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PLANO DE

RECUPERAÇÃO

JUDICIAL

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PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

CNPJ/MF nº 04.128.681/0001-29

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SUMÁRIO

Considerações Iniciais....................................................................................................... 4 A. Histórico e Apresentação da Empresa............................................. ............................... 4

A. 1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .................................................................................. 6 MISSÃO................................................................................................................ .....6 VISÃO ....................................................................................................................... 6 VALORES................................................................................................................... 6 POLÍTICA DE QUALIDADE ............................................................................................ 6 INFORMAÇÕES SOBRE A ESTRUTURA....................................................... ................... 6 RELEVÂNCIA SÓCIO-ECONÔMICA................................................................................ 7 PRODUTOS COMERCIALIZADOS................................................................................... 7

B. Organização do Plano de Recuperação.......................................................................... 13 B. 1 Objetivos da Recuperação da Recuperação Judicial............................................ 13 B. 2 MOTIVOS PARA O PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL .................................................. 14 I – Cenário Econômico antes da Recuperação Judicial..........................................16

II – Cenário Financeiro antes da Recuperação Judicial..........................................16 III – Análises Econômico-Financeiras – antes RJ...................................................17

B. 3 Formação e Classificação do Passivo (Quadro Credores)....................................18 B. 4 Razões para a Recuperação da Empresa................................................................19

I – Relevância da Atividade (qualidade)..................................................................19 II – Cenário econômico (Nacional e Setorial)..........................................................19 III – Geração de valor agregado e renda (função social)........................................20 IV – Contribuição para arrecadação ao erário........................................................21 V – Viabilidade Econômica Operacional.................................................................22 V. 1. Análise 1º Mês da RJ.........................................................................22 V. 2. Análise Pós Recuperação..................................................................27 B. 5 Formato para Atingimento dos Objetivos................................................................28 I – Alienação de Ativos – Previsão Legal................................................................28 II – Informações sobre o Ativo à Venda..................................................................30 III – Impossibilidade de venda fora da Recuperação Judicial.................................36 IV – Desproporção atual do Faturamento X Valor Imóvel.......................................36 V – Condições de Venda do Imóvel........................................................................36 B. 6 Proposta de Pagamento aos Credores....................................................................38 I – Identificação do Passivo: Pagamento à Vista X Diferido...................................39 II – Apresentação dos Cenários de pagamento......................................................39 II. 1. Cenário 1 – Venda Ótima...................................................................39 II. 2. Cenário 2 – Venda Mínima................................................................ 40 III – Necessidade de Reserva de Capital................................................................40 1. Capital de Giro........................................................................................40 2. Mobilização da Fábrica...........................................................................41 3. Aquisição de novo Imóvel.......................................................................41 4. Recuperação Judicial Não é FALÊNCIA................................................43 IV – Situação e Forma de Liquidação do Passivo Fiscal.........................................43 V – Formas de Pagamento a Credores...................................................................52 1. Pagamento Classe I - Trabalhistas.........................................................52 2. Pagamento Classe II – Garantia Real e Quirografários.........................53 B. 7 Projeções de Resultado Após Conclusão da Recuperação Judicial....................55

I – Reestruturação Operacional...............................................................................55 II – Desempenho Econômico Financeiro – Projeções (10 anos).............................56 Considerações Finais.................................................................................................61 Baixa dos Protestos.................................................................................................61 Análise da Viabilidade da Proposta de Pagamento.................................................61 Movimentação do Ativo............................................................................................61 Considerações Finais...............................................................................................62 Nota de esclarecimento e Conclusão......................................................................63

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Considerações Iniciais 

Este  documento  foi  elaborado  com  o  propósito  de  abranger  e  estabelecer  os principais  termos  do  Plano  de  Recuperação  Judicial,  proposto  sob  a  égide  da  Lei  de Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência do Empresário e da Sociedade Empresária (Lei nº. 11.101, de 09 de Fevereiro de 2005  ‐ “Lei de Recuperação de Empresas”), da empresa PIERGO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AÇO LTDA., em Recuperação Judicial. 

A empresa, que possui  administração  central exercida pelo  sócio Pierino Gotti, tem sede na Rua Francisco Nunes, nº 2.030, Bairro Prado Velho, Curitiba/PR, requereu em 17 de Outubro de 2012, o benefício  legal da Recuperação Judicial, com fulcro nos artigos 47 e seguintes da  Lei 11.101/05,  com  supedâneo, ainda, no artigo 170 da Constituição Federal, tendo seu processo sido distribuído inicialmente na Vara de Falências e Recuperação Judicial de  Curitiba,  sob  o  protocolo  de  nº.  4007599920121017142134,  e,  posteriormente redistribuído na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba/PR., sob nº 0000379‐30.2012.8.16.0185, e o deferimento do processamento da recuperação judicial ocorreu em 24 de Outubro de 2012 pela Exmª Sra. Dra. Juíza de Direito Mariana Gluszcynski Fowler Gusso, com a disponibilização de tal decisão no Sistema Projudi do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná no dia 25 de Outubro de 2012. 

Para  a  elaboração  do  Plano  de  Recuperação,  objeto  deste  documento,  foi contratada a empresa Classe A Consultoria Tributária Ltda.,  localizada na Av. Manoel Ribas, 857 – Mercês – CEP 80.510‐346 – Curitiba – PR. 

O  plano  ora  apresentado  propõe  condições  especiais  para  pagamento  das obrigações vencidas e vincendas,  contraídas até a data do Pedido de Recuperação  Judicial por parte da PIERGO  INDÚSTRIA  E COMÉRCIO DE AÇO  LTDA., demonstrando  a  viabilidade econômico‐financeira da sua atividade empresarial, bem como a proposta de pagamento aos Credores  e  a  geração  dos  recursos  financeiros  para  a  viabilidade  cotidiana  da  empresa, consoante  os  artigos  50,  53  e  54  da  Lei  11.101/2005,  sendo  projetado  para  período contemplando os próximos dez anos. 

 A. Histórico e Apresentação da Empresa 

 

A  sociedade ora  requerente é empresa  genuinamente paranaense  fundada em 1971,  através da  visão empreendedora do  Sr. Pierino Gotti, um brasileiro que percebeu  a enorme oportunidade que teria para atuar em um setor em ampla ascensão desde o período do milagre  econômico  brasileiro,  o  da  indústria  e  comércio  de  aço,  tendo  como  principal atividade o beneficiamento e a distribuição deste material para os estados da Região Sul do Brasil, mormente a dobra em perfis estruturais e especiais, corte por guilhotina, corte plasma e  oxicorte,  fabricação  de  tubos  calandrados,  solda,  furações,  chanfros  e  montagens  de estruturas metálicas. 

O já citado cenário de expansão econômica vivida pelo Brasil na década de 1970 possibilitou a criação da PIERGO  INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AÇO LTDA, com o objetivo de desenvolver e fornecer produtos no ramo de corte, dobra e solda em chapas de aço, com alta qualidade e confiabilidade, além de moderna tecnologia, superando volumes até então não alcançados pelos poucos ‘players’ da época. 

Com  o  fim  da  ditadura militar,  regime  que  imperou  no  Brasil  até meados  da década de 80, e por consequência, a entrada do regime democrático, destacadamente o de 

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Fernando Collor de Mello em 1990, o qual abriu as portas do Brasil para a entrada de uma enorme gama de produtos importados jamais presentes no nosso país, despertando, assim, o interesse de “investidores” estrangeiros nos mais diversos segmentos da economia nacional. Por  consequência das necessidades de  reposições de estruturas e perfis em  aço,  voltados para os mais diversos  setores  industriais e  comerciais até então  jamais presentes no país, houve a ampliação deste nicho de mercado. 

O  constante  crescimento  da  economia  brasileira  e,  consequentemente,  da demanda, fez com que o Sr. Pierino tivesse sua produção rapidamente aumentada, com suas máquinas  quase  que  totalmente  ocupadas,  sendo  inevitável  o  investimento  em  novas máquinas  e  ferramentas  para  o  atendimento  dos  novos  projetos,  acarretando  assim  o esgotamento  do  espaço  físico  instalado.  Este  aquecimento  e  aumento  na  demanda  por estruturas  em  aço  e  perfis,  despertou  o  interesse  por  este  segmento,  até  então  não explorado  pelas  grandes  siderúrgicas  nacionais,  que  estrategicamente,  deixaram  de  ser meras produtoras para se tornarem grandes distribuidoras de aço, “abocanhando” a fatia de mercado e os principais clientes dos seus distribuidores, tal a força do seu poder econômico. Dentre as empresas afetadas pela nova dinâmica das grandes siderúrgicas estava a PIERGO.   

Atualmente,  a  PIERGO  gera  51  (cinquenta  e  um)  empregos  diretos  e  um imensurável número de empregos indiretos. 

Através  de  sua  atividade,  a  PIERGO  sempre  participou  ativamente  de  novos investimentos, tanto no Estado do Paraná quanto em outros estados da Federação, através do  fornecimento e beneficiamento de aço para as mais diversas obras, encomendadas por empresas nacionais e multinacionais. 

Hodiernamente a empresa, ora em recuperação judicial, conta com 41 (quarenta e  um)  anos  de  existência,  sobrevivendo  neste  considerável  período  a  todas  as  crises econômicas  nacionais  e  internacionais,  bem  como  a  mudanças  de  planos  econômicos, desaquecimento  do  mercado,  dentre  outras  intempéries  que  poderiam  muito  bem sentenciar o encerramento melancólico de suas atividades. 

Não obstante a  todo o exposto,  sobreviveu a  recuperanda,  sem nunca  ter  tido contra  si  em  todos  esses  anos,  concordata  ou  falência  decretada,  tampouco,  pedido  de recuperação judicial processado. 

Contudo,  a  situação  fática  econômico‐financeira  que  vive  atualmente  a recuperanda  (a  qual  será  demonstrada  nos  próximos  tópicos)  é  delicadíssima,  sendo  que, muito embora continue a recuperanda sendo empresa de  fundamental  importância dentro de  seu  ramo de atuação, não consegue mais operar  sem que a  sua própria existência  seja colocada em risco. 

Com o benefício  legal da Recuperação  Judicial  será possível o  alongamento do endividamento  fiscal,  aliada  a  reorganização  administrativa  e  financeira  em  implantação, possibilitando com que a PIERGO  INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AÇO LTDA,  reverta seu atual estado  de  crise  para  um  em  que  possa  voltar  a  crescer  e  seguir  a  trajetória  vitoriosa  e empreendedora de mais de quatro décadas. 

      

 

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A.1 Estrutura Organizacional

Missão

Desenvolver  maior  valor  agregado  a  produtos  de  aço  de  pequeno,  médio  e grande porte.  

Visão  

Ser  uma  empresa  referência  em  superação,  retomando  o  espaço  perdido  no mercado,  buscando  criação  de  valor  sustentável  para  consumidores,  colaboradores, parceiros comerciais e para a sociedade em geral.  

Valores 

Profissionalismo 

Integridade / Credibilidade 

Retidão / Confiança 

Respeito ao Meio Ambiente 

Buscar sempre a satisfação dos clientes; 

Comprometimento e realização dos colaboradores e familiares; 

 Política de Qualidade 

 

A  PIERGO  se  compromete  a  cumprir  a  sua  missão,  objetivando  a  melhoria contínua de seu Sistema de Gestão da Qualidade, produzindo e comercializando, produtos de qualidade  em  conformidade  com  as  normas  nacionais  e  internacionais.  Buscar  parcerias éticas  com  clientes  e  fornecedores,  valorizar  os  colaboradores,  respeitar  a  legislação  e  os parâmetros ambientais. Comprometer  todos os públicos na obtenção de  resultados com o aprimoramento contínuo de produtos e processos. 

 Informações Sobre a Estrutura 

 A  PIERGO  IND.  COM.  DE  AÇO  é  formada  por  capital  100%  nacional.  Sua  sede 

administrativa  e  industrial  funciona  em uma  área de quase  16.000 m², destas  sendo  área construída  em  torno  de  10.000 m²,  localizada  à  Rua  Francisco Nunes,  2030,  bairro  Prado Velho, Curitiba‐PR. 

Esta  localização  proporciona  um  acesso  rápido  e  estratégico,  por  estar  às margens da ‘Linha Verde’, que se comunica com vários bairros e vias de acesso às cidades da região Metropolitana desta capital. 

Os  dois  galpões  industriais  contam  com  quase  8.500 m²,  sendo  adequados  ao armazenamento,  desbobinamento,  corte  e  dobras  de  chapas  em  aço.  Estes  compõem elevadores  corrediços  para  a  carga  e  descarga,  bem  como  para  a  mudança  entre  uma máquina e outro, dentro do processo produtivo. 

A  quantificação  de  colaboradores  e  suas  respectivas  funções,  dentro  de  sua estrutura operacional, pode ser visualizada pelo organograma a seguir: 

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 ORGANOGRAMA FUNCIONAL 

 

TOTAL '51' COLABORADORES

Diretor

Presidente

Diretor

Adm/Com

Ger. Comercial1

Faturista1

Assist. Vendas1

Assist. Comercial1

Motorista1

R. H. 1

Aux. Cozinha1

Repr. Comercial

1

Portaria / Segur . 3

Financ. - CR1

Financ. -CP

Aux. Serv. Gerais

2

Enc. ProduçãoCalderaria

1

Aj. Produção9

Aj. Produção JR - 6 Oper. Máqu.

Senior - 4

MecânicoManut. - 2

Balanceiro1

Eletrecista1

Enc. Produção

Corte e Dobra

Enc. ProduçãoExped. Logist.

1

Oper. Máqu.Pleno - 3

Oper. Máqu. JR - 3

Soldadores 3

 

 Relevância Sócio‐Econômica 

 

A PIERGO sempre foi uma empresa com grande importância para a economia do município de Curitiba, pois chegou a ter em seu quadro funcional, 120 colaboradores diretos e mais  de  50  colaboradores  indiretos,  beneficiando  a mais  de  500  pessoas,  incluindo  os dependentes destes. É neste cenário que ela quer voltar a figurar.  

Produtos Comercializados  

A  Piergo  vem  construindo  sua  história  desde  1971,  oferecendo  produtos  e serviços  de  alta  qualidade,  graças  aos  investimentos  realizados  em  equipamentos  e  à experiência e dedicação de seus funcionários que atuam a diversos anos neste mercado. 

A Piergo oferece produtos e serviços de beneficiamento de aço, com destaque na dobra de perfis especiais conforme desenho em prensas viradeiras hidráulicas, com alto grau de precisão e qualidade, atendendo a  todos os  segmentos do  setor metal‐mecânico, além dos perfis dobrados tradicionais. 

Devido  ao  vasto  know‐how  adquirido  ao  longo de  sua  trajetória e o  constante investimento em modernização tecnológica, a PIERGO se destaca no segmento que atua e, mesmo  com  todas  as  dificuldades  financeiras,  ainda mantém  sua  qualidade  e  diferencial. Para tanto, a Piergo conta com colaboradores capacitados e em constante aprimoramento, acompanhando a evolução tecnológica e a inovação dos processos.  

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Os  produtos  e  serviços  desenvolvidos  pela  PIERGO  são  demandados  pelos diversos  setores  de  nossa  economia,  dentre  eles,  setores  industriais,  de  construção  civil, logística, telecomunicações, rodoviário, minas e energia, etc., destacando:   Estruturas Metálicas;  Postes e Torres para telefonia, eletrificação e usinas eólicas;  Estaca Prancha;  Máquinas e equipamentos em geral;  Tanques e depósitos para produtos químicos e combustíveis;  Implementos rodoviários e agrícolas; 

  

             

 

 

Abaixo, os serviços desenvolvidos pela empresa: 

 

 

 

                 

                

1 – CORTE A FRIO

Capacidade das Guilhotinas:

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‘                       

 

                       

 

 2 – CORTE TÉRMICO 

 

                    

 

 

PRODUTOS: CORTE A FRIO

Tiras Chapa Fina Tiras Chapa Grossa

Blanks quadrados Blanks conforme desenho

OXICORTE / PLASMA

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Oxicorte Plasma

‘PRODUTOSPLASMAEOXICORTE’

3 – DOBRA A FRIO

Capacidade das viradeiras de dobra a frio:

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Tubos calandrados e soldados – sob consulta; 

                             

Vigas I e H soldados em arco submerso; 

Produtos: Perfis Estruturais “U” “UE” “L” “UC”  e  Perfis Conforme Desenho 

Estaca Prancha Perfis Estruturais Perfil conforme desenho

4 – MONTAGEM E SOLDA

Perfis para elevadores automotivos Perfis para máquinas

Perfis para postes e torres de telefonia

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Montagem de quadros metálicos, com furações, soldas com eletrodo, mig/mag e arco submerso; 

  

            

 

 

 

 

 

 

                          

5 – DESBOBINAMENTO

Capacidade de desbobinamento:

6 – CONTROLE DE QUALIDADE

- Aferição de medidas e ângulos estipulados por nossos clientes. 

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 Devido  à  alta qualidade dos produtos  e  serviços da PIERGO, mesmo diante de 

todas as dificuldades, especialmente as de ordem financeira, a demanda por seus serviços é notória e precisa ser explorada, sendo certo que o fluxo financeiro gerido de forma ordenada normalizará o ciclo produtivo, obedecendo a todos os prazos estabelecidos e contratados. 

Os  produtos  PIERGO  atendem  principalmente  aos  empreiteiros  e  as  grandes empresas vencedoras de  licitações e responsáveis por grandes obras, as quais muitas vezes precisam terceirizar esta etapa para atender e cumprir suas metas. 

Dentre os principais clientes da PIERGO estão empresas como: Engeaço Com. de Ferro e Aço Ltda, Gerwal  Indústria Metalúrgica LTDA, Seccional Brasil S/A, CAW Projetos e Cons.  Industrial LTDA. Sendo que estas duas últimas são empresas que atuam no segmento de telefonia móvel, na instalação de antenas. 

Ainda,  sua  atuação  abrange  clientes,  tidos  como  consumidores  finais,  com  A. Angeloni e Cia LTDA, Sadia S/A, dentre outros tantos. 

A  atuação  complementar  às  destas  empresas  clientes,  está  na  formação  de equipe de representantes comerciais que passarão a atender todo o estado do Paraná, Santa Catarina, e interior de São Paulo. 

Para a retomada dos níveis de participação de mercado anteriores ao período de sua crise, a PIERGO desenvolveu um planejamento visando o incremento de suas vendas, em parceria  com  empresa do  ramo  financeiro  a  fim de  fomentar  sua produção,  garantindo  o ciclo  produtivo  e,  consequentemente,  os  prazos  contratados  para  a  efetiva  entrega  dos pedidos, o que já vem sendo implementado desde o início do segundo semestre de 2012. 

Este planejamento visa um crescimento anual não  inferior a 3%, sendo a média do  crescimento  do  PIB  Brasileiro,  conforme Relatório  de Mercado  –  FOCUS,  de  07/12/12, elaborado  pelo  Banco  Central  do  Brasil  que  prevê,  para  2013,  um  crescimento  do  PIB  na ordem de 3,5%. Os detalhes deste plano estão apresentados adiante. 

 B. Organização do Plano de Recuperação  B.1 Objetivos da Recuperação Judicial  

Um dos objetivos mais simples de serem identificados com a Lei nº 11.101/2005 é  a  continuidade  da  atividade  empresarial.  A  recuperação  da  empresa  em  crise  se  faz necessária para que este ente volte a ser um elemento de geração de riquezas. 

Com  o  processamento  do  pedido  de  recuperação  judicial  em  conjunto  com  a almejada aprovação do presente plano, a PIERGO busca a  liquidação da  totalidade do seu passivo  operacional,  além  da  liquidação  parcial  do  seu  passivo  fiscal  (com  o 

- Teste de Líquido penetrante e ultra‐som para perfis soldados.

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equacionamento  no  tempo  do  passivo  fiscal  remanescente)  e  a  restauração  do  crédito empresarial,  através  principalmente  do  implemento  das  vendas,  melhores  condições  de compra, contornadas por uma gestão altamente profissional. 

Mais do que simplesmente quitar seus débitos perante seus credores, a PIERGO busca a restauração de seu bom nome dentro do mercado e de seu ramo de atuação, através de uma nova dinâmica no seu modo de operar.   B.2 Motivos para o Pedido de Recuperação Judicial   

Conforme  já explanado por ocasião da petição  inicial do pedido de recuperação judicial, a PIERGO começou enfrentar severas dificuldades nos últimos 10 (dez) anos. O ponto crucial  para  o  início  dos  problemas,  porém,  foi  a  privatização  da  CSN  –  Companhia Siderúrgica Nacional,  ocorrida  em  1993.  Somente mais  tarde  pode‐se  vislumbrar  o  efeito negativo  que  a  privatização  e  crescimento  exacerbado  da  CSN  causaram  às  pequenas  e médias indústrias de beneficiamento e distribuição de aço. 

A PIERGO, desde o  início de  suas  atividades,  sempre  teve na CSN  a  sua maior fornecedora de matéria prima  (aço),  inclusive sendo parceira desta Companhia, no sentido de  difundir  seus  produtos  na  Região  Sul  do  país,  mormente  no  fim  da  década  de  90. Importante  salientar  que  até  esta  época,  a  PIERGO  concentrava  suas  atividades  na distribuição  de  aço,  vindo  daí  cerca  de  70%  (setenta  por  cento)  do  seu  faturamento. Os outros 30% eram oriundos da fabricação de perfis e vigas para indústria e construção civil. 

Contudo,  após  a  privatização  da  CSN,  houve  considerável  expansão  dos  seus negócios, sendo que esta empresa açambarcou também a área de distribuição de aço através de  suas  empresas  coligadas,  minando  assim  a  atividade  dos  pequenos  e  médios distribuidores. 

Com  a mudança  do  contexto,  a  PIERGO  viu‐se  forçada  a mudar  seu  ramo  de atuação,  focando  mais  na  fabricação  de  perfis  e  beneficiamento  de  aço.  Ainda  assim, permanecia a CSN como maior fornecedora de matéria prima da PIERGO, tendo em vista as formas de pagamento mais vantajosas do que as de outros fornecedores. 

Não  obstante  o  fato  da  CSN  proporcionar  os  melhores  preços  e  formas  de pagamento, paradoxalmente, a relação tornou‐se nociva para a PIERGO. A título de exemplo, em um dado momento a CSN deixou de entregar materiais no prazo, sem, contudo, rever os prazos para pagamento. A empresa ora requerente, pressionada para repassar os materiais para  os  seus  clientes,  viu‐se  obrigada  a  comprar  materiais  de  outras  empresas,  com percentual 15% acima do que os valores negociados com a CSN, perdendo assim sua margem de lucro. 

O material adquirido  junto à CSN acabou sendo entregue de uma vez só, sendo que a requerente não tinha capital para honrar com tais pagamentos. 

A CSN acabou por  reduzir o crédito da empresa ora  requerente, a qual via  seu passivo crescer, tendo em vista a descapitalização causada pelas práticas da própria CSN, que agia como um verdadeiro “banco que vendia aço”. 

Ante  as  sucessivas  mudanças  na  administração  da  Companhia  Siderúrgica Nacional, as renegociações da dívida da PIERGO tornavam‐se cada vez mais difíceis, já que os novos diretores que sequer eram da área da siderurgia,  ignoraram a parceria de  longa data entre as empresas. Neste contexto, a CSN exigiu garantia real para a celebração de confissão de dívida, na proporção  “seis para um”, ou  seja, em uma dívida de um milhão de  reais  a 

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PIERGO  viu‐se  obrigada  a  ofertar  garantia  de  seis  milhões  de  reais,  colocando  as  suas próprias instalações em xeque. 

