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TribunalInform / SmTemaJurisprudncia

TRIBUTRIO

Oral TRF3Tributo - Conceito 6) H contradio entre dizer-se que tributo no sano de ato ilcito e dizer-se que h obrigao tributria pelo descumprimento de obrigao acessria?Resposta:

Oral TRF2Espcies Tributrias - Critrios para definio6) Qual o critrio jurdico distintivo das espcies tributrias? V alguma diferena de tratamento dado pelo cdigo tributrio e o texto constitucional em termos de classificao?10) Qual o critrio positivado para distinguir as espcies tributrias? Qual a crtica que se faz? 15) O que a CR apregoa como critrio para distinguir os tributos?16) O que os Tribunais Superiores falam sobre os critrios de distinguir tributos? Explicar a finalidade? Isso no mais prprio do Direito Financeiro? A CR faz algum critrio?Resposta:

11) O critrio da no-cumulatividade se vale do que para distinguir os tributos?Resposta:

12) O ISS entra nessa classificao? E o PIS?Resposta:

25) A Base de Clculo importante para classificao dos tributos?Resposta:

26) E o critrio da estruturao econmica?Resposta:

Oral TRF3 / TRF5Espcies TributriasTRF35) As contribuies so espcies autnomas de tributos?Resposta:

TRF51) As contribuies sociais tm carter tributrio?Resposta:

TRF22) Quais as espcies de contribuies sociais?Resposta:

Oral TRF2Espcies Tributrias13) COFINS envolve tributo indireto e impessoal?Resposta:

14) A CIDE entra nessa categoria?Resposta:

17) O PIS vinculado ou no vinculado? 18) Qual a consequncia dessa classificao? 19) E o critrio da base imponvel? 20) Por que esse critrio superior? Para quais doutrinadores?Resposta:

Oral TRF2Tributos Reais x Pessoal27) O que tributo pessoal e real? Relacione com o princpio da capacidade contributiva.Resposta:

28) E o Emprstimo Compulsrio real ou pessoal?Resposta:

Oral TRF3Tributos Vinculados1) Quais tributos so vinculados?Resposta:

2) Em que situaes pode haver desvinculao de tributos vinculados? E o caso das contribuies? Qual a consequncia da desvinculao? H algum vcio nessa desvinculao?Resposta:

Oral TRF3Taxa - Discricionariedade na cobrana3) Pode-se optar discricionariamente pela cobrana de taxa ou preo pblico, ou at mesmo nada cobrar, por servio especfico e divisvel?Resposta:

PRINCPIOS

Oral TRF1Princpios x Pressupostos4) Existe diferena entre princpios tributrios e pressupostos?Resposta:Sim. Princpio, na clssica lio de Celso Antonio Bandeira de Mello, o mandamento nuclear do sistema. J pressupostos so as condies de fato que compem o fato gerador que devem ocorrer para a hiptese tributria se aperfeioar. Por exemplo, pressuposto do II a entrada do produto em territrio nacional.

ORAL TRF12) O Direito Tributrio brasileiro o mais constitucionalizado do mundo, que consequncias podemos tirar disto?Resposta:Em rpidas linhas, destaco uma maior segurana jurdica e proteo ao contribuinte, onde boa parte das limitaes constitucionais est protegida contra mudanas que lhe diminuam o alcance ou a amplitude, por configurarem verdadeiras garantias individuais, no podendo ser suprimidas nem por emendas constitucionais, eis que se afiguram clusulas ptreas.

STF - PlenoSV 29TaxaSmula Vinculante 29 CONSTITUCIONAL A ADOO, NO CLCULO DO VALOR DE TAXA, DE UM OU MAIS ELEMENTOS DA BASE DE CLCULO PRPRIA DE DETERMINADO IMPOSTO, DESDE QUE NO HAJA INTEGRAL IDENTIDADE ENTRE UMA BASE E OUTRA.

Oral TRF2P Legalidade1) Princpio da Legalidade Relativa cabvel no direito tributrio?Resposta:Pela legalidade absoluta, a Constituio impe a edio de lei formal para a regulamentao de determinada matria. Lei, nesse sentido, significa norma editada pelo Poder Legislativo, conforme processo legislativo constitucionalmente previsto. Pela legalidade relativa, apesar de se exigir edio de lei em sentido formal, permite-se a esta estabelecer somente parmetros de atuao do Poder Executivo, podendo este complement-la por ato infralegal. admitida no direito tributrio. Exemplo: Alquotas do IPI, IOF, II e IE (art. 153, pargrafo primeiro, da Constituio).

Oral TRF2P da Legalidade - Elementos da Hiptese de incidncia1) Quais elementos da regra matriz de incidncia devem estar presentes na lei?Resposta:O art. 97 do CTN prev os elementos da regra matriz de incidncia que devem estar previstos na lei: a definio do fato gerador da obrigao tributria principal, e do seu sujeito passivo; a fixao de alquota do tributo e da sua base de clculo; a cominao de penalidades para as aes ou omisses contrrias a seus dispositivos, ou para outras infraes nela definidas; as hipteses de excluso, suspenso e extino de crditos tributrios, ou de dispensa ou reduo de penalidades.

Oral TRF2P. da Legalidade - Data de pagamento - Decreto2) A data do pagamento do tributo pode ser fixada por decreto?Resposta:Segundo o entendimento do STF, fixao da data de pagamento do tributo, por decreto, no ofende ao princpio da legalidade, por no ser matria afeta ao rol do art. 97 do CTN (RE 195218).

Oral TRF5P da Legalidade - Tipicidade Cerrada1) Discorra sobre a legalidade no Direito Tributrio e aponte as suas excees. Trate tambm do princpio da tipicidade cerrada.Resposta:O princpio da legalidade, inicialmente, est previsto no art. 5, II, da Constituio, segundo o qual ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer algo seno em virtude de lei. Especificamente em matria tributria, o art. 150, I prev que os entes federados no podem exigir ou instituir tributo sem lei que o estabelea. O art. 97 do CTN tambm elenca matrias que apenas podem ser disciplinadas por lei. A jurisprudncia considera que determinadas matrias no necessariamente devem ser disciplinadas por lei: as no constantes do citado art. 97, atualizao da base de clculo do tributo (art. 97, p. 2), prazo para pagamento. A CF possibilita que as alquotas do II, IE, IPI e IOF, bem como da CIDE-combustveis, possam ser alteradas pelo Poder Executivo. / Pelo princpio da tipicidade cerrada, a lei criadora de tributos dever ser minuciosa, prevendo todos os elementos do tributo, de molde a no permitir interpretaes extensivas e discricionariedades. Por esse motivo, a norma deve prever fato gerador, alquota, base de clculo, penalidades.

Oral TRF1P da legalidade Relativa1) Princpio da Legalidade Relativa cabvel no direito tributrio?Resposta:Para a instituio, definio de fato gerador, obrigao tributria, excluso e extino, dentre outros institutos tributrios, incide a Legalidade Estrita. Porm, h excees a esta regra que se adapta Legalidade Relativa. Os casos mais relevantes so a atualizao monetria (expressamente ressalvada pelo pargrafo 2do art. 97)e fixao do prazo de recolhimento (jurisprudncia do Supremo RE 172.394?SP, RE 195.218MG).

STFA CF e o STFPrincpio - Legalidade - Obrigao"Ante o disposto no artigo 113, 2, do Cdigo Tributrio Nacional, a exigir lei em sentido formal e material para ter-se o surgimento de obrigao tributria, ainda que acessria, mostra-se relevante pedido de tutela antecipada veiculado por Estado, visando a afastar sanes, considerado o que previsto em instruo da Receita Federal." (ACO 1.098-AgRTA, Rel. p/ o ac. Min. Marco Aurlio, julgamento em 8-10-2009, Plenrio, DJE de 14-5-2010.)

Oral TRF1Princpio da Facultatividade1) Dentre os princpio regedores da competncia tributria um o da facultatividade, em que o ente competente pode criar ou no o tributo, este princpio ainda vlido?Resposta:O exerccio da competncia tributria, conquanto irrenuncivel e intransfervel, pode ser considerado facultativo. De fato, no plano da convenincia, cada ente tributante decide sobre o exerccio da competncia tributria. No obstante, o art. 11 da LRF dispe que, no plano de gesto fiscal da pessoa poltica, deve haver instituio de todos os tributos que compete entidade, sob pena de sanes (art. 11, pu). O dispositivo merece interpretao cautelosa, pois o legislador quis, salvo melhor juzo, estimular a instituio do tributo economicamente vivel, cuja competncia estaria inadequadamente estanque. Portanto, defensvel a facultatividade do exerccio da competncia tributria, uma vez que o art. 11 da LRF no traduz, incontestavelmente, mecanismo efetivo de obrigatoriedade.

Oral TRF2P. da Irretroatividade10) Em matria de interpretao, um dos princpios constitucionais tributrios o da irretroatividade tributria.Resposta:

11) Existem excees a esta regra da irretroatividade tributria?Resposta:

Oral TRF2P da Irretroatividade10) O direito tributrio trabalha com a retroatividade? Tambm se aplica a retroatividade mxima, mdia e mnima?Resposta:Segundo Sabbag, a retroatividade a) mxima, quando a lei retroage para atingir a coisa julgada ou os fatos jurdicos consumados (transao,pagamento, prescrio); b) mdia, quando a lei atinge os direitos exigveis mas no realizados antes de sua vigncia, vale dizer, direitos j existentes mas ainda no integrados no patrimnio do titular. c) mnima, quando a lei nova atinge os efeitos dos fatos anteriores verificados aps a sua edio. Este autor entende que a Constituio, por consagrar o princpio da segurana jurdica, no permite qualquer destas formas de retroatividade, consagrando a irretroatividade, no obstante vozes em contrrio. Entende que o art. 105 do CTN consagra a irretroatividade, fixando como marco o fato gerador efetivamente ocorrido. Pode haver retroatividade, apenas, na hiptese de aplicao da norma gerar situao favorvel ao contribuinte ou quanto for interpretativa (art. 106).

Oral TRF2P da Irretroatividade16) Existem excees a esta regra da irretroatividade tributria?Resposta:Conforme o art. 106 do CTN, a lei tributria aplica-se a ato ou fato pretrito, em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluda a aplicao de penalidade infrao dos dispositivos interpretados; ou tratando-se de ato no definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infrao; quando deixe de trat-lo como contrrio a qualquer exigncia de ao ou omisso, desde que no tenha sido fraudulento e no tenha implicado em falta de pagamento de tributo; quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prtica.

STFSm 66Princpio da Anterioridade - Tributrio x FinanceiroSMULA 66 STF legtima a cobrana do tributo que houver sido aumentado aps o oramento, mas antes do incio do respectivo exerccio financeiro.

STF - Pleno562Princpios - Anterioridade - Limitao da compensaoNo viola a anterioridade a limitao de compensao em 30% dos prejuzos de anos anteriores para apurao do lucro lquido do ano atual. Entenderam que se tratava de benefcio fiscal a viabilizar compensaes de prejuzos em anos anteriores. (Divergncia do Marco Aurlio no sentido de que a norma postergou no tempo a compensao, por isso, deveria observar a anterioridade - este voto dele est alinhado jurisprudncia anterior sobre limites compensao se a norma limitou algo que podia compensar em 100%, caso contrrio, ele no tem razo, pois, de fato, trata-se de benefcio criado)

STF - PlenoRep Geral 37Princpios - Anterioridade Nonagesimal - Prorrogao da alquota majoradaNo viola o princpio da anterioridade nonagesimal a cobrana mantida sem soluo de continuidade antes de 90 dias da vigncia da nova lei que prorroga alquota majorada de tributo. No caso, a vigncia da lei que majorava a alquota terminaria em 31/12 e a nova lei, em vigor antes de 31/12, mas a menos de 90 dias de 01/01 do ano subsequente, manteve a exao majorada.

