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PADRÃO DE SUPERVISÃO DA ENFERME IRA EM HOSPITAIS DE FE IRA DE SANTANA - BA 1

NURÇE ÇUPER\JIÇION PATIERN AT HOÇPITALÇ I N FEI RA DE ÇANTANA - BA.

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Maria Lúcia Servo Leite 2

RESUMO: Estudo exploratório descritivo sobre Padrão de Supervisão da Enfermeira (P .S .E . ) , real izado em Feira de Santana-Bahia-Brasi l , em 1 994, tendo como objetivos descrever o padrão de supervisão e identificar os fatores que interferem na mesma . Uti l izou-se q uestionário e estatística descritiva. O padrão de supervisão real izado pela enfermeira não é sistematizado, evidenciando a falta de percepção da supervisão enquanto processo. Estatisticamente comprovou-se que o tipo de hospital é u m fator que interfere no P .S .E . �espaldada na l iteratura, no exame percentual dos resu ltados e na experiência profissional da autora, afirma-se que sexo, formação acadêmica, rem uneração, política de saúde, planejamento e estrutura técnico administrativa são fatores condicionantes do P.S.E. , assim como, mencionados pelos sujeitos, a fal ta de autonomia profissional . as interferências políticas partidárias, deficiência de recursos h u manos, baixa remuneração, deficiência de recursos

'materiais, ambiente físico inadequado e relações

interpessoais insatisfatórias.

U NITERMOS: Supervisão sistematizada da enfermeira . Supervisão em enfermagem .

Qual idade da intervenção da enfermeira .

ABSTRACT: This is a n exploratory descriptive study a bout Nurse Supervision Pattern ( NSP) perfor'med in Feira de Santana-Bahia-Brazi l , in 1 994, which aims at describing supervision pattern and identifying interference factors. A questionnaire and descriptive statistics have been used . Supervision pattern proved that the kind of hospita l is a factor that interferes on NSP. Based on l iterature, percentual exam of results and a uthor' s professional experience, it asserted that sex, academic graduation, earnings, health polit ics, p lanning and technical administrative structure are conditional factors for NSP, as wel l as lack of professional a utonomy, interference of pol itical parties, deficiency of materia l and human resources, low salaries, unsuitable environment and u nsatisfactory interpersonal relationships mentioned by the subjects.

KEYWORDS: Nurse systematic supervision - Nursing supervision - Nursing intervention qual ity.

Trabalho apresentado no 48º Congresso Brasileiro de Enfermagem, ocorrido no período de 6 a 1 1 de outubro de 1 996, em são Paulo - SP· Enfermeira . Doutoranda em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. ProP. Assistente do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana - Ba.

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LEITE, Maria Lúcia Servo

INTRODUÇÃO O Setor Saúde, no Brasi l , passa por um momento h istórico caracterizado

pelo modelo assistencial precon izado pelo Sistema Ú n ico de Saúde (SUS) criado pela Constitu ição Federal3 e regu lamentado pela Lei Orgân ica de Saúde nº 8080/909 , Lei 8 . 1 42/90 e Decreto 99.438/908 . Na implantação deste modelo assistencia l , os recu rsos humanos são o eixo fundamental para a eficácia do Sistema.

A intervenção da enfermeira3 contribu i para a integra l idade da atenção à saúde, que é um d i re ito do cidadão , e a sua prática , portanto , deve ser ,anal isada e contextual izada, de, maneira que seja capaz de acompanhar e inserir-se no processo de mudanças econômico-sócio-cu ltura is e pol íticas.

O presente estudo foi gerado das reflexões que surg i ram em dfcorrência da nossa experiência tanto na área assistencial como na coordenação do Serviço de Enfermagem , em um Hospita l Gera l do Estado, no mun icípio de Feira de Santana-Bah ia , du rante o período de 1 983-1 988, e também da experiência acumu lada ao longo de 7 anos como docente da d iscip l ina Admin istração Apl icada à Enfermagem4, quando se questionava como a supervisão havia sido feita? como deveria ser? qual o seu real s ign ificado? qual a percepção das enfermeiras sobre a supervisão? em que base a supervisão está inserida no processo de trabalho da enfermeira? a supervisão, enquanto função inerente da enfermeira , é real izada de forma sistematizada ou não sistematizada? e qual o padrão de supervisão existente?

