Download - PCT/G 2013 by Sala Amarela
Escola Básica do 1º Ciclo com jardim-de-infância
S. Miguel Enxara do Bispo
SSaallaa AAmmaarreellaa
Projeto de Desenvolvimento do Currículo
Art.º 3º do Decreto-lei 139/2012
2012/2013
Agrupamento de Escolas Professor Armando Lucena
Malveira
2 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
EB1+JI S. Miguel 3
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
"O mundo será julgado pelas crianças. O espírito da infância julgará o mundo."
Georges Bernanos
4 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
EB1+JI S. Miguel 5
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Índice
Índice 5
Introdução 7
Caracterização da Comunidade Escolar 9
A Freguesia da Enxara do Bispo 9
População 9
A Escola Básica do 1º Ciclo com jardim de infância S. Miguel 10
As Salas do jardim-de-infância 10
Caracterização Geral do Grupo do Pré-Escolar (Sala Amarela) 11
Perfil do grupo 12
Opções Educativas 15
Porquê Projeto? 15
O Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena 16
Definição de Prioridades Educativas 17
Justificação da temática central e da Abordagem Pedagógica 17
Organização do Ambiente Educativo 19
Calendário escolar 19
Funcionamento e Dinâmica da Equipa 19
Horário do Educador 20
Intencionalidade Educativa/Opções Curriculares 20
Intervenção educativa, opções metodológicas e planeamento estratégico 22
Articulação Educativa e Inovação 23
Planeamento Global 24
Considerações Finais 32
Anexos 34
6 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
EB1+JI S. Miguel 7
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Introdução
Com a alteração legislativa que define as condições de planeamento, preparação e desenvolvimento de atividades
curriculares (Dec. Lei 139/29912), o Projeto Curricular de Grupo/Turma (PCG/T) assume, desde agora, um modelo
descritivo diferente do que até aqui acontecia.
De uma forma global, as alterações emanadas da Lei pressupõem, de forma discriminada, a ação curricular e de
gestão do currículo que compete ao professor titular de turma.
No caso da Educação Pré-escolar, a forma a construção de um PCG/T pressupõe uma efetiva exposição das
dinâmicas e ideias que sustentarão e consubstanciarão as práticas pedagógicas e educativas baseadas num
levantamento aturado de necessidades, numa análise reflexiva dos recursos disponíveis e numa profunda
ponderação sobre as estratégias e atividades que o possam operacionalizar.
As páginas que a seguir se apresentam pretendem facilitar a compreensão, de forma explícita e cabal, das opções e
estratégias letivas e não letivas que promoverão e proporcionarão a obtenção dos objetivos que também se
enunciam. Serve para expor, potenciar a reflexão alargada (a Pais e Famílias, à Comunidade, etc.) sobre as opções
educativas e metodológicas e proporcionar, desse modo, a participação efetiva de todos os atores educativos na
construção de um modelo educativo inclusivo e integrado que sirva os alunos e o seu desenvolvimento continuado.
A divulgação é também um dos seus objetivos e, nesse sentido, este documento está também vocacionado para
uma fácil e alargada disseminação onde, por exemplo, a internet poderá assumir um espaço fundamental.
Dividido em quatro grandes áreas: Caracterização da Comunidade Escolar; Opções Educativas; Organização do
Ambiente Educativo e Avaliação ambiciona, através de um texto que se pretende claro e clarificador de conceitos,
uniformizar linguagens e contextos, de forma a permitir uma consciência coletiva interventiva e promotora de
Qualidade.
Que possa cumprir os seus objetivos…
O Educador
Henrique Santos
8 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
EB1+JI S. Miguel 9
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Caracterização da Comunidade Escolar
A Freguesia da Enxara do Bispo
Dominada pela silhueta da Serra do Socorro, esta freguesia remonta os seus
pergaminhos à história de Enxara dos Cavaleiros, povoação muito antiga, com foral
concedido por D. Manuel I, em 20 de novembro de 1519.
Durante vários séculos foi sede de Concelho. Porém, no século XIX passou a integrar
o Concelho da Azueira e, a partir de 1855, o de Mafra.
A paisagem é dominada por uma ruralidade muito acentuada. É notável a riqueza do
património edificado, tanto o civil como o religioso, a atestar um passado de
esplendor.
Na Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, guardam‐se algumas
tábuas com pintura quinhentista de grande valor, pertencentes a um retábulo hoje
desaparecido. Os azulejos da capela‐mor são setecentistas representando cenas da
vida de Nossa Senhora. O batistério, sob um arco quinhentista, apresenta no seu
interior uma pia batismal Manuelina.
À Romaria da Serra do Socorro, que reúne excelentes condições para a prática de asa delta, ou da Senhora das
Neves, acorre a 5 de agosto, enorme multidão de devotos para pagar promessas com trigo junto à Ermida de N.ª
Senhora do Socorro, que consta, por tradição, ter sido mesquita convertida em templo católico, por D. Afonso
Henriques, e reedificada no reinado de D. Manuel.
São ainda de salientar as Festas de Nossa Senhora da Assunção (15 de agosto), na sede da Freguesia, e a
Santa Comba (6 de janeiro), no lugar de Vila Pouca (dados recolhidos em: http://www.cmmafra.pt/concelho/enxara.asp).
População
A população distribui‐se pelas localidades de Enxara do Bispo, Terroal, Vila Pouca, Tourinha, S. Sebastião, Enxara
dos Cavaleiros, Azenha, Ervideira, Venda das Pulgas e ainda vários casais dispersos pela Freguesia, perfazendo um
total de 1643 habitantes (censo de 2001). A comunidade escolar é, no entanto, um pouco mais alargada pelo facto
de a Escola ser frequentada por crianças de outras Freguesias.
O número de idosos é bastante acentuado. No tocante à população ativa, esta distribui‐se pelos três Setores de
atividade. No Setor Primário é a agricultura que ocupa a maioria das pessoas, com uma taxa de ocupação superior à
média Nacional. Há um certo equilíbrio na distribuição da população ativa entre o Setor Secundário e o Terciário,
destacando‐se as profissões de operário (indústria alimentar e construção civil), motorista, profissões do ramo
comercial, profissões liberais e um número mais reduzido em serviços diversos.
Não se conhecem situações de extrema pobreza nem de habitabilidade indigna.
Em termos de grau de instrução, a população possui maioritariamente a escolaridade obrigatória (1º, 2º e 3º
Ciclos), contrastando com o reduzido número de licenciados e com ensino secundário completo. Deve ser acrescentado que estes dados, referentes apenas aos pais dos alunos, teriam valores diferentes se
expressassem a totalidade da população e neste caso a média do grau de instrução baixaria com alguma relevância,
dado o peso significativo da população idosa com baixa escolaridade.
10 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
É curioso o número de utentes da Componente de Apoio à Família (25) entre todos os alunos da escola,
explicando‐se essa fraca utilização com o número elevado de crianças que ficam, sobretudo com os avós, após o
período letivo.
A Escola Básica do 1º Ciclo com jardim de infância S. Miguel
A Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância de S. Miguel ‐ Enxara do Bispo é um estabelecimento oficial da
rede Pública, inaugurado no ano letivo de 2008/2009, que funciona este ano com quatro salas para turmas do
primeiro ciclo do ensino básico e três salas de jardim-de-infância. Está equipada com biblioteca (onde se encontram
disponíveis cerca de 1000 títulos impressos e dois computadores com acesso à internet), uma sala multimédia, com
7 computadores (também com ligação à Internet); um espaço desportivo de amplas dimensões (polidesportivo)
equipado com material pedagógico vocacionado para a prática desportiva de crianças até aos 12 anos; um espaço
exterior de grandes dimensões equipado com alguns brinquedos de exterior; uma sala polivalente com capacidade
para assegurar diversos espaços didático‐educativos (componente de apoio à família, prolongamento de horário,
etc.) e ainda espaços para utilização diversa, de onde se destacam a sala de professores e a sala da Associação de
Pais. Existe ainda um refeitório com capacidade para servir 150 refeições/dia.
As dinâmicas de ocupação dos espaços lúdico‐pedagógicos são alvo de planeamento e calendarização que se
apresenta mais à frente.
O edifício tem uma capacidade máxima planeada de 250
alunos, distribuídos por 10 salas, ao longo de 2 pisos.
Atualmente serve 138 alunos, divididos por sete turmas.
A EB1/JI de S. Miguel situa‐se num meio rural, na Freguesia da
Enxara do Bispo, Concelho de Mafra, Distrito de Lisboa.
Localiza‐se na periferia meridional da localidade da Enxara do
Bispo e é servida pela Rua de S. Miguel, topónimo recente, rua
esta situada entre a Rua Principal da Enxara do Bispo e a
Estrada Municipal nº 536‐1.
Tem como referência mais próxima para localização o Cruzeiro de S. Miguel (em frente). Confronta a Norte, a Sul e
a Este com a Quinta da Princesa (terrenos agrícolas) e a Oeste com a Rua de S. Miguel.
Os acessos fazem‐se pela Rua de S. Miguel no seguimento da Estrada Municipal 536‐1, do lado Oeste, a partir do
Km 27.7 da Estrada Nacional nº 8 (Vila Franca do Rosário) ou ainda pela Rua de S. Miguel no seguimento da Rua
Principal da Enxara do Bispo, do lado Norte, a partir do Km 11.1 da Estrada Nacional nº 9.2, não se podendo
considerar nenhum dos acessos mais importante do que o outro.
A Escola deve o seu nome ao facto de a atual Quinta da Princesa, onde foi construído o edifício, ser outrora
denominada “Quinta de S. Miguel”. Até há pouco tempo, ainda era visível um quadro em azulejo, implantado no
antigo muro onde se localiza a Escola, com a imagem deste Santo. Além destas referências, ainda hoje existe,
mesmo em frente, o já citado Cruzeiro de S. Miguel. Foram estes dados que fundamentaram a escolha do nome
EB1/JI de S. Miguel.
As Salas do jardim-de-infância
As salas do jardim-de-infância (3) são espaços agradáveis, retangulares, com cerca de 60 m2, que dispõem de
iluminação natural, em virtude da existência de amplas janelas‐porta de acesso ao espaço exterior, numa das
paredes.
