PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO
PARA O RISCO DE RUTURA DA
BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
2016
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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ÍNDICE
Lista de acrónimos
Referências legislativas
Registo de atualizações e exercícios
PARTE I - Enquadramento
1. Introdução................................................................................................................................ 14
2. Finalidade e objetivos ............................................................................................................. 17
3. Caracterização sumária da barragem do Alto Ceira II ....................................................... 18
4. Caracterização do vale a jusante ........................................................................................... 20
4.1 Caracterização do cenário ..................................................................................... 20
4.1.1 Cenário – Hidrogramas para o cenário mais gravoso ......................................... 21
4.2 Caraterização da zona inundável .......................................................................... 23
4.3 Caracterização Demográfica ................................................................................. 25
4.4 Caracterização das Infraestruturas ...................................................................... 27
5. Critérios para a ativação ........................................................................................................ 29
PARTE II - Execução
1. Responsabilidades ................................................................................................................... 32
1.1 Dono de Obra ..................................................................................................................... 32
1.2 Serviços de Proteção Civil ................................................................................................. 33
1.3 Agentes de Proteção Civil ................................................................................................. 36
1.4 Organismos e Entidades de Apoio .................................................................................... 38
2. Sistema de Alerta e Aviso ...................................................................................................... 40
2.1 Sistema de Alerta ............................................................................................................... 40
2.2 Sistema de Aviso ................................................................................................................ 42
2.2.1 Sistema de Aviso na ZAS ................................................................................................... 42
2.2.2 Sistema de Aviso a jusante da ZAS .................................................................................. 44
3. Organização ............................................................................................................................. 46
3.1 Sectorização operacional .................................................................................................. 46
3.2 Estruturas de suporte operacional ................................................................................... 48
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3.2.1 Zonas de Concentração e Reserva (ZCR) ........................................................................ 50
4. Áreas de Intervenção .............................................................................................................. 51
4.1 Reconhecimento e avaliação ............................................................................................. 54
4.1.1 Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação .................................................... 54
4.1.2 Equipas de Avaliação Técnica ........................................................................................... 57
4.2 Logística .............................................................................................................................. 59
4.2.1 Apoio logístico às forças de intervenção .......................................................................... 59
4.2.2 Apoio logístico às populações ........................................................................................... 61
4.3 Comunicações ..................................................................................................................... 64
4.4 Informação pública ............................................................................................................. 66
4.5 Evacuação e/ou Confinamento .......................................................................................... 67
4.6 Serviços médicos e transporte de vítimas ....................................................................... 69
4.7 Socorro e salvamento ........................................................................................................ 70
4.8 Serviços mortuários ........................................................................................................... 71
PARTE III - Invent+arios e Listagens
1. Inventário de meios e recursos .............................................................................................. 73
2. Lista de contactos ................................................................................................................... 74
3. Lista de distribuição ................................................................................................................ 75
3.1 Serviços de Proteção Civil ................................................................................................. 75
3.2 Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Coimbra ........................................... 75
3.3 Agentes de Proteção Civil ................................................................................................. 76
3.4 Organismos e Entidades de Apoio .................................................................................... 77
ANEXOS
Anexo I – Cartografia de suporte às operações de emergência de Proteção Civil ............... 80
Anexo II – Programa de medidas a implementar para a prevenção e mitigação dos riscos
identificados e para a garantia da operacionalidade do Plano ................................................ 85
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Índice de Tabelas
Tabela 1: Características gerais da barragem do Alto Ceira II ............................................................................. 18
Tabela 2: Contactos e funções dos responsáveis da Barragem de Alto Ceira II ............................................. 19
Tabela 3 : População residente e estimativa de pessoas afetadas nos concelhos e freguesias ..................... 25
Tabela 4 : Número de Edifícios e de Alojamentos existentes nos concelhos e freguesias ........................... 26
Tabela 5 : Infraestruturas existentes no vale a jusante da Barragem de Alto Ceira II .................................. 27
Tabela 6 : Critério para activação do PEExt. ............................................................................................................ 30
Tabela 7 : Responsabilidades do Dono da Obra (EDP) ......................................................................................... 32
Tabela 8 : Responsabilidades dos Serviços de Proteção Civil .............................................................................. 33
Tabela 9 : Responsabilidades dos Agentes de Proteção Civil ............................................................................... 36
Tabela 10 : Responsabilidades dos Organismos e Entidades de Apoio.............................................................. 38
Tabela 11 : Entidades a alertar e notificar face aos diferentes níveis de alerta do PEI ................................... 41
Tabela 12 : Conjunto de ações de aviso à população potencialmente afetada no vale a jusante da ZAS 45
Tabela 13 : Localização das Zonas de Concentração e Reserva ......................................................................... 50
Tabela 14 : Áreas de Intervenção .............................................................................................................................. 51
Tabela 15 : Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação ..................................................................... 54
Tabela 16 : Equipas de Avaliação Técnica.................................................................................................................. 57
Tabela 17 : Apoio logístico às forças de intervenção ............................................................................................. 59
Tabela 18 : Apoio logístico às populações ................................................................................................................ 61
Tabela 19 : Comunicações ............................................................................................................................................ 64
Tabela 20 : Informação pública .................................................................................................................................... 66
Tabela 21 : Evacuação e/ou Confinamento ............................................................................................................... 67
Tabela 22 : Serviços médicos e transporte de vítimas ........................................................................................... 69
Tabela 23 : Socorro e salvamento ............................................................................................................................... 70
Tabela 24 : Serviços mortuários .................................................................................................................................. 71
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Índice de Figuras
Figura 1- Enquadramento Territorial do rio Ceira e da Barragem de Alto Ceira II (Fonte: Adaptada da
carta Administrativa do Distrito de Coimbra - PDEPC de Coimbra 2016) ..................................................... 14
Figura 2 - Mapa de inundação (Adaptado do anexo 6.4 do PEI da Nova barragem do Alto Ceira EDP,
2010) .................................................................................................................................................................................. 20
Figura 3 - Hidrograma que representa a evolução das alturas do escoamento para o cenário mais
gravoso de rutura ( Adaptado do anexo 6.6 do PEI da Nova barragem do Alto Ceira EDP, 2010) .......... 22
Figura 4 - Hidrograma que representa os caudais para o cenário mais gravoso de rutura ( Adaptado do
anexo 6.7 do PEI da Nova barragem do Alto Ceira EDP, 2010) ......................................................................... 23
Figura 5 – Fluxograma de notificações operacionais .............................................................................................. 40
Figura 6 – Pormenor do dispositivo sonoro instalado na ZAS (Camba), sirenes e hardware. .................... 42
Figura 7 - Divisão do vale a jusante em Zonas de Intervenção ............................................................................ 47
Figura 8 – Esquematização das estruturas de suporte operacional no vale a jusante ................................... 49
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Lista de acrónimos
Lista de Acrónimos
AHB Associação Humanitária de Bombeiros
ANBP Associação Nacional de Bombeiros Profissionais
ANMP Associação Nacional de Municípios Portugueses
ANPC Autoridade Nacional de Proteção Civil
APA Agência Portuguesa do Ambiente
APC Agente de Proteção Civil
ARH Administração de Região Hidrográfica
ARS, IP Administração Regional de Saúde, Instituto Público
CADIS Comandante Operacional de Agrupamento Distrital
CAOP Carta Administrativa Oficial de Portugal
CB’s Corpo(s) de Bombeiros (s)
CCDR Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional
CCO Centro de Coordenação Operacional
CCOD Centro de Coordenação Operacional Distrital
CCON Centro de Coordenação Operacional Nacional
CDOS Comando Distrital de Operações de Socorro
CDPC Comissão Distrital de Proteção Civil
CDSS Centro Distrital de Segurança Social
CM Câmara Municipal
CM Caminho Municipal
CMPC Comissão Municipal de Proteção Civil
CNE Corpo Nacional de Escutas
CNOS Comando Nacional de Operações de Socorro
CODIS Comandante Operacional Distrital
COM Comandante Operacional Municipal
COS Comandante das Operações de Socorro
CPX Command Post Exercise
DCPT Departamento Central de Polícia Técnica
DIOPS Dispositivo Integrado de Operações de Proteção e Socorro
DR Diário da República
EAPS Equipas de Apoio Psicossocial
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Lista de Acrónimos
EAT Equipas de Avaliação Técnica
EDP Energias de Portugal, S.A.
EM Estrada Municipal
EMGFA Estado-Maior-General das Forças Armadas
EN Estrada Nacional
EPI Equipamento de Proteção Individual
ERAP Equipas Rápidas de Apoio Psicossocial
ERAS Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação
FFAA Forças Armadas
GIPS Grupos de Intervenção de Proteção e Socorro
GNR Guarda Nacional Republicana
ha Hectares
hms Hectómetros segundo
hm3 Hectómetros cúbicos
IC Itinerário Complementar
ICNF Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P.
INE Instituto Nacional de Estatística
INEM Instituto Nacional de Emergência Médica, I.P.
INMLCF, IP Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, I.P.
IPMA Instituto Português do Mar e da Atmosfera
IP, S.A. Infraestruturas de Portugal, S.A.
JF Junta de Freguesia
l/s Litros por segundo
LBPC Lei de Bases da Proteção Civil
LIVEX Live Exercise
LNEC Laboratório Nacional de Engenharia Civil
m metro (unidade de medida)
MP Ministério Público
NecPro Necrotério Provisório
NPA Nível de Pleno Armazenamento
OCS Órgãos de Comunicação Social
OEA Organismo e Entidade de Apoio
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Lista de Acrónimos
OPP Ordem dos Psicólogos Portugueses
PC Posto de Comando
PCDis Posto de Comando Distrital
PCMun Posto de Comando Municipal
PCO Posto de Comando Operacional
PDEPC Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil
PEExt Plano de Emergência Externo
PEI Plano de Emergência Interno
PMA Posto Médico Avançado
PMEPC Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil
PNEPC Plano Nacional de Emergência de Proteção Civil
POC Posto de Observação e Controlo
POSIT Ponto de Situação
RELIS Relatórios Imediatos de Situação
REPC Rede Estratégica de Proteção Civil
ROB Rede Operacional de Bombeiros
SEPNA Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente
SGIF Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais
SIOPS Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro
SIRESP Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal
SMPC Serviço Municipal de Proteção Civil
TO Teatro de Operações
UF União de Freguesias
VPCC Veículo de Planeamento, Comando e Comunicações
ZA Zona de Apoio
ZAP Zona de Apoio Psicológico
ZCAP Zona de Concentração e Apoio à População
ZCL Zona de Concentração Local
ZCI Zona de Concentração e Irradiação
ZCR Zona de Concentração e Reserva
ZInt Zona de Intervenção
ZRnM Zona de Reunião de Mortos
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Lista de Acrónimos
ZRR Zona de Receção de Reforços
ZS Zona de Sinistro
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Referências legislativas
Legislação Estruturante
Lei 65/2007, de 12 de novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei
114/2011, de 30 de novembro – Enquadramento institucional e operacional da proteção
civil no âmbito municipal, organização dos serviços municipais de proteção civil e
competências do comandante operacional municipal
Lei 27/2006, de 3 de julho, com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica
1/2011, de 30 de novembro, e pela Lei 80/2015, de 03 de agosto, que a republicou
– Lei de Bases da Proteção Civil
Decreto-Lei 344/2007, de 15 de outubro – Regulamento de Segurança de Barragens
Decreto-Lei 134/2006, de 25 de julho, com as alterações introduzidas pelo
Decreto-Lei 114/2011, de 30 de novembro, e pelo Decreto-Lei 72/2013, de 31 de
maio – Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS)
Resolução da Comissão Nacional de Proteção Civil 30/2015, de 07 de maio - Fixa
os critérios e as normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de
emergência de proteção civil
Despacho 3551/2015, de 9 de abril – Sistema de Gestão de Operações
Legislação Concorrente
Lei 58/2005, de 29 de dezembro, alterada e republicada pelo Decreto-Lei
130/2012, de 22 de junho – Lei da Água: medidas de proteção contra cheias e inundações;
medidas de proteção contra secas; medidas de proteção contra acidentes graves de poluição;
medidas de proteção contra rutura de infraestruturas hidráulicas
Resolução do Conselho de Ministros 52/2016, de 20 de setembro - Aprova os Planos
de Gestão das Regiões Hidrográficas
Legislação Diversa
Resolução do Conselho de Ministros 87/2013, de 11 de dezembro – Aprova o Plano
Nacional de Emergência de Proteção Civil
Resolução 11/2012, de 15 de março, da Comissão Nacional de Proteção Civil – Aprova
os Planos Municipais de Proteção Civil de Góis e Pampilhosa da Serra
Resolução 32/2016, de 21 de outubro, da Comissão Nacional de Proteção Civil – Aprova
o Plano Municipal de Proteção Civil de Arganil
Resolução 11/2012, de 15 de março da Comissão Nacional de Proteção Civil –
Aprova o Plano Municipal de Proteção Civil de Coimbra
Resolução 5/2011, de 2 de maio da Comissão Nacional de Proteção Civil – Aprova o
Plano Municipal de Proteção Civil da Lousã
Outras Referências
Plano de Emergência Interno da Barragem de Alto Ceira II, (EDP); 2010.