Diante  das  práticas  abusivas  de  poder  econômico,  a  CSN  tornou‐se  a  maior credora quirografária da PIERGO,  sendo que os desajustes nas negociações do  início deste século, culminaram em um vultuoso e complexo processo judicial em trâmite na comarca do Rio de Janeiro/RJ. 

A  eclosão  do  problema  junto  a  CSN  levou  a  PIERGO  a  tomar  empréstimos bancários  e  realizar  sucessivas  operações  junto  à  factorings,  tornando‐se  uma  verdadeira “refém” dessas instituições até os dias atuais. 

Paralelamente, em 2008, houve uma  crise econômica  sem precedentes,  a qual assolou o mundo inteiro, trazendo reflexos para a indústria nacional. Os preços de produtos importados caíram drasticamente, concorrendo de forma desleal com as indústrias nacionais, até  porque  o  governo  federal  e  os  governos  dos  estados  incentivavam  a  entrada  de  aço beneficiado de outros países por meio de benefícios fiscais, a fim de atrair movimentos para os portos. 

Não há como perder de vista ainda que a PIERGO sempre foi notoriamente uma empresa  familiar,  sendo que  a  sua  gestão não  acompanhou  a evolução da economia e  as exigências  próprias  que  o  mercado  atual  impõe.  Longe  de  taxar  a  administração  da requerente como desidiosa ou mesmo “incompetente”, o que ocorre é que os dirigentes da PIERGO Indústria e Comércio de Aço, sempre primaram pelo empreendedorismo, tendo visão de mercado  apurada  e  alcançando  grande  sucesso  comercial,  contudo,  a  gestão  de  caixa, administração e estratégia financeira nunca tiveram uma gestão efetivamente profissional. 

Dentro deste contexto, a necessidade constante de capital de giro, fez com que a requerente descompassasse o controle do fluxo de caixa, tomando empréstimos bancários e descontando títulos com factorings. 

Tais  instituições,  num  primeiro  momento,  sempre  se  apresentam  como  a verdadeira  solução  para  os  problemas  do  empresário,  contudo,  no  primeiro  sinal  de dificuldade financeira, transformam‐se em verdadeiras “carrascas” da atividade da empresa em dificuldade, no afã de receber seus dividendos, acabam por “estrangular” a produção da empresa,  levando a um  cenário  trágico, onde a empresa  se vê em dificuldades de  realizar pagamentos básicos e de primeira necessidade como energia e funcionários. 

Assim, muito embora a empresa requerente tenha penetração e  importância no mercado,  sempre  amealhando  considerável  faturamento,  as  dívidas  e  juros  crescendo  em forma  desproporcional  a  sua  margem  de  lucro  passaram,  dia  após  dia,  a  minar  o funcionamento da PIERGO, que não detém mais qualquer capital próprio para operar.   

Desta forma, tendo em vista a boa‐fé e tradição no mercado, conjugada com sua importância  e  pioneirismo  na  indústria  paranaense  e  nacional,  o  processamento  e deferimento do presente pedido de recuperação judicial é de extrema necessidade, de forma que  sejam estancadas as dívidas da  requerente e que haja a possibilidade desta continuar com suas atividades e honrar todos os compromissos com os seus credores. 

      

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I – Cenário Econômico antes da Recuperação Judicial  

A seguir são apresentados os dados retrospectivos, do desempenho econômico‐financeiro que  levou a PIERGO a um estado de quase  insolvência, resultando no pedido de Recuperação Judicial, a saber:  

Período Ativo Passivo Patrim. Líquido Variação

2009 17.776.080,73     26.348.570,00     (8.572.489,27)       ‐          

2010 17.645.109,46     36.628.829,94     (18.983.720,48)     121%

2011 12.233.356,56     34.414.489,22     (22.181.132,66)     17%

2012 6.755.237,46       31.589.534,11     (24.834.296,65)     12%

* Balanços  em anexo

CENÁRIO ECONÔMICO ‐ antes da Recuperação Judicial

  

    A  PIERGO  tem,  nos  últimos  anos,  sofrido  uma  severa  crise  financeira, conforme  podemos  observar  no  quadro  acima,  acumulando  resultados  negativos expressivos. Estes dados vem confirmar os relatos anteriores sobre os motivos que fizeram a empresa buscar a recuperação judicial.  

 II – Cenário Financeiro antes da Recuperação Judicial 

 

13.361.191,84 11.997.795,42 11.564.697,25 6.002.049,51

12.679.568,97 11.188.591,73 10.308.162,62 4.383.382,91

0,00 0,00 81.339,80 162,02

817.221,14 861.153,18 1.218.962,56 1.639.083,76

(135.598,27) (51.949,49) (43.767,73) (20.579,18)

2.977.041,52 2.578.174,02 3.742.498,97 1.185.256,72

222.697,04 198.820,81 203.278,28 94.233,85

1.025.756,05 915.780,61 936.312,05 434.072,54

1.417.981,30 1.266.566,98 1.126.807,73 457.283,52

310.607,13 197.005,62 1.476.100,91 199.666,81

10.384.150,32 9.419.621,40 7.822.198,28 4.816.792,79

8.745.894,29 6.597.740,50 6.464.661,41 3.451.333,42

7.855.401,83 6.256.260,16 6.464.661,41 3.451.333,42

890.492,46 341.480,34 - -

1.638.256,03 2.821.880,90 1.357.536,87 1.365.459,37

6.607.057,46 3.423.944,09 4.719.501,79 3.084.875,46

215.149,84 238.653,33 469.492,94 200.634,87

4.896.126,19 2.870.300,29 2.104.228,58 1.562.328,16

1.436.892,03 303.102,50 1.972.208,71 1.254.944,69

58.889,40 11.887,97 173.571,56 66.967,74

124.613,90 578.451,45 164.552,74 (934.879,58)

-4.844.187,53 -23.611,74 -3.197.412,18 -2.654.295,67

-4.844.187,53 -4.867.799,27 -8.065.211,45 -10.719.507,12

0,00 0,00 0,00 0,00

-4.844.187,53 -23.611,74 -3.197.412,18 -2.654.295,67

Custo Indireto (Desp. Gerais Industrial)

ICMS s/ Faturamento

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE - Valor em Reais (R$)PIERGO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AÇO LTDA

IRPJ e Contr. Social (Presumido/Real) (-)

DISCRIMINAÇÃO 2009 2010 2011 2012

Devoluções e Descontos

Receita Operacional Líquida - MC (=)

Receita Operacional Bruta

Vendas Produtos Fabricação Própria

Receita de Prestação de Serviços - Ind.

Deduções da Receita Bruta (-)

Pis s/ Faturamento

Cofins s/ Faturamento

Resultado Líquido Financeiro

Venda de Sucatas

(-) IPI s/ Faturamento

Despesas Comerciais

Resultado Não Operacional (=)

Resultado Operacional Bruto (=)

Despesas Operacionais (-)

Despesas Tributárias

Res. Líquido Financ. - antes IRPJ e CSLL

ACUMULADO

Despesas Administrativas

Resultado Financeiro

Custos de Produção (-)

Custo Direto (CMV = Mat. Prima)

 

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Gráfico Comparativo: Receitas Brutas X Resultado Líquido Financeiro (2009 a 2012)  

 Valores em Reais  

 III – Análises Econômico‐Financeiras – antes RJ: 

 

As dificuldades enfrentadas pela PIERGO nos últimos anos estão realçadas no DRE ‐  Demonstração  de  Resultados  ‐  apresentado  no  quadro  anterior.  Em  todos  os  períodos analisados a empresa apresentou prejuízo, sendo que nos últimos quatro anos, chegando a acumular R$ 10,72 milhões de déficit, praticamente um ano de seu faturamento bruto.  

No ano de 2009 o faturamento bruto foi de R$ 12,7 milhões e o prejuízo foi de R$ 4,8 milhões ou 36,3% da receita bruta, índice este demonstra a instabilidade mercadológica e de gestão financeira vivida pela empresa. 

Já  no  exercício  de  2010  a  empresa  teve  uma  redução  de  quase  10%  em  seu faturamento,  chegando  a  R$  12  milhões,  e  o  resultado  líquido  apresentou  considerável melhora apresentando prejuízo cerca de 0,20% da sua receita bruta para este ano. Grande parte  deste  resultado  deve‐se  a  uma  substancial  redução  nas  despesas  administrativas  e financeiras e nos custos indiretos de produção. 

Em  2011,  seu  faturamento  permaneceu  estável,  na  casa  de  R$  11,9 milhões, verificando‐se um acréscimo exagerado nas despesas comerciais e financeiras, 21,6% da sua receita  bruta,  bem  como  no  volume  de  devoluções  e  descontos  realizados,  12,7%  desta receita bruta,  refletindo a crise pela qual a empresa está passando, em  função da  falta de capital de giro e na busca “desesperada” por recursos financeiros  imediatos e de curtíssimo prazo,  a  taxas  elevadas,  fazendo  com  que  o  resultado  financeiro  aponte  um  prejuízo  na ordem de 28% do seu faturamento bruto anual. 

Em  2012,  a  crise  definitivamente  se  instala  na  Piergo,  pois,  aliado  ao  não cumprimento de vários acordos/confissões de dívidas realizados, a falta de capital de giro faz a empresa ver seu  faturamento despencar em 50% à média dos últimos quatro anos. Fato este que fez com que as despesas operacionais chegassem à absurda marca de 52% de sua receita bruta do ano de 2012. 

Consequentemente,  observa‐se  que  o  faturamento  vem  decrescendo,  e  não poderia  ser  diferente,  uma  vez  que  sua matéria  prima,  o  aço  (por  ser  uma  commodity), limitam os distribuidores, determinando seu preço de venda pela demanda mundial, além da forma de pagamento de 28 dias de prazo, em média. A incapacidade de captação de recursos para capital de giro (aquisição de aço e insumos), as altas taxas contratadas no curto prazo e a falta de crédito no mercado financeiro tradicional, dificultam a aquisição de matéria prima em quantidade  suficiente e no  tempo necessário para atendimento de pedidos nos prazos contratados, gerando insatisfação entre os clientes, impedindo novas operações comerciais e até  cancelamentos  de  pedidos.  Em  função  deste  cenário,  o  nível  de  endividamento  da 

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empresa vem aumentando de forma proporcional aos dos prejuízos financeiros verificados e à  queda  no  faturamento,  já  que  para  manter‐se  operando,  vê‐se  obrigada  a  inadimplir débitos  fiscais,  tomar empréstimos  junto às  instituições bancárias e de  fomento mercantil, entre  outros,  com  taxas  e  prazos  desproporcionais  a  seu  ciclo  comercial,  reduzindo significativamente  sua margem  de  contribuição.  Caso  a  empresa  não  encontre  condições favoráveis  de  prazo  para  concretizar  a  venda  de  seu  ativo,  com  valor  justo,  o  que  lhe permitirá  liquidar todo o seu passivo, tanto trabalhista, como as dívidas com garantia real e quirografárias, bem como  inicie uma profunda mudança comportamental e gerencial, com replanejamento  de  sua  operação,  reduzindo  custos  e  assim  tornando‐se  competitiva novamente, essa situação de dificuldade econômico‐financeira tende a agravar‐se, podendo culminar em autofalência. 

 B. 3 Formação e Classificação do Passivo 

 O quadro de crise e de endividamento por qual passou e ainda passa a PIERGO, 

fez  com que  se  formasse um  considerável passivo  financeiro. A  classificação minuciosa do passivo da empresa é exigência constante na Lei 11.101/2005, mais precisamente, no art. 52, § 1º,  II, o qual dispõe que “o  juiz ordenará a expedição de edital, para publicação no órgão oficial,  que  conterá:  (...)  a  relação  nominal  dos  credores,  em  que  se  discrimine  o  valor atualizado e a  classificação de  cada  crédito;”. Diante disso, por ocasião do aforamento do pedido  de  recuperação  judicial,  foi  acostada  a  relação  nominal  dos  credores,  conforme exegese legal, a qual novamente é apresentada sob a forma de gráficos no presente plano. 

 

Quadro de Credores  

SUB‐TOTAL = CLASSE I ‐ TRABALHISTAS R$ 423.624,59

SUB‐TOTAL = CLASSE II ‐ COM GARANTIA REAL R$ 16.123.595,98

SUB‐TOTAL = CLASSE III ‐ QUIROGRAFÁRIOS R$ 5.588.813,64

TOTAL GERAL ‐ CREDORES R$ 22.136.034,21

COMPOSIÇÃO POR CLASSE DE CREDORES

1,91%

72,84%

25,25%SUB‐TOTAL = CLASSE I ‐TRABALHISTAS

SUB‐TOTAL = CLASSE II  ‐COM GARANTIA REAL

SUB‐TOTAL = CLASSE III  ‐QUIROGRAFÁRIOS

 

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O quadro de credores acima demonstra a posição no momento do aforamento da Recuperação Judicial, dos credores da PIERGO. Esta posição poderá conter inconsistências, as quais estarão devidamente demonstradas em anexo, contendo a relação analítica do rol de credores, por classe e com as devidas impugnações. 

 B. 4 Razões para a Recuperação da Empresa 

 I – Relevância da Atividade (qualidade) 

 Conforme  já  explanado,  tanto  na  petição  inicial  da  recuperação  judicial,  bem 

como  citado  em  outros  tópicos  do  presente  plano,  toda  e  qualquer  empresa  tem  sua importância dentro da sociedade, por ser potencialmente uma  fonte geradora de riquezas, agregando valor e trazendo benefícios para as pessoas ligadas a ela. 

De forma notável, a PIERGO tem fundamental relevância dentro do seu ramo de atuação, além de ter inegável qualidade nos seus produtos e nos serviços por ela prestados. 

A  PIERGO  opera  com  linhas  específicas  de  produtos  já  há muitos  anos,  sendo referência  no mercado  de  beneficiamento  de  aço. Nem mesmo  a  grave  crise  em  que  se encontra  foi  capaz de diminuir  seu prestígio,  tendo  alta demanda dentro do  seu  ramo de atuação.   

II – Cenário Econômico (Nacional e Setorial)  

É notável a melhoria no cenário econômico, tanto nacional quanto setorial. Se em outros períodos a Piergo  sofreu  com  crises econômicas, atualmente o que  se percebe é o aquecimento  da  economia  e  a  receptividade  ao  ramo  da  siderurgia,  principalmente  pelas inúmeras obras que vem ocorrendo por todo o país. 

No Paraná, o segmento metal mecânico, que sustenta toda a rede industrial, vem conquistando espaço expressivo no cenário produtivo. Em dez anos, o número de indústrias do setor cresceu 78,5%, passando de 3,4 mil para 6 mil estabelecimentos. 

A  expansão  da  indústria  metal  mecânica  está  diretamente  relacionada  ao processo de industrialização em regiões fora do eixo Rio‐São Paulo. 

A  produção  industrial  do  Paraná  vem  mantendo  índices  positivos.  Pesquisa recente do  IPARDES  (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) mostra que o PIB do Estado no primeiro  semestre de 2012  registrou  índice de 2,6% ante 0,6% da média  nacional. No mesmo  período,  a  produção  industrial  alcançou  crescimento  de  3,6% contra (‐)3,8% do país.  

Uma grande oportunidade de negócio no Brasil é a venda de aços  longos para o mercado da construção imobiliária e de infraestrutura. 

O setor da construção tem como tendência a utilização do aço desde a fundação e o alicerce de uma obra até a fachada e o topo do edifício.  

No Brasil, apesar de ainda ser dominante a edificação com estruturas de concreto armado,  nota‐se  um  acentuado  crescimento  do  uso  das  edificações  de  aço.  O  Centro Brasileiro  da  Construção  em  Aço  (CBCA)  reporta:  “a  consolidação  do  uso  do  aço  na construção, nos seguimentos de galpões  industriais pesados, shoppings, torres de processo, pontes, caldeiras, ‘fingers’ para aeroportos, plataformas e hangares”. É crescente no Brasil o consumo de estruturas metálicas para edifícios de múltiplos andares comerciais e industriais 

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e  até  habitacionais,  como  o  já  utilizado  em  vários  conjuntos  habitacionais  na Grande  São Paulo, em obras da Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU). 

A construção imobiliária (residencial, comercial e industrial) e de infra‐estrutura é um dos mercados mais atrativos para  fabricantes, distribuidores e transformadores de aço. De toda a venda de aço longo no país, que somou 10 milhões de toneladas em 2011, 78% são consumidos por obras desse segmento consumidor. Já do volume de aço plano (mais de 12 milhões de toneladas), apenas 22% foram para a construção. 

Na média, o mercado da construção absorveu no ano passado 37% de um volume comercializado que, sem considerar importações, atingiu 23,6 milhões de toneladas, segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr). 

Nos  últimos  anos  tornou‐se  muito  mais  difícil  gerar  renda  simplesmente produzindo aço, por isso, as grandes empresas têm diversificado suas atividades, oferecendo serviços aos clientes, como material cortado e dobrado, o que é a especialidade e o foco de industrialização e comercialização da PIERGO.    III – Geração de Valor Agregado e Renda (Função Social)  

Repise‐se que a  simples existência e operação da PIERGO, por  si  só, gera valor agregado  e  renda  para  a  sociedade.  A  continuidade  da  atividade  empresarial  decorre  da Constituição da República, no seu artigo 170, a qual consagra o princípio da função social da empresa.  

A  atividade  de  uma  pessoa  jurídica  proporciona  o  pagamento  de  salários  para seus  funcionários, além da geração de empregos  indiretos e, ainda, no  caso da PIERGO, o pagamento de comissões diretas aos representantes de vendas autônomos, os quais, dentro do plano de  recuperação,  terão expressiva participação na  retomada do  faturamento para atingimento das metas propostas para se chegar ao ponto de equilíbrio identificado. 

  

2010 2011 2012 Total Média Anual

OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS    3.882.701,33  3.126.466,18 2.276.171,40 9.285.338,91 3.095.112,97 

FOLHA DE PAGAMENTO DE EMPREGADOS 3.152.606,92  2.014.491,67 1.510.115,99 6.677.214,58 2.225.738,19 

Salários a Pagar 2.353.558,18        1.333.987,08 995.280,05 4.682.825,31 1.560.941,77 

Rescisões de Empregados a Pagar  214.237,28  151.391,90 15.926,73 381.555,91 127.185,30    

Provisão para Férias e Encargos a Pagar  333.819,60  350.930,09 343.253,51 1.028.003,20 342.667,73    

Provisão para 13º Salário e Encargos a Pagar  250.991,86  178.182,60 155.655,70 584.830,16 194.943,39    

FOLHA DE PAGAMENTO DE AUTÔNOMOS       24.339,70  199.785,75 101.676,59 325.802,04 108.600,68    

ENCARGOS SOCIAIS A PAGAR      705.754,71  912.188,76 664.378,82 2.282.322,29 760.774,10     

FOLHA DE PAGAMENTO  ‐ Últimos 3 anos

  Podemos  observar  que  a  empresa  distribuiu  a  título  de  renda  aos  seus 

colaboradores  diretos,  nos  últimos  três  anos,  mesmo  diante  da  sua  precária  situação financeira, uma média mensal de R$ 3,1 milhões de reais.  

Fica  aí  demonstrado  o  exercício  da  Função  Social  ao  qual  toda  empresa  em operação se presta. Gerar renda aos seus colaboradores, diretos e  indiretos, mesmo diante das dificuldades, está incorporado aos princípios da PIERGO.  

  

   

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Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Total

TOTAL FOLHA PAGAMENTO 2.886.671     3.118.063     3.209.085     3.302.838     3.399.403     3.498.865     3.601.311     3.706.830     3.815.515     3.927.460     34.466.041     

COMERCIAL 593.210 646.094 665.477 685.441 706.005 727.185 749.000 771.470 794.614 818.453 7.156.949

Folha de Pagto Comercial 205.199 205.277 211.435 217.778 224.311 231.041 237.972 245.111 252.464 260.038 2.290.626

Encargos 153.899 153.899 158.516 163.271 168.170 173.215 178.411 183.763 189.276 194.955 1.717.375

Comissões sobre Vendas 234.112 286.918 295.526 304.392 313.524 322.929 332.617 342.596 352.874 363.460 3.148.947

ADMINISTRATIVO 605.837 605.837 624.012 642.733 662.015 681.875 702.331 723.401 745.103 767.456 6.760.602

Folha de Pagto Administrativo 336.576 336.576 346.674 357.074 367.786 378.820 390.184 401.890 413.946 426.365 3.755.890

Encargos 269.261 269.261 277.339 285.659 294.229 303.056 312.147 321.512 331.157 341.092 3.004.712

DIRETORIA - 84.000 84.000 84.000 84.000 84.000 84.000 84.000 84.000 84.000 756.000

Folha de Pagto Liquido - 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000 540.000

Encargos - 24.000 24.000 24.000 24.000 24.000 24.000 24.000 24.000 24.000 216.000

PRODUÇÃO 1.687.625 1.782.132 1.835.596 1.890.664 1.947.383 2.005.805 2.065.979 2.127.958 2.191.797 2.257.551 19.792.490

Folha de Pagto Liquido CLT 964.357 1.018.361 1.048.912 1.080.379 1.112.791 1.146.174 1.180.559 1.215.976 1.252.456 1.290.029 11.309.994

Encargos 723.268 763.771 786.684 810.284 834.593 859.631 885.420 911.982 939.342 967.522 8.482.496

2021 2022 10 Anos

Projeção de Folha de Pagamento (Renda) - Próximos 10 AnosPeríodo

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

  No  quadro  acima,  observamos  que  a  manutenção  da  atividade  industrial  e 

comercial da PIERGO, consolida a função social a que se presta, gerando renda e bem estar aos seus colaboradores. 

Nesta projeção, conservadora, a média anual de distribuição de renda fica em R$ 3,45 milhões  de  reais,  distribuídos  entre  seus  51  colaboradores,  sendo  que  no  plano  de recuperação, as projeções não contemplam aumento no quadro funcional.  

   IV – Contribuição para Arrecadação ao Erário:  

Há que se  falar ainda, que a manutenção da operação comercial e  industrial da PIERGO gerará resultados também aos cofres públicos, em todas as esferas da Administração Pública,  já que a atividade da  indústria arrecada  tributos para o Estado e para União, e de outra banda, a prestação de serviços arrecada impostos para o Município. 

Os tributos estão projetados para serem adimplidos no seu vencimento, ademais, os  passivos  tributários  existentes  serão  amortizados  mensalmente  pelos  parcelamentos propostos neste plano de recuperação. 

Abaixo, podemos verificar a  importância da PIERGO, como contribuinte ativo ao Erário, pelos valores gerados aos cofres públicos: 

 

2.009 2.010 2.011 2.012 Total

IMPOSTOS S/ VENDAS 2.923.061,37    2.680.005,28    4.413.126,01    988.221,71        11.004.414,37   

ISS ‐                        ‐                        ‐                        ‐                        ‐                          

ICMS 1.417.981,30         1.266.566,98         1.126.807,73         457.283,52            4.268.639,53          

PIS 222.697,04            198.820,81            2.203.278,28         94.233,85              2.719.029,98          

COFINS 1.417.981,30         1.266.566,98         1.126.807,73         457.283,52            4.268.639,53          

IPI ‐ crédito (135.598,27)          (51.949,49)            (43.767,73)            (20.579,18)            (251.894,67)            

IRPJ + CSLL ‐                       ‐                       ‐                       ‐                       ‐                        

PARCELAMENTO DE TRIBUTOS ‐                       ‐                       ‐                       ‐                       ‐                        

Contribuição Anual ao Erário 2.923.061,37    2.680.005,28    4.413.126,01    988.221,71        11.004.414,37   

PeríodoContribuição ao Erário - Últimos 4 Anos

  Neste período de quatro anos, a empresa gerou mais de R$ 11 milhões de receita 

ao  erário.  Mesmo  que  não  as  tenha  adimplido,  mas  que  o  fará  com  o  advento  desta recuperação,  conforme  demonstrado  neste  plano,  é  uma  empresa  que  tem  mais  valor 

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mantendo‐se em operação do que fechando suas portas, oque pode ocorrer caso não tenha o apoio necessário ao sucesso deste plano.  

