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PENAL IIAULA 01 - 07/02/2013Professor Bruno GilabertTEORIA DA PENA

CONCURSO DE CRIMES

CONCURSO MATERIALArt. 69- Quando o agente, mediante mais de uma ao ou omisso, pratica dois ou mais crimes, idnticos ou no, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicao cumulativa de penas de recluso e de deteno, executa-se primeiro aquela.

Concurso homogneo Vrios crimes de mesma espcie (vrios crimes de roubo, ou vrios crimes de furto...).Concurso heterogneo Vrios crimes de espcies diferentes (estupro, roubo, homicdio).

CONCURSO FORMALArt. 70- Quando o agente, mediante uma s ao ou omisso, pratica dois ou mais crimes, idnticos ou no, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto at metade.CONCURSO FORMAL PERFEITO ou PRPRIO 1. Vontade designada a uma finalidade (Desgnio nico);2. O sujeito deseja 01 (um) resultado;

3. S resultado culposo ou um resultado culposo e um doloso;

4. Sistema de aplicao da pena: exasperao.

CONCURSO FORMAL IMPERFEITO ou IMPRPRIO 1. Pluralidade de desgnio;

2. O sujeito deseja vrios resultados;

3. Mais de um resultado doloso;

4. Sistema de aplicao da pena: cmulo material.

SISTEMA DE APLICAO DA PENA

1. CMULO MATERIAL

CMULO MATERIALCONCURSO FORMAL IMPERFEITO

CONCURSO MATERIAL

Determina simplesmente a soma das penas, as sanes sero somadas.

2. EXASPERAO

EXASPERAOCONCURSO FORMAL PERFEITO (1/6 at )

CRIME CONTINUADO (1/6 at 2/3)

Evita-se a desproporo da aplicao da lei penal.

- Crime mais grave mais frao de aumento.

ACRSCIMO (1/6 at ) O aumento da pena calculado de acordo com o resultado.1 crime2 crime3 crime4 crime5 crime

1/61/51/3

Obs.: O sistema da exasperao serve para beneficiar o ru, se no beneficiar no pode ser aplicado, portanto quando a EXASPERAO prejudicial aplica-se o CMULO MATERIAL.Art. 70. (segunda parte) As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ao ou omisso dolosa e os crimes concorrentes resultam de desgnios autnomos, consoante o disposto no artigo anterior.CONCURSO MATERIAL BENFICO Compara-se o cmulo material e a exasperao, quando a exasperao no favorecer o ru, aplica-se a o cmulo material.CRIME CONTINUADOArt.71- Quando o agente, mediante mais de uma ao ou omisso, pratica dois ou mais crimes da mesma espcie e, pelas condies de tempo, lugar, maneira de execuo e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuao do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um s dos crimes, se idnticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois teros.Crimes de mesma espcie em condies tempo, lugar e modo de execuo.Condies semelhantes (requisitos objetivos):

1. Tempo (prazo mximo de 30 dias);

2. Lugar;

3. Modo de execuo;

4. Outros, a critrio do juiz.Diferena - concurso material (inteno cometer vrios crimes) e crime continuado (inteno praticar crime nico).

REQUISITO SUBJETIVO - INTENO

Segundo entendimento de doutrina MAJORITRIA o CRITRIO SUBJETIVO no precisa fazer parte do crime (dispensado).

Em alguns casos o STF exigiu o requisito subjetivo, antes de 2009, em casos de crimes sexuais. Sistema de aplicao da pena: exasperao (1/6 at 2/3).CRIMES DE MESMA ESPCIE

Crimes previstos no mesmo DISPOSITIVO DE LEI ou aqueles previstos no mesmo ARTIGO (entendimento majoritrio nos TRIBUNAIS).

Aqueles que tm descrio tpica assemelhada ou que atinge o mesmo bem jurdico tutelado (entendimento de DOUTRINA majoritria).Obs.: a pena aplicada ao crime continuado pelo sistema da exasperao (1/6 at 2/3). A pena aplicada ao concurso formal perfeito tambm pelo sistema da exasperao (1/6 at 1/2).CRIME CONTINUADO ESPECFICOArt. 71. (Pargrafo nico)- Nos crimes dolosos, contra vtimas diferentes, cometidos com violncia ou grave ameaa pessoa, poder o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstncias, aumentar a pena de um s dos crimes, se idnticas, ou a mais grave, se diversas, at o triplo, observadas as regras do pargrafo nico do Art. 70 e do Art. 75 deste Cdigo.Requisito Violncia ou grave ameaa contra vtima diferente.Aplicada a pena do crime mais grave, aumentada de at o triplo (3x) Exasperao.CRIME CONTINUADOCRIME PERMANENTECRIME HABITUAL

02 OU MAIS CRIMES01 CRIME01 CRIME

PUNIDO COMO SE FOSSE CRIME NICOPROLONGA-SE NO TEMPOVRIAS CONDUTAS, QUE ISOLADAMENTE NO CARACTERIZA O CRIME.

PENAL IIAULA 02 - 14/02/2013FUNES DA PENA

Trs grandes escolas tentam explicar a funo da pena, a principal foi a teoria absoluta ou retribucionista.

ESTADO ABSOLUTISTA VS ESTADO LIBERAL

TEORIAS ABSOLUTASNo Estado absolutista, aquele que viola a lei, um pecador, portanto se algum comete uma infrao, esta sofre uma pena ou um pecado. Surge ento a penitenciria (de penitncia). O sujeito sofre a pena como retribuio (retribucionista) ao pecado por ele causado.Com a ascenso da Burguesia surge o Estado Liberal, o povo no poder, e com a separao entre Igreja e Estado o conceito de pena deixa de ser pecado, a pena, ento, passa a ser perturbao da ordem pblica.A pena no estado liberal imposta porque uma lei foi violada.Surge a teoria de KANT

Imperativo categrico de Kant - A lei uma finalidade em si mesma. A sua funo garantir a prpria lei, um estado sem regra tende a morrer. Logo, o ru deveria ser castigado pela nica razo de haver delinquido, sem levar em conta nenhum utilitarismo da pena para ele ou para os demais integrantes da sociedade.KANT - A lei uma finalidade em si mesma.

Teoria de HEGELHegel por sua vez, pregava que a racionalidade e a liberdade so, pois, a base do direito. Assim, o delito a negao do direito, manifestao de uma vontade irracional, vontade particular em contraposio vontade geral.A infrao uma negao das leis, ou seja, quando o delinquente infringe a lei ele est negando sua aplicabilidade, assim a pena deve ser imposta como pena de negao a conduta do criminoso.

HEGEL o delito a negao da lei.

As teorias implicam na retribuio da infrao atravs do castigo, por isso so chamadas de retribucionistas.Quanto mais grave a contuta do sujeito, maior ser a pena aplicada.Com o ILUMINISMO surgem as chamadas teorias relativas.TEORIAS RELATIVAS

Cesare Beccaria O marqus Cesare Beccaria, em sua obra, Dos Delitos e das Penas, de 1764, recomenda que melhor prevenir o crime do que castig-lo. as penas tm que ser teis, o estado precisa ser voltado para um fim, a pena imposta porque busca um objetivo.

FUNO PREVENTIVA GERAL de FEUERBARCH Tal teoria tem como base o homem racional, que pensa que no vale a pena delinquir, vez que ser castigado coao psicolgica, sob pena de coao fsica. A pena voltada para a sociedade.

FUNO PREVENTIVA ESPECIAL de VON LISZT Para Von Lszt, a aplicao da pena obedece uma ideia de ressocializao e reeducao do delinquente, intimidao daqueles que no necessitam resocializar-se e tambm para neutralizar os incorrigveis.

voltada exclusivamente para o criminoso. A preveno especial visa segregar o sujeito do ncleo social para que esse no viole as leis novamente.

Num segundo momento a preveno especial tem a finalidade ressocializadora da pena, ao sofrer uma pena o criminoso passa por um processo de reeducao, uma vez que o indivduo aceite as regras do convvio social.

TEORIAS MISTAS- Teoria adotada pelo CP brasileiro.Visa mesclar as teorias absolutas e as teorias relativas, sendo retributiva e preventiva ao mesmo tempo.

Art.59 (caput) O juiz, atendendo culpabilidade, aos antecedentes, conduta social, personalidade do agente, aos motivos, s circunstncias e conseqncias do crime, bem como ao comportamento da vtima, estabelecer, conforme seja necessrio e suficiente para reprovao e preveno do crime.PREVENO POSITIVA FUNDAMENTADORALogo, para Welzel h preponderncia da sociedade em face do indivduo, uma vez que, quando o delito ocorre o direito individual j foi violado irreversivelmente, devendo-se, pois, resguardar o interesse social.PREVENO POSITIVA LIMITADORA

A pena seria a reao estatal perante fatos punveis, para proteger a conscincia social da norma. Hassemer acredita que essa proteo consistiria na ajuda prestada ao delinquente na medida do possvel.Obs.: tem como objetivo restringir a atividade estatal.

CATEGORIAS DE PENAS NO CDIGO PENALPENAS DO CDIGO PENALPENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISO (PPL)

PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)

PENAS PECUNIRIAS

PENA DE MORTE- Somente em caso de guerra declarada (casos excepcionais)

Obs.: hoje, a principal sano a pena privativa de liberdade (priso).

Priso (pena) Direito PenalPriso cautelar priso do Direito Processual

Instrumentos que garantem a eficcia da ao penal.

PRISO CAUTELARPRISO TEMPORRIA (L. 7.960/89)

PRISO PREVENTIVA (Art. 312, CPP)

PRISO TEMPORRIA (L. 7.960/89)Garante a eficincia da investigao, dura 05 dias, renovvel por igual perodo.

Salvo em caso de crimes HEDIONDOS, prazo de 30 dias, renovvel por igual perodo. Art. 2, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo so insuscetveis de:

4o A priso temporria, sobre a qual dispe aLei no7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, ter o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogvel por igual perodo em caso de extrema e comprovada necessidade.Rol dos crimes hediondos (L. 8.072/90)

1. Homicdio qualificado ou Praticado por grupo de extermnio;

2. Latrocnio;

3. Extorso com resultado morte;

4. Extorso mediante sequestro;

5. Estupro;6. Estupro de vulnervel;

7. Epidemia com resultado morte;

8. Falsificao de documentos;

9. Genocdio.Trfico de drogas, tortura e terrorismo No so crimes hediondos, mas so equiparados a hediondos.PRISO PREVENTIVA (Art. 312, CPP)A priso preventiva se difere da temporria por, normalmente, ocorrer durante a ao penal, durante o processo.