Neste estudo o padrão de supervlsao constitu i-se em supervlsao sistematizada e não sistematizada . O padrão de supervisão sistematizada deve ser compreendido como um processo que envolve planejamento , execução e aval iação das atividades real izadas, através da uti l ização de técn icas e instrumentos de supervisão que visam aferir eficiência , eficácia e efetividade, proporcionando o desenvolvimento da capacidade ind ividua l , g rupal e de relacionamento i nterpessoal da equ ipe de enfermagem e qual idade da intervenção prestada aos usuários do s istema de saúde. É importante destacar que dentro da concepção de padrão de supervisão sistematizada proposta neste estudo, a eficiência refere-se à forma de real izar a tarefa em conformidade com o que foi planejado mediante padrões preestabelecidos, estando associada à quantidade, à produtividade e aos custos ; a eficácia traduz o resu ltado da tarefa , isto é , a adequação do produto para os fins a que se propõe , estando associada

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Uti lizar-se-á o gênero feminino quando nos referimos às enfermeiras e às supervisoras, buscando destacar a alta freqüência de mulheres nesta categoria profissional (94, 1 % no Brasi l , em 1 983, COFEN/ABEn p.57 vol . I ) .

.

Esta d iscipl ina faz parte do ciclo de discipl inas profissionalizantes do Curso de Enfermagem do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana, oferecida no 8° semestre.

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P a d r ii o de S ll p er l' i 5 tl O da E nfe rm ei ra e m . . .

aos objetivos , à qua lidade e à satisfação dos usuários ; e a efetividade é a interação da conformidade (eficiência) com a adequação (eficácia), ou seja , é fazer a coisa certa da forma certa - é otimizar a supervisão em forma de processo.

A supervisão rea lizada pela enfermeira é entendida como função inerente à sua prática , independente do cargo/funçã05 que esteja exercendo, pois, lega lmente e no exercício profissiona l , esta é u m a supervisora em potencia l .

O Decreto-Lei n Q 94 .406, d e 08 d e jun h o d e 1 9877 que regu lamenta a Lei 7.498 de 25 de jun h o de 1 9866 , que dispõe sobre o exercício de enfermagem no

Brasi l , em seu a rtigo 8Q diz que ao enfermeiro incum be privativamente, na a línea c, "o planejamento , organização, execução e avaliação dos serviços de assistência de enfermagem" e nas atividades como integ rante da equipe de saúde, ressa lta-se a "participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados aos pacientes d u rante a assistência de enfermagem" (a línea f); "participação em programas e atividades de educação sanitária , visando à melhoria de saúde do indivíduo , da família e da população em gera l" (a línea m); e "participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoa l de saúde, particu larmente nos programas de educação contin uada" (a línea n) (p. 25-26).

Com b�se nestas reflexões, formu lou-se o seg uinte questionamento :

- Qual o padrão de supervisão rea l izada pela enfermeira em hospitais de Fei ra de Santana-Ba, no período de março a junho de 1 994?

Objetivos

1 - Descrever o padrão de supervisão executada pela enfermeira da área hospita lar .

2 - I dentificar os fatores que interferem no padrão de supervisão rea lizada pela enfermeira da á rea hospita lar .

H ipóteses

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H 1 - O pad rão de supervisão executada pela enfermeira que atua n a á rea

hospita lar não é sistematizada .

H2 - O padrão de supervisão executada pela enfermeira sofre

interferênci a de fatores associados ao perfil da enfermeira e às características das instituições hospita la res .

