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FACULDADE ASSIS GURGACZ
EMANUELLE C. BAYER
HENDY LARISSA STEMPINHAKI
ISABELLE ALFEN
MILENA COSMO MARQUES
PLANEJAMENTO URBANO
CASCAVEL – PR
2013
INTRODUÇÃO
O planejamento urbano se constitui em sistematizar e desenhar
assentamentos urbanos, não importando sua dimensão, ela lida com os recursos de
produção, estruturação e ocupação do espaço urbano. É um método de criação e
desenvolvimento que procuram melhorar certos aspectos dentro de uma
determinada área urbana. No trabalho de planejamento urbano, o foco principal não
é o aspecto físico da cidade com o sentido de embelezá-la e sim no sentido de
melhorar a qualidade de vida da população. O planejamento urbano é de grande
importância já que um dos maiores empecilhos que as cidades encontram, é como
dispor a vida urbana voltada para o desenvolvimento ambiental, conciliando com o
aumento constante de veículos, pessoas, lixo e no consumo de materiais orgânicos,
assim procurando preservar o meio ambiente. Conforme Souza (2004) planejar
significa buscar estruturar o futuro das cidades, na busca de precauções para evitar
problemas a fim de ganhar possíveis benefícios. Isso mostra como é importante um
bom planejamento dentro das áreas urbanas, para que se desenvolvam de forma
estruturada e não se tornem em problemas com o passar dos anos, uma região bem
estruturada é uma sociedade tranqüila com seu meio ambiente. O planejamento
urbano de uma cidade é também conhecido como plano diretor, que busca melhorar
aspectos dentro da cidade como o desenvolvimento de sua estruturação. E
apropriação do espaço urbano e melhoria de qualidade de vida da população. Pode
variar conforme o que visa o planejamento ou plano diretor de cada cidade. O
conceito de gestão, sob a ótica da administração é assinalado por Rezende e
Castor (2005, p. 26).
O não planejamento urbano pode ocasionar no impacto ambiental. O impacto
ambiental é a alteração no meio ambiente ou em algum de seus componentes por
determinada ação ou atividade humana. Essas alterações precisam ser qualificadas,
pois apresentam variações relativas. Atualmente, as discussões acerca da
deterioração do meio ambiente enfocam as grandes cidades do país, onde o efeito
da urbanização sobre os ecossistemas tem provocado uma intensa degradação dos
recursos naturais. Porém, pode-se verificar que mesmo os municípios de pequeno e
médio porte apresentam uma situação crítica no que diz respeito à falta de
planejamento municipal (Soares, 2006). Os desmoronamentos são causados pela
movimentação dos solos, dentre as causas diversas podemos citar terremotos,
intemperismo, ação do homem e por consequência da ação química de poluentes
lançados no meio ambiente. Grandes tragédias podem acontecer em
desmoronamentos principalmente pelo fato de em muitas cidades , durante seu
processo de expansão, avançam para terrenos topograficamente mais inclinadas e
geologicamente mais instáveis, como acontece em morros , onde há a ocupação
desses locais e normalmente, suas construções são feitas praticamente sem
estruturas que ajudam na sustentação.O impacto ambiental também pode ser
causado pelo mal direcionamento do lixo.O acumulo de lixo em locais como ruas,
sarjeta e leito de rios , pode provocar a propagação de animais vetores de doenças
além de provocar entupimentos na rede de drenagem e assim o escoamento nas
encostas resultando em deslizamentos.
Outro grande problema encontrado é o esgoto desembocado á céu aberto,
isso pode trazer doenças infecciosas como anta-viroses, que são doenças causadas
pela água contaminada ou até mesmo doenças causadas pelos animais vetores,
que costumam habitar essas áreas contaminadas, assim este fato pode prejudicar
de uma forma considerável a população, principalmente os menos instruídos, que
acabam fazendo o uso dessa água muitas vezes sem saber dos prejuízos que esta
poderá causar a saúde.
DESENVOLVIMENTO
Cascavel é um município brasileiro, localizado na região oeste do estado do
Paraná, do qual é o quinto mais populoso, com 292 372habitantes, conforme
estimativa do IBGE, de agosto de 2012.
