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Page 1: Parasitologia Veterinária

PROTOZOOLOGIA

• Estudo dos protozoários: organismos unicelulares reino animal• 65.000 espécies de protozoários → 10.000 vida parasitária• Membrana- citoplasma (mitocôndrias) – núcleo (eucarioto) 

1 m= 0,01 mm

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FILO PROTOZOA

Estrutura: Organelas dinâminas: função motora, nutrição e sensitivas• Pseudópodes, flagelos e cílios

Page 3: Parasitologia Veterinária

FILO PROTOZOA

Biologia: • Alimentação: osmose• Respiração: aeróbia ou anaeróbia

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FILO PROTOZOA

Biologia: • Forma de resistência

Condições adversas → protozoário (desidratação) → cisto(produto da secreção periférica do corpo → ar

→ rígido

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FILO PROTOZOA

Biologia: • Reprodução assexuada

Divisão binária ou múltipla• Reprodução sexuada

Fusão de gametas= zigoto Fusão de gametas iguais: isogamia Fusão de gametas diferentes: anisogamia

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FILO PROTOZOA CLASSE MASTIGOPHORA

GÊNEROS: Leishmania Trypanosoma Giardia Trichomonas

Page 7: Parasitologia Veterinária

FILO PROTOZOA CLASSE MASTIGOPHORA

Leishmania•Forma promastigota (HI)•Forma amastigota (HD) Trypanosoma cruzi

Barbeiros...

Lutzomyia

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• Classificação atual: Giardia lamblia (= G. duodenalis ou G. intestinalis)– Hospedeiros: mamíferos

(homem)– 8 flagelos e um disco

aderente na superfície ventral do corpo (fixação às células epiteliais da mucosa intestinal)

FILO PROTOZOA CLASSE MASTIGOPHORA FAMILIA HEXAMITIDAE

GÊNERO Giardia

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Trofozoíto Cisto– Resistência no m.a.:

até 2m– Eliminação: 300

milhões-14 bilhões/dia

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GÊNERO Giardia

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Trofozoíto:• 5 a 10 m• Forma de pêra• Simetria bilateral• 2 núcleos• 4 pares flagelos• 2 axonemas• 2 corpúsculos parabasais

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GÊNERO Giardia

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GÊNERO Giardia

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CISTO:

• Oval

• Mede 12X8 m

• Parede cística incolor

• 2 a 4 núcleos

• Axonema

• Corpúsculo parabasal

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GÊNERO Giardia

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CISTOS:

• Formas infectantes → disseminação da doença

• Resistência no meio externo → ATÉ 2 meses

• Não são destruidos por cloro, aquecimento a 60°C ou congelamento

• São destruídos por fervura/5 min.

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GÊNERO Giardia

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FORMAS DE INFECÇÃO:

Pela INGESTÃO DE CISTOS maduros presentes em:

• Água s/ tratamento• Alimentos contaminados• Veiculação ou ação de artrópodos (24h no intestino de moscas e 7 dias na barata)• Riachos e reservatórios contaminados por animais parasitados

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GÊNERO Giardia

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CICLO EVOLUTIVO:O animal parasitado → trofozoítos/cistos nas fezes → cistos que permanecem no ambiente são ingeridos pelo hospedeiro → desincistamento no intestino → trofozoítos (forma parasitária) multiplicando-se por divisão binária

À medida que o trofozoíto se desprende e é arrastado para locais mais distais do tubo digestivo → cisto

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GÊNERO Giardia

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Giardia lambliaREPRODUÇÃO: DIVISÃO BINÁRIA SIMPLES

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PATOGENIA:• Depende da cepa; n°de cistos ingeridos; deficiência imunitária do paciente e baixa acidez do suco gástrico

• Diretamente relacionada ao atapetamento do duodeno → barreira mecânica que impede absorção de vitaminas lipossolúveis; ácidos graxos; vit. B12 e ác. fólico

SÍNDROME DA MÁ ABSORÇÃO

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GÊNERO Giardia

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TAPETE DE Giardia sp NO DUODENO

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• Assintomática diarréia aguda, crônica ou intermitente– Flatulência, distensão e dores abdominais– Muco e sangue nas fezes– Vômitos– Anorexia

Homem: assintomático diarréia

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GÊNERO Giardia

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Fezes diarréicas Fezes bem formadas

trofozoítos nas fezes cistos nas fezes

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GÊNERO Giardia

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EPIDEMIOLOGIA:

