Estimados irmãos e
irmãs Kolping!
Ao cumprimentá-los
cordialmente gostaria
de abordar um tema
muito simples: A Co-
municação.
Enquanto membros
cristãos do movimento
Kolping, precisamos
aprender a nos comu-
nicar uns com os ou-
tros, sem deixar falhas
na comunicação.
A Comunidade Kol-
ping faz parte do pro-
cesso formativo e in-
formativo de nossos
(as) associados(as).
Por isso, devemos co-
municar, com proprie-
dade e segurança, a
referida informação
que estamos transmi-
tindo para o nosso po-
vo.
Se queremos fazer dis-
cípulos missionários
na Kolping, devemos
nos comunicar assim
Palavra do Presidente 1
Entrevista com Mon-
senhor Ottmar Dillen-
burg: “Entregar o co-
ração”
2
Trocar de Lugar com
o outro, por Pe. Pedro 3
Vida e Obra de Adol-
fo Kolping
4
Nota de Falecimento 4
Momento de Oração 4
Nesta edição:
Palavra do Presidente Por Wagner Carneiro de Santana
Junho/Julho 2016
Informativo da Obra Kolping do Brasil
Nº3/2016
como Jesus, que foi
um grande formador
e comunicador. Por
isso, comuniquem de
forma e simples, di-
dática, na tentativa
de que nossa comuni-
cação chegue de for-
ma assertiva no cora-
ção de nossa gente!
Fiel a Kolping!
“Entregar o Coração”
Confira a entre-
vista do Monse-
lhor Ottmar,
Praeses da Obra
Kolping Interna-
cional, para a
Revista Vida Nu-
eva, da Colôm-
bia.
Pg. 2
Trocar de lugar com o outro
Confira a
m e n s a -
gem do
Pe. Pedro
A r n o l d o ,
Assistente
Eclesiásti-
co da
OKB.
Pg. 3
Jesus Cristo, o maior comunicador e formador.
Vida e Obra de Adolfo
Kolping
Saiba mais sobre a in-
fância do fundador da
Obra Kolping do Brasil.
Pg. 4
Nota de Falecimento
Maucyr Gibin e Ma-
ria de Lourdes Brito,
descansem em paz,
junto a Jesus Cristo,
na vida eterna.
Pg. 4
Informativo da Obra Kolping do Brasil Página 2
“Entregar o coração” Entrevista com Monsenhor OTTMAR DILLEBURG, Praeses Geral da OKI para a Revista Vida Nueva, da Colômbia.
Em Roma, dia
27 de outubro
de 2011, vinte
anos após a be-
atificação de
Adolfo Kolping,
o Monsenhor
Ottmar recebeu com surpresa
sua eleição como o nono sucessor
do Beato Adolfo Kolping, consi-
derado um dos precursores da
Doutrina Social da Igreja. O Pa-
pa Leão XIII promulgou em 15
de Maio de 1891, a famosa encí-
clica Rerum Novarum sobre o
mundo do trabalho, com ideias
que Kolping, sendo um sapateiro
em sua juventude, já havia posto
em prática há 40 anos atrás.
Desde então, 125 anos se passa-
ram e mais de 12 documentos
têm tratado da questão social,
até a recente Laudato Si '.
O serviço de Monsenhor Ottmar
faz parte dessa tradição que en-
volve ação eclesial na transfor-
mação da sociedade. Quem presi-
de a Obra Kolping, continua a
experiência da misericórdia que
Adolfo Kolping, encarnada na
educação de jovens artesãos.
Aqueles eram os dias da revolu-
ção industrial. Artesãos deixa-
ram de ser aprendizes para ser
proletários oprimidos. Nestes
mesmos problemas, ao mesmo
tempo e na mesma cidade, Karl
Marx e Friedrich Engels, cria-
ram as suas teorias. Kolping res-
pondeu com a sensibilidade do
Evangelho, proporcionando um
ambiente familiar em que jovens
amadureciam a sua fé, integran-
do a formação profissional, for-
mação para o matrimônio e famí-
lia, questões políticas e de recre-
ação sadia. Tudo com seriedade
e, ao mesmo tempo, muita ale-
gria. Daí surgem os recursos que
promoveram o Monsenhor Ott-
mar em 61 países ao redor do
mundo, onde as pessoas de di-
versos grupos se uniram para
formar "famílias Kolping", sen-
do fermento de uma nova civi-
lização. Talvez por isso a ima-
gem das famílias Kolping na
Índia o marcaram profunda-
mente: com um contexto de mi-
séria e uma minoria religiosa,
essas dão testemunho valente
do amor cristão.
Entrevista
Qual tem sido a sua princi-
pal aprendizagem como As-
sessor Eclesiástico da OKI?
Eu conheci culturas diferentes.
A coisa mais fascinante é que,
em um único mundo, em uma
só igreja, há diferentes manei-
ras de ser um cristão. Essa
grande diversidade eclesial
também se aplica ao mundo
Kolping.