STF Pleno614P. Anterioridade - poder constituinte derivadoO princpio da anterioridade nonagesimal, previsto no 6 do art. 195 da CF, aplica-se ao poder constituinte derivado. Esse poder no ilimitado, submetendo-se ao que fixado no art. 60 da CF. O princpio da anterioridade nonagesimal configura uma garantia individual e, como conseqncia, clusula ptrea, no passvel de supresso por emenda constitucional.

STFSm 584P. Anterioridade - IRSMULA N 584Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exerccio financeiro em que deve ser apresentada a declarao.

STFSm 669P. Anterioridade - Alterao do prazo de recolhimento do tributoSmula 669 STFNorma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigao tributria no se sujeita ao princpio da anterioridade.

Oral TRF1P. Anterioridade - Alterao do prazo de recolhimento do tributo9) Norma legal que altera prazo de recolhimento de tributo se sujeita ao princpio da anterioridade?Resposta: A regra legislativa que se limita simplesmente a mudar o prazo de recolhimento da obrigao tributria, sem qualquer repercusso, no se submete ao princpio da anterioridade. Recurso extraordinrio conhecido e provido. Alterao do prazo no equivale majorao. Esse entendimento objeto de smula do STF: Smula 669. Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigao tributria no se sujeita ao princpio da anterioridade.

Oral TRF1P. Anterioridade x Anualidade2) Qual a diferenciao tpica entre anterioridade e anualidade?Resposta:Segundo o princpio da anterioridade, vedado aso entes tributantes cobrar tributos em relao aos fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado (Art. 150, III, a CF). Pelo princpio da anterioridade do exerccio financeiro, os entes no podero cobrar tributos no mesmo exerccio financeiro em que houverem sido criados ou aumentados (Art. 150, III, b). So princpios distintos em relao chamada anualidade, o qual preconiza que arrecadao de determinado tributo deve ser anualmente prevista na respectiva lei oramentria. Este princpio no vigora no Brasil.

Oral TRF2P. AnterioridadeO somatrio da anterioridade com a anterioridade nonagesimal levou a uma classificao. Qual seria? (anterioridade mxima, mdia e mnima)Resposta:

Oral TRF2P. Anterioridade13) H diferena entre o princpio da noventena e o princpio da anterioridade nonagesimal?Resposta:Para parcela majoritria da doutrina, os princpios so tidos como sinnimos, mas h autores que costumam diferenci-los. Assim, a anterioridade nonagesimal seria aplicvel s contribuies para financiamento da seguridade social (art. 195, p. 6 da CF - As contribuies sociais de que trata este artigo s podero ser exigidas aps decorridos noventa dias da data da publicao da lei que as houver institudo ou modificado). J a noventena seria aplicvel s demais espcies tributrias (art. 150, III, c antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou). Contudo, embora a diferena seja terminolgica, entende-se que h equivalncia teleolgica.

STF - Pleno520Princpios - LegalidadeNo se exige lei complementar para disciplinar os elementos prprios hiptese de incidncia (ex: situaes envolvendo concesso de isenes).

Oral TRF1P Legalidade - MP majorando imposto5) Pode um tributo ser majorado por medida provisria?Resposta:

ORAL TRF11) Qual seria a funo de uma Lei Complementar em se de Direito Tributrio? Qual o espao, dentro daquela linha doutrinria dentro daquela corrente tricotmica e dicotmica, pois a primeira tem uma diferena em relao segunda, qual diferena esta?Resposta:Em regra, a lei ordinria o instrumento hbil para disciplinar os tributos. Apenas em casos excepcionais, expressamente previstos na Constituio, que se exige lei complementar, como a competncia residual (art. 154, I, CF) e os emprstimos compulsrios (art. 148).Contudo, a funo principal da Lei Complementar em matria tributria, nos termos do art. 146 da CF estabelecer normas gerais sobre Direito Tributrio. Embora o CTN (lei 5.172/66) tenha sido editado como Lei Ordinria, integra nosso ordenamento com status de Lei Complementar, haja vista ter sido recepcionado com essa natureza, de forma expressa, pelo art. 34, 5 do ADCT.No obstante o art. 5 do CTN (e tambm o art. 145, CF) ter previsto como espcies tributrias apenas os impostos, taxas e contribuies de melhoria, o que poderia levar a crer que o nosso ordenamento adotou a corrente tripartite ou tricotmica, o STF j pacificou a adoo da teoria da pentapartio, de sorte que o CTN, Lei Complementar sobre normas gerais tributrias, aplica-se tambm s contribuies sociais e emprstimos compulsrios (RE 138.284), dizer, a todas as espcies tributrias, e no apenas s previstas no CTN.

STF - 1a T637Princpios - Non Olet possvel a incidncia de tributao sobre valores arrecadados em virtude de atividade ilcita, consoante o art. 118 do CTN. Ressaltou que a possibilidade de tributao da renda obtida em razo de conduta ilcita consubstanciar-se-ia no princpio do non olet. Assim, concluiu que o ru praticara sonegao fiscal, porquanto no declarara suas receitas, mesmo que resultantes de ato contravencional.

RE 587.008/SPrep geralPrincpios - Anterioridade Nonagesimal - Majorao da Alquota da CSLL (EC 10/96)O STF reconheceu a necessidade de aplicao do princpio da anterioridade nonagesimal Emenda Constitucional n 10/96.Segundo a Suprema Corte, o poder constituinte derivado no ilimitado, devendo se submeter aos limites materiais, circunstanciais e temporais inscritos nos 1, 4 e 5 do art. 60 da Constituio Federal. Nesse contexto, o princpio da anterioridade, por constituir garantia individual e, como tal, clusula ptrea, no pode ser suprimido por fora de emenda constitucional. Acrescentou que a EC 10/06 no prorrogou o contedo da EC n 1/94, pois houve soluo de continuidade entre o trmino da vigncia daquela e a promulgao da EC, concluindo-se que a referida emenda um novo texto e veicula nova norma, devendo, portanto, observncia ao princpio da anterioridade nonagesimal, porquanto majorou a alquota da CSLL para as pessoas jurdicas referidas no 1 do art. 22 da Lei 8.212/91.

PGFN - Dispensa de recorrerRetroatividade benignaAssunto: Declarao de que o art. 61 da Lei n 9.430, de 1996 (multa de 0,33% ao dia, limitada a 20%) aplica-se retroativamente, quando configurada a hiptese prevista na alnea c do inciso II do art. 106 do CTN (penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prtica).Parecer PGFN/CRJ/N 2144/2006Publicao do despacho de aprovao do Ministro de Estado da Fazenda: DOU de 16/11/2006 Seo I pg. 28Ato Declaratrio do PGFN N 2 , de 07/11/2006 DOU de 17/11/2006 Seo I pg. 18

Capacidade contributiva - TaxaCF capacidade contributiva se aplica somente aos impostos, ou seria possvel sua incidncia sobre outras espcies tributrias? Se aplica a todos os tributos. Seria possvel incidir sobre taxa? Jurisprudncia tem entendido que se aplica taxa (ex.: taxa de Fiscalizao da CVM). Ainda que a taxa seja contraprestacional pode ser colocado faixa de alquota (exemplos admitidos - CVM, IPTU)

Oral TRF3Capacidade contributiva - Contribuies3) As contribuies devem observar o princpio da capacidade contributiva?Resposta:Conforme o art. 145, pargrafo primeiro, da constituio, o princpio da capacidade contributiva aplicvel aos impostos. Contudo, segundo entendimento do STF, nada obsta que este princpio seja aplicado s demais espcies tributrias. Especificamente em relao s contribuies, a possibilidade de aplicao do princpio ficou assentada no RE 573675, que versou sobre a COSIP.

Oral TRF2P. da Capacidade contributiva3) Diferena entre capacidade econmica e capacidade contributiva.Resposta:Segundo Harada: capacidade contributiva aquela capacidade relacionada com a imposio parcial ou total. a capacidade econmica da pessoa enquanto sujeito passivo da relao jurdico-tributria. J a capacidade econmica aquela ostentada por uma pessoa que no contribuinte, como por exemplo, um cidado abastado, de passagem pelo pas.. Ele exemplifica: Um cidado que usufrui renda tem capacidade contributiva perante o pas em que a recebeu; j um cidado rico, de passagem pelo pas, tem capacidade econmica, mas no tem capacidade contributiva, pois ele tem rendimentos suficientes para suportar tributos, mas no h nenhuma relao jurdica que o vincule ao Fisco do pas pelo qual transita. Assim, no tem capacidade contributiva neste pas..

Oral TRF2P. da Capacidade Contributiva10) COSIP, de acordo com o art. 150, II, CR/1988, pode haver aplicao do princpio da isonomia?Resposta:Entendeu-se que a COSIP constitui um novo tipo de contribuio que refoge aos padres estabelecidos nos artigos 149 e 195 da CF, ou seja, uma exao subordinada a disciplina prpria (CF, art. 149-A), sujeita, contudo, aos princpios constitucionais tributrios, haja vista enquadrar-se inequivocamente no gnero tributo. Ressaltou-se que, de fato, como a COSIP ostenta caractersticas comuns a vrias espcies de tributos, no haveria como deixar de reconhecer que os princpios aos quais estes esto submetidos tambm se aplicam, modus in rebus, a ela. Destarte, salientou-se que, apesar de o art. 149-A da CF referir-se apenas aos incisos I e III do art. 150 da CF, o legislador infraconstitucional, ao instituir a contribuio em anlise, considerada a natureza tributria da exao, estaria jungido aos princpios gerais que regem o gnero, especialmente o da isonomia (art. 150, II) e o da capacidade contributiva (art. 145, 1). RE 573675/SC, 25.3.2009.

Oral TRF2P. Capacidade Contributiva17) O princpio da capacidade tributria s existe com relao aos impostos ou tambm existe com relao aos outros tributos? H diferena entre processo e procedimento tributrio?Resposta:Conforme o art. 145, pargrafo primeiro, da constituio, o princpio da capacidade contributiva aplicvel aos impostos. Contudo, segundo entendimento do STF, nada obsta que este princpio seja aplicado s demais espcies tributrias ((RE 216.259-AgR). Processo administrativo tributrio relao havida entre o fisco e o contribuinte, com vistas ao acertamento da situao fiscal deste ltimo. J o procedimento conjunto de atos, praticados no bojo deste processo, conducente prtica do ato final, que decide definitivamente a questo, na esfera administrativa.

