PANORAMA DO PROJETO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOSDA CONSTRUÇÃO CIVIL (PGRCC) – ESTUDO DE CASO NACONSTRUÇÃO DO CENTRO ADMINISTRATIVO DO DISTRITOFEDERAL (CADF)
ROBERTO BERNARDO DA SILVAUniversidade de Brasí[email protected] EVALDO CESAR CAVALCANTE RODRIGUESUniversidade de Brasí[email protected] FLAVIA GARCIA ZAUUniversidade Federal [email protected] GABRIELA PEREIRA DA TRINDADEUniversidade de Brasí[email protected]
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 1
PANORAMA DO PROJETO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (PGRCC) – ESTUDO DE
CASO NA CONSTRUÇÃO DO CENTRO ADMINISTRATIVO
DO DISTRITO FEDERAL (CADF)
Resumo
Empresas de construção civil geram grandes quantidades de resíduos que poderiam ser
reaproveitados, reciclados e/ou reutilizados. O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
em Obras de Construção Civil visa minimizar tais resíduos, assim como reduzir gastos com
seus tratamentos e disposição final, beneficiando, assim, as empresas, visto que esta
economizará e melhorará sua produção. O presente trabalho visou abordar e implantar as
técnicas propostas no plano supracitado, bem como a discussão da aplicação da resolução
307/2002 do CONAMA, que é objeto dessa pesquisa no Consócio Construtor. Os dados
obtidos nas construtoras mostraram que esta obteve melhoras na sua produção ao utilizar os
procedimentos propostos, minimizou a geração de seus resíduos, contou com o apoio de sua
equipe técnica e economizando materiais.
Palavras-chave: Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Resíduos da Construção Civil (RCC);
Gestão dos Resíduos; Reutilizacão.
Abstract
Civil engineering companies generate big amounts of residues that could be recycled, reused
or reutilized. The Management Plan of Civil Construction Waste aims to decrease these
residues, reduce expenses on its treatments and final disposal, benefiting the company, due to
the fact that it will improve and save its production. The present paper aimed to approach and
implant the plans techniques, as well as the discussion on the application of the Resolution
307/2002, from CONAMA, which is the research object in Consórcio Consciente. The
resulted data showed that the company improved its production, by using the presented
methods, reduced its residue generation, had help from its technical team and reduced its
expenses.
Keywords: Urban Solid Waste (RSU); Civil Construction Waste (RCC); Waste Management;
Reuse.
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 2
1 Introdução
A construção civil é um dos setores da economia que mais utiliza recursos naturais e é,
também, a maior geradora de resíduos, sendo que a tecnologia construtiva adotada no Brasil
favorece o desperdício de materiais.
Um grande problema relacionado à construção civil é a geração de resíduos. Os
resíduos de construção e demolição (RCD) ocupam grande volume para disposição final.
Considerando que 13% das cidades brasileiras pesquisadas no censo de saneamento possuem
aterros sanitários, 7% possuem aterros especiais e que, apenas, 5% possuem usinas de
reciclagem, deve-se propor e implementar métodos de tratamento de resíduos (IBGE, 2000).
A destinação dos RCD não é o único problema ambiental da construção civil, a
exploração de matérias-primas também causa grandes impactos ambientais.
Em função da realização dos maiores e mais importantes eventos esportivos no Brasil,
principalmente a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio em 2016, assim como as
obras do Programada de Aceleração do Crescimento (PAC) I e II do Governo Federal, a
indústria da construção civil brasileira apresenta atualmente um ritmo de crescimento muito
superior ao de décadas anteriores.
O forte crescimento do setor está associado, portanto a incentivos do governo e a uma
demanda cada vez maior. Esses incentivos governamentais para a área da construção civil
foram estruturados no longo prazo, como o caso do programa habitacional, aceleração de
algumas obras de infraestrutura e até a perspectiva de início de algumas obras. Por isso esse
setor tem se mantido num crescimento muito forte.
No Distrito Federal o ritmo de crescimento e dinamismo da indústria da construção
civil não é diferente. A vocação de Brasília para grandes obras é indiscutível. Desde a
construção da cidade, em tempo recorde, a capital demonstra dinamismo acima da média no
setor. O crescimento populacional, a migração, a alta renda e o padrão de qualidade de vida
estimulam o mercado brasiliense.