A que conclusão chegaram
neste Encontro Latino-
Americano de Praeses da
Obra Kolping?
Nós temos olhado para a situa-
ção pastoral em América Lati-
na e os desafios para a nossa
missão. Precisamos identificar
as necessidades de cada país e
reagir como associação social
da Igreja com a tarefa comum
de possibilitar que as pessoas
alcancem os direitos de viver
como merecem.
Na sua opinião, em que as-
pecto a Igreja Católica deve
concentrar os seus esfor-
ços?
Estou convencido de que se nós
pudermos estar mais pertos
das pessoas e responder às su-
as necessidades, vamos fazer
exatamente o que fez Jesus,
que se aproximou dos margina-
lizados, para reintegra-los na
sociedade. Uma igreja que aja
assim, não pode estar equivoca-
da.
O que você espera da Obra
Kolping da Colômbia?
Que não perca os fundamentos
da Kolping, que se preocupem
com os jovens, e os ajudem em
suas necessidades, não esque-
cendo dos marginalizados.
Você vem de um país que
sofreu a guerra, mas tam-
bém viveu reconciliação.
Que mensagem pode deixar
aos colombianos (as)?
O processo de paz é também um
caminho de perdão. Vai ser
muito longo e pode haver mo-
mentos de retrocesso e decep-
ção, mas vale a pena percorre-
lo. Nós, na Alemanha, temos
vivido isso e não podemos ima-
ginar o nosso vizinho como um
inimigo. Há discussões políti-
cas, mas inimigos se tornaram
amigos. Não foi de um dia para
o outro. Minha esperança é, e
eu vou orar por vocês, que este
longo caminho conduza à paz a
todos.
Para concluir, alguns pensa-
mentos que considero importan-
tes:
"Quem tem valor, transmite va-
lor". Adolfo Kolping
"A Igreja deve colocar no centro
a pessoa. São necessárias leis
para que o Estado e a Igreja
possam atuar, porém, são neces-
sárias, mas essas leis não po-
dem ir contra às necessidades
dos seres humanos." Adolfo Kol-
ping "Quem quer ganhar as pessoas
deve entregar a elas o seu cora-
ção, e deve colocar-se a serviço
de todos" (Adolph Kolping), por-
que "Somente com o coração po-
de ver corretamente o que é es-
sencial e invisível aos olhos.” Antoine de Saint Exupery - O Pequeno
Príncipe
Informativo da Obra Kolping do Brasil Nº3/2016
Página 3
Naquele tempo:
Um mestre da
Lei se levantou e, querendo pôr
Jesus em dificuldade, perguntou:
'Mestre, que devo fazer para rece-
ber em herança a vida eterna?'
Jesus lhe disse: 'O que está es-
crito na Lei? Como lês?' Ele então
respondeu: 'Amarás o Senhor,
teu Deus, de todo o teu cora-
ção e com toda a tua alma,
com toda a tua força e com
toda a tua inteligência; e ao
teu próximo como a ti mes-
mo!' Jesus lhe disse: 'Tu respon-
deste corretamente. Faze isso e
viverás. Ele, porém, querendo justificar-
se, disse a Jesus: 'E quem é o
meu próximo?' ... 'Certo homem
descia de Jerusalém para Jericó e
caiu nas mãos de assaltantes.
Estes arrancaram-lhe tudo,
espancaram-no, ... deixando-o
quase morto... um sacerdote ...
um levita: viu e seguiu adiante,
pelo outro lado. Mas um samari-
tano chegou perto dele e sentiu
compaixão. Aproximou-se, fez
curativos, derramando óleo e
vinho nas feridas. Depois colo-
cou o homem em seu próprio ani-
mal e levou-o a uma pensão, onde
cuidou dele... duas moedas de
prata e entregou-as ao dono da
pensão. E Jesus perguntou: '...
qual dos três foi o próximo do ho-
mem que caiu nas mãos dos as-
saltantes?' (O Bom Samaritano-
Lucas 10,25-37)
Podemos refletir esta Palavra so-
bre várias chaves de leitura, por
exemplo: Compaixão; Óleo e Vi-
nho sobre as feridas; a pensão; o
cuidado; as duas moedas de pra-
ta; a volta; a promessa de pagar
os gastos extra; o caminho to-
mado pelo sacerdote, pelo Levi-
ta, ou pelo Samaritano.
Mas gostaria de propor outras
duas chave de leitura:
O animal (seja ele um cavalo
ou camelo): “Depois colocou o
homem em seu próprio animal
e levou-o a uma pensão”. O Sa-
maritano fez o que ninguém
costuma fazer: trocar de lugar
com o outro. Você daria a tua
cama, limpinha, para um mo-
rador de rua dormir nela en-
quanto você dormiria na calça-
da? Trocar de lugar... Jesus fez
isto com a humanidade:
“trocou de lugar”. Isto é com-
paixão. Trocar de lugar.