Oral TRF1P. Vedao ao Confisco7) Os princpios constitucionais da vedao ao confisco se aplica a tributos extrafiscais?Resposta:O princpio da vedao ao confisco, previsto no art. 150, IV, da Constituio Federal, no se aplica, em tese, aos impostos extrafiscais (II, IE, IPI e IOF), que, conforme a emergncia da situao posta, podero conter alquotas excessivamente gravosas, em homenagem regulao da economia. A doutrina e a jurisprudncia admitem alquotas elevadas nesses tipos de impostos

Oral TRF1Proporcionalidade x Progressiviadade4) Distino bsica entre proporcionalidade e progressividade?Resposta:Pelo princpio da progressividade, medida que se aumenta a base de clculo, so aplicveis alquotas maiores. Trata-se de princpio correlato ao princpio da capacidade contributiva. J o princpio da proporcionalidade implica em maior tributao aos contribuintes com riqueza tributvel maior, sem necessariamente haver alterao nas alquotas. Um exemplo a alterao da base de clculo do imposto de renda, para deduo de despesas mdicas.

Oral TRF2P da eticidade2) Haveria a incidncia do princpio da eticidade na rea tributria?Resposta:Pelo princpio da eticidade, a boa-f deve marcar as relaes jurdicas. Por consequncia, estas relaes devem ser marcadas por valorizao da dignidade humana, da cidadania, da personalidade, da confiana, da probidade, da lealdade, da boa-f e da honestidade. Este princpio incide na rea tributria, tendo relao com os princpios da anterioridade, da vedao ao confisco, da capacidade contributiva, da no surpresa, da isonomia, da no-discriminao, que visam assegurar uma relao transparente entre o fisco e o contribuinte.

Oral TRF2P. Irretroatividade x P. Intangibilidade5) Diferena entre o princpio da irretroatividade e da intangibilidade.Resposta:O princpio da irretroatividade guarda relao com a eficcia das normas, as quais no podero retroagir para alcanarem fatos pretritos. J a intangibilidade guarda relao com o princpio da segurana jurdica. Por este princpio, o ato jurdico perfeito e o direito adquirido (alm da coisa julgada) so intangveis e no podem ser afetados por ato normativo posterior. Por exemplo, a formalizao de um parcelamento de dvida tributria constitui ato jurdico perfeito, a vincular o contribuinte e o ente tributante, gerando todos os efeitos previstos nas normas gerais de Direito Tributrio, com, por exemplo, a possibilidade de emisso de certides negativas.

Oral TRF2P. Irretroatividade x P. Intangibilidade18) Ao lado da anterioridade, o que a intangibilidade (doutrina nova)?Resposta:A intangibilidade guarda relao com o princpio da segurana jurdica. Por este princpio, o ato jurdico perfeito e o direito adquirido (alm da coisa julgada) so intangveis e no podem ser afetados por ato normativo posterior. Por exemplo, por exemplo, a formalizao de um parcelamento de dvida tributria constitui ato jurdico perfeito, a vincular o contribuinte e o ente tributante, gerando todos os efeitos previstos nas normas gerais de Direito Tributrio, com, por exemplo, a possibilidade de emisso de certides negativas.

Oral TRF2Impostos - Vinculao11) Receita de imposto pode ser vinculada a determinada despesa? Onde se encontra este impedimento (vinculao da receita despesa)? A vinculao do fato gerador toca na vinculao da receita?Resposta:No possvel a vinculao de receita de determinado imposto a receita, conforme art. 167, IV, da Constituio. No necessariamente h vinculao entre fato gerador e vinculao da receita. So tributos vinculados aqueles que guardam relao com alguma atividade estatal relativa ao contribuinte. Assim, so vinculados a taxa e a contribuio de melhoria. So no vinculados os impostos Os emprstimos compulsrios so vinculados ou no vinculados. J a vinculao da receita remete classificao dos tributos quanto ao destino da arrecadao. So de arrecadao vinculada os tributos cujas receitas devem ser destinadas a determinadas atividades. O exemplo so as contribuies para a seguridade social. J nos tributos de arrecadao no vinculada no h essa correlao.

IMUNIDADES

Oral TRF5Imunidade x Iseno x No incidncia3) Diferencie imunidade, no incidncia e iseno.Resposta:A no incidncia ocorre quando um fato no abrangido pela hiptese de incidncia, no havendo o fato gerador do tributo. Pode ocorrer quando um ente, embora possa faz-lo, deixa de definir determinada situao como hiptese de incidncia ou quando o ente no dispe de competncia. H imunidade quando a Constituio delimita a competncia dos entes federativos, impedindo que determinadas situaes sejam consideradas hiptese de incidncia de tributos (art. 150, VI, da constituio). J iseno ocorre quando os entes, no exerccio de sua competncia, estabelecem excees regra de tributao. dispensa legal de tributo devido, sendo hiptese de excluso do crdito tributrio.

Oral TRF2Garantias do art. 150. - Rol exemplificativo8) O rol do art. 150 da CR/1988 taxativo ou exemplificativo? Por qu?Resposta:O rol de limitaes do poder de tributar constante no art. 150 da Constituio Federal meramente exemplificativo por dois motivos: (a) o Estatuto do Contribuinte no est adstrito ao art. 150, da CR/1988; (b) o prprio dispositivo ressalva a possibilidade de instituio de outras garantias ao contribuinte (art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios: [].

STJ 1aT400Entidade BeneficenteCom base em precedente do STF, entendeu-se que o certificado que reconhece a entidade como de fins filantrpicos de utilidade pblica tem efeito ex tunc por se tratar de um ato declaratrio. Destaca que o regulamento da Previdncia Social tambm reconhece a eficcia declaratria do ato de renovao da CEFF ( 2 do art. 208 do Dec n. 3.048/1999).

STFSm 724Imunidade - Entidade Beneficente - IPTUSmula 724 STFAinda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, vi, "c", da constituio, desde que o valor dos aluguis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

STF - Pleno546Imunidade Extensvel - SEM e EPA norma do art. 150, VI, a, da CF (imunidade tributria recproca) alcana as empresas pblicas prestadoras de servio pblico. 2 ministros discordoram pelo fato da ECT ser empresa sujeita a regime de direito privado que explora atividade econmica.

EMAGISIMUNIDADE Extensvel - COBRANA DE TARIFA /COMPATIBILIDADE ???A imunidade do art. 150, VI, a, da CF alcana as autarquias e empresas pblicas que prestem inequvoco servio pblico. A cobrana de tarifas, isoladamente considerada, no descaracteriza a regra imunizante. RE 482814 AgR / SC - SANTA CATARINA AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINRIO Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI Julgamento: 29/11/2011.

STF - Pleno597Imunidade Extensvel - SEM e EPO STF entende que a imunidade recproca englobar tambm as SEM e EP prestadoras de servio pblico desde que: 1) a imunidade subjetiva, ou seja, deve ser aplicada quando a entidade age na satisfao dos objetivos institucionais do ente federado; 2) atividades de explorao econmica, destinadas primordialmente a aumentar o patrimnio do Estado ou de particulares, devem ser submetidas tributao, por apresentarem-se como manifestaes de riqueza (entendeu-se que, se a participao privada na SEM significativa, no pode haver imunidade - no caso da CODESP, concederam a imunidade em funo da Unio deter 99,97% das aes).3) a desonerao no deve ter como efeito colateral relevante a quebra dos princpios da livre concorrncia e do exerccio de atividade profissional ou econmica lcita.

STFSm 79Imunidade Extensvel - SEM - Atividade econmicaSMULA N 79 STFO BANCO DO BRASIL NO TEM ISENO DE TRIBUTOS LOCAIS.

STFSm 583Imunidade extensvel - Promitente compradorSmula 583 STFPromitente comprador de imvel residencial transcrito em nome de autarquia contribuinte do imposto predial territorial urbano.

STFSm 730Imunidade - Entidade de previdncia privadaSmula 730 STFA imunidade tributria conferida a instituies de assistncia social sem fins lucrativos pelo art. 150, vi, "c", da constituio, somente alcana as entidades fechadas de previdncia social privada se no houver contribuio dos beneficirios.

STFSm 657Imunidade CulturalSMULA 657 STFA imunidade prevista no art. 150, vi, "d", da Constituio Federal abrange os filmes e papis fotogrficos necessrios publicao de jornais e peridicos.

STF 2aT550Imunidade Cultural - Verificao do contedo - Insumos utilizadosA jurisprudncia do STF relativamente imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF oscila entre 2 valores na busca da salvaguarda constitucional. De um lado, a constatao de que esta imunidade objetiva e que fugiria caracterizao da imunidade tributria juzo sobre o valor artstico, literrio ou de informao das obras. De outro, a tentativa de assegurar que a imunidade proteja valores constitucionais fundamentais direitos informao, educao e cultura , o que justificaria a extenso do benefcio a todas as operaes ligadas ao ciclo produtivo e de circulao de livros, jornais e peridicos. Contudo, h discusso se o alcance da imunidade poderia transpor os limites do objeto protegido (se abrange apenas os impostos incidentes sobre materialidades prprias das operaes com livros, jornais, peridicos e com o papel destinado a sua impresso). Para alguns, no extravasa para outras espcies tributrias nem alcana bens e servios utilizados ao longo da cadeia produtiva, ou seja, os insumos que no se manifestariam como etapas inerentes prpria definio do ciclo produtivo dos bens.

STFPGFN - Dispensa de recorrerImunidade. lbum de figurinhas. O STF reconheceu que a imunidade tributria prevista no art. 150, VI, d da CF, alcana os lbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos. Precedentes: RE 221.239/SP; RE 179893/SP.

OBSERVAO: A interpretao supramencionada deve ser restrita aos lbuns e cromos adesivos, no alcanando hipteses em que as figurinhas e/ou os lbuns venham com jogos e CD Rom (Compact disc read only memory), em relao aos quais se deve continuar interpondo recursos. Precedentes: STF, no RE 416.579.

STF 2aT553Imunidade - Substituio tributriaA imunidade tributria no alcana a entidade imune na hiptese de ser ela eleita responsvel ou substituta tributria, porquanto, em ambas as hipteses, a entidade no seria contribuinte do tributo, pois no seriam suas operaes que se sujeitariam tributao. Responsabilidade e substituio tributria versam normas voltadas a garantir a mxima efetividade do crdito tributrio, mediante a eleio de outros sujeitos passivos para garantir o recolhimento do valor devido a ttulo de tributo.

TRFs-ImunidadeA imunidade das entidades referidas no art. 150, VI, c (patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei) engloba o IPI, II e ICMS dos produtos que comporo o patrimnio destinado s suas atividades essenciais. (julgados a favor no TRF1 e TRF4; no TRF2 tem julgado para ambos os lados - tese contra: a imunidade para tributos diretos)

STFPGFN - Dispensa de recorrerImunidade. As Entidades de Educao e Assistncia Social so imunes do pagamento do IOF, incidente sobre suas aplicaes financeiras, nos termos do artigo 150, VI c desde que no haja questionamento acerca do preenchimento dos requisitos. Inaplicabilidade do artigo 12, 1 da Lei n. 9.532/97. Precedentes (AI 746.089, RE 241.090, 249.980, RE 232.080, RE 198.828). OBSERVAO: O entendimento acima se aplica, inclusive, para as entidades sindicais, que se encontram previstas tambm no mesmo artigo 150, VI, alnea c, da CF. Vide AI 267.815/MG

STFPGFN - Dispensa de recorrerImunidade. Entidades de Assistncia Social sem fins lucrativos. Art. 150, VI, c. Entidades fechadas de previdncia social privada. Contribuio dos beneficirios. A imunidade tributria prevista no art. 150, VI, c da CF somente alcana as entidades fechadas de previdncia social quando no houver contribuio dos seus beneficirios. Smula 730/STF. Precedentes: RE 202.700; RE 235.003; AgRg no RE 222.631.