EB1+JI S. Miguel 11
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Dispõem de espaços de arrumação adequados, água corrente (com lavatório) e acesso simplificado a casa de banho
coletiva (comum às salas da mesma ala). Neste ano letivo foi opção dos docentes equipar cada uma das salas com
um computador originário da sala de informática.
O mobiliário foi adaptado e modelado de forma a tornar‐se adequado às idades e estaturas das crianças. O facto de
ser o terceiro ano de funcionamento da Sala Amarela fundamenta a necessidade de continuar a apostar em
equipamento didático, lúdico e pedagógico.
Na Sala Amarela, e em termos de material e equipamento de desgaste, enfrentam‐se alguns problemas em virtude
das poucas existências no início do ano letivo. O pouco material de desgaste disponibilizado será complementado
com base no esforço da comunidade educativa, destacando‐se a colaboração das famílias na aquisição e oferta de
material.
Também ao nível dos brinquedos de exterior apesar da oferta fixa e que, tendo em conta a novidade da escola, é já
de bastante qualidade, será necessário aumentar a diversidade de jogos
e opções em espaço de recreio livre.
De salientar, contudo, a disponibilidade demonstrada entre a equipa
educativa no sentido de rentabilizar o material e equipamento que
pertence ao fundo da escola, permitindo, dessa forma, uma maior
rotação e rentabilização de equipamentos e materiais ao serviço dos
alunos. Neste particular, os materiais lúdicos e pedagógicos, livros e
demais equipamento para o primeiro ciclo que pode ser utilizado e
rentabilizado no pré-escolar serão devidamente utilizados nas
dinâmicas letivas.
Também o facto de a escola possuir espaços distintos (biblioteca, polidesportivo, etc.), devidamente equipados
com material e equipamento técnico e pedagógico adaptado facilita a utilização diferenciada e motivadora para as
idades dos alunos.
Caracterização Geral do Grupo do Pré-Escolar (Sala Amarela)
A caracterização que agora se apresenta baseia‐se nos dados recolhidos nas Fichas Biográficas distribuídas aos
encarregados de educação, pais e familiares dos alunos da Sala Amarela. Contém também informação pertinente
que advém da observação e das fichas de caracterização diagnóstica dos alunos, da responsabilidade do educador.
Os dados aqui apresentados dizem respeito aos dezanove alunos inscritos na turma para o ano letivo de
2012/2013, à data de elaboração deste documento.
As crianças que frequentam o jardim-de-infância da Enxara do Bispo são, de uma forma geral, residentes na zona
de incidência do estabelecimento, e, pertencem, globalmente, àquela que se convencionou, em termos
económicos, chamar classe média.
O grupo é constituído por 19 crianças, com idades heterogéneas compreendidas entre os 3 e os 6 anos, no qual 10
crianças têm, à data deste documento, três anos (nascidas em 2009), 8 tem quatro anos (2008) e 1 têm seis anos
(2006). A média de idades é 3,5 anos.
Dos alunos da turma, 9 frequentaram anteriormente oferta educativa (nomeadamente na mesma sala de
atividades), dois frequentaram outras instituições educativas e os restantes não frequentaram qualquer tipo de
oferta escolar oficial, tendo, em três situações sido acompanhados por ama familiar.
Quanto ao género, 9 são do sexo feminino e 10 do sexo masculino. A grande maioria dos alunos é de nacionalidade
portuguesa, existindo, contudo, um aluno com nacionalidade brasileira.
Todos os alunos residem no Concelho de Mafra. As freguesias de residência são Enxara do Bispo (7 alunos), a Vila
Franca do Rosário (6) Azueira (3), Mafra (1), Queluz (1) e Malveira (1)
12 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Em relação ao número de irmãos, onze alunos têm um irmão, um aluno tem dois irmãos e os outros não têm
irmãos.
Estes indicadores revelam, juntamente com os outros dados recolhidos (anos de residência no Concelho, tipo de
habitação, etc.), a prevalência de famílias nucleares, na maior parte constituídas por pai, mãe e um ou dois filhos,
residentes, maioritariamente nas imediações da escola, e com ascendência cultural ou social no Concelho.
Os Encarregados de Educação são maioritariamente as Mães (17), existindo apenas um Pai e um Irmão que
assumem essa função. Dezoito das crianças que frequentam a Sala Amarela estão inscritas na Componente Social
de Apoio à Família da Câmara Municipal de Mafra. A totalidade dos inscritos usufrui do serviço constituído por
Refeição (almoço) e apenas 4 das atividades de Prolongamento de Horário, a partir das 15.30h e até às 19.00h.
Na maior parte dos casos, os alunos utilizam transporte escolar (Junta de Freguesia) para chegar ao jardim-de-
infância, sendo apenas 7 os alunos que chegam à escola em transporte próprio.
A partir do levantamento de dados constante nas fichas biográficas, constata‐se que o nível de formação
académica dos pais (de um total de 34 referências) é maioritariamente ao nível do 3º Ciclo do Ensino Básico (9), e
do ensino superior, no qual nove encarregados possuem nível de Licenciatura (1 possui formação pós-graduada de
nível de Mestrado), havendo 8 referências a formação ao nível do 2º Ciclo, 1 referência ao nível do 1º CEB e cinco
ao nível do Ensino Secundário.
A atividade profissional dos Pais e encarregados de educação situa‐se, essencialmente ao nível dos serviços e do
setor terciário (Empregados fabris, Construção civil, Restauração e serviço, com 28 referências), três referências no
setor secundário (carpinteiro, pedreiro), sendo que desemprego (1 referência) e domésticas (3), completam os
dados disponíveis.
Das referências ao tipo de vínculo à atividade profissional, quinze referem ter vínculos definitivos (efetivo) com o
emprego, sendo a maioria contratado a prazo (17 referências)
Através ainda das fichas biográficas, é possível fazer um levantamento sobre as principais atividades com que os
alunos ocupam o seu tempo livre. Os seus hábitos de lazer, de convívio e diversão situam‐se, sobretudo, nas
atividades de expressão física e de ar livre, sendo que as atividades de calma (“leitura”, audição/prática musical,
etc.) apenas são referidas por quatro encarregados de educação.
Como síntese de caracterização, podemos assinalar o facto de que sendo a maioria dos alunos natural da freguesia
de residência, existe uma ligação sociocultural intensa com as características da localidade, que é observada, por
exemplo, nas dinâmicas e estratégias de participação das famílias na vida da escola.
Tendo em conta que o grupo é constituído, em grande parte, por alunos que frequentaram já a Sala Amarela em
anos letivos anteriores, permite uma adequação facilitada, bem como a continuação de estratégias já avaliadas e
de sucesso para o grupo.
Perfil do grupo
Apesar de ser um grupo novo (média etária de 3,8 anos), com base nos dados disponíveis e correlacionando-os com
a informação pontual e oficiosa disponibilizada por encarregados de educação e famílias, é de crer que a coesão do
grupo, reforçado pelo facto de ser relativamente pequeno, potenciará o desenvolvimento de estratégias de
aprendizagem funcional e de pesquisa, que aumentará os espaços de desenvolvimento social e humano.
De forma global, o grupo é constituído por crianças alegres, bem-dispostas, interessadas, que gostam de colaborar
nas atividades e têm iniciativa para propor outras atividades. Têm boa relação com os adultos e têm um bom
sentido de colaboração e partilha. São conversadores, embora algumas crianças revelem alguma incomodidade na
partilha em grande grupo. O facto de o grupo ser heterogéneo em termos etários, com maior prevalência de
crianças com 3 anos, pressupõe muita atenção do adulto educador quer ao nível do apoio direto à realização das
atividades escolares, quer ao nível do apoio cognitivo e social ou mesmo de aprendizagem funcional.
EB1+JI S. Miguel 13
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Considerando o desenvolvimento do grupo, nos aspetos que versem uma aceitação formal de regras e
comportamentos de convívio social, de partilha e de valores de comunidade, será necessário desenvolver tarefas
específicas de promoção e contextualização atitudinal, coerentes com o nível de desenvolvimento etário dos
alunos.
A não frequência anterior de ofertas formais e formalizada de educação dificulta conceber a construção de uma
identidade grupal definida, no qual a integração “educativa” dos alunos no espaço normalizado da escola precisa
ser potenciada. Nesse sentido, surge como uma oportunidade a possibilidade de desenvolver espaços de trabalho
adequados e que respeitem a cultura e as dinâmicas sociais da escola, baseadas numa oferta de propostas
educativas e pedagógicas que permitam um espaço de inovação educacional e social que potencie a transformação
da Escola enquanto agente tradicional de transmissão de conhecimentos.
Neste particular, a sala de atividades foi “desenhada” de forma a acolher o grupo, nas suas particularidades, mas
optou-se, este ano, por “exteriorizar” algumas das atividades e áreas específicas, potenciando, dessa forma, a
consciência do espaço global e os fundamentos da articulação e da continuidade educativa.
As áreas de “Leitura” e de “experimentação científica” estão deslocadas para outros espaços da escola,
nomeadamente a Biblioteca e a sala polivalente. Também a promoção da atividade física e o desenvolvimento
psicomotor serão, maioritariamente, desenvolvidos no espaço polidesportivo da escola.
Esta alteração potencia não só a interiorização do espaço “Escola”, como aumenta as possibilidades pedagógicas e
didáticas, dada a riqueza de recursos disponíveis.
A origem cultural e social do grupo, bem como o historial de participação das famílias na vida escolar será tida em
conta e poderá aumentar consideravelmente a realização dos objetivos estratégicos do Projeto Curricular de Turma
e especificamente aqueles que se cruzam com o Plano Anual de Atividades do estabelecimento. Nesse sentido, a
dinamização das atividades, a partir de dinâmicas específicas da Sala Amarela tentará, por essa via, tornar mais lato
o espaço de influência dos alunos e do educador na “vida da escola”.
