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Foras poltico-partidrias do Brasil no sculo XIX

Perodo regencial (1831-1840)Professor Ulisses Mauro Limahistoriaula.wordpress.com

Pela vontade de Deus e aclamao dos rebeldes...Em documento entregue ao emissrio dos rebeldes, o Major Miguel Frias, na madrugada de 7 de abril de 1831, D. Pedro I usando o direito que a Constituio me concede, declaro que irei mui voluntariamente abdicado na pessoa de meu mui amado filho, D. Pedro de Alcntara.Professor Ulisses Mauro Lima

O futuro do Brasil nas mos de uma criana...A Constituio Imperial determinava que para ocupar o trono, o Imperador deveria ter 18 anos, e D. Pedro de Alcntara contava, ento, cinco anos. Em caso de menoridade dos demais herdeiros, a lei estabelecia a criao de uma regncia trina. historiaula.wordpress.com3A Regncia Trina Permanente

Em julho de 1831, assumiu o governo do Estado Imperial a Regncia Trina Permanente formada pelo Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, Joo Brulio Muniz e Jos da Costa Carvalho.Professor Ulisses Mauro LimaPrimeira fase do Perodo Regencial: 1831-1835

Medidas liberalizantesGuarda NacionalAto AdicionalCdigo de Processo CriminalMilcia organizada pelos fazendeiros com a funo de conter as manifestaes populares mais radicais. Era o Brao direito da justia a servio dos interesses da elite.Padre Diogo FeijCriou as Assemblias Legislativas Provinciais, aboliu o Conselho de Estado, criou o Municpio Neutro, estabeleceu a Regncia Una Eletiva e Temporria.Dava poderes ao juiz de paz, que seria escolhido pelas elites locais.Professor Ulisses Mauro LimaForas poltico-partidrias do Brasil no sculo XIX

Primeiro Reinado(1822-1831)Partido BrasileiroPartido PortugusAristocraciaProjeto descentralizadorXD. Pedro IProjeto centralizadorPerodo regencial(1831-1840)Partido ExaltadoPartido ModeradorPartido RestauradorXPartido ProgressistaPartido Regressista1834: Morte de D Pedro IVolta centralizaohistoriaula.wordpress.com

o primeiro imperador do Brasil morre no Palcio Real de Queluz, prximo a Lisboa a 24 de setembro de 1834, aos 36 anos de idade. D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal, conseguira cumprir a misso que se impusera quando, a 13 de abril de 1831, partira de volta Europa, aps abdicar do trono do Brasil: derrubar seu irmo D. Miguel, que usurpara o trono portugus, e restaurar os direitos de sua filha D Maria da Glria, aclamada Maria II. historiaula.wordpress.comD Pedro I, mesmo aps a abdicao, representava uma ameaa a poltica do Pas. Porm,

A Histria continua...O Ato adicional havia concedido s Assemblias Provinciais o direito de legislar sobre a organizao civil, judiciria e eclesistica, instruo pblica, desapropriaes , impostos e funcionalismo. No Brasil, apesar das honrarias e do luto fechado na corte e nas reparties pblicas, as fora polticas se articulam e disputam o controle do Estado.Professor Ulisses Mauro LimaGrupo PartidrioObjetivosSetores sociais que representamFigura de destaqueJornal e associaesRestauradoresApelido:CaramuruO centralismo e o retorno de Dom Pedro I.Comerciantes portugueses, militares conservadores e altos funcionrios.Jos Bonifcio de Andrada e SilvaJornal:O CaramuruAssociao:Sociedade Conservadora e mais tarde Sociedade Militar.Liberais exaltadosApelidos:Farroupilhas e/ou jurujubas.Descentralizao do poder, autonomia administrativa das provncias, federalismo e repblica.Profissionais liberais, pequenos comerciantes, padres, militares de baixa patente e pequenos funcionrios pblicos.Cipriano Barata, Borges da Fonseca, Miguel Frias, Raquel de Vasconcelos e Augusto May. Jornais:A Repblica. A Malagueta, A Sentinela da LiberdadeAssociao: Sociedade Federalista.Liberais ModeradosApelido:ChimangosA unidade do terri- trio, a escravido e a ordem social, ampliao do poder dos governantes das provncias e uma monarquia .Grandes proprietrios rurais de So Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e regio nordestePadre Diogo Feij, Evaristo da Veiga, Bernardo Pereira de Vasconcelos, entre outros.Jornal:A Aurora Fluminese.

Rebelies RegenciaisCabanagem 1835-1840Balaiada 1838-1840Sabinada 1837-1838Setembrizada 1831Novembrada- 1831Abrilada 1832Carneirada 1834-1835Guerra dos Cabanos - 1832 - 1834

A onda liberal estimulou as elites locais a formular de modo mais acintoso suas pretenses polticas expondo de forma mais violenta suas insatisfaes em relao s Regncias.Professor Ulisses Mauro LimaAs principais rebelies Regenciais

Cabanagem (1835-1840)Concluso: A represso foi violenta, e a pacificao custou a vida de aproximadamente 30 mil pessoas.Regio: Provncia do Par, sendo a mais popular de todas as rebelies do Perodo Regencial.Razes: Agitaes liberais lideradas por Batista Campos entre o povo pobre da regio.A indicao de um conservador para o governo da Provncia favoreceu a propagao das agitaes.Outros lderes como Clemente Malcher, Eduardo Angelim e os irmos Vinagres foram decisivos para a revolta historiaula.wordpress.com Um palco de resistncia e luta contra a opresso

Sabinada (1837-1838)