STF 2aT570Imunidade Recproca - OAB - Caixas de AssistnciaA imunidade tributria recproca aplicvel Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, quando atua no campo prprio que lhe outorga a Constituio, no se estende s atividades sociais ou de assistncia desempenhada pelas respectivas Caixas de Assistncia. As Caixas de Assistncia dos Advogados no se diferenciariam das demais entidades destinadas outorga de benefcios assistenciais ou previdencirios a seus associados, sejam eles servidores pblicos, empregados privados ou quaisquer outras pessoas unidas por laos de afinidade ou de situao ftico-jurdica.

STJSm 352CEBAS - Obteno e Renovao - Requisitos legais supervenientesSmula 352 STJA obteno ou a renovao do Certificado de Entidade Beneficente de Assistncia Social - Cebas no exime a entidade do cumprimento dos requisitos legais supervenientes.

STF - 1aT582Imunidade - Requisitos O cumprimento dos requisitos previstos no art. 14 do CTN constitui conditio sine qua non para o gozo da imunidade tributria outorgada pela CF art. 150, VI, c (patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei)

Art. 14. O disposto na alnea c do inciso IV do artigo 9 subordinado observncia dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:I no distriburem qualquer parcela de seu patrimnio ou de suas rendas, a qualquer ttulo; (Redao dada pela Lcp n 104, de 10.1.2001)II - aplicarem integralmente, no Pas, os seus recursos na manuteno dos seus objetivos institucionais;III - manterem escriturao de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatido. 1 Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no 1 do artigo 9, a autoridade competente pode suspender a aplicao do benefcio. 2 Os servios a que se refere a alnea c do inciso IV do artigo 9 so exclusivamente os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.

STF - Pleno613SEM - Servio Pblico - Sade - Imunidade tributria recprocaIncidncia da imunidade recproca (CF, art. 150, VI, a) de impostos estaduais sociedade de economia mista recorrente, a qual atua na rea de prestao de servios de sade v. Informativo 597. Inicialmente, ao salientar o que disposto no art. 197 da CF, consignou-se que o servio pblico em questo estaria franqueado iniciativa privada sob a forma de assistncia sade, no constituindo atividade econmica. Portanto, a iniciativa privada seria convocada para subsidiar o Poder Pblico, para se emparceirar com ele, na prestao de servio pblico que, ao mesmo tempo, seria direito fundamental e, pela tica do art. 196 da CF, direito de todos e dever do Estado. Estado controlando 99,99% das aes. Hospital recorrente atenderia exclusivamente pelo SUS e que suas receitas seriam provenientes de repasses pblicos federais e municipais. O servio de sade por ele prestado teria carter de servio pblico, no configurando um negcio privado. Aparncia de SA, mas se trataria, na verdade, de uma entidade pblica por ser pblica praticamente a totalidade do capital social, pblica sua finalidade e pblica, no sentido de potencialidade de exerccio de poder, a direo do hospital, haja vista que a Unio poderia decidir o que quisesse, porque 0,01% no significaria nada em termos de votao. Por fim, registrou-se que o pronunciamento da questo posta em sede de repercusso geral somente aproveitar hipteses idnticas, em que o ente pblico seja controlador majoritrio do capital da sociedade de economia mista e que a atividade desta corresponda prpria atuao do Estado na prestao de servios populao.

STF -1aTRMS 28.456Imunidade - 195, 7 - requisitos legtima a exigncia relativa aplicao de 20% da receita bruta em gratuidade, disciplinada pelos Decretos 752/93 e 2.536/98, para fins de obteno do Certificado de Entidade Beneficente de Assistncia Social Cebas.

o art. 195, 7, da CF, autorizou que a Lei estabelecesse exigncias a serem cumpridas pelas entidades beneficentes de assistncia social a fim de fazerem jus imunidade ali prevista.

PGFN - Dispensa de recorrerAssunto (dispensa de recorrer): Obteno de declarao de que a imunidade prevista no art. 150, VI, c da Constituio da Repblica abrange o imposto de importao e o imposto sobre produtos industrializados, desde que a instituio de assistncia social, sem fins lucrativos, utilize os bens na prestao de seus servios especficos.Parecer PGFN/CRJ/N 2138/2006Publicao do despacho de aprovao do Ministro de Estado da Fazenda: DOU de 16/11/2006 Seo I pg. 28Ato Declaratrio do PGFN N 9 , de 07/11/2006 DOU de 17/11/2006 Seo I pg. 18

Assunto (dispensa de recorrer): Nas aes judiciais que discutam a imunidade dos rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicaes financeiras pelas entidades de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, prevista no art. 12, 1, da lei n. 9.532/97. PARECER PGFN/CRJ/N 2112/2011Publicao do despacho de aprovao do Ministro de Estado da Fazenda: DOU DE 15/12/2011 Seo 1 pg. 57Ato Declaratrio da PGFN N 17/2011

STF - PlenoRE 564413Rep GeralImunidade - CSLL - Empresas exportadorasIMUNIDADE CAPACIDADE ATIVA TRIBUTRIA. A imunidade encerra exceo constitucional capacidade ativa tributria, cabendo interpretar os preceitos regedores de forma estrita. IMUNIDADE EXPORTAO RECEITA LUCRO. A imunidade prevista no inciso I do 2 do artigo 149 da Carta Federal no alcana o lucro das empresas exportadoras. LUCRO CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO LQUIDO EMPRESAS EXPORTADORAS. Incide no lucro das empresas exportadoras a Contribuio Social sobre o Lucro Lquido. (RE 564413, Relator Min. MARCO AURLIO, Tribunal Pleno, julgado em 12/08/2010, REPERCUSSO GERAL)

Oral TRF1Imunidade 6) H excees no que concerne imunidade constitucional, no que diz respeito apenas a impostos? Ou outros tributos tambm podem ser abarcados?Resposta:(Entendi que o examinador queria saber se existe imunidades para outras espcies tributrias alm dos impostos). H imunidades a outras espcies tributrias que no impostos: (a) imunidade das receitas decorrentes de exportao s contribuies sociais e de interveno no domnio econmico; (b) imunidade s contribuies para a seguridade social das entidades beneficentes de assistncia social que atendam aos requisitos estabelecidos em lei; (c) a contribuio para a seguridade social no incidir sobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia; (d) imunidade em relao s taxas para o direito de petio e certides.

ORAL TRF27) Qual a razo do art. 150, I, da CR/1988?Resposta:Referido dispositivo trata do princpio da legalidade tributria. , a exemplo de outros preceitos, uma garantia do contribuinte contra a exigncia ou aumento de tributos sem lei que estabelea, sendo, portanto, um dos pilares do Estado Democrtico de Direito.

7) H tautologia com o art. 5, II, da CR/1988?Resposta:Penso que no chega a ser uma tautologia. Por ser considerada a principal limitao constitucional ao poder de tributar, entendeu o constituinte por prever de forma especfica e autnoma o princpio da legalidade tributria no art. 150, I da CR, cujas excees, tambm, lhes so particulares, existindo, a meu ver, razo de ser na formao de um sistema de proteo tributrio prprio.

ORAL TRF2 taxativo o rol do art. 150 da CR/1988?Resposta:O art. 150 da CF trata das limitaes ao poder de tributar. Da simples leitura da parte inicial do artigo (sem prejuzo de outras garantias) conclui-se que se afigura um rol exemplificativo, notadamente porque boa parte destas limitaes consubstanciam-se em garantias individuais do contribuinte.

ORAL TRF29) O que Poder de Tributar? As limitaes de Tributar so clusulas ptreas? H relao entre poder de tributar e competncia tributria?Resposta:Poder de tributar o poder que detm o Estado de, mediante lei, criar tributos nos termos das competncias conferidas pela Constituio. Entende o STF, bem como a doutrina, que boa parte das limitaes constitucionais ao poder de tributar se configuram verdadeiras garantias individuais, como si ser o princpio da anterioridade e o da legalidade, de sorte que so definidas como clusulas ptreas, nos termos do art. 60, 4, IV da CR. A imunidade recproca, tambm, por tutelar a forma federativa (art. 60, 4, I da CR), seria uma clusula ptrea. Nessa esteia, h uma estreita relao entre o poder de tributar e competncia tributria, haja vista ser esta ltima conceituada como a atribuio ou o poder, diretamente haurido da Constituio Federal, para editar leis que abstratamente instituam tributos. Por fim, a Constituio no cria tributos, apenas confere s pessoas polticas competncias para institu-los.

Oral TRF5Imunidade recproca - SEM e EP2) Discorra sobre a imunidade recproca e se ela abrange empresas pblicas e sociedade de economia mista.Resposta:Pela imunidade recproca, a Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios no podem instituir impostos sobre patrimnio, renda ou servios uns dos outros (art. 150, VI, c). Trata-se regra protetiva do pacto federativo. Em relao s autarquias e fundaes, seu patrimnio, renda e servios devem estar afetos s suas finalidades essenciais, para fazer jus imunidade (art. 150, p. segundo). Em relao s empresas pblicas e sociedades de economia mista, o STF considera ser aplicvel a imunidade quando prestadoras de servios pblicos (RE 424.227), no sendo extensvel s exercentes de atividades econmicas (RE 363.412-AgR), por fora do art. 173 e pargrafos da CF.

COMPETNCIA

ORAL TRF21) O artigo 5 do CTN completo? Por que ele desmentido?Resposta:O art. 5 do CTN no completo, eis que prev como espcies tributrias apenas os impostos, taxas e contribuies de melhoria, o que poderia levar a crer que o nosso ordenamento adotou a corrente tripartite ou tricotmica. Todavia, o STF j pacificou a adoo da teoria da pentapartio, de sorte que, alm das espcies supracitadas, considera tributos as contribuies sociais e os emprstimos compulsrios, apesar da natureza restituvel deste ltimo.

STF 2aTCompetncia tributria - Estados e Municpios - Contribuies sociaisFalece aos Estados-membros competncia para criar contribuio compulsria destinada ao custeio de servios mdicos, hospitalares, farmacuticos e odontolgicos prestados aos seus servidores. A CF/88 outorgou aos Estados e Municpios, relativamente aos seus servidores, a instituio de contribuio para a manuteno do seu regime prprio de previdncia social (art. 149, 1), no lhes contemplando com a possibilidade de instituir contribuies sociais com finalidades diversas.

STJ - 2aT363Competncia - IR retido na fonte - Servidor Pblico estadualA Justia comum estadual competente para processar e julgar a ao em que o servidor pblico estadual busca a iseno ou no-incidncia do Imposto de Renda Retido na Fonte. Cabe aos Estados a reteno, e esses entes so os destinatrios do referido tributo (art. 157, I, da CF/1988).

STJResp 1001156Competncia - Conexo - Execuo Fiscal e Aes ordinrias referentes ao dbitoExiste conexo entre as execues fiscais e as aes ordinrias referentes ao dbito executado, estando prevento, via de regra, o magistrado que primeiro despachou, nos termos do art. 106 do Cdigo de Processo Civil (salvo nos casos em que houver vara especializada em execuo fiscal, por atrao da disciplina do art. 102 do CPC).

