Palestra para os Educadores
Vida de bailarino
Apresentação
O programa Corpo a Corpo foi desenvolvido pela São Paulo
Companhia de Dança para aproximar o público de todas as
idades do universo da dança, num diálogo direto que procura
revelar o processo de construção dessa arte. Na primeira
etapa do programa realiza-se um encontro de mediação e
vivência com educadores, encontro que é complementado
pela segunda fase do projeto, quando os estudantes as-
sistem a um ensaio aberto da Companhia e participam de
dinâmicas orientadas.
Seu material de apoio inclui imagens do cotidiano da São
Paulo Companhia de Dança – uma companhia que se propõe
a trabalhar o repertório da dança num espectro amplo, que
vai do século XIX ao XXI. Neste Corpo a Corpo com o Professor
abordaremos um aspecto muito rico dos bastidores do balé:
a vida dos bailarinos, sua história, sua formação, as possi-
bilidades da carreira, os desafios que enfrentam e curiosidades
sobre seu cotidiano.
Buscou-se aqui utilizar aspectos da dança como tema
para abordagens interdisciplinares, para aguçar o interesse
do estudante por meio de novos assuntos, que mobilizem sua
curiosidade e seu prazer, colocando estes a serviço de sua
formação mais ampla. Além das imagens e de sugestões para
o trabalho com os alunos, oferecemos um vídeo que procura
estimular o conhecimento da área, para ajudar a refletir sobre
ela de maneira criativa. Este material pode ser utilizado como
subsídio para preparar a ida a um espetáculo ou ensaio aberto
da Companhia.
Organizamos o material da seguinte maneira:
vida de bailarino Texto com o objetivo de apresentar bre-
vemente a profissão e o cotidiano do bailarino, por Marcio
Junji Sono;
glossário das sapatilhas Com expressões, profissões e no-
mes interessantes para conhecer o universo do bailarino, por
Marcio Junji Sono;
atividades para a sala de aula Sugestões de trabalho e di-
nâmicas para seus grupos, por Flávia Fontes Oliveira;
referências bibliográficas Textos consultados e/ou reco-
mendados;
vídeo: vida de bailarino, com direção de Inês Bogéa [anexo].
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das
Aline Campos alongando-se
Vida de Bailarinopor Marcio Junji Sono
Já disse certa dupla de compositores que ficará espantado
quem “descerrar a cortina da vida da bailarina”1. Mas aos
sofrimentos da bailarina da canção, a que dança para viver,
se juntam alguns outros quando se trata de quem vive para
dançar. Outras agruras, mas outras delícias também. A ori-
gem da dança cênica ocidental, aliás, remonta a momentos
de celebração das cortes. Seu desenvolvimento ao longo da
história a foi tornando cada vez mais rigorosa e, ao mesmo
tempo, cada vez mais aberta como forma de expressão pro-
funda para este artista, o bailarino.
A origem da dança não pode ser determinada, pois como
precisar desde quando o homem utiliza seu corpo para se
1. Américo Seixas e Dorival Silva (Chocolate), canção “Vida de Bailarina”, 1954.
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Irupé Sarmiento em ensaio de Ballo
Explore a relação entre a dança e a história – como esta influencia ou
se reflete naquela. Exemplos: a dança da corte no século XVII, quando
o foco da cena se dirigia à figura que representa o monarca,
ressaltando seu poder. Ou a dança alemã praticada depois da Primeira
Guerra, que refletia a angústia de uma nação em crise.
expressar? Uma infinidade de modos de fazê-lo envolvia
práticas rituais e sociais. O nascimento do balé ocidental, a
chamada dança clássica, é creditado ao século XVII com a
grande depuração técnica que se operou na corte de Luís XIV,
na França, em especial com a criação da Academia Real de
Dança, em 1661. E os desenvolvimentos posteriores do balé
não podem ser compreendidos sem considerar também o
papel decisivo dos bailarinos, como Marie Taglioni (1804-1884),
uma das primeiras a dançar um balé inteiro nas pontas, fun-
damental no desenvolvimento do balé romântico, em que as
personagens femininas flanam com encantadora leveza.
Mais tarde, bailarinos egressos da tradição clássica, como
os russos Vaslav Nijinsky (1889-1950), Bronislava Nijinska (1891-
1972) e George Balanchine (1904-1983), levariam a dança a
novos limites, primeiro dançando e depois também como coreó-
grafos. Outros explorariam novas motivações e desenvolveriam
novas técnicas, como as americanas Isadora Duncan (1878-1927)
e Ruth Saint-Denis (1879?-1968) e a alemã Mary Wigman (1886-
1973) – figuras fundamentais para a dança moderna em seus
países. Ainda outros retomariam aspectos da tradição para
reinventar o balé, a exemplo do francês Maurice Béjart (1927-
2007) e do espanhol Nacho Duato. Atuando como bailarinos,
coreógrafos, mestres de dança, autores de técnicas, ensaiadores,
diretores, escritores ou em outras atividades, são profissionais
com participação decisiva nos rumos dessa arte.