Segundo Sinduscon-DF (2012), o mercado brasiliense da construção civil é o segundo
maior do pais. Ficando atrás somente para São Paulo. O que não é para menos: o mercado de
Brasília cresce, historicamente, a uma velocidade maior do que a dos demais centros urbanos
brasileiros. Apenas nos últimos três anos, o setor da construção civil cresceu em torno de 25%
no DF. A estimativa do setor é que o volume de negócios já chegue a cifra de R$ 3,5 bilhões
anuais (Dieese, 2012). O que representa cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB)
brasiliense. Somente para o mercado imobiliário, calcula-se que esse número possa chegar a
R$ 4,5 bilhões (SINDUSCON-DF, 2012). O impacto da indústria da construção civil na renda
e na vida de Brasília é enorme. O setor gera de forma direta cerca de 68 mil empregos. Sem
falar na geração de empregos indiretos (PED-DF). Essas características fazem da construção
civil uma verdadeira vocação produtiva de Brasília.
Nessa perspectiva, o objetivo desse trabalho é analisar o projeto de gerenciamento de
resíduos da construção civil (PGRCC) na construção do centro administrativo do Distrito
Federal (CADF), levando em consideração as técnicas de reaproveitamento dos resíduos da
construção civil, assim como propor alternativas para uma menor geração na fonte, bem como
para o seu correto tratamento e destinação final.
2 Saneamento básico
Saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do
meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a
qualidade de vida da população e à produtividade do indivíduo e facilitar a atividade
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 3
econômica. No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e
definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações
operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem
urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais.
Um dos princípios da Lei nº. 11.445/2007 é a universalização dos serviços de
saneamento básico, para que todos tenham acesso ao abastecimento de água de qualidade e
em quantidade suficientes às suas necessidades, à coleta e tratamento adequado do esgoto e do
lixo, e ao manejo correto das águas das chuvas.
A lei nº. 11.445/2007 estabelece a elaboração do Plano Municipal de Saneamento
Básico como instrumento de planejamento para a prestação dos serviços públicos de
saneamento básico, e ainda determina os princípios dessa prestação de serviços; as obrigações
do titular, as condições para delegação dos serviços, as regras para as relações entre o titular e
os prestadores de serviços, e as condições para a retomada dos serviços.
As preocupações com o saneamento dos ambientes urbanos e com a necessidade de
ampliar o conceito desse termo para a totalidade dos componentes que interferem com a
qualidade de vida das populações têm crescido nos últimos tempos, em função mesmo do
rápido incremento da urbanização, mas não chegaram ainda aos RCD - Resíduos de
Construção e Demolição.
Historicamente, tem-se dado ênfase aos aspectos de abastecimento em detrimento dos
de coleta, e de ambos sobre os de destinação. Nas últimas décadas o suprimento de água às
comunidades tem tido primazia em relação à coleta de esgotos, secundarizando-se as
preocupações em relação à destinação dos resíduos líquidos e só recentemente introduzindo-
se alguma atenção à questão do conjunto dos resíduos sólidos urbanos (RSU).
3 Resíduos sólidos
Todo processo econômico gera resíduos. Mesmo sendo considerado inservível por
grande parcela da sociedade, os resíduos possuem, aproximadamente, 40% de materiais
recicláveis. Esta parte reciclável é atrativa econômica, energética ou ambientalmente
(FIGUEIREDO, 1994).
A gestão de resíduos sólidos se enquadra nas atividades de saneamento básico, pois
existe a interdependência entre este, a saúde e o meio ambiente. Portanto, as ações de
gerenciamento de resíduos da construção civil devem ser inter-relacionadas para contribuir
com a melhoria da qualidade ambiental proporcionada a população.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE, 2010), dos 5.475
municípios brasileiros, 489 têm entre 50 e 70% dos seus resíduos coletados, 728 entre 70 e
80%, 771 entre 80 e 90%, 525 entre 90 e 99% e 1.814 têm 100% coletados. Também, foi
identificado que 194 municípios não tinham a informação ou não declararam qual a
porcentagem coletada.
A construção civil, devido às praticas utilizadas, gera grandes volumes de resíduos, e
isto pode ser observado desde a produção de insumos, que caracteriza a geração anterior a
própria etapa construtiva.
A construção e a reforma de edificações, demolições, obras viárias, materiais de
escavação, são origens de resíduos da construção civil. A investigação da sua origem é
importante para a quantificação e a qualificação dos volumes gerados. O resíduo gerado em
novas construções provém de quatro fases, a fundação, a estrutura e alvenaria, o revestimento
e o acabamento, sendo que os resíduos devem ser diferenciados em função do tempo, da
atividade e da quantidade gerada.