Oral TRF2Poder de tributar e Competncia tributria17) O que Poder de Tributar? As limitaes de Tributar so clusulas ptreas? H relao entre poder de tributar e competncia tributria?Resposta:Em seu Curso de Direito Tributrio, no captulo O poder de tributar, Hugo de Brito Machado diz: No exerccio de sua soberania o Estado exige que os indivduos lhe forneam os recursos de que necessita. Institui o tributo. O poder de tributar nada mais que um aspecto da soberania estatal, ou uma parcela desta. J no captulo Poder e competncia, leciona: No Brasil, o poder tributrio partilhado entre a Unio, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municpios. Ao poder tributrio juridicamente delimitado e, sendo o caso, dividido, d-se o nome competencia tributria. As limitaes ao poder de tributar (CF, art. 150) so direitos fundamentais do contribuinte e, por conseguinte, clsulas ptreas.

Oral TRF2Competncia Tributria4) Qual o princpio em que se assenta a discriminao constitucional de competncias tributrias?Resposta:A Constituio Federal consagrou o princpio do federalismo (art. 60, 4, I, da Carta Magna), delimitando entre as pessoas polticas (Unio, Estados-membros, Distrito Federal e Municpios) o poder de tributar. De fato a autonomia e a capacidade poltica de cada um dos entes federativos fundamenta a distribuio constitucional da competncia para a instituio de tributos.

Oral TRF1 / TRF5Competncia x Capacidade tributriaTRF14) Qual a diferena entre capacidade tributria e competncia tributria?Resposta:A competncia tributria a habilidade privativa e constitucional atribuda ao ente poltico para que este, com base na lei, proceda instituio da exao tributria. Em outras palavras a aptido para criar tributos. A competncia tributria indelegvel, intransfervel, inaltervel e irrenuncivel. A capacidade tributria a atribuio para arrecadar ou fiscalizar tributos. Ao contrrio da competncia tributria, a capacidade tributria ativa delegvel e transfervel. Isso significa que o ente tributante pode permitir a figurao de outra pessoa jurdica no polo ativo da relao jurdica tributria e a consequente possibilidade de arrecadar os tributos dos sujeitos passivos (contribuintes). Essa atribuio compreende as garantias e os privilgios processuais que competem pessoa jurdica de direito pblico que a conferir, podendo ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da entidade que a tenha conferido (CTN, art. 7, 1 e 2).

TRF501) Conceitue, diferencie e classifique competncia e capacidade tributria.Resposta:Competncia tributria a aptido para editar lei instituidora de tributo. No se confunde com a capacidade tributria (classificada em ativa e passiva), que est relacionada com a aptido para figurar no polo ativo ou passivo da relao jurdico-tributria. O CTN equipara a capacidade tributria ativa com a competncia tributria (art. 119). Porm, os institutos no se confundem, como demonstram as contribuies de interesse das categorias profissionais. A capacidade tributria passiva disciplinada no art. 126. A competncia tributria se classifica em: (i) comum: CF, art. 145, II e III; (ii) privativa: CF, arts. 153, 155, 156; (iii) cumulativa: CF, art. 147; (iv) residual: CF, arts. 154, I e 195, 4 ; (v) extraordinria: CF, art. 154, II

Oral TRF2Competncia - Critrios de diviso5) Como a discriminao constitucional de competncia tributria. H critrios?Resposta:(acho que o examinados gostaria de saber acerca da classificao da competncia tributria). A doutrina costuma classificar trs as espcies tributrias: privativa/exclusiva, comum e residual. No sistema tributrio existe o regime das Competncias Privativas, o qual constitui uma forma de limitao do poder de tributar, na medida em que impem quais so os tributos que podem ser exclusivamente pela Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios. Seria comum, a competncia atribuda a todos os entes (Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios), para criarem taxas e contribuies de melhoria. Por fim, chama-se de residual, a competncia outorgada Unio para a instituio de impostos no previstos no texto constitucional, desde que, sejam criados por lei complementar, mas no sejam cumulativos e no tenham o mesmo fato gerador e base de clculo dos j discriminados na Constituio, bem como novas contribuies para a seguridade social.

6) Os art. 153, 154 e 155 so relativos aos impostos. Por que no h tal discriminao em relao as taxas? E por h em relao unicamente aos impostos?Resposta:A taxa uma espcie tributria que decorre da prestao de um servio pblico ou do exerccio do poder de polcia. Destarte, leque de possibilidades para hipteses de incidncia do referido tributo mostra-se extremamente amplo, o que torna invivel a pretenso de esgot-lo em um rol taxativo. Quanto aos impostos, considerando que no h uma contraprestao por parte do Estado (tributo unilateral), bem como as exigncias de segurana jurdica e limitao do arbtrio do Poder Pblico, faz-se necessrio relacionar as hipteses de incidncia. Trata-se de uma garantia do cidado contribuinte.

Oral TRF2Competncia - Territrios7) Poderamos admitir que a Unio institusse, atravs de lei federal, IPVA, por exemplo? E se for o Territrio?Resposta:A competncia tributria indelegvel, intransfervel, inaltervel e irrenuncivel. Nesse diapaso, via de regra, Unio no poderia instituir, atravs de lei federal, o IPVA, pois trata-se de tributo de competncia dos municpios. Segundo o art. 147 da CF, competem Unio, em Territrio Federal, os impostos estaduais e, se o Territrio no for dividido em Municpios, cumulativamente, os impostos municipais. Portanto, em Territrio Federal no dividido em municpios, a competncia para instituir o IPVA ser da Unio.

Oral TRF5Competncia Classificao02) Diferencie competncia ordinria e extraordinria; privativa e residual.Resposta:A competncia ordinria, que diz respeito s materialidades tributveis por impostos pelos entes federativos (CF, arts. 153, 155 e 156), contrape-se extraordinria: a Unio poder instituir na iminncia ou no caso de guerra externa, impostos extraordinrios, compreendidos ou no em sua competncia tributria, os quais sero suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criao (CF, art. 154, II). Por competncia privativa entende-se que determinada materialidade, quando atribuda a certo ente federativo, apenas por este pode ser tributada. A competncia residual encontra-se no art. 154, I, da CF, segundo o qual a Unio poder instituir, mediante lei complementar, impostos no previstos no artigo anterior, desde que sejam no cumulativos e no tenham fato gerador ou base de clculo prprios dos discriminados nesta Constituio.

Oral TRF1Conflito de Competncia - Bitributao x Bis in idem2) Qual a diferena entre conflito de competncia, bitributao e bis in idem?Resposta:A competncia tributria matria eminentemente constitucional, taxativa e exaustivamente prevista, de sorte que haver conflito de competncia na medida em que um ente poltico arvorar-se de competncia alheia. O bis in idem ocorre quando uma nica pessoa poltica institui tributos diversos sobre o mesmo fato gerador e o mesmo contribuinte, mas pela incidncia de duas normas legais distintas. A bitributao, por seu turno, ocorre quando a dupla tributao tem origem em pessoas polticas distintas, de modo que so duas normas, cada qual emanada de um legislativo, incidindo sobre o mesmo fato jurdico e onerando o mesmo contribuinte.

Oral TRF1Bitributao 3) A bitributao se liga a que ao tributria?Resposta:O art. 164, III, do CTN, dispe ser cabente a Ao de Consignao em Pagamento, quando mais de um ente tributante pretender cobrar um ou mais tributos sobre o mesmo fato gerador. Tal situao versa sobre o instituto jurdico da bitributao, prevista no Cdigo Tributrio, e de todo condenvel, havendo medida judicial apta a sanar a dupla invaso patrimonial pleiteada pelos Fiscos no caso sub examine.

ORAL TRF25) Dupla tributao distingue-se de bitributao?Resposta:Sim. A dupla tributao (bis in idem) ocorre quando o mesmo ente tributante edita diversas leis instituindo mltiplas exigncias tributrias, decorrentes do mesmo fato gerador. Segundo a doutrina, no existe norma expressa no texto constitucional vedando a dupla tributao, de sorte que chegam a apontar a criao da COFINS e do PIS como hiptese cristalina de bis in idem. Na bitributao, tal fenmeno ocorre mediante a ao de entes diversos, e, via de regra, proibida. A doutrina aponta duas situaes em que esta seria legtima: a possibilidade da Unio instituir imposto extraordinrio de guerra, compreendidos ou no em sua competncia tributria; e a tributao de renda envolvendo Estados-naes diversos (indivduo residente no Brasil que recebe rendimentos de trabalhos realizados no Uruguai, os dois Estados poderiam cobrar IR).

ORAL TRF24) Por que tem ao de consignao no CPC e no CTN?Resposta:Porque as hipteses consignatrias previstas no art. 164 do CTN so mais restritas, como se extrai da leitura do 1 do referido artigo, que aduz que a consignao s pode versar sobre o crdito que o consignante se prope a pagar. Assim, demais aspectos da obrigao tributria podem ser objeto de ao de consignao com fulcro no art. 890 do CPC.

Oral TRF2Bitributao - Ao de consignao em pagamento - Competncia1) Consignao em pagamento. Dois entes disputam o tributo: a ao ter quem no polo passivo? Se a discusso for sobre ITR e IPTU, qual o juzo competente?Resposta:Na ao de consignao em pagamento decorrente de bitributao, o contribuinte-autor dever providenciar a citao de ambos os entes tributantes (art. 895 do CPC), destarte, ambas as pessoas polticas que exigem tributos sobre o mesmo fato gerador dever ocupar o polo passivo. Na discusso sobre ITR e IPTU, como a Unio dever figurar na demanda como r, a competncia ser da Justia Federal, nos termos do art. 109, I, da CF. Ressalte-se que, nos termos da smula 503 do STF, no atrai a competncia originria do STF a dvida suscitada por particular acerca do direito de tributar dos entes federados.

2) Se o valor menor for do ITR ser na JF?Resposta:Mesmo no caso de o valor do ITR ser inferior ao do IPTU, a competncia para julgar a ao de consignao em pagamento permanecer com o juzo federal, haja vista que esta estabelecida pela presena da Unio como sujeito passivo da demanda, nos termos do art. 109, I, da Constituio Federal. A diferena entre os valores dos tributos no altera a legitimidade passiva.

Oral TRF1Parafiscalidade5) O que seria parafiscalidade?Resposta:A parafiscalidade a delegao dos elementos da capacidade tributria ativa. Enfim, a permisso pelo ente que retm a competncia tributria de atribuir a outro o poder de arrecadar, fiscalizar e administrar os tributos. Na parafiscalidade, terceira pessoa arrecada o tributo para si e passa a dispor do produto da arrecadao do tributo. Exemplo: a atividade desenvolvida pelo SESC, SENAC, SESI, SENAI, SEST.

Oral TRF1Competncia - Impostos residuais8) Se a Unio criar tributo com base na competncia residual, ela tem que passar alguma coisa para estados e municpios?Resposta:Com relao competncia residual para instituir imposto (art. 154, I, da Constituio Federal), caso a exercite, a Unio dever repassar aos Estados 20% do valor da arrecadao, nos termos do art. 157, II, da Constituio Federal. Quanto instituio de contribuies residuais para custeio da seguridade social (art. 195, 4, da CF), no h qualquer determinao para transferncia obrigatria da arrecadao.