Regio: Bahia,Razes: a. Recrutamento forado da populao, em 1837, a fim de combater os farroupilhas gachos.b. Dificuldades econmicas da provncia.c. Garantir a autonomia da Provncia obtida com o Ato Adicional de 1834.d. O mdico Francisco Sabino Barroso lder dos revoltosos Proclamou a Repblica Bahiense pretendendo manter-se no poder at que D Pedro II pudesse assumir o trono em 1843.Concluso: Em 1838, com o apoio dos senhores de engenho as tropas regenciais venceram os revoltosos em Salvador. Milhares de integrantes do movimento, inclusive Francisco Sabino foram executados.A Bahia foi palco de Revoltas como a dos Alfaiates de 1798 e a Revolta dos Negros Mals, escravos de religio muulmana em 1835.Por razes do ofcio: bem te vis X cabanos

Balaiada (1838-1841)Regio: Maranho e PiauRazes:Disputas entre a faco liberal-radical, denominada bem te vis, e os setores conservadores da elite local conhecidos como cabanos.b. Dificuldades econmicas em funo da concorrncia norte-americana na produo de algodo.c. A populao local contestavam os privilgios dos latifundirios e comerciantes portugueses.d. Os Principais lderes rebeldes foram: Vaqueiro Raimundo Gomes, o Cara Preta, Manuel Francisco dos Anjos, o Balaio e o negro Cosme Bento, que liderou um grupo formado por 3 mil escravos. Concluso: O movimento foi derrotado pelas tropas do governo sob o comando do Coronel Lus Alves de Lima e Silva. O Lder Cosme Bento foi enforcado , em 1842, e os negros sobreviventes foram reescravizados.

historiaula.wordpress.com13Os ideais republicanos e a desagregao territorial

Professor Ulisses Mauro LimaDepois de derrotar, a 10 de setembro de 1836, as tropas legalistas comandadas por Silva Tavares, os revolucionrios proclamaram a Repblica Rio-Grandense Farroupilha (1835-1845)

Os rebeldes proclamam as Repblicas de Piratini e JulianaFoi uma das rebelies que evidenciou, no perodo regencial, as disputas polticas que mais ameaou a organizao e a unidade territorial do Brasil independente.Regies: Provncias de So Pedro do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.Razes: a. A poltica fiscal do governo central favorecia o charque argentino e uruguaio e as elevadas taxas de importao do sal, prejudicavam as atividades econmicas e o comrcio gacho.

b. A vitria do projeto constitucional de 1824 e abdicao de D. Pedro I em 1831, fortaleceram os liberais moderados.

c. As foras implementadas pela hegemonia, tanto poltica quanto econmica do eixo formado pelo Rio de Janeiro, por Minas Gerais e por So Paulo, relegando a segundo plano os interesses dos setores gachos.

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Coronel Bento Gonalves da SilvaA ecloso da FarroupilhaOutra razo: O presidente de provncia Antnio Rodrigues Fernandes Braga e o comandante das armas, marechal Sebastio Barreto Pereira Pinto, nomeado pelo poder central, criaram novos impostos e a tentativa de estabelecer um corpo militar diretamente subordinado ao governo da provncia. A perda do controle militar que exerciam por meio de pequenos exrcitos acirrou os nimos de parte da elite gacha tanto que em 20 de setembro de 1835, as foras rebeldes lideradas por Bento Gonalves tomaram Porto Alegre.historiaula.wordpress.com

O italiano Jos Garibaldi recebeu de Bento Gonalves a incumbncia de dificultar a ao das foras legalistas na lagoa dos Patos e nos rios que nela despejam suas guas. Com lanches capturados aos imperiais, Garibaldi organizou uma frota e auxiliou Canabarro a conquistar Laguna.A catarinense Ana Ribeiro da Silva Anita Garibaldi acompanhou o marido Jos Garibaldi em vrias batalhas farroupilhas, tendo chegado certa vez a substitu-lo no comando. Davi Canabarro, que, frente das tropas farroupilhas, fundou em 1839 a Repblica Catarinense, assinou em 1845 a proclamao pela qual os rebeldes reconheciam o trmino da guerra.Outras lideranas

Batalha dos farraposMuitas batalhas foram travadas entre as foras farroupilhas e as tropas legalistas. Os principais combates foram os de Porto Alegre, ilha do Fanfa, Tapevi, Poncho Verde, Piratini, Rio Pardo, Laguna e Taquari.Depois da chegada do Baro de Caxias a Porto Alegre, onde assumiu os cargos de comandantes das armas e de presidente da provncia, a sorte da Guerra dos Farrapos mudou. Os revolucionrios foram derrotados em Poncho Verde, Piratini, Canguu e Arroio Grande.

Lus Alves de Lima e SilvaLiberais ou Conservadores?D. Pedro IIOs inmeros conflitos provinciais, durante o perodo regencial, ameaando a ordem escravista e a grande propriedade incentivou algumas lideranas polticas a mudarem de opinio como por exemplo Bernardo Pereira de Vasconcelos que declarou; Fui liberal; ento a liberdade era nova no pas estava nas aspiraes de todos, mas no nas leis: o poder era tudo; fui liberal. Hoje, porm, diverso o aspecto da sociedade; os princpios democrticos tudo ganharam e muito comprometeram; a sociedade, que ento corria o risco pelo poder, corre risco pela desorganizao e pela anarquia.Tal quadro permitiu a retomada dos princpios centralista e unitarista; como por exemplo a Lei Interpretativa do Ato Adicional, a recriao do Conselho de Estado, a Reforma do Cdigo de Processo Criminal e o Golpe da Maioridade. historiaula.wordpress.com

FIMAt a prxima aula!!!

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