada bimestre deverá ser apresentado à Direção para receber o visto.
DA RECUPERAÇÃO
Art.91° - Entende-se por recuperação de estudos, o processo didático-pedagógico que
visa a oferecer novas oportunidades de aprendizagem ao aluno, para superar deficiências
verificadas nos eu desempenho escolar ao longo do processo ensino-aprendizagem.
Art.92° - Os estudos de recuperação serão proporcionados pelo estabelecimento no
decorrer do período letivo (paralelamente), e ou, entre um período e outro e destinam-se aos
alunos com aproveitamento ou freqüência insuficientes durante as atividades escolares
normais, em cada disciplina.
Parágrafo único – Para efeito no disposto neste artigo em relação ao aproveitamento,
considerar-se-á com aproveitamento insuficiente, médio inferior a 5(cinco), e com freqüência
insuficiente, observando-se o disposto no artigo 74° deste regimento.
112
Art.93° - A recuperação será proporcionada mediante a ministrarão de aulas,
atribuições de tarefas, exercícios e trabalhos concomitantes.
Art.94° - Os estudos de recuperação serão ministrados pelos próprios professores.
Parágrafo único – A avaliação final da recuperação será da responsabilidade do
professor da disciplina, a qual o aluno esteve sujeito.
OBS: Em relação à aplicação ou não dos Exames Finais, ficará a critério do
Conselho Municipal da Educação em conjunto com a escola.
DA PROMOÇÃO
Art. 95° - Na avaliação do aproveitamento a ser expresso em nota, levar-se-ão em
conta os aspectos qualitativos e, os resultados obtidos durante o ano letivo, preponderarão
sobre os das provas finais.
$1° - A avaliação do aproveitamento, centrada no processo ensino-aprendizagem,
deve ser global e analisado em Conselho de Classe.
$2° - Ter-se-á como aprovado quanto ao aproveitamento o aluno que:
a) Alcançar média 7(sete) durante o ano, em cada disciplina.
b) O aluno com aproveitamento inferior ao previsto na alínea “a” e que, submetido à
avaliação final, alcançar médias 5(cinco) em cada disciplina.
$3° - Ao aluno de aproveitamento insuficiente, fica assegurado o direito à
recuperação antes de ser submetido ao exame final.
$5° - Considerar-se-á reprovado quanto ao aproveitamento:
a) O aluno de 1ª à 4ª série, que após avaliação final, não alcançar média 5 (cinco) em
qualquer disciplina.
Art.96° - O mínimo exigido para a promoção, no que se refere à assiduidade, será de
acordo com o artigo 74° deste Regimento.
Art.97° - Apuradas as notas, serão levadas à consideração do Conselho de Classe,
que tomará decisões necessárias previstas neste Regimento.
113
Parágrafo único – Após a decisão do Conselho de Classe, os resultados finais serão
registrados nos documentos escolares próprios, discriminados neste Regimento.
Art.98° - A nota final de cada disciplina será apurada pela seguinte fórmula:
MF = MB . 7 + PF . 3
10
MF = MÉDIA FINAL
MB = MÉDIA BIMETRAL
PF = PROVA FINAL
Art.99° - Os resultados finais obtidos pelo aluno serão registrados de acordo com o
que determina este Regimento.
Art.100° - Apurados os resultados finais, serão digitados no boletim e entregue aos
alunos, na data que melhor convir à escola.
DOS CERTIFICADOS
Art.101° - O estabelecimento conferirá ao aluno que concluir o 1° grau, Certificado
de Conclusão e Histórico Escolar.
Art.102° - O estabelecimento adotará Livro de Registro de Certificados.
DA ORGANIZAÇÃO DISCIPLINAR
Art.103° - A organização disciplinar compreende normas disciplinares, aplicáveis ao
corpo Técnico-Administrativo, Técnico-Pedagógico e Discente, devendo apresentar caráter
preventivo.
