1.ª REVISÃO, MAIO 2015
Gabinete de Proteção Civil do Município de Calheta
Rua 25 de Abril
9850-032 Calheta-São Jorge
Telef. 295 416 324/446
Fax 295 416 437
MA
IO 2
01
5
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE
PROTEÇÃO CIVIL CONCELHO DA CALHETA
ILHA DE S. JORGE-AÇORES
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EQUIPA TÉCNICA
CÂMARA MUNICIPAL DA CALHETA
DIREÇÃO E COORDENAÇÃO DO PROJETO
Dr. Décio Pereira Presidente da Câmara Municipal da Calheta
António Aguiar Vice-Presidente da Câmara Municipal da Calheta
EXECUÇÃO TÉCNICA
Dr.ª Odelta Cabral Licenciatura em Geografia – Urbanismo
Gabinete de Apoio à Presidência-Área de Licenciamento de
Obras, Urbanismo e Fiscalização
Vanda Oliveira Assistente Técnica
Unidade Orgânica de Gestão Administrativa e Financeira –
Área de Atendimento ao Público
Assessoria – Eng.ª Maria Anderson
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ÍNDICE GERAL
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO ........................................................................8
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................9
2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO ....................................................................................................... 11
3. OBJETIVOS GERAIS .............................................................................................................. 15
4. ENQUADRAMENTO LEGAL................................................................................................... 16
4.1 LEGISLAÇÃO DE CARÁTER GERAL ................................................................................... 16
4.2 LEGISLAÇÃO DE CARÁTER MUNICIPAL ........................................................................... 17
5. ANTECEDENTES DO PROCESSO DE PLANEAMENTO ............................................................. 17
6. ARTICULAÇÃO INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO ...... 18
7. ATIVAÇÃO ........................................................................................................................... 21
7.1 COMPETÊNCIA PARA ATIVAÇÃO .................................................................................... 21
7.2 CRITÉRIOS PARA ATIVAÇÃO DO PLANO .......................................................................... 23
8. PROGRAMA DE EXERCÍCIOS................................................................................................. 26
PARTE II- ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA................................................................................... 29
1. CONCEITO DE ATUAÇÃO...................................................................................................... 30
2. SISTEMA DE GESTÃO DE OPERAÇÕES .................................................................................. 34
2.1 DELIMITAÇÃO DAS ZONAS DE INTERVENÇÃO ................................................................ 37
3. EXECUÇÃO DO PLANO ......................................................................................................... 40
3.1 FASE DE EMERGÊNCIA ................................................................................................... 41
3.2 FASE DE REABILITAÇÃO ................................................................................................. 43
4. ARTICULAÇÃO E ATUAÇÃO DE AGENTES, ORGANISMOS E ENTIDADES ................................ 44
4.1 MISSÃO DOS AGENTES DE PROTEÇÃO CIVIL ................................................................... 44
4.2 MISSÃO DOS ORGANISMOS E ENTIDADES DE APOIO ..................................................... 46
4.2.1 FASE DA EMERGÊNCIA / REABILITAÇÃO .................................................................. 46
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO ........................................................................................ 49
1. ÁREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA ................................................................................ 50
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2. COMUNICAÇÕES ................................................................................................................. 51
3. GESTÃO DA INFORMAÇÃO .................................................................................................. 54
4. SOCORRO E SALVAMENTO .................................................................................................. 57
5. PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO ...................................................................................... 60
6. SERVIÇOS MÉDICOS E TRANSPORTE DE VÍTIMAS ................................................................. 69
7. MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA ................................................................................... 70
8. ADMINISTRAÇÃO DE MEIOS E RECURSOS ............................................................................ 71
9. LOGÍSTICA ........................................................................................................................... 74
9.1 APOIO LOGÍSTICO ÀS FORÇAS DE INTERVENÇÃO ........................................................... 74
9.2 APOIO LOGÍSTICO À POPULAÇÃO .................................................................................. 76
10. SERVIÇOS MORTUÁRIOS .................................................................................................... 77
11. PROTOCOLOS .................................................................................................................... 79
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - .......................................................................... 80
SECÇÃO I ................................................................................................................................. 80
1. ORGANIZAÇÃO GERAL DA PROTEÇÃO CIVIL NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES ............. 81
1.1 ESTRUTURA DA PROTEÇÃO CIVIL ................................................................................... 81
1.2 ESTRUTURA DAS OPERAÇÕES ........................................................................................ 83
2. MECANISMOS DA ESTRUTURA DE PROTEÇÃO CIVIL ............................................................. 86
2.1. COMPOSIÇÃO, CONVOCAÇÃO E COMPETÊNCIAS DA COMISSÃO DE PROTEÇÃO CIVIL ... 86
2.2. COMPOSIÇÃO, CONVOCAÇÃO E COMPETÊNCIAS DO SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO
CIVIL E DO COMANDO OPERACIONAL MUNICIPAL ............................................................... 88
2.3. CRITÉRIOS E ÂMBITO PARA A DECLARAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE ALERTA, CONTINGÊNCIA
OU CALAMIDADE. ............................................................................................................... 89
2.4 SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO, ALERTA E AVISO ............................................................ 91
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ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Niveis de Alerta- Retirado da Tabela n.º 4 da Diretiva Operacional Nacional n.º
1/ANPC/2007 .......................................................................................................................... 23
Tabela 2- Estado de alerta para as organizações integrantes do Sistema Integrado de
Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) ............................................................................... 24
Tabela 3 – Programa de exercícios e respetivos cenários propostos ........................................ 27
Tabela 4 - Estruturas existentes a nível do Município da Calheta no que toca à direção e
coordenação institucional e comando operacional que devem ser consideradas na atuação em
situação de emergência .......................................................................................................... 32
Tabela 5 - Objetivos, Responsabilidades e Funções da força comando ou coordenadora das
Operações .............................................................................................................................. 36
Tabela 6 - Características e funcionalidades das zonas que setorizam o Teatro de Operações . 38
Tabela 7- Principais ações na fase de emergência.................................................................... 42
Tabela 8 - Principais ações na fase de Reabilitação .................................................................. 43
Tabela 9 - Missões prioritárias para os agentes da Proteção Civil............................................. 49
Tabela 10 - Principais Entidades e funções no PMEPC da Calheta ............................................ 48
Tabela 11- Identificação dos meios e das responsabilidades de Proteção Civil, quanto aos
canais de comunicação ........................................................................................................... 53
Tabela 12- Identificação dos meios e das responsabilidades de Proteção Civil, quanto à
responsabilidade da gestão de informação ............................................................................. 56
Tabela 13- Identificação dos meios e das responsabilidades de Proteção Civil, quanto à
responsabilidade do socorro e salvamento ............................................................................. 59
Tabela 14 - Localização dos pontos de encontro, alojamentos e campos de deslocados por
freguesia ................................................................................................................................. 64
Tabela 15- Identificação das prioridades de atuação quanto aos serviços médicos ................. 69
Tabela 16 - Identificação das prioridades de ação na função da administração de meios e
recursos .................................................................................................................................. 71
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Tabela 17- Identificação das prioridades de ação na função de intervençãoe apoio logístico às
forças de intervenção ............................................................................................................. 74
Tabela 18 - Identificação das prioridades de ação na função de apoio logístico à população ... 76
Tabela 19 - Identificação das prioridades de ação na função de apoio aos serviços mortuários77
Tabela 20- Competências do Serviço Municipal de Proteção Civil nos domínios do
Planeamento, Prevenção e Informação Pública ....................................................................... 84
Tabela 21- Diferenças entre os diferentes dispositivos de monitorização ................................ 91
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localização do arquipélago dos Açores .................................................................... 12
Figura 2- Limites administrativos da Ilha de São Jorge e dos Concelhos das Velas e Calheta. .. 13
Figura 3 - Principais instrumentos de ordenamento territorial e de como se articulam aos
diferentes escalões territoriais ................................................................................................ 19
Figura 4 – Esquematização dos procedimentos que interveem na Ativação do PMEPC ............ 22
Figura 5 - Organização do Teatro de Operações em Setores .................................................... 37
Figura 6- Áreas de intervenção do PMEPC da Calheta ............................................................. 50
Figura 7 - Fluxograma das comunicações................................................................................. 51
Figura 8 – Telecomunicações no âmbito do Sistema de Proteção Civil ..................................... 52
Figura 9 - Coordenação entre as forças responsáveis pelo apoio, coordenação e meios e
recursos na fase de socorro e salvamento ............................................................................... 57
Figura 10 - Procedimentos de decisão para a evacuação da população ................................... 61
Figura 11- Articulação entre a direção e coordenação política, institucional e operacional em
caso de emergência ................................................................................................................ 82
Figura 12 - Objetivos dos SMPC desde a prevenção à fase de reposição da normalidade ......... 83
Figura 13 – Composição da Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) da Calheta ............. 87
Figura 14 - Responsabilidades da difusão do alerta ao aviso .................................................... 93
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PARTE I - ENQUADRAMENTO
GERAL DO PLANO
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1. INTRODUÇÃO
O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil da Calheta (PMEPC da
Calheta) é um plano de âmbito geral, elaborado para enfrentar a generalidade das
situações de emergência que se admitem resolúveis no âmbito territorial e
administrativo do Município da Calheta, na ilha de S. Jorge, do arquipélago dos
Açores.
Com este instrumento pretende-se essencialmente identificar os principais riscos
suscetíveis de desencadear um acidente grave ou catástrofe e, em concordância
definir a organização e os procedimentos adequados para a resposta à emergência.
Neste contexto importa referir que, tendo em conta a incidência dos riscos nos
Açores em geral e nesta ilha em particular, a frequência com que diferentes riscos
naturais surgem associados, exigirá porventura uma avaliação de risco integrada, visto
existirem áreas de risco homogéneo.
De facto verifica-se que a ocorrência de sismos, vulcões e deslizamentos,
frequentemente associados, são particularmente importantes de considerar. Não
menos importantes, no âmbito dos riscos tecnológicos, devem ser considerados os
acidentes rodoviários, aéreos e portuários, e o colapso de infraestruturas, dada a
vulnerabilidade acrescida conferida pela circunstância da sua insularidade.
O Presidente da Câmara Municipal da Calheta é o Diretor do PMEPC da Calheta
e, na sua ausência, o seu legítimo substituto é o vice-presidente da Câmara Municipal,
ao qual foram dadas as respetivas competências. Atualmente o Presidente é o Sr.
Décio Pereira e o vice-presidente ao qual foi atribuída a respetiva competência, é o Sr.
António Aguiar.
A aprovação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil é feita pelo
Órgão do Governo Regional dos Açores que tutela o sector, atualmente a Secretaria
Regional da Saúde, após parecer favorável da Comissão Municipal de Proteção Civil e
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do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) dando-se
posteriormente conhecimento à Comissão Nacional de Proteção Civil (CNPC).
A fase de consulta pública desenrola-se por um prazo não inferior a 30 dias, e é
promovida pela Câmara Municipal da Calheta, devendo ser feita anteriormente à
pronúncia final da CMPC. A Câmara Municipal da Calheta estabelece os meios e as
formas de participação.
Por fim, compete ao Diretor do Plano assegurar a sua distribuição pelas entidades.
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2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
O arquipélago dos Açores constitui uma Região Autónoma da República
Portuguesa, criada pela Lei n.º 39/80, de 22 de Agosto, tendo este estatuto político-
administrativo sido consagrado na Constituição da República de 1976 (artigo 229º).
Localizado no Oceano Atlântico Norte, numa faixa limitada pelos paralelos 36º
55’ 43’’ e 39º 43' 02’’ N e pelos meridianos 24º 46’ 15’’ e 31º 16’ 02’’ W, dista cerca de
1 430 km do Continente Europeu e a mais de 3 900 km da América do Norte. Do ponto
de vista biogeográfico, este arquipélago pertence à Região da Macaronésia, atribuída
ao conjunto de arquipélagos Norte Atlânticos com afinidades biológicas, do qual fazem
parte, para além do arquipélago dos Açores, os arquipélagos da Madeira, Cabo Verde
e Canárias.
O arquipélago dos Açores é constituído por nove ilhas e por diversos ilhéus e,
de acordo com os critérios da UNESCO relativos à dimensão, são todas consideradas
“pequenas ilhas”.
Este arquipélago divide-se em três grupos distintos (Ocidental, Central e
Oriental) (vide Figura 1) estando a ilha de São Jorge integrada no grupo central com
as ilhas Graciosa, Terceira, Faial e Pico.
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A ilha de S. Jorge, localizada entre as latitudes 38º 31' 48" N e 38º 43' 36" N e as
longitudes 27º 44' 24" W e 28º 19' 12" W, apresenta um comprimento máximo de cerca
de 55 km entre a ponta de Rosais e o ilhéu do Topo, e a largura máxima de 6,75 km
entre a fajã das Pontas e o Portinho.Com uma área da ordem dos 246 km2. Sob o
ponto de vista administrativo, compreende os Concelhos de Velas (119,08 km2) e da
Calheta (126,52 km2) (Figura 2), apresentando uma orientação geral alongada WNW-
ESS.
A sede do Concelho da Calheta situa-se na parte oriental da ilha de São Jorge,
confina a W com o Concelho de Velas e em termos administrativos, compreende as
freguesias da Calheta, Norte Pequeno, Ribeira Seca, Santo Antão e Topo (Nossa
Senhora do Rosário) (vide Figura 2).
FIGURA 1 - LOCALIZAÇÃO DO ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES
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FIGURA 2- LIMITES ADMINISTRATIVOS DA ILHA DE SÃO JORGE E DOS CONCELHOS DAS VELAS E CALHETA. _-FONTE: CAOP,
DIREÇÃO GERAL DO TERRITÓRIO, 2014.
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Ainda importa reforçar a importância de que a avaliação de risco deverá ser
integrada, tendo em conta a incidência dos riscos e a sua homogeneidade territorial,
nesta Ilha em particular e nos Açores em geral.
De facto são particularmente importantes de considerar a atividade sísmica e
vulcânica1 e embora existam registos da ocorrência de tsunamis, eles são de pequena
amplitude.
Existe ainda em termos de riscos tecnológicos o potencial para a existência de
acidentes aéreos, rodoviários e portuários, o colapso de infraestruturas e o risco de
explosões e de incêndios florestais.