Uma última referência à existência de uma criança referenciada com Hipereklepsia (com um Programa Educativo
Individual – PEI - da responsabilidade do educador de turma, com apoio da Educadora do Ensino Especial e com a
participação dos técnicos de apoio da APERCIM), que beneficiou de um processo de adiamento de entrada na
escolaridade obrigatória, associado a uma situação de Atraso Global de Desenvolvimento que será alvo de trabalho
de inclusão educativa com o reconhecimento da necessidade de apoio ao abrigo da alínea a) do número 2 do artigo
16º do Dec. Lei 3/2008 (Apoio pedagógico personalizado por docente de educação especial). Esta criança permitiu
ainda a redução de turma, ao abrigo da Alínea 2 do art.º 12º do Dec. Lei 3/2008 (Adequação da Turma) com base
na alínea 5.4 do Despacho nº 14026/2007, que se mantém para este ano letivo.
Partir-se-á, no desenvolvimento deste PEI, da análise avaliativa feita no ano anterior, e no qual se demonstrou a
pertinência e acuidade do tipo de apoio prestado.
Com base nas informações disponíveis e de acordo com o aqui descrito, organizar‐se‐á um conjunto de respostas
educativas e pedagógicas que terão a sua evidência no PCT/G mas que, acima de tudo, sustentará a prática
pedagógica.
14 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
EB1+JI S. Miguel 15
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Opções Educativas
“ (...) Contava o orador que, numa das suas viagens, visitou um lugar em que se estava a iniciar uma construção.
Aproximou-se de um dos operários e perguntou-lhe o que estava a fazer. O operário respondeu que estava a picar uma
pedra para que ficasse lisa e quadrada. De seguida, aproximando-se de um outro operário, fez-lhe a mesma pergunta,
tendo este respondido que estava a preparar uns pilares que suportariam uma parede. E questionando operário após
operário, estes foram-lhe dizendo em que consistia o respetivo trabalho. Quando repetiu a mesma pergunta a um outro
operário, este disse-lhe que estava fazendo uma catedral. (...) De facto, o último dos operários questionados tinha uma
“mentalidade” curricular (permita-se a transposição do termo por agora apenas pertencente ao campo educativo).
Podíamos mesmo dizer, mesmo correndo o risco de simplificar, que os outros operários tinham uma mentalidade técnica,
muito próxima do sentido rotineiro, pontual e específico.”
ZABALZA, M. A. (1997) Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Edições Asa, Porto.
Porquê Projeto?
A palavra projeto deriva do latim “projectu” que significa lançado, relacionando‐se com o verbo latino “projectare”
que se poderá traduzir por lançar para diante. A partir desta raiz latina, a palavra projeto pode ter vários sentidos:
“plano para a realização de um ato; desígnio, tenção; redação provisória de uma medida qualquer; esboço”.
(Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 7ª ed., 2007).
Em qualquer circunstância, podemos referir que “projeto” encerra um conceito ligado à previsão de algo a que
queremos dar forma. No entanto, tal como os vários sentidos do termo, também o seu conteúdo pode ser alvo de
confusões e indefinições.
A elaboração de qualquer projeto pressupõe um processo que tem como referências um ponto de partida (situação
que se pretende modificar), um ponto de chegada (uma ideia do que se pretende modificar) e a previsão do
processo de “construção” (o “como” fazer).
A realização de um projeto exige, na escola como na vida pessoal ou social, que este se precise através da
elaboração de planos que estabelecem quem faz o quê, quando e quais os recursos necessários. O plano de um
projeto deverá prever a quem são os intervenientes, como se organizam, as estratégias de ação a desenvolver, os
recursos necessários, bem como as atividades que permitam concretizar o projeto.
Dado que o projeto se centra no desenvolvimento de um processo, existem três características que o distinguem
de um plano, a ver:
Flexibilidade – o projeto vai‐se concretizando através de uma evolução que pode não ser inteiramente prevista. A
sua flexibilidade permite a sua adaptação e adequação constante;
Contexto específico de desenvolvimento – o sentido de um projeto decorre do contexto específico em que se
desenvolve. O projeto tem uma dimensão temporal que articula passado, presente e futuro, num processo
evolutivo que se vai construindo;
Empenhamento do grupo – porque corresponde a um desejo, intenção ou interesse, o projeto é alvo de uma carga
emotiva (empenhamento e compromisso do grupo) que o distingue da mera realização do plano.
Se tomarmos o Currículo, em sentido lato, como aquilo que se considera que a Escola deve fazer aprender aos seus
alunos, porque essa aprendizagem lhes será necessária como pessoas e cidadãos, defrontamo‐nos com a primeira
das questões fundadoras do currículo e que é a seguinte: O que se julga que deve ser aprendido, e por isso,
ensinado?
Este o quê? Inicial não constitui, contudo, o primeiro momento na ordem lógica do processo. De facto, ao decidir‐se
o quê? assumem‐se, de forma explícita ou implícita, opções de fundo quanto à justificação e finalização dessa
escolha – as metas e objetivos: o para quê?
16 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
A problemática da diversidade cultural e social dos alunos nas sociedades atuais constitui o ponto crítico deste
debate curricular e o eixo central da mudança que estamos a viver nas relações entre a Escola e a sociedade,
exatamente porque o currículo constitui a matéria substantiva da ação da Escola e é a sua justificação institucional.
Ou seja, existe Escola porque e enquanto se reconhece necessário garantir a passagem sistemática de um currículo
– entendido como o corpo das aprendizagens socialmente reconhecidas como necessárias, sejam elas de natureza
científica, pragmática, humanista, cívica, interpessoal ou outra.
Desta consciência da centralidade do currículo advém a ideia de currículo como sinónimo de “conjunto articulado
de normativos programáticos”, na qual reside também o entendimento – questionável – de que a escola é (era) o
meio de acesso aos saberes que, tendencialmente, os programas cobriam.
Embora a nível do discurso educativo se fale constantemente dos novos papéis da escola e do docente, a verdade é
que esta conceção de currículo/programa continua bem instalada e muito pouco mudada nas práticas e
mentalidades.
Pensar a escola em termos curriculares implica repensar essa lógica e procurar novas respostas, na sociedade atual,
às questões definidoras do Currículo, ou do Plano Curricular: O que se quer fazer aprender na escola? A quem? E
para quê?
As sociedades atuais requerem cada vez mais a melhoria do nível de educação dos seus cidadãos por um conjunto
de razões: porque a competição económica o exige mas também porque a qualidade e melhoria da vida social
passa cada vez mais pelo domínio de competências, incluindo competências para aprender, colaborar e conviver,
pelo nível cultural geral dos indivíduos e pela sua capacidade de se integrarem numa sociedade construída sobre
múltiplas diversidades.
O Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena
O Projeto Educativo do Agrupamento é um documento que permite aos estabelecimentos de educação/ensino
compreender melhor o seu próprio funcionamento e estabelecer os princípios e as linhas orientadoras que devem
enquadrar os seus projetos pedagógicos e curriculares, planos de formação e atividades, ou seja, tudo aquilo que
faz com que cada estabelecimento tenha uma identidade própria, com uma autonomia enquadrada na organização
do Agrupamento.
O Projeto Educativo de um Agrupamento de Escolas é o documento que contempla o que se deve realizar fruto das
regulamentações e exigências de política educativa nacional e de uma sociedade mais justa e democrática. É de
igual modo o meio que promove a distinção de uma Escola em termos de natureza e qualidade, das suas
congéneres e a forma de explicitar os melhores procedimentos para se atingir a consecução dos objetivos e metas
propostas, decorrentes das problemáticas inventariadas. É através dele que espelharemos o que queremos ser, o
que deveremos fazer para tornar os nossos jardins-de-infância e escolas mais eficazes e singulares e os nossos
jovens mais responsáveis, autónomos, solidários e livres. Contém os mecanismos essenciais para desenvolver uma
cultura de participação, de promoção do sucesso educativo e de assumir um vasto conjunto de ações que visam a
formação integral das nossas crianças e jovens, quer no âmbito comunitário e ecológico, quer no psicossocial e
curricular.
"Educar para a Cidadania" é o título do Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena, que propõe
e visa alcançar:
- O pleno desenvolvimento do aluno quer nos domínios das atitudes e dos valores, quer nas aptidões e no
desenvolvimento das capacidades de aprendizagem.
- A promoção da Educação para a Saúde, de maneira a favorecer o seu crescimento físico‐intelectual de
uma forma equilibrada e harmoniosa, contribuindo para o aumento da autoestima, na prevenção contra a
EB1+JI S. Miguel 17
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
toxicodependência desenvolvendo uma cultura de escola reconhecida pela comunidade envolvente e
clarificando junto da Comunidade Educativa os objetivos sociais da Escola.
- A garantia de um ambiente físico saudável, seguro e confortável, reconhecendo o papel essencial de uma
higiene salubre e uma alimentação racional, vetores fundamentais no crescimento e na formação integral
dos nossos jovens como futuros cidadãos.
Este projeto educativo fundamenta‐se também em quatro dimensões: a primeira de âmbito institucional; a
segunda, de âmbito ambiental; a terceira, de âmbito social e a última de âmbito pedagógico.
A primeira dimensão visa estreitar as relações da escola com a comunidade local e com as instituições
representativas dessa comunidade; A segunda visa promover um ambiente são, seguro e confortável; A terceira
visa proporcionar um clima de escola estimulante e facilitador da realização das atividades educativas e da
promoção, junto da comunidade educativa, dos objetivos sociais da escola; A quarta e última dimensão visa
melhorar a relação entre os conteúdos programáticos e a VIDA, favorecendo a coerência e a sequência, através da
articulação entre os diferentes níveis de ensino e de forma a proporcionar um efetivo sucesso escolar dos alunos.
Definição de Prioridades Educativas
Considerando que a Educação Pré-escolar é um processo, não é necessário definir, rigorosamente, o que as
crianças devem aprender. A progressão e a diferenciação das aprendizagens supõem que todas e cada uma das
crianças tenham ocasião de progredir a partir do nível em que se encontra, de acordo com a sua história pessoal,
competências inatas, disponibilidade e projeto pessoal.
A educação Pré-escolar situa-se na continuidade de um processo que se iniciou com a família e/ou numa instituição
educativa, logo, com diferentes percursos, características, origens, as crianças (e famílias) apresentam informação
pertinente que deve ser gerida no sentido de promover, para o futuro, um bom plano relacional (com a família e
com a criança) mas também com a comunidade.
A transição de crianças entre diversos ciclos provoca também alterações a hábitos que deve ser prevenida através
de um espaço de trabalho colaborativo, entre docentes da Escola, que, no caso em apreço, se posiciona como
fundamental.