Consideravelmente novo e com topografia privilegiada, teve seu desenvolvimento
planejado, o que lhe deu ruas largas e bairros bem distribuídos.
Com área de 2.100,105 km², é considerado um polo estratégico do MERCOSUL.
Cascavel situa-se no Terceiro Planalto do estado, na região Oeste Paranaense, com
uma altitude variando em torno dos 815 metros e uma área de 2.091 km². O clima é
subtropical mesotérmico superúmido com temperatura média anual em torno de 19
C. A temperatura máxima média em janeiro é de 28,6 C, e em julho a mínima
média é de 11,2 C, com ocorrência de geadas. Cascavel situa-se na região
climática Cfb, apresentando o clima temperado.
Neste contexto, fez-se analise dos bairros Caraveli, Nova Iorque e Pacaembu
(Figura 1), que situados no leste da cidade. Possuem aproximadamente 25mil
habitantes. Essa área tem como pontos de referência o lago municipal, a
confluência de rodovias (trevo Cataratas), e indústrias de grande importância para o
desenvolvimento de Cascavel.
Padrão de urbanização dos bairros
Verificou-se que na maioria dos bairros analisados o padrão de ruas e
calçadas esta em desacordo com o código de obras e/ou zoneamento e uso do
solo.
Assim sendo, vale destacar que nos bairros Caravelli, Nova York e
Pacaembu as ruas largas oferecem maior facilidade de fluxo de veículos, todavia, a
maior taxa de impermeabilização terá como consequência o maior fluxo de água
nas galerias pluviais, podendo resultar em problemas nas zonas de drenagem
(fundo de vale) (Figura 2).
Em relação às calçadas, observa-se que nas zonas C.1 ocorre
impermeabilização de 100% na área de passeio publico (Figura 3) o que está de
acordo com a legislação, contudo isso resulta na formação de ilhas de calor pela
falta de pontos de evaporação ou sombreamento da arborização o que compromete
a umidade relativa do ar e consequentemente a qualidade de ambiência local, bem
como menor retenção de umidade e recarga do solo (Figura 4).
Praças, jardins e bosques.
As zonas de impermeabilização estudadas são grandes mais não o suficiente
para toda a água escoada pelos bairros ao redor (Figura 5). A água não é
adequadamente absorvida pelo solo e a rede de drenagem pluvial é muitas vezes
insuficiente ou está obstruída, ocorre que, em dias de chuva intensa ou prolongada,
as águas correm pelo solo impermeabilizado, e a enxurrada vai descendo desde as
partes altas, até encontrar terrenos permeáveis (Figura 6).
A água que atinge o solo poderá evaporar penetrar no solo ou escoar
superficialmente. A quantidade evaporada durante as chuvas intensas é desprezível
em relação ao total precipitado.
A água infiltrada sofrerá a ação de capilaridade e será retida nas camadas
superiores do solo se esta prevalecer sobre a força da gravidade. À medida que o
solo se umedece a força da gravidade passa a prevalecer e a água pérgola em
direção às camadas mais profundas (Figura 7).
Lixo e entulho nos bairros
Com tudo, notamos a presença de lixo e entulho em vários locais nos bairros,
Pacaembu, Nova York e Caravelli (Figura 8).
No Decreto Municipal 9775/11 diz que obras de construções civis é
obrigatório o destino exato para o lixo, obras com mais de 600m² é indispensável
que no inicio da obra seja apresentado um projeto para o lixo.
A Lei nacional 12.305/10 faz o direcionamento do lixo, coleta (aterro) e
seletiva (eco lixo).
Um dos principais problemas ambientais da atualidade é a grande produção
de lixo, pois esse processo tem como consequência a liberação de gases que
promovem o efeito estufa e a poluição das águas subterrâneas e superficiais. Esse
fenômeno é uma das consequências do aumento populacional nas cidades, da
intensificação do modelo consumista, do uso de produtos descartáveis, além do
modismo, pois existe uma “necessidade” de se adquirir objetos mais modernos
(Figura 9).