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 4
Por outro lado, o resíduo de reformas é gerado principalmente pela falta de
conhecimento, pois as quebras de paredes e outros elementos da edificação são realizadas em
processos simples, sendo alto o volume final de resíduos. A composição destes resíduos pode
ser comparada a de resíduos de demolição, isto porque os trabalhos de reforma se assemelham
aos trabalhos de demolição. Nas demolições, o potencial de reciclagem depende do processo
construtivo e da qualidade da obra, entretanto, a quantidade independe destes fatores.
3.1 Gerenciamento de resíduos da construção civil
A Resolução CONAMA nº 307/02 (CONAMA, 2002, p.01) define RCC:
“provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais
como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas,
colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento
asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de
entulhos de obras, caliça ou metralha”.
Esta mesma resolução define, também, o gerenciamento de resíduos como:
“o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo
planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para
desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas
previstas em programas e planos”.
De acordo com Monteiro et al. (2001), no Brasil, a geração de RCD é de,
aproximadamente, 300 kg/m² a partir de novas edificações, enquanto países desenvolvidos
geram 100 kg/m². Em cidades com 500 mil ou mais habitantes os RCD representam,
aproximadamente, 50% do peso dos resíduos sólidos urbanos coletados.
Para diagnosticar a geração de resíduos de construção civil nas cidades brasileiras
utilizam-se dados de estimativas de área construída, de quantificação de volumes por
empresas coletoras, do monitoramento de descargas nas áreas de disposição final dos resíduos
de construção civil. As duas primeiras estimativas permitem uma quantificação confiável e
pode ser utilizada em todo município que possui cadastro de construções licenciadas
(PINTO,1999).
A composição dos resíduos da construção civil brasileira gerados em uma obra é,
basicamente, constituída por argamassa, concreto e blocos de concreto, além de madeiras,
plásticos, papel e papelão. Além destes, também, podem ser gerados resíduos classificados
como perigosos e não inertes.
Quando se trata da construção civil em outros países, a composição dos seus resíduos
muda, sendo muito presentes, além do concreto e blocos de concreto, o gesso e o EPS
utilizado para isolamento, atingindo geração de 30,77 kg/m². (BOHNE; BERGSDAL;
BRATTEBO, 2005). Segundo Kimbert (2002), esta taxa é de 25 kg/m² para novas
construções e de 320 kg/m² para demolições.
Para todos estes resíduos, o potencial de contaminação pode ser determinado de
acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR nº 10.004/04, nº
10.005/04 e nº 10.006/04 (ABNT, 2004a; ABNT, 2004b; ABNT, 2004c). De acordo com as
especificações da NBR nº 10.004/04 (ABNT, 2004a) os resíduos são classificados em função
das características de periculosidade ou toxicidade, em classe I, classe II A e II B. Os resíduos
classe I são denominados perigosos, apresentam riscos à saúde pública, provocam efeitos
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 5
adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada, devido as
suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou
patogenicidade. Os resíduos classe II A, são denominados não inertes, e podem estar
relacionados a riscos à saúde ou ao meio ambiente devido às características de
combustilidade, biodegradabilidade ou solubilidade. Os resíduos classe II B, são considerados
inertes e não apresentam riscos à saúde ou ao meio ambiente (ABNT, 2004a).
O tratamento de resíduos deve definir uma série de ações para reduzir a quantidade ou
seu potencial poluidor. Considerando o entulho da construção civil, classificado como Classe
II B – inerte (ABNT, 2004a), seu tratamento está relacionado à redução da quantidade. O
tratamento mais difundido, além da redução, é a segregação, trituração e reutilização. Por sua
vez, a forma mais difundida de reutilização tem sido na construção de rodovias, como base ou
sub-base e em preenchimentos não estruturais de edificações.
3.2 Reutilização de resíduos da construção civil
A Resolução CONAMA nº 307/02 (CONAMA, 2002) aborda a reutilização,
reciclagem e beneficiamento de resíduos e define reutilização como a reaplicação do resíduo,
sem transformação. A reciclagem é o reaproveitamento do resíduo, após ter sido submetido à
transformação e o beneficiamento submete o resíduo a processos/operações para fornecer ao
resíduo condições para utilização como matéria-prima ou produto.