Para MEZOMO, Função é u m conj u nto de tarefas executadas de maneira s istemática por u m a o u várias pessoas e Cargo é o posicion a mento h ierárq u ico n a estrutura o rg â n ica da empresa . (M EZOMO , João C. - Adm i n istração de Recursos H u manos. São Pau lo : C E DAS, 1 984, p. 66) .

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LEITE, Maria Lúcia Semo

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Modelo do estudo

Para alcançar os objetivos propostos, o modelo da investigação é classificado como um estudo transversal exploratório-descritivo (n ível 1 ) , segundo Wi/son2 1 , Richardson 1 9 e Ci/ 1 5, 1 6 .

Universo e população

Identificou-se quatorze ( 1 4) hospitais em Feira de Santana-Ba . , cadastrados pela Associação dos Hospitais do Estado da Bahia . Destes, cinco (05) não dispunham de enfermeiras em seu quadro de pessoal .

Pela natureza do trabalho, estabeleceu-se que o estudo seria real izado em institu ições hospitalares que d ispusessem de enfermeiras em seu quadro de pessoal e que estivessem em pleno exercício profissional no local de pesqu isa .

Desta forma , o u n iverso deste estudo, que foi real izado no período de março a j unho de 1 994 , constitu iu-se de nove (09) hospitais de Feira de Santana-Ba , ficando, portanto , a popu lação de estudo constitu ída de o itenta e três (83) enfermeiras, o que corresponde a 8 1 , 37% da popu lação de enfermeiras existentes nos hospitais estudados . Contudo, a homogeneidade do g rupo estudado - enfermeiras da área hospita lar - nos garante a representatividade dos dados anal isados .

Escolha da técnica para coleta de dados

A técn ica escolh ida para a real ização do levantamento dos dados foi o questionário, respondido pelas enfermeiras.

o instrumento

O questionário foi elaborado e estrutu rado com questões abertas e fechadas, com alternativas d icotômicas , tricotômicas, respostas mú lt iplas e abertas , de modo que fosse possível ating i r os objetivos traçados para o estudo.

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O instrumento compõe-se de duas (02) partes assim constitu ídas:

1 ª parte : A enfermeira e as institu ições hospitalares A - Perfi l da cl ientela estudada B - Características da institu ição.

2ª parte : A enfermeira e a apl icação do padrão de supervisão C - Planejamento O - Execução E - Aval iação.

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P a d r ã o d e S u p e r v i s ã o da E llfe rm e i r a em . . .

A 1 ª parte do instrumento total iza 1 6 questões , cujos dados permiti ram a anál ise das variáveis independentes estabelecidas neste estudo, e a 2ª parte do instrumento tota l iza 1 7 questões . Esses dados permitiram a aná l ise da variável dependente estabelecida para este estudo - padrão de supervisão .

Aplicação e procedimentos utilizados na coleta de dados

Real izou-se um estudo p i loto apl icando o instrumento a qu inze ( 1 5) enfermeiras de hospitais da cidade de Salvador-Ba . , com o objetivo de verificar sua adequação ao estudo, bem como ajustar as falhas e e l iminar respostas pre­e laboradas.

Visitou-se as institu ições hospita lares e contatou-se com os d i retores , chefias de enfermagem e enfermeiras para fins de agendamento do período de entrega do questionário pessoalmente a cada enfermeira e recebimento dos questionários em cada institu ição.

Processamento, tratamento estatístico e análise dos resultados

Uti l izou-se proced imentos de estatística descritiva . Quanto á decod ificação e categorização das questões abertas , procu rou-se ut i l izar o critério semântico , observando as características de exaustividade, exclus ividade, homogeneidade, objetividade e fidel idade . .

.

A variável dependente Padrão de Supervisão foi ana l isada mediante valores e pesos atribu ídos ao planejamento , execução e aval iação. Estabeleceu-se a segu inte classificação: Planejamento (08 pontos e peso 05) tota l izando 40 pontos; Execução (22 pontos e peso 02) total izando 44 pontos ; Aval iação ( 1 8 pontos e peso 02) e ainda o item Satisfação (02 pontos e peso 0 1 ) total izando 38 pontos. Esta variável somou 1 22 pontos .