Oral TRF5Competncia - Benefcio fiscal que tem repartio finalceira determinada pela CF03) Repartio de competncia destinao da arrecadao um ente federativo detenha competncia, pode conceder benefcio fiscal sobre a totalidade do valor arrecadado?Resposta:Caso o ente federativo conceda benefcio fiscal sobre a totalidade do valor arrecadado, estar ele, por vias oblquas, malferindo a autonomia financeira de outros entes federativos, no ponto em que assegurada pela repartio das receitas tributrias estabelecida na Constituio da Repblica (artigos 157 a 162). Sob este vis, pois, a concesso de benefcio fiscal sobre a totalidade das receitas mostra-se inconstitucional. Pode-se cogitar, inclusive, de violao ao artigo 160 da Lei Maior: vedada a reteno ou qualquer restrio entrega e ao emprego dos recursos atribudos, nesta, seo, aos Estados, ao Direitito Federal e aos Municpios, neles compreendidos adicionais e acrscimos relativos a impostos.

NORMA TRIBUTRIA: VIGNCIA, INTERPRETAO e APLICAO

ORAL TRF219) Lei complementar tributria e norma complementar tributria, h diferena?Resposta:H diferena. O art. 100 do CTN dispe que so normas complementares das leis, dos tratados e das convenes internacionais e dos decretos: I os atos normativos expedi-dos pelas autoridades administrativas; II as decises dos rgos singulares ou coletivos de jurisdio administrativa, a que a lei atribua eficcia normativa; III as prticas reite-radamente feitas pelas autoridades administrativas, e; IV os convnios entre si cele-brados entre a Unio, Estados, DF e os Municpios. J em relao lei complementar tributria, o art. 146 da CF/88, conferiu-lhe atribuio especfica para regular determina-das normas em matria tributria, como a regulao das limitaes constitucionais ao poder de tributar, dispor sobre conflitos de competncia e estabelecer normas gerais.

ORAL TRF2

13) Tem algum limite de retroao para a lei beneffica, em se tratando de infraes tributrias? Resposta:Segundo Clio Armando Janczeski (revista mbito Jurdico), estando o crdito tribut-rio impugnado judicialmente via ao anulatria de dbito fiscal ou qualquer ao aonde o contribuinte demonstre seu inconformismo pela exigncia, a retroatividade benigna prevista pelo CTN poder ser implementada at a extino do feito. Na execuo fiscal, o processo s se finda com sua extino na forma do art. 794, do CPC, ou com a arrematao, adjudicao ou remio definitivamente realizados, mesmo que transitada em julgado eventual sentena prolatada em embargos da executada.

ORAL TRF2

6) O direito tributrio trabalha com a retroatividade? Tambm se aplica a retroatividade m-xima, mdia e mnima?Resposta:Sim. Relativa-mente retroatividade mxima, mdia e mnima, nos passos da teoria de MATOS PEI-XOTO, a mxima ocorre quando a lei nova ataca a coisa julgada e os fatos consumados. Retroatividade mdia quando a lei nova atinge os fatos pendentes de ato jurdico verifi-cado antes dela. Retroatividade mnima exsurge quando a lei nova passa a regular os efeitos dos fatos anteriores produzidos aps a data em que ela entra em vigor. Pelo visto, o art. 150 do CTN pretendeu a aplicao das retroatividades mdia e mnima.

ORAL TRF2

9) possvel o direito tributrio ter um conceito prprio de locao ou deve observar o Cdi-go Civil? Como se trabalharia com as figuras dos arts. 109 e 110 do CTN? Qual seria o destino desses artigos? Poderia haver uma locao de bens mveis incidindo ISS? Resposta:A resposta do candidato deve ter sido sim em relao primeira pergunta para dar sen-tido s seguintes. O Direito Tributrio no tem ampla liberdade de modificar os concei-tos de Direito Privado. O art. 109 do CTN dispe que os princpios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definio, do contedo e do alcance de seus institu-tos, conceitos e formas, mas no para definio dos respectivos efeitos tributrios. Por sua vez, o art. 110, diz que a lei tributria no pode alterar a definio, o contedo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou im-plicitamente, pela Constituio Federal, pelas Constituies dos Estados, ou pelas Leis Orgnicas do Distrito Federal ou dos Municpios, para definir ou limitar competncias tributrias. Portanto, o legislador no pode alterar o conceito de locao para, por exem-plo, caracteriz-la como uma prestao de servios, de forma a possibilitar a incidncia do ISS, pois a Constituio, ao referir-se a servios no art. 156, estaria, implicitamente, fazendo referncia ao que no seja servios, como a compra e venda ou a locao, de forma que a faculdade do legislador para modificao dos conceitos, institutos e formas de Direito Privado, para definio dos efeitos tributrios, bastante limitada, pois os artigos 109 e 110 do CTN devem conviver em harmonia. Quanto incidncia de ISS na locao de bens mveis, a questo pacificou-se com a edio da Smula Vincu-lante 31 - inconstitucional a incidncia do Imposto sobre Servios de Qualquer Natu-reza ISS sobre operaes de locao de bens mveis.

ORAL TRF2

5) A lei tributria que no majore nem institua tributos tambm devem observar essas limita-es? Qual o prazo de vigncia dessas leis? Poder ter vigncia extraterritorial? Qual o pres-suposto para isso acontecer?Resposta:No. Lei tributria que no majora nem institui tributos no tem que observar os princ-pios da anterioridade de exerccio nem a nonagesimal. Tais lei podem ter vigncia imedi-ata (na realidade trata-se de eficcia e no vigncia, conforma j fizemos referncia em questo anterior). A lei tributria s vigora no Pas, mas a legislao tributria dos Esta-dos, Distrito Federal e dos Municpios, segundo o disposto no art. 102 do CTN, pode vigorar fora dos seus respectivos territrios, ou seja, podem ter vigncia extraterritorial, nos limites em que lhe reconheam essa caracterstica os convnios de que participem, ou do que disponham o CTN ou outras leis de normas gerais expedidas pela Unio. No h violao ao princpio federativo porque necessria expressa aquiescncia manifestada mediante convnio.

ORAL TRF2

1) Conceito de vigncia da lei tributria, distinguindo vigncia formal e vigncia material. Resposta:Para Ricardo Alexandre, a vigncia da lei tributria diz respeito aptido da norma para produzir efeitos jurdicos, ao regular, desde logo, as situaes, relaes e comportamen-tos que o legislador quis disciplinar. Lei vigente a lei que terminou seu ciclo de produ-o, foi publicada, existe juridicamente, e j atingiu o termo porventura determinado pelo legislador para possuir fora de atingir seus objetivos finais, apesar de ser possvel a existncia de algum outro requisito para a efetiva produo de efeitos. Para estar vigen-te, tambm necessrio que a lei no tenha sido revogada. Lei vigente, para Luciano Amaro, ou lei em vigor, aquela que suscetvel de aplicao, desde que se faam pre-sentes os fatos que correspondam sua hiptese de incidncia. Essa possibilidade de aplicao supe que a norma tenha sido validamente editada, isto , que tenha atendido ao ritual previsto para a sua elaborao e obedecido aos demais limites formais e materi-ais que balizam o processo legislativo. Vigncia formal diz respeito obedincia s dire-trizes e requisitos procedimentais previstos na Constituio e vigncia material ao conte-do da norma no estar em conflito com a Constituio.

ORAL TRF118) No Direito Tributrio a proporcionalidade um princpio ou um mtodo de interpretao do outro princpio da capacidade tributria?Resposta:Humberto vila, em sua obra Teoria dos Princpios da definio aplicao dos prin-cpios jurdicos, prope a superao do modelo dual de separao regras/princpios com a adoo de um modelo tripartite de dissociao regras/princpios/postulados. Nesse sen-tido, os postulados seriam normas de segundo grau, meramente hermenuticos ou postu-lados aplicativos, cuja funo estruturar a sua aplicao concreta. Os postulados nor-mativos aplicativos so normas imediatamente metdicas que instituem os critrios de aplicao de outras normas situadas no plano do objeto da aplicao, so normas sobre a aplicao de outras normas ou metanormas. Para ele a proporcionalidade seria um postu-lado normativo aplicativo, assim como a razoabilidade, a proibio de excesso, dentre outros. O postulado da proporcionalidade exige que o Poder Legislativo e o Poder exe-cutivo escolham, para a realizao de seus fins, meios adequados, necessrios e propor-cionais. Um meio adequado se promove um fim. Um meio necessrio se, dentre to-dos aqueles meios igualmente adequados para promover o fim, for o menos restritivo relativamente aos direitos fundamentais. E um meio proporcional, em sentido estrito, se as vantagens que promove superam as desvantagens que provoca. Portanto, para o autor, a proporcionalidade seria um mtodo, um postulado aplicativo, uma norma usada para interpretao de outras normas, como a do princpio da capacidade contributiva, mas no se limita interpretao deste.

ORAL TRF1 O que significa interpretao econmica do direito tributrio?Resposta: Consiste na flexibilizao do tipo tributrio, autorizando a atribuio de maior rele-vncia aos efeitos econmicos dos atos ou negcios jurdicos lcitos praticados pelo con-tribuinte, do que sua forma e aos seus efeitos jurdicos tpicos. O intrprete observa os efeitos econmicos do negcio celebrado pelo contribuinte (ainda que seja extra-tpico) e, sendo estes efeitos equivalentes aos de fato tpico, tributa o negcio como se fora tpi-co.

ORAL TRF111) O que se entende por interpretao benigna no direito tributrio, quando se usa, neste caso para quais institutos se aplica esta tcnica hermenutica? No campo do direito tributrio punitivo?Resposta:Interpretao benigna regra de direito tributrio que, em matria de infraes e de pe-nalidades, em caso de dvida, impe-se a interpretao de maneira mais favorvel ao acusado. A regra est prevista no art. 112 do CTN. Aplica-se, em caso de dvida quan-to: i) capitulao legal do fato; II) natureza ou s circunstncias materiais do fato, ou natureza ou extenso de seus efeitos; III) autoria, imputabilidade ou punibilidade; IV) natureza da penalidade aplicvel ou sua gradao. Prevalece o princpio origin-rio do Direito Penal de que na dvida se deve interpretar a favor do ru. Teria andado melhor o legislador, segundo Brito Machado, se tivesse dito simplesmente: a lei tribut-ria que define infraes ou lhes comina penalidades interpreta-se da maneira mais favo-rvel ao acusado. Eu acrescentaria, em caso de dvida.

ORAL TRF1

10) Porque as isenes merecem interpretao literal? Qual a essncia da iseno?Resposta:A suspenso, como a excluso onde se inclui a iseno, que nada mais que uma for-ma de excluso do crdito tributrio e a dispensa do cumprimento de obrigaes aces-srias constituem excees, porque a regra no sentido de que, ocorrido o fato gerador da obrigao tributria e efetuado o lanamento, impe-se seu pagamento. E regra usu-al de hermenutica de que as excees interpretam-se estritamente, literalmente. Iseno hiptese de excluso do crdito tributrio. Em essncia, para Brito Machado, a ex-cluso, por lei, de parcela da hiptese de incidncia, ou suporte ftico da norma de tribu-tao, sendo objeto da iseno a parcela que a lei retira dos fatos que realizam a hiptese de incidncia da regra de tributao. Para ele a regra jurdica da iseno no configura uma dispensa legal de tributo devido, como afirmam alguns autores, mas uma exceo regra jurdica de tributao e exatamente por constituir uma exceo que deve ser in-terpretada literalmente.