No Brasil existem, aproximadamente, nove instalações de beneficiamento de resíduos
da construção civil, nas quais o resíduo é triturado, peneirado e estocado. Estas usinas
produzem elementos de função não-estrutural como briquetes para calçada, blocos para muros
e alvenaria de casas populares, agregado miúdo para revestimento, agregados para construção
de meios-fios, bocas-de-lobo, sarjetas, e ainda servem como base e sub-base de rodovias
(MONTEIRO et al., 2001).
John e Agopyan (2000) apontam a maior reutilização destes resíduos na composição
de bases e sub-bases de rodovias. Tal reutilização possui apenas um cliente, representado
pelos municípios, tornando assim a implantação de usinas de beneficiamento pelo setor
privado arriscado, pois o material pode tornar-se escasso e mudanças de gestão podem
interferir nos pagamentos devido a produtos já fornecidos. Outro fator apontado é a não
aceitação popular, pois os consumidores poderão considerar os produtos produzidos com
agregados reciclados como produtos de qualidade inferior ou sem qualidade.
4 Legislação
A Resolução CONAMA nº 307/02 (CONAMA, 2002) foi, a primeira no Brasil, a
estabelecer diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil
(RCC), disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais.
Esta resolução classifica os resíduos de acordo com sua possibilidade de reutilização,
sendo:
Classe A - reutilizáveis ou recicláveis como agregados;
Classe B - recicláveis para outras destinações;
Classe C - não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que
permitam a sua reciclagem/recuperação;
Classe D - perigosos oriundos do processo de construção.
Classifica os geradores como:
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 6
Pequenos geradores: geram até 5 m³ de resíduos;
Grandes geradores: geram mais de 5 m³ de resíduos.
A referida resolução especifica, ainda, que os geradores de RCD devem seguir os
objetivos usualmente presentes em projetos de gerenciamento, que são: a não geração, a
redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final, respectivamente. Ainda, especifica
que deverá ser elaborado, implementado e coordenado pelos municípios e pelo Distrito
Federal o Programa de Gerenciamento de RCD. Também, estabelece diretrizes técnicas e
procedimentos para pequenos geradores, que estejam em conformidade com critérios técnicos
do sistema de limpeza urbana local.
5 Metodologia
Para a realização desse artigo foram realizadas pesquisas em diversos meios,
incluindo:
a) Normas Brasileiras (ABNT);
b) Normas do MTE;
c) Manuais de gerenciamento de RCC; e
d) Artigos científicos e dissertações.
Além disso, foi realizada uma visita de campo na obra da construção do centro
administrativo do Distrito Federal (CADF), que é realizada pelo Consórcio formado pelas
empresas Odebrecht Empreendimentos Imobiliários e a Via Engenharia e que está localizado
as margens da via Elmo Serejo. Via que liga as cidades de Taguatinga e Ceilândia.
Figura 1: Imagem ilustrativa da obra.
Fonte: Consórcio construtor CADF (2014).
6 Estudo de caso
6.1 Etapas do gerenciamento de resíduos
6.1.1 Palestra informativa
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 7
Uma das etapas do gerenciamento de RCC são as palestras informativas, que aborda
temas ligados ao PGRCC. A palestra informativa tem a função de apresentar o trabalho e
esperar a colaboração dos funcionários, essenciais no gerenciamento de resíduos. Essa
palestra aborda os tópicos: definição e identificação dos RCC; destinação dos RCC;
gerenciamento de RCC; necessidade de fazer o gerenciamento de RCC; técnicas de separação
dos RCC e procedimentos na obra.
A abordagem para a palestra sobre os procedimentos a serem adotados nas obras visa à
participação de todos os funcionários e deve ser apresentada com linguagem acessível, para
evitar mal entendidos em relação aos objetivos do projeto e à adoção de boas práticas no
canteiro de obra. Os funcionários são estimulados a interromper a palestra e a fazer perguntas
sobre o que está sendo apresentado e, também, informados sobre a disponibilidade do mestre
de obras, do almoxarife e do(a) engenheiro(a) da obra para esclarecimentos. Na palestra teve
conter apresentação visual através de slides a partir de um computador portátil, e duração de
30 minutos cada.
Para a complementação do treinamento serram realizadas reuniões com as equipes de
trabalho no início de cada etapa construtiva.