A classificação ora apresentada foi ut i l izada visando o estabelecimento do padrão de qua l idade deste estudo para designar supervisão sistematizada e não sistematizada .

O padrão de supervisão sistematizada foi obtida mediante as i ncidências de respostas "s im" extra ídas do instrumento de coleta de dados, representando a apl icação plena da supervisão entend ida como processo , ind icando a operacional idade da s istematização da supervisão . Estabeleceu-se a média igual ou acima de 60% para o padrão de supervisão sistematizada.

Quanto ás incidências de respostas "às vezes" e "não" , evidenciou-se as apl icações eventuais da supervisão como processo ou ausência de otimização deste processo ; ambas s intetizam as osci lações da supervisão em estudo. Neste n ível , caracterizou-se o padrão de supervisão como não sistematizada, cuja média obtida permaneceu abaixo de 60% .

Desta forma , computou-se a soma dos pontos de cada questionário referente ao somatório das respostas da variável padrão de supervisão - planejamento, execução e aval iação e d ivid iu-se pelo total máximo de pontos que cada

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L E I TE, A111rill Lúcia Servo

respondente deveria atingir , obtendo-se a média . Diante da média obtida e da estabelecida para o estudo enquadrou-se em padrão de supervisão sistematizada ou não s istematizada .

Assim , os · resu ltados obtidos mediante aplicação do instrumento foram computados e confrontados , seg undo o padrão de supervisão sistematizada e padrão de supervisão não sistematizada , eng lobando diversos tipos de informações através da associação entre as variáveis independentes com a

aplicação do teste de X2 (Qui-quadrado) de Pearson e X2 de Fischer e desvio pad rão.

Os dados obtidos foram registrados em tabelas simples e compostas .

A partir d a s informações constantes no questionário, procedeu-se á análise quantitativa com o aporte da a bordagem qualitativa , obedecendo as u nidades temáticas estabelecidas quando da delim itação das variáveis de estudo.

Richardson 1 9, referindo-se ao aporte do método qualitativo ao quantitativo, afirma que na análise da informação, as técnicas qualitativas permitem verificar

os resultados dos questionários e ampliar as relações descobertas (p. 48), ou seja , permitem apreender o conhecimento e a intimidade, com o objeto de estudo. Este autor, assina la ainda que o método qualitativo difere, em princípio,

do quantitativo à medida que não emprega um instrumental estatístico como

base do processo de análise de um problema e comenta que Há autores que

não fazem distinção clara entre métodos quantitativos e qualitativos, por

entender que a pesquisa quantitativa é também de certo modo, qualitativa (p.

38) .

Neste estudo procedeu-se com a aná lise quantitativa utilizando como aporte a a bordagem qualitativa para a rea lização do mesmo e assim reportou-se às citações dos atores sociais que participaram deste estudo, visando apreender e va lorizar os dados objetivos e s ubjetivos interiorizados e manifestados. Tais citações são procedidas de u m n úmero que corresponde ao n úmero do questionár io .

Prossegue-se com a apresentação, aná lise e discussão dos resu ltados .

APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Apresentação e anál ise dos dados

Far-se-á a leitu ra das tabelas, levando em con sideração apenas os dados que forem mais relevantes para este estudo.

A Tabela 01 , mostra a distribuição do padrão de supervisão encontrado e que é desenvolvido pela enfermeira nas instituições hospitalares estudadas.

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P a ú r il o de S ll p e n' i s ii o da E nfl! r l11 l' i r a e m . . .

TABELA 1 - PADRÃO DE SUPERVISÃO DA ENFERMEIRA EM HOSPITAIS .

FEIRA DE SANT ANA-BA, 1 994. PADRÃO DE SUPERVISÃO FREQÜÊNCIA

F i % Sistematizada 03 3,61 Não Sistematizada 80 96,39 TOTAL 83 1 00,00

Conforme nos mostra a Tabela acima , o padrão de supervlsao não sistematizada a lcançou freqüência superior correspondendo a 96,39% do tota l da popu lação, segu ido do padrão de supervisão sistematizada com índice percentua l de 3 ,61 %.