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Registo de atualizações
Atualizações do Plano de Emergência Externo para o Risco de Rutura da Barragem de Alto Ceira II
Versão Alteração Data da
alteração
Data de
aprovação Entidade aprovadora Observações
1 1.ª elaboração do PEExt AltoCeira II Dez de 2016 … … 1.ª Versão para Consulta
Pública
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Registo de exercícios
Registo de Exercícios do Plano de Emergência Externo para o Risco de Rutura da Barragem de Alto Ceira II
Tipo de exercício
Objetivos Cenário Local Data
Agentes,
Organismos e
Entidades
envolvidos
Meios e
Recursos
envolvidos
Ensinamentos
recolhidos CPX LIVEX
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PARTE I - Enquadramento
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1. Introdução
O Plano de Emergência Externo para o Risco de Rutura da Barragem de Alto Ceira II, uma nova
barragem construída 200m a jusante da antiga datada dos anos 40, adiante referido como PEExt ou
simplesmente Plano, é um plano especial de emergência de proteção civil, destinado, nos termos da lei, a
fazer face à generalidade das situações de acidente grave ou catástrofe, decorrentes da iminência de
rutura ou rutura total ou parcial da Barragem do Alto Ceira II. Os procedimentos operacionais aqui
referenciados serão essenciais, também, para outros eventos da bacia hidrográfica do rio Ceira,
decorrentes em que resultem caudais elevados no rio Ceira e coloquem em perigo a vida e os bens das
populações dos municípios de Pampilhosa da Serra, Arganil, Góis, Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra
(Figura 1). De realçar que o estudo da onda de inundação abrange apenas o troço do rio Ceira no
município de Pampilhosa da Serra, na União de Freguesias de Fajão e Vidual, em Arganil na União de
Freguesias de Cepos e Teixeira e no município de Góis a União de Freguesias Cadafaz e Colmeal e a
freguesia de Góis. O traçado fluvial restante a jusante da vila de Góis é analisado e enquadrado, para
efeitos de monitorização, alerta, aviso e socorro, como em situação de cheia excecional com período de
retorno superior a 100 anos.
Figura 1-Enquadramento Territorial do rio Ceira e da Barragem de Alto Ceira II (Fonte: Adaptada da
carta Administrativa do Distrito de Coimbra - PDEPC de Coimbra 2016)
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
15
Contudo, consideramos também, que este Plano é eficaz em procedimentos e importante para a gestão
de emergência nas situações de eventos extremos de origem hidrometeorológica que se manifestem até
à foz do Rio Ceira junto a Coimbra.
Este Plano é um instrumento flexível e dinâmico, de permanente atualização, que resulta de uma versão
simplificada, complementar e específica do Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil (PDEPC) de
Coimbra, por isso não tão extenso, que define a organização da resposta e as orientações e
responsabilidades relativamente ao modo de atuação dos vários organismos, serviços e estruturas a
empenhar nas operações de proteção civil em caso de rutura de barragem. Simultaneamente, clarifica o
modo como são mobilizados e coordenados os meios e os recursos indispensáveis na gestão das ações
de proteção e socorro, no âmbito do Dispositivo Integrado das Operações de Proteção e Socorro
(DIOPS) e caracteriza a onda de inundação gerada, face ao cenário mais gravoso de rutura total em
situação de cheia.
Nos termos da Lei, o Diretor do Plano é o membro do governo responsável pela área da Proteção
Civil, no âmbito distrital e compete-lhe desencadear as ações de proteção civil de prevenção, socorro,
assistência e reabilitação adequadas a cada caso, com a coadjuvação do Comandante Operacional
Distrital de Coimbra e a colaboração dos agentes de proteção civil competentes. O membro do
Governo responsável pela área da proteção civil e Diretor do Plano, pode designar a entidade em quem
delega competência para o exercício, a nível distrital, das atribuições em matéria de proteção civil, de
acordo com o previsto na Lei de Bases da Proteção Civil. Compete ao diretor do Plano assegurar a
direção, coordenação e controlo do PEExt e das medidas excecionais de emergência, com vista a
minimizar a perda de vidas e bens e os danos ao ambiente, assim como a assegurar o restabelecimento,
tão rápido quanto possível, das condições mínimas para a normalidade.
O PEExt foi elaborado de acordo com as diretivas emanadas pela Comissão Nacional de Proteção Civil
(Resolução 30/2015, de 7 de maio), embora simplificado, seguindo o disposto no artigo 50º da Lei
27/2006, de 3 de julho (Lei de Bases da Proteção Civil, na redação republicada pela Lei 80/2015, de 3 de
agosto) e no artigo 54º do Decreto-Lei 344/2007, de 15 de outubro (Regulamento de Segurança de
Barragens).
Neste contexto, o PEExt articula-se com o Plano Nacional de Emergência de Proteção Civil e com os
Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil (PMEPC), de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã
para efeitos de complementaridade no aviso e socorro às populações mais vulneráveis e sujeitas ao
fenómeno de inundação excecional e expectável, bem como com os PMEPC de Góis, Arganil e
Pampilhosa da Serra municípios mais atingidos pelo efeito da onda de inundação e motivo de particular
análise. De notar que os “hidrogramas apresentados (…) permitem apreciar o considerável amortecimento do
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caudal máximo que, sendo de cerca de 3900 m3/s junto à barragem, decresce para pouco mais de 1500 m3/s
em Ponte de Fajão e se reduz a cerca de 700 m3/s em Góis” (EDP, PEI2010).
Os planos municipais de emergência e o plano nacional descrevem, nos respetivos níveis territoriais e de
forma genérica, a atuação das estruturas de proteção civil e referenciam as responsabilidades, o modo
de organização e o conceito de operação, bem como a forma de mobilização e coordenação dos meios
e recursos indispensáveis na gestão do socorro.
Assim, o presente documento constitui um conjunto de orientações detalhadas e especificas que se
aplicam à análise das consequências, aos sistemas de alerta e aviso e à organização das operações de
emergência a efetuar face ao risco de rutura da barragem no seu cenário mais gravoso, que corresponde
a uma rutura total da barragem em situação de cheia, previsivelmente verificável em período de outono
/inverno.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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2. Finalidade e objetivos
O presente Plano regula a forma como é assegurada a coordenação institucional e a articulação e
intervenção das organizações integrantes do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro
(SIOPS) e de outras entidades públicas ou privadas a envolver nas operações. Deste modo, constitui-se
como uma plataforma que se encontra preparada para responder, organizadamente, a situações de
acidente grave ou catástrofe provocados pela rutura total da barragem do Alto Ceira II em situação de
cheia, como previsível pior e mais gravoso cenário, bem como dar resposta a outros eventos de que
resultem caudais elevados no rio Ceira e coloquem em perigo a vida e os bens das populações
ribeirinhas definindo as estruturas de Direção, Coordenação, Comando e Controlo, tendo em vista o
cumprimento dos seguintes objetivos gerais:
Definir a unidade de direção, coordenação e comando das operações de proteção civil a
desenvolver no vale a jusante da barragem do Alto Ceira II;
Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios indispensáveis à
minimização dos efeitos adversos;
Coordenar e sistematizar as ações de apoio, promovendo maior eficácia e rapidez de intervenção
das entidades intervenientes nas operações de proteção civil;
Assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e coordenado de
todos os meios e recursos disponíveis, nos municípios afetados pela onda de inundação, bem como
de outros meios e recursos do distrito de Coimbra sempre que a gravidade e dimensão da
ocorrência o justifique e manter e atualizar o inventário dos meios e recursos disponíveis;
Definir as orientações relativamente ao modo de difusão do alerta, notificação, mobilização e
atuação das várias estruturas, serviços, agentes de proteção civil (APC) e organismos e entidades
de apoio (OEA) a empenhar em operações de proteção civil no vale a jusante da barragem;
Definir e operacionalizar as orientações e os mecanismos a utilizar para o rápido aviso à população,
de modo a comunicar ao público as informações necessárias relacionadas com medidas de
evacuação e com condutas de autoproteção a adotar;
Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar e/ou limitar os efeitos do acidente grave ou catástrofe e
restabelecer, o mais rapidamente possível, as condições mínimas de normalidade das áreas afetadas
a jusante da barragem;
Aplicar as medidas necessárias à proteção e salvaguarda da população, bens e ambiente,
designadamente quanto à rápida evacuação das zonas inundáveis;
Habilitar as entidades envolvidas no PEExt a manterem o grau de preparação e de prontidão
necessário à gestão de um acidente grave ou catástrofe.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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3. Caracterização sumária da barragem do Alto Ceira II
A Barragem de Alto Ceira II situa-se nas cabeceiras da Bacia Hidrográfica do rio Ceira, uma sub-bacia
tributária do rio Mondego e localiza-se no território administrativo da União de Freguesias de Fajão e
Vidual, no concelho de Pampilhosa da Serra.
A onda de inundação estudada abrange a União de Freguesias de Cepos e Teixeira, no concelho de
Arganil, União de Freguesias de Cadafaz e Colmeal e Freguesia de Góis, no concelho de Góis
As principais características da barragem estão sumarizadas na Tabela 1.
Tabela 1: Características gerais da barragem do Alto Ceira II
Características gerais da Barragem de Alto Ceira II
Coordenadas Latitude N 41º 11' 13''
Longitude W 8º 50' 56'’
Tipo de Barragem Abóbada de arcos parabólicos
Data de Construção Início em 2010 e conclusão em 2014
Utilizações a que se destina Aproveitamento hidroelétrico da energia das águas do rio Ceira e
ribeiras de Castanheira e do Tojo.
Posto de Observação e Controlo
(POC)
Existente na margem esquerda a cerca de 150m da barragem a uma
cota 676,00 m.
Altura máxima da Barragem 41 m
Nível Pleno Armazenamento
(NPA) 665,40 m
Volume total armazenado à cota
do NPA 1,33 hms
Volume útil da albufeira 0,42 hm3
Caudal ecológico 30 l/s
Área superficial da albufeira para
o NPA 12 ha
Nível Mínimo de Exploração
(NmE) 661,34
Nível Máximo de Cheia (NMC) 667,00
Comprimento do coroamento 100 m
(Fonte: PEI, EDP 2010)
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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A Barragem de Alto Ceira II está sujeita às disposições do Regulamento de Segurança de Barragens,
estando classificada, em função da ocupação humana expressa em termos de residentes e de bens e
ambiente existentes na região do vale a jusante, na Classe I (maior gravidade).
A exploração da barragem é assegurada pela EDP, estando os seus responsáveis indicados na Tabela 2.
Tabela 2: Contactos e funções dos responsáveis da Barragem de Alto Ceira II
Contactos e funções dos responsáveis da Barragem de Alto Ceira II
Técnico Responsável do PEI
Nome Engº José António Pinto de Sousa
Função Chefe de Departamento das Pequenas Hídricas, do Centro de Produção Tejo –
Mondego, com local de trabalho em Seia
Substituto do Técnico Responsável do PEI
Nome Engº Carlos Manuel André Rosário,
Função Director do Centro de Produção Tejo-Mondego, com local de trabalho em
Castelo do Bode.
Outros representantes do Dono de Obra
Nome José Ilídio Silva Ferreira
Função Chefe Departamento Segurança Barragens
Outros representantes do Dono de Obra
Nome António Marques Pinto
Função Chefe Departamento Gestão Operação
(Fonte: PEI, EDP 2010)
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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4. Caracterização do vale a jusante
4.1 Caracterização do cenário
Segundo o PEI da Barragem do Alto Ceira II e os respetivos estudos que o sustentam, as “situações
perigosas ou incidentes que poderão colocar em risco a segurança da barragem e das populações a jusante
podem ser enquadradas como Ocorrências Excecionais ou Circunstâncias Anómalas” (PEI, EDP 2010), como
cheias, sismos, deslizamento das encostas, anomalias relacionadas com o comportamento estrutural,
falha de órgãos de segurança, equipamentos e sistemas; ameaça de bomba, sabotagem ou vandalismo e
situação de guerra, acidentes ambientais e incêndios florestais.
A equipa de estudo do PEI da Barragem do Alto Ceira II, identificou dois cenários de rutura. “Tendo em
conta as características da barragem do Alto Ceira II considerou-se que o cenário mais plausível de rutura do
corpo da barragem é o que corresponde a uma rutura total em poucos minutos. No Estudo das Ondas de
Inundação da Barragem do Alto Ceira [Hidrorumo (1998)] admitiram-se dois cenários distintos conforme as
condições iniciais correspondem a situação de estiagem (caudal reduzido) ou à ocorrência da cheia de
dimensionamento do aproveitamento” (PEI, EDP 2010).
Assim, o cenário considerado mais gravoso para efeitos de implementação e operacionalização do PEExt
da barragem do Alto Ceira II, corresponde à rutura total da barragem em situação de cheia o que
corresponde ao Cenário B do PEI.
A Figura 2 representa o enquadramento do mapa de inundação a jusante da barragem do Alto Ceira II
até à vila de Góis em cartografia militar 1/25000.
Figura 2 - Mapa de inundação (Adaptado do anexo 6.4 do PEI da Nova barragem do Alto Ceira EDP,
2010)
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
21
Ainda segundo o PEI “Em termos de brecha admitiu-se que a rutura total da barragem corresponde à
formação de uma brecha com secção trapezoidal aproximadamente igual à secção transversal do rio no local da
barragem. Admitiu-se, ainda, que após a rutura o material resultante não seria totalmente arrastado,
constituindo um obstáculo cujo efeito poderia ser tido em conta, considerando uma cota mínima da brecha
alguns metros acima da fundação” (PEI, EDP 2010). Quanto à caracterização dos cenários de rutura
modelados e ainda segundo os dados disponibilizados no PEI, a “dimensão e tempo de formação da brecha,
baseou-se no resultado dos estudos de sensibilidade realizados e apresentados no Estudo das Ondas de
Inundação antes referido, estando-lhes associadas as seguintes condições:
Cenário A (rutura total da barragem em situação de estiagem)
− brecha de forma trapezoidal, com pendentes laterais de 1(v):1,33(h);
− cota final da soleira da brecha, (640);
− largura ao nível da soleira igual a 27,5 m;
− tempo de rutura de dez minutos;
− caudal afluente à albufeira de 50 m3/s (valor mínimo imposto por questões de modelação numérica);
− nível inicial junto à barragem igual ao NPA, (665,4), e efeito do regolfo na albufeira.
Cenário B (rutura total da barragem em situação de cheia)
− brecha de forma trapezoidal, com pendentes laterais de 1(v):1,33(h);
− cota final da soleira da brecha, (640);
− largura ao nível da soleira igual a 27,5 m;
− tempo de rutura de dez minutos (10’);
− caudal afluente à albufeira de 220 m3/s;
− nível junto à barragem igual a (667,5), e efeito do regolfo para montante.