• Distribuição mundial

• Crianças: 8 meses a 10-12 anos (4-30%). Em portadores de HIV (16%)

• Ocorre mais em regiões tropicais e subtropicais

• Muito freqüente no BR, onde tem uma prevalência de 10% em cães sadios, 50% em filhotes e de até 100% em alguns canis

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GÊNERO Giardia

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• EPF: método de Faust: trofozoítos/cistos– Diagnóstico difícil: cistos são delicados e

são eliminados intermitentemente!• Amostras fecais múltiplas (3 amostras com

intervalo de 1 dia)

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GÊNERO Giardia

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• Banho do animal infectado e isolamento

• Desinfecção do ambiente: amônia quaternária

• Drogas giardicidas:– Fenbendazole

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GÊNERO Giardia

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• Vacinação– GiardiaVax (Fort Dodge Animal Health):

• Contém trofozoítos quimicamente inativados, licenciada para uso em cães e gatos nos EUA

• Prevenção da eliminação de oocistos, mas não previne a infecção

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GÊNERO Giardia

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Freqüência de Giardia lamblia em cães atendidos em clínicas veterinárias de Porto Alegre, RS, Brasil

A pesquisa de cistos de Giardia lamblia em fezes de cães oriundos de clínicas veterinárias de Porto Alegre, RS, Brasil, foi realizada pelo método de FAUST et al. (1939). Das 526 amostras analisadas, 38% (198) foram positivas para cistos de G. lamblia, sendo 22% (116) constituídos por animais menores de 11 meses de idade e 16% (82) constituídos por animais com 12 meses ou mais de idade. Houve diferença significativa (p<0,05) entre os grupos pelo teste do χ². Dos animais pesquisados, 54% (285) eram machos, e, destes, 20% (104) apresentaram cistos em suas fezes. Dos 46% (241) de fêmeas analisadas, 18% (95) tiveram suas amostras positivas para cistos de G. lamblia, não havendo diferença significativa entre os resultados encontrados pelo teste do χ². Os animais jovens (menores de 11 meses de idade) apresentaram uma taxa de positividade duas vezes maior que os animais com idade superior a 12 meses, e a variável sexo não apresentou associação com a positividade.

Bartamann e Araújo, 2004

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Gênero TritichomonasEspécie Tritichomonas foetus

• Têm o corpo piriforme, com 3 flagelos anteriores e 1 recurrente que corre ao lado da margem da membrana ondulante →extremidade posterior

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FAMILIA TRYCHOMONADIDAE

GÊNERO Tritichomonas

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Hospedeiro:• Bovinos (T. foetus): tricomonose bovina

• Trato genital: vagina e útero; glande e prepúcio (testículos, epidídimo e vesículas seminais)

  

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FAMILIA TRYCHOMONADIDAE

GÊNERO Tritichomonas

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RS:• Isolamento e identificaçãode 43 amostras entre as 2.286 amostras examinadas, durante o período de 1972 a 1987• Detecção em 15 dos 36 municípios pesquisados• A tricomoníase foi detectada em 2,2% das 191 amostras de esmegma de touros mantidos em 3 centrais de Inseminação Artificial (CIA)

FILO PROTOZOA CLASSE MASTIGOPHORA 

FAMILIA TRYCHOMONADIDAE

GÊNERO Tritichomonas

Gomes et al., 1991

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FILO PROTOZOA CLASSE MASTIGOPHORA 

FAMILIA TRYCHOMONADIDAE

GÊNERO Tritichomonas

Transmissão venérea

binária na vaginaÚtero

VaginaCiclo evolutivo:• As vacas infectam-se pelo coito com touros infectados e vice-versa • Machos → infectados (assintomáticos) → manutenção da doença no rebanho• Infecção: IA com sêmen infectado, embora mais rara

Page 30: Parasitologia Veterinária

Sinais clínicos:• Fêmeas

• Vaginite: corrimento vulvar• Morte embrionária inicial ou maceração

fetal• Aborto (1a a 16a sem.)• Piometra Morte fetal e aborto

• Machos: infecção é assintomática

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FAMILIA TRYCHOMONADIDAE

GÊNERO Tritichomonas

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Diagnóstico:a) Animais apresentam cios repetidos ou quando há índice de concepção ou ainda quando os períodos estrais ocorrem irregularmenteb) Abortos nos primeiros meses de gestaçãoc) Secreção uterina ou vaginal