Primeiros passos Mas quem é o bailarino? Qual o percurso
desse profissional que opta pelo prazer do espetáculo e
paga com uma rigorosa (e dolorosa) dedicação? Os dança-
rinos das cortes até o século XVII em pouco diferiam de seus
pares não dançantes: considerados à luz do preparo cada
vez mais exigente desde o surgimento da chamada dança
clássica, podem ser vistos como diletantes. Hoje a formação
do bailarino clássico envolve oito anos de estudos, atenção
constante aos hábitos físicos, cuidados com a alimentação e,
acima de tudo, empenho integral: para uma profissão que
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Cena da coreografia Gnawa
exige paixão e entrega, a
dedicação deve ser de
corpo e alma.
Essa formação co-
meçou no Brasil em
1927, na primeira insti-
tuição pública de ensi-
no de dança, a Escola
de Danças Clássicas do
Theatro Municipal do Rio
de Janeiro (atual Escola
Estadual de Dança Maria
Olenewa). A rotina das
aulas pode se iniciar
muito cedo, em baby
classes, onde pequerruchos têm contato inicial com a dan-
ça. Mais tarde, nas classes iniciantes da formação em balé,
as aulas começam com os exercícios com apoio de barras,
que dão estabilidade enquanto os futuros bailarinos execu-
tam posturas e movimentos de crescente dificuldade para ir
conformando o corpo às exigências da dança. Entre essas
exigências, a posição en dehors das pernas (rotacionadas
para fora) com perfeito alinhamento desde a cabeça do fêmur
até os pés. O treino diário resulta em melhor percepção do
corpo, do espaço que ocupa, de sua estabilidade, da correta
manutenção da postura elevada e da consciência do próprio
peso sobre uma ou ambas as pernas.
Os exercícios no centro, sem apoio da barra, são um passo
seguinte, mas igualmente metódico, com um cuidadoso uso da
energia ao longo dos movimentos para explorar mais comple-
xamente as capacidades do corpo, em diferentes andamentos
musicais, como adágios e allegros. Não há um método único
para o ensino da dança clássica, mas via de regra a sequência
desses exercícios não é aleatória nem arbitrária e deve combi-
nar de maneira fluida ao mesmo tempo os movimentos mais
ricos, que muito ensinam, e os mais naturais, que respeitam
a musculatura e as articulações. Até mesmo o caminho dos
exercícios na barra até o
uso de meia-ponta e ponta,
que percorremos aqui em
menos de dois parágrafos,
pode levar alguns anos. A
inteligência corporal e a re-
alização mais completa das
potencialidades do dança-
rino serão exercitadas ao
Descubra qual é e como é o osso fêmur.
Para percebê-lo ainda melhor, exercite
com seus alunos a posição en dehors –
com os pés virados para fora formando um
ângulo de 180° e as pernas unidas.
Compare a formação em dança com outras
formações: quanto tempo estuda um médico ou
um professor? Quando se inicia e quando
se interrompe a carreira?
Samuel Kavalerski e Renata Bardazzi em Gnawa
Thamiris Prata em aula de balé
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longo de quase uma década de formação e também depois,
vida afora.
Roendo as unhas Em qualquer carreira o período de formação
tem como objetivo a prática profissional. E cada profissão tem
especialidades: um advogado pode ser, por exemplo, civil ou
criminal; um médico pode ser clínico geral ou obstetra, en-
tre outros. Ao bailarino formado coloca-se uma interrogação
parecida: qual(is) escola(s), qual linha ou tradição, é(são)
adequada(s) ao seu corpo e às suas aspirações como artista?
Balé clássico? Dança moderna? Atuar? Ensinar? Felizmente,
esta não é uma questão fechada, e ele pode especializar-se
ou tornar-se rigoroso pesquisador em diversas técnicas e
evoluir como profissional e artista de várias formas. Basta que
se dedique a compreender e experimentar o que for possível
nesse âmbito, para ampliar seus interesses e aprofundar suas
aptidões. Pode, como o americano Merce Cunningham (1919-
2009), interessar-se por explorar novas linguagens, ou, como
Alvin Ailey (1931-1989), envolver-se em uma dança que lide
com temas étnicos.
Seja como for, o trajeto usual do bailarino depois de for-
mado é intercalado por um momento de especial tensão:
as audições, ocasião em que as habilidades e a técnica con-
quistadas devem ser apresentadas para que avaliadores de
companhias de dança contratem-no ou não. Para muitos, este
momento é de maior ansiedade do que a própria estreia ar-
tística. Na audição os examinadores pedem que se apresente
exercícios coreográficos diversos para analisar técnica, ex-
pressividade, inteligência corporal, flexibilidade, capacidade
de compreensão e apreensão dos movimentos etc. Ao fim,
determina-se quem pode ingressar no concorrido mercado de
trabalho do bailarino profissional. As primeiras audições da
São Paulo Companhia de Dança, por exemplo, aconteceram
em cinco cidades do Brasil e em Buenos Aires, Argentina, e
avaliaram mais de 800 candidatos para selecionar cerca de
40 bailarinos a serem contratados.