 

Crescimento Projetado anual -107,7% 348,7% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 32,6%

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Total

IMPOSTOS S/ VENDAS 831.588,37        1.016.803,99    1.047.308,11    1.078.727,36    1.111.089,18    1.144.421,85    1.178.754,51    1.214.117,15    1.250.540,66    1.288.056,88    11.161.408,06   

ISS ‐                        ‐                        ‐                        ‐                        ‐                        ‐                        ‐                        ‐                        ‐                        ‐                        ‐                          

ICMS 371.747,59            453.472,26            467.076,43            481.088,72            495.521,38            510.387,02            525.698,63            541.469,59            557.713,68            574.445,09            4.978.620,40          

PIS 114.235,06            139.348,39            143.528,85            147.834,71            152.269,75            156.837,85            161.542,98            166.389,27            171.380,95            176.522,38            1.529.890,19          

COFINS 526.334,84            642.043,84            661.305,15            681.144,31            701.578,64            722.626,00            744.304,78            766.633,92            789.632,94            813.321,93            7.048.926,35          

IPI ‐ crédito (180.729,12)          (218.060,50)          (224.602,31)          (231.340,38)          (238.280,59)          (245.429,01)          (252.791,88)          (260.375,64)          (268.186,91)          (276.232,52)          (2.396.028,87)         

IRPJ + CSLL ‐                       485.253,55        710.121,51        735.594,69        760.626,40        785.049,41        808.677,04        831.301,36        852.691,20        872.590,05        7.553.698,35      

IRPJ ‐                        224.542,17            431.836,18            446.820,41            461.544,94            475.911,42            489.810,02            503.118,45            515.700,70            527.405,91            4.457.469,62          

ADICIONAL ‐                        16.918,26              19.183,62              20.682,04              22.154,49              23.591,14              24.981,00              26.311,84              27.570,07              28.740,59              421.746,96             

CSLL ‐                        243.793,12            259.101,71            268.092,24            276.926,96            285.546,85            293.886,01            301.871,07            309.420,42            316.443,55            2.674.481,77          

PARCELAMENTO DE TRIBUTOS 1.300.660,43    2.022.133,63    2.198.873,36    2.353.001,17    2.518.293,88    2.695.580,48    2.885.752,56    3.089.769,16    3.308.661,89    3.543.540,52    25.916.267,09   

REFIS FEDERAL 907.205,68            1.449.201,71         1.562.638,47         1.684.954,52         1.816.844,91         1.959.059,06         2.112.405,07         2.277.754,29         2.456.046,28         2.648.294,13         18.874.404,11        

REFIS ESTADUAL (3,5% s/Faturamento 393.454,75            572.931,91            636.234,90            668.046,65            701.448,98            736.521,42            773.347,50            812.014,87            852.615,61            895.246,40            7.041.862,98          

Contribuição Anual ao Erário 2.132.248,80    3.524.191,17    3.956.302,98    4.167.323,22    4.390.009,46    4.625.051,74    4.873.184,11    5.135.187,66    5.411.893,74    5.704.187,45    44.631.373,50   

2020 2021 2022 10 AnosPeríodo

Projeção de Contribuição ao Erário - 10 Anos

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

    

  V – Viabilidade Econômica Operacional:  

Não obstante todo o exposto é inegável que a PIERGO é uma empresa dotada de viabilidade econômica operacional. A simples análise dos números propostos para a empresa nos 180 dias, prazo em que todas as execuções e obrigações anteriores a esta recuperação estão suspensas por exigência legal, demonstram sua viabilidade. 

A PIERGO neste período trabalhará sem o “fardo” das dívidas. Os números só não foram mais expressivos por conta do perfil conservador adotado para estas projeções, por conta do período de fim de ano, onde há o desaquecimento natural das vendas em virtude do  fechamento  das  empresas  para  férias  coletivas,  e,  ainda,  porque  a  recente  legislação falimentar ainda não  impactou positivamente no mercado,  já que é notório o  fato de que quando  uma  empresa  formula  o  pedido  de  recuperação  judicial,  as  outras  empresas ressentem este  fato e evitam  fazer negócios  com  a empresa  recuperanda, distorcendo na prática o espírito da Lei, que é justamente não deixar que a empresa encerre suas atividades, fomentando novamente seu crescimento. 

    

V. 1 – Análise Primeiro mês – pós deferimento da RJ  

As  demonstrações  contábeis  constam  de  balancete  patrimonial,  DRE (demonstrações de resultados) e notas explicativas e, para efeito de comparação e avaliação da evolução para este primeiro mês, após deferimento da Recuperação, contêm os dados do mês de novembro/12 e do imediatamente anterior, ou seja, outubro/12.  

a) Receita bruta: Projetado X Realizado  Para  o  mês  de  novembro,  projetamos  uma  receita  bruta  de  R$  912.779,00,  prevendo incremento  natural  no  faturamento  sobre  as  vendas  de  produtos  conjuntamente  com matéria  prima,  bem  como  no  faturamento  de  prestação  de  serviços,  com mão  de  obra. 

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Também  faz  parte  da  projeção  de  receita,  o  valor  proveniente  da  locação  de  barracão  e maquinários  para  a  empresa  FREFER  METAL  PLUS,  que,  até  o  momento  anterior  ao deferimento  desta  Recuperação,  por  força  de  cláusula  contratual,  era  utilizado  para compensar com débitos da PIERGO, contra a própria FREFER. A projeção não se concretizou, pois o realizado ficou em R$ R$ 595.293,00, ou seja, 65,9%.  Podemos atribuir o não atingimento de nossa meta a  fatores mercadológicos e  financeiros, advindos da falta de capital de giro e de crédito e, ao receio que o mercado tem, no momento que  toma conhecimento de que a PIERGO está em Recuperação  Judicial, principalmente as empresas de Fomento Mercantil (Factoring) que recuaram e travaram novas operações, por serem  credores  e  fazerem  parte  da  Recuperação,  exigindo  que  os  valores  devidos  pela PIERGO  e  agora  relacionados  como  credores da Classe  II ou  III,  fossem  ressarcidos  a  cada nova  operação.  Esta  situação  fez  com  que  a  empresa  ficasse  ‘travada’,  praticamente  sem operações  e  sem  recursos  financeiros  por  quase  duas  semanas,  atrasando  pedidos  já  em carteira,  bem  como,  impedindo  o  setor  comercial  de  assumir  novos  pedidos,  pelo  não atendimento dos prazos de entrega estipulados pelos clientes, o que poderia lhe causar ainda mais danos a sua imagem, já desgastada pela situação em que se encontra. As  operações  começaram  a  se  normalizar  após  13/11,  com  a  parceira  estabelecida,  por interferência  e  indicação  da  Classe A  Consultoria  junto  a  J.  Invest  Fomento Mercantil  que começou a  fomentar a produção, antecipando os valores para  compra de matéria prima e descontando  duplicatas  após  a  operação  ser  performada. Mesmo  assim,  os  esforços  não foram suficientes para atingir os objetivos traçados para novembro, mesmo com a soma dos pedidos recebidos e firmados ultrapassarem a soma de R$ 1.100.000,00.    

Projetado Real SaldoReceitas Vendas de Matéria Prima 649.280 449.807 69,3% (199.473) Receitas Vendas de Serviços 152.268 124.203 81,6% (28.064) Receitas Sucatas + Estadias 16.232 - 0,0% (16.232) Aluguel Fabrica - Frefer 65.040 - 0,0% (65.040) Receitas C/ Rateio Condominio Frefer 20.000 21.283 106,4% 1.283

902.819 595.293 65,9% (307.526) RECEITAS BRUTAS

MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA nov-12

  

b) Tributos sobre Vendas:   

Projetado Real Pago Saldo46.215 33.105 33.105

ICMS 22.687 9.966 43,9% - 9.966 PIS 6.972 6.736 96,6% - 6.736 COFINS 32.121 31.027 96,6% - 31.027 IPI - crédito (15.565) (14.625) 94,0% - (14.625)

IMPOSTOS S/ VENDAS

  

Como  a  receita  bruta  projetada  não  ocorreu,  e  pelo  déficit  de R$  (307.000,00)  gerado, os valores  devidos  a  título  de  tributos  sobre  vendas  não  foram  adimplidos.  Mesmo  com  a geração  de  crédito  de  IPI,  o  qual  será  utilizado  para  compensação  de  PIS  e  COFINS,  com previsão  legal no Código Tributário Nacional, nos meses  subsequentes, antes de  terem  seu status alterado para Dívida Ativa. 

 c) Custos de Produção: 

 Proporcionalmente  à  redução  na  receita  bruta  para  o  mês  de  novembro,  os  custos  de aquisição de Matéria Prima também foram reduzidos. Os valores de frete ficaram abaixo do projetado,  em  função  de  negociações  junto  aos  fornecedores,  pela  compra  otimizada  e 

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pagamento à vista, dado a parceria com a J.  Invest Fomento Mercantil, o que proporcionou remessas com frete pago. O  valor  de  energia  elétrica  não  foi  adimplido  pela  mesma  razão  dos  tributos,  mas  será realizado o seu pagamento dentro do prazo estipulado como  limite pela própria Copel, sem riscos  ao  processo  produtivo  e  pelo  reduzido  índice  de  correção  a  que  é  submetido  esta fatura.  

 Projetado Real Pago Saldo

CUSTOS DE PRODUÇÃO 511.969 257.462 50,3% 238.782 (18.680) Materia Prima - Perfis (50%) Variável 259.712 Materia Prima - Outros (50%) Variável 211.016 Fretes Compras Variável 11.768 2.700 22,9% 2.700 - Energia Eletrica Fixo 21.000 18.680 89,0% - (18.680) Insumos - 2% Variável 8.473 7.450 87,9% 7.450 -

228.632 48,6% 228.632 -

   

d) Despesas com Folha de Pagamento – Movimentação de Empregados  

Para  o  mês  de  novembro,  não  foi  realizada  movimentação  alguma  no  seu  quadro  de colaboradores (admissões e demissões), mantendo‐se o quadro apresentado na petição desta Recuperação.  Já, as despesas  com Folha de Pagamento, para o mês de novembro,  tiveram variações importantes, pois tivemos adiantamento do 13º salário e férias. Isto fez com que o fluxo de  caixa da PIERGO, devido ao  fato de  suas  receitas não  terem atingido o projetado, ficasse deficitário, tendo que recorrer a empréstimo junto à J. Invest Fomento Mercantil, para adimplir  estes  repasses,  ao  menos,  para  os  valores  tidos  como  ‘principal’,  aos  seus colaboradores, principalmente aos da cadeia produtiva, pois devido aos vários atrasos e aos repasses ocorrerem sempre de forma parcial, por várias vezes pararam a produção como sinal de protesto, prejudicando ainda mais a  já  fragilizada  situação da empresa. Como podemos observar  abaixo,  os  encargos  da  folha  de  pagamento  não  foram  adimplidos,  devido  à deficiência percebida no  fluxo de caixa, pela  redução de suas  receitas. Com a  retomada do faturamento, mais  a  receita  adicional,  pela  locação  da  FREFER,  estes  valores  deverão  ser adimplidos nos próximos  três meses. Os  encargos  referentes  ao  FGTS,  foram parcelados  e serão pagos em três parcelas. 

 Projetado Real Pago Saldo

DESPESAS C/ PESSOAL - PRODUÇÃO 179.631 178.506 106.042 (72.463) Folha de Pagto Liquido CLT Fixo 72.100 72.069 100,0% 59.181 (12.888) Rescisões Fixo - 857 0,0% 857 - Férias Fixo 8.707 8.707 100,0% 1.752 (6.955) 13º Salario 1 parcela 40.963 40.963 100,0% 40.963 - Encargos Fixo 57.861 55.910 96,6% 3.290 (52.620) DESPESAS C/ PESSOAL - COMERCIAL 37.836 24.292 12.114 (12.178) Folha de Pagto Liquido Fixo 12.030 12.030 100,0% 5.404 (6.626) 13º Salario 1 parcela 3.647 3.647 100,0% 3.647 - Encargos Fixo 5.550 5.552 100,0% - (5.552) Férias Fixo 3.063 3.063 100,0% 3.063 - Comissões Variável 13.546 - 0,0% - - DESPESAS C/ PESSOAL - ADM/FIN 49.930 49.743 25.961 (23.782) Folha de Pagto Liquido Fixo 22.900 22.813 99,6% 11.062 (11.751) 13º Salario 1 parcela 13.730 13.730 100,0% 13.730 - Encargos Fixo 13.300 13.200 99,2% 1.169 (12.031) DESPESAS C/ DIRETORIA - - - -       

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e) Despesas Operacionais  Na sua totalidade, as despesas operacionais do mês de novembro/12, atenderam os valores projetados,  verificando‐se  uma  pequena  redução  na  ordem  de  7,0%.  Mas  quando observamos  individualmente  estas  despesas,  verifica‐se  que  algumas  sequer  ocorreram  e outras superaram as projeções em até 400%, conforme quadro abaixo:    

Projetado Real Pago Saldo43.288 40.249 93,0% 24.801 15.448

Telefonia Fixo 1.100 1.728 157,1% 1.728 - Agua / Esgoto Fixo 45 34 75,0% 34 (0) BV Fixo 230 230 100,0% 540 (310) VT Fixo 2.100 2.750 131,0% 2.750 - Despesas de viagens comerciais Fixo 650 - 0,0% - - Locação de Equipamentos + Serv. Terceiros Fixo 3.000 3.211 107,0% 3.211 - Conservação maquinas e equipamentos Fixo 2.500 3.005 120,2% 3.005 - Impostos e Taxas Fixo 2.300 2.300 100,0% 2.227 73 Combustivel e Lubrificantes Fixo 2.500 1.102 44,1% 1.102 - Custas Advocatícias Fixo 500 2.002 400,4% 2.002 (0) EPI - Proteção e segurança Fixo 1.500 534 35,6% 534 0 Despesas C/ Veiculos (Frotas) Fixo 1.500 2.335 155,7% 2.335 - Seguros Veiculos Fixo 1.150 614 53,4% 614 (0) Materiais Expediente - Escritorio Fixo 560 - 0,0% - - Manutenção Predial Fixo 2.235 - 0,0% - - Despesas Com Refeitório Fixo 5.700 2.253 39,5% 423 1.830 Honorarios Advocaticios Fixo 3.940 3.940 100,0% - 3.940 CLASSE A Fixo 2.778 2.778 100,0% - 2.778 Frete Terceirizado - vendas Fixo 4.500 4.500 100,0% 3.375 1.125 Sistemas - SGI Fixo 900 921 102,3% 921 - Contabilidade Fixo 2.100 3.805 181,2% - 3.805 SISTEMA RH Fixo 1.500 2.208 147,2% 2.208

DESPESAS OPERACIONAIS

    

 Podemos justificar as que tiveram maior variação:  

Telefonia:  a  projeção  contempla  renegociação  de  plano  contratado  junto  a GVT  e posterior cancelamento de um plano contratado junto à operadora OI. Ainda não foi efetivada  a  negociação  devido  ao  início  da  Recuperação  e  à  intransigência  da operadora  GVT,  a  qual  bloqueou  os  serviços  de  internet  e  telefone,  por  falta  de pagamento das  faturas de outubro/12, mesmo  com  a notificação  e  informação do processo  de  recuperação  em  questão.  A  fatura  referente  a  internet,  vencida  em outubro,  foi  paga  em  novembro,  para  não  sacrificar  as  operações  comerciais  e financeiras, pois trata‐se de serviço essencial nos dias de hoje. 

VT – Vale transporte: a majoração nos valores se deve ao fato de o setor de produção ter que vir por dois finais de semana (sábados) para atender os pedidos em atraso. 

Custas Advocatícias: devido ao processo de recuperação, custas inerentes ocorreram, gerando  acréscimo  acima  do projetado  (400%),  como, por  exemplo, despesas  com correios, para envio das notificações a todo o rol de credores da PIERGO. 

Despesas  com  Veículos:  manutenções  corretivas,  por  quebra,  ocorreram  neste período, em veículos usados para entregas de produtos. 

Contabilidade e Sistema de RH – Building Profits: neste mês, aos honorários mensais, foram  incluídos as parcelas  referentes ao 13º  sobre estes honorários, os quais não haviam sido previstos. 

     

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 f) Passivos Contratados e Parcelamento de Tributos 

 Temos  um  único  pagamento  de  parcelamento  de  tributos,  que  foi  realizado  pela  PIERGO, PROCESSO:  10980‐404393/2012‐36  –  Parcelado  em  60  vezes,  conforme  demonstrativo abaixo:  

Demonstrativo das parcelas até o mês corrente. Total de parcelas = 060 NUM. PARC. DATA VENCTO VL. ATÉ VENCTO SALDO DEV. ATUAL SITUAÇÃO PAGAMENTOS

001 31/07/2012 2.165,36 0,00 Paga >>Mais detalhes

002 31/08/2012 2.187,01 0,00 Paga >>Mais detalhes

003 28/09/2012 2.201,95 2.226,85 Em atraso >>Emite DARF

004 31/10/2012 2.213,64 2.226,85 Em atraso >>Emite DARF

005 30/11/2012 2.226,85 2.226,85 Em aberto  A parcela paga em 30/11/12 corresponde à parcela de nº 003, vencida em 28/9/12.  Para os meses subsequentes, devido realização de planejamento tributário e do próprio Plano de Recuperação Judicial, que será protocolado até 07/01/13, para aprovação do conselho de credores, deixaremos de pagar estas parcelas, pois este  saldo  fará  composição  juntamente com os demais passivos tributários da PIERGO, em um novo parcelamento.  

g) Despesas Financeiras  

As despesas financeiras projetadas foram por base em negociação junto ao Banco Rural S.A., mas que devido ao processo de Recuperação não puderam se efetivar, pela falta de garantias e pelas restrições cadastrais nos bancos de dados do Banco Central. As taxas projetadas seriam de 1,8% ao mês, contra a taxa de 3,65% realizada neste mês de novembro, dada a dificuldade de se encontrar parceiros financeiros para bancar as operações de  aquisição  de Matéria  Prima,  antecipações  de  recebíveis  e  outras  operações,  conforme demonstrado no quadro abaixo:  

Projetado Real Pago SaldoDESPESAS FINANCEIRAS 20.039 27.857 27.857 - Tarifas Financeiras - Antecipações e Desc. DP 20.039 27.857 139,0% 27.857 -   

               

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  V. 2 – Análise Pós Recuperação  

Crescimento Projetado anual 53,4%

Ano 1

Receitas Vendas de Matéria Prima 9.495.344

Receitas Vendas de Serviços 3.667.266

Receitas Sucatas + Estadias 237.384

Aluguel Fabrica - Frefer 325.200

Receitas C/ Rateio Condominio Frefer 100.000

13.825.194

Receita Média Mensal 1.152.099

IMPOSTOS S/ VENDAS 831.588

ISS -

ICMS 371.748

PIS 114.235

COFINS 526.335

IPI - crédito (180.729)

RECEITAS - IMPOSTOS 12.993.606

CUSTOS DE PRODUÇÃO 9.142.535

Materia Prima - Perfis (50%) 3.798.138

Materia Prima - Outros (50%) 3.085.987

Fretes Compras 172.103

Locação de Equipamentos + Serv. Terceiros 36.000

Energia Eletrica 225.000

Custo de Mão-de-obra 1.687.625

Folha de Pagto Liquido CLT 964.357

Encargos 723.268

Aquisição Produto Intermediário - 2% 137.682

RECEITAS - IMPOSTOS- C.M.V = Lucro Bruto 3.851.071

DESPESAS GERAIS 1.260.847

DESPESAS COMERCIAIS + Pessoal 647.210

Folha de Pagto Comercial 205.199

Encargos 153.899

Comissões sobre Vendas 234.112

Frete Terceirizado - vendas 54.000

DESPESAS ADMINISTRATIVAS + Pessoal 613.637

Folha de Pagto Administrativo 336.576

Encargos 269.261

Despesas de viagens comerciais 7.800

DESPESAS C/ DIRETORIA -

2.590.224

DESPESAS OPERACIONAIS 412.896

Telefonia 13.200

Agua / Esgoto 540

Aluguel -

VT 32.400

Combustivel e Lubrificantes 30.000

Custas Advocatícias 6.000

Despesas C/ Veiculos (Frotas) 18.000

Seguros Veiculos 13.800

Materiais Expediente - Escritorio 6.720

Manutenção Predial 26.820

Despesas Com Refeitório 68.400

Honorarios Advocaticios 107.280

CLASSE A 33.336

Sistemas - SGI 10.800

Contabilidade 27.600

SISTEMA RH 18.000

2.177.328

Receitas FinanceirasFINANCEIRAS (66.000)

Aplicação mensal Capital Giro (66.000)

Parcelamentos de Tributos 1.300.660

REFIS FEDERAL 907.206

REFIS ESTADUAL (3,5% sobre Faturamento) 393.455

942.668

IRPJ -

ADICIONAL -

CSLL -

942.668

Participação sobre o Faturamento 6,82%

942.668

REC. - IMP - C.M.V - DESP. Gerais.-D.OPERAC.

RESULTADO antes do IR e CSLL

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO

RESULTADO LÍQUIDO ACUMULADO

PeríodoMOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA 2013

RECEITAS BRUTAS - em Reais (R$)

RECEITAS - IMPOSTOS- C.M.V - DESP. Gerais

 

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    Como podemos observar acima, a empresa, sem o  ‘fardo’ representado pelo seu  passivo,  seja  ele  junto  a  fornecedores,  instituições  financeiras  e  de  natureza tributária, aliado a um esforço e dedicação para atendimento às premissas deste plano, as quais mantém projeções conservadoras, consegue gerar receita para adimplir todos os seus  compromissos  mensais,  inclusive  os  parcelamentos  federais  e  estadual,  dado  o montante de seu expressivo passivo tributário.     Até o período da efetivação da venda do imóvel, os esforços da empresa estão voltados em seu setor comercial e de produção. No comercial, na busca de novos clientes e  recuperação  de  clientes  antigos  e,  na  produção,  para  garantir  o  cumprimento  dos prazos de entrega e qualidade de seus produtos e serviços.     Pelo  fato  da  PIERGO  estar  deficiente  de  capital  de  giro,  o  foco  do  setor comercial tem sido o de ser contratado para prestar serviços de Mão de Obra, contra a entrega de matéria prima pelo contratante.  Isto faz com que a margem de contribuição gerada seja significativa. 

 B. 5 Formato do Atingimento dos Objetivos 

  I – Alienação de Ativos (previsão legal) 

 

A Lei 11.101/2005 contempla um  rol de maneiras pelas quais o empresário em crise  pode  buscar  a  sua  recuperação,  para melhor  ilustrar  tal  situação,  necessário  se  faz colacionar tal dispositivo ipsis literis:  

Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros: 

 

I – concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas;  

 II  –  cisão,  incorporação,  fusão  ou  transformação  de  sociedade,  constituição  de subsidiária  integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente;  

 III – alteração do controle societário;  

 IV – substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos administrativos;  

 V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar;  

 VI – aumento de capital social;  

VII –  trespasse ou arrendamento de estabelecimento,  inclusive à  sociedade  constituída pelos próprios empregados;  

VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;  

IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro;  

X – constituição de sociedade de credores;  

XI – venda parcial dos bens; 

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XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando‐se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;  

XIII – usufruto da empresa;  

XIV – administração compartilhada;  

XV – emissão de valores mobiliários;  

XVI – constituição de  sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor. 