O lixo é também um problema socioeconômico, visto que grandes quantias
de dinheiro são destinadas à coleta e tratamento do lixo urbano. No aspecto social,
vários indivíduos são afetados pela concentração de lixo nos bairros, que causam
proliferação de insetos, transmissão de doenças, poluição visual, entupimento de
bueiros, entre outros (Figura 10).
Os fundos de vale
São caracterizados pela presença de córregos e muitas vezes de nascentes
de rios. Nesse aspecto, são áreas extremamente importantes, pois a qualidade da
água que bebemos depende da preservação do contexto ambiental em que essas
áreas estão inseridas. A mata ciliar, que é a vegetação que protege os rios, dada a
sua importância, é considerada uma APP – área de preservação permanente, pois
impede situações como o assoreamento. A habitação no local é prática ilegal, pois
as fossas podem contaminar diretamente o córrego, ou mesmo as próprias
nascentes.
Estes espaços públicos estão sendo diagnosticados para posterior
elaboração de projetos de revitalização das praças e recuperação de áreas de APP.
Estes projetos visam o plantio de árvores nativas e a construção e/ou revitalização
dos espaços de lazer municipais, contando com o apoio e uma intervenção conjunta
com a comunidade, para a preservação e conservação do ambiente urbano,
enfocando também a melhoria da segurança municipal (Figura 11).
A impermeabilização do solo faz com que a água da chuva não consiga se
infiltrar e reabastecer os lençóis de água subterrâneos, prejudicando deste modo o
volume de água das nascentes dos rios, poços artesianos e bacias hidrográficas. A
impermeabilização do solo também ajuda a causar enchentes.
Um dos principais problemas que afetam o lago municipal é o assoreamento.
Neste processo ocorre o acúmulo de lixo, entulho e outros detritos no fundo do lago.
Com isso, o lago passa a suportar cada vez menos água, provocando enchentes em
épocas de grande quantidade de chuvas. Nestes casos, é importante uma
intervenção do homem para evitar catástrofes. A primeira medida é a
conscientização da população para que o lixo não seja jogado neste local. Outra
medida é a ação dos governos com projetos de manutenção, através do processo
de desassoreamento. Este consiste em retirar do fundo do lago, com o uso de
máquinas, todo tipo de lixo e detritos depositados. Desta forma, consegue-se
aumentar a vazão do lago (Figura 12 e 13).
O Estudo de Impacto de Vizinhança
O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) é um instrumento de política urbana prevista pelo Estatuto da Cidade (Lei Federal Nº 10.257 de 2001), e segundo ele, deve contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades.
O EIV visa detectar as prováveis interferências do empreendimento, propondo medidas mitigadoras e potencializadas, no caso de impactos negativos e positivos respectivamente, de forma a garantir sua integração à vizinhança.
A Lei Municipal nº 3.566/2002 regulamenta o EIV no município de Cascavel estabelecendo que o EIV deva proceder ao licenciamento administrativo para construção, reforma e ampliação de empreendimentos ou atividade potencialmente causadora de impacto ou conflito de vizinhança.
O Estudo de Impacto de Vizinhança esta sendo realizados para correlacionar os aspectos positivos e negativos que estão associados à zona leste de Cascavel, onde estão situados inúmeros empreendimentos comerciais de grande porte que por lei, precisam apresentar EIV para terem suas instalações aprovadas.
Dentre os empreendimentos pode-se destacar o Shopping Catuaí, West Side, os Centros de Distribuição por atacado e varejo, concessionárias e supermercados (figura 14, 15 e 16).
Todos estes empreendimentos trazem para a população da zona leste, a falta de transporte coletivo, a violência e o transito, que traz serias consequências principalmente para a população. É de extrema necessidade o aumento da segurança, com um policiamento reforçado, o transporte publico com mais ônibus para população e também a sinalização, com placas indicadoras, semáforos e radares. Mas isso tudo traria gastos, dos quais aumentariam os impostos e quem arca com as consequências é a população.
O Centro de convenções e eventos de Cascavel pode ser considerado um aspecto positivo, mas tem seus problemas em dias de feiras, como os congestionamentos que ocorre em torno. O zoológico e o Lago municipal, são
lugares de lazer que tem suma importância para esta região, além de preservar o meio ambiente e deixar a região mais bonita.