Trabalhe com seus alunos as diversas formas
de perceber o mundo: por meio de sons,
cheiros, sensações táteis e térmicas etc. Isso
vai ajudá-los a entender o foco de interesse
de diversas formas de dança.Ana Paula Camargo na final das audições da Companhia em 2008
andr
é po
rto
Assim como a car-
reira de atleta, a tra-
jetória profissional do
bailarino envolve uma
formação precoce e um
tempo restrito de atua-
ção: depois de se de-
dicar desde a infância
ao balé, ele raramente
continua nos palcos ao se aproximar dos 40 anos. Outras
formas de atuar, porém, estão abertas ao artista da dança, e
ele pode exercer também as profissões de ensaiador, mestre
de balé, crítico de dança, coreógrafo, diretor de dança, per-
former, outros gêneros da dança etc. Ou então ele pode levar
seu conhecimento da arte do bailado para outras áreas que
gravitam nesse universo, como figurinista, iluminador, cenó-
grafo, fotógrafo. Como a própria dança, as possibilidades que
se abrem são dinâmicas: tais ocupações podem ser adotadas
simultaneamente ou após sua atuação inicial.
Na coxia Mas atuar em cena, dar (literalmente) corpo à arte
do movimento, dançando em uma companhia, continua sendo
etapa quase obrigatória para a maioria dos que ingressam
na carreira. Essa experiência é cheia
de particularidades que fascinam os
não bailarinos. A vida desse artista é
dançar, dançar e dançar. Para tanto,
ele emprega todos os recursos possí-
veis – além da prática de dança, ele se
dedica a outras atividades que o auxi-
liam, como ioga, Pilates, musculação,
tai chi, meditação, automassagens
etc. – seja antes, em meio ou no fim de suas atividades diárias.
A rotina de aulas de dança, porém, não acaba: precedendo
os ensaios das coreografias é usual que os bailarinos tenham
aulas de balé e aquecimentos.
No âmbito artístico, o processo que vai da sala de ensaio
ao palco começa com a escolha da obra, que pode ser eleita
dentre as inúmeras do repertório existente ou criada espe-
cialmente. Quando se
elege uma obra de reper-
tório, uma coreografia já
existente, o resultado que
se vê em cena envolve
cuidadosa remontagem:
sob a supervisão de um
Veja as definições das carreiras
no glossário e trabalhe as possíveis
relações entre elas. A São Paulo Companhia de Dança dedica-se
tanto a obras de repertório quanto a novas criações.
Estimule os alunos a perceber as semelhanças
e as diferenças entre as coreografias.
Luiza Lopes e Ed Louzardo em ensaio de Passanoite Duda Braz em Les Noces
Hudson Oliveira, Artemis Bastos, Lucio Vidal, Renata Bardazzi, Morvan Teixeira e Thaís de Assis
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nal
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profissional chamado remontador, os dançarinos aprendem
a coreografia, ensaiam-na exaustivamente e cada detalhe de
sua movimentação é observado e, se necessário, corrigido.
O remontador, via de regra, é um profissional que teve con-
tato profundo (seja como bailarino ou assistente) com a obra
de determinado coreógrafo falecido ou ausente. Em especial
quando existe uma fundação responsável pela obra do artis-
ta, cada pormenor deve ser determinado previamente: além
da própria dança, o remontador transmite orientações pre-
cisas sobre cenário, iluminação, figurinos, música e tudo o
que está envolvido no espetáculo. Foi assim com Les Noces,
obra de 1924 da russa Bronislava Nijinska, que a São Paulo
Companhia de Dança remontou sob a supervisão da portu-
guesa Maria Palmeirim, ligada ao órgão Nijinska Archives,
responsável pela obra da
coreógrafa. Assim como Se-
renade, obra de Georg e Ba-
lanchine, orientada pelo
remontador Ben Huys, da
Fundação Balanchine.
Quando se opta por
apresentar uma nova obra,
o processo de criação pode
variar muito de coreógrafo para coreógrafo: alguns concebem
inteiramente a obra, outros organizam uma criação coletiva,
em processo de colaboração com os bailarinos; há quem prefi-
ra orientar os movimentos a partir da música e também quem
crie a dança de maneira independente do ambiente sonoro;
certos artistas criam uma estrutura geral e desenvolvem seus
detalhes ao longo da montagem e outros pensam primeiro em
certos detalhes para inspirar a criação. A coreógrafa brasileira
Daniela Cardim, que criou em 2009 um balé especialmente
Amanda Soares, Flávio Everton, Thaís de Assis e Guilherme Maciel em Serenade
A Companhia em Les Noces
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O que pode mudar quando
se remonta uma coreografia?