Assim , o primeiro g ra u (sistematizada) eng lobou as atividades de supervisão rea lizadas sob forma de processo (planejamento , execução e avaliação) e o seg u ndo g rau (não sistematizada) é relativo às atividades que são rea lizadas em forma de processo eventua lmente ou não .

As tabelas a seguir demonstram a relação entre o padrão de supervisão e o perfil da clientela estudada.

TABELA 02 - PADRÃO DE SUPERVISÃO DA ENFERMEIRA SEGUN DO O TIPO DE HOSPITAL. FEIRA DE SANTANA-BA, 1 994

PADRÃO DE SISTEMATIZADA NÃO TOTAL SUPERVISÃO SISTEMATIZADA

TIPO DE HOSPITAL Fi % Fi % Fi %

Geral - - 57 68,68 57 68,68 Especial izado 03 3,61 2 3 27,7 1 26 3 1,32 TOTAL 03 3,61 80 96,39 83 1 00,00

x2 = 6 ,82 ; P = 0,00899632 ; x2 Fischer = ± 0,0282975

Verificou-se que 68 ,68% das respondentes traba lham em hospita l gera l e rea lizam supervisão não sistematizada . Constatou-se que 3 ,61 % atuam em hospitais especia lizados e s istematizam a supervisão. Observou-se que estatisticamente existe associação entre padrão de supervisão e tipo de hospita l (X2 Fischer ± 0,0282975) em nível de 5% de probabilidade.

Discussão dos Resu ltados

A enfermeira e a aplicação do padrão de supervisão

A Enfermagem compõe o g rupo que faz parte da .atenção à saúde da população e a supervisão em enfermagem é apontada por diversos autores como um instrumento que viabiliza a qua lidade da intervenção de enfermagem,

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pois procura desenvolver as potencial idades dos membros da equ ipe no sentido de proporcionar uma assistência adequada e l ivre de riscos aos usuários do sistema de saúde. Observadas as especificidades, os documentos Padrões M ín imos de Assistência de Enfermagem à Comun idade4 , Padrões M ín imos da Assistência de Enfermagem em Recuperação da Saúde5 , a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem6 , o Cód igo de Defesa do Consumidor1 o e o Código de Ética dos Profiss ionais de Enfermagem 12 vislumbram estes aspectos.

Para se ter uma supervisão eficiente , é necessário a adoção de uma metodologia de trabalho que a contemple como processo d inâmico que envolve o planejamento , a execução e a aval iação das atividades real izadas, visando detectar os pontos de estrangu lamento e buscar os métodos e técn icas mais eficazes na contin u idade da assistência aos cl ientes e na satisfação pessoal daqueles que trabalham nesta assistência . Portanto , é imprescindível , para se otim izar o trabalho , a uti l ização sistemática dos métodos, técn icas e instrumentos de supervisão pela enfermeira .

O caminho percorrido para se chegar ao padrão de supervisão nos permit iu a anál ise do planejamento , execução e aval iação.

Verificou-se a operaciona l ização do planejamento e obteve-se os dados a seguir : 69,9% da enfermeiras referiram existir p lano de trabalho no serviço de enfermagem , porém, 68 ,7% não sistematizam o planejamento da assistência aos cl ientes ; 55,4% não planejam as atividades d iárias e 54 ,2% não fazem plano ind ividual de trabalho.

Diante do exposto , afirma-se que a existência de Plano de Trabalho no Serviço de Enfermagem nos hospita is estudados , segundo 69,9% dos sujeitos , é um indicativo de que as decisões tomadas terão menos margem de erro e de perdas, faci l itando a sistematização e anál ise da situação . No entanto, 68,68% não s istematizam o planejamento da assistência e 3 1 , 32% das enfermei ras fazem á, sistematização do planejamento da assistência aos cl ientes, mostrando uma incoerência da prática na operacional ização do processo de planejamento .