Considerações Finais
Uma definição precisa do que seja o planejamento urbano necessariamente
passa pelo trabalho de localizá-lo, enquanto disciplina, em relação ao urbanismo.
Tanto o planejamento urbano quanto o urbanismo são entendidos como o estudo do
fenômeno urbano em sua dimensão espacial, mas diferem notadamente no tocante
às formas de atuação no espaço urbano. Desta maneira, o urbanismo trabalha
(historicamente) com o desenho urbano e o projeto das cidades, em termos
genéricos, sem necessariamente considerar a cidade como agente dentro de um
processo social interativo, enquanto que o planejamento urbano, além de agir
diretamente do ordenamento físico das cidades, trabalha com os processos que a
constroem (ainda que indiretamente, sempre atue no desenho das cidades).
O planejamento urbano é atividade, por excelência, multidisciplinar, enquanto
que o Urbanismo, ao longo da história, se caracterizou como disciplina autônoma
(especialmente do ponto de vista profissional). Porém, os limites entre o
planejamento e o urbanismo são pouco claros na prática: intervenções urbanísticas
na cidade são comumente tratadas como "obras de planejamento", enquanto que
atividades típicas do planejamento (como a criação de um plano diretor) são
eventualmente tratadas como "obras de urbanismo
A questão da definição clara e distinta das duas disciplinas complica-se de
fato quando se procura a sua história: é um consenso, no meio acadêmico, que o
Urbanismo seja tratado apenas como disciplina autônoma a partir do século XIX e
que o planejamento urbano surja como matéria de interesse acadêmico apenas no
século XX, mas também é fato que as cidades são planejadas e desenhadas desde
o início da civilização. Desta maneira, a história das cidades (ou da urbanização,
para ser mais preciso), ocorre paralelamente com a história do homem em
sociedade, embora o estudo da intervenção do homem na cidade seja mais recente.
A partir do momento em que se considera que o planejamento urbano lida
basicamente com o conjunto de normas que regem o uso do espaço urbano (assim
como sua produção e apropriação), sua história seria bastante diversa daquela
referente ao desenho das cidades.
Referências Consultadas
Autor. Titulo, Rev. FAE, Curitiba, v.7, n.1, p.129-144, jan./jun. 2004. Disponilve em http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v7_n1/rev_fae_v7_n1_10_paulo.pdf\
Direito Urbanístico Comparado - Planejamento Urbano - Das Constituições aos Tribunais Luso-Brasileiros
Aspectos teóricos e estudo de caso do planejamento urbano , disponível em http://www.slideshare.net/msetim/planejamento-urbano-aspectos-tericos-4587165
A importância do planejamento urbano e da gestão ambiental para o crescimento ordenado das cidades, disponível em http://www.revistaret.com.br/ojs-2.2.3/index.php/ret/article/viewFile/47/131
O que causa um deslizamento de terra? Escrito por Débora Rodrigues ;disponivel em http://www.igeduca.com.br/artigos/desvendamos-misterios/o-que-causa-um-deslizamento-de-terra.html
IPARDES, Instituto Paranaense de desenvolvimento econômico e social. Caderno estatístico município de cascavel Disponível em http://www.ipardes.gov.br/cadernos/Montapdf.php?Municipio=85800
5. ANEXOS
. Figura 2. Rua Olindo Periollo, Pacaembu.
Figura3. Rua Olindo Periollo, Pacaembu.
Figura4. Rua Olindo Periollo, Pacaembu.
Figura 5. Zonas de recarga no entorno do Lago Municipal.
Figura 6. Praça Itália.
Figura 7. Vista geral do bairro.
Figura 8. Lixo no bairro Caravelli.
Figura 9. Entulho encontrado no bairro Nova York.
Figura 10. Lixo localizado no Pacaembu.
Figura 11. Nascente no Lago Municipal de Cascavel.
Figura 12. Assoreamento no Lago Municipal de Cascavel.
Figura 13. Lago Municipal de Cascavel.
Figura 14. Construção do novo Muffato Max.
Figura 15. JD Konstruir.
Figura 16. Irani Supermercado.