4.1.1 Cenário – Hidrogramas para o cenário mais gravoso
As Figuras 3 e 4, gráficos adaptados dos Anexos 6.6 e 6.7 do PEI e texto subsequente apontam para a
“(…) evolução das alturas do escoamento no tempo, nas secções consideradas significativas atrás referidas. (…)
Em Porto da Balsa a onda de cheia faz-se sentir durante cerca de três quartos de hora, em Ponte de Fajão tal
período cresce para cerca de uma hora e que em Góis a sua duração é superior a duas horas, apesar de, tal
como no Cenário A, as alturas se reduzirem significativamente conforme se caminha para jusante.
De salientar que, apesar de os níveis atingidos no presente cenário serem mais elevados, as variações entre o
nível inicial e o final são bastante inferiores, em especial nas secções de Ponte de Fajão e de Góis em que tais
variações são de quase metade das verificadas para o Cenário A (Anexo 6.2 e Anexo 6.6).
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
22
Os hidrogramas apresentados no Anexo 6.7 permitem apreciar o considerável amortecimento do caudal máximo
que, sendo de cerca de 3900 m3/s junto à barragem, decresce para pouco mais de 1500 m3/s em Ponte de
Fajão e se reduz a cerca de 700 m3/s em Góis.
A velocidade subida do nível é da mesma ordem de grandeza da relativa ao Cenário A, para as secções de Porto
da Balsa e de Ponte de Fajão, verificando-se um aumento do tempo que medeia entre a chegada da onda e a
ocorrência do nível máximo em Góis, valor que passa de quinze minutos para mais de vinte.
Tal como para o Cenário A os elevados valores da velocidade média revelam a grande capacidade destruidora
da onda produzida. “
Figura 3 - Hidrograma que representa a evolução das alturas do escoamento para o cenário mais gravoso de rutura (
Adaptado do anexo 6.6 do PEI da Nova barragem do Alto Ceira EDP, 2010)
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
23
Figura 4 -Hidrograma que representa os caudais para o cenário mais gravoso de rutura ( Adaptado do anexo 6.7 do
PEI da Nova barragem do Alto Ceira EDP, 2010)
4.2 Caraterização da zona inundável
Ainda segundo o PEI, “ (…) os mapas de inundação relativos à barragem do Alto Ceira, (…) foram elaborados
com base nos mapas homólogos constantes do Estudo das Ondas de Inundação [Hidrorumo (1998)], tendo sido
acrescentados os elementos preconizados pelo novo RSB e pelas normas para a conceção dos sistemas de aviso
e alerta [ANPC e INAG (2009)]. (…) Para ambos os cenários são incluídos detalhes das manchas de inundação
nas zonas de Porto da Balsa, Ponte de Fajão e Góis, com o objetivo de facilitar a sua análise. Tais detalhes
resultaram da ampliação da carta 1:25000 para a escala 1:10000, não contendo, por isso, qualquer acréscimo
de informação. (…)
Cenário B (rutura total da barragem em situação de cheia)
A zona em que o instante de chegada da onda é inferior a 30 minutos estende-se até à localidade de Ponte de
Fajão, cerca de 13,0 km a jusante da barragem, abrangendo também a localidade de Porto da Balsa e a
travessia da CM 1401 e o acesso local em Porto da Balsa, bem como as duas travessias em Ponte de Fajão,
todos pertencentes ao concelho de Pampilhosa da Serra.
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24
A povoação de Porto da Balsa, localizada cerca de 3 km a jusante da barragem, deverá ser atingida pela frente
de onda cerca de oito minutos após o início da rutura. Ao nível máximo, atingido ao fim de dezasseis minutos,
corresponde uma altura de água superior a treze metros, que deverá provocar, tal como para o Cenário A, a
submersão de um considerável número de edifícios). Da mesma forma, a ponte sobre o Ceira, destinada a
trânsito local, deverá ser completamente submersa e eventualmente destruída.
À semelhança do Cenário A, a montante de Porto da Balsa também deverão ser completamente submersos e
muito provavelmente destruídos quer o pequeno açude e a correspondente azenha, quer a travessia da estrada
municipal 1401.
A povoação de Ponte de Fajão deverá ser atingida cerca de trinta minutos após o início da rutura, situando-se,
portanto, no limite definido pelo instante de chegada de 30 minutos. Tal como para o Cenário A, os leitos de
cheia existentes em ambas as margens deverão ser inundados e ambas as pontes situadas junto a esta
localidade deverão ficar submersas e eventualmente danificadas, verificando-se um aumento significativo do
número de construções atingidas.
Na zona definida pelos instantes de chegada limites de 30 e 120 minutos, que se estende até ao km 42,0
incluindo localidades e infraestruturas situadas nos concelhos de Pampilhosa da Serra, Arganil e Góis, referem-se:
no concelho de Pampilhosa da Serra, a localidade de Mata, a ponte de Malhada e a exploração trutícula em
Safra; no concelho de Arganil, as povoações de Casal Novo e de Cabreira, a travessia da CM1358 em Casal
Novo; no concelho de Góis, a localidade de Candosa, as travessias junto a Colmeal (CM1385) e Candosa, e as
pontes do Lagar e da Cabreira (CM1381).
Entre Ponte de Fajão e Casal Novo (km 18) deverá aumentar o número de construções atingidas, salientando-se,
para além da zona junto à confluência da ribeira de Teixeira, na localidade de Mata, o troço a montante da
ponte de Malhada em que se verifica um acréscimo do número de edifícios afetados. Assim, tal como para o
Cenário A, a ponte de Malhada deverá ficar submersa e sofrer importantes estragos sendo de esperar,
contrariamente ao que acontece em relação ao referido cenário, que a ponte existente a jusante da povoação de
Casal Novo venha a ser afetada e parcialmente danificada. Quanto a Casal Novo poderá ficar em risco a capela
situada próximo da margem.
Na zona da povoação de Cavaleiros de Baixo deverá aumentar o número de construções afetadas relativamente
ao Cenário A, fazendo-se notar que o efeito da onda de inundação nesta zona se fará sentir, também, cerca de
uma hora após o início da rutura.
As instalações dos viveiros de trutas existentes ao km 22,5 deverão ser parcialmente afetados, em particular
aquelas que se situem mais próximo do açude de derivação. Tal como para o Cenário A, as pontes sobre o rio
Ceira existentes até Góis (Colmeal, Candosa, Lagar e Cabreira) não deverão sofrer danos importantes. De igual
forma, excetuando algumas azenhas e construções dispersas, não se identificaram outros equipamentos ou
aglomerados potencialmente afetados. (…)
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
25
A zona que corresponde a instantes de chegada superiores a 120 minutos encontra-se totalmente no interior do
concelho de Góis, abrangendo apenas a sede do concelho e a travessia existente nesta localidade.
No que diz respeito a Góis, verifica-se um aumento sensível na zona inundada, em especial na margem direita
do rio, na qual deverão ser atingidas diversas construções e a via marginal existente. Salienta-se, no entanto, que
a chegada da onda a esta localidade se deverá verificar quase duas horas e meia após o início da rutura. (…)”.
4.3 Caracterização Demográfica
De acordo com os dados do Censos 2011, verifica-se que entre os municípios de Pampilhosa da Serra,
Arganil e Góis, o município de Arganil é aquele que apresenta o maior número de residentes 12145
pessoas, mas aquele que terá menor número de pessoas afetadas pela onda de inundação. No que
concerne a dados mais pormenorizados das freguesias e povoações abrangidas pelo impacte da onda de
inundação estes são referentes à CAOP, 2012, PEI, EDP de 2010 e por estimativa de responsáveis
autárquicos das freguesias abrangidas pelos estudos (Tabela 3).
No que se refere à população residente e afetada nas freguesias que são alvo do plano, verifica-se que as
freguesias de Góis e de Fajão/Vidual dos municípios de Góis e Pampilhosa da Serra são as que
apresentam os números mais elevados de população nestas condições.
Tabela 3 : População residente e estimativa de pessoas afetadas nos concelhos e freguesias
Concelho População Residente
Estimativa da População
Afetada Freguesia
Lugar
Arganil 12145 (Censos 2011)
UF Cepos/Teixeira 135 (Cepos=67; Teixeira=68)
(Fonte: CAOP 2012)
(MD) Cartamil; Casal Novo;
(ME) Mata, Cavaleiros de Baixo;
Vale Pardieiro, Quinta da Safra.
50 (Estimativa pela Junta de
Freguesia Cepos/Teixeira, a
qual também diz respeito à
área de jurisdição da JF de
Fajão Vidual (ME))
Góis 4 260 (Censos 2011)
UF Cadafaz/Colmeal 181 (Cadafaz=92; Colmeal=89)
(Fonte: CAOP 2012)
Em Colmeal e Sobral (casas
dispersas); Cabreira (MD); Candosa(ME)
50 (Estimativa pela Junta de
Freguesia Cepos/Teixeira, a
qual também diz respeito à
área de jurisdição da JF de
Fajão Vidual (ME)
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Freguesia de Góis 846 (Fonte: CAOP 2012)
Baixa de Góis
300 (Estimativa de pessoas
afetadas pela Junta de Freguesia de Góis)
Pampilhosa da Serra 4481(Censos 2011)
UF Fajão/Vidual 162 (Fajão=117; Vidual=45)
(Fonte: CAOP 2012)
Porto da Balsa (ZAS)
6 (Estimativa de pessoas
afetadas)
(Fonte: PEI, EDP 2010)
Ponte de Fajão (ZAS)
14 (Estimativa de pessoas
afetadas) (Fonte: PEI, EDP 2010)
(Fonte: INE, CAOP2012; PEI, EDP 2010 )
Relativamente ao número de alojamentos e de edifícios verifica-se que a freguesia de Fajão /Vidual, no
município de Pampilhosa da Serra e de Cadafaz /Colmeal, no município de Góis, são as que apresentam
maior número de edifícios e alojamentos (Tabela 4). Contudo, não é possível contabilizar, com rigor,
quais os edifícios e respetivos alojamentos afetados pela onda de inundação, sem um levantamento local
“in situ”, não compatível com o tempo disponível. Podemos afirmar que os aglomerados populacionais
abrangidos pela onda de inundação são genericamente despovoados e os poucos residentes são
população idosa. Existem muitos edifícios dispersos nos vários lugares, cuja ocupação é essencialmente
em período estival.
Tabela 4 : Número de Edifícios e de Alojamentos existentes nos concelhos e freguesias
Concelho
Freguesia
Lugar
Nº Edifícios Nº Alojamentos
Arganil
10075(Fonte: CAOP 2012) 10937(Fonte: CAOP 2012)
UF Cepos/Teixeira Cepos= 213
Teixeira=249(Fonte: CAOP
2012)
Cepos= 218
Teixeira=249(Fonte: CAOP
2012)
Góis 4936 (Fonte: CAOP 2012) 5176 (Fonte: CAOP 2012)
UF Cadafaz/Colmeal
Cadafaz=382
Colmeal=480
(Fonte: CAOP 2012)
Cadafaz=382
Colmeal=494
(Fonte: CAOP 2012)
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Freguesia de Góis 1624 (Fonte: CAOP 2012) 1816 (Fonte: CAOP 2012)
Pampilhosa da Serra 5455(Fonte: CAOP 2012)
UF Fajão/Vidual Fajão=525
Vidual=137
Porto da Balsa (ZAS) 11edifícios em área inundável
(Fonte: PEI, EDP 2010)
Ponte de Fajão (ZAS) 27edifícios em área inundável
(Fonte: PEI, EDP 2010)
(Fonte: INE, CAOP2012; PEI, EDP 2010 )
4.4 Caracterização das Infraestruturas
A abordagem feita neste ponto visa conseguir caracterizar as estruturas existentes a jusante da
barragem e que podem ser, total ou parcialmente, afetadas pela onda de inundação.
O vale a jusante da barragem é essencialmente despovoado e, por isso mesmo, parco em infraestruturas
de grande relevo socioeconómico mas cujas vias de acesso, estradas e pontes, apresentam um grande
impacto social bem como do ponto de vista da eficácia do aviso e do socorro.
Tabela 5 : Infraestruturas existentes no vale a jusante da Barragem de Alto Ceira II
Infraestruturas existentes no vale a jusante da Barragem de Alto Ceira II
Redes e
acessibilidades
Ponte Rodoviária P. da Coladinha, P. da Ribeira e P. sobre o Rio Ceira
em Porto da Balsa;
2 Pontes em Ponte de Fajão;
Ponte de Cartamil/Malhada;
Ponte em Casal Novo;
Ponte do Colmeal;
Ponte da Candosa – Cadafaz;
ponte do Lagar – Cadafaz;
Ponte da Cabreira – Cadafaz;
2 Pontes em Góis – Góis.
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28
Infraestruturas existentes no vale a jusante da Barragem de Alto Ceira II
Caminho Municipal CM 1358 junto a Casal Novo;
CM 1385 – Colmeal;
CM 1381- Cadafaz;
Elétrica Central de Aproveitamento Hidroelétrico de Monte
Redondo – Góis.
Outras
Infraestruturas
afetadas
Equipamentos de
Educação
EB 1,2 e 3 de Góis.
Zonas Industriais e
Comerciais
Unidade de Truticultura: Quinta da Safra- Cavaleiros de
Baixo – Pserra.
Infraestruturas
Desportivas
Pavilhão da EB 1,2 e 3 de Góis.
Património Capela de Casal Novo.
Alojamento e
Restauração
Bares na baixa de Góis.
Instalações dos
Agentes de Proteção
Civil
Quartel da GNR em Góis.
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29
5. Critérios para a ativação
Perante a iminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe decorrente da rutura da
barragem de Alto Ceira II, a competência para ativação/desativação do Plano recai sobre a Comissão
Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Coimbra.