Existe na dança uma partitura,
como na música?
para a São Paulo Companhia
de Dança, por exemplo, costu-
ma utilizar uma música como
inspiração inicial e conceber
primeiro uma estrutura geral
da coreografia, que vai sen-
do desenvolvida ao longo do
trabalho. Paulo Caldas, que
em 2008 criou Entreato para
a Companhia, estimulou a
participação dos bailarinos
na criação. Já Alessio Silvestrin
inspirou-se na música e buscou atentar às aptidões particu-
lares dos dançarinos para criar Polígono (2008).
Mas, seja em remontagens ou em novas criações, os en-
saios são sempre permeados por uma minuciosa preparação
que vai da primeira aprendizagem da coreografia à máxima
precisão na execução. Essa depuração envolve aquilo que em
dança chama-se “limpeza”: o movimento, ou a passagem de
uma posição a outra, bem como cada pormenor da conforma-
ção corporal do bailarino, é detalhadamente corrigido, deixan-
do que a dança aconteça tal como o coreógrafo a criou.
Em cena Toda essa pre-
paração tem seu clímax na
cena: ali os elementos se
unem – corpos, luzes, movi-
mento, cenários, figurinos,
música – para criar o espe-
táculo de dança. Do palco
as emoções emanam até a
plateia, e, como observa o
coreó grafo argentino Luis
Arrieta, “a dança é uma arte
que fala de corpo para cor-
po”. O bailarino precisa ser
um artista capaz de comuni-
car ao público as nuances da
obra que representa, levar
a cada espectador a vertigem, a emoção, as sensações mais
profundas da peça.
O dramaturgo irlandês George Bernard Shaw (1856-1950)
tinha uma visão da dança como “uma tentativa muito rude
de penetrar o ritmo da vida”. Mas esta suposta precariedade
é refutada quando o bailarino em cena atinge o ritmo da vida
em toda sua complexidade. Esse ritmo é uma espécie de sin-
Peça a seus alunos que
descrevam as sensações que
têm quando assistem a
danças de variados tipos.
Partitura coreográfica do século XVII
Concentração antes de apresentação de Polígono
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tonia em que a dança nos coloca para que percebamos com
mais profundidade nossa presença no mundo. Ao assistir a
um espetáculo que nos toca, percebemos novas formas de
expressar e compreender.
Como lembrou certa vez um outro Shaw, o norte-americano
Ted Shaw (1891-1972), um dos renovadores da dança moderna,
“a dança é a única arte na qual nós mesmos somos o material
de que ela é feita”. Assim como a potencialidade expressiva
do homem é infinita, a riqueza que vem da relação artista-
espectador é inesgotável. Ofício do corpo por excelência, ser
bailarino tem, não obstante, algo de profundamente espiritual,
capaz de comunicar ao corpo e também educar a alma.
Convide seus alunos a criarem
formas geométricas com o corpo:
peça movimentos retos, ondulares,
veja como as articulações nos
ajudam a desenhar.
Milton Coatti em Gnawaalce
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Glossário das Sapatilhas
Nesta seção, breves explicações sobre o mundo do bailarino:
expressões (conceitos e elementos da dança), artistas (algu-
mas pessoas importantes na história da dança) e instituições
(algumas companhias e escolas públicas brasileiras de dança).
Não deixe de se aprofundar nos verbetes de seu interesse
consultando a bibliografia sugerida e a internet.
expressões
Audição momento de tensão máxima para o bailarino – trata-se
da série de provas de avaliação para ingressar em uma companhia,
escola ou espetáculo.
Bailarino profissional central na dança, cuja longa formação pode
ser empregada nas mais diversas linguagens artísticas.
Balé clássico às vezes referido simplesmente como “balé”, trata-se
da técnica desenvolvida a partir de evoluções das danças medievais,
passando pelas contribuições italianas nos séculos XIV e XV e culmi-
nando, no século XVII, na depuração técnica instituída pela Academia
Real de Dança francesa, que será depois difundida ao mundo em
diferentes escolas e métodos.
Coreógrafo artista que cria coreografias, desenvolve obras que
serão executadas pelos bailarinos.
Crítico de dança teórico que se dedica a pesquisar e comentar a
produção artística, podendo ter as mais diversas formações e publicar
seus textos em veículos de imprensa ou livros.
Dança contemporânea não comporta uma caracterização estilística.
A dança contemporânea não precisa manter vínculo estrito com de-
terminada tendência, podendo utilizar técnicas existentes ou criar
linguagens próprias. Pode, ainda, sustentar um diálogo com outras
modalidades artísticas, como artes plásticas, teatro, arquitetura, circo,
literatura etc.
Dança moderna designa linguagens e técnicas nascidas dos desenvol-
vimentos da dança no século XX. Dança moderna é um termo surgido
nos Estados Unidos para distingui-la da dança acadêmica e engloba
uma grande variedade de estilos que romperam com a técnica clássica
em busca de novos caminhos para a expressão pelo movimento.