Art. 104° - A organização disciplinar terá por finalidade:
a) Aprimorar o ensino ministrado à formação do educando.
b) O bom funcionamento dos trabalhos escolares.
114
c) Entrosamento dos vários serviços.
d) A perfeita execução este Regimento e a obtenção dos objetivos nele previstos.
Parágrafo único – Quanto à questão disciplinar a escola tem procurado seguir o que
determina o Regimento Escolar.
NORMAS DO COTIDIANO DA ESCOLA:
a) Ao sinal de entrada, diariamente, os alunos serão recepcionados no pátio coberto
ordenadamente por séries, onde após uma reflexão e avisos, os alunos seguem para suas
respectivas salas.
b) A merenda escolar é servida para os alunos em local apropriado. Os pratos e
canecas deverão ser colocados no local designado para isso. (bacias)
c) Usar uniforme diariamente.
d) Todo aluno deverá vir para a escola asseado e trazer uma toalha para a higiene
pessoal.
e) Não é permitido correr no pátio ou em qualquer outra dependência da escola.
f) Não é permitida a entrada em sala de aula durante o recreio.
g) Ir ao banheiro antes da sula ou no recreio, salvo o aluno que tiver problemas de
saúde.
h) Chamar o professor pelo título de professor e não somente pelo nome ou apelido.
i) Todo aluno é responsável pelo seu material.
j) Respeitar os professores, respeitar os colegas e aproveitar as aulas.
l) Entregar os trabalhos, tarefas e demais atividades no prazo combinado com o
professor. Caso contrário, justificar ao professor.
m) O aluno que usar de má conduta será punido conforme o Regimento da escola.
NORMAS ASSUMIDAS PELA DIREÇÃO E PROFESSORES:
a) Aproveitar o máximo as horas aulas e obedecer a sinais de entrada e saída.
b) Evitar deixar a classe só.
c) Procurar não faltar às aulas, se faltar deixar substituto, quando for o caso de não
ter atestado médico.
115
d) Providenciar antecipadamente material que necessitar (não mandar alunos buscar
material). Todo material utilizado deverá ser devolvido no mesmo lugar.
e) Nas aulas de Educação Física o professor deve buscar e levar os alunos no início e
término das aulas, respectivamente. Só participará das aulas o aluno que usar uniforme
apropriado e calçado fechado.
f) Observar a avaliar periodicamente os livros e cadernos dos alunos.
g) O recreio será supervisionado por professores em horário pré-estabelecidos.
h) Será adotado o Livro de Ocorrências no qual será registrado o cotidiano dos
funcionários da escola.
NORMAS DISCIPLINARES APLICÁVEIS AO CORPO TÉCNICO-
ADMINISTRATIVO.
Art.105° - O pessoal administrativo será admitido na forma da lei e normas de ensino
em vigor, do Estatuto do Funcionário Público, do Magistério, consolidações das leis
trabalhistas e disposição deste Regimento.
Art.106° - O pessoal técnico-administrativo terá os direitos, prerrogativas e deveres
emanados das leis de ensino aplicáveis, bem como, os que lhe serão outorgados pelo Estatuto
do Funcionário Público, do Magistério e consolidação das leis trabalhistas, por força dos
dispostos neste Regimento.
Art.107° - As normas disciplinares serão decorrentes das disposições legais
aplicáveis a cada caso, das determinações deste Regimento, do Estatuto do Funcionário
Público e do Magistério, Consolidações das Leis Trabalhistas e das decisões emanadas da
direção, órgãos de serviço mantido pela escola, na respectiva órbita de competência.
Art. 108° - Aos funcionários técnico-administrativos, serão aplicáveis as
seguintes penalidades:
a) Advertência verbal.
b) Advertência por escrito e registrada.
c) Suspensão.
116
Parágrafo único – Incorrerá nas penalidades de que trata este Artigo, o funcionário e
professor que faltar com o devido respeito a seus superiores hierárquicos, demonstrar descaso
pelo serviço, ou tornar-se pelo procedimento, incompatível com a função que exerce.