Para efeitos do disposto no parágrafo anterior, e atenta a especificidade da ocorrência que poderá
determinar a ativação do Plano, a Comissão Distrital de Proteção Civil poderá reunir
extraordinariamente sempre que o seu presidente entenda por necessário em virtude de iminência ou
ocorrência de acidente grave ou catástrofe. Este ato com caráter de urgência poderá acontecer,
reunindo a Comissão na sua versão mais reduzida com a presença apenas de alguns dos seus membros
como o Comandante Operacional Distrital de Coimbra o Comandante da Guarda Nacional Republicana,
o representante da ANMP ou o representante do Ministério do Ambiente (APA), sendo a declaração de
ativação sancionada, assim que possível, presencialmente ou por outro meio de contacto, pelo plenário.
A ativação do PEExt é imediatamente comunicada pelo Comandante Operacional Distrital de Coimbra
ao Comandante Operacional de Agrupamento Distrital de Centro Norte (CADIS Centro Norte) e aos
Serviços Municipais de Proteção Civil do distrito. Por sua vez o CADIS Centro Norte comunica ao
Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) e aos Comandos Distritais de Operações de
Socorro dos distritos limítrofes ao distrito de Coimbra. As comunicações deverão ser efetuadas pela via
mais rápida como a rede rádio SIRESP e REPC e redes móvel e fixa de telefone, coadjuvada com a rede
de correio eletrónico.
A publicitação da ativação/desativação do PEExt será efetuada através dos órgãos de comunicação social
e no sítio da Autoridade Nacional de Proteção Civil (http://www.prociv.pt).
Em termos gerais, e independentemente dos critérios de ativação a seguir referidos, o PEExt será
ativado em caso de iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe que afete todo ou parte da
estrutura da barragem, podendo causar a sua rutura. O processo de emergência é gerido em função do
grau de gravidade da ocorrência que se vive na barragem em função de um conjunto de causas.
Especificamente, a ativação do PEExt encontra-se articulado com os níveis de alerta do PEI de Alto Ceira
II e poderá ser ativado nas seguintes situações:
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
30
Tabela 6 : Critério para activação do PEExt.
Alerta Laranja (Nível 2) do PEI de Alto Ceira II - Ocorrência de cheias com elevado
período de retorno ou situação com alta probabilidade de acidente. O nível de Alerta
Laranja inicia-se quando existe perigo iminente de rutura da barragem.
Nesta situação existe a possibilidade de afetações significativas no vale a jusante da
barragem.
Ocorrência de condições meteorológicas e consequente cheia com período de retorno
superior a 1000 anos.
Sismo de magnitude entre 6.2 e 6.95 (escala de Richter);
Deteção de anomalias graves no corpo da barragem, nas suas fundações, nos seus órgãos de
segurança ou no sistema de observação.
Alerta Vermelho (Nível 3) do PEI de Alto Ceira II - Iminência de rutura de barragem ou
Rutura da barragem. Neste nível de Alerta a rutura já se iniciou ou pelo menos é uma
ocorrência iminente a curto prazo.
Situação de acidente grave ou catástrofe inevitável em que ocorre (visivelmente) ou se prevê
com certeza, e a curto prazo, a rutura da barragem ou da ocorrência de graves consequências
no vale a jusante. A este nível correspondem as seguintes situações:
A estrutura encontra-se em rutura;
Situação incontrolável que se desenvolve rapidamente e o tempo para a tomada de decisões
torna-se escasso para levar a cabo estudos e análises mais desenvolvidas;
Existência de anomalias graves nos órgãos operacionais da barragem ou nos seus elementos
estruturais, como nas fundações;
Acontecimentos associados a ato terrorista com elevada probabilidade de acidente – catástrofe
iminente;
Outra situação com consequências graves para pessoas e bens no vale a jusante;
Sismo de magnitude superior a 7 (escala de Richter).
De notar que, dependendo da gravidade e/ou severidade da ocorrência, os pressupostos operacionais
contidos no Plano poderão, de imediato ser postos em prática por decisão do Diretor do Plano.
Após a consolidação das operações de proteção civil e com o início das operações de reposição da
normalidade a CDPC de Coimbra desativa o PEExt, comunicando aos mesmos destinatários e pela
mesma via utilizada aquando da ativação.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
31
PARTE II - Execução
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
32
1. Responsabilidades
No âmbito do PEExt, as diversas entidades intervenientes estão sujeitos a um conjunto de
responsabilidades que visam criar as condições favoráveis ao rápido, eficiente e coordenado reforço,
apoio e assistência, tanto na resposta imediata, como na recuperação a curto prazo de um acidente
grave ou catástrofe que decorra da rutura da Barragem de Alto Ceira II.
As estruturas de intervenção das entidades intervenientes são empregues sob direção das
correspondentes hierarquias, previstas nas respetivas leis orgânicas ou estatutos, sem prejuízo da
necessária articulação operacional com o Posto de Comando da operação.
As atribuições das entidades intervenientes encontram-se tipificadas de modo genérico nos Planos de
Emergência de Proteção Civil de âmbito geral. Assim, neste capítulo apenas são apresentadas as
responsabilidades das entidades com funções de carácter específico ou que não foram
consideradas/concretizadas no âmbito dos planos gerais de emergência de proteção civil. A todas as
entidades intervenientes cabe realizar uma avaliação permanente da situação e assegurar a elaboração de
relatórios de situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os ao Posto de Comando.
1.1 Dono de Obra
As responsabilidades do Dono de Obra encontram-se consagradas no PEI da barragem do Alto Ceira II
e são cometidas ao Técnico Responsável ou seu substituto (Tabela 2), o qual concretiza as suas funções
de acordo com o nível de alerta.
Tabela 7 : Responsabilidades do Dono da Obra (EDP)
Responsabilidades
Dono de Obra
(EDP)
Proceder ao aviso à população presente na zona de
autossalvamento do vale a jusante (ZAS), através da emissão de
sinal de descarga ou de evacuação;
Proceder ao alerta imediato aos Serviços de Proteção Civil Distrital
(CDOS de Coimbra), municipal da Pampilhosa da Serra e à APA;
Articular com a APA o controlo de caudais, caso aplicável;
Proceder à vigilância e monitorização das condições dos transvases
do sistema Alto Ceira II – Santa Luzia;
Acompanhar a situação com vigilância permanente a partir do Posto
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33
Responsabilidades
de Observação e Controlo (POC) da barragem;
Promover a evacuação das pessoas presentes na barragem para um
local seguro e condicionar o seu acesso;
Apoiar técnica e operacionalmente o Diretor do Plano,
disponibilizando meios e recursos para a mitigação das
consequências dos cenários de acidente no vale a jusante;
Disponibilizar elementos para integrar as EAT.
1.2 Serviços de Proteção Civi l
Tabela 8 : Responsabilidades dos Serviços de Proteção Civil
Responsabilidades
Autoridade Nacional
de Proteção
Civil/Comando
Distrital de Operações
de Socorro de Coimbra
(ANPC
/ CDOS de Coimbra)
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC, compete ainda à
ANPC:
Garantir a rápida montagem, no Teatro de Operações (TO), de um
Posto de Comando Operacional que permita assegurar, em
permanência, o comando e controlo da situação, integrando o apoio
técnico necessário à tomada de decisão, a fornecer pelas entidades
especializadas;
Promover o alerta imediato aos Presidentes das Câmaras Municipais
e Serviços Municipais de Proteção Civil de Pampilhosa da Serra,
Arganil e Góis, aos Comandos e Central dos CB de Pampilhosa da
Serra, Arganil, Coja e Góis e às Uniões de Freguesia de Fajão/Vidual;
Cepos/Teixeira, Cadafaz/Colmeal e Junta de Freguesia de Góis, com
indicações para os procedimentos de aviso às populações;
Assegurar a articulação permanente entre os patamares distrital e
municipal visando a unidade de comando, controlo, comunicações e
informações face a um acidente grave na barragem;
Difundir comunicados aos órgãos de comunicação social, destinados
a divulgar informação relacionada, em particular, com as medidas de
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
34
Responsabilidades
evacuação e as condutas de autoproteção a adotar pela população;
Garantir a alimentação dos elementos da CDPC e do CCOD, caso
necessário;
Coordenar as ações relacionadas com comunicações de emergência;
Câmaras Municipais
(CM)
Arganil;
Góis;
Pampilhosa da Serra.
Para além das missões genéricas previstas nos PMEPC, compete ainda às
Câmaras Municipais:
Assegurar a articulação permanente com o patamar distrital, com as
Juntas de Freguesia e restantes agentes e organismos/entidades de
apoio do patamar municipal, visando o aviso atempado às populações
fora da ZAS e a avaliação e comunicação permanente da situação;
Assegurar a difusão local, em parceria com as Juntas de Freguesia e
APC, dos comunicados e avisos à população, das medidas
preventivas, das orientações de segurança e dos procedimentos a
executar para fazer face à situação;
Montar e operacionalizar a(s) Zona(s) de Concentração e Reserva de
âmbito municipal que se revelem necessárias para apoio às ações
operacionais;
Assegurar a instalação das Zonas de Concentração e Apoio à
População (ZCAP), incluindo o registo da população deslocada;
Evacuar e transportar a população afetada desde as Zonas de
Concentração Local (ZCL) para as ZCAP;
Assegurar, na ZCAP, a logística de apoio à população afetada, em
articulação com os organismos e entidades de apoio com
responsabilidades próprias neste âmbito;
Assegurar a sinalização relativa a cortes preventivos de vias de
acesso à envolvente da área inundada;
Assegurar meios e recursos para apoio às ações de busca, resgate e
salvamento;
Operacionalizar as Zonas de Reunião de Mortos (ZRnM);
Assegurar o apoio psicológico da população afetada em articulação
com os Centros de Saúde;
Disponibilizar elementos para integrar as EAT.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
35
Responsabilidades
Juntas de Freguesia (JF)
Uniões de Freguesia de
Fajão/Vidual;
Cepos/Teixeira,
Cadafaz/Colmeal e
Junta de Freguesia de
Góis
Para além das missões genéricas previstas nos PMEPC, compete ainda às
Juntas de Freguesia:
Assegurar a articulação permanente com as Câmaras Municipais da
área afetada visando a avaliação permanente da situação e o
levantamento posterior de danos;
Assegurar a difusão local, em articulação com as Câmaras Municipais,
Corpos de Bombeiros e Guarda Nacional Republicana da área
afetada e acessível das respetivas margens direita e esquerda do rio
Ceira, dos avisos à população, das medidas preventivas, das
orientações de segurança e dos procedimentos a executar para fazer
face à situação, indicando e orientando para a concentração nas ZCL;
Colaborar na montagem e operacionalização da(s) Zona(s) de
Concentração e Reserva de âmbito municipal que se revelem
necessárias para apoio às ações operacionais;
Colaborar na evacuação e transporte da população afetada para as
ZCAP, caso se justifique, tendo especial atenção aos munícipes com
incapacidades físicas ou outras que levem à necessidade do emprego
de meios especiais;
Colaborar na instalação das Zonas de Concentração e Apoio à
População, incluindo o registo da população deslocada;
Colaborar na instalação de sinalização relativa a cortes preventivos
de vias de acesso à área inundada;
Disponibilizar elementos conhecedores da área para integrar equipas
de busca, resgate e salvamento.
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36
1.3 Agentes de Proteção Civi l
Tabela 9 : Responsabilidades dos Agentes de Proteção Civil
Responsabilidades
Corpos de
Bombeiros (CB)
Arganil;
Coja;
Góis;
Pampilhosa da Serra.
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC e nos PMEPC,
compete ainda os Corpos de Bombeiros:
Colaborar no aviso imediato e localizado às populações potencialmente
afetadas, encaminhando-as para as ZCL e informando das medidas de
segurança em articulação com as juntas de freguesia, SMPC e GNR;
Assegurar as ações de resgate, socorro e salvamento na área afetada;
Colaborar na montagem do Posto de Comando;
Colaborar na operacionalização das Zonas de Concentração e Reserva;
Colaborar em ações de evacuação e transporte da população afetada
em articulação com as CM e os restantes APC;
Colaborar em articulação com a GNR nas ações de busca de
desaparecidos;
Disponibilizar elementos para integrar as ERAS;
Colaborar nas ações de emergência médica;
Apoiar na instalação e funcionamento das ZCAP.
Forças de Segurança
(GNR de Arganil,
Góis e Pampilhosa da
Serra)
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC e nos PMEPC,
compete ainda às Forças de Segurança:
Colaborar no aviso imediato e localizado às populações potencialmente
afetadas, encaminhando-as para as ZCL e informando das medidas de
segurança em articulação com as juntas de freguesia, SMPC e CB’s,
quando solicitado para o efeito;
Controlar os acessos à envolvente à área inundada e realizar cortes
preventivos de vias, mediante solicitação do Posto de Comando;
Estabelecer perímetros de segurança em torno de zonas evacuadas;
Proteger a propriedade privada contra atos de saque na envolvente e
na área inundada;
Colaborar nas ações de movimentação da população afetada.
Instituto Nacional de
Emergência Médica Para além das missões genéricas previstas no PDEPC e nos PMEPC,
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
37
Responsabilidades
(INEM) compete ainda ao INEM:
Efetuar a montagem de Posto(s) Médico(s) Avançado(s), se necessário
e em articulação com o Posto de Comando e Centros de Saúde;
Assegurar a triagem e o apoio psicológico a prestar à população
afetada, com vista à sua estabilização emocional;
Garantir a prestação de cuidados médicos de emergência na Zona de
Concentração e Apoio à População.
Centros de Saúde de
Arganil, Coja (Ext. de
CS Arganil); Góis e
Pampilhosa da Serra.
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC e nos PMEPC,
compete ainda aos Centros de Saúde:
Colaborar no apoio médico, sanitário e psicológico na ZCAP à
população afetada em articulação com o INEM e CB’s;
Adotar medidas de controlo e proteção da saúde pública nas áreas
atingidas;
Colaborar na instalação e operacionalização das ZRnM em articulação
com o INMLCF, IP;
Colaborar nas operações de regresso das populações.