Deve também considerar-se que a magnitude do fenómeno e os elementos em
risco nelas existentes, designadamente, a população, as construções, as atividades
económicas e os serviços públicos e as infraestruturas serão fundamentais nas
consequências e danos gerados por tais fenómenos.
1 Geological Hazards at the Azores Region, Malheiros e Nunes, Volcanic Rocks
Proceedings of ISRM Workshop W2, Ponta Delgada, Azores, Portugal, 14-15 July, 2007
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3. OBJETIVOS GERAIS
O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil da Calheta, em harmonia
com o número 1 do artigo 50.º da Lei n.º 27/2006 de 3 de Julho, partindo do
reconhecimento dos riscos existentes no Município da Calheta, tem por objetivos:
Identificação dos meios e recursos mobilizáveis, em situação de acidente grave
ou catástrofe;
Definição das responsabilidades que incubem aos organismos, serviços e
estruturas públicas ou privadas, com competências no domínio da Proteção
Civil;
Definição dos critérios de mobilização e mecanismos de coordenação dos
meios e recursos, públicos ou privados, utilizáveis;
Organização da estrutura operacional, que garanta a unidade de direção e
comando e o controlo permanente da situação.
Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios
indispensáveis à minimização dos efeitos adversos de um acidente grave ou
catástrofe;
Minimizar a perda de vidas ou bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes
graves ou catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível, as
condições mínimas de normalidade;
Habilitar as entidades envolvidas no plano a manterem o grau de preparação e
de prontidão necessário à gestão de acidentes graves ou catástrofes;
Promover a informação da população através de ações de sensibilização,
tendo em vista a sua preparação, a assunção de uma cultura de autoproteção
e o entrosamento na estrutura de resposta à emergência.
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4. ENQUADRAMENTO LEGAL
4.1 LEGISLAÇÃO DE CARÁTER GERAL
Lei n.º 27/2006, de 3 de julho – Lei de Bases da Proteção Civil;
Decreto-Lei n.º 72/2013, de 31 de maio - Sistema Integrado de Operações de
Proteção e Socorro (SIOPS) (criado pelo Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de
julho e alterado pelo Decreto-Lei n.º 114/2011, de 30 de novembro);
Declaração da Comissão Nacional de Proteção Civil nº 97/2007, de 16 de Maio
– Estado de alerta especial para as organizações integrantes no Sistema
Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS);
Resolução da Comissão Nacional de Proteção Civil nº 25/2008, de 18 de julho
– Critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de Planos
de Emergência de Proteção Civil;
Decreto Legislativo Regional n.º 7/99/A, de 19 de março, alterado pelo Decreto
Legislativo Regional n.º 25/2000/A, de 9 de agosto, pelo Decreto Legislativo
Regional n.º 15/2002/A, de 30 de abril e pelo Decreto Legislativo Regional n.º
39/2006/A, de 31 de outubro;
Decreto Regulamentar Regional n.º 24/2003/A, de 7 de agosto, alterado pelo
Decreto Regulamentar Regional n.º 11/2007/A, de 23 de abril, Orgânica do
Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA);
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4.2 LEGISLAÇÃO DE CARÁTER MUNICIPAL
Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro – "Define o enquadramento institucional de
operacionalização da Proteção Civil de âmbito municipal;"
Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro – “Estabelece o quadro de competências,
assim como o regime jurídico de funcionamento, dos órgãos dos Municípios e
das freguesias;”
Decreto Legislativo Regional n.º 13/99/A, de 15 de abril criação dos Centros
Operacionais de Emergência e Proteção Civil a nível Regional e Municipal.
5. ANTECEDENTES DO PROCESSO DE PLANEAMENTO
A primeira versão do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil (PMEPC)
da Calheta foi aprovada em reunião da Assembleia Municipal de 2 de junho de 2005
com o despacho do Senhor Secretário Regional da Habitação e Equipamentos a 27 de
novembro de 2006.
A elaboração desse documento foi da responsabilidade do Centro de
Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos da Universidade dos Açores.
O referido Plano nunca foi ativado bem como não foram realizados exercícios
no seu âmbito.
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6. ARTICULAÇÃO INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO E
ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
A articulação entre o planeamento de emergência e o ordenamento do território
reveste-se de vital importância no que diz respeito à prevenção e minimização dos
efeitos negativos que podem ocorrer no Município da Calheta em consequência dos
riscos existentes.
De facto, o uso e o planeamento da ocupação do solo são fundamentais na
prevenção dos riscos, podendo reduzir-se vulnerabilidades e diminuir a exposição de
pessoas e bens a situações de risco.
Para efeitos de harmonização do presente plano, considera-se desejável a
articulação do PMEPC da Calheta com outros planos municipais, os quais por sua vez
resultam de orientações e estratégias de instrumentos de gestão de escalões
territoriais acima, mas também é de considerar a sua articulação com os instrumentos
de planeamento do Município adjacente, o Concelho de Velas.
De seguida esquematiza-se a forma como os instrumentos de planeamento e
ordenamento territorial deverão articular-se com o PMEPC da Calheta (Figura 3)
No âmbito do ordenamento do território, o instrumento que sustenta os demais
instrumentos de gestão territorial é o Programa Nacional das Políticas de
Ordenamento do Território (PNPOT), um instrumento de natureza estratégica que
estabelece as grandes opções com relevância para a organização do território
nacional e constitui um instrumento de cooperação com os demais Estados membros
para a organização do território da União Europeia. Este Programa, que constitui a Lei
n.º 58/2007, de 4 de setembro, e está organizado em dois documentos, a saber o
Relatório onde são identificados os grandes problemas do território e um Programa de
Ação onde são desenvolvidos um conjunto de estratégias e objetivos distintos, de
acordo com as regiões.
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Para a Região Autónoma dos Açores a temática dos riscos naturais é
considerada fundamental na estruturação correta das respostas em caso de
catástrofe, demonstrando a importância da articulação entre as áreas do ordenamento
territorial e do planeamento de emergência.
Em matéria de riscos, o PNPOT refere a histórica e intensa atividade
sismovulcânica e a vulnerabilidade da Região Autónoma dos Açores a estes perigos
naturais. Também refere a importância dos fenómenos hidrológicos, os quais podem
implicar a ocorrência de cheias e de movimentos de vertente e, dada a ocupação
humana se localizar especialmente nas zonas costeiras, o impacto negativo é
considerável e potencialmente agravado pela erosão costeira.
Em concordância com o sistema de gestão territorial há uma hierarquia territorial
em que os planos regionais como, o Plano Regional de Ordenamento Territorial dos
Açores (PROTA), o Plano de Ordenamento da Orla Costeira de S. Jorge (POOCSJ) se
devem relacionar. A articulação entre estes planos e os municipais implica um
reconhecimento dos riscos presentes e a sua cartografia, a definição de cartas de
FIGURA 3 - PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL E DE COMO SE ARTICULAM AOS DIFERENTES
ESCALÕES TERRITORIAIS
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condicionantes e de ordenamento, as quais sustentam as decisões tomadas ao nível
dos regulamentos municipais.
É o caso do PDM da Calheta cujo conteúdo material constam a identificação de
condicionantes, designadamente reservas e zonas de proteção, bem como deverão
constar as zonas necessárias à concretização deste plano Municipal de Emergência
de Proteção Civil para a necessária articulação.
Podem ainda referir-se outros planos de carácter regional como são o Plano
Estratégico de Gestão dos Resíduos dos Açores (PEGRA) e o Plano de Ordenamento
Turístico da Região Autónoma dos Açores (POTRAA); para citar os mais importantes
planos regionais que de uma maneira indireta deverão ter em conta estas
preocupações de Proteção Civil.
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7. ATIVAÇÃO
7.1 COMPETÊNCIA PARA ATIVAÇÃO
A ativação do PMEPC da Calheta ocorrerá sempre que se verifique a
eminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe.
Nos termos do n.º 2 do artigo 40, concatenado com o n.º 2 do artigo 38, da Lei
de Bases da Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de julho), e tal como disposto no n.º
3 do artigo 3º da Lei nº65/2007, de 12 de novembro, compete ao Diretor do Plano e à
Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) do Município da Calheta a decisão de
ativação do PMEPC da Calheta (Figura 4).
A ativação do PMEPC da Calheta, dependendo da urgência da situação, pode
ser deliberada com a CMPC reduzida, constituída pelo Diretor do Plano ou pelo seu
substituto e deverá, logo que possível, ser ratificada a posteriori pelo plenário da
CMPC.
A Ativação do PMEPC da Calheta e da CMPC determina a notificação do
Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA).
A publicitação da ativação do PMEPC da Calheta será levada a cabo, através
dos órgãos de comunicação social, e ainda do sítio da internet da Câmara Municipal
da Calheta e ainda através de Megafones e anúncio porta a porta, dependendo da
extensão territorial, da emergência e da sua gravidade.
A desativação do PMEPC da Calheta e consequente desmobilização
operacional, ocorrem mediante entendimento entre o Diretor do Plano e a CMPC,
quando for decidido que está reposta a normalidade.
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FIGURA 4 – ESQUEMATIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS QUE INTERVEEM NA ATIVAÇÃO DO PMEPC
Ativação do PMEPC Teatro de Operações
(TO)
Notifica o SRPCBA
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7.2 CRITÉRIOS PARA ATIVAÇÃO DO PLANO
Conforme os termos do artigo 16.º da Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro, a
ativação do PMEPC da Calheta pela CMPC ocorrerá sempre que se verifique a
eminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe, da qual se prevejam
danos elevados para a população, bens ou ambiente, que justifiquem adoção imediata
de medidas excecionais de prevenção, planeamento e informação.
Em concordância, o PMEPC da Calheta poderá ser ativado sempre que se
declare a situação de alerta ao nível do Município, adotando as regras de ativação do
estado de alerta especial para as organizações integrantes do SIOPS.
De acordo com a diretiva operacional que determina os níveis de alerta Especial,
estes compreendem 4 níveis, a saber azul, amarelo, laranja e vermelho, progressivos
conforme a gravidade da situação e o grau de prontidão que este nível exige (Tabela
1).
TABELA 1 – NIVEIS DE ALERTA- RETIRADO DA TABELA N.º 4 DA DIRETIVA OPERACIONAL NACIONAL N.º 1/ANPC/2007
NNÍÍVVEELL AALLEERRTTAA GGRRAAUU DDEE RRIISSCCOO Azul Moderado Amarelo Moderado, gravidade moderada e probabilidade média-alta Laranja Elevado Vermelho Extremo
Este alerta especial implica maior mobilização de meios humanos e materiais
para as missões a cumprir, devendo ser ativados os recursos disponíveis.
Os critérios que permitem apoiar a decisão de ativação do PMEPC da Calheta
foram adotados conforme constam da Diretiva Operacional Nacional n.º 1/ANPC/2007,
e que resultam da conjugação do grau de intensidade de determinada ocorrência ter
consequências negativas como as que estão definidas no «Estado de alerta para as
organizações integrantes do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro
(SIOPS)» (Tabela 2)
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TABELA 2- ESTADO DE ALERTA PARA AS ORGANIZAÇÕES INTEGRANTES DO SISTEMA INTEGRADO DE OPERAÇÕES DE PROTEÇÃO E SOCORRO (SIOPS)
PROBABILIDADE / FREQUÊNCIA
GRAVIDADE
MODERADA ACENTUADA CRITICA
Sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações. Alguns danos. Retirada de pessoas por um período de 24 horas. Algum pessoal técnico necessário. Alguma disrupção na comunidade (menos de 24 horas). Pequeno impacto no ambiente, sem efeitos duradouros. Alguma perda financeira
Número elevado de feridos e de hospitalizações. Vítimas mortais. Danos significativos que exigem recursos externos Número elevado de retirada de pessoas por um período superior a 24 horas. Recursos externos exigidos para suporte ao pessoal de apoio. Funcionamento parcial da comunidade com alguns serviços indisponíveis. Alguns impactos na comunidade com efeitos a longo prazo. Perda financeira significativa e assistência financeira necessária.
Situação crítica. Significativo número de vítimas mortais. Grande número de feridos e de hospitalizações. Retirada em grande escala de pessoas por uma longa duração. Pessoal de apoio e reforço necessário. A comunidade deixa de conseguir funcionar sem suporte significativo. Impacto ambiental significativo e/ou danos permanentes.
CONFIRMADA
Ocorrência real verificada. ELEVADO - Ativação EXTREMO - Ativação EXTREMO - Ativação
ELEVADA
Expectável ocorrer em quase todas as circunstâncias/ nível elevado de incidentes registados/Fortes evidências/forte probabilidade de ocorrência do evento/ Pode ocorrer uma vez por ano.
ELEVADO - Ativação EXTREMO - Ativação EXTREMO - Ativação
MÉDIA-ALTA
Expectável ocorrer em quase todas as circunstâncias; e/ou registos regulares de incidentes e razões fortes para ocorrer; Pode ocorrer uma vez em cada 5 anos.
MODERADO - Convocação prévia da CMPC e decisão em
reunião da mesma. ELEVADO - Ativação ELEVADO - Ativação
MÉDIA
Não é provável que ocorra; Não há registos ou razões que levem a estimar que ocorra; pode ocorrer uma vez em cada 100 anos.
BAIXO – Não ativação MODERADO – Não ativação MODERADO – Não ativação
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O PMEPC da Calheta será ativado quando se verificarem as seguintes
situações, em separado ou simultaneamente:
Parte do território do Concelho da Calheta é afetado por um acidente grave ou
catástrofe;
Existem vítimas associadas à ocorrência: vítimas mortais, feridos, desalojados,
desaparecidos, isolados ou evacuados;
Existem danos consideráveis em edifícios, vias de comunicação,
infraestruturas, bens, património ou no ambiente.
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8. PROGRAMA DE EXERCÍCIOS
O PMEPC da Calheta deve ser periodicamente testado através de exercícios e
simulacros em que se simulam situações de emergência relacionadas com os riscos
que impendem sobre este território.
A realização destes exercícios permite exercitar os procedimentos a adotar em
situação real de emergência, em articulação com as várias entidades convocadas para
a CMPC.