Diretor de dança tal como o diretor de cinema ou de teatro, é um
coordenador geral de tudo o que envolve o trabalho de uma compa-
nhia ou de um espetáculo. O diretor de dança chefia a companhia e
pode também assinar a direção de montagens.
En dedan expressão francesa que indica a posição dos pés voltados
para dentro, pouco usual no balé.
En dehors também de origem francesa, indica a posição dos pés no
balé clássico, com os pés virados para fora em ângulo reto.
Ensaiador profissional responsável pelos ensaios e pelas orientações
gerais acerca da coreografia.
Limpeza etapa do ensaio em que os movimentos têm seu detalhe
trabalhado, para torná-los mais precisos e condizentes com a lin-
guagem envolvida.
Meia-ponta posição dos pés
tal como cotidianamente cha-
mamos “na ponta dos pés”,
com o pé esticado e os dedos
flexionados.
Mestre de balé também cha-
mado de professor de balé ou
professor de dança, é geral-
mente um ex-bailarino dedi-
cado ao ensino da técnica.
Performer palavra de ori-
gem inglesa, designa um artista que, com ou sem formação em dança,
se expressa com o corpo, nos mais diversos espaços e com as mais
diferentes linguagens – pode, por exemplo, mesclar o balé e o teatro
e atuar em uma galeria de arte.
Pirueta derivada do francês pirouette, indica o movimento de rotação
do corpo sobre uma perna.
Plié expressão francesa que significa “dobrado” e indica a posição
de joelhos flexionados.
Ponta indica tanto a posição inteiramente esticada do pé do bailarino
em sapatinha de ponta (sapatilha de construção especial para este
efeito) quanto o próprio calçado.
Port de bras (literalmente “posição de braço”) designa as diversas
posições dos braços no balé.
Posições (primeira, segunda... quinta) sequência de configurações
corporais codificada pelo mestre Beauchamps (da Academia Real de
Yoshi Suzuki
Bronislava Nijinska (1891-1972):
bailarina de destaque dos Balés Rus-
sos de Diaghilev, foi também coreó-
grafa e uma das inovadoras da dança
no século XX.
Daniela Cardim (1974) bailarina e
coreógrafa carioca que atuou como
solista do Balé do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 1994 a
1999, quando passou a integrar o Het Nationale Ballet, de Amsterdã,
Holanda. Foi convidada para criar uma coreografia para a São Paulo
Companhia de Dança em 2009.
George Balanchine (1904-1983) russo que se radicou no Estados
Unidos, atuara antes nos Balés Russos. É considerado um dos mestres
máximos do balé neoclássico do século XX, com inúmeras coreografias
consagradas.
Isadora Duncan (1877-1927) uma pioneira da dança moderna, a
norte-americana Duncan criou uma técnica original, baseada na ex-
pressão dos fluxos vitais.
Jean-George Noverre (1727-1810) bailarino e professor fran-
cês, famoso por sua cartas, um rico testemunho sobre o balé no
século XVIII.
Jirí Kylián (1947) nascido na República Tcheca, começou a coreo-
grafar no Stuttgart Ballet (Alemanha) e é um dos mais importantes
coreógrafos em atividade, à frente da companhia holandesa Neder-
lands Dans Theatre desde 1976.
Marius Petipa (1818-1910) francês que atuava com destaque como
bailarino e que mais tarde, radicado na Rússia, coreografou algumas
Luís xiv), que serve como elemento pri-
mordial para organizar a dança. Essa
sequência até hoje orienta a evolução
das aulas de balé.
Relevé palavra francesa para a eleva-
ção do corpo em ponta ou meia-ponta.
Remontador pessoa que, em nome
de uma fundação ou de um artista,
orienta a remontagem de obras já existentes por novas companhias.
Remontagem realização de espetáculos de obras já existentes no
repertório da dança, sob orientação de seu criador ou seu represen-
tante (remontador).
Tutu espécie de saia, que pode ser de tecido mole (tutu romântico)
ou em forma de disco (tutu prato), utilizada em obras do repertório
clássico. Representou uma revolução no traje de dança, oferecendo
melhor visão da movimentação de pernas da bailarina e exercendo
efeito cênico.
artistas
Alessio Silvestrin (1973) bailarino e coreógrafo italiano, também
compositor musical e instrumentista. Atuou em importantes compa-
nhias, como Ballet da Ópera de Lyon, Ballet de Frankfurt e Forsythe
Company, e é criador de Polígono, coreografia que marcou a estreia
da São Paulo Companhia de Dança.
ˇ
Patrícia Brandão
Ensaio de Passanoite
Adriana Amorim
Pina Bausch (1940-2009) Coreógrafa alemã. Iniciou sua carreira
como bailarina e a partir dos anos 70, dirigindo a companhia do
Teatro de Wuppertal, desenvolveu uma linguagem de dança-teatro
revolucionária, tornando-a uma das mais influentes artistas cênicas
de sua geração.