 

        § 1o Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua substituição somente serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia.  

        § 2o Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial será conservada como parâmetro  de  indexação  da  correspondente  obrigação  e  só  poderá  ser  afastada  se  o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de recuperação judicial.  

 

Pela simples leitura do dispositivo em comento, verifica‐se que há a possibilidade da empresa buscar seu soerguimento através da venda de ativos (inciso XI do art. 50 da LRE). 

Neste diapasão, a PIERGO pretende alienar o imóvel onde está instalada.  Ademais, necessário deixar claro desde  já que não há a possibilidade do mesmo 

imóvel ser vendido fora de uma recuperação judicial. Mormente porque tal imóvel encontra‐se onerado por diversas penhoras, o que por si só afasta qualquer potencial comprador. 

Diante disto, há na Lei 11.101/2005 a possibilidade da supressão ou substituição da garantia real na alienação de objeto com gravame, senão vejamos:  

Art. 50. (...)         § 1o Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua substituição somente serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia. 

 

Acerca do tema, o ilustre Professor Jorge Lobo assevera:  

“Para a empresa capitalizar‐se, o meio mais simples, rápido e eficaz consiste na alienação de bens que não  estejam diretamente  ligados à  sua atividade‐  fim, nem  interfiram na produção de lucros. A alienação de bens poderá  servir  também  como  eficiente  instrumento de  redução ou liquidação de dívidas, por meio de dação  em pagamento para  sociedade de propósito específico constituída pelos credores, conforme estatui o art. 50, XVI. Se  a  alienação  recair  sobre  bens  objeto  de  garantia  real,  os  titulares  das  referidas garantias  serão  ouvidos,  só  podendo  efetivar‐se  a  venda  mediante  sua  aprovação expressa,  seja  para  anuir  à  supressão  da  garantia,  seja  para  concordar  com  a  sua substituição por outra (art. 50, § 1º)”1 

  

Desta forma, considerando o fato de que os credores com garantia real não serão prejudicados,  já que o presente plano  contempla o pagamento da dívida para  com eles  a 

                                                            1 LOBO, Jorge in Comentários à Lei de Recuperação de Empresas e Falência – coordenadores: Paulo F. C. Salles 

de Toledo, Carlos Henrique Abrão. ‐  São Paulo: Saraiva, 2005. (pg. 127) 

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partir da alienação do imóvel, percebe‐se de forma cristalina que a alienação do imóvel onde está instalada a PIERGO é o ponto crucial para o sucesso da recuperação da empresa. 

 II – Informação do Ativo 

  

(41) 3306‐4050

LOCALIZAÇÃORua Francisco Nunes, 2030 – Rebouças – CEP 80215‐000 – Curitiba – PR  

ÁREA TOTAL : 15.428 m²

ÁREA CONSTRUÍDA: 8.825,76 m²

     

  

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EMPRESA RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO PATRIMONIAL   

       

 

Informações importantes: 

Data do Laudo de Avaliação Patrimonial: 

o 31 de maio de 2010;  

Responsáveis pelo Laudo de Avaliação Patrimonial: 

o Engº. Haroldo Volaco Jr. – Diretor – CREA 13.904‐D/PR; 

o Arquiteta – Karla Volaco Gonzalez – CREA 80.032‐D/PR;  

Objetivo do trabalho: 

o A determinação dos valores de mercado dos imóveis e das máquinas e 

equipamentos pertencentes à Piergo Ind. e Com. de Aço Ltda.; 

Nesta apresentação apenas estão contempladas as avaliações referentes aos bens IMÓVEIS (terrenos e edificações).       

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS  

a) Habitação  coletiva,  institucional,  transitória  1  e  2,  e,  uni  familiar  (atendida  densidade 

máxima);  

b) Comércio  e  serviço  vicinal,  de  bairro  e  setorial,  comunitário  1  e  2,  comércio  e  serviço 

específico 1; 

c) Indústria tipo 1. 

 PARÂMETROS DE CONSTRUÇÃO 

 Coeficiente de Aproveitamento 1,0

Taxa de Ocupação 50%

Taxa de Permeabilidade 25%

Altura Máxima Livre (pavimentos) 3,0

Recuo Frontal (mts) 5,0

Recuo Frontal (uso comunitário ‐ Mts) 10,0

Afastamento Divisas ‐ até 2 pavimentos 0,0

Afast.Divisas ‐ 3º Pavimento (mts) 2,0

Afast. Divisas ‐ Habitação Inst. (mts) 2,5

Densidade Máxima (habitante/ha) 80,0   

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Endereço: Rua Francisco Nunes, 2.056 Bairro: Prado Velho ‐ Quadrícula M‐14Cidade: Curitiba/PR Ofício: 7ª CircunscriçãoCertidão: 9.049/99 Inscr. Imob.: 24.1.0009.0206.00‐7Tipo: Lote Industrial Ind. Fiscal: 44.020.005

Caracterização do Terreno:Tipo: Lote Industrial Situação: Esquina

Topografia: Plana Formato: IrregularSuperfície: Seca Ocupação: Ocupado pelo Proprietário

Área; 10.300,00 m² Lado Esquerdo: 164,50 mtsFrente: 67,50 mts Lado Direito: 140,00 mtsFundos: 72,32 mts Zoneamento: ZR‐3 ‐ Incentivo Prado Velho

Endereço: Rua Constantino Bordignon, 65 Bairro: Prado Velho ‐ Quadrícula M‐14Cidade: Curitiba/PR Ofício: 7ª CircunscriçãoCertidão: 6.158 Inscr. Imob.: 24.1.0009.0442.00‐8Tipo: Lote Industrial Ind. Fiscal: 44.020.014

Caracterização do Terreno:Tipo: Lote Industrial Situação: Esquina

Topografia: Plana Formato: IrregularSuperfície: Seca Ocupação: Ocupado pelo Proprietário

Área; 2328,00 m² Lado Esquerdo: 35,00 mtsFrente: 67,00 mts Lado Direito: 35,00 mtsFundos: 66,00 mts Zoneamento: ZR‐3 ‐ Incentivo Prado Velho

Endereço: Rua Francisco Nunes, 2.096 Bairro: Prado Velho ‐ Quadrícula M‐14Cidade: Curitiba/PR Ofício: 7ª CircunscriçãoCertidão: 6.159 Inscr. Imob.: 24.1.0009.0222.00‐3Tipo: Lote Industrial Ind. Fiscal: 44.020.015

Caracterização do Terreno:Tipo: Lote Industrial Situação: Esquina

Topografia: Plana Formato: IrregularSuperfície: Seca Ocupação: Ocupado pelo Proprietário

Área; 2080,00 m² Lado Esquerdo: 80,00 mtsFrente: 35,00 mts Lado Direito: 40,00 mtsFundos: 17,00 mts Zoneamento: ZR‐3 ‐ Incentivo Prado Velho

Endereço: Rua Francisco Nunes, 2.116 Bairro: Prado Velho ‐ Quadrícula M‐14Cidade: Curitiba/PR Ofício: 7ª CircunscriçãoCertidão: 11.423 Inscr. Imob.: 24.1.0009.0280.00‐8Tipo: Lote Industrial Ind. Fiscal: 44.020.012

Caracterização do Terreno:Tipo: Lote Industrial Situação: Esquina

Topografia: Plana Formato: IrregularSuperfície: Seca Ocupação: Ocupado pelo Proprietário

Área; 720,00 m² Lado Esquerdo: 40,00 mtsFrente: 18,00 mts Lado Direito: 40,00 mtsFundos: 18,00 mts Zoneamento: ZR‐3 ‐ Incentivo Prado Velho

Terreno 1

Terreno 2

Terreno 3

Terreno 4

Descrição dos Terrenos Avaliados e Valores de Mercado

2.328,00                               1.285,14R$                            

Área do Terreno:Valor de mercado (R$ / m²):Valor Total do Terreno:

Área do Terreno:Valor de mercado (R$ / m²):

Valor Total do Terreno: 2.673.091,20R$                    

10.300,00                             1.285,14R$                            

13.236.942,00R$                 

Valor Total do Terreno: 2.991.805,92R$                    

Área do Terreno: 2.080,00                               Valor de mercado (R$ / m²): 1.285,14R$                            

Área do Terreno: 720,00                                  Valor de mercado (R$ / m²): 1.285,14R$                            Valor Total do Terreno: 925.300,80R$                       

   

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TERRENOS 1 2 3 4 Consolidado

Certidão: 9.049/99 6.158 6.159 11.423 ‐                                     

Ind. Fiscal: 44.020.005 44.020.014 44.020.015 44.020.012 ‐                                     

Área do Terreno: 10.300,00                  2.328,00                  2.080,00                  720,00                     15.428,00                         

Valor de mercado (R$ / m²): 1.285,14R$                1.285,14R$             1.285,14R$             1.285,14R$             1.285,14R$                       

Valor Total do Terreno: 13.236.942,00R$      2.991.805,92R$     2.673.091,20R$     925.300,80R$         19.827.139,92R$     

CONSOLIDAÇÃO DOS TERRENOS ‐ UNIFICAÇÃO

 Data base: 31/05/2010 

 

 ATUALIZAÇÃO DE VALORES ‐ TERRENOS 

 Em consulta ao Engenheiro Haroldo Volako Jr., o valor atual de mercado para os imóveis 

acima  descritos  sofreram  um  reajuste  na  ordem  de  17%,  dada  a  demanda  por  áreas  com  estas dimensões  e  de  localização  privilegiada.  Portanto,  o  valor  de mercado  para  venda  dos  terrenos avaliados fica estimado conforme demonstração abaixo:  

TERRENOS 1 2 3 4 Consolidado

Certidão: 9.049/99 6.158 6.159 11.423 ‐                                     

Ind. Fiscal: 44.020.005 44.020.014 44.020.015 44.020.012 ‐                                     

Área do Terreno: 10.300,00                  2.328,00                  2.080,00                  720,00                     15.428,00                         

Valor de mercado (R$ / m²): 1.285,14R$                1.285,14R$             1.285,14R$             1.285,14R$             1.285,14R$                       

Índice de Reajuste 17% 17% 17% 17% 17%

Valor Atual (R$ / m²) 1.503,61R$                1.503,61R$             1.503,61R$             1.503,61R$             1.503,61R$                       

Valor Total do Terreno: 15.487.222,14R$      3.500.412,93R$     3.127.516,70R$     1.082.601,94R$     23.197.753,71R$     

CONSOLIDAÇÃO DOS TERRENOS ‐ UNIFICAÇÃO

 Data base: 17/05/2012 

 Detalhes Construtivos 

 Vista das obras civis (edificações)  

                                         1                 2              3                       4                5   

1) Administração:              Área Construída: 775,08 m² Pé Direito: Idade aparente: 25 anos

Est.  Conservação: BOM Esquadrias:

Paredes:

Piso:

Forro: Cobertura:

Portas:

Metálicas c/ Vidro

a) Pav. Superior ‐ Recepção, escritórios, salas de reuniões, WC's (M/F)

b) Pav. Inferior ‐ Vestiários Masculino e Feminino, dois amplos escritórios Funcionalidade:

2,50; 3,00 m

alvenaria de tijolos c/ emboço, reboco e pintura; tijolos aparentes até altura de 1,65 m; azulejo até altura total 

nos vestiários e WC's

Carpet; cerâmico nos vestiários; vinílico no RH; Madeira no escritório piso inferior

Telhas de Fibrocimento

Metálicas c/ Vidro; Vidro na recepção; de Madeira nos vestiários

Laje de concreto; PVC nos corredores

 

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2) Refeitório e Salão de Festas:  

Área Construída: 564,12 m² Pé Direito: Idade aparente: 25 anos

Est.  Conservação: BOM Esquadrias:

Paredes:

Piso:

Forro: Cobertura:

Portas: Metálicas c/ Vidro; portas internas de Madeira

Funcionalidade:a) Pav. Superior ‐ Refeitório, cozinha e WC's (M/F)

b) Pav. Inferior ‐ Salão de festas e de jogos

3,00 m

Metálicas c/ Vidro

alvenaria de tijolos c/ emboço, reboco e pintura; azulejo até altura total na cozinha e WC's

Lajota cerâmica ( 2 pavimentos)

Laje de concreto; forro madeira (piso inferior) Telhas de Fibrocimento

  

 

3) Barracões Industriais:  

Área Construída: 7153,90 m² Pé Direito: Idade aparente: 25 anos

Est.  Conservação: BOM Esquadrias: Forro: Não há

Paredes:

Cobertura:

Escadas: Piso:

Portas: Portões metálicos de correr

Funcionalidade:a) Barracão das prenças e guilhotinas, oficina mecânica e cabine de AT

b) barracão das LCT ‐ desdobramento de bobinas

7,00 m

Metálicas c/ Vidro

Alvenaria de tijolos c/ emboço, reboco e pintura; alvenaria de tijolos aparentes na fachada

Telhas onduladas metálicas sobre treliças metálicas

Metálicas c/ corrimões metálicos Concreto reforçado

  

 

4) Balança e Portaria Veicular:  

Área Construída: 110,68 m² Pé Direito: Idade aparente: 25 anos

Est.  Conservação: BOM Esquadrias: Forro: Laje concreto

Paredes:

Cobertura:

Escadas: Piso:

Portas:

Funcionalidade:

Não há

Balança e portaria veícular

3,00; 2,30; 7,30 m

Metálicas c/ Vidro

Alvenaria de tijolos c/ emboço, reboco e pintura;

Laje de concreto

Metálicas c/ corrimões metálicos Concreto reforçado

  

 

5) Estacionamento e Bicicletário:  Área Construída: 221,98 m² Pé Direito: Idade aparente: 25 anos

Est.  Conservação: Regular Esquadrias: Forro: Não há

Paredes:

Cobertura:

Escadas: Piso:

Portas:

Funcionalidade:

Não há

Estacionamento e bicicletário

3,60 m

Não há

Não há

Telhas onduladas metálicas apoiadas sobre estrutura e pilares metálicos

Concreto Sextavado de concreto

  

 

 

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ATUALIZAÇÃO DOS VALORES REFERENTES À CONSTRUÇÃO DAS EDIFICAÇÕES 

Para  atualização  dos  valores  referentes  ao  valor  venal  das  edificações,  o  Engenheiro Haroldo Volako Jr. sugeriu utilização do índice INCC/FGV.  

 O que é o INCC/FGV: Elaborado  pela  Fundação  Getúlio  Vargas,  afere  a  evolução  dos  custos  de  construções habitacionais. É uma estatística contínua, de periodicidade mensal para os 18 municípios das seguintes capitais de estados do país: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de  Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. O  índice nacional é  levantado pela FGV desde Janeiro de 1944. 

 

Período JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ACUMULADO -

ANO -

2010 - - - - - 1,77 0,62 0,22 0,2 0,15 0,36 0,59 3,32%

2011 0,37 0,39 0,44 0,75 2,03 1,43 0,59 0,16 0,14 0,2 0,5 0,35 7,35%

2012 0,67 0,42 0,37 0,83 - - - - - - - - 2,30%

12,97%Aumento acumulado total

ÍNDICE NACIONAL DE CUSTO DA CONSTRUÇÃO DO MERCADO - INCC-M(Fundação Getúlio Vargas) - FGV

 

Cálculo dos Valores de Avaliação + atualização:  

EDIFICAÇÕES Área (m²)Valor 

(R$/m²)

Método 

Deprec.Est. Cons.

Vida Util 

(anos)

Idade 

(anos)

Índice 

Deprec.

Valor Avaliação   

R$INCC/FGV

Valor Ajustado  

R$

Controle 1 e 2 / Plataforma 110,68 380,00 RH Bom 50 25 0,6093 25.624,08            12,97% 28.947,52         

Administrativo 775,08 1.314,41 RH Bom 50 25 0,6093 620.687,39          12,97% 701.190,54       

Refeitório e Sala Jogos 564,12 1.004,87 RH Bom 50 25 0,6093 345.363,88          12,97% 390.157,58       

Garagens 1 e 2 / Bicicletário 221,98 148,32 RH Bom 50 25 0,5119 16.853,01            12,97% 19.038,85         

Barracões Industriais 7153,9 1.197,95 RH Bom 50 25 0,6093 5.221.272,62       12,97% 5.898.471,68    

6.229.800,98 7.037.806,17Valor Ajustado das Edificações           (R$)  

 RESUMO DE VALORES – AJUSTADOS – ABRIL/2012  

EDIFICAÇÕES Área (m²) Valor Ajustado    R$

1 Controle 1 e 2 / Plataforma 110,68 28.947,52                   

2 Administrativo 775,08 701.190,54                

3 Refeitório e Sala Jogos 564,12 390.157,58                

4 Garagens 1 e 2 / Bicicletário 221,98 19.038,85                   

5 Barracões Industriais 7153,9 5.898.471,68             

Total 8.715,08 7.037.806,17

TERRENOS (matrículas) Área (m²) Valor Ajustado    R$

1 9.049/99 10.300,00 15.487.222,14           

2 6.158 2.328,00     3.500.412,93             

3 6.159 2.080,00     3.127.516,70             

4 11.423 720,00        1.082.601,94             

Total 15.428,00 23.197.753,71

30.235.559,87VALOR  TOTAL ‐ IMÓVEL   Obs: Matrículas e Guias Amarelas em anexo. 

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III – Impossibilidade da venda do ativo fora da Recuperação Judicial 

     A  venda  do  imóvel  em  questão,  a  não  ser  pelo  advento  desta  recuperação judicial,  se  faz  impossível,  uma  vez  que  este  faz  parte  de  execuções  fiscais  e  ações  de cobrança, já estando alienado em garantias junto a fornecedores e ao INSS.     Temos  também, a  impossibilidade de CND,  imprescindível para  transferência imobiliária,  dado  o  passivo  tributário,  protestos  e  apontamentos  junto  aos  órgãos  de proteção ao crédito. 

 IV – Desproporção atual do Faturamento x Imóvel 

 Uma  das motivações  para  a  decisão  pela  venda  do  imóvel  é  a  desproporção 

existente entre o faturamento dos últimos anos obtido pela empresa e o valor de mercado do imóvel onde está instalada.  

A  PIERGO  está  situada  em  uma  região  que  está  extremamente  valorizada,  por outro  lado,  o  seu  faturamento,  bem  como  as  suas  atividades  atuais,  não  justificam  sua manutenção em uma área tão grande em uma região onde a especulação imobiliária aponta para uma supervalorização. Em sendo assim, para uma entrada de capital significante para a recuperação da empresa, a venda do  imóvel mostra‐se plenamente viável e útil, conforme será demonstrado adiante e também pela documentação acostada ao presente plano. 

 V – Condições de Venda do Imóvel: Ótima e Mínima 

 A premissa adotada para a venda do terreno e instalações, onde a empresa está 

atualmente  localizada na Rua  Francisco Nunes, 2030, bairro Rebouças, Curitiba/PR., e que neste  plano  de  recuperação  foi  definido  que  o  valor  de  venda  ideal,  chamado  aqui,  de ‘cenário 1 – Venda Ótima’, é de R$ 32.000.000,00 (trinta e dois milhões de reais). O valor mínimo estabelecido para venda deste mesmo imóvel, chamado aqui de ‘cenário 2 – Venda Mínima’, é de R$ 26.000.000,00 (vinte e seis milhões de reais). Qual seja o valor efetivo da venda ocorrida, este  será  revertido em  favor do pagamento aos  credores das  três  classes, relacionados na lista de credores, conforme Art. 7º da LFR. 

A empresa necessita de uma carência de até doze meses, a contar da data efetiva da venda do imóvel, para manutenção de suas atividades e desmobilização dos maquinários às  novas  instalações.  Este  prazo  será  remunerado  com  um  valor  de  aluguel mensal  a  ser negociado entre as partes, respeitando‐se as regras do mercado imobiliário. 

Não fazem parte desta venda, máquinas, equipamentos, ou qualquer outro bem móvel,  incluindo  suas marcas ou outros, que estejam no  interior do  terreno e  galpões da PIERGO. 

As  informações  de matrículas  e  escrituras  e  avaliação  dos  imóveis  (terreno  e galpões), objeto desta venda estão relacionados adiante, em anexo ao final deste plano, em laudo  de  avaliação  destes  bens  imóveis,  como  parte  integrante  deste  plano  e  sua  venda ocorrerá  em  um  único  evento,  para  um  ou  mais  interessados,  não  podendo  ser desmembrado para um ou mais interessados, em momentos e/ou eventos diferentes. 

Por  ter  sua  avaliação  de mercado  sido  efetuada  anteriormente  ao  da  entrega deste Plano de Recuperação Judicial, no processo de Recuperação Judicial da PIERGO, o seu 

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efetivo valor final de venda poderá variar, desde que entre os valores acima informados, no momento em que ocorrer, para mais ou para menos,  independentemente dos motivos que tornaram  esta  possibilidade  uma  realidade,  sendo  que  esta  variação  não  impedirá  que  a venda ocorra, nem mesmo que seu novo valor deixe de ser oferecido para o pagamento aos credores, que deverá ocorrer de forma proporcional ao valor efetivo da venda, comprando‐se  com  o  valor  do  cenário  1  –  Venda Ótima. Neste  caso,  para  os  credores  da  Classe  I  – Trabalhistas e para os valores provisionados para aquisição de novo imóvel, capital de giro e desmobilização, não terão esta regra aplicada. 

Seus  valores permanecerão os mesmos devido  a exigências  legais, para o  caso dos credores da Classe I e por motivos óbvios, de sobrevivência e manutenção das atividades industriais pós‐recuperação. 

                          

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B.6 Proposta de Pagamento aos credores  Antes mesmo de adentrarmos nas especificações da proposta de pagamento aos 

credores, há a necessidade de  se esclarecer a  respeito dos gastos  legais  concernentes aos honorários destinados aos profissionais que assessoram a empresa e o Juízo na atual fase de recuperação  judicial.  Especial  atenção  deve‐se  destinar  ao  Administrador  Judicial,  Sr.  Dr. Rodrigo Shirai e sua equipe e à empresa de consultoria Classe A Consultoria Tributária LTDA, bem como ao escritório de advocacia A. Augusto Grellert Advogados Associados. 

Neste diapasão, não há como prever por hora valores fixos para o pagamento de tais  encargos,  mas  certo  é  que  do  montante  gerado  através  da  venda  do  imóvel  da recuperanda  e  de  suas  receitas  operacionais,  deverá  ser  reservada  porcentagem  para despesas com os aludidos profissionais. 

Dentro  da  necessidade  de  mensurar  o  quantum,  há  que  se  dizer  que  o  Sr. Administrador  Judicial  já  se manifestou no  presente processo de  recuperação  judicial,  em petição  constante  no  Movimento  49  do  Sistema  Projudi,  fixando  os  honorários  do  seu assessor  contábil  e  requerendo  a  fixação  pelo  Juízo  de  honorários  para  o  administrador judicial, dentro dos ditames do art. 24, § 1º da Lei nº 11.101/2005, o qual dispõe: 

 Art.  24. O  juiz  fixará  o  valor  e  a  forma  de  pagamento  da  remuneração  do administrador  judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes. 

§1º. Em qualquer hipótese, o total pago ao administrador judicial não excederá 5%  (cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos à  recuperação judicial ou do valor de venda dos bens na falência; 

(...) 

Em  sendo  assim,  conclui‐se  que  do  valor  da  venda  do  imóvel  antes  dos pagamentos ao credores, na forma da  lei, serão deduzidos os mencionados honorários, nos patamares estipulados pelo Juízo da Recuperação Judicial. 