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FAMILIA TRYCHOMONADIDAE

GÊNERO Tritichomonas

Detecção direta de trofozoítos em lavado prepucial: movimento ondulatório não direcional Detecção indireta/PCR/Sorologia

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O tratamento de fêmeas infectadas é ineficaz e desnecessário pois a maioria dos animais recupera-se após descanso

sexual

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FAMILIA TRYCHOMONADIDAE

GÊNERO Tritichomonas

O controle da infecção baseia-se na eliminação do protozoário da

propriedade, especialmente na transmissão do agente dos machos para

as fêmeas

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ROCHA, Flávio Soares da et al. Investigação de Campylobacter fetus e Tritrichomonas foetus na mucosa prepucial de touros da região do

Médio Paraíba, RJ. Cienc. Rural [online]. 2009, vol.39, n.5, pp. 1587-1590.

Trinta e nove touros provenientes de propriedades de pecuária leiteira (n=9) e de pecuária de corte (n=30), situadas na região do Médio Paraíba, Rio de Janeiro (RJ), foram investigados para a presença de Campylobacter fetus e Tritrichomonas foetus. Para a pesquisa de Campylobacter, amostras de esmegma foram coletadas e submetidas à técnica de cultivo e isolamento e amostras de lavado prepucial ao teste de Imunofluorescência Direta (IFD). Para a pesquisa de Tritrichomonas, foi utilizada a técnica de exame direto a partir de lavado prepucial. Foi observada a presença de C. fetus em 14 amostras (35,9 %), por meio da IFD, e o isolamento de C. fetus, subespécie venerealis, foi obtido a partir de quatro amostras (10,3%). T. foetus não foi identificado nas amostras investigadas. A alta freqüência de C. fetus observada nos animais investigados sugere a presença da campilobacteriose na região do Médio Paraíba, em rebanhos com problemas reprodutivos.

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FILO PROTOZOACLASSE COCCIDIA

FAMILIA SARCOCYSTIDAE ToxoplasmaNeospora

FAMILIA EIMERIDAE Eimeria Isospora

Page 35: Parasitologia Veterinária

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA SARCOCYSTIDAE

• Gênero Toxoplasma• Espécie Toxoplasma gondii

• HD: felinos• HI: homem, ovinos, bovinos, suínos, aves, cães e gatos

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

Toxoplasma sp. apresenta-se de três formas:

1.Taquizoítos ou trofozoítos, que aparecem em infecções agudas2.Bradizoítos (merozoítos que se encontram encistados nos tecidos) 3.Oocistos, que se formam exclusivamente no intestino dos felinos

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

Page 37: Parasitologia Veterinária

 

FORMAS INFECTANTES

TAQUIZOÍTOS:

• Invadem qualquer célula,

exceto as hemácias

• Aparecem na fase aguda e tem forma

de banana ou meia-lua

Taquizoíto em macrófago

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA SARCOCYSTIDAEGÊNERO TOXOPLASMA

Page 38: Parasitologia Veterinária

Taquizoíto em macrófago.

FORMAS INFECTANTES:

Cistos com BRADIZOÍTOS:

• Cistos: forma de resistência, carregando os BRADIZOÍTOS no seu interior• Aparecem na fase crônica da infecção: SNC, coração e músculos

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA SARCOCYSTIDAEGÊNERO TOXOPLASMA

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FORMAS INFECTANTES:OOCISTOS:• Eliminados não são esporulados e não são infectantes• Esporulação ocorre após 24 h ou mais → 2 esporocistos e 4 esporozoítos em cada oocisto, semelhantes aos oocistos de Isospora sp. 

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA SARCOCYSTIDAEGÊNERO TOXOPLASMA

Page 40: Parasitologia Veterinária

CICLO EVOLUTIVO: O gato oocistos fezes (período breve, que vai de 3 a 15 dias) esporulação (contaminação do solo, fontes de água e alimentos) ingestão pelo HI CICLO EXTRA-INTESTINAL.....