Ricardo Scheir (1961) ex-bailarino, coreógrafo e professor de balé,
Scheir dirigiu a Companhia de Dança de São José dos Campos e atuou
como coordenador de ensaios da São Paulo Companhia de Dança,
para a qual criou Ballo (2009).
Rudolf Von Laban (1879-1958) nascido na atual Eslováquia e criador
de um método de ensino e de notação, Laban é considerado um dos
maiores teóricos da dança do século XX.
Ruth Saint-Denis (1878?-1968) conhecida como a primeira-dama
da dança americana, partir de ideias parecidas com as de Isadora
Duncan, de “dançar a alma”, criou uma técnica moderna que renovou
a dança e reverbera até hoje.
Serge Diaghilev (1872-1929) empresário artístico russo, responsável
pela criação da lendária companhia Balés Russos, que dominou a
produção de dança no início do século XX, revelando nomes como
Nijinsky e Balanchine.
Vaslav Nijinsky (1889-1950) um dos mais célebres bailarinos da
história, foi o principal artista da primeira formação dos Balés Rus-
sos de Diaghilev. Criou apenas quatro obras, mas fundamentais na
renovação da dança.
William Forsythe (1949) criador contemporâneo que continuamente
renova o balé clássico, o norte-americano dirige a companhia que leva
seu nome e é considerado um dos mais importantes coreógrafos da
atualidade.
das mais importantes obras do repertório clássico, como O Lago dos Cisnes e A Bela Adormecida.
Martha Graham (1894-1991) outra norte-americana responsável
por inovações na dança moderna, criou uma técnica de grande ex-
pressividade, que utiliza a respiração e contrações.
Mary Wigman (1886-1973) como Graham na América, a alemã Wig-
man representa um marco da dança expressionista alemã, dotada de
espantosa dramaticidade.
Maurice Béjart (1927-2007) coreógrafo francês fundador do Ballet-
Théâtre de Paris e do Ballet du XXe Siècle (mais tarde chamado
Béjart Ballet Lausanne). Criador prolífico, levou a dança a grandes
públicos, redefiniu o masculino na dança e reforçou as relações
entre as artes em cena.
Merce Cunningham (1919-2009) outro norte-americano responsável
por uma revolução na dança, Cunningham foi solista da companhia
de Martha Graham, mas sua produção autoral, muito numerosa,
caminhou em sentidos muito diversos: propunha, por exemplo, a
independência entre música e dança.
Nacho Duato (1957) coreógrafo espanhol que, após significativa
carreira de bailarino, tornou-se um dos mais renomados criadores da
dança contemporânea, tendo Jirí Kylián como um de seus primeiros
incentivadores.
Paulo Caldas (1965) bailarino e coreógrafo carioca, com atuação
de destaque na cena atual. Dirige sua companhia, a Staccato Dança
Contemporânea, e assina a criação de Entreato para a São Paulo
Companhia de Dança.
ˇ
Fabiana Ikehara.
Roseli Zanardo e Fabyanna Nemeth.
instituições
Balé da Cidade de São Paulo (sp)
tel.: (11) 3241-3883 (www.baledacidade.com.br)
Balé do Teatro Castro Alves (salvador, ba)
tel.: (71) 3535-0600 (www.tca.ba.gov.br)
Balé Teatro Guaíra (curitiba, pr)
tel.: (41) 3304-7900 (www.teatroguaira.pr.gov.br)
Cia. de Dança de São José dos Campos (sp)
tel.: (12) 3924-7335 (www.fccr.org.br)
Cia. de Dança Palácio das Artes (belo horizonte, mg)
tel.: (31) 3236-7321 (www.palaciodasartes.com.br)
Companhia de Dança do Amazonas (manaus, am)
tel.: (92) 3622-2840 (www.culturamazonas.am.gov.br)
Companhia de Danças de Diadema (sp)
tel.: (11) 7852-8295 (www.ciadedancas.apbd.org.br)
Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (rj)
tel.: (21) 2332-9195 (www.theatromunicipal.rj.gov.br)
Escola de Dança Teatro Guaíra (curitiba, pr)
tel.: (41) 3262-4146 (www.teatroguaira.pr.gov.br)
Escola de Teatro e Dança Fafi (vitória, es)
tel.: (27) 3381-6924 (www.vitoria.es.gov.br)
Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (rio de janeiro, rj)
tel.: (21) 2299-1665 (www.eedmo.com.br)
Escola Municipal de Bailado de Ourinhos (sp)
tel.: (14) 3302-1800 (ourinhos.prefeituramunicipal.net)
Escola Municipal de Bailado de Santos (sp)
tel.: (13) 3226-8000 (www.santos.sp.gov.br)
Escola Municipal de Bailado de São Paulo (sp)
tel.: (11) 3241-1332 (www.prefeitura.sp.gov.br)
Escola Municipal de Bailado Laura Thomé (s. caetano do sul, sp)
tel.: (11) 4238-1999 (www.saocaetanodosul.sp.gov.br)
Escola Municipal de Ballet da Casa da Cultura de Joinville (sc)
tel.: (47) 3433-2266 (www.joinvillecultural.sc.gov.br)
Escola Municipal de Dança de Londrina (pr)
tel.: (43) 3342-2362 (www.funcart.art.br)
Escola Municipal de Dança Iracema Nogueira (araraquara, sp)
tel.: (16) 3336-8047 (www.araraquara.sp.gov.br)
Porto Alegre Companhia de Dança (rs)
tel.: (51) 8133-2330 (portoalegreciadedanca.blogspot.com)
São Paulo Companhia de Dança (sp)
tel.: (11) 3224-1380 (www.saopaulo.companhiadedanca.art.br)
atividades para a sala de aula
[por Flávia Fontes Oliveira]
Sugerimos aqui quatro atividades que podem ser desenvol-
vidas pelo professor em sala de aula.