Por último, o espaço do meio envolvente (Comunidade), que se caracteriza por ser um espaço constante de
colaboração e partilha, potenciará a criação de efetivas redes de parceria que objetivem um desenvolvimento
sustentado do espaço de implantação da Escola na Comunidade local, de onde se destacam necessidade de intensa
colaboração a vários níveis, designadamente com instituições e empresas de zona, bem como na disponibilização
de serviços e produtos por parte de algumas delas, para atividades escolares e letivas, como no caso de cedência
gratuita de transportes ou a baixo preço ou na cedência de materiais e equipamentos para atividades curriculares e
extraescolares.
Pelo atrás exposto, considerar‐se‐ão prioritárias as vertentes de educação cívica e social, com base no
reconhecimento e organização de um ambiente educativo potenciador de uma adequação cultural e etnológica dos
alunos, na qual, paralelamente seja possível atingir uma adequada proficiência na utilização de novos instrumentos
educativos, bem como na utilização de novas linguagens e códigos, que potenciem uma verdadeira integração
sócio educativa de todos os alunos.
Justificação da temática central e da Abordagem Pedagógica
O desenvolvimento de temas para trabalho no jardim-de-infância relacionados com a “Educação para a Cidadania”
abrangem um vasto campo de conteúdos e conhecimentos que não podem ser desenvolvidos sob a forma de
18 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
“lições” cuja sucessão e continuidade são estritamente programadas à partida pelo Educador. O trabalho sobre
Cidadania (onde se incluem os vários vetores) obriga a recorrer a métodos pedagógicos por objetivos que tornem
operatórias as estratégias educativas.
O educador deve orientar as atividades para a realização de objetivos educativos que possam atribuir significado a
essas atividades. No fundo, trata‐se de promover a aquisição de comportamentos e atitudes ambientais e
ecológicas através de uma metodologia em que a aprendizagem efetiva parta do conhecimento emergente que
advém da experimentação e da organização intelectual, por fases, características das crianças em idade pré-
escolar.
Para o ano letivo de 2012/2013, a construção dos projetos curriculares de turma das salas da EB1/JI de S. Miguel –
Enxara do Bispo, tem como temática central (do Plano Anual de Atividades do Estabelecimento), “A minha pegada
no Mundo” e pretende ser um projeto de educação para os valores, onde se abordarão as questões relativas ao
desenvolvimento de uma consciência coletiva de pertença num grupo, solidariedade, cooperação,
sustentabilidade, educação para os valores e outros aspetos nos quais a escola pode contribuir para uma formação
baseada na partilha, do conhecimento do outro, da construção social da ética e da moralidade e do
desenvolvimento de competências cívicas baseadas nas relações e interdependências culturais.
Ao longo do ano letivo estruturar-se-á um conjunto de estratégias educativas que promovam um efetivo
desenvolvimento social, cultural e de articulação pedagógica com temas mais globais de educação para os valores
da comunidade e da sustentabilidade.
A assunção de competências e comportamentos de valorização da partilha e do respeito pelo mundo, pelas
interações sociais e humanas de respeito pela diversidade e pela definição de comportamentos são os principais
objetivos a desenvolver ao longo do ano letivo, tendo como eixo promotor o PAA do estabelecimento. O Projeto
Educativo do Agrupamento é também interpretado na lógica da promoção de atendimento individualizado, no qual
os espaços de disponibilidade para as famílias têm como meta final assegurar as competências básicas ao
desenvolvimento das crianças, através de atividades e projetos com relevância comunitária.
Pelo exposto, o PCT/G orientará a sua ação para a dinamização de atividades congruentes com a especificidade
quer do nível etário dos alunos quer da estrutura da sala.
Estimular a criança a conhecer‐se melhor, no seu todo, e conhecer o mundo em que vive, aprendendo a
respeitá‐lo; Despertar na criança a importância do Outro, das relações e das interdependências sociais e culturais;
Promover novas aprendizagens de forma a proporcionar à criança a tomada de consciência de que pertencemos a
uma comunidade com igualdades e diferenças e com direitos e deveres são parâmetros orientadores para explorar
e promover novas aprendizagens, encontrando‐se a expressão de interrogação e de tomada de consciência, de
compreensão e de responsabilização, bem como as de pesquisa e certificação, como necessárias para uma cabal
compreensão das realidades vividas que fundamentam a pertença a um grupo e às suas regras.
É objetivo deste projeto de trabalho, valorizar o tema que consideramos de extrema importância, numa perspetiva
de educação para a cidadania e para os valores, constituindo um referencial orientador a formação pessoal e social,
como fundamentado e apresentado em sede legislativa – Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar
(Despacho nº 5220/97 de 4 de agosto) –.
EB1+JI S. Miguel 19
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Organização do Ambiente Educativo
Calendário escolar
O calendário escolar, definido pelo Despacho n.º 9788/2011, e aprovado em Conselho Pedagógico do Agrupamento
de dois de setembro de dois mil e onze, é o que a seguir se apresenta:
Calendário Escolar
Início da atividade letiva Final da atividade letiva
1º Período 14 de setembro 19 de dezembro (inclusive) 2º Período 3 de janeiro 19 de março (inclusive)
3º Período 2 de abril 5 de julho
Interrupções Letivas
Natal 26 a 2 de janeiro (inclusive)
Carnaval 11, 12 e 13 de fevereiro Páscoa 2 a 9 de abril (inclusive)
Atividades de Escola Aberta (Avaliação)
1º Período
20 a 24 de dezembro - dias assegurados pela C.M. Mafra para as famílias que manifestarem
interesse neste serviço (Componente de Apoio à Família).
21 de Dezembro - atendimento às Famílias (Entrega de Fichas de Observação/avaliação das
aprendizagens).
2º Período
20, 21 e 22 de março - dias assegurados pela C.M. Mafra para as famílias que manifestarem
interesse neste serviço (Componente de Apoio à Família).
22 de março - atendimento às Famílias (Entrega de Fichas de Observação/avaliação das
aprendizagens).
Final do ano 10 de julho - Atendimento às Famílias (Entrega de Fichas de Observação/avaliação das
aprendizagens).
Funcionamento e Dinâmica da Equipa
As três salas do Jardim de Infância (Sala Amarela, Verde e Encarnada) funcionam entre as 9.00h às 12.00h e das
13.30h às 15.30h, sendo o restante horário, compreendido entre as 8.00h e as 9.00h e entre as 15.30h e as 19.00h,
assegurado pela Componente de Apoio à Família, dos serviços da Câmara Municipal de Mafra.
Em cada sala existe um educador de infância (neste momento, em termos de vínculo, existe uma educadora de
Quadro de Agrupamento, um educador de Quadro de Zona Pedagógica e uma educadora Contratada) com o apoio
complementar, neste momento, de três assistentes operacionais.
O serviço de Componente de Apoio à Família assegura todo o espaço complementar de apoio socioeducativo,
composto por prolongamento de horário e serviço de refeições. Para este serviço existe uma Animadora
sociocultural e três assistentes operacionais.
Como se trata de um estabelecimento da Rede Pública de Educação Pré-escolar, o Educador de Infância
responsável por cada sala possui autonomia pedagógica, sendo, contudo, tutelado pelo Estado (Ministério da
Educação), através da legislação em vigor.
20 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
No que concerne à Componente de Apoio à família, apesar da responsabilidade formal ser da Câmara Municipal de
Mafra, existe um trabalho de parceria entre os educadores de infância e as técnicas de animação social e
pedagógica/animadoras, nomeadamente através da organização de um Projeto de Prolongamento (definido em
sede de Departamento de Educação Pré-Escolar do Agrupamento de Escolas professor Armando lucena), no qual
consta a planificação conjunta de atividades e da responsabilidade, análise e avaliação de atividades e estratégias e
reflexão conjunta das práticas, bem como o modelo de supervisão pedagógica da oferta complementar.
Horário do Educador
Horas 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira 09h00
às
12h00
Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo
12h00
às
13h30
Almoço
13h30
às
15h30
Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo
15h30
às
16h30
Componente Não
Letiva
Componente Não
Letiva
16h30
Às
17h30
Componente Não
Letiva
Reuniões*
*Reuniões pré‐marcadas:
1ª terça-feira de cada mês – Reunião de Departamento (2 horas)
2ª terça-feira de cada mês – Atendimento aos Encarregados de Educação (2 horas)
3ª terça-feira de cada mês – Reunião de Estabelecimento (2 horas)
4ª terça-feira de cada mês – Reunião CAF; Educadores estabelecimentos; Assistentes Operacionais (2 horas)
Intencionalidade Educativa/Opções Curriculares
É à luz das preocupações anteriormente expostas que se compreendem as tendências no sentido de centrar as
finalidades curriculares no desenvolvimento de competências que tornem utilizáveis, reconvertíveis e operativos os
saberes, as técnicas e as práticas que forem integradas no currículo – quer o enunciado quer o implementado.
É fundamental que um PCT/G contribua para a consolidação de competências indispensáveis à vida pessoal e
social, quer pela sua eficácia, como por exemplo, competências orientadas para a resolução de problemas ou para
a tomada de decisões fundamentadas, quer pelo enriquecimento pessoal, como, a capacidade/competência de
entender e fruir bens como a música ou a arte.
Passará, por aí, o papel do currículo escolar, na promoção do nível cívico de uma sociedade, na subida de nível
educativo das populações, na garantia de melhor qualidade de vida pessoal e social para todos, e não só àqueles
que por razões circunstanciais nasçam e vivam com confortável acesso a uma boa qualidade de vida social e
cultural.
Partindo do pressuposto que a Educação é um conjunto de premissas sociais, culturais, individuais e coletivas, o
projeto de trabalho a desenvolver no âmbito das atividades curriculares da Sala Amarela do Jardim de Infância da
Enxara do Bispo corresponde a uma opção pedagógica consciente que objetiva um conjunto de escolhas efetuadas
EB1+JI S. Miguel 21
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
entre “muitos futuros possíveis; um conjunto de processos para ultrapassar obstáculos” (Khon, citado por Zabalza,
1999: p. 121)1.