A realização destes exercícios tem ainda por função apoiar o processo de
planeamento, que deve ser dinâmico, por um lado, mas também permitir testar o plano
em vigor, adaptando-o e atualizando-o, se for caso disso.
O programa de exercícios é o que consta da Tabela abaixo (Tabela 3), sendo
que será organizado um exercício no prazo de 180 dias após publicação do PMEPC
da Calheta.
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TABELA 3 – PROGRAMA DE EXERCÍCIOS E RESPETIVOS CENÁRIOS PROPOSTOS
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Data Entidades a Envolver
Tipo de
exercício
(CPX1;
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SMPC da Calheta;
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Calheta;
Autoridade de Saúde;
Unidade de Saúde de Ilha de São Jorge;
Policia Maritima;
Forças de Segurança (GNR e PSP);
Representante do Instituto da Segurança Social dos Açores;
Representante do Serviço Florestal de São Jorge;
Representante do Serviço de Ambiente de São Jorge;
Representante da Secretaria Regional do Turismo e Transportes;
Presidentes das Juntas de Freguesia;
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SMPC da Calheta;
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Calheta;
Autoridade de Saúde;
Unidade de Saúde de Ilha de São Jorge;
Policia Maritima;
Forças de Segurança (GNR e PSP);
Representante do Instituto da Segurança Social dos Açores;
Representante do Serviço Florestal de São Jorge;
Representante do Serviço de Ambiente de São Jorge;
Representante da Secretaria Regional do Turismo e Transportes;
Presidentes das Juntas de Freguesia;
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SMPC da Calheta;
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Calheta;
Autoridade de Saúde;
Unidade de Saúde de Ilha de São Jorge;
Policia Maritima;
Forças de Segurança (GNR e PSP);
Representante do Instituto da Segurança Social dos Açores;
Representante do Serviço Florestal de São Jorge;
Representante do Serviço de Ambiente de São Jorge;
Representante da Secretaria Regional do Turismo e Transportes;
Presidentes das Juntas de Freguesia;
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SMPC da Calheta;
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Calheta;
Representantes das Forças de Segurança (GNR e PSP);
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PARTE II- ORGANIZAÇÃO DA
RESPOSTA
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1. CONCEITO DE ATUAÇÃO
Devem ser definidas de forma clara e inequívoca as missões, tarefas e
responsabilidades dos diversos agentes, organismos e entidades intervenientes e
identificar as respetivas regras de atuação, para que sejam asseguradas as condições
favoráveis ao empenhamento, rápido e eficiente, dos recursos disponíveis
minimizando/mitigando os efeitos decorrentes dos acidentes.
O Diretor do Plano é o Presidente da Câmara Municipal da Calheta e, de acordo
com o artigo 35.º da Lei n.º27/2006, de 3 de julho, compete-lhe, no exercício de
funções de responsável municipal da política de Proteção Civil, desencadear, na
iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as ações de Proteção Civil de
prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso. É o
Presidente da Câmara Municipal que convoca e preside à Comissão Municipal de
Proteção Civil (CMPC) ou, na sua ausência ou impedimento, alguém por ele
designado.
Apresentam-se de seguida (Tabela 4) as estruturas existentes a nível do
Município da Calheta no que toca à direção e coordenação institucional e comando
operacional que devem ser consideradas na atuação em situação de emergência.
De modo a garantir espaço adequado às operações da Proteção Civil, tais como
garantir a acomodação dos agentes, o estacionamento de viaturas e materiais,
estabelece-se que, numa situação de emergência, os locais de funcionamento da
CMPC deverão situar-se na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da
Calheta ou no Edifício da antiga Escola Básica do 1.º Ciclo, das Travessas, Freguesia
da Ribeira Seca e em alternativa na propriedade do Parque de Máquinas, e no
Armazém do Município no Alqueve, freguesia do Topo.
Por outro lado, numa situação de ativação do PMEPC da Calheta é fundamental
a capacidade criada e treinada de articulação entre as Comissões Municipais de
Proteção Civil dos dois Municípios existentes em São Jorge. Na situação em que a
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emergência tenha efeitos que ultrapassem o território do Município, ou mesmo da Ilha
ou ainda, nos casos em que os próprios meios de socorro sejam atingidos de tal forma
que fiquem inoperacionais, é de prever a intervenção de forças de nível territorial
superior e em consequência a necessidade de providenciar a sua chegada e atuação
no território atingido.
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TABELA 4 - ESTRUTURAS EXISTENTES A NÍVEL DO MUNICÍPIO DA CALHETA NO QUE TOCA À DIREÇÃO E COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL E COMANDO OPERACIONAL QUE DEVEM SER CONSIDERADAS NA
ATUAÇÃO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Estruturas Coordenação Missão
Presidente da Câmara Municipal
Desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave
ou catástrofe, as ações de Proteção Civil de Prevenção,
socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso.
Estrutura de
Coordenação
Institucional
Comissão
Municipal de
Proteção Civil
Presidente da Câmara Municipal da Calheta ou Vice-Presidente, com
competências delegadas;
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Calheta;
Autoridade de Saúde;
Unidade de Saúde de Ilha de São Jorge;
Polícia de Segurança Pública;
Guarda Nacional Republicana;
Policia Maritima;
Representante do Instituto da Segurança Social dos Açores;
Representante do Serviço Florestal de São Jorge;
Representante do Serviço de Ambiente de São Jorge;
Representante da Secretaria Regional do Turismo e Transportes;
Outras entidades ou personalidades, que pelas suas capacidades técnicas ou
conhecimentos, sejam convenientes na tomada de decisões no que diz
respeito à política de Proteção Civil na Calheta.
Acionar a elaboração do PMEPC, e remetê-lo para a
aprovação ao Serviço Regional de Proteção Civil e
Bombeiros dos Açores (SRPCBA) e acompanhar a sua
execução;
Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao Sistema de
Proteção Civil que sejam desenvolvidas por agentes
públicos;
Determinar o acionamento dos planos, quando tal se
justifique;
Garantir que as entidades e instituições que integram a
CMPC acionam, ao nível municipal, no âmbito da sua
estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios
necessários ao desenvolvimento das ações de Proteção
Civil;
Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades
e instituições, incluindo os órgãos de comunicação social.
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Estrutura de
Comando
Operacional
Coordenador do SMPC/ Agente que primeiro chegar ao Teatro de Operações
A Ativação da CMPC é decidida pelo Presidente da Câmara
Municipal ou na ausência ou impedimento deste pelo
Vereador substituto;
A Ativação da CMPC implica notificação imediata deste facto
ao SRPCBA.
Local Edifício da antiga Escola Básica do 1.º Ciclo, das Travessas, Freguesia da Ribeira Seca
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Calheta
Locais alternativos Parque de Máquinas do Município da Calheta situado no Caminho de Baixo
Armazém do Município no Alqueve, freguesia do Topo
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2. SISTEMA DE GESTÃO DE OPERAÇÕES
O modelo proposto para a Gestão de Operações, tem por base a organização
e funcionamento do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro, (SIOPS)
previsto no Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º
114/2011, de 30 de novembro, posteriormente alterado e republicado pelo Decreto-Lei
n.º 72/2013, de 31 de maio.
Os princípios de organização do SIOPS têm por principal objetivo a rapidez de
resposta, assegurando que a intervenção de todos os agentes de Proteção Civil no
plano operacional se articule sob um comando único, nas situações de iminência de
ocorrência de acidente grave ou catástrofe.
Como base principal de atuação, considera-se o princípio de que o Chefe do
primeiro veículo a chegar ao local, assume a função de Coordenador ou Comandante
das Operações, independentemente do agente de Proteção Civil que representa,
devendo logo após a chegada de um superior hierárquico, proceder à passagem do
comando das operações, disponibilizando todas as informações que detém sobre as
operações em curso e aquelas que estariam previstas realizar.
Este poderá ser substituído, com a chegada de mais meios e recursos. Com
esta transferência de comando é necessária a realização de um briefing ao novo
comando e uma notificação a toda a estrutura operacional presente.
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Compete a este Comando garantir que existem condições de segurança para
todo o pessoal envolvido no Teatro de Operações (TO) e que seja clara a hierarquia
de comando e a delegação de tarefas que permitam:
- Articulação dos Meios;
- Controlo dos Recursos;
- Gestão da Informação;
- Expansão ou retração do TO consoante o evoluir da situação.
É apresentada na Tabela seguinte (Tabela 5) os Objetivos, Responsabilidades e
Funções da força comando ou coordenadora das Operações.
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TABELA 5 - OBJETIVOS, RESPONSABILIDADES E FUNÇÕES DA FORÇA COMANDO OU COORDENADORA DAS OPERAÇÕES
Coordenação de Operações
Objetivos Estabelecer, de acordo com o Sistema de Gestão de Operações,
uma eficaz organização do TO que determine concretamente as
responsabilidades atribuídas a todos os designados para as
várias funções, incluindo as do Coordenador de Operações
Providenciar para que a gestão das operações, o planeamento
das ações e a tomada das decisões, no âmbito do plano
estratégico de ação, sejam apoiados num sistema organizado de
troca e análise de informações;
Certificar que a transferência da função para os elementos de
maior categoria hierárquica que, subsequentemente se
apresentem no TO e disponham de autoridade para tal, seja
levada a cabo de forma ordenada
Responsabilidades Evacuação das pessoas em perigo para fora das áreas de riscos;
Assistência às vítimas;
Supressão do acidente;
Preservação da propriedade, evitando danos acrescidos que
possam ser causados pelas operações de supressão;
Segurança, controlo e bem-estar dos agentes durante toda a
operação
Funções Assumir a qualidade de Coordenador e dar a conhecer essa
assunção:
Proceder ao reconhecimento sumário da situação;
Iniciar, manter e controlar as comunicações rádio;
Determinar a estratégia e os objetivos táticos;
Avaliar, rever e ajustar (se necessário) a estratégia de ação.
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2.1 DELIMITAÇÃO DAS ZONAS DE INTERVENÇÃO
O Teatro de Operações (TO) é organizado por setores que correspondem a
zonas funcionais conforme o tipo de ocorrência e as operações estratégicas
consideradas.
As Zonas de Intervenção terão configuração variável e adaptada ao tipo de
ocorrência podendo dividir-se em Zona de Sinistro (ZS), Zona de Apoio (ZA), Zona de
Concentração e Reserva (ZCR) e Zona de Receção de Reforços (ZRR). (Figura 5).
FIGURA 5 - ORGANIZAÇÃO DO TEATRO DE OPERAÇÕES EM SETORES
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Assim, e de acordo com o modelo de organização do SIOPS, a Tabela seguinte
(Tabela 6) apresenta as características e funcionalidades dessas zonas que setorizam
o Teatro de Operações.
TABELA 6 - CARACTERÍSTICAS E FUNCIONALIDADES DAS ZONAS QUE SETORIZAM O TEATRO DE OPERAÇÕES
Zona de Sinistro
(ZS)
Local de acesso restrito, onde se desenvolve a ocorrência, e se
posicionam apenas os meios necessários à intervenção direta, sob
responsabilidade exclusiva do Comando de Operações de Socorro
(COS).
Zona de Apoio
(ZA)
Local de acesso condicionado, adjacente à Zona de Sinistro, onde
se concentram apenas os meios de apoio e logísticos necessários
ao suporte dos meios de intervenção.
Zona de
Concentração e
Reserva
(ZCR)
Local onde se localizam temporariamente meios e recursos
disponíveis sem missão imediata e onde se mantém um sistema
de apoio logístico às forças de intervenção.
Zona de Receção
de Reforços
(ZRR)
Local de controlo e apoio logístico, para onde se dirigem os meios
de reforço antes de atingirem a ZCR.
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Exteriormente ao Teatro de Operações (TO) existem outras Zonas de
intervenção a considerar na situação de emergência das quais devem destacar-se, no
apoio às populações a Zona de Concentração e Apoio à População (ZCAP) cuja
missão é o acolhimento e alojamento temporário da população evacuada, devendo
existir procedimentos de registo da população evacuada, bem como a Zona de
Reunião de Mortos (ZRM), local onde serão colocados temporariamente as vítimas
mortais para identificação.
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3. EXECUÇÃO DO PLANO
Compete ao Presidente da Câmara Municipal, no exercício de funções de
responsável Municipal da Política de Proteção Civil, desencadear, na iminência ou
ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as ações de Proteção Civil de prevenção,
socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso.
Assim o Presidente da Câmara Municipal da Calheta é o Diretor do PMEPC da
Calheta e, na sua ausência o seu legítimo substituto é o vereador da Câmara
Municipal, ao qual foram dadas as respetivas competências. Atualmente o Presidente
é o Sr. Décio Pereira e o vice-presidente ao qual foi atribuída a respetiva competência,
é o Sr. António Aguiar.
É da competência do Presidente da Câmara Municipal:
Declarar o Estado de Alerta Especial no âmbito Municipal;
Convocar a Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC), na sua
condição de responsável máximo da política de Proteção Civil de
âmbito municipal que preside à mesma, com vista a determinar o
acionamento do plano, se tal se justifique;
Assegurar que os Meios Operacionais de Resposta são adequados às
diferentes fases:
Fase de Emergência;
Fase de Reabilitação.
A fase de Emergência caracteriza as ações tomadas na fase inicial à resposta a
um acidente grave ou catástrofe e destina-se a assegurar uma resposta eficaz e
concertada de todos os agentes de Proteção Civil, com os meios e recursos
necessários e indispensáveis à minimização dos efeitos de tal ocorrência.
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3.1 FASE DE EMERGÊNCIA
A fase de emergência restringe-se às primeiras horas após a ocorrência de um
acidente grave ou catástrofe e destina-se a providenciar, através de uma resposta
concertada, as condições e meios necessários para minimizar as consequências,
nomeadamente aquelas que impactem nos cidadãos, no património e no ambiente.
As principais ações na fase de emergência são as constantes na Tabela 7.
O termo da fase de emergência é determinado pelo Diretor do Plano quando
estiverem completadas todas as necessidades relativas à supressão da ocorrência, no
que respeita ao socorro e salvamento.
Uma vez terminada a fase de emergência, procede-se à desmobilização dos
meios não necessários à fase subsequente. Todas as restantes forças limitam os
meios de intervenção às necessidades da fase de reabilitação;
A CMPC decide do regresso das populações deslocadas às áreas consideradas
seguras, ação controlada pelas forças de segurança, tendo em vista a manutenção
das condições de tráfego.