  

A proposta de pagamento da dívida contida na Lista de Credores deste plano é dividida entre três grupos:    Credores Trabalhistas (Classe I),   Credores com Garantia Real (Classe II) e,   Credores Quirografários (Classe III). 

 Os créditos integrais relacionados na lista de credores, pertencentes aos credores 

da Classe I Trabalhistas, aos Credores da Classe II com Garantia Real e aos credores da Classe III Quirografários, serão pagos à vista, pela PIERGO, na sua totalidade ou até o limite do valor obtido pela  venda dos bens  relacionados neste plano,  através da destinação do  rateio da totalidade destes recursos, em até 30 dias a contar da data deliberação para uso dos recursos pelo  juízo  responsável  por  sua  Recuperação  Judicial,  através  de  créditos  nas  respectivas contas correntes, indicadas individualmente pelos credores, através de petições juntadas ao 

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processo de recuperação judicial, cuja titularidade deve ser do próprio credor, em uma única instituição bancária nacional indicada. 

Caso o credor em sua petição, indique conta bancária cuja titularidade não seja a sua, deve este credor adicionar a esta petição, além dos dados bancários informados adiante, redação autorizando que o  referido  crédito  seja efetuado em  conta  corrente  indicada por ele,  de  titularidade  de  terceiro,  concedendo,  uma  vez  que  seja  realizado  e  que  se  torne líquido  o  crédito,  a  mais  ampla,  plena,  geral,  irrestrita,  irrevogável,  irrenunciável  e irretratável quitação, para nada mais reclamar da PIERGO, seja a que título for. Ainda, deverá isentar a PIERGO de qualquer responsabilidade, a partir de então, sob o acesso deste credor ao valor ora pago, correndo daí por diante esta responsabilidade exclusivamente ao credor. 

Caso algum credor não possua conta bancária de sua titularidade e/ou não opte por  nenhuma  das  duas  hipóteses  apresentadas  acima,  deverá  o  credor  manifestar  sua vontade  em  petição  específica,  autorizando  que  o  crédito  a  que  este  tenha  direito,  seja depositado em  conta  judicial em  favor do  referido  credor, a  ser aberta  junto à  instituição financeira indicada pelo juízo da recuperação judicial. 

Para  o  correto  pagamento  dos  valores  aqui  apurados,  as  informações  e  dados bancários que deve o credor em sua petição informar são, nome ou Razão Social do titular da conta corrente, número e nome do banco acolhedor do crédito, número da agencia bancária e  da  conta  corrente,  além  do  número  do  CPF  ou  CNPJ/MF  do  titular  da  conta  corrente acolhedora do crédito. 

Ressalta‐se  que  caso  haja  exclusão  de  algum  credor,  da  relação  de  credores apresentada pela PIERGO no processo de recuperação  judicial, e sendo este crédito exigível fora do processo de recuperação  judicial, o valor reservado para o pagamento deste credor neste plano será mantido para o pagamento deste valor, a este credor, fora do processo de recuperação judicial, uma vez que sobre a totalidade dos recursos destinados ao pagamento aos  credores  relacionados  inicialmente  pela  PIERGO,  está  reservada  a parcela  equivalente destinada originalmente a este credor para o pagamento do crédito em questão, mantendo assim  o  objetivo  de  viabilizar  a  superação  da  situação  de  crise  econômico  financeira  da empresa, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos  interesses dos  credores, promovendo, assim, a preservação da empresa,  sua  função social e o estímulo à atividade econômica. 

 I – Identificação do Passivo pago à vista X diferido  

À Vista Diferido

Trabalhistas ‐ R$ Nominal 100% X

Trabalhistas ‐ Multa 40% 100% X

Fornecedores c/ garantia Real 100% X

Credores Fiscais ‐ c/ garantia Real INSS X

IPTU X

INSS X

TRIBUTOS FEDERAIS X

TRIBUTOS ESTADUAIS X

CLASSE III Quirografários 100% X

Formas Pgto.

CLASSE I

Demais Credores Fiscais

CLASSE II

CREDORES = 100% Identificação

        

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II – Apresentação dos cenários: Ótimo e Mínimo   

32.000.000,00 100,0%

Classe de 

CredoresR$ Nominal

% Pgto 

PropostoR$ Proposto

Forma de 

PagamentoSaldo  %

423.624,59            100% 423.624,59      À Vista * 31.576.375,41   1,32%

194.876,11            100% 194.876,11      À Vista * 31.381.499,31   0,61%

8.648.772,18        90% 7.783.894,96   À Vista * 23.597.604,35   24,32%

Credores Fiscais ‐ c/ 

garantia Real

INSS 

Processo e 

adendos

7.474.823,80        100%    7.474.823,80  À Vista *     16.122.780,55  23,36%

IPTU 750.788,07            100% 750.788,07      À Vista * 15.371.992,48   2,35%

ISS ‐                           0% ‐                     Não há Passivo 15.371.992,48   0,00%

SRF ‐ IRPF 127.609,32            0% ‐                     Parc. Ordinário 

Fluxo Projetado 15.371.992,48   0,00%

SRF 1.179.457,80        100% 1.179.457,80  

 Compensação 

c/ Créditos de 

IPI (Saldos) ** 

15.371.992,48   0,00%

INSS ‐ PGFN 6.365.415,10        38% 2.400.941,56  

 Entrada + Parc. 

11.941/09 Fluxo 

Projetado *** 

12.971.050,92   7,50%

INSS 1.439.170,37        0% ‐                     Parc. 11.941/09 

Fluxo Projetado 12.971.050,92   0,00%

PGFN 15.362.359,90      0,00% Parc. 11.941/09 

Fluxo Projetado 12.971.050,92   0,00%

TRIB. 

ESTADUAIS5.987.155,62        0% ‐                    

 Parc. 3,5% 

s/Receita Fluxo 

Projetado 

12.971.050,92   0,00%

CLASSE III 5.588.813,64        80% 4.471.050,92   À Vista * 8.500.000,00      13,97%

53.542.866,50  43,9% Total Pgtos 23.500.000,00   73,44%

8.500.000,00  26,56%

Aplicação 

SaldoR$ Nominal

% Pgto 

PropostoSaldo  %

5.000.000,00        100% 3.500.000,00      15,63%

1.500.000,00        100% 2.000.000,00      4,69%

2.000.000,00        100% 0,00                      6,25%

0,00                      0,00%

R$ Proposto

5.000.000,00                                   

1.500.000,00                                   

2.000.000,00                                     

Saldo Total

Receita Líquida = Venda Ativo           ( R$ )

* Para a condição de pagamento 'À Vista', o adimplemento ocorrerá à tempo e à hora do recebimento do valor captado com a venda do ativo, conforme 

proposto neste Plano de Recuperação Judicial  

DEMONSTRATIVO VENDA ATIVO ‐ APLICAÇÃO RECURSOS

Cenário 1 ‐ Venda ÓTIMA

Quirografários

Tipo de Credores / Origem

Saldo ‐ Pagamentos Credores

Para este cenário, o valor tido como 'saldo total' , será destinado para o pagamento à vista de parte do tributo a ser parcelado, referente 

ao INSS retido na fonte e não repassado, que compõe o passivo tributário federal (INSS ‐ PGFN), remanescente da ação de execução 

fiscal que faz parte do rol de credores da Classe II, deste quadro, minimizando, assim, o impacto negativo do valor da parcela mensal 

deste parcelamento, no fluxo de caixa projetados para os próximos 10 anos, dada sua correção mensal e o prazo de 150 meses.

Reserva 

CapitalCapital de Giro = Produção

Gastos com Desmobilização Fabril

Aquisição de 'novo' imóvel Fabril

Tipo de Investimento / Destinação

CLASSE I

CLASSE II

Total Passivo Piergo

Demais Credores 

Fiscais

Trabalhistas ‐ R$ Nominal

Trabalhistas ‐ Multa 40%

Fornecedores c/ garantia Real

** Para os  débitos  junto à SRF, o valor total  do débito será 'compensado' com créditos  de IPI acumulados  até esta data, por saídas  isentas  e/ou com 

alíquota zero, por isso o saldo da venda do ativo se mantém inalterado.

*** O valor da 'entrada' hora mencionado, refere‐se à 100% do saldo final  desta planilha, resultado da venda ótima, pagamentos  propostos  e reserva 

de capital.

 

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26.000.000,00 100,0%

Classe de 

CredoresR$ Nominal

% Pgto 

PropostR$ Proposto

Forma de 

PagamentoSaldo  %

423.624,59            100% 423.624,59      À Vista * 25.576.375,41   1,63%

194.876,11            100% 194.876,11      À Vista * 25.381.499,31   0,75%

8.648.772,18        70% 6.054.140,53   À Vista * 19.327.358,78   23,29%

Credores Fiscais ‐ c/ 

garantia Real

INSS ‐ 

Processo e 7.474.823,80        100%    7.474.823,80  À Vista * 11.852.534,98   28,75%

IPTU 750.788,07            100% 750.788,07      À Vista * 11.101.746,91   2,89%

ISS ‐                           0% ‐                     Não há Passivo 11.101.746,91   0,00%

SRF ‐ IRPF 127.609,32            0% ‐                     Parc. 

Simplificado 11.101.746,91   0,00%

SRF 1.179.457,80        100% 1.179.457,80  

 Compensação c/ 

Créditos de IPI 

(Saldos) ** 

11.101.746,91   0,00%

INSS ‐ PGFN 6.365.415,10        0% Parc. 11.941/09 

Fluxo Projetado 11.101.746,91   0,00%

INSS 1.439.170,37        0% Parc. 11.941/09 

Fluxo Projetado 11.101.746,91   0,00%

PGFN 15.362.359,90      0% ‐                     Parc. 11.941/09 

Fluxo Projetado 11.101.746,91   0,00%

RIB. ESTADUA 5.987.155,62        0% ‐                    

 Parc. 3,5% 

s/Receita Fluxo 

Projetado 

11.101.746,91   0,00%

CLASSE III 5.588.813,64        56,0% 3.129.735,64   À Vista * 7.972.011,27      12,04%

53.542.866,50  33,7% Total Pgtos 18.027.988,73   69,34%

7.972.011,27  30,66%

Aplicação Saldo R$ Nominal

% Pgto 

Propost

o

Saldo  %

5.000.000,00        100% 2.972.011,27      19,23%

1.500.000,00        100% 1.472.011,27      5,77%

1.500.000,00        100% 0,00                      5,66%

0,00                0,00%

* Para a condição de pagamento 'À Vista', o adimplemento ocorrerá à tempo e à hora do recebimento do valor captado com a venda do ativo, conforme 

proposto neste Plano de Recuperação Judicial  

Neste cenário o valor de venda mínimo, será suficente para o pagamento à vista proposto aos  credores  de todas as classes, porém, com descontos  

maiores  que o anterior, mantendo‐se a reserva de capital  para aquisição de novo imóvel  e desmobilização fabril . O valor destinado para 'capital  de giro' 

foi  sacrificado até o l imite necessário à manutenção das operações sem depender de instituições  financeiras. O parcelamento do passivo tributário será 

l iquidado conforme projeções  do fluxo de caixa para os  para os  próximos  10 anos, sendo o prazo do parcelamento em 150 meses.

Tipo de Investimento / Destinação

Reserva Capital

Aquisição de 'novo' imóvel fabril

Gastos com Desmobilização Fabril

Capital de Giro = Produção

** Para os  débitos  junto à SRF, o valor total  do débito será 'compensado' com créditos de IPI acumulados até esta data, por saídas isentas e/ou com 

alíquota zero, por isso o saldo da venda do ativo se mantém inalterado.

R$ Proposto

5.000.000,00                                    

1.500.000,00                                    

1.472.011,27                                      

Saldo Total

Saldo ‐ Pagamentos Credores

DEMONSTRATIVO VENDA ATIVO ‐ APLICAÇÃO RECURSOSCenário 2 ‐ Venda MÍNIMA

Tipo de Credores / Origem

CLASSE ITrabalhistas ‐ R$ Nominal

Trabalhistas ‐ Multa 40%

Total Passivo Piergo

CLASSE II

Fornecedores c/ garantia Real

Demais Credores 

Fiscais

Quirografários

Receita Líquida = Venda Ativo

  

III – Necessidade da reserva de capital para:  

Capital de Giro      

Ocorre que, consoante demonstrado anteriormente, a Recuperanda, necessita de capital de giro para a continuidade de suas atividades industriais e comerciais, especialmente para  a  compra  de  matéria  prima  e  insumos,  em  quantidade  suficiente  para  obterem melhores  descontos,  fretes  CIF  (custo,  seguros  e  frete)  –  onde  o  fornecedor  arca  com  as despesas do envio dos produtos. 

Certamente,  com  a  reserva  para  capital  de  giro  proposta  neste  plano,  a recuperação e o soerguimento da atividade empresarial seriam consequências naturais, em pleno atendimento aos princípios da preservação da empresa e da função social da empresa. 

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Há de se ter em mente que, estando uma empresa em recuperação judicial, seu crédito  no mercado,  seja  com  seus  fornecedores,  seja  com  as  instituições  financeiras,  é reduzido  a  patamares  nulos.    Este  fato  leva  a  empresa  a  buscar  formas  de  captação  de recursos não‐convencionais  e desapropriadas para  empresas  em processo de  recuperação judicial, pois as  taxas  são elevadas, variando de 3,5% a 4,5% ao mês, para antecipações e descontos,  fato  este  que  reduz  significativamente  sua  já  apertada  MC  (margem  de contribuição). 

Para  satisfação  e  atendimento  das  projeções,  a  necessidade  de  capital  de  giro para a PIERGO é de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Este valor é o proposto para o ‘cenário ótimo’. Ele elimina as despesas financeiras advindas das antecipações, descontos de duplicatas e juros por atrasos nos pagamentos das obrigações correntes, aos quais a PIERGO se  submete nos dias de hoje. Para o  ‘cenário mínimo’, este valor  recua, mantendo‐se em torno de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), dado a redução no valor de venda do imóvel.  

Valor  inferior  a  este,  do  cenário mínimo,  torna‐se  ineficaz  ao  propósito  deste plano,  que  é  eliminar  as  despesas  com  antecipações  e  fomentos,  tornando  a  empresa independente quanto às escolhas quando da aquisição de matéria prima e insumos, sempre pelo melhor preço e qualidade.  

Mobilização da fábrica  

Com  a  venda  do  imóvel  proposto  neste  plano,  a  PIERGO  deverá  adquirir  novo imóvel,  com  barracão  adequado  ao  desenvolvimento  de  suas  atividades  industriais  ou reformá‐lo e, caso adquira apenas o terreno, construir um novo barracão que atenda as suas necessidades. 

Como  a  valorização  dos  imóveis,  mesmo  em  áreas  industriais  de  Curitiba,  a PIERGO tem buscado imóveis em municípios da região metropolitana, onde poderá, além de adquirir área apropriada ao desempenho de suas atividades, obter benefícios municipais pela implantação de nova unidade fabril. Além disso, a escolha pelo novo endereço dar‐se‐á pela facilidade de acesso aos  caminhões de grande porte e de  seus  colaboradores, na  logística diária para o exercício de suas funções e atividades. 

A PIERGO não dispõe,  ainda, de projeto  técnico  finalizado para  esta operação, mas  projeta‐se  o  prazo  de  até  doze meses,  concretizada  a  venda  do  imóvel  atual,  como suficiente para que  seja  construído ou  reformado o novo barracão,  sejam desmontadas e remontadas as máquinas e pontes rolantes utilizadas atualmente, dado seu tamanho e peso. Toda está logística deverá contemplar etapas, evitando que a empresa ‘pare’ seu processo de industrialização, pois as metas e projeções deste plano não podem deixar ser atingidas. 

O valor projetado para este fim é de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), dada sua complexidade, pois dependerá de empresas e pessoal qualificado para a desmontagem e montagem dos equipamentos. Trabalho este que, além de dificultoso pelo tamanho  dos  equipamentos,  necessita  de  técnicos  especializados  para  calibragem  das máquinas, principalmente das com controles informatizados.  

Aquisição de Imóvel e Construção de Barracão Industrial  

O valor do metro quadrado de áreas  industriais, consultados para estas  regiões variam  de  R$  300,00/m²  à  R$  700,00  m²,  dependendo  de  sua  localização.  Como  a 

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necessidade de área estimada é de 5.000 m², o custo para aquisição da área deverá ser de aproximadamente R$ 1.750.000,00 (um milhão, setecentos e cinquenta mil reais). 

Para projeto de construção civil, nos baseamos no preço por metro quadrado  pelo índice CUB 2006, conforme abaixo:  

Custos Unitários Básicos de Construção (NBR 12.721:2006 ‐ CUB 2006) ‐ Nov/2012 Fonte: SindusconPR – www.sinduscon‐pr.com.br 

 Os  valores  abaixo  referem‐se  aos  Custos  Unitários  Básicos  de  Construção 

(CUB/m²),  calculados  de  acordo  com  a  Lei  Fed.  nº.  4.591,  de  16/12/64  e  com  a  Norma Técnica  NBR  12.721:2006  da  Associação  Brasileira  de  Normas  Técnicas  (ABNT)  e  são correspondentes  ao  mês  de  Novembro/2012.  "Estes  custos  unitários  foram  calculados conforme  disposto  na  ABNT  NBR  12.721:2006,  com  base  em  novos  projetos,  novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica  de  custos  unitários,  não  comparáveis  com  a  anterior,  com  a  designação  de CUB/2006".  

"Na  formação  destes  custos  unitários  básicos  não  foram  considerados  os seguintes  itens, que devem  ser  levados  em  conta na determinação dos preços por metro quadrado  de  construção,  de  acordo  com  o  estabelecido  no  projeto  e  especificações correspondentes  a  cada  caso  particular:  fundações,  submuramentos,  paredes‐diafragma, tirantes,  rebaixamento  de  lençol  freático;  elevador(es);  equipamentos  e  instalações,  tais como:  fogões,  aquecedores,  bombas  de  recalque,  incineração,  ar‐condicionado,  calefação, ventilação e exaustão, outros; playground  (quando não classificado como área construída); obras  e  serviços  complementares;  urbanização,  recreação  (piscinas,  campos  de  esporte), ajardinamento,  instalação e  regulamentação do condomínio; e outros serviços  (que devem ser  discriminados  no  Anexo  A  ‐  quadro  III);  impostos,  taxas  e  emolumentos  cartoriais, projetos:  projetos  arquitetônicos,  projeto  estrutural,  projeto  de  instalação,  projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador."   

PROJETOS  R$/m² Variação

RP1Q  ‐ Residência Popular 1.109,89      0,27%

GI ‐ Padrão Galpão Industrial 587,47          ‐0,01%   

Características do Barracão GI: um pavimento ou mais, pés‐direitos elevados e  vãos de grandes proporções, utilizando estruturas especiais metálicas, de  concreto pré‐moldado ou armado no local. Cobertura: Telhas de fibrocimento ou alumínio. Fachada: Com  tratamento  arquitetônico, pintura  a  látex,  revestimento  cerâmico ou outros materiais.  Áreas  externas  com  tratamento  paisagístico,  pavimentação,  tendo  como dependências acessórias vagas de estacionamento, guarita, plataforma de carga e descarga, dentre outras.  Características: Aplicação de materiais de acabamentos especiais. Esquadrias: Madeira, ferro ou de alumínio, geralmente obedecendo a projeto específico. 

   Para  um  barracão  de  5.000  m²,  área  necessária  para  o  desenvolvimento  da 

atividade  industrial e administrativa da PIERGO para atender aos propósitos e metas deste plano,  o  valor  aproximado  de  construção  do  barracão  ficará  em  R$  2.950.000,00  (dois milhões,  novecentos e cinquenta mil reais).  

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O valor para a aquisição de novo  imóvel proposto neste plano é de R$ 5.000.000,00  (cinco milhões de reais), ou seja, 15,6% do valor de venda tido no ‘cenário ótimo’.  A  somatória  dos  valores  de  aquisição  de  terreno  e  obras  civis  fica  em  R$  4.700.000,00 (quatro milhões e setecentos mil reais). A diferença entre este valor e o proposto no plano fica a cargo de encargos, projetos e demais despesas correntes.     

Recuperação Judicial Não é “Falência”  

Importante deixar claro que, afora o objetivo precípuo de efetuar o pagamento de todos os credores, não se pode perder de vista que a empresa em recuperação necessita ter uma mínima reserva de capital. 

Neste diapasão, insta dizer que o instituto da recuperação judicial é diferente da falência, pois a arrecadação de dinheiro não se presta simplesmente para saldar os débitos perante os credores, mas principalmente para que a empresa não deixe de permanecer ativa, contribuindo com a geração de riquezas e valor agregado. 

A  reserva  de  capital  é  necessária  inclusive  para  que  sejam  possibilitados  os procedimentos para adequação da nova fase da empresa, que contempla a sua própria saúde financeira e o afastamento dos problemas que a levaram a um estado de crise. 

 

 IV – Situação e Forma de liquidação do Passivo fiscal 

 De  todo o passivo existente contra a  recuperanda, o mais expressivo é o  fiscal, 

fato que exige atenção em especial sob pena de ineficácia do plano. Neste prisma, passa‐se a expor o procedimento a ser adotado para a regularização do seu passivo fiscal, sem que isto comprometa a continuidade de suas atividades, constituído, em síntese, da seguinte forma: 

 

Valor Originário Valor Atualizado

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL – demais débitos R$ 914.282,79 R$ 1.179.457,80

IRPF – PARCELADO SIMPLIFICADO    (SRF) R$                           ‐ R$ 127.609,32

EXECUÇÃO FISCAL 2003.70.00.027577‐6 R$ 2.616.527,06 R$ 7.464.462,90

PGFN Pagamento a vista R$ 994.908,54 R$ 2.400.941,56

PGFN – Parcelado R$ 5.044.122,98 R$ 15.362.359,90

PREVIDENCIÁRIO – SRF R$ 1.284.211,96 R$ 1.439.170,37

PREVIDENCIÁRIO – PGFN R$ 3.186.180,16 R$ 6.365.415,10

ICMS R$                           ‐ R$ 5.987.155,62

IPTU R$                           ‐ R$ 750.788,07

TOTAL R$ 14.040.233,49 R$ 41.077.360,64

R$ 41.077.360,64

‐                              

R$ 41.077.360,64

PASSIVO TRIBUTÁRIO

Total Passivo Exigível

Total Passivo Exigibilidade Suspensa

TOTAL GERAL      

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IV.1  TRIBUTÁRIO FEDERAL  Para  tornar  factível  o  plano  proposto,  optou  a  recuperanda  em  dividir  o  seu 

passivo  fiscal de  competência da União  em dois  grupos,  sendo  eles: Passivo  administrado pela  Secretaria  da  Receita  Federal  e  passivo  de  competência  da  Procuradoria  Geral  da Fazenda Nacional. Cada grupo terá um tratamento específico, o qual se passa a expor. 

  IV.2 PASSIVO FEDERAL ADMINISTRADO PELA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL 

DO BRASIL.  Os  débitos  de  competência  da União,  cuja  administração  está  sendo  realizada 

pela  Secretaria  da  Receita  Federal  do  Brasil  chegam  à  ordem  de  R$  2.746.237,49  (dois milhões setecentos e quarenta e seis mil, duzentos e  trinta e sete reais e quarenta e nove centavos), sendo eles: 

 

Valor Atualizado

R$ 1.179.457,80

R$ 1.439.170,37

IRPF – RETIDO

PASSIVO TRIBUTÁRIO EXIGIBILIDADE SUSPENSA

Valor Originário Valor Atualizado

 R$                           ‐    R$ 127.609,32

Valor Originário

DEMAIS DÉBITOS (origem comum) R$ 914.282,79

PREVIDENCIÁRIO R$ 1.284.211,96

  Os  demais  débitos  englobam  as mais  diversas  origens,  como  IRPJ,  PIS/Pasep, 

COFINS,  IPI  dentre  outros,  os  de  origem  previdenciária  são  aqueles  cuja  incidência  se disciplina através da  Lei 8.212/1991. O passivo  com a exigibilidade  suspensa é oriundo de Imposto de Renda Pessoa Física Retido na Fonte, cuja suspensão se deu via parcelamento na modalidade simplificada. 