6.2 Planejamento
O correto planejamento é importante para o funcionamento do PGRCC. O
planejamento do PGRCC será realizado de acordo com os decretos distritais.
Nesta fase, os resíduos gerados devam ser identificados, não somente identificados em
classes ou quantidades prováveis, mas, também deve ser definida a época em que serão
gerados. Em função do cronograma de cada obra será possível perceber em que mês o resíduo
será gerado e então programar a viabilização de estruturas para o armazenamento e controle,
com posterior reciclagem ou disposição final.
No planejamento, devem ser identificados os funcionários diretamente ligados ao
PGRCC, e relacionado o grau de conhecimento e entendimento em relação à atividade
desenvolvida, segundo apresentado no Quadro 1.
Os funcionários identificados em relação a um maior conhecimento receberam
treinamento adicional em reuniões com a equipe de trabalho definida.
FUNCIONÁRIOS GRAU DE CONHECIMENTO DO
PROJETO
Engenheiros da obra
Total
Mestre de obra
Total
Encarregado
Total
Equipe de serventes Palestra informativa + reunião deliberativa
Equipe de armadores Palestra informativa
Equipe de carpinteiros Palestra informativa
Equipe de pedreiros Palestra informativa
Equipes externas Palestra informativa
Quadro 1: Funcionários e grau de conhecimento.
Fonte: Os autores (2014).
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 8
Os funcionários que devem ter o conhecimento total do projeto deveram ser definidos
por sua função e autoridade na obra. Tais funcionários motivarão e supervisionarão o trabalho
de outros, para garantir a eficiência do PGRCC.
6.3 Caracterização dos RCC
A caracterização dos resíduos da construção civil será realizada de acordo com a
resolução CONAMA 307/2002 sendo apresentada no Quadro 2.
TIPO DE RESÍDUO DESCRIÇÃO
Classe A
Resíduos de concreto
Resíduos de argamassa
Brita
Areia
Blocos cerâmicos
Saibro
Classe B
Madeira
PVC
Acrílico
Metais
Vidro
Papéis
Plásticos
Gesso
Classe C Isopor
Classe D
Tinta
Impermeabilizantes
Telha de fibrocimento
Quadro 2: Caracterização do RCC.
Fonte: CONAMA nº 307/02 (CONAMA, 2002).
6.4 Redução da geração de RCC
A redução de resíduos caracteriza-se por envolver ações de economia, evitando o
desperdício na utilização da matéria-prima, abordado neste capítulo separadamente para cada
matéria-prima.
Concreto: a análise da utilização do concreto permitiu observar que os únicos resíduos de
concreto gerados em grande volume serão provenientes das estacas a serem arrasadas, pois se
tratando de uma obra nova não haverá demolições. O arrasamento de estacas se caracteriza
pela quebra das estacas até que atinjam uma altura ideal para a construção de blocos de
fundação e baldrames.
Argamassa: o resíduo de argamassa será gerado nos trabalhos de assentamento de tijolos,
chapisco, reboco e emboço. Para reduzir este resíduo deve treina-se a mão-de-obra para
executar estes serviços para que as perdas fossem minimizadas, e o material derrubado no
piso deverá ser novamente levado à betoneira.
Areia, brita, saibro, fibrocimento e cerâmica: para a redução destes resíduos observou-se o
cuidado no recebimento, evitando quebras ou perdas ao descarregar o produto. Tais materiais
deverão ser armazenados próximo ao local de utilização. O fibrocimento e a cerâmica deverão
ser armazenados sobre “palets” evitando a perda do material pela contaminação no contato
com o solo e pela umidade transmitida pelo solo.
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 9
Madeira: os cuidados no recebimento e armazenagem devem ser observados, sendo que a
madeira deverá ser mantida afastada da umidade e do tempo, evitando sua deterioração
precária. No início da obra a madeira deve ser estocada sobre “palets” e coberta com telhas de
fibrocimento. Depois da execução da infraestrutura (estacas, blocos, baldrames) e
superestrutura (pilares, vigas, lajes entre outros) a madeira será armazenada sob a laje de um
dos prédios já construídos.
PVC, acrílico, vidro, gesso, tinta, impermeabilizante: os pedidos serão feitos sob medida
para evitar a sobra de materiais. O recebimento do material será realizado cuidadosamente,
evitando-se quebras ou perdas.
Papéis e plásticos: os papéis e plásticos gerados na obra são provenientes de embalagens
não havendo alternativas de redução. Estes materiais, portanto, serão corretamente
armazenados e dispostos.