Con.90rda-se com Castilho e Gaidzinskil l quando afirmam que "o requisito

fundamental para que seja mudada a forma de assistir a clientela é a conscientização do enfermeiro em relação à importância e a necessidade do uso de um método de sistematização da assistência (p. 2 1 0). " Portanto , constatou-se que 68,68% das enfermeiras não util izam um método de trabalho para atender as necessidades da cl ientela , e assim não determinam as ações de enfermagem e conseqüentemente não uti l izam a metodolog ia geral do planejamento . Conclu iu-se que estes sujeitos atuam na ampl itude operacional do planejamento , constitu i ndo-se num percent�a l baixo da popu lação.

.

A prioridade mais observada ao planejamento d iário da atividade de supervisão é o número de pacientes e grau de dependência , referida por 37 ,3% dos sujeitos.

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P a d r â o d e S u pe rv i s ã o da E nfe r m e i r a e m . . .

A atividade de supervisão mais real izada pela enfermeira é a orientação e aval iação dos funcionários du rante a execução das atividades para identificar necessidades de tre inamento, foi referida por 67 , 5% dos suje itos .

Para o Min istério da Saúde1 .2 e Cunha / 4 , as técn icas de supervisão são: observação d i reta , revisão de documentos, aval iação de dados, entrevista , i nformação , demonstração de proced imentos , orientação, d iscussão de g rupo, reu n ião e estudos especia is .

Cunha' 4 assinala que são i númeras as técn iças que visam otim izar as ações dos g rupos em seu ambiente de traba lho , constitu indo-se em estratégias que desenvolvem os ind iv íduos, propiciam o a lcance de matu ridade profissional e faci l itam a participação destes ind iv íduos no processo decisório , promovendo interação harmon iosa , produtiva e satisfatória .

Este estudo revelou que as enfermeiras ut i l izam várias técn icas de supervisão, sendo a reu n ião com os membros da equ ipe de enfermagem a mais rea l izada (97 ,6%) .

Os instrumentos de supervisão variam de acordo com os tipos de comu n icação segundo TakahashFo. Cunha' 4 e documentos do Min istério da Saúde1 .2 , assinalam que estes se constituem em: rotei ros, dados estatísticos, relatórios de serviços , fichas e notas de pacientes, manuais de técn icas, normas , rotinas e proced imentos , mapas , comentários , fichas de aval iação e acompanhamento , inc lus ive objetivos e ind icadores.

Este estudo revelou que o relatório é o instrumento de supervisão mais ut i l izado (77 , 1 %) e os rotei ros em segu ida (57 ,8%) .

Dada a importância da aval iação no processo de supervisão, visando a ( re)­elaboração de um planejamento efetivo e a execução das atividades planejadas, i nqu i riu-se os sujeitos desta pesqu isa sobre os segu intes itens : aspectos observados na -aval iação da assistência do cl iente ; ava l iação ao trabalho da enfermeira ; aval iação da institu ição frente às d ificu ldades existentes que l im itam o trabalho de· supervisão da enfermeira e fina lmente a satisfação da enfermeira com o traba lho que rea l iza na institu ição.

I nqu i ridos sobre qua is aspectos são observados na aval iação da assistência aos cl ientes, verificou-se que 5 1 ,8% dos sujeitos mencionaram a observação do prontuário, relatório e l ivro de ocorrência . Estes dados nos levaram ao segu inte q uestionamento : Como aval iar a assistência aos cl ientes se 68 ,68% das enfermeiras não fazem a sistematização do p lanejamento da assistência aos cl ientes? Sabe-se que a ava l iação é uma fase imprescind ível para a elaboração do planejamento , seja qual for a sua natureza : Será que as enfermeiras realmente p lanejam e ava l iam? Ou será que �xecutam sem aval iar e planejar?

O trabalho da enfermeira é ava l iado através de relatórios , reg istros de ocorrências e prontuários (37 ,3%) .