 IV.3 DÉBITOS DE ORIGEM COMUM.  Os débitos comuns (ex:  IRPJ, CSLL, PIS, COFINS,  IPI) no valor de R$ 1.179.457,80 

(um milhão  cento  e  setenta  e  nove mil  quatrocentos  e  cinquenta  e  sete  reais  e  oitenta centavos),  excetuados  os  de  natureza  previdenciária,  e  os  que  se  encontram  com  a exigibilidade suspensa, serão compensados.  

Dentre  as  atividades  desempenhadas  pela  recuperanda,  há  aquelas  que  se enquadram  na  hipótese  de  incidência  do  IPI,  dentre  estas,  há  algumas  operações  que  as alíquotas foram reduzidas a 0%, implicando na inexistência de tributo a ser recolhido. 

Em decorrência do regime da não cumulatividade, o qual disciplina a  incidência do  IPI, a  recuperanda acaba por acumular em  sua conta gráfica  saldo credor, explica‐se: a não  cumulatividade  visa  afastar  a  incidência  do  mesmo  tributo  sobre  a  mesma  base econômica,  onerando  diversas  vezes  o  produto  até  que  chegue  ao mercado  consumidor, tantas  vezes  o  produto  circular,  serão  às  vezes  em  que  haverá  a  incidência  do  imposto, mascarando o preço final. Neste contexto, a não cumulatividade visa onerar apenas a parcela de valor que se agrega ao bem posto em circulação. 

Considerando que a saída de determinados produtos possuem alíquota reduzida a 0%, o valor do seu débito de  igual forma é reduzido, contudo, os produtos adquiridos  lhe conferiram direito ao crédito, devidamente escriturado em conta gráfica. 

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Assim, levando‐se em conta que no momento da apuração final o saldo devedor será inferior ao seu crédito, a recuperanda acaba sempre por acumular saldo credor em sua conta gráfica, passível de ressarcimento ou compensação. 

Já  há  um  crédito  escritural  reconhecido  pela  Secretaria  da  Receita  Federal  do Brasil no valor de R$ 1.822.433,47  (um milhão oitocentos e vinte e dois mil quatrocentos e trinta e  três  reais e quarenta e sete centavos), podendo ser utilizado para compensar com outros tributos administrados pela SRFB, além dos créditos que serão acumulados em virtude das atividades desempenhadas durante a recuperação judicial. 

Assim,  este  crédito  será  destinado  para  quitar  todo  o  passivo  tributário administrado  pela  SRFB.  Será  apresentado  perante  a  SRFB  um  pedido  de  compensação, utilizando como crédito o acumulado em conta gráfica de IPI, procedimento autorizado pelos seguintes dispositivos legais: 

 Instrução Normativa da SRFB nº 1.300/2012 CAPÍTULO V DA COMPENSAÇÃO (Retificado no DOU de 05/12/2012, Seção 1, pág. 36)  

Seção I Das Disposições Gerais sobre a Compensação Efetuada Mediante Declaração de Compensação  

Art. 41  . O  sujeito passivo que apurar  crédito,  inclusive o  crédito decorrente de decisão  judicial  transitada em  julgado,  relativo a  tributo administrado pela RFB, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá‐lo na compensação de débitos próprios,  vencidos ou  vincendos,  relativos a  tributos administrados pela RFB,  ressalvadas  as  contribuições  previdenciárias,  cujo  procedimento  está previsto nos arts. 56 a 60, e as contribuições recolhidas para outras entidades ou fundos.   

§  1º  A  compensação  de  que  trata  o  caput  será  efetuada  pelo  sujeito  passivo mediante apresentação à RFB da Declaração de Compensação gerada a partir do programa  PER/DCOMP  ou,  na  impossibilidade  de  sua  utilização,  mediante  a apresentação  à  RFB  do  formulário  Declaração  de  Compensação  constante  do Anexo VII a esta Instrução Normativa, ao qual deverão ser anexados documentos comprobatórios do direito creditório.   

§ 2º A compensação declarada à RFB extingue o crédito tributário, sob condição resolutória da ulterior homologação do procedimento.  

Esta  Instrução  Normativa  busca  como  fundamento  de  validade  o  artigo  74  e seguintes da Lei 9.430/1996, assim disposto: 

 

Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal,  passível  de  restituição  ou  de  ressarcimento,  poderá  utilizá‐lo  na compensação de débitos próprios  relativos a quaisquer  tributos  e  contribuições administrados  por  aquele Órgão.(Redação  dada  pela  Lei  nº  10.637,  de  2002)   (Vide Decreto nº 7.212, de 2010) § 1o A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega, pelo sujeito  passivo,  de  declaração  na  qual  constarão  informações  relativas  aos 

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créditos utilizados  e aos  respectivos débitos  compensados.  (Incluído pela  Lei nº 10.637, de 2002) § 2o A compensação declarada à Secretaria da Receita Federal extingue o crédito tributário,  sob  condição  resolutória de  sua ulterior homologação.  (Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002)  

Há de  se Ressaltar que esta compensação poderá ocorrer com qualquer débito administrado pela SRFB,  inclusive  Imposto de Renda Redito na Fonte, excetuada apenas as contribuições sociais. 

Portanto, revela‐se de todo provável este procedimento, dispensando a incursão no  campo  judicial,  é  realizado  perante  a  SRFB,  na  seara  administrativa, mediante  simples declaração  de  compensação,  será  utilizado  como  crédito  o  acumulado  em  conta  gráfica oriundo dos produtos que saem do seu estabelecimento com alíquota reduzida a 0%. Após este procedimento, resultando na quitação total do passivo administrado pela SRFB, haverá um  saldo  escritural  remanescente  de  R$  642.975,67  (seiscentos  e  quarenta  e  dois  mil novecentos  e  setenta  e  cinco  reais  e  sessenta  e  sete  centavos),  cuja  destinação  será apresentada no momento oportuno. 

Em apertada  síntese, esta é a  fundamentação e o procedimento a  ser adotado para  que  a  totalidade  do  passivo  de  competência  da  Secretaria  da  Receita  Federal  seja solvido, após, ainda  restará um saldo credor  remanescente de R$ 642.975,67  (seiscentos e quarenta e dois mil novecentos e setenta e cinco reais e sessenta e sete centavos). 

 IV.4 DÉBITOS DE ORIGEM PREVIDENCIÁRIA.  Os débitos de origem previdenciária serão incluídos no parcelamento previsto na 

Lei 11.941/2009, única modalidade existente que atende aos anseios das empresas que se encontram em recuperação judicial. 

Toda a metodologia e fundamentação  jurídica para a  inclusão destes débitos no parcelamento  será apresentada posteriormente, em  conjunto  com os débitos da PGFN, os quais terão a mesma destinação, parcelamento pela Lei 11.941/2009. 

 IV.5 DÉBITOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA.  Estes  débitos  encontram‐se  parcelados  pela  modalidade  simplificada  da  Lei 

10.522/2002. Este parcelamento, por não possuir condições atrativas para empresas que se encontram em recuperação judicial, será rescindido. 

O  saldo  remanescente  deste  parcelamento  será migrado  para  o  parcelamento instituído pela  Lei 11.941/2009,  cuja  sistemática e  fundamentação  jurídica para a  inclusão dos débitos se dará em conjunto com os débitos de competência da PGFN. 

 PASSIVO FEDERAL ADMINISTRADO PELA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA NACIONAL. 

  DÉBITOS DA EXECUÇÃO FISCAL 2003.70.00.027577‐6 E SEUS APENSOS. 

 

Tramita perante a 01ª Vara Federal de Execuções Fiscais da Subseção  Judiciária de Curitiba os autos de execução nº 2003.70.00.027577‐6. O débito posto em execução é de origem previdenciária e o juízo encontra‐se garantido, mediante penhora do imóvel sede da recuperanda. 

Desta  feita,  para  que  o  futuro  adquirente  possa  receber  o  imóvel  livre  e desembaraçado de qualquer ônus ou gravame, a integralidade do débito será liquidada, com 

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recursos  provenientes  da  venda  do  imóvel.  O  valor  atualizado  da  execução,  com  seus apensos, chega a ordem de R$ 7.464.462,90 (sete milhões quatrocentos e sessenta e quatro mil quatrocentos e sessenta e dois reais e noventa centavos).  

CERTIDÕES DE DÍVIDA ATIVA Nº 90.2.11.008566‐77; 90.7.11.004826‐68; 90.6.11.022883‐57; 90.2.11.010975‐24 E 90.6.11.022884‐38. 

 Considerando  a  venda  do  imóvel  pelo  cenário  ótimo,  após  a  liquidação  dos 

créditos  de  outras  classes,  haverá  um  saldo  remanescente  deste  ativo  no  importe  de  R$ 2.400.941,56 (dois milhões quatrocentos mil novecentos e quarenta e um reais e cinquenta e seis centavos). 

Este saldo será destinado para quitar as seguintes CDA’s:  

CDA VALOR ORIGINALVALOR 

ATUALIZADO

VALOR DO 

PAGAMENTO

90.2.11.008566‐77 R$ 39.070,26 R$ 96.073,50 R$ 96.073,50

90.7.11.004826‐68 R$ 232.017,28 R$ 437.373,84 R$ 437.373,84

90.6.11.022883‐57 R$ 839,46 R$ 1.506,12 R$ 1.506,12

90.2.11.010975‐24 R$ 224.845,62 R$ 418.488,64 R$ 418.488,64

90.6.11.022884‐38 R$.070.211,62 R$ 2.019.575,16 R$ 1.447.499,46 

 Portanto, com o saldo remanescente da venda do ativo, as CDA’s 90.2.11.008566‐

77;  90.7.11.004826‐68;  90.6.11.022883‐57  e  90.2.11.010975‐24  serão  quitadas,  por completo. No tocante a CDA 90.6.11.022884‐38, será efetuado um pagamento parcial, tendo como  saldo  remanescente  o  valor  de  R$  572.075,70  (quinhentos  e  setenta  e  dois mil  e setenta e cinco reais e setenta centavos). 

  DEMAIS DÉBITOS. PARCELAMENTO LEI 11.941/2009. 

 A empresa recuperanda aderiu ao parcelamento instituído pela Lei 11.941/2009, 

conhecido  como  REFIS  DA  CRISE,  ou  REFIS  IV,  indicando  para  tanto,  todos  os  débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal e Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, ou seja, todos os débitos de competência da União. 

Não  obstante  os  esforços  engendrados,  a  burocracia  procedimental  ínsita  a administração pública não permitiu que a pretensão de parcelamento da recuperanda fosse concluída,  fato  que  culminou  com  a  impetração  de  Mandado  de  Segurança  (autos  nº 5017284‐16.2012.404.7000),  visando  a  sua  reinclusão  no  programa  de  recuperação  fiscal, ainda pendente de julgamento. 

O artigo 155‐A do CTN determina a concessão de parcelamento específico para empresas que se encontrem em recuperação judicial, a ser editado via Lei ordinária, em que pese tal determinação, o Poder Legislativo encontra‐se em mora com os cidadãos, pois, até o momento, inexiste a Lei específica exigida pelo artigo 155‐A do CTN, assim disposto: 

 Art. 155‐A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)  §  3o  Lei  específica  disporá  sobre  as  condições  de  parcelamento  dos  créditos tributários  do  devedor  em  recuperação  judicial.  (Incluído  pela  Lcp  nº  118,  de 2005) 

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§ 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste artigo importa na aplicação das  leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação  judicial,  não  podendo,  neste  caso,  ser  o  prazo  de  parcelamento inferior  ao  concedido  pela  lei  federal  específica.  (Incluído  pela  Lcp  nº  118,  de 2005) (o grifo é nosso)  A Lei de Falência corrobora com o disposto, seu artigo 68 é redigido da seguinte 

forma: Art.  68.  As  Fazendas  Públicas  e  o  Instituto  Nacional  do  Seguro  Social  –  INSS poderão  deferir,  nos  termos  da  legislação  específica,  parcelamento  de  seus créditos,  em  sede  de  recuperação  judicial,  de  acordo  com  os  parâmetros estabelecidos  na  Lei  no  5.172,  de  25  de  outubro  de  1966  ‐  Código  Tributário Nacional.  A  inexistência de Lei específica, como o que ocorre, culmina com a aplicação da 

Lei ordinária de parcelamento. Para a União, trata‐se da Lei 10.522/2002, com previsão de, no máximo, 60 (sessenta) parcelas, o que torna inviável ante o montante do passivo e o valor da parcela mensal. 

Diante  deste  contexto,  o  objetivo  da  Lei  11.101/2005  (Lei  de  Falência  e Recuperação Judicial) resta prejudicado, até mesmo  inatingível, pois a ferramenta conferida pelo  artigo  155‐A  do  CTN  ainda  não  foi  editada,  não  há  Lei  específica  que  discipline  o parcelamento de débito tributário de devedores em sede de recuperação judicial. Portanto, os  devedores  em  recuperação  judicial  encontram  forte  embargo  para  atingir  os  objetivos elencados no artigo 47 da Lei de Falência. 

 

Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de  crise  econômico‐financeira  do  devedor,  a  fim  de  permitir  a manutenção  da fonte  produtora,  do  emprego  dos  trabalhadores  e  dos  interesses  dos  credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.   

Em apertada síntese, com o auxílio de outros  fundamentos de Direito, este é o embasamento da pretensão da  recuperanda para  reincluir o  seu passivo  tributário  federal administrado pela PGFN  (excetuadas as CDA’s que serão  liquidadas), os administrados pela SRFB que se encontram parcelados pela modalidade simplificada e serão migrados e os de origem previdenciária, todos serão  incluídos no parcelamento da Lei 11.941/2009, única Lei que se coaduna com o espírito da Lei 11.101/2005, capaz de viabilizar a superação da crise econômica vivenciada pela recuperanda. 

Nesta  linha,  todos  os  débitos  existentes  na  data  do  pedido  de  recuperação judicial, cuja   administração seja conferida a PGFN, os parcelados no âmbito da SRFB e que serão migrados e os previdenciários estariam englobados no parcelamento de que trata a Lei 11.941/2009,  podendo,  ainda,  gozar  das  benesses  conferidas  pela  Lei  em  comento, parcelados em até 180 (cento e oitenta) prestações mensais, com redução de 60% (sessenta por cento) das multas de mora e de ofício, de 20%  (vinte por cento) das  isoladas, de 25% (vinte e  cinco por  cento) dos  juros de mora e de 100%  (cem por  cento)  sobre o  valor do encargo legal, artigo 1º, §3º, V da Lei 11.941/2009. 

Neste  panorama,  excetuado  também  o  débito  da  execução  fiscal 2003.70.00.027577‐6  e  seus  apensos,  o  qual  se  encontra  garantido mediante  penhora  do imóvel  sede,  e  será  liquidado  à  vista,  o  passivo  tributário  federal  da  recuperanda administrado pela PGFN passa a ser constituído da seguinte forma: 

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Parcelamento Valor Atualizado Valor Consolidado Valor Parcela

ART. 1º PGFN R$ 15.362.359,90 R$ 1.170.001,83 R$ 69.812,51

PARC. MIGRADO  R$              ‐    R$ 127.609,32 R$ 797,56

PREVIDENCIÁRIO R$ 1.439.170,37 R$ 1.357.539,77 R$ 8.484,62

PREVIDENCIÁRIO – PGFN R$ 6.363.635,99 R$ 5.092.653,66 R$ 31.829,09

TOTAL R$ 23.165.166,26 R$ 17.747.804,58 R$ 110.923,78

PASSIVO TRIBUTÁRIO

  

Assim, verifica‐se a viabilidade de reinclusão da recuperanda no parcelamento da Lei 11.941/2009, única modalidade de parcelamento capaz de viabilizar o soerguimento de empresas que se encontrem em recuperação  judicial, em que pese ter se esgotado o prazo para adesão, princípios constitucionais como a proporcionalidade e razoabilidade, aliados a função  teleológica da  Lei 11.101/2005, dentre outros argumentos, dão  sustentação para a pretensão jurídica da recuperanda, pelo que se demonstra ser palpável e provável o êxito da tese aqui elencada. 

 TRIBUTÁRIO ESTADUAL 

 O  passivo  estadual  da  recuperanda  mais  significativo  possui  como  causa 

subjacente débitos de ICMS, atualizados chegam à monta de R$ 5.987.155,62 (cinco milhões novecentos e oitenta e sete mil cento e cinquenta e cinco reais e sessenta e dois centavos). 

O procedimento a ser adotado possui domicílio no artigo 41 do Código de Defesa dos  Contribuintes  do  Estado  do  Paraná,  Lei Complementar  Estadual  nº  107/2005.  Esta  lei estabelece  normas  gerais  sobre  direitos  e  garantias  aplicáveis  na  relação  tributária  do contribuinte com a administração fazendária do Estado do Paraná. 

 

Art. 41. Fica autorizado o Poder Executivo a instituir programa e revitalização das empresas,  modulando  o  fluxo  de  pagamento  dos  impostos  inadimplidos  em função do faturamento mensal. (destacamos)  

A recuperanda poderia se beneficiar do programa de revitalização das empresas paranaenses, caso existisse, porém, pela mesma  razão de que não há  lei específica para o parcelamento  de  débitos  de  devedores  em  recuperação  judicial,  também  não  há  este programa no  Estado do Paraná, pois não  se  trata de um  interesse direto da  arrecadação, logo, relegado a um segundo plano. 

Não obstante a  inexistência de  regulamentação específica, o dispositivo  legal é vigente e  surte efeitos, pelo que deve  ser aplicado e utilizado. Para  tanto, utilizaremos da analogia,  buscando  no  ordenamento  jurídico  do  Estado  do  Paraná  algum  dispositivo  legal semelhante e que possa ser estendido ao caso concreto. 

Trata‐se do Decreto 630/2011, regulamentando o Programa Paraná Competitivo, dispõe  o  seu  artigo  10  e  seguintes  sobre  a  aplicação  deste  programa  para  empresas  em recuperação judicial, disciplina o parcelamento de ICMS com as seguintes diretrizes: 

 

DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL Art. 10. Compete ao Secretário de Estado da Fazenda, com base em parecer do Comitê  e  da  CAEC,  autorizar  o  parcelamento,  até  o  vencimento,  do  ICMS declarado  por  estabelecimento  industrial  em  recuperação  judicial,  e  celebrar TGAP com o administrador judicial da empresa. § 1º A competência de que trata o "caput" poderá ser delegada. 

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§ 2° O parcelamento de que  trata este artigo será aplicado durante o prazo de vigência da  recuperação  judicial ou até o momento em que a soma dos valores das segundas parcelas atingir o valor das dívidas junto aos credores relacionados no edital de publicação que deferiu a recuperação judicial, de que trata o § 1º do art. 52 da Lei Federal n. 11.101/2005. §  3°  Ao  pedido,  assinado  pelo  administrador  judicial  da  empresa,  dirigido  ao Secretário  de  Estado  da  Fazenda,  contendo  a  identificação  do  estabelecimento (nome  empresarial,  endereço,  números  de  inscrição  no  CAD/ICMS  e  no  CNPJ), serão anexados: I ‐ o edital de publicação a que se refere o § 2º; II ‐ as certidões de que tratam as alíneas "a", "b", e "c" do inciso II do § 1º do art. 5°; III ‐ o demonstrativo previsto no inciso IV do § 1º e no § 3º do art. 5°. § 4º Ao parcelamento de que trata este artigo aplica‐se o inciso I do art. 3°; os §§ 2° e 4° do art. 5°; o art. 11; o art. 12, exclusive inciso I; e o art. 13.  

Mesmo  não  se  destinando  especificamente  para  a  revitalização  das  empresas, conforme determinado pelo artigo 41 do Código de Defesa dos Contribuintes do Estado do Paraná, o Decreto 630/2011 busca como fundamento de validade a Lei Federal 11.101/2005 (Lei de Falência), conclusão que se chega ao ler o seu preâmbulo. 

Além disto, o artigo 1º, §2º e o artigo 2º, III do Decreto em comento destinam a sua  incidência, de modo expresso, a empresas que  se encontrem em  recuperação  judicial, senão vejamos: 

 Art. 1º Este Decreto, parte  integrante do Programa Paraná Competitivo, em sua vertente  fiscal,  objetiva  atrair  novos  investimentos,  gerar  emprego  e  renda, promover a descentralização regional e a preservação ambiental, pela indução do desenvolvimento  industrial do Estado, e se destina a estabelecimento  industrial, sediado  ou  que  venha  a  se  instalar  no  território  paranaense,  que  realizar investimento permanente. § 2º O Programa aplica‐se também no caso de recuperação judicial. Art. 2º A vertente fiscal do Programa Paraná Competitivo consiste em: III ‐ parcelamento, até o vencimento, do ICMS declarado, no caso de recuperação judicial. (original sem grifo)  

Portanto, mesmo não sendo o programa específico a que alude o artigo 41 da Lei Complementar  Estadual  107/2005,  o  Decreto  630/2011  faz  às  vezes  deste,  onde  uma interpretação  analógica  permite  a  sua  utilização  para  a  consecução  deste  plano  de recuperação. Há pontos convergentes de extrema  relevância que autorizam o emprego da analogia  para  suprir  a  lacuna  existente,  chama‐se  atenção  para  a  semelhança  entre  os objetivos do Decreto e os fins visados pela Lei 11.101/2005 (Lei de Falência).  

A  recuperanda  pretende,  com  fundamento  no  artigo  41  da  Lei  Complementar Estadual  107/2005  e  Decreto  Estadual  630/2011,  celebrar  com  o  Estado  do  Paraná,  por intermédio de seu Secretário da Fazenda, um Termo Geral de Acordo de Parcelamento. Por este Termo Geral de Acordo de Parcelamento – TGAP, o valor das parcelas tomará como base um percentual do faturamento mensal da recuperanda (art. 41 LC 107/2005), sem que  isto comprometa a continuidade de suas atividades. 

Tomando  como  parâmetro  a  projeção  de  faturamento  pós  deferimento  da recuperação  judicial, na média de R$ 1.300.000,00/mês  (um milhão e  trezentos mil  reais), com um  crescimento projetado de 5% ao ano, em  confronto  com o valor  total do passivo 

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tributário  de  competência  do  Estado  do  Paraná,  no montante  de  R$  5.987.155,62  (cinco milhões novecentos e oitenta e  sete mil cento e cinqüenta e cinco  reais e  sessenta e dois centavos), temos que o percentual do faturamento mensal a ser comprometido com o TGAP é de 3,5%. Este percentual é suficiente para fazer frente aos juros e atualização monetária, bloqueando o crescimento da dívida, bem como, amortizar o valor principal do débito. 

Neste cenário, a dívida tributária estadual da recuperanda levaria 12 (doze) anos e  6  (seis) meses  para  ser  solvida,  proporcionando  a  continuidade  de  suas  atividades,  do modo menos gravoso para si e para os seus credores. De igual modo, verifica‐se a viabilidade da tese aqui elencada, tornando possível a regularização do passivo fiscal de competência do Estado do Paraná. 