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TABELA 7- PRINCIPAIS AÇÕES NA FASE DE EMERGÊNCIA
Coluna1 Principais Ações na Fase de Emergência
1 Convocar a CMPC, declarando a ativação do PMEPC C
2 Avaliação dos danos, elaborando relatório sobre as operações realizadas
Difundir, pelos agentes Agentes de Proteção Civil, a informação sobre a situação
3Acionar o pedido de meios e reforços das diversas entidades, nos termos da lei
4Ativar os meios necessários para o desencadear das ações de socorro e salvamento como
estabelecido no plano
5
Garantir a evacuação primária e secundária de feridos e doentes e a prestação dos cuidados
médicos essenciais às populações das áreas afetadas
6 Assegurar a manutenção da Lei e da Ordem
7
Assegurar a circulação nas vias de acesso necessárias para a movimentação dos meios de
socorro e evacuação das pessoas afetadas nas zonas de risco
Divulgação de medidas de autoproteção que a população deve adotar nesta situação concreta
8Providenciar os lugares de alojamento temporário, agasalho e alimentação das populações
evacuadas em conformidade com as zonas de emergência definidas no Plano
9
Garantir que sejam desevolvidas rapidamente ações de desobstrução, reparação e
restabelecimento do fornecimento de água, energia e comunicações em geral
10
Manter permanentemente atualizada a informação da evolução da situação, nomeadamente
junto do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores
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Coluna1 Principais Ações na fase de Reabilitação
1 Avaliação de danos e elaboração de relatórios
2 Trabalhos de remoção dos destroços ou obstáculos, a fim de restabelecer a segurança, a
circulação e evitar perigo de desmoronamentos
3 Providenciar o alojamento provisório de populações afetadas cujas habitações foram destruídas
ou ainda não garantam segurança
4 Garantir a Assistência Humanitária às populações afetadas
5 Acompanhamento social e psicológico dos grupos sociais mais vulneráveis
6
Restabelecimento das infraestruturas e funcionalidades dos serviços públicos essenciais(
abastecimento de água, energia, comunicações e acessibilidades rodoviárias,marítimas e
aéreas)
7 Inspeção das condições de segurança para o retorno das populações deslocadas
8 Proporcionar condições para o regresso das populações em segurança
3.2 FASE DE REABILITAÇÃO
A fase de Reabilitação tem por objetivo recuperar e reabilitar, tão depressa
quanto possível, o funcionamento dos serviços, públicos e privados, a fim de limitar os
efeitos de emergência/desastre. Por vezes esta fase pode ser uma oportunidade de
reconstruir e de diminuir vulnerabilidades existentes antes da catástrofe.
A fase de Reabilitação caracteriza adoção de medidas e da atuação conducente
ao restabelecimento da normalidade da população afetada e desenvolve-se assim que
estiver salvaguardada a segurança de todos os cidadãos afetados. As principais ações
na fase de reabilitação são as constantes da Tabela abaixo (Tabela 8).
PRINCIPAIS AÇÕES NA FASE DE REABILITAÇÃO TABELA 8 - PRINCIPAIS AÇÕES NA FASE DE REABILITAÇÃO
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4. ARTICULAÇÃO E ATUAÇÃO DE AGENTES, ORGANISMOS E ENTIDADES
4.1 MISSÃO DOS AGENTES DE PROTEÇÃO CIVIL
Em conformidade com a Lei de Bases de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3
de Julho) alterados os artigos 13º,16º, 34º,39º, 50º, 53º e revogados os n.º 2 do artigo
34º e a alínea a) do n.º 1 do artigo 39º, pela Lei Orgânica n.º 1/2011, de 30 de
novembro são agentes de Proteção Civil na Ilha de S. Jorge e de acordo com as suas
atribuições próprias:
a) A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Calheta;
b) As Forças de Segurança, nomeadamente a GNR e a PSP;
c) A Unidade de Saúde de Ilha de São Jorge.
Impende ainda o dever de cooperação sobre as Instituições de Segurança
Social, os Organismos responsáveis pela Conservação da Natureza e Florestas, pela
Indústria e Energia (EDA), Transportes bem como sobre as Empresas privadas dos
portos e aeroportos. Estas entidades devem articular-se operacionalmente nos termos
do previsto no Sistema de Gestão de Operações (Artigo 46º da Lei n.º 27/2006, de 3
de Julho).
Em operações de Proteção Civil, estabelecem-se como missões prioritárias,
para os agentes de Proteção Civil nas fases de emergência e reabilitação as ações
descritas na Tabela 9.
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TABELA 9 – MISSÕES PRIORITÁRIAS PARA OS AGENTES DE PROTEÇÃO CIVIL
Agentes Funções na Fase de Emergência Funções na Fase de ReabilitaçãoNo Teatro de Operações assume a função de Comandante de Operações de
Socorro Ações de prevenção a novas ocorrências
Socorro e transporte de acidentados e doentes, incluindo a urgência
préhospitalar Desobstrução e limpeza das vias de comunicação
Socorro a náufragos e buscas subaquáticas
Participação nas ações de imediata intervenção, visando uma
célere reposição das condições de normalidadeParticipação nas ações de combate a incêndios, busca, salvamento e
transporte de pessoas, animais e bens Auxílio geral às populações em campos de deslocados
Colaboração em todas as atividades de proteção civil, no âmbito do exercício
das funções específicas que lhes forem cometidas
Assegura as ações de retorno das populações sinistradas às
comunidades de residência
Colabora no sistema de aviso às populações
Previne a criminalidade organizada, a prática dos demais atos
contrários à Lei e aos regulamentos e o terrorismo, em
coordenação com as demais forças e serviços de segurança.
Condicionamento de acessos, circulação e permanência de pessoas e bens
no interior do Teatro de Operações
Empenha meios cinotécnicos na busca e resgate de vítimas
Segurança de meios dos Agentes de Proteção Civil no Teatro de Operações
(TO) ou em deslocamento para as operações
Apoio à evacuação das populações em perigo
Presta os necessários serviços médicos
Assessoria nas ações de evacuação primária e secundária
Atuar em articulação com Sistema de Proteção Civil no despacho de doentes
urgentes
Levantamento do número de registos de vítimas
Presta os cuidados de saúde em centros de acolhimento provisório
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Segurança de estabelecimentos públicos, proteção de
infraestruturas críticas, fixas e temporárias e instalações de
interesse público ou estratégico regional (transportes, distribuição
da água, entre outros)
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A colaboração das Forças Armadas em situação de emergência é
frequentemente requerida para o transporte de doentes urgentes, pelo que, no âmbito
deste Plano, competirá ao Diretor do Plano e sempre e quando a gravidade da
situação o exija, solicitar este apoio junto do SRBPCA nomeadamente expressando a
necessidade de intervenção do Comando Operacional dos Açores (COA – EMGFA),
sediado em S. Miguel, atendendo à sua missão de colaboração no âmbito da Proteção
Civil. Esta gestão de meios, será feita de acordo com a disponibilidade e prioridade de
emprego de meios militares, sempre enquadrado nos respetivos Comandos Militares e
legislação específica.
4.2 MISSÃO DOS ORGANISMOS E ENTIDADES DE APOIO
4.2.1 FASE DA EMERGÊNCIA / REABILITAÇÃO
A missão que cada um dos Organismos ou Entidade de Apoio exerce no
âmbito deste PMEPC da Calheta, quer seja na fase de emergência, quer na fase de
reabilitação, depende diretamente das suas missões ou responsabilidades em
conformidade com a Lei vigente.
Considerou-se neste Plano as seguintes entidades e organismos de apoio que,
numa fase de emergência ou reabilitação têm por missão de acordo com o n.º 3 do
art.º 46 da Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho:
Serviço Municipal de Proteção Civil;
Juntas de Freguesia do Concelho da Calheta;
As Secretarias Regionais do Turismo e Transportes (Delegação de
Obras Públicas da Calheta); a Secretaria da Agricultura e Ambiente
(Delegação dos Serviços de Ambiente de São Jorge) e a Direção
Regional dos Recursos Florestais (Delegação dos Serviços Florestais
de São Jorge).
Santa Casa da Misericórdia da Calheta;
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Instituto de Ação Social da Calheta;
EDA - Empresa de Eletricidade dos Açores, S.A.;
PT – Portugal Telecom;
Associação de Radioamadores Jorgenses.
Em operações de Proteção Civil, estabelecem-se como missões prioritárias, dos
Organismos ou Entidades de apoio à Proteção Civil, nas fases de emergência e
reabilitação, as ações descritas na Tabela 10.
Não obstante estarem especificamente referidas as Entidades antes
identificadas, poderão existir outras que venham a colaborar, situação que poderá ser
verificada no âmbito dos exercícios de Proteção Civil ou de ocorrências, devendo
posteriormente ser mencionadas.
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Entidades de
apoio
Proteger bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público
Apoio económico, fornecimento de alimentação e agasalhos
EDA
Empresas
Telecomunicações
Associação de
Radioamadores
Jorgenses
Inst
itu
içõ
es d
e
Solid
arie
dad
e e
Segu
ran
ça S
oci
al
Apoia no reforço de distribuição e no restabelecimento de energia
Apoia no reforço de distribuição e no restabelecimento das comunicações
Apoiar as Radiocomunicações de emergência entre os agentes de Proteção Civil
Santa Casa da
Misericórdia da
Calheta
Secre
tari
as
Reg
ion
ais
e
Dir
eção
Reg
ion
al
de
Recu
rso
s
Flo
resta
is Coordenação, Limpeza e desobstrução das vias de comunicação, corredores de socorro e linhas de água
Apoio na reabilitação das redes de energia, comunicações e abastecimento de água
Realojamento e na instalação e organização de abrigos e centros de acolhimento
Distribuição de alimentos, água potável e agasalhos à população
Presta Apoio Psicológico
Acolhimento temporário da população desalojada
Colaborar no realojamento e na instalação e organização de abrigos e centros de acolhimento
Presta assessoria à Comissão Municipal de Proteção Civil
Atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos na área do município;
Socorrer e assistir as pessoas e outros seres vivos em perigo;
Órg
ãos
de
Co
mu
nic
ação
Soci
al
Procedem à difusão da informação sobre a ativação do PMEPC C
Difusão de informação sobre a evolução das operações de socorro, para a população em geral
Difusão de informações sobre medidas de autoproteção
Difusão de outras informações consideradas pertinentes
Colaborar na distribuição de alimentos e água potável à população
Confeção e distribuição de alimentação ao pessoal envolvido em ações de socorro
Promover ações destinadas à recolha e armazenamento de donativo
Serv
iço
Mu
nic
ipal
de
Pro
teçã
o C
ivil
Ju
nta
s d
e
Fre
gu
esia
Funções no PMEPC C
Planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro;
Levantar, organizar e gerir os centros de alojamento a acionar;
AÇÕES DE APOIO DOS AGENTES DE PROTEÇÃO CIVIL NAS FASES DE ACIONAMENTO DO PMEPC DA CALHETA TABELA 10 - PRINCIPAIS ENTIDADES E FUNÇÕES NO PMEPC DA CALHETA
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PARTE III - ÁREAS DE
INTERVENÇÃO
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1. ÁREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA
Apresentam-se as áreas de intervenção básicas da organização geral das
operações de Proteção Civil, identificando-se para cada uma das áreas de intervenção
as prioridades de ação, a estrutura de coordenação, a constituição e missão dos
agentes de Proteção Civil, bem como dos organismos e entidades de apoio
intervenientes.
A ativação das áreas de intervenção a seguir apresentadas (Figura 6) dependerá
da natureza de cada acidente grave ou catástrofe, das necessidades operacionais e
do desenvolvimento da resposta operacional.
FIGURA 6- ÁREAS DE INTERVENÇÃO DO PMEPC DA CALHETA
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2. COMUNICAÇÕES
O objetivo principal desta área é garantir as comunicações entre o Diretor do
PMEPC da Calheta, o Posto de Controlo Operacional e as Forças de intervenção e
que esteja definido um fluxograma de informação claro e inequívoco entre os
responsáveis (Figura 7).
Por outro lado, no âmbito do Sistema de Proteção Civil a interligação entre os
agentes de Proteção Civil, as Entidades e Organismos, aos vários níveis, terá como
suporte o sistema de comunicações da rede pública, sobretudo redes telefónicas fixas
e móveis mas também redes privadas, como a rede do Sistema AÇOR, que funciona
em permanência e garante a manutenção primária e o funcionamento do Sistema de
Coordenação Operacional dos Bombeiros da Região, da Rede de Telecomunicações
do SRPCBA, das forças de segurança da PSP e GNR, da Policia Marítima e da
E.D.A., SA – Empresa de Eletricidade dos Açores (Figura 8).
FIGURA 7 - FLUXOGRAMA DAS COMUNICAÇÕES
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Os Sistemas de Comunicação são cruciais em todas as situações de
Emergência e por isso é fundamental que sejam testados e mantidos operacionais, na
fase que antecede as emergências, de forma a serem eficazes e eficientes durante as
operações de socorro.
Enumera-se neste ponto, o estabelecimento de procedimentos e instruções de
coordenação, bem como a identificação dos meios e das responsabilidades dos
serviços, agentes de Proteção Civil, organismos e entidades de apoio, quanto aos
canais de comunicação (Tabela 11).
FIGURA 8 – TELECOMUNICAÇÕES NO ÂMBITO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CIVIL
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Coordenação Apoio
Difundir informação operacional entre todas as
entidades intervenientes nas ações de socorro
AHBV
Difundir a informação entre o Posto de Comando
Operacional e a Comissão Municipal de Proteção
Civil
Operadores de
Redes de
Comunicações
Difundir a informação entre o Posto de Comando
Operacional e o Comando de Operações de Socorro
Comissão Municipal
de Proteção Civil
Assegurar, no teatro de operações (TO), a ligação
entre os grupos de combate, os veículos operacionais
e as equipas
Serviço Municipal de
Proteção Civil
Recolher informação relacionada com a situação de
emergência
Gabinete de
Informação Pública
Estabelecer prioridades nas comunicações rádio Adjunto para as
relações Públicas
Receber, compilar e preparar a informação oficial em
todas as fases do planeamento da catástrofe e
operações de emergência, para avaliação e divulgação
Associações
Radioamadores
Assegurar o funcionamento dos meios de
comunicação e a operacionalidade dos equipamentos
rádio
Estabelecer o registo cronológico da evolução da
situação de emergência.