NORMAS DISCIPLINARES APLICÁVEIS AO CORPO TÉCNICO-PE DAGÓGICO
Art.109° - As normas disciplinares serão decorrentes das disposições legais
aplicáveis a cada caso, das determinações do Regimento, do Estatuto dos Funcionários
Públicos, do Magistério e das decisões emanadas da direção e órgão de serviço mantido pela
escola, nas respectivas órbitas de competência.
Art.110° - Ao corpo técnico-pedagógico serão aplicadas as penalidades previstas no
artigo 108° deste Regimento.
DOS DOCENTES
Art.111° - São deveres dos professores:
a) Ministrar aulas e estar à disposição da escola para eventuais necessidades
b) Cumprir e fazer cumprir fielmente os horários e calendários escolares.
c) Comunicar com antecedência às faltas que por ventura estiver sujeita.
d) Manter e fazer com que seja mantida a disciplina em sala de aula e fora dela em
cooperação com a direção.
e) Executar integralmente os programas elaborados que forem de sua
responsabilidade.
f) Participar da Associação de Pais e Professores bem como às reuniões.
g) Acatar as decisões da direção, secretário (a) e demais autoridades de ensino.
h) Comparecer ás reuniões para as quais for convocado, ainda que em horário e datas
diferentes do normal.
i) Manter rigorosamente em dia a escrituração do Diário de Classe, que deverá fazer
com a máxima clareza precisão e presteza.
j) Promover as avaliações do aluno e atribuir-lhe notas nos prazos fixados pela
direção.
k) Elaborar programas, planos de curso e aula no que lhe for de competência.
117
l) Zelar pelo bom nome do estabelecimento dentro e fora dele.
m) Tratar o aluno com cortesia.
n) Manter boa conduta dentro e fora do estabelecimento compatível coma nobre
missão de educar.
o) Comparecer as atividades de caráter cívico e cultural promovidas pelo
estabelecimento.
p) Verificar a presença dos alunos em aula, efetuando o devido registro no Diário de
Classe, bem como o da matéria lecionada e as notas da avaliação procedida.
r) Comentar com os alunos o resultado dos trabalhos, provas e testes, pesquisas e
outras atividades, esclarecendo os erros cometidos.
s) Manter com os colegas o espírito de colaboração e solidariedade indispensável à
eficiência da obra educativa.
t) Realizar a recuperação contínua e paralela de estudos.
u) Participar do Conselho de Classe, da elaboração do calendário escolar, reuniões de
estudo, encontros, cursos, seminários e outros eventos, tendo em vista o constante
aperfeiçoamento e melhoria da qualidade de ensino.
Parágrafo único – O não cumprimento ou inobservância do presente artigo e das
demais normas deste Regimento, tornará o professor passível das penalidades cabíveis, nos
termos da legislação de ensino em vigor.
Art. 112° - Os professores além dos direitos e regalias que lhes são asseguarados pela
legislação de ensino, combinados com o Estatuto do Funcionário Público e Magistério, terão
assegurados os seguintes direitos.
a) Requisitar todo o material didático necessários às aulas, dentro das possibilidades
do estabelecimento.
b) Utilizar-se dos livros da biblioteca, das dependências e instalações do
estabelecimento, bem como de outras maneiras necessárias ao exercício de suas funções.
c) Opinar sobre programas e sua execução, planos de curso, técnicas utilizadas e
adoção do livro didático.
d) Propor à direção, medidas que objetivam o aprimoramento dos métodos de ensino,
de avaliação, de administração e de disciplina.
e) Exigir o tratamento e respeito condigno e compatível com a sua missão de
educador.