“Estive nu, com sede, doente,
preso, fome...”.
Os assaltantes: “ Estes arran-
caram-lhe tudo, espancaram-
no, e foram-se embora deixan-
do-o quase morto”.
Quem são os assaltados de
hoje?
Crianças: sem creches; sem
merenda escolar; sem pedia-
tras; sem pais; As nossas cri-
anças foram assaltadas e por
quem? Onde?
Jovens: sem futuro, sem escola
ou acesso as escolas. Sem traba-
lho com carteira assinada. Vul-
neráveis; drogas, consumismo,
busca exagerada pelo que é pas-
sageiro, perca dos valores mo-
rais, e principalmente a falta de
perspectiva de um futuro dura-
douro. Quem roubou? Quem
roubou o direito a educação de
qualidade? Desvios de verbas,
merendas, equipamentos, etc.
Idosos: sem remédios, acesso a
saúde pública de qualidade; jo-
gados nos corredores dos hospi-
tais; sem moradias dignas para
quem contribui a vida toda com
o país. O que mais tiraram dos
idosos? ...deixando-os sem nada
e quase mortos, abandonados à
beira do caminho.
Quem são os assaltantes de ho-
je? Onde estão estabelecidos?
Como se organizam?
O nosso agir social supõe conhe-
cer bem a realidade. Ter um
modelo de situação bem claro.
Adolfo Kolping primeiro viu a
crise profunda na qual a Ale-
manha se encontrava: Imorali-
dades, violência, bebedeiras,
corrupção, indecência. Para res-
ponder a tudo isso decidiu que
cada seguidor se tornasse: “Um
cristão autêntico; um traba-
lhador competente; uma pes-
soa criativa e recreativa; um
membro de família respon-
sável; e um cidadão compro-
metido com a sociedade”. Adolfo Kolping.
Foi a resposta que Adolfo Kol-
ping deu aos assaltantes, às vi-
timas, e aos de boa vontade.
Adolfo Kolping homem de com-
paixão.
Trocar de Lugar com o outro Por Pe. Pedro Arnoldo da Silva - Assistente Eclesiástico da OKB
O Bom Samaritano—Lucas 10,25-37
Informativo da Obra Kolping do Brasil Página 4
Vida e Obra de Adolfo Kolping
Adolfo Kolping fez seus primei-
ros estudos na pequena escola
rural de Kerpen, e guardou as
melhores lembranças desse tem-
po, entre elas a de seu professor,
Sr. Jacó, que trabalharia em
Kerpen durante 54 anos. Sobre
ele, assim escreveu certa ocasi-
ão: “Passei as horas mais feli-
zes sob os olhares do meu
professor. Meus olhos brilha-
vam quando ele, com seu es-
tilo espontâneo e entusiasta
e com a atitude amorosa de
um pai, nos contava a vida
dos grandes homens e de-
monstrava que seus conhe-
cimentos iam além do que
oferecem os programas das
pequenas escolas da roça e
que eram para nós uma fon-
te de coragem e de entusias-
mo”.
Continua na próxima edição...
INFÂNCIA - Os exemplos que arrastam
Senhor Jesus, ordenaste à tua
Igreja anunciar a tua
mensagem e praticá-la. Nós te
agradecemos a confiança que
depositaste no homem e por
nos teres dado ADOLFO
KOLPING como modelo.
Dá-nos as virtudes que
alicerçam sua obra: a
credibilidade, a autoconfiança,
a seriedade de vida, a alegria,
a responsabilidade de crer no
desenvolvimento da história
que nos foi confiada.
Fortalece a nossa fé, para que
não nos afastemos do mundo e
de suas exigências, Desperta
em nós a esperança, para
podermos irradiar a alegria
entre os homens, Aumenta em
nós o amor, para que
trabalhemos intensamente
para o desenvolvimento da
Igreja e de uma sociedade mais
humana e cristã. Senhor, na
união deste ideal da Obra
Kolping, sentimos o início do
teu Reino. Estamos dispostos a
assumir este ideal.
Amém!
Oração das Comunidades Kolping Momento de Oração
Nota de Falecimento
Nestes últimos dois meses, a
OKB perdeu duas importantes
pessoas, que marcaram momen-
tos em nossa história.
A Diretoria Nacional e todos os
irmãos Kolping que tinham um
carinho especial por eles dese-
jam seus profundos sentimentos
às suas famílias, elevando as
preces a Deus para a sua reden-
ção junto a Jesus Cristo na vida
eterna.
Maucyr Gibin Presidente da Obra Kolping
Estadual de MS.
☆01/04/1937 ✞17/06/16
Lourdes Silva Brito Comunidade Kolping Aldeia de
Carapicuíba - SP
☆22/01/49 ✞07/07/16
“A gratidão deve ser o primeiro e o último sentimento do homem”
Pe. Adolfo Kolping