Durao Dura o tempo razovel (Razoabilidade)

PRISO POR ALIMENTOS priso unicamente civil (Durao de 90 dias)

PRISO ADMINISTRATIVA Infrao

PRISO (Pena) Surge depois da condenao transitado em julgado, s surge com condenao irrecorrvel.

PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISO (PPL)PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE (PRISO)RECLUSOFechado/ Semi-Aberto/ Aberto

DETENOSemi-Aberto/ Aberto

PRISO SIMPLES - (Contraveno penal)Aberto

Pressupe encarceramento do condenado.Formas de cumprimento da pena de priso (L. 7210/84 Lei de Execuo Penal).

Art. 34, CP.O condenado ser submetido, no incio do cumprimento da pena, a exame criminolgico de classificao para individualizao da execuo.

REGIMES PENITENCIRIOSFECHADO (segurana mxima ou mdia)Cumprido em Penitenciria

SEMI ABBERTO Cumprido em Colnia Agrcola, industrial.

ABERTO (trabalho durante o dia s/ vigilncia)Cumprido em Casa de Albergado (a noite)

Art. 88, LEP. O condenado ser alojado em cela individual que conter dormitrio, aparelho sanitrio e lavatrio.Pargrafo nico -So requisitos bsicos da unidade celular:a) salubridade do ambienteb) rea mnima de 6 m2 (seis metros quadrados).Art. 89, LEP. Alm dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciria de mulheres ser dotada de seo para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianas maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criana desamparada cuja responsvel estiver presa.Regime inicial - Art.33, LEP.A pena de recluso deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de deteno, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferncia a regime fechado.1 -Considera-se:

a)regime fechado a execuo da pena em estabelecimento de segurana mxima ou mdia;b)regime semi-aberto a execuo da pena em colnia agrcola, industrial ou estabelecimento similar;

c)regime aberto a execuo da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.

REGIME FECHADO (PENITENCIRIA)1. Cela individual, 6m2;

2. Condies de salubridade;

3. Trabalho (trabalho comum ou estudo) diurno e isolamento noturno

Obs.: trabalho EXTERNO em regime FECHADO s possvel em obras pblicas.

REGIME SEMI ABERTO1. Cumprido em COLNIA AGRCOLA ou industrial;

2. Trabalha INTRA ou EXTRA muros (Dentro ou fora da colnia, tambm pode ser em obras pblicas, assim como iniciativa privada)

3. A principal diferena do regime fechado e aberto se da na cela ou no lugar onde trabalha.REGIME ABERTOA pena cumprida em CASA de ALBERGADO.

Art. 33, 2, LEP-As penas privativas de liberdade devero ser executadas em forma progressiva, segundo o mrito do condenado, observados os seguintes critrios e ressalvadas as hipteses de transferncia a regime mais rigoroso:

a)o condenado a pena superior a 8 (oito) anos dever comear a cumpri-la em regime fechado;

b)o condenado no reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e no exceda a 8 (oito), poder, desde o princpio, cumpri-la em regime semi-aberto;

c)o condenado no reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poder, desde o incio, cumpri-la em regime aberto.

SISTEMARECLUSO - Mdia e Maior gravidadeDETENO Mdia e Menor gravidade

FECHADOPena superior a 8 anos

Pena superior a 4 anos + Reincidncia

SEMI ABBERTOPena superior a 4 at 8 anos (primrio)Pena superior a 4 at 8 anos (primrio)

Pena igual ou inferior a 4 anos + ReincidnciaPena igual ou inferior a 4 anos + Reincidncia

ABERTOPena igual ou inferior a 4 anos (primrio)Pena igual ou inferior a 4 anos (primrio)

STJ Smula n 269- admissvel a adoo do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favorveis as circunstncias judiciais.Posio MAJORITRIA mesmo que o indivduo seja reincidente, comea no regime SEMI ABERTO.

Art. 2, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo so insuscetveis de:

1o A pena por crime previsto neste artigo ser cumprida inicialmente em regime fechado.REGIME INTEGRALMENTE FECHADOEm 2007 o STF declarou inconstitucional o regime integralmente fechado, efeito ERGA OMNES.

Argumento do STF Princpio da humanidade das penas e princpio da individualizao das penas.

O legislador, ento, declara o REGIME INICIALMENTE FECHADO em substituio ao REGIME INTEGRALMENTE FECHADO.O STF declara REGIME INICIALMENTE FECHADO inconstitucional para o PEQUENO TRAFICANTE.

Argumento do STF Princpio da proporcionalidade.

Obs.: No cumprimento das penas, as mais graves sero cumpridas antes das mais brandas.

As penas devem ser aplicadas distintas e integralmente.

Art. 2, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo so insuscetveis de:

2 o. A progresso de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se- aps o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primrio, e de 3/5 (trs quintos), se reincidente.PENAL IIAULA 03 - 21/02/2013PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISO (PPL)PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE - PRISORECLUSOFechado/ Semi-Aberto/ Aberto

DETENOSemi-Aberto/ Aberto

PRISO SIMPLES - (Contraveno penal)Aberto

PROGRESSO DE REGIMESTJ Smula n 269- admissvel a adoo do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favorveis as circunstncias judiciais.

O Brasil adotou o sistema progressivo Irlands, onde o apenado vai conquistando pouco-a-pouco sua liberdade de acordo com seu mrito (Sistema de cumprimento da pena). Aquele condenado que est no sistema fechado pode passar para o sistema semi-aberto.Art. 112, LEP. A pena privativa de liberdade ser executada em forma progressiva com a transferncia para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerrio, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progresso.Obs.: Critrio objetivo Crime comum 1/6 da pena.Sujeito est no regime fechado e passa obrigatoriamente pelo regime semi-aberto para chegar no sistema aberto.

O condenado no pode ser punido pela ineficincia do estado, se fazia jus pode passar do sistema fechado para o aberto.

Esse benefcio ser calculado de acordo com a pena fixada (clculo de regime prisional)

Essa regra no se aplica ao exposto nos casos Hediondos ou equiparados. Aplica-se:

Art. 2, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo so insuscetveis de: (requisito objetivo p/ progresso 2/5 ou 3/5) 2 o. A progresso de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se- aps o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primrio, e de 3/5 (trs quintos), se reincidente.De 1990 at 2007 era vedada a progresso de regime.

Em 2007 o STF declarou inconstitucional o regime integralmente fechado, efeito ERGA OMNES.

Argumento do STF Princpio da humanidade das penas e princpio da individualizao das penas.

O legislador, ento, declara o REGIME INICIALMENTE FECHADO em substituio ao REGIME INTEGRALMENTE FECHADO.

O STF declara REGIME INICIALMENTE FECHADO inconstitucional para o PEQUENO TRAFICANTE.

Argumento do STF Princpio da proporcionalidade.

Em 2007 0 congresso passou a admitir a progresso de 2/5 ou 3/5.Art. 2, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo so insuscetveis de:

2 o. A progresso de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se- aps o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primrio, e de 3/5 (trs quintos), se reincidente.OSTENTAO DE BOM COMPORTAMENTO CARCERRIO

O Diretor do estabelecimento carcerrio emite um boletim para o Juiz da VEP e este determina a progresso de regime.

Obs.: O regime anterior a 2007 no entra na regra da progresso de 2/5 ou 3/5.EXAME CRIMINOLGICO Testa as condies de ressocializao do apenado.

Art. 112- A pena privativa de liberdade ser executada em forma progressiva com a transferncia para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerrio, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progresso.A nica previso do exame criminolgico, hoje, serve apenas para determinar onde ficar o apenado. O exame criminolgico deixou de ser obrigatrio e passou a ser facultativo.

5 anos

CrimeAo penalCondenao RecorrvelNovo CrimeCondenao IrrecorrvelExtino ou cumprimento da penaN/CNovo Crime

Reincidncia

A condenao IRRECORRVEL por crime anterior marca a reincidncia.Excluem-se aqui os crimes militares prprios (Aqueles que s existem no CPM).Crimes militares prprios no geram reincidncia.O sujeito que comete o crime depois de 5 anos da extino do crime ou do cumprimento da mesma no mais reincidente, esse sujeito tem to somente maus antecedentes.

Obs.: REINCIDENTE QUEM PRATICA CRIME DEPOIS DE CONDENAO IRRECORRVEL POR CRIME ANTERIOR.Art. 7 Verifica-se a reincidncia quando o agente pratica uma contraveno depois de passar em julgado a sentena que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contraveno.Condenado por crime (Irrecorrvel), comete uma contraveno, no Brasil ou no estrangeiro: reincidente.Condenado por contraveno (Irrecorrvel), comete outra contraveno, no Brasil: reincidente.PROGRESSO DE REGIMEArt. 118- A execuo da pena privativa de liberdade ficar sujeita forma regressiva, com a transferncia para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:I- praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;II- sofrer condenao, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena (Unificao) em execuo, torne incabvel o regime (Art. 111).Art. 111- Quando houver condenao por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinao do regime de cumprimento ser feita pelo resultado da soma ou unificao das penas, observada, quando for o caso, a detrao ou remio.Pela unificao da pena, crime doloso e a falta grave o apenado pode regredir de regime.

Art. 52- A prtica de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subverso da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisrio, ou condenado, sem prejuzo da sano penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes caractersticas:

I- durao mxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuzo de repetio da sano por nova falta grave de mesma espcie, at o limite de um sexto da pena aplicada;

II- recolhimento em cela individual;

III- visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianas, com durao de duas horas;

IV- o preso ter direito sada da cela por 2 horas dirias para banho de sol.

1O regime disciplinar diferenciado tambm poder abrigar presos provisrios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurana do estabelecimento penal ou da sociedade.

2Estar igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisrio ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participao, a qualquer ttulo, em organizaes criminosas, quadrilha ou bando.

O RDD (art. 52) fere o princpio da taxatividade.REMISSO E DETRAOREMISSO o perdo de dias da pena pelo trabalho carcerrio, o preso que trabalha tem direito a desconto de sua pena pelos dias trabalhados.

A cada 3 dias de trabalho/ 01 dia de pena.Trabalho At do salrio mnimo. Ainda que no haja trabalho pra todo mundo o preso no pode solicitar remisso da pena.

O ACIDENTE DE TRABALHO a nica hiptese em que o preso pode ter os dias de penas remidos.

O trabalho pressuposto para concesso do regime aberto. O regime aberto no cabe remisso de dias da pena. O JUIZ DA VEP determina o desconto por dias de trabalho.

Caso o preso cometa falta grave perde os dias de trabalho remidos, os dias que por sentena o Juiz j havia determinado no sero perdidos.