Aço: a maior geração de resíduos de aço em uma obra é proveniente do corte para a
montagem das armaduras. Para reduzir ao máximo a geração destes resíduos, a matéria-prima
deverá ser comprada cortada e dobrada diretamente da fábrica. Cabe ressaltar que esta
possibilidade de pedido é viável apenas para obras grandes, pois o pedido mínimo é de 5 t de
aço cortado e dobrado. A geração de resíduos de aço está relacionada à construção de pilares
com alturas variáveis que deveriam ser confirmadas no local.
6.5 Segregação dos RCC
Para definir como será realizada a segregação serão considerados fatores como
distância de transporte e pontos de reutilização. Todos os materiais serão segregados na
geração, sendo dispostos, quando necessário, em locais separados e identificados. Exceção
feita aos resíduos de concreto, que deverão ser reutilizados no próprio local de geração, e aos
resíduos de madeira só serão identificados no final da obra, portanto toda madeira é estocada
e separada de outros materiais.
6.6 Etapas do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
a) Caracterização e quantificação dos resíduos sólidos
Classificar os tipos de resíduos sólidos produzidos pelo empreendimento, adotando a
classificação das Resoluções CONAMA 307/02 e 348/04, inclusive os resíduos de
característica doméstica. Estimar a geração média de resíduos sólidos de acordo com o
cronograma de execução de obra (em kg ou m3).
b) Minimização dos resíduos
Descrever os procedimentos que serão adotados para minimização da geração dos
resíduos sólidos, por classe.
c) Triagem/segregação dos resíduos
Priorizar a segregação na origem, neste caso, descrever os procedimentos a serem
adotados para segregação dos resíduos sólidos por classe e tipo. Caso a obra não possuir
espaço para segregação dos resíduos, esta poderá ocorrer em Áreas de Triagem e Transbordo
– ATT, devidamente licenciadas, com identificação da área e do responsável técnico.
d) Acondicionamento/armazenamento
Deverá acontecer o mais próximo possível dos locais de geração dos resíduos,
dispondo-os de forma compatível com seu volume e preservando a boa organização dos
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 10
espaços nos diversos setores da obra. Em alguns casos, os resíduos deverão ser coletados e
levados diretamente para os locais de acondicionamento final. (MEDEIROS et al., 2012).
e) Transporte interno
Deve ser atribuição específica dos operários que se encarregarem da coleta dos
resíduos nos pavimentos. Eles ficam com a responsabilidade de trocar os sacos de ráfia com
resíduos contidos nas bombonas por sacos vazios, e, em seguida, de transportar os sacos de
ráfia com os resíduos até os locais de acondicionamento final.
O transporte interno pode utilizar os meios convencionais e disponíveis: transporte
horizontal (carrinhos, giricas, transporte manual) ou transporte vertical (elevador de carga,
grua, condutor de entulho). As rotinas de coleta dos resíduos nos pavimentos devem estar
ajustadas à disponibilidade dos equipamentos para transporte vertical (grua e elevador de
carga, por exemplo). O ideal é que, no planejamento da implantação do canteiro, haja
preocupação específica com a movimentação dos resíduos para minimizar as possibilidades
de formação de “gargalos”. Equipamentos como o condutor de entulho, por exemplo, podem
propiciar melhores resultados, agilizando o transporte interno de resíduos de alvenaria,
concreto e cerâmicos.
As recomendações para transporte interno de cada tipo de resíduo estão na tabela 05
abaixo, do qual foram excluídos alguns resíduos que precisam de acondicionamento final
imediatamente após a coleta. (MEDEIROS et al., 2012).
f) Reutilização e reciclagem
Deve haver atenção especial sobre a possibilidade da reutilização de materiais ou
mesmo a viabilidade econômica da reciclagem dos resíduos no canteiro, evitando sua
remoção e destinação. (MEDEIROS et al., 2012).
O correto manejo dos resíduos no interior do canteiro permite a identificação de
materiais reutilizáveis, que geram economia tanto por dispensarem a compra de novos
materiais como por evitar sua identificação como resíduo e gerar custo de remoção.