Porque não há Educação efetiva sem a colaboração, cooperação e partilha de diversos agentes, pretende‐se
também, neste mesmo projeto de trabalho, potenciar o envolvimento dos parceiros educativos (pais, famílias e
comunidade em geral) divulgando e generalizando os conteúdos, as estratégias, as atividades e os desígnios sobre
os quais recairão o planeamento para o ano letivo de 2012/2013, mas também levá‐los a participar ativamente no
desenvolvimento integrado da Escola e dos alunos, numa perspetiva de formação e envolvimento da Escola e dos
seus atores.
Independentemente das áreas transversais sobre as quais se fundamente a prática letiva, bem como as rotinas
diárias, far‐se‐á uma integração de conteúdos e temáticas específicas, das quais se apresentam, de seguida, as
principais, e que terão respetiva delimitação na planificação semanal de atividades:
‐ No âmbito do desenvolvimento motor, a execução de atividades motoras organizadas e de educação física,
devidamente calendarizadas e rotinadas, permitem que a criança adquira, progressivamente um conhecimento
mais adequado e composto de utilização do seu corpo e também o reconhecimento de fronteiras físicas, sociais e
culturais. A tomada de consciência do corpo enquanto veículo de comunicação é também um dos objetivos das
atividades de educação e formação motora, servindo estas ainda para a compreensão e aceitação de regras e
alargamento da linguagem. A expressão motora é um meio de descoberta de si e dos outros e das interações e
inter-relações sociais.
Ao possibilitar a interação com diferentes conteúdos relativos ao ser e estar sociais, bem como aos
comportamentos e atitudes pessoais e coletivos, a criança toma consciência de si e dos outros e do seu papel no
contexto em que vive.
‐ Também a parceria pedagógica desenvolvida com a Biblioteca Escolar permite a promoção de um conjunto de
atividades e estratégias diversas na qual se fomenta a estruturação de conteúdos específicos sobre as funções da
escrita, sobre o livro e a leitura, sobre a função informativa da escrita e sobre as necessidades literácitas, que serão
exploradas através de estratégias de leitura partilhada.
‐ O domínio das expressões, nomeadamente das expressões plástica e dramática, potencia o desenvolvimento de
espaços de interação e de comunicação que servem para promover o domínio da linguagem e das suas formas.
‐ O espaço multimédia, como estratégia de diversificação de formas de compreensão do real, permite a
aprendizagem das diversas formas e funções, de forma motivadora e atual, logo, permitindo uma sensibilização
específica ao código informático, cuja envolvência social é cada vez mais notória.
Com a utilização de instrumentos "tecnológicos" que servem, fundamentalmente para brincar, desenvolvem‐se
competências linguísticas, motoras e de expressão, mas também se abre caminho a um conjunto de atividades e
estratégias de desenvolvimento cognitivo e matemático. Através da exploração do caráter lúdico e do jogo
simbólico, com recurso a "meios informáticos", aliada à exploração de conteúdos identitários, de independência e
autonomia, as atividades de caráter “tecnológico” mas não diretamente instrumental servem os propósitos de
potenciar a área de Formação Pessoal e Social nos seus múltiplos aspetos.
Por outro lado, o processo de construção/acompanhamento e execução de uma página de internet, onde se
destaca o espaço de relação/cooperação interdisciplinar e com outros parceiros educativos é também um espaço
de trabalho cooperativo à distância, nomeadamente através da colaboração/partilha com outros alunos, com
outras escolas, com outros profissionais e com as famílias. A partir da troca de correspondência eletrónica,
motivaram‐se estratégias de reflexão científica, de experimentação e análise, ligadas a conteúdos ambientais, de
raciocínio lógico‐matemático e de aquisição da linguagem.
1 Zabalza, M. (1999) Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Lisboa. Edições Asa.
22 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
- Por último, e tendo em conta a idade precoce do grupo, também será feito um acompanhamento específico, de
caráter afetivo e de prestação de cuidado, de forma a construir um espaço securitário que permita um
acompanhamento presente e contínuo, que passará, na maior parte das vezes, por encontrar soluções equilibradas
e atentas, para as dinâmicas que, pela “novidade” com que surgem às crianças, poderão causar situações de menor
adaptação. Neste particular, a adequação do registo alimentar (refeições, hábitos, tipo de alimentos, etc.) ou dos
registos de envolvimento e calma, serão sempre primordiais na construção de respostas educativas de qualidade.
Intervenção educativa, opções metodológicas e planeamento estratégico
Visando exclusivamente o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, os projetos pedagógicos permitem
integrar um conjunto diversificado de atividades e a abordagem de diferentes áreas de conteúdo numa finalidade
comum que liga os diferentes momentos de decisão, planeamento, realização, avaliação e comunicação.
Apesar do planeamento educativo se desenvolver através de trabalho coletivo, na escola, com as famílias e com os
parceiros, o trabalho de organização metodológica depende de uma decisão isolada do professor e da procura dos
alunos.
O objetivo de orientar a prática pedagógica para processos educativos mais centrados na aprendizagem dos alunos
e nos seus interesses, permitindo uma articulação entre diferentes áreas e domínios do saber permite, do ponto de
vista didático, a utilização de um modelo de Abordagem de Projeto como “um estudo em profundidade de um
determinado tópico que as crianças levam a cabo” (Katz, 1997, p.3).
A abordagem de projeto e com “projetos” favorece o aprofundamento e a compreensão do conhecimento do
mundo em que a criança vive e das suas próprias experiências, pois, ao centrar‐se nos objetivos intelectuais faz
com que o conhecimento se torne mais significativo, podendo ser realizado com qualquer tema desde que parta
dos interesses das crianças.
Nesse sentido, também o docente passa a ser um incentivador da interação entre as crianças e o mundo que as
cerca, enfatizando a participação ativa delas.
Este tipo de abordagem não é, necessariamente, a totalidade do projeto curricular, mas pode ser parte dele,
podendo contudo assumir uma posição privilegiada de modo a estimular as capacidades emergentes das crianças e
ajudá‐las no seu desenvolvimento.
Na abordagem de projeto por haver interesse e motivação da criança há, também, um maior envolvimento. A
criança pode escolher entre uma variedade de atividades que o docente oferece, que deseja realizar, e de acordo
com suas possibilidades de enfrentar desafios. Nesse sentido, é importante que o professor e os alunos
compreendam que a escola é vida e que as experiências escolares devem ser naturais e compartilhadas, de modo
que todas as crianças delas possam participar e contribuir ativamente.
Na maior parte das vezes, a origem das experiências é inesperada, pois depende de um acontecimento ocorrido
num determinado espaço e tempo, no entanto, o seu prolongar obriga a um planeamento, nomeadamente que
organize as atividades que as crianças podem realizar, a aplicação das suas capacidades, a disponibilidade de
recursos, o interesse do professor e o momento do ano letivo que o projeto apareceu.
É importante notar que nem todas as crianças desenvolvem os mesmos tópicos com o mesmo grau de interesse,
mas pode ser muito importante a maneira como o educador apresenta a temática/projeto atraindo a atenção
delas, relacionando a novidade com algo já conhecido.
Esta não é a única forma de desenvolver os projetos de aula, mas certamente será uma dos mais promissoras
porque atrai o interesse das crianças de modo a envolvê‐las em atividades desafiantes e motivadoras.
É nesse sentido que o PCT/G da Sala Amarela do Jardim‐de‐infância da Enxara do Bispo pretende disponibilizar um
conjunto de pressupostos facilitadores do processo educativo com base numa perspetiva de Abordagem de Projeto
e é nesta perspetiva que toda a opção estratégica do educador será construída.
EB1+JI S. Miguel 23
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
De seguida apresentam‐se as linhas gerais do planeamento estratégico, tentando, sempre que possível,
direcioná‐lo para a apresentação das atividades realizadas, e refletindo a sua pertinência e intencionalidade
educativa.
Também neste particular, a utilização de estratégias novas e inovadoras de divulgação e de dinamização da
informação se constituem como estratégias distintivas da abordagem holística da educação.
Articulação Educativa e Inovação
A organização de respostas integradas, presente na definição e construção de espaços escolares com valências
integradas obriga a uma reflexão sobre o papel e o dever da escola enquanto construtora de modelos de educação
solidários, interdependentes e de continuidade educativa.
A EB1/JI de S. Miguel, enquanto escola integrada, na qual existe também uma rede de ofertas educativas
complementares (CAF, Biblioteca escolar, etc.) posiciona‐se como um estabelecimento que, na sua génese, orienta
a ação educativa para o desenvolvimento de projetos integrados e integradores.
Nesse sentido, pretender‐se‐á, neste projeto, definir, também, alguns espaços de organização pedagógica
integrada e em articulação, quer seja com os docentes e as atividades do primeiro ciclo do ensino básico, quer seja
com os apoios complementares existentes na escola.
A elaboração conjunta de um Plano Anual de Atividades, a realização de reuniões mensais de estabelecimento, a
definição e execução de atividades conjuntas, devidamente coordenadas e integradas nos diversos Projetos
Curriculares, bem com a gestão e participação conjunta em atividades na Comunidade Educativa pressupõem a
existência de canais efetivos de comunicação que deverão ser devidamente construídos. Nesse sentido, a lógica e
as dinâmicas educativas e pedagógicas orientar‐se‐ão, essencialmente, para esse espaço de partilha e solidariedade
institucional, com base nas propostas efetivas de trabalho, como tem vindo a ser conseguido nos últimos anos
letivos.
Também o espaço de participação na comunidade, através do desenvolvimento de parcerias educativas, será alvo
de atenta e constante intervenção, nomeadamente no sentido de valorizar os laços de pertença social e de
desenvolvimento cultural e etnológico.
Por último, uma nota para a utilização constante e coerente de instrumentos e canais de comunicação baseados
em novos e renovados meios de comunicação, com especial destaque para a utilização da internet e de redes
virtuais de parceria e aprendizagem. Quer no espaço pedagógico, quer no espaço de comunicação (formal e
informal) far‐se‐á, ao longo do desenvolvimento do ano letivo, um enfoque específico na utilização destes canais,
potenciando quer as competências formais e académicas, quer as competências relacionais e de pertença social
das crianças e adultos envolvidos, nomeadamente através da dinamização dos espaços na web http://salamarela-
enxara.blogspot.com e http://www.facebook.com/salamarela, que serão espaços de comunicação primordiais e
que funcionarão como portfólio digital do grupo.