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FAMILIA SARCOCYSTIDAEGÊNERO TOXOPLASMA

Page 41: Parasitologia Veterinária

CICLO EVOLUTIVO:

Taquizoítos proliferam-se rapidamente na parede intestinal circulação linfática e venosa pulmão circulação arterial invadem células nucleadas de qualquer tecido principalmente muscular e nervoso proliferação fase aguda da doença bradizoítos

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FAMILIA SARCOCYSTIDAEGÊNERO TOXOPLASMA

Page 42: Parasitologia Veterinária

TOXOPLASMOSE

MODO DE INFECÇÃO do HOMEM:  

• Ingestão de oocistos esporulados (eliminados pelas fezes do gato) • Ingestão de cistos com bradizoítos(carnes cruas ou mal passadas)• Infecção por taquizoítos (congênita ou transplacentária)

Page 43: Parasitologia Veterinária

APRESENTAÇÃO DA DOENÇA NO HOMEM:

Congênita: mortalidade- hidrocefalia, microcefalia, calcificações cerebrais, retardamento mental, encefalite, hepatomegalia Adquirida: varia de acordo com a virulência da cepa e a localização do parasita e pode se apresentar de várias formas: linfogandular; exantemática; ocular; nervosa; pulmonar e muscular

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA SARCOCYSTIDAEGÊNERO TOXOPLASMA

Page 44: Parasitologia Veterinária

MODO DE INFECÇÃO NO GATO:• Bradizoítos: carne crua• Oocistos• Raramente com taquizoítos: infecções congênitas

SINAIS CLÍNICOS: C&G• Sinais respiratórios (dispnéia e tosse)

• Distúrbios digestivos (vômitos, diarréia, emagrecimento)

• Sintomas neurológicos (incordenação motora, tremores)

• Os gatos podem apresentar: encefalite e enterites diarréia

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA SARCOCYSTIDAEGÊNERO TOXOPLASMA

Page 45: Parasitologia Veterinária

DIAGNÓSTICO: • EPF• Isolamento do agente• Histopatológico • Sorológico: IgM: infecção ativa → 2 sem. → declina após 3 meses

• IgG: 2-4 sem. → 1 ano

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA SARCOCYSTIDAEGÊNERO TOXOPLASMA

Page 46: Parasitologia Veterinária

Tratamento: • Clindamicina

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FAMILIA SARCOCYSTIDAEGÊNERO TOXOPLASMA

PROFILAXIA: • Cuidados com leite ou carne crua (cozimento)

• Alimentar gatos domésticos com carne cozida ou ração

• Proteção das caixas de areia

• Evitar contato de grávidas com gatos jovens

• Usar luvas em trabalhos de jardinagem

• Lavar bem as mãos após manuseio de carne crua

Page 47: Parasitologia Veterinária

Ciência Rural, Santa Maria, v. 29, n. 1, p. 99-104

SOROEPIDEMIOLOGIA DA TOXOPLASMOSE EM GATOS ECÃES DE PROPRIEDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DE

JAGUAPITÃ, ESTADO DO PARANÁ, BRASIL

Garcia et al., 1999

O presente estudo determinou a soroprevalência da toxoplasmose em gatos e cães localizados na zona rural do município de Jaguapitã, Estado do Paraná, através da reação de imunofluorescência indireta para detecção de anticorpos anti-Toxoplasma gondii da classe IgG, considerando-se reagentes títulos maiores ou iguais a 1:16. Observou-se uma prevalência de 73 % em 163 soros felinos e 84,1% em 189 soros caninos. Através do presente trabalho, verificou-se que o T. gondii está amplamente distribuído na população felina e canina da região.

Page 48: Parasitologia Veterinária

FILO PROTOZOACLASSE COCCIDIA

GÊNERO: NeosporaESPÉCIE: Neospora caninumNOME DA DOENÇA: NeosporoseHD: cães e canídeosHI: bovinos

RS: 23,3% das vacas (aborto)- soropositivas

Page 49: Parasitologia Veterinária

FILO PROTOZOACLASSE COCCIDIA

Neospora caninum

CICLO EVOLUTIVO: Cão oocistos não esporulados fezes esporulação 24-72hs (oocisto esporulado com 2 esporocistos e cada com 4 esporozoítos) HI liberação dos esporozoítos na luz intestinal penetração nas células da parede intestinal e passam a se chamar taquizoítos divisão neurônios, endotélio vascular, hepatócitos lesões nos órgãos atingidos

Page 50: Parasitologia Veterinária

FILO PROTOZOACLASSE COCCIDIA

Neospora caninum

Taquizoítos bradizoítos (cistos) latentes podem ser ingeridos por carnívoros após ingerirem cistos teciduais oocistos não esporulados nas fezes

Cão pode ser HI!

