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Page 1: PATOLOGIA [001] - Introdução à Patologia

PATOLOGIAM.Sc. Hugo Hoffmann

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REFERÊNCIA BÁSICA

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INTRODUÇÃO À

PATOLOGIA

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Ciência que estuda as alterações estruturais, bioquímicas e

funcionais nas células, tecidos e órgãos que fundamentam

a doença.

Através do uso de técnicas moleculares, microbiológicas e

morfológicas, tenta explicar as causas dos sinais e

sintomas manifestados pelos pacientes enquanto fornece

uma base racional para a terapia e o cuidado clínico.

PATHOS + LOGOS (Gr.)

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1. ETIOLOGIA: A causa da doença.

2. PATOGENIA: Mecanismos do desenvolvimento da

doença.

3. ALTERAÇÕES MORFO-MOLECULARES: Alterações

bioquímicas e estruturais induzidas nas células e órgão

do corpo.

4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Consequências funcionais

dessas alterações.

ASPECTOS DO PROCESSO PATOLÓGICO

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• Causalidade é a relação entre um evento A (a causa) e

um segundo evento B (o efeito), provido que o segundo

evento seja uma consequência do primeiro 2 . Identifica-

se logicamente a causalidade em "se não A, então não

B", provida a ocorrência empírica de ao menos um B.

1. ETIOLOGIA

A B

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CAUSA e EFEITO

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• Em termos diretos, A é causa de B quando A é requisito

necessário, mas não necessariamente um requisito

suficiente, para ocorrência de B.

• Pelo método científico, deve-se estabelecer não apenas

a correlação significativa entre os eventos em questão

mas também os mecanismos físicos de ação que levam

A a determinar B, ou melhor, a ausência de A a inibir B.

1. ETIOLOGIA

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1. ETIOLOGIA

DUAS CLASSES PRINCIPAIS DE FATORES ETIOLÓGICOS

• Mutações herdadas

• Variantes genéticas

• Polimorfismo

GENÉTICOS ADQUIRIDOS

• Infecciosos

• Nutricionais

• Químicos/Físicos

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• O conceito de que um agente etiológico seja a causa de

uma doença (ex: doenças infecciosas) não é aplicável à

maioria das doenças.

• Arterosclerose e câncer são multifatoriais e surgem dos

efeitos de vários estímulos externos em um indivíduo

geneticamente susceptível. A contribuição da

susceptibilidade herdada e influências externas variam

nas diferentes doenças.

1. ETIOLOGIA

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• Refere-se a sequência de eventos na resposta das

células ou tecidos ao agente etiológico, desde o

estímulo inicial à expressão final da doença. A causa

inicial conhecida está várias etapas distante da

expressão da doença.

• Os avanços tecnológicos permitem relacionar

anormalidades moleculares específicas às

manifestações da doença e usar este conhecimento

para traçar novas abordagens terapêuticas.

2. PATOGENIA

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• Se refere à alterações estruturais nas células ou tecidos

que são características de uma doença ou diagnósticas

de um processo etiológico.

3. ALTERAÇÕES MORFO-MOLECULARES

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• A patologia diagnóstica

busca identificar a

natureza e progressão

da doença, por meio do

estudo das alterações

morfológicas nos tecidos

e alterações químicas no

paciente.

3. ALTERAÇÕES MORFO-MOLECULARES

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• O resultado final das alterações genéticas, bioquímicas e

estruturais nas células e tecidos são as anormalidades

funcionais que levam às manifestações clínicas (sinais e

sintomas) da doença, bem como à sua progressão

(curso clínico e consequência).

4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

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• Todas as formas das doenças

começam com alterações

moleculares ou estruturais

nas células, um conceito

formulado primeiramente, no

século XIX, por Rudolf

Virchow, conhecido como o

pai da patologia moderna.

4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

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RESPOSTAS

CELULARES AO ESTRESSE E AOS ESTÍMULOS NOCIVOS

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A célula normal é confinada a uma faixa razoavelmente

estreita de função e estrutura. Isso ocorre devido:

• Seu estado de metabolismo, diferenciação e

especialização.

• Limitações das células vizinhas.

• Disponibilidade de substratos metabólicos.

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• No entanto, a célula é capaz de dar conta das demandas

fisiológicas, mantendo um estado normal chamado de

homeostasia.