24 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Planeamento Global
Apresenta-se aqui o planeamento anual da atividade pedagógica, com base nas orientações emanadas pelas
entidades responsáveis (Conselho Pedagógico, Departamento de Educação Pré-Escolar e direção do Agrupamento),
tendo em conta as orientações superiores, com base na análise e interpretação das orientações curriculares para a
Educação Pré-Escolar, as Metas de Aprendizagem e demais instrumentos legais em vigor.
Deste planeamento anual extrair-se-ão os planeamentos específicos de cada período letivo e far-se-á a avaliação e
readequação dos objetivos aqui definidos, tendo em conta o espaço de evolução individual e do grupo.
Área de Expressão/Comunicação
Objetivos Gerais Objetivos Específicos Operacionalização Estratégias/Experiências de Aprendizagem
É importante que cada criança:
Para isso, deve: Nesse sentido propõem‐se, entre outras:
Domínio de Linguagem Oral e Escrita
Desenvolva as suas capacidades de Expressão e Comunicação através de diferentes meios de comunicação e modelos de linguagem. Seja capaz de utilizar diferentes meios audiovisuais. Utilize o computador para realizar experiências de escrita, pesquisa de informação, trabalho de pares que implique decisão conjunta, compreenda alguma linguagem icónica e visual do software. Comunique oralmente em diferentes contextos e identifique diferentes códigos simbólicos. Use vocabulário rico e diversificado. Revele desejo em comunicar. Saiba comunicar e criar situações de comunicação. Perceba a funcionalidade da escrita.
Usar e desenvolver estratégias de reflexão e promoção literácita. Desenvolver atividades de integração curricular. Promover atividades e estratégias de comunicação e reflexão comunicacional. Utilizar novos canais de comunicação e de inovação informacional. Saber usar adequadamente linguagens específicas para cada área do conhecimento. Usar corretamente a Língua Portuguesa para comunicar e para estruturar pensamento próprio, mas reconhecer a existência de outras formas de comunicação e outras línguas. Ser capaz de se exprimir de forma clara e audível com adequação ao contexto e ao objetivo comunicativo, utilizando vários processos e materiais. Desenvolver atividades que permitam à criança expressar-se em estratégias comunicacionais, e em diversos formatos (internet, jornal, etc.).
- A criação de situações de iniciativa das crianças ou do(a) educador (a), que possibilitem e desenvolvam a linguagem oral, o pensamento lógico‐matemático, e as expressões (plástica, musical, dramática, e motora) a propósito de problemas, questões ou temas em estudo, de forma a aumentar a sua capacidade de comunicação com os outros e com o mundo que as rodeia; - O uso de vocabulário rico e diversificado e a comunicação oral em diferentes contextos; - A identificação de diferentes códigos simbólicos e o reconhecimento de símbolos convencionais; - O recurso a diferentes registos para obter informação e prazer com a leitura; - A compreensão, valorização e reprodução da escrita como meio de registo, de transmissão; - O reconhecimento e utilização de tecnologias novas e inovadoras, assim como o uso de instrumentos tecnológicos adequados à sua idade; - Conhecer estratégias básicas para a pesquisa e extração de informação, com base na utilização de instrumentos tecnologicamente pertinentes; - A familiarização com o vocabulário e as estruturas gramaticais de variedades do Português e conhecimento de chaves linguísticas e não linguísticas para a identificação de objetivos comunicativos através de narrações e outras atividades literácitas. - Descobrir o livro e outros tipos de estruturas de escrita na sala e na Biblioteca. - Utilizar vários formatos de escrita e representação gráfica em novos canais de expressão e comunicação (blogue, mensagens curtas, etc.).
Expressão Motora
Desenvolva a sua motricidade global, a acuidade auditiva, o sentido rítmico, a capacidade de cantar, dançar, tocar. Controle e coordene os movimentos do seu corpo. Realize produções gráficas e utilize a expressão plástica como expressão que possibilita construir e (re)
Desenvolver atividades de valorização do Corpo Humano e da Atividade Física, com recurso aos meios disponíveis na escola e na comunidade. Dominar competências motoras que permitam a utilização consciente de instrumentos específicos da comunicação e da expressão motora.
- Utilizar, criativamente, os processos e os produtos de expressão; - Desenvolver competências de expressão e comunicação, através da ação lúdica e autónoma; - Pintar, desenhar, escrever, tocar, ouvir, utilizar o espaço, e interagir com o espaço, de forma a maximizar a compreensão e o desenvolvimento cognitivo específico da idade; - Valorizar a expressão musical como linguagem
EB1+JI S. Miguel 25
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
construir. Seja capaz de se concentrar. Desenvolva competências de Criatividade, Representação, Comunicação e Sentido Estético.
Representar percursos através de desenhos.
universal de comunicação. - Articular a linguagem com o movimento físico, através de canções ou jogos com ação motora, dramatizações e representações plásticas e gráficas. - Elaborar registos escritos e grafo‐visuais como cartazes, cartas, folhetos e outros, como síntese da compreensão dos fenómenos. - Utilizar esquemas institucionais e comunicativos próprios (Correios, Internet, etc.) como fundamento de relações de comunicação à distância. - Utilizar meios audiovisuais específicos para promover o espírito crítico e a capacidade analítica para o entendimento do real. - Imitar e recriar experiências do quotidiano usando a imaginação, com recurso às áreas, instrumentos e materiais da sala. - Reconhecer sinais gráficos e outros códigos (Segurança rodoviária e outros) em situações contextualizadas; - Produzir e explorar sons e ritmos, através da sua contextualização pedagógica; - Identificar características de sons, através de exercícios diversificados; - Interiorizar fragmentos de sons e ser capaz de os reproduzir em jogos musicais através de espaços de audição ativa; - Utilizar vários recursos para se exprimir e aprender a desinibir-se através de ações expressivas e dramáticas.
Expressão Musical
Ouvir, contar e dramatizar histórias e outros registos escritos e orais. Cantar canções. Tocar instrumentos
Expressão Plástica
Saber expressar‐se graficamente com alguma destreza. Associar diferentes cores, tamanhos, texturas e espessuras. Explorar técnicas plásticas/materiais para a representação de ideias e conceitos, sabendo utilizar materiais de reaproveitamento e de reciclagem. Saber utilizar materiais e equipamentos específicos e de forma adequada à sua função.
Expressão Dramática
Participar em atividades de jogo simbólico. Saber explorar a relação entre corpo, espaço e tempo. Desenvolver a Inteligência Emocional de forma adequada ao contexto relacional, sabendo exprimir facial e corporalmente emoções.
Domínio da Matemática
Manipule os objetos no espaço e explore as suas propriedades. Tenha capacidade de organizar, ordenar, classificar, seriar e resolver problemas lógico-matemáticos. Tenha noções de Espaço/Tempo e topológicas.
Reconhecer e identificar elementos espácio-temporais que se referem a acontecimentos e factos atuais, sabendo correlacioná‐los com acontecimentos passados. Reconhecer e utilizar, no quotidiano, unidades de referência temporal (dias, semanas, meses, etc.). Identificar espaços e respetivas funções. Identificar algarismos e compreender as relações lógico‐matemáticas entre objetos. Associar diferentes cores, tamanhos, texturas e espessuras.
- Reconhecer diferentes atributos e propriedades dos materiais: Cor, espessura, textura, tamanho através de estratégias integradas; - Reconhecer semelhanças e diferenças, distinguindo o que pertence a cada conjunto, com base em propostas individuais; - Apropriar-se da noção de número com base em atividades diárias; - Formar sequências que têm lógicas subjacentes, com recurso a jogos, atividades lúdicas e outras estratégias.. - Manipular os objetos no espaço e explorar as suas propriedades; - Ordenar medidas de capacidade em atividades lúdicas e em contexto; - Desenvolver noções matemáticas através da vivência de situações de descoberta, vivência do espaço e do tempo, da brincadeira espontânea ou da conversa em grupo; - Confrontar-se com situações que levem a refletir o como e o porquê; - Saber recolher e organizar dados matemáticos e lógicos com base em experiências diárias; - Utilizar a numeração e as operações de maneira flexível para alargar o campo de experiências da criança através da organização de áreas pedagógicas com materiais específicos de cada um dos domínios disciplinares, valorizando a reciclagem e o reaproveitamento.
Área da Formação Pessoal e Social
Objetivos Gerais Objetivos Específicos Operacionalização Estratégias/Experiências de Aprendizagem
26 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
É importante que cada criança:
Para isso, deve: Nesse sentido propõem‐se, entre outras:
Formação Pessoal/Social
Construa uma autonomia coletiva que passe pela organização social participada em que as regras, elaboradas e negociadas entre todos, são compreendidas pelo grupo, que se compromete a aceitá‐las. Desenvolva conceitos formais de vida em comunidade (bem/mal, certo/errado, etc.). Fomente o desenvolvimento de relações construtivas. Identifique atitudes de tolerância, compreensão e respeito pela diferença. Promova o sentido de pertença social e cultural respeitando e valorizando outras culturas. Se relacione positivamente com os outros: compreendendo a multiculturalidade, a Empatia e o Respeito pelo outro, sendo tolerante, responsável e justo. Organize e potencie a criação de regras e a sua interiorização. Seja independente
relativamente aos hábitos de
higiene pessoal e estados
emocionais.