118
DO CORPO DISCENTE
Art.113° - Pela inobservância de seus deveres e conforme a gravidade das faltas e
infrações serão aplicadas as seguintes penalidades aos alunos:
a) Admoestação pelo professor.
b) Advertência reservada, oral ou escrita.
c) Exclusão da sala.
d) Suspensão temporária de participação em qualquer tipo de atividade escolar ou em
outra prevista neste Regimento.
e) Suspensão definitiva de participação no todo ou em parte, em toda ou em alguma
atividade ou em outra prevista neste Regimento.
§1° - Sempre que possível, as penalidades serão aplicadas gradativamente e sem se
acumularem.
§2° - A pena de suspensão, temporária, será graduada em função da falta cometida e
não isenta o aluno da obrigatoriedade da apresentação dos trabalhos escolares previamente
determinados à execução, em correspondência com o tempo de duração da pena.
§3° - A pena de expedição de transferência, com cancelamento da matrícula, será
aplicada, depois de verificada a culpabilidade do aluno, por uma comissão de 3(três)
membros, presidida pela direção do estabelecimento.
§4° - Na apuração da pena de que trata o artigo anterior, serão ouvidas as partes
envolvidas na falta ou infração, sendo o aluno menor, assistido pelo pai ou responsável.
§5° - A competência para aplicação das medidas disciplinares previstas nesse artigo,
pertencerá à direção do estabelecimento ou ao seu substituto, por ele devidamente delegado.
Art.114° - Serão vedadas as sanções e penalidades que atentarem contra a dignidade
pessoal, saúde física e mental ou que prejudicarem o processo formativo.
DAS INSTITUIÇÕES DOCENTES E DISCENTES.
DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS E PROFESSORES (APP)
Art.115° - A Associação de Pais e Professores – APP, entidade sem fins lucrativos,
tem por finalidade:
119
a) Integração escola e comunidade como entidade cooperadora da atuação junto ao
estabelecimento.
b) Propor medidas que visem o aprimoramento do ensino ministrado, a integração do
aluno e assistência de modo geral ao corpo discente.
Art.116° - A Associação de Pais e Professores é composta pelos pais ou responsáveis
dos alunos e professores do estabelecimento.
Art.117° - Caberá à direção do estabelecimento, juntamente com a diretoria da APP,
de acordo com as necessidades de sua clientela, estabelecer as prioridades a serem atendidas
naquele ano letivo.
Art.118° - A contribuição financeira dos pais ou responsáveis pelos alunos, feita à
APP, tem caráter espontâneo.
Parágrafo único – É negado vedar matrícula a candidatos cujos pais ou responsáveis
não tenham, comprovadamente, condições de contribuir financeiramente para com a APP.
Art.119° - O plano de recursos da APP no que diz respeito à assistência do educando,
deverá dar prioridade à aquisição de uniforme escolar, material básico e complementação da
merenda escolar.
Art.120° - A APP reger-se por regulamento próprios, sendo vedada a sua ingerência
direta na administração do estabelecimento.
Art.121° - Cooperar na conservação do prédio e equipamento, bem como na
aquisição de novos equipamentos para o ensino-aprendizagem.
DO CONSELHO DE CLASSE
Art. 122° - O Conselho de Classe é um órgão que tem por finalidade estudar, discutir
e avaliar os aspectos pedagógicos e disciplinares do aluno, bem como, as atividades docentes,
possibilitando assim, o planejamento dinâmico tornando mais eficiente o processo ensino-
aprendizagem.
120
Cabe ao Conselho de Classe:
• A avaliação global do aluno e o levantamento das suas dificuldades;
• A avaliação dos envolvidos no trabalho educativo e no estabelecimento de ações para
a superação das dificuldades;
• A avaliação do processo ensino-aprendizagem desenvolvido pela escola na
implementação das ações propostas e verificação dos resultados;
• A definição de critérios para a avaliação e sua revisão, quando necessária;
• A avaliação da prática docente, enquanto motivação e produção de condições de
apropriação do conhecimento, no que se refere: à metodologia, aos conteúdos
programáticos e à totalidade das atividades pedagógicas realizadas.