Forças Armadas
(FFAA)
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC e nos PMEPC,
compete ainda às Forças Armadas, a pedido da ANPC ao EMGFA:
Colaborar na desobstrução expedita de vias de comunicação, com
recurso a maquinaria pesada;
Disponibilizar elementos para integrar as EAT;
Disponibilizar cozinhas e/ou refeitórios de campanha, camas de
campanha, agasalhos e meios de transporte de materiais e de pessoas,
caso necessário;
Colaborar na montagem e operacionalização das ZCAP.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
38
1.4 Organismos e Entidades de Apoio
Tabela 10 : Responsabilidades dos Organismos e Entidades de Apoio
Responsabilidades
Agência Portuguesa do
Ambiente (APA)
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC, compete ainda à
APA:
Facultar apoio específico à decisão operacional, designadamente
quanto à monitorização do regime de caudais;
Coordenar a gestão de caudais nos troços na bacia hidrográfica do
Mondego de modo a capacitar encaixe na foz do rio Ceira visando
atenuar os picos de cheias.
Associações
Humanitárias de
Bombeiros (AHB)
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC, compete ainda às
AHB:
Colaborar no apoio logístico às forças de intervenção,
designadamente aos seus Corpos de Bombeiros;
Disponibilizar meios de transporte para apoio a ações de evacuação.
Disponibilizar instalações para apoio logístico e acolhimento de
forças de reforço às operações.
Instituto Português do
Mar e da Atmosfera
(IPMA)
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC, compete ainda ao
IPMA:
Facultar informação meteorológica de apoio às operações quando
solicitadas, em específico, para a bacia hidrográfica do rio Ceira.
Infraestruturas de
Portugal, S.A. (IP, S.A.)
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC, compete ainda à
IP, S.A.:
Realizar cortes preventivos e sinalização de vias rodoviárias na sua
área de jurisdição, em articulação com as Câmaras Municipais e
Juntas de Freguesia mediante solicitação do Posto de Comando;
Disponibilizar elementos para integrar as EAT;
Avaliar danos e verificar a transitabilidade das vias rodoviárias em
articulação com as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia.
Instituto Nacional de
Medicina Leal e
Ciências Forenses
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC, compete ainda ao
INMLCF, IP:
Disponibilizar equipas médico-legais, reforçando-as se necessário;
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
39
Responsabilidades
(INMLCF, IP) Promover a instalação e coordenação das ZRnM em articulação com
as Câmaras Municipais e Centros de Saúde.
Laboratório Nacional
de Engenharia Civil
(LNEC)
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC, compete ainda ao
LNEC:
Avaliar a estabilidade estrutural da barragem se, em função da causa
da emergência e em articulação com o Dono de Obra, APA e
ANPC, a barragem ainda não tenha indícios de rutura;
Avaliar a estabilidade dos edifícios e obras de arte que tenham sido
afetados pela onda de inundação;
Disponibilizar elementos para integrar as EAT.
EDP Energias de
Portugal, S.A. (EDP)
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC, compete ainda à
EDP:
Disponibilizar elementos para integrar as EAT;
Apoiar e integrar as equipas de avaliação dos danos.
Centro Distrital de
Segurança Social de
Coimbra (CDSS)
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC, compete ainda ao
CDSS:
Prestar o apoio técnico considerado necessário e de reforço aos
serviços municipais que exercem esta tarefa;
Apoiar as IPSS’s que promovem o auxílio e acolhimento da
população afetada, nomeadamente e numa fase inicial, na instalação e
operacionalização das ZCAP;
Apoiar a população afetada, em articulação permanente com as
Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e restantes agentes e
organismos/entidades de apoio dos patamares distrital e municipal.
Escuteiros (CNE) de
Arganil, Coja e Góis
Para além das missões genéricas previstas no PDEPC, compete ainda aos
Escuteiros:
Apoiar na instalação e operacionalização das ZCAP, caso necessário.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
40
2. Sistema de Alerta e Aviso
2.1 Sistema de Alerta
Na iminência ou ocorrência de um acidente grave na Barragem de Alto Ceira II, com consequências para
o vale a jusante, o dono de obra (EDP) notifica a ANPC/CDOS de Coimbra e o SMPC de Pampilhosa da
Serra, assim como a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) (Figura 5). Tal notificação inicial de
emergência é produzida através da rede móvel para os contactos prioritários estabelecidos e constantes
da listagem de contactos.
Figura 5 – Fluxograma de notificações operacionais
Quando for possível a obtenção de mais informações sobre a ocorrência a notificação é posteriormente
remetida por correio eletrónico, acompanhada de elementos de informação essenciais ao conhecimento
da situação o tipo de acidente ocorrido, nível de alerta do PEI ou outras informações consideradas
relevantes.
Ocorrência excecional ou circunstância
anómala que possa configurar uma
situação de rutura iminente
Dono de Obra (EDP)
Técnico responsável do
PEI do Alto Ceira II
CDOS de Coimbra APA
CM/SMPC da
Pampilhosa da Serra
Notifica as
entidades
Notifica:
1. CBV de Arganil, Coja, Góis e Pampilhosa da Serra (SIRESP,
rede móvel e fixa);
2. CM/SMPC de Arganil; Góis e Pampilhosa da Serra (Rede
móvel);
3. Juntas de Freguesia de Fajão/Vidual; Cepos /Teixeira,
Cadafaz/Colmeal; Góis (Rede móvel);
Notifica
As entidades
locais (Centro de
Saúde e GNR e
outras constantes
do PMEPC)
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
41
Face à informação recebida do dono de obra, o CDOS de Coimbra notifica os CB’s, as Câmaras
Municipais e as Juntas de Freguesia. Por seu turno as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia,
desencadeiam, nos respetivos níveis e de forma articulada e em função das acessibilidades à zona de
sinistro da respetiva margem do rio, um conjunto de notificações a outras entidades como a GNR ou os
Centros de Saúde, com o objetivo de intensificar as ações preparatórias para as tarefas de mitigação da
ocorrência.
Tabela 11 : Entidades a alertar e notificar face aos diferentes níveis de alerta do PEI
Nível de Alerta Entidades a Alertar/Notificar
CDOS de Coimbra CM da Pampilhosa da Serra
Alerta Laranja
(Nível 2)
Alertar através de chamada de rede móvel e posterior envio de
SMS
Corpos de Bombeiros de Arganil,
Coja, Góis e Pampilhosa da Serra;
CCOD de Coimbra;
CDPC de Coimbra;
Câmaras Municipais de Góis e
Arganil;
GNR – Comando Territorial de
Coimbra.
U. de Freguesia de
Fajão/Vidual;
U. de Freguesia de
Fajão/Vidual;
GNR;
Centro de Saúde.
Outras entidades
intervenientes no PMEPC de
Pampilhosa da Serra.
Alerta Vermelho
(Nível 3)
O nível de Alerta Vermelho (nível 3) e o nível de Alerta Laranja (nível 2) do PEI de Alto Ceira II
obriga à convocação imediata do CCOD de Coimbra. Com o Nível de Alerta Vermelho (nível 3)
procede-se à convocação da CDPC de Coimbra, que atenta à especificidade da ocorrência e da
necessidade de definição de prioridades, será de composição reduzida. Quando oportuno a CDPC de
Coimbra reunirá o seu plenário de modo a vincular as medidas adotadas.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
42
2.2 Sistema de Aviso
O Dono de Obra é responsável, numa situação de acidente grave ou catástrofe, por proceder ao aviso à
população localizada no vale imediatamente a jusante da barragem (Zona de Auto Salvamento, ZAS). A
jusante da ZAS, compete às Câmaras Municipais o aviso às populações afetadas pela onda de inundação.
Este aviso local será com recurso a viaturas com megafones, com o apoio das Juntas de Freguesia, dos
Corpos de Bombeiros e da Guarda Nacional Republicana.
Desta forma este ponto subdivide-se em dois tipos distintos de sistemas de Aviso:
Sistemas de aviso na ZAS – com recurso ao acionamento automático ou manual das sirenes
montadas no POC, em Porto da Balsa e em Ponte de Fajão;
Sistema de aviso a jusante da ZAS – Aviso lugar a lugar, porta a porta com recurso a viaturas
com megafones que procedem à informação de evacuação para lugar seguro (ZCL).
2.2.1 Sistema de Aviso na ZAS
Na ZAS encontram-se instalados dispositivos de aviso sonoro (Figura 6) acionados remotamente a
partir do Posto de Observação e Controlo (POC) da barragem de Alto Ceira II, os quais podem
também ou através de envio de SMS feito pelo dono de obra.
Figura 6 – Pormenor do dispositivo sonoro instalado na ZAS (Camba), sirenes e hardware.
Encontram-se instalados na ZAS, três unidades de aviso sonoro:
Sirene 1 – Junto ao POC;
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
43
Sirene 2 – Em Camba povoação sobranceira a Porto da Balsa;
Sirene 3 – Em Ponte de Fajão.
Em caso de iminência ou ocorrência de acidente na barragem, as unidades de aviso sonoro emitirão os
respetivos sinais sonoros:
Sinal sonoro de evacuação
O sinal de início de aviso para evacuação deverá ter a duração mínima de 2 minutos, sendo
composta por emissões sonoras de 2 segundos separados por um intervalo de 3 segundos.
Sinal sonoro de fim de aviso de evacuação
O fim de aviso de evacuação deverá ser composto por uma emissão sonora com a duração de
30 segundos.
Sinal sonoro de aviso de descarga
Da mesma forma que é estabelecida uma associação entre a mensagem de aviso de evacuação e
um tipo de sinal característico, também a mensagem de aviso de descarga deverá associar-se ao
sinal acústico composto por uma emissão sonoro contínua de 2 minutos.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
44
2.2.2 Sistema de Aviso a jusante da ZAS
O restante vale a jusante da ZAS, embora pouco povoado, tem um conjunto de pequenas aldeias,
lugares e algumas casas dispersas na área de afetação da onda de inundação. A ocupação destes espaços
é residual, sazonal com maior enfase no período de verão e é predominantemente com população mais
idosa. O sistema de aviso, em particular nestes locais mais próximos do términus da ZAS, é feito lugar a
lugar, porta a porta com o apoio das Juntas de freguesia, GNR e CB’s. Os lugares de Coiceiro, Cartamil,
Mata, Casal Novo e Cavaleiros de Baixo, são os que devem ser prioritariamente avisados pela
proximidade ao final da ZAS com tempos de chegada da onda entre os 37 e 51 minutos. Trata-se, por
isso, dos lugares com maior preocupação na definição de prioridades de aviso às populações, o que
exige um agilizar das equipas que irão ao terreno avisar. A truticultura da Quinta da Safra, através da sua
proprietária, constituirá um contacto privilegiado para o aviso local. Assim, face à informação recebida
do dono de obra, e após a notificação imediata do CDOS, no caso da margem esquerda, a Junta de
Freguesia de Fajão/Vidual, o SMPC da Pampilhosa da Serra, a GNR e o CB da Pampilhosa da Serra
deslocam-se imediatamente via CM 1358 aos respetivos lugares. No caso da margem direita o apoio
para aviso e socorro será efetuado pelo CB de Coja e Arganil.
O restante vale até Góis dispõe de um tempo de chegada da onda de inundação mais longo. Contudo o
grau de exigência na proficiência do aviso à populações é o mesmo e exige, do mesmo modo, um
empenho e agilização das equipas das Câmaras Municipais de Arganil e Góis, das Juntas de Freguesia de
Cepos/Teixeira, Cadafaz/Colmeal e de Góis, bem como dos CB Arganil, Góis com a sua secção de
Alvares e da GNR de Arganil e Góis, para chegarem o mais rapidamente possível junto dos lugares
potencialmente afetados. Estas entidades desencadeiam um conjunto de ações de aviso à população
potencialmente afetada no vale a jusante da ZAS, com o objetivo de informar acerca da natureza do
acidente grave e da conduta de autoproteção mais adequada a adotar, como abandonar imediatamente a
zonas mais próximas do rio e deslocarem-se para as ZCL.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
45
Tabela 12 : Conjunto de ações de aviso à população potencialmente afetada no vale a jusante da ZAS
Entidade Mecanismo de aviso
Câmaras Municipais/
Juntas de Freguesia
Aviso direto à população, através de:
o Contacto porta a porta;
o Viatura com megafone.
GNR
Aviso direto à população, através de:
o Contacto porta a porta
o Viatura com megafone
Corpos de Bombeiros
Aviso direto à população, através de:
o Contacto porta a porta
o Viatura com megafone
O aviso à população é uma ação crucial para minorar o número de vítimas. Trata-se de uma ação de
difícil abrangência de toda a população potencialmente afetada, mas será uma preocupação essencial dos
sistemas de protecção civil municipais.
Sem prejuízo dos sistemas de aviso local e direto referidos à escala municipal, o CDOS de Coimbra
procederá, quando oportuno, a um conjunto de informações complementares, utilizando
designadamente:
Contactos com a comunicação social regional (conferências de imprensa e comunicados de
aviso);
Página de internet da ANPC (www.prociv.pt);
Canais da ANPC nas redes sociais (facebook e twitter).
Para que o alcance dos sistemas de aviso seja audível por toda a população no vale a jusante da ZAS, o
sistema de aviso direto à população é operacionalizado de acordo com o definido na Área de
Intervenção de Informação Pública (II-4.4).
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
46
3. Organização
3.1 Sectorização operacional
A resposta operacional desenvolve-se na área afetada pela onda de inundação causada pela rutura da
barragem até Góis ou ainda mais a jusante desta vila, nomeadamente Vila Nova do Ceira, Foz de
Arouce, Segade, Cabouco e Ceira pela cheia que provoca. Face ao estudo da onda de inundação e da
vulnerabilidade das populações ribeirinhas pelo tempo de chegada da mesma, cada área de prioridade de
ação de aviso e socorro é designada por Zona de Intervenção (ZInt). Assim foram consideradas duas
Zint para além da ZAS face às acessibilidades e localidades de referência.