 TRIBUTÁRIO MUNICIPAL 

 O passivo tributário municipal da recuperanda se reveste de caráter propter rem, 

na medida em que, não é dívida da pessoa jurídica, mas do imóvel que é de sua propriedade, são dívidas de IPTU. 

O IPTU é um imposto que onera a propriedade, possui um viés real, a dívida é da coisa e não do proprietário enquanto pessoa física ou jurídica, deste modo, com a alienação do imóvel a dívida de IPTU que o onera seria transferida ao comprador, pouco importando o pacto entre as partes, conclusão que se chega ao interpretar o artigo 130 do CTN. 

 

Art.  130.  Os  créditos  tributários  relativos  a  impostos  cujo  fato  gerador  seja  a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas  pela  prestação  de  serviços  referentes  a  tais  bens,  ou  a  contribuições  de melhoria,  subrogam‐se  na  pessoa  dos  respectivos  adquirentes,  salvo  quando conste do título a prova de sua quitação.  

Portanto,  considerando  que  o  plano  de  recuperação  judicial  gira  em  torno  da alienação do imóvel sede da recuperanda e que, as dívidas de IPTU o perseguirão, tornando inviável uma venda, ou se viável seria por um preço  impraticável, todo o passivo tributário municipal seria quitado à vista. 

Assim,  o  produto  da  alienação  do  imóvel  sede  da  recuperanda  se  destinará  a quitar todo o passivo tributário municipal, para que o futuro adquirente passa recebê‐lo livre que quaisquer ônus ou encargos, viabilizando uma venda a um preço justo, proporcionando um saldo remanescente a ser destinando para a satisfação de outros créditos. 

 IV.6 COMENTÁRIOS AO PROJETO DE LEI 3091/2012 E OUTROS CORRELATOS.  Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 3.091/2012, tendo como apenso 

o  Projeto  de  Lei  3.100/2012.  A  redação  do  projeto  de  Lei  altera  o  conteúdo  da  Lei 11.941/2009, o REFIS DA CRISE. 

Os  projetos  de  Lei  objetivam  facilitar  a  prestação  das  informações  atinentes  à consolidação dos débitos. É que a Lei 11.941/2009 outorgou para a administração tributária a competência  para  regulamentar  o  parcelamento,  esta,  por  sua  vez,  extrapolou  os  limites regulamentares  dos  atos  administrativos,  impondo  aos  contribuintes  obrigações  não previstas em  Lei,  criando óbice para a adesão  sem motivo que o  justificasse,  sem  falar na confusão gerada as vésperas da consolidação, nem mesmo os próprios agentes  fazendário sabiam informar o procedimento correto a ser adotado. 

Isto  implicou  na  exclusão  de  inúmeras  empresas,  segundo  dados  do  governo, mais da metade dos contribuintes que aderiram ao parcelamento  foram excluídos por não 

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terem  prestado  as  informações  atinentes  a  consolidação,  incluindo  a  recuperanda,  por simplesmente não  ter efetuado  a entrega de uma declaração, mero erro  formal. O Poder Judiciário vem corrigindo o equivoco, determinando a manutenção/reinclusão de empresas que se encontrem nessa situação, providência buscada através do Mandado de Segurança nº 5017284‐16.2012.404.7000, o qual aguarda julgamento. 

Neste  intuito,  o  Projeto  de  Lei  reabre  o  prazo  para  as  empresas  prestarem  as informações  relativas  à  consolidação  do  ato,  podendo  a  recuperanda  aproveitar  desta benesse. 

Há, ainda, a tendência de o governo reabrir o prazo de adesão para o REFIS, pela redação original, apenas os débitos vencidos até novembro de 2008 que poderiam integrar o programa  de  recuperação  fiscal.  Instituições  de  classe  fazem  grande  lobby  no  Congresso Nacional para  reabrir o REFIS, permitindo a  inclusão de débitos vencidos até dezembro de 2012. 

Se formos analisar a tendência dos últimos anos, a probabilidade de termos um novo programa de recuperação fiscal é alta, pois vem sendo instituído a cada 3 (três) anos. O primeiro com a Lei 9.964/2000, o segundo programa  instituído foi o PAES, Lei 10.684/2003, posteriormente  foi  publicada  a MP  303/2006,  por  fim,  o  famigerado  REFIS  DA  CRISE,  Lei 11.941/2009.  

Atualmente  o  projeto  aguarda  parecer  conjunto  da  Comissão  de  Finanças  e Tributação e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

Tecida esta breve digressão, verifica‐se a viabilidade de regularização de todo o passivo  fiscal  da  recuperanda,  pelo  estratagema  arquitetado,  propicia‐se  a  solvência  do passivo já constituído, com a manutenção do seu estado de regularidade enquanto perdurar a  sua  situação  de  recuperação  fiscal,  atingindo,  assim,  os  objetivos  da  Lei  11.101/2005, manutenção  da  fonte  produtora,  empregatícia  e  de  arrecadação,  cumprindo  com  a  sua função social. 

 

V – Formas de Pagamento a Credores:  

Pagamento da Classe I – Trabalhistas  

A destinação dos  recursos provenientes da  venda dos bens  relacionados neste plano será dada prioritariamente ao pagamento dos Credores Trabalhistas, conforme artigo 54  da  LRE  11.101/2005,  onde  é  previsto  que  estes  devem  receber  integralmente  seus créditos  até  o  décimo  segundo mês  após  a  data  de  publicação  no  Diário  da  Justiça  do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná da decisão que conceder a recuperação  judicial do grupo. 

Portanto, a data final para a venda dos bens relacionados no anexo deste plano deve ocorrer dentro do prazo que possibilite que os recursos oriundos desta venda estejam liberados a tempo, ou seja, até o décimo segundo mês após a data de publicação no Diário da Justiça do Tribunal de  Justiça do Estado do Paraná da decisão que conceder a recuperação judicial da PIERGO. 

Os créditos integrais relacionados na lista de credores da Classe Trabalhista, serão pagos à vista, pela PIERGO, até o  limite do valor obtido pela venda dos bens  relacionados neste plano, em até 30 dias a contar da data de  liberação para uso dos recursos pelo  juízo responsável  por  sua  Recuperação  Judicial,  através  de  créditos  nas  respectivas  contas correntes, indicadas individualmente pelos credores. 

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Ressalta‐se  que  havendo  a  inclusão  de  algum  credor  Trabalhista  após  a  total utilização  dos  recursos  provenientes  da  venda  dos  bens  relacionados  neste  plano,  o montante  líquido e  certo destinado  a este  credor  será  reservado  e pago,  sempre, em  até doze meses, contados a partir da data da decisão judicial final e que não caiba recurso, que, portanto  o  torna  líquido  e  certo  o  referido  valor  na  dívida  no  Processo  de  Recuperação Judicial. 

Neste  caso  específico,  o  pagamento  aos  credores  Trabalhistas  deve  seguir  a ordem de prioridade de valores crescentes, quitando desde o menor crédito  inscrito até o maior deles, até que a  totalidade do recurso seja esgotada. Somente após a quitação  total dos créditos relacionados na listagem de Credores Trabalhistas, devem ser pagos os credores das demais classes. 

A forma de pagamento para os credores desta categoria serão as mesmas para os cenários ‘Ótimo’ e ‘Mínimo’. 

  Pagamento  das  Classes  II  e  III  –  Garantia  Real  e 

Quirografários  

Para  todos os Credores das Classes  II e  III, pertencentes à  relação de credores, resultante da aplicação do Art. 7º da LRE, havendo saldo remanescente do valor originário da venda dos bens imóveis, destinado prioritariamente aos pagamentos aos credores da classe I, este  será  destinado,  em  todo  o  seu  saldo  remanescente,  para  cada  credor  destas  duas classes, a fim de  iniciar o pagamento do valor de seus créditos, amortizando os créditos de cada um destes credores. 

O  valor  resultante  da  proposta  acima  será  distribuído  entre  os  credores Quirografários e com Garantia Real, conforme abaixo:  

o Classe II – com Garantia Real      Cenário Ótimo:  

O  montante  originário  remanescente  do  valor  da  venda  do  ativo  destinado prioritariamente  para  pagamentos  aos  credores  da  classe  I  (trabalhistas),  será destinado ao pagamento dos credores da classe II – com garantia real – onde o valor a ser pago deverá ser correspondente ao valor original do débito, com desconto de 10% (dez  por  cento), mais  sua  correção mensal,  pelo  índice  do  ‘CDI’  –  Certificados  de Depósito  Interbancário – desde a data de origem deste passivo  junto aos credores, até a data do deferimento desta Recuperação Judicial; 

Para o INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social – cuja execução já culminou em duas hastas de Leilão, porém, sem arrematação, a proposta é para pagamento à vista, sem  descontos  a  serem  aplicados  ao  seu  saldo  atualizado,  dado  o  saldo remanescente do valor da venda do ativo e os valores pagos aos credores da classe I;  

Para as Instituições Financeiras, entre o rol de credores da classe II – com garantia real –  e  com  parcelas  a  vencer,  a  proposta  é  para  a  apuração  do  valor  presente  dos contratos,  com  desconto  de  10%  (dez  por  cento)  sobre  este  valor,  também  com liquidação à vista. Esta antecipação deverá  se dar  com a aplicação dos  redutores e descontos cabíveis, conforme previsto nas cláusulas contratuais de cada instituição. 

 

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Cenário Mínimo:  

O  montante  originário  remanescente  do  valor  da  venda  do  ativo  destinado prioritariamente  para  pagamentos  aos  credores  da  classe  I  (trabalhistas),  será destinado ao pagamento dos credores da classe II – com garantia real – onde o valor a ser pago deverá ser correspondente ao valor original do débito, com desconto de 30% (trinta por  cento), mais  sua correção mensal, pelo  índice do  ‘CDI’ – Certificados de Depósito  Interbancário – desde a data de origem deste passivo  junto aos credores, até a data do deferimento desta Recuperação Judicial; 

Para o INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social – cuja execução já culminou em duas hastas de Leilão, porém, sem arrematação, a proposta é para pagamento à vista, sem  descontos  a  serem  aplicados  ao  seu  saldo  atualizado,  dado  o  saldo remanescente do valor da venda do ativo e os valores pagos aos credores da classe I;  

Para as Instituições Financeiras, entre o rol de credores da classe II – com garantia real –  e  com  parcelas  à  vencer,  a  proposta  é  para  a  apuração  do  valor  presente  dos contratos,  com desconto de 30%  (trinta por  cento)  sobre este valor,  também  com liquidação à vista. Esta antecipação deverá  se dar  com a aplicação dos  redutores e descontos cabíveis, conforme previsto nas cláusulas contratuais de cada instituição. 

  

o Classe III – Quirografários  

Cenário Ótimo:  

O montante  remanescente  da  venda  do  ativo,  após  o  pagamento  previsto  para  os credores das Classes  I e  II, devera  ser utilizado para o pagamento dos  credores da Classe  III – Quirografários, de  forma homogênea,  considerando e aplicando, para o valor  tido  como passivo  atualizado  e  reconhecido pelos  credores, um desconto de 20% (vinte por cento), que deverão ser pagos em uma única parcela, à vista, quando do crédito do valor apurado na venda do ativo.  

Cenário Mínimo:  

O montante  remanescente  da  venda  do  ativo,  após  o  pagamento  previsto  para  os credores das Classes  I e  II, devera  ser utilizado para o pagamento dos  credores da Classe  III – Quirografários, de  forma homogênea,  considerando e aplicando, para o valor  tido  como passivo  atualizado  e  reconhecido pelos  credores, um desconto de 44% (quarenta e quatro por cento), que deverão ser pagos em uma única parcela, à vista, quando do crédito do valor apurado na venda do ativo. 

 O pagamento aos credores acontecerá pelo deferimento deste plano e, tão  logo 

seja  homologada  a  operação  de  compra  e  venda  pelo  Juízo  da  1ª  Vara  de  Falências  e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba/PR., respeitando‐se o cronograma legal previsto para estes pagamentos. 

O  saldo da venda deste ativo,  conforme demonstrado nos quadros acima,  será destinado  para  a  aquisição  de  novo  imóvel  e  construção  de  barracão  industrial  ou  para reformas, necessário para a manutenção das atividades de industrialização e comercialização dos produtos pela Piergo, para a desmobilização necessária para mudança de  sua unidade 

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produtiva e administrativa e, para capital de giro, que é fundamental para o prosseguimento das  atividades  da  Piergo,  dada  a  falta  de  credibilidade  e  de  cadastro  favorável  junto  às instituições financeiras e fornecedores. 

Para  o  caso  de  venda  em  valor  intermediário  ao  dos  cenários  acima demonstrados,  aplicar‐se‐á  o  critério  da  proporcionalidade  dos  repasses  para  o  saldo, respeitando‐se a ordem dos pagamentos conforme a LRE.  

Os valores propostos para aquisição de novo imóvel, desmobilização e capital de giro deverão  ser mantidos,  já que esses não podem  sofrer  reduções devido ao  risco de  se inviabilizar as atividades industriais e comerciais da PIERGO.  

 B.7 Projeções de Resultado após conclusão da RJ 

 Premissas:   

I ‐ Reestruturação operacional       Após o pedido de  recuperação  judicial,  a PIERGO desenvolveu um plano de reestruturação  administrativo/financeiro  e  operacional  visando  encontrar  seu  ponto  de equilíbrio financeiro, buscando a rentabilidade necessária para permitir a liquidação de seus débitos e, o mais importante, a manutenção de sua viabilidade a médio e longo prazo, o que depende não só da solução da atual situação de endividamento, mas também da melhoria de sua capacidade de geração de caixa.      As medidas identificadas no Plano de Reestruturação estão incorporadas a um planejamento  para  o  período  de  10  (dez)  anos  e  estão  fundamentadas  nas  seguintes decisões estratégicas: 

 

Área Comercial  

Reestruturação de políticas comerciais e revisão das margens/rentabilidade; 

Plano orçamentário de vendas por período, com atualizações quinzenais; 

Plano  de  ação  para  realização  de  parcerias  estratégicas,  principalmente  para Prestação de Serviços (Mão de Obra); 

Basear a retomada do crescimento da empresa em parcerias estratégicas;  

Área Administrativa  

Reavaliação do quadro funcional, de gastos com pessoal e horas extras,  implantação do  sistema  ‘OBZ’  – Orçamento  Base  Zero  –  através  de medidas  sistêmicas  para  a redução de despesas, fixas e variáveis, evitando gastos desnecessários, desperdícios e ações sem planejamento; 

Implantação de política de recursos humanos para que contemple: plano de carreira baseado em resultado, melhorias no processo de seleção, treinamento e valorização social e profissional dos colaboradores internos visando a redução do turn‐over e dos custos de pessoal; 

Fortalecimento  organizacional  e  da  responsabilidade  estratégica  de  toma  da  de decisão para alcançar metas e assegurar a aderência das ações aos planos; 

Traçar  diretrizes  de  administração  e  dar  suporte  à  área  comercial  através  de  uma análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças); 

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Elaboração de novo organograma da empresa para o modelo de gestão aprovado e consoante com o projeto de reorganização administrativo/financeiro. 

 

Área Financeira  

Busca de novas linhas de créditos menos onerosas e mais adequadas ao momento da empresa, caso  seja necessário, pois pelo plano ora apresentado, a Piergo passará a dispor de capital de giro próprio, face à venda do ativo, financiando suas operações de compra e venda; 

Renegociação  do  passivo  tributário,  o  qual  não  está  sujeito  aos  efeitos  da Recuperação Judicial, de forma a equacionar a entrada de receitas e o pagamento dos parcelamentos conforme seu fluxo de caixa; 

Implantação  de  relatórios  gerenciais  para  análise  de  resultados  econômicos  e financeiros. 

Fornecer base sustentável a todas as decisões estratégicas;  

Área Operacional  

Plano de redução dos custos fixos para melhoria da margem operacional, bem como redução  de  custos, mediante  análise  de  processos,  para melhoria  da margem  de contribuição; 

Realizar  o  planejamento  de  compras  de  matéria  prima  e  insumos  com  base  em pedidos  já  finalizados  e/ou  confirmados,  otimizando  o  giro  do  estoque  e  a necessidade  de  capital  de  giro,  buscando  equacionamento  entre  as  entradas  de produtos  necessárias  com  a  receita  gerada, minimizando  o  custo  financeiro  pelas antecipações e descontos de duplicatas. 

 

II ‐ Projeções do Desempenho Econômico‐Financeiro  

   As  projeções  financeiras  foram  desenvolvidas  assumindo‐se  o  crescimento contínuo  do mercado  e  ao  alívio  gerado  pela  retirada  do  fardo  representado  por  estes passivos em  seu  fluxo de caixa, mas,  sob uma expectativa conservadora, onde projetou‐se crescimento  com  base  nas  projeções  do  PIB  brasileiro,  conforme  premissa  da  corretora japonesa Nomura, a qual prevê uma estabilização do PIB do Brasil, para os próximos 10 anos em 3% anuais, alinhando com as previsões da Focus – Relatório de Mercado, realizado pelo Banco Central do Brasil, que prevê um PIB de 3,5% para o ano de 2013. Analisando apenas o fato de  a empresa  retomar  seu  foco  comercial e  rotinas  gerenciais diárias. Os  efeitos das medidas de melhoria, incluídos no resultado operacional e financeiro, foram calculados com base em estimativas realistas e já em fase de implantação, dada sua simplicidade. 

   Para  elaborar  o  Plano  de Recuperação  e  estimar  os  resultados  operacionais para  o  período  de  recuperação,  foram  utilizadas  diversas  informações  fornecidas  pela empresa e por seus clientes. 

   Com  base  nestas  informações  foram  identificadas  diversas  medidas  para melhorar o desempenho operacional. A  identificação e quantificação destas medidas foram realizadas visando à viabilidade da PIERGO.  

  

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Projeção das Receitas  

   Para  a  projeção  do  volume  de  receita  bruta  nos  próximos  10  (dez)  anos contemplados no plano, foram consideradas as seguintes premissas: 

 

A estratégia adotada  foi definida de modo simplificado e realista, prevendo a venda total de seu ativo, ou seja, o imóvel onde se encontra seu parque fabril, a preço tido como  ideal e  com  recebimento  à  vista, que permita  liquidação  à  vista de  todos os credores desta Recuperação Judicial, aliado a um crescimento moderado no volume de  vendas  da  empresa,  onde mantivemos  crescimento  anual  conforme  projeções para o PIB brasileiro, que é de 3% ao ano, abaixo das perspectivas do mercado e de empresas concorrentes de menor porte que a PIERGO; 

A base para a projeção da receita foi o planejamento comercial da empresa que vem sendo estudado e colocado em prática desde o pedido de recuperação judicial, onde foi utilizado como base, dados de faturamentos anteriores, com foco na retomada de contratos de Prestação de Serviços (M.O.), até a ordem de 35% do seu faturamento total, fato este que melhora significativamente sua margem de contribuição; 

O  volume  projetado  está  totalmente  de  acordo  com  a  capacidade  operacional  da empresa,  demandando  apenas  possíveis  contratações  de  mão‐de‐obra,  caso  o faturamento fique acima do Ponto de Equilíbrio projetado, mas que estarão previstas no custo dos produtos vendidos nas projeções de resultado econômico‐financeiro; 

O  preço  de  venda  projetado  não  contempla  o  efeito  inflacionário.  Por  ser  uma projeção  de  médio  prazo,  torna‐se  inviável  estimar  este  indicador  de  modo adequado,  sendo  assim,  consideram‐se  os  preços  projetados  a  valor  presente, pressupondo  que  os  efeitos  inflacionários  sobre  os  custos  e  despesas  serão repassados aos preços de venda projetados para garantir as margens projetadas. 

 

Crescimento Projetado anual 53,4% 16,2% 3,0% 3,0% 3,0% 15,0% 30,1%

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Acumulado Total

Receitas Vendas de Matéria Prima 9.495.344 11.456.701 11.800.402 12.154.414 12.519.046 68.459.277 125.885.184

Receitas Vendas de Serviços 3.667.266 4.602.719 4.740.800 4.883.024 5.029.515 27.503.449 50.426.774

Receitas Sucatas + Estadias 237.384 286.418 295.010 303.860 312.976 1.711.482 3.147.130

Aluguel Fabrica - Frefer 325.200 - - - - - 325.200

Receitas C/ Rateio Condominio Frefer 100.000 - - - - - 100.000

13.825.194 16.345.837 16.836.212 17.341.298 17.861.537 97.674.208 179.884.287

Receita Média Mensal 1.152.099 1.362.153 1.403.018 1.445.108 1.488.461 1.627.903 1.499.036

2018 a 2022 10 Anos

RECEITAS BRUTAS - em Reais (R$)

Projeção de Receitas - 10 Anos

Período

MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA 2013 2014 2015 2016 2017

  

Análise:  

   Para o primeiro ano da  recuperação  judicial  foi projetado um volume de R$ 13,8 milhões de  faturamento o que corresponde a R$ 1,15 milhão, de média mensal, valor 53,4% maior que a média de faturamento do ano anterior. Atento ao fato de que a empresa encontrava‐se praticamente com suas atividades interrompidas, devido à escassez de capital de giro e risco eminente de entrada em ‘colapso operacional’, consequentemente, a  lacuna que  representa  a  oportunidade  para  retomada  do  faturamento  e  crescimento  aos  níveis projetados é bastante grande. Assim, o crescimento real projetado em termos monetários é de 16,2% do primeiro para o  segundo ano. Conforme  informado nas premissas, o  volume projetado  está  totalmente  de  acordo  com  a  capacidade  operacional  e  de  produção  da 

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empresa, demandando apenas uma adequação do seu headcount, que estarão previstas no custo do produto nas projeções de resultado econômico‐financeiro. 

   Este  faturamento  projetado, mesmo  em  caso  de  reestruturação  de  unidade fabril, havendo necessidade de mudança de endereço, por aquisição ou locação, não sofrerá grandes oscilações, dado o planejamento de desmobilização que está sendo elaborado.  

Projeção de Resultados  As seguintes premissas foram adotadas na projeção de resultado econômico‐financeiro:  

Foi  utilizado  o  Sistema  Tributário  Normal  com  apuração  de  Lucro  Real  sendo consideradas  assim,  as  respectivas  alíquotas  de  cada  imposto,  as  possibilidades  de tomadas  de  créditos,  incidente  para  as  projeções  de  resultados.  Este  Sistema Tributário  já é o adotado pela PIERGO, mesmo antes da elaboração deste Plano de Recuperação.  Este  sistema  de  apuração  pode  ser  modificado,  dependendo  da evolução  de  sua  operação,  conforme  previsto  pela  legislação  tributária,  sempre buscando minimizar o impacto tributário sobre suas operações; 

Os  Custos  dos  Produtos  Vendidos  foram  projetados  com  base  em  valores  atuais, líquidos  de  todos  os  impostos  creditáveis.  Este  grupo  de  custos  varia  diretamente proporcional  ao  faturamento  projetado,  sendo  aí  implementado  um  sistema  de cotações para otimização no momento da aquisição da Matéria Prima, bem como dos insumos necessários; 

As Despesas Comerciais foram projetadas de acordo com o histórico que a empresa apresentou em 2012, e com base no sistema OBZ (orçamento base zero), que prima pela redução de custos sem ônus aos resultados projetados; 

As  Despesas  Fixas  projetadas  terão  um  pequeno  aumento  no  decorrer  dos  dois períodos, decorrentes ao pagamento de aluguel mensal, pois o Plano prevê a venda do  imóvel  onde  se  localiza  o  parque  fabril,  porém,  tais  custos  já  consideram  as reduções  ocorridas  a  partir  das medidas  adotadas,  em  função  do  sistema  OBZ,  e previstas no Plano de Recuperação; 

A  sobra  de  caixa  projetada  em  cada  ano  da  projeção  será  destinada  para  a recomposição do Capital de Giro da empresa e para o pagamento dos débitos não sujeitos  aos  efeitos  da  recuperação  judicial,  falamos  dos  passivos  tributários, reduzindo assim além das despesas financeiras, o passivo total da empresa; 

A projeção não contempla efeitos  inflacionários, pelos mesmos motivos explanados na projeção da  receita. A premissa adotada é de que  todo efeito  inflacionário  será repassado ao preço de venda projetado quando ocorrer, mantendo a  rentabilidade projetada, bem como, a geração de caixa e a capacidade de pagamento resultante; 

Na data da publicação no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná da decisão de homologação do Plano de Recuperação Judicial e consequente concessão  da  recuperação  da  PIERGO,  com  a  venda  do  ativo  em  questão,  a  este momento é dada a denominação “Data  Inicial do Pagamento”,  independente deste ter ocorrido ou não neste momento. 