Page 51: Parasitologia Veterinária

FILO PROTOZOACLASSE COCCIDIA

Neospora caninum

IMPORTÂNCIA: • Aborto em bovinos • Sinais neurológicos em cães: necrose de tecido nervoso e muscular

 

Page 52: Parasitologia Veterinária

FILO PROTOZOACLASSE COCCIDIA

Neospora caninum

DIAGNÓSTICO: • Bovinos: material abortado (imunohistoquímica) e por sorologia (pesquisa de anticorpos).

• Cães:– Oocistos nas fezes – Sorologia– PCR

Page 53: Parasitologia Veterinária

FILO PROTOZOACLASSE COCCIDIA

Neospora caninum

Tratamento:• Cão: clindamicina• Bovinos: não há

Page 54: Parasitologia Veterinária

PREVALÊNCIA DE Neospora caninum EM CÃES DE GOIÂNIA

Revista de Patologia Tropical: http://www.iptsp.ufg.br/revista/uploads/files/03_artigo_original_01.pdf

A neosporose canina vem sendo descrita desde 1984 quando ocorreram os primeiros relatos de cães afetados pela doença, cujos sinais eram semelhantes aos de encefalite e miosite. A descoberta do cão como hospedeiro definitivo veio em 1998 com a constatação de que estes animais são capazes de desenvolver a fase sexual do parasito e eliminar oocistos pelas fezes no ambiente. Este é um fator importante na cadeia epidemiológica, pois ressalta a importância destes animais na transmissão horizontal do parasito. O objetivo deste trabalho foi determinar, por meio do teste de Imunofluorescência Indireta (IFI), a presença de anticorpos anti-Neospora caninum em cães da cidade de Goiânia (GO), capturados pelo Centro de Zoonoses de Goiânia e domiciliados e atendidos em hospitais veterinários. Do total de cães examinados, 32,9 % (65/197) mostraram-se positivos no teste de IFI, com títulos de 1:50. Entre os 72 animais provenientes do Centro de Zoonoses de Goiânia, 36,1 % (26/72) apresentaram resultados positivos e entre os 125 cães domiciliados atendidos por hospitais veterinários, 31,2 % (39/125) foram positivos para N. caninum.

Boaventura et al., 2008

Page 55: Parasitologia Veterinária

FAMILIA EIMERIDAE

GÊNEROS: Eimeria Isospora

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA EIMERIDAE

Page 56: Parasitologia Veterinária

FAMILIA EIMERIDAE

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

São parasitas do epitélio intestinal Reprodução assexuada = 3 gerações no hospedeiro Reprodução sexuada = oocistos nas fezes Ciclo Evolutivo Direto/Monoxeno– Fecal/Oral Parasita especialmente Galináceos – Roedores - Ruminantes COCCIDIOSES SÃO INFECÇÕES AUTO-LIMITANTES

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FAMILIA EIMERIDAE

Page 57: Parasitologia Veterinária

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DOS OOCISTOS Eimeria sp Isospora spOOCISTOS 4 ESPOROCISTOS OOCISTOS 2 ESPOROCISTOS

CADA ESPOROCISTO COM CADA ESPOROCISTO COM 2 ESPOROZOÍTOS 4 ESPOROZOITOSTOTAL: 8 ESPOROZOÍTOS TOTAL: 8 ESPOROZOÍTOS 

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FAMILIA EIMERIDAE

Page 58: Parasitologia Veterinária

CICLO EVOLUTIVO DA FAMILIA EIMERIDAE:

 Alternância de Gerações:

SEXUADA Esporogonia NO SOLO

ASSEXUADA Esquizogonia NO HOSPEDEIRO 

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FAMILIA EIMERIDAE

Page 59: Parasitologia Veterinária

ESPOROGONIA: (NO MEIO AMBIENTE)

OOCITOS IMATUROS FEZES (ESPORULAÇÃO EM 2-3

DIAS) ESPIROGONIA (MEIOSE) ESPOROCISTOS

INGESTÃO PELO HOSPEDEIRO

 

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FAMILIA EIMERIDAE

Page 60: Parasitologia Veterinária

ESQUIZOGONIA: (NO HOSPEDEIRO)

NO ID DO HI LIBERAÇÃO DE ESPOROZOÍTOS PENETRAÇÃO NAS

CÉLULAS INTESTINAIS TROFOZOÍTOS ESQUIZONTES MULTIPLICAM

MEROZOÍTOS INVADEM NOVAS CÉLS GAMETÓCITOS MASCULINOS

E FEMININOS ZIGOTO OOCISTO LUZ INTESTINAL FEZES

 (REPETIÇÃO DO CICLO 3-4 VEZES)