Em relação à reciclagem em canteiro dos resíduos de alvenaria, concreto e cerâmicos,
devem ser examinados os seguintes aspectos:
a) Volume e fluxo estimado de geração;
b) Investimento e custos para a reciclagem (equipamento, mão-de-obra, consumo de energia
etc.);
c) Tipos de equipamentos disponíveis no mercado e especificações;
d) Alocação de espaços para a reciclagem e formação de estoque de agregados;
e) Possíveis aplicações para os agregados reciclados na obra;
f) Controle tecnológico sobre os agregados produzidos;
g) Custo dos agregados naturais; e
h) Custo da remoção dos resíduos.
A decisão por reciclar resíduos em canteiro somente poderá ser tomada após o exame
cuidadoso dos aspectos acima relacionados e uma análise da viabilidade econômica e
financeira. (MEDEIROS et al., 2012).
g) Transporte externo
O transporte dos RCC não poderá ser realizado sem o Controle de Transporte de
Resíduos CTR. Este documento contém a identificação do gerador, do(s) responsável(is) pela
execução da coleta e do transporte dos resíduos gerados no empreendimento, bem como da
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 11
unidade de destinação final. Identificar a empresa licenciada para a realização do transporte
dos RCC, os tipos de veículos e equipamentos a serem utilizados, bem como os horários de
coleta, frequência e itinerário.
A coleta dos resíduos e sua remoção do canteiro devem ser feitas de modo a conciliar
alguns fatores, a saber:
a) Compatibilização com a forma de acondicionamento final dos resíduos na obra;
b) Minimização dos custos de coleta e remoção;
c) Possibilidade de valorização dos resíduos;
d) Adequação dos equipamentos utilizados para coleta e remoção aos padrões definidos em
legislação.
h) Transbordo de Resíduos
Localização: endereço completo (croquis de localização).
i) Destinação dos resíduos
Descrever os procedimentos que deverão ser adotados com relação à destinação dos
RCC por classe de acordo com a Resolução CONAMA. Apresentar carta de viabilidade de
recebimento/destinação de empresa licenciada para destinação ou de Área de Triagem e
Transbordo – ATT da classe/tipo de resíduo.
As soluções para a destinação dos resíduos devem combinar compromisso ambiental e
viabilidade econômica, garantindo a sustentabilidade e as condições para a reprodução da
metodologia pelos construtores.
Os fatores determinantes na designação de soluções para a destinação dos resíduos são
os seguintes:
a) Possibilidade de reutilização ou reciclagem dos resíduos nos próprios canteiros;
b) Proximidade dos destinatários para minimizar custos de deslocamento;
c) Conveniência do uso de áreas especializadas para a concentração de pequenos volumes de
resíduos mais problemáticos, visando à maior eficiência na destinação. (MEDEIROS et al.,
2012).
7 Considerações Finais
O planejamento desde a concepção do projeto básico, assim como a técnica
construtiva foram fundamentais para que durante a construção do Centro Administrativo do
Distrito Federal (CENTRAD) houvesse uma economia de 1,5% ou seja, R$ 5.467.767,11 dos
recursos gastos para construção desse empreendimento.
A reciclagem de RCD tenta consolidar seus processos de produção e garantia de
qualidade na busca de um mercado mais diversificado e efetivo, através de ações discutidas
no grupo do CONAMA e nos grupos de estudos ambientais de cada estado, no distrito federal,
assim como nos municípios brasileiros. O desempenho ambiental na reciclagem deste resíduo
é ainda negligenciado e existem problemas na etapa de caracterização do resíduo. Embora a
reciclagem de escórias e cinzas volantes tenha um mercado mais consolidado, suas aplicações
são limitadas, indicando problemas na transferência de tecnologias.
Comprovando a possibilidade de uso do entulho como agregado na confecção de
concreto não estrutural, abrem-se mercados para a utilização do material beneficiado pelas
usinas de reciclagem de entulho, o que permite que se aumente a produção das mesmas e,
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 12
consequentemente, diminuam os depósitos clandestinos de resíduos de construção civil, que
degradam o meio ambiente.
Obtidas as características positivas do concreto analisado, permite-se que um material
alternativo (o entulho) possa ser utilizado para a confecção de elementos construtivos
empregados na criação e manutenção da infraestrutura urbana (guias, sarjetas, blocos para
calçamento, etc.), de uma forma mais econômica, o que acaba aumentando o numero dessas
benfeitorias e contribuindo para melhorar a qualidade de vida da sociedade.