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L E I TE, Maria Lúcia Servo

Com relação à aval iação da institu ição frente às d ificu ldades existentes que l im itam o trabalho de supervisão da enfermeira , observou-se os segu intes dados : Fa lta de autonomia profissiona l(80 ,7%); I nterferência pol ítica partidária e ingerência admin istrativa (7 1 , 1 %) ; Deficiência de recu rsos h umanos q uanti­qua l itativa (67 , 5%) ; Deficiência de recursos materiais e ambiente fís ico inadequado (63 ,9%) ; Baixa remuneração(55 ,4%) e Relações interpessoais insatisfatórias(54 ,2%) .

Cunhd4 assinala que existem situações que d ificu ltam a supervisão , ta is como: fi losofia de enfermagem que não enfatiza a importância do desenvolvimento de pessoal e da manutenção de relações interpessoais ; existência de uma pol ítica de trabalho centra l izadora , autoritária e tarefista ; inadequação de recu rsos h umanos, materia is , fís icos e financeiros; área fís ica inadequada; o despreparo das enfermeiras para desenvolver a supervisão e fa lha no planejamento do serviço ou d ivisão de enfermagem.

Por outro lado, o M IN ISTÉRIO DA SAÚDE2 menciona que os problemas e d ificu ldades observadas no processo de supervisão referem-se à estrutu ra técn ico-admin istrativa e de execução ; transgressão dos procedir:nentos de trabalho ; atitudes impróprias e infraestrutu ra .

Observou-se que os dados obtidos neste estudo, relacionados às d ificu ldades que as enfermeiras encontram para desenvolver o seu trabalho na institu ição , cond izem com o que prescreve a l iteratu ra . No entanto , não se encontrou referências à interferência pol ít ica partidária mencionadas por 7 1 , 1 % dos suje itos deste estudo.

Mediante os resu ltados apresentados e apl icando o proced imento estatístico estabelecido para a caracterização do padrão de supervisão executado pelas enfermeiras da área hospita lar , identificou-se que 3 ,6 1 % das enfermeiras ating i ram a média maior ou igua l a 0 ,60%, ou seja , 6 ,0 pontos.

Desta forma , evidenciou-se a comprovação da primeira h ipótese deste trabalho de que o padrão de supervisão executada pela enfermeira que atua na área hospitalar não é s istematizada(96 , 39%) , conforme Tabela 0 1 .

A enfermeira e as i nstitu ições hospitalares

o perfi l da c l ientela estudada e a i nstitu ição em que trabalha

Do total de enfermeiras que constituem a popu lação deste estudo, 68 ,68% atuam em hospitais gerais e rea l izam supervisão não sistematizada ; e 3 1 , 32% atuam em hospita is especia l izados , e , 27 , 7 1 % não sistematizam a supervisão enquanto que 3 ,6 1 % fazem a sistematização. Estatisticamente existe associação s ign ificativa entre padrão de supervisão e tipo de hospital .

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I' " ' ; I (/(l de S L I /, e 1' 1' i � Ii (1 ti tl E /I fe r 111 <' i r tl I' 1 1 1 . . .

Não há associação estatística s ign ificativa entre pad rão de supervisão e as variáveis sexo , formação acadêmica , cargo , n ível salaria l , pol ítica de saúde, ent idade mantenedora , capacidade operacion a l , cl ientela e n úmero de enfermeiras . Estes resu ltados contra riam a l iteratu ra consu ltada que prescreve o planejamento como fator cond ic ionante para o exercício de uma supervisão efetiva, e estas variáveis são aspectos que devem ser observados para a rea l ização de u m planejam�nto compatível com as necessidades dos usuários e dos serviços (M I N I STÉRIO DA SAÚDE 1 2 ) .