 

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FAMILIA EIMERIDAE

Page 61: Parasitologia Veterinária

FATORES QUE INFLUENCIAM NO APARECIMENTO DA DOENÇA:

 ESTADO SANITÁRIO – NUTRICIONAL – VERMINOSE –

FALTA DE HIGIENE – PROMISCUIDADE –

CONFINAMENTO –

UMIDADE ELEVADA – SITUAÇÕES DE STRESS

  

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FAMILIA EIMERIDAE

Idade

Page 62: Parasitologia Veterinária

Diagnóstico:• Técnica de Willis-Molay/Sheater• Técnica de Gordon & Whitlock

– Solução Bicromato de potássio 2,5% (T° 24-28 °C- 1 sem)

  

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FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Eimeria

Morfologia

Page 63: Parasitologia Veterinária

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DOS OOCISTOS Eimeria sp Isospora spOOCISTOS C/ 4 ESPOROCISTOS OOCISTOS C/ 2 ESPOROCISTOS

(2 ESPOROZOÍTOS) (4 ESPOROZOITOS)

 

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FAMILIA EIMERIDAE

Page 64: Parasitologia Veterinária

GÊNERO Eimeria

LOCALIZAÇÃO NO HOSPEDEIRO: ID, colon, ceco, jejuno

Parasitas de aves: E. acervulina; E. maxima; E. tenella; E. necatrix; E. brunettiE. mitis, E. mivati

Parasitas de ovinos: E. ovinoidales, E. parva, E. crandalis, E. caprovina, E. ovina, E. ashata; E. pallida, E. faurei; E. intrincata, E. granulosa, E. punctata

  

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Eimeria

Page 65: Parasitologia Veterinária

Bovinos: E. bovis, E. subspherica, E. cylindrica,

E. bukidnonensis, E. zuernii, E. canadensis, E. ellipsoidalis, E. brasiliensis, E. alabamensis, E. wyomingensis

 

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Eimeria

Coelhos, capivaras...

Page 66: Parasitologia Veterinária

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Eimeria

Oocistos nas fezes

Esporualação

Ingestãoalimento/água

Liberação esporozoítos luz

intestinal

Enterócitos - Reprodução

Oocistos são muito resistentes no meio ambiente

(1-2 anos)

Page 67: Parasitologia Veterinária

Coccidiose: importância

• Coccidiose clínica/subclínica• Jovem → diarréia sanguinolenta• Adultos → queda na produção e diarréia

 

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FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Eimeria

morbidade, mortalidade conversão alimentar

Page 68: Parasitologia Veterinária

Diagnóstico: CLÍNICO : Pela anamnese e sintomas: idade, época (inverno)

LABORATORIAL: Detecção de oocisto (EPF): técnicas de flutuação

  

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FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Eimeria

Page 69: Parasitologia Veterinária

Tratamento: • Sulfa + TMP

  

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FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Eimeria

Page 70: Parasitologia Veterinária

GÊNERO Isospora ESPÉCIES I. canis; I. ohioensis;

I. rivolta, I. felis  HOSPEDEIROS DEFINITIVOS: Cães e gatos

HOSPEDEIROS PARATÊNICOS OU VETORES: Ratos e Camundongos 

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Isospora

Cão

Gato

Page 71: Parasitologia Veterinária

LOCALIZAÇÃO NO HOSPEDEIRO: • Porção final do ID e IG (células epiteliais) 

TRANSMISSÃO: • Transmissão FECAL/ORAL• Ingestão dos oocistos eliminados pelas fezes (solo/água) 

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FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Isospora

Page 72: Parasitologia Veterinária

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Isospora

Oocistos nas fezes

Esporualação

Ingestãoalimento/água

Liberação esporozoítos luz

intestinal

Enterócitos - Reprodução

Page 73: Parasitologia Veterinária

Importância: • Enterite hemorrágica, diarréia, atraso no crescimento (filhotes) Diagnóstico:• Sinais clínicos + EPF

FILO PROTOZOA CLASSE APICOMPLEXA – COCCIDIA

FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Isospora

Page 74: Parasitologia Veterinária

Tratamento: • Sulfa + TMP• Isolamento dos animais doentes• Controle vetores

 

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FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Isospora

Page 75: Parasitologia Veterinária

Discussão de artigos...

 

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FAMILIA EIMERIDAEGÊNERO Isospora


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