Informar os órgãos de Comunicação Social e manter a
ligação com estes
Comunicações
Áreas de Intervenção Prioridades e Procedimentos de AçãoEstrutura de coordenação
Meios
COS
Equipamento
Base, Móveis,
Portáteis.
TABELA 11 - IDENTIFICAÇÃO DOS MEIOS E DAS RESPONSABILIDADES DE PROTEÇÃO CIVIL, QUANTO AOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO
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3. GESTÃO DA INFORMAÇÃO
A gestão da informação com a população ou com as entidades, organismos e
agentes de Proteção Civil terá, a todo o momento, objetivos diferentes (Tabela 12).
No que se refere à informação a disponibilizar aos agentes e organismos
intervenientes pretende-se que contenha dados precisos:
Relativamente à localização das várias zonas de emergência (zona de Sinistro,
de Apoio, Concentração e Reserva e Receção de Reforços);
Relativamente à disposição dos meios, dos percursos, corredores de
emergência e caminhos alternativos, entre outra informação útil;
Que permitam a perceção da dimensão do desastre, bem como a antevisão da
evolução da situação e de cenários espectáveis de suceder.
Por outro lado a gestão da informação à população deve conter um conjunto de
procedimentos capazes de minimizar e mitigar as consequências dos impactos
decorrentes da manifestação das diversas tipologias de risco.
A informação a ser prestada á população deverá permitir:
Ter conhecimento da situação atual da ocorrência;
Quais as ações em curso para o socorro e assistência às populações;
Referenciar claramente as áreas de acesso restrito;
Quais as medidas de autoproteção a serem adotadas pela população;
Quais os pontos de reunião, acolhimento provisório ou assistência à população;
Quais os números de telefone e locais de contacto para obter informações;
Quais os números de telefone e locais para recebimento de donativos e serviço
voluntário;
Quais as instruções a seguir para regresso de populações evacuadas.
Nesta área de intervenção deve incluir-se a comunicação pública que garante o
aviso e a manutenção da informação durante a ocorrência, através da difusão de
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comunicados a levar a cabo pelo diretor do plano ou seu representante, sendo
designada, no seio da CMPC, uma pessoa para esse efeito.
Os comunicados destinam-se à divulgação pública de avisos e medidas de
autoproteção, quer diretamente à população (membros das unidades locais de
Proteção Civil ou dos voluntários), quer através dos órgãos de comunicação social e
devem informar quanto:
Ao ponto de situação;
As ações em curso;
As áreas de acesso restrito;
As medidas de autoproteção;
Os locais de reunião, de acolhimento provisório ou de assistência;
Os números de telefone e locais de contacto para obtenção de informações;
Receção de donativos;
Inscrição para o serviço voluntário;
As instruções para o regresso da população evacuada.
Na fase de pré-emergência terá que haver a promoção dos sinais de aviso
junto da população, através de campanhas de informação e sensibilização e da
realização de exercícios em que se simulam situações de emergência.
Como apoio para difusão sonora dos avisos serão utilizadas:
As sirenes dos quartéis dos Bombeiros Voluntários da Calheta e/ou Topo;
Os altifalantes dos veículos das forças de segurança ou dos bombeiros
voluntários;
Sinos das igrejas.
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TABELA 12- IDENTIFICAÇÃO DOS MEIOS E DAS RESPONSABILIDADES DE PROTEÇÃO CIVIL, QUANTO À RESPONSABILIDADE DA GESTÃO DE INFORMAÇÃO
Área de Intervenção Responsabilidades Procedimentos de Ação
COS
Promover a difusão da informação de uma maneira clara e
concisa, sem ambiguidades nem redundâncias.
COM
Estabelecer o Comando institucional das forças no
terreno,promovendo assim a difusão da informação por todos
atores envolvidos.
CMPC
Receber a informação operacional e proceder
conforme,relativamente a decisões operacionais e
institucionais.
SMPC
Colabora em todas as atividades necessárias ao difundir da
informação.
Gabinete de Informação Pública Apoia e presta assessoria ao diretor do plano.
Célula de Logística doSGO
Prestar apoio, na difusão da informação, nomeadamente
mantendo operacionais os sistemas de comunicações
existentes.
Adjunto para as Relações Públicas
Desenvolve um sistema preciso e completo de recolha de
informações sobre causas da ocorrência, proporções, situação
corrente, meios empenhados e de interesse geral.
Órgãos de Comunicação Social
Difundir a informação à população sobre o evoluir das situações
em concordância com o determinado pela coordenação do
Plano.
Radioamadores
Colocar à disposição das ações de Proteção civil, um sistema de
comunicações, que complete/apoie ou substitua o sistema de
comunicações utilizado
Gestão da Informação
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4. SOCORRO E SALVAMENTO
Esta área de intervenção é aquela onde a atuação imediata de quem está nos
locais e capaz de proceder ao primeiro auxílio, permitirá verdadeiramente diminuir a
gravidade da catástrofe (Figura 9).
Estabelecem-se neste ponto, os procedimentos e instruções de coordenação,
bem como a identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de
Proteção Civil, Organismos e Entidades de Apoio, quanto às atividades de Socorro,
Busca e Salvamento de Vítimas, que poderão incluir o escoramento de estruturas, a
extinção de incêndios, a contenção de fugas e derrames de matérias perigosas, entre
outros acidentes a resolver.
FIGURA 9 - COORDENAÇÃO ENTRE AS FORÇAS RESPONSÁVEIS PELO APOIO, COORDENAÇÃO E MEIOS E
RECURSOS NA FASE DE SOCORRO E SALVAMENTO
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No seu quadro de responsabilidades cabe-lhes ainda, para além da prestação
do socorro e salvamento, a coordenação da prestação de assistência e transporte de
acidentados e doentes bem como a recolha e transporte de cadáveres.
É por esta ordem de razões que ao nível do Município se devem esperar os
melhores e mais rápidos resultados para a realização do socorro e Salvamento pois
são as entidades responsáveis que mais perto se encontram do cenário de desastre.
Assim em coerência, e tal como prevê o Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de julho, o
Chefe da primeira força a chegar ao local assume de imediato o Comando da
Operação e garante a construção de um sistema evolutivo de comando e controlo.
No imediato, deverá essa força proceder às tarefas com a escala de prioridades
enunciada na Tabela seguinte (Tabela 13):
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TABELA 13- IDENTIFICAÇÃO DOS MEIOS E DAS RESPONSABILIDADES DE PROTEÇÃO CIVIL, QUANTO À RESPONSABILIDADE DO SOCORRO E SALVAMENTO
Coordenação Apoio
Reconhecimento e avaliação das áreas afetadas onde
deverão ser desencadeadas ações de busca e
salvamento, garantindo a segurança de todos
Proceder à busca e resgate de vítimas e proceder ao seu
salvamento
Coordenação das ações de busca e salvamento
decorrentes do sinistroExtinção e/ou controle de incêndios
Controlo de derrames de matérias perigosas
Supervisão e enquadramento operacional de eventuais
equipas de salvamento oriundas de organizações de
voluntários
Áreas de Intervenção Prioridades e Procedimentos de AçãoEstrutura de coordenação
Meios
Socorro e SalvamentoDiretor do Plano
COS
Equipamentos,
meios e
recursos de
todas as
estruturas
existentes no
município
Comissão Municipal
de Proteção Civil
Autoridade de Saúde
AHBV Calheta
Voluntários
devidamente
enquadrados
Cooperação na distribuição de bens essenciais e na
instalação de postos de triagem e hospitais de
campanha
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5. PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO
A evacuação da população é proposta pelo Diretor do Plano e inicia-se após
acionado o procedimento de alerta e aviso às populações, devendo as instruções
relativas à movimentação de populações ser claras e rigorosas, de forma a minorar
tanto quanto possível as consequências da ocorrência. Tal facto obriga a um rápido
levantamento do impacto da ocorrência, nomeadamente nas vias de circulação,
recorrendo-se a batedores munidos com equipamento de telecomunicações que, por
esta via, enviarão todas as informações para conhecimento da CMPC.
Depois de identificada a zona de sinistro e de as forças de segurança
identificarem a zona de apoio, a definição da movimentação da população a evacuar
(Figura 10), não deve interferir com a mobilidade das forças de intervenção e das
entidades e organismos de apoio, devendo ser criadas barreiras de encaminhamento
de tráfego e pontos de controlo que se destinam a prestar assistência aos evacuados
e a manter o fluxo da movimentação em direção às áreas e centros de alojamento.
Na evacuação de vítimas e tratamento hospitalar será utilizada a estrutura
hospitalar existente na área do Município, devendo prever-se, em casos mais graves,
ser reforçada por infraestruturas móveis a montar por entidades ou organismos
externos à ilha.
No Município da Calheta e concretizando estes procedimentos em caso de
emergência, deve referir-se que estão reconhecidos problemas à mobilidade
existentes como sejam estradas e caminhos estreitos e que apresentam piso em más
condições e/ou atravessam linhas de água; muros de estabilização de taludes com
pedra solta, a existência de postes e árvores de grande porte junto de vias,
referenciados como potenciais criadores de obstrução das vias de comunicação
terrestre, colocando em risco todas as operações de socorro e salvamento.
Estas características são particularmente gravosas nos acessos a algumas fajãs,
por serem servidas por uma única estrada de acesso. Para tais zonas, é necessário
considerar, nas estratégias para a mitigação dos riscos, a adoção de projetos ou de
programas integrados destinados a mitigar os riscos e as vulnerabilidades destes
territórios sendo necessário e urgente melhorar as condições que permitam realizar
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operações de socorro e salvamento. Em casos de impossibilidade o plano deve prever
a evacuação por via aérea ou por via marítima.
FIGURA 10 - PROCEDIMENTOS DE DECISÃO PARA A EVACUAÇÃO DA POPULAÇÃO
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Os procedimentos de evacuação consideram, como principal via, a Estrada
Regional pois apresenta uma faixa de rodagem com dimensões adequadas e piso em
boas condições, embora, alguns segmentos se desenvolvam na proximidade de zonas
de grande declive e sujeitas a escorregamentos. A constatação de que grande parte
das habitações do Concelho se desenvolve ao longo da Estrada Regional, permitirá
que a maioria da população, em caso de catástrofe, se dirija imediatamente para esta
via.
Relativamente às ligações da Estrada Regional para o interior das localidades, a
acessibilidade constitui um problema pela menor largura destes acessos, pela
existência de habitações degradadas ou em vias de derrocada junto às estradas,
assim pela má localização de edificações em vales de ribeiras. Todos estes fatores
podem contribuir para aumentar o grau de dificuldade das operações de socorro,
salvamento e evacuação.
Constituem infraestruturas estratégicas nas operações de evacuação:
O Quartel da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Calheta;
A Secção do Topo, da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da
Calheta, posicionada junto aos agregados populacionais do Topo e de Santo
Antão;
O Centro de Saúde da Calheta;
A presença de um parque de máquinas da Câmara Municipal da Calheta
localizada na freguesia do Topo.
Devem ser de considerar como Pontos de encontro/alojamento/Campos de
deslocados os locais identificados nas Tabelas seguintes, sempre que possível, que
se procuraram tendo como requisitos se situarem em locais amplos, afastados de
edifícios, muros, taludes e linhas de água.
Os pontos de encontro devem ser selecionados, de acordo com trajetos
definidos em função de relações de proximidade e com o apoio da Junta de Freguesia.
As áreas de alojamento a utilizar são preferencialmente as infraestruturas
comunitárias existentes (Casas do Povo, Centros Paroquiais, Sedes de Escuteiros,
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instalações desportivas, etc.), parques de campismo e outras instalações fixas que se
revelem adequadas à situação em causa.
Não obstante, um dos problemas que se coloca quanto à seleção dos locais em
causa prende-se com a sua segurança, nomeadamente, no que concerne à sua
localização e à resistência das estruturas à ação sísmica.
As escolas deverão ser utilizadas como última solução, tendo em atenção que a
atividade diária das crianças deve manter-se tanto quanto possível dentro da
normalidade. Alternativamente pode ser planeada a instalação de abrigos temporários
(tendas, pré-fabricados e outros).
Os pontos de encontro aconselhados para a reunião de pessoas em caso de
catástrofe, assim como os locais possíveis para alojamento e acampamento no
Concelho da Calheta foram identificados. No entanto dia após dia vão aparecendo
infraestruturas que, pelas suas características poderão servir para o efeito,
dependendo das condições à altura da ocorrência.
Assim concretizam-se nas Tabelas seguintes (Tabela 14) e cartografia na Parte
IV ponto 7, os locais que foram previamente identificados como favoráveis e que
devem, em sede de exercício, ser confirmados como zonas para este fim.
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Tabela 14 - LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE ENCONTRO, ALOJAMENTOS E CAMPOS DE DESLOCADOS POR FREGUESIA
FreguesiaTipologia de Reunião de
PessoasLocalização
Antiga Escola Básica do 1.º Ciclo dos
Biscoitos.
Campo de Jogos Municipal (Fajã Grande).
Cruzamento da Canada de São
Bartolomeu com o Vale das Amoras.
Cruzamento junto ao Centro de Saúde da
Calheta (Relvinha).
Escola Básica 2, 3/Secundária Padre
Manuel Azevedo da Cunha.
Escola Básica 1/Jardim de Infância da
Calheta.
Antiga Escola Básica do 1.º Ciclo da Rua
Nova, atualmente Serviços Técnicos
Municipais.
Centro Social e Recreativo dos Biscoitos.
Sociedade Estímulo.
Antiga Escola Básica do 1.º Ciclo dos
Biscoitos.
Terrenos dos Serviços Agrícolas na
Relvinha.
Parque de Campismo na Fajã Grande (se
a ocorrência não envolver perigo imediato
de movimentos de vertente e/ou tsunami).Localização campos
de deslocados
CALHETA
Campo de Jogos Municipal na Fajã Grande
(se a ocorrência não envolver perigo
imediato de movimentos de vertente e/ou
tsunami).