Nesse sentido, é importante o correto gerenciamento dos RCC´s, tendo em vista os
sérios impactos ambientais, tanto pela poluição que os materiais geram no meio ambiente,
quanto pela extração na natureza da fonte do material, por exemplo, de areia lavada dos rios e
da extração de argila.
Há ainda que se considerar os outros diversos benefícios decorrentes da reciclagem de
RCC´s, notadamente os de natureza ambiental, tais como o aumento da vida útil dos aterros e
a diminuição da poluição visual.
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 13
Referências
ALMEIDA, T. P. de; MANSUR, G. L.. Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos
sólidos. Rio de Janeiro, IBAM, 2001. 195p.
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS (ASTM), C 1260 – Standard
test method for potential alkali reactivitu of aggregates (Mortar-bar method), 2007.
ANGULO, S. C.; ZORDAN, S. E.; JOHN, V. M. Desenvolvimento Sustentável e a
Reciclagem de Resíduos na Construção Civil. In: IV SEMINÁRIO DE
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A CONSTRUÇÃO CIVIL – MATERIAIS
RECICLÁVEIS E SUAS APLICAÇÕES, São Paulo/SP, 2001.
ANGULO, S.C.; JOHN, V.M. Normalização dos Agregados Graúdos de Resíduos de
Construção e Demolição Reciclados para Concretos e a Variabilidade. Foz do Iguaçu: IX
ENTAC, p. 1613-1624, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10.004 – Resíduos
sólidos – Classificação. 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10.005 –
Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos. 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10.006 –
Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos. 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5738 – Concreto -
Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova. 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5739 – Concreto -
Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 7200 – Execução
de revestimento em paredes e tetos de argamassa inorgânica - Procedimento. 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBRNM 348 – Método
para determinação da composição granulométrica de agregados miúdos e graúdos para
concreto. 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBRNM ISSO 7500-1
– Materias metálicos – Calibração de máquinas de ensaio estático uniaxial – Parte 1:
Máquinas de ensaio tração/compressão – Calibração do sistema de medição da força. 2004.
BOHNE, R. A.; BERGSDAL, H.; BRATTEBO,H. Dynamic eco-efficiency modeling for
recycling or C&D waste, Norwegian University of Science and Technology - Industrial
Ecology Programme, 2005.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Resolução
CONAMA nº 307 - Diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da
construção civil, 2002.
BRASIL. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa
nacional de saneamento básico. 2010. Disponível em
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb/default.shtm>
acesso em 27 de outubro de 2015
__________________________________________________________________________________________
Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 14
DURAN, X.; LENIHAN, H.; O’REGAN, B. A model for assessing the economic viability of
construction and demolition waste recycling – the case of Ireland. Resources, Conservation
and Recycling, No. 46, p. 302-320, 2006.
FATTA, D.; PAPADOPOULOS, A.; AVRAMIKOS, E.; SGOUROU, E.; MOUSTAKAS, K.;
KOURMOUSSIS, F.; MENTZIS, A.; LOIZIDOU, M. Generation and management of
construction and demolition waste in Greece – an existing challenge. Resources,
Conservation and Recycling, No. 40, p. 81-91, 2003.
GARCIA,I.; LAURITZEN, E. K. IRMA – A European project for a sustainable City
Concept, Disponível em < http://projweb.niras.dk/irma > acesso em 18 de setembro de 2007.
JOHN, V.M.; AGOPYAN, V. Reciclagem de resíduos da construção. Seminário -
Reciclagem de resíduos sólidos domésticos, São Paulo, 2000.
JOHN, V.M.; ÂNGULO, S.C. Metodologia para desenvolvimento de reciclagem de resíduos.
In: ROCHA,
KIBERT, C.J. Policy instruments for a sutainable built environment, J. Land Use and Envtl.
L., No. 17 (2), p. 379-394, 2002.
LINHARES, S. P. 2005. Gerenciamento dos resíduos da indústria da construção civil:
análise do efeito da resolução nº 307/2002 do CONAMA. Dissertação de Mestrado do
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro, Universidade do
Estado do Rio de Janeiro, 155 p.
MEDEIROS, V. A. F; TAHAN, V. C; RAMOS, G. M. Plano de gestão de resíduos da
construção civil – PGRCC. Brasília, DELTA, 2012. p. 22-35.
PINTO, T. de P. Metodologia para a Gestão Diferenciada de Resíduos Sólidos da
Construção Urbana. 190 p. Tese (doutorado) - Escola Politécnica, Universidade de São
Paulo, São Paulo, 1999.