• O Conselho de Classe será realizado por turma, nos períodos bimestrais e será
proponente das ações que visem à melhoria da aprendizagem e o definidor da
aprovação ou não aprovação do aluno.
O Conselho de Classe se reúne bimestralmente e será composto:
• Pelos professores da turma;
• Pela direção do estabelecimento ou seu representante;
• Por alunos, representantes da turma e pais quando couber;
O Conselho de Classe poderá reunir-se extraordinariamente, convocado pela direção
do estabelecimento, sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros convocados,
ficando os faltosos passíveis de registro no cartão ponto;
As reuniões do Conselho de classe serão lavradas em atas próprias para registro,
divulgação ou comunicação aos interessados.
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28. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao chegarmos ao último capítulo do Projeto Político Pedagógico, cabe-nos agradecer
a todas as pessoas que contribuíram para o processo de elaboração.
O Plano Político Pedagógico da Escola de Ensino Fundamental Fortunato
Tarnowski, é um retrato do trabalho que já vem sendo realizado. Porém, não pretendemos
esgotar as dimensões e necessidades de todos aqueles que se acham inseridos no processo
ensino-aprendizagem.
O futuro da sociedade depende muito de trabalhos sérios, voltados à transformação e
à busca de novas formas e técnicas.
Educar é um ato contínuo, cheio de transformações, avanços e conquistas. O Plano
Político Pedagógico também deve estar sujeito a estas dinâmicas.
122
29. BIBLIOGRAFIA
HERNÀNDEZ, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho.
Fernando
Hernández. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1998.
ABRANTES, P. Trabalho de projetos e aprendizagem da matemática. In: Avaliação e
Educação Matemática, RJ:MEM/USU – GEPEM, 1995.
GADOTTI, Moacir, ROMÃO, José E. (orgs.). Autonomia da Escola: Princípios e Propostas. São Paulo: Cortez, 1997.
RESENDE, Lúcia Maria Gonçalves de.; VEIGA, Ilma Passos A .( orgs.). Escola: espaço do Projeto Político-Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Polêmicas do nosso tempo. Campinas: Autores Associados, 1994.
VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus, 1995.
123
30. ANEXOS
ANEXO 1 POESIA “MEU RIO DO OESTE” COMPOSTA PELO PR OFESSOR ELIÉZER
FERNANDO SUK.
No dia em que viemos de Rodeio pelo rio,
Encontramos uma terra, assim bonita ninguém viu.
E nas verdes matas de homens nus, solo viril,
Começamos nossa história neste pedaço do Brasil.
Os frutos da nossa luta com suor, foram surgindo,
Lindos nomes recebemos, a população foi se expandindo.
Igual ao nosso “Herói” buscamos a libertação
E no cinqüenta e oito foi nossa Emancipação.
Meu Rio do Oeste, tua fama se espalhou.
Iniciaste tão pequeno e o teu jeito sereno
Conquistou muitos irmãos.
E assim fomos crescendo num cenário mui feliz
As comunidades, o comércio, a prefeitura, a matriz,
As escolas, o hospital, o telefone, o asfalto,
O esporte e a cultura formaram o nosso retrato.
Mostramos segurança frente a muitas provações;
A ausência dos amigos, as perdas nas plantações.
E aquela cheia que a tudo foi cobrindo,
Incitou nosso desejo de cada vez te ver mais lindo!
Meu Rio do Oeste, de luz tu resplandeces.
Podemos contar contigo, e não correr perigo.
Pois, em ti botamos fé. (2x)
Mas, os nossos feitos não terminam por aí;
Enfrentamos vários planos e a crise a persistir.
Com nossos valores associados à Educação
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Contornamos tudo, somos a evolução.
A verdade e a justiça complementam nossa marca
Abraçamos várias causas, somos Fórum de Comarca.
Morar em vosso peito é grande satisfação.
