Download - Os produtos light são mesmo light?
11 de Janeiro, 2013
Autor: Teresa Batista | tbbatista Artigo escrito para a Revista Complexo Magazine | Saúde: Bem-estar e Nutrição Website pessoal: http://tbbatista.pt
Os Produtos Light São Mesmo Light? Nem sempre o que parece é…
A globalização trouxe-nos uma consequente explosão de alimentos processados industrialmente, que
contribuiu para os elevados níveis de obesidade de adultos e crianças nos dias de hoje. A preocupação em
torno do tema para procurar tratamento e um meio de parar a obesidade é crescente. Todos temos
consciência que, para além do sedentarismo, o excesso de peso é também associado ao consumo
excessivo de fast food. Tendo em conta as campanhas contra a obesidade, se o consumo destes alimentos
diminuir drasticamente, isso pode trazer impactos negativos para a indústria agro-alimentar. É, então, fácil
de entender o porquê de serem lançados constantemente novos produtos que tentam ir ao encontro dos
receios da população que se mostra preocupada em cuidar da sua saúde e evitar o excesso de peso. Estes
alimentos, intitulados de “light”, são apresentados como vitais para a redução ou manutenção do peso e
indispensáveis a pessoas diabéticas e com doenças cardiovasculares.
Os produtos alimentares light (ou magros) são produtos com menos calorias devido a um menor teor de
açúcar ou gordura, comparativamente com o produto original. Há, no entanto, que ter em atenção que nem
sempre menos calorias é sinónimo de poucas calorias. Por exemplo, um chocolate light, apesar de ter
menos 25% de calorias continua a ter uma densidade calórica demasiado elevada. Contudo, há também
situações em que a redução de calorias é significativa, como é o caso da Coca-Cola que tem 138 cal e a
Coca-Cola Light tem 0,9 cal – quase água, não querendo isso dizer que seja recomendado que se beba
como se de água se tratasse, pelo contrário, pois existem também outros factores em causa.
O consumo de produtos alimentares deste tipo levanta alguns problemas:
- Ao consumir um produto com menos calorias que o “original”, a pessoa sabe que pode comer mais até
atingir o valor energético do “original” e, consequentemente, tem tendência para comer mais;
- O produto pode ter menos calorias que o “original”, mas, mesmo assim, possuir um nível elevado de
calorias (por exemplo, refrigerantes light, leite condensado magro);
11 de Janeiro, 2013
Autor: Teresa Batista | tbbatista Artigo escrito para a Revista Complexo Magazine | Saúde: Bem-estar e Nutrição Website pessoal: http://tbbatista.pt
- Na medida em que o produto alimentar sofre alterações na sua fórmula para ser convertido num produto
light, reduzindo açúcares e/ou gorduras, este irá proporcionar menos satisfação, havendo tendência para
um maior consumo.
Existem ainda estudos que mostram que, apesar do seu menor número de calorias, estes produtos também
têm as suas consequências negativas, por exemplo, maior predisposição para o aumento de peso, da área
abdominal e desequilíbrio na produção de insulina, podendo conduzir ou agravar a diabetes.
O ideal é, sem dúvida, evitar o consumo quer de açúcar, quer de adoçantes, quer de produtos light. Contudo,
se tiver que os ingerir, que seja em pouca quantidade e de forma moderada.
É também importante ter noção que, mesmo em dietas de emagrecimento, nem sempre compensa pagar
mais por produtos light, caso a frequência do seu consumo não seja muito elevada. O ideal será sempre
informar-se junto do seu nutricionista sobre os melhores alimentos, light ou não, a incluir na sua dieta.
Fontes:
Joana Pinheiro (nutricionista) – “Produtos light – Benéficos ou enganosos?”
(http://sabores.sapo.pt/saude-e-nutricao/artigo/produtos-light-beneficos-ou-enganosos-)
Paula Veloso (nutricionista) – “Alimentos light-sobretudo menos peso na consciência”
(http://www.educare.pt/educare/Opiniao.Artigo.aspx?contentid=47264A5D60391881E04400144F16FAAE&ops
el=2&channelid=0)