[atividade 1] observando e descobrindo a dança e seus bailarinos
> objetivo Investigar as diferentes formas de dançar e seus bailarinos.> preparação A dança está em muitos lugares, não apenas nos teatros. Podemos vê-la em espaços alternativos, como galerias de arte e praças, nas ruas, nas festas populares, entre outros lugares. Convide seus alunos a pensar em vários tipos de dança existentes. Sugestões: • a dança clássica; • a dança contemporânea;• a dança de rua;• as danças populares, como a quadrilha, o frevo, o samba, o xaxado.
Depois, com fotos ou vídeos apresente os bailarinos em ação. A partir dessa primeira conversa, incentive seus alunos a pensarem como é a formação de cada um ou cada grupo. Algumas sugestões de questionamentos:• O que é a profissão de bailarino? Como eles são formados?• Como imagina que é o cotidiano dele? O que eles estudam?• Todos dançam do mesmo jeito?• O que gosta de ver em um bailarino?
Wilienne Sampaio, Luiza Lopes e Sören Magnus em Serenadealce
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Com essas informações, peça para que façam gestos a partir das imagens. Proponha a eles uma pesquisa sobre alguns bailarinos importantes. Quem foram? O que fizeram? Quais as principais obras que dançaram? Eles podem apresentar aos colegas suas pesquisas, com fotos, textos e intervenções.
[atividade 2] experimentando os próprios movimentos> objetivo Incentivar a descobrir o corpo e a usar a memória corporal. > preparação Dança é movimento. Em sala de aula, divida os alunos em grupos e convide-os para pensar em como gostariam de se movimentar, criando pequenas coreografias. Para ajudá-los:• Em pé, que movimentos você consegue fazer?• Como imagina uma sequência deitado, rolamentos de lado, desenhos com braços e pernas?• Em dupla ou trio, de que maneiras eles conseguem se movimentar usando o parceiro?
[atividade 3] dançando em diferentes situações
> objetivo Provocar a percepção do corpo e do movimento.> preparação Os movimentos se alteram com a interferência da música, da roupa ou figurino e dos elementos cênicos. Pensando nisso, sugira aos alunos alguns movimentos com algumas interferências. Sugestões:• Peça para eles caminharem e coloque diferentes tipos de música: clássica, popular; rápida, lenta. • Usando algum elemento cênico como um caderno, uma bacia,
uma bola, um arco, sugira um movimento de braço, peça para eles repetirem sem segurar nada. Depois, com o elemento escolhido, repita os movimentos.
[atividade 4] vida de bailarino
> objetivo Incentivar a descobrir as profissões.> preparação Um filme sobre dança.O diretor americano Robert Altman fez um filme sobre a vida de uma bailarina dentro de uma companhia. Ele mostra os meandros da construção de uma coreografia e a preparação para a estreia. O filme se chama De Corpo e Alma (The Company, EUA, 2003) e está disponível em locadoras.
Cena final de Serenade
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referências bibliográficas
BOGÉA, Inês. O Livro da Dança. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002.
_____. Contos do Balé. São Paulo: Cosac Naify, 2007.BOURCIER, Paul. História da Dança no Ocidente. São Paulo:
Martins Fontes, 1987.CAMINADA, Eliana. História da Dança – Evolução Cultural.
Rio de Janeiro: Sprint, 1999. JOWITT, Deborah. Time and the Dancing Image. Los Angeles:
University of California Press, 1988.PEREIRA, Roberto. A Formação do Balé Brasileiro. São Paulo:
Editora FGV, 2003.MARTIN, C. Guide des métiers de la danse. Paris: Cité de la
musique, 1998.