Pontos de Encontro
Alojamentos
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FreguesiaTipologia de Reunião de
PessoasLocalização
Salão Paroquial do Norte Pequeno.
Casa do Povo do Norte Pequeno
Antiga Escola Básica do 1.º Ciclo do Norte
Pequeno.
Localização campos
de deslocados
Terrenos a Este/Nascente da Canada do
Porto.
Pontos de Encontro
Alojamentos
NORTE
PEQUENO
Cruzamento da ER 1-2.ª no Norte Pequeno
com o Caminho de acesso à Fajã dos
Cubres.
FreguesiaTipologia de Reunião de
PessoasLocalização
Cruzamento do caminho do Barreiro com o
caminho do Engenho.
Quartel dos Bombeiros Voluntários da
Calheta - Secção Destacada do Topo.
Quartel dos Bombeiros Voluntários da
Calheta - Secção Destacada do Topo.
Sociedade Clube União.
Sociedade Recreio Topense.
Escola Básica 1, 2 e 3/Jardim de Infância
do Topo.
Localização campos
de deslocados
Terrenos junto ao edificio dos CTT do Topo
e do quartel dos Bombeiros Voluntários da
Calheta - Secção Destacada do Topo .
Pontos de Encontro
TOPO (NOSSA
Sr.ª DO
ROSÁRIO)Alojamentos
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FreguesiaTipologia de Reunião de
PessoasLocalização
Largo da Ermida da Fajã de São João.
Largo da Igreja de São Tomé.
Cruzamento da ER 1-2ª com as
Tronqueiras.
Cruzamento da ER 1-2ª com a Canada do
Forro no Lameiro.
Largo da Ermida do Cruzal.
Cruzamento da ER 1-2ª no Caminho Chão
com a Canada do Cruzal.
Largo de Santo Antão (Igreja de Santo
Antão).
Centro Social de São Tomé.
Antiga Escola Primária de São Tomé.
Antiga Escola Primária do Cruzal.
Antiga Escola Primária de Santo Antão.
Sociedade Recreio dos Lavradores.
Centro Intergeracional Padre José Costa
Leonardo.
Jardim Infantil Bem Me Quer.
Sociedade Nova Aliança.
Casa do Espirito Santo.
Terrenos a Sul da Antiga Escola Primária,
da Igreja de São Tomé e do Centro Social
de São Tomé.
Terreno a Este da Igreja de Santo Antão, no
Cruzamento de Santa Rosa com a
Cancelhinha e a Travessa da Igreja.
Pontos de Encontro
Localização campos
de deslocados
SANTO
ANTÃO
Alojamentos
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FreguesiaTipologia de Reunião de
PessoasLocalização
Largo junto ao Centro Social dos Lourais.
Cruzamento da Canada de São Bartolomeu com
o Caminho de Baixo.
Cruzamento da Canada dos Toiros com a ER 1-
2ª na Silveira.
Casa do Povo da Ribeira Seca.
Centro Recreativo da Fajã dos Vimes.
Largo da Ermida de N.ª Sr.ª de Lurdes na Fajã
dos Cubres.
Largo da Ermida do Sr. Santo Cristo da Fajã da
Caldeira de Santo Cristo.
Largo da Ermida de N.ª Sr.ª da Boa Viagem do
Portal.
Casa do Espírito Santo da Ribeira Seca.
Sociedade União Popular da Ribeira Seca.
Casa do Povo da Ribeira Seca.
Antiga Escola Básica do 1.º Ciclo da Fajã dos
Vimes.
Centro Recreativo da Fajã dos Vimes.
Centro Social dos Lourais.
Escola Básica do 1.º Ciclo Professor Luís
Nemésio Serpa.
Casa dos Romeiros da Fajã da Caldeira de
Santo Cristo.
Centro de Interpretação Ambiental da Fajã da
Caldeira de Santo Cristo.
Centro Social N.ª Sr.ª da Boa Viagem do Portal.
Terrenos junto ao Minimercado Maria Alice
Borges, no Vale Frio.
Terrenos junto à Casa do Espirito Santo da
Ribeira Seca.
Pontos de Encontro
Localização campos
de deslocados
RIBEIRA
SECA
Alojamentos
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A organização dos campos de deslocados exige uma planificação criteriosa.
Nesta área de intervenção devem ser programados com entidades de apoio como
organizar e gerir os campos de deslocados e como proceder em termos de movimentação da
população após a chegada aos pontos de encontro.
Quando não for possível o acolhimento por familiares das comunidades deslocadas,
estas são encaminhados para “zonas de permanência prolongada”. Preferencialmente estas
últimas zonas devem possuir condições adequadas e completas de alojamento e
alimentação. Esgotada a capacidade destas áreas de realojamento, surge a necessidade de
se instalar um Campo de Desalojados (CD).
O Campo de Desalojados (CD) corresponde ao local onde a população evacuada
permanecerá, pelo período de tempo necessário à sua reintegração com carácter definitivo no
meio de origem ou outro. O referido campo deve possuir itinerários de acesso permanente e
em bom estado de conservação, esgotos e proximidade em relação a áreas de
abastecimento, designadamente água e energia. A instalação do CD poderá ser feita com
base em infraestruturas já existentes ou em estruturas implantadas especificamente para o
efeito, nomeadamente pré-fabricados ou tendas.
Os CD são classificados de curta duração quando não ultrapassam uma pernoita, ou
média duração quando se ultrapassam mais de uma pernoita.
Deverão ser previstas instalações especiais reservadas a grupos de pessoas com
problemas ou carências mais graves (órfãos, doentes, idosos, etc.).
A entrada em funcionamento do CD deverá ocorrer 48 horas após a determinação da
sua necessidade pela Comissão Municipal de Proteção Civil. Cada CD organiza-se e deve
estar organizado de tal forma que comtemple a direção e a gestão do CD.
Esta é uma área de intervenção onde a participação dos grupos de voluntariado com
os agentes de Proteção Civil pode constituir um suporte importante.
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6. SERVIÇOS MÉDICOS E TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Face a uma emergência com elevado número de vítimas, as primeiras equipas a chegar
ao teatro de operações prestam o socorro e efetuam a evacuação primária para os postos de
triagem que se definirem ou criarem.
Compete ao Delegado de Saúde identificar e informar a direção do plano em relação à
quantidade previsível de meios complementares necessários para triagem, assistência pré
hospitalar e evacuação secundária das vítimas, mobilizando-os através de requisições.
Essas requisições são efetuadas segundo o modelo de requisição constante do anexo a
este plano.
As prioridades de atuação estão elencadas na Tabela abaixo (Tabela 15).
TABELA 15- IDENTIFICAÇÃO DAS PRIORIDADES DE ATUAÇÃO QUANTO AOS SERVIÇOS MÉDICOS
RESPONSÁVEL
Presidente da Câmara Municipal da Calheta
RESPONSÁVEL IMEDIATO: Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Ilha de São
Jorge
ENTIDADES INTERVENIENTES E DE APOIO
Centro de Saúde da Calheta
Autoridade Sanitária
Agentes de Proteção Civil
Organismos e Entidades de Apoio
PRIORIDADES DE AÇÃO
Prestar serviços de saúde e cuidados médicos urgentes de acordo com o plano estabelecido;
Organizar, montar e gerir postos médicos avançados e/ou hospitais de campanha;
Coordenar a montagem de postos de triagem e de socorros;
Coordenar as ações de evacuação secundária de vítimas, entre os postos de triagem e
de socorros e as outras estruturas de saúde existentes;
Organizar a triagem, estabilização e transporte das vítimas para unidades de saúde;
Prestação de informação sobre as vítimas aos seus familiares.
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7. MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA
A Manutenção da Ordem Pública é da competência das forças de segurança.
Consoante o âmbito territorial do plano, poderá ser previsto o recolher obrigatório e o
patrulhamento pelas forças de segurança nas zonas evacuadas, com vista a impedir roubos e
pilhagens, incluindo a possibilidade de detenção de todos os indivíduos aí encontrados sem
autorização.
As suas funções incluem:
Controlo de tráfego e da movimentação da população evacuada;
Reencaminhar o tráfego rodoviário em redor do teatro de operações e das zonas
afetadas;
Proporcionar corredores de circulação e emergência;
Coordenação da segurança e dos acessos às áreas sinistradas;
Segurança dos depósitos de alimentos e de donativos diversos;
Garantir a proteção de vidas e bens.
Constituem ainda ações relevantes para a manutenção da Ordem Pública, a
colaboração destes agentes de segurança nas ações de aviso, alerta e mobilização do
pessoal envolvido nas operações de socorro, bem como manter atualizados os alertas e
avisos que forem necessários à população.
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8. ADMINISTRAÇÃO DE MEIOS E RECURSOS
A área de Administração de Meios e Recursos assegura a gestão administrativa e
financeira inerente à mobilização de meios e recursos necessários às operações de Proteção
Civil e por outro lado assegura o apoio prestado à população. No apoio logístico a prestar às
forças de intervenção em caso de emergência, devem ser previstas as necessidades
logísticas essenciais para a prossecução das missões a decorrer no terreno. No que se refere
ao apoio logístico a prestar à população deverão ser considerados todos os apoios possíveis
por parte da Câmara Municipal da Calheta, mas também dos privados, em especial de bens
perecíveis, os necessários em caso de evacuação, nomeadamente assegurar o transporte da
população deslocada para as designadas Zonas de Concentração Local.
A aquisição de materiais bem como a gestão dos fundos e donativos resume-se
conforme define a Tabela abaixo (Tabela 16).
TABELA 16 - IDENTIFICAÇÃO DAS PRIORIDADES DE AÇÃO NA FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE MEIOS E RECURSOS
RESPONSÁVEL
Presidente da Câmara Municipal da Calheta
RESPONSÁVEL IMEDIATO: Vereador com competências delegadas.
ENTIDADES INTERVENIENTES E DE APOIO
Serviços Municipais
Agentes da Proteção Civil
Juntas de Freguesia
Entidades e organismos de Apoio
Fornecedores e entidades públicas ou privadas com equipamentos e outros meios necessários
PRIORIDADES DE AÇÃO
Assegurar as atividades de gestão administrativa e financeira das forças de intervenção
no que diz respeito à mobilização, requisição e utilização dos meios e recursos
utilizados e outros necessários numa situação de acidente grave ou catástrofe;
Gerir ações de obtenção de fundos externos, recolha e armazenamento de dádivas
bem como a orientação do pessoal voluntário;
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O SMPC deverá manter atualizada a listagem de meios e recursos e os contatos dos
responsáveis, realizando negociações contratuais e acordos de fornecimento com vista
à utilização dos meios e recursos;
Os meios e recursos utilizados em determinada emergência devem adequar-se ao
objetivo, proximidade e disponibilidade. Contudo é dada preferência à utilização de
meios e recursos públicos sobre os privados;
Registar a utilização de meios e recursos quanto às quantidades e locais de utilização;
Gerir os processos de seguros relativos às operações de Proteção Civil assim como
identificar e definir o pessoal ligado às operações de socorro.
PROCEDIMENTOS E COORDENAÇÃO
GESTÃO DE MEIOS
Os serviços de aprovisionamento da Câmara Municipal são incumbidos da negociação
e contratação de meios e recursos necessários, públicos ou privados, com carácter
urgente;
O Diretor do Plano gere os meios e recursos existentes e seu reforço, disponibilizados
pelos agentes de Proteção Civil e entidades de apoio;
GESTÃO DE PESSOAL
Os funcionários, agentes e demais trabalhadores da Administração Pública direta e
indireta, incluindo a autónoma, estão dispensados do serviço público quando sejam
chamados para enfrentar uma situação de calamidade;
O pessoal da administração pública local e das entidades e organismos de apoio é
nomeado e remunerado pelos Organismos a que pertence;
Todos os cidadãos e demais entidades privadas estão obrigados, na área abrangida, a
prestar às autoridades de Proteção Civil a colaboração que lhes for requerida;
Os responsáveis por cada uma das áreas de intervenção estabelecem a sua própria
cadeia de coordenação de acordo com os organismos que os apoiam na conduta
operacional;
Os responsáveis das Entidades e Organismos intervenientes têm o dever de se
familiarizar e ao seu pessoal, com o conteúdo do PMEPC DA CALHETA, para o
desempenho das missões previstas, devendo por isso participar nos exercícios
previstos neste plano;
As Entidades e Organismos intervenientes devem, na sequência dos exercícios
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referidos, definir procedimentos operacionais que sustentem a sua participação neste
plano.
GESTÃO DE FINANÇAS
A aquisição de bens é feita nos termos legais por requisição da Comissão Municipal de
Proteção Civil, mediante consentimento do Diretor do Plano;
A liquidação das despesas é consumada pela Câmara Municipal;
São da responsabilidade das entidades e organismos de apoio as despesas realizadas
em operações de Proteção Civil, sendo as comparticipações determinadas conforme o
que se estabelecer posteriormente;
Os subsídios e donativos recebidos em dinheiro, com destino às operações de
emergência são administrados pela Câmara Municipal da Calheta, através de uma
Conta Especial de Emergência;
No caso de uma determinada área do Município ser declarada em Situação de
Calamidade Pública, os auxílios serão concedidos de acordo com a legislação em vigor.
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9. LOGÍSTICA
9.1 APOIO LOGÍSTICO ÀS FORÇAS DE INTERVENÇÃO
A componente logística terá que estar forçosamente relacionada com a administração
de meios e recursos reveste-se de particular importância. É de salientar que a escassez de
recursos numa situação de catástrofe, obriga a um controlo rigoroso na aplicação dos meios e
recursos disponíveis em mão, e também à utilização racional de todos os meios e recursos
pertencentes a privados, mas cruciais no sucesso da operação (Tabela 17).
As atividades logísticas necessárias a levar a cabo desenvolvem-se em duas áreas
distintas:
Apoio Logístico às forças de intervenção;
Apoio logístico às populações.
TABELA 17- IDENTIFICAÇÃO DAS PRIORIDADES DE AÇÃO NA FUNÇÃO DE INTERVENÇÃO E APOIO LOGÍSTICO ÀS FORÇAS DE INTERVENÇÃO
RESPONSÁVEL
Presidente da Câmara Municipal da Calheta
RESPONSÁVEL IMEDIATO: Vereador com competências delegadas.