Cada ZInt será dividida em vários sectores pela acessibilidade em função da margem do rio e dado a
incerteza na segurança de utilização das pontes existentes, facilitando, assim, a gestão da emergência.
A primeira ZInt corresponde à Zona de Auto Salvamento (ZAS), definida no PEI. A jusante da ZAS
foram definidos a ZInt A de P. Fajão/Colmeal e ZInt B de Colmeal/Góis.
Como tal, a setorização do vale a jusante da Barragem de Alto Ceira II define-se da seguinte forma:
ZAS (instante de chegada da frente de onda de inundação entre 0h03 min e 0h33 min, com a
distância à barragem de 13,74 km no seu final a jusante de Ponte de Fajão);
ZIntA (instante de chegada da frente de onda de inundação entre 00h34min e 01h24min, com a
distância de 30,39 km no seu final em Colmeal);
ZIntB (instante de chegada da frente de onda de inundação entre 01h25min e 02h25, com a
distância de 50,41km no seu final em Góis).
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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Figura 7 - Divisão do vale a jusante em Zonas de Intervenção
33 min
13,74 km
01h24 min
30,39 km
02h25 min
50,41km
Alto Ceira II
ZAS
ZIntA
ZIntB
Ponte de Fajão
Colmeal
Góis
Leste
Oeste
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48
3.2 Estruturas de suporte operacional
Em cada uma das zonas atrás indicadas (ZAS, ZIntA, ZIntB) são definidas um conjunto de estruturas de
suporte operacional, localizadas na margem direita e margem esquerda, designadamente:
Zonas de Concentração e Reserva (ZCR), destinadas à localização temporária dos meios e
recursos disponíveis sem missão imediata e nos quais se mantém um sistema de apoio logístico
às forças de intervenção (ver II-3.2.1);
Zona de Concentração Local (ZCL), destinadas a locais temporários para onde a população se
deverá dirigir de imediato após o sinal de aviso de um possível acidente grave ocorrido na
barragem (ver II-4.5);
Zonas de Concentração e Apoio à População (ZCAP), destinadas a locais de alojamento
temporário onde a população evacuada ou desalojada, permanecerá até ao término da
ocorrência e ser possível regressar às suas habitações (ver II-4.2.2);
Zonas de Reunião de Mortos (ZRnM), destinadas a locais de recolha e reunião de vítimas
mortais (ver II-4.8);
A Figura 8 esquematiza a distribuição das estruturas essências e previstas para operacionalização das
matérias acabadas de referir.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
49
Figura 8 – Esquematização das estruturas de suporte operacional no vale a jusante
Margem Esquerda (Sul)
Margem Direita (Norte) Albufeira
ZAS
ZIntA
ZIntB
ZCL - Junto ao
POC da Barragem
ZCAP –J.Freg.
Fajão/Vidual
ZRnM – C. Saúde PSerra/ Pav.
Gimnodesportivo de PSerra
ZCL – Porto da
Balsa – EN 344
ZCL – Ponte de
Fajão EM- 1401
ZCL - Junto ao CM 1358
(Cartamil e Mata)
ZRnM – C. Saúde PSerra/ Pav.
Gimnodesportivo de PSerra
ZCL – Casal Novo – Largo de Sta Bárbara; Cartamil-Junto às
“alminhas” no EM para Relvas
ZCAP – Pavilhão em Cepos.
E Salão da JFreg. de Teixeira
ZRnM – C. Saúde de Arganil
ZCL - Junto à Capela de Candosa; e em
Góis junto ao campo de jogos.
ZRnM – C. Saúde PSerra/ Pav.
Gimnodesportivo de PSerra
ZCL – JFreg. Colmeal 1358 (Cartamil e
Mata) e junto ao CB de Góis.
ZRnM – C. Saúde de Góis
ZCAP- Casa da Cultura de Góis e
quartel dos BV de Góis.
ZCR – Quartel dos
BV de PSerra
ZCR – Quartel dos
BV de Coja
ZCR – Secção de
Alvares de BV Góis
ZCR – Quartel dos
BV de Coja
ZCR – Quartel dos
BV de Lousã
ZCR – Quartel dos
BV de Góis
Leste
Oeste
ZCR – Quartel dos
BV de Arganil
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
50
3.2.1 Zonas de Concentração e Reserva (ZCR)
A localização das Zonas de Concentração e Reserva (ZCR) encontram-se definidas Tabela 13.
Tabela 13 : Localização das Zonas de Concentração e Reserva
Rio
Zonas de Intervenção
ZAS Coordenadas
Geográficas ZIntA
Coordenadas
Geográficas ZIntB
Coordenadas
Geográficas
Margem
Direita
(MD)
ZCR
Quartel
dos BV
de Coja
N 40º16’08’’
W 7º59’38’’
ZCR
Quartel
dos BV
de Coja
N 40º16’08’’
W 7º59’38’’
ZCR
Quartel
dos BV
de Góis
N 40º09’22’’
W8º06’336’’
ZCR
Quartel
dos BV
de
Arganil
N 40º13’08’’
W 8º13’16’’
Margem
Esquerda
(ME)
ZCR
Quartel
dos BV
de
PSerra
N 40º02’48’’
W 7º56’54’’
ZCR
Secção
de
Alvares
de BV
Góis
N 40º01’07’’
W 08º05’48’’
ZCR
Quartel
dos BV
de Lousã
N 40º06’52’’
W 8º14’37’’
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51
4. Áreas de Intervenção
A organização da resposta assenta num conjunto de Áreas de Intervenção específicas, destinadas a enquadrar as principais ações a adotar no vale a jusante da
Barragem de Alto Ceira II.
Sem prejuízo do disposto nos Planos Gerais de Emergência de Proteção Civil, esquematizam-se nas Tabelas seguintes as entidades com responsabilidades e
Instruções específicas em cada uma das Áreas de Intervenção, por isso mais adequadas ao tipo de ocorrência em causa e motivo deste Plano.
Tabela 14 : Áreas de Intervenção
Áreas de Intervenção Entidade Coordenadora Entidades Intervenientes
Reconhecimento e
Avaliação
ERAS Posto de Comando Distrital
(PCDis)
ANPC/CDOS de Coimbra;
Corpos de Bombeiros;
SMPC de Arganil Góis e Pampilhosa da Serra;
Juntas de Freguesia de Fajão /Vidual; Cepos /Teixeira, Cadafaz/Colmeal
e de Góis;
Guarda Nacional Republicana
EAT Posto de Comando Distrital
(PCDis)
ANPC/CDOS de Coimbra;
Corpos de Bombeiros (CB);
Câmaras Municipais (CM);
Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC);
Agência Portuguesa do Ambiente (APA);
EDP como dono de obra;
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Áreas de Intervenção Entidade Coordenadora Entidades Intervenientes
Logística Apoio logístico
às Forças de
Intervenção
Centro de Coordenação
Operacional Distrital (CCOD)
ANPC/CDOS de Coimbra;
Associações Humanitárias de Bombeiros (AHB);
Câmaras Municipais (CM);
Corpos de Bombeiros (CB);
Forças Armadas (FFAA);
Apoio
Logístico às
Populações
Centro Distrital de Segurança
Social (CDSS) de Coimbra
Câmaras Municipais (CM);
Associações Humanitárias de Bombeiros (AHB);
Forças Armadas (FFAA);
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM);
Juntas de Freguesia (JF) de Fajão /Vidual; Cepos /Teixeira,
Cadafaz/Colmeal e de Góis;
Escuteiros;
Comunicações ANPC/ CDOS de Coimbra ANPC/ CDOS de Coimbra;
Corpos de Bombeiros (CB);
Guarda Nacional Republicana (GNR);
SMPC/Câmaras municipais;
Informação Pública Centro de Coordenação
Operacional Distrital (CCOD)
ANPC/CDOS de Coimbra;
Câmaras Municipais (CM);
Corpos de Bombeiros (CB);
Guarda Nacional Republicana (GNR);
Juntas de Freguesia (JF);
Órgãos de Comunicação Social (OCS);
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Áreas de Intervenção Entidade Coordenadora Entidades Intervenientes
Evacuação e/ou Confinamento GNR Associações Humanitárias de Bombeiros (AHB);
Câmaras Municipais (CM);
Corpos de Bombeiros (CB);
Juntas de Freguesia (JF)
Guarda Nacional Republicana (GNR);
Forças Armadas (FFAA);
Serviços Médicos e Transporte de
Vítimas
Instituto Nacional de
Emergência Médica, I.P. (na
área do pré-hospitalar) e ARS
(na área hospitalar)
Corpos de Bombeiros (CB);
Centros de Saúde;
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM);
Socorro e Salvamento Autoridade Nacional de
Proteção Civil
(ANPC)/Comando Distrital de
Operações de Socorro
(CDOS) de Coimbra
ANPC/CDOS de Coimbra;
Corpos de Bombeiros (CB);
Guarda Nacional Republicana (GNR);
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM);
Serviços Mortuários Ministério Público coadjuvado
técnica e operacionalmente
pelo INMLCF, IP
Câmaras Municipais (CM);
Corpos de Bombeiros (CB);
Guarda Nacional Republicana (GNR);
Centro de Saúde;
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54
4.1 Reconhecimento e avaliação
4.1.1 Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação
Tabela 15 : Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação
EQUIPAS DE RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO
Instruções Específicas:
a) Pessoal
Cada ERAS é constituída pelo número de elementos considerados necessários designados em
função da missão específica que lhe for atribuída;
Inicialmente encontram-se planeadas ao nível distrital, no mínimo, duas ERAS terrestres. A
constituição de uma ERAS aérea será possível desde que haja meio aéreo disponível e condições
atmosféricas de voo na área inundada;
O chefe da ERAS é o elemento designado pela ANPC/CDOS de Coimbra.
b) Equipamento
Por forma a garantir o cumprimento da sua missão, as ERAS estão dotadas de:
i. Meios de transporte com capacidade tática Viatura 4x4 (preferencialmente);
ii. Equipamento de comunicações rádio e móvel;
iii. Equipamento de Proteção Individual (EPI);
iv. Equipamento de Primeiros socorros;
v. Equipamento informático (computador ou tablet);
vi. Equipamento fotográfico;
vii. Equipamento de georreferenciação;
viii. Cartografia.
ix. Reserva de alimentação e hidratação;
c) Função
As ERAS recolhem informação especifica sobre as consequências do evento em causa,
nomeadamente no que se refere a:
i. Locais com maior número de sinistrados;
ii. Locais com maiores danos no edificado e obras de arte;
iii. Núcleos habitacionais isolados;
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55
iv. Estabilidade de vertentes;
v. Estabilidade e operacionalidade das infraestruturas;
vi. Eixos rodoviários de penetração na(s) ZS;
vii. Elementos estratégicos, vitais ou sensíveis (escolas, hospitais, quarteis de bombeiros,
instalações das forças de segurança);
viii. Condições meteorológicas locais;
ix. Contabilização do número de pessoas que se encontram nas ZCL.
d) Acionamento:
As ERAS são acionadas à ordem do PCDis, que trata a informação recebida pelas equipas.
Procedimentos:
Margem Direita
PCDis
ERAS 1MD
(terrestre
ZAS)
ERAS 2MD
(terrestre – ZIntA))
ERAS 3MD
(terrestre – ZInt B)
Aciona equipa
Chefe equipa:
CMDT dos BV de
Coja
SMPC
JFreguesia
Chefe equipa:
CMDT dos BV de
Arganil
SMPC
JFreguesia
Chefe equipa:
CMDT dos BV de
Góis
SMPC
JFreguesia
ELABORAM RELIS
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
56
Margem Esquerda
PCDis
ERAS 1ME
(terrestre
ZAS)
ERAS 2ME
(terrestre – ZIntA))
ERAS 3ME
(terrestre – ZIntB
Aciona equipa
Chefe equipa:
CMDT dos BV de
PSerra
SMPC;
JFreguesia
Chefe equipa:
Graduado da S.
ALvares dos BV Góis
SMPC;
JFreguesia
Chefe equipa:
Graduado da S.
ALvares dos BV Góis
SMPC
JFreguesia
ELABORAM RELIS
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
57
4.1.2 Equipas de Avaliação Técnica
Tabela 16 : Equipas de Avaliação Técnica
EQUIPAS DE AVALIAÇÃO TÉCNICA
Instruções Específicas:
a) Pessoal
Cada EAT é constituída pelo número de elementos considerados necessários em função da sua
valência técnica, a designar de acordo com a missão específica que lhe for atribuída;
As EAT poderão ser compostas por elementos provenientes das CM, com formação na área da
engenharia civil. No caso das infraestruturas de dimensão significativa, as Equipas deverão, na
medida dos recursos disponíveis, integrar um representante do LNEC e da EDP logo que estes
estejam mobilizados e disponíveis, ou de outras entidades consideradas tecnicamente relevantes;
Em caso de necessidade poderão ser mobilizados para as EAT, e/ou outros especialistas
designados para o efeito por entidades constantes do Plano, ou por outras com as quais
eventualmente estejam estabelecidos protocolos;
Inicialmente encontram-se planeadas a nível distrital, no mínimo, uma EAT terrestre;
O chefe das EAT é o representante da ANPC.
b) Equipamento
Por forma a garantir o cumprimento da sua missão, as EAT deverão ser dotadas de:
o Meios de transporte com capacidade tática Viatura 4x4 (preferencialmente);
o Equipamento de Comunicações Rádio e Móvel;
o Equipamento de Proteção Individual (EPI);
o Kit de alimentação e primeiros socorros;
o Equipamento informático (computador ou tablet);
o Fita de isolamento, papel e lápis de reserva;
o Equipamento fotográfico;
o Equipamento de georreferenciação;
o Equipamento diverso (ex. cordas, tinta ou lata de spray para marcar o edificado ou a
infraestrutura);
o Cartografia.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
58
c) Função:
As EAT recolhem informação específica sobre a estabilidade e operacionalidade das estruturas e
redes afetadas pelo evento em causa e fazem o levantamento de prioridades;
Assinalam e isolam os edifícios, outras infraestruturas e obras de arte em estado crítico de
desabamento;
d) Acionamento:
As EAT 2, 3 ou 4 são acionadas à ordem do PCDis, de acordo com a necessidade de aceder a
cada uma das margens diferencialmente,
O PCDis recebe e trata toda a informação recebida das equipas EAT;
As EAT municipais, caso sejam constituídas, devem articular-se com as EAT distritais.