Morgana Cappellari concentra-se antes da apresentação de Serenadealce
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
MARIA THERESA BOSI DE MAGALHÃES
Coordenadora da Unidade de Fomento e Difusão da Produção Cultural
MARCELO MATTOS ARAUJO
Secretário de Estado da Cultura
GERALDO ALCKMIN
Governador do Estado
ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA
ASSOCIAÇÃO PRÓ-DANÇA
Presidente
JOSÉ FERNANDO PEREZ
Vice-Presidente
MARIA DO CARMO ABREU SODRÉ MINEIRO
SÃO PAULO COMPANhIA DE DANÇA
DIREÇÃO
Inês Bogéa
SUPERINTENDÊNCIA
Luca Baldovino | José Galba de Aquino
ENSAIO
Coordenadora e ensaiadora | Karina Mendes
Professores ensaiadores | Ilara Ferreira Lopes |
Milton Coatti | Guivalde de Almeida
Assistente de coreografia | Giovanni Di Palma
Assistente de Ensaio | Beatriz Hack
Bailarinos | Aline Campos, Ammanda Rosa, Ana
Paula Camargo, Ana Roberta Teixeira, André
Grippi, Andressa Ribeiro, Artemis Bastos,
Beatriz Hack, Binho Pacheco, Bruno Veloso,
Carolina Pais, Daniel Reca, Danyla Bezerra,
Diego de Paula, Emanuel Abruzzo, Fernanda
Verardo, Flávio Everton da Conceição, Geivison
Moreira, Glauber Vaz, Igor Silva, Isabela
Maylart, Joca Antunes, Jonas Moraes, Leony
Boni, Letícia Martins, Lucas Axel, Lucas Valente,
Lúcio Kalbusch, Luiza Del Rio, Luiza Lopes,
Luiza Yuk, Mariana Carossa, Michelle Molina,
Morgana Cappellari, Murilo Gabriel, Nielson
Souza, Olivia Pureza, Pamela Valim, Pilar
Giraldo, Rafael Gomes, Raphael Panta, Renata
Alencar, Renée Weinstrof, Roberta Bussoni,
Rodolfo Saraiva, Ruan Martins, Tendo Pereira,
Thamiris Prata, Vinícius Vieira, Yoshi Suzuki.
Pianista | Rosely Chamma
Auxiliar de Ensaio | Andréia Lazzari Chiovatto
Estagiária | Giovanna Sartori Pereira
PRODUÇÃO
Coordenador | Antonio Magnoler
Encarregado de palco | Luiz Antônio Dias
Produtor | Marcio Branco
Produtor técnico | Luiz Alex Tasso
Assistente Administrativo de Produção | André
Souza
Maquinista | Thiago Merij
Iluminadores | Guilherme Paterno | Sueli
Matsuzaki
Técnico de Som | Sérgio Paes
Camareiras | Elizabete Roque | Vera Lúcia
Pereira
EDUCATIVO, MEMÓRIA E COMUNICAÇÃO
Coordenadora | Marcela Benvegnu
Assessor de Audiovisual | Charles Lima
Assistente de Audiovisual | Carlos Yamamoto
Assistentes de Educativo | Bruno Cezar Alves |
Cláudia Trento
Assistentes de Comunicação | Paula Quaresma
Freitas | Thiago Augusto de Souza
Assistente de Memória | Larissa Helena da
Rocha Martins
Assistente de Produção | Ana Luiza Brólio de
Paula
Diagramadora | Janaina Seolin
Estagiárias | Erika Muniz | Paula Montingelli
Cezar | Caroline Puzoni Silva
ADMINISTRAÇÃO
Coordenador | Marcio Tanno
Controller | Alexandre Augusto dos Santos
Assessora Administrativo-Financeiro | Cristiane
Aureliano
Assessor Contábil | Luiz Artur Rozin
Assessora de Direção | Morgana Lima
Analista de TI | Marco Aurélio Piton
Analista Administrativo-Financeiro | Eduardo
Bernardes da Silva
Assistentes Administrativo-Financeiro | Carlos
Soares | Felippe Gozzi Figueiredo | Jeferson de
Souza Dias
Assistente Contábil | Diego Mendes Martins
Assistente de TI | César Henrique Cruz da Silva
Arquivista | Maria Fernanda Freitas
Almoxarife | Guilherme de Souza
Recepcionista | Evangelina Melo
Auxiliar de Departamento Pessoal | Gerson
de Carvalho Alvico
Auxiliares de Serviços Gerais | Edmilson
Evangelista dos Santos | Neide dos Santos
Nery | Anália Pereira de Brito
Aprendizes | Ana Carolina Florêncio Nogueira |
Maiara dos Santos
COLABORADORES
Consultoria Jurídica | Mannrich, Senra e
Vasconcelos Advogados | Barbosa e Spalding
Advogados
Consultoria artística | Guy Darmet
Contratos Internacionais | Olivieri Associados
Contabilidade | Escritório Contábil Dom Bosco
Fornecedor Exclusivo de Sapatilhas | Capezio
Serviços de Fisioterapia | Vita Care
Website | VAD – Projetos Multimídia
produção
realização
apoio