O ano 1 da projeção  considera os 12 meses  subsequentes a data da publicação no Diário Oficial  Eletrônico  do  Tribunal  de  Justiça  do  Estado  do  Paraná  da  decisão de homologação  do  Plano  de  Recuperação  Judicial  e  consequente  concessão  da recuperação  da  PIERGO,    ou  seja,  12  meses  subsequentes  a  “Data  Inicial  de Pagamento” e assim subsequentemente para os demais períodos; 

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Todas  as projeções  foram  feitas em um  cenário  realista e  totalmente  conservador, conforme já exposto neste plano. 

 DEMONSTRATIVOS DE RESULTADOS ‐ DRE 

Crescimento Projetado anual 53,4% 16,2% 3,0% 3,0% 3,0% 15,0% 30,1%Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Acumulado Total

Receitas Vendas de Matéria Prima 9.495.344 11.456.701 11.800.402 12.154.414 12.519.046 68.459.277 125.885.184 Receitas Vendas de Serviços 3.667.266 4.602.719 4.740.800 4.883.024 5.029.515 27.503.449 50.426.774 Receitas Sucatas + Estadias 237.384 286.418 295.010 303.860 312.976 1.711.482 3.147.130 Aluguel Fabrica - Frefer 325.200 - - - - - 325.200 Receitas C/ Rateio Condominio Frefer 100.000 - - - - - 100.000

13.825.194 16.345.837 16.836.212 17.341.298 17.861.537 97.674.208 179.884.287 Receita Média Mensal 1.152.099 1.362.153 1.403.018 1.445.108 1.488.461 8.139.517 14.990.357

IMPOSTOS S/ VENDAS 831.588 1.016.804 1.047.308 1.078.727 1.111.089 6.075.891 11.161.408 ISS - - - - - - - ICMS 371.748 453.472 467.076 481.089 495.521 2.709.714 4.978.620 PIS 114.235 139.348 143.529 147.835 152.270 832.673 1.529.890 COFINS 526.335 642.044 661.305 681.144 701.579 3.836.520 7.048.926 IPI - crédito (180.729) (218.060) (224.602) (231.340) (238.281) (1.303.016) (2.396.029) RECEITAS - IMPOSTOS 12.993.606 15.329.033 15.788.904 16.262.571 16.750.448 91.598.317 168.722.879

CUSTOS DE PRODUÇÃO 9.142.535 10.714.093 11.034.435 11.364.390 11.704.242 63.986.745 117.946.440 Materia Prima - Perfis (50%) 3.798.138 4.582.680 4.720.161 4.861.766 5.007.619 27.383.711 50.354.073 Materia Prima - Outros (50%) 3.085.987 3.723.428 3.835.131 3.950.185 4.068.690 22.249.265 40.912.685 Fretes Compras 172.103 207.653 213.882 220.299 226.908 1.240.824 2.281.669 Locação de Equipamentos + Serv. Terceiros 36.000 36.000 36.000 36.001 36.002 180.025 360.028 Energia Eletrica 225.000 216.078 222.560 229.237 236.114 1.291.170 2.420.159 Custo de Mão-de-obra 1.687.625 1.782.132 1.835.596 1.890.664 1.947.383 10.649.091 19.792.490 Folha de Pagto Liquido CLT 964.357 1.018.361 1.048.912 1.080.379 1.112.791 6.085.195 11.309.994 Encargos 723.268 763.771 786.684 810.284 834.593 4.563.896 8.482.496 Aquisição Produto Intermediário - 2% 137.682 166.122 171.106 176.239 181.526 992.660 1.825.335 RECEITAS - IMPOSTOS- C.M.V = Lucro Bruto 3.851.071 4.614.940 4.754.469 4.898.182 5.046.206 27.611.572 50.776.439

DESPESAS GERAIS 1.260.847 1.397.731 1.437.609 1.477.964 1.519.529 8.266.091 15.359.770 DESPESAS COMERCIAIS + Pessoal 647.210 700.094 721.097 742.730 765.012 4.183.398 7.759.540 Folha de Pagto Comercial 205.199 205.277 211.435 217.778 224.311 1.226.627 2.290.626 Encargos 153.899 153.899 158.516 163.271 168.170 919.620 1.717.375 Comissões sobre Vendas 234.112 286.918 295.526 304.392 313.524 1.714.475 3.148.947 Frete Terceirizado - vendas 54.000 54.000 55.620 57.289 59.007 322.676 602.592

DESPESAS ADMINISTRATIVAS + Pessoal 613.637 613.637 632.512 651.234 670.517 3.662.693 6.844.230 Folha de Pagto Administrativo 336.576 336.576 346.674 357.074 367.786 2.011.204 3.755.890 Encargos 269.261 269.261 277.339 285.659 294.229 1.608.963 3.004.712 Despesas de viagens comerciais 7.800 7.800 8.500 8.501 8.502 42.525 83.628

DESPESAS C/ DIRETORIA - 84.000 84.000 84.000 84.000 420.000 756.000 Folha de Pagto Liquido - 60.000 60.000 60.000 60.000 300.000 540.000 Encargos - 24.000 24.000 24.000 24.000 120.000 216.000

2.590.224 3.217.209 3.316.859 3.420.218 3.526.678 19.345.481 35.416.668

DESPESAS OPERACIONAIS 412.896 412.896 361.078 369.475 378.124 2.029.707 3.964.175 Telefonia 13.200 13.200 13.596 14.004 14.424 78.876 147.300 Agua / Esgoto 540 540 540 540 540 2.700 5.400 VT 32.400 32.400 33.372 34.373 35.404 193.606 361.555 Combustivel e Lubrificantes 30.000 30.000 30.900 31.827 32.782 179.264 334.773 Custas Advocatícias 6.000 6.000 6.180 6.365 6.556 35.853 66.955 Despesas C/ Veiculos (Frotas) 18.000 18.000 18.540 19.096 19.669 107.559 200.864 Seguros Veiculos 13.800 13.800 14.214 14.640 15.080 82.462 153.996 Materiais Expediente - Escritorio 6.720 6.720 6.922 7.129 7.343 40.155 74.989 Manutenção Predial 26.820 26.820 27.625 28.453 29.307 160.262 299.287 Despesas Com Refeitório 68.400 68.400 70.452 72.566 74.743 408.723 763.283 Honorarios Advocaticios 107.280 107.280 47.280 47.280 47.280 236.400 592.800 CLASSE A 33.336 33.336 33.366 33.366 33.366 166.830 333.600 Sistemas - SGI 10.800 10.800 11.124 11.458 11.801 64.535 120.518 Contabilidade 27.600 27.600 28.428 29.281 30.159 164.923 307.991 SISTEMA RH 18.000 18.000 18.540 19.096 19.669 107.559 200.864

2.177.328 2.804.313 2.955.781 3.050.743 3.148.554 17.315.774 31.452.493

Receitas FinanceirasFINANCEIRAS (66.000) (122.560) (147.729) (159.400) (166.693) (733.552) (1.395.934) Aplicação mensal Capital Giro (66.000) (66.000) (66.000) (66.000) (66.000) (330.000) (660.000) Aplicação mensal Capital Giro - (56.560) (81.729) (93.400) (100.693) (403.552) (735.934)

Parcelamentos de Tributos 1.300.660 2.022.134 2.198.873 2.353.001 2.518.294 15.523.305 25.916.267 REFIS FEDERAL 907.206 1.449.202 1.562.638 1.684.955 1.816.845 11.453.559 18.874.404 REFIS ESTADUAL (3,5% sobre Faturamento) 393.455 572.932 636.235 668.047 701.449 4.069.746 7.041.863

942.668 904.739 904.637 857.142 796.953 2.526.021 6.932.160 IRPJ - 224.542 431.836 446.820 461.545 2.511.946 4.457.470 ADICIONAL - 16.918 19.184 20.682 22.154 131.195 421.747 CSLL - 243.793 259.102 268.092 276.927 1.507.168 2.674.482

942.668 419.486 194.515 121.547 36.327 14.075 90.255 Participação sobre o Faturamento 6,82% 2,57% 1,16% 0,70% 0,20% 0,01% 0,05%

942.668 1.362.153 1.556.669 1.678.216 1.714.542 90.255

COMPENSAÇÃO SALDO IPI700.000,00 318.953,12 181.779,70

7.895,31191.371,87518.220,30 181.779,70

Saldo 181.779,70 0,00

Projeção de Receitas - 10 Anos

PeríodoMOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA 2013 2014 10 Anos2016 2017 2018 a 20222015

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO

RECEITAS BRUTAS - em Reais (R$)

RECEITAS - IMPOSTOS- C.M.V - DESP. Gerais

REC. - IMP - C.M.V - DESP. Gerais.-D.OPERAC.

RESULTADO antes do IR e CSLL

RESULTADO LÍQUIDO ACUMULADO

 

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Análise  

Com base nos resultados projetados é possível destacar:  

Como o custo dos produtos vendidos e as despesas gerais de venda são totalmente variáveis em proporção às receitas geradas, mesmo com o incremento no volume de vendas,  o  lucro  bruto  projetado  se  manterá  estável  durante  todos  os  períodos, perfazendo uma média de 28,15% perante a receita bruta projetada; 

Mesmo com algumas elevações nos gastos fixos, em virtude do aumento do nível de atividade,  necessidade  de  locação  de  imóvel,  face  à  venda  do  ativo,  o  efeito  da alavancagem operacional é favorável. 

Conforme a projeção, o RESULTADO LÍQUIDO apurado ao final de cada ano é positivo, mas abaixo dos  índices mercadológicos, para que possam ser atraentes para futuros investidores. Como  serão  liquidados  todos os passivos,  sejam de  classe  trabalhista, com  garantia  real  e  quirografária,  à  vista,  quando  da  venda  do  ativo,  fica demonstrado a viabilidade da superação da situação de crise econômico‐financeira da PIERGO,  permitindo  que  seja  mantida  a  fonte  produtora  do  emprego  dos trabalhadores  e  os  interesses  dos  credores,  promovendo  assim  a  preservação  da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.  

 

Carga Fiscal – Compensação de Tributos Vincendos 

 Os  tributos  federais, exceto os previdenciários,  serão, na medida do permitido pela 

legislação vigente, compensados com o saldo dos créditos de IPI acumulados até esta data e não utilizados. Este planejamento tributário permitirá alivio ao fluxo de caixa, principalmente nos primeiros doze meses. 

 

Considerações Finais   Baixa dos Protestos 

    Consoante com a Lei nº 9492/1997 (Lei do Protesto) os documentos de dívida 

mercantil ou de  serviços que  comprovem o  compromisso entre o  credor e o devedor, em casos de não pagamento, possuem  legalmente assegurado o processo de Protesto Público, formal e solene. 

   Isso  para  que  fique  caracterizado  o  descumprimento  pelo  devedor  e comprovado por um Órgão de Autoridade e Fé Pública, com respaldo na  legislação, que dá legitimidade ao protesto e autoridade a seus efeitos. 

   A lei regulamenta um instrumento para evitar a impunidade e atitudes de má‐fé, restaurando a moralidade e seriedade em qualquer transação comercial. 

   A  PIERGO  INDÚSTRIA  E  COMÉRCIO  DE  AÇO  LTDA  em  Recuperação  Judicial, C.N.P.J/MF  nº  75.048.611‐0001‐09,  requereu  o  benefício  legal  da  Recuperação  Judicial  de forma a garantir a manutenção das fontes produtoras, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, suas funções sociais e  o  estímulo  à  atividade  econômica,  e  apresentam  em  juízo  aos  Credores  o  Plano  de 

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Recuperação  Judicial,  objeto  deste  documento,  que  por  sua  vez,  após  aprovado  em Assembleia Geral de Credores, constituirá título executivo  judicial, nos termos do art.. 584, inciso III, do caput da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 ‐ Código de Processo Civil. 

   Além disso, o artigo 59 da Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação de Empresas) determina que a aprovação do Plano de Recuperação Judicial pelos Credores implica novação dos créditos anteriores ao pedido, e obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos, sem prejuízo  das  garantias,  observado  o  disposto  no  §  1º  do  art.  50  desta  Lei  (concessão  de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas). 

   Desta forma, uma vez aprovado o Plano de Recuperação Judicial, objeto deste documento, com a novação de todos os créditos anteriores ao pedido e ao plano sujeitos, e com  a  constituição  do  título  executivo  judicial  pela  decisão  judicial  que  conceder  a recuperação judicial da PIERGO, ficam desde já facultado a todos os Credores a ele sujeitos a cancelarem  os  protestos  efetuados,  pelo  fato  de  não mais  existir  dívida mercantil  ou  de serviços não‐pagas, enquanto o plano de Recuperação  Judicial estiver  sendo  cumprido em seus termos aprovados. 

  Análise de Viabilidade da Proposta de Pagamento 

    A utilização dos recursos financeiros advindos do artifício da venda do  imóvel 

em que a empresa atualmente ocupa para desempenhar  suas atividades, detalhadamente descritos  em  seu  plano  de  pagamentos,  apontam  para  projeções  que  demonstram  que  a PIERGO  tem  plena  condição  de manter  suas  atividades  industriais  e  liquidar  seu  passivo tributário, não incluso nesta recuperação, de forma parcelada, desde que com os benefícios advindos do reenquadramento da PIERGO ao REFIS da Lei 11.941‐09, que concede descontos em multa e  juros, além de prazo diferenciado para parcelamento do débito,  sendo, ainda, possível a ampliação de sua atividade comercial e industrial, com a profissionalização de sua diretoria  administrativa  e  comercial,  revertendo  de  modo  seguro  a  situação  em  que  se encontra tendo em vista os seguintes pontos:  

A Geração de Caixa durante esse período é plenamente suficiente para a manutenção das  atividades  comerciais  e  industriais,  com  o  pagamento  pontual  de  novos compromissos  a  serem  assumidos  e  os  créditos  não  sujeitos  aos  efeitos  da Recuperação Judicial – parcelamentos tributários; 

As  ações  de melhoria  apresentadas  nesse  plano,  das  quais,  parte  já  estão  sendo implementadas,  e,  principalmente,  o  comprometimento  dos  proprietários  e  da equipe de colaboradores com os objetivos traçados são fatores altamente positivos e que tendem a garantir o sucesso do plano apresentado; 

As projeções mercadológicas apresentadas ao segmento/atividade da PIERGO para os próximos  anos  indicam  favorável  e  constante  elevação  na  demanda,  sendo  as perspectivas de retomada do crescimento apresentadas, por demais conservadoras. 

  Movimentação do ativo 

    Importante ainda destacar que um dos expedientes recuperatórios ao teor do 

artigo 50 da  referida Lei de Recuperação de Empresas, é a “reorganização administrativa”, medida que foi iniciada e encontra‐se vigente. 

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   A  PIERGO,  desde  sua  fundação,  vem  lutando  pela  sua  consolidação  e crescimento,  num  mercado  onde  atuam  grandes  concorrentes,  bastante  respeitados  na economia nacional. 

   O alto dinamismo, a constante evolução, os melhores preços e atendimentos pontuais e qualificados sempre foram absolutamente indispensáveis para a sobrevivência das empresas deste segmento. Tal situação de livre e acirrada competição acabou, ao longo dos últimos anos, por promover uma seleção natural entre as empresas concorrentes. 

   A PIERGO sempre desfrutou de um sólido conceito no setor de distribuição e transformação  de  aço  –  metal‐mecânico  –  sempre  atuando  em  parceria  com  seus fornecedores e clientes com a missão de aliar produtos de qualidade a prazos e condições favoráveis, sendo reconhecida por todos os seus parceiros por essas características. 

   Neste sentido, é inerente a qualquer empresa e especialmente para a PIERGO manter  sua  competitividade  –  o  que  trará  benefícios  a  todos  os  Credores,  Clientes  e Colaboradores – proceder à renovação constante de seus ativos existentes, a fim de manter sua  infraestrutura adequada à competitividade  imposta pelo Mercado. Sendo assim, após a aprovação do Plano de Recuperação Judicial, a venda de quaisquer veículos, equipamentos e instalações da empresa ficam desde já autorizados pelos Credores, caso aconteçam antes da saída da PIERGO do processo de Recuperação Judicial aprovado, para que seja realizada esta renovação mencionada e necessária ao próprio negócio. 

   A modalidade de venda será a que melhor reflita os  interesses da PIERGO e, portanto, de  seus  credores,  sendo  feita  com a proteção da  Lei 11.101/2005, ou  seja,  sem sucessão das obrigações do vendedor ao comprador, caso necessário. 

   Os recursos que, porventura forem obtidos com as referidas vendas e, que não forem utilizados para esta  renovação do  imobilizado,  serão destinados à  recomposição do capital  de  giro  da  PIERGO  com  intuito  de  reduzir  seu  custo  financeiro,  os  quais  serão devidamente  registrados  em  seus  demonstrativos  contábeis,  sendo  respectivamente disponibilizados aos seus credores. 

    O  Plano  de  Recuperação  Judicial  proposto  atende  aos  princípios  da  Lei  de 

Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência do Empresário e da Sociedade Empresária (Lei nº. 11.101, de 9 de Fevereiro de 2005  ‐ “Lei de Recuperação de Empresas”), garantindo os meios  necessários  para  a  recuperação  econômico  financeira  da  PIERGO  INDUSTRIA  E COMERCIODE AÇO LTDA em Recuperação Judicial. 

   Salienta‐se  ainda  que  o  Plano  de  Recuperação  apresentado  demonstra  a viabilidade econômico‐financeira da empresa através de projeções de resultados, desde que as condições propostas para o pagamento aos credores sejam aceitas. 

   Importante ainda destacar que um dos expedientes recuperatórios ao teor do artigo50 da  referida  Lei de Recuperação de  Empresas, é  a  “reorganização  administrativa”, medida que foi iniciada e encontra‐se em pleno processo de implantação. 

   O  Plano  aprovado  e  homologado  poderá  ser  alterado,  em  AGC  (assembleia geral  de  credores)  convocada  para  essa  finalidade,  observado  os  critérios  previstos  nos artigos 45 e 58 da LRF, deduzidos os pagamentos porventura  já  realizados na  forma deste Plano. 

   Será  também  permitido  ao  devedor,  caso  haja motivo  relevante,  convocar novas Assembleias Gerais de Credores. 

   As  eventuais  alterações  ao  Plano  obrigarão  todos  os  Credores  Concursais, inclusive os dissidentes. 

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   A PIERGO sempre desfrutou de um sólido conceito por ser referência no setor metal  mecânico,  realizando  a  venda  e/ou  transformando  chapas  de  aço  em  produtos, utilizados  nas  melhores  empresas  e  empreiteiras  dos  mais  diferentes  setores  de  nossa economia, com qualidade e com reconhecimento de seus clientes. E o objetivo da PIERGO é, no curto prazo, retomar este conceito e ter de volta, a confiança e o respeito de seus clientes e fornecedores. 

   Assim,  num mercado  competitivo,  dinâmico  e muito  difícil,  a  PIERGO  vem conseguindo manter,  ainda, uma preciosa  relação de  fidelidade  com  importantes  clientes, que hoje entendemos constituir seu maior patrimônio. 

   Portanto,  com  as  projeções  para  os  próximos  anos  favoráveis  ao mercado onde  a PIERGO  atua,  aliado  ao  grande  know‐how  tecnológico,  combinado  ao  conjunto de medidas ora proposto neste Plano de Recuperação, fica demonstrado à efetiva possibilidade da  continuidade  dos  negócios  com  a  manutenção  e  ampliação  na  geração  de  novos empregos, além do pagamento dos débitos vencidos. 

Nota de Esclarecimento 

 

   A  participação  e  o  trabalho  técnico  desenvolvido  pela  empresa  CLASSE  A CONSULTORIA TRIBUTÁRIA LTDA na elaboração deste Plano de Recuperação, deu‐se através da  modelagem  das  projeções  financeiras  de  acordo  com  as  informações  e  premissas fornecidas pela PIERGO. 

   Estas  informações alimentaram o modelo de projeções financeiras da CLASSE A, indicando o potencial de geração de caixa da empresa, uma vez que a única possibilidade de recuperação e manutenção de sua atividade é pela venda de seu principal ativo, o imóvel industrial. 

   Deve‐se  notar  que  o  estudo  da  viabilidade  econômico‐financeira  se fundamentou na análise dos resultados projetados para a PIERGO e contém estimativas que envolvem  riscos  e  incertezas  quanto  à  sua  efetivação,  pois  dependem  parcialmente  de fatores externos à gestão da empresa. 

   As projeções para o período compreendido em 10 (dez) anos foram realizadas com  base  em  informações  da  própria  empresa  e  das  expectativas  em  relação  ao comportamento  de mercado,  preços,  estrutura  de  custos  e  valores  do  passivo  inscrito  no processo. 

   Assim,  as  mudanças  na  conjuntura  econômica  nacional  bem  como  no comportamento das proposições consideradas refletirão nos resultados apresentados neste trabalho.  

Conclusão  

   Este  Plano  de  Recuperação  Judicial,  fundamentado  no  princípio  da  pars conditio  creditorum,  implica novação objetiva e  real dos  créditos  contraídos  anteriores  ao pedido, e obrigam a PIERGO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AÇO LTDA em Recuperação Judicial., e  todos  os  Credores  a  ele  sujeitos  nos  termos  do  artigo  59  da  Lei  11.101/2005  (Lei  de Recuperação de Empresas), do artigo 385 da Lei nº10.406, de 10.01.2002 (Novo Código Civil) e artigo 584, inciso III, do caput da Lei5.869/1973 (Código de Processo Civil). 

   A  sentença  concessiva  da  Recuperação  Judicial  constitui  título  executivo judicial, novando e substituindo todas as obrigações sujeitas à Recuperação Judicial, deforma 

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que, enquanto cumpridos os termos do presente Plano, estarão desobrigados de responder pelos créditos originais seus avalistas, fiadores e coobrigados. 

   A  CLASSE  A  CONSULTORIA  TRIBUTÁRIA  LTDA  que  elaborou  este  Plano  de Recuperação Judicial, acredita que o processo de reestruturação administrativa, operacional e  financeira,  bem  como  as  correspondentes  projeções  econômico‐financeiras  detalhadas neste documento, desde que sejam  implementadas e realizadas, possibilitará que a PIERGO mantenha‐se como empresa viável e rentável. 

   Também  acredita  que  os  Credores  terão  maiores  benefícios  com  a implementação deste Plano de Recuperação, uma  vez que  a proposta  aqui detalhada não agrega risco adicional algum.    

Curitiba, 07 de dezembro de 2012.     

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PIERGO INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA em Recuperação Judicial C.N.P.J/MF nº 75.048.611/0001‐09 

    

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CLASSE A CONSULTORIA TRIBUTÁRIA LTDA C.N.P.J./MF nº 08.041.905/0001‐11 

   

  

  


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