Procedimentos:
PCDis
EAT 1
(terrestre)
Chefe equipa:
Elemento do CDOS de
Coimbra
CM’s
APA
LNEC
EDP
CB
ELABORAM RELIS
EAT 2
(terrestre)
EAT 3
(terrestre)
Aciona equipas
A constituir se
necessário
A constituir se
necessário
EAT 4
(terrestre)
A constituir se
necessário
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
59
4.2 Logíst ica
4.2.1 Apoio logíst ico às forças de intervenção
Tabela 17 : Apoio logístico às forças de intervenção
APOIO LOGÍSTICO ÀS FORÇAS DE INTERVENÇÃO
Instruções Específicas:
Nas primeiras 24 horas, as AHB de Coja; Arganil, Góis e Pampilhosa da Serra apoiam
logisticamente a sustentação das operações desenvolvidas pelo seu CB;
Após as primeiras 24 horas, as necessidades logísticas são apoiadas pelas Câmaras Municipais de
Arganil, Góis e Pampilhosa da Serra que contactarão com os fornecedores ou entidades
detentoras previstos nos respetivos PMEPC.
Alimentação e Alojamento
O fornecimento/distribuição de alimentação e água potável ao pessoal envolvido nas operações
de socorro que se localize na:
ZAS deverá ser efetuada pelos serviços da CM de Pampilhosa da Serra apoiando-se em caso
de necessidade na Junta de freguesia de Fajão /Vidual e no CB de Pampilhosa da Serra;
ZIntA deverá ser efetuada pelos serviços da CM de Pampilhosa da Serra apoiando-se em
caso de necessidade na Junta de freguesia de Fajão /Vidual e no CB de Pampilhosa da Serra
até à Quinta da Safra na margem esquerda. Na margem direita serão os serviços da CM de
Arganil apoiando-se em caso de necessidade na Junta de freguesia de Cepos /Teixeira e nos
CB’s de Coja e Arganil;
ZIntB deverá ser efetuada pelos serviços da CM de Góis apoiando-se em caso de
necessidade na Junta de freguesia de Cadafaz/Colmeal e de Góis, e no CB de Góis;
Independentemente, do apresentado acima, para a distribuição de alimentação ao pessoal
envolvido em operações de socorro poderão ser montados, por exemplo pelas FFAA a pedido
pela ANPC, cozinhas e refeitórios de campanha, a localizar nas ZCR mencionadas em 3.2.1.
Material Sanitário
O apoio sanitário ao pessoal envolvido nas operações na ZAS e restantes ZInt será
disponibilizado pelos CB de Arganil, Coja, Góis e Pampilhosa da Serra, em articulação com os
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
60
Centros de Saúde respetivos;
Maquinaria e outros equipamentos
A disponibilização de meios e recursos para a desobstrução de vias de comunicação, operações
de demolição, escoramento de infraestruturas, remoção de detritos/lamas, drenagem e
escoamento de águas, é efetuada na fase inicial na:
ZAS pela CM de Pampilhosa da Serra;
ZIntA pela CM de Pampilhosa da Serra e Arganil;
ZIntB CM de Góis.
Para este desiderato as Câmara Municipais contarão com o apoio de maquinaria pesada da
DUECEIRA;
Posteriormente, se julgado necessário a ANPC solicitará o apoio às Forças Armadas para a
disponibilização de meios e recursos para a desobstrução de vias de comunicação, operações de
demolição, escoramento de infraestruturas, remoção de detritos/lamas, drenagem e escoamento
de águas.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
61
4.2.2 Apoio logíst ico às populações
Tabela 18 : Apoio logístico às populações
APOIO LOGÍSTICO ÀS POPULAÇÕES
Instruções Específicas:
Zona de Concentração e Apoio à População (ZCAP)
A organização das ZCAP é efetuada de acordo com o definido nos respetivos PMEPC de
Arganil, Góis e Pampilhosa da Serra;
As entidades em cada uma das valências de gestão da ZCAP são:
A montagem das ZCAP são da responsabilidade, na:
ZAS, pela CM de Pampilhos da Serra e JF Fajão /Vidual;
ZIntA, pela CM de Arganil e JF cepos/Teixeira;
ZIntB, pela CM de Góis, Juntas de Freguesia de Cadafaz/Colmeal, JF de Góis e CB de Góis.
Segurança
(GNR)
Centro de Registo/
Referenciação/Pesquisa
Coord: CDSS/
Câmaras Municipais;
Juntas de Freguesia.
Alimentação e agasalho
Coord: Câmaras
Municipais
Juntas de Freguesia;
AHBV
Escuteiros
Centro de Cuidados
Básicos de Saúde
Coord: Centros de
Saúde.
CB’s;
INEM.
Centro de Apoio
Psicossocial
Coord: INEM com
apoio do CDSS
Serviços de apoio
Social das CM;
Organização da ZCAP
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
62
A localização das ZCAP poderá ser a indicada nos respetivos PMEPC.
Contudo foram definidos os seguintes locais com polivalência para o efeito.
Rio
Zonas de Intervenção
ZAS Coordenadas
Geográficas ZIntA Coordenadas
Geográficas ZIntB Coordenadas
Geográficas
Margem
Direita
(MD) ------- -------
ZCAP2- Pavilhão
em Cepos
(também pode
ser utilizado o
salão da JF de
Teixeira)
N 40º09’38’’
W 7º58’25’’
ZCAP3- Casa da Cultura
de Góis (Também pode ser
utilizado o CB de Góis)
N 40º09’22’’
W 8º06’37’’
Margem
Esquerda
(ME)
ZCAP1- Junta de
Freguesia de Fajão
Vidual
N 40º08’56’’
W 7º55’20’’ ------- ------- ------- -------
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
63
As FFAA se mobilizadas via ANPC, na medida das suas possibilidades e disponibilidades, apoiam
na montagem das ZCAP;
A segurança nas ZCAP será efetuada de acordo com os procedimentos definidos para as AI da
Manutenção da Ordem Pública dos PMEPC de Arganil, Góis e Pampilhosa da Serra;
Os serviços locais de Segurança Social das Câmaras Municipais, como apoio do CDSS asseguram
a constituição de equipas técnicas para receção, atendimento e encaminhamento da população
nas ZCAP;
A distribuição de bens essenciais será assegurada pelas Câmaras Municipais na medida das suas
disponibilidades, podendo ser apoiadas pelas Juntas de Freguesia e AHBV;
Alimentação, Água Potável e Agasalhos
As Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, com o apoio das AHBV e Escuteiros deverão
satisfazer as necessidades das populações desalojadas e/ou deslocadas, quanto às necessidades de
alimentação, água potável e agasalhos, para as ZCL e nas ZCAP;
Transporte
O transporte da população desalojada e/ou deslocados da ZCL para a ZCAP é efetuado
preferencialmente por viaturas ligeiras de até 9 lugares dos CB´s;
Distribuição de Material Sanitário
A distribuição de material sanitário ficará a cargo dos Centros de Saúde com o apoio dos CB e
INEM.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
64
4.3 Comunicações
Tabela 19 : Comunicações
COMUNICAÇÕES
Instruções Específicas:
Após a notificação pelo dono de obra ao CDOS de Coimbra, via telefone fixo ou móvel, de
ocorrência excecional ou circunstância anómala que enquadre uma situação de emergência na
barragem as comunicações de emergência serão efetuadas prioritariamente via rede rádio
SIRESP, REPC e ROB;
Em função das condicionantes da topografia e densidade da rede, a rede telefónica móvel
apresenta pouca cobertura na ZAS e nas ZInt. Assim, os restantes processos de comunicação
serão complementares à rede rádio, vista como prioritária. O uso de correio eletrónico será
útil mas também complementar nos processos de comunicação entre entidades sediadas nas
instalações servidas por esta rede, como é o caso das CM, CB’s, JF, GNR e Centro de Saúde;
Através do Plano de Comunicações rádio SIRESP, a estabelecer de acordo com as Zonas de
Intervenção e setorização operacional, elaborado pelo PCDis, através do CDOS como estação
diretora, são identificados os recursos e procedimentos que permitem à Estrutura de
Comando dispor dos meios de telecomunicações que garantem o efetivo exercício das funções
de Comando e Controlo;
O Plano de Comunicações aplica-se à interligação das estruturas de decisão de nível distrital:
CDPC
CCOD
PCDis
PCMun
Dono de
Obra
CMPC
SALOC/CDOS ZCAP
ZAS
ERAS + EAT ZCL
ZRnM
ZCR
ZIntA
ERAS + EAT ZCL
ZRnM
ZCR
ZIntB
ERAS + EAT ZCL
ZRnM
ZCR
ZCAP
ZCAP
Telefone Tel./Rádio
Telefone
Rádio
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
65
As entidades sem meios próprios de comunicação poderão contar, de acordo com as suas
disponibilidades, com a colaboração da ANPC/CDOS de Coimbra que de forma a assegurar os
requisitos mínimos de troca de informação, mediante moldes a definir para cada caso concreto
e sempre em função da situação em curso, fornecerá equipamentos rádio SIRESP.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
66
4.4 Informação pública
Tabela 20 : Informação pública
INFORMAÇÃO PÚBLICA
Instruções Específicas:
Aquando da ativação do nível de alerta laranja ou vermelho do Plano de Emergência Interno e
como forma de garantir a homogeneidade na passagem de informação à população, o CCOD
emitirá um comunicado de aviso à população, em articulação com o Diretor do Plano e com os
responsáveis municipais de proteção civil (Presidentes das Câmaras Municipais). Para tal,
utilizará o modelo de comunicado constante da Parte III-3.3 do PDEPC de Coimbra;
Em paralelo, as Câmaras Municipais, desencadeiam os procedimentos considerados necessários
e através dos canais próprios, previstos nos respetivos PMEPC, da informação local e relevante
como as medidas de autoproteção, locais das ZCAP e itinerários e ZCAP, entre outra
informação;
A ANPC/CDOS de Coimbra, assegurará a realização periódica de briefings aos OCS, os quais
conterão o POSIT global referente à totalidade da ZInt. O Diretor de Plano poderá nomear
um porta-voz para as relações com os OCS;
A ANPC/CDOS de Coimbra, em conjunto com as CM de Arganil. Góis e Pampilhosa da Serra,
informará das linhas telefónicas, quando estabelecidas, de modo a prestar informações à
população. Além disso deverão ficar disponíveis, através dos respetivos sítios de internet da
ANPC e das CM, todas as informações pertinentes.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
67
4.5 Evacuação e/ou Confinamento
Tabela 21 : Evacuação e/ou Confinamento
EVACUAÇÃO E/OU CONFINAMENTO
Instruções Específicas:
Ao sinal de aviso de evacuação, a população deverá dirigir-se para as ZCL, onde é prestada a primeira ajuda e orientação para posterior encaminhamento,
caso necessário, para as ZCAP.
Zonas de Concentração Local (ZCL)
Rio
Zonas de Intervenção
ZAS Coordenadas
Geográficas ZIntA
Coordenadas
Geográficas ZIntB
Coordenadas
Geográficas
Margem
Direita
(MD)
ZCL1_MD - Porto da Balsa Itinerário- EN 344
ZCL2_MD – Ponte de Fajão
(Recinto das Festas)
Itinerário – EM 1401
N 40º10’52’’
W 7º51’50
N 40º09’13’’ W 7º54’43’’
ZCL3_MD – Cartamil Itinerário – EM 543
ZCL4_MD – Casal Novo-
Largo
Itinerário – CM 1358-1
N 40º10’13’’
W 7º55’47’’
N 40º09’44’’ W 7º56’38’’
ZCL5_MD – Colmeal Itinerário – EM 543-2
ZCL6_MD – Góis – junto à
rotunda Av. C. do Ultramar
Itinerário – Av. C. do Ultramar
N 40º08’28’’
W 8º00’09’’
N 40º09’29’’ W 8º06’32’’
Margem
Esquerda
(ME)
ZCL1_ME –Junto ao POC
da barragem
Itinerário – CM 1401
N 40º11’18’’
W 7º50’47’’
ZCL2_ME – Cartamil - Mata
Itinerário – EM 1358
N 40º10’08’’
W 7º55’41’’ ZCL3_ME – Candosa _Capela
Itinerário – EM 543
ZCL4_ME – Estádio Itinerário – Av. Padre Ant.º
Dinis p/ Zona Industrial
N 40º08’59’’
W 8º01’09’’
N 40º09’28
W 8º06’59’’
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
68
Evacuação
Na Margem Direita do rio, a:
ZCL1_MD é gerida pela CM Arganil e JF Cepos /Teixeira;
ZCL2_MD é gerida pela CM Arganil e JF Cepos /Teixeira;
ZCL3_MD é gerida pela CM Arganil e JF Cepos /Teixeira;
ZCL4_MD é gerida pela CM Arganil e JF Cepos /Teixeira;
ZCL5_MD é gerida pela CM Góis e JF Cadafaz/Colmeal;
ZCL6_ME é gerida pela CM Góis e JF de Góis.
Na Margem Esquerda do rio, a:
ZCL1_ME é gerida pela CM Pampilhosa da Serra e JF Fajão /Vidual;
ZCL2_ME é gerida pela CM Pampilhosa da Serra e JF Fajão /Vidual;
ZCL3_ME é gerida pela CM Góis e JF Cadafaz/Colmeal;
ZCL4_ME é gerida pela é gerida pela CM Góis e JF de Góis.
Confinamento
A população que não esteja/seja diretamente afetada pela onda de inundação, deve permanecer em suas casas ou
locais de trabalho não devem circular e devem aguardar indicações/informações das autoridades.