ORAL TRF14) Como se interpreta a regra de imunidade tributria, qual a ferramenta mais adequada? Se dar uma interpretao restrita ou estrita?Resposta:A imunidade tributria, por ser tambm uma regra de exceo, deve ser interpretada estritamente.

ORAL TRF13) O CTN preconiza a interpretao literal, ela restritiva ou estrita, se que h diferena?Resposta:O art. 111 do CTN dispe que sero interpretados literalmente os dispositivos da legis-lao tributria que disponham sobre: a) suspenso ou excluso do crdito tributrio; b) outorga de iseno; c) dispensa do cumprimento de obrigaes acessrias. Todos os ca-sos referem-se a situaes que configuram excees a importantes regras tributrias e princpio de hermenutica que as excees devem ser interpretadas estritamente. Segun-do a doutrina a terminologia usada pelo CTN no das melhores e, alm disso, a iseno j estaria includa nas hipteses de excluso, sendo redundante sua meno no inciso II do dispositivo. Difere a interpretao estrita da restritiva porque esta usada quando a frmula que expressa a norma ampla em excesso, com uma linguagem imprecisa que faz compreender o texto mais do que se planejou nele incluir o texto diz mais do que pretendeu exprimir de forma que o intrprete dever restringir o alcance do preceito. Isso no ocorre com a interpretao literal ou estrita, pois aqui no haver expanso ou conteno do contedo da norma. Segundo Hugo de Brito Machado h quem afirme que a interpretao literal deve ser entendida como restritiva e que isto um equvoco. Quem interpreta literalmente por certo no amplia o alcance do texto, mas com certeza tambm no o restringe. Fica no exato alcance que a expresso literal da norma permite. Nem mais nem menos. Tanto incorreta a ampliao do alcance, como sua restrio. Contudo, comum a utilizao dos termos interpretao estrita e restritiva como sinni-mos, sem observar seus exatos sentidos tcnicos.

ORAL TRF12) Qual o regime jurdico da lei meramente interpretativa no direito tributrio? Qual a polmi-ca que veio a lume com a LC 118 sobre este diapaso? Qual a soluo do que o STJ deu para esta polmica?Resposta:O regime jurdico da lei meramente interpretativa o da retroatividade, pois de acordo com o art. 106, I, ela aplica-se ao ato ou fato pretrito, em qualquer caso, excluda ape-nas a aplicao de penalidade infrao dos dispositivos interpretados. Ocorre que a LC 118/05, ao dispor no seu art. 3, a pretexto de interpretao do art. 168, I, do CTN, que a extino do crdito tributrio ocorre, no caso de tributo sujeito a lanamento por ho-mologao, no momento do pagamento antecipado de que trata o 1 do art. 150 do mesmo CTN, quis fazer retroagir tal disposio, que confrontava com a interpretao jurisprudencial ento existente, no sentido de que a extino do crdito, naquela situa-o, somente ocorreria com o decurso do prazo para a homologao tcita do lanamen-to, qual seja, 5 (cinco) anos a contar da ocorrncia do fato gerador ( 4 do art. 150 do CTN). Esta era a conhecida tese dos 5 (cinco) + 5 (cinco), que o legislador quis afastar para as hipteses de repetio de indbito. O STJ, em inmeros julgados, afastou o car-ter meramente interpretativo do art. 3 da LC 118/05, de forma que, relativamente aos pagamentos efetuados a partir da sua vigncia (09/06/2005), o prazo para a repetio de indbito de cinco anos a contar da data do pagamento; e relativamente aos pagamentos anteriores, a prescrio obedece ao regime previsto no sistema anterior, limitada, porm, ao prazo mximo de cinco anos a contar da vigncia da lei nova.

ORAL TRF11) O que ocorre se vier a ser revogada a lei que fixa um determinado lanamento?Resposta:O art. 144 do CTN dispe que o lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modifi-cada ou revogada. Portanto, a revogao da lei que trata de uma determinada forma de lanamento no ter influncia em relao aos fatos geradores j ocorridos at tal data.

STJREsp 1121230Retroatividade - Art. 106, II - Definitivamente julgado2. Pacfica a jurisprudncia desta Corte no sentido de que tratando-se de ato no definitivamente julgado aplica-se a lei mais benfica ao contribuinte para reduo de multa, conforme dispe o artigo 106, inciso III, alnea "c" do CTN.3. Considera-se encerrada a Execuo Fiscal aps a arrematao, adjudicao ou remio, sendo irrelevante a existncia ou no de Embargos Execuo, procedente ou no.

Oral TRF2Interpretao - Retroatividade3) Mudana de interpretao acarreta em novo fato gerador?Resposta:Segundo o art. 146 do CTN, A modificao introduzida, de ofcio ou em conseqncia de deciso administrativa ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do lanamento somente pode ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente sua introduo. Assim, havendo mudana de interpretao, no pode retroagir, sendo aplicvel aos fatos gerados ocorridos posteriormente mudana de interpretao.

Oral TRF2Vigncia6) Conceito de vigncia da lei tributria, distinguindo vigncia formal e vigncia material. Entra nesse conceito a figura da eficcia?Resposta:Vigncia a aptido da norma, vlida, para produo de efeitos. A vigncia formal guarda relao com a prpria vigncia, com a aptido para produo de eventos. J a vigncia material se confunde com a eficcia, com a efetiva produo de efeitos da norma.

Oral TRF2Eficcia7) H alguma peculiaridade em relao s leis tributrias no que tange eficcia?Resposta:Sim. Conforme previsto no art. 150, III, b e c da Constituio, vedado aos entes federativos cobrar tributos no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou e antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Ou seja, editada norma em desconformidade com estes prazos, a norma poder ser vigente (apta a produzir efeitos), mas ser desprovida de eficcia (no produzir efetivamente tais efeitos).

Oral TRF2In dubio pro contribuinte14) No que diz respeito ao princpio do in dubio pro contribuinte, aplicvel s infraes tributrias?Resposta:Este princpio aplicvel s infraes tributrias, conforme expresso no art. 112 do CTN. Conforme este dispositivo, a lei tributria que define infraes, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorvel ao acusado, em caso de dvida quanto capitulao legal do fato, natureza ou s circunstncias materiais do fato, ou natureza ou extenso dos seus efeitos, autoria, imputabilidade, ou punibilidade e natureza da penalidade aplicvel, ou sua graduao.

OBRIGAO TRIBUTRIA

Oral TRF2Fato Gerador - Complexo22) De onde importamos o Fato Gerador complexo?Resposta:

23) Em qual figura do CTN est o FG complexivo?Resposta:

Oral TRF2Fato Gerador Pedente24) Qual a caracterstica primria do FG pendente?Resposta:

STJ 2aT436Fato Gerador - Telefonia - inadimplncia e furto por clonagem - Risco do negcioInexiste previso legal a amparar a tese de direito compensao e suspenso da exigibilidade tributria em operaes mercantis de servios de telefonia mvel nas quais ocorreu inadimplncia do usurio ou furto por clonagem. Consignou-se ser risco do negcio intransfervel ao Estado.

STJ 2aT400Fato Gerador Obrig AcessriaExigncia de as construtoras, incorporadoras, imobilirias e administradoras de imveis realizarem a declarao de informaes sobre atividades imobilirias (Dimob). O art. 16 da Lei n. 9.779/1999 prev a instituio de obrigaes acessrias pela SRF, norma que deve ser interpretada tendo em conta o art. 197 do CTN. No h falar em inexistncia do dever de prestar aquelas informaes se h lei que impe a obrigao aos administradores de bens e corretores (art. 197, III e IV, do CTN). Diante da necessidade de interpretar a norma luz de seu tempo, seria inadequado entender o disposto no art. 197 do CTN no sentido de que a SRF deveria solicitar essas informaes individualmente, mediante intimaes feitas em papel, enquanto, no mundo atual, o meio eletrnico reiteradamente utilizado para envio das declaraes fiscais.

Art. 16. Compete Secretaria da Receita Federal dispor sobre as obrigaes acessrias relativas aos impostos e contribuies por ela administrados, estabelecendo, inclusive, forma, prazo e condies para o seu cumprimento e o respectivo responsvel.

STJ 2aT433Fato Gerador Obrig AcessriaTanto a exigncia da Dimob pela SRF como a aplicao da multa em razo da entrega intempestiva das informaes sobre as transaes imobilirias so legais, posto que no foram institudas pela IN 304/2003 e sim pela MP 2.158-35/2001 (a questo enfrentada diz respeito instituio de pena pecuniria por instruo normativa expedida em decorrncia de uma delegao outorgada em lei formal - a Lei n 9.779/1999).

Oral TRF3Legalidade - Hiptese de Incidncia1) Quais elementos da regra matriz de incidncia devem estar presentes na lei?Resposta:O art. 97 do CTN prev os elementos da regra matriz de incidncia que devem estar previstos na lei: a definio do fato gerador da obrigao tributria principal, e do seu sujeito passivo; a fixao de alquota do tributo e da sua base de clculo; a cominao de penalidades para as aes ou omisses contrrias a seus dispositivos, ou para outras infraes nela definidas; as hipteses de excluso, suspenso e extino de crditos tributrios, ou de dispensa ou reduo de penalidades.

STJPGFN - Dispnesa de recorrerAFRMM Adicional ao frete para Renovao da Marinha Mercante. Alquota. Legislao vigente no momento do fato gerador. O fato jurdico ensejador da tributao pelo Adicional ao Frete para Renovao da Marinha Mercante (AFRMM) a entrada da mercadoria estrangeira no porto de descarga, nos termos do 1, do artigo 2, do Decreto-Lei 2.404/87. Conseqentemente, a legislao aplicvel aquela vigente no momento do fato gerador, no importando a data da celebrao do contrato de transporte nem a data de incio do transporte da mercadoria. Precedentes: Resp 981108/SP, Ag 1083168/SP.

LANAMENTO

STJ 2aT415Lanamento - Reviso - Erro de direito x erro de fatoEnquanto o erro de direito no permite, em princpio, a reviso do lanamento (art. 146 do CTN e Sm. n. 227/TFR), o erro de fato admite o reexame (art. 149, VIII, do CTN).

Doutrina emagisRevisibilidade do Lanamento pelo FiscoConforme vm entendendo a doutrina e a jurisprudncia majoritrias, em homenagem aos princpios da segurana jurdica e da proteo da confiana, no se autoriza ao Fisco a reviso de lanamento (ou, como no caso da questo, a reviso do ato que reconheceu a iseno tributria) quando o primeiro pronunciamento da Administrao foi tomado estando esta perfeitamente ciente das circunstncias que envolveram a materializao da hiptese de incidncia tributria. Assim, no admitida a mudana de posicionamento do Fisco em funo de invocado "erro de direito" ou de "mudana de critrio jurdico", por parte do administrador, na tarefa de interpretar a lei ou de valorar os fatos. No ampararia tal comportamento sequer o seu reconhecido poder de autotutela. A reviso do lanamento (ou de ato equivalente), assim, somente seria permitida nas estritas hipteses do art. 149 do Cdigo Tributrio Nacional, que contempla casos de omisso ou falsificao de fatos relevantes definio do crdito, e desde que ainda no expirado o prazo decadencial para sua constituio. Corrobora este entendimento o previsto no art. 146 do CTN, de acordo com o qual "a modificao introduzida, de ofcio ou em conseqncia de deciso administrativa ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do lanamento somente pode ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente sua introduo". No mesmo rumo o teor da Smula n 227 do extinto Tribunal Federal de Recursos. Verbis: Smula ex-TFR n 227. Mudana de Critrio Jurdico Adotado pelo Fisco - Reviso de Lanamento - Imposto de Importao - Servios Aduaneiros. A mudana de critrio jurdico adotado pelo fisco no autoriza a reviso de lanamento.