DETRAO Faz-se em virtude do tempo de cumprimento de priso processual ou administrativa, ou de internao provisria. A pena cumprida em priso preventiva pode ser descontada atravs de detrao.Art. 387, 2 (Cdigo Penal) O tempo de priso provisria, de priso administrativa ou de internao, no Brasil ou no estrangeiro, ser computado para fins de determinao do regime inicial de pena privativa de liberdade. (Includo pela Lei n 12.736, de 2012)A Lei 12.736/12 alterou a regulamentao da detrao penal.

Segundo a nova lei o JUIZ de ALICAO DA PENA, na prpria sentena condenatria, verifica a DETRAO. (Quando for til para o criminoso)EXECUO PROVISRIA DA PENA

STF Smula n 716- Admite-se a progresso de regime de cumprimento da pena ou a aplicao imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trnsito em julgado da sentena condenatria.

A execuo provisria da pena visa garantir todos os princpios de natureza processual.

PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)

Atravs de estudos da ONU, surgem as regras de Tquio, segundo a qual as penas de priso precisam ser evitadas e somente aplicadas aos casos mais extremos.

Art. 43, CP. As penas restritivas de direitos so: I - prestao pecuniria;II - perda de bens e valores;

III - (VETADO)

IV - prestao de servio comunidade ou a entidades pblicas;

V - interdio temporria de direitos;

VI - limitao de fim de semana.

A prestao pecuniria e a perda de bens e valores so PENAS PECUNIRIAS que atingem o patrimnio do condenado.

Art. 117, LEP- Somente se admitir o recolhimento do beneficirio de regime aberto em residncia particular quando se tratar de:

I- condenado maior de 70 (setenta) anos;

II- condenado acometido de doena grave;

III- condenada com filho menor ou deficiente fsico ou mental;

IV- condenada gestante.

Priso domiciliar - sujeito precisa est em regime aberto. O Estado que no tem CASA de ALBERGADO aplica-se a PRISO DOMICILIAR.PRESTAO PECUNIRIA

Art. 45, 1 (Cdigo Penal)A prestao pecuniria consiste no pagamento em dinheiro vtima, a seus dependentes ou a entidade pblica ou privada com destinao social, de importncia fixada pelo juiz, no inferior a 1 (um) salrio mnimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salrios mnimos. O valor pago ser deduzido do montante de eventual condenao em ao de reparao civil, se coincidentes os beneficirios.O Juiz fixa um valor de 01 a 360 Salrios Mnimos.A pena de multa se da em favor do Estado (Fundo Penitencirio Nacional)

A pena de prestao pecuniria te carter substitutivo, assim como todas as penas restritivas de direitos. O Juiz primeiro fixa, obrigatoriamente, a pena de priso e depois substituda por pena pecuniria (se o sujeito no cumpre a pena pecuniria volta a valer a pena de priso). A pena de multa pode ser aplicada cumulativamente ou alternativamente a pena de priso e no ter o carter de conversibilidade (sujeito no paga multa, no pode ser preso, a multa dever ser cobrada como se tributo fosse). A pena de prestao pecuniria fixada em salrio mnimo, a pena de multa fixada pelo sistema de dias-multa (prestao pecuniria e multa podem ser cumulativas).

Prestao Inominada - O sujeito ativo pode pagar a pena pecuniria atravs de bens.

Art. 43, 2 (Cdigo Penal)No caso do pargrafo anterior, se houver aceitao do beneficirio, a prestao pecuniria pode consistir em prestao de outra natureza.PERDA DE BENS E VALORES

No corresponde ao patrimnio ilcito, mas sim ao patrimnio lcito (Condenao um confisco, atingindo ao patrimnio do sujeito).

Art. 45, 3(Cdigo Penal) A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-, ressalvada a legislao especial, em favor do Fundo Penitencirio Nacional, e seu valor ter como teto - o que for maior - o montante do prejuzo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequncia da prtica do crime.PENAL IIAULA 04 - 28/02/2013PENAS DO CDIGO PENALPENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISO (PPL)

PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)

PENAS PECUNIRIAS

PENA DE MORTE- Somente em caso de guerra declarada (casos excepcionais)

Penas restritivas especiais - prestao de servio comunidade ou a entidades pblicas; - interdio temporria de direitos;

- limitao de fim de semana.

Prestao de servio comunidade ou a entidades pblicas.Art.46- A prestao de servios comunidade ou a entidades pblicas aplicvel s condenaes superiores a seis meses de privao da liberdade. 1A prestao de servios comunidade ou a entidades pblicas consiste na atribuio de tarefas gratuitas ao condenado. 2A prestao de servio comunidade dar-se- em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congneres, em programas comunitrios ou estatais.

3As tarefas a que se refere o 1 sero atribudas conforme as aptides do condenado, devendo ser cumpridas razo de uma hora de tarefa por dia de condenao, fixadas de modo a no prejudicar a jornada normal de trabalho.

4Se a pena substituda for superior a um ano, facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (Art. 55), nunca inferior metade da pena privativa de liberdade fixada.

A prestao de servio aplicada a condenaes superiores a 6 meses.A prestao de servio uma pena, por isso no remunerada.

O tempo fixado em 1h/dia para no atrapalhar a atividade remunerada do condenado (1h/dia aps ou antes do horrio de servio).

Se a pena restritiva de 1 ano, a pena de prestao tambm de 1 ano.Segundo o 4 do art. 46, o sujeito que tem a pena superior a 1 ano facultado cumprir a pena em at metade do tempo.

Segundo entendimento da doutrina, esse cidado ir trabalhar o dobro de HORAS/DIA (2h) para que as penas possam ser proporcionais.Limitao de fim de semana

Obrigao de permanecer, aos sbados e domingos, por 5h dirias em casa de albergado.

Todas as penas restritivas com exceo da interdio temporria de direito so genricas.

Interdio temporria de direitos - EspecficaS podem ser aplicadas em determinados crimes, o crime praticado tem que ser proporcional a natureza da pena.Art.47- As penas de interdio temporria de direitos so:

I- proibio do exerccio de cargo, funo ou atividade pblica, bem como de mandato eletivo;

II- proibio do exerccio de profisso, atividade ou ofcio que dependam de habilitao especial, de licena ou autorizao do poder pblico;

III- suspenso de autorizao ou de habilitao para dirigir veculo.

IV- proibio de frequentar determinados lugares.Obs.: Priso no cumula com pena restritivaArt.44- As penas restritivas de direitos so autnomas e substituem as privativas de liberdade, quando:

I- aplicada pena privativa de liberdade no superior a quatro anos e o crime no for cometido com violncia ou grave ameaa pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;

II- o ru no for reincidente em crime doloso;

III- a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstncias indicarem que essa substituio seja suficiente.

Crime de ameaa Crime de menor potencial

MENOR POTENCIAL OFENSIVO pena mxima de at 2 anos.Art.147- Ameaar algum, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simblico, de causar-lhe mal injusto e grave:

Pena- deteno, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.Nas infraes de menor potencial ofensivo aplica-se a lei 9.099/95 (JECrim).

A inteno do Juizado especial criminal era evitar a aplicao da pena.

MDIO POTENCIAL OFENSIVO Pena mnima de at 1 ano.GRANDE POTENCIAL OFENSIVO O que no for menor ou mdio potencial.HEDIONDOS ou EQUIPARADOS (l.8.072/90)INSTIRUTOS DESPENALIZADORES DA L. 9.099/95TRANSAO PENAL (principal instituto)

Antes de denunciar o promotor oferece ao autor dos fatos algumas condies, se o autor do fato aceita as condies extingue-se a punibilidade.

Art.44- As penas restritivas de direitos so autnomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I- aplicada pena privativa de liberdade no superior a quatro anos e o crime no for cometido com violncia ou grave ameaa pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;

II- o ru no for reincidente em crime doloso;

Obs.: A reincidncia impede aplicao da pena restritiva de direito. 3Se o condenado for reincidente, o juiz poder aplicar a substituio, desde que, em face de condenao anterior, a medida seja socialmente recomendvel e a reincidncia no se tenha operado em virtude da prtica do mesmo crime.Pode ser o requisito do 3afastado ou flexibilizado pelo juiz. Com exceo da REINCIDNCIA ESPECFICA.REINCIDNCIA ESPECFICA a reincidncia no mesmo crime, esta no permite a aplicao da pena restritiva de direito.Art.44, III(Prognose favorvel)- a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstncias indicarem que essa substituio seja suficiente.

O art. 44, L.11.343/06 (lei de drogas) vedou expressamente a converso do art. 33 em penas restritivas de direitos.

Em 2007 passou a vigorar o regime inicialmente fechado em substituio ao anterior (integralmente fechado)

Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e 1o, e 34 a 37 desta Lei so inafianveis e insuscetveis de sursis, graa, indulto, anistia e liberdade provisria, vedada a converso de suas penas em restritivas de direitos.Pargrafo nico. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se- o livramento condicional aps o cumprimento de dois teros da pena, vedada sua concesso ao reincidente especfico.Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor venda, oferecer, ter em depsito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar:

4o Nos delitos definidos no caput e no 1odeste artigo, as penas podero ser reduzidas de um sexto a dois teros, desde que o agente seja primrio, de bons antecedentes, no se dedique s atividades criminosas nem integre organizao criminosa. Obs.: Segundo o STF o 4o inconstitucional.O STF no pode negar ao pequeno traficante a aplicao da pena restritiva de direito em substituio as penas privativas de liberdade.

Art. 44. 2Na condenao igual ou inferior a um ano, a substituio pode ser feita por multa ou PRD; se superior a um ano, a PPL pode ser substituda por uma PRD e multa ou por duas PRD.O Juiz escolhe multa ou RDD em pena igual ou inferior a 1 ano, s pode cumular PRD quando superior a 1 ano. (No aplica a regra ao art. 28 L.11343/06). Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depsito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar ser submetido s seguintes penas:Em regra, PRD so penas substitutivas, as penas do art. 28 so principais.I - advertncia sobre os efeitos das drogas;II - prestao de servios comunidade;III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.As trs penas podem ser aplicadas cumulativamente, no so penas substitutivas, so penas principais.

PENAS DO CDIGO PENALPENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISO (PPL)

PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)

PENAS PECUNIRIAS

PENA DE MORTE- Somente em caso de guerra declarada (casos excepcionais)

PENAS DE MULTAArt.44- As penas restritivas de direitos so autnomas e substituem as privativas de liberdade, quando:

2Na condenao igual ou inferior a um ano, a substituio pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituda por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.

Art.49(Cdigo penal)- A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitencirio da quantia fixada na sentena e calculada em dias-multa. Ser, no mnimo, de 10 (dez) e, no mximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.1 -O valor do dia-multa ser fixado pelo juiz no podendo ser inferior a um trigsimo do maior salrio mnimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salrio.Regra do cdigo penal para calcular multa.

SISTEMA DOS DIAS MULTA - Art.49

1. Fixao do nmero de dias multa entre 10 e 360 dias-multa.

2. 1/30 at 5X (valor)3. Multiplicao.

Como fixar os dias e o valor (Critrio)

1. Fixao dos dias-multa

(Posio mais antiga) Calculado de acordo com a reprovabilidade da conduta, a anlise calculada de acordo com base na pena de priso.

POSIO MAJORITRIA (Mais moderna) Capacidade econmica do condenado (quanto melhores condies tiver o condenado, maior ser o valor a ser pago na multa).

2. Fixao do valor de cada dia-multa

Calculado de acordo com a Capacidade econmica do condenado.

Obs.: A posio mais moderna mais adotada porque a pena de multa perdeu seu carter de conversibilidade.

ANTIGAMENTE Se o sujeito no pagasse a multa, esta seria convertida em pena de priso (at 1996), desde ento a conversibilidade da pena de multa foi abolida, hoje uma vez aplicada se torna dvida de valor, se o sujeito no paga essa multa (ser inscrito na dvida ativa do Estado) sendo cobrada como dvida ativa atravs de execuo fiscal por meio da fazenda pblica, se executado e o sujeito no pagar, os bens sero penhorados, se no tiver bens? AZM. Art. 51, CPSe a multa no pode ser convertida em priso, as condies econmicas do condenado sero afetadas.

PRINCPIOS ATINENTES A SANO PENALPRINCPIO DA INTRANSCEDNCIA ou DA PERSONALIDADE ou DA RESPONSABILIDADE PESSOAL

A pena no pode passar da pessoa do condenado, ou seja, ningum pode ser punido pela conduta de outrem. As penas no so transmissveis, no podem passar para os herdeiros. As penas tributrias podem ser cobradas, de multa no.

PRINCPIO DA HUMANIDADE DAS PENASAs penas no podem expor o condenado a tratamento indigno, ou seja, os condenados no podem ser atingidos na sua honra, ou na sua integridade fsica, como penas vexatrias, corporais, carter perptuo, morte...

Devem ser garantidas ao preso as condies mnimas de salubridade.

PRINCPIO DA PROPORCIONALIDADE

Voltada principalmente para o legislador, orienta o legislador no momento da criao da pena, no podem ser nem excessivamente altas, assim como no podem ser ridiculamente baixas, devem ser compatveis coma magnitude do crime ou a responsabilidade do sujeito. O legislador precisa ser ponderado, razovel.PRINCPIO DA NECESSIDADE CONCRETA DA PENA

S pode ser aplicada quando necessria para a reprovao da conduta.Art.59 (caput) O juiz, atendendo culpabilidade, aos antecedentes, conduta social, personalidade do agente, aos motivos, s circunstncias e consequncias do crime, bem como ao comportamento da vtima, estabelecer, conforme seja necessrio e suficiente para reprovao e preveno do crime.O legislador diz se a pena necessria ou no, o juiz tem uma margem mnima de discricionariedade.

PRINCPIO DA LEGALIDADE

No h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia cominao legal.

Assim como as leis, as penas tambm no retroagem.Uso de Documento FalsoArt.304- Fazer uso de qualquer dos papis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:

Pena- a cominada falsificao ou alterao.

Uma cominao de pena indireta, embora no exista cominao direta fcil identificar o dispositivo de lei.

Esse tipo de pena no ofende em nada o princpio da legalidade.

PENAL IIAULA 05 - 07/03/2013PRINCPIO DA INDIVIDUALIZAO DA PENAPRINCPIO DA INDIVIDUALIZAO DA PENALEGISLATIVA

JUDICIAL

EXECUTRIA

Cominao de uma pena em abstrato, o legislador cria o crime sem nenhum caso concreto em considerao, trabalha com situaes genricas.O legislador fixa margens penais (pena fixada no limite mnimo e mximo), estabelece a reprovabilidade mnima e a reprovabilidade mxima.

A fixao de pena de certa forma se dirige a sociedade, assim serve como um instituto de garantia para o criminoso, evitando que o estado possa ultrapassar os limites de aplicao da pena, serve principalmente para o Juiz (o legislador balizando a atividade judicial).

PRINCPIO DA INDIVIDUALIZAO DA PENALEGISLATIVA

JUDICIAL

EXECUTRIA

O sujeito infringe a lei, surge ento o momento da DOSIMETRIA DA PENA (a individualizao judicial).O Juiz, balizado nos limites mnimos e mximos, estabelece a pena necessria para o caso concreto, fixando, individualizando, fazendo calculo, aquela pena que era abstrata passa a ser uma pena concreta (aplicao da pena em concreto).

PRINCPIO DA INDIVIDUALIZAO DA PENALEGISLATIVA

JUDICIAL

EXECUTRIA

Efetivao da pena aplicada com todas as suas intercorrncias, a pena aplicada ser efetivada.DOSIMETRIA DA PENA Calculo da PPL (Priso)

SISTEMA TRIFSICO (Sistema Nelson Hungria)SISTEMA TRIFSICOPENA-BASE

PENA PROVISRIA

PENA DEFINITIVA

PENA BASE

A aplicao da pena comea no art. 59, CP(Circunstncias Judiciais).QUALIDADE DA PENAArt.59- O juiz, atendendo culpabilidade, aos antecedentes, conduta social, personalidade do agente, aos motivos, s circunstncias e consequncias do crime, bem como ao comportamento da vtima, estabelecer, conforme seja necessrio e suficiente para reprovao e preveno do crime:

II- a quantidade de pena aplicvel, dentro dos limites previstos;

Dentro dos limites estabelecidos pelo legislador o juiz precisa da pena inicial.

Parte da doutrina diz que a pena precisa ser comeada pelo termo mdio, esse o equilbrio, justo que a pena comece pelo termo mdio (Opinio de parcela amplamente minoritria).

A doutrina majoritria rejeita esse raciocnio, segundo seu entendimento a pena inicial tem que ser a mnima, por dois motivos:

1. A lei no determina qual a pena inicial;

2. A pena mdia no a pena justa, a pena equilibrada, ao comear aplicar a pena pelo meio, indiretamente j se reprova a culpabilidade do sujeito, na constituio vigora o princpio da presuno da inocncia, por isso, a aplicao da pena deve comear pelo mnimo.

PENA-BASE o marco pelo qual se comea fazer o calculo.

PENA-BASE PENA INICIAL + CIRCUNSTNCIAS JUDICIAIS

Circunstncias judiciais, art. 59 (caput), CP.Art.59- O juiz, atendendo culpabilidade, aos antecedentes, conduta social, personalidade do agente, aos motivos, s circunstncias e consequncias do crime, bem como ao comportamento da vtima, estabelecer, conforme seja necessrio e suficiente para reprovao e preveno do crime:

A pena inicial s ser alterada se houver circunstancias judiciais abonadoras.2 PASSO O resultado da pena base transportado para a pena provisria.

A pena provisria comea com a PENA-BASE mais AGRAVANTES e ATENUANTES (chega-se a um novo resultado).

O resultado da PENA PROVISRIA repassado para a PENA DEFINITIVA.

PENA DEFINITIVA PENA PROVISRIA mais CAUSA DE AUMENTO E DIMINUIO DA PENA.QUALIFICADORAS AGRAVANTES

CAUSAS DE AUMENTOPREVILGIOS

ATENUANTESCAUSA DE DIMINIUO

Cada palavra significa um instituto diferente.

PENA-BASEQUALIFICADORAS e PREVILGIOSAs qualificadoras e privilgios influenciam na pena inicial.Homicdio SimplesArt. 121- Matar algum:

Pena- recluso, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.Homicdio Qualificado 2- Se o homicdio cometido:

II- por motivo ftil;Pena- recluso, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.A pena por MOTIVO FTIL uma pena autnoma, diferente da pena do Caput, a pena do 2 , portanto, QUALIFICADORA.Art. 242 - Dar parto alheio como prprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recm-nascido ou substitu-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: Pena - recluso, de dois a seis anos. Pargrafo nico - Se o crime praticado por motivo de reconhecida nobreza:

Pena - deteno, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. No Art. 242, Pargrafo nico, h uma pena mais branda que a pena do caput, tambm uma pena autnoma, pois no depende da pena do caput. Nesse caso o crime PREVILEGIADO.CAUSAS DE AUMENTO e DIMINIUO de PENA

Causa de aumento (Majorado)Art. 157- Subtrair coisa mvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaa ou violncia a pessoa, ou depois de hav-la, por qualquer meio, reduzido impossibilidade de resistncia:

Pena- recluso, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa. 2-Apena aumenta-se de um tero at metade:I- se a violncia ouameaa exercida com emprego de arma;

Causa de diminuio (Minorado ou Minorante)Art. 155- Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia mvel:

Pena- recluso, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 2- Se o criminoso primrio, e de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de recluso pela de deteno, diminu-la de um a dois teros, ou aplicar somente a pena de multa.O ARREPENDIMENTO POSTERIOR uma causa de diminuio da pena.Arrependimento PosteriorArt.16-Nos crimes cometidos sem violncia ou grave ameaa pessoa, reparado o dano ou restituda a coisa, at o recebimento da denncia ou da queixa, por ato voluntrio do agente, a pena ser reduzida de um a dois teros.AGRAVANTES e ATENUANTESNas agravantes e atenuantes o legislador no fala o quanto a pena agravada ou atenuada.

PENA PROVISRIA

Circunstncias AgravantesArt. 61- So circunstncias que sempre agravam a pena, quando no constituem ou qualificam o crime:

I- a reincidncia;

REINCIDNCIA uma causa que sempre agrava a pena.

II- ter o agente cometido o crime:

(...)Agravantes no Caso de Concurso de PessoasArt.62- A pena ser ainda agravada em relao ao agente que:

I- promove, ou organiza a cooperao no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;

II- coage ou induz outrem execuo material do crime;

III- instiga ou determina a cometer o crime algum sujeito sua autoridade ou no-punvel em virtude de condio ou qualidade pessoal;

IV- executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.

Circunstncias AtenuantesArt.65- So circunstncias que sempre atenuam a pena:

I- ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentena;

II- o desconhecimento da lei;III- ter o agente:

a)cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;b)procurado, por sua espontnea vontade e com eficincia, logo aps o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequncias, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;c)cometido o crime sob coao a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influncia de violenta emoo, provocada por ato injusto da vtima;

d)confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;

e)cometido o crime sob a influncia de multido em tumulto, se no o provocou.

Art.66- A pena poder ser ainda atenuada em razo de circunstncia relevante, anterior ou posterior ao crime, embora no prevista expressamente em lei.

AGRAVANTES e ATENUANTES GENRICASAplicam-se a quase todos os crimes.

Art. 61- So circunstncias que sempre agravam a pena.

EXCEES1. Se a pena j est fixada no seu limite mximo, a agravante no produz efeito se a pena j atingiu seu limite mximo.

2. Quando no constitui ou no qualificam o crime (BIS IN IDEM vedado em direito penal)

3. A circunstncia agravante no ser aplicada quando houver uma atenuante preponderanteReincidncia circunstncia preponderante.Atenuante ou agravante, uma delas vai prepondera sobre a outra.

Concurso de Circunstncias Agravantes e AtenuantesArt.67- No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidncia.MOPERESegundo o STF a confisso espontnea uma causa de circunstncia preponderante.

Art.65- So circunstncias que sempre atenuam a pena:

I- ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentena;

Se o agente menor que 21 (18 a 21) e maior que 70 (menoridade ou maioridade vo preponderar).Art. 61, II- ter o agente cometido o crime:

a)por motivo ftil (BOBO, BANAL) ou torpe (REPUGNANTE);

b)para facilitar ou assegurar a execuo, a ocultao (DESCONHECIMENTO DO CRIME), a impunidade ou vantagem de outro crime;

c) traio, de emboscada, ou mediante dissimulao, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossvel a defesa do ofendido;

d)com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;

e)contra ascendente, descendente, irmo ou cnjuge (PESSOAS QUE VIVEM EM MATRIMNIO);A LEI FOI OMISSA QUANTO AO COMPANHEIRO, PORTANTO NO SE PODE USAR ANALOGIA (malam partem) NESSE CASO, POIS ESTA PREJUDICARIA O RU. f)com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relaes domsticas, de coabitao ou de hospitalidade, ou com violncia contra a mulher na forma da lei especfica;

g)com abuso de poder ou violao de dever inerente a cargo, ofcio, ministrio ou profisso;

h)contra criana, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grvida; i)quando o ofendido estava sob a imediata proteo da autoridade;

j)em ocasio de incndio, naufrgio, inundao ou qualquer calamidade pblica, ou de desgraa particular do ofendido;

l)em estado de embriaguez preordenada.ENFERMO Aquele que tem menor capacidade de defesa.

EMBRIAGUEZ PREORDENADA Aquele sujeito que usa a embriaguez para perder seus freios inibitrios. Agravantes no Caso de Concurso de PessoasArt.62- A pena ser ainda agravada em relao ao agente que:

I- promove, ou organiza a cooperao no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;

II- coage ou induz outrem execuo material do crime;

III- instiga ou determina a cometer o crime algum sujeito sua autoridade ou no-punvel em virtude de condio ou qualidade pessoal;

IV- executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.

Art.65- So circunstncias que sempre atenuam a pena: III- ter o agente:

a)cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;Art. 242, Pargrafo nico - Se o crime praticado por motivo de reconhecida nobreza: Divergncia entre duplicidade de avaliao (Doutrina majoritria diz que no).

Para ZAFARONI pode-se avaliar duas vezes a mesma atenuante.STJ Smula n 231Circunstncias Atenuantes - Reduo da Pena - Mnimo Legal A incidncia da circunstncia atenuante no pode conduzir reduo da pena abaixo do mnimo legal.

PROPORCIONALIDADE - A pena no pode ser nem to alta, nem to baixa.PENAL IIAULA 06 - 14/03/2013SISTEMA TRIFSICOPENA-BASECircunstncias judiciais (art. 59)

PENA PROVISRIAAgravantes e atenuantes

PENA DEFINITIVACausas de Aumento e Diminuio da pena.

Art.65- So circunstncias que sempre atenuam a pena:

I- ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentena;

A pessoa deste artigo trata do sujeito de 18 a 21 anos.Em Direito Penal as HORAS no sero consideradas para calculo, somente os DIAS. Considera-se a MAIORIDADE na data em que a sentena proferida.Na MENORIDADE interessa a data do crime.

Qualquer que seja a sentena, se o sujeito j era maior de 70 anos a pena atenuada.Art.65- So circunstncias que sempre atenuam a pena:

II- o desconhecimento da lei;ERRO Falsa representao da realidade, no existe desconhecimento da lei.

IGNORNCIA Ningum pode alegar ou utilizar o desconhecimento da lei para no ser punido (LEGIS MEMINEM EXCUSA, o desconhecimento da lei no exime de punio).O desconhecimento da lei no exclui punio, mas diminui a pena.

Art.65- So circunstncias que sempre atenuam a pena: III- ter o agente:

b)procurado, por sua espontnea vontade e com eficincia, logo aps o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequncias, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;Essa atenuante admitida At o julgado (antes do julgamento).A atenuante da alnea B ser aplicada nas hipteses em que no so cabveis a desistncia voluntaria, o arrependimento eficaz e o arrependimento posterior.Desistncia Voluntria e Arrependimento EficazArt.15-O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execuo ou impede que o resultado se produza, s responde pelos atos j praticados.

Desistncia Voluntria O sujeito inicia a execuo, durante os atos executrios desiste e evita a consumao.

Arrependimento Eficaz - O sujeito inicia a execuo, depois de terminados os atos executrios, desiste e evita a consumao.

Arrependimento PosteriorArt.16-Nos crimes cometidos sem violncia ou grave ameaa pessoa, reparado o dano ou restituda a coisa, at o recebimento da denncia ou da queixa, por ato voluntrio do agente, a pena ser reduzida de um a dois teros.

Arrependimento Posterior - Ocorre a consumao do crime e s depois o sujeito tenta reparar o dano.Art.65- So circunstncias que sempre atenuam a pena: III- ter o agente:

c)cometido o crime sob coao a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influncia de violenta emoo, provocada por ato injusto da vtima;

COAO MORAL IRRESISTVEL S responder pelo crime aquele que executa a coao, sendo o coagido inimputvel.OBEDINCIA HIERARQUICA Se a ordem manifestamente legal, diminuio de pena.

Art.65- So circunstncias que sempre atenuam a pena:

III- ter o agente:

d)confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;

Confisso provocada no confisso espontnea.O sujeito precisa ter o desejo de contribuir para a justia, nesse caso a confisso espontnea obrigatria para que se configure atenuante.

A confisso s vai atenuar a pena quando for total (Cabal).

A confisso s atenua a pena quando for repetida em juzo.

A confisso espontnea considerada pelo STF como circunstncias preponderantes.

Art.65- So circunstncias que sempre atenuam a pena:

III- ter o agente:e)cometido o crime sob a influncia de multido em tumulto, se no o provocou.

Crime multitudinrio Crime praticado sob influncia de multido.

O sujeito que pratica crime multitudinrio tem sua pena atenuada, salvo quando este deu incio.

Ex.: CRIME DE RIXA.

RixaArt.137- Participar de rixa, salvo para separar os contendores:

Pena- deteno, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou multa.

Art.66- A pena poder ser ainda atenuada em razo de circunstncia relevante, anterior ou posterior ao crime, embora no prevista expressamente em lei.

ATENUANTES INOMINADAS

Qualquer outra circunstncia que se apresente relevante para o juiz mesmo no estando previsto em lei.

As agravantes sempre sero legalmente prevista.

PENA DEFINITIVA 3 FASENa fase definitiva os limites mnimos e mximos da pena podem ser ultrapassados.Furto na modalidade tentada pena base de 1 ano, pena provisria de um ano, pena definitiva pode ser menor que um ano.

O legislador estipulou o quanto a pena deve ser amentada ou diminuda.

A uma autorizao legislativa para que os limites mnimos e mximos sejam violados.

Se a lei diz que a pena pode ser aumentada ou diminuda e no fala o quanto, esta uma hiptese atenuante.

Aps o SISTEMA TRIFSICO o juiz fixa o REGIME PENITENCIRIO e depois se houver calcula PENA DE MULTA, depois, se comportar, PRD , esta ser substitutiva, s depois o juiz verifica se cabvel a SUSPENSO CONDICIONAL da pena.SUSPENSO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS)O sistema FRANCO-BELGA (SURSIS) uma hiptese de impedimento da execuo de pena em que o sujeito ativo assume o compromisso de cumprir certas condies em troca de seu no recolhimento ao crcere, depois de aplicada a pena pelo juiz.Se o sujeito concorda com a pena do Juiz, o sujeito ter sua pena suspensa.

REQUISITOS (SURSIS):

Requisitos da Suspenso da PenaArt.77- A execuo da pena privativa de liberdade, no superior a 2 (dois) anos, poder ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que:

I- o condenado no seja reincidente em crime doloso;

II- a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstncias autorizem a concesso do benefcio;

III- No seja indicada ou cabvel a substituio prevista no Art. 44 deste Cdigo.

1 -A condenao anterior a pena de multa no impede a concesso do benefcio.

2 -A execuo da pena privativa de liberdade, no superior a quatro anos, poder ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razes de sade justifiquem a suspenso.

1. S a pena de priso apresenta SURSIS;

2. Pena igual ou inferior a 2 anos ou no superior a 4 anos (maior de 70 ou sade);

3. No reincidncia em crime doloso (subjetivo);

Exceo ao art. 77, 1 (mesmo cometido crime doloso e condenado a pena de multa).

4. Pro gnose favorvel (subjetivo);5. Impossibilidade de substituio por PRD.

No SURSIS o tempo de punio pode ultrapassar a prpria condenao.

SURSIS no pena, suspenso da pena.

Obs.: os requisitos precisam existir cumulativamente.Se os requisitos forem cumpridos o Juiz no pode negar, mas um instituto condicional e s ser aplicado caso ocorra aceitao por parte do beneficirio, o Juiz ento faz uma AUDINCIA ADMONITRIA, se o ru concorda com as condies que lhe so impostas comea o PERODO DE PROVA que ser de 02 a 04 anos dependendo das circunstncias (se o ru no aceitar, vai preso).

As condies imposta pelo Juiz:

Art.78, CP- Durante o prazo da suspenso, o condenado ficar sujeito observao e ao cumprimento das condies estabelecidas pelo juiz.

1 -No primeiro ano do prazo, dever o condenado prestar servios comunidade (Art. 46) ou submeter-se limitao de fim de semana (Art. 48). SURSIS SIMPLES2 -Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de faz-lo, e se as circunstncias do Art. 59 deste Cdigo lhe forem inteiramente favorveis, o juiz poder substituir a exigncia do pargrafo anterior pelas seguintes condies, aplicadas cumulativamente:

a)proibio de frequentar determinados lugares;

b)proibio de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorizao do juiz;

c)comparecimento pessoal e obrigatrio a juzo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.

PRIMEIRO ANO Prestao de servio ou limitao de fim de semana (obrigatrio).

Art. 77, 2 -A execuo da pena privativa de liberdade, no superior a quatro anos, poder ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razes de sade justifiquem a suspenso.

No 2 do art. 77 temos SURSIS ETRIO ou HUMANITRIO.O perodo de prova do SURSIS ETRIO ou HUMANITRIO de 4 a 6 anos, o SURSIS SIMPLES e ESPECIAL de 2 a 4 anos. O perodo de prova na PRISO SIMPLES (contraveno) e de 1 a 3 anos.

Art. 78, 2 -Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de faz-lo, e se as circunstncias do Art. 59 deste Cdigo lhe forem inteiramente favorveis, o juiz poder substituir a exigncia do pargrafo anterior pelas seguintes condies, aplicadas cumulativamente:

No 2 do art. 78 temos o SURSIS ESPECIALQuando o sujeito demonstra cooperao.O Juiz deve aplicar todas as condies do 2 cumulativamente.Caso o condenado descumpra as condies a ele imposta (art. 81).Revogao ObrigatriaArt. 81- A suspenso ser revogada se, no curso do prazo, o beneficirio: I- condenado, em sentena irrecorrvel, por crime doloso;

II- frustra, embora solvente, a execuo de pena de multa ou no efetua, sem motivo justificado, a reparao do dano;

III- descumpre a condio do 1 do Art. 78 deste Cdigo.

Revogao Facultativa 1- A suspensopoder ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condio imposta ou irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contraveno, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.

Prorrogao do Perodo de Prova 2- Se o beneficirioest sendo processado por outro crime ou contraveno, considera-se prorrogado o prazo da suspenso at o julgamento definitivo.

3- Quando facultativa a revogao, o juiz pode, ao invs de decret-la, prorrogar o perodo de prova at o mximo, se este no foi o fixado.A REVOGAO FACULTATIVA de SURSIS fica a critrio do Juiz.

Se o sujeito cumpre todas as condies regularmente imposta por todo perodo de prova a pena extinta.

PENAL IIAULA 07 - 21/03/2013LIVRAMENTO CONDICIONAL

O Livramento ser concedido considerado a soma total das condenaes, mesmo que cada uma delas seja a pena inferior a 2 anos.

Requisitos objetivos:a) PPL igual ou superior a 2 anos;b) Cumprimento da pena;ESPECIALCumprimento de mais de 1/3 da penaCondenado no reincidente em crimes dolosos + bons antecedentes

ORDINRIOCumprimento de mais de 1/2 da penaCondenado reincidente em crime doloso

Crime hediondoCumprimento de mais de 2/3 da penaCrime hediondo ou equiparado (salvo reincidncia especfica)

c) Comportamento satisfatrio durante a execuo da pena (subjetivo);

d) Bom desempenho no trabalho e aptido para prover a prpria subsistncia pelo trabalho honesto (subjetivo);e) Reparao do dano (art. 83, IV, CP - salvo impossibilidade).

O livramento condicional a ltima etapa do processo (sujeito passa a ter liberdade plena) sem restrio ou liberdade de locomoo, embora ainda esteja cumprindo pena (serve para verificar se o sujeito adquiriu senso de responsabilidade, por isso tratado como um homem livre).

Se ficar comprovado que o indivduo no apresenta essas qualidades a sua liberdade ser cerceada.No existe livramento condicional em PRD.

A pena de 2 anos cabe tanto SURSIS quanto LIVRAMENTO CONDICIONAL.

S pode alcanar o livramento condicional aquela pessoa que cumpriu certo perodo da pena (Requisito temporal).

Cumprimento de mais de 1/2 da penaCondenado reincidente em crime doloso

a) Se o ru no reincidente, mas possui maus-antecedentes ter que cumprir perodo de pena intermedirio (cumprimento de pena entre 1/3 a ).

POSIO MAJORITRIA Se a lei no cuidou do condenado portador de maus-antecedentes, se a lei foi omissa, no se pode prejudicar o condenado, basta que ele cumpra 1/3 da pena;b) Se o sujeito for condenado em crime hediondo ou equiparado, este precisa cumprir 2/3 da pena;Ressalva: Se o sujeito reincidente em crime hediondo no pode alcanar o livramento condicional.

c) Basta que seja satisfatrio (o diretor do presdio atesta o comportamento satisfatrio);

d) Sujeito precisa demonstrar, durante execuo da pena, bons antecedentes no trabalho;

e) Reparao do dano.

Progresso de regimes (requisitos)Art.33-A pena de recluso deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de deteno, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferncia a regime fechado.

4O condenado por crime contra a administrao pblica ter a progresso de regime do cumprimento da pena condicionada reparao do dano que causou, ou devoluo do produto do ilcito praticado, com os acrscimos legais.O sujeito s poder progredir de regime se reparado o dano ou restituda a coisa.INTERPRETAO CONFORME Interpretao da lei de acordo com a constituio.A progresso no um instituto condicional, mas o livramento .

Se o sujeito comete crime durante a vigncia do benefcio, volta a cumprir toda a pena.

Revogao do LivramentoArt.86- Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentena irrecorrvel:

I- por crime cometido durante a vigncia do benefcio;

II- por crime anterior, observado o disposto no Art. 84 deste Cdigo.

Revogao FacultativaArt. 87- O juiz poder, tambm, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigaes constantes da sentena, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contraveno (PRD ou MULTA), a pena que no seja privativa de liberdade.Crime cometido antes do perodo tm os dias de livramento descontado na condenao; crimes cometidos durante do perodo de provas faz com que o sujeito cumpra toda a pena que restava sem desconto na condenao; em caso de descumprimento de condies dever o condenado cumprir integralmente a pena que estava suspensa.ExtinoArt. 89- O juiz no poder declarar extinta a pena, enquanto no passar em julgado a sentena em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigncia do livramento.

Obs.: O sujeito pode est no fim do prazo do perodo de provas e em paralelo pode est sendo processado, no podendo o Juiz declarar extinta a condenao antes do trnsito em julgado.Efeitos secundrios extrapenais da sentena condenatria:Genricos;

Especficos.

Um dos efeitos penais a incluso do nome do ru no rol dos culpados.Efeitos Genricos e EspecficosArt.91- So efeitos da condenao:

I-tornar certa a obrigao de indenizar o dano causado pelo crime;

II- a perda em favor da Unio, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-f:

a)dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienao, uso, porte ou deteno constitua fato ilcito;

b)do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prtica do fato criminoso.

1 Poder ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou proveito do crime quando estes no forem encontrados ou quando se localizarem no exterior.

2 Na hiptese do 1, as medidas assecuratrias previstas na legislao processual podero abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou acusado para posterior decretao de perda.

GENRICOS So aqueles que existem em qualquer que seja o crime praticado, surgem em qualquer sentena condenatria, dispensam motivao pelo juiz.

ESPECFICOS Aqueles que surgem em certas categorias de crimes.

S existiram quando houver motivao judicial, obrigatoriamente o juiz deve abordar em sentena condenatria.

Efeitos Genricos (art. 91)

Toda prtica criminosa contra uma vtima individualizada gera dano material ou dano moral (dano psicolgico), passvel de indenizao, ao cvel EX-DELITO.

A sentena penal condenatria gera ttulo executivo em juzo cvel.

A Ao cvel fica suspensa enquanto a ao penal corre normalmente (processo em duas esferas Cvel e Criminal).

A sentena condenatria no ter nenhuma repercusso cvel.

INSTRUMENTO A coisa usada para a prtica criminosa.

ANIMAL considerado COISA (pessoa no considerada coisa)

PRODUTO tudo aquilo que se arrecada com a prtica criminosa.

PROVEITO tudo aquilo que arrecadado atravs da prtica criminosa.

Consequncias Podem ser perdidos em favor da unio, pode ser confiscado, podendo ser leiloado ou destitudo pela unio.A regra do art. 91 no vale para o trfico de drogas.

Ex.: Carro que, embora lcito, transporta drogas (todos os bens usados para o trfico so confiscados).De acordo com o STF perde toda a propriedade aquele que tem plantao de drogasArt.92- So tambm efeitos da condenao:

I- a perda de cargo, funo pblica ou mandato eletivo:

a)quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violao de dever para com a Administrao Pblica;

A perda do cargo pblico s afeta a pessoa do condenado (o ato praticado precisa est ligado ao mandato).b)quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.

II- a incapacidade para o exerccio do ptrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos pena de recluso, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;Sujeito perde o poder familiar.Ex.: Sujeito estupra prpria filha.Aps cumprimento de pena o sujeito recupera o poder familiar dos filhos, salvo a filha vtima de estupro.III- a inabilitao para dirigir veculo, quando utilizado como meio para a prtica de crime doloso.

REABILITAOReabilitaoArt.93- A reabilitao alcana quaisquer penas aplicadas em sentena definitiva, assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenao.

Serve para restituir ao condenado o status que ele possua antes da condenao (se o sujeito considerado reabilitado o nome dele apagado ou excludo do rol dos culpados).

A certido negativa de antecedentes vem em branco.

Art.94- A reabilitao poder ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execuo, computando-se o perodo de prova da suspenso e o do livramento condicional, se no sobrevier revogao, desde que o condenado:

I- tenha tido domiclio no Pas no prazo acima referido;

II- tenha dado, durante esse tempo, demonstrao efetiva e constante de bom comportamento pblico e privado;

III- tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, at o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renncia da vtima ou novao da dvida.

Decurso do tempo depois de 2 anos.

Art.95- A reabilitao ser revogada, de ofcio ou a requerimento do Ministrio Pblico, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por deciso definitiva, a pena que no seja de multa.Gerada reincidncia, acaba a reabilitao.PENAL IIAULA 08 - 28/03/2013MEDIDAS DE SEGURANASGNEROESPCIE

SANO PENALPENAIMPUTVEL

MEDIDAS DE SEGURANAINIMPUTVEL

MEDIDAS SOCIO-EDUCATIVAS

Pena A sano penal destinada aos IMPUTVEIS.

Medidas de segurana e medida scio-educativa So as sanes penais reservadas aos INIMPUTVEIS (falta discernimento ou auto-determinao).Medidas de segurana - Se o sujeito tem retardamento mental ou alienao.

Medidas scio-educativas Idade de 12 a 18 anos (adolescente) Ato infracional anlogo a crime. Durao mxima de at 3 anos.

O sujeito pode cumprir medida scio educativa at 21 anos.

O Brasil adota o SISTEMA VICARIANTE (ou pena ou medida de segurana).

ESPCIESINTERNAO (CP)CUSTDIA

TRATAMENTO AMBULATORIALPOSSIBILIDADE DE IR E VIR

O CP ESTABELECEU A REGRA DE INTERNAO.Espcies de Medidas de SeguranaArt.96. As medidas de segurana so:

I- Internao em hospital de custdia e tratamento psiquitrico ou, falta, em outro estabelecimento adequado;

II- sujeio a tratamento ambulatorial.

Pargrafo nico- Extinta a punibilidade, no se impe medida de segurana nem subsiste a que tenha sido imposta.

Imposio da Medida de Segurana para InimputvelArt.97- Se o agente for inimputvel, o juiz determinar sua internao (Art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punvel com deteno, poder o juiz submet-lo a tratamento ambulatorial.

Prazo 1- A internao, ou tratamento ambulatorial, ser por tempo indeterminado, perdurando enquanto no for averiguada, mediante percia mdica, a cessao de periculosidade. O prazo mnimo dever ser de 1 (um) a 3 (trs) anos.

Percia Mdica 2- A perciamdica realizar-se- ao termo do prazo mnimo fixado e dever ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execuo.

Desinternao ou Liberao Condicional 3- A desinternao, ou a liberao, ser sempre condicional devendo ser restabelecida a situao anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistncia de sua periculosidade.

4- Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poder o juiz determinar a internao do agente, se essa providncia for necessria para fins curativos.Carter da medida de segurana CURATIVA.

FUNO PREVENTIVA ESPECIAL Tenta-se aqui curar o alienado mental, a medida de segurana est sendo aplicada, baseada na periculosidade do agente (se perigoso deve ser tratado).Inmeros estudos comprovam que o tratamento ambulatorial vem sendo mais favorvel, embora o art. 97 seja contrrio.

Durao mnima da medida de segurana 1 a 3 anos.Atravs da percia mdica o juiz instaura durante a ao penal incidente de sanidade mental, ao ser constatada a imputabilidade pela percia mdica, o juiz instaura sentena absolutria denominada imprpria.

Mesmo sendo absolvido, aplicada medida de segurana ao condenado, por isso chama-se sentena absolutria imprpria.

O prazo mnimo para a primeira percia mdica de 1 a 3 anos (visa estabelecer se a pessoa continua perigosa ou no).

A partir do 3 ano ou depois do prazo mnimo fixado, caso no tenha sessado a periculosidade do agente a percia se torna anual.

Se no for constatada a periculosidade - Art. 97, 1(prazo).

Art. 97, 1- A internao, ou tratamento ambulatorial, ser por tempo indeterminado, perdurando enquanto no for averiguada, mediante percia mdica, a cessao de periculosidade. O prazo mnimo dever ser de 1 (um) a 3 (trs) anos.

Segundo os tribunais a medida de segurana do Art. 97, 1 inconstitucional, pois o Brasil probe pena de carter perptuo, ento a durao mxima da medida de segurana ser aquela que o sujeito receberia caso fosse imputvel.

Ex: pena mxima do furto 4 anos. Ento, a pena da medida de segurana ser de 4 anos.

InimputveisArt.26, CP- isento de pena o agente que, por doena mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Reduo de PenaPargrafo nico- A pena pode ser reduzida de um a dois teros, se o agente, em virtude de perturbao de sade mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado no era inteiramente capaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

O Pargrafo nicodo art. 26 trata dos semi - imputveis. Semi imputveis Aquele que tem parcial capacidade de entendimento ou auto determinao. A critrio do juiz a pena pode ser substituda por uma medida de segurana. Ou o semi-imputvel cumpre pena ou cumpre medida de segurana.

SUPERVENINCIA DE DOENA MENTAL A Supervenincia cumprida como semi-imputvel SEMI-IMPUTVEL CONDENADO PENA- MEDIDA DE SEGURANA

Art.98- Na hiptese do pargrafo nico do Art. 26 deste Cdigo e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituda pela internao, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mnimo de 1 (um) a 3 (trs) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos 1 a 4.AO PENAL

o instrumento de que se vale o estado para buscar a satisfao do direito de punir.

Jus PUNIEND (direito de punir) este no pode ser exercitado pelo estado sem uma apreciao judicial.Jus Puniend uma exclusividade estatal, um direito atinente exclusivamente ao estado, no entanto a PERSECUTIO CRIMINIS (PERSECUTIO CRIMINIS IN JUDICIS) no , mas pode ser delegada.

AO PENALPBLICA INCONDICIONADAMINISTRIO PBLICO

PBLICA CONDICIONADA MP (ofendido ou representante legal ou Ministro da justia)

PRIVADAPROPRIAMENTE DITAOFENDIDO ou REPRESENTANTE LEGAL

PERSONALSSIMAOFENDIDO

SUBSIDIRIA DA PBLICAOFENDIDO

A classificao leva em conta a proposio para abertura de ao penal.Quando o Estado legitimado para a abertura da ao:

PBLICA oferecida atravs do MP.

A ao penal pblica feita atravs de DENNCIA pelo MP (propositura pblica).

O OFENDIDO ou REPRESENTANTE LEGAL ao propor uma ao penal faz-se QUEIXA CRIME.

O sujeito que vai a delegacia narrar um fato faz NOTCIA CRIME (delatio criminis)

AO PENAL PBLICA INCONDICIONADAMINISTRIO PBLICO

O MP pode agir independentemente de qualquer representao ou manifestao prvia.

Ex: Homicdio, furto, roubo...AO PENAL PBLICA CONDICIONADA MP (ofendido ou representante legal ou Ministro da justia)

Quando a atuao do MP fica atrelada a uma manifestao prvia de vontade.Quem oferece a ao penal pblica condicionada o MP, para isso e necessrio que haja uma manifestao de vontade que pode ser do ofendido ou representante legal ou do ministro da justia.Ao penal pblica condicionada a representao do ofendido.

Ex: crime de leso corporal, estupro...Em alguns casos a ao penal pode ser requisitada pelo Ministro da Justia.

Ex: crime contra a honra do presidente da repblica.AO PENAL PRIVADA PERSONALSSIMAOFENDIDO

S o ofendido pode oferecer a QUEIXA, no h legitimao para seu representante legal (S existe um crime no CP).

Art. 236- Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que no seja casamento anterior.A ao penal depende de queixa do contraente.

Se a vtima morrer extingue a punibilidade.

AO PENAL PRIVADA PROPRIAMENTE DITAOFENDIDO ou REPRESENTANTE LEGAL

Para que uma ao seja PRIVADA ou INCONDICIONADA precisa est EXPRESSA na lei.

A vtima tem um prazo de 6 meses para oferecer queixa crime a contar do conhecimento da autoria.

Crime contra a honra normalmente de ao penal privada.

Art. 100- A Ao Penal Pblica, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.Art. 345 - Fazer justia pelas prprias mos, para satisfazer pretenso, embora legtima, salvo quando a lei o permite:Pena - deteno, de quinze dias a um ms, ou multa, alm da pena correspondente violncia.

Pargrafo nico - Se no h emprego de violncia, somente se procede mediante queixa.PRINCPIOS RELATIVOS AO PENALAO PENAL PBLICAOBRIGATORIEDADE

INDISPONIBILIDADE

OBRIGATORIEDADE Significa que se houver provas do crime e indcios de autoria o MP obrigado a agir.

INDISPONIBILIDADE Se ainda no houver sido oferecida a ao pblica a vtima pode retirar a queixa, entretanto se torna indisponvel depois de instaurada ao penal.

AO PENAL PRIVADAOPORTUNIDADE

INDIVISIBILIDADE

INTRANSCENDNCIA

DISPONIBILIDADE

OPORTUNIDADE ou DISCRICIONARIEDDE A vtima oferece a queixa se quiser.

DISPONIBILIDADE O ofendido pode desistir da ao penal.INTRANSCENDNCIA S podemos processar quem praticou o crime, o criminoso, no se podendo processar o herdeiro, por exemplo.INDIVISIBILIDADE Ou o sujeito oferece ao penal contra todos os indivduos ou no processa ningum (a vtima deve oferecer a queixa contra todos).AO PENAL SUBSIDIRIA DA PBLICA

Se o MP extrapolar o prazo de instaurao de ao penal, pode o ofendido oferecer queixa subsidiria.

Prazo p/ o PROMOTOR oferecer a DENNCIA (ru solto, 15 dias; ru preso, 05 dias).

A vtima tem um prazo de 6 meses a contar da INERCIA do MP.

Em caso de inrcia do querelante o promotor volta a ser o dono da ao (perepo).

O pressuposto da ao penal subsidiria da pblica a INERCIA.

Embora o ofendido oferea a queixa, a ao penal ser pblica.PENAL IIAULA 09 - 11/04/2013EXTINO DE PUNIBILIDADEPunibilidade a possibilidade concreta de imposio de uma pena.

Fato punvel Aquele fato para o qual se pode aplicar uma pena.

Hiptese em que uma pessoa pratica um crime e no pode ser punido por essa conduta.

Art. 107- Extingue-se a punibilidade: (Alterado pela L-007.209-1984)

I- pela morte do agente;

II- pela anistia, graa ou indulto;

III- pela retroatividade de lei que no mais considera o fato como criminoso;

IV- pela prescrio, decadncia ou perempo;

V- pela renncia do direito de queixa ou pelo perdo aceito, nos crimes de ao privada;

VI- pela retratao do agente, nos casos em que a lei a admite;

VII-(Revogado pela L-011.106-2005)

VIII-(Revogado pela L-011.106-2005)

IX- pelo perdo judicial, nos casos previstos em lei.

O art. 107 no taxativo ou exaustivo, o rol do artigo 107 exemplificativo.Sonegao de imposto se o sujeito paga a sua pena, extingue-se a punibilidade.

I- pela morte do agente;

No curso da ao penal o sujeito morre.

Arquiva-se o processo e o juiz determina a extino de punibilidade.

nica prova A Certido de bito a nica prova jurdica da morte.

Se o sujeito finge que morreu para evitar a pena (sentena definitiva, arquivamento, reativao).

Da reativao (Duas posies):

Primeira posio - Declarou extinta a punibilidade, no se pode voltar atrs, s podendo o sujeito responder por falsificao de documento. A reviso criminal s possvel a favor do ru (Durante muito tempo foi posio majoritria na doutrina e na jurisprudncia).

