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PERÍODO REGENCIALHistória do Brasil
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PERÍODO REGENCIAL
• Aclamação de D. Pedro II em 9 de abril de 1831 – pintura de Jean-Baptiste Debret (1768–1848).
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PERÍODO REGENCIAL• O Período Regencial se estendeu de 1931 até 1840.• Uma das marcas do período é a tensão causada
pelo conflito entre a pressão federalista e separatista e o esforço por manter a integridade territorial.
• As Regências são divididas em: Trina Provisória (1831). Trina Permanente (1831-1835). Regência Una (1835-1840) → Diogo Antônio Feijó
(liberal) e Araújo Lima (conservador).
• O Ato Adicional de 1834 criou a regência una. O regente não tinha o Poder Moderador.
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PERÍODO REGENCIAL• Em 1831, o exército participou de
motins no Rio de Janeiro exigindo a exoneração dos funcionários portugueses.
• O então ministro da Justiça, Diogo Antônio Feijó, diminuiu o número de soldados do exército de 30 mil para 10 mil homens.
• Criou-se a Guarda Nacional, que reforçou o poder dos grandes fazendeiros e durou até 1922.
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PERÍODO REGENCIAL• Em 1832, foi criado o processo criminal que
reforçou o poder dos juízes de paz, eleitos no município, estabeleceu o júri e o habeas corpus.
• Além de criar a regência una, o Ato Adicional de 1834: reforçou o federalismo, criou as assembléias legislativas das províncias, estabeleceu eleições para regente, aboliu o Conselho de Estado, criou o município neutro da Corte.
• Havia três “partidos” políticos: liberais moderados (maioria), liberais exaltados (alguns eram republicanos) e restauradores (conservadores).
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PERÍODO REGENCIAL• O período foi
marcado por várias revoltas de caráter federalista e as quatro mais importantes estão marcadas no mapa ao lado.
• Também cabe ressaltar a revolta escrava dos Malês.
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PERÍODO REGENCIAL A Revolta dos Malês foi organizada por escravos de
origem muçulmana, e deflagrada na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835 na cidade de Salvador.
Cerca de 50% da população de Salvador era escrava. Foi uma sublevação de caráter social, de escravos
africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó. Cerca de 1500 participaram do movimento.
Os revoltosos eram alfabetizados em árabe. Mensagens e literatura nessa língua foram encontrados em posse dos revoltosos.
A revolta fez com que os escravos baianos tivessem “má fama” durante o Segundo Império.
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PERÍODO REGENCIAL
Guarda Nacional reprime escravos revoltados. A Revolta dos Malês não foi a única do período, mas foi a mais organizada. O plano foi traído por uma escrava que se apiedou de seus senhores.
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PERÍODO REGENCIAL Os malês desejavam o fim do catolicismo – religião
que lhes era imposta –, confisco dos bens de todos os brancos e mulatos, a libertação dos escravos muçulmanos e a implantação de uma monarquia islâmica, escravidão dos não muçulmanos (brancos, mulatos e negros).
Foram duramente reprimidos, no conflito morreram 7 soldados e 70 revoltosos.
Os senhores intercederam por seus escravos para evitar o prejuízo. 5 foram fuzilados e cerca de 150 degredados para a África, outros escravos receberam castigos menores.
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PERÍODO REGENCIAL Os movimentos regenciais tiveram motivações
diferentes, mas todos foram movimentos federalistas. A formação social variava, a Cabanagem e a
Balaiada eram movimentos populares; a Sabinada tinha sua força nas camadas médias urbanas; os Farrapos eram liderados pelos ricos estancieiros.
A Sabinada proclamou uma república que permaneceria até a maioridade de D. Pedro II. A rigor, eram fiéis monarquistas.
A extrema pobreza moveu cabanos e balaios, tensões motivadas por impostos, racismos e falta de meios de subsistência.
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PERÍODO REGENCIAL A Guerra dos Farrapos teve participação de
estrangeiros, como o famoso Garibaldi, e de outras camadas da população, como os lanceiros negros.
Um dos compromissos dos líderes farroupilhas era a abolição da escravatura.
Acredita-se que os lanceiros negros foram massacrados em Porongos (13-14/11/1844) graças a um acordo entre o General David Canabarro e o Barão de Caxias.
Temia-se que os negros se negassem a desarmar, já que a escravidão seria mantida. O General Netto, que prometera a abolição, foi para o exílio em protesto.
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PERÍODO REGENCIAL
Travessia dos Lanchões e o Monumento à Anita Garibaldi em Roma, Itália. Há outros no Brasil.
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PERÍODO REGENCIAL Figura de destaque na Guerra dos Farrapos, a
jovem Anita participou de várias batalhas e tornou-se companheira de Garibaldi. Ela o acompanhou até a Itália e participou das lutas de unificação. É chamada de “a heroína de dois mundos”.
A Cabanagem se espalhou por parte da Amazônia e foi o primeiro movimento popular a tomar o poder.
A repressão foi pesada e até hoje não se sabe quantos foram os mortos. Há estimativa de mais de 12 mil. Outras falam que entre 20 e 40% da população de 100 mil pessoas morreu no conflito.Prof.ª Valéria Fernandes
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PERÍODO REGENCIAL A incapacidade dos liberais de resolver as revoltas
federalistas levou os conservadores ao poder. Durante a regência de Araújo Lima (1837-40), foi
baixado a Lei Interpretativa do Ato Adicional, que revogava alguns dos aspectos mais federalistas do Ato, como a questão administrativa e jurídica das províncias; remodelava a Guarda Nacional tornando-a mais submissa ao Estado.
O confisco de autonomia das províncias gerou grande insatisfação e esteve na base das revoltas que surgiram de 1840 a 1848, como a Revolução Liberal de 1842 e a Revolta Praieira.
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GOLPE DA MAIORIDADE Pela constituição de 1824, a
maioridade de D. Pedro deveria ser aos 21 anos. O Ato Adicional reduziu a idade para 18 anos.
Os Liberais, alijados do poder, atiçaram a opinião pública e pressionaram o senado: só o imperador poderia unir a nação.
Não há certeza se D. Pedro foi conivente, mas sua maioridade foi decretada aos 14 anos.
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GOLPE DA MAIORIDADE
Os conservadores perderam o poder e começou o Segundo Império.
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GOLPE DA MAIORIDADE D. Pedro II assumiu como uma única forma de
manter o Brasil unido. Segundo os liberais e alguns conservadores, só o imperador e um poder central forte impediria a fragmentação.
O fato é que a estabilização política efetivamente se processou. Novos arranjos políticos foram feitos e as elites regionais aplacadas.
Estava garantido um modelo centralizado de governo com uma restrita autonomia provincial que se mantém até hoje na forma como nosso país é administrado.
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