A movimentação coletiva a partir das ZCL deverá ser garantida com meios de transporte a fornecer pelas AHB e
Câmaras Municipais;
O transporte da população desalojada e/ou deslocada entre as ZCL e as ZCAP deverá ser efetuado com os
meios próprios das AHB, CM e JF e será, em regra, acompanhado por pessoal das entidades com
instruções específicas e sempre que possível pela GNR. Se necessário, o transporte poderá ser
acompanhado por equipas de saúde, disponibilizadas para o efeito, via PCDis, dos Centros de Saúde, CB’s
ou INEM;
O regresso das populações às áreas anteriormente evacuadas deve ser controlado pela GNR, tendo em
vista a manutenção das condições de tráfego e ordem, mas só quando estiverem garantidas as condições de
segurança declaradas pelo PCDis.
Cortes de circulação
Incube aos Postos da GNR de Arganil, Góis e Pampilhosa da Serra, procedem, articuladamente entre si e
com ao PCDis, ao corte, condicionamento, controlo e/ou sinalização das vias.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
69
4.6 Serviços médicos e transporte de vít imas
Tabela 22 : Serviços médicos e transporte de vítimas
SERVIÇOS MÉDICOS E TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Instruções Específicas:
Os procedimentos a adotar para a Área de Intervenção da Emergência Médica e para a Área de
Intervenção do Apoio Psicológico são os genericamente indicados no PDEPC de Coimbra e nos
PMEPC de Arganil, Góis e Pampilhosa da Serra;
A localização dos postos/áreas de triagem é identificada pelo COS e deverá estar tão perto
quanto possível das zonas mais afetadas dentro da Zona de Sinistro, respeitando as necessárias
distâncias de segurança e condicionantes do terreno e acessibilidades.
A triagem e transporte das vítimas é da responsabilidade do INEM e do pessoal dos Centros de
Saúde destacados para os postos que forem criados, com o apoio dos socorristas dos CB’s,
particularmente junto das ZCAP.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
70
4.7 Socorro e salvamento
Tabela 23 : Socorro e salvamento
SOCORRO E SALVAMENTO
Instruções Específicas:
As ações de busca, resgate, socorro e salvamento poderão ser apoiadas por meios aéreos da
ANPC, de acordo com a necessidade e disponibilidade das aeronaves e das condições
meteorológicas;
O socorro será efetuado pelos Corpos de Bombeiros, seja em 1.ª intervenção no socorro à
vítimas em meio aquático e terrestre, ou na sequência da pesquisa de desaparecidos em vastas
áreas do vale;
O GIPS-GNR assegura e coordena o reforço especializado à 1ª intervenção nas missões de
proteção e socorro, designadamente no domínio da busca recorrendo ao pedido de
mobilização de equipas cinotécnicas da GNR, de outras forças de segurança ou forças armadas;
A intervenção inicial cabe prioritariamente às forças mais próximas do local da ocorrência ou
àquelas que se verifique terem uma missão específica mais adequada, nomeadamente na:
Margem Direita do rio, na:
ZAS, o socorro e salvamento é efetuado pelos CB’s de Coja e Arganil;
ZIntA, o socorro e salvamento é efetuado pelos CB’s de Coja e Arganil;
ZIntB, o socorro e salvamento é efetuado pelo CB de Góis apoiando-se em caso de
necessidade no CB de Vila Nova de Poiares;
Margem Esquerda do rio, na:
ZAS, o socorro e salvamento é efetuado pelo CB’ de Pampilhosa da Serra;
ZIntA, o socorro e salvamento é efetuado pelo CB’ de Pampilhosa da Serra;
ZIntB, o socorro e salvamento é efetuado pelo CB de Góis, apoiando-se em caso de
necessidade no CB da Lousã.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
71
4.8 Serviços mortuários
Tabela 24 : Serviços mortuários
SERVIÇOS MORTUÁRIOS
Instruções Específicas:
Os procedimentos a adotar para a Área de Intervenção dos Serviços Mortuários são os
previstos genericamente e os indicados no PDEPC de Coimbra e PMEPC de Arganil, Góis e
Pampilhosa da Serra;
A atividade relacionada com esta área de intervenção é de extrema delicadeza pela componente
afetiva e emocional, mas também em sede deste Plano, pela particularidade da exigência da
análise forense a qual será coordenada pelo Ministério Público com a coadjuvação técnica,
operacional e científica do INMLCF, I.P. e com o apoio dos Centros de Saúde de Arganil, Góis e
Pampilhosa da Serra. As localizações das Zonas de Reunião de Mortos (ZRnM) encontram-se
definidas na tabela seguinte:
Não é estimado um elevado número de vítimas mortais em resultado do evento de rutura da
Barragem do Alto Ceira II. Contudo pela excecionalidade e características peculiares da dinâmica
da onda, do material que transporta, da velocidade que atinge, o seu poder destruidor fará com
que a dúvida de existência de vítimas e a sua pesquisa perdure no tempo o que prolongará a
operacionalidade desta Área de Intervenção.
Rio
Zonas de Intervenção
ZAS Coordenadas
Geográficas ZIntA
Coordenadas
Geográficas ZIntB
Coordenadas
Geográficas
Margem
Direita
(MD)
ZRnM Centro
de Saúde de
Arganil
N 40º12’56’’
W 8º03’15’’
ZRnM
Cento de
Saúde de
Góis
N 40º09’23’’
W 8º06’36’’
Margem
Esquerda
(ME)
ZRnM Pampilhosa
da Serra –
Pavilhão
Gimnodesportivo
N 40º02’45’’
W 7º56’53’’
ZRnM Centro de
Saúde de PSerra
N 40º02’37’’
W 7º56’53’’
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
72
PARTE III - Inventários e Listagens
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
73
1. Inventário de meios e recursos
Componente reservada.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
74
2. Lista de contactos
Componente reservada.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
75
3. Lista de distribuição
3.1 Serviços de Proteção Civi l
Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC)
ANPC – Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS)
ANPC – Comandante do Agrupamento Distrital de Centro Norte
ANPC – Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra
Câmara Municipal de Arganil
Câmara Municipal de Cantanhede
Câmara Municipal de Coimbra
Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova
Câmara Municipal de Figueira da Foz
Câmara Municipal de Lousã
Câmara Municipal de Góis
Câmara Municipal de Mira
Câmara Municipal de Miranda do Corvo
Câmara Municipal de Montemor-o-Velho
Câmara Municipal de Oliveira do Hospital
Câmara Municipal de Penacova
Câmara Municipal de Penela
Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra
Câmara Municipal de Soure
Câmara Municipal de Tábua
Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares
3.2 Comissão Distrital de Proteção Civi l (CDPC) de Coimbra
Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz – que preside
Presidente da Câmara Municipal de Arganil
Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital
Representante do Ministério da Defesa
Representante do Ministério do Ambiente
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
76
Representante do Ministério da Justiça
Representante do Ministério da Economia
Representante do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural
Representante do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Representante do Ministério da Saúde
Representante do Ministério da Educação
Comando Distrital de Coimbra da Polícia de Segurança Pública
Comando Distrital de Coimbra da Guarda Nacional Republicana
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
Polícia Judiciária
Capitão do Porto de Figueira da Foz
Representante do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)
Representante da Liga do Bombeiros Portugueses
Representante da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais
3.3 Agentes de Proteção Civi l
Corpos de Bombeiros
CBS Bombeiros Sapadores Coimbra
CBM Lousã
CBM Figueira da Foz
CBV Coimbra
CBV Cantanhede
CBV Soure
CBV Oliveira do Hospital
CBV Condeixa
CBV Penacova
CBV Montemor-o-Velho
CBV Arganil
CBV Vila Nova Poiares
CBV Góis
CBV Coja
CBV Pampilhosa da Serra
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
77
CBV Penela
CBV Mira
CBV Serpins
CBV Vila Nova de Oliveirinha
CBV Figueira da Foz
CBV Tábua
CBV Brasfemes
CBV Lagares da Beira
CBV Miranda do Corvo
GNR Comando Territorial de Coimbra
PSP Comando Distrital Coimbra
Forças Armadas Estado Maior General das Forças Armadas
AM/PM Capitania do Porto da Figueira da Foz
Comando local da Polícia Marítima
Centro de Saúde
Arganil
Góis
Pampilhosa da Serra
Instituto Nacional de Emergência Médica
Sapadores Florestais - ICNF
3.4 Organismos e Entidades de Apoio
Administração Regional de Saúde do Centro, IP
APA
ASCENDI
Associações Humanitárias de Bombeiros do distrito de Coimbra (21 associações)
CDSS
CNE- Corpo Nacional de Escutas – Junta Regional de Coimbra
CNE – Agrupamento de Arganil
CNE – Agrupamento de Coja
CNE – Agrupamento de Góis
EDP
LNEC
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
78
INMLCF, I.P.
Ministério Público
OCS
Dueceira
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
79
ANEXOS
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
80
Anexo I – Cartografia de suporte às operações de emergência de Proteção Civil
N.º da carta Título
Carta 1 Carta extraída do Anexo 7.2 do PEI, que representa as vias de acesso à Zona de Auto Salvamento (ZAS) em situação de
acidente.
Carta 2 Carta extraída e adaptada do Anexo 6.4 do PEI que representa a ZInt B do vale estudado.
Carta 3 Carta extraída e adaptada do Anexo 6.4 do PEI que representa a ZInt A do vale estudado.
Carta 4 Carta extraída e adaptada do Anexo 6.4 do PEI que representa a ZAS do vale estudado.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
81
Carta 1- Carta extraída do Anexo 7.2 do PEI, que representa as vias de acesso à Zona de Auto Salvamento (ZAS) em situação de acidente.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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Carta 2 – Carta extraída e adaptada do Anexo 6.4 do PEI que representa a ZInt B do vale estudado.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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Carta 3 – Carta extraída e adaptada do Anexo 6.4 do PEI que representa a ZInt A do vale estudado.
Carta 4 – Carta extraída e adaptada do Anexo 6.4 do PEI que representa a ZAS do vale estudado.
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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Anexo II – Programa de medidas a implementar para a prevenção e
mitigação dos riscos identificados e para a garantia da
operacionalidade do Plano
Programa de medidas a implementar para a prevenção e
mitigação dos ri scos identif icados
Para além das estratégias gerais e específicas definidas para o risco de Rutura de Barragens, elencadas
nos Planos de Emergência de Proteção Civil, de âmbito geral, as medidas de mitigação definidas neste
Plano, definem objetivos específicos de horizontes de tempo a curto e médio prazo, nomeadamente:
Medida Entidade responsável
Informar a população do vale a jusante, potencialmente afetado por
um acidente grave ou catástrofe na barragem, acerca do risco
existente.
EDP / CDOS
SMPC / JF
Promover ações de informação para a população, no que diz respeito
ao aviso, evacuação e medidas de autoproteção a adotar, em
particular na área imediatamente a jusante da ZAS e que inclua os
SMPC’s e o Dono de Obra.
SMPC
EDP
Estabelecer os procedimentos de avaliação, que permitam decidir
com rapidez da necessidade da evacuação das populações e a sua
deslocação para as Zonas de Concentração Local.
CDOS / CM / JF
EDP
Elaborar listagens da população presente nas ZInt e a deslocar, para
as diferentes ZCL e/ou ZCAP tendo em conta a unidade das
estruturas familiares.
SMPC / JF
Assegurar que toda a população em perigo é avisada atempadamente
e que se desloca em segurança para as ZCL, tendo em conta os
tempos e alcance da onda de inundação.
SMPC / JF
CB/GNR/EDP (na ZAS)
No caso do sistema de aviso sonoro, verificar se o sinal se encontra
ao alcance efetivo da população em risco.
EDP
Identificar os constrangimentos, nomeadamente na eficácia do aviso e
em meios e recursos, que dificultem ou impossibilitem operações de
Proteção Civil.
CDOS
SMPC/JF
PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE ALTO CEIRA II
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Medida Entidade responsável
Verificar se os percursos definidos para a evacuação pedonal da
população se encontram operacionais e se as ZCL estão acessíveis.
SMPC/JF
EDP (na ZAS)
Implementar a sinalização dos percursos de evacuação e garantir que
os mesmos se encontram em boas condições.
SMPC/JF
EDP (na ZAS)
Atualizar o levantamento dos grupos críticos (idosos, crianças e
pessoas com mobilidade reduzida) localizados na zona de risco.
SMPC/JF
Verificar se os meios para transporte das populações são suficientes
tendo em conta as estimativas do número de pessoas a deslocar.
CB’s/SMPC/JF
Verificar se os itinerários e as vias para deslocar as populações das
ZCL para as ZCAP e circulação de viaturas de emergência se
encontram operacionais ou se continuam a ser os mais adequados.
SMPC/JF
Efetuar o levantamento das entidades ao nível municipal suscetíveis
de fornecer os bens de primeira necessidade/dia (alimentação, água,
agasalhos, etc.) a fornecer à população e pessoal envolvido na gestão
da emergência.
SMPC/JF
Realizar exercícios de teste às comunicações entre a ANPC, as
Câmaras Municipais e o dono de obra.
CDOS / CM
CB / EDP
Programa de medidas a implementar para a garantia da
manutenção da operacional idade do Plano
De modo a garantir a permanente operacionalidade do Plano, manter a prontidão dos agentes e
entidades nele envolvidos e recolher lições para a sua melhoria e atualização permanentes, serão
realizados exercícios com periodicidade máxima de dois anos, nos termos do disposto no n.º 3 do
Artigo 8.º da Resolução n.º 30/2015 de 07 de maio. Os referidos exercícios poderão envolver o teste à
totalidade ou apenas a parte do Plano. Estes serão alternadamente do tipo CPX (Command Post
Exercise) ou LIVEX (Live Exercise). Caberá à Comissão Distrital de Proteção Civil, de acordo com a
alínea d) do n.º 2 do Artigo 38.º da LBPC, a sua promoção.