CONSIDERAÇÕES F INAIS E SUGESTÕES

A enfermeira e a apl icação do pad rão de supervisão

As enfermeiras estão apl icando de modo a leatório os con hecimentos cíentíficos quando na ut i l ização de forma frag mentada e desarticu lada dos métodos, técn icas e i nstrumentos de supervisão, ou então , operacional izando o serviço sem associar a teoria com a prática ; s ina l izando u m despreparo para o exercício da função e fa lha no planejamento do serviço de enfermagem em todos os níveis, evidenciando a fa lta de percepção da supervisão enquanto processo ,

Apesa r de encontrar-se predominância do padrão de supervisão não s istematizado (96 , 39%) , não se pode afi rmar haver o exercício só desse padrão , estando as bases da supervisão e seu exercício na dependência de situações específicas da prática .

A fa lta de autonomia profiss ional (80 ,7%) , i nterferência política partidária e ingerêncía adm in istrativa (7 1 , 1 % ) , deficiência de recu rsos humanos quanti­qua l itativa (67 , 5%) , deficiência . de recu rsos mater ia is e ambiente fís ico inadequado (63 ,9%) , baixa remuneração (55 ,4%) , relações interpessoais i nsatisfatórias (54 ,2%) e insatisfação das enfermeiras com o traba lho que real izam (57 ,8%) são fatores l im itantes do exercício da supervisão .

A enfermeira e as institu ições hospita lares

Comprovou-se estatisticamente haver d iscordância s ign ificativa a n ível de 5% de probabi l idade entre as variáveis categorizadas no perfi l da enfermei ra e características da institu ição com o padrão de supervisão , exceto a variável tipo de hospita l . Entretanto , com exceção da variável idade, tempo de formada e outro vínculo empregatíc io , observa-se a relevância que as demais variáveis assumem quando do exame percentual e da vivêncía p rofissional da autora e verifica-se a importância que cada uma representa para o padrão de supervisão da enfermeira , pois refletem a qua l ificação do ind ivíduo , pol ítica de traba lho , recu rsos humanos, remuneração, p lanejamento e estrutura técn ico­admin istrativa , aspectos referenciados como fatores cond icionantes para o êxito da supervisão pela l iteratura .

R. Bras. Enferm. , Brasí l ia, v . 50, n . 2 , p . 169- 182, abr./j u n 1997 1,79

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LEITE, Maria Lli citl Serl'o

Contudo, 0 resultado exige postura de investigac;ao com base na metodologia cientifica. Considerando os resultados alcanc;ados, ressalta-se que a realidade da pratica representa a tendencia do grupo a um estagio de sensibilizac;ao para atender ou nao as necessidades da profissao.

Corrobora-se 0 pensamento de Minayo 18 :

Sugestoes

As Enfermeiras

Participem do levantamento das areas prioritarias para a pesquisa em enfermagem e que os resultados desta sejam divulgados e os pesquisadores informem aos sujeitos e as Instituic;oes os resultados obtidos nas investigac;oes.

As Escolas de Enfermagem

Realizem estudos sobre 0 nivel de eonscientizac;ao das enfermeiras a eerea das contradic;oes que permeiam a sua pratica e seus fatores determinantes;

As Entidades de Classe

Mobilizem os profissionais de enfermagem para discussao ampla visando uma tomada de posic;ao (em nivel local, estadual e federal) para a eonstruc;ao de um e6digo de conduta ou um guia para a administrac;ao, on de se visualize a dimensao etica dos gerentes, profissionais de saude e usuarios.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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180 R. Bras. Enferrn., Brasilia, v. 50, n. 2, p. 169-182, abr.ljun. 1997

O conhecimento é um processo infinito e não há condição de fechá-lo numa fase final, assim como não se pode fechar o final do processo histórico; embora o projetemos como politicamente democrático e socialmente igualitário para ser ecologicamente saudável, (p. 18)

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P a r/ nl O de S lI p c f l' i s ii o da E nfer l/l e i r a C 111 . . .

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R Bras. Enferm. , Brasí l ia , v . 5 0 , n . 2 , p. 1 69-1 82 , abr ./j u n 1 997 1 8 1

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