Nós te amamos muito, por ti temos devoção!
Meu Rio do Oeste, parabéns pra você!
E muitas felicidades, oh! Cidade da amizade,
Nosso bem querer! (2x)
Eliézer Fernando Suk – Diretor da EEFFT – 23/06/2002.
ANEXO 2 – TABELA CORPO DOCENTE DO ANO DE 2010.
NOME Graduação Especialização Área de Atuação Carga
Horária
Anelice Antonieta Campestrini
Pedagogia (séries iniciais) Educação Infantil e séries iniciais
1º ano 20h
Ângela de Oliveira Pisetta Pedagogia (séries iniciais) Educação Infantil e séries iniciais
2º ano 20h
Carla Bertoldi Possamai Artes ( Licenciatura em Música) Psicopedagogia e arte-educação
Artes- Música 10h
Eliezer Fernando Suk Pedagogia ( séries iniciais) 3º ano 20h
Elisiana Lucia Suk Bonacolsi
Pedagogia ( séries iniciais) 4º ano 20h
Lílian Bonessi Grott da Silva
Educ. Artística (Artes Plásticas) Didática e metodologia do Ensino
Ares, Ed. Física 20h
Márcia Clarice Dalcastagne Emerim Emerim
Pedagogia ( séries iniciais) Educ. Infantil e Gestão Escolar
1º ano 20h
Marileia de Assunção Sewald
Pedagogia (Educ. Infantil séries iniciais)
Formação Pedagógica e Gestão da Educação
3º ano 20h
Marilu Aparecida Carlini de Moraes
Normal Superior(Séries iniciais ensino Fundamental)
Educ. Infantil e Gestão Escolar
Artes - Dança 20h
Nilson Scottini Pedagogia (pré à 4ª série) Psicopedagogia Aulas de reforço
e Ens. Religioso
20h
Sandra Cristina Moser Bertoldi
Pedagogia (Educ. Infantil Séries Iniciais).
Pedagogia Gestora com ênfase em administração, supervisão e orientação educacional.
4º ano 20h
Simone Pisetta Pedagogia (Educ. Infantil Séries Iniciais).
Letramento e Alfabetização
4º ano 20h
Terezinha Maria Girardi Rossa
Pedagogia (séries iniciais) 2º ano 20h
Patrícia Pisetta Augusto Licenciatura em Letras (Português-Inglês)
Metodologias inovadoras de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura
LEI, Artes e
Ensino Religioso
20h
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ANEXO 3 - TABELA DO CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO DE 2010.
Nome Formação Cargo Função Carga Horária
Alciane Vanderlinde
Rech
2º Grau Auxiliar
Administrativo
44h
Janine Depiné Ferrari Pedagogia (pré à 4ª série) com Especialização em Informática na Educação
Diretora 44h
Paulo Roberto Seola Licenciatura Plena em Matemática
Secretário 44h
ANEXO 4 – TABELA DO CORPO DE AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS DE 2010
me Formação Cargo/Função Carga Horária
Eliane T. Casagrande 1ºgrau Merendeira 44h
Etelvina Schiochet 1ºgrau Aux. de Serv.Gerais 44h
ANEXO 5 -GRÁFICO DOS ALUNOS MATRICULADOS DE 1998 À 2008
1998 - 231 alunos
1999 - 228 alunos
2000 - 221 alunos
2001 - 220 alunos
2002 - 252 alunos
2003 - 238 alunos
2004 - 252 alunos
2005 - 246 alunos
2006 - 264 alunos
2007 - 252 alunos
2008 - 240 alunos
05
1015202530
3540455055606570758085
52 51
61
81
63
71
66
79
65
46
67
72
43
51
6765
59
63
68
7673
39
63
68
4549
63
68
5962 62
67
61
41
59
63
55
47
54
5855
49
54
Alunos matriculados na Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski no período de 1998 a 2008
1ª série 2ª série 3ª série 4ª série