ENTIDADES INTERVENIENTES E DE APOIO
Serviços Municipais
Agentes da Proteção Civil
Centro Saúde da Calheta
Juntas de Freguesia
Fornecedores e entidades públicas ou privadas com equipamentos e outros meios necessários
PRIORIDADES DE AÇÃO
Coordenar e executar atividades de logística de apoio às forças de intervenção;
Manter permanentemente atualizada a base de dados de meios e recursos, bem como
as listas de inventários que possibilita a sua atualização;
Estabelecer os procedimentos para a requisição das necessidades logísticas adicionais
por parte dos agentes, entidades e organismos de apoio;
Estabelecer os procedimentos para a aquisição das necessidades logísticas dos
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departamentos da Câmara Municipal para apoio às atividades de Proteção Civil;
Garantir os transportes disponíveis necessários;
Fornecer os equipamentos e artigos disponíveis essenciais às ações de administração
e logística.
PROCEDIMENTOS E COORDENAÇÃO
ALIMENTAÇÃO
A alimentação e o alojamento do pessoal envolvido nas operações de Proteção Civil
das entidades e organismos do Estado intervenientes, é da responsabilidade destas;
A alimentação do pessoal voluntário será da responsabilidade do SMPC;
COMBUSTIVEIS
Os combustíveis e lubrificantes são obtidos pelas Entidades e Organismos
intervenientes no mercado local ou em local designado pelo SMPC.
MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO
As despesas de manutenção e reparação de material são da responsabilidade de cada
entidade, agente ou organismo de apoio.
MATERIAIS E OUTROS
O material sanitário está a cargo das Entidades e Organismos intervenientes. Poderão
ser constituídos nas instalações do Centro de Saúde e das forças de socorro, postos de
fornecimento de material sanitário através de pedido ao responsável pela logística;
Serão estabelecidos planos de atuação dos serviços técnicos no âmbito da reabilitação
dos serviços mínimos essenciais;
Poderão ser solicitados ao responsável pela logística mediante pedido, os artigos
julgados necessários para as ações de Proteção Civil.
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9.2 APOIO LOGÍSTICO À POPULAÇÃO
TABELA 18 - IDENTIFICAÇÃO DAS PRIORIDADES DE AÇÃO NA FUNÇÃO DE APOIO LOGÍSTICO À POPULAÇÃO
RESPONSÁVEL
Presidente da Câmara Municipal da Calheta
RESPONSÁVEL IMEDIATO: Vereador com competências delegadas.
ENTIDADES INTERVENIENTES E DE APOIO
Serviços Municipais
Agente da Proteção Civil
Centro Saúde da Calheta
Juntas de Freguesia
Entidades e organismos de Apoio
PRIORIDADES DE AÇÃO
Dar assistência à população que ficou sem acesso aos bens essenciais de
sobrevivência;
Alimentação, alojamento provisório e agasalho das populações afetadas;
Os locais de alojamento temporário têm de estar providos de condições propícias a
dormidas, alimentação, instalações sanitárias bem como de cuidados de saúde e
parques de estacionamento;
Garantir o estabelecimento de cozinhas e refeitórios;
Criação de ações destinadas à obtenção de fundos externos, recolha e armazenamento
de donativos;
Transporte para deslocação das pessoas para os abrigos temporários ou para espaços
seguros.
PROCEDIMENTOS E COORDENAÇÃO
O acolhimento das populações pode ocorrer em edifícios ou em acampamentos;
Em cada centro de acolhimento deve ser nomeado um responsável, encarregue de
organizar e coordenar as pessoas do centro para a realização de atividades, bem como
para servir de elemento de ligação à CMPC;
Sempre que necessário os centros de acolhimento funcionarão como pontos de reunião
para controlo dos residentes e despiste de eventuais desaparecidos.
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10. SERVIÇOS MORTUÁRIOS
TABELA 19 - IDENTIFICAÇÃO DAS PRIORIDADES DE AÇÃO NA FUNÇÃO DE APOIO AOS SERVIÇOS MORTUÁRIOS
RESPONSÁVEL
Presidente da Câmara Municipal da Calheta
RESPONSÁVEL IMEDIATO: Autoridade de Saúde da USISJ
ENTIDADES INTERVENIENTES E DE APOIO
Centro de Saúde da Calheta
Bombeiros Voluntários da Calheta
Agentes de Proteção Civil
Organismos e Entidades de Apoio
PRIORIDADES DE AÇÃO
Estabelecer locais de reunião de mortos e morgues provisórias;
Assegurar a presença das forças de segurança nas áreas onde decorrem ações de
mortuária;
Recolher informação para identificação dos cadáveres;
Sepultamento de emergência.
O local de reunião de mortos será na morgue do Centro de Saúde da Calheta. Quando
estiver esgotada a capacidade desta serão designados outros locais;
PROCEDIMENTOS E COORDENAÇÃO
Em cenários com elevado número de vítimas, a recolha e o depósito de cadáveres são
tarefas muito sensíveis que devem ser levadas a cabo através de procedimentos
rigorosos, pois a sua importância é enorme nos aspetos que se prendem com a
investigação forense, quando, face ao tipo de ocorrência, haja necessidade de a
realizar. Estas tarefas devem ser controladas pelas forças de segurança que, para tal,
colaboram com a Autoridade de Saúde;
A recolha deve ser feita para locais de reunião de vítimas mortais identificados no
plano, onde preferencialmente possam funcionar morgues provisórias. Devem ser
escolhidas instalações onde haja um piso em espaço aberto, plano e fácil de limpar,
com boa drenagem, boa ventilação natural, provido de água corrente e energia elétrica.
Na seleção dos locais devem ser tidas em conta, ainda, as acessibilidades e as
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facilidades de segurança. Em geral, as instalações mais indicadas para local de reunião
de vítimas mortais são hangares, terminais de camionagem, centros de lazer, parques
de estacionamento cobertos, armazéns e edifícios similares;
É da responsabilidade do Delegado de Saúde e da sua equipa, com o apoio das
entidades competentes:
Identificar os mortos e proceder às operações mortuárias;
Escolher o local de armazenamento de mortos, caso seja necessário;
Informar a CMPC, sempre que seja possível, o número de mortos e a sua
distribuição geográfica;
Informar à CMPC qualquer situação que ponha em risco a saúde pública da
população.
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11. PROTOCOLOS
No âmbito do PMEPC da Calheta não existem protocolos celebrados, no entanto
podem ser estabelecidos e propostos aquando do primeiro exercício proposto para teste.
Neste âmbito será importante estabelecer protocolos de modo a potencializar todos os
recursos e ações que se tornem necessários em caso de acidente ou catástrofe com:
Empresas de construção civil, para determinar a existência de equipamentos e
maquinaria de engenharia e construção civil que poderão ser rapidamente
mobilizadas em caso de emergência;
Entidades responsáveis por Infraestruturas de alojamento e acolhimento, de
modo a assegurar alojamento temporário às pessoas evacuadas em caso de
acidente grave ou catástrofe;
Empresas de combustíveis e lubrificantes, devido à necessidade de
abastecimento das forças de segurança, socorro, Proteção Civil, emergência
médica, máquinas de engenharia e transporte, etc.;
Empresas de transporte de passageiros e mercadorias, pois estas poderão
prestar apoio em diversas atividades de Proteção Civil em caso de emergência.
Outras entidades de carácter Regional ou mesmo Nacional que poderão ter interesse
contactar para o mesmo fim. Tal é o caso do Laboratório Regional de Engenharia Civil
(LREC) na fase de avaliação e reabilitação de infraestruturas e o Instituto Português do Mar e
da Atmosfera (IPMA) que possui 2 estações sísmicas em S. Jorge (Manadas e Rosais) para a
vigilância sísmica.
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PARTE IV - INFORMAÇÃO
COMPLEMENTAR
SECÇÃO I
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1. ORGANIZAÇÃO GERAL DA PROTEÇÃO CIVIL NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS
AÇORES
1.1 ESTRUTURA DA PROTEÇÃO CIVIL
A Proteção Civil é a atividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e
Autarquias Locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas com a
finalidade de prevenir riscos coletivos, inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe,
de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando
aquelas situações ocorram.
A Lei de Bases da Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho) prevê ainda que nas
Regiões Autónomas como os Açores, os Serviços de Proteção Civil dependam dos Órgãos do
Governo Regional, sem prejuízo da necessária articulação com as competentes entidades
nacionais (artigo 60º da Lei n.º 67/2006, de 3 de julho).
Na Região Autónoma dos Açores, a estrutura de Proteção Civil compreende o Serviço
Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) e os Serviços Municipais de
Proteção Civil (SMPC) (Decreto Regulamentar Regional n.º 11/2007/A).
O SRPCBA depende da Secretaria Regional da Saúde que detém, para além das
competências do Serviço Regional de Saúde e das políticas de prevenção e combate às
dependências, as políticas de Proteção Civil. O SRPCBA assume as competências atribuídas
à Administração Regional dos Açores no âmbito da Proteção Civil, dos Bombeiros e do
transporte terrestre de doentes, já que as evacuações aéreas entre ilhas são em grande parte
asseguradas pelas Forças Armadas. Ainda assim, compete ao SRPCBA em caso de
eminência ou ocorrência de incidente ou catástrofe, decidir acionar a intervenção de qualquer
agente de Proteção Civil.
O SRPCBA poderá desconcentrar os seus meios através de Delegados, estando
prevista a localização de Delegados ou também designados Inspetores Coordenadores em
todas as restantes ilhas dos Açores.
Estes Inspetores Coordenadores exercem funções de Inspeção e Comando
Operacional dos Corpos de Bombeiros da Região dos Açores e, entre outras funções, têm por
missão importante, em caso de acidente grave, catástrofe ou calamidade, assegurar a
Coordenação dos meios operacionais dos Corpos e Bombeiros, articulando-os com outros
meios de outros agentes ou Serviços de Proteção Civil.
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O Centro Regional de Operações de Emergência de Proteção Civil dos Açores
(CROEPCA) é constituído, no âmbito do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos
Açores (SRPCBA) competindo a este Serviço garantir os meios necessários ao seu
funcionamento.
Por outro lado, e tendo em consideração o SIOPS, no âmbito do Sistema de Gestão de
Operações, deverá ser constituído um Posto de Comando de Operações (PCO), funcionando
como órgão Diretor das Operações no local da ocorrência e destinado a apoiar o COS na
tomada de decisões e na articulação dos Meios no TO.
Estando previsto pela Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro a existência do Comandante
Operacional Municipal (COM), dependente hierarquicamente do Presidente da Câmara
Municipal o COM no Município da Calheta pode, por inerência, ser o Comandante da
Associação Humanitária de Bombeiros da Calheta
A ativação do PMEPC da Calheta obriga à notificação imediata do SRPCBA.
Para o amplo funcionamento da estrutura de Proteção Civil é fundamental a
coordenação entre os órgãos de direção e coordenação política, os órgãos de coordenação
institucional e os órgãos de coordenação operacional (Figura 11).
Ao nível Municipal é pois de grande relevo a criação do Serviço Municipal de Proteção
Civil, pois permite assegurar que os diversos organismos estabelecem entre si colaboração
Institucional no sentido de aumentar a eficácia das medidas de Proteção Civil.
FIGURA 11- ARTICULAÇÃO ENTRE A DIREÇÃO E COORDENAÇÃO POLÍTICA, INSTITUCIONAL E OPERACIONAL EM CASO DE EMERGÊNCIA
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1.2 ESTRUTURA DAS OPERAÇÕES
De acordo com a Lei n.º 27/2006, de 3 de julho, conjugada com o Decreto-Lei n.º
134/2006 de 25 de julho, alterado pelo Decreto-Lei nº 72/2013, de 31 de maio, o Sistema
Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), tem por objetivo que os agentes de
Proteção Civil, Entidades, Organismos e Instituições com o dever especial de cooperação
com a Proteção Civil, através da adoção de um conjunto de normas e procedimentos, atuem
articuladamente nas Operações de Proteção Civil.
Assume particular importância na estruturação operacional o Serviço Municipal de
Proteção Civil ao qual incumbe o desenvolvimento dos objetivos de proteção civil previstos na
Lei de Bases de Proteção Civil nos domínios da prevenção, do planeamento e das operações.
Os objetivos e os domínios de atividades são os definidos desde logo na Lei de Bases
da Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho) abarcando, no ciclo da catástrofe, as fases
de prevenção e planeamento, a atuação durante a emergência e o apoio aos organismos que
têm responsabilidade na fase de reposição da normalidade, esquematizando-se na Figura
seguinte (Figura 12). As competências de Proteção Civil encontram-se elencadas na Tabela
abaixo (Tabela 20).
FIGURA 12 - OBJETIVOS DOS SMPC DESDE A PREVENÇÃO À FASE DE REPOSIÇÃO DA NORMALIDADE
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TABELA 20- COMPETÊNCIAS DO SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL NOS DOMÍNIOS DO PLANEAMENTO, PREVENÇÃO E
INFORMAÇÃO PÚBLICA
PLANEAMENTO Acompanhar/ Elaborar e manter atualizado o PMEPC C e os planos especiais se
existirem
Inventariar e manter atualizados os registos dos meios e dos recursos existentes
no Concelho, com interesse para as operações de Proteção Civil
Inventariar, organizar e prever a gestão de Locais de acolhimento a acionar em
caso de Emergência
Identificar e analisar consequências dos riscos naturais, tecnológicos e sociais
que possam afetar o Município, em função da magnitude estimada e do local
previsível da sua ocorrência, promovendo a sua cartografia;
Manter atualizada base de dados de ocorrências (acidentes graves e catástrofes)
no Município, bem como informação das causas e medidas de
prevenção/minimização
Planear Exercícios e Simulacros que contribuam para testar o PMEPC C
Planear o apoio logístico a prestar (a vítimas e agentes de socorro) em caso de
acidente grave ou catástrofe
OPERAÇÕES Assegurar a criação e manutenção do Centro Municipal de Operações de
Emergência de Proteção Civil ( CMOEPC)
PREVENÇÃO E
SEGURANÇA
Propor medidas de segurança face aos riscos inventariados
Realizar ações de sensibilização para a segurança, preparando e organizando as
populações face aos riscos existentes no Município e para segmentos
específicos da população (Escolas, Idosos, empresas, etc.)