• As adaptações são respostas estruturais e funcionais

reversíveis, a estresses fisiológicos mais excessivos e a

alguns estímulos patológicos, durante os quais estados

constantes novos, porém alterados, são alcançados,

permitindo que a célula sobreviva e continue a

funcionar.

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ESTÁGIOS NA RESPOSTA CELULAR AO ESTRESSE E ESTÍMULOS NOCIVOS

CÉLULA NORMAL

(homeostasia)

LESÃO REVERSÍVEL

stress estímulos

nocivosADAPTAÇÃO

LESÃO CELULAR

incapacidade de se

adaptar

leve, transitória

intensa, progressiva

LESÃO IRREVERSÍVEL

NECROSE

APOPTOSE

morte celular

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A resposta adaptativa pode consistir em:

• Aumento no tamanho das células (HIPERTROFIA) e da atividade funcional.

• Aumento do número de células (HIPERPLASIA).

• Diminuição do tamanho e da atividade metabólica das células (ATROFIA).

• Mudança do fenótipo das células (METAPLASIA).

Quando o estresse é eliminado, a célula pode retornar a seu estado original, sem ter sofrido qualquer consequência danosa.

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ALGUMA DIETA ESTIMULA

HIPERTROFIA DA CÉLULA

MUSCULAR?

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Membrana mucosa que

reveste a parede uterina,

formado por fibras

musculares lisas e

estimulado por hormônios

ovarianos chamados

estrogênio e progesterona.

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Tem um aumento na sua

espessura devido à grande

concentração destes

hormônios no sangue. Na

fase menstrual aquilo que é

expulso é o endométrio daí

o sangue ser tão espesso e

tão escuro.

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• Se os limites da resposta adaptativa forem

ultrapassados ou se as células forem expostas a agentes

lesivos ou estresse, privadas de nutrientes essenciais,

ou ficarem comprometidas por mutações que afetam os

constituintes celulares essenciais, sobrevém uma

sequência de eventos, chamada de lesão celular.

• Ela é reversível até certo ponto, mas se o estímulo

danoso persistir ou for intenso o suficiente desde o

início, a célula sofre lesão irreversível e, finalmente,

morte celular.

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• Adaptação, lesão reversível e morte celular podem ser

os estágios de uma debilidade progressiva que sucede

os diferentes tipos de insultos.

• Por exemplo, em resposta a cargas hemodinâmicas (ex:

distúrbio na circulação sanguínea) aumentadas, o

músculo cardíaco torna-se aumentado, uma forma de

adaptação, podendo sofrer lesão.

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• Se o suprimento sanguíneo para o

miocárdio está comprometido ou

inadequado, o músculo primeiro

sofre lesões reversíveis,

manifestadas por algumas

alterações citoplasmáticas.

Finalmente, as células sofrem

lesão irreversível e morrem.

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• A morte celular, o resultado final da lesão celular

progressiva, é um dos eventos mais cruciais na evolução

da doença, em qualquer tecido ou órgão. É resultante de

várias causas, incluindo isquemia (redução do fluxo

sanguíneo), infecção e toxinas.

• Constitui também um processo normal e essencial na

embriogênese, no desenvolvimento dos órgãos e na

manutenção da homeostasia.

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• Existem duas vias principais de morte celular, a necrose

e a apoptose. A privação de nutrientes induz uma

resposta celular adaptativa chamada autofagia que

pode culminar em morte celular.

• Diferentes tipos de estresse podem induzir alterações

nas células e tecidos diferentes das adaptações típicas,

lesão celular e morte.

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• Autodestruição de célula e de organelas citoplasmáticas

pelas suas próprias enzimas hidrolisantes; autodigestão.

• Quem é responsável por este processo é o lisossoma. A

célula elimina organelos envelhecidos através da

formação de vesículas com o auxílio do Retículo

Endoplasmático Liso: o organelo obsoleto é envolto

numa membrana derivada desse mesmo retículo

formando-se o chamado autofagossoma.

AUTOFAGIA

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• A autofagia pode ser estimulada em determinadas

situações, como, por exemplo, durante o jejum

prolongado, aparecendo numerosos autofagossomas nos

hepatócitos com o objetivo de converter os

componentes da célula em alimento para prolongar a

sobrevivência do organismo.

AUTOFAGIA

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AUTOFAGIA


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