STJ 1aSRevisibilidade do Lanamento pelo Fisco1. A retificao de dados cadastrais do imvel, aps a constituio do crdito tributrio, autoriza a reviso do lanamento pela autoridade administrativa (desde que no extinto o direito potestativo da Fazenda Pblica pelo decurso do prazo decadencial), quando decorrer da apreciao de fato no conhecido por ocasio do lanamento anterior, ex vi do disposto no artigo 149, inciso VIII, do CTN. 2. O ato administrativo do lanamento tributrio, devidamente notificado ao contribuinte, somente pode ser revisto nas hipteses enumeradas no artigo 145, do CTN,(...)" 4. Destarte, a reviso do lanamento tributrio, como consectrio do poder-dever de autotutela da Administrao Tributria, somente pode ser exercido nas hipteses do artigo 149, do CTN, observado o prazo decadencial para a constituio do crdito tributrio. 5. Assim que a reviso do lanamento tributrio por erro de fato (artigo 149, inciso VIII, do CTN) reclama o desconhecimento de sua existncia ou a impossibilidade de sua comprovao poca da constituio do crdito tributrio. 6. Ao revs, nas hipteses de erro de direito (equvoco na valorao jurdica dos fatos), o ato administrativo de lanamento tributrio revela-se imodificvel, mxime em virtude do princpio da proteo confiana, encartado no artigo 146, do CTN, segundo o qual "a modificao introduzida, de ofcio ou em conseqncia de deciso administrativa ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do lanamento somente pode ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente sua introduo". 7. Nesse segmento, que a Smula 227/TFR consolidou o entendimento de que "a mudana de critrio jurdico adotado pelo Fisco no autoriza a reviso de lanamento". 8. A distino entre o "erro de fato" (que autoriza a reviso do lanamento) e o "erro de direito" (hiptese que inviabiliza a reviso) enfrentada pela doutrina, verbis: "Enquanto o 'erro de fato' um problema intranormativo, um desajuste interno na estrutura do enunciado, o 'erro de direito' vcio de feio internormativa, um descompasso entre a norma geral e abstrata e a individual e concreta. (...) 10. Recurso especial provido. Acrdo submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resoluo STJ 08/2008. (STJ. RESP 1130545, STJ 1aS, Min. Rel. LUIZ FUX, DJ: 22/02/2011). TRIBUTRIO. IMPOSTO DE IMPORTAO. MANDADO DE SEGURANA. DESEMBARAO ADUANEIRO. CLASSIFICAO TARIFRIA. AUTUAO POSTERIOR. REVISO DE LANAMENTO. ERRO DE DIREITO. SMULA 227/TRF. PRECEDENTES. 1. "A mudana de critrio jurdico adotado pelo fisco no autoriza a reviso do lanamento" (Smula 227 do TFR). 2. A reviso de lanamento do imposto, diante de erro de classificao operada pelo Fisco aceitando as declaraes do importador, quando do desembarao aduaneiro, constitui-se em mudana de critrio jurdico, vedada pelo CTN. 3. O lanamento suplementar resta, portanto, incabvel quando motivado por erro de direito. (STJ. RESP 1112702, 1 Turma, Min. Rel. LUIZ FUX, DJE: 06/11/2009).

SUJEITO PASSIVO DIRETO OU CONTRIBUINTE

STJRec. Rep.Ilegitimidade ativa - contribunte de fato - ICMS - pagamento a maiorTRIBUTRIO. ICMS SOBRE ENERGIA ELTRICA. DEMANDA CONTRATADA. CONSUMIDOR EM OPERAO INTERNA. ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. 1. A Segunda Turma, ao julgar o REsp 928.875/MT na sesso de 11.5.2010, modificou seu entendimento quanto legitimidade ativa ad causam do consumidor da energia eltrica em relao ao ICMS, luz do acrdo proferido no REsp 903.394/AL (rel. Min. Luiz Fux), sob o regime dos recursos repetitivos, concernente ao IPI sobre bebidas. 2. No caso da energia eltrica, embora o consumidor possa ser considerado contribuinte de fato, jamais o ser de direito nas operaes internas, pois no promove a circulao do bem, e tampouco h previso legal nesse sentido. 4. Na hiptese, a autora da Ao empresa que adquire energia eltrica no Cear da concessionria local de energia, a Companhia Energtica do Cear Coelce. 5. Trata-se de operaes internas de energia eltrica, em que contribuinte de direito quem promove a sada, aquele indicado na lei para ocupar o plo passivo da relao tributria, que no se confunde com o consumidor, nos termos do art. 4, caput, da LC 87/1996. 6. Somente o contribuinte de direito tem legitimidade ativa ad causam para a demanda relativa ao tributo indireto, o que no o caso da recorrida. 7. Recurso Ordinrio provido. (STJ. ROMS 31786, STJ 2aT, rel. Min. HERMAN BENJAMIN, Dje: 01/07/10).

TRIBUTRIO. ICMS. ENERGIA ELTRICA. DEMANDA CONTRATADA. IMPOSTO INDIRETO. CONTRIBUINTE DE FATO. ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. NOVEL POSICIONAMENTO FIRMADO NO RESP 928.875-MT, PELA SEGUNDA TURMA. APLICAO DO ENTENDIMENTO CONSAGRADO NO RESP 903.394-AL, JULGADO SOB O REGIME DE RECURSO REPETITIVO PELA PRIMEIRA SEO. 1. Em que pese iterativos precedentes nos quais a jurisprudncia desta Corte vinha reconhecendo a legitimidade ativa do consumidor final para questionar a cobrana de ICMS quanto demanda contratada de energia eltrica, a Segunda Turma, ao julgar o REsp 928.875-MT, Rel. Min. Herman Benjamin, decidiu, por unanimidade, aplicar o entendimento consagrado no REsp 903.394-AL, julgado sob o regime de recurso repetitivo na Primeira Seo, no sentido de que somente o contribuinte de direito pode demandar judicialmente, no o contribuinte de fato. 2. No caso dos autos, trata-se de operaes internas de energia eltrica; da a empresa adquirente da energia no ser contribuinte do ICMS, o que atrai o reconhecimento de sua ilegitimidade ativa ad causam. Agravo regimental provido, para reconhecer a ilegitimidade passiva ad causam da empresa autora. (STJ. ADRESP 1052168, 2 Turma, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJE: 23/11/2010).

STJ 1aSREsp 1299303Ilegitimidade ativa - Consumidor - contribunte de fato - Demanda contratada e no utilizadaA 1aS do STJ definiu entendimento sobre tema repetidamente submetido aos tribunais: o consumidor possui legitimidade para contestar a cobrana de ICMS no caso de energia eltrica que, apesar de contratada, no foi efetivamente fornecida.

RECURSO ESPECIAL. REPRESENTATIVO DA CONTROVRSIA. ART. 543-C CDIGO DE PROCESSO CIVIL. CONCESSO DE SERVIO PBLICO. ENERGIA ELTRICA. INCIDNCIA DO ICMS SOBRE A DEMANDA "CONTRATADA E NO UTILIZADA". LEGITIMIDADE DO CONSUMIDOR PARA PROPOR AO DECLARATRIA C/C REPETIO DE INDBITO.- Diante do que dispe a legislao que disciplina as concesses de servio pblico e da peculiar relao envolvendo o Estado-concedente, a concessionria e o consumidor, esse ltimo tem legitimidade para propor ao declaratria c/c repetio de indbito na qual se busca afastar, no tocante ao fornecimento de energia eltrica, a incidncia do ICMS sobre a demanda contratada e no utilizada.- O acrdo proferido no REsp 903.394/AL (repetitivo), da Primeira Seo, Ministro Luiz Fux, DJe de 26.4.2010, dizendo respeito a distribuidores de bebidas, no se aplica ao casos de fornecimento de energia eltrica.Recurso especial improvido. Acrdo proferido sob o rito do art. 543-C do Cdigo de Processo Civil.

STJ 1aSRec. Rep.Ilegitimidade ativa - Concessionria de veculos - Contribuinte de fatoConcessionria e revendedora de veculos automotores do fabricante, contribuinte de fato, no detm legitimidade ativa ad causam para pleitear a restituio do indbito relativo ao IPI incidente sobre os descontos incondicionais recolhido pelo contribuinte de direito, por no integrar a relao jurdica tributria pertinente. (RESP n 903394)

Oral TRF2Contribuinte - Tributo indireto11) Pode conceituar valor de tributo indireto?Resposta:(no sei o que seria valor de tributo indireto, respondi o que tributo indireto). No tributo indireto a carga tributria cai sobre o Contribuinte de Direito que a transfere para outrem, o Contribuinte de Fato. Assim temos: (a) contribuinte de direito: pessoa designada pela lei para pagar o imposto; (b) contribuinte de fato: pessoa que de fato suporta o nus fiscal. Esse aspecto de importncia fundamental na soluo dos problemas de restituio do indbito tributrio. O IPI e o ICMS so impostos indiretos. uma vez que o consumidor final que, de fato, acaba por suportar a carga tributria, embora no seja designado pela lei como contribuinte desses impostos.

12) Art. 166, como foi trabalhada a figura do locupletamento?Resposta:O dispositivo constante do art. 166 do CTN tem por finalidade exatamente evitar o locupletamento ilcito por parte do contribuinte de direito. Nos tributos indiretos, como o contribuinte de direito diverso do contribuinte de fato, caso fosse possvel quele haver a restituio de tributo que no pagou, haveria enriquecimento sem causa, em detrimento de terceiro que efetivamente suportou o nus fiscal. Portanto, a lei exige que, nas hipteses de repercusso tributria, a repetio do indbito seja devida a quem efetivamente tenha suportado o encargo financeiro.

SUJEITO PASSIVO INDIRETO OU RESPONSVEL

STJ 2aT441Subst Tributria - Mercadoria dada em bonificaoEmbora as mercadorias dadas em forma de bnus no integrem a base de clculo do tributo, considera-se devido o ICMS no regime de substituio tributria, j que no se pode presumir a perpetuao da bonificao na cadeia de circulao no sentido de beneficiar igualmente o consumidor final. O mesmo se pode dizer da existncia do desconto incondicionado na operao por conta do prprio substituto.

STJ 1aS457Responsabilidade - Contribuio Previdenciria - Mo-de-obra - Tomador do servio x empresa cedentea Seo assentou que, a partir da vigncia da Lei n. 9.711/1998, que conferiu nova redao ao art. 31 da Lei n. 8.212/1991, a responsabilidade pelo recolhimento da contribuio previdenciria retida na fonte incidente sobre a mo de obra utilizada na prestao de servios contratados exclusiva do tomador do servio, nos termos do art. 33, 5, da Lei n. 8.212/1991, no havendo falar em r


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