Colaborar na realização de Exercícios e Simulacros
Fomentar o voluntariado em Proteção Civil
INFORMAÇÃO
PÚBLICA
Realizar ações de sensibilização e de divulgação de medidas de autoproteção
para as populações em face dos riscos
Divulgar a Missão de Proteção Civil
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A existência de um Inspetor-Coordenador do SRPCBA que trabalhe em conjunto com o
SMPC no sentido de apoiar a organização e funcionamento deste Serviço, em especial nas
áreas do planeamento de emergência e da inventariação de meios e recursos, pode agilizar a
adoção de competências operacionais por parte dos SMPC. Este Inspetor-Coordenador pode,
em face da gravidade da ocorrência, assumir as competências descritas no artigo 8.º da Lei
de Bases de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de julho), nomeadamente em fase do
reconhecimento da situação e da sua gravidade, solicitar ao Presidente da Câmara Municipal
a declaração da situação de Alerta naquela área territorial, no caso, a Ilha de S. Jorge,
fazendo de imediato e obrigatoriamente a ligação ao SRPCBA, em consequência da ativação
da CMPC.
No âmbito da Lei que define o enquadramento institucional e operacional de proteção
civil de âmbito municipal (Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro) e para a articulação
operacional prevê-se a existência de um Comandante Operacional Municipal (COM), nos
municípios em que as Câmaras Municipais têm corpos de bombeiros profissionais ou misto,
sendo nestes casos o COM nomeado pelo Presidente da Câmara.
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2. MECANISMOS DA ESTRUTURA DE PROTEÇÃO CIVIL
2.1. COMPOSIÇÃO, CONVOCAÇÃO E COMPETÊNCIAS DA COMISSÃO DE
PROTEÇÃO CIVIL
Na Região Autónoma dos Açores, os Mecanismos de Proteção Civil prevêem no
âmbito das competências dos respetivos Serviços Municipais de Proteção Civil (SMPC) que
estes assumam com a CMPC a coordenação das operações.
De acordo com os principios de atuação da Proteção Civil, e de acordo com o princípio
da subsidiariedade, ao ser ativado o PMEPC da Calheta, é reunida a CMPC. A Comissão
Municipal de Proteção Civil (CMPC) integra entidades e instituições, que devem articular-se
entre si, garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência em cada caso
concreto, sendo assim composta por elementos que auxiliam na definição e execução da
política de Proteção Civil.
A CMPC procede à Coordenação Política das atividades inerentes a ações de Proteção
Civil, e é também responsável pela Coordenação Institucional.
São competências da CMPC, em conformidade com o número 3 do artigo 3.º da Lei n.º
65/2007, de 12 de novembro:
• Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de proteção civil que sejam
desenvolvidas por agentes públicos;
• Acionar a elaboração do PMEPC da Calheta remetê-lo para aprovação ao SRPCBA e
acompanhar a sua execução;
• Determinar o acionamento dos planos, quando tal se justifique;
• Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC acionam, ao nível
municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios
necessários ao desenvolvimento das ações de proteção civil;
• Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo
os órgãos de comunicação social, sempre que a situação o justifique.
• No caso da CMPC da Calheta, a sua composição ilustra-se abaixo (Figura 13).
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Comissão Municipal de Proteção Civil
GNR
Comandante da AHBV Calheta
Autoridade de Saúde da Calheta
Representante do Instituto da Segurança Social
PSP
Representante da Secretaria Regional do Turismo e
Transportes
Polícia Marítima
Representante da Unidade de Saúde
Presidente da Câmara Municipal, ou Vice-Presidente com competências
delegadas
Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente:
Representante do Serviço de Ambiente de São Jorge
ERepresentante do Serviço
Florestal de São Jorge
A CMPC é convocada pelo Presidente da Câmara Municipal, coordenador político ou,
no caso de existir o Inspetor-Coordenador do SRPCBA, e sempre que o reconhecimento da
situação justificar a declaração de situação de Alerta naquela área territorial, no caso, a Ilha
de S. Jorge, este Inspetor-Coordenador fará obrigatoriamente a ligação ao SRPCBA, em
consequência de te sido convocada a CMPC da Calheta ou eventualmente dos dois
Municípios que constituem a Ilha de S. Jorge.
A CMPC operará a partir do local de reuniões, situado no edifício da antiga Escola
Básica do 1.º Ciclo, das Travessas, freguesia da Ribeira Seca, tendo como local alternativo o
Parque de Máquinas do Município da Calheta situado no Caminho de Baixo e o Armazém do
Município no Alqueve, freguesia do Topo.
Quaisquer dos locais referidos se encontram em áreas de vulnerabilidade reduzida, face
aos principais riscos passíveis de ocorrer e possuem boas condições logísticas
FIGURA 13 – COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL (CMPC) DA CALHETA
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(estacionamento, Sistema de Comunicações por Rádio, telemóvel, telefone, fax e ligações via
internet).
De acordo com o princípio da subsidiariedade, poderão ser solicitados apoios ao
escalão territorialmente acima, caso a gravidade e extensão dos efeitos da ocorrência
ultrapasse a capacidade operacional e de meios do Município. Do mesmo modo, no caso de
ser uma ocorrência que afete também o município de Velas, o SRPCBA assume de imediato
a coordenação e a direção das operações de Proteção Civil.
2.2. COMPOSIÇÃO, CONVOCAÇÃO E COMPETÊNCIAS DO SERVIÇO MUNICIPAL
DE PROTEÇÃO CIVIL E DO COMANDO OPERACIONAL MUNICIPAL
Os Serviços Municipais de Proteção Civil são os órgãos de execução das políticas de
Proteção Civil. É dirigido pelo Presidente da Câmara Municipal com a faculdade de delegação
no vereador por si designado.
No âmbito da Lei que define o enquadramento institucional e operacional de proteção
civil de âmbito municipal (Lei n.º 65/2007, de 12 de novembro) e para a articulação
operacional prevê-se a existência de um Comandante Operacional Municipal (COM), sendo
nos casos em que não existem Bombeiros Muncipais, o COM nomeado pelo Presidente da
Câmara.
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A Figura do Comandante Operacional Municipal (COM) detém toda a coordenação das
operações no que diz respeito à área territorial da sua competência. No caso de o Município
da Calheta não ter um COM nomeado, as suas competências recaem na Figura do
Presidente da Autarquia, visto este ser a entidade máxima da Proteção Civil a Nível
Municipal, ou na sua ausência no seu substituto enquanto Diretor do PMEPC da Calheta.
O Comandante Operacional Municipal detém competências nomeadamente ao nível do
acompanhamento permanente das operações de Proteção e Socorro que ocorram na área do
Concelho, especialmente assumindo a coordenação das operações de socorro de âmbito
municipal nas situações previstas no PMEPC da Calheta.
Esta intervenção pressupõe um trabalho diário de preparação, rotina na qual se incluem
reuniões periódicas de trabalho sobre matérias de âmbito operacional com o Comando de
Bombeiros; dar parecer sobre o material mais adequado à intervenção operacional no
Município entre outras.
2.3. CRITÉRIOS E ÂMBITO PARA A DECLARAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE ALERTA,
CONTINGÊNCIA OU CALAMIDADE.
Em conformidade com a Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, caso se verifique a iminência
ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe, é o SRPCBA que é responsável pela
receção dos Avisos das entidades que fazem a monitorização dos Riscos e procede à sua
divulgação junto dos SMPC e Corpos de Bombeiros.
Aquando da receção de um aviso de eminência ou ocorrência de um acidente grave ou
catástrofe, poderá ser declarada a situação de Alerta, Contingência ou Calamidade.
Aquando da declaração de uma das situações antes referidas, todos os cidadãos e
demais entidades privadas estão obrigadas, na área abrangida, a prestar às autoridades de
Proteção Civil a colaboração pessoal que lhes for requerida, respeitando as orientações que
as Autoridades ditarem.
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Qualquer ato de declaração das situações referidas, deve ter a mais ampla difusão do
seu conteúdo, tendo em conta os meios disponíveis, devendo, logo que possível, assegurar a
sua divulgação na página da Câmara Municipal.
A situação de alerta deve ser declarada sempre e quando, face à ocorrência ou
iminência de ocorrência de um acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de
adotar medidas preventivas e ou medidas especiais de reação.
Cabe ao Presidente da Câmara Municipal declarar a situação de alerta de âmbito
municipal, devendo a declaração de Alerta mencionar expressamente:
A natureza do acontecimento que originou a situação declarada;
O âmbito temporal e territorial;
A estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar.
A declaração de Alerta, obriga à convocação da CMPC e determina uma obrigação
especial de colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e das
televisões, visando a divulgação das informações relevantes relativas à situação.
A situação de contingência pode ser declarada quando, face à ocorrência ou iminência
de ocorrência de um acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar
medidas preventivas e ou medidas especiais de reação que podem ultrapassar a
competência municipal. Os procedimentos a adotar visam a coordenação dos recursos a
utilizar e numa primeira fase das forças e serviços de segurança. Neste caso o SRPCBA
assume a coordenação das operações.
A situação de calamidade é o nível mais grave da situação de emergência e ultrapassa
a competência do Município, sendo o Governo Regional o responsável declarante e reveste-
se de Resolução do Conselho de Ministros.
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2.4 SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO, ALERTA E AVISO
Os sistemas de Monitorização existentes em Portugal, assentam nos dispositivos de um
conjunto de instituições com essa missão específica na sua orgânica, e resulta da
organização de recursos humanos e meios técnicos, que permitem a observação, medição e
avaliação contínua dos fenómenos detetados, para que, os Agentes de Proteção Civil possam
no mais curto espaço de tempo ser alertados e avisadas as populações em risco.
Teoricamente, estes sistemas de vigilância desenvolvem missões de monitorização, alerta
e aviso, cujas diferenças se definem abaixo (Tabela 21).
TABELA 21- DIFERENÇAS ENTRE OS DIFERENTES DISPOSITIVOS DE MONITORIZAÇÃO
Sis
tem
as d
e
Monitorizaçã
o
Conjunto organizado de recursos humanos e meios técnicos, que permitem a
observação, medição e avaliação contínua dos fenómenos registados visando dotar as
Autoridades de Proteção Civil da informação necessária ao planeamento das
respostas a situações de acidente grave ou catástrofe.
Sis
tem
as d
e
Ale
rta
Os Mecanismos que, em estreita ligação com os sistemas de monitorização e face aos
resultados destes, permitem notificar autoridades, entidades e organismos da
iminência ou ocorrência de situações de acidente grave ou catástrofe suscetíveis de
causar danos em pessoas, bens e ambiente. Os Alertas têm níveis diferentes
consoante a probabilidade e a magnitude do fenómeno.
Sis
tem
as d
e A
vis
o
Sistemas de informação da população sobre a iminência ou ocorrência de um acidente
grave ou catástrofe.
Fase de Pré-Emergência – Aviso para a adoção de medidas de autoproteção e
de colaboração com entidades e agentes de Proteção Civil.
Fase de Emergência – Aviso e informação constantemente atualizada dirigida às
populações dos locais afetados, informando sobre itinerários de evacuação,
lugares de abrigo, Recomendações úteis e medidas de autoproteção.
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O SMPC da Calheta realiza uma avaliação contínua dos distintos riscos de origem
natural possíveis de ocorrer no Município, através da consulta da informação disponibilizada
por esses Sistemas nas respetivas páginas Institucionais a saber:
o O Centro de Informação e Vigilância Sismo vulcânica dos Açores (CIVISA) responsável
pela Vigilância Sísmica, resultante de atividade tectónica, vulcânica, explosões, libertação
de gases tóxicos e de movimentos de massa. No domínio da monitorização e vigilância
sismo vulcânica, o Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG)
compreende o Observatório operacional do CIVISA .
o Universidade dos Açores (Sistema de Aviso e Alerta para os Riscos Geomorfológicos)
o O Sistema de Vigilância do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA):
o -Autoridade Nacional da Vigilância Sísmica monitorizando a atividade tectónica,
vulcânica, explosões, libertação de gases tóxicos e de alertas de Tsunamis, no
território do Continente e dos Açores, emitindo Alertas para as autoridades de
proteção civil;
o Autoridade Nacional para a Meteorologia emitindo alertas e avisos à população
através de comunicados divulgados pela comunicação social relativamente às
condições meteorológicas adversas.
o Índice de Risco de Incêndio FWI utilizado por vários países do mundo, permitindo
estimar o risco de incêndio a partir do estado dos diversos combustíveis presentes
no solo florestal, estando esse determinado indiretamente através das
observações de elementos meteorológicos.
Na RAA, a divulgação dos avisos junto do SMPC e dos Corpos de Bombeiros é da
responsabilidade do SRPCBA, e uma vez confirmados na possibilidade de virem a afetar a
área deste território, o SMPC divulga normas de procedimento à população, no caso de
iminência ou ocorrência de uma situação de perigo com o apoio dos Órgãos de Comunicação
Social (Figura 14).
Quando esta informação seja recebida no SMPC durante o período de funcionamento
normal deste serviço e a previsão da ocorrência seja de poucas horas, o SMPC informa de
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imediato as entidades constantes de uma lista de contactos onde se incluem o Presidente da
Câmara Municipal, entidades e organismos de apoio previstos no PMEPC da Calheta.
Uma vez acionado o PMEPC da Calheta o Diretor do Plano, decide da necessidade de
aviso às populações devendo os avisos à população conter a seguinte informação:
As zonas potencialmente afetadas;
Itinerários de evacuação;
Os locais de abrigo onde se devem dirigir e o que devem levar consigo;
Outras medidas de proteção da sua segurança pessoal e dos seus bens
(medidas de autoproteção).
Existem diversos dispositivos para efeito da difusão do aviso (sirenes, telefones,
estações de rádio e televisão) pelo que, a decisão do meio a adotar é baseada na extensão
da área afetada, no tipo, dimensão e dispersão geográfica da população a avisar, na
proximidade geográfica dos Agentes de Proteção Civil (APC) e nos meios e recursos
disponíveis.
FIGURA 14 RESPONSABILIDADES DA DIFUSÃO DO ALERTA AO AVISO