Posio atual Segundo o STJ, se a sentena se fundou de um documento falso, a sentena nula. E sendo nula a ao penal pode ser reativada a qualquer momento.

II- pela anistia, graa ou indulto;

Podem ser conceituados como hiptese de clemncia estatal (Estado perdoando o criminoso).

A ANISTIA da competncia do congresso nacional que o faz atravs de uma lei.

Normalmente a anistia reservada aos crimes de natureza poltica, mas nada impede que seja concedida a crimes comuns.Ex.: Greve dos bombeiros (processados por crimes militares), porm houve criao de lei no congresso anistiando os militares.

A ANISTIA pode ser:

CONDICIONDA ou INCONDICIONADA

Condicionada Estabelece condio, se condicionada (bilateral), sujeito precisa cumprir condies para que seja concedida.

Incondicionada unilateral (independe de aceitao).

A anistia apaga todos os efeitos da sentena condenatria.GRAA e INDULTO Extingue a pena, mas no apagam os demais efeitos da sentena condenatria.

So atos do presidente da repblica, podendo ser delegado ao ministro da justia.

O presidente concede a GRAA ou o INDULTO atravs de DECRETO.

Podem ser: CONDICIONDA ou INCONDICIONADA (no se aplicam a crimes polticos).

Diferena entre GRAA e INDULTO.

A graa individual, o indulto coletivo.

Ex.: indulto de natal

Art. 5,XLIII, CF - a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evit-los, se omitirem;Art. 2, L.8.072/90 (Crimes Hediondos) Os crimes hediondos, a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo so insuscetveis de:

I - anistia, graa e indulto;

Duas posies:

1 Se a const. No proibiu o indulto, a lei de crimes hediondos no poderia coibir.

Obs.: O art. 5 trs os direitos e garantias constitucionais (direitos individuais), ento esta no pode ser suprimida por normas infraconstitucional, somente normas constitucionais podem suprimir normas de contedo dos direitos fundamentais.

2 MOJORITRIA na jurisprudncia (STF), no h inconstitucionalidade no indulto na lei de crimes hediondos, pois a constituio no recepcionou a vedao do indulto.

III- pela retroatividade de lei que no mais considera o fato como criminoso;

ABOLITIO CRIMINISA abolio do carter criminoso de uma conduta em virtude de lei posterior (abrange pessoas condenadas e no condenadas) apaga reincidncia e maus antecedentes. No afeta os efeitos civis da sentena condenatria.

Para que haja abolitio criminis preciso que o contedo seja apagado.

Ex.: O atentado violento ao pudor que tem sua redao tpica transferida para o artigo de estupro e estupro de vulnervel no abolitio criminis (Princpio da continuidade tpico normativo).V- pela renncia do direito de queixa ou pelo perdo aceito, nos crimes de ao privada;

Aplicado aos crimes de ao penal privada.

Renncia e Perdo Representam a prtica de um ato incompatvel com a vontade de processar. Podem ser expresso ou tcito.

Regra geral No h renncia de representao, a renncia da QUEIXA.Excees: Na Lei Maria da Penha e na Lei 9.099 (JECrim) h a previso expressa da renncia da representao.

Diferena entre Renncia e Perdo A diferena refere-se ao momento em que se da o fato e a concordncia do ofensor.

Renncia Fase pre-processual, Perdo Fase processual.

Renncia No h necessidade de concordncia do ofensor.

Perdo H a necessidade de concordncia do ofensor.

Tanto a renuncia quanto o perdo ocorre antes da ao penal definitiva.

VI- pela retratao do agente, nos casos em que a lei a admite;

O sujeito oferece verso fraudulenta e depois modifica esta, estabelecendo a verdade.

A retratao s possvel quando h previso expressa para cada modalidade criminosa.

Art. 143 - O querelado que, antes da sentena, se retrata cabalmente da calnia ou da difamao, fica isento de pena.A retratao independe de aceitao.No confundir retratao de punibilidade com a retratao da ao penal pblica.

Obs.: at a denuncia possvel a retratao na ao penal pblica.

VII-(Revogado pela L-011.106-2005)

VIII-(Revogado pela L-011.106-2005)

IX- pelo perdo judicial, nos casos previstos em lei.

O perdo judicial s pode ser concedido se estiver expresso no artigo, pois necessita de previso de lei.

Ex.: homicdio culposo, art. 121, 5 , CP; art. 129; art. 242, nico.

O fundamento do perdo judicial o PRINCPIO DA NECESSIDADE CONCRETA DA PENA, se a pena desnecessria pode ser dispensada.

Quem permite a aplicao do perdo judicial o legislador, no o juiz.O perdo judicial tambm um direito subjetivo do ru, se este preenche os requisitos necessrios para a concesso do perdo no pode haver negativa do juiz.

PERDO JUDICIAL POR SENTENA DECLARATRIA

Segundo posio majoritria, na doutrina e na jurisprudncia, o juiz pode aplicar o perdo judicial antes da sentena condenatria.PENAL IIAULA 10 - 18/04/2013IV- pela prescrio, decadncia ou perempo;

Decadncia a perda do direito de ao pelo decurso do tempo, atinge ao penal PRIVADA e ao penal PBLICA CONDICIONADA.Os direitos de queixa e de representao so temporalmente limitados, devendo ser exercido dentro de certo prazo (prazo decadencial).

Em regra o prazo decadencial de 6 meses, a vtima tem 6 meses para oferecer queixa crime ou representao. Aps esse prazo perde a vtima o direito a representao.

A decadncia atinge o direito de ao, extingue tambm o direito de punir, a pena.O prazo decadencial comea correr no momento em que o ofendido ou seu representante legal toma cincia da identidade do autor do fato.

O prazo decadencial no se suspende nem se interrompe, peremptrio.

O prazo decadencial do representante legal no se confunde com o do ofendido.

PEMRIPO - a perda do direito de ao penal privada (nica disponvel) em face da inercia do ofendido.

Art. 60, CPP- Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se- perempta a ao penal:

I- quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 (trinta) dias seguidos;

II- quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, no comparecer em juzo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo, ressalvado o disposto no Art. 36;

III- quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenao nas alegaes finais;

IV- quando, sendo o querelante pessoa jurdica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

A Perempo s se aplica a ao penal privada propriamente dita ou personalssima.

No se aplica a Perempo a ao penal privada subsidiria da pblica.

PRESCRIO Jus puniend, tambm chamado de PRETENSO PUNITIVA (ocorre antes da sentena transitado em julgado), para que no haja punio em excesso o estado deve ir a juzo.A pretenso punitiva s pode ser executada depois da sentena condenatria irrecorrvel (com a aplicao da pena o estado tem satisfeita a pretenso punitiva).

Nesse momento surge a pretenso executria, tambm chamada de JUS EXECUTIONIS (Ocorre aps a sentena transitado em julgado), esta o poder dever do estado de executar a pena.

A prescrio atinge a pretenso punitiva e a pretenso executria.

Prescrio a perda do direito de aplicar uma pena (Pretenso punitiva ou executria) em virtude do decurso do tempo.

Prescrio a punio ao estado por sua ineficincia.

PRESCRIO DA PRETENSO PUNITIVA (Pena ainda no aplicada).

O estabelecimento do prazo prescricional do crime intimamente ligado a gravidade do crime e o que caracteriza a gravidade do crime a sua pena.Obs.: Crime com pena alta demora a prescrever.

Roubo 4 a 10 anos (a pena mxima vai determinar o prazo prescricional da pena).Art. 107- Extingue-se a punibilidade:

I- pela morte do agente;

II- pela anistia, graa ou indulto;

III- pela retroatividade de lei que no mais considera o fato como criminoso;

IV- pela prescrio, decadncia ou perempo;

V- pela renncia do direito de queixa ou pelo perdo aceito, nos crimes de ao privada;

VI- pela retratao do agente, nos casos em que a lei a admite;

VII- (Revogado pela L-011.106-2005)

VIII- (Revogado pela L-011.106-2005)

IX- pelo perdo judicial, nos casos previstos em lei.

Art. 109.A prescrio, antes de transitar em julgado a sentena final, salvo o disposto no 1 do art. 110 deste Cdigo, regula-se pelo mximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:

I- em 20 (vinte) anos, se o mximo da pena superior a 12 (doze);

II- em 16 (dezesseis) anos, se o mximo da pena superior a 8 (oito) anos e no excede a 12 (doze);

III- em 12 (doze) anos, se o mximo da pena superior a 4 (quatro) anos e no excede a 8 (oito);

IV- em 8 (oito) anos, se o mximo da pena superior a 2 (dois) anos e no excede a 4 (quatro);

V- em 4 (quatro) anos, se o mximo da pena igual a 1 (um) ano ou, sendo superior, no excede a 2 (dois);

VI- em 3 (trs) anos, se o mximo da pena inferior a 1 (um) ano.

PRESCRIO DA PRETENSO PUNITIVA PELA PENA EM ABSTRATO

PENAPRAZO

SUPERIOR A 12 ANOS20

SUPERIOR A 08 at 12 ANOS16

SUPERIOR A 04 at 08 ANOS12

SUPERIOR A 02 at 04 ANOS08

IGUAL A 01 at 02 ANOS04

INFERIOR A 01 ANO03

Observa-se a pena mxima porque ainda no se tem uma pena em concreto.AUMENTO E DIMINUIO DE PENA

Roubo 04 a 10 + 1/3 at (Sempre o que for maior)

Em caso de aumento o roubo passa a ter pena mxima de 15 anos e o prazo prescricional que era de 16 passa a ser de 20.Roubo 04 a 10 + at (Em caso de diminuio de pena utiliza-se o mnimo).

1 PASSO Verificar a pena mxima.

2 PASSO considerar causa de aumento e de diminuio (Causa de aumento no mximo e diminuio no mnimo)Causas de aumento em concurso de crimes no sero considerados, pois cada conduta prescreve de forma isolada.

Ex.: Crime continuado e concurso formal.

3 PASSO Observar a idade do criminoso.

Se o ru tem entre 18 e 21 anos na data do crime, ou se ele maior de 70 anos na data da sentena o prazo prescricional contado pela metade.

Art. 115 - So reduzidos de metade os prazos de prescrio quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentena, maior de 70 (setenta) anosCausas impeditivas da prescrio

4 PASSO Fixar o termo inicial do prazo prescricional

Art.111- A prescrio, antes de transitar em julgado a sentena final, comea a correr:

I- do dia em que o crime se consumou;

II- no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa;

III- nos crimes permanentes, do dia em que cessou a p


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