Participe nas atividades, de forma responsável e colaborativa. Coopere nas atividades correntes e constantes da sala de aula e na resolução de conflitos. Manifeste respeito por outras culturas, tradições e opções. Manifeste satisfação pelas suas realizações. Reconheça e utilize os recursos nas diversas atividades propostas. Seja capaz de expressar opiniões sobre características do meio, sugerindo ações concretas e viáveis que contribuam para melhorar e tornar mais atrativo o ambiente onde os alunos vivem e ter consciência dos diferentes comportamentos e atitudes; Participe na discussão sobre a importância de procurar soluções; Reconheça a importância de
Ter a capacidade de (re)conhecer e identificar o seu contexto de vida e de relação pessoal e social. Desenvolver atividades de organização espacial e temporal, de integração e reflexão escolar e comunitária. Conhecer e praticar as regras diárias de higiene pessoal, designadamente na sua relação com o espaço social e cultural que habita, respeitando as necessidades globais, nomeadamente através de uma cultura de sustentabilidade. Desenvolver a Inteligência Emocional de forma adequada ao contexto relacional, sabendo exprimir facial e corporalmente emoções. Saber utilizar os saberes do Grupo (culturais, sociais, científicos e tecnológicos) para compreender a realidade e encontrar estratégias para a resolução de situações e problemas do quotidiano; Saber que o bem-estar humano depende de hábitos individuais de alimentação equilibrada, de higiene, de atividade física e de regras de segurança e de prevenção. Compreender as razões de existência de diferenças e a sua relação com o comportamento humano. Promover espaços de observação e contextualização científica, nomeadamente organizando registos, sintetizando informação e elaborando conceitos a partir da realidade observada. Elaborar espaços de divulgação sobre as reflexões e as aquisições específicas, relacionadas com a realidade individual e coletiva do grupo. Identificar aspetos do ambiente natural e social, relacionados com vivências e com as suas rotinas diárias. Elaborar mapas mentais de resposta a diferentes situações de perigo (incêndio, sismo, inundação, etc.). Identificar situações de risco para a sua segurança e facilitar a adoção de comportamentos de prevenção e/ou de resposta a situações de emergência. Ter a capacidade de caracterização das estações do ano, associando‐as a eventos específicos (gastronómicos, culturais, etc.). Estar apto para reconhecer as
- Atividades de estimulação das crianças para limpar e arrumar o material usado durante o tempo de trabalho (ex.: lavar as mesas e os pincéis de pintura); - A distribuição de tarefas e responsabilização das crianças pela sua execução; - A valorização de atitudes de cumprimento das tarefas e a partilha de objetos e ideias; - O estímulo às crianças para brincarem juntas, incentivando‐as a resolverem os seus problemas e conflitos sem recurso a atitudes violentas ou discriminatórias; - Dinamizar a escuta do outro e a tolerância (ouvir o nome que as crianças dão aos seus sentimentos, expor as suas preocupações) através de momentos diários de rotina pedagógica; - Reuniões com as crianças para organizar o trabalho e fazer também a sua avaliação (respeitar a sua vez de falar, ouvir os outros, partilhar) de forma constante e rotineira; - Conversas, leituras e histórias, visualização de imagens e reflexões sobre conteúdos e temas importantes (educação para igualdade entre os sexos, para a integração da diferença entre culturas, etnias, educação ambiental, ecologia e biologia, etc.); - Atividades com base no diagnóstico de necessidades da turma, dando a vez e a voz aos elementos que advém da observação e da participação prévia dos alunos; - Estratégias adequadas para que cada criança compreenda que o esgotamento de recursos pode provocar desequilíbrios no ambiente; - Ensinar as crianças a pôr o lixo em recipientes próprios, incentivando‐as a separar e a reaproveitar alguns materiais; - atividades de compreensão e gestão do processo de reciclagem e a sua importância; - Atribuir e assumir responsabilidades em tarefas individuais e de grupo e ser capaz de terminar tarefas; - Criar áreas para as ciências experimentais na sala de atividades; - Organizar atividades/projetos que permitam “Conhecer o Mundo”; - Conversar ou contar histórias que transmitam regras e valores ambientais; - Promover momentos de Educação para o Consumo, nomeadamente através da deslocação a diversos locais comerciais; - Refletir, com recurso a diversos atores (comerciantes, famílias, etc.) o papel da comunidade local; - Promover momentos de saída da escola, com as devidas precauções, de modo a estimular e despertar o interesse para a descoberta do ambiente e do contexto envolvente; - Promover momentos de educação rodoviária, nomeadamente através da aprendizagem dos códigos específicos (sinalização, cuidados, etc.); - Organizar atividades que levem a criança fazer
EB1+JI S. Miguel 27
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
não desperdiçar bens essenciais. Reconheça que os desequilíbrios podem levar ao esgotamento dos recursos. Tenha consciência de si e do outro e reconheça laços de pertença social e cultural. Assuma responsabilidades. Tenha iniciativa e tome decisões. Interaja com os outros. Revela confiança nas suas capacidades. Negoceie e aceite as decisões do grupo. Se confronte com situações que a levem a refletir o como e o porquê. Saiba escutar e esperar pela sua vez. Adote comportamentos reveladores de emergência de valores (respeito pelo outro, aceite e ajuda os outros).
operações que são necessárias à resolução de problemas simples. Demonstrar atitudes de defesa do meio ambiente através de rotinas diárias de separação de resíduos e outras dinâmicas ecológicas.
aprendizagens específicas do assunto de descoberta. Encarar os vários tempos da Rotina Diária como oportunidades para as crianças planificarem atividades e fazerem previsões; - Diferenciar os conceitos agora/logo; fazer contagens, distribuir material; efetuar medições, (como p. ex. registar o crescimento das plantas que semearam).
Área do Conhecimento do Mundo
Objetivos Gerais Objetivos Específicos Operacionalização Estratégias/Experiências de Aprendizagem
É importante que cada criança:
Para isso, deve: Nesse sentido propõem‐se, entre outras:
Conhecimento do Mundo
Explore o espaço, reconhecendo e representando diferentes formas que, progressivamente aprenderá a diferenciar e a nomear. Perspetive o futuro de modo a que assuma uma relação interveniente no meio em que se insere; Aprenda a aprender, organizando os seus saberes numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida; Se sinta como elemento de pertença a um grupo. Valorize e exerça o respeito por nós, pelos outros, e pelo planeta em que vivemos.
Compreender os valores fundamentais que sustentam as relações humanas e sociais. Reconhecer várias tipologias de relacionamento (familiares, sociais, etc.) e os comportamentos adequados à sua manutenção. Compreender a dinâmica escolar enquanto espaço formativo. Saber escolher metodologias de trabalho e de aprendizagem para alcançar os objetivos visados. Posicionar‐se, de forma consciente na dinâmica grupal de forma a aumentar o conhecimento e a consciência social. Ter consciência do poder da atitude humana (numa perspetiva cultural, social e geográfica). Reconhecer “outras” respostas aos problemas evidenciados. Promover a valorização do património natural da comunidade através da valorização dos recursos. Descobrir e valorizar a importância de cada um para a preservação dos recursos e do património local. Identificar elementos sociais, culturais e comunitários com influência no desenvolvimento de comportamentos sociais. A capacidade de utilizar processos de organização social e cultural com vista à defesa do património local
- Estimular e desenvolver a curiosidade da criança, confrontando‐a com situações de descoberta e de exploração do espaço que a rodeia; - Promover espaços de Promoção da Saúde em atividades rotineiras; - Fomentar na criança uma atitude científica experimental, nas suas atividades diárias; - Aproveitar os momentos concedidos pela ação diária de relacionamento pessoal tendo sempre em conta os pressupostos das relações humanas; - Fomentar a adequação de comportamentos saudáveis através de esquemas lúdicos e didáticos; - Reconhecer e identificar elementos espácio-temporais que se referem a acontecimentos, a factos, a marcas da história pessoal e familiar e da história local e nacional; - Reconhecer e utilizar elementos que permitem situar‐se no lugar onde vive; - Conhecer, comparar e localizar as dimensões e limites de diferentes de espaços; - Reconhecer e valorizar expressões do património histórico e cultural; - Criar atividades relacionadas com os processos de aprender; - Desenvolver competências de investigação e sensibilização científica; - Promover atitudes de respeito e preservação do meio ambiente; - Desenvolver competências de Autossegurança e Gestão do Perigo, através de projetos em parceria; - Colaborar em atividades investigativas e
28 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
(social, humano e físico). Saber utilizar recursos naturais e humanos como fonte de promoção económica e social. Reconhecer as particularidades ecológicas e culturais. Caracterizar as mudanças climatéricas normais (estações), utilizando diversos indicadores resultantes da observação direta e indireta do que nos rodeia para a compreensão das dinâmicas locais (agricultura, etc.). Observar e realizar atividades experimentais simples sobre os aspetos naturais e humanos do meio, bem como reconhecer a existência de semelhanças e diferenças entre os Seres Vivos e a sua interação com o meio.
registar a informação trabalhada; - Participar em atividades de iniciação ao processo de investigação e descoberta. - Compreender a utilidade e recorrer a diferentes tipos de materiais e utensílios; - Realizar visitas na localidade e outros momentos de reconhecimento do espaço proximal e do contexto social da escola, das relações e inter-relações humanas e sociais e do valor dos recursos no âmbito da economia social e local. - Promover espaços de economia local (supermercados, restaurantes, loja dos animais, etc.) como espaços de valorização socioeducativa, cultural e financeira. - Visitar estruturas produtivas locais (hortofloricultura, bens alimentares, etc.), - Dinamizar atividades de sensibilização económica e financeira, com base nas tradições locais. - Organizar o “Dia da Família”, como espaço de participação das famílias e da comunidade e dinâmicas de “História Social” como projeto de investigação etnológica. -Organizar sessões de sensibilização/esclarecimento sobre dinâmicas locais. -Promover momentos de articulação interciclos que prevejam a reflexão sobre hábitos e tradições de gestão financeira e económica; - Participar em projetos internacionais de aproximação educativa, cultural e pedagógica.
De acordo com o Plano Anual de Atividades da Escola, o tema “A Minha Pegada no Mundo”, far-se-á, ao longo do ano letivo, um enfoque específico em atividades que tornem operativas as competências a desenvolver. Nesse sentido, apresenta-se uma discriminação por período letivo. 1º Período letivo Ao nível do trabalho pedagógico, dever‐se‐á envolver, entre outras, as questões ligadas à preservação dos recursos humanos, culturais e designadamente dos recursos sociais, como elementos de uma comunidade de partilha. É fundamental desenvolver um conjunto de dinâmicas curriculares que possibilitem o reconhecimento das características das populações locais, das tradições, do desenvolvimento de competências específicas de pertença ao grupo, dos contextos sociais em que as crianças crescem e se desenvolvem e dos contributos que cada uma delas poderá dar de forma a compreender e aceitar as condições de vida que atualmente se colocam aos indivíduos. 2º Período letivo Refletir os novos desafios que se colocam ao homem e às comunidades, nomeadamente no que concerne ao aproveitamento dos recursos e à necessidade de se criarem alternativas económicas e ambientais. Compreender o comportamento e a atitude humana e social como responsável pela gestão e organização das comunidades. Definir a Escola como espaço de formação de Consciência Cívica e mediadora de comportamentos e atitudes humanas face aos outros.. 3º Período letivo Posicionar o Homem como motor de desenvolvimento de sustentabilidade e aproveitamento de recursos. Garantir a aquisição de atitudes e comportamentos sistematizados e assimilados de sustentabilidade social e cultural. Desenvolver comportamentos adequados de respeito por si e pelo outro, numa perspetiva de organização social.
EB1+JI S. Miguel 29
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Avaliação
A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa que implica procedimentos adequados à
especificidade da atividade educativa no jardim-de-infância, tendo em conta a eficácia das respostas educativas.
Permitindo uma recolha sistemática de informações, a avaliação implica uma tomada de consciência da ação,
sendo esta baseada num processo contínuo de análise que sustenta a adequação do processo educativo às
necessidades de cada criança e do grupo, tendo em conta a sua evolução.
A avaliação visa:
• Apoiar o processo educativo, permitindo ajustar metodologias e recursos, de acordo com as necessidades
e os interesses de cada criança e as características do grupo, de forma a melhorar as estratégias de
ensino/aprendizagem;
• Refletir sobre os efeitos da ação educativa, a partir da observação de cada criança e do grupo,
reconhecendo a pertinência e sentido das oportunidades educativas proporcionadas e o modo como
contribuíram para o desenvolvimento de todas e de cada uma, de modo a estabelecer a progressão das
aprendizagens;
• Envolver a criança num processo de análise e de construção conjunta, inerente ao desenvolvimento da
atividade educativa, que lhe permita, enquanto protagonista da sua própria aprendizagem, tomar
consciência dos progressos e das dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando;
• Contribuir para a adequação das práticas, tendo por base uma recolha sistemática de informação que
permita ao educador regular a atividade educativa, tomar decisões e planear a ação;
• Conhecer a criança e o seu contexto, numa perspetiva holística, o que implica desenvolver processos de
reflexão, partilha de informação e aferição entre os vários intervenientes – pais, equipa e outros
profissionais – tendo em vista a adequação do processo educativo.
O termo avaliação aqui deverá referir‐se ao leque de informação recolhida e sintetizada pelo educador, ao longo da
sua prática pedagógica, com o objetivo de sustentar e adequar as suas escolhas pedagógicas, curriculares e
educativas.
A informação sobre os alunos e o desenvolvimento dos seus processos de aprendizagem será recolhida através de
um conjunto de processos informais, observações, partilha e trocas verbais, mas também através de processos
mais formalizados de recolha de informação, como sejam as várias fichas de caracterização e diagnóstico
elaboradas pelo educador ou em uso no agrupamento.
Também será importante, nos processos de avaliação, a perspetiva dos encarregados de educação e das famílias,
que, de forma constante e participada, através de reuniões gerais (3), em espaços informais devidamente
planeados ou mesmo através da Internet, acompanham a evolução ou continuidade dos alunos, bem como
participando nos processos de planeamento de atividades e na sua avaliação.
O diagnóstico processado à chegada, permite identificar as linhas de ação mais corretas no processo de evolução
do grupo, na vertente normativa e de construção social, proporcionando a adequação constante dos processos
pedagógicos e educativos.
A mobilização e a dinamização dos diferentes intervenientes (docentes, pessoal auxiliar, componente de apoio à
família, etc.) em torno de uma intenção coletiva, bem planificada e, acima de tudo, bem comunicada, de avaliação
constante de estratégias e atividades, de forma constante e coerente, evidencia o esforço de articulação e
integração fundamental das diversas iniciativas da Escola, permitindo um aproveitamento frutuoso em termos
pedagógicos, bem como uma adaptação, em tempo real, das melhores opções educativas.
Será importante, ao longo do ano letivo, desenvolver momentos específicos de divulgação das atividades do
jardim-de-infância, nomeadamente exposições, mostras, divulgação específica de produtos produzidos, etc.
30 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Neste campo, propõem‐se, além dos espaços informais de atendimento aos pais e encarregados de educação, a ter
lugar na 2ª terça-feira de cada mês entre as 15.30h e as 17.00h, ou em datas e horário a combinar, quatro reuniões
coletivas, três para avaliação das atividades curriculares e letivas (no final de cada período letivo) e uma para
apresentação e reflexão sobre o Projeto Curricular de Turma.
Serão realizados registos de ação/avaliação e relatórios individuais de avaliação em cada período, cujo
conhecimento/divulgação junto das famílias e encarregados de educação respeitará as definições apresentadas
pelo Ministério da Educação.
Também a utilização de meios informáticos (internet, gestão informática, etc.) potenciará a divulgação dos dados
passíveis de avaliar.
Do processo avaliativo produzir‐se‐ão relatórios trimestrais de acompanhamento e um relatório final de Avaliação
do Projeto Curricular de Turma.
De acordo com a legislação em vigor, a avaliação na Educação Pré-escolar assenta nos seguintes princípios:
• Coerência entre os processos de avaliação e os princípios subjacentes à organização e gestão do currículo
definidos nas OCEPE;
• Utilização de técnicas e instrumentos de observação e registo diversificados;
• Caráter marcadamente formativo da avaliação;
Considerando que a Educação Pré-escolar é um processo que parte das experiências das crianças e das suas
aquisições anteriores, a avaliação do seu desempenho está presente diariamente na sua própria evolução e na
capacidade de adquirir, com maior ou menor capacidade, novos conceitos e dinâmicas de compreensão da sua
realidade.
Nesse sentido, é fundamental que o ambiente educativo seja organizado para que as características de cada criança
sejam valorizadas e possam ser objeto de estimulação específica.
A progressão e a diferenciação de situações de aprendizagem supõem que as crianças sejam capazes de transitar
facilmente para novos desafios e novas propostas institucionais.
A educação pré-escolar situa-se na continuidade de um processo educativo que começou quando a criança nasceu,
mas deve fornecer‐lhe bases para progredir de forma continuada e ao longo da vida.
O espaço de avaliação da Educação Pré-escolar é constante e contínuo e cabe ao Educador e às famílias
desenvolverem, em conjunto, as competências específicas a adquirir pela criança em cada momento.
Desta forma, o processo de avaliação deve ser entendido como um processo participado e colaborativo entre a
criança, o educador e a família e deve devolver à prática as melhores dinâmicas e atividades de desenvolvimento
pessoal de cada criança.
De acordo com as definições e instrumentos definidos quer pelo Ministério da Educação (Metas de Aprendizagem,
outubro de 2010, Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, novembro de 1997) e pelo Departamento
de Educação Pré-escolar do Agrupamento de Escolas Armando Lucena, as crianças deverão, no final do ano letivo
que se inicia:
Possuir conhecimentos básicos de comunicação e linguagem (nomeadamente da língua Portuguesa) e saber
utilizá‐los;
Compreender conteúdos/conceitos básicos do raciocínio lógico e da matemática (saber contar, saber fazer
correspondências, etc.);
Aplicar conhecimentos adquiridos, em novas situações;
Participar no seu próprio processo de ensino‐aprendizagem;
Ser responsáveis pelos seus atos;
Ser autónomas e dinamizarem os seus próprios espaços de compreensão e aquisição de conhecimentos com
base nas experiências vivenciadas;
Respeitar os valores da sua comunidade;
EB1+JI S. Miguel 31
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Relacionar‐se com o outro respeitando e compreendendo as regras e as normas de convivência social e
respeitar a diferença.
Pelo exposto, caberá ao educador e às famílias participarem ativamente na construção de um saber formativo, o
qual é definido pela capacidade de avaliar e de devolver à prática o produto dessa mesma avaliação, construindo,
paralelamente, novas estratégias e desígnios de desenvolvimento educativo.
32 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Considerações Finais
Partindo do pressuposto que a Educação é um conjunto de premissas sociais, culturais, individuais e coletivas, este
Projeto Curricular corresponde ao projeto de intenções da Sala Amarela do jardim-de-infância da EB1/JI S. Miguel,
da Enxara do Bispo.
Não existe Educação efetiva sem a colaboração, cooperação e partilha dos diversos agentes implicados e
envolvidos na educação da criança, pelo que este documento pretende divulgar os objetivos e conteúdos sobre os
quais recairão as estratégias e atividades a ser desenvolvidos no ano letivo de 2012/2013.
A necessidade do envolvimento de todos os agentes educativos (professores, famílias, comunidade em geral) não
deve apenas permanecer no espaço das intenções, mas ser concretizado no dia-a-dia. É, assim, importante que
“todas as vozes se façam ouvir” através de uma colaboração efetiva.
O Educador, as crianças, os pais, as famílias e demais envolvidos no processo educativo devem ser capazes de
coordenar as suas opções e rentabilizar os seus objetivos, através da discussão e reflexão das suas ideias, opiniões
e necessidades.
Ao longo deste documento apresentaram‐se variadas estratégias e sugestões de atividades, mas, mais pertinente e
fundamental, é que ele se possa transformar num meio potenciador de uma efetiva parceria educativa,
organizando e orientando os envolvidos para um objetivo comum e para uma realização possível.
É objetivo valorizar um tema que consideramos de extrema importância – Eu, Os Outros e o Mundo em que
vivemos – como um tema mobilizador e envolvente para todos os que têm a seu cargo crianças e jovens e são,
paralelamente, responsáveis por educar uma geração de cidadãos.
Este projeto corresponde às necessidades das crianças e das respetivas famílias e foi delineado acreditando que
contribui para aumentar a qualidade de vida da comunidade, ao mesmo tempo que define níveis de
corresponsabilização educativa, pedagógica e didática.
E porque a Educação é um conceito lato e alargado, serve também este documento para potenciar a participação,
porque o direito ao envolvimento, à participação e à opinião existe e deve ser aproveitado.
Esse é também o espaço da avaliação.
O Educador de Infância, em novembro de 2012
Henrique Santos
EB1+JI S. Miguel 33
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
34 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa Projeto Curricular